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OS FUNDAMENTOS DO CONGÁ Escrito por alexdeoxossi em Agosto 11, 2008 Noberto Peixoto O congá é o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que emana do congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na umbanda. Cada vez que um consulente chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e coniança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a consagração dos orixás na Terra, na área física do templo. Vamos descrever as funções do congá: atrator: atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas mentais emitidas. Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com o orixá regente do terreiro, mais é intensa essa atração. Congá com excessos de objetos dispersa suas forças.

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OS FUNDAMENTOS DO   CONGÁ

Escrito por alexdeoxossi em Agosto 11, 2008

Noberto Peixoto

O congá é o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que emana do congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na umbanda.

Cada vez que um consulente chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e coniança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a consagração dos orixás na Terra, na área física do templo.

Vamos descrever as funções do congá: atrator: atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas mentais emitidas.

Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com o orixá regente do terreiro, mais é intensa essa atração. Congá com excessos de objetos dispersa suas forças.

CONDENSADOR: condensa as ondas mentais que se “amontoam” ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas etc.

ESCOADOR: se o consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar na frente do congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o congá) em potente influxo, como se fosse um pára-raios.

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EXPANSOR: expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.

TRANSFORMADOR: funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral, devolvendo-o para a terra; alimentador: é o sustentador vibratório de todo o trabalho mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.

Todo o trabalho na umbanda gira em torno do congá. A manutenção da disciplina, do silêncio, do respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos melindres, deve ser uma constante dos zeladores (dirigentes).

Nada adianta um congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo mediúnico estiver destroçada; é como tocar um violão com as cordas arrebentadas.

Caridade sem disciplina é perda de tempo. Por isso, para a manutenção da força e do axé de um congá, devemos sempre ter em mente que ninguém é tão forte como todos juntos.

Titulo original: Os fundamentos do congá (atrator, condensador, dispersor, expansor, transformador e alimentador)

Umbanda Pé No Chão - Noberto Peixoto - Pelo Espírito Ramatis

Sinopse do Livro:

“ Umbanda Pé no Chão ” vem suprir o que faltava na literatura espiritualista, esclarecendo de forma muito objetiva assuntos relacionados com os orixás (energias cósmicas, e não espíritos que incorporam) e sua influência no psiquismo humano, os exus (elemento deslocador de fluido cósmico entre os planos, e não entidade de “chifres”) e sua atuação como agentes de reajustamentos cármicos, as formas de

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apresentação dos espíritos, a finalidade dos amacis e das ervas, os florais e suas afinidades com os orixás, a magia como movimentação de energia voltada para a caridade, além de preciosos detalhes sobre o desenvolvimento mediúnico, as diferenças ritualísticas nos terreiros, a importância dos condensadores energéticos, e uma abordagem inédita da presença da vibração dos orixás nas passagens do Evangelho de Jesus. Sem sombra de dúvidas, este guia de estudos contribuirá positivamente para que a umbanda seja melhor compreendida e praticada.

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CLASSIFICAÇÃO DOS   EXUS

Escrito por alexdeoxossi em Agosto 5, 2008

CLASSIFICAÇÃO MORAL (BEM OU MAL): EXÚ PAGÃO OU EXÚ BATIZADO?

Alguns espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram realizar trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. Na realidade, quem está agindo é um espírito atrasado. É justamente contra as influências maléficas, o pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obsessores, cegos ainda, e procurando trazê-los para suas falanges que trabalham visando a própria evolução.

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O chamado “Exú Pagão” é tido como o marginal da espiritualidade, aquele sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora possa ser despertado para evoluir de condição.

Já o Exu Batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem, evoluindo e, trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que ainda se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um policial que penetra nos reinos da marginalidade.

Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exú com um espíritos zombeteiros, mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a denominação de Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os presentes, usando nomes de “Guias”.

Para evitar essa confusão, não damos aos chamados “Exus Pagões” a denominação de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos para os ditos “Exus Batizados” a denominação de “Exu”.

CLASSIFICAÇÃO PELOS PONTOS DE VIBRAÇÃO DOS EXUS

Exus do Cemitério:

São Exus que, em sua maioria, servem à Obaluaiê. Durante as consultas são sérios, reservados e discretos, podem eventualmente trabalhar dando passes de limpeza (descarregando) o consulente. Alguns não dão consulta, se apresentando somente em obrigações, trabalhos e descarregos.

Exus da Encruzilhada:

São Exus que servem a Orixás diversos. Não são brincalhões como os Exus da estrada, mas também não são tão fechados como os do cemitério. Gostam de dar consulta e também participam em obrigações, trabalhos e descarregos. Alguns deles se aproximam muito (em suas características) dos Exus do cemitério, enquanto outros se aproximam mais dos Exus da estrada.

Exus da Estrada:

São os mais “brincalhões”. Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas “brincadeiras” devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente. São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo.

ORGANIZAÇÃO E HIERARQUIA DOS EXUS:

Os Exus, estão também, divididos em hierarquias. Onde temos desde Exus muito ligados aos Orixás até aqueles Exus ligados aos trabalhos mais próximos às trevas.

Os exus dividem-se hierarquicamente, em três planos ou três ciclos e em sete graus e a divisão está formada “de cima para baixo” :

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TERCEIRO CICLO

Contém o Sétimo, Sexto e Quinto graus.

Neste Ciclo encontramos os chamados Exus Coroados. São aqueles que tem grande evolução, já estão nas funções de mando. São os chefes das falanges. Recebem as ordens diretas dos chefes de legiões da Umbanda. Pouco são aqueles que se manifestam em algum médium. Apenas alguns médiuns, bem preparados, com enorme missão aqui na Terra, tem um Exu Coroado como o seu guardião pessoal. São os guardiões chefes de terreiro. Não mais reencarnam, já esgotaram há tempos os seus karmas.

• Sétimo Grau - Estão os Exus Chefe de Legião e para cada Linha da Umbanda, temos Um Exu no Sétimo Grau, portanto, temos Sete Exus Chefes de Legião

• Sexto Grau - Estão os Exus Chefes de Falange. São Sete Exus Chefes de Falange subordinados a cada Exu Chefe de Legião, portanto, temos 49 Exus Chefes de Falange.

• Quinto Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Falange. São Sete Exus Chefes de Sub-Falange subordinados a cada Exu Chefe de Falange, portanto, são 343 Exus Chefes de Sub-Falange.

SEGUNDO CICLO

Contém o Quarto Grau.

Neste Ciclo encontramos os chamados Exus Cruzados ou Batizados. São subordinados dos Exus Coroados. Já tem a noção do bem e do mal. São os exus mais comuns que se manifestam nos terreiros. Também, tem funções de sub-chefes. Fazem parte da segurança de um terreiro. O campo de atuação destes exus está nas sombras (entre a Luz e as Trevas). Estão ainda nos ciclos de reencarnações.

• Quarto Grau - Estão os Exus Chefes de Agrupamento. São Sete Exus Chefes de Agrupamento e estão subordinados a cada Exu Chefe de Sub-Falange, portanto, são 2401 Exus Chefes de Agrupamento.

PRIMEIRO CICLO

Contém o Terceiro, Segundo e Primeiro Graus.

Temos dois tipos de Exus neste ciclo :

o Exus Espadados - São subordinados do Exus Cruzados. O seu campo de atuação encontra-se entre as sombras e as trevas.

o Exus Pagãos (Kiumbas) - São subordinados aos exus de nível acima. São aqueles que não tem distinção exata entre o bem e o mal. São conhecidos, também como “rabos-de-encruza”. Aceitam qualquer tipo de trabalho, desde que se pague bem. Não são confiáveis, por isso.

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São comandados de maneira intensiva pelos Exus de hierarquias superiores. Quando fazem algo errado, são castigados pelos seus chefes, e querem vingarem-se de quem os mandou fazer a coisa errada.São kiumbas, capturados e depois adaptados aos trabalhos dos Exus.

O campo de atuação dos Exus Pagãos, é as trevas. Conseguem se infiltrar facilmente nas organizações das trevas. São muito usados pelos Exus dos níveis acima, devido esta facilidade de penetração nas trevas.

• Terceiro Grau - Estão os Exus Chefes de Coluna. São Sete Exus Chefes de Coluna e estão subordinados a cada Exus Chefes de Agrupamento, portanto, são 16807 Exus Chefes de Coluna.

• Segundo Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Coluna. São Sete Exus Chefes de Sub-Coluna e estão subordinados a cada Exu Chefe de Coluna, portanto, são 117649 Exus Chefes de Sub-Coluna.

• Primeiro Grau - Estão os Exus Integrantes de Sub-Colunas e são milhares de espíritos nesta função.

Os Exus, em geral, não são bons nem ruins, são apenas executores da Lei.

Ogum, responsável pela execução da Lei, determina as execuções aos Exus.

7º Grau 7 - Chefes de Legião Exus Coroados6º Grau 49 - Chefes de Falange Exus Coroados5º Grau 343 - Chefes de Sub-

FalangeExus Coroados

4º Grau 2401 - Chefes de Grupamento

Exus Cruzados ou Batizados

3º Grau 16807 - Chefes de Coluna Exus Espadados e Pagãos2º Grau 117649 - Chefes de Sub-

ColunaExus Espadados e Pagãos

1º grau ? - Integrantes de Coluna Exus Espadados e Pagãos

Além destes aspectos já abordados, vale à pena mencionar os diversos níveis vibracionais, onde os espíritos ligados à Terra, habitam.

Estes níveis são e foram criados de acordo com cada grau evolutivo. Os níveis estão mais relacionados com o mundo da consciência do que com o mundo físico, ou seja, são mais estados de consciência do que um lugar fisicamente localizado.

Como são níveis gerados por espíritos ligados de alguma forma com a evolução da Terra, estes níveis estão vinculados ao próprio planeta. Portanto, quando vemos descrições de camadas umbralinas localizadas em abismos sob a crosta terrestre, devemos entender que embora elas estejam localizadas com estes espaços físicos, elas estão no lado espiritual deste plano físico.

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Temos então, Sete Camadas Concêntricas Superiores e Sete Camadas Concêntricas Inferiores.

A divisão está sempre formada “de cima para baixo” :

Camadas Concêntricas Superiores

Sétima, Sexta e Quinta Camadas - Zonas Luminosas

Seres iluminados, isentos das reencarnações. Cumprem missões no planeta. Estão se libertando deste planeta, muitos já estagiam em outros mundos superiores.

Quarta Camada - Zona de Transição

Espíritos elevados, que colaboram com a evolução dos irmãos menores.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zonas Fracamente Iluminadas

A maioria dos espíritos que desencarnam, estão nestas camadas. Estão em reparações e aprendizados para novas reencarnações.

Superfície

Espíritos encarnados

Camadas Concêntricas Inferiores

Sétima Camada - Zona Sub-Crostal Superior

Espíritos sofredores de um modo geral que serão em seguida socorridos e encaminhados a planos mais elevados para adaptação e aprendizado, antes de reencarnarem.

Sexta, Quinta e Quarta Camadas - Zona das Sombras, Zona Purgatoriais ou de Regeneração

Espíritos sofredores purgando parte de seus karmas, e que serão encaminhados o mais rápido possível à reencarnação para novas provas e expiações.

Quarta Camada - Zona de Transição

Entre as sombras e as trevas. Zona de seres revoltados e dementados.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zona das Trevas ou Zona Sub-Crostal Inferior

Estes espíritos estão em estágio de insubmissos, renitentes e rebelados às Leis Divinas. Não reconhecem Deus como o Ser mais superior.

A atuação dos Exus, está praticamente em todas as camadas inferiores, com exceção das Terceira, Segunda e Primeira Camadas, que eventualmente eles “descem” para missões

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especiais ou mandam os rabos-de-encruza, pois estão mais “ambientados” com as baixas e perniciosas vibrações. Não que os Exus não possam “descer” até lá, mas porque é desnecessário criar uma guerra com os seres infernais, apenas porque se invadiu aquelas zonas.

A maioria dos livros espíritas, que tratam do assunto dos níveis vibracionais, não chega sequer a mencionar algo além das camadas intermediárias ou médio e alto umbral. Descrevem na maioria das vezes as camadas que ficam as sombras e não as trevas, pois os espíritos que fazem tais incursões não podem ou não devem “baixar” mais, pois somente cabe aos exus, espíritos especializados “descer” tanto.

CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS EXUS E AS DIFERENTES IRRADIAÇÕES DOS ORIXÁS

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Oxalá:

EXÚ 7 ENCRUZILHADAS Comando negativo da linha

Exú Sete Chaves intermediário para OgumExú Sete Capas intermediário para

OxossiExú Sete Poeiras intermediário para XangôExú Sete Cruzes intermediário para

YorimáExú Sete Ventanias intermediário para YoriExú Sete Pembas intermediário para

Yemanjá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Yemanjá:

POMBO GIRA RAINHA Comando negativo da linha

Exú Sete Nanguê intermediário para OgumMaria Mulambo intermediário para

OxossiExú Sete Carangola intermediário para XangôExú Maria Padilha intermediário para

YorimáExú Má-canjira intermediário para YoriExú Maré intermediário para Oxalá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Ibeiji:

EXÚ TIRIRI Comando negativo da linha

Exú Toquimho intermediário para Ogum

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Exú Mirim intermediário para Oxossi

Exú Lalu intermediário para XangôExú Ganga intermediário para

YorimáExú Veludinho intermediário para OxaláExú Manguinho intermediário para

Yemanjá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Xangô:

EXÚ GIRA MUNDO Comando negativo da linha

Exú Meia-Noite intermediário para OgumExú Mangueira intermediário para

OxossiExú Pedreira intermediário para OxaláExú Ventania intermediário para

YorimáExú Corcunda intermediário para YoriExú Calunga intermediário para

Yemanjá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Ogum:

EXÚ TRANCA-RUAS Comando negativo da linha

Exú Tira-teimas intermediário para OxaláExú Veludo intermediário para

OxossiExú Tranca-gira intermediário para XangôExú Porteira intermediário para

YorimáExú Limpa-trilhos intermediário para YoriExú Arranca-toco intermediário para

Yemanjá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Oxossi:

EXÚ MARABÔ Comando negativo da linha

Exú Pemba intermediário para OgumExú da Campina intermediário para OxaláExú Capa Preta intermediário para XangôExú das Matas intermediário para

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YorimáExú Lonan intermediário para YoriExú Bauru intermediário para

Yemanjá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Yorimá:

EXÚ CAVEIRA Comando negativo da linha

Exú do Lodo intermediário para OgumExú Brasa intermediário para

OxossiExú Come-fogo intermediário para XangôExú Pinga-fogo intermediário para OxaláExú Bára intermediário para YoriExú Alebá intermediário para

Yemanjá

RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE AS LINHAS DA QUIMBANDA E UMBANDA

Uma vez se entendendo que há uma perfeita harmonia entre as ações dos elementos que compõe as linhas da Quimbanda e da Umbanda, cada elemento destes há um paralelo, um elo de ligação entre a Umbanda e a Quimbanda.

Linhas da Umbanda Linhas da Quimbanda Linha de Oxalá Linha MaleiLinha de Ogum Linha do CemitérioLinha de Oxossi Linha dos Caboclos

QuimbandeirosLinha de Xangô Linha de MossorubiLinha de Yorimá Linha da AlmasLinha de Ibêji Linha MistaLinha de Yemanjá Linha Nagô

Há ainda outros elos de ligação entre os Orixás da Umbanda com os Exus da Quimbanda.No caso de Ogum, há uma manifestação de Ogum, para corresponder com cada uma das sete Linhas da Quimbanda. Vejamos:

Ogum de Malei Linha MaleiOgum Megê Linha do CemitérioOgum Rompe Mato Linha dos Caboclos

QuimbandeirosLinha de Mossorubi

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Ogum Megê Linha da AlmasOgum Xoroquê Linha MistaOgum de Nagô Linha Nagô

Retirado da Apostila da Sociedade Espiritualista Mata VirgemFontes de Pesquisas: Não informadasImagens Retiradas da internet

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Os Mentores De   Cura

Escrito por alexdeoxossi em Agosto 5, 2008

QUEM SÃO

Os mentores de cura trabalham em diversas religiões, inclusive na Umbanda. São muito discretos em sua forma de se apresentar e trabalhar, e estas formas mudam de acordo com a religião ou local em que irão atuar. São espíritos de grande conhecimento, seriedade e elevação espiritual. Alguns deles não demonstram muito sentimento mas mesmo assim têm muita vontade de ajudar ao próximo, com o tempo tedem a evoluir também para um sentimento maior de amor ao próximo.

São extremamente práticos, não aceitando conversas banais ou ficar se extendendo a assuntos que vão além de sua competência ou nos quais não podem interferir, pois não são guias de consulta no sentido ao qual estamos habituados na Umbanda.

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Para se ter uma idéia melhor, sua consulta seria o pólo oposto à consulta com um Preto Velho. Normalmente os pretos velhos dão consultas longas, cheias de ensinamentos de histórias, apelando bem para o lado emocional. Já os Mentores de Cura, se dirigem ao raciocínio, buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados. Quando precisam passar algum ensinamento o fazem em frases curtas e cheias de significado, daquelas que dão margem à longas meditações.

São espíritos que quando encarnados foram: Médicos, Enfermeiros, Boticários, Orientais (que exercem sua própria medicina desde bem antes das civilizações ocidentais), Religiosos (monges, freis, padres, freiras, etc.), ou exerceram qualquer outra atividade ligada a cura das enfermidades dos seres humanos, seja por métodos físicos, científicos ou espirituais.

MÉTODOS DE TRABALHO

Cada guia tem sua forma de restituir a saúde aos encarnados, normalmente se utilizam de meios dos quais já se utilizavam quando encarnados, mas de forma muito mais eficiente, pois após chegarem ao plano espiritual puderam aprimorar tais conhecimentos. Além disso esses espíritos aprenderam a desenvolver a visão espiritual, através da qual podem fazer uma melhor anamnese (diagnóstico) dos males do corpo e da alma.

Aliados aos seus próprios métodos individuais eles se utilizam de tratamentos feitos pelas equipes espirituais ou ministrados pelos encarnados com auxílio do plano espiritual.

Alguns deles são:

Cirurgia Espiritual

É realizada pelo mentor de cura incorporado ao médium. E envolve a manipulação do corpo físico através das mãos do médium, podendo ou não haver a utilização de meios cirúrgicos elementares (cortes, punções, raspagens, etc…). O maior representante deste método de trabalho no Brasil é o espírito do Dr. Fritz, mas este método é utilizado em diversas culturas e religiões.

Cirurgia Perispiritual

É realizada diretamente no perispírito do paciente, com ou sem a colaboração de um médium presente, costuma ser realizada por uma equipe espiritual designada especificamente para cada caso e ser feita em dia e horário pré determidados.

Visita Espiritual

É realizada por uma equipe espiritual, que visita o paciente no local onde ele estiver repousando, também com um dia e hora predeterminados. Na visita, darão passes, farão orações, etc…

Cromoterapia

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É indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiúns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no duplo etérico. Muito utilizado para males de origem emocional.

Fluidoterapia

É indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiúns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no perispírito.

Reiki

É indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiúns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no duplo etérico. Muito utilizada para males de origem emocional ou psíquica e para realinhamento de chacras.

Homeopatia

Indicada e receitada pelos mentores espirituais. As fórmulas são feitas normalmente por laboratório de manipulação homeopáticos. E devem ser tomados de acordo com o determinado.

Outros

Fora estes tratamentos, também podem ser utilizados, florais de Bach, cristaloterapia, chás, aromaterapia, acumpuntura, do-in, etc…

Em alguns casos os guias também indicam dietas, alimentos a serem evitados ou ingeridos para melhoria da saúde geral.

OBS: Para o momento da visita espiritual e cirurgia espiritual: O paciente deverá vestir-se e deitar-se com roupas claras (de preferência branca); ficar num ambiente calmo, com pouca luz e colocar ao lado um copo d’água para ser bebida após o tratamento.

Após a visita e a cirurgia, o paciente deverá manter-se em abstenção por mais 6 horas, para que a energia doada seja melhor absorvida.

COMO INTERAGEM COM OS MÉDIUNS

Incorporação

É muito sutil e dificilmente inconsciente a incorporação dos mentores de cura. Muitas vezes atuam apenas na fala e só assumem o controle motor quando necessário.

Intuição

Alguns mentores trabalham com seus médiuns apenas pela via intuitiva, indicando as providências a tomar e tratamentos. Neste caso, é necessário um grande equilíbrio e desenvolvimento do médium, para que o mesmo não atrabalhe nas indicações dadas pelo mentor.

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Psicografia (Receitistas)

Funciona da mesma forma que a psicografia comum, mas os espíritos comunicantes costumam psicografar receitas de tratamentos e medicamentos (que em alguns casos podem até mesmo ser da medicina comum).

EQUIPES ESPITITUAIS

Cirúrgicas

São formadas da mesma forma que as equipes cirúrgicas do plano material, compostas de cirurgião, assistente, anestesista, instrumentista, enfermeiros, etc… Apnas diferem no que se refere aos instrumentos e tecnologia utilizados. Incluindo também a aplicação de passes e energias associados a intervenção cirúrgica.

De Oração

Formadas normalmente por espíritos religiosos, acostumados às preces quando encarnados. Estas equipes se reúnem junto ao paciente em uma corrente de orações com finalidade de equilibrar o mental e emocional do paciente e também de buscar energias dos planos superiores. Como efeito adicional, a prece tende a elevar a energia gelal do ambiente onde está o paciente, asiim como dos encarnados que estam atuando junto ao mesmo.

De Proteção

Quando o mal físico está associado a interferência de espíritos inferiores, essas equipes fazem a proteção do paciente, enquanto o mesmo é tratado nas cirurgias ou visitas, ou enquanto está seguindo as recomendações indicadas pelos mentores de cura.

De Passes (passe espiritual)

Seu trabalho é realizado em sua maior parte durante as sessões de cura e durante as visitas espirituais. Dando passes no paciente, nos asistentes e nos médiuns; antes, durante e após a sessão.

De Apoio

Estas equipes atuam levantando o histórico do paciente diretamente no seu campo mental, preparando-o através da intuição para a consulta, estimulando-o através do pensamento a reeducar hábitos nocivos, a mudar as situações que estejam prejudicando a própria saúde, inspirando-os força de vontade para continuar os tratamentos e seguir as recomendações e dietas.

O QUE CURAM E O QUE NÁO CURAM

Males Físicos

A maior parte dos males físicos de que os encarnados sofrem, são causados pelos maus hábitos, vícios e má alimentação. Os mentores nestes casos se utilizam das diversas

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terapias para a cura mas principalmente esclarecem ao encarnado quanto a órigem de tais males, sugerindo dietas, o abandono ou diminuição dos vícios e mudança de hábitos. Nestes casos a cura definitiva só pode ser obtida com a plena conscientização do paciente e com a sua força de vontate e compromisso na obtenção do equilíbrio orgânico.

Males Mentais

Parte dos males mentais (depressão, angústia, apatia) são causados por obsessores, mas a maior parte deles tem por origem a própria atitude mental do paciente. Pensamentos negativos atraem energias negativas, que quando se tornam constantes e intensas podem se materializar no corpo físico na forma de doenças. Males como: úlceras, enchaquecas, hipertensão, problemas cardíacos, e até mesmo algumas formas de câncer podem ser provocados pela mente do pacinte, quando esta se encontra tomada por pensamentos negativos.

Também neste caso os mentores além de indicarem os tratamentos apropriados, esclarecem ao paciente quanto a necessidade de mudar a atmosfera mental, com objetivo de não ficar atraindo continuamente energias desequilibrantes, costumam também sugerir passeios por locais da natureza e o hábito da prece como forma de atrair energias novas e regeneradoras.

Males Kármicos

Os males kármicos se caracterizam por doenças incuráveis (fatais ou não) tanto pela medicina alternativa, quanto por terapias alternativas ou por meios espirituais. Nestes casos o tratamento visa o alívio do paciente ou ampará-lo emocionalmente para que sua atitude mental não tome o rumo da revolta ou do desespero.

As doenças karmicas são males que escolhemos antes de encarnar como forma de resgatarmos erros passados. Típicos males kármicos são: Cegueira de nascença, mudez, Idiotia, Eplepsia, Sindrome de Down, Más-Formações do corpo físico, etc. Na maior parte são males de nascença, embora algumas doenças possam ter sido “programadas” para surgir em determinada época da encarnação.

Nestes casos os mentores não podem (e nem deveriam) curar o corpo, pois através do padecimento deste é que o espírito está resgatando suas faltas e aprendendo valiosas lições para sua evolução e crescimento.

Males Espirituais

São aqueles causados pela atuação dos espíritos (obsessores, vampirizadores, etc.) e que se refletem no corpo físico. Nestes casos os mentores cuidam do corpo físico enquanto o paciente é tratado também em sessões de desobsessão, descarrego, etc.

Ou seja os mentores com as terapias à seu alcance minimizam e atenuam os males causados ao corpo físico enquanto o paciente é tratado na origem espiritual do mal de que sofre.

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Quando o paciente se vê livre da presença espiritual nociva, os mentores costumam ainda continuar com os tratamentos visando reparar os males que já haviam sido causados ao organismo, até que ele retorne ao seu equilíbrio.

A SESSÃO DE CURA (O VISÍVEL E O INVISÍVEL.)

Os Pacientes

O paciente deverá abster-se de bebidas alcoólicas, café, cigarro, carnes de origem animal e sexo, 24 horas antes da consulta, da visita e da cirurgia espiritual.

A Preparação

Muito tempo antes dos portões da casa espírita se abrirem ou dos médiuns chegarem, o ambiente destinado aos tratamentos já está sendo limpo e preparado.

Os procedimentos começam com o isolamento da casa espírita que é cercada por equipes de vigilantes espirituais (os exus), que impedem a entrada de espíritos perturbadores e fazem a limpeza fluídica dos encarnados que chegam. Caso seja nessessário, podem provocar até mesmo um mal estar ou utra situação de forma a afastar as pessoas que venham a casa espiritual com má intenção ou envolta em fluidos que possam perturbar os trabalhos.

Logo após se procede a limpeza do ambiente interno da casa e em seguida há uma energização do ambiente. Em paralelo a isto, alguns espíritos trazem até o ambiente alguns fluidos extraídos da natureza, para serem utilizados posteriormente no tratamento dos pacientes.

Em seguida a isso vão chegando a casa os mentores com suas equipes de trabalho de forma a se reunirem e fazerem o planejamento dos trabalhos a serem executados.

Fora da casa espírita, os médiuns que irão ser veículo dos mentores, devem estar se preparando física e mentalmente para os trabalhos, e já estão sendo magnetizados e preparados pelo plano espiritual de forma a terem maior sintonia com os mentores.

Quando os médiuns chegam a casa, continuam sendo preparados pelas equipes espirituais. E enquanto cuidam do ritual (incensos, cristais, velas, etc.) vão entrando em sintonia com o plano espiritual. A preparação termina com a prece de abertura, onde o pensamento dos encarnados e desencarnados se une numa súplica ao Divino Médico para que ele interceda por todos.

Após isso os mentores de cura se manifestam e dão sua mensagem indvidual para o início dos trabalhos.

A Mesa

A mesa da sessão de cura é composta por 3 ou 4 médiuns que devem se manter em concentração/oração durante todo o tempo em que estiverem compondo a mesa, e só devem romper a concentração após a partida de todos mentores que estiverem trabalhando.

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A mesa funciona como um ponto focal de energias, é através da mesa que chegam as energias e ordens de mais alto e são distribuídas às equipes. Por ser um local onde existe alta concentração/oração é o ponto para onde convergem as energias mais puras e mais sublimes da sessão de cura. Eventualmente, podem se manifestar à mesa algum mentor de cura, ou algum dos médiuns pode ser utilizado em alguma psicografia (por isso mesmo é interessante manter lápis e papel á mesa).

Na mesa também fica a água a ser fluidificada e o nome de algumas pessoas que receberão irradiação.

Os Médiuns

Os médiuns que não estiverem trabalhando com seus mentores, compondo a mesa ou atuando como cambonos dos mentores devem manter o silêncio a concentração e a oração.

Devem utilizar esse momento para permitir que seus próprios mentores os preparem para futuramente trabalharem com eles. E ter também consciência de que toda a energia positiva que estiverem atraindo para os trabalhos de cura através de sua concentração/oração estará sendo amplamente utilizada pelos mentores e pelas equipes de cura para levar a caridade a todos os que estiverem sendo tratados.

O Encerramento

No encerramento, os mentores de cura dão suas mensagens finais e partem. Neste momento os médiuns que compõem a mesa também pode romper a concentração. Todos os médiuns tomam da àgua fluidificada que está na mesa. E caso o digigente julgue conveniente, pode efetuar a leitura de alguma mensagem que porventura tenha sido psicografada.

No plano espiritual, o trabalho ainda continua, com distribuição de serviço entre as equipes espirituais. Somente após a saída de todos os médiuns e com o encerramento dos trabalhos de cura no plano espiritual é que a corrente dos vigilantes (exus) se desfaz. Embora a casa continue sendo vigiada, apenas não de forma tão ostensiva.

Retirado da Apostila do curso de Umbanda da Sociedade Espiritualista Mata VirgemFontes de Pesquisas: Não informadasImagens Retiradas da internet

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MÍSTICA DE UMBANDA 1 e   2

Escrito por alexdeoxossi em Agosto 1, 2008

Page 18: OS FUNDAMENTOS DO

Por Alexandre Cumino

Hoje é dia 12 de Julho de 2008, acabo de realizar um trabalho de meditação na força dos Orixás, e me ocorreu então de escrever algumas linhas sobre o que vou chamar de Mística de Umbanda.

Entendo que a Umbanda já é mística por natureza, por isso não usaria o termo “Umbanda Mística” e sim “Mística de Umbanda”, o que são apenas algumas considerações sobre a mística na Religião de Umbanda.

A maioria das religiões têm uma vertente mística (Mística Sufi para o Islã, Mística Cabalá para Judaísmo, Mística Cristã para Catolicismo, Mística Vedanta para o Hinduismo, Mística Zen para o Budismo e etc.), outras são místicas por natureza como o Taoísmo, na Umbanda tanto a Mística quanto a Magia caminham lado a lado com a liturgia e o ritual, onde cada um dos adeptos alcança maior ou menor grau em sua prática.

O Místico é aquele que busca a união com o Todo, aquele que busca integrar-se ao Todo, aquele que abre mão de si mesmo para que o Todo se manifeste, na experiência mística. E assim também pode ser entendido por exemplo a mística da incorporação onde abrimos mão de nós mesmos para que uma outra consciência se manifeste. No caso da incorporação de Orixá abrimos mão de ser a parte para nos integrarmos a um mistério maior totalmente integrado ao Todo.

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Compartilhar sentimentos, virtudes e qualidades com aqueles que já alcançaram uma realidade maior é no mínimo experimentar “O Vinho do Místico”, experimentar a sagrada loucura de viver o que pode ser sentido, mas pouco pode ser explicado.

Assim como podemos descrever uma cachoeira fisicamente e nossas sensações diante de tal esplendor, no entanto nos faltam palavras para uma real explicação das sensações. Só quem esteve em uma cachoeira pode entender o que é sentido diante da mesma, mesmo porque cada um sente diferente assim como cachoeiras também são diferentes. Há, inclusive, pessoas capazes de ir a uma cachoeira e ver apenas os mosquitos, lhe incomodando, a água fria que desencoraja o mergulhar ou o frio da mesma brisa, que para outros, é a voz do canto e encanto de Oxum.

Mística é sentir que nós, Oxum, a cachoeira e Deus somos apenas UM, místico é o que deixando a BANDA de lado se une no UM da UMBANDA, o UM que é o TODO o UM que é TUDO.

Místico é aquele que ama a Deus e aos Orixás com o AMOR dos apaixonados, um amor que não se explica, um amor que está além das palavras, um amor que cala a alma, como a “Voz do Silêncio” de Blavatsk.

Aurélio Buarque de Holanda dá 5 definições para místico e eu fico apenas com a quinta que melhor traduz a essência deste texto:

“5. Aquele que, mediante a contemplação espiritual, procura atingir o estado estático de união direta com a divindade.”

Jostein Gaarder, Victor Hellern e Henry Notaker, no “O Livro das Religiões“, definem:

“A experiência mística pode ser caracterizada, resumidamente, como uma sensação direta de ser um só com Deus ou com o espírito do universo. Apesar de a oração e o sacrifício implicarem uma grande distância entre Deus e o homem - ou entre Deus e o Mundo -, o místico tenta transpor este abismo. Em outras palavras: o místico não sente a existência desse abismo. Ele é ‘absorvido’ em Deus, ’se perde’ em Deus, ou ‘desaparece’ em Deus…(Um místico indiano disse certa vez: ‘ quando eu existia, não existia Deus - agora Deus existe, e eu não existo mais’. Ele ’se perdeu’ em Deus).”

Segundo Faustino Teixeira, no livro “No Limiar do Mistério: Mística e Religião“:

“Na raiz grega do termo ‘mística’ (mystikós) encontra-se o verbo myein , que significa ‘fechar os lábios e os olhos’. O místico é alguém familiarizado com a visão interior, que ultrapassa a consciência ordinária, ele vive a radicalidade da presença de algo absolutamente novo e gratuito; vive uma experiência que toca a dimensão profunda e escondida da realidade.”

A relação do místico com Deus está além da servidão, do medo ou da obrigação, o místico é um encantado pelo Amor Divino. Para ele ou ela, qualquer que seja a sua religião, a mesma se tornará única e exclusivamente a Religião do Amor, como dizia o Místico Sufi Rumi, criador da ordem dos dervixes dançantes ou girantes.

Page 20: OS FUNDAMENTOS DO

No entanto a mística se fundamenta em prática e não somente em teorias, o próprio Rumi costumava dizer:

“Se esse conhecimento pudesse ser obtido simplesmente pelo que dizem outros homens, não seria necessário entregar-se a tanto trabalho e esforço, e ninguém se sacrificaria tanto nessa busca. Alguém vai a beira do mar e só vê água salgada, tubarões e peixes. Ele diz: ‘Onde está essa pérola de que falam? Talvez não haja pérola alguma’. Como seria possível obter pérola simplesmente olhando o mar? Mesmo que tivesse de esvaziar o mar cem mil vezes com uma taça, a pérola jamais seria encontrada. É preciso mergulhar para encontrá-la.”

Todo Místico terá um olhar diferenciado para a religião, Dionísio o Areopagita, deixou escrito um dos mais célebres textos da Mística Cristã, onde coloca a sua oração à Deus desta forma:

“Ó vós, trindade além do ser, conduzi-nos à altura da revelação mística, sublime além de todo pensamento e luz; onde os mistérios simples, absolutos e imutáveis da divina verdade estão escondidos, na translúcida escuridão daquele silêncio que se revela em segredo. Pois esta escuridão, embora da mais profunda obscuridade, é, contudo, radiantemente clara e, embora além do toque e da visão, ela transborda nossas mentes invisíveis com esplendores de transcendente beleza. Esta é minha oração. Quanto a ti, amado Timóteo, empenhando -te sinceramente na contemplação mística, abandona os sentidos, os trabalhos do intelecto, e tudo o que possa ser sentido e sabido, e tudo o que não é e é. Pois, desse modo, tu podes alcançar ignorando, até o ponto que é possível, a unidade daquele que está além de todo ser e conhecimento.”

E sobre este texto, no livro “Teologia Mística“, Osho, também um Místico, Filósofo, Poeta e Teólogo Hindú comenta:

“Dionísio é um dos maiores budas de todos os tempos. E quando acontece de um erudito oriental, por acaso, por acaso absoluto, encontrar-se com uma pessoa como Dionísio ele começa a pensar que este deve ter ‘tomado emprestado’ do Oriente. Esta parece ser uma presunção tácita: que o oriente tem algum monopólio sobre o espiritualismo. Ninguém tem nenhum monopólio. Oriente e Ocidente não podem fazer qualquer diferença no crescimento espiritual do homem. Jesus pôde tornar-se um buda em Jerusalém, Lao Tzu pôde tornar-se um buda na China; Dionísio pôde tornar-se um buda em Atenas. Não há nenhuma necessidade de se tomat nada emprestado de ninguém.”

Seguindo a linha de raciocínio e pensamento de Teologia Mística, Osho, também temos a oportunidade de nos tornarmos um Buda na Umbanda. Alcançarmos a iluminação em qualquer lugar que seja, termos a experiência mística.

E lendo estas linhas podemos ver muito de Umbanda em cada uma delas no entanto é certo que cada um se relaciona de forma diferente com Deus e os Orixás e Guias da Umbanda. Que estas linhas venham ao encontro dos corações que têm na Umbanda a sua Religião do Amor e em Deus a manifestação deste Amor através dos Orixás e Guias.

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“Chamar Deus de Mãe é um ideal mais elevado do que chamá-lO de Pai e chamá-lO de amigo é ainda mais elevado, mas o mais elevado é chamá-lO como amado.”

Swami Vivekananda

Bibliografia:

ADSWARANANDA, Swami. Vivekananda: Professor Mundial. São Paulo: Editora Madras, 2007.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio. São Paulo: Editora Nova Fronteira, 1986.

GAARDER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O Livro das Religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

OSHO. Teologia Mística. São Paulo: Editora Madras.

RUMI. Fihi-ma-fihi. São Paulo: Editora Dervish, 1993.

SARACENI, Rubens. Orixá Exu Mirin. São Paulo: Editora Madras, 2008.

TEIXEIRA, Faustino. No Limiar do Mistério: Mística e Religião. São Paulo: Editora Paulinas, 2004.

Por Alexandre Cumino

19 de Julho de 2008, sete dias atrás escrevi o primeiro texto desta série chamada “MÍSTICA DE UMBANDA”, já a algum tempo venho absorvendo valores da Mística das Religiões, para um dos capítulos do livro “Deus, Deuses, Divindades e Anjos”¹.

Assim pude observar teoricamente e na prática o sentido do que, a rigor, não se explica, a experiência mística, que transcende qualquer forma de expressão. Pelo fato das palavras não serem suficientes para traduzir o que se vive na prática é que “O Místico” busca se expressar por metáforas, símbolos e alegorias ou pelo silêncio.

Durante estes sete dias continuei muito ligado ao tema, relendo o livro “Lendas da Criação“, de Rubens Saraceni (Editora Madras), onde o autor espiritual propõe uma nova abordagem para uma Mitologia Umbandista, encontrei uma passagem onde Oxalá conversa com Olorum. O que poderia ser mais metafórico que esta conversa, no entanto além da alegoria está a mensagem e o que o texto oculta e ou revela, já que esta é também uma das funções de um Mito, revelar o sagrado aos iniciados (aos preparados, a quem tem olhos para ver) ao mesmo tempo que o oculta dos olhares profanos (os não iniciados que poderiam dar mau uso ao conhecimento). O Mito evita que pérolas sejam jogadas aos porcos, assim como nas parábolas, assumem entendimentos diversos segundo o grau e a condição que cada um tem em interpretá-lo.

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Agora vejamos como se relacionam Oxalá e Olorum, no texto do Livro “Lendas da Criação“:

“Oxalá Pôs-se a pensar. E no seu pensar ele fechou-se em si mesmo. Oxalá pensou, pensou e pensou! E tanto Oxalá pensou , que tornou-se um pensar em si mesmo; e seu pensar tornou-se pensamento puro e sua mente alcançou o âmago de Olorun, que é pensamento puro e puro pensar. No seu pensar, Oxalá transcendeu a si mesmo, à matriz geradora de matrizes que o gerara e alcançou o âmago de Olorun, o seu pai e seu criador que o criara no seu pensar e o gerara em sua matriz geradora da plenitude, que era ele em si mesmo.

E Olorun pensava por meio de Oxalá e este pensava em Olorun…

_ No âmago do meu pai, eu sou o meu pai, e o meu pai realiza-se em mim… Em mim, o meu pai é Oxalá mas, no meu pai, eu sou Olorun!…

Pai e filho são a mesma coisa, ainda que o filho tenha sido criado no pensar do seu pai, este está por inteiro nele, pois traz em si o pensamento que o criou…” [p.48]

“_ Meu pai, só sentimos a plenitude interior quando estamos por inteiro no senhor e deixamos de ser uma de suas partes e tornamo-nos o senhor por inteiro. É isso, meu pai?

_ É isso sim, meu filho amado. A plenitude exterior, todos a alcançarão como fruto do próprio esforço em construí-la em sua volta. Mas a plenitude interior, só em mim será alcançada.” (p.50)

“_ Por que sou seu primogênito-unigênito, meu pai?

_ Porque antes de gerar todos os seus irmãos e irmãs, eu o gerei na matriz geradora de matrizes…

Em você eu estou por inteiro em todos os meus aspectos.

Mas, neles (nos outros Orixás) eu estou por inteiro nos aspectos que eles manifestam.” (p.51)

E neste “diálogo” entre o Maior dos Orixás e o Criador Olorun observamos a união entre Deus-Olorun e sua Divindade-Oxalá, que quando verbalizado é um modelo de união mística entre o filho e o pai, modelo que pode e deve ser seguido por quem busca pela plenitude.

Oxalá é o Orixá que melhor representa esta união enquanto Orixá da Plenitude.

Sincretizado com Cristo, Oxalá é confundido com Deus, pois no Catolicismo Cristo é Deus, a segunda pessoa da trindade, o filho. Pouco explorado este aspecto católico mostra o quanto Cristo praticou e viveu a união mística, colocada em palavras:

“Eu e o Pai somos UM”.

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Oxalá é conhecido como o mais velho dos Orixás (segundo Exu há controvérsias) e também como Pai dos Orixás que mais uma vez o aproxima do criador. Na mitologia nagô-yorubá é Oxalá quem cria e modela os homens. Oxalá está em toda parte, é o Sol visto da Terra e a Terra vista do Sol. Das cores ele é o branco, que traz em si todas as cores; Cada Orixá tem um magnetismo próprio e Oxalá é o próprio magnetismo, assim ele é a base da criação.

Nada mais místico que o “relacionamento” entre Olorun e Oxalá onde um se confunde no outro. Que Oxalá nos conduza também nesta confusão divina e se este texto te confunde, não se preocupe, pois apenas nos perdendo de nós mesmos é que podemos ser encontrados ou pescados, por aquele que pesca nossos corações.

Como Fé e Plenitude são, em si, a presença de Deus, Oxalá é Deus em nós.

Ainda no livro “Lendas da Criação” observamos também um “diálogo” entre Ogun e Olorum, que da mesma forma nos leva a um pensar de forma mística:

“Ogun abraçou Olorun e deixou correr lágrimas, de tanto que o amava. E nesse abraço recebeu de seu pai todos os fatores que precisaria gerar para bem exercer suas funções divinas na morada exterior. Mas algo mudou em Ogun naquele momento tão angustiante para ele, que era a separação de seu pai Olorun. Ogun deixou de ter a sua visão e passou a ter a visão de Olorun; deixou de sentir a si próprio e passou a sentir Olorun; deixou de sentir suas emoções e passou a sentir as de Olorun; deixou de pensar por sua mente e passou a pensar pela mente de Olorun, etc. Enfim, Ogun vibrou intensamente o desejo de ficar abraçado ao seu pai por todo o sempre, de tanto que o amava, que olorun passou a viver em Ogun, ainda que ambos continuasem a ser o que eram. Pai e filho!” (p.319)

O que vemos aqui é o modelo de como se manifestam as divindades de Deus onde não há diferença entre a vontade do criador e a vontade de suas divindades, seja os Orixás ou qualquér outra divindade em outras culturas. A Divindade ocupa um Plano ou realidade divina onde ela é a manifestação viva e plena das qualidades, atributos e atribuições do Criador.

Este é o modelo para o crescimento e a evolução dos seres onde somos imagem e semelhança de Deus, quanto mais nos afinizarmos à vontade divina ou a perfeição. mais próximos de Deus estamos.

O AMOR é a principal via para a experiência mística, onde o objeto deste AMOR é o Ser Supremo.

Quando nos unimos misticamente a OGUN ou OXALÁ, também estamos nos unindo a DEUS, pois, OGUN, OXALÁ e todos os outros Orixás estão EM DEUS.

Assim temos na Umbanda ou no Candomblé a incorporação de Orixá como algo que transcende o fenômeno mediúnico, pura e simplesmente, a incorporação de Orixá é também um fenômeno místico e uma experiência unica.

PS.: Neste caminho místico um outro Orixá pode nos ajudar e muito, EXU, mas já é assunto para um outro texto…

Page 24: OS FUNDAMENTOS DO

1. “Deus, Deuses, Divindades e Anjos” é uma versão expandida do livro “Deus, Deuses e Divindades”, já é um outro livro pois aquele está neste que o supera em mais que o dobro de informações, será lançado dia 17 de Agosto na Bienal do Livro.

Bibliografia:

SARACENI, Rubens. Lendas da Criação. São Paulo: Editora Madras, 2005.

LIVRO DO ALEXANDRE CUMINO:

FONTE: GRUPO ALEXANDRE CUMINO

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FAMÍLIA   ESPIRITUAL

Escrito por alexdeoxossi em Julho 21, 2007

É comum se escutar, em especial por parte dos adolescentes e jovens, queixas

a respeito de sua família.

Afinal, a família do amigo, do vizinho é sempre melhor. A mãe do amigo é

compreensiva, o pai ouve o filho.

Alguns chegam a dizer que se sentem estranhos no seu lar, que prezariam

Page 25: OS FUNDAMENTOS DO

imensamente serem filhos desta ou daquela família.

E levam tão a sério suas afirmativas, que não é raro se encontrar meninos e

meninas a passar dias e dias em casa de amigos. Porque é lá, naquele

ambiente, que se sentem muito bem.

Por que isso acontece? Primeiro, temos que considerar que os pais, como

responsáveis pela educação dos seus rebentos, de contínuo estão a chamar a

sua atenção para os seus deveres, suas obrigações.

É a escola, o dever de casa, as pequenas tarefas do lar, a limpeza do

quarto.

Tais questões habitualmente fazem que o jovem se sinta pressionado em seu

lar, enquanto no do amigo, nada lhe é exigido, desde que ele é visita.

E visita merece tratamento especial, mesmo porque a sua educação não é dever

dos seus anfitriões.

Outro detalhe a se considerar é que alguns de nós, verdadeiramente nascemos

em famílias não muito simpáticas a nós.

Tal ocorre como parte do nosso aprendizado, dentro da lei de causa e efeito,

pois que, provavelmente em anteriores experiências na carne, descuramos dos

afetos familiares, menosprezamos o seu convívio.

Retornamos assim, para viver entre seres indiferentes ou até antipáticos.

Mas, se imaginam que, em tais circunstâncias, deve-se desconsiderar a

família atual, enganam-se.

Para nossa própria edificação, é importante que essa família, hoje somente

unida pelos laços corporais, se transforme em uma família verdadeira, unida

pelos laços do afeto.

Cabe-nos, portanto, trabalhar para isto. Quando a situação parecer meio

Page 26: OS FUNDAMENTOS DO

difícil, dentro do lar, recorrer à oração.

Se a conversa se encaminha para uma discussão, sair um pouco, esfriar a

cabeça e retornar depois para um diálogo ameno.

Se um ou outro membro da família nos é antipático, meditemos que não é o

acaso que nos reúne, que motivos muito graves nos levaram a estar juntos no

hoje e comecemos a olhá-lo, buscando descobrir suas virtudes.

Se, ao sairmos desta vida, pudermos levar como trunfo em nossa bagagem

espiritual, o termos conquistado um ou mais membros da nossa família, com

certeza teremos realizado algo muito proveitoso para nossa vida, como

Espíritos eternos.

Porque conquistar um Espírito indiferente ou antipático, transformando-o em

amigo é algo que jamais se perderá.

Pensamento

A fraternidade é sol para as almas e um roteiro para a vida.

Ela começa sempre no lugar onde estamos, para que possamos alcançar a região

que desejamos.

Exercitar a fraternidade é deixar-se envolver pela lição de amor de Jesus

Cristo, libertando o Espírito e enriquecendo os sentimentos.

Redação do Momento Espírita, utilizando, ao final, pensamento extraído do

livro Repositório de Sabedoria, verbete Fraternidade, do Espírito Joanna de

Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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DIREÇÃO DO   SOL

Escrito por alexdeoxossi em Julho 21, 2007

Page 27: OS FUNDAMENTOS DO

“Tome a tua vida em tuas mãos,e não entregue a direção dela a ninguém.Por mais que te amem, por mais que desejem, o teu bem, só você é capaz de sentir o que realmente sente,e aquilo que você passa de impressão para os outros,nem sempre corresponde ao que vai na sua alma.

Quantas vezes você já sorriupara disfarçar uma lágrima teimosa?Quantas vezes quis gritar e sufocou o pranto?Quantas vezes quis sair correndo de algum lugare ficou por educação, respeito ou medo?Quantas vezes desejou apenas um beijo,e ficou com a boca seca esperando o que não veio?Quantas vezes tudo o que você desejou era apenas um abraço. um consolo, uma palavra amiga e só recebeu ingratidão?

Quantos passos foram necessários para chegar

até onde você chegou?Quantos sabem dar o valor que você realmente merece?

Criticar é fácil, mas usar o seu sapato ninguém quer, vestir as suas dores ninguém quer,saber dos seus problemas, só se for por curiosidade,por isso, não entregue a sua vida nas mãos de ninguém, nada de acreditar que sem essa ou aquela pessoa, você não vai viver…Vai viver sim, o mundo continua girando,e se você deixar, pode te trazer algo muito melhor.

Pegue a direção da sua vida e aponte rumo ao Sul,lá onde a placa diz “caminho do sol”,bem na curva da felicidade, que te esperasem pressa, para viver com amor e intensidade,a paz, a harmonia e a felicidade.” .

Paulo Roberto Gaefke

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DICIONÁRIO DE   UMBANDA

Escrito por alexdeoxossi em Julho 21, 2007

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ABAÇÁ - Templo, tenda, terreiro de UmbandaABACÊ - Cozinheira que prepara as comidas de Santo, no culto GegêABADÁ - É o nome dado a uma túnica larga e de mangas compridas, usada nos terreiros pelos homens.ABALÁ - Comida muito semelhante ao acarajé.ABAÔ - Quer dizer um iniciando do sexo masculino, desenvolvendo-se mediunicamente no terreiro de UmbandaABARÁ - Comida dos pretos africanos como seja bolo de feijão, que vem enrolando em folha de bananeira.ABEDÊ - É o leque de Oxum, quando feito de latão.ABÔ dos AXÉS - Água contendo ervas maceradas, não cozidas, e sangue de animas sacrificados no terreiro.ABRIR A GIRA - Significa o início ou abertura dos trabalhos nos terreiros de Umbanda.ABROQUE - É um manto usando somente pelas mulheres durante uma sessão.ACAÇÁ - Comida originária da África, com aparência de bolo de angu de arroz.ACARAJÉ - Comida de santo feita na base de feijão fradinho com pimenta malagueta e outros temperos. Comida de Iansã.ACENDE CANDEIA - Planta muito utilizada para banos conhecida também como Candeia-MucerengueACHOCHÔ - Nome dado à uma comida de OxossiADARRUM - É o toque feito seguidamente pelos atabaques quando da invocação dos protetores para incorporarem nos mediuns.ADEJÁ - É uma campainha (sino) usada nas cerimônias de terreiro.AGÔ - Significa pedir licença ou permissão, em outros momentos em que este termo traduz perdão e proteção pelo que se está fazendo.AGURÊ - Toque em ritmo muito lento para chamar IansãAIA - Toalha branca para uso em terreiroAIOCÁ - Referente a Iemanjá e ao fundo do mar. Ver AIUKÁ.AIUKÁ - Fundo do mar. Também se diz os domínios de Iemanjá (Rainha do Aiuká).AJUCÁ - É a festa da Cabocla Jurema entre os capangueiros. Nessa festa há defumações no terreiro, bebidas e comidas, tudo com a finalidade de duplicar a proteção no terreiro e gerar mais fartura nas casas dos filhos de fé.ALDEIA - Povoado de índios. Tratando-se de terreiros, esta palavra quer dizer a moradia dos espíritos de caboclos na Aruanda.ALGUIDAR - Bacia de barro usada para entregas, ascender velas, deposito de banhos, entrega de comidas e defumação.AMACI - Líquido preparado com o suco de diversas plantas, não cozidas, e que tem muita aplicação na firmeza de cabeça dos médiuns. O principal banho para a o ritual da “lavagem de cabeça”.AMACI-NI-ORY - Cerimonia da lavagem (feitura) de cabeça dos mediuns (ritual

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equivalente a raspagem de cabeça no Candomblé).AMALÁ - Comida de Santo. Também se denomina a todo ritual que o umbandista ao manipular alimento deve dispensar atenção, amor e especial carinho, fazendo por completo a Homenagem ao Orixá.AMOLOCÔ - Comida de Oxum.AMPARO - Chicote sagrado usado especialmente para afastar espíritos atrasados e maléficos.ANGOMBA - É a designação para um segundo atabaque.APARELHO. MédiumARAUANÃ - Dança ritual africanista para quebrar demandas e trazer alegrias.ARIAXÉ - Banho preparado com ervas e folhas. Esse banho consta mais de 21 diferentes espécies de vegetais. Preparado somente pelo próprio chefe de terreiro.ARIMBÁ - Pote de barro para guardar o azeite-de-dendêARIPÓ - Panela muito semelhante ao alguidar de barroARUANDA - Céu, Nirvana ou Firmamento significam a mesma coisa, isto é, a moradia daquele que é Criador de todos os mundos e de todas as coisas. Plano Espiritual Elevado.ARUÊ - Espírito desencarnadoASSENTAMENTO DE ORIXÁ - E o lugar no pegi onde é colocada a representação de Orixá, ou do seu fetiche, ponto riscado, etc.ASSENTO - Termo utilizado para um local preparado para um Orixá ou Exu. Santuário exclusivo.AXÉ - É a força mágica do terreiro representada pelo segredo composto de diversos objetos pertencentes as linhas e falanges. Força bendita e divina.AXEXÊ - Cerimônia funebre iorubana. Semelhança com a missa de 7º dia católica.AXOGUM - Nome dado ao encarregado de sacrificar animas quando não é feito pelo Chefe do Terreiro. Muito comum nos cultos de candomblé nagô.AZÊ - Capuz de palha. Ornamento da roupa de OmuluAZEITE-DE-DENDÊ - Óleo bahiano extraíado do dendezeiro, sendo muito utilizado na culinária dos Orixás.

BABALAÔ - Pai-de-Santo. Chefe de terreiro. (masculino)BABUGEM - Restos de comidas e bebidas que sobram no terreiro. Estes restos devem ser jogados sobre o telhado do terreiro ou despachado em alguidares, dependendo do ritual.BACURO DE PEMBA - Filho de Santo.BAIXAR - Termo que quer dizer incorporação das Entidades/Orixás nos médiuns. Esse termo designia que toda entidade que vem do Céu, ou seja, de Aruanda, baixe do céu para a Terra.BALANGANDÃ - Enfeites e ornamentos. Podem também ser amuletos.BALÊ - Casa dos Espíritos mortos (desencarnados)

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BANDA - Termo utilizado para dizer em qual linhagem está ligado a Entidade.BARRACÃO - Local de ritual, terreno, o terreiro fisicamente propriamente dito. O lugar principal do terreiro.BASTÃO-DE-OGUM - Espécie vegetal de espada-de-São-Jorge.BATER-CABEÇA - Ritual que quer dizer cumprimentar respeitosamente e humildemente. Consiste em abaixar-se aos pés do congar(altar) ou a uma Entidade Espiritual e tocar sua cabeça ao chão, aos seus pés. Representa respeito e humildade.BATER PARA O SANTO - ato de percutir os atabaques usando o ritmo especial de determinado orixá.BEJA - Cerveja branca.BENTINHOS - Escapulário que traz pendurado no pescoço e contém orações, rezas e figuras de santos. Patuá.BETULÉ - Machado feito de pedra e de bambú para designação de Xangô.BILONGO - Amuleto muito usado por caçadores para proteçãoBOLAR NO SANTO - início incompleto de transe que ocorre com os médiuns não preparados.BOMBO-GIRA - O mesmo que exu Pomba-Gira. Denominação de Pomba-Gira em Congo.BORÍ - ato pelo qual filho de santo oferece sua cabeça ao orixá. Termo usado também cujo significado é cabeça.BOTAR NA MESA - Quando um médium atente particularmente um consulente e através de um oracúlo (principalmente as cartas) procede a consulta e a orientação espiritual.

CABAÇA - Vaso feito do fruto maduro do cabaceiro depois de esvaziado o miolo. Utilizado também como moringa de bebida (água).CABAIA - Assim é denominado uma túnica de mangas largas utilizada por médiuns e/ou cambones.CABEÇA-FEITA - Denominação do médium desenvolvido e que já foi cruzado no terreiro, tendo já definido seu Orixá de cabeça. Médium que já passou pelo ritual do amaci.CAIR NO SANTO - Transe mediúnico de quem ainda não está preparado para incorporar.CALUNGA - CemitérioCALUNGA GRANDE - Oceano, mar.CAMBONO ou CAMBONE - Auxiliar de Médiuns de Incorporação e o Servidor dos Orixás. O cambone é o médium que teve o necessário desenvolvimento para poder auxiliar e entender os Guias nas necessidades das sessões. Auxiliar de culto.CAMOLETE - Lenço branco de tamanho grande colocado na cabeça dos médiuns durante alguns rituaisCAMUCITÊ - Nome dado ao altar, congar ou pegi.

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CANJIRA - Lugar onde são realizados algumas danças religiosas.CANZUÁ ou CAZUÁ de QUIMBÉ - Terreiro, casa, tenda espiritual.CATERETÊ - Designação de um ritual do Estado do MaranhãoCATULÁ - Termo usado em sessão que significa anular um trabalho maléfico.CAVALO - Médium dos Guias de Umbanda.CENTRO - terreiro, tenda de Umbanda, cazuá.CHEFE DE CABEÇA - É um dos nomes como é designado o Guia-Chefe do médium de terreiro que tenha sido desenvolvido e cruzado no mesmo.COISA FEITA - Quer dizer trabalho feito para levar o mal a alguém, despacho maléfico, feitiço, bruxaria.CONGAR - Altar, pegiCORPO FECHADO - Nenhum espírito maléfico pode incorporar no médium, ou nenhum espírito pode trazer o mal a pessoa que tem o corpo fechado.CORREDOR DE GIRAS - Freqüentador que passa por vários terreiros, sem ter firmado compromisso espiritual com nenhum deles.CREDO-EM-CRUZ - Interjeição que traduz espanto, admiração e repulsa.CURIAU - Comida de Santo, despacho.CURIMBA - Conjunto de instrumentos musicais do terreiro. Os instrumentos que compõe uma curimba pode ser atabaques, tambor, agogôs, chocalhos, berimbau, violões, etc. Curimba é a orquestra de um terreiro.

DANDÁ - Vegetal, espécie de capim, que exsuda um odor, muito usado em trabalhos, como banho e defumações em ritual de Umbanda.DANDALUNDA - Outro nome dado a Janaína, Iemanjá, ou Mãe Dandá.DAR COMIDA AO SANTO - Quer dizer o oferecimento de alimentos aos orixás, seja como parte do ritual, como pagamento de algum favor recebido.DECÁ - Bracelete ritual que o filho-de-santo recebe após sete anos de sua primeira saída da camarinha (Candomblé)DESCIDA - quando as Entidades Espirituais vão incorporar no médiumDESMACHE - Espécie de muleta usada em alguns terreiros como instrumento de XangôDESMANCHAR TRABALHOS - É tornar livre uma pessoa dos efeitos de trabalho de enfeitiçamento, como também beneficiar alguém que tenha sido vítima de magia negra.DESPACHAR - Entregar ao Orixá o que é do Orixá. Despachar também é um termo usado para tudo que é sagrado, seja comida de santo, seja qualquer objeto sacro seja entregue num local adequado a cada Orixá.DESPACHO - Anular um trabalho, desmanchar trabalhos de magia negra.DIA DE OBRIGAÇÃO - É o dia de sessão quando os médiuns e os consulentes observam certos atos do ritual umbandista e cumprem tudo quanto lhes é determinado pelos Guias.DILONGA - Prato que representa uma das ferramentas, ou melhor, um dos utensílios de

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Ogum.DOBALÊ - É assim chamada a saudação dos médiuns que possuem guias femininos.DOLOGUM ou DILOGUM - Guia com 16 fios

EBAME ou EBAMI - Filha de Santo com mais de 7 anos.EBI - Serpente que é representada por um ferro retorcido, fazendo parte da ferramenta de Xangô, colocada junto com o machado.EBIANGÔ - Planta muito usada pelos negros em amuletos e que é tida como portadora de virtudes mágicas, como por exemplo, afastar espíritos maléficos.EBIRI - Símbolo de OxumaréEBÔ - Despacho. Presente para Exu. Oferta que se oferece em encruzilhadas ou em qualquer outro local.EBÓ - Líquido com vários vegetais não fermentados, sendo preparado para diversos casos: Banhos, banhos para a cabeça, limpeza de ambiente, etc.. Cada ebó tem um preparo diferente para cada situação diferente. Antes de ser usado, é benzido (cruzado) por um Guia.EBOMIM - Designação do médium feminino quando conta mais de 7 anos desenvolvimento.EGUNGUN - Materialização de encarnados. Aparição. Evocação de Ancestrais e Espiritos Protetores.EGUNS - Espíritos desencarnados. Almas.EJILÉ - Pomba que é destinada ao sacrifício com a finalidade de ser empregada em algum trabalho.EKEDI ou EQUÉDE - São as auxiliares femininas das Mães-Pequenas. Ekedis não incorporam, mas tem autoridade sobre as Entidades como uma Mãe Pequena.ELEDÁ - Anjo da GuardaELEGBÁ - Espírito MaléficoENCANTADO - Ser que não morreu, foi arrebatada.ENCOSTO - Espírito que consciente ou inconsciente, aproxima-se da pessoas vivas, prejudicando em diversos setores da sua vida (econômica, saúde, pessoal, familiar, amorosa).ENCRUZAR - Ritual umbandista no início de um período ou sessão, consistindo em fazer uma cruz com a pemba na nuca, na palma da mão, na testa do médium e na sola do pé. Isso fecharia o corpo do médium e protegeria, fortificaria sua mediunidade e ajuda também a estabelecer uma ligação mais firme com os Guias Espirituais. No encruzamento dos médiuns é entonado um canto próprio para a ocasiãoENDÁ - Diz-se a coroa imaterial que acompanha o médium em desenvolvimento após a iniciação. Sinônimo de aura.ERÊ - Espírito infantil. CriançaERÓ - Segredos e Ensinamentos revelados aos médiuns no terreiro em seu desenvolvimento.

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ERUEXIM - Rabo de cavalo, espécie de espanador usado por IansãESPIRITISMO DE LINHA - Designação dada a Umbanda e as sessões no terreiro.ESPIRITISMO DE MESA - Designação dada a Umbanda nas sessões de cura por médicos incorporados.EXÊS - Partes dos animais sacrificados para serem oferecidos aos Orixás.

FALANGE - Falange em Umbanda significa a subdivisão de Linhas onde cada falange é composta de um número incalculável de espíritos orientados por um Guia chefe da mesma.FALANGEIRO - Chefe de falange. Guia Chefe.FAZER MESA - Abrir a sessão, abrir a gira.FAZER OSSÊ - Cerimonia semanal que consiste no oferecimento de alimento e/ou bebida preferida dos Orixás.FECHAR A GIRA - Encerrar os trabalhos no terreiro.FECHAR A TRONQUEIRA - Ato de defumar e cruzar o terreiro - os quatro cantos do terreiro - evitando que espíritos perturbadores ou zombeteiros atrapalhem o culto.FEITO - É o médium masculino desenvolvido dentro do terreiro.FEITO DE SANTO - Iniciação do desenvolvimento de um médium.FEITA(O) NO SANTO - Médium que teve o cerimonial de firmeza de cabeça por haver completado seu desenvolvimento mediúnico.FILHO DE FÉ - Denominação para adeptos da UmbandaFILHO OU FILHA DE SANTO - Médium que se submeteu a doutrina e todo ritual.FIRMAR A PORTEIRA - É a segurança para os trabalhos da sessão que será realizada. Esse trabalho pode ser simbolizado por um ponto riscado na tronqueira, uma vela acesa, conforme critério do terreiro.FIRMAR O PONTO - Concentração coletiva que se consegue cantando um ponto puxado pelo Guia responsável pelos trabalhos. O Ponto Firmado pode ser apenas cantado como também riscado ou a combinação de ambos. Significa também quando o Guia dá seu ponto cantado e/ou riscado, como prova de identidade.

GANZÁ - Instrumento musical.GARRAFADA - Remédio preparado por Pai/Mae de Santo, o qual consiste numa maceração de vegetais em aguardente. A preparação dos ingredientes são puramente

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naturais.GIRA - Corrente espiritual. Caminho.GONGÁ - O mesmo que congar. Altar dos santos católicos e orixás africanos.GUIA - conta de miçangas ou de cristal ou mesmo de porcelana, da cor especial do Orixá ou Entidade Espiritual que representa e identifica. Pode também significar o próprio orixá, quando se trata de um preto-velho, caboclo, bahiano, boiadeiro ou marinheiro.

HALO - Luminosidade que envolve um espírito de grande elevação.HOMEM DAS ENCRUZILHADAS - ExúHUMULUCU - Comida Africana feita de feijão fradinho, azeite-de-dendê e diversos temperos. Também conhecida como Omolocum.

IABÁ - Cozinheira que conhece e prepara as comidas dos Orixás. Cozinheira do culto.IALORIXÁ - Designação dada a qualquer mãe-de-santo.IAÔ - Médium feminino no primeiro grau de desenvolvimento do terreiro.IJEXÁ - Ritual africano. Os adeptos do Ijexá temem os mortos e apressam-se em expulsá-los dos terreiros.IORUBÁS - Negros africanos que falam a linguagem nagô.IR PARA A RODA - Uma frase que traduz o desenvolvimento da mediunidade na corrente.ITÁ DE XANGÔ - Pedra caída junto com o raio.

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JABONAN - Assim chamada a auxiliar da Babá.JACULATÓRIA - Oração curta. Reza resumida e fervorosa.JACUTÁ - Denominação de altar. Casa do santo.JESUS - OxaláJIBONAN - Designação do fiscal de trabalhos do terreiro.JUREMA - Uma das caboclas de Oxossi, chefe de falange. Local onde todos os caboclos ficam espiritualmente.

KAÔ - Saudação de Xangô. Salve! Viva!KARDECISMO - Um dos pontos básicos em que se fundamentam todas as teorias espiritualistas. Decodificação do Espiritismo por Alan Kardec, de onde originaria o nome Kardecismo.KARMA - É a conseqüência de vidas passadas, as quais dirigem a presente e organizam as futuras encarnações.KAURIS - Búzios, utilizados no jogo do delogum. Outrora também serviram de dinheiro na Africa.KIBANDA ou KIMBANDA - No termo, significa KIM (gênio do mal) para BANDA (lado), ou seja, Kimbanda ou Kibanda significa o Lado do Mal. Também conhecido como culto de magia negra, neles trabalham exus-zombeteiros, espíritos vingativos, enfim todos os espíritos que não aceitam Doutrinação Divina e estão ainda ligados ao lado material.KIUMBA - Espírito maléfico e obssessor. Espírito atrasado e sem nenhuma luz. Zombeteiro.

LAÇAR O COBRERO - É assim chamada a oração que se escreve com tinta em volta do “cobrero” para fins curativos.LÁGRIMAS DE NOSSA SENHORA - Além do capim e da miçanga, assim também são conhecidas as contas de semente dessa planta para confecção de terços, guias e outros objetos.LANCATÉ DE VOVÔ - É o mesmo nome por que é conhecida a igreja Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador - Bahia.LAVAGEM DE CABEÇA - A lavagem de cabeça é feita derramando-se o Amaci (banho preparado especialmente para essa cerimônia) sobre a cabeça do médium,

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enquanto se entoa um ponto de caboclo. A confirmação do Guia de Cabeça verifica-se após a lavagem de cabeça, quando o Guia incorpora e risca seu ponto em frente ao congar.LINHA - União das falanges, sendo que cada um tem seu chefe.LINHA BRANCA - Linha de Guias que não cruzam com a linha da esquerda.LINHA CRUZADA - É quando se unem duas ou mais linhas com o fim de tornar mais forte um trabalho no terreiro. Normalmente esse cruzamento se dá com um guia da direita com um da esquerda.

MACAIO - Coisa ruim e sem nenhum valor.MACUMBA - Termo antigo que se denominava aos cultos dos escravos nas senzalas. Candomblé. Depois esse termo passou a ser vulgar e tornou-se como feitiço ou culto de feiticeiros.MACUMBADO - enfeitiçadoMADRINHA - O mesmo que Mãe de Santo, Babá.MÃE D´ÁGUA - Iemanjá.MÃE de SANTO - Médium feminino chefe ou dirigente de terreiro, Madrinha, Babá.MÃE PEQUENA - Médium feminina desenvolvida e que substitui a Mãe de Santo. Auxiliar das iniciandas (iaôs) durante o seu desenvolvimento mediúnico.MALEME ou MALEIME - Pedido de socorro, de clemencia, de auxilo ou ajuda, de misericórdia. Podem vir em forma de canticos ou preces pedindo perdão.MANIFESTAÇÃO - Quando o corpo do médium é tomado por um Guia. Conhecido também como transe mediúnico, incorporação.MARAFA ou MARAFO - aguardente, cachaça.MAU OLHADO - Quebranto, feitiço. Doença ou mal estar causado por um olhar mau, invejado.MESA BRANCA - Trabalhos no terreiro quando há incorporação apenas de médicos e enfermeiras.MEISINHA - Despacho, mandinga, trabalho.MIRONGA - Feitiço, segredo, feitiço feito pelos Espiritos Nagôs.MISTIFICAÇÃO - É o mais importante dos casos do falso espiritismo, pois constitui um recurso muito empregado por falsos médiuns, ou pessoas de má fé, com a finalidade de auferirem vantagens pecuniárias e aumentarem sua fama e sua vaidade.MUCAMBA - O mesmo que cambone.MUZAMBÊ - Forte, vigoroso.

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NAGÔ - Nome dado aos escravos originários do Sudão, na África. Considera-se nagô como a religião do antigo reino de Iorubá.NIFÉ - Fé, crença na lingua iorubáNOMINA - Oração que é guardada num saquinho e pendurada no pescoço como amuleto para proteção. Patuá.NURIMBA - Bondade, amor e caridade.

OBASSABÁ - O mesmo que abençoar, benzer.OBASSALÉA - O mesmo que obassabá.OBATALÁ - Céu. Abóbada celeste. DeusOBRIGAÇÕES - Festas em homenagem aos Guias ou Orixás. São também as determinações feitas aos médiuns ou consulentes pelos Guias com o objetivo de auxilio ou como parte de um ritual do desenvolvimento mediúnico.OBSEDIAR - Perseguir. Ação pela qual os espíritos perturbados que prejudicam as pessoas levando a situações econômicas difíceis, loucura, etc.OBSSESSOR - Espírito pertubador ou zombeteiro que prejudica as pessoas.ODÉ - Oxossi. Oxossi mais velho.ODÔ, IÁ - Saudação de IemanjáOFÃ - Médium responsavel pela colheita e seleção das ervas nos rituais.OGÃ - Auxiliar nas sessões do terreiro. Ogã pode ser um protetor de Terreiro ou como um Chefe das Curimbas. Ambos tem o mesmo grau hierarquico.OIÁ - Outro nome conhecido por IansãOKÊ - Saudação aos Caboclos. Diz-se assim : Okê Caboclo! Okê Oxossi.OLHO-DE-BOI - Semente de Tucumã, gozando de propriedades protetoras contra cargas negativas como feitiços, mau-olhado, inveja. Tem muitas utilidades no terreiro, desde patuás até guia (colar).OLHO GRANDE - Mau Olhado, inveja, malefício, quebranto.OLORUM - Deus Supremo.OMOLOCÔ - Culto de origem angolense.OPELÊ DE IFÁ - Rosário deito de pequenos búzios e que é utilizado para ler o futuro.ORAÇÃO FORTE - Patuá que consiste em uma oração escrita em pequeno pedaço de papel, que a pessoa preserva em seu poder, quer guardado no bolso, ou dentro de um pano em forma de saquinho pendurado no pescoço a fim de proteger-se ou livrá-la de

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todos os males.ORIXÁ - Divindades africanas que representam as forças do Universo Infinito. Espirito puro. Santo.OTÁ - pedra ritual, elemento e objeto sagrado e secreto do culto.

PADÊ - Despacho para Exú no início das sessões ou festas, constando alimentos, bebidas, velas, flores e outras oferendas, a fim de que os mesmos afastem as perturbações nas cerimonias.PADRINHO - pai-de-santo, Chefe de Terreiro.PAI-DE-SANTO - Zelador do Santo, Chefe de Gira, Chefe de Mesa, Chefe do Terreiro. Médium e conhecedor perfeito de todos os detalhes para o bom andamento de uma sessão.PALINÓ - Cântico ou poema em louvor a IemanjáPÃO BENTO - Pão ázimo ou qualquer outro tipo de pão, ao qual se dota de forças mágicas. É utilizado em inúmeros trabalhos para diversas finalidades. Há trabalhos com pão e vela benta para se localizar num rio ou no mar o corpo de uma pessoa afogada, por exemplo.PARAMENTO(s) - Roupas e objetos utilizados em cerimônias do ritual religioso.PATUÁ - Amuleto que é colocado num saquitel (pedaço de pano costurado em forma de saquinho) e é pendurado no pescoço, ou se prende na roupa de uso.PAXORÔ - Instrumento simbólico de Oxalá usado pelos pais-de-santo em trabalhos.PEDRA-DE-RAIO - Meteorito, Fetiche de Xangô , itáPEJI - altar, congar.PEMBA - Espécie de giz em forma cônico-arredondada, em diversas cores, como sejam : branco, vermelho, amarelo, rosa, roxo, azul, marrom, verde e preto, servindo para riscar pontos e outras determinações ordenadas pelos Guias, sendo que conforme a cor trabalhada com pemba, pode se identificar a Linha a que pertence a Entidade, ou a Linha que trabalhará naquele ponto.PIPOCA - comida de Omulu/Obaluaê. Grão de milho arrebentado na areia quente para ser utilizado em descarrego. Descarrego de Pipoca.PIRIGUAIA - Variedade de búzio.PONTOS CANTADOS - Os pontos cantados na Umbanda são preces e a invocação das falanges e Linhas, chamando-as ao convívio das reuniões e no auxilio dos que buscam caridade. Assim, como toda a religião tem seus canticos, a Umbanda usa seus pontos cantados, dos quais, não se deve abusar. Esses hinos representam e atraem forças das Falanges, para trabalhos de descarrego e desenvolvimento mediúnico. Pontos cantados não devem ser deturpados, ou modificados, para que sua força não se altere, uma vez alterado o efeito não será o mesmo, podendo até ser prejudicial.PONTOS RISCADOS - São identificação dos Guias. Cada Guia e cada Orixá tem seu ponto riscado. Os pontos são riscados com pemba. Mas o ponto não se resume apenas a identificação de um guia, linha, falange ou Orixá; ele pode fechar o corpo de um

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médium, pois a escrita sagrada se utiliza de magia para que qualquer espírito perturbado não se aproxime.PORTEIRA - Entrada de terreiro.

QUARÔ - Flor chamada Resedá possuidora de notáveis virtudes mágicas e grandemente empregada em banhos e defumações.QUEBRANTO - Mau olhado, feitiço, coisa feita. Normalmente atinge mais crianças pagãs, mas pode atingir também crianças batizadas e adultos. O quebranto é cortado com benzimento.QUEBRAR DEMANDA ou QUEBRAR AS FORÇAS - É anular, desmanchar o efeito de um trabalho para prejudicar ou perturbar uma pessoa.QUEBRAR PRECEITO - Desrespeitar as regras e hábitos estabelecidos no ritual do desenvolvimento ou dos trabalhos.QUEZILA, QUEZíLIA ou QUIZILA - Aversão, antipatia, repugnância, alergia a alguma coisa.QUIUMBA - Espírito obsessor e pertubador. Zombeteiro.

RAÚRA - Cambone. Auxiliar nos trabalhos do terreiro.RECEBER O SANTO - incorporar. Entrar em estado de transe com o Guia ou OrixáREDENTOR - Jesus CristoREINOS - Uma das divisões dos mundos espirituais. Domínios dos Orixás. Alguns exemplos : Juremá, Pedreiras, Fundo do Mar, Humaitá, etcRESPONSO - Oração em latim para determinado santo para se conseguir uma graça.ROÇA - terreiro, centro.

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SACUDIMENTO - Ato de realizar limpeza, lavagem e varredura do terreiro e/ou seus filhos. Descarrego.SAÍDA de IAÔ - cerimônia de inciação do filho-de-santo no candomblé ou no culto Omolokô.SANTERIA - nome da religião na América Latina. Religião irmã do CandombléSAL (GROSSO) - Empregado sob diversas modalidades nos terreiros, principalmente como banho de descarrego. Ou como descarrego do local com um copo de água e sal atras da porta.SALUBÁ - Saudação de NanãSARAVÁ - Saudação umbandista que corresponde a Salve! Viva!SEREIA DO MAR - Janaína, princesa d´água. Pode representar também como Iemanjá dentro de um contexto.SINCRETISMO - Fenômeno de identificação dos orixás com os Santos Católicos.