OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · realidade dos alunos despertam maior interesse...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
EXPLORANDO PRISMAS POR MEIO DA CONFECÇÃO DE LIXEIRAS: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DO TERCEIRO
ANO DO ENSINO MÉDIO RESUMO O artigo relata que tinha por objetivo uma pesquisa realizada em uma turma de terceira série do Ensino Médio relacionar os conceitos matemáticos em sala de aula na construção de conhecimentos de Geometria Espacial. Com esse trabalho o professor desenvolveu alguns procedimentos que auxiliou o processo de ensino-aprendizagem da Matemática e tornou as aulas mais interessantes, atraentes e de fácil compreensão. A partir da análise dos dados obtidos foi possível inferir que quando os conteúdos matemáticos surgem da realidade dos alunos despertam maior interesse e motivação para aprendizagem. Conclui-se que essa prática pedagógica apresentou resultados positivos, quando utilizada em sala de aula. Palavras Chave: Geometria espacial, educação matemática, narrativas Abstract The article reports part of a study conducted in a class of third year of high school, in order to relate the mathematical concepts in the classroom, to the knowledge of spatial geometry. With this work the teacher developed some procedures that helped in the process of teaching and learning of mathematics and made the lessons more interesting, attractive and easy to understand. From the data analysis, it was possible to infer that when the mathematical contents arise from the reality of students, most interest and motivation for learning. In conclusion, this pedagogical practice showed positive results when used in the classroom. Keywords:
1. INTRODUÇÃO
Há 18 (dezoito) anos trabalho na área da educação como professor da
disciplina de Matemática. Minha primeira experiência foi com o Ensino Médio,
onde permaneço até hoje, também sou professor da disciplina de Ciências.
Como professor da disciplina de Matemática pude constatar que os alunos
apresentam grande dificuldade em relação à Geometria Euclidiana, tanto a
plana como a espacial. Diante de minhas inquietações surgiu a ideia de
trabalhar com lixeiras, as quais foram produzidas pelos alunos em forma de
prismas. Esperávamos que eles conseguissem visualizar na prática o que
aprenderam com a teoria.
Segundo Toledo(1997), muitos alunos apresentam dificuldades em
Geometria, seja em distinguir um quadrado de um cubo, como de visualizá-los,
compará-los ou fazer cálculos respectivos a eles.
Ainda de acordo com o mesmo autor:
Os conceitos geométricos constituem parte
importante do currículo de Matemática no Ensino
Fundamental, porque, através deles, o aluno
desenvolve um tipo especial de pensamento que
lhe permite compreender, descrever e
representar, de forma organizada, o mundo em
que vive. (TOLEDO, 1997, p. 221).
A sala de aula e a escola como um todo são espaços onde se
constroem conhecimentos. Interagindo com os colegas e com o professor os
alunos vão se apropriando dos conteúdos. No processo ensino-aprendizagem
é muito importante incentivar os alunos para que eles tenham oportunidade de
superar seus próprios limites.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na presente proposta, o professor procurou desenvolver alguns
procedimentos que pudessem auxiliar o processo de ensino-aprendizagem da
Matemática e tornar as aulas mais interessantes, atraentes e de fácil
compreensão. Uma dessas alternativas que podemos destacar é o uso de
material concreto nas práticas didático-pedagógicas. Para Lorenzato (1995), os
professores encontram diversas dificuldades em relação ao processo de ensino
e aprendizagem de Geometria. Segundo ele:
Essas dificuldades se dão em virtude da forte resistência no ensino da Geometria e deve-se também, em grande parte, ao pouco acesso pelo professor aos estudos dos conceitos geométricos na sua formação ou até mesmo pelo fato de não gostarem de Geometria. (LORENZATO,1995,P.7).
Tendo em mente esta fala de Lorenzato, podemos perceber que o
professor não pode ficar de braços cruzados usando sempre a mesma
metodologia, e sim buscar novos conhecimentos a fim de promover uma
melhoria no ensino e aprendizagem de Geometria Euclidiana. Mesmo sabendo
que “muitas vezes, os professores preferem restringir suas aulas ao conteúdo
do livro didático, pois é mais fácil e ocupa menos tempo de preparo.”
(MONTEIRO, POMPEU Jr, 2001, p. 6).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), os conceitos
geométricos integram o Currículo de Matemática da Educação Básica, pois é
por meio deles que o educando adquire uma forma de pensar que lhe permite
compreender e representar de forma organizada o meio no qual está inserido.
Os PCNs de Matemática nos aponta que:
[...a Geometria é um campo fértil para se trabalhar com situações problema e é um tema pelo qual os alunos costumam se interessar naturalmente. O trabalho com noções geométricas contribui para a aprendizagem de números e medidas pois estimula a criança a observar, semelhanças e diferenças, identificar regularidades e vice-versa. (PCN 1998,p. 55-56)
Sabemos que na prática não é tão fácil esta mudança, uma vez que o
caminho é longo e as mudanças são lentas, porém “... é necessário ter a
convicção de que sempre há um novo jeito de ensinar, que sempre é preciso
mudar...” (MONTEIRO, POMPEU Jr, 2001,p. 6).
Este trabalho tem por objetivo explorar os conceitos da Geometria
Espacial por meio das experiências realizadas em sala de aula através das
confecções de lixeiras em formato de prismas.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
Os autores que apontam problemas com o ensino de Geometria vão ao
encontro das situações vivenciadas por mim como professor da Educação
Básica há 18(dezoito) anos.
Em minha prática percebo que os alunos encontram muitas
dificuldades em relação à Geometria. Misturam muitos conceitos, como por
exemplo: arestas, vértices, perímetros, faces, entre outros. Muitas vezes não
conseguem separar área e volume.
No ano de 2007(dois mil e sete), trabalhamos com um projeto relativo
ao ensino da Geometria Espacial envolvendo conceitos de áreas e volumes e
confeccionamos algumas lixeiras. No entanto não foi feito nenhum registro
sobre o referido projeto, inclusive dos resultados. Desde então, ideias ficaram
guardadas comigo durante o decorrer desses anos; agora tive a oportunidade
de colocar em prática com as confecções das lixeiras que foram
confeccionadas pelos alunos em forma de papelão e levadas a madeireira para
confecção original em madeira. Os alunos resolveram atividades paralelas a
essas confecções conforme narrativas que serão mencionadas a seguir.
DESCRIÇÃO DE ALGUMAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
As atividades foram desenvolvidas por 38 (trinta e oito) alunos e foram
divididos em 6 (seis) grupos com cinco alunos cada e 2 (dois)grupos com
quatro alunos cada, formando assim 8(oito) grupos que permaneceram do
início ao fim das atividades.
Para análise das narrativas, iremos adotar as seguintes simbologias:
“N” narrativas, “G” grupos, por exemplo: “N1” narrativa da primeira atividade,
“G1” grupo um; “N2” narrativa da segunda atividade, “G2” grupo dois, assim
podemos ler N1G1 narrativa da primeira atividade do grupo um; N1G2,
narrativa da primeira atividade do grupo dois; N1G3, narrativa da primeira
atividade do grupo três, N2G1, narrativa da segunda atividade do grupo um, e
assim sucessivamente.
PRIMEIRO ENCONTRO
Texto – Lixo Urbano
(Autor: Wagner de Cerqueira e Francisco).
Um dos principais problemas ambientais da atualidade é a grande produção de
lixo, pois esse processo ocasiona a liberação de gases que promovem o efeito estufa
e a poluição das águas subterrâneas e superficiais. Esse fenômeno é um dos
problemas em relação ao aumento populacional nas cidades, da intensificação do
modelo consumista, do uso de produtos descartáveis, além do modismo, pois existe
uma “necessidade” de se adquirir objetos mais modernos.
As origens do lixo urbano são as mais distintas, e ele é classificado em:
Domiciliar: alimentos, papéis, plásticos, vidros, papelão, produtos
deteriorados, etc.
Industrial: cinzas, lodos, metais, cerâmicas, madeira, borracha,
resíduos alcalinos, etc.
Hospitalar: embalagens, seringas, agulhas, curativos, gazes, ataduras,
peças atômicas.
Lixo tecnológico: computadores, pilhas e aparelhos eletrônicos em
geral.
O lixo escolar se origina das atividades desenvolvidas na escola, e o
seu destino, quando possível, deve ser a reciclagem. O que não for possível
reciclar deve ser destinado aos aterros sanitários que a prefeitura da cidade
reserva exclusivamente para isso. Resíduos sólidos constituem aquilo que
genericamente se chama lixo: materiais sólidos considerados sem utilidade,
supérfluos ou perigosos, gerados pela atividade humana, e que devem ser
descartados ou eliminados.
A coleta do lixo deve ocorrer de acordo com a sua classificação, pois
os tratamentos finais desses resíduos são diferentes. O lixo hospitalar, por
exemplo, tem que ser incinerado, queimado em forno de micro-ondas ou
tratado em autoclave. Porém, não é o que acontece na maioria das cidades.
O mais importante, porém, é a conscientização da população, e isso
pode ser promovido através da utilização da Política dos 3R’s: Reduzir,
Reutilizar e Reciclar. A coleta seletiva é uma das alternativas mais eficientes
para reduzir o lixo, além de ser uma forma de contribuir para os catadores de
materiais recicláveis. Portanto, através de simples atitudes e mudanças de
comportamento todos os habitantes podem colaborar para reduzir a produção
de lixo.
Palestra – A reciclagem do lixo
Objetivo: Propor ao aluno o conhecimento em relação ao destino e a
quantidade de lixo produzido no Município de Moreira Sales, bem como a
importância da separação do mesmo e sua reciclagem. Como o trabalho dos
alunos se referia à construção de lixeiras para a escola, propomos uma
reflexão acerca do destino do lixo das mesmas.
Carga horária: 6 (seis) h/a
A palestra ministrada que teve duração de 2 (duas) horas, foi realizada
por uma profissional da área de Ciências e funcionária da Prefeitura Municipal
de Moreira Sales e que tem como função a chefia de Agente Sanitário.
Após a palestra foi debatido com os alunos as seguintes indagações:
1 - Vocês sabem qual é o destino do lixo em sua escola?
2 - Em sua cidade é feita a separação do lixo?
3 - Que tipo de lixo é mais produzido em sua escola?
Os grupos formados anteriormente fizeram narrativas da palestra
proferida sobre o lixo.
Através das análises das narrativas me permitiu verificar que os alunos
não conhecem a realidade do Município de Moreira Sales e não mostram ter
interesse em saber o destino do lixo do mesmo.
Analisando as narrativas destaca-se:
E ainda a
Já a narrativa N1G2
De acordo com as narrativas de N1G4 e N1G5, eles sempre tiveram
curiosidades em saber para onde ia tanto lixo acumulado na escola e nas ruas.
Durante a palestra percebi que os alunos não se sentiram a vontade
em questionar, pois não tinham afinidade com a palestrante, no entanto, a
palestra mudou a prática dos alunos, como demonstram as narrativas N1G2,
N1G4 e N1G5 que tinham curiosidades em saber o destino do lixo e as
narrativas N1G3, N1G7 e N1G8 que acharam a palestra muito interessante, e
que todos deveriam ter o referido conhecimento. Então por esses excertos
percebe-se que os objetivos da palestra foram alcançados.
N1G1 “...nunca tivemos a curiosidade em saber o
destino do lixo...”
N1G6 “...como somos alheios, como somos mal
informados, talvez por nós mesmos, por falta de
interesse, mas nunca tínhamos pensado sobre o
lixo, nunca tínhamos falado sobre isso...”
“...As vezes nos perguntávamos: Para onde vai
tanto lixo, e muitas vezes tive a curiosidade em
saber...”
SEGUNDO ENCONTRO
Conhecendo o Google Grupos
Objetivos: Mostrar aos alunos a ferramenta acima citada para que os
mesmos façam uso dessa tecnologia, para postagem de narrativas nas
conclusões de seus trabalhos.
Carga horária: 2 (duas)h/a
Mesmo utilizando algumas aulas para realizar o trabalho, não foi
possível concretizar essa atividade, devido ao difícil acesso dos alunos ao uso
dos computadores da escola, pois os mesmos se encontravam sempre com
defeitos.
TERCEIRO ENCONTRO
Planificação de prisma
Objetivos: Propor aos alunos a compreensão do conhecimento em
relação ao perímetro, vértice e arestas, cálculo de áreas, realizando ainda a
relação entre razão e proporção.
Carga horária: 7(sete) h/a
Descrição da atividade: Solicitou-se que os alunos trouxessem
embalagens em forma de caixa com tampa e com fundo de vários formatos. Foi
entregue aos mesmos, papel sulfites, onde os mesmos embrulharam as
embalagens, marcando os vincos precisamente, e ao desembrulharem as
mesmas, perceberam as marcas como arestas, e através dos vincos marcados
determinaram o perímetro das embalagens, bem como os seus vértices.
Fonte (Próprio autor) Fonte (Próprio autor)
Atividade entregue aos alunos:
1- O que se entende por vértice de uma figura plana?
2 - O que é perímetro e como o determina?
3 - Como se determina a área de uma figura plana?
4 - O que se entende por arestas?
5 - Observe a figura abaixo e determine quantos cm ela possui de
arestas.
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=prismas+triangulares+planificados&source=lnms&tbm=isc
h&sa=X&ei=WaJ3VKTzEMe0sAS2roHYCg&ved=0CAgQ_AUoAQ
6 - Quantos vértices e quantas arestas tem o cubo abaixo:
Fonte:https://www.google.com.br/search?q=prismas+cubo&source=lnms&tbm=isch&sa
=X&ei=yaZ3VMcnhp-CBPmbgtgI&ved=0CAgQ_AUoAQ&biw=1366&bih=633
7- Observa as figuras e complete a tabela
SÓLIDOS Número de faces (f)
+ Número de vértices (v)
= Nº de arestas (a)
+ 2
Fonte: http://www.search.ask.com/search?o=&ctype=pictures&tpr=10&q=figuras+geometricasprismas&page=2
8 - A figura seguinte representa a planificação de um cubo.
Com base na planificação da figura, podemos dizer que um cubo
possui:
a) 4 faces
b) 3 faces
c) 8 faces
d) 6 faces
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=cubo+planificado&biw=1301&bih=741&tbm=isch&imgil=-DIpRDHxU-WyYM%253A%253BQXOVv5MrloLQZM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Festampa-me.blogspot.com%25252F2012%25252F12%25252Festampando-bolinhas-de-solidos.html&source=iu&pf=m&fir=-DIpRDHxU-WyYM%253A%252CQXOVv5MrloLQZM%252C_&usg=__gjF41bVtM1U-aHW7cdHKqzV0VUE%3D&ved=0CCgQyjc&ei=SrF3VOTWAo60oQSW3YLwAg#facrc=_&imgdii=_&imgrc=-DIpRDHxU-WyYM%253A%3BAg6KydQHtrzrfM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.ime.usp.br%252F~brolezzi%252Fdisciplinas%252F20122%252Fmat1514%252Fcubo.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.ime.usp.br%252F~brolezzi%252Fdisciplinas%252F20122%252Fmat1514%252F%3B400%3B303
9 - (M090861A9) Marli recortou, em uma cartolina, um retângulo e um
triângulo com as medidas indicadas nas figuras abaixo. Em seguida, ela juntou
as figuras e obteve o polígono que está abaixo das figuras cortadas.
Qual é a medida do perímetro desse polígono?
A) 17 cm
B) 19,5 cm
C) 26 cm
D) 32,5 cm
E) 16 cm
Fonte:http://www.see.go.gov.br/documentos/avaliacao/3%C2%AA%20S%C3%89RIE
%20-%20EM.pdf
As narrativas N2G2, N2G3, e N2G5, me permitiu inferir que as
atividades teriam melhores resultados se a sala não fosse lotada, com 38(trinta
e oito) alunos, e o professor com pouco espaço de transitar, e dificultando
assim o trabalho do mesmo.
Segundo a narrativa N2G2
Ainda segundo a narrativa N2G6:
3 5
6,5
2,5cm
6,5 cm
“...o barulho atrapalhou a aprendizagem, mas
assim mesmo conseguimos assimilar a diferença
entre os conceitos trabalhados...”
“....cada medida feita, era um conhecimento a
mais, cada lado medido, uma aresta, cada
encontro de arestas um vértice, faltaram
atividades sobre o conteúdo...”
Por esses excertos pudemos inferir que embora conversarem muito
na sala de aula os alunos adquiriram conhecimento, conforme a narrativa:
N2G7 e N2G8 que afirmaram que o trabalho em grupo auxiliou muito na
aprendizagem.
Segundo a narrativa N2G7:
Com essa atividade, foi possível os alunos fizessem a diferenciação
entre perímetro, vértices, arestas, conforme a narrativa N2G1:
Os excertos das narrativas N2G2, N2G3, e N2G5 afirmam que as
atividades teriam melhores resultados se a sala não fosse lotada, o barulho
atrapalhou a aprendizagem, e ainda que a sala de aula numerosa, por isso
não contribui para o bom rendimento do conteúdo. Ficou claro o anseio dos
alunos em aprender, o fato é que, quando propomos uma atividade prática, o
barulho aumenta, mas segundo as narrativas N2G1; N2G3; e N2G5, o trabalho
em grupo auxilia o aprendizado, sendo assim o objetivo almejado foi
alcançado.
QUARTO ENCONTRO
Objetivos: Propiciar ao aluno a diferença entre uma figura espacial e
plana.
Carga horária: 6 (seis) h/a
“...hoje está um pouco mais claro o conhecimento
sobre áreas, perímetros, vértices, pois podemos
perceber isso nas planificações feitas pelo grupo...”
“...o trabalho em grupo nos possibilita a troca
de ideias, o que nos ajudou muito...”
Descrição da atividade: Foi pedido que os alunos trouxessem vários
tipos de materiais, como: frutas, livros, lápis, calculadoras, embalagens, bolas,
copos, pratos, etc... Os alunos fizeram desenhos dos materiais que trouxeram.
Após a realização dos desenhos, os objetos foram colocados no retroprojetor,
depois os educandos fizeram novos desenhos dos objetos e compararam aos
desenhos feitos antes da projeção e depois dela.
Atividade entregue aos alunos:
1 – Assinale com “P” se considerar a figura como plana e “E” se
considerar como espacial
( ) um livro
( ) um sulfite
( ) a parte pintada de um quadro negro
( ) o lado de uma caixa de sapato
( ) a sombra de um objeto
3 – Calcular a área e o perímetro das embalagens que os alunos
trouxerem em forma de prisma.
Segundo as narrativas N4G1 e N4G3, “com os sólidos em mãos, ficou
fácil determinar o perímetro”.
Conforme narrativa N4G3
Segundo as narrativas N4G2 e N4G4, a Geometria é complicada, pois
tem muitos conceitos a lembrar. Analisando a N4G2
“...medimos os lados e somamos os
mesmos, mas para calcular a área, usamos
a fórmula lado vezes lado...”
“...nos confundimos muito com tantos
nomes, arestas, perímetros, plano, espacial,
e ainda determinar área e volume, achamos
que teria que ter mais exercícios para a
realização dos cálculos...”.
As narrativas N4G7 e N4G8 deixam claro “a diferença entre a figura
plana e espacial”. Ainda afirmaram que por meio da projeção dos objetos ficou
fácil perceber a referida diferença, e ainda que a atividade foi muito
interessante.
De acordo com as narrativas N4G1 e N4G3, ficou claro que os grupos
conseguiram compreender o que significa determinar o perímetro, e a
diferenciar uma figura plana de uma figura espacial.
QUINTO ENCONTRO
Área e volume do prisma
Objetivo: Apresentar aos alunos um conhecimento da geometria
espacial sobre área e volume do prisma.
Carga horária: 5(cinco) h/a
Atividade entregue aos alunos:
1 – Analisar as figuras abaixo, e classificá-las conforme a medida de
seus lados em: triangular, quadrangular ou hexagonal.
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=/prismas&espv=2&biw=1301&bih=741&so
urce=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=ua53VPzIDtSAsQTxtILIBw&ved=0CAYQ_AUo
AQ
2 – Determine a quantidade de vértices do prisma:
A - de base triangular
B - de base hexagonal
C - de base quadrangular
3 - Quantos metros quadrados de madeira serão necessários para
construir um prisma de forma hexagonal que tenha 40 cm de aresta na base e
85 cm de altura?
4 - Qual será o volume de um prisma quadrangular cujas dimensões
estão na figura abaixo:
(h = altura) (a = aresta)
a= 2 cm
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=/prismas+quadrangular&espv=2&biw=1301&bih=
741&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=PK93VPHVFcSBsQTq2oCoDQ&ved=0CAYQ_
AUoAQ#facrc=_&imgdii=_&imgrc=a2DkUQ0OHUyecM%253A%3Bwhl_73DE-
0E3cM%3Bhttp%253A%252F%252Fupload.wikimedia.org%252Fwikipedia%252Fcom
mons%252F9%252F9f%252FPrisma_rectangular_(ortoedro).png%3Bhttp%253A%252
F%252Fmind42.com%252Fmindmap%252F2cf52fc9-ab26-4ae7-9b9d-
2764619ff1df%253Frel%253Dgallery%3B267%3B442
5 - (SAEB) - A figura abaixo representa a planificação de um sólido
geométrico. O sólido planificado é:
(A) Uma pirâmide de base hexagonal
(B) Um prisma de base hexagonal
(C) Um paralelepípedo
(D) Um hexaedro
(E) Um prisma de base pentagonal
H = 12 cm
Fonte: https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-
instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#sourceid=chrome-psyapi2&ie=UTF-
8&q=(SAEB)%20-
%20A%20figura%20abaixo%20representa%20a%20planifica%C3%A7%C3%A
3o%20de%20um%20s%C3%B3lido%20geom%C3%A9trico.%20O%20s%C3%
B3lido%20planificado%20%C3%A9%3A%20(A)%20Uma%20pir%C3%A2mide
%20de%20base%20hexagonal%20(B)%20Um%20prisma%20de%20base%20
hexagonal%20(C)%20Um%20paralelep%C3%ADpedo%20(D)%20Um%20hex
aedro%20(E)%20Um%20prisma%20de%20base%20pentagonal
6 - (UNICAMP – SP) A figura abaixo apresenta um prisma reto cujas
bases são hexágonos regulares. Os lados dos hexágonos medem 5cm um e a
altura do prisma mede 10cm cada.
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=prismas&biw=1301&bih=741&source=lnms&tbm
=isch&sa=X&ei=JKt3VPi0Fo2vogSy24KQAw&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAQ#facrc=_&i
mgdii=_&imgrc=mjLxfc_BgHcl-
M%253A%3BP3DWytynbn1aYM%3Bhttp%253A%252F%252Fmatematicadegraca.co
m.br%252Fwp-content%252Fuploads%252F2013%252F02%252Fprismas-
quest%2525C3%2525A3o-
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ercicios-de-geometria-espacial%252Fexercicios-sobre-prismas%3B289%3B366
7 - Uma caixa de papelão foi construída na forma de um paralelepípedo
retângulo, de dimensões, 20 cm, 40 cm, 50 cm. Calcule o peso desta “caixa”
sabendo que cada cm2 pesa 0,5 gramas.
Fonte:
https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=Uma+caixa+de+papel%C3%A3o+foi+const
ru%C3%ADda+na+forma+de+um+paralelep%C3%ADpedo+ret%C3%A2ngulo%2C+d
e+dimens%C3%B5es%2C+20+cm%2C+40+cm%2C+50+cm.+Calcule+o+peso+desta
+%E2%80%9Ccaixa%E2%80%9D+sabendo+que+cada+cm2+pesa+0%2C5+gramas.
8 - Em um prisma regular triangular, cada aresta lateral mede 10 cm e
cada aresta da base mede 6cm. Calcular desse Prisma a área total e o volume.
Fonte : próprio autor
De acordo com a narrativa N5G1 e N5G5 ficou claro que apesar de
tantas práticas em relação à área e volume, ainda encontraram dificuldades
nessas atividades, conforme a narrativa N5G1:
“...encontramos dificuldades, pois a
geometria é complexa...”
No ponto de vista das narrativas N5G2 e a N5G4, foi possível constatar
que calcular área se trata de um ponto fraco, mas após as práticas realizadas
está mais fácil agora.
Destacando a narrativa N5G4 :
Para a narrativa
N5G3
Já a narrativa N5G6
Conforme a narrativa N5G6 o objetivo dessa atividade foi alcançado
quando afirmam: “o pouco que aprenderam foi válido”, bem como a narrativa
N5G2, calcular área sempre foi nosso ponto fraco, mas hoje achamos que está
mais fácil e ainda a narrativa N5G4, ao confeccionarmos as figuras planas
percebemos que área não é apenas uma fórmula que temos que decorá-la e
sim entendê-la. Acredito que os alunos já conseguem assimilar a diferença
proposta pela atividade.
SEXTO ENCONTRO
Figuras tridimensionais
Objetivo: Propiciar ao aluno uma maneira para que os mesmos
possam ter um melhor conhecimento sobre o volume de uma figura
tridimensional e fazer uma relação entre razão e proporção.
“... ao confeccionarmos as figuras planas,
percebemos que área não é apenas uma
fórmula que temos que decorá-la e sim
entende-la...”
“...embora tenham dificuldade, as
atividades práticas auxiliaram muito para o
aprendizado, mas o tempo curto dificultou
um pouco...”
“...se alguns alunos colaborassem com o
silêncio, teríamos aprendido mais, mas o
pouco que aprendemos já valeu...”
Carga horária: 5(cinco) h/a
Atividade entregue aos alunos
Os alunos receberam planificações em tamanhos reduzidos, ampliaram
em um tamanho maior e por último ampliaram no tamanho que foram
confeccionadas as lixeiras.
Conforme as narrativas N6G1, N6G3 e a N6G4, o desenvolvimento
desse trabalho foi de suma importância para que todos percebessem o
perímetro e os vértices das figuras, pois analisando a narrativa N6G1:
Ainda segundo as narrativas N6G5, N6G6 e a N6G8, faltaram
exercícios práticos sobre razão e proporção, pois ainda têm dúvidas, embora
perceberam a diferença ao fazer a relação entre as medidas das figuras. Mas
para as narrativas N6G2 e a N6G7 eles compreenderam a relação feita entre
as figuras, como segue a narrativa N6G2
O objetivo dessa atividade era que o aluno tivesse um melhor
conhecimento sobre o volume de uma figura tridimensional e fazer uma relação
entre razão e proporção, e conforme as narrativas N6G2 e a N6G7, que
disseram que compreenderam a relação feita entre as figuras, e ainda as
narrativas: N6G5, a N6G6 e a N6G8 que afirmaram que continuaram a ter
dúvidas, embora perceberem a diferença ao fazer a relação entre as medidas
das figuras.
Foi possível constatar algumas dificuldades dos alunos em relação à
proporção, e por isso continuarei trabalhando com eles algumas atividades que
possam sanar algumas dúvidas sobre o referido conteúdo, e é claro que
“...quando colocamos a mão na massa,
ou seja quando partimos da teoria para
a prática, fica claro a teoria que muitas
vezes não entendemos...”
“...numa figura tridimensional é possível
determinar o seu volume, mas em uma
figura plana isso não é possível...”
sempre haverá dúvidas, pois o conhecimento não é algo acabado e sim
contínuo.
Após as lixeiras prontas para o uso, os alunos classificaram alguns
tipos de lixo a ser jogado nas mesmas e de comum acordo escolheram lixos
inorgânicos, pois o lixo orgânico poderá danificá-las em pouco tempo de uso.
fonte: próprio autor
4. CONCLUSÃO
No início desse trabalho muitas dificuldades foram encontradas, como:
alunos desmotivados e desinteressados, mas conforme as atividades foram
propostas e sendo desenvolvidas, houve um interesse desses mesmos alunos.
No começo, a maioria dos alunos conheciam bem pouco sobre a Geometria,
para eles, perímetros, vértices, arestas, figuras planas ou espaciais eram algo
que não chamavam a atenção. Confesso que ainda ficaram dúvidas, como foi
mencionado uma vez que o conhecimento não é algo acabado. É necessário
inovarmos nossos conhecimentos com novas descobertas, assim também são
nossos alunos.
Conforme as narrativas descritas, podemos inferir que os alunos hoje já
compreendem alguns os conceitos sobre a Geometria Euclidiana, pois para a
maioria deles ficou claro a diferença entre figura bidimensional e tridimensional,
e os conceitos de perímetro de uma figura bem como os conceitos de volume.
REFERÊNCIAS
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