Os Ditames da Consciência: "A Consciência em busca de si mesma" Vol. IV

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Maribel Oliveira Barreto

Os Ditames da Consciência

A CONSCIÊNCIA EM BUSCA DE SI MESMA

Volume 4

Salvador, Bahia Sathyarte

2013

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Maribel Barreto Os Ditames da Consciência - Vol. 4

Projeto gráfico e editoração: Sathyarte - Arte e Mídia Ltda.

e-mail: [email protected]

Capa: Ana Paula Amorim

B26

BARRETO, Maribel. Os ditames da consciência: a consciência em busca de si mesma. / Maribel Barreto. Salvador: Sathyarte, 2013. 186p. 1. Consciência - ditames. 2. Consciência – desenvolvimento. 3. Consciência - espiritualidade. 4. Consciência - educação. I. Título.

CDD: 989

1ª Edição - Salvador/Bahia, 2013.

Direitos desta edição reservados à autora, que permite e estimula a reprodução de parte do livro,

desde que seja citada a fonte.

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“Deus está nos esperando e a nossa resposta está em nossa Consciência.”

(JAIR TÉRCIO COSTA)

“É essencial, para a sobrevivência da humanidade atual, que o serhumanohumanidade tome Consciência

e aprenda a cuidar da sua vida interior.” (NOEMI SOARES SALGADO)

“O esforço do discípulo é para despertar a Consciência na estrelada parte de si mesmo,

na qual dormem o seu poder e a sua divindade.” (MABEL COLLINS)

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AGRADECEMOS...

A Deus, por reconhecermos que não é necessário viajar para encontrarmos sabedoria, senão em nós mesmos;

À Natureza, pelo exemplo de se revitalizar por si mesma e nos convidar a imitá-la;

Aos Seres Humanos, que nos conduzem a investir em virtudes, através das experiências em todos os níveis;

A todos os amigos, pela confiança conquistada;

A todas as amigas, que laboram diretamente conosco, nos ajudando conscientemente;

A Pai (Robinson), Mãe (Marilusa), Irmão (Robertinho) e demais familiares, como um todo, pelo todo que nos oportunizam quanto ao nosso progresso abreviado e consciente;

A Alexandre Caldas (Amigo, Esposo e Pai), pelo amor na nossa relação, demonstrado pela ação;

A Luciano Barreto Caldas – Sat (Amigo, Filho e Irmão), pela

sensibilidade, afinidade e cumplicidade;

Ao Pai e Mestre Espiritual, Jair Tércio Cunha Costa, pela reta condução, tal como a nascente, que indica ao rio, o caminho e o ajuda a caminhar até onde deve desaguar...

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PREFÁCIO

Com este livro sobre consciência, Maribel Oliveira Barreto firma mais uma veza sua liderança em plena ascensão. Espírito criativo, positivo, dinâmico e acolhedor, é uma militante da espiritualidade. Conheço-a desde o tempo em que foi minha aluna no Mestrado e Doutorado em Educação, na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Preparou-se da melhor maneira possível com os recursos da comunidade baiana para melhor servi-la.

A sua formação de base é a educação. Formou-se em pedagogia pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal). Fez a pós-graduação na UFBA, pós-doutorado nas Universidades de Brasília e na Católica de Brasília, com especialização em psicopedagogia.

Nos reencontramos na Fundação Visconde de Cairu (FVC), no Mestrado em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social. Maribel começou ensinando nos cursos de especialização a disciplina de Gestão e Desenvolvimento Humano e com essa experiência engendrou o mestrado na área. Concebeu, então, o Mestrado Multidisciplinar em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social e compartilhou a ideia com um grupo de professores doutores colegas do nível de uma Elizete Passos, Nívea Fraga Rocha, Noemi Salgado e Fernando Leal. Aprovado o projeto pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o seu desempenho tem sido excelente.

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Como servidor da FVC, trabalho nesse programa e testemunho a desenvoltura da liderança de Maribel. No tempo que era aluna, eu trocava o seu nome e a chamava de Dulcimel. Maribel, Dulcimel, um prodígio de alma humana! Tem garra, entusiasmo e seriedade no trabalho de coordenação, juntamente com as colegas na condução do mestrado.

Tenho a satisfação de trabalhar com competentes profissionais, como Maribel, que foram minhas alunas na UFBA. Elizete Passos, a morenaça filosófica, foi selecionada para a primeira turma de doutorado em Educação, que eu criei, na UFBA, e que foi o primeiro do Nordeste. Elizete se não foi a primeira doutora em Educação da Bahia é uma das primeiras. Nívea Fraga Rocha foi minha orientanda de mestrado. Defendeu uma belíssima dissertação em avaliação, depois seguiu para Espanha onde obteve o doutorado. Hoje, o mestrado da Cairu conta com a inteligência de Antônio Carlos Ribeiro, que foi meu aluno no Mestrado em Contabilidade, e se doutorou em Educação pela Universidade do Minho em Portugal. Estou para a minha felicidade acadêmica arrodeado de alunas e alunos. Deus seja louvado!

Além dos alunos de Salvador, o mestrado tem atraído profissionais de Santo Antônio de Jesus, de Barreiras e de outros municípios. O programa atende a uma faixa de alunos que por comodidade de horário não pode frequentar as pós-graduções da UFBA. A bem da verdade, o mestrado da Fundação Visconde de Cairu atende uma demanda insatisfeita de pós-graduação strictu sensu da Bahia.

Maribel tem tido um produtivo desempenho acadêmico, tanto na Bahia, como fora. Recebeu o título de doutora Honoris Causa, no Panamá. É cidadã do Município de Salvador e avaliadora institucional do Ministério da Educação. Compõe

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conselhos consultivos de instituições. Foi premiada duas vezes pela Organização das Américas para a Excelência Educativa (ODALE). Integra a Academia de Letras de Jequié, sua terra natal, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, a Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia.

Desejo destacar o seu trabalho comunitário em prol do desenvolvimento da criança e adolescente em Paripe, Roça da Sabina, Calabar, Baixa do Dendê, Lar Vida. Assiste tanto o Grupo de Apoio à Criança com Câncer como o Núcleo de Apoio à Criança com Paralisia Cerebral.

Tudo isso Maribel realiza e anima com a positividade de sua personalidade comunicativa e cativante, mas o ponto fulcral de sua atenção é o ensino e a prática da consciência. Várias são as atividades nesta área do seu pendor filosófico, moral e acadêmico. Ensina, faz palestra, cria núcleos, disponibiliza livros e revistas, escreve artigos e livros, publica, dentro dessa diretriz, tem uma linha de reflexão. Com este Ditames da consciência: a consciência em busca de si mesma, alcança nove publicações. Tem todas as condições para continuar trabalhando cada vez mais a consciência.

Edivaldo M. Boaventura Professor Emérito da UFBA

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................ 13

1 O SER HUMANO EM BUSCA DA CONSCIÊNCIA ............. 17

1.1 A Disciplina Conscienciologia .................................... 42

2 A CONSCIÊNCIA ......................................................... 61

2.1 Workshops: “Os Ditames da Consciência” e Vivências: “O Despertar da Consciência” ...................... 77

3 A CONSCIÊNCIA EM BUSCA DE SI MESMA .................. 101

3.1 Krishna .................................................................... 105

3.2 Moisés ..................................................................... 113

3.3 Brahma .................................................................... 123

3.4 Mahavira ................................................................. 129

3.5 Zoroastro ................................................................. 138

3.6 Buda ........................................................................ 141

3.7 Jesus ....................................................................... 153

3.8 Maomé .................................................................... 157

3.9 Jair Tércio ................................................................ 160 REFERÊNCIAS ................................................................ 179

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APRESENTAÇÃO

A presente Obra é fruto de 25 anos de trabalho dedicado ao movimento incansável, incessante e intenso de despertamento, construção e desenvolvimento da nossa Consciência, buscando nos livrar da nossa ignorância; e por isso nos tornando perceptivos o bastante, a ponto de não ter mais espaço em nós.

Neste momento, compartilhamos com o leitor as principais realizações relativas à Consciência, resultado de estudos, projetos e construções, tanto individuais, quanto coletivos, demonstrando que desde a mais tenra idade, conscientemente a partir dos 14 anos nesta existência, nos importamos com a importância da Consciência, quando, por afinidade moral, tivemos o merecimento do reencontro com nosso Pai e Mestre Espiritual, Jair Tércio Cunha Costa.

Partimos de indagações acerca da vida, de onde viemos, para onde vamos, quem somos; indagações estas que nos atraíram para o conhecimento, sentimento e busca de realização do nosso objetivo de vida, nos sendo evidenciado, através de verdades experimentadas, que as realidades de todas as dimensões, deste e de outros níveis do viver, não estão fora, mas dentro de cada um de nós, tal como a Consciência nos releva, através das Leis Naturais que regem o Universo, as quais nos favorecem reger as diretrizes básicas para se viver a vida definitivamente segura.

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Assim sendo, a Consciência nos indica que não basta conhecê-la, mas importa nos conectarmos com ela, a ponto de com ela nos identificarmos, afinal, a evolução se prova, se praticando, que é da Consciência buscar a si própria, e quando ela vem, no gênero humano, a Iluminação, para este, se mostra, se rende e se revela para os devidos fins.

Eis que a Consciência não vive isolada de teoria alguma, quer seja da ciência, da filosofia ou da religião, mas envolve experiências diretas, corretas e completas, portanto, o processo de conhecer, autoconhecer e, por fim, o autorrealizar.

Neste contexto, socializamos os capítulos que compõem esta Obra, evidenciando tanto os verbos norteadores, quanto as práxis inerentes a cada a um deles, a saber:

Item Capítulos Verbo Práxis

1 O Ser Humano

em busca da Consciência

Conhecer

Criação, implantação, manutenção e ampliação da disciplina Conscienciologia no ensino superior.

2 A Consciência Conectar

Criação, implantação, manutenção e ampliação do Workshop: “Os Ditames da Consciência” e da Vivência: “O Despertar da Consciência”.

3 A Consciência

em busca de si mesma

Identificar

Vida e Obra dos 9 instituidores, restauradores e mantenedores da Grande Obra Divina.

Ao final, poderemos ter a clara, definitiva e segura percepção de que o Ser Humano foi projetado para atingir a Consciência Suprema, e portanto, tem o dever moral de fazer ser cada vez mais ampliado o grau de sua Consciência, a ponto de

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tornar-se tão abrangente que possa perceber que nada mais falta; que tudo está presente. Até porque a Consciência nos leva a conquistar novas dimensões do nosso Ser; ela é a chave para a bem-aventurança, imutabilização, enfim, para a iluminação.

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1 O SER HUMANO

EM BUSCA DA CONSCIÊNCIA

“Tanto a religião quanto a filosofia, bem como a ciência

têm como finalidade o despertamento, construção e/ou desenvolvimento da Consciência humana,

do contrário, seu trabalho terá sido em vão.” (JAIR TÉRCIO COSTA)

"Há no fundo das almas um princípio inato de justiça e de virtude, e é a este princípio

que dou o nome de Consciência." (JEAN-JACQUES ROUSSEAU)

“A vida não é aleatória. Há um padrão e um objetivo em cada existência.

O motivo pelo qual o desafio surge é simples: torná-lo mais consciente do seu objetivo interior.”

(DEEPAK CHOPRA)

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Ser Humano em seu processo evolutivo sempre está a utilizar de seus instrumentos psíquicos para buscar e achar o conhecimento que lhes

ajude a compreender a realidade na qual está envolvido. Assim, não raro ele labutará inclusive segundo certos argumentos quais embasarão esse seu labor. É notório que todo argumento em favor de uma abordagem, principalmente científica é deveras válido. E para o Ser Humano descobrir algo novo, precisa, quase sempre, de outras formas de trazer à tona novas abordagens.

É provadamente verdadeira a teoria de que, o Ser Humano, esse ser trino indivisível é, composto de espírito, alma e corpo físico, ser este cujo seu sentir, pensar e agir denunciam e tem a busca, quer natural quer artificial, não apenas de conhecer, mas de se aproximar até poder identificar-se com o seu espírito, seu interior mais íntimo, mais profundo, sua dimensão essencial, o seu Princípio Criador, que é também, de todas as coisas, afinal, Ser Humano algum se autocriou. Assim sendo, a evolução prova que ele deve autoconhecer; para tanto, caminha, quer consciente quer inconscientemente, nesta direção, de ter cada vez mais Consciência acerca do Princípio Criador, tempo em que procura questionar-se sobre a Vida e tudo que lhe é afeito, até porque, a criação prima por indagações, tais como:

- O que é Vida?

- Qual a origem da Vida?

- Qual a finalidade da Vida?

- Qual a razão da nossa Existência?

- Quais as teorias que embasam a origem da Vida: criacionismo e/ou evolucionismo?

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- Qual a Obra Divina da qual somos partes integrantes?

Buscando proporcionar a unidade do pensamento entre a religião, filosofia e ciência, porquanto, parece-nos claro que nenhuma delas isoladamente pode nos levar à nossa Origem Causal, vejamos algumas premissas científicas, filosóficas e religiosas na direção de possíveis respostas às indagações acima, buscando compreender a Vida como movimento inegável, inevitável e autossustentável, criador, vivificador e condutor de tudo que existe no Universo, demonstrado, observável e verificável na Natureza de todas as coisas, tanto interna, quanto externamente.

Considerando o fato de que no Universo tudo pensa, tudo vibra, tem vida, porquanto, é notório, também, o fato de que todo fenômeno Natural é expresso, segundo o movimento, o espaço e o tempo, senão vejamos:

- Quanto à Vida:

“A Vida não é um atributo peculiar dos animais e vegetais, que se delimita por um espaço de tempo que vai do nascimento até a morte.” (COSTA, 2009, p. 250);

“A Vida é onipresente em todos os seres e em todas as coisas, nos diferentes graus em que ela tem de se manifestar, una e indestrutível.” (COSTA, 2009, p. 219);

“A Vida é o bem maior e de prioridade máxima.” (BARRETO, 2001, p. 45);

“Vida é a culminação do passado, a percepção do presente, a indicação de um futuro além do conhecimento, a qualidade que dá um toque de divindade para a matéria.” (LINDBERG, 1976, p.35);

“A Vida se prova se praticando; ela é movimento, espaço e tempo de si mesmo.” (COSTA, 2009, p. 212);

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“Todos os dias, bilhões de pessoas vão a templos, igrejas, mesquitas e sinagogas dedicar preces ao seu Deus, a fonte de todas as coisas. Não muito longe dos templos, em universidades e laboratórios, cientistas tentam explicar as várias facetas do mundo natural a partir de uma noção surpreendentemente semelhante: que a aparente complexidade da Natureza é, na verdade, manifestação de uma unidade profunda em tudo o que existe” (GLEISER, 2010, p. 13).

- Quanto à origem da Vida:

“A humanidade precisa se conscientizar de que tudo o que existe no Universo partiu de um princípio inteligente e absoluto. E em cada coisa que existe encontra-se todas as qualidades existentes neste princípio.” (BARRETO, 2005, p. 56);

“[...] um desígnio inteligente da vida sugere que a biologia deve se entender com o sentimento, o significado e o caráter propositado da vida, e com a ideia de um idealizador ou desenhista.” (GOSWAMI, 2009, p.16);

“Quando a vida surgiu? Como? E onde? Se surgiu aqui, será que surgiu também em outros lugares do cosmo? Existe vida extraterrestre? Se existir, será inteligente? Tal como com a origem do Universo, que apenas algumas décadas atrás era considerada uma questão além do alcance da ciência, a origem da vida – e sua possível existência em outros lugares do cosmo – é hoje foco da pesquisa de ponta.” (GLEISER, 2010, p. 221);

“A origem da vida é uma questão complexa, multifacetada. Temos que dividi-Ia em várias partes, cada uma exibindo uma riqueza inimaginável de ideias e possibilidades.” (GLEISER, 2010, p. 224);

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“Como na cosmologia, a maior dificuldade é a ausência de testemunhas diretas: ninguém estava presente para nos contar o que aconteceu. Temos que procurar por fósseis, por pistas capazes de iluminar o que ocorreu num passado distante.” (GLEISER, 2010, p.224);

“Temos que reconstruir uma história sabendo que é impossível fazê-lo perfeitamente: nunca saberemos exatamente o que ocorreu há quatro bilhões de anos no nosso planeta. Como argumentamos antes, sabemos apenas o que podemos medir, e o que podemos medir é limitado.” (GLEISER, 2010, p.224);

“Ao nascermos, morremos, e o fim decorre da origem.” (MANÍLIO, IV, 16);

“A primeira manifestação da vida no planeta originou-se no Reino Mineral; A vida se caracteriza desde o mineral até o Ser Humano e além; ser este que, pelos seus centros de forças, isto é seus chacras e plexos concebe a vida, denominados de, dentre outros, coronal, frontal, braquial, cardíaco, hipogástrico, umbilical e sagrado.” (COSTA, 2009, p. 520).

- Quanto à finalidade da Vida:

“Oculta na busca pela unidade de todas as coisas, encontramos a crença de que a vida não pode ser um mero acidente: se forças superiores não tiverem planejado nossa existência, nada faz sentido. [...] nossa presença aqui tem que ter uma razão de ser [...] Qual o sentido da vida se ela tiver surgido acidentalmente num universo sem propósito? [...] Por que somos capazes de pensar, de amar e de sofrer com tanta intensidade? [...] Não, devemos ser criaturas divinas, ou ao menos parte de um grande plano cósmico. Sermos meramente humanos não pode ser toda a história.” (GLEISER, 2010, p.16);

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“A Vida se prova pelo movimento, pois que se há movimento há Vida; e Vida é ação nas relações; Nada vive isolado. Viver é ser, é estar em ação quando nas relações com o todo que se faz parte.” (BARRETO, 2009, p. 87);

“As reflexões que um indivíduo faz acerca de suas próprias atitudes (mas também de suas emoções e sentimentos), frequentemente exercem um papel na condução da sua vida e nas mudanças dos seus estados mentais.” (SILVA FILHO, 2011, p.226);

“O valor das relações não é busca de segurança, prazer e satisfação, mas, sim, autorrevelação das nossas reações para que possa se realizar, de nós, o autoconhecimento.” (BARRETO, 2010, p.18);

“No Universo tudo são Leis; elas que partiram de um Princípio Criador, Deus, a Vida das Leis Universais. Dentro delas tudo é bem; porém, fora das mesmas, nada é claro, definitivo ou seguro.” (COSTA, 2009, p. 680);

“Com efeito, aprendemos cada dia a compreender melhor as leis da natureza. [...] E quanto mais isso seja uma realidade, mais os homens sentirão e compreenderão sua unidade com a natureza [...].” (ENGELS, 1846, p.24);

“Uma vez que no Universo tudo são Leis, interessa muitíssimo a todos nós que busquemos experimentar tudo aquilo que nos possibilite tal experiência.” (BARRETO, 2011, p. 65);

“Os fatos históricos da trajetória da existência humana, em diferentes civilizações/culturas, revelam-nos que os educadores-visionários da humanidade, inseridos nos contextos sociais de distintas épocas, reconheciam e reconhecem que a finalidade da educação não está dissociada da finalidade da vida. Educadores como Lao-

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Tsé, Zoroastro, Pitágoras, Buda, Heráclito, Sócrates, Sri Aurobindo, Yogananda, Kilpatrick, Dewey, Anísio Teixeira, Jung, Gurdjieff, Gandhi, Teilhard de Chardin, Jiddu Krishnamurti, Piaget, Rogers, Paulo Freire, Michel Random, Nicolescu Basarab, Emília Ferreiro, Leonardo Boff, Edgar Morin, Humberto Maturana, Sai Baba, entre tantos outros educadores, consideravam e consideram que a praxis educativa só tem sentido ser desenvolvida se estiver direcionada para o amoroso cuidado com a Vida, também manifesta na existência de todo Ser Humano.” (SOARES, 2007, p. 37).

- Quanto à razão de nossa existência:

“Durante milênios, magos e filósofos, crentes e céticos, artistas e cientistas vêm tentando decifrar o enigma da existência, convencidos de que a incrível diversidade do mundo natural tem uma origem única, que a tudo engloba. A essência dessa busca é a convicção de que, de alguma forma, tudo está interligado, de que existe uma unidade conectando todas as coisas.” (GLEISER, 2010, p. 13);

“Somente quando a Consciência do Ser Humano identifica a Razão da Nossa Existência, em grau significativo o bastante, e disto se utiliza quotidianamente, lhe é facultada a possibilidade de realizações e autorrealizações insuspeitadas.” (COSTA, 2009, p. 780);

“Há necessidade essencial de o Ser Humano compreender a Vida como um todo, a partir de si mesmo.” (BARRETO, 2012, p. 84);

“As duas fases da existência humana são a absoluta e a relativa, e é a habilidade na ação que sintetiza essas duas fases, possibilitando que todos os valores da vida sejam vividos.” (WHITE, 1997, p.241);

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“O Ser Humano, para compreender a Vida, usa de um meio que é o viver; Para tanto, o Ser Humano age através do uso do pensamento fixo; do pensamento flexível; e/ou do pensar sem pensamento. Eis que se faz necessário ser compreendido pelo Ser Humano se há ou não a possibilidade de viver segura, feliz e equilibradamente. Para tanto, um viver embasado nas Leis Naturais que regem o Universo.” (BARRETO, 2009, p. 95);

“Estamos aqui para realizar uma tarefa única e intransferível, para fazer florescer os talentos que o Mistério confiou a cada um de nós e para trazer o benefício de uma diferença.” (CREMA, 2009, p.16-17);

“[...] nós somos a Consciência cósmica, nós somos como o Universo reflete sobre si mesmo. [...] a verdade é que estamos aqui, refletindo sobre a razão de estarmos aqui. E isso nos torna muito especiais.” (GLEISER, 2012, p. 17).

- Quais as teorias que embasam a origem da Vida: criacionismo e/ou evolucionismo?

“O Ser Humano é muito mais que o produto de uma grande explosão inexplicável. O Ser Humano é muito mais que um capricho de elétrons. Muito mais que um aglomerado de átomos, células e moléculas. O Ser Humano não é só uma união de átomos, mas, também, de éteres criadores, enfim, de Universos Universais.” (COSTA, 2009, p. 212);

“O Ser Humano não é só um aglomerado de músculos, mas, também, de sentimentos.” (BARRETO, 2012, p.35);

“Evolucionismo e criacionismo constituem duas maneiras distintas, e extremas, de aceitar uma explicação para a existência da vida. Da nossa existência, a existência de nosso planeta e do nosso sistema solar, e a própria existência do Universo, explicação esta que transcende

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as potencialidades da ciência e do método cientifico, podendo ser aceita somente por um ato de fé — seja fé criacionista, seja fé evolucionista.” (VIEIRA, 2005, p. 125);

“O evolucionismo explica a origem do homem de "baixo para cima" a partir de formas menos complexas e o criacionismo de "cima para baixo" através do ato divino” (EPSTEIN, 2004, p. 45);

“Os seres vivos estão aqui por causa do universo e de seu propósito, mas também é fato que o universo está aqui por causa deles, de seu poder de causação descendente em sua natureza divina.” (GOSWAMI, 2009, p.115);

“[...] uma teoria de evolução criativa pode não apenas integrar ideias tão díspares quanto desígnio inteligente e evolucionismo ou descontinuidade e continuidade, como também unificar ideias de desenvolvimento (como a forma biológica surge de um embrião unicelular) com ideias de evolução.” (GOSWAMI, 2009, p.16);

“Teorias cosmológicas modernas explicam com enorme sucesso detalhes do evento ´Big Bang` que marca a origem do tempo. [...] Podemos, o que em cosmologia não é muito) afirmar com segurança que o Universo emergiu de uma sopa quente e densa de partículas elementares de matéria há 13,73 bilhões de anos (com margem de erro de apenas 120 milhões de anos, mesmo que os detalhes desse parto cósmico permaneçam desconhecidos. Sabemos que o cosmo-criança, com apenas alguns minutos de existência, produziu os elementos químicos mais leves, e que explosões estelares forjaram – e continuam forjando – aqueles necessários para a vida. Entendemos o funcionamento do código genético e o mecanismo responsável pela incrível diversidade de animais e plantas na Terra. Descontando a possível existência de outros seres

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capazes de teorizar sobre a vida e a morte, nós somos a Consciência do cosmo.” (GLEISER, 2010, p. 24-25, 101);

“Não acreditamos que, do ponto de vista da ciência, o criacionismo mereça mais do que uma breve menção, não sendo suas razões capazes de abalar o edifício das crenças científicas e das evidências a favor do evolucionismo. A teoria evolucionista naturaliza o homem fazendo-o parte imanente e contingente de um processo mais amplo e global. O criacionismo lhe atribui uma origem transcendental e necessária através do sopro da vontade divina.” (CRUZ, 2008, p. 58);

“As preocupações religiosas são as preocupações humanas mais básicas. "De onde viemos? Para onde vamos? Como devemos nos comportar?", que também são aquelas da ciência contemporânea”. (GLEISER, 2010, p. 3);

“É dos cientistas o Universo, a Natureza, portanto, a busca da noção exata de Leis Universais, de Leis Divinas, enfim, de Leis Naturais que regem o Universo; dos filósofos, o pensamento, a mente, portanto, a busca da noção exata de Consciência; e dos religiosos, o espírito, a essência, portanto, a busca da noção exata de alma. Noções estas que indicam aquilo que mais importa para a evolução abreviada do gênero humano. Assim, quanto mais breve unem-se a religião, a filosofia e a ciência, mais brevemente é auxiliada a humanidade quanto a busca da razão de nossa existência.” (BARRETO, 2005, p. 28);

“A Ciência moderna, ao mesmo tempo que mostra que não existe um grande plano da Criação, põe a humanidade no centro do cosmo. Podemos chamar mesmo chamar essa corrente de pensamento, que proponho aqui, de ´humanocentrismo`. Talvez não sejamos a medida de todas as coisas, como propôs o grego Protágoras em torno de 450 a.C., mas somos as coisas que podem medir. Enquanto

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continuarmos a nos questionar sobre quem somos e sobre o mundo em que vivemos, nossa existência terá significado.” (GLEISER, 2010, p. 16);

“Sem uma abordagem interdisciplinar, onde também considerações religiosas e teológicas entrem no processo, dificilmente teremos respostas satisfatórias para as questões da origem da vida como um todo.” (CRUZ, 2008, p. 57);

“Não podemos ter aqui uma resposta puramente científica. As respostas, se e quando houver, também terão componentes filosóficos e teológicos. Qualquer hipótese que se formule sobre a origem da vida tem de levar em consideração vários níveis de realidade e formas de tratar o assunto racionalmente, tendo em mente os limites do pensamento humano e os caminhos possíveis de resposta. Daí que proponho a importância do pensar teológico, propriamente entendido, para todas as etapas de aquisição de conhecimento sobre tais perguntas fundamentais” (CRUZ, 2008, p. 65);

“O que importa não é chegar a verdades absolutas, mas ao conhecimento. [...], o que importa não é saber tudo, mas o querer saber.” (GLEISER, 2010, p. 25);

“Para que o Ser Humano compreenda como se processa a criação e a evolução, chegando aos cálculos perfeitos, tendo confiança e certeza naquilo que conseguiu descortinar, é necessário que conserve a mesma simplicidade da Natureza, não procurando adicionar coisas inexistentes aos processos naturais, para não chegar a ponto de deturpação e complicação.” (COSTA, 2009, p. 236);

“A Grande Obra da Criação Natural, na proporção que vai sendo razoavelmente observada e estudada, deixa-nos

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clara a ideia de que a ação de criar é muito mais que uma obra do acaso.” (BARRETO, 2008, p. 58);

“Um dos grandes desafios para uma explicação científica das origens é o criacionismo "científico", que racionaliza o tema mítico das origens no livro do Gêneses.” (CRUZ, 2008, p.47);

“No Universo nada se perde, e tudo se transforma, aprimora e evolui, adquirindo, no mínimo, Vontade, Consciência e Ciência do seu Princípio Criador, pois nada é nada, veio do nada e ao nada voltará; Não existe criação sem Criador ou Criador sem criação.” (BARRETO, 2008, p. 78);

“A evolução criativa visa a uma inteligência cada vez mais elevada, ao desenvolvimento de qualidades da inteligência que as religiões e tradições espirituais identificam como divinas.” (GOSWAMI, 2009, p.17);

“O Universo deve ter tido uma causa primeira, um Criador (argumento cosmológico), pois o desígnio evidente do Universo aponta para uma mente ou um espírito supremo (argumento teleológico) enquanto a natureza do homem, com seus impulsos, aspirações, sentimentos e emoções, aponta para a existência de um Demiurgo pessoal (argumento antropológico).” (MARINO JUNIOR, 2005, p. 138);

“A busca é a evolução abreviada; No Universo não existe regresso, mas sim progresso.” (COSTA, 2009, p. 201);

“O Universo está em expansão acelerada.” (GLEISER, 2010, p. 143);

“Chegamos à revelação mais chocante da cosmologia moderna, que 96% da composição material do cosmo é desconhecida! Quanto mais aprendemos, mais temos para aprender.” (GLEISER, 2010, p. 145);

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“Existem provavelmente mais de 170 bilhões de galáxias no universo observável.” (GOTT, 2005, p. 470);

“É necessário que nossos navios partam rumo ao desconhecido, mesmo que os custos sejam altos. Por outro lado, devemos aceitar o fato de que a crença numa Teoria Final é cultural.” (GLEISER, 2010, p. 183);

“Antes o dito fato era, matéria atrai matéria; atualmente o fato é, energia e matéria se relacionam, e num futuro tão breve que a necessidade exija e a razão justifique, o fato será, no Universo tudo é energia.” (COSTA, 2009, p. 310);

“O universo ainda é considerado um todo pelas comunidades aborígenes que sobreviveram no planeta. Não fazem distinção entre as rochas, o ar e os seres humanos. Todos são imbuídos de espírito, uma energia invisível. Parece familiar? Pois esse é o mundo da física quântica, em que matéria e energia estão intimamente ligadas.” (LIPTON, 2007, p.222);

“Um homem sabe qual a combinação de forças capaz de produzir um determinado resultado. Ele sabe que tudo acontece de acordo com certas leis que governam as relações da matéria e da energia. Ele sabe que não há milagres e que tudo aquilo que parece ser um milagre é apenas a manifestação de alguma rara combinação de forças.” (WHITE, 1997, p.95);

[...] Atualmente, a teoria das supercordas é a única candidata viável para uma descrição unificada das partículas que inclui a gravidade e as três outras forças conhecidas (o eletromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca).” (GLEISER, 2010, p. 183);

“A incerteza do conhecimento é tão permanente quanto a incerteza do mundo quântico que representa uma

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limitação fundamental do conhecimento humano.” (GLEISER, 2010, p. 147);

“Já sabemos que tudo foi criado pelo movimento de Deus, sendo que este movimento é o responsável direto pela criação dos éteres e estes são a causa principal da criação dos átomos.” (COSTA, 2009, p. 239);

“A inteligência das células pode nos ensinar a viver.” (LIPTON, 2007, p.219);

“Em uma escala maior, creio que estamos sintonizando uma tendência criativa poderosa, que deu origem ao nosso universo, desde o menor floco de neve até a maior galáxia, da modesta ameba até a mais sensível e bem dotada das pessoas. E talvez estejamos atingindo o ponto crítico de nossa capacidade de nos transcender, de criar direções novas e mais espirituais na evolução humana.” (ROGERS, 1983, p. 50);

“Dadas as descobertas das últimas décadas, basta abrir os olhos, para ver que estamos avançando numa nova direção, criando uma nova visão de mundo, em que a ênfase deixa de ser no cosmo e passa a ser nós, humanos.” (GLEISER, 2010, p. 147).

- Qual a Obra Divina da qual somos partes integrantes?

“Ser Humano algum vive, senão para a Grande Obra Divina, portanto, não poderá evitar estar na presença do Divino.” (COSTA, 2009, p.45);

“A Grande Obra Divina envolve a Obra Homem; a Obra Planeta e a Obra Universo; A Obra Homem tem como fim auxiliar a Obra Planeta em sua abreviada evolução, em razão do equilíbrio dinâmico da Obra Universo, em sua eterna expansão; A Obra Planeta tem como fim auxiliar ao equilíbrio dinâmico da Obra Universo em sua eterna expansão; A Obra Universo tem como fim demonstrar,

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aparentemente, a existência de Deus, o Grande Arquiteto do Universo.” (COSTA, 2009, p. 266);

“Deus é a vida de tudo o que existe; Tudo o que existe está representado por Deus, quer seja nos minerais, vegetais, animais, hominais ou nos reinos das energias. Ele é justo e perfeito, eterno, imutável. É a vida permanente de todas as Leis. Tudo o que existe no Universo tem que obedecer às normas que regem as Leis. Tais Leis foram estabelecidas com a finalidade de desenvolver a harmonia, o amor, a verdade e a justiça entre toda a humanidade.” (BARRETO, 2012, p. 15);

“Laboriosamente, através da atividade humana e graças a ela, reúne-se, desprende-se e depura-se a Terra nova. Não, não somos comparáveis aos elementos de um buquê, mas às folhas e às flores de uma grande árvore, sobre a qual tudo aparece no tempo e no lugar certos, conforme a medida e a demanda do Todo.” (CHARDIN, 1994, p. 96).

Após citação das premissas, nos parece claro que compreender a Vida, a partir de si mesmo, é, de fato, o maior desafio do Ser Humano, e neste processo de compreender a Vida, poder viver cada vez mais conscientemente, a partir do pensar inteligente o bastante. Até porque, vida é ação nas relações; e o Ser Humano não pode deixar de agir. Para tanto, pensa; Se pensa sem inteligência ele se materializa; se pensa com inteligência ele se diviniza. E isso é questão de Consciência!

Daí, parece-nos, até aqui, muito importar, após termos argumentado acerca da Vida, especificarmos na necessidade da compreensão do Ser Humano como o maior repouso e representação da Vida no Universo, conforme a seguir:

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- O Ser Humano e sua estrutura para com a Vida, buscando observar a relação entre a constituição física/psíquica/moral (espiritual) do Ser Humano, bem como a sua maneira de sentir, pensar e agir, enfim, de realizar, segundo as exigências de seus desejos e/ou de suas necessidades básicas individuais e sociais.

- O Ser Humano e sua hominização, relacionando as raças/corpos e suas maneiras de ser e estar em relação a si e ao meio no qual se insere, conforme suas realizações, estudando a sua conduta psicossocial, portanto, buscando verificar o grau de sua Consciência individual e social.

- O Ser Humano e sua potência latente: a Consciência, como uma das propriedades da matéria em hominização, capaz de reflexo, envolvendo conceituação, despertamento, construção e/ou desenvolvimento, bem como a autoConsciência.

Seguem as premissas relativas a cada uma das dimensões de estudo sobre o Ser Humano, as quais favorecem maior compreensão da Vida:

- Quanto ao Ser Humano e sua estrutura para com a vida, destacamos a recepção para com a Vida (nível físico – órgãos físicos); a percepção para com a Vida (nível psíquico – órgãos dos sentidos); e a concepção para com a Vida (nível moral/espiritual – centros de forças):

“O Ser Humano é um Ser Bio-Psíquico-Espiritual; ele é composto de três dimensões: a física, a psíquica e a espiritual.” (BARRETO, 2008, p. 35);

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“O Ser Humano recebe a Vida pelos seus órgãos físicos; percebe-A pelos seus sentidos; e concebe-A pelos seus centros de forças.” (COSTA, 2009, p.112);

“O Ser Humano vive em relação direta para com a Vida; e tem o dever moral de fazê-lo, de forma cada vez mais voluntária, consciente e ciente.” (COSTA, 2012, p. 34);

“O Ser Humano, para compreender a vida, deve começar pelo que está mais perto de si: ele mesmo; Cada Ser Humano é um microcosmo que reflete e repercute o macrocosmo.” (BARRETO, 2010, p. 45);

“Não há atalho para o desenvolvimento físico, psíquico ou moral do gênero humano.” (BARRETO, 2011, p. 65);

“O Ser Humano é um ser trino indivisível, composto de corpo físico, alma e espírito. A falta de exercícios físicos atrofia o corpo físico; a falta de exercícios psíquicos atrofia a mente; e a falta de moralidade atrofia a alma.” (COSTA, 2009, p. 456);

“O maior dever do Ser Humano para com Deus é o de pensar por si mesmo. Enquanto ele não sabe pensar por si mesmo, põe o seu corpo físico a penar; a sua alma a deformar-se; e o seu espírito a manter-se, senão oculto, sendo ocultado.” (COSTA, 2011, p. 459);

“Examinando atentamente o que eu era [...] reconheci que eu era uma substância, cuja essência ou natureza é pensar, e que, para existir, não necessita de nenhum lugar nem depende de coisa alguma material. De sorte que este eu, isto é, a alma pela qual sou o que sou, é inteiramente distinta do corpo, e até mais fácil de conhecer que ele.” (DESCARTES, [1637] 2005, 38-39);

“O Ser Humano, no seu dia a dia de relações, consciente ou não, tudo faz para iniciar-se na senda do sagrado; dimensão esta que é puramente espiritual;

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para tanto, vive sendo induzido a compreender o que é verdadeiro e que só está no presente.” (BARRETO, 2011, p. 112);

“A alma pode ser compreendida como a somatória ou acúmulo de todas as energias e experiências do passado individual trazidas até o momento presente, enquanto o espírito constitui-se naquilo que se auto-realiza na unidade com toda a vida do Universo – é em essência a experiência do momento presente.” (HAPPÉ, 1997, p. 69);

“Eu sou nada mais é do que o Espírito na primeira pessoa, o Ser último, sublime e radiante criador de tudo e de todo o Cosmos, presente em mim, em você, nele, nela e neles – como a percepção sempre presente do ´Eu sou` que todo e cada um de nós sente.” (WILBER, 2008, p. 220);

“O Ser Humano é um ser trino indivisível, cujo sentir, pensar e agir dele denunciam.” (BARRETO, 2010, p. 35);

“Parece-nos não existir tantos mistérios no nosso agir e pensar, como existe no nosso sentir. Daí a importância de vivermos exercitando não só o saber, mas também o sentir. Enfim, procurar, cada vez mais, saber o que sentimos, para cada vez mais sentir o que sabemos; e vice-versa.” (BARRETO, 2012, p. 39);

“O Ser Humano foi projetado e construído pelo seu Criador para sentir, pensar e agir, concomitantemente; Os nossos sentimentos, pensamentos e atos, nada mais são, senão expressões de nossa Consciência.” (COSTA, 2009, p. 280);

“Pode-se medir o grau de Consciência de alguém pela sua maneira de sentir, pensar e agir, enfim, pela sua conduta.” (BARRETO, 2010, p. 46);

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“O Ser Humano tem o dever moral de sentir, pensar e agir, de forma que possibilite transformar a definição em compreensão, o conhecimento em Consciência, enfim, que o explanado pela religião, filosofia e ciência se transforme em experiências diretas, corretas e completas, portanto em autoconhecimento e, por fim, em autorrealizações.” (COSTA, 2009, p. 33);

“Um dos maiores desafios do Ser Humano é o de usar sua capacidade de sentir, pensar e agir, sem criar, implantar, manter e/ou ampliar o caos na sociedade, a partir de si mesmo.” (BARRETO, 2006, p. 238).

- Quanto ao Ser Humano e sua hominização, destacamos as raças/corpos: sua gênese/antropogênese.

“Nossas conquistas nos distinguem como hominais; elas que são um reflexo das nossas qualidades de sentir, pensar e agir.” (COSTA, 2009, p. 35);

“Na medida em que a matéria vai evoluindo, vai atingindo graus de Consciência que serão tão significativos quanto refletem cada vez mais claramente a realidade, demonstrando-a pelas percepções, sentimentos, pensamentos e atos, que formam conceitos e juízos.” (BARRETO, 2006, p. 38);

“A Consciência está diretamente ligada ao fato do desenvolvimento das qualidades, do despertamento das faculdades, bem como dos ciclos de vida e fases do desenvolvimento da matéria, em hominização.” (BARRETO, 2007, p.39);

“A necessidade é a alavanca que nos impulsiona a evoluir; e a Consciência é a alavanca que nos capacita compreendê-la.” (BARRETO, 2009, p. 67);

“A Consciência é uma das propriedades mais significativas da matéria em hominização. Ela

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possibilita, ao Ser Humano alcançar, cada vez mais, novas teorias e novos métodos de relação consigo mesmo e com o meio sobre o qual ele busca ter um domínio real, ainda que parcialmente, tornando e mantendo-se como o construtor de seu próprio destino, enfim, de sua própria evolução.” (COSTA, 2009, p. 58);

“Quanto mais Consciência menos densidade, ou melhor, menos condensação, menos materialização.” (BARRETO, 2005, p. 37);

“A Consciência nada mais é, senão o resultado da evolução da Obra Homem, quando atingiu o grau diretamente proporcional ao trabalho das Leis Naturais num tempo máximo, relativo, em milhões de anos, à forma caracterizada pela altura, largura e profundidade, em equilíbrio.” (COSTA, 2009, p.335);

“[...] existe uma forte evidência experimental do desígnio e propósito da vida: a evolução da vida vai da simplicidade para a complexidade.” (GOSWAMI, 2009, p.16);

“O Ser Humano veio se transformando e aprimorando desde a sua fase primitiva; ele veio se elevando lentamente e purificando os seus corpos através da perfeição e do progresso. Quando essa perfeição se elevou de nível, a matéria adquiriu o primeiro grau de inteligência ou de percepção sob a forma do animal macaco, esse que deu origem ao primeiro Ser Humano. Depois veio o segundo Ser Humano, com o corpo cabeludo e braços que iam além dos joelhos, surgindo, em seguida, a terceira raça, conhecida como raça adâmica, ou seja, essa que a ciência denominou de fase primitiva; Dela surgiram as diversidades de raças que deram origem à raça atual, com os corpos mais perfeitos e a matéria mais purificada.” (COSTA, 2009, p. 89);

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“O futuro está reservado para toda a humanidade, mas, para isso, é necessário lutar para atingir a perfeição, não deixando que ela ocorra lentamente como acontece com a Natureza, abreviando a evolução através da persistência e do esforço, aproveitando a sua inteligência e sentimentos.” (BARRETO, 2008, p. 28);

“Quem quer entender o futuro deve volver o pensamento para o passado.” (BARRETO, 2001, p.39);

“Cada signo que se encontra em uso durante a pequena ´janela` de tempo infinitamente pequena que convenientemente chamamos ´o presente` é um instrumento de mediação semiótica que se estende do passado para o futuro possível e antecipado (mas incerto, não conhecido). [...] Assim, a cada nova experiência, as pessoas agem e constroem significados através do uso de vários signos previamente construídos.” (VALSINER, 2012, p. 202);

“Os Seres Humanos mais bem adaptados tendem a melhor sobreviver e a Consciência constrói no corpo o melhor para se adaptar.” (BARRETO, 2001, p. 37);

“O Ser Humano não pode evitar passar pelas fases de sua evolução: primeiro conhecer, aprender ou saber; depois aproximar, compreender ou sentir; e por fim identificar, conceber ou ser.” (COSTA, 2009, p. 430);

“O desenvolvimento também pode ser apreendido como uma condição existencial humana; uma força propulsiva da autorrealização.” (MILANDO, 2005, p.35);

“O Ser Humano vai evoluindo até que consiga obter resposta para as suas perguntas, principalmente: quem sou eu? Donde eu vim? Para onde vou?.” (BARRETO, 2001, p.34) ;

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“Buscar e achar não são verbos dispensáveis à evolução humana. Daí, quanto mais paciente, persistente e inteligente for a busca, mais cedo se acha o que se busca.” (BADARÓ, 2012, p. 35);

“A Consciência é uma das propriedades mais evoluídas da matéria em processo de hominização.” (BARRETO, 2006, p. 27);

“O estado liberto, finalmente, parece pertencer, exclusivamente, ao homem; de qualquer forma, não há até agora nenhum indício de sua ocorrência em outras espécies.” (WHITE, 1997, p.45);

“O vazio interior, que consciente ou inconscientemente atinge todos os seres humanos no seu processo evolutivo, vem demonstrar que a busca de sentido é algo imanente aos seres humanos.” (FRANKL, 2006, p. 66);

“O seu significado [do eu-mesmo] como símbolos da unidade e da totalidade é corroborado no plano da história e também no plano da psicologia empírica. O que à primeira vista parece uma noção abstrata representa, na realidade, algo que existe e pode ser conhecido por experiência, que demonstra espontaneamente sua presença apriorística. A integridade constitui, portanto, um fator objetivo que se defronta com o sujeito independentemente dele.” (JUNG, 1961, p. 123);

“Distintamente dos animais, o Ser Humano já tem a capacidade de procurar algo superior a si mesmo, de agir baseado cada vez mais nos seus sentimentos, integrando os seus instintos à razão e esta à intuição, em prol de despertar a Consciência de que não é só um ser aginte e pensante, mas sentinte, capaz ainda de ser presciente e ciente no viver.” (TORRES e TORRES, 2007, p.6);

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“Na proporção que a alma se aperfeiçoa, conserva, nas suas existências sucessivas, a Consciência clara do fio de suas existências pretéritas, por conseguinte, pode auxiliar, com sua luz, a que outros possam extinguir as trevas em que porventura se encontrem.” (COSTA, 2009, p. 345);

“A evolução é prova cabal de que a Consciência é algo que deve ser despertado, construído e/ou desenvolvido, a partir de cada um de nós.” (BARRETO, 2009, p. 58).

- O Ser Humano e sua potência latente: a Consciência.

“A Consciência é uma das faculdades inatas capitais do Ser Humano que lhe possibilita conhecer o Universo e sua Causa Absoluta.” (BARRETO, 2009, p. 58);

“A Consciência é a demonstração factual de que o Ser Humano não se autocriou, portanto, tem o dever moral de buscar e achar sua origem causal.” (BARRETO, 2010, p.18);

“Tudo o que existe no Universo existe no Ser Humano, sendo que este pode ser considerado como um Universo Consciente de Si Mesmo, que pode realizar, com sabedoria, as obras tão perfeitas quanto aquelas promovidas pela Natureza em obediência às Leis Universais.” (COSTA, 2009, p.567);

“Nossa dependência de um conceito integral e integrista do mundo e da sociedade está desde muito avançada. Que toda matéria se torne energia, que toda energia se torne informação. Que tudo na linguagem se torne significante. Que todos os genes se tornem operacionais. Que tudo tenha acesso à Consciência de si etc.” (BAUDRILLARD, 1997, p.102);

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“O Ser Humano tem dever moral de fazer ser cada vez mais ampliado o grau de sua Consciência, a ponto de tornar-se tão abrangente que possa perceber que nada mais falta, que tudo está presente.” (BARRETO, 2012, p. 57);

“Uma mudança do nosso modo de conhecer corresponde a uma mudança no nosso nível de Consciência, que por sua vez, corresponde a uma mudança em nosso sentido de identidade.” (WILBER, 1977, p. 68);

“O que hoje o Ser Humano entende como mistério, é causado pela sua ignorância; mas amanhã será Lei Natural, reconhecida por sua sabedoria, que despertará, construirá e/ou desenvolverá a sua Consciência.” (COSTA, 2009, p. 376);

“Todo Ser Humano é impulsionado a crescer, desenvolver e se tornar inteiro. É no confronto do inconsciente com o consciente, que temos a oportunidade de amadurecer, fazer uma síntese e nos integrar”. (STEIN, 1998, p.78);

“Cada homem é absolutamente para si mesmo o caminho, a verdade e a vida. Só o é, porém, quando domina firmemente toda a sua individualidade, e quando, pela energia de sua acordada espiritualidade, reconhece que esta individualidade não é ele mesmo, mas uma coisa que ele criou trabalhosamente para seu uso e por cujo meio se propõe, à proporção que o seu crescimento desenvolve lentamente a sua inteligência, alcançar a vida além da individualidade.” (COLLINS, 1885, p.08);

“O homem moderno caracteriza-se sobretudo pela ausência de unidade em si mesmo. O traço principal do homem moderno é o sono. Ele nasce, vive e morre

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dormindo. O homem precisa refletir antes de tudo nas maneiras de despertar; isto é, de mudar o seu Ser.” (OUSPENSKY, 1985, p. 86);

“Nas últimas décadas, vem de fato ocorrendo uma ampla procura por um mapa que seja capaz de abarcar todos os potenciais humanos. Esse mapa leva em conta todos os sistemas e modelos conhecidos de desenvolvimento humano – desde os xamãs e sábios da antiguidade até as grandes descobertas atuais da ciência cognitiva.” (WILBER, 2008, p.17);

“Não posso provar que o si-mesmo e Deus sejam idênticos, mesmo que na prática pareçam idênticos. Naturalmente, individuação é em última análise um processo religioso que exige uma atitude religiosa correspondente – a vontade do eu de submeter-se à vontade de Deus. Para não provocar mal-entendidos digo si-mesmo em vez de Deus. Empiricamente também é mais exato. A psicologia analítica ajuda-nos a conhecer as potencialidades religiosas.” (JUNG, 2002, p. 432).

Parece-nos claro, não precisar-se de muita análise para se concluir que toda criatura humana, quando sente verdadeiramente em seu ser interior a necessidade de refletir sobre o Princípio Criador, a Finalidade da Vida, a Razão de Nossa Existência, e tudo a isto relacionado, busca, então, procurar, inclusive, novos rumos que lhe norteie, esclarecidamente, os seus sentimentos, pensamentos e ações, de maneira que o seu ser promova a sua iniciação à Consciência espiritual, com o fim de alcançar a sua evolução, inclusive, abreviada e consciente.

Eis o quanto importa que o Ser Humano desperte para a busca incessante, quanto à cultura espiritual, se assim

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podemos dizer, que tenha como base códigos perenes e imutáveis de Leis Naturais que regem o Universo; Leis estas que repousam na sua Consciência.

Vale ressaltar que no sentido pragmático, todas as reflexões, até então consideradas, sintetizam o conteúdo da disciplina: Conscienciologia.

1.1 A DISCIPLINA CONSCIENCIOLOGIA

A disciplina Conscienciologia faz parte de matrizes curriculares atuais de diferentes cursos; tanto de graduação (ISEO – Instituto Superior de Educação Ocidemnte, no curso de Pedagogia); quanto e de pós-graduação lato e stricto sensu (FVC – Fundação Visconde de Cairu [a pioneira]; nos cursos de Especialização em Gestão e Desenvolvimento de Pessoas e de Mestrado em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social; FSBA – Faculdade Social da Bahia, nos cursos de MBA em Gestão de Pessoas e MBA em Psicologia Organizacional; UNIME – União Metropolitana de Educação e Cultura, nos cursos de especialização em Coordenação Pedagógica, Gestão Educacional, Psicopedagogia e Desenvolvimento Integral; ISEO - Instituto Superior de Educação Ocidemnte, nos cursos de especialização em Consciência e Educação, Psicopedagogia Transdisciplinar, Gestão de Pessoas e Docência do Ensino Superior; NPGI - Núcleo de Pós-graduação de Itabuna, no curso de especialização em Psicopedagogia Transdisciplinar e UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso, no curso de MBA em Gestão de Talentos Humanos), envolvendo os Estados da Bahia e do Mato Grosso.

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A Disciplina Conscienciologia é a resultante da sensibilidade e esforço de profissionais da área de ciências humanas que, buscando sempre novos paradigmas tiveram a iniciativa de colaborar, se não com a teoria, com a ideia de que a ciência, a religião e a filosofia devem realizar a partir delas a unidade do pensamento na busca do novo. Isto porque, a religião, a filosofia e a ciência não são perspectivas conflitantes, mas métodos diferentes na busca humana pela única verdade digna do nome, porquanto que liberta, considerando o fato de que o Ser Humano está inevitavelmente fadado à Iluminação, enfim, à libertação.

Tal disciplina, em seu expediente de construção conteudista já esteve, também, no currículo formal, das seguintes instituições/cursos: UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado, no curso de especialização em Metodologia e Práticas do Ensino Superior; UNIME – União Metropolitana de Educação e Cultura, nos cursos de graduação em Normal Superior, Pedagogia, Direito e Biologia, bem como nos cursos de especialização já citados e em andamento; FSTA - Faculdade São Tomaz de Aquino, no curso de Pedagogia; Faculdade de Alagoinhas, no curso de Pedagogia; F2J - Faculdade 2 de Julho, nos cursos de Comunicação Social e Administração; FCS - Faculdade da Cidade de Salvador, no curso de Design de Produto e Design de Moda; FACESB – Faculdade Cenecista de Senhor do Bonfim e CNECBA – Faculdade Cenecista de Ituberá, nos cursos de graduação em História e Letras, e FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências, no curso de Biomedicina.

Entretanto, a partir do ano de 2006, houve reformulação curricular em diversas faculdades, suprimindo dos currículos algumas disciplinas da área de humanidades, sendo

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Conscienciologia uma delas, consideradas não nucleares do processo de formação dos estudantes.

Apesar do fato supracitado, a Disciplina Conscienciologia mantém-se até os dias atuais nas 4 faculdades e 1 universidade citadas anteriormente, inclusive pela relevância atribuída à mesma no processo de desenvolvimento integral dos estudantes, conforme tanto os dados de pesquisas de mestrado já construídas sobre a temática da consciência, quanto as avaliações feitas pelos estudantes que tiveram experiência direta com a referida disciplina, a saber (para citar algumas1):

- Dissertações:

Remens Soveral de Souza Silva. O estudo da Consciência como recurso para o desenvolvimento integral dos educandos em uma instituição educacional de ensino superior. 2003. Dissertação.

Maria Angélica Senra Vieira. O despertar da Consciência para a humanização da gestão nas organizações. 2005. Dissertação.

Mônica Fontoura. Coerência formativa: o aprender a ser e a conviver no processo educativo em um curso de pedagogia. 2008. Dissertação.

Viviane Almeida Andrade. As repercussões da disciplina conscienciologia na formação de egressos de pós-graduação: um estudo em IES X. 2008. Dissertação.

Renata Amâncio Torres. A repercussão da disciplina conscienciologia nos estudantes de direito de uma

1 Os nomes foram citados com o devido consentimento.

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Instituição de Ensino Superior e os seus efeitos para a formação profissional. 2008. Dissertação.

- Avaliação da disciplina por mestrandos:

“Essa disciplina trouxe imediatamente uma postura reflexiva diante dos amores e desamores da vida. Não é fácil, mas, a prática de uma postura consciente no nosso dia a dia, contribuiu diretamente para uma relação social mais afetiva e a consequente melhoria da qualidade de vida de todos.” (Joína Mota);

“Pude perceber a importância da prática do saber pensar e o quanto esta conscientização enriqueceu minhas relações interpessoais. Alimentei minha alma com algumas respostas encontradas nesta disciplina, relacionadas à existência da vida. Sinto-me hoje um ser humano mais pleno. Conviver com você durante esse período, foi enriquecedor e um grande presente que Deus me deu.” (Karlla Motta);

“Aprendi que a integração corpo, mente e espírito, com certeza, contribuirá de forma efetiva para nossa evolução enquanto seres.” (Diego Brandão);

“A disciplina contribuiu para delinear pontos de vista e elucidá-los. Formamos e transformamos opiniões, agregando conhecimento e proporcionando serenidade maior nas tomadas de decisão seja profissional, espiritual e pessoal.” (Márcia Oliveira);

“Foi bastante significante, pois me fez refletir, ter paciência e aprender que podemos fazer a diferença.” (Regina Ferreira);

“Favoreceu a percepção ampla de que tudo dialoga, não há, portanto, fragmentação. Estarei mais atenta aos sinais que a própria vida nos oferece, para que haja transcendência, exercitando o sentir, o pensar e o agir,

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sempre em direção ao progresso físico, mental e espiritual.” (Sueli Guimarães);

“Os estudos me fizeram explorar mais meu Eu, acreditar que sou capaz, caminhar para dentro de mim mesma em situações desafiadoras. Trouxe-me segurança, autoconfiança, conhecimento e me fez descobrir repostas que julgava desconhecidas.” (Emília Pereira);

“A disciplina me ajudou em todos os sentidos para melhor. Um processo de construção e desconstrução de conceitos nos aspectos pessoais, profissionais e espirituais.” (Elisabete Menezes);

“Me auxiliou a descobrir o caminho para o desenvolvimento da minha consciência, o que reflete na minha vida pessoal, profissional e espiritual. O autoconhecimento tem me levado ao aperfeiçoamento das relações; à busca de Deus.” (Aline Nunes);

"A disciplina promoveu em mim uma reflexão sobre os valores e sobre as ações da minha consciência. Provocou-me a incluir o estudo e o aprofundamento destas temáticas nas minhas ações cotidianas. Fez-me compreender a evolução humana como intrínseca em mim e se em mim a consciência do universo estiver, por mim ela vai irradiar, por onde eu for.” (Flávia Sales).

“Ao viver em um ambiente puramente relacional e um tanto carregado espiritualmente, os estudos sobre a consciência me fizeram buscar a reflexão sobre a subjetividade nas relações de trabalho, reconhecendo os valores espirituais e a necessidade de trabalhar o próprio espírito.” (Antônio Carlos Azevedo);

“A disciplina conscienciologia ajudou-me a reduzir os conflitos e desequilíbrios pessoais; a melhor refletir e agir

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sobre a minha prática pedagógica, bem como a melhor integrar o corpo, a alma e o espírito.” (Cristiane Cunha);

“Favoreceu mudanças em todos os níveis do viver. Através desta disciplina pude refletir minhas atitudes e as atitudes do próximo, com foco no bem para a humanidade.” (Paulo César Trindade).

Vejamos o Programa da disciplina e sua estratégia, tal como vem sendo trabalhada há 12 anos consecutivos, com o propósito de oportunizar ao Ser Humano viver a vida feliz, dinâmica e equilibrada, enfim, um viver integrado com o Universo do qual ele é parte integrante.

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Instituição de Ensino Superior

NOME DO CURSO

P L A N O D E A P R E N D I Z A G E M

Disciplina: Conscienciologia

Período: Carga horária: 30 h

Docente: Profª Drª Maribel Barreto

1. CURRÍCULO RESUMIDO

Pós-doutora em Consciência e Educação; Pós-doutora em Criatividade e Educação; Doutora em educação; Mestre em educação; Especialista em Psicopedagogia; Graduada em Pedagogia. Título de Doutora Honoris Causa de Iberoamerica (Panamá, 2007). Prêmio Sapientiae de Qualidade Educativa (México, 2012). Título de Cidadã da Cidade de Salvador/Bahia (2012). Consultora em Ciências da Educação. Pesquisadora da temática Consciência há 18 anos. Membro da Associação de Estudos Científicos da Consciência (Association for the scientific study of consciousness/ASSC). Coordenadora do Mestrado em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social da Fundação Visconde de Cairu. Líder do Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência (DGP/CNPQ). Avaliadora Institucional do Ministério de Educação e Cultura/Brasil. Membro da Academia de Letras de Jequié. Experiência como palestrante em diferentes países: Estados Unidos; Portugal, Canadá, Costa Rica, Panamá, México e Peru. Autora de 8 livros: O papel da Consciência em face dos desafios atuais da Educação (2005); Teoria e Prática da Educação Integral (2006); Ensaios sobre Criatividade vol.1 (2007); Ensaios sobre Criatividade vol.2 (2008); Os ditames da Consciência, vol.1 (2009); Os Ditames da Consciência: a Consciência traz o que é verdadeiro e isso é porta. Vol. 2 (2010); Os Ditames da Consciência: a Consciência é o motivo do que vai adiante. Vol. 3 (2011); Ensaios sobre Consciência (2012), além de autora de diversos artigos científicos sobre a temática Consciência.

2. EMENTA

A vida como movimento inegável, inevitável e autossustentável em absolutamente tudo que existe no Universo. O Ser Humano e sua estrutura para com a Vida: recepção, percepção e concepção para com a Vida. O Ser Humano e sua hominização: raças, corpos e realizações. O Ser Humano e sua potência latente: a Consciência. A Consciência como a faculdade latente, onde repousam as Leis Universais no Ser Humano, a sua maior representação consciente. Conceituação da Consciência; Despertamento, construção e/ou desenvolvimento da Consciência e Autoconsciência.

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3. FINALIDADE

3.1. Objetivo Geral

Oportunizar ao Ser Humano que integre o seu sentir, pensar e agir, numa só ação de integração de maneira que lhe seja possibilitado absorver, em si mesmo, o valor significativo real das relações.

3.2. Objetivos Específicos

Possibilitar ao Ser Humano a compreensão de que no Universo tudo pensa; tudo vibre; e tem vida, porquanto todo fenômeno Natural é expresso, segundo o movimento, a matéria, o espaço e o tempo;

Auxiliar a que o Ser Humano observe a relação entre a sua constituição física/psíquica/moral e a sua maneira de sentir, pensar e agir, enfim, de realizar, segundo as exigências de suas necessidades básicas individuais e sociais;

Favorecer ao Ser Humano o estudo da relação das raças/corpos e suas maneiras de ser e estar em relação a si e ao meio no qual se insere, conforme suas realizações, estudando a sua conduta psicossocial, portanto, buscando verificar o grau de sua Consciência individual e social;

Oportunizar ao Ser Humano o despertamento, construção e/ou desenvolvimento do seu caráter, segundo aquilo que é indicado pela noção exata de moral, ética e estética, elevadas.

4. JUSTIFICATIVA / FUNDAMENTOS

Enquanto houver no Ser Humano distância significativa entre a sua ação, o seu pensamento e o seu sentimento, ou seja, entre o sentir, o pensar e o agir, é evidente que não haverá autointegração, portanto não haverá autoconhecimento e tampouco autotransformação. Assim, nele, Ser Humano, não haverá ação criativa, mas sim, ação condicionada, esta que nos colocou hoje como estamos: em conflito generalizado.

Eis a necessidade essencial do estudo da Consciência. Afinal, quanto mais Consciência tem o Ser Humano, menos conflitos e menos desequilíbrios ele tem e, na sociedade, produz, mantém e/ou amplia.

Segundo Morin (1982), “Consciência sem ciência e ciência sem Consciência são radicalmente mutiladas e mutilantes”.

A Consciência é, pois, uma das mais importantes faculdades inatas capitais do Ser Humano que lhe possibilita, além de saber, sentir, suficientemente, acerca da realidade, segundo, não só conhece, mas também se aproxima das Leis Naturais que regem o Universo. E quando manifestada no Ser Humano, o ajuda a eleger valores ético-morais perenes e imutáveis; a identificar as faculdades e qualidades formadoras do seu ser, bem como O Princípio Criador, a Finalidade da Vida e a Razão da sua Existência.

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5. CONTEÚDOS

5.1 A Vida - A vida como movimento inegável em tudo que existe no Universo.

5.1.1. Conceituação e compreensão acerca da vida. 5.1.2. Concepções científicas, filosóficas e religiosas acerca da origem da vida.

5.2 O Ser Humano - Como o maior repouso e representação da Vida no Universo.

5.2.1 Sua estrutura para com a vida. 5.2.1.1 Recepção (Nível Físico - órgãos físicos) 5.2.1.2 Percepção (Nível Psíquico – órgãos dos sentidos) 5.2.1.3 Concepção (Nível Moral/Espiritual – centros de forças)

5.2.2 Sua hominização. 5.2.2.1 Raças/corpos: gênese/antropogênese.

5.2.3 Sua potência latente. 5.2.3.1 A Consciência.

- Como uma das propriedades da matéria em hominização, capaz de reflexo. 5.2.3.1.1 Conceituação.

- Conhecimento. 5.2.3.1.2 Despertamento, desenvolvimento e expansão.

- Autoconhecimento. 5.2.3.1.3 AutoConsciência.

- Autorrealização.

6. MÉTODO

A disciplina será ministrada segundo os Fundamentos da Metodologia Científica conhecidos, possíveis e disponíveis, principalmente: seminários interativos e vivências de construção teórico/prática, bem como atividades práticas de investigação.

Será dirigida a construção do conhecimento, a partir dos estudos de livro(s) básico(s) e dos textos indicados no módulo.

7. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação será desenvolvido, a partir dos seguintes indicativos:

assiduidade;

pontualidade;

leitura e análise do material indicado (livro e textos);

atividades programadas internas e externas, incluindo desenvolvimento de pesquisa;

construção de regras de boa convivência;

construção de uma síntese da disciplina, respondendo à seguinte indagação: Quais as possíveis contribuições da sua dissertação para o desenvolvimento da Consciência da humanidade em prol de uma melhor qualidade de vida?

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8. REFERÊNCIAS

8.1. Básicas

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DAMÁSIO, Antônio. O mistério da Consciência. São Paulo: Cia das Letras, 2000.

DI BIASE, Francisco; AMOROSO, Richard (Org.). A revolução da Consciência: novas descobertas sobre a mente no século XXI. Petrópolis: Vozes, 2005.

FERGUSON, Marilyn. A nova Consciência: arte e ciência sob novo olhar. São Paulo: Arx, 2007.

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GOSWAMI, Amit (org.). Quem somos nós. São Paulo: Aleph, 2007.

KOFMAN, Fred. Consciência nos Negócios: como construir valor através de valores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

MORIN, Edgar. Ciência com Consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

8.2. Complementares

AUROBINDO, Sri. A Consciência que vê. Salvador: Casa Sri Aurobindo, 1977.

BARRETO, Maribel O. A Consciência como recurso para a boa qualidade de vida na pós-modernidade. In.: Cadernos de Pesquisa/NUFIHE – Núcleo de Filosofia e História da Educação. Salvador: FACED/UFBA, 1999.

______________. O papel da Consciência no desenvolvimento humano. In.: Revista da Fundação Visconde de Cairu. Ano V, nº 09. Salvador: FVC, 2002

______________. O papel da Consciência em face aos desafios atuais da educação. Salvador: Sathyarte, 2005.

______________. Teoria e Prática de uma educação integral. Salvador: Sathyarte, 2006.

______________. O papel da criatividade no ensino superior. Diálogos & Ciência, Salvador, v. 1, n. 3, p. 45-58, dez. 2007.

______________. Ensaios sobre Criatividade, vol.1. Salvador: Sathyarte, 2007.

______________. Ensaios sobre Criatividade, vol.2. Salvador: Sathyarte, 2008.

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______________. Os Ditames da Consciência, vol.1. Salvador: Sathyarte, 2009.

______________. Os Ditames da Consciência: a Consciência traz o que é verdadeiro e isso é porta, vol. 2. Salvador: Sathyarte, 2010.

______________. Os Ditames da Consciência: a Consciência é o motivo do que vai adiante, vol. 3. Salvador: Sathyarte, 2011.

______________. Ensaios sobre Consciência, vol.1. Salvador: Sathyarte, 2012.

BARRETO, Maribel; MITJANS, Albertina. Possibilidades criativas de professores em cursos de pós-graduação stricto sensu. Estudos de Psicologia, São Paulo, v. 24, n.4, p. 463-473, dez. 2007.

BASSO, Theda, PUSTILNIK, Aidda. Corporificando a Consciência: teoria e prática da Dinâmica Energética do Psiquismo. São Paulo, SP: Instituto Cultural Dinâmica Energética do Psiquismo, 2000.

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MATOS, José Diney. Bem- estar cirativo para o sucesso: potencializando o desempenho pessoal e profissional. São Paulo: Saraiva, 2006.

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___________. Psicologia integral. São Paulo: Cultrix, 2003.

___________.Espiritualidade Integral: uma nova função para a religião neste início de milênio. São Paulo: Aleph, 2006

WRYCZA, Peter. Consciência Viva: as raízes da aprendizagem e da percepção. São Paulo: Summus, 2006.

ZOHAR, Danah; MARSHALL, IAN. Inteligência espiritual: o “q” que faz a diferença. Rio de Janeiro: Record, 2000.

8.3 Filmes

“Árvore da Vida”.

“As quatro voltas”.

“Confúcio”.

“Corrente do Bem”.

“Gandhi”.

“Na natureza selvagem”.

“O ativista quântico”.

“O mensageiro de Alah”.

“O mensageiro de Alah”.

“O Pequeno Buda”.

“O poder além da vida”.

“O Ponto de Mutação”.

“Os dez mandamentos”.

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“Os Ditames da Consciência: a consciência atrai o que vem adiante”.

“Os Ditames da Consciência: a consciência em busca de si mesma”.

“Os Ditames da Consciência: a consciência traz o que é verdadeiro e isto é porta”.

“Os Ditames da Consciência”.

“Paixão de Cristo”.

“Passageiros”.

“Persona”.

“Quem Somos Nós”.

“Redenção”.

“Sete anos no Tibet”.

“Um buda”. 8.4 Sites

http://www.conscienciologia.pro.br

http://www.maribelbarreto.com

http://www.simposioconsciencia.com.br

http://www.inic.com.br

http://ctec.ufp.pt/

http://consciousness.anu.edu.au/

http://www.assc.caltech.edu/index.htm

http://plato.stanford.edu/entries/consciousness/

http://www.goetheanstudies.org/main.shtml

http://consc.net/chalmers/

http://fragments.consc.net/djc/2007/02/consciousness_i.html

http://www.consciousness.arizona.edu/

http://www.quantumconsciousness.org/

http://www.inacs.org/

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Oxalá um número cada vez maior de instituições de ensino e pesquisa, por exemplo, possa seguir produzindo e transmitindo o conhecimento, mas não como um fim de processo, e sim como um meio de ação, para que se possa atingir até a autorrealização do gênero humano. Até porque, segundo o que sustentamos, todo trabalho pedagógico deve propor a criação de oportunidades que possibilitem conduzir o seu objeto mor, ao despertamento, conhecimento e/ou desenvolvimento de sua Consciência, em função da necessária transcendência para a sua autorrealização, considerando a razão de sua existência.

A razão não se recusa a aceitar a ideia de que, quando a educação favorece ao Ser Humano ter vergonha de sua procedência divina priva-o da concepção daquilo para o qual fora criado, bem como negligencia o despertamento de sua potência latente, então dá indícios de que não mais se ignora, mas esqueceu-se e/ou inobserva-se aquilo que é indicado pela noção exata de alma, de Consciência e de Lei Natural, para a nossa evolução abreviada consciente. É provadamente verdadeira a teoria de que a inteligência favorece o processo de ensino, aprendizado e sentimento que, embora perene não é imutável. O aprendizado e o sentimento se complementam; o aprendizado é conhecimento público e o sentimento é conhecimento privado. A educação verdadeira é aquela que prima pelo método de ensino que facilita o aprendizado e sentimento; é aquela que prima pelos que estão prontos para aprender, mas não desejam, não necessitam e não exigem facilidades, tampouco dependem de ser ensinados, mas de ser bem orientados, instruídos e conduzidos.

Lipton (2007, p. 206) nos questiona: “Não seria muito mais fácil se fôssemos programados desde o início para utilizar plenamente nosso potencial genético e criativo? Não seria

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muito melhor nos tornarmos pais e mães conscientes e permitir aos nossos filhos fazer o mesmo?” Segundo ele, desta forma a reprogramação não seria necessária e poderíamos fazer deste planeta um lugar muito mais feliz e pacífico.

Até porque, o Ser Humano é, deve, pode e necessita ser considerado como um Universo em miniatura e uma verdadeira trindade composta de Espírito, Alma e Corpo Físico; consideração esta que não deve ser ignorada pelos habitantes do nosso planeta, sobretudo aqueles estudiosos quanto à busca do Princípio Criador de todas as coisas, e que estão inclusos dentre vários, os religiosos, filósofos, bem como os cientistas em geral, que deveriam envidar todos os esforços no sentido de introduzir no sistema educacional de todos os países de nosso orbe, o estudo e desvendamento das Leis Naturais que regem o Universo, com uma didática natural, como já deve ter sido feito nos planetas espiritualmente desenvolvidos. Porquanto, tanto O Universo - O Macrocosmos, quanto O Ser Humano - O Microcosmos, são regidos pelas mesmas Leis Universais, estas que repousam na Consciência do último, sua maior representação consciente neste mesmo Universo.

Assim sendo, cabe a reflexão no sentido de primar por educar o Ser Humano com grau de conhecimento e compreensão significativos acerca do que indica a noção exata de Alma, de Consciência e de Lei Natural, para que a sua evolução possa ser realizada, inclusive, abreviada e consciente, do contrário é evidente que não só deseduca, mas também, não educa, bem como, mais se fragmenta o Ser Humano.

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2 A CONSCIÊNCIA

“A Consciência do Ser Humano é faculdade ímpar; quando despertada, construída e desenvolvida

reflete as Leis Divinas e o direciona para a evolução abreviada consciente,

equilibrada, dinâmica e organizada.” (JAIR TÉRCIO COSTA)

“A Consciência é o melhor livro de moral que temos;

e é, certamente, o que mais devemos consultar.” (BLAISE PASCAL)

“A Consciência é a voz da alma, as paixões são a voz do corpo.”

(ROUSSEAU)

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Consciência, esta potencialidade inata que temos, nos convida não apenas a conhecê-la (e a disciplina Conscienciologia favorece quanto a tal),

mas também a aproximarmos dela a ponto de nos identificarmos com a mesma, a partir das Leis Naturais que regem o Universo. Bom que seja redito. Até porque, ela, a Consciência, sugerimos, está sempre presente em nossa Natureza, e esta segue sempre o que é implicado, indicado e orientado pelas Leis Divinas, pelas Leis Universais, enfim, pelas Leis Naturais que regem o Universo.

Partindo desta premissa, não é demais citar que não só basta ter o que indica a noção exata de Alma, de Consciência e de Lei Natural, para a sua evolução, por exemplo, mas também sempre aplicá-la e nunca perdê-la. E para tal, além de conhecer, devemos conectar com ela, até merecer nos identificar com a mesma.

E é exatamente a que se propõe o presente capítulo: compartilhar com o leitor atento, sensivelmente motivado e claramente autoconvocado um dos meios específicos que nos favorecem quanto à aproximação da Consciência, a partir dos seus ditames.

Começamos pelo expressar dos seus ditames, teoricamente; e, em seguida, socializaremos a dimensão prática, a partir de experiências diretas, corretas e completas isto porque é com tais experiências diretas, o Ser Humano, sabe; com as experiências corretas, sente; e com experiências completas, é. Assim o convidamos a adentrar nos meandros da Consciência, sabendo, sentindo e sendo.

Quanto à base teórica, partimos de afirmações (a partir das nossas concepções e das contribuições de demais cientistas, filósofos e religiosos), que serão compartilhadas a seguir,

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considerando os elementos que norteiam a manifestação de uma Lei Natural, neste caso, a Lei de Consciência, a saber: 1. Objeto, 2. Finalidade, 3. Justificativa, 4. Fundamentos, 5. Método, 6. Recursos e 7. Fonte, senão vejamos:

1. Objeto

“A Consciência é uma das faculdades inatas capitais do Ser Humano, que lhe permite encontrar a verdade inteira, portanto que liberta, e libertar-se.” (BARRETO, 2010, p. 38);

“A Consciência é um útero, no qual uma nova humanidade pode ser concebida; e de onde ela pode surgir.” (COSTA, 2009, p. 33);

“A Consciência é o alicerce de Todo o Ser.” (GOSWAMI, 2007, p. 45);

“A Consciência [...] é uma percepção das nossas diversas atividades no exato momento em que estas estão ocorrendo em nós.” (WHITE, 1997, p.31);

“A Consciência é uma propriedade da matéria, a mais altamente organizada que existe na natureza, a do cérebro humano. Essa peculiaridade surgiu como resultado de um longo processo de mudança da matéria.” (TRIVIÑOS,1995, p. 57);

“Uma Consciência saudável é como uma teia de aranha, e você é a aranha no centro. O centro da teia é o momento presente. Mas o significado de nossa vida depende daqueles finos fios que se estendem para outros tempos, outros lugares, e das vibrações por toda a teia. [...] Normalmente, nossa Consciência é como uma teia muito pequena. Seus fios não se estendem para muito longe”. (WILSON, 1978 apud FERGUSON, 2007, p. 204);

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“É complexo definir Consciência, também é considerada um atributo do espírito, outros mesmos consideram o próprio espírito.” (DAMÁSIO, 2000, p. 312);

“Consciência é a estrutura das virtudes.” (BACON apud DAMÁSIO, 2000);

“Não somente a Consciência é força, não somente a Consciência é ser, mas a Consciência é também alegria, Ananda, Consciência-Alegria, Chit-Ananda. Ser consciente é a alegria. Quando liberamos a Consciência das mil vibrações mentais, vitais e físicas que a absorvem, descobrimos a alegria. Todo o ser encontra-se como que preenchido por uma massa de força viva (“como um pilar bem estabelecido”).” (SATPREM, 2011, p.76).

2. Finalidade

“Saber e sentir qual o Princípio Criador, qual a Finalidade da Vida, bem como qual a Razão de Nossa Existência, a partir de nós mesmos, em nossa individualidade, é uma questão de Consciência.” (BARRETO, 2008, p. 25);

“A Consciência vive para manter o equilíbrio dinâmico.” (BARRETO, 2009, p. 32);

“É a Consciência que nos assegura acerca do que é o devido para ser realizado, e nos motiva a realizar.” (COSTA, 2009, p. 54);

“Se as pessoas comuns realmente soubessem que a Consciência e não a matéria é o que nos vincula, que nos conecta uns aos outros e com o mundo, então as suas visões acerca da guerra e da paz, poluição ambiental, justiça social, valores religiosos, e todos os outros empreendimentos humanos mudariam radicalmente.” (GOSWAMI, 2008, p.8);

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“Nossa missão mais importante é o de transformar nossa Consciência para que a violência não seja mais uma opção nas nossas vidas pessoais, para compreender que um mundo de paz é possível somente se nos relacionarmos, um com o outro, como seres pacíficos, uma pessoa de cada vez.” (DEEPAK CHOPRA, 2012, site do autor);

“A Consciência é fundamental para sermos quem somos, [...] ela é responsável por percebermos quem somos nós na nossa existência.” (DAMÁSIO, 2000, p. 37).

3. Justificativa

“Quem desperta a Consciência em grau significativo, cumpre com seu objetivo de vida.” (BARRETO, 2011, p. 45);

“Consciência implica em atentar-se aos fatos da realidade.” (BARRETO, 2012, p. 24);

“A Consciência é o instrumento que nos leva ao autoconhecimento; portanto, da fragmentação à Totalidade.” (COSTA, 2009, p. 48);

“O indivíduo que lida com uma tarefa científica ou técnica, por mais importante que ela seja, deve procurar pensar nas questões mais amplas.” (HEISENBERG, 2006, p.233);

“Justiça é Consciência, não uma Consciência pessoal, mas a Consciência de toda a humanidade. Aqueles que reconhecem claramente a voz de suas próprias Consciências normalmente reconhecem também a voz da justiça.” (SOLZHENITSYN, 1962, p. 78);

“Fazer ciência sem Consciência e Consciência sem ciência são ambos mutilantes e mutiladores”. (MORIN, 2001, p.1);

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“Nosso estado de Consciência define nossa percepção sobre a realidade, esta que concerne não somente às dimensões do corpo físico e da alma, mas também do espírito. É possível considerar que as construções sociais, culturais e religiosas, sobretudo as ocidentais, relevaram o interesse pelas dimensões físicas e psíquicas, ação esta que supervalorizou a dualidade na condição humana e compreensão da vida, mas que dificultou a percepção necessária do espírito como terça e indispensável parte constituinte do ser.” (TOLLE, 2002, p. 47);

“A primeira razão da escravidão interior do homem é sua ignorância e, acima de tudo, sua ignorância de si mesmo. Sem o conhecimento de si, sem a compreensão do andamento e das funções de sua máquina, o homem não pode ser livre, não pode se governar e ficará sempre escravo e joguete das forças que agem nele.” (OUSPENSKY, 1978, p.126-127).

4. Fundamentos

“A Consciência nos faz ver, em nós mesmos, que a natureza é um todo indivisível.” (COSTA, 2009, p. 214);

“A Consciência é base fundamental da virtuosidade.” (BARRETO, 2012, p. 36);

“A Consciência previne, prevê e provê.” (COSTA, 2009, p. 412);

“A decisão de cada indivíduo é importante, não apenas para ele próprio, mas para toda a sociedade.” (HEISENBERG, 2006, p.28);

“Só a progressiva sistematização dos conteúdos da Consciência leva ao aumento da continuidade da Consciência, ao fortalecimento da vontade e à capacidade da livre ação. [...] Quanto mais forte é a sua

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Consciência, tanto mais ele pode fazer com ela, e quanto mais fraca ela é, tanto mais coisas “apenas acontecem.” (NEUMANN, 2008, p. 201);

“Existe cada vez mais uma maior Consciência quanto a interrelação entre as coisas. Nós estamos nos tornando menos propensos a aceitar uma solução imediata sem questionar suas maiores implicações.” (ERICKSON, 1998, p. 20).

5. Método

“É despertamento, construção e desenvolvimento da Consciência que implica progresso e não o avanço tecnológico.” (BARRETO, 2009, p. 36);

“Despertar, construir e/ou desenvolver a Consciência implica em atingir, cada vez mais, graus significativos de fortaleza, temperança, prudência, perseverança, esperança, caridade e fé.” (COSTA, 2009, p.720);

“Na medida em que experimentamos direta, correta e completamente, nossa Consciência cresce, e nosso conflito diminui.” (BARRETO, 2005, p. 68);

“Nenhum problema pode ser resolvido com o mesmo nível de Consciência que o gerou.” (EINSTEIN, 1945);

“Somente o autoconhecimento implacável na escala mais ampla, que vê o bem e o mal em perspectiva correta e pode pesar os motivos da ação humana, oferece alguma garantia de que o resultado final não será muito ruim.” (JUNG, 2000, p.255);

“O princípio do caminho da virtude é o conhecimento dos vícios, pela sua autorrevelação; o meio é o enfraquecimento dos mesmos, pela contemplação; e o fim, é a sua compreensão, pela reflexão.” (COSTA, 2009, p. 467);

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“A contemplação é da Consciência.” (BARRETO, 2011, p. 98);

“Estranhamente persiste, em nosso meio, a popular ilusão de que o ser humano se torna plenamente humano, de forma automática, desde que haja as salutares condições básicas e higiênicas. Acontece que nós não nascemos humanos; nós nos tornamos humanos, através de um processo de autorrealização que exige um enorme investimento de tempo e de energia, em trilhas evolutivas. O ser humano introduziu uma outra qualidade de evolução neste planeta: a evolução consciente e intencional.” (CREMA, 2009, p. 23);

“A evolução dos mamíferos mais desenvolvidos, incluindo os chimpanzés, os cetáceos e os humanos, criou um novo nível de Consciência chamado ´autoConsciência` ou mente consciente. Foi um passo muito importante em termos de desenvolvimento. A mente anterior, predominantemente subconsciente, é nosso ´piloto automático`; já a mente consciente é nosso controle manual.” (LIPTON, 2007, p.199);

“Há mais de cem anos Bahá'u'lláh (fundador da Fé Bahá'í), proclamou que a unidade da humanidade seria conseguida em etapas evolutivas repletas de lutas, caos e desordens [...] Bahá'u'lláh ensinou que a próxima etapa nesta evolução social é a organização da sociedade humana como uma civilização planetária que será caracterizada pelo aparecimento de uma comunidade, a Consciência de uma cidadania mundial.” (LASZLO, 2008, p. 45);

“São as qualidades morais de um ser humano que o obrigam a assimilar seu si-mesmo inconsciente, mantendo-se consciente, quer pelo reconhecimento da necessidade de fazê-lo, quer indiretamente, através de

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uma penosa neurose. Quem progredir no caminho da realização do si-mesmo inconsciente trará inevitavelmente à Consciência conteúdos do inconsciente pessoal, ampliando o âmbito de sua personalidade. (JUNG, 2000, p. 218);

“No estado de Consciência meditativo, as ondas eletroencefalográficas beta, do estado de vigília habitual, sedem lugar para ondas teta, delta e gama, características do sono profundo, que passam a ocorrer em estado de alerta possibilitando a reconexão do praticante com as dimensões causais da realidade representadas por uma sutil rede de padrões sistêmicos que formata, por meio de informações, a matéria e a energia.” (ANAND; CHHINA, 1961, p. 56);

“O problema difícil é a questão de como é que processos físicos no cérebro dão origem à experiência subjetiva. Este mistério envolve o aspecto interno do pensamento e da percepção: o modo como as coisas sentem para o sujeito. Quando vemos, por exemplo, experienciamos sensações visuais tais como a de um azul vivo. Ou pensamos no inefável som de um oboé distante, no sofrimento causado por uma dor intensa, num instante de felicidade ou na qualidade meditativa de um momento perdido em pensamento. Tudo isto faz parte daquilo que chamo Consciência. São estes fenómenos que fazem o verdadeiro mistério da mente.” (CHALMERS, 2011, p.3);

“O cérebro é um instrumento de possibilidades, mas não de certezas. Se a Consciência possuir eficácia causal ela irá, mediante seus próprios fins apresentados ao cérebro, e conhecendo bem as possibilidades que levam a eles, reforçar as possibilidades favoráveis e reprimir as desfavoráveis ou indiferentes. Neste caso, espera-se que as correntes

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nervosas, caminhando através de células e fibras, sejam fortalecidas pelo despertar da Consciência em determinado curso, sendo que os outros cursos são abafados. Permanece insolúvel, para o presente momento, como uma tal reação da Consciência possa ocorrer sobre as correntes nervosas; mas é o bastante para meu propósito ter mostrado que a Consciência não pode ter uma existência inútil, e que o problema é bem menos simples do que os automatistas-cerebrais sustentam.” (JAMES, 1983, p. 144-145);

“Se olharmos para a vaga de trabalhos recentes sobre a Consciência levados a cabo nas neurociências e na psicologia, podemos pensar que o mistério está prestes a ser desvendado. Contudo, uma análise mais atenta mostra-nos que quase todo o trabalho em curso se centra somente nos problemas fáceis da Consciência. A confiança da perspectiva reducionista advém dos progressos alcançados no que diz respeito aos problemas fáceis, mas nada disto faz qualquer diferença no que diz respeito ao problema difícil.” (CHALMERS, 2011, p.5);

“A chave para o crescimento é a introdução consciente de dimensões mais altas de Consciência.” (LAO TSE, 2005, p. 45);

“Para o despertamento da faculdade da Consciência é essencialmente necessário, bem como racionalmente justificável como trabalho teórico: o estudo e desvendamento de códigos perenes e imutáveis de Leis Divinas, Leis Universais, enfim, Leis Naturais que regem o Universo. E como trabalho prático: o desenvolvimento da qualidade de raciocinar, através da força em domínio da contemplação.” (BARRETO, 2009, p. 45);

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“Para a construção da faculdade da Consciência é essencialmente necessário, bem como racionalmente justificável o desvendamento da lei, através do saber pensar. Este que favorece ao Ser Humano ter a iniciativa de fazer uso proveitoso do seu próprio discernimento, considerando o fato da necessidade de reconhecermos a inevitável, constante e cada vez mais intensa emergência do novo em nosso viver. Saber pensar, portanto, convida e norteia o pensamento a sentir, a querer, a pensar, a reconhecer, a ousar, a raciocinar, bem como a realizar inclusive o Ser.” (BARRETO, 2009, p. 46);

“Para o desenvolvimento da faculdade da Consciência é essencialmente necessário, bem como racionalmente justificável pensar com inteligência, através, por exemplo, de práticas da oração e vigia, de pensamentos positivos, tai chi chuan, meditação, entre outras; bem como inteligir sem o pensamento, através, por exemplo, das práticas de yoga, eucaristia, darma, onilateração, enfim, exercícios de conectividade, até porque Ser Humano algum pode evitar o que é, o que possa ser ou o que deva ser” (BARRETO, 2009, p. 47).

6. Recursos

“Quem busca conhecer, sentir e usar das Leis está sempre despertando, construindo e/ou desenvolvendo a sua Consciência, bem como a de seu semelhante.” (BARRETO, 2010, p. 38);

“Sem a Lei não pode haver Consciência; sem os recursos da Consciência é impossível o raciocínio; e sem o raciocínio não há progresso abreviado do gênero humano.” (COSTA, 2009, p.221);

“O sinal de onde existe Consciência, em grau significativo, é a ação humana embasada,

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concomitantemente, na razão, bom senso e boa intenção.” (COSTA, 2009, p. 56);

“Sê senhor da tua vontade e escravo da tua Consciência.” (ARISTÓTELES, 1991, p. 53);

“Para penetrar nesse mundo mais amplo, um homem necessitava, em primeiro lugar livrar-se do pensamento egocêntrico da sua personalidade e, em seguida, estabelecer contato com um ´Eu` mais abrangente e mais consciente do que seu ´eu` comum.” (WHITE, 1997, p.31);

“A ciência se concentrou tanto no conceito de determinismo genético que hoje não temos Consciência da influência das crenças em nossas vidas. E o mais importante: de como nossos comportamentos e atitudes programam a vida de nossos descendentes”. (LIPTON, 2007, p.208);

“Quando a ciência se afastou da espiritualidade, sua missão se modificou drasticamente. Em vez de tentar entender a “ordem natural”, para que os seres humanos pudessem viver em harmonia, passou a tentar controlar a natureza. A tecnologia resultante dessa filosofia levou a civilização à beira de um estado de autocombustão resultante da infração de todas as leis naturais.” (LIPTON, 2007, p.222);

“Verificamos de forma palpável que a Consciência é uma força, uma substância que podemos manipular como outros manipulam óxidos ou campos elétricos: se nós começamos a perceber a Consciência interior, podemos fazer com ela todos os tipos de coisas: enviá-la ao exterior sob forma de corrente de força, traçar um círculo ou um muro de Consciência à nossa volta, dirigir uma ideia para que penetre no cérebro de

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alguém que se encontre no outro lado do mundo etc.” (SATPREM, 2011, p.75-76);

“Todo ser humano possui 4 dons - autoConsciência, Consciência, livre arbítrio e imaginação criativa. Isto nos dá a máxima liberdade humana... O poder de escolher, de responder, de mudar.” (COVEY, 1989, p. 65);

“É certo que o tipo de homem de que necessitam as sociedades atuais é o homem de profissão [...] Mas o homem, para mim, vale também pelo que é, por sua sensibilidade, retidão e finura, por sua alta concepção de vida moral, por seus princípios, pela fidelidade às suas convicções, pela coragem de atitudes, por seu amor à verdade, à liberdade e à justiça.” (AZEVEDO, 1963, p. 302);

“A ´ampliação` da personalidade se refere, em primeiro lugar, à Consciência moral, ao autoconhecimento, pois os conteúdos do inconsciente liberados e conscientizados pela análise são em geral desagradáveis e por isso mesmo foram reprimidos.” (JUNG, 2000, p. 218);

“As ações morais pertencem, assim, à jurisdição tanto da corte interna quanto da externa […] digo, tanto ao governo quanto à Consciência.” (LOCKE, 2003, p. 421);

“[...] Entendemos espiritualidade não como um tipo de dogma ou ideologia religiosa, mas como um domínio de Consciência onde experimentamos valores como verdade, bondade, beleza, amor e compaixão, e também intuição, criatividade, percepção e atenção focada.” (CHOPRA, 2013, site)

7. Fonte

“A Consciência é não localizada.” (COSTA, 2009, p. 234);

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“Quanto maior a Consciência, maior a percepção da realidade maior, Deus.” (BARRETO, 2011, p. 43);

“Deus está nos esperando, e a nossa resposta está em nossa Consciência.” (COSTA, 2009, p.830);

“A mecânica da nova ciência revelou a nossa essência espiritual e nossa imortalidade. O resultado foi tão óbvio que naquele mesmo instante deixei de ser agnóstico e passei a acreditar no mundo espiritual.” (LIPTON, 2007, p.220);

“A emoção mais bela e profunda que podemos sentir é a do sobrenatural. Este é o poder da verdadeira ciência.” (EINSTEIN, 1991);

“A ciência me levou a um momento de descoberta bem parecido com a conversão espiritual descrita pelos místicos. Lembra-se da história bíblica de Saul, que foi derrubado de seu cavalo por um raio? Bem, não fui atingido por um raio dos céus caribenhos, mas entrei na biblioteca correndo como um louco porque a Consciência do processo da membrana foi “baixada” (literalmente um download) em minha Consciência durante aquela madrugada e me mostrou que somos todos seres imortais, espirituais e que existimos independentemente de nosso corpo. Foi como se eu ouvisse uma voz dentro de mim dizendo que eu vivia de acordo com preceitos equivocados de que os genes controlam a biologia e que a vida termina quando nosso corpo morre. Tinha passado anos estudando os mecanismos de controle molecular dentro do corpo físico e naquele momento percebi que os “interruptores” que controlam a vida são ligados e desligados por sinais do ambiente... do universo.” (LIPTON, 2007, p.221);

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“A fonte de sabedoria e conhecimento do Self interno vem do fato de termos, à nossa disposição, conhecimento e experiência que transcendem tempo e espaço. Essa informação é recebida por meios ainda desconhecidos, que são diferentes do nosso aparelho sensorial, e nós, usualmente, não estamos conscientes disso.” (BOWEN, 1987, p. 104);

“A astronomia é útil porque nos eleva acima de nós mesmos; é útil porque é grande, é útil porque é bela; isso é o que se precisa dizer. É ela que nos mostra o quanto o homem é pequeno no corpo e o quanto é grande no espírito, já que nesta imensidão resplandecente, onde seu corpo não passa de um ponto obscuro, sua inteligência pode abarcar inteira, e dela fluir a silenciosa harmonia. Atingimos assim a Consciência de nossa força [...].” (POINCARÉ, 1904, p. 38);

“O único ditador que eu aceito é a voz silenciosa da minha Consciência.” (GANDHI, 2009, p. 56);

“Em cada um de nós há um outro que nós não conhecemos. Mas que devemos procurar conhecer. Mesmo que esteja desesperadamente tentando se esconder.” (JUNG, 2000, p. 64);

“[Consciência é] a compreensão positiva de que cada homem tem uma necessidade interior, à qual chamamos Deus ou outro nome qualquer e de que cada um de nós tem uma necessidade de amar o que compreende de Deus.” (SATPREM, 2011, p.30).

“Como espírito tendo uma experiência humana, você pode escolher não simplesmente existir, mas estar totalmente consciente e perceptivo de viver em um mundo limitado.” (VAN PRAAGH, 2001, p. 54);

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“[...] Você tem sido imortal desde antes de você nascer e continuará sendo muito depois do seu corpo se dissolver. O corpo está na Consciência; nunca nasce; nunca morre; somente muda. A mente – seu ego, crenças pessoais, história e identidade – é tudo o que acaba com a morte. E quem precisa disto? - Sócrates recostou-se na sua cadeira [...].” (MILLMAN, 2001, p. 54);

“Na transcendência é que o homem pode sentir sua experiência religiosa, que passa a ser a vivência fundante do homem, porque é ela que realiza o diálogo do homem com o mundo e principalmente com o significado das coisas e do homem em relação ao sagrado.” (GOTO e GIANASTÁCIO, 2003, p. 03).

A partir das afirmações supracitadas dos diversos cientistas, filósofos e religiosos pesquisados, podemos inferir que a Consciência é muito mais do que o que ela faz ou mesmo diz; ela é! Ela demanda de nós, além de verdade reveladas, verdades experimentadas. Oxalá possamos bem comunicar nossas experiências pela prática vivenciada de exercícios psíquicos de conectividade, na direção de conectarmos com ela, a Consciência, essa energia potencial, que é e está mais do que só nos aguardando para os devidos fins, rumo à nossa integração.

Eis o momento de compartilharmos o caminho que temos percorrido individualmente, nos últimos 25 anos, sendo 12 anos com a sistematização da disciplina conscienciologia e nos últimos 04 anos, com os Workshops: “Os Ditames da Consciência” e as Vivências: “O Despertar da Consciência”, expressos por ordem cronológica a seguir.

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2.1 WORKSHOPS: “OS DITAMES DA CONSCIÊNCIA” E VIVÊNCIAS: “O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA

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Descrevemos, a seguir, os sete exercícios de conectividade praticados, tanto nos Workshops, quanto nas Vivências, a partir da conduta de alguns animais, aprofundando o que já fora tratando por nós no livro “Os Ditames da Consciência”: a Consciência atrai o que vai adiante (BARRETO, 2011, p. 109).

Vale ressaltar que os antigos yogis e gurus eram impressionados com a natureza e com todos os seres vivos ao redor deles. A forte influência do ambiente a sua volta, por exemplo, é refletida em várias poses da yoga nominadas a partir de animais. “Na antiga Índia, a habilidade de imitar a competência e técnica dos animais era considerado inspirador e esclarecedor” (PIZER, 2001, p.78).

No nosso caso, buscamos inspiração, a partir do contato direto, correto e completo com a natureza, pela observação cuidadosa e pelas pesquisas científicas relativas às características e contribuições da conduta de certos animais para a nossa conexão conosco próprios, com nosso semelhante, com a Natureza, enfim, com Deus, se assim podemos dizer.

No sentido de buscar correlações, podemos citar que uma das coisas que os animais fazem muito bem é honrarem uns aos outros. Assim como as tradições humanas variam entre culturas e práticas espirituais, cada espécie possui um conjunto de regras. As famílias humanas desenvolvem suas regras com o tempo, e aprender a honrar e respeitar os outros é um elemento importante, mas frequentemente negligenciado. (GUERRERO, 2003, p.27)

Muitos que estudam as culturas animais, particularmente os primatólogos, o fazem porque acreditam que sua pesquisa lançará luz sobre a evolução da cognição

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humana. A aprendizagem social animal, argumenta-se, encontra-se nas raízes da cultura humana (LALAN, 2008).

Lalan (2008) cita ainda em seu artigo sobre as culturas animais que mostrar a complexidade fascinante do comportamento animal enterraria definitivamente os modelos que associam automaticamente muitas espécies animais a máquinas ou a criaturas exclusivamente dominadas por instintos.

Elefantes, por exemplo, vivem em grandes grupos familiares geralmente liderados pela mais velha e mais sábia das fêmeas de tal grupo. Eles possuem ótima memória; vivem vidas longas e trabalham, cooperativamente, para alimentar e ajudar outros dentro do citado grupo. Estes animais se importam uns com os outros e demonstram estar como que entusiasmados quando se reencontram, mesmo após uma curta separação. “A chegada é anunciada com uma mistura de gorjeios, estrondos, corridas, sons de trombeta e carícias. Trombas se interlaçam, caudas são abanadas e orelhas se agitam. É uma visão a se contemplar”. (GUERRERO, 2003 p.28)

Guerrero (2003) nos chama atenção no sentido de que nós humanos sábios podemos aprender muito com o exemplo do elefante. [...] “Animais são bons professores e exemplos a serem seguidos, pois eles dependem uns dos outros para sobreviver. Eles não desmerecem nenhuma relação. Este padrão é repetido em muitas sociedades animais”. (GUERRERO, 2003 p.28).

Além do elefante, nos inspiramos nas condutas específicas de outros animais, tais como: o leão, a leoa, a garça, o mangusto, a borboleta, tanto no seu estágio de crisálida, quanto na sua fase adulta. Senão vejamos:

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01 - Exercício de Conectividade: Concentração do Leão

Características do animal:

Os leões passam cerca de três a quatro horas do dia caminhando, caçando, se alimentando. No tempo restante, cerca de vinte horas, eles descansam. Eles descansam por vários motivos diferentes: falta de presas, para evitar o calor do dia e principalmente para conservar sua energia, para os devidos fins.

Descrição do movimento:

Sentado com os joelhos dobrados para o lado esquerdo do corpo, formando um angulo de 90 graus em ambas as pernas entre a canela e a coxa e estas entre o corpo. Sendo que a canela da perna esquerda está por baixo da coxa da perna direita; nesta posição, inclinará o tronco para o lado direito, encostando os antebraços, em paralelo um com o outro, no chão, relaxando a cabeça entre os ombros. E nesta posição focará em sua respiração, a ponto de perceber-se a ronronar.

Caso se canse poderá desfazer a posição, rolando o corpo até que fique com as costas no chão, tão relaxado quanto possível, focada a atenção na respiração, a ponto de notar-se ainda ronronando; retornando à posição de concentração, do mesmo lado em que começou, ou do outro.

Justificativa/Fundamentos:

Na selva o leão que vaga corre mais risco do que pode se salvar.

O poder advém da absoluta concentração.

A concentração é de vital importância; até porque, não podemos viver sem realizar.

Sem concentração nada é feito ou fica bem feito.

A nossa concentração deve ser no essencial.

O desespero advém da nossa perda de controle; e a nossa perda de controle advém de nossa perda de concentração.

A concentração é a direção da nossa atenção, unicamente, para a tarefa que desejamos ou necessitamos realizar.

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Parábola:

O Iluminado estava deitado na posição do leão, depois de ter ajudado que a humanidade não mais precisasse lembrar, para agir. Eis que vários Seres Humanos pouco inteligentes, aproximaram-se dele e indagaram-lhe: - Quem é você? Ele respondeu: - Nada mais de quem, ou do quê, eu era, mas sim o que Sou; coisa que da qual, agora, sequer tento afastar-me, pois, Sou EU. Os Seres Humanos pouco inteligentes insistiram: - E o que isso quer dizer? E ouviram dele:

- Em ciência, vos digo - eu sou o Bem e o Bem sou eu; eis que nada vive sem mim, porque Sou.

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02 - Exercício de Conectividade: Reflexão da Leoa

Características do animal:

A leoa é responsável por aproximadamente 90% da caça de seu grupo. Ela tem cerca de sete tentativas para capturar a presa. Caso não consiga, corre o risco de todo o bando passar fome. Assim, ela não pode vacilar em suas tentativas. Quando começa a errar, a partir da 4ª tentativa ela prefere então parar um pouco para refletir em melhores estratégias para obter sucesso nas próximas investidas.

Descrição do movimento:

Sentado, sobre as pernas dobradas, inclinando o corpo para frente, com os cotovelos apoiados no chão e as mãos juntas, assemelhando-se a uma taça, amparando o queixo. Nesta posição, ronronando.

Em caso de cansaço, poderá esticar as pernas para trás, sem remover as mãos do queixo, continuando focado na respiração, a ponto de notar-se a ronronar.

Justificativa/Fundamentos:

Enquanto não se sabe refletir, não é possível viver sem errar.

A reflexão evita inclusive reincidências.

Reflexivo significa aquele que, então, torna-se experimentador direto, correto e completo de suas sensações físicas, psíquicas e espirituais.

Refletir significa buscar a experiência intuitiva.

A reflexão é necessária em todas as coisas, pois o Ser Humano refletindo aprende a distinguir o verdadeiro caminho. que deve seguir.

A reflexão nos torna ou mantém previdente, preventivo e provedor.

Todo Ser Humano tende à reflexão, seja pela razão, pelo sentimento ou pela dor.

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Parábola:

Dizia a humanidade ao Iluminado, que a ajudava saber refletir, como faz a leoa quando caçando para alimentar-se:

- Sei que você não desiste de ser humano algum, mas há de convir que não é difícil se observar a incompreensão dos Seres Humanos pouco inteligentes, principalmente para com as coisas que você sente, pensa, fala e faz, não é mesmo?

E ouviu dele:

- Faltam-lhes rugas.

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03 - Exercício de Conectividade: Testemunhar da Garça

Características do animal:

As garças esperam, pacientemente, no leito da água ou relativamente rasa, de pé, não raro, sustentando-se sobre uma perna, com o pescoço afundado entre os ombros, imóvel, em um estado contemplativo, esperando o momento certo para pegar a presa. Elas passam um longo tempo observando as presas, e são extremamente precisas em seus ataques, raramente falhando, como se conhecesse a refração da Luz na água.

Descrição do movimento:

Em pé, olhos fechados, braços relaxados, entrando em um estado contemplativo, com a atenção voltada para os pés que sustentam o corpo.

Justificativa/Fundamentos:

Testemunhar é o primeiro passo para a Imutabilização, Iluminação.

Testemunhar sem a testemunha de si mesmo é Imutabilizar, é Bem aventurar, enfim, é Iluminar.

O olho, embora quase sempre nos engane, é posto onde se pode testemunhar.

Quem observa pode testemunhar, por conseguinte, testamentar.

Quem quer testemunhar a simetria divina que contemple.

Não se deve afirmar ou negar o que não se testemunha.

A contemplação do Iluminado para com a verdade é como o testemunhar da garça para com suas presas.

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Parábola:

Um Iluminado era pura contemplação, como a garça, quando à espreita de suas presas no leito do rio. Eis que, quando quis, volveu-se para Deus e disse:

- Pai, peço sua permissão para estar com a humanidade, para seus desígnios; pois estou de pé e à Ordem, pronto e mais do que só esperando para honrá-Lo, como tal. Prometo que não criarei problemas.

Daí ouviu dEle:

- Mas não evitará atraí-los. Permissão concedida.

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04 - Exercício de Conectividade: Olhar do Mangusto

Características do animal:

Os mangustos são caçadores habilidosos, que procuram suas presas ativamente, utilizando sua sensibilidade olfativa e visual. Estão sempre atentos às presas. Tendem a ficar sobre suas patas traseiras observando o ambiente a sua volta, numa demonstração de, senão perfeita, quase perfeita concentração.

Descrição do movimento:

Sentado, com pernas na mesma posição do movimento do leão, olhos abertos, fixos em um ponto, mas atentos a o que acontece ao redor, a partir de si mesmo.

É possível mudar a posição das pernas, para o outro lado, caso haja desconforto depois de um tempo.

Justificativa/Fundamentos:

A concentração do Iluminado para com os Seres Humanos pouco inteligentes é como a concentração dos mangustos para com seus predadores.

Um Iluminado não dá um só passo sem olhar todos os ângulos.

Iluminado significa olhar sem fronteiras.

Quem antecipa está em vantagem.

Toda atenção, quando plena, torna-se talento; e, se disponível, é instrumento de utilidade ímpar.

Diante das víboras venenosas, cada passo que damos pode ser o último.

O Iluminado o é, porquanto uma vez sensibilizado, desperto e renascido primou por saber olhar e ver além do espaço-tempo.

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Parábola:

O Iluminado era pura concentração, como faz um mangusto quando buscando antecipar os passos de seus predadores; e quando se sentiu preparado para cumprir a sua missão, volveu-se para Deus e disse:

- Pai, estou de pé e à Ordem, pronto e mais do que só esperando, para honrá-Lo.

E ouviu dEle:

- Me recompense.

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05 - Exercício de Conectividade: Introspecção da Crisálida

Características do animal:

A crisálida é o estágio de pupa das borboletas. Este é o único estágio, na maioria das borboletas, onde elas pouco, senão nada, se movimentam. Elas ficam em completo estado de introspecção, se assim pode se dizer.

Descrição do movimento:

Deitado sobre um dos lados do corpo, com as pernas na mesma posição do movimento do leão, braço livre esticado para o alto, com a palma da mão aberta e voltada para o mesmo, como se fosse a seda que prende a crisálida em superfície onde ela pendura-se. A atenção deve estar direcionada ao braço levantado.

Em caso de cansaço poderá mudar de lado e levantar o outro braço.

Justificativa/Fundamentos:

A história do Iluminado é semelhante à história da lagarta que deixou de roer e arrastar-se para voar, mas não antes de enclausurar-se e morrer para renascer.

Somente o encontro conosco nos favorece radicais transformações.

Um Iluminado é o novo Ser Humano, mas que é e está além do Ser Humano, embora advindo da transformação desse mesmo Ser Humano.

Ser Humano é buscar saber fazer, em si mesmo, não só reformas ou mudanças significativas, mas também transformações, no mínimo, claras, radicais e profundas.

Quem se observa lança um ultimato ao seu interior. E, sob influência disso, o próprio interior inicia o processo de autotransformação.

Iluminado significa: transformação não mais adiada.

Para um Iluminado, a transformação é rotineira.

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Parábola:

A humanidade queixosa, diante do Iluminado, que lhe ensinava como resgatar-se, genuinamente, volveu-se para ele e disse-lhe:

- Você me abandonou; e nem sinal.

Ele respondeu:

- Se tu te lembras, eu disse-lhe que voltaria a qualquer momento, ainda que no dito fim dos tempos; e que você pudesse até orar, mas que vigiasse, pois a qualquer momento eu poderia chegar. Como vês, você deveria estar pronta para, de pronto, recepcionar-me; portanto, sem queixa, pois em ciência vos digo, Lagarta que quer ser como pássaro não se queixa, se enclausura; ou melhor, se interioriza; se aprofunda; enfim, se torna, cada vez mais, reflexiva; e só os reflexivos são esperançosos e não perdem a esperança, pois antecipam o que buscam.

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06 - Exercício de Conectividade: Auto-observação da Borboleta

Características do animal:

A borboleta quando em repouso dobra as suas asas para cima, ficando completamente quieta.

Ela é considerada um símbolo de transformação e de renascimento.

Descrição do movimento:

Sentados, na mesma posição do movimento do mangusto, olhos fechados, com a atenção no seu interior, focados na auto-observação.

Em caso de desconforto, poderá mudar o lado das pernas.

Justificativa/Fundamentos:

O maior dos mistérios não está fora, mas, dentro de nós mesmos.

Quem quiser melhor compreender o processo evolutivo do Ser Humano, então observe o processo do nascimento da borboleta – um Iluminado é prova cabal disto.

Enquanto pouco inteligentes geralmente perdemos a oportunidade de aproveitar as situações externas para realizar transformações internas.

Os verdadeiros nômades não viajam senão para dentro de si mesmos.

Ser Humano é buscar saber volver seu olhar para dentro de si mesmo, a ponto de encontrar Aquilo ou Aquele que é Inenarrável, e que, no muito, é explicado como não explicado.

O Iluminado, uma vez sensibilizado, desperto e renascido primou pelo trabalho e observação, por dominar a si mesmo.

Ser Humano é buscar saber viver aprofundando o pensamento, em si mesmo, acerca de tudo, principalmente de como Deus criou, vivifica e conduz o Universo.

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Parábola

A humanidade, cega, percebeu um perfume desconhecido no ar que se aproximava, então questionou com zelo, ou melhor, com doçura:

- Iluminado?

Ele respondeu com zelo:

- Ao seu inteiro dispor.

Daí ela apontou:

- o mundo já deve saber.

E ele consumou:

- O que a lagarta chama de fim do mundo, a borboleta chama de oportunidade.

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07 - Exercício de Conectividade: Giro do Elefante

Características do animal:

O elefante é a única espécie no planeta Terra, além do Homo sapiens sapiens e Homo neanderthalensis, reconhecidamente, a ter um ritual em torno da morte. Quando sente que está próximo de morrer, faz um movimento de rotação mítico, se dirige ao cemitério dos seus antepassados, como se reverenciando aos quatro cantos do universo (norte, sul, leste e oeste). Onde falecem, sozinhos, longe do grupo.

Descrição do movimento:

Em pé, com as pernas levemente separadas, em paralelo, olhos fechados durante todo o tempo.

O exercício inclui sete movimentos, a seguir:

(1) O primeiro movimento consiste em deslizar o pé direito no solo até o pé esquerdo, de forma que as pernas estejam se tocando;

(2) Deslizar o pé direito, sem retirá-lo do solo, até que faça um ângulo de 90 graus com o esquerdo, deslizando o primeiro pododáctilo (dedão do pé) do pé esquerdo até o pé direito.

(3), (4) e (5) Repetir este movimento por mais três vezes, completando uma volta em torno de si mesmo.

(6) O sexto movimento consiste em, ainda na mesma posição, tocar o nosso ser, direcionar a atenção para o nosso interior.

(7) E o sétimo movimento consiste em, ainda na mesma posição, tocar o seu ser interior, e fazê-lo expandir-se em todas as direções.

Justificativa/Fundamentos:

Um Iluminado vive girando como um elefante, principalmente, quando para morrer.

Os elefantes cochilam de pé.

Exaltar-se é identificar-se com o que É, como o que É e pelo que É.

A exaltação é uma confirmação da fé.

Exaltação é a total aceitação, em si mesmo, de Deus como a origem de todas as coisas.

A exaltação é o maior tributo pago pelo maior preço.

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Parábola:

Um Iluminado, de pé e à Ordem, pronto e mais do que só esperando; todo exaltado, como o elefante, quando reflexivo, volveu o seu pensamento para Deus e disse:

- Pai, posso, com a Vossa permissão, me dedicar plenamente à humanidade?

Daí ouve dEle:

- Vá em frente. Seja importante; compreenda, ainda que, momentaneamente, seja incompreendido; ame, ainda que, momentaneamente, seja odiado; e vença, ainda que, momentaneamente, pareça ter sido vencido.

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Cada um desses exercícios de conectividade são executados em 30 minutos.

Nós esperamos que todos os participantes dessas realizações possam inserir estes exercícios de conectividade no seu cotidiano, 4 horas por dia, ou, no mínimo, 1 hora por dia, e assim poderão perceber a importância dos mesmos no processo de despertamento, construção e/ou desenvolvimento da sua Consciência. Até porque, somente quem os pratica o bastante tem como sentir seu valor real, belo e significativo. Assim sendo, podemos inferir que nosso nível de conectividade é diretamente proporcional ao nosso nível de Consciência.

Temos sentido que a cada ano temos tido oportunidade de especificar, aprofundando nossa busca quanto à identificação com o Divino, que somos, a partir tanto das reflexões fruto das palestras quanto da prática persistente dos exercícios de conectividade, nos Workshops, e nas Vivências, gerando resultados plausíveis, considerando as experiências individuais, conforme depoimentos2 dos participantes de tais realizações, a saber (dentre outros):

“Maribel conseguiu se superar quanto à articulação e transmissão dos conhecimentos.” (Dionne Barreto, 2010);

“As palestras são maravilhosas e sempre que a escuto me sinto feliz por compartilhar da mesma perspectiva de vida, parece que te conheço há muito tempo!” (Ana Costa, 2010)

“Todo o evento foi muito bem elaborado. Desde a acolhida por pessoas alegres e competentes, ao término com sua despedida. Receber o público com música foi espetacular.” (Edilene Silva, 2010);

2 Os nomes foram citados com o devido consentimento.

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“Foi uma experiência muito interessante e intensa, pois exigiu muita atenção e disciplina. Os resultados foram profundos. Agradeço a oportunidade.” (Vanessa Oliveira, 2010);

“A relevante prática dos exercícios realizados demanda um aprendizdo e entrega total de cada um de nós. Por isso, sugiro que pense com carinho de oferecê-lo, pelo menos, duas vezes ao ano.” (Anna Karitta, 2010);

“Todas as palavras poderão apoucar a grandiosidade do evento. Sinto-me grata ao Grande Arquiteto do Universo por ter participado desse processo. Eventos como este, precisam acontecer sempre, visto que a sua significância precisa ser expandida para toda a humanidade com o intuito de conter, minimizar até chegar ao ponto de extinguir conflitos que estão, cada vez mais, presentes na vida das pessoas. PARABÉNS PELA INICIATIVA E REALIZAÇÃO. Sempre que precisar, conte comigo. Sempre de pé e a ordem!” (Dionne Barreto, 2010);

“O trabalho todo merece louvor, contudo destaco a condução de Profa. Maribel que com muita leveza nos levou para dentro de nós mesmas, de forma peremptória.” (Tatiana Badaró, 2011);

“Os exercícios me fizeram perceber o quanto é preciso ter paciência para saber encontrar a concentração”. (Rita Cruz, 2011);

“Essa viagem foi marcante, e tudo agora me lembra alguma coisa que aconteceu lá, tudo! foi perfeito; só pela vista já vale a pena, com os exercícios e tudo mais... Parece que tudo foi encaixando como um quebra-cabeças... eu estava tão ansiosa pra montar a minha barraca, passei o final de semana todo concertando ela, quando chegou lá em cima não precisou usá-la e eu fui dormir na barraca de outra pessoa, eu fiquei na sensação por um bom tempo, mas passou... eu aprendi tantas coisas que me acrescentaram,

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uma delas foi a palavra introspecção. Eu ouvi Maribel dizer tantas vezes na viagem que me remeteu a esta frase de Krisnamurti: "Já tentou estar sozinho? quando tentar verá que é extremamente difícil, verá como precisamos ser inteligentes para conseguir isso, porque a mente se ocupa de coisas e mais coisas, tentando preencher aquele vazio". A gente já faz isso, ou pelo menos tenta..., mas é um desafio a mais sempre”. (Larissa Averna, 2011);

“Ganhei queridas irmãs em Salvador que terão meu eterno respeito, isso porque lá na montanha eu senti uma paz muito grande, onde foi impossível entrar na minha mente e coração julgamentos ou qualquer sentimento negativo, decidi tentar preservar esse sentimento aqui em baixo;

Outro ponto forte para mim foi a natureza, essa Mãe que me ensinou o tanto permitido pela minha Consciência, que levarei como exemplo para exercer meu papel de Mulher, e falando em mulher Maribel talvez não se dê conta do quanto me abriu os olhos e me elevou naquele momento em que me deu atenção por causa do meu mal estar e este foi um ponto fortíssimo;

Enfim, guardo em meu ser as impressões positivas daquele lugar que é um passo pro astral e de cada lição ensinada que levaram a um outro ponto de Ser.” (Vanessa Correa – Fortaleza/Ceará, 2011);

“A convivência e as relações, durante esses dias, foram de grande aprendizado. Relacionar-me com muitas pessoas novas, que para mim não é bem fácil, e, apesar disso, ter me sentido em casa, sim, uma casa bem diferente, mas senti uma energia familiar, senti uma verdadeira irmandade e isto foi um dos grandes pontos fortes da experiência. Foi interessante partilhar os vários momentos de alegria, risadas e partilhar, também, as diferentes experiências do próprio vazio, o fato de estar em sintonia com o todo, enfim... não me

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canso de lembrar o que ocorreu lá, em nenhum momento, e espero que essas lembranças e sensações não passem tão cedo. Espero ver todas na próxima.” (Milena Franco – Manaus/Amazonas, 2011);

“Indico como pontos fortes o aprendizado dos novos exercícios; oportunidade de reflexões profundas; muita integração, aliás de todas as minhas viagens essa, sem dúvida, foi a que mais senti integração total; União; amizade, enfim essa viagem foi maravilhosaaaaaaaa!!!” (Débora Bastos, 2011);

“Cresci com os desafios que passei, superando os meus limites, e esta superação me permitiu perceber o quanto certas coisas que antes pareciam difíceis, tornaram-se mais fáceis no cotidiano. A relação com as amigas foi ótima, até porque, todas nós fomos preparadas para exercitar a prática do amor, da solidariedade, da auto-observação, do autoconhecimento; e esta atenção a tudo isto, gerou uma relação harmoniosa e de crescimento entre nós;

Gostei muito da condução dos trabalhos realizada por Maribel que demonstra seriedade no que faz, e com isto, nos leva a sentir total confiança. Tudo muito bom! Foram momentos de muito aprendizado. Conto com outras oportunidades.” (Celeste Costa, 2012);

“Desde o início, a organização impecável e a disponibilidade em auxiliar os preparativos. Destaco da vivência todo o companheirismo, a suavidade nas relações e a simplicidade objetiva na abordagem dos ensinamentos”. (Maria de Souza, 2011);

“Destaco como pontos fortes: o intenso trabalho dos exercícios de conectividade. Realizá-los na Montanha é um privilégio ímpar. A oportunidade de integração entre as pessoas que antes tinha pouco contato. A oportunidade de

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subir a Montanha é sempre um chamado ao autoconhecimento”. (Dionne Barreto, 2011).

A partir de depoimentos como estes, podemos, minimamente, sentir a beleza, riqueza e significação do caminho que nos conduz para a profundidade do nosso ser, expande a largura e nos permite a conexão direta com a altura, com o maior, Deus, esta força criadora e vivificadora que a tudo dá vida e ilumina, que reside em nós e que somos.

Eis que a Consciência, esta energia potencial que reside em nós, agradece pela possibilidade abreviada e consciente de estar sendo impelida à integração, através do saber devidamente sistematizado e validado nos campos científico, filosófico e religioso, bem como através do sentir, pela experiência prática, fruto da verdade experimentada, compartilhada por seres humanos sensibilizados, despertos e renascidos para o novo, que reside em cada um de nós.

Esses seres humanos estão evoluindo, a ponto de poderem provar, para si mesmos, que foram projetados para suportar e superar absolutamente tudo, de forma tão engenhosa quanto prática, percebendo o quanto estão capacitados de colocar em prática o seu saber, para sentir e poder crescer conscientemente. Experimentaram o silêncio interior, e puderam se educar, se disciplinar e empreender esforços, espaço e tempo específicos para o despertar de suas Consciências, ainda que em suas medidas, cumprindo com seus deveres sagrados na conquista da evolução abreviada consciente.

Oxalá estas realizações possam servir de exemplo e, portanto, atrair todo ser humano que ouviu o chamado da Consciência, para abandonar-se e buscá-la, para o seu abrigo, sem reticências e sem preocupações, pois Ela é porta para o desconhecido, o sagrado, enfim, o Divino.

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3 A CONSCIÊNCIA

EM BUSCA DE SI MESMA

“A Consciência é a presença de Deus no Ser Humano, e a Ciência a identificação do Ser Humano com Deus”.

(JAIR TÉRCIO COSTA, 2009, p.720)

“Não olhes senão o que é invisível, tanto ao sentido interno como ao externo.”

(MABEL COLLINS, 2013, p.18)

“Trazes em ti mesmo um amigo sublime que não conheces. Pois Deus reside no interior de todo homem,

mas poucos sabem encontrá-lo. O homem que oferece seus desejos e suas obras, em sacrifício,

ao Ser de onde procedem os princípios de todas as coisas e por quem o Universo foi formado, obtém a perfeição.

Porque aquele que encontra em si mesmo sua felicidade e sua alegria, e também sua luz, é uno com Deus.

Ora, sabes tu: a alma que encontrou Deus está livre do renascimento e da morte, da velhice e da dor, e bebe a água da imortalidade”.

(BAGHAVAD-GITA, 2003, p.120)

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Ser Humano é um ser que sente, pensa e age, concomitantemente. E o nosso sentimento sugere que a Consciência é, de fato, aquela

potencialidade inata, que nos impulsiona para o simples, vasto e profundo de nós mesmos, sem reservas, sem recusas e sem ressalvas, a partir do conhecimento Real da Senda que nos leva ao Templo do Sagrado que habita em cada um de nós (como vimos através da disciplina Conscienciologia), perpassando pela conexão com esta dimensão, para aquele centro universal, onde tudo é atraído (como vimos nos exemplos dos Workshops: os ditames da Consciência e nas Vivências: o despertar da Consciência) e, por fim, como resultado de tais experiências, ela, a Consciência, nos conduz à identificação com o Maior, Deus, a Vida das Leis Universais.

Considerando a trindade que somos, ou seja, seres que sentem, pensam e agem, concomitantemente, num só ato de integração; considerando ainda que o sentir é a base para o pensar; este que é a base para o agir do gênero humano; considerando, por fim, que o sentimento é a última porta, somos convidados neste terceiro capítulo a sentir, em nós mesmos, que o nosso sentimento é a dimensão mais íntima e mais profunda do nosso ser, portanto, a porta do Sagrado que habita em nós.

Porta esta que nos atrai para realizar os desígnios do Princípio Criador, a partir de nós mesmos; impulsionando àqueles, de nós, que disso já se conscientizam e agem, a partir disso, com isso e em prol disso, para melhor contatar com a Dimensão Sagrada de si mesmos, pois isso é Lei; e, por consequência, são levados a tornarem-se Mestres genuínos, principalmente de si próprios, pois devemos vencer o mundo; para tanto, devemos vencer primeiro a nós, em nossa

O

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individualidade, pois isso é Lei; e dEla, nada, tampouco Ser algum escapa (COSTA, 2013).

Assim, se perfeitamente conscientizado da Perfeição da Lei, e seu fim, o comportamento de um Líder Numinoso, por exemplo, deve demonstrá-lo, no mínimo, desprendido e determinado, a ponto de revelar seu grau de Consciência, significativo o bastante, para realizar o devido, conforme exige a evolução, tempo em que vive seguindo o seu caminho, espargindo as luzes da verdade por onde passar, mostrando-se tão revolucionário, quanto religioso, como Iluminado, um verdadeiro Obreiro da Luz; Obreiro do Sentimento; Obreiro da Inteligência.

Neste momento, compartilhamos com o leitor exemplos de nove desses Obreiros da Luz, que são os maiores refletores da Luz Divina, a partir das suas crenças pelo sentimento, estes que passaram por aqui e também ainda por aqui estão, prestando sua ajuda à humanidade, não rara sedenta, quer consciente, quer inconscientemente, de sabedoria, de Consciência, enfim, de luz.

Partimos da premissa de que seu conhecimento não se encontra encerrado entre as capas de um livro; sua doutrina deve ser tratada mais pela experiência do que por palavras; e sua Obra nos aproxima de Deus, qual construção se faz pela experiência. E aqui destacamos as teorias significativas que tais seres disponibilizaram para a humanidade, suas condutas exemplares e as evidências de terem seguidores.

Passemos a expressar estes instituidores, restauradores e mantenedores da Grande Obra Divina da qual somos partes integrantes. Estes seres espirituais, seres iluminados, enfim, seres que adentraram na dimensão mais profunda de si mesmos, como tarefa inadiável, ininterrupta e indispensável

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da Consciência na busca da identificação – que é a ciência de iluminação, em prol da sua evolução abreviada consciente, bem como dos seres humanos, da humanidade, dos planetas, enfim, do Universo como um todo, em sua eterna expansão.

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3.1 INSTITUIDORES, RESTAURADORES E MANTENEDORES ESPIRITUAIS

3.1.1 Krishna

Iluminou-se há, aproximadamente, 5.000 anos (BARRETO, 2012).

[...] filho de uma família real, nasceu em Mathura (Índia), há aproximadamente 5000 anos atrás. É conhecido por ter sido o sábio que aconselhou o guerreiro Arjuna no campo de batalha, seu nome Krishna significa “Verdade Absoluta”. Seus ensinamentos foram perpetuados no livro sagrado “Bhagavad Gita”. A Ciência da Iluminação praticada por ele baseou-se em 22 anos de Meditação Transcendental. (ARAÚJO, 2009, p. 18)

“Conta-nos a história que Krishna era um príncipe, filho de Maadeva, seu pai, e de Devac, sua mãe, que teve seu nascimento anunciado através de uma profecia. Ela dizia que um grande Rei e Avatar nasceria na cidade de Mathura, um lugar sagrado na Índia. Essa criança iluminada viria na família real e seria o herdeiro do trono” (CÂNDIDO, 2008, p.140).

Sobre sua infância e adolescência Schuré (2011, p.55) assim historia: Os pastores chamaram-no “o Radiante”, porque somente sua presença, seu sorriso e seus olhos profundos tinham o dom de espalhar alegria. Animais, crianças, mulheres, homens, todo o mundo o amava, e ele parecia amar a todo o mundo, sorrindo para a mãe, brincando com as ovelhas e as crianças de sua idade, ou conversando com os velhos. O menino Krishna era destemido, cheio de

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audácia e de ações surpreendentes. Algumas vezes encontravam-no, nos bosques, deitado na relva, abraçando pequenas panteras e mantendo-lhes a boca aberta sem que elas ousassem mordê-lo. Ele vivia também momentos súbitos de imobilidade, de profundos espantos e estranhas tristezas. Então se mantinha isolado, sério, absorto, com o olhar vago como se nada visse.

Quando Krishna completou quinze anos, Devac foi chamada pelo chefe dos anacoretas. Um dia, ela desapareceu sem dizer adeus ao filho.

Krishna abandonou os companheiros, as brincadeiras e, perdido em seus pensamentos, foi sozinho para o monte Meru. Vagou assim por várias semanas. Certa manhã, subiu em um pico arborizado, cuja vista se estendia por toda a cadeia do Himavat. De repente, à luz matinal, percebeu junto de si um ancião com roupa branca de anacoreta, de pé sob os cedros gigantes, que o orientou.

Quando Krishna desceu do monte Meru parecia transformado. Uma nova energia irradiava de todo o seu ser. Reuniu os companheiros e lhes disse:

“- Vamos lutar contra os touros e as serpentes; vamos defender os bons e abater os maus!”

Segundo Cândido (2008, p. 141):

Na adolescência, como pastor, Krishna já manifestava seus poderes divinos: curou leprosos, surdos e mudos, ressuscitou mortos; protegeu fracos, consolou os tristes, elevou os oprimidos, expulsou e matou demônios. Em seu discurso, dizia que pretendia restaurar a antiga religião, purificando-a das contaminações feitas pelo ego negativo da humanidade.

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Krishna reconciliou os dois gênios em luta, o da raça branca e o da raça negra, os cultos solares e os lunares. Esse homem divino foi o verdadeiro criador da religião nacional da Índia. Além disso, através de sua doutrina, esse poderoso espírito lançou no mundo uma ideia nova, de imenso alcance: a do verbo divino ou da divindade encarnada ou manifestada no homem. Esse primeiro messias, o filho mais velho de Deus, foi Krishna (SCHURÉ, 2011, p.44).

Sua doutrina encerra dois princípios organizadores das religiões e da filosofia esotérica, quais sejam: a doutrina orgânica da imortalidade da alma ou das existências progressivas por meio da reencarnação, e a doutrina correspondente da trindade ou do Verbo divino revelado no homem.

A fama do profeta do monte Meru espalhou-se por toda a Índia: Os pastores, que o tinham visto crescer e tinham assistido às suas primeiras façanhas, não podiam acreditar que aquele santo personagem fosse o herói impetuoso que conheceram.

Krishna foi saudado pelos anacoretas como o esperado e predestinado sucessor de Vasichita. Celebrou-se o srada ou cerimônia fúnebre do santo ancião na floresta sagrada. E o filho de Devac recebeu o bastão de sete nós, emblema do poder, depois de consumado o sacrifício do fogo em presença dos três mais antigos anacoretas, daqueles que sabiam de cor os três Vedas.

Em seguida, Krishna se retirou para o monte Meru, a fim de lá meditar em sua doutrina e no caminho da salvação para os homens. Suas meditações e penitências duraram, de forma concentrada, por sete anos. Só então sentiu que sua natureza fora dominada por sua natureza divina, e que estava suficientemente identificado com o sol de Maadeva, para

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merecer o nome de filho de Deus. Somente então chamou para junto de si os anacoretas, jovens e velhos, a fim de revelar-lhes sua doutrina. Eles encontraram Krishna purificado e engrandecido. (SCHURÉ, 2011, p. 71).

Ele caminhava pelas margens do Djamuna e do Ganges, a fim de converter o povo. Entrava nas cabanas e detinha-se nas cidades. À tarde, nos arredores das aldeias, a multidão se juntava em torno dele. Antes de tudo, o que ele pregava ao povo era a caridade para com o próximo (SCHURÉ, 2011, p.76):

“- Os males com que afligimos nosso próximo perseguir-nos-ão assim como nossa sombra segue nosso corpo.

“- As ações que têm por princípio o amor ao semelhante são as que devem ser ambicionadas pelo justo, pois serão elas que pesarão mais na balança celeste”.

“- Se freqüentas os bons, teus exemplos serão inúteis; não temas viver entre os maus para reconduzi-los ao bem. – O homem virtuoso é semelhante ao castanheiro gigante, cuja sombra benfazeja dá às plantas que o rodeiam o frescor da vida.”

Questionado por seu discípulo Ardjuna sobre a condição da alma após a morte, no sentido de querer saber se a mesma teria que obedecer sempre à mesma lei ou poderia escapar-lhe (SCHURÉ, 2011, p. 72), assim se expressou:

“– Jamais lhe escapará e sempre lhe obedecerá. Nisto reside o mistério dos renascimentos. Assim como as profundezas do céu se abrem à luz das estrelas, também as profundezas da vida se iluminam à luz desta verdade. “Quando o corpo se dissolve, logo que Satwa (a sabedoria) predomina, a alma voa

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para as regiões dos seres puros que possuem o conhecimento do Todo-Poderoso. Quando o corpo experimenta essa dissolução, enquanto Raia (a paixão) domina, a alma vem de novo habitar entre aqueles que estão ligados às coisas da terra. Do mesmo modo, se o corpo é destruído quando Tama (a ignorância) predomina, a alma obscurecida pela matéria é de novo atraída por alguma matriz de seres irracionais”.

Falava também da divindade que reside em cada um de nós, respondendo perguntas de seus discípulos e quando ouviu a síntese feita por Ardjuna:

“ – Assim, mesmo os bons são forçados a renascer e a recomeçar a vida do corpo! Mas, ensina-nos, oh! Senhor da vida! se para aquele que demanda a sabedoria, os renascimentos perpétuos um dia chegam ao fim”.

Krishna, então, passou a explicar:

“ – Escutai um enorme e profundíssimo segredo, o mistério soberano, sublime e puro. Para chegar à perfeição, é preciso conquistar a ciência da unidade, que está acima da sabedoria; é preciso elevar-se ao ser divino que está acima da alma, acima da própria inteligência. Ora, este ser divino, este amigo sublime, está em cada um de nós. Pois Deus reside no interior de todo homem, mas poucos sabem encontrá-lo. Eis o caminho da salvação: uma vez que tiveres percebido o ser perfeito que está acima do mundo e em ti mesmo, determina-te a abandonar o inimigo que toma a força do desejo. Dominai vossas paixões”.

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Os diálogos expressos exemplificam parte da fortaleza, sabedoria e beleza do iluminado Krishna, juntamente com seus discípulos.

Após sentir que sua missão estava concluída, restando apenas a chancela do supremo sacrifício, Krishna partiu, então, para um eremitério num lugar selvagem e desolado, ao pé dos altos cumes do Himavat. Depois de uma longa viagem, o profeta e duas santas mulheres alcançaram cabanas agrupadas em torno de um grande cedro desfolhado, sobre uma montanha amarelada e rochosa.

Durante sete dias, eles fizeram orações e abluções. Muitas vezes a fisionomia de Krishna se transfigurava e parecia resplandecer. No sétimo dia, ao pôr-do-sol, as duas mulheres viram arqueiros subindo para o eremitério.

Ao verem a figura estática do santo, ficaram indecisos. Primeiro, tentaram arrancá-lo de seu êxtase dirigindo-lhe perguntas, injuriando-o e atirando-lhe pedras. Mas nada conseguiu tirá-lo da imobilidade. Então, atiraram-se sobre ele e o amarraram no tronco do cedro. Krishna deixou que tudo se fizesse como em um sonho. Depois, os arqueiros recuaram e, instigando-se uns aos outros, puseram-se a atirar nele (SCHURÉ, 2011, p. 86).

Após a terceira flecha, entregou seu espírito. O sol já se tinha posto. Um forte vento soprou, uma tempestade de neve desceu do Himavat e se abateu sobre a terra. O céu se cobriu. Um turbilhão negro varreu as montanhas. Aterrados com o que tinham feito, os assassinos fugiram. As duas mulheres, geladas de espanto, caíram desfalecidas como sob uma chuva de sangue. O corpo de Krishna foi queimado pelos discípulos na cidade santa de Duarca, conforme o autor nos revela. E a

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multidão acreditou ter visto o filho de Maadeva sair das chamas com um corpo luminoso.

E Krishna já havia revelado para as mulheres que ele precisava morrer atravessado por uma flecha, para que o mundo acreditasse em suas palavras e assim o fez!

Sobre sua doutrina - o hinduísmo:

Os textos sagrados do Hinduísmo são os Vedas, Bramanas, Upanichades e Puranas, estes últimos que expõem o Mahâbarata, cuja parte mais bela é o Bhagavat Gîta (o canto do Bem-aventurado), que celebra o Deus Krishna; além do Râmaiana, que narra a vida do Deus Rama. (CHALLAYE, 1981, p. 71)

Os Vedas, têm para nós um triplo valor. Primeiramente, nos conduzem ao centro da antiga e pura religião ariana, da qual os hinos védicos são brilhantes irradiações. Em seguida, nos fornecem a chave da Índia. E, finalmente, nos revelam uma primeira cristalização das idéias-mães da doutrina esotérica e de todas as religiões arianas (SCHURÉ, 2011, p.33).

Nada mais simples nem maior do que essa religião, onde um profundo naturalismo se mistura com um espiritualismo transcendente. Antes de romper o dia, um homem, um chefe de família já está de pé diante de um altar de terra no qual arde o fogo aceso com dois pedaços de madeira. Em sua função, o chefe é ao mesmo tempo pai, sacerdote e rei do sacrifício. Enquanto vem a aurora, diz um poeta védico, “como uma mulher que sai do banho e que teceu a mais bela das telas”, o chefe pronuncia uma oração, uma invocação a

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Usha (a Aurora), a Savitri (o Sol), aos Asuras (espíritos da vida). A mãe e os filhos vertem no Agni, o fogo, o líquido fermentado do asclépia, o soma. E a chama que se ergue leva aos deuses invisíveis a oração purificada que sai dos lábios do patriarca e do coração da família. (SCHURÉ, 2011, p. 33).

A doutrina nos apresenta a noção de Agni e de Soma, as quais contém os dois princípios essenciais do Universo, segundo a doutrina esotérica e toda a filosofia viva. Agni é o Eterno-Masculino, o Intelecto criador, o Espírito puro; Soma é o Eterno-Feminino, a Alma do mundo ou substância etérea, matriz de todos os mundos visíveis e invisíveis aos olhos da carne; enfim, é a Natureza ou a matéria sutil em suas infinitas transformações. Ora, a união perfeita desses dois seres constitui o Ser supremo, a essência de Deus. Segundo Schuré (2011), dessas duas idéias capitais decorre uma terceira, não menos fecunda: os Vedas fazem do ato cosmogônico um sacrifício perpétuo. Para produzir tudo o que existe, o Ser supremo imola a si mesmo, divide-se para sair de sua unidade.

Esse sacrifício é, pois, considerado o ponto vital de todas as funções da natureza. Ideia esta que contém, em germe, toda a doutrina teosófica da evolução de Deus no mundo. Daí surgirá a doutrina do Verbo divino proclamada por Krishna e concluída por Jesus Cristo (SCHURÉ, 2011, p. 36).

Segundo o mesmo autor (op.cit.) o sacrifício do fogo, com suas cerimônias e suas orações, centro imutável do culto védico, torna-se, assim, a imagem desse grande ato cosmogônico. Os Vedas atribuem uma importância capital à oração, à fórmula de invocação que acompanha o sacrifício e quanto à imortalidade da alma, os afirmam tão aberta quanto claramente possível: “A alma é uma parte imortal do homem”.

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Uma importante escola hindu é a da Ioga, que possui métodos destinados a permitir a destruição do eu superficial, para deixar subsistir apenas o eu profundo, a fim de tornar-se aquele que ele é, através de práticas de imobilidade, disciplina respiratória, retração dos sentidos, concentração da ideia, abolição de qualquer pensamento, bem como auto-sugestão apressada (transe, hipnose e de catalepsia).

Na dimensão dos cultos, estes consistem em glorificar os deuses, repetir fórmulas em seu louvor, cuidar das abluções nos rios sagrados, empreender peregrinações aos santuários mais venerados, notadamente a Benarés. (CHALLAYE, 1981, p.76)

Há, ainda, no hinduísmo, grande número de divindades, a saber, conforme anuncia Challaye (1981): o deus da Sabedoria, Ganesh, com cabeça de elefante. Além dos animais sagrados: vaca, macaco e serpente, nesta ordem, Bem como, árvores sagradas e rios sagrados, destacando-se o Ganges como o mais ilustre.

3.1.2 Moisés

Iluminou-se há 3.400 anos. (BARRETO, 2012)

[...] um dos principais líderes religiosos, um dos maiores profetas do antigo testamento e maior legislador religioso, nasceu no Egito, há aproximadamente 3.400 anos atrás. Ele foi o grande profeta do Sinai e o organizador do monoteísmo. Seu legado encontra-se nos 10 mandamentos da tradição judaico-cristã. A Ciência da Iluminação praticada por ele baseou-se em 40 anos de Jejum e Oração. (ARAÚJO, 2009, p. 22)

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Moisés (em hebraico, Moshe, significa "retirado das águas"; em egípcio, Mósis que significa "filho"). Viveu por volta de 1500 anos antes de Cristo.

Schuré (2011) defende a origem egípcia de Moisés, sustentando que o mesmo era filho legítimo da princesa real, irmã do faraó Ramsés II. Ela ambicionava para o seu filho, Hosarsif (nome egípcio de Moisés) o faraonato. Ideia não muito aceita por Ramsés II e, para afastá-lo do trono, ordenou que Moisés fosse nomeado escriba sagrado do templo de Osíris. Função esta, desempenhada com perfeita dedicação e que envolvia os estudos e prática da simbologia de todas as formas (geometria), a cosmografia e a astronomia. Nem todos podiam exercer tal função, visto que era um alto cargo no templo e, somente aqueles dotados de uma inteligência sublime, eram capazes de cumprir com todas as tarefas demandadas.

Como todos os predestinados e marcados para realizar uma grande obra, Moisés não se submetia facilmente ao destino. Era íntegro e possuidor de condutas exemplares que eram demonstradas através do seu temperamento altruísta e de uma vontade inabalável, espírito matemático e universal. Dotado de uma força hercúlea na inteligência, Moisés possuía o conhecimento e utilizava a mística dos números sagrados, conhecida como Cabala.

Após um acidente fatal envolvendo um soldado egípcio, Moisés teve que sair do Egito rumo ao deserto de Madian. Dia após dia vagando e já exaurido pelo cansaço, sede e fome, ele reúne as suas forças e defende firme e corajosamente sete pastoras de um ataque violento por parte de alguns homens. Após esse acontecimento, Moisés é acolhido por Jetro e

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desenvolve um forte vínculo de amizade com ele, desposando a sua filha Séfona e, desta união, nascem dois filhos.

Quando Hosarsif/Moisés pediu asilo em nome de Osíris-Eloim, talvez Jetro, imediatamente, tenha reconhecido naquele homem, o predestinado a tornar-se o Profeta do Deserto.

Recebeu educação nos moldes egípcios. Isso envolvia o estudo aprofundado das ciências ocultas e da Matemática, passando por algumas iniciações no trato com a magia, até se tornar sacerdote e escriba dos templos de Isis e Osíris.

A história de Moisés contempla muito mais do que a simples biografia de um homem. A sua vida e a sua obra estão amalgamadas com a história do nascimento de uma nação.

Para os grandes ícones religiosos, os iluminados, os profetas que já passaram por esse Planeta, fora dada a missão de criar uma religião para determinado povo. A Moisés, coube o desafio de criar um povo para uma religião.

O plano de Moisés foi um dos mais extraordinários, um dos mais ousados que um homem jamais tivera, a saber: arrancar um povo do jugo de uma nação tão poderosa quanto o Egito. Conduzi-lo à conquista de um país ocupado por populações inimigas e, por assim dizer, melhor armadas. Conduzi-lo durante quarenta anos pelo deserto, deixá-lo arder de sede e extenuar-se de fome. Fustigá-lo como a um cavalo puro-sangue sob as flechas dos hititas e dos amalecitas, prontos a esquartejá-lo. Isolá-lo com o tabernáculo do Eterno entre aquelas nações idólatras, impor-lhe o Monoteísmo com uma vara de fogo e inspirar-lhe um tal temor, uma tal veneração por um Deus único, de modo que se

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entranhasse em sua carne, que se tornasse o símbolo nacional, o fim de todas as suas aspirações e sua razão de ser. (SCHURÉ,2011, p.144).

Schuré (2011) afirma, ainda, que Moises marchava em sua estrada desconhecida como um corpo celeste em sua órbita invisível. Era curioso e queria ter acesso aos conhecimentos dos livros mais secretos do templo e para tanto, ele aguardava e obedecia. Tinha fisionomia humilde e pensativa. Chamavam-no o silencioso, de tanto que se concentrava em si mesmo. Depois, de repente e como um relâmpago, uma idéia extraordinária explodia numa palavra e deixava atrás de si rastros de luz. Compreendia-se então que, se um dia o silencioso se pusesse a agir, ele seria de um arrojo assustador. Porém, ele só se sentia bem nos princípios imutáveis.

Por isso, o vasto desconhecido e a solidão do deserto o atraiam; Moisés era impelido pelo seu desejo, pelo pressentimento de que algo grandioso teria que realizar, a sua missão e, acima de tudo, aquela voz interior, misteriosa, mas irresistível, que lhe disse em certas horas: “Vai! É teu destino!”. (SCHURÉ, 2011, p.129).

Moisés foi então, impelido a subir o Sagrado Monte Sinai. Subira com vontade e sem medo as ravinas de Horeb, o Vale negro entre o monte Sinai e o Serbal. No relato bíblico, Moisés tem a visão e a confirmação da sua obra e realização, travando um diálogo direto com o próprio Deus, que se materializou através de uma sarça (arbusto) em chamas: Moisés! Moisés!. E ele respondeu: Eis-me aqui”. E Deus disse: Não te aproximes daqui. Tira as sandálias de teus pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa. E acrescentou: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isac, o Deus de

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Jacó. Cobriu Moisés o rosto, porque não ousava olhar para Deus. (Êxodo, 3:5-6-7).

Na continuação do diálogo, onde Moisés ainda duvida da sua capacidade, quando este se dirige Deus (Êxodo, 3:11):

“ - Quem sou eu para ir ter com o faraó e tirar os filhos de Israel do Egito?

E Deus disse-lhe:

- Eu serei contigo; e terás isto por sinal de que eu te mandei: Quando tiveres tirado o meu povo do Egito, oferecerás sacrifícios a Deus sobre este monte.

Moisés disse a Deus:

- Se eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes hei de responder?

Deus disse a Moisés:

- Eu sou o que sou. Assim dirás aos filhos de Israel: Aquele que É, enviou-me a vós.

Moisés quis conhecer o nome Daquele pelo qual iria agir e que o enviou para salvar os israelitas da escravidão egípcia. Acreditava ele que, sem aquele Nome ninguém o seguiria e nem reconheceria a sua missão.

Deus diz a Moisés:

- Eu sou aquele que sou!.

E acrescenta:

- Dirás aos israelitas: EU SOU me enviou a vós.

A Moisés foi revelado o Nome Sagrado do Deus que É e sempre Será. Elohim (referente a palavra em português Deus, God para os ingleses e Dio para os italianos) ou Elohá no singular. Após a revelação do Nome de Deus, bem como da

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sua missão, Moisés desce da Montanha de Deus, de Horeb. Estava ele preparado para realizar o que lhe foi designado.

Então Moises, tendo concebido seu Livro e a sua Obra, tendo sondado as trevas da alma humana, declara guerra à natureza fraca e corrompida. Para combatê-la e reerguê-la, invoca o Espírito, o Fogo originário e todo-poderoso, Iavé, a fonte do qual ele acaba de subir. Ele sente que seus eflúvios o abrasam e o temperam como aço. Seu nome é Vontade. (SCHURÉ, 2011, p.141).

Osman (2005), sustenta a idéia exposta na Bíblia que o Senhor concedeu a Moisés três símbolos mágicos que confirmariam a sua identidade como o mensageiro de Deus:

“1. O cajado mágico (que na Bíblia descreve como Vara, para realização de feitos milagrosos) “que se tornou uma serpente e depois voltou ao seu estado inicial;

2. Sua mão tornou-se leprosa (branca como a neve e depois foi curada novamente;

3. Ele recebeu a promessa de que, se vertesse a água do Nilo no solo, ela viraria sangue” (ÊXODO 4:9, apud., OSMAN, 2005, p.179).

A magia era comumente utilizada no Egito e Moisés, por ser um sacerdote iniciado nos templos de Isis e Osíris, tinha conhecimento de tais práticas. Em contrapartida, a Bíblia opõe-se totalmente a essa teoria, pois analisa os feitos de Moisés como milagres e os dos sacerdotes egípcios como magia. Observa-se, no entanto, que ambas as partes parecem ter utilizados dos mesmos métodos. O que difere Moisés dos demais é a sua moralidade, magnetismo e força intelectual. Além do objetivo expresso da sua missão designada por Elohá:

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retirar os hebreus do Egito e implementar a ideia monoteísta do Deus Único.

Historicamente e, de acordo com a tradição judaica, Abraão foi quem primeiro implementou a ideia do Monoteísmo, por volta de 1700 a.C. Mais tarde, em 1300 a.C., o seu neto Jacó (denominado Israel), fundou junto com os seus 12 filhos as 12 tribos de Israel, dando continuidade a obra iniciada por Abraão. Moisés, descendente direto de Abrão, libertou os judeus do Egito e conduziu-os pelo deserto até Canaã (atual Palestina).

Após travar uma longa batalha mágica com Ramsés II, através das já conhecidas pragas (1.Transformação da água em sangue; 2. As rãs; 3. Os mosquitos; 4. As moscas; 5. A peste dos animais; 6. As úlceras; 7.O granizo; 8. Os gafanhotos; 9. As trevas; 10. A morte dos primogênitos egípcios), inclusive o filho do faraó, Moisés retira os hebreus da escravidão do Egito.

Ao redor do profeta havia um grupo de sacerdotes presididos por Aarão/Josué e pela profetisa Maria/Miriam, que já representa em Israel a iniciação feminina. Com eles, setenta chefes eleitos receberam de Moisés sua doutrina secreta.

Durante a peregrinação pelo deserto Moisés recebeu as duas Tábuas da Lei, contendo os códigos que servem como base para guiar as ações humanas: os Dez Mandamentos. Códigos estes que podem ser considerados com um resumo da obra desse Profeta que mobilizou uma nação inteira, impeliando-a a acompanhá-lo no árido deserto rumo a tão sonhada liberdade, rumo à Canaã, a Terra Prometida.

Lembremos, pois, desses códigos, os 10 mandamentos, que foram colocados na Arca da Aliança e acompanhou os

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judeus durante toda a travessia do deserto, como sinal da presença do Deus Único, Vivo e Verdadeiro:

1. Amarás a Deus sobre todas as coisas;

2. Não farás para ti imagem de escultura, não te encurvarás a elas, nem as servirás;

3. Não tomarás o nome de Deus em vão;

4. Guardarás os sábados;

5. Não matarás;

6. Não cometerás adultério;

7. Não furtarás;

8. Não levantarás falso testemunho;

9. Não cobiçarás coisa alguma do teu próximo;

10. Honrarás teu pai e tua mãe.

No coração desse povo era carregada a Arca da Aliança, instrumento dos fenômenos elétricos e luminosos produzidos pela magia do sacerdote de Osíris e considerada o trono de Eloim, pois nela reside e repousa a tradição sagrada ou, ainda, a missão de Israel. Segundo Schuré (2011), na referida arca foram guardados, além das tábuas com os 10 Mandamentos, a vara mágica do profeta e o Séfer Bereschit ou o Livro dos Princípios. Livro este redigido pelo próprio Moisés em hieróglifos egípcios.

Moisés não foi, apenas, um profeta, mas um doutrinador de povos que vislumbrou o destino de toda a humanidade. O Monoteísmo, a religião universal era a sua finalidade, e por cima da cabeça dos nômades seu pensamento ia para os tempos futuros, dando as bases para o judaísmo.

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Sobre sua doutrina – o Judaísmo

O judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a aparecer na história. Tem como crença principal a existência de apenas um Deus, o criador de tudo. Isto representa um progresso incontestável sobre as crenças anteriores. “Sob o ponto de vista intelectual, contribuiu o monoteísmo para sugerir a ideia de um Universo submetido a um conjunto de Leis fixas; sob o ponto de vista moral, inclinando-se a considerar todos os homens filhos do mesmo Deus, criando assim o sentimento de fraternidade humana”. (CHALLAYE, 1981, p. 169).

Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida. Estudar o judaísmo, segundo Challaye (1981, p. 140), é passar em revista a atividade de Moisés e de seus sucessores e depois a dos Profetas.

De acordo com as escrituras sagradas, por volta de 1800 a.C, Abraão recebeu um sinal de Deus para abandonar o politeísmo e para viver em Canaã (atual Palestina). Isaque, filho de Abraão, tem um filho chamado Jacó. Este luta, num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Os doze filhos de Jacó dão origem as doze tribos que formavam o povo judeu. Por volta de 1700 a.C, o povo judeu migra para o Egito, porém são escravizados pelos faraós por aproximadamente 400 anos. A libertação do povo judeu ocorre por volta de 1300 a.C. A fuga do Egito foi comandada por Moisés, que recebe as tábuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai, conforme já descrevemos anteriormente. Durante 40 anos ficam peregrinando pelo deserto, até receber um sinal de Deus para voltarem para a terra prometida, Canaã.

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Jerusalém é transformada num centro religioso pelo rei Davi. Após o reinado de Salomão, filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos: Reino de Israel e Reino de Judá. Neste momento de separação, aparece a crença da vinda de um messias que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo.

Os livros sagrados dos judeus são a Torá ou Pentateuco, que foi revelado diretamente por Deus, compreendendo o Gênesis, o Êxodo, o Levítico, os Números e o Deuteronômio; além do livro: o Talmude, que reúne muitas tradições orais e é dividido em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.

Quanto aos rituais e símbolos judaicos, destacamos que os cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são comandados por um sacerdote conhecido por rabino. O símbolo sagrado do judaísmo é o Memorá, candelabro com sete braços.

Entre os rituais, podemos citar a circuncisão dos meninos (aos 8 dias de vida) e o Bar Mitzvah que representa a iniciação na vida adulta para os meninos e a Bat Mitzvah para as meninas (aos 12 anos de idade).

Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus no momento das orações.

Nas sinagogas, existe uma arca, que representa a ligação entre Deus e o Povo Judeu. Nesta arca são guardados os pergaminhos sagrados da Torá.

Quanto às festas Judaicas estas são móveis, pois seguem um calendário lunisolar. As principais são as seguintes:

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Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo rei persa Assucro.

Páscoa (Pessach) - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300 a.C.

Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C.

Rosh Hashaná - é comemorado o Ano-Novo judaico.

Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o espírito.

Sucót - refere-se à peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do Egito.

Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém.

Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.

3.1.3 Brahma

Iluminou-se há 2.700 anos (BARRETO, 2012).

Brahma é representado pela figura de um homem com quatro cabeças, montado em um cisne que serve de veículo para Brahma, representa a maturidade e Consciência espiritual, a liberdade e a soberania. [...] O cisne transita nas esferas celestes e terrenas, dominando os elementos sem que eles o limitem (CÂNDIDO, 2008, p. 127).

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Brahma é simbolizado ora levando em suas mãos os Vedas, uma flor de lótus, um prato para recolher esmolas e uma vasilha para a água dos banhos de sacrifício, ora aparece sentado numa posição de meditação e sobre uma flor de lótus que sai do umbigo de Vishnu.

Segundo o que dispõem os Vedas, o conhecimento transcendental foi primeiramente comunicado por Deus a Brahma, o criador deste universo particular (PIZZINGA, 2006), sendo que Brahma é o primeiro deus da Trimúrti, a trindade do hinduísmo (Vishnu e Shiva completam a tríade). Brahma é considerado, pelos hindus, a representação da força criadora ativa no universo.

Brahma é, portanto, uma manifestação do Todo, o Pai, a Fonte, a Presença Primeira, é uma parte emanada para que a materialização da existência seja possibilitada, é o aspecto da Criação Universal, mencionado nos Vedas. (CÃNDIDO, 2008).

Sobre a doutrina – o Bramanismo:

A doutrina bramânica, nos seus primórdios, compunha-se de postulados esparsos, sem qualquer ordenação e era transmitida oralmente através de cânticos. Cerca de 14 séculos a.C., um sábio brâmane recebeu o nome de Vyasa (compilador) por seu trabalho, e ordenou adequadamente a religião brâmane. A sua fixação, entretanto, só ocorreu por ocasião do surgimento da escrita na Índia, entre os séculos IX e VIII a.C.

Os Brâmanes extraíram do Vedismo, livro que serve de texto sagrado, o Veda ou os Vedas, que significa saber. É uma sabedoria que se adquire através do ouvido, não pelos olhos.

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Os livros sagrados do Bramanismo são os Bramanas e os Upanichades. Os Bramanas compreendem tratados que se reportam ao sacrifício. Os Upanichades (comunicações confidenciais) chamam-se Vedanta, conclusão dos Vedas, que contêm alguns dos mais belos textos hindus. Expõem uma filosofia de singular profundidade. [...] Os brâmanes logo adotaram tais ideias. E, não insistindo mais, tanto quanto antes, sobre a salvação pelo sacrifício, proclamaram a salvação pelo conhecimento. E passaram a comunicar tais conhecimentos a seus discípulos (CHALLAYE, 1981, p.62-66).

As teses fundamentais do Bramanismo são: identidade do braman (princípio fundamental do universo) e do atman (eu profundo) e da transmigração das almas (sansâra), determinada pelos atos das existências anteriores (karman) (CHALLAYE, 1981).

O Bramanismo exotericamente desenvolveu-se, sofreu modificações, foi adulterado e, com o passar dos tempos, entrou em decadência, como é usual acontecer com as religiões. A sua essência, no entanto, continua inalterada e preservada pelos Mistérios, em santuários da Índia. A doutrina original pode ser resumida em Cinco Princípios, dos quais decorrem as demais diretrizes:

1. Um Deus Único com Tríplice Manifestação (Trindade Divina). ‘O Ser Supremo se imola a Si próprio e Se divide para produzir a Vida Universal’.

2. A Natureza Eterna do Mundo ‘Ele sempre foi e sempre será. O mundo e os seres saídos de Deus voltam a Ele por uma evolução constante’.

3. A Reencarnação ‘Há uma parte imortal do homem que é aquela, ó Agni, que cumpre aquecer com teus

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raios, inflamar com teus fogos. De onde nasceu a Alma? Umas vêm para nós e daqui partem, outras partem e tornam a voltar’.

4. O Carma ‘Se vos entregardes aos vossos desejos, só fareis condenar-vos a contrair, ao morrerdes, novas ligações com outros corpos e outros mundos’.

5. O Nirvana ‘Estado de não desejo’. O mais puro e íntegro da alma, livrando-a em definitivo da roda das encarnações. Considerado o coroamento da Perfeição. As Escolas Iniciáticas demonstravam cabalmente, na teoria e na prática, a relevância de alcançar o Nirvana, para se chegar a Deus. Para atingir essa condição, o Ego precisa se libertar de todos os desejos, mesmo os originados de sentimentos bons e altruístas. O Nirvana é um estado de Consciência tão íntegro que toda doação é prestada naturalmente e não em decorrência de inclinação sentimental.”

Outro princípio brâmane é que toda forma de individualidade consciente, seja humano ou divino, implica uma união de espírito e matéria. O bramanismo sucedeu ao culto primitivo, sistematizou e deu novas modalidades ao vedismo, criando a trindade bramânica, composta de três deuses: Brahma, o criador; Shiva, o destruidor e renovador com sua esposa Kali, a deusa da morte e Vishnu, o princípio conservador, amigo do homem, que se encarna em Rama, Krishna e Buda.

O bramanismo adota a lei da metempsicose para o povo e da transmigração das almas para os iniciados, como no Egito asseverando que o fim da vida humana é a libertação e o desprendimento do mundo material e das paixões, sendo a

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meditação e o isolamento condições essenciais desse aperfeiçoamento. É uma religião aristocrática e sacerdotal.

Eis o que aprende o discípulo nos três primeiros períodos da iniciação: o conhecimento dos livros sagrados, a gramática, os deveres devidos aos manes (espíritos), a arte de calcular, os presságios, as revoluções dos períodos (cosmogonia), a intenção do discurso (raciocínio), as máximas da moral, a ciência divina da escrita (acentuação, prosódia e ritos religiosos), a conjuração de espíritos, a arte militar, a ciência da astronomia, o encantamento das serpentes, a ciência dos deuses (música e artes mecânicas).

Mas este era o lado simplesmente exterior da questão porque, após abandonar o mundo, ao entrar no último período tomava o discípulo conhecimento das Leis de Manu, contidas no Manava Dharma Sastra que, além de estudar as leis da vida espiritual, ensinava aos reis e senhores o cumprimento dos seus deveres, fixava as obrigações de cada casta, as purificações, os ritos e as cerimônias de todos os cultos, ainda as penas a sofrer pelos transgressores.

Logo no preâmbulo o livro, conforme cita Armond (2010), recomendava: “este livro deve ser estudado com perseverança por todo brâmane instruído e ser explicado por ele aos seus discípulos, porém nunca a outro homem de uma casta inferior". Mais adiante: “Este livro faz obter tudo o que se deseja aumenta a inteligência, atinge a glória de uma longa vida e conduz à beatitude suprema". E continha uma alta moral quando ensinava: "A resignação, a ação de tornar o bem pelo mal, a temperança, a probidade, a pureza, a repressão dos sentidos, o conhecimento dos "Sastras" (livros sagrados), o da Alma Suprema, a veracidade e a abstenção da cólera, eis as dez virtudes em que consiste o dever”.

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Mais adiante, falando sobre a renúncia, dizia: “Preenchendo perfeitamente os deveres prescritos, sem ter por móvel a espera de recompensa, o homem alcança a imortalidade e, neste mundo, goza de todos os desejos que seu espírito pôde conceber".

E na prática ao autodomínio, recomendava: "Domina o corpo, os órgãos dos sentidos, tem mãos juntas e o olhar fixo sobre o teu mestre”. A este na inteira submissão do cheia quando diz: “Aquele que se submete docilmente ao seu mestre até o fim de sua existência eleva-se, depois de sua morte, à morada divina”. O ensino levava o discípulo a conquistar perfeita impassibilidade, autodomínio, perfeito equilíbrio e sangue frio, nunca se submetendo aos impulsos dos desejos, do prazer, do medo ou da dor.

O discípulo, diz o livro, “deve suportar com paciência as palavras injuriosas, não desprezar ninguém, não guardar rancores por causa do corpo fraco e doentio que é comum a todos” (ARMOND, 2010). Ele deve usar dos sete poderes que são: os cinco sentidos mais a inteligência e o sentimento e não falar senão de coisas à vida espiritual. Assim, para ele, o mundo se fecha. A devoção e o conhecimento da alma são para o discípulo os melhores meios de atingir a felicidade suprema. Assim o homem que reconhece, em sua própria alma, a alma suprema presente em todas as criaturas, mostra-se inalterável na presença de todos e obtém a sorte feliz daquele que está absorvido em Brahma. (ARMOND, 2013).

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3.1.4 Mahavira

Iluminou-se há 2.650 anos, aos 30 anos de idade. (BARRETO, 2012).

“[...] fundador do jainismo, nasceu em Kshatriyakundagrama (Índia), na Cidade de Kundagrâma, subúrbio de Vaisãli, bacia do Rio Ganges na Índia. Seu nome Mahavira significa “Grande herói”. A Ciência da Iluminação praticada por ele baseou-se em 14 anos de Contemplação.” (ARAÚJO, 2009, p. 28).

O seu nascimento foi repleto de Bem-Aventurança e acontecimentos extraordinários. Durante a sua gestação, tudo cresceu, floresceu e se reproduziu: as plantações, as árvores, os animais. Por isso recebeu o nome de Vardhama (aquele que faz crescer). E, desde cedo, apresentou um comportamento heróico e pela sua coragem nas circunstâncias mais difíceis, foi-lhe dado o nome de Mahavira, que significa ‘Grande Herói. (JAIN, 1982, p. 12)

[...] Mahavira pertencia à uma casta guerreira (kshatriya) e vivia em um ambiente de luxo e regalia que mais tarde abandonou. Aos trinta anos, Mahavira renunciou a todas as suas riquezas, propriedades, mulher, família, parentes e prazeres. No jardim da Cidade de Kundapura, aos pés de uma árvore, sem mais ninguém estar presente e depois de permanecer dois dias sem beber água, tirou todas as roupas, cortou o seu cabelo e colocou uma simples peça de roupa sobre o seu ombro. (PIZZINGA, 2006).

Passou definitivamente a andar nu, deixou que insetos o atacassem, sofreu ataques físicos e injúrias verbais, dormiu em locais inóspitos e praticou jejuns extremos por um período

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de aproximadamente doze anos. Tendo alcançado a Iluminação [...] Foi no décimo terceiro ano de uma vida completamente ascética, enquanto meditava e após um severo jejum, onde Mahavira obteve a mais alta Consciência (kevala ou sabedoria absoluta). (PIZZINGA, 2006).

Embora Mahavira negasse a existência de qualquer deus ou deuses a serem adorados, ele acabou sendo deificado por seus seguidores, conforme tem sucedido a outros líderes religiosos. Foi-lhe dada a designação como o vigésimo-quarto tirthankara, o último e maior dos seres salvadores. Mahavira passou a ser considerado como alguém que descera do céu sem pecado e dotado de todo o conhecimento.

Mahavira foi um dos profetas mais interessantes da história dos iluminados. No entanto, poucos, no ocidente, conhecem a sua obra e mensagem. Ele foi contemporâneo de Buda, nascido no mesmo solo indiano, mais especificamente em Kundapura em 599 a.C. Seus pais Siddartha e Trishala pertenciam à Casta3 dos Guerreiros e ao clã Ksatrya dos Jnatr ou Jnatrika (“os conhecedores”), devotos do Thirtankara Pashva, a quem é atribuída a criação da filosofia Jainista.

Após a morte dos seus pais, Mahavira se desapegou de todos os bens e prazeres materiais, inclusive abrindo mão da sua vida familiar, para trilhar a busca da libertação do karma e dos

3 “Nos primórdios, haviam quatro castas: os brâmanes (sacerdotes), os xatrias

(guerreiros), os vaixás (espécie de burgueses) e os sudras (artesãos). Cada casta estava e continua rigorosamente separada das demais. Elas impõem ainda as mais rígidas normas à vida de todos os indianos: proíbem, por exemplo, casamentos mistos, refeições conjuntas, e até determinam a profissão. Ao pretender cursar Direito em Londres, o pacifista Gandhi, por exemplo, teve de pedir autorização à sua subcasta, dos comerciantes ou verdureiros. A pena pela infração à regra é severa: exclusão da casta. O castigo é terrível, uma vez que a pessoa é atirada ao nível dos chamados "intocáveis", párias sociais sem qualquer direito.”

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laços que aprisionam jina (alma). Meditava e jejuava diária e persistentemente até que, aos 42 anos, após 12 anos de austera penitência, atingiu o estado de iluminação, de onisciência, adquirindo, assim, a clareza e força necessárias para sistematizar, empreender e divulgar a doutrina do Jainismo. Milenar religião e filosofia da Índia criado no século VI a.C.

A primeira mensagem de Mahavira, após a sua iluminação, está registrada no texto Budista Majjhima Nikaya:

Eu sou toda a sabedoria e todo o visível, possuidor de um conhecimento infinito. Tanto esteja caminhando ou quieto, tanto esteja dormindo ou acordado, o supremo conhecimento e a intuição estão presentes em mim – ó ‘Nirgranthas’ – alguns atos pecaminosos vividos no vosso passado os quais devem, agora, ser abandonados por uma forma de austeridade extrema. Agora e aqui, deverão viver reduzidos a observar os vossos atos, os vossos discursos e os vossos pensamentos. Isso irá proporcionar a não-produção de ‘karma’ para o futuro. Então, pela exaustão da força dos atos passados através da penitência e da não-acumulação de novos atos, podem estar confiantes da paragem da maldição futura, do renascer a partir de tal parar e da destruição dos efeitos ‘ kármicos’. Daí, a destruição da dor; daí, a destruição dos sentimentos mentais; e daí, a completa libertação de todos os tipos de dor.” (PIZZINGA, 2006, p.4)

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Sobre a doutrina – o Jainismo:

O Jainismo surgiu como um movimento de reforma do Hinduísmo. Inconformado com as posições religiosas existentes, Mahavira, resolveu criar esta dissidência que cresceu até tornar-se uma religião independente. (JAIN, 1982).

A palavra jainismo é derivada de jaina ou jina que quer dizer vencedor, mas no caso desta religião a vitória que se busca é, sobretudo, a espiritual que implica numa vitória sobre as paixões. Paixões estas, consideradas como a origem de todo o mal e grandes inimigas da alma, pois a corrompem. As maiores paixões são: fome, ira, desejo, senilidade, nascimento, morte, medo, orgulho, apego, aversão, paixão cega, aborrecimento, arrogância, ódio, mal-estar, suor, sono e surpresa.

Acredita-se, porém, que o Jainismo teria surgido dois séculos antes, com o Thirtankara Pashva, cabendo a Mahavira a missão de desenvolver e divulgar a religião (JAIN,1982). O que o fez durante 30 anos, pregando a sua doutrina e convertendo 11 discípulos principais, os chamados Ganadhãra (cuidadores da multidão).

A mensagem transmitida pela filosofia jainista é de bem-aventurança, de benevolência universal e de amor incondicional a todos os seres, sustentando que jamais o ódio será vencido com ódio, mas somente com o amor. Que a não-violência é a força que pode vencer a força bruta que gera e fomenta as guerras, a ira e os vícios capitais existentes em todo ser humano.

A não-violência ou ahimsa é considerado o cerne da ética jaina, o primeiro e, quiçá o mais importante voto religioso estabelecido por Mahavira. Visto que, à medida que

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os seres humanos tornaram-se mais egocêntricos, preocupados e voltados somente para atender os desejos e anseios pessoais, a violência foi se propagando e se espalhando feito erva-daninha no solo da humanidade. Somente o seu opositor, ou seja, a não-violência, pode representar, por assim dizer, um desafio à desigualdade, inveja e hostilidade entre as pessoas.

O conceito de ahimsa é demasiado vasto, simples e profundo, pois a sua aplicabilidade no dia a dia da vida e do viver constitui-se um desafio constante. Haja vista que conflitos entre povos, culturas, religiões são gerados até os vigentes dias.

Mahavira, concebendo que esse desequilíbrio era gerado e era, também, visivelmente perceptível na vida religiosa, social, econômica e política da sua época, deu muita importância, não apenas à teoria, mas e, sobretudo, à prática da não-violência, com o intuito de conter, reduzir e, até mesmo tornar extintos os conflitos tanto os da natureza interna, como os da natureza externa. Elaborando, explicando e estruturando os menores detalhes da sua filosofia, transmitida através da tradição oral e, mais tarde registrada na literatura sagrada do Jainismo.

Mahavira organizou a sua ordem em quatro grupos de monges e monjas, homens e de mulheres, seguidores do sistema monástico regido por regras de ascetismo que caracteriza a organização jainista.

Os jainistas, assim como os adeptos de outras religiões indianas, crêem na imortalidade da alma e que esta passa por sucessivas encarnações até livrar-se do karma e atingir moksha (libertação). Para tanto é necessário livrar-se também dos apegos materiais.

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Após o desencarne de Mahavira, o jainismo subdividiu-se em dois grupos, a saber: Digambaras (veste de céu) e Shvetambaras (vestimenta branca).

Os monges digambaras andam totalmente nus, simbolizando o desapego pleno dos bens materiais. Já os shvetambaras só usam roupas brancas, cobrem a boca com um lenço, filtram a água antes de ingeri-la, varrem o lugar diante de si, simplesmente para não correrem o risco de pisar, machucar ou mesmo matar acidentalmente nenhum inseto, por menor que seja ele.

Entre os Svetambara o número de monjas ultrapassa o de monges. As Digambaras aceitam a doutrina que afirma que para se avançar no caminho espiritual é necessário nascer com um corpo masculino.

O princípio do Ahimsa (não violência, não fazer mal a nenhuma criatura), é levado muito a sério, visto que, no Jainismo, entende-se como ser vivo, toda e qualquer manifestação de vida, inclusive o ar, a água, a terra, etc. Por isso, os jainas praticam o vegetarianismo e alimentam-se do que chamam da primeira vida sensível: nozes, frutas e vegetais.

Tanto o Jainismo como o Budismo reagiam contra as concepções existentes sobre a Divindade e adotavam posição “não-teísta”, ensinando também que a libertação (moksha) dependia do esforço de cada um e não dos deuses. Ambas as religiões protestavam também contra o regime de castas e os privilégios dos brâmanes, sustentando que o poder e o valor da moral individual, a força dos pensamentos, palavras e atos, que, quando virtuosos, imaculados e altruístas, conduzem à iluminação, ao passo que, quando egocêntricos, pretensiosos e malévolos, conduzem às condições mais obscuras e primitivas do ser humano. (JAIN, 1982).

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Os jainistas acreditam que o universo não teve um começo, nem terá um final e que é sustentado por leis naturais que o regem.

Consideram que o tempo é infinito e cíclico. Ele é visto como uma grande roda dividida em duas partes idênticas: uma realiza um movimento ascendente (Utsarpini), enquanto que a outra um movimento descendente (Avasarpini). Cada uma destas partes divide-se em seis eras (ara). Durante o período ascendente os seres humanos progridem ao nível do saber, estatura e felicidade, enquanto que o período descendente caracteriza-se pela degradação do mundo, pelo esquecimento da religião e pela perda de qualidade de vida pelos humanos. Segundo os jainistas, vivemos atualmente num período de movimento descendente, numa era de infelicidade (Dukham Kal), que começou há 2500 anos e que durará 21 mil anos”. (AMON, 2007, p.2).

Considerando o Universo como eterno e como um organismo onde a vida pulsa, os jainistas afirmam que nele existem em duas categorias: os seres vivos ou almas (jiva) e as coisas materiais (ajiva). Existem quatro categorias que designam ajiva: matéria, movimento, repouso e tempo. Os jainistas acreditam, também, que o universo divide-se em cinco mundos, sendo cada um deles habitado por determinado tipo de seres.

No Jainismo não existe a crença de que o Universo seja obra de um criador. Acredita-se que ele não tem princípio e nem fim. Ele apenas é. Sempre existiu e sempre existirá, imutavelmente.

A chamada Siddhashila (Morada Suprema), localizada no topo do universo, é onde as almas libertas habitam. Logo

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abaixo, encontram-se os Trinta Céus, que são habitados por seres celestiais. No Madhyaloka (Mundo Médio), existem vários continentes separados por mares. No centro, encontra-se Jambudvipa.

No centro deste mundo encontra-se o continente Jambudvipa, considerado o único continente no qual as almas podem alcançar a libertação. Os seres humanos habitam este continente, bem como um segundo continente ao lado deste e parte do terceiro continente. O mundo inferior (adholoka) consiste em sete infernos, onde os seres são atormentados por demônios e onde se atormentam uns aos outros. Abaixo do sétimo inferno encontra-se a base do universo (nigoda), habitada por inúmeras formas inferiores de vida.

Para Mahavira, a trilha do progresso espiritual é disposta em 14 estágios. Sete estágios de involução e sete de evolução. Os sete princípios de involução explicam os trabalhos do karma e como a alma se liberta deles, pois é atraída para o mundo dos sentidos através da Lei de Atração e pelo princípio de ashrava (fluxo karmico) que leva ao sofrimento (bandha) da alma pelo karma. Os dois princípios seguintes são a virtude (punya) e o vício (papa), pelos quais, todo o karma, tanto nos beneficia positivamente através da libertação, como negativamente através do sofrimento. O sétimo princípio (samvara), é como a alma evita o fluxo kármico através das práticas de contemplação e a auto-disciplina da mente, da fala e do corpo. Isto leva, eventualmente, a nirjara, ou seja, a eliminação do karma. Finalmente moksha, ou libertação, é obtida. Na morte da última vida, o nirvana (literalmente “ser extinto”) explica o fim da existência mundana da alma, a qual, então, se eleva ao mais alto céu.

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Mahavira contribuiu significativamente para o crescimento e emancipação espiritual dos seus seguidores e quem mais se interessasse pela sua mensagem, criando códigos para nortear as ações humanas e favorecer quanto ao despertar da Consciência plena, códigos estes que vigem até hoje, quais sejam:

1. AHIMSA - não violência/não fazer o mal.

2. SATYA - falar a verdade.

3. ASTEYA - não pegar nada que não seja dado.

4. APARIGRAHA - desapego em relação às pessoas, lugares e coisas.

5. BRAHMACHARYA - abstinência sexual.

Cumprindo com esses cinco códigos, os seres humanos são contemplados por três “jóias”: a Reta Conduta (adquirida através da prática do princípio do ahimsa), a Reta Fé (atenção e cuidado para que as preces não sejam egoístas), o Reto Conhecimento (adquirido quando a alma liberta conhece a Verdade).

Os Jainistas realizam um ritual diário voltando-se para os pontos cardeais, invocando os cinco “Seres” considerados “Supremos”, a saber: Arhats: mestre que lança os fundamentos para a libertação de outros; Siddhas: espécie de santo, alma que alcançou a libertação sob a orientação de um mestre, vivendo em estado de êxtase no topo do cosmo; Acharyas: são guias espirituais; Upadhyayas: monges instrutores que transmitem seu conhecimento das escrituras a outros monges e monjas; Monges: restante dos monges que ocupam o quinto nível dos seres supremos.

O conhecimento de Mahavira encontra-se nos textos sagrados do Jainismo: os Culika-sutras, que se dirigem à

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natureza da mente e do conhecimento; os Chedra-sutras, que contêm as regras do ascetismo para os monges; o Ágama, texto especificamente seguido pela vertente Svetambara, considerando este texto como uma coleção de diálogos do próprio Mahavira.

O templo jainista tem sempre um santuário interno, que abriga a imagem do Tirthankara que o rege e os monges e monjas fazem a entoação silenciosa de um mantra (Panca-Namaskara).

O Jainismo existe até os dias de hoje e é uma religião simples que ensina o caminho da purificação pela auto-abnegação e renúncia; “seguindo seus princípios, as nossas ações não são governadas por nenhuma força externa, e, para alcançar a meta mais elevada da vida, faz, imprescindível o esforço próprio.” (JAIN, 1982, p.66-67).

3.1.5 Zoroastro

Iluminou-se há 2.600 anos (BARRETO, 2012).

“[...] ou Zaratrusta, fundador do Zoroastrismo, nasceu na Pérsia (atual Irã), há aproximadamente 2.600 anos atrás. Seu nome Zoroastro significa “contemplador dos astros”. A Ciência da Iluminação praticada por ele baseou-se em 14 anos de Contemplação.” (ARAÚJO, 2009, p.30).

Desde tenra idade, mostrava Zoroastro uma sabedoria extraordinária, manifestada em Sua conversação e em Sua maneira de ser. [...] Aos quinze anos de idade, Zoroastro realizava valiosas obras religiosas e chegou a ser conhecido por Sua grande bondade para com os pobres e animais. Aos 20

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anos, deixou o lar e passou sete anos em solidão, em uma caverna numa montanha.

Depois regressou a Seu povo e com a idade de 30 anos recebeu a Revelação Divina, que se iniciou por uma série de sete visões. [...] Efetuava curas e milagres e ensinava sem parar Suas novas leis espirituais e científicas para a guia e instrução do povo. [...] As escrituras Sagradas do Zoroastrismo chamam-se ‘Zend-Avesta’, que significa ‘Comentário sobre o conhecimento’. [...] A Regra de Ouro do Zoroastrianismo é: "Age como gostarias que agissem contigo. [...].

Zaratustra foi casado duas vezes e teve vários filhos. Aos 77 anos de idade, Zoroastro foi martirizado por um homem que o matou enquanto Ele se encontrava orando em frente ao fogo sagrado no Templo.

Sobre a doutrina – o Zoroastrismo

O Zoroastrismo é uma religião monoteísta fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os Gregos chamavam de Zoroastro.

O principal documento que nos permite conhecer a vida e o pensamento religioso de Zaratustra são os Gathas, dezessete hinos compostos pelo próprio Zaratustra e que constituem a parte mais importante do Avesta ou livro sagrado do zoroastrismo.

Julga-se que a atual forma do Avesta corresponde a apenas uma parte de Avesta original, que teria sido destruído em resultado da invasão de Alexandre Magno.

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Outro conceito religioso por si apresentado foi o dos Amesha Spentas ("Imortais Sagrados"), que podem ser descritos como emanações ou aspectos de Ahura Mazda. Nos Gathas os Amesha Spentas são apresentados de uma forma bastante abstracta; séculos depois eles serão transformados e elevados ao estatuto de divindades. Cada Amesha Spenta foi associado a um aspecto da criação divina.

Os Amesha Spentas são:

- Vohu Manah ("Bom Pensamento"): os animais;

- Asha Vahishta ("Verdade Perfeita"): o fogo;

- Spenta Ameraiti - ("Devoção Benfeitora"): a terra;

- Khashathra Vairya - ("Governo Desejável"): o céu e os metais;

- Hauravatat ("Plenitude"): a água;

- Ameretat ("Imortalidade"): as plantas.

Os Gathas revelam também um pensamento dualista, sobretudo no plano ético, entendido como uma livre escolha entre o bem e o mal. Posteriormente, o dualismo torna-se cosmológico, entendido como uma batalha no mundo entre forças benignas e forças maléficas.

A doutrina do zoroastrismo afirma que três dias após a morte a alma chega à Ponte Cinvat. As almas boas poderão atravessar a ponte, enquanto que as más serão lançadas para o inferno, mas o destino final é o Anagra Raosha, o reino das luzes infinitas.

Os templos religiosos do zoroastrismo, onde se desenrolam as cerimónias e se celebram os festivais próprios da religião, são conhecidos como templos de fogo. Estes

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edifícios possuem duas partes principais. A mais importante é a câmara onde se conserva o fogo sagrado, que arde numa pira metálica colocada sobre uma plataforma de pedra. E a maioria dos zoroastrianos reza várias vezes por dia, perante uma chama de fogo.

3.1.6 Buda

Iluminou-se há 2.500 anos (BARRETO, 2012).

[...] Shiddhartha Gautama, filho de uma família real, um dos líderes espirituais mais conhecidos, nasceu na Índia, em Kapilavastu, no atual Nepal. É conhecido por propagar a importância do caminho do meio, seu nome Buda significa “Iluminado”. A Ciência da Iluminação praticada por ele baseou-se em 17 anos de Meditação. (ARAÚJO, 2009, p. 31)

“[...] foi um Príncipe nascido no sul do Nepal, em 558 a.C., no reino de Shakya. Filho do Rei Gauama e da Princesa Maya, último de uma linhagem de antecessores cuja história perdeu-se no tempo. Hoje é conhecido como ‘Buda’, ‘Iluminado’ ou ainda ‘Luz da Ásia’.” (CÂNDIDO, 2008, p.49)

Aos 7 anos de idade começou os estudos em letras e artes militares, mas seus pensamentos se dirigiam para outro foco. Por volta dos 16 anos se deparou com as mazelas da vida humana – pobreza, velhice, doença e morte.

Aos 29 anos abandonou a vida palaciana para tornar-se asceta. Durante 6 anos vagou pelo Vale do Ganges buscando o conhecimento das filosofias de seu tempo.

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Torna-se discípulo do sábio Alara Kalana, aprendendo a meditação iogue através da qual alcançou o estado mental “a região da percepção e da não-percepção.”

O ascetismo extremo o levou a perceber que, assim como a corda de uma cítara deve se manter em posição correta, já que estando muito frouxa, nada toca, e estando muito esticada, partir-se-á, o caminho do meio é a verdadeira senda do viver em equilíbrio.

Determinado pelo objetivo da compreensão e possível liberação do sofrimento humano, Sidharta compromete-se em permanecer em estado de meditação até que a grande revelação aconteça, e assim o fez, até libertar-se de maya (ilusões), tornar-se o Buda.

Dessa maneira, através de sua própria experiência de libertação, Sidharta busca orientar outros seres humanos para o caminho do meio e da retirado do véu de maya. Ele diz:

Não nos deixeis guiar pelas palavras dos outros, nem por tradições existentes, nem por rumores. Não vos deixeis guiar pela autoridade dos textos religiosos, nem por simples lógica ou dedução, nem por aparências, nem pelo prazer da especulação sobre opiniões, nem por verossimilhanças possíveis, nem por simples impressão ou pela ideia. Ele é nosso mestre. Mas, desde que souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são desfavoráveis, falsas e ruins, então renunciai a elas... e quando souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são favoráveis e boas, então deveis aceitá-las e segui-las. (HOMENKO e SILVA, 2002, p.23)

Já como Buda, Sidharta afirma que um discípulo deve examinar a questão mesmo quando o Tathagata (o próprio

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Buddha) a propõe, pois o discípulo deve estar inteiramente convencido do valor real do seu ensinamento. Não acreditem no que o mestre diz simplesmente por respeito à personalidade dele. (Anguttara-Nikaya III, 65 in HOMENKO e SILVA, 2002, p.23).

A filosofia budista estimula a convivência entre as suas três jóias: O Buddha, O Dharma de Buddha e a Sangha.

O Buddha é o próprio símbolo de Siddhartha Gautama como um homem que alcançou o despertar, O Dharma de Buddha são seus ensinamentos e a Sangha é o grupos de pessoas que praticam as orientações dadas por Buddha para o alcance da libertação.

Elas são interdependentes, mas atuam, ou deveriam, como um auxílio no caminho para o despertar, e não como uma religião dogmática que oferece à salvação através da figura externa que é o pai ou a mãe que socorrem os perdidos ou culpados.

Aos olhos da compaixão de Buddha, todos nós já somos iluminados, a nossa essência é luz, precisamos apenas aprender a VER a VERDADEIRA REALIDADE, e, para isso, o budismo oferece os passos para o despertar, passos estes baseados nas experiências vividas por Siddhartha Gautama para o alcance da mente desperta.

Durante seu processo de iluminação, buscou o sábio Uddaka Ramapura, elevando o grau de concentração e percepção.

Uniu-se a mais cinco companheiros ascetas. Embrenhou-se pela floresta de Uruvilva penetrando em profundo ascetismo, buscando o despertar espiritual através da mortificação do corpo.

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Passou pelas provações dos estados mentais, chegando ao último degrau em estado de esgotamento.

Ao chegar no extremo da mortificação do corpo, “Sidarta percebeu que a verdade e a libertação não estavam nos extremos. [...] Com isso em mente, ele decidiu ir até o fim para descobrir a Verdade. Para isso, escolheu uma figueira, sentou-se embaixo dela e fez o juramento de que, mesmo se sua carne definhasse e seu sangue secasse, ele só se levantaria dali depois de obter a iluminação. Tão firmes eram sua determinação e vontade, que Sidarta a obteve naquela mesma noite.” (CÂNDIDO, 2008, p.53).

“O momento de iluminação de Buda pode ser comparado ao momento do batismo de Jesus no Rio Jordão: foi quando o Espírito Santo se fez presente no corpo de ambos” (CÂNDIDO, 2008, p.53).

Naquele instante, Buda percebeu a razão de tudo o que ocorria ao homem, soube quem era e quem havia sido, que há centenas de encarnações ele vinha se preparando para o momento da iluminação. Também percebeu que não havia nada e nem ninguém para auxiliar no seu processo de busca e conhecimento: toda a verdade e o saber estavam no seu interior. Compreendeu que esse mesma verdade se aplicava a todos os seres humanos, que essa era a chave para acabar com o sofrimento. (CÂNDIDO, 2008, p.53)

Mesmo após a iluminação, Ele continuou meditando noite adentro e, quando a estrela da manhã surgiu no horizonte, Buda despertou com toda a força da sua iluminação [...] Sidarta tinha trinta e cinco anos quando isso aconteceu. “Após ter atingido a iluminação, ele ainda permaneceu mais sete dias no mesmo local, desenvolvendo uma forma de

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transmitir aos homens o que havia descoberto, para que não só ele, mas todos, pudessem atingir o estado de bodhi ou bodhicitta (iluminação)” (CÂNDIDO, 2008, p.54)

Sobre o desencarne, Buda desencarnou aos 80 anos, rodeado de seus discípulos favoritos. Motivo da morte: disenteria. Ingressou no Nirvana e após 8 dias de sua morte, teve seu corpo cremado e suas cinzas foram divididas em 08 urnas ou túmulos.

Sobre a doutrina – o budismo

Assim como Jesus, o Cristo, não criou o cristianismo, Siddharta Gautama, o Buddha, não criou o budismo. O budismo foi criado por seus discípulos, que através da metodologia chamada “parampara” – transmissão de conhecimento de mestre para discípulo - registraram os ensinamentos de Gautama e sistematizaram criando uma obra conhecida como Buddha Dharma.

De acordo com a Doutrina Budista, a jornada de Buddha é a jornada do AGORA. Do “não-corpo” e da “não-mente”.

A essência do budismo está sintetizada nas Quatro Nobres Verdades:

1. O sofrimento existe;

2. Todo sofrimento tem uma causa, uma origem;

3. A cessação do sofrimento;

4. O caminho óctuplo conduz à cessação do sofrimento.

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1. O sofrimento existe:

A existência do sofrimento e da insatisfação. O homem que sofre, que é insatisfeito porque o seu eu pessoal condicionado está em desarmonia com o mundo real não-condicionado. Observando com atenção o universo, percebemos que tudo é passageiro, mutável, perecível. Tudo é impermanente e se transforma sem cessar. Por toda parte a instabilidade impera. A impermanência é a lei geral. Tudo que é composto se decompõe, tudo que é agregado se desagrega, tudo é e não é.

“A realidade no sentido budista é a impermanência. Se a essência de uma coisa é a própria mutabilidade, tal coisa não tem realidade em si, e considerar essa individualização como real é pura ilusão de nossa mente condicionada.” (HOMENKO e SILVA, 2002, p.36)

Há individualidade é uma ilusão. Nada vive isoladamente que possa ser considerado fora das relações com o meio ambiente. Tudo vive em contínuo intercâmbio com o todo.

2. Todo sofrimento tem uma causa, uma origem:

Esta nobre verdade nos diz que através dos pensamentos, sob forma de desejo, ânsia em todos os seus aspectos, se dá origem a todas as formas de sofrimento. O desejo tem por base a falsa ideia de “eu” (eu pessoal), que surge da ignorância que mantém nossa aparente personalidade. As diferentes formas de desejo são:

dos prazeres dos sentidos – visão, audição, olfato, paladar, tato e mente;

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de autopreservação (existir e vir-a-ser) – existência separada, individual, egocêntrica;

não-existência (auto-aniquilação). – “eu existo” portanto, um dia “eu” vou morrer, e tudo que este pensamento envolve. Para cessar esse desejo precisa-se de treino especial pelo caminho óctuplo.

3. A cessação do sofrimento:

A extinção da desarmonia entre o EU idealizado e o mundo real leva ao nirvana. Nir, em sânscrito é “não” e vana significa “cordão”, então nirvana pode ser traduzido como “não estar preso”.

O nirvana é renúncia interna às ligações com o mundo exterior. Não simplesmente aos objetos exteriores. Se deve notar que a mera cessação do sofrimento, ou mera destruição do desejo não é o Nirvana. Se assim fosse, equivaleria à aniquilação, porém nada é aniquilado. É o fim da ilusão do eu pessoal de separatividade, do total dos apegos, afeições para consigo mesmo, apetites de sede de desejos que envolve e suporta essa ilusão – são todos destruídos juntamente com a ignorância, o ódio, a ambição.

O desejo é a raiz do apego, o apego é a ignorância da existência da separatividade, é o eu idealizado e tudo o que ele quer, separado do todo, a ilusão de que se é sozinho, separado, isolado do todo. Para se dissipar a ilusão, o “ser´” deve ser destruído, este “ser” que é efêmero, perecível, nascido da ilusão. Para cessar a ilusão o desejo precisa ser eliminado.

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4. O caminho óctuplo conduz à cessação do sofrimento:

A quarta nobre verdade indica o caminho orientado por Siddhartha Gautama para a cessação do sofrimento humano, o Caminho Óctuplo. O Caminho Óctuplo também é chamado de Caminho do Meio, porque evita os dois extremos: o primeiro, da auto-indulgência, conforto e prazer físico que traz apego às paixões (é o próprio dos indivíduos que procuram a felicidade através dos prazeres dos sentidos); o segundo, o da autotortura, automortificação, ou sofrimento físico que traz perturbação formas de à mente: é uma psicose, mediante diferentes formas de ascetismo. Nem o ascetismo, nem o prazer permitem realizar o Caminho.

O Caminho Óctuplo compõe:

1. Palavra correta (perfeita)

2. Ação correta (perfeita)

3. Meio de vida correto (perfeito)

4. Esforço correto (perfeito)

5. Plena atenção correta (perfeita)

6. Concentração correta (perfeita)

7. Pensamento correto (perfeito)

8. Correta compreensão (perfeita)

Estes oito fatores estão interligados, e cada um contribui para o aparecimento e desenvolvimento dos outros. Estes oito pontos, juntos, têm a capacidade de libertar o homem do

Conduta

ética: moralid

ade

Disciplina mental meditação

Instrospecção sabedoria

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desejo. Eles facilitam o aperfeiçoamento dos três elementos fundamentais no treinamento da disciplina, segundo Siddhartha Gautama. São eles:

a) Conduta ética: moralidade – Sila

b) Disciplina mental: meditação – Samadhi

c) Instrospecção : sabedoria - Panna

a) Conduta ética: moralidade – Sila

Envolve a concepção de amor universal e compaixão para com todos os seres, não só os humanos, mas todos os seres. Compaixão e sabedoria, segundo Siddhartha, são duas qualidades que devem ser cultivadas de maneira igual e conjunta para que o ser humano seja perfeito. A compaixão inclui o amor não condicionado a símbolos, conceitos. A caridade, a tolerância, assim como todas as nobres qualidades do coração, do afetivo. Já a sabedoria, esta representa as qualidades da mente.

Para Gautama, se um indivíduo desenvolve somente o seu lado afetivo e descuida do mental, será um tolo de bom coração; se, ao contrário, desenvolve mais o lado mental que o afetivo, pode se tornar um intelectual insensível, frio.

A conduta ética, baseada no amor incondicional e na compaixão, agrega três dos fatores do Caminho óctuplo: 1. Palavra correta, 2. Ação correta e 3. Meio de vida correto:

1. A palavra correta ou linguagem pura – honestidade, verdade, paz, carinho, a cortesia, o agradável, o benéfico, o útil, o moderado, o sensível. Abstenção de mentiras, difamação, calúnia e tudo mais que provoque ódio, inimizade, desunião, desarmonia

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entre o indivíduo ou grupo social. Não falar negligentemente, mas com conveniência de tempo e de lugar. Quando não se tem algo de útil a dizer, deve-se guardar o nobre silêncio;

2. A ação correta – conduta moral honrada e pacífica, ajudar os outros com a mesma finalidade. Proteger a vida. A ação correta é dirigida pelo pensamento correto;

3. O meio de vida correto – aquisição do bem-estar material e espiritual próprio, ajudando os demais na mesma finalidade. O meio de vida correto é dirigido pelo pensamento correto, portanto deve ser fundamentado por seus princípios.

b) Disciplina mental: meditação – Samadhi

Engloba os fatores: 4. Esforço correto, 5. Plena atenção correta e 6. Concentração correta. Através destes fatores se alcança o desenvolvimento mental e a visão interior/intuitiva:

4. Esforço correto – também chamado de aplicação pura, é a arma que o ser humano possui para a luta contra o “mal”. Consta do seguinte:

a. Esforço de evitar e destruir os pensamentos negativos já existentes,

b. Enérgica vontade de impedir ou superar o aparecimento de pensamentos maus e nocivos,

c. Fazer surgir pensamentos bons e sadios ainda não existentes,

d. Manter, cultivar, desenvolver, até a perfeição, os pensamentos bons e sadios já existentes.

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5. Plena atenção correta – ou vigilância correta, é a atenção vigilante com tomada de Consciência nas atividades do corpo, nas sensações, nos diferentes estados da mente, e na investigação da verdade sobre o nosso ser. Este fator é um dos principais para o desenvolvimento dos outros sete que fazem parte do Caminho Óctuplo, ou do Meio. A Plena atenção correta é o “Guarda da Mente”, porque a mente por si só vaga todo o tempo, a Plena Atenção é o seu vigia.

No treinamento da meditação, a prática da concentração na respiração, embora existam outras técnicas, é um dos exercícios mais divulgados em relação ao corpo, contribuindo para o desenvolvimento mental. Através da meditação se realiza ao autodisciplina, autocontrole e autoconhecimento – pureza e Iluminação (sabedoria).

As sensações precisam ser investigadas. Precisa-se conhecer, se ter Consciência, de suas formas, de como surgem, se desenvolvem e desaparecem.

Quanto aos diferentes estados da mente, se deve estar atento e analisar os movimentos da mente. Ou seja, quanto às ideias, pensamentos e concepções das coisas, deve-se distinguir sua natureza, como surgem, se desenvolvem e desaparecem, assim como as sensações.

6. Concentração correta – é a condição necessária para todo e qualquer desenvolvimento espiritual. Quanto mais concentração nas palavras de uma oração, mais poderosa ela se torna. A mente dispersa enfraquece, mas quando concentrada em um único objetivo, ela se torna poderosa e com isso desenvolve a sabedoria interior.

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c) Introspecção: sabedoria - Panna

Aqui, o sétimo e o oitavo fatores estão englobados. São eles: 7. Pensamento correto e 8. Correta compreensão:

7. Pensamento correto – ou pensamento puro, é o pensar com sabedoria, corretamente. Pensamento fundamentado na equanimidade (serenidade de espírito em todas as circunstâncias e imparcialidade) e contemplação (o observar de maneira desidentificada com desejos individuais, o apenas observar fazendo parte de tudo.

Aqui o observador e o que é observado se fundem, são a totalidade). O pensamento dirigido à renúncia, ao desapego, à compaixão, ao amor universal, à não-violência, estendendo-se a todos os seres. Desenvolvendo esta qualidade de pensamento, elimina-se todo o egoísmo, a má vontade, o ódio, a violência ou crueldade, seja de ordem individual, social ou política, que é fruto da ignorância.

O pensamento correto só é possível quando não existem mais pensamentos ligados aos apegos dos sentidos. Os pensamentos corretos são interdependentes da compreensão correta.

8. Correta compreensão – é a compreensão de que, pela contemplação pura, permite reconhecer e penetrar na realidade da existência da insatisfação universal, criada pela desarmonia entre os seres e o mundo exterior. Segundo Gautama, existem duas formas de compreensão, a primeira é a do conhecimento, memória acumulada, captação intelectual de um assunto, segundo certos dados etc. É o conhecimento através dos conceitos, o que não identifica uma compreensão profunda.

A segunda, também chamada de “penetração” consiste em ver uma coisa em sua verdadeira natureza, sem nome ou

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rótulo. Por exemplo: uma mesa de madeira maciça é uma denominação humana para uma estrutura, já para um cupim, a “mesa de madeira maciça” é um dos mais apetitosos alimentos.

Portanto o objeto “mesa de madeira maciça” é uma conceituação, uma rotulação da mente humana, mas não podemos dizer que esta seja a verdadeira natureza daquele objeto. Esta penetração só é possível quando a mente está livre de toda a impureza e quando completamente desenvolvida na prática da meditação.

A compreensão pela visão interior é a mais alta sabedoria que o homem pode atingir, e somente através dela poderá realizar a Realidade Última, que consiste na compreensão das coisas tais como são, sem condicionamentos. E Gautama, através das Quatro Nobres Verdades, as explicam claramente.

Este é um modo de vida que pode ser seguido, praticado, desenvolvido por qualquer indivíduo. É uma disciplina do corpo, da palavra e da mente, sendo o autoconhecimento e a autopurificação. Isto nada tem a ver com crenças, adorações ou cerimônias. Por isso Siddhartha Gautama incentivava que cada um dos seus discípulos buscasse a Realização Última através de seus próprios esforços, como ele assim o fez.

3.1.7 Jesus

Iluminou-se há 2.013 anos (BARRETO, 2012).

“[...] conhecido como o Cristo. Nasceu em Belém (Judéa - uma província do Império Romano e que corresponde a uma área abrangida pela Síria e por Israel) há aproximadamente 2013

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anos atrás. A Ciência da Iluminação praticada por ele baseou-se em 18 anos de Meditação com estudo”. (ARAÚJO, 2009)

Para os cristãos, Jesus é o filho de Deus e a sua religião baseia-se nos ensinamentos que Ele pregou durante a sua vida.

O período da infância de Jesus, principalmente de seus doze até os trinta anos, não é citado, então todo o tipo de especulação existe, inclusive de que Ele tenha viajado por muitos países para aprender conceitos do hinduísmo, budismo, zoroastrismo e hermetismo. [...] Após o seu batismo, Jesus é conduzido ao deserto para passar pela prova das tentações. Foi um longo período de purificação de quarenta dias, uma prova iniciática. (CÂNDIDO, 2008, p.37).

“Em primeiro lugar, não devemos confundir Jesus e Cristo... Jesus representa o homem, filho de Maria e José, um corpo físico que necessita de respiração, alimento e batimentos cardíacos, como qualquer um de nós. Cristo é um grau iniciático, um estado consciencial muito elevado, é a alma, o Eu Superior, o Arcanjo Planetário, como algumas pessoas O chamam. Qualquer um de nós pode vir a se tornar um Cristo (ou Buda – tem o mesmo significado – iluminação), dependendo do grau evolutivo em que nos encontramos, através de nossas experiências reencarnatórias.” (CÂNDIDO, 2008, p.40)

Jesus foi o nome dado à criança que conforme se desenvolvia, foi recebendo blocos de energia e informações divinas. Sua personalidade crística foi se moldando e agregando qualidades até possuir um grau de amadurecimento energético para se tornar ‘o Cristo’. A palavra Cristo, de sua raiz grega, ‘Kristós’, literalmente

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significa ‘aquele que é o ungido do senhor, o Filho de Deus’. (CÂNDIDO, 2008, p.41)

Quase tudo o que hoje se conhece sobre Jesus, vem dos quatro primeiros livros do Novo Testamento, ou seja, dos Evangelhos de S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas, S. João, os quais se concentram especialmente nos anos da pregação de Jesus na Galileia, bem como na história da sua morte e ressurreição. Este é o aspecto mais importante da existência de Jesus, uma vez que o sacrifício da sua vida constituiu para os Cristãos a forma pela qual Deus Pai salvou o gênero humano.

Sobre a doutrina – o Cristianismo

O cristianismo é a religião dos que crêem que Jesus Cristo é Filho de Deus, morto e ressuscitado. Filho de Deus e de Maria, Jesus nasceu num dos últimos anos de vida de Herodes, o Grande, sendo imperador de Roma, César Augusto, 6 ou 7 anos antes da nossa era.

Teve discípulos que espalharam a Sua pregação por toda a parte, a partir de Jerusalém.

Pedro e Paulo difundem o cristianismo na Europa. Depois de muitas hostilidades, no século IV (313), conhece um período de paz, com o Édito de Milão de Constantino.

Mais tarde, com Teodósio, o cristianismo é proclamado religião do Estado. Com a queda do Império romano e superadas as invasões bárbaras, os povos europeus foram abraçando, uns após outros, a religião cristã. Com os Descobrimentos, o cristianismo expande-se pelas Américas, África e Extremo Oriente.

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O Livro Sagrado: A Bíblia é o livro sagrado dos Cristãos, mas é diferente da Bíblia dos judeus, na medida em que contém o Antigo e o Novo Testamentos.

A fé: Os cristãos acreditam num Deus único manifestado em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Omnipotente e cheio de amor, enviou o Seu Filho Jesus. Este Jesus, o Cristo, é o Caminho, a Verdade e a Vida para Salvação dos homens. Sendo verdadeiramente Homem e verdadeiramente Deus, durante toda a Sua vida ensinou o caminho para o Pai. Crucificado, ressuscitou gloriosamente ao terceiro dia.Esta fé é professada no Credo.

O culto: embora diferente nas igrejas católica, ortodoxa e protestante, encontramos pontos comuns.

Todas elas têm um culto privado, que consiste na prática da fé e das obrigações que ela encerra, e um culto público. Este último tem a sua expressão nos Sacramentos, realidades humanas que realizam e manifestam a intervenção de Deus no mundo. O seu número não é igual para todas as formas do cristianismo.

Evocando o dia da ressurreição de Cristo, os cristãos celebram o Domingo.

Festas: São muitas. As principais podem considerar-se:

O Natal: Festeja o nascimento de Cristo. Os cristãos começaram a festejá-lo no século IV, em Roma. Não escolheram a data ao acaso, pois os romanos, nesta época do ano, festejavam "o sol invicto", o momento em que os dias começam a crescer (é o solstício do Inverno). Os cristãos mostraram desta forma que Jesus é o verdadeiro sol e a luz que ilumina os homens.

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Os cristãos ortodoxos festejam-no; não em 25 de Dezembro, mas na Epifania, em 6 de Janeiro.

A Páscoa: No Domingo de Páscoa, a Igreja festeja Jesus ressuscitado: "O Senhor ressuscitou. Aleluia!" Os cristãos festejam, no Domingo de Páscoa, a vitória de Jesus sobre a morte e a esperança de que, para eles também, a morte não seja senão uma passagem antes de conhecerem uma outra vida junto de Deus.

O Pentecostes: Cinquenta dias depois da Páscoa, os cristãos festejam o dia em que Deus enviou o Espírito Santo sobre os Apóstolos.

3.1.8 Maomé

Iluminou-se há 1.400 anos (BARRETO, 2012).

“[...] profeta cujo livro sagrado é o Alcorão, nasceu em Meca, há aproximadamente 1.400 anos atrás. A Ciência da Iluminação praticada por ele baseou-se em 15 anos de Contemplação”. (ARAÚJO, 2009, p. 33).

A sociedade da época vivia dentro de propósitos e ideais divergentes ao modo de vida de Maomé, o que fazia com que o mestre frequentemente se retirasse ao Monte Hira para meditação. Numa dessas ocasiões, quando Maomé já estava com cerca de quarenta anos, o Arcanjo Gabriel apareceu entregando-lhe um pergaminho. Mesmo sem ler, o Profeta conseguiu compreender a mensagem e com a ajuda de sua esposa, iniciou a pregação da palavra de Alá (CÂNDIDO, 2008, p.69).

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Sobre a doutrina – o Islamismo

O Islamismo tem as suas origens na Arábia e está ainda intimamente ligado à cultura árabe e expandiu-se por grandes faixas da Ásia e de África, sendo atualmente considerada a segunda maior religião do mundo, depois do Cristianismo, e níveis significativos de imigração fizeram dela a maior religião minoritária da Europa.

A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são os muçulmanos (Muslim, em árabe), aquele que se subordina a Deus. Atualmente, está presente em mais de 80 países.

Enquanto religião, o Islamismo não se envolve unicamente na esfera espiritual, mas em todos os aspectos da vida humana e social.

O seu fundador Maomé (Muhammad) era membro de uma das mais proeminentes famílias do centro comercial da sua cidade.

No entanto, todos os anos, Maomé retirava-se para uma gruta na montanha, fora de Meca, para meditar. Isso era também usual entre os monges e eremitas cristãos que, no entanto, eram capazes de basear as suas meditações num texto, numa passagem escolhida normalmente dos evangelhos.

Maomé não o podia fazer, mas esta situação viria a alterar-se quando, aos quarenta anos, teve uma revelação na gruta. O Anjo Gabriel apareceu-lhe de repente com um pergaminho e mandou-o ler, tendo Maomé respondido que não sabia. Disse-lhe o Anjo: “Recita, em nome do teu Senhor criador, que criou o homem a partir de coágulos de sangue. Recita! O teu Senhor é O

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Mais Generoso, aquele que da escrita ensinou ao homem o que este não sabia.” (COSTA, 2013).

Depois da sua revelação, Maomé começou a pregar em Meca. Proclamou-se a si próprio profeta ou mensageiro de Deus, o que foi visto pelas famílias poderosas de Meca como uma tentativa de usurpar a autoridade política dentro da cidade. O Alcorão ou Corão é o livro sagrado dos muçulmanos e contém as revelações divinas recebidas do Anjo Gabriel pelo profeta Maomé, de 610 a 632. Este livro é dividido em 114 capítulos (suras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se: onipotência de Deus (Alá), importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social. O Alcorão também registra tradições religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e cristão.

Os adeptos do Islamismo repetem várias vezes ao dia uma curta oração, a saber: Não existe nenhum Deus senão Alá, e Maomé é o Seu Profeta.

No Islamismo, o ser humano não pode merecer nada da parte de Deus, nem pode invocar o direito a coisa nenhuma. A salvação e a fé fluem por graça divina, e são coisas a que os seres humanos apenas podem aspirar. (COSTA, 2013).

Dentre os vários princípios do Islamismo, cinco são regras fundamentais para os mulçumanos:

Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé, seu profeta;

Realizar cinco orações diárias comunitárias (sãlat);

Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;

Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual de jejum);

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Ir em peregrinação à Meca pelo menos uma vez durante a vida (hajj).

Os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os mortos. A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta Maomé.

3.1.9 Jair Tércio

A Ciência da Iluminação praticada por ele baseou-se em 18 anos de Onilateração. (ARAÚJO, 2009, p.35)

Filho de doméstica e ferroviário, e o filho de uma família de sete irmãos, nasceu Jair Tércio, aos 28 dias do mês de março de 1954, no bairro de São Domingos e logo foi morar em Paripe, subúrbios ferroviários da cidade do Salvador, Bahia, Brasil. Seu pai, Jairo, era funcionário público federal (ferroviário); e a sua mãe, Cerealice, prendas do lar. Jair foi o terceiro filho (primeiro homem); quatro homens e três mulheres.

Aos 3 anos passou a manifestar sinais de paranormalidade e foi acompanhado por sua avó materna, que era parteira no bairro de Paripe.

Aos 9 anos, durante a Revolução de 1964, teve que ir trabalhar, pois na época a família estava passando muita necessidade financeira.

Entre os 14 e 17 anos trabalhou com construção e depois se alistou para o serviço militar (Aeronáutica) tendo sido dispensado.

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Com a dispensa do serviço militar seu pai disse que essa não era a vontade divina e, portanto, ele poderia fazer um curso universitário, desobrigando-o de seguir carreira política. Seu pai queria que ele fosse militar para ser Presidente da República e depois Secretário Geral da ONU. Nesse período, ele já trabalhava no setor cooperativista da Leste Brasileira Ferroviária.

Aos 18 anos, em 1972, com o desencarne de sua avó materna, mudou-se para o bairro da Ribeira, pois sua mãe sofria muito com as lembranças da sua avó. Sua avó foi seu primeiro instrutor espiritual. Foi ela quem o ensinou sobre o significado de mediunidade, reencarnação e imortalidade, sendo ela própria, “um sensitivo”, “um médium”. Seu pai foi seu suporte filosófico, um verdadeiro amigo, que aconselhava e dava orientações, desde a mais tenra idade e nunca agiu com violência física.

Dos 9 aos 26 anos, trabalhou, estudou, concluindo seus cursos universitários. Seu apelido na escola era “Pró”, de aluno prodígio. Precisamente aos 26 anos concluiu cursos universitários de engenharia de agrimensura e elétrica; estruturou financeiramente sua família, onde o conforto e a comodidade não faltavam.

Especificamente entre os 14 e 26 anos decidiu abster-se de sua mediunidade, para poder trabalhar, estudar e ajudar no orçamento da sua família de maneira mais contundente. Teve empresa de projetos e construção de engenharia.

Dos 26 aos 28 anos, decidiu disponibilizar a sua mediunidade para poder trabalhar para Deus de forma voluntária, consciente e ciente; foi quando conheceu aquele que, então, se tornaria seu amigo, Bolivar.

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Entre os 28 e os 30 anos, estudou com Bolivar, e aos 30 anos foi autoconvocado para realizar a verdadeira tarefa e, então, convidado pelo citado amigo, para ingressar no único, último e atual movimento dos essênios na Bahia: a Ordem Maçônica Círculo Branco.

Nesta época buscou estar no Pico do Itobira, na Chapada Diamantina Baiana, e praticar o que indicava o processo da Iluminação, e donde construiu a prática da Onilateração.

Seu processo de iluminação ocorreu no dia 25 de outubro de 1984, no Parque da Chapada Diamantina, no Pico do Itobira e para ilustrar o referido processo de iluminação, citamos a história imutabilista (COSTA, 2009), a seguir:

Vários Seres Humanos pouco inteligentes, ditos detentores do poder de uma certa sociedade espiritualista que se dizia ser a única com o poder de ajudar a humanidade, segundo a Luz do Conhecimento Real, que eles diziam ter, tentavam convencer a humanidade de que ela deveria romper suas relações com um dito Iluminado, considerando os rumores nada simpáticos acerca do mesmo.

A humanidade, conhecedora do movimento de tal Ser, que cada vez mais crescia em sabedoria, força e beleza, volveu-se para tais Seres Humanos e disse-lhes, cheia de graça:

- Meus caros! Está claro para mim que vocês, ainda que saibam, não sentiram, o que é ser um Ser como ele. Vocês, pelo que fazem e dizem, só devem conhecer as pedras brutas; ainda não presenciaram e palparam, por exemplo, em suas mãos e entre os seus dedos um diamante lapidado, polido e brilhante, onde cada faceta dele é muito mais do que uma Imensa Estrela. Que toda ela é muito mais do

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que uma Imensa Galáxia; e que pode ser considerada, como a própria Via Láctea inteira, vibrando, pulsando e criando tudo, mas somente como Ela. Uma pedra, brilhantemente, polida e lapidada em infinitas miríades de Imensos Sóis claros, alegres e risonhos, a ponto de tirar a respiração de todos e de tudo, enfim, de todo o Universo. Um diamante lapidado, polido e brilhante diante do qual tudo se aquieta espontaneamente e fica somente a experimentar seus imensuráveis quilates; sua Onipotência; sua Onipresença; sua Onisciência; enfim, aquela coisa única, que é infinita, perene e imutável. Aquele diamante lapidado, polido e brilhante que, embora de valor notório, inestimável e muito cobiçado, é sempre exposto pelo seu Criador na maior das salas do maior dos palácios do Universo: a humanidade. Onde e quando, tal Criador, dispensa vigilantes e sentinelas; dispensa códigos ultra secretos de segurança máxima; dispensa vidros inquebrantáveis; grades intransponíveis de proteção; dispensa tapetes vermelhos, imitações e medo de ele ser roubado, ou silêncio obrigatório. Um diamante lapidado, polido e brilhante, meus caros, cujo tamanho, brilho e imponência atrai romarias e romarias que se formam às portas do seu magnânimo Palácio Universal, onde todos, Reis e súditos, não conseguem evitar pôr seus olhos sobre tal preciosidade ímpar mais do que desejando possuí-la definitivamente. Saibam que, meus caros [...]

Antes que a humanidade continuasse, os Seres Humanos pouco inteligentes se vendo envolvidos por tais colocações e, temendo se deixar levar por tal sensibilização, reagiram enquanto podiam, dizendo-lhe:

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- Você nota como ele lhe envolveu com a sedução dele?

A humanidade continuou, como não tivesse sido interrompida:

- [...] assim deve ser também com todos nós, que devemos fazer de nós mesmos almas puras, graciosas, grandes e gratas, enfim, generosas, ainda que secretamente lapidadas, mas onde caibam, não só críticas, mas também toneladas imensuráveis de sentimentos; que caibam o Universo inteiro de amor e todo brilho do deserto, abismo e montanha da sabedoria; bem como devemos expô-la para que todos vejam e criem perspectivas, como o Iluminado faz conosco; e não só expor apenas o simulacro de um coração imenso, pois devemos dar de graça o que da graça recebemos; o que não é dado é perdido; portanto O Verdadeiro não deve ser guardado e a imitação não deve ser servida aos desatentos, descuidados e desavisados, que não é o meu caso que já o vi e pratiquei a sua doutrina. Afinal, não se deve resguardar, nem de si mesmo, aquilo que se construiu por diversas encarnações, a sabedoria, força e beleza transcendentais, o valor imensurável do que é Ser Humano.

- Portanto, meus caros,

Continuou a humanidade,

- Aprendam que um diamante polido brilhante não deve viver guardado secretamente, brilhando para nada e para ninguém.

Os Seres Humanos pouco inteligentes não puderam deixar de ouvir o que ouviram, então se calaram e afastaram-se, momentaneamente da humanidade, como que confessando o

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receio de serem mais sensibilizados ainda, bem como de ela continuar falando e de ser ouvida por mais alguém. Eis que a humanidade percebendo o movimento deles, considerou:

- É preciso mais do que isso, pois nenhum de nós pode evitar, eternamente, ser sensibilizado, desperto e renascido para o Princípio Criador, a Finalidade da Vida, bem como a Razão de Nossa Existência – ele, o Iluminado, é prova cabal disto.

Sobre a doutrina – o Imutabilismo

Em 5 de maio de 1984 fundou uma sociedade sem fins lucrativos denominada OCIDEMNTE (Organização Científica de Estudos Materiais, Naturais e Espirituais - 7º CDE), tendo como objetivo a reforma da criatura humana pelo conhecimento de si mesma, através do estudo e desvendamento das Leis Naturais que regem o Universo. Nesta sociedade existem dois ramos de estudos: o esotérico, e o exotérico. O primeiro visa a orientação aos iniciados da sociedade com ensinamentos doutrinários, filosóficos e científicos das Leis Universais, e o segundo visa a divulgação de tais ensinamentos, quer sejam em formas de livros e estudos, quer sejam em forma de cursos educativos ou ainda em formas de programas de pesquisas, projetos e construções.

Considerando o seu objetivo, criou, instituiu, implantou e mantém o Imutabilismo, conforme a seguir:

1. O IMUTABILISMO

O Imutabilismo é um movimento sociocultural de incentivo ao Culto ao Imutável que habita no Ser Humano.

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2. OBJETO

Movimento sociocultural de incentivo à cultura espiritual, embasada no Conhecimento das Leis Divinas, das Leis Universais, enfim Leis Naturais que regem o Universo, no Autoconhecimento e na Autorrealização, por parte do Gênero Humano. Movimento este criado, instituído, implantado e mantido no mundo pela Fundação Ocidemnte, a partir da cidade do Salvador - Bahia - Brasil.

3. FINALIDADE:

Divulgar tal cultura, objetivando auxiliar o Ser Humano, quanto a fazer de si mesmo um Ser Humano mais do que humano, enfim um SER HUMANO INTEGRAL segundo as LEIS UNIVERSAIS, em função da necessidade da compreensão do PRINCÍPIO CRIADOR; da FINALIDADE DA VIDA; bem como da RAZÃO DE NOSSA EXISTÊNCIA, a partir dele, ser humano.

4. JUSTIFICATIVA (dentre outras):

4.1. A EVOLUÇÃO

Esta que se prova praticando-se. Tudo evolui de relativo para ABSOLUTO. Neste processo, é notório, o Gênero Humano passa de HUMANO para INDIVISO; e deste para DIVINO.

4.2 A CRIAÇÃO

O Ser Humano não se autocriou, portanto, deve ser autoinduzido a conhecer o seu criador, a partir de si mesmo.

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4.3 A LIBERTAÇÃO

O Ser Humano pensa, deseja e intelige, portanto, está fadado à libertação.

4.4 A INTEGRAÇÃO

O Ser Humano foi projetado para SENTIR, PENSAR e AGIR, concomitantemente, num só ATO DE INTEGRAÇÃO, com o fim de sair da fragmentação rumo à totalidade.

4.5 A IDENTIFICAÇÃO

O Ser Humano foi criado à semelhança (idenficação) de Deus, mas não na matéria, e sim na essência. Para tanto, é orientado, instruído e conduzido, segundo pensa, deseja e intelige.

5. FUNDAMENTOS (dentro outros):

5.1. A VIDA

5.1.1. CENTRO ABSOLUTO DE ONDE PARTEM TODAS AS AÇÕES;

5.1.2. O DIVINO ARQUITETO, CONSTRUTOR E CONDUTOR DO UNIVERSO; enfim,

5.1.3. O PRINCÍPIO CRIADOR.

- Sendo que:

5.1.4. A Vida se prova pelo movimento inegável, inevitável e autossustentável, que existe em todas as coisas, tanto interna, quanto externamente; deveras verificável, porquanto factualmente demonstrado na

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plenitude da existência ritmada pela concomitância da ação das Leis Universais, principalmente a Lei de Conservação e a Lei de Destruição.

5.1.5. A Vida é, pelo ser humano, recebida pelos órgãos físicos; percebida pelos sentidos; e concebida pelos centros de forças.

5.2. AS TRÊS POTÊNCIAS REALIZADORAS DO UNIVERSO.

- Como sendo:

5.2.1. DEUS, A VIDA DAS LEIS UNIVERSAIS;

- (O Centro Absoluto de onde partem todas as ações)

5.2.2. A NATUREZA, AS LEIS UNIVERSAIS;

- (O Agir; ou a Ação em si mesma);

5.2.3. O HOMEM, O REPOUSO E A REPRESENTAÇÃO DAS LEIS UNIVERSAIS.

5.3 As Três OBRAS DIVINAS que compõem A GRANDE OBRA do DIVINO ARQUITETO, CONSTRUTOR E CONDUTOR DO UNIVERSO.

- Como sendo:

5.3.1. A OBRA UNIVERSO;

5.3.2. A OBRA PLANETA; e

5.3.3. A OBRA HOMEM.

- Sendo que:

5.3.4. A OBRA HOMEM tem por finalidade auxiliar na evolução abreviada da OBRA

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PLANETA, em função do equilíbrio dinâmico da OBRA UNIVERSO, em sua eterna expansão.

5.4. A PLURALIDADE DOS MUNDOS (orbes), hierarquicamente habitados e, de maneira idêntica, no Universo, situados.

- Como sendo:

5.4.1. A observável e verificável demonstração factual da IRMANDADE UNIVERSAL, caracterizada pela IGUALDADE, LIBERDADE E FRATERNIDADE cósmica que existiu, existe e sempre existirá, entre os seres humanos, em função da finalidade da OBRA HOMEM sobre A OBRA PLANETA, em razão do equilíbrio dinâmico da OBRA UNIVERSO em sua eterna expansão.

- Sendo que:

5.4.2. A OBRA HOMEM, que é A MICRO-APARÊNCIA do próprio DIVINO ARQUITETO, CONSTRUTOR e CONDUTOR DO UNIVERSO, que como SER INTELIGENTE condensa-SE, ou melhor, materializa-SE sobre OBRA PLANETA para realizar sua finalidade, em razão da OBRA UNIVERSO, que é a Sua MACRO-APARÊNCIA.

5.5. A TRINDADE HUMANA, composta de:

5.5.1. O ESPÍRITO;

5.5.2. A ALMA; e

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5.5.3. O CORPO FÍSICO.

- Como sendo:

5.5.4. A estrutura fundamental do SER HUMANO para com A VIDA.

- Sendo que:

5.5.5. O ESPÍRITO, A Centelha Divina, Energia Absoluta, Perfeita, Consciente, o VIVIFICADOR;

- (O Centro de onde partem todas as ações da trindade humana.)

5.5.6. A ALMA, o Corpo formado de matéria quintessenciada, o CONDUTOR DO CORPO FÍSICO; e

- (O Agir, da trindade humana.)

5.5.7. O CORPO FÍSICO, o Corpo formado de matéria grosseira, o CONDUZIDO.

- (O Objeto em que se refere as ações, da trindade humana.).

5.6. A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO, do AUTOCONHECIMENTO e da AUTORREALIZAÇÃO.

- Como sendo:

5.6.1. A composição do primeiro e último itinerário básico para ILUMINAÇÃO.

- Sendo que:

5.6.2. É fato de que ser algum vive sem o SABER, ou melhor, sem o CONHECIMENTO. Este que aproxima o ser humano das LEIS

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UNIVERSAIS, e o AUTOCONHECIMENTO identifica com o PRINCÍPIO CRIADOR.

5.6.3. É fato que o homem é a medida de todas as coisas em si mesmo, porquanto o que está em cima é como o que está embaixo. Portanto, ele tem o dever moral de sentir, pensar e agir de forma que seus pensamentos sejam, expressem e/ou convertam-se em Lei Universal, de forma que o possibilite conceber, a partir de si mesmo, o PRINCÍPIO CRIADOR, a FINALIDADE DA VIDA, bem como a RAZÃO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

5.6.4. É fato que nenhuma VERDADE pode permanecer eternamente oculta, tampouco eternamente ocultada, principalmente a verdade sobre nós mesmos; daí a importância do AUTOCONHECIMENTO. E isso é o que nos possibilita conceber, a partir de nós mesmos, a FINALIDADE DA VIDA, a RAZÃO DE NOSSA EXISTÊNCIA, bem como a nosso PRINCÍPIO CRIADOR, por conseguinte a ILUMINAÇÃO.

5.7. A NOÇÃO EXATA de LEIS DIVINAS, de LEIS UNIVERSAIS, enfim, de LEIS NATURAIS QUE REGEM O UNIVERSO.

- Como sendo:

5.7.1. A maior demonstração, factualmente perceptível, da inteligência do PRINCÍPIO

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CRIADOR; a base indestrutível da REALIDADE ABSOLUTA.

5.7.2. A VERDADE, a primeira e última LIBERDADE.

- Sendo que:

5.7.3. A sua MANIFESTAÇÃO é deveras observável e verificável, porquanto é demonstrada, factualmente, por evidências a saber:

5.7.3.1. CENTRO DE ONDE PARTEM TODAS AS AÇÕES;

5.7.3.2. AGIR, OU A AÇÃO EM SI MESMA; e

5.7.3.3. O OBJETO QUE REFLETE TODAS AS AÇÕES.

5.8. A base de sustentação do TEMPLO DA REALIDADE ABSOLUTA.

- Como sendo:

5.8.1. A LEI DE IMORTALIDADE;

5.8.2. A LEI DE REENCARNAÇÃO; e

5.8.3. A LEI DE MEDIUNIDADE.

- Sendo que:

5.8.4. A LEI DE IMORTALIDADE

- A Lei Natural que indica e denuncia o produto final do trabalho da eterna transformação de elementos específicos formadores do ser humano, quando atingem o estado de perfeição, ou seja, o

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estado Bem-aventuança, de Iluminação; enfim, de Imutabilização;

5.8.5. A LEI DE REENCARNAÇÃO

- A Lei Natural que indica e normatiza os trabalhos da eterna alternância ritmada entre a condensação e descondensação, ou seja, conservação e destruição de elementos específicos formadores de absolutamente tudo, inclusive do ser humano, até atingir o estado de perfeição, ou seja, o estado Bem-aventuança, de Iluminação; enfim, de Imutabilização; e

5.8.6. A LEI DE MEDIUNIDADE

- A Lei Natural que indica e normatiza a eterna comunicabilidade, ou seja a inextrincabilidade que existe entre tudo, inclusive entre os seres humanos; e entre os diversos Planos Divinos, demonstrando factualmente, a intimidade em disponibilidade da Irmandade Universal que existe na pluralidade dos mundos, hierarquicamente habitados e de maneira idêntica no Universo situados.

5.9. A base de sustentação do TEMPLO DA REALIDADE RELATIVA.

- Como sendo:

5.9.1. A LEI DE LIBERDADE,

5.0.2. A LEI DE MORAL e

5.9.3. A LEI DE TRABALHO.

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- Sendo que:

5.9.4. A LEI DE LIBERDADE

- A Lei Natural que o ser humano deve utilizar para se determinar a agir na construção do seu destino moral;

5.9.5. A LEI DE MORAL

- A Lei Natural que o ser humano deve utilizar para normatizar e reger o seu agir no cumprimento das outras Leis Naturais, em razão da construção do seu destino moral; e

5.9.6. A LEI DE TRABALHO

- A Lei Natural que o homem deve utilizar para realizar o seu agir no cumprimento de todas as outras Leis Naturais, em função da construção do seu destino moral.

5.10. A NOÇÃO EXATA de POTÊNCIA HUMANA LATENTE:

- Como sendo:

5.10.1. O seu SENTIMENTO, produto das experiências passadas adquiridas e acumuladas pelo Ser Humano em toda sua existência.

- Sendo que:

5.10.2. Estão caracterizadas por suas FACULDADES INATAS CAPITAIS, principalmente:

5.10.2.1. A Vontade: Produto da Imaginação sem a Inteligência.

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5.10.2.2. A Consciência: Produto da Imaginação com a Inteligência.

5.10.2.3. A Ciência: Produto da Inteligência sem a Imaginação.

6. MÉTODO: (dentre o conhecido, o possível e o disponível)

6.1 CONHECIMENTO

Compreensão da realidade que nos rodeia, através do estudo e desvendamento de Leis Divinas, de Leis Naturais que regem o Universo em todas as áreas do conhecimento humano, seja Religioso, Filosófico e/ou Científico.

6.2 AUTOCONHECIMENTO

O conhecimento de si mesmo, através do pensar sem pensamento.

6.3 AUTORREALIZAÇÃO

A Bem-aventurança; a Iluminação; enfim, a Imutabilização através da Onilateração – arte, ciência e magia da autorrealização.

7. RECURSOS:

Arca Sagrada.

8. REFERÊNCIA:

A Imutabilidade, ou seja, A Moralidade do Universo que a conduta dos corpos celestes denuncia, caracterizada pelo equilíbrio dinâmico, estabelecido pelas Leis Divinas, pelas Leis Universais, enfim pelas Leis Naturais que regem o Universo.

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Quanto aos seus três Mandamentos:

Não-Violência;

Não-Corrupção;

Não-Volúpia.

Quanto aos rituais, propõe a Onilateração: Ciência da Iluminação, esta que se trata de exercícios práticos que, também, favorecem ao ser humano quanto ao alcance da iluminação.

Quanto à Construção de Santuários de Luz, na Chapada Diamantina, para iluminar a Bahia, Jair Tércio liderou seus discípulos na construção de 12 Santuários de Luz para trabalhos específicos acerca da Iluminação, segundo a prática da Onilateração: Reflexão; Concentração; Meditação; Vibração; Percepção; Contemplação; Exaltação.

Quanto ao Mantran Meditativo I - Busca ao Imutável, citado como uma das suas composições (dentre outras), que favorecem quanto ao processo de iluminação, lembrando que, de acordo com Jair Tércio, é a Iluminação, a Bem-aventurança, enfim, a Imutabilização que nos esclarece, a ponto de podermos enxergar Deus, a partir de nós mesmos, mas como idênticos, senão vejamos o que indica:

1 Sim, para se achar Tem que procurar o mais profundo em si, Sim, para procurar Tem que se querer e ser paciente em si. 2 Sim, para se querer Tem que se saber o que se busca em si, Sim, para se saber Tudo que se quer, analise-o em si.

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3 Sim, pois quando achar, Reconhecerá se é o que se busca em si, Sim, o completará Porque será o que é necessário em si. 4 Sei, para ir buscar, tenho que sentir primeiro em mim. Sei, ainda que seja algo desconhecido em mim. 5 Sei, devo sentir o que necessito conhecer Em tudo e em mim, Sei, quando encontrar, Vou reconhecer se é o que se exige em mim. 6 Sei, bem me fará porque será útil em mim. Sei, porque será aquilo que se exige em mim 7 Sei, vou persistir a procurar, Pois já o sinto em mim. Sei, vou o encontrar, Reconhecer em tudo e em mim. 8 Sei, para Te buscar Tenho que sentir primeiro em mim. Sei, ainda que Sejas algo desconhecido em mim. 9 Sei, vou persistir, Te procurar, Pois já Te sinto em mim Sei, preciso simplesmente ter A crença em mim”

(COSTA, 2009, p. 211)

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Quanto aos dias santos, seguem: (1) Dia do Nascimento de Jair Tércio = 28/Março; (2) Dia da Divina Lei = 10/Julho; (3) Dia Universal de Jejum, Expiação e Autoconhecimento = 10/Setembro; (4) Dia da Iluminação de Jair Tércio = 25/Outubro, dias nos quais seus seguidores dedicam um tempo específico de suas vidas para sinergizar o amor para toda humanidade.

Por fim, destacamos, após apresentação desses nove instituidores, restauradores e mantenedores da Grande Obra Divina, que estas criaturas andaram bastante, tanto no céu, quanto na terra e seus sentimentos, pensamentos, atos e obras traduzem, em fato, a sua doutrina; e, ainda, o seu trabalho inclui-se o de tornar brilhante a luz interior da humanidade, para que ela se torne visível no seu exterior, de maneira cada vez mais perceptível.

Todos eles praticaram exercícios de conectividade e revelaram/revelam a integração da sua identidade com a Consciência, ou seja, com a essência criadora. “Tornam-se, na não localidade atemporal, testemunhas de toda a ação” (GOSWAMI, 2009, p. 240). Assim, o si-mesmo quântico, Consciência Universal e Deus são muito similares. (BARRETO, 2011).

Esses seres, em função de seus exemplos, ideias e decursos, atraíram e atraem a irrestrita admiração dos Seres Humanos, disseminando a Lei, espargindo a luz, e perpetuando a verdade, enfim, a virtuosidade, com toda simplicidade, originalidade e ineditismo – coisas da Consciência!

Quiçá possamos, pela prática experimentada, sentir as benesses da Consciência, esta que é a base da maior recompensa para todos que chegam até ela - a Iluminação é prova cabal disto; estado este no qual tomamos Consciência da própria Consciência.

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REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Rodrigo. Trabalho e Transcendência: uma análise sobre o processo de auto-realização. Dissertação de Mestrado. Orientador Raimundo Santos Leal. Salvador: Fundação Visconde de Cairu, 2008.

ARISTÓTELES. 1991. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural.

ARMOND, Edgard. A maravilhosa aventura humana na face da Terra. Disponível em http://baronesilva.blogspot.com.br/2010/09/3147-vedismo_02.html. Acesso 03 dez 2010.

_______. Trilogia Hindu. Disponível em http://www.acasadoespiritismo.com.br/esponline/REL%20trilogia%20hindu.htm. Acesso em 20 abr 2013.

AZEVEDO, F. Cultura brasileira. Brasília: UnB, 1963.

BADARÓ, Tatiana de Amorim. A Inteligência como recurso relevante no desenvolvimento humano integral. Dissertação de Mestrado. Orientador Karen M. Moraes Sasaki. Salvador: Fundação Visconde de Cairu, 2012.

BARRETO, Maribel O. Ensaios sobre Consciência. Salvador: Sathyarte, 2012.

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