Os miseráveis HQ 15 08 2012 - L&PM · 2016. 1. 20. · dação, o gendarme o seguiu com os olhos....

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OS MISERÁVEIS Adaptação e roteiro: Daniel Bardet Desenhos: Bernard Capo Cores: Arnaud Boutle Tradução de ALEXANDRE BOIDE L&PM EDITORES apoio da Unesco Victor Hugo

Transcript of Os miseráveis HQ 15 08 2012 - L&PM · 2016. 1. 20. · dação, o gendarme o seguiu com os olhos....

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    OS MISERÁVEIS

    Adaptação e roteiro: Daniel BardetDesenhos: Bernard CapoCores: Arnaud Boutle

    Tradução de alexandre Boide

    L&PM EDITORES

    apoio da Unesco

    Victor Hugo

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    Sem responder à sau-dação, o gendarme o seguiu com os olhos.

    Nos primeiros dias de outubro de 1815, mais ou

    menos uma hora antes do pôr do sol, um homem que

    viajava a pé...

    ...chegou à cidadezinha de Digne.

    Parecia estar muito cansado.

    Bebeu da primeira fonte que encon-trou e se dirigiu

    à prefeitura.

    Saiu quinze minutos depois e saudou humildemente um gen-darme que lá se encontrava.

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    Tenho por hábito ser educado com todos. Por favor,

    saia!

    Havia em Digneum excelente albergue...

    A Cruz de

    ColbAs

    O quedeseja, senhor?

    Comer e dormir!

    Nada mais fácil... Se

    puder pagar!

    Eu tenho dinheiro.

    Garoto, volte logo com essa

    resposta...

    Um bom tempo depois...

    E o jantar, quando

    sai?A Cruz de

    Agora mesmo!

    Senhor, eu não posso

    hospedá-lo.

    Como?!

    Está com medo de

    que eu não pague?!

    Sei que o senhor tem

    dinheiro, mas eu... não tenho quarto vago!

    Isto aqui é um albergue, e eu estou cansado

    e faminto!

    Chega de conver-sa! Seu nome é

    Jean Valjean, eu mandei verificar na prefeitura!

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    Então vá!

    A notícia de sua chegada rapidamente se espalhou pela cidade...

    ...e por isso se fecharam sem piedade todas as portas...

    ...em que ele bateu.

    Morto de cansaço e já sem esperanças,deitou-se em um banco de pedra.

    O que está fazendo aí, meu amigo?

    Como pode ver, senhora, estou deitado para

    dormir.

    Nesse banco?

    Durante dezenove anos meu colchão foi um pedaço de madeira. Hoje ele

    é de pedra.

    Mas o senhor não está com frio nem com fome? Alguém há de abrigá-lo, por caridade... Já bati em

    todas as por-tas... Já tentei

    em todos os lugares!

    O senhor já bateu

    naquela ali?

    Não.

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    Nossos dois belos

    castiçais!

    Bem ali em frente, ficava a modesta casa do monsenhor

    Myriel, bispo de Digne...

    Disseramque há um desca-

    misado, um mendigo mal-encarado,

    circulando pela cidade...

    É mesmo?!

    TOC

    Entre!

    Ouçam! Meu nome é Jean Valjean,

    sou um condenado, passei dezenove

    anos no campo de Toulon!

    Nesta cidade, em todas as casas a que fui, ninguém quis saber de mim! Tenho dinhei-ro, estou cansado e

    faminto! Possoficar aqui?

    Senhora Magloire, arrume mais um lugar na

    mesa...

    ...com talheres de prata!

    O senhor entendeu

    bem? Um pri-sioneiro!

    Acabei de sair dos galés... O senhor vai me

    receber? Isto é um albergue?

    Senhora Magloire, ponha lençóis na cama do quarto de hóspedes...

    Senhor,sente-se aqui e se aqueça!

    Senhora Magloire, parece que está faltando alguma

    coisa nesta mesa...

    TOC

    TOCTOCTOC

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