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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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BULLYING: fenômeno que afeta a aprendizagem do aluno

Janete Ribas Maciel1

Neuci Schotten2

RESUMO Este artigo visa socializar a sistematização da experiência vivenciada no Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE - SEED, do governo do Estado do Paraná, implementado com docentes do Ensino Fundamental, do Colégio Estadual Professora Irma Antonia Bortoletto Bianchini, Município da Lapa, Estado do Paraná, Núcleo Regional de Educação - Área Metropolitana Sul, no período de 2013/2014. O artigo em questão analisa a implementação de práticas pedagógica de formação docente em busca de alternativas didático-pedagógicas para prevenção e enfrentamento ao bullying, com o intuito de minimizar as situações de intimidação, juntos aos discentes do colégio, as quais prejudicavam a qualidade do processo de ensino e aprendizagem e a interação entre os discentes. A implementação aconteceu por meio do desenvolvimento de oficinas organizadas no período de fevereiro a junho de 2014. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação. Os docentes foram orientados para que estes promovessem a melhoria das relações sociais e afetivas na escola em busca da sensibilização e conscientização dos discentes de que o grande desafio é a construção de formas de convivência pacíficas. O artigo conclui-se expondo que os docentes foram receptivos com a realização do trabalho conjunto sobre o bullying e a sua necessidade, no ambiente escolar. Tendo como resultados dessa intervenção a melhoria no ensino e aprendizagem, articulados com a prática da boa convivência, valorizando o respeito, a justiça, a solidariedade, e a mudança de atitudes entre os discentes. Palavras - Chave: Bullying, Relações Sociais, Aprendizagem.

1 Professora pedagoga – PDE 2013, SEED, Estado do Paraná, NRE Área Metropolitana Sul,

Município de Lapa – Colégio Estadual Irma Antonia Bortoletto Bianchini. E-mail: [email protected] 2 Professora Orientadora IES - Mestre em Educação – Universidade Tecnológica Federal do Paraná –

UTFPR – Curitiba, PR.

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1 . INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como título, Bullying: fenômeno que afeta a

aprendizagem do aluno. Nesse trabalho foi enfocado apenas a violência, sob forma

de bullying, como aquela compreendida como um tipo de violência silenciosa ou

não, que parte de um ou de vários indivíduos, com o intuito de maltratar e assediar o

outro.

A escolha da temática partiu da preocupação e da dificuldade de encontrar

caminhos para conscientização/prevenção e enfrentamento do bullying dentro dos

muros escolares. Percebeu-se a necessidade urgente de propor momentos de

estudos e reflexão junto aos educadores buscando subsídios e informações,

promovendo reflexões acerca de como trabalhar no coletivo escolar, essa questão

que tanto incomoda educadores e educandos.

Por se tratar da intervenção num problema educacional e social utilizou-se a

metodologia da pesquisa–ação, por considerar a mais apropriada a este projeto.

Pois, procura unir a pesquisa a ação ou prática. Será aplicada com o objetivo de

ajudar os professores na solução de investigar sua própria prática de uma forma

reflexiva e crítica, os dados coletados por meio de questionário buscando com os

educadores a solução de problemas de sala de aula, envolvendo-os na pesquisa.

Neste tipo de pesquisa o próprio pesquisador também é um participante da

pesquisa.

O bullying não é um tema fácil, refletir e investigar esse fenômeno faz-se

urgente, porque se trata de uma questão preocupante que está interferindo na

aprendizagem e na sociabilidade de nossos educandos.

Com o desenvolvimento do trabalho na escola, acredita-se que contribuirá

com o acréscimo no rendimento escolar de nossos educandos, auto-estima elevada,

e valorização e formação de docentes

É urgente discutir o que educadores, educandos e famílias podem fazer

juntos visando oportunizar o desenvolvimento de habilidades que possibilitem o

manejo de tensões inerentes ao processo de aprendizado de valores. É preciso unir

esforços para possibilitar o aprender através de vivências que auxiliem a superar a

problemática do bullying, com criatividade, através de habilidades comunicativas que

favoreçam o diálogo e o desenvolvimento da pessoa. Isso é necessário para

contribuir com a interrupção do ciclo de violência presente em nossa sociedade a

média e longo prazo. Levar os educandos a perbecerem as influências negativas

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que o bullying provoca em suas vidas é essencial, o quanto prejudica o ensino

aprendizagem e afeta a socialização entre eles.

Diante dessa problematização, questionamos:

*Quais ações de reflexão, discussão e enfrentamento as problemáticas causadas

pelo bullying deverão ser efetivadas no contexto do colégio?

* O que leva adolescentes a terem atitudes violentas dentro do espaço escolar,

comprometendo a saúde física e mental e o desenvolvimento sócio-educacional de

seus pares?

Conforme análise da realidade escolar, tem sido muito difícil para docentes e

toda equipe escolar em especial para os educandos, conviver com o bullying dentro

da escola. Porém através das reflexões e trabalho conjunto para esse problema,

buscou-se possibilidades de resolvê-lo colaborativamente.

Parece ser uma alternativa para enfrentar o bullying nas atuais circunstâncias e

ajudar crianças e adolescentes a construir suas vidas sem violência

Assim, a intenção desse trabalho foi encontrar formas de minimizar / diminuir

o bullying dentro da escola, pois entende-se que é principalmente no Ensino

Fundamental, que se plantam as raízes da conduta, necessárias à formação do

educando, que ele terá ao longo da vida.

Esta pesquisa pretende contribuir e possibilitar aos educadores, que

repensem suas práticas pedagógicas, no tocante a diversidade de sujeitos que

permeiam as salas de aula, observando as diferentes condutas, a aprendizagem e o

processo de socialização de seus educandos.

Inicialmente realizamos uma pesquisa diagnóstica na escola com o objetivo

de obter dados dos docentes do Colégio Estadual Irma B. Bianchini, sobre o

entendimento dos mesmos, quanto ao tema trabalhado. Participaram da enquete

dezenove docentes. Nessa pesquisa, a maioria dos participantes demonstraram

dificuldades sobre o significado correto do fenômeno bullying, suas causas, e

conseqüências e como abordarem e inibirem a sua propagação no ambiente

escolar.

2 . CONHECENDO O BULLYNG

Bullying é uma palavra de origem inglesa cujo significado é “desejo

consciente e deliberado de maltratar outra pessoa e colocá-la sob tensão”. (FANTE

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e PEDRA 2008, p.33).

Na raiz etimológica inglesa, em que o vocábulo se originou, o próprio termo

bully quer dizer “valentão, tirano, brigão. Já o verbo bully significa tiranizar,

amedrontar, brutalizar, oprimir, e o substantivo bullying descreve o conjunto de atos

de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um

indivíduo”. (FANTE e PEDRA 2008 p.34). Dan Olweus, (2010) professor da

universidade da Noruega foi o primeiro a relacionar a palavra bullying ao fenômeno.

Ao pesquisar as tendências suicídas entre adolescentes, Olweus descobriu que a

maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, bullying era um mal

a combater.

O agressor não sente culpa, ao contrário, sente prazer em dominar, acha que

sua agressividade é uma qualidade por isso libera a sua violência contra os que

estão fora do seu grupo e quando apoiado pelo grupo, só vê positividade em suas

ações (OLWEUS apud BANDEIRA e HUTZ, 2010, p.132).

A questão do bullying tem interferido no processo educativo, o qual, direta ou

indiretamente, afeta toda sociedade contemporânea. O bullying pode ser entendido

como um processo complexo e desafiador e requer uma atenção cuidadosa e

adequada que deverá ser fundamentada teoricamente, por meio de conhecimentos

científicos, sem preconceitos e discriminações. Segundo Pierre Bourdieu (2003) em

suas teses afirma que:

a) os alunos não são indivíduos abstratos que competem em condições

igualitárias, mas atores socialmente construídos que trazem uma bagagem social e

cultural diferenciada e mais ou menos rentável no mercado escolar.

b) “A escola não é uma instituição neutra e representa os gostos, crenças,

posturas e valores de grupos.”

Suas funções centrais, segundo Dubet/Martuccelli (1997), são as de

integração (socializando para uma determinada sociedade), distribuição (mercado

de trabalho) e subjetivação (criando identidades que se ligam a cultura escolar e aos

papéis sociais) que adquirem formatos específicos de acordo com as diferentes

sociedades e tempos históricos.

As funções de integração, distribuição e subjetivação não ocorrem, sem

conflitos. Ainda segundo Dubet / Martuccelli (1997) dependendo dos resultados

desta equação, as pessoas se socializam e subjetivam na escola (quando há

percepção da utilidade, identificação com o ambiente e interesse intelectual)

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paralelamente à escola (quando não há algum destes elementos) e contra a escola

(quando há ausência da percepção da utilidade - para que serve a escola? Não há

identidade com a forma ou cultura escolar e nenhum interesse ou paixão intelectual).

Na escola o educando quer vivenciar, a relação de utilidade dos estudos,

criar, num ambiente humanizado, democrático e solidário, uma identidade com o

ambiente e a cultura escolar. Se a instituição realiza o direito à educação, direito de

todos, e desenvolve no educando a paixão e o interesse pelo conhecimento,

consegue mediar seus conflitos.

Diante das dificuldades em conceituar a violência escolar, algumas

formulações tem sido elaboradas por pesquisadores do assunto, Charlot (2002),

classifica a violência escolar em três níveis:

a) violência – golpes, ferimentos, violência sexual, roubos, crimes, vandalismo.

b) incivilidades – humilhação, palavras grosseiras, falta de respeito.

c) violência simbólica institucional – compreendida como falta de sentido

permanecer na escola, o ensino como um desprazer que obriga o jovem a aprender

matérias e conteúdos alheios aos seus interesse, as implicações de uma sociedade

que não sabe acolher os jovens no mercado de trabalho, a violência das relações do

poder entre professores e alunos, a negação da identidade e insatisfação

profissional dos professores, a sua obrigação de suportar o absenteísmo e a

indiferença dos alunos.

Analisando todos esses conceitos, percebemos que o termo violência passou

por uma reconceitualização, devido o reconhecimento dos direitos sociais e ao

aumento do exercício da cidadania pela população.

Schoolbullying pode ser traduzido pela idéia de trote ou provas repetidas

entre educandos. Podemos dizer que uma criança e um adolescente é vítima de

bullying quando outra criança ou adolescente ou mesmo em grupo caçoam dele e

insultam-no, também quando é ameaçada, batida, empurrada e quando recebe

mensagens injuriosas ou maldosas.

A noção de microviolência é a síntese entre schoolbullying e incivilidade.

Debardieux (2000) argumenta que a carreira da vitima, como a carreira do

delinquente, constrói-se precocemente através das pequenas agressões não

tratadas, provocando uma desvalorização profunda no que sofre a violência, um

abandono do espaço público e um sentimento de impunidade no agressor.

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Os educadores podem criar oportunidades de os alunos tornarem visíveis ou de sua preferência e sua determinação, mesmo quando todas as pessoas tem uma história problemática a respeito desses alunos, casos de fracasso, de bullying ou de falta de respeito. (BEAUDOIN, TAYLOR, 2006.p.121).

A colaboração de todos na turma é uma ação valorizada para minimizar os

efeitos e as consequências do bullying. Os educandos para BEAUDOIN e TAYLOR

(2006, p.45), não são o problema, mas sim o sentimento da falta de opções ( devido

aos bloqueios contextuais ) [...] . De acordo com as autoras:

Os jovens envolvidos em questões de desrespeito e bullying precisam de um auxílio que eles realmente possam fazer escolhas difíceis [...]isso não significa adultos expondo opções, mas sim jovens que são convidados a realizar um processo mais aprofundado de auto investigação dado o contexto específicos de suas vidas (2006, p.44).

O educador deve considerar o contexto em que cada um de seus educandos

vive e está envolvido. Não pode apenas julgar a situação pelo ato em si, mas antes

conhecer as histórias, problemáticas ou não. Ainda, de acordo com BEAUDOIN e

TAYLOR (2006, p.48):

Se os educadores reconhecerem que nenhuma verdade efetiva pode ser descoberta, mas sim apenas a perspectiva de cada aluno e sua experiência subjetiva da situação, estabelece-se um tipo bem diferente de conversa. Os alunos sentem-se então ouvidos e respeitados, talvez não tentem provocar nem defender nada, e cria-se um contexto no qual pode surgir acompreensão e a resolução de problemas.

A punição para as conseqüências de atos irresponsáveis nem sempre é útil

para modificar o comportamento do educando. As punições constantes “levam

professores e aluno a ficar presos em um ciclo vicioso cheio de problemas, no qual

as mesmas reações se repetem” (BEAUDOIN; TAYLOR, 2006, p.53).

Para haver mudança no comportamento, as boas intenções contam e são

importantes, mas por si só não são determinantes para a transformação. A presença

da capacitação e do encorajamento aos educandos se faz necessária para que eles

cumpram esse propósito.

O conflito não é ruim, tem inúmeras vantagens como, por exemplo:

Ajuda a regular as relações sociais; ensina a ver o mundo pela perspectiva do outro; permite o reconhecimento das diferenças que não são ameaças, mas resultado natural de uma situação

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em que há recursos escassos; ajuda a definir as identidades das partes que defendem suas posições; permite perceber que o outro possui uma percepção diferente; racionaliza as estratégias de competência e de cooperação; ensina que a controvérsia é uma oportunidade de crescimento e de amadurecimento social (CHRISPINO, 2007 , p.17).

Os conflitos devem ser administrados e não reprimidos, principalmente os de

sala de aula, porque podem transformar-se em violência difícil de ser controlada. É

necessário trabalhar bullying na escola, inclusive incluí-la no Projeto Político

Pedagógico da Escola, como prioridade nas ações a serem desenvolvidas no

decorrer do ano letivo.

O bullying é tratado como um fator de menor importância, mas sabe-se que

acaba motivando a evasão e a repetência escolar. No entanto, como afirmam

Palácios e Rego (2006, p.4): [...] “o bullying é o tema praticamente ausente nas

discussões em nossos congressos [...], sugerindo que o que falta inicialmente é

reconhecer o problema como um problema ou ao menos disseminar essa

percepção”.

A complexidade do comportamento de bullying costuma ser pouco

compreendida, sendo mesmo um problema grave que afeta a sensação de

segurança dos educandos. O comportamento de bullying tem a ver com o fato de os

adolescentes estarem infelizes, zangados e sentirem-se desvinculados e impotentes

em outras áreas de suas vidas.

Olweus (2010) conceitua o bullying como constituído “[...] em uma categoria

bem delimitada de agressão ou comportamento agressivo, caracterizado pela

repetitividade e assimetria de formas”. Para o autor, trata-se de “[...] um

comportamento agressivo e persistente com a intenção de causar dano físico ou

moral em um ou mais estudantes que são mais fracos e incapazes de se

defenderem” (OLWEUS apud BANDEIRA e HUTZ, 2010, p. 132).

Para Olweus (2010) o agressor é considerado “[...] um individuo procurando

poder e liderança dentro do grupo de iguais”. E ainda “é aquela criança que age de

forma agressiva contra um colega que é supostamente mais fraco, com intenção de

machucar, prejudicar sem ter havido provocações por parte da vitima” ( OLWEUS

apud BANDEIRA e HUTZ, 2010, p.132).

Se as crianças envolvidas no fenômeno bullying conseguirem superar seus

traumas, recorrendo as suas próprias habilidades e poder de auto–superação, ou

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ainda, se encontrarem professores que sejam capazes de dar-lhes apoio e

segurança, educando suas emoções através de estímulos positivos, que lhe

despertem sentimentos de confiança e amor, crescerão saudáveis e empenhados na

construção de uma sociedade promotora de paz.

O educador e psicólogo espanhol Álvaro Marchesi (2007, p.19) alerta: “Se

não forem adotados políticas para reduzir as desigualdades sociais e se não for

dada prioridade máxima a educação, existe um alto risco de que a violência

aumente ainda mais nas escolas”.

De acordo com PALÁCIOS e REGO (2006) o bullying tem sido praticado cada

vez mais nas escolas de educação básica. Nesse sentido afirma que este termo:

[...] tem sido utilizado para designar uma prática perversa de humilhações sistemática de adolescentes no âmbito escolar. Tem sido inclusive, objeto de política explicita de combate em estabelecimentos de ensino. A dimensão do problema pode ser identificada, por exemplo, como a quantidade de comunidades virtuais no Orkut que vem tratando do tema, incentivando a constituição de redes de proteção e apoio. Assustadoramente, também se encontram comunidades de incentivo ao bullying e a violência [...]. (PALÁCIOS e REGO, 2006.p.3).

Segundo estudiosos, estamos num período de pós-modernidade, onde a

família esta sofrendo tensões e se tornando incapazes de resolver problemas com

seus filhos. É preciso que haja uma ação conjunta, não adianta pensar que a escola

possa fazer alguma coisa que valha a pena, sozinha. Prevenir o bullying é uma

medida lenta e eficiente.

Em Curitiba como informam Silva e Salles (2010) têm sido implementadas

algumas propostas para diminuir a violência nas escolas. A idéia é incentivar a

elaborar projetos que promovam as relações democráticas dentro da escola. Nesse

sentido se insere a Lei Municipal número 13632/2010 que dispõe sobre a politica

“antibullying” nas instituições municipais de Curitiba. Essa legislação, pioneira no

Brasil, orienta as escolas a pensarem em ações de enfrentamento ao bullying

(Curitiba, 2010).

No Brasil, apenas um programa buscava envolver os agentes escolares,

sociedade e governo a pensarem ações de enfrentamento ao bullying, como situam

Silva e Salles:

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Como iniciativa governamental, parece-nos que somente no Programa Ética e Cidadania, que incentiva as escolas a elaborar um projeto com essa temática, a questão da violência está inserida como um dos módulos a ser contemplado. O intuito do módulo não é o de criar uma escola onde os conflitos sejam eliminados, mas sim o de promover ações e estratégias que mantenham os comportamentos em níveis democraticamente aceitáveis. Os pressupostos é que se não é possível postular uma ausência de conflitos em instituições que são compartilhadas por seres humanos e, no entanto possível lidar com os conflitos de forma democrática (SILVA E SALLES, 2010. p, 226).

No programa citado há um módulo específico para tratar a violência escolar e,

de acordo com as autoras, propostas como o estabelecimento desse programa dão

condições para “[...] a construção de valores democráticos que auxiliem na

transformação das relações sociais, de forma a se atingir a justiça social e o

aprendizado da participação cidadã nos destinos da sociedade” (SILVA e SALLES,

2010, p.226).

A adoção de estratégias de prevenção é o que propõe a maioria dos estudos

realizados sobre a temática. Ainda são escassas as propostas que forneçam bases

teóricas seguras para a implantação de um plano de intervenção.

Mas há um consenso entre os autores pesquisados de que a prevenção é a

melhor maneira de enfrentar o bullying na escola, abarcando todos os envolvidos

com o processo educativo e demais segmentos da sociedade. Para que a prevenção

seja mais eficiente, as atitudes devem começar dentro da própria instituição de

ensino.

3 . ETAPAS DO PROJETO

O projeto desenvolvido com docentes do Colégio Estadual Irma Antonia B.

Bianchini, apresenta a experiência de aplicabilidade através de oficinas, com o

objetivo de orientar e desenvolver práticas pedagógicas, de formação docente, em

busca de alternativas e ações para a conscientização, prevenção e enfrentamento

ao bullying escolar. As oficinas ocorreram em nove etapas do dia 03 de fevereiro a

25 de julho de 2014.

O material didático utilizado foi o caderno temático, apresentado em três

unidades contento na unidade um, a fundamentação teórica. A unidade dois, contém

dois textos de apoio. A unidade três, refere-se a apresentação e análise dos dados

levantados na pesquisa diagnóstica realizada com os docentes.

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A metodologia se pautou em uma abordagem qualitativa, que através da

pesquisa bibliográfica, foram analisados as principais questões que envolvem a

problemática do bullying.

Por se tratar da intervenção num problema educacional e social, foi dado

continuidade com a pesquisa ação que procura unir a pesquisa a ação ou prática.

O objetivo foi ajudar os docentes a investigar sua própria prática de uma

forma reflexiva e crítica.

As contribuições e sugestões do GTR (Grupo de Trabalho em Rede) SEED-

PR, foram significativas, enriquecendo e contribuindo para a continuidade dos

trabalhos.

As oficina foram desenvolvidas em nove etapas, a seguir:

ETAPA 1

Na oficina um, foi promovido o encontro com a direção, equipe pedagógica,

docentes e agentes educacionais | e ||, para a seguinte ação:

* Apresentação e explanação do Projeto de Intervenção Pedagógica na

Escola, através do data-show, onde também foram definidos os locais onde seriam

realizadas as outras atividades, bem como o levantamento dos materiais didáticos -

pedagógicos que seriam utilizados durante o processo de implementação do projeto.

ETAPA 2

Na oficina dois, houve o encontro com toda a equipe escolar, onde apresento

o material Didático (Caderno Temático), utilizando-se do data-show. Enfoquei os

resultados da pesquisa realizada com os docentes, em julho de 2013, os quais

deram embasamento para as atividades que foram realizadas no Colégio sobre o

Bullying.

ETAPA 3

Nessa etapa três, todos os segmentos da escola participaram da oficina para

tomarem conhecimento das atividades realizadas na escola sobre o bullying, e para

atuarem como parceiros nessa tarefa, ajudando na identificação dos casos e

observando o comportamento dos alunos.

1° MOMENTO: Iniciou-se com a apresentação do curta: A peste da Janice. Curta

que refere-se ao bullying.

2° MOMENTO: Deu-se continuidade com a apresentação de um Documentário do

Jornal Nacional (Vídeo de reportagem sobre Bullying).

Após as apresentações houve o momento de reflexões, comentários, troca de

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idéias, pois nessa etapa, o objetivo foi sensibilizar e conscientizar os profissionais

para a necessidade do trabalho conjunto de prevenção e combate ao bullying ,na

nossa instituição de ensino.

ETAPA 4

A Oficina quatro promoveu uma Dinâmica de Grupo com representantes de

toda a equipe escolar: sensibilização e conscientização com slides informativos,

sobre bullying, conversação e discussão sobre a necessidade de intervenção.

Nesta etapa foi realizada uma leitura minuciosa, da Fundamentação Teórica,

do Caderno Temático, com o intuito de uma maior sensibilização e conscientização

sobre o tema.

ETAPA 5

Na oficina cinco, realizou-se uma reflexão sobre a prática escolar, através de

estudos e discussões de dois textos do Caderno Temático, com docentes do

Ensino Fundamental.

* Violência e Cidadania: a contribuição da escola para a vida em sociedade.

* Crianças / Adolescentes e Cidadania.

ETAPA 6

Na oficina seis, foi realizada uma PALESTRA INFORMATIVA, pela Patrulha

Escolar, sobre bullying, atos infracionais, medidas socioeducativas, para os

docentes e demais segmentos da escola, Estes participaram tirando dúvidas e

trocando idéias com os patrulheiros.

ETAPA 7

Nesta oficina sete, foram definidas as ações, junto aos docentes, sobre a

prevenção do bullying escolar, a serem efetivadas em sala de aula, ou em outro

espaço escolar, com os educandos do 6° ano, por seus respectivos docentes

Após definidas as ações, partiu-se para a elaboração de material didático -

pedagógico e escolha de filmes, documentários , dinâmicas, músicas, a serem

utilizados no desenvolvimento das ações com os educandos. As atividades

centraram-se inicialmente, no desenvolvimento de um trabalho de sensibilização e

conscientização dos educandos, sobre a problemática do bullying.

ETAPA 8

Na etapa oito, as oficinas aconteceram em sala de aula. Iniciou-se com a

explanação, pelo professor sobre a necessidade de estudarem e identificarem o

bullying. Foi utilizado inicialmente o vídeo: A fábula do porco espinho (Natalia

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Mangoni - 2:58m).que reforça a boa convivência e o relacionamento interpessoal.

Entre as outras ações aplicadas pelos docentes, destacamos:

* Música e vídeo -Fernanda Abreu - Eles estão surdos (Elas cantam Roberto).

* Vídeo: Explicativo para escolar, sobre bullying.

* Filme: Moda Amarela (busca a auto - estima e a aceitação e atitudes).

* Curta: A peste da Janice.

* Documentário do Jornal Nacional, sobre o tema.

* Poesia , Paródia e construção de frases como, Não façam com os outros o que

não gostaria que fizessem com você!

* Gibis - tirinhas - Cebolinha e Mônica, relacionando o comportamento da Mônica e

do Cebolinha, onde ambos se ofendem o tempo todo, com apelidos e chacotas do

tipo "Mônica dentuça"..."Cebolinha cinco fios ou cabeça de arame"... A professora

transportou para a nossa realidade de forma lúdica, cobrando comprometimento dos

alunos em relação ao comportamento dentro da escola. Mostrou que o preconceito,

os rótulos e a imagem preconcebida de determinada pessoa. é prejudicial ao

relacionamento das pessoas e que para o bom convívio é necessário respeito,

tolerância e paciência. Devemos aprender a conviver com as diferenças, salientando

que cada um merece o devido respeito. Com esse trabalho enfatizou-se a

importância do respeito mútuo entre os colegas e a boa convivência em grupo.

* Filme: Formiguinha Z. Desenho animado sobre uma formiguinha questionadora,

que busca um lugar melhor para viver. Ela deseja, na verdade, uma transformação

de maneira espontânea e não concorda com a discriminação no formigueiro.

* Valores: Respeito e Solidariedade.

* História em quadrinhos.

* Trabalhos em sulfites - confeccionaram trabalhinhos que foram anexados no mural

da escola.

Foram observados avanços nesta etapa da implementação. Os docentes

demonstraram segurança na aplicabilidade das ações pedagógicas propostas,

envolvendo os educandos com o tema, através de atividades diversificadas e

prazerosas.

ETAPA 9

Na oficina nove, foi realizado um seminário para a avaliação do processo de

intervenção com reflexões ,sugestões e apresentação dos resultados.

Após o desenvolvimento de todas as ações de implementação, foi feito uma

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reflexão e discussão , onde os docentes puderam opinar e refletir sobre essa

experiência que vivenciaram com seus educandos. Todos os componentes do grupo

participaram ativamente das discussões proporcionando uma rica troca de

experiências.

Outro questionamento importante, levantado por uma professora participante,

foi sobre o aconselhamento aos alunos com problemas de comportamento

inadequado, antes ou após situações caracterizadas como bullying.

Ao serem questionados sobre o desenvolvimento do Projeto de Intervenção

na escola, se o mesmo atingiu seus objetivos, todos responderam que sim,

justificando que precisavam de conhecimentos a respeito do fenômeno bullying,

como detectar, intervir, tratar e inibir o problema com sabedoria. Enfim, atendeu

plenamente o proposto, pois além da prática, o material para estudo foi fundamental.

Através desse seminário verificou-se que os docentes colocaram em prática

os conhecimento apreendidos, sensibilizando e conscientizando seus educandos

sobre a problemática do bullying.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devemos estar ciente que a principal função da escola é criar e oportunizar

uma aprendizagem de qualidade. Mas, não podemos esquecer que para que isso se

torne efetivo, é necessário um ambiente saudável e acolhedor, canalizando,

aspectos positivos que resultem na melhoria da auto-estima de todos os envolvidos

no processo escolar.

A finalidade desse trabalho implementado na escola foi minimizar e inibir o

fenômeno bullying para que este, não interfira no processo de ensino-aprendizagem,

estimulando o bom relacionamento entre todos.

O papel do docente é fundamental para se obter na sala de aula um clima de

respeito mútuo, fazendo com que os educandos entendam a importância de

respeitar os colegas, refletir e dialogar ao invés de ofender e agredir. Ele deve estar

atento para o comportamento de seus alunos, como se relacionam entre si,

observando, intervindo sempre que necessário. Não só os docentes e pedagogos,

mas toda a equipe escolar deve investir num relacionamento harmonioso,

respeitador, enfatizando sempre as boas maneiras, quase esquecidas em nossos

dias.

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É muito importante envolver os pais no trabalho contra o bullying, para

monitoramento dos acontecimentos diários, ajudando na prevenção e combate à

prática do fenômeno, oferecendo a eles, palestras informativas e encontros para

estudos e discussão.

As contribuições, sugestões e questionamentos realizadas no GTR (Grupo de

Trabalho em Rede), foram enriquecedoras para o sucesso do trabalho realizado na

escola e para a conclusão do artigo.

Os resultados obtidos no trabalho desenvolvido na implementação pelos

docentes foram satisfatórios, pois houve interesse dos docentes pelo assunto

estudado. Demonstraram boa vontade em participar e desenvolver as ações com

seus educandos, dando sugestões de atividades e enfocaram que toda a equipe

escolar e pais devem se empenhar no combate ao bullying. Percebeu-se o

envolvimento e o comprometimento no planejamento e execução das ações. na

sensibilização e conscientização do tema. Como resultado positivo, destacou-se

também a interação entre os docentes participantes.

Quanto aos educandos, os resultados obtidos foram positivos: promoveu

vínculos entre educandos e docentes; respeito as diferenças, inibindo atitudes

preconceituosas e excludentes; melhoria no desempenho escolar; disciplina na sala

de aula; mudanças de atitudes demonstrando melhorias no relacionamento

interpessoal e no convívio dentro da escola; cooperação durante atividades lúdicas,

esportivas e recreativas. (antes brigavam, excluíam colegas); crianças e

adolescentes felizes e sentindo-se valorizados.

Esperamos que o trabalho aqui iniciado, prossiga, propague-se, onde os

educadores dêem continuidade,que possam olhar a escola com um novo propósito,

novas idéias, porque tanto os docentes envolvidos, como os educandos

participantes, deram um grande passo, para a transformação do ambiente escolar.

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