Os Némanus fizeram vibrar o Olympia de Paris · sistiram no domingo passado à Missa em honra de...

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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa LusoJornal / Mário Cantarinha Concerto do duo português encheu o Olympia 06 Sete dos 11 troféus “Portugueses de Valor” entregues pela LusoPress na semana passada em Leiria, vieram para França. Bancos. A Caixa Geral de Depósitos or- ganizou um evento no Grand Palais, em Paris, para comemorar os 140 anos da- quela instituição. 06 Religião. Mais de duas mil pessoas as- sistiram no domingo passado à Missa em honra de N. Sra de Fátima na Basí- lica de Fourvières, em Lyon. 17 Governo. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro vem a França inaugurar dois Consulados Honorários. 02 Futebol. A equipa franco-portuguesa do Créteil/Lusitanos perdeu na semana pas- sada e vai ser despromovida da Ligue 2 ao National. 20 Edition nº 264 | Série II, du 11 mai 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais 13 Portugueses de Paris apoiam restauro de património português Galerista Philippe Mendes criou a Luso Património 12 Os Némanus fizeram vibrar o Olympia de Paris PUB PUB

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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

LusoJornal / Mário Cantarinha

Concerto do duo português encheu o Olympia

06Sete dos 11 troféus “Portugueses deValor” entregues pela LusoPress nasemana passada em Leiria, vierampara França.

Bancos. A Caixa Geral de Depósitos or-ganizou um evento no Grand Palais, emParis, para comemorar os 140 anos da-quela instituição.

06

Religião. Mais de duas mil pessoas as-sistiram no domingo passado à Missaem honra de N. Sra de Fátima na Basí-lica de Fourvières, em Lyon.

17

Governo. O secretário de Estado dasComunidades Portuguesas, José LuísCarneiro vem a França inaugurar doisConsulados Honorários.

02

Futebol. A equipa franco-portuguesa doCréteil/Lusitanos perdeu na semana pas-sada e vai ser despromovida da Ligue 2 aoNational.

20

Edition nº 264 | Série II, du 11 mai 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

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Portugueses de Paris apoiamrestauro de património portuguêsGalerista Philippe Mendes criou a Luso Património 12

Os Némanusfizeram vibrar o Olympia de Paris

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02 Opinião le 11 mai 2016

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, InêsVaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manueldo Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira,Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: AntónioBorga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves,75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: mai 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Carlos Magno ou Carlos I, dito OGrande (em latim Carolus Magnus eem francês Charlemagne), nasceuem 742 e morreu em 814. Filho dePepino, o Breve, sucedeu-lhe comorei dos Francos e em 25 de janeirode 800 é coroado, em Roma, pri-meiro Imperador do Sacro ImpérioRomano, pelo Papa São Leão III.Restaurou-se, assim, o ideal de uni-dade política e cultural na Europa,à semelhança do antigo império ro-mano. Não foram tempos pacíficos:nas guerras e conflitos entre povoseuropeus e contra os muçulmanosque ocupavam a Península ibérica,através das suas conquistas fora defronteiras e das suas reformas inter-nas, Carlos Magno ajudou a definira Europa Ocidental e a Idade Médiana Europa. Protegeu e favoreceu,com a ajuda da Igreja, a cultura, asartes e as letras. Segundo um autorcontemporâneo, o “seu império uniua maior parte da Europa Ocidentalpela primeira vez desde os romanose a Renascença carolíngia encorajoua formação de uma identidade eu-ropeia comum”.Vem tudo isto a propósito da entregado Prémio Carlos Magno ao PapaFrancisco em 6 de maio. O mesmoprémio já tinha sido atribuído deforma extraordinária, em 2004, aoPapa São João Paulo II. Na lista dospremiados, desde 1950, encontramos pais fundadores do ideal de umaunião europeia: Richard NikolausGraf Coudenhove-Kalergi, Alcide de

Gasperi, Jean Monnet, Konrad Ade-nauer, Robert Schuman, o IrmãoRoger (da comunidade de Taizé),entre muitos outros. O prémio des-tina-se a reconhecer a ação e o mé-rito de quem - pessoas ouinstituições - de algum modo contri-buiu para o projeto dos valores eu-ropeus.No seu discurso de aceitação doprémio, Francisco afirmou: “A cria-tividade, o engenho, a capacidadede se levantar e sair dos seus limitespertencem à alma da Europa. No sé-culo passado, ela deu testemunho àhumanidade de que era possível umnovo começo: depois de anos de trá-gicos confrontos, culminados naguerra mais terrível de que se temmemória, surgiu - com a graça deDeus - uma novidade sem prece-dentes na história. As cinzas dos es-combros não puderam extinguir aesperança e a busca do outro queardiam no coração dos Pais funda-dores do projeto europeu. Estes lan-çaram os alicerces dum baluarte depaz, dum edifício construído por Es-tados que se uniram, não por impo-sição, mas por livre escolha do bemcomum, renunciando para semprea guerrear-se. Finalmente, depoisde tantas divisões, a Europa reen-controu-se a si mesma e começou aedificar a sua casa. Esta ‘família depovos’, que entretanto se foi louva-velmente ampliando, nos últimostempos parece sentir como menossuas as paredes da casa comum

distanciando-se por vezes, na suaconsolidação, do luminoso projetoarquitetado pelos Pais. Aquela at-mosfera de novidade e aquele de-sejo ardente de construir a unidadeaparecem sempre mais amorteci-dos; nós, filhos daquele sonho,somos tentados a ceder aos nossosegoísmos, tendo em vista apenas ospróprios interesses e pensando emconstruir recintos particulares.Estou convencido, porém, de que aresignação e o cansaço não perten-cem à alma da Europa e que as pró-prias dificuldades podem revelar-se,fortemente, promotoras de unidade.

(…) Que te sucedeu, Europa huma-nista, defensora dos direitos huma-nos, da democracia e da liberdade?Que te sucedeu, Europa terra depoetas, filósofos, artistas, músicos,escritores? Que te sucedeu, Europamãe de povos e nações, mãe degrandes homens e mulheres quesouberam defender e dar a vidapela dignidade dos seus irmãos?”Que nos sucedeu, de facto, paraque nos resignemos a viver sem so-nhos e anseios defensores da vidahumana e da sua dignidade, emgrande e não de forma tão redu-tora? Que nos sucedeu para que os

objetivos de vida de tantos não vãoalém dos horários das 9h às 17h ede aquisição de mais uns bens deconforto, da conservação de direi-tos adquiridos, de mais umas ‘allo-cations’ ou ‘subventions’ e alguns‘gadgets’ tecnológicos? Que nossucedeu, de facto, para que algunsreduzam e dirijam a sua indigna-ção a destruir o nome e a honra dealguns, dedicados ao serviço dobem comum, em vez de a coloca-rem ao serviço de causas grandes,como a defesa dos que sofrem, docombate concreto à exclusão?Que nos sucedeu? A pergunta, noentanto, é antiga e a ela procura-ram responder os santos que aju-daram a fazer a Europa ao longodos séculos, em tantos domíniosda vida, desde o desenvolvimentodo território e da subsistência daspopulações ao serviço dos mais po-bres e doentes, passando pela di-plomacia, até à relação entreestados e a cultura, porque Cristoé a resposta completa e total. Citoapenas alguns: S. Bento, S. Fran-cisco de Assis, S. António de Lis-boa, S. Cirilo e S. Metódio, S. Joãode Deus, Santa Catarina de Siena,S. Inácio de Loyola, Santa Brígidada Suécia ou Santa Benedita daCruz, mártir dos campos de mortenazis.Estes nunca se cansaram nem de-sistiram de uma família europeiafundada no amor que nos vem deDeus.

Ó Carlos, que nos sucedeu?

Crónica de opinião

O Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas, José Luís Car-neiro, está neste momento no sul daFrança, onde veio inaugurar dois Con-sulados Honorários, um em Nice eoutro em Montpellier.“A inauguração destes dois Consula-dos Honorários insere-se no esforço doGoverno português na dinamização dapresença consular em França, onde se

estima que vivam 1,2 milhões de ci-dadãos de origem e com nacionali-dade portuguesa” diz uma nota daSecretaria de Estado enviada às reda-ções.O Cônsul Honorário de Portugal emNice, Joaquim Pires, tem atribuídascompetências alargadas com poderespara a prática de atos consulares e re-censeamento eleitoral, tendo o de

Montpellier capacidade para efetuarrecenseamento para as diferenteseleições.José Luís Carneiro, nesta deslocaçãoao Sudeste francês, tem oportunidadepara se encontrar com diversas auto-ridades locais, corpos consulares e re-presentantes da Comunidadeportuguesa. Esta quarta-feira visita aoColégio internacional Joseph Vernier,em Nice, onde decorrerá um encontrocom a Comunidade, docentes, diri-gentes associativos e famílias de alu-nos. No departamento dos AlpesMarítimos é assegurado, em colabo-ração com o sistema de educaçãofrancês, o ensino da língua Portu-guesa em 15 estabelecimentos esco-lares.A área de Jurisdição do ConsuladoGeral de Marselha, no sudeste fran-cês, onde se incluem os ConsuladosHonorários de Nice e Montpellier, teminscritos cerca de 80 mil portugueses.José Luís Carneiro também está anun-ciado, no próximo fim de semana, naFesta Franco-Portuguesa de Pontault-Combault.

Padre Nuno AurélioReitor do Santuário de NossaSenhora de Fátima de Paris

[email protected]

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José Luís Carneiro está em França

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03Comunidade

Cônsul Honorário nas Festas de Jeanne d’ArcDesde há cerca de 600 anos que Or-léans celebra a Festa da libertação dacidade do jugo dos Ingleses porJeanne d’Arc, que nasceu em 1.412e morreu em 1.431. Foi queimadaviva, em Rouen, na altura capital doducado de Normandia, pertencenteao reino de Inglaterra, após um pro-cesso cheio de irregularidades. É umaheroína da história de França, e cano-nizada como Santa da Igreja Católica.Todos os anos, Orléans celebra a suaheroína durante as “Fêtes Johanni-ques” que decorrem entre 29 de avrile 8 de maio. Esta manifestação exce-cional reúne milhares de pessoas vin-das assistir a inúmeras ações decarácter festivo e, no dia 8 de maio,ao segundo maior desfile militar deFrança e numerosos cortejos.O Cônsul Honorário de Portugal emOrléans, José de Paiva, assistiu às co-memorações em representação oficialde Portugal e esteve presente na ce-rimónia protocolar de apresentação decumprimentos às entidades governa-mentais, civis, militares e religiosas,organizada pelo Maire Olivier Carré,com a presença de Emmanuel Ma-

cron, Ministro da Economia, da In-dústria e do Numérico, que este anopresidiu as cerimónia do 587° aniver-sário da libertação de Orléans porJeanne d’Arc e lhe rendeu homena-gem.Uma homenagem solene em que Em-

manuel Macron saudou, no domingo8 de maio, essa figura heróica da his-tória de França num discurso entre-meado de alusões à sua própriatrajetória pessoal, no contexto políticoatual em que muitos vêem em Em-manuel Macron um possível futuro

candidato à Presidência da RepúblicaFrancesa. “Se não creio no homem ouna mulher providencial, foi ela,Jeanne, que provocou o fim da guerrados Cem Anos, num interminávelconflito de sucessão. Como uma fle-cha, a sua trajetória é clara. Jeanne

ignora o sistema, afronta a injustiçaque deveria mantê-la silenciosa. Eraum sonho impossível, mas ela impôs-se como uma evidência e opôs-se aoschefes de guerra”, lançou o Ministro,citando textos históricos. “Foi nestaFrança rasgada, cortada em dois, agi-tada por uma guerra sem fim…, queela soube reunificar a França para adefender, num movimento que se im-punha. Reuniu soldados de todas asorigens. E quando a França não acre-ditava, se dividia mais do que nunca,ela teve a intuição da sua unidade, dasua união. Eis a razão pela qual osFranceses têm necessidade deJeanne d’Arc, porque ela nos diz queo destino não está escrito”, disse aofindar o seu discurso.No desfile que se seguiu, com cercade 700 militares e dezenas de dele-gações francesas, representantes deprofissões e de associações, encontra-vam-se a Associação portuguesa“Ronda Minhota” de Saint Jean-de-Braye, e a Associação portuguesa deMeung-sur-Loire, a que igualmenteassistiu Carlos dos Reis, Conselheirodas Comunidades Portuguesas.

Orléans

«Exílios», o livro que nós esperávamos

Depois de Loulé, Lagos, Fundão, Lis-boa, Grenoble, «Exílios» vai ser apre-sentado em Paris por Victor Pereira, nacompanhia de Fernando Cardoso eVasco Martins, no dia 21 de maio, às16h30, no Lusofolie’s.Porque é que nós esperávamos poresta obra? Porque na Comunidade por-tuguesa, tem havido uma enormeafluência de testemunhos da emigra-ção portuguesa, mas testemunhos “so-litários”, onde cada um conta a suahistória como caso único.«Exílios» nasceu de conversas entreamigos e antigos camaradas, vinte edois amigos (eram vinte e três...), quepensaram ser importante dar a conhe-cer memórias e histórias do seu exílio,com o fim de dar a conhecer esta vi-vência, que poucos experimentaram e

muitos desconhecem. Um projeto tãoantigo como o 25 de Abril: históriasnuas e cruas de uma geração que dissenão ao regime fascista e à guerra colo-nial... Era preciso falar, dizer, escrever,o livro do exílio. Ei-lo.Não se pode fazer uma análise de umlivro, que é já em si um compêndioanalítico, “pois falar das nossas pai-xões, escrever sobre o aperto de cora-ção, quando a salto nos aventurámosnum país e numa língua desconhecidaque aprendemos a ouvir e a amar”, de-claram os autores, “decidimos escreveras nossas experiências sobre um pas-sado longínquo, que hoje nos interpelae que queremos seja ouvido”. Desertarpor motivos políticos, abandonar o paísmesmo antes de ser chamado para oserviço militar era algo, antes do 25 deAbril, considerado como um crime.1961-1974, anos difíceis os do exílio.

Este livro está orientado para norte: deFrança à Suécia, passando pela Bél-gica, Luxemburgo, Holanda e Dina-marca, tal como o périplo dos exiladosque viajaram na mesma direção. Con-sideram e afirmam os autores do livroque em França encontraram homens emulheres maravilhosos que os acolhe-ram e apoiaram.Em 1962, os estudantes liceais e uni-versitários organizavam-se em associa-ções contra a guerra colonial, oscomícios sucediam-se, Marcelo Cae-tano mandava prender toda a gente...Aí começou o luto universitário com-posto por estudantes, operários, traba-lhadores rurais, intelectuais, profissõesliberais, brancos, africanos, etc. Lis-boa, esvazia-se... As histórias que seseguem, sem alardes heróicos, semfalsas modéstias, são as de uma gera-ção que não pactuou com o regime

fascista nem com a guerra colonial, es-critas por homens e mulheres que par-ticiparam de forma ativa nesteuniverso, atuando nos territórios de exí-

lio em coerência com a sua opção derecusar umas forças armadas, envolvi-das na guerra colonial, junto das Co-munidades emigradas na Europa,denunciando o carácter fascista e co-lonialista do Governo português dessaépoca.Vamos à leitura e discutiremos sobre oassunto depois, pois temos muita ma-téria para refletir verdadeiramente!«Exílios», edição da AEP64-74, Asso-ciação de Exilados Políticos Portugue-ses

Quinta-feira, dia 19 de maio, às 18h30Maison de l’Internationale, 1 rue Hector Berlioz, em Gronoble.

Sábado, dia 21 de maio, às 16h30Lusofolie’s, 57 avenue Daumesnil, em Paris 12

Por Maria Fernanda Pinto

le 11 mai 2016

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Emmanuel Macron com o Consul Honorário José de PaivaDR

04 Comunidade

lusojornal.com

Catedrático portuense na Universidade de Albi

José Alberto Rio Fernandes foi du-rante dois dias o convidado de honrada Universidade Jean François Cham-pollion, em Albi, para participar e ani-mar duas conferências, inseridas noFestival sobre Portugal, organizadopelos estudantes em Geografia e Or-denamento do Território desta Univer-sidade.Recentemente eleito Presidente daDireção da Associação Portuguesade Geógrafos, José Alberto Rio Fer-nandes é geógrafo e doutor em Geo-grafia Humana. Professor Catedrá-tico no Departamento de Geografiada Faculdade de Letras da Universi-dade do Porto, é Investigador noCentro de Estudos de Geografia eOrdenamento do Território, ondecoordena a linha de investigação“cidades, competitividade e bem-estar”. É coordenador do curso dedoutoramento em Geografia da Uni-versidade do Porto e é membro daComissão Executiva da ComissãoNacional de Geografia.No primeiro dia, José Alberto RioFernandes participou num Café Geono bar “Le St. James” no centro dacidade, onde falou aos presentes, nasua maioria Franceses, sobre a suavisão da democratização das zonasurbanas e suburbanas, e da reparti-ção demográfica em Portugal destea década de 1960.Exprimindo-se sempre em francês, oCatedrático da Universidade doPorto esteve no seu segundo dia tar-nais, na Universidade albigeoise,animando o debate, respondendo àsperguntas dos alunos e professoresdepois de ter exposto através de umaprojeção de diapositivos, o cresci-mento, o bem-estar, e a qualidade devida da população na Cidade e ÁreaMetropolitana do Porto.No fim da segunda conferência, o Lu-soJornal recolheu a opinião do Profes-sor sobre a sua estadia na RegiãoMidi-Pyrénées. “Foi um prazer natu-ralmente, julgo que isso ficou visível,

senti-me feliz, senti-me ouvido, achoque as pessoas estavam atentas, achoque gostaram, colocaram questões,debatemos e como eu disse há pouco,explicar Portugal a Franceses, ajudatambém aos Franceses a verem me-lhor a França. Acho que é olhandopara o outro que a gente também seconhece melhor a cada um de nós,portanto com as cidades e com ospaíses é um pouco a mesma coisaque connosco, se nós vivessemossozinhos, não nos sabíamos compa-rar, não sabíamos o que éramos”disse. “Trouxe alguns aspetos dePortugal que são de facto um poucodiferentes da França e acho queajudei a compreender Portugal, nosseus problemas, mas também nassuas qualidades e sobretudo nassuas transformações mais recentes,vistas das cidades e dos campos,desde o 25 de Abril”.Habituado a percorrer o Mundo, entreconferências e investigação, o Profes-sor José Fernandes, foi mais longe noseu raciocínio. “Dentro da Academia,

nas questões mais ligadas à investiga-ção, o peso anglo-saxónico é cada vezmais forte, aprende-se sobretudo coma realidade inglesa, com a realidadedos Estados Unidos, cada vez menoscom a francesa. A realidade portu-guesa é muito pouco conhecida.Penso que tem alguma coisa com aqual as pessoas deveriam aprendernoutros países da Europa. Um doselementos é de expressão dos Portu-gueses e da abertura de Portugal aoMundo, que não é apenas a emigra-ção. É o turismo, foram as navega-ções, todo um conjunto de movi-mentos que é muito interessantepara os outros países aprenderem,até para combater uma certa xeno-fobia. Os Portugueses recebem bemtoda a gente, é uma aprendizagemgeográfica, territorial, que é impor-tante para os outros países. A outraaprendizagem é a da transformaçãodo país, sobretudo depois do 25 deAbril, a partir de 1975, nos anos 80,e até ao final do século. Foi umatransformação fortíssima, com um

aumento enorme de organização, damotorização, da habitação própria, edepois os efeitos desta crise finan-ceira que veio trazer alterações enor-mes às pessoas e tem reflexos nosterritórios. Penso que isso são doiselementos que com a força que Por-tugal tem, não são fáceis de encon-trar. A abertura ao Mundo que nóstemos e da maneira que nós temos,e esta transformação brutal queaconteceu praticamente em vinteanos, normalmente nos outros paísesdemoram quarenta ou cinquenta.Connosco foi tudo muito intenso eagora vai ser muito duro também nopós crise, mais duro que noutros sí-tios. Eu acho que há aí característi-cas muito particulares de Portugalque é interessante de comparar comoutras realidades, e acho que emregra, aquilo que eu vou falando apropósito dos centros das cidades,da política urbana, do urbanismo, hásempre qualquer coisa de novo queeu levo e que ajuda a uma reflexãomais profunda por parte dos outros”.

Conferências de José Fernandes sobre Geografia, Urbanização… e Humanismo

Por Manuel André

Secretário de Estado da Internacionalizaçãovisitou ToulouseNos passados dias 27 e 28 de abril,uma delegação liderada por JorgeCosta Oliveira, Secretário de Estadoda Internacionalização visitou Tou-louse.A visita teve como objetivo abrir por-tas para que empresas francesas nosetor aeronáutico venham a investirem Portugal e para que as empresasportuguesas desta indústria possamvir a estabelecer relações comerciaiscom empresas francesas, com espe-cial foco na Airbus.Nestes dois dias de visita a Toulouse,estiveram representantes da Agênciapara o Investimento e Comércio Ex-terno de Portugal (AICEP), da Asso-ciação da Indústria AeroespacialPortuguesa (PEMAS) e da Associa-ção de Aeronáutica, Espaço e Defesa(AED Portugal).Além da assinatura de um Protocolo,um jantar com representantes de

empresas francesas ligadas ao setore uma visita às instalações da Airbus,o maior produtor em número deaviões do mundo, a estada em Tou-louse ficou marcada por um Porto deHonra no Vice-Consulado de Portugalem Toulouse, oferecido por PauloSantos, Vice-Cônsul do mesmoposto.Para este Porto de Honra, Paulo San-tos convidou vários Portugueses liga-dos à indústria e a trabalhar naregião. Durante o convívio houveoportunidade para troca de ideias ede contactos entre as várias partes.O grupo convidado por Paulo Santosreúne-se regularmente em Toulouse,para troca de ideias, experiência econfraternização. Deste fazem partemais de 60 Portugueses, com diver-sas responsabilidades tanto dentrodo grupo Airbus, como em empresasligadas ao setor.

Quais são as consequên-cias do atraso na entregada declaração do IRS?

Resposta:

A entrega da declaração do IRS(Imposto sobre o Rendimento dasPessoas Singulares) fora dos pra-zos definidos por lei gera a aplica-ção de uma coima que, de acordocom a data de regularização pelocontribuinte, pode ser no mon-tante de 25 euros (quando a en-trega fora do prazo ocorre nos 30dias seguintes à data do termo doprazo legal definido) ou 37,5 euros(quando a entrega ocorre paraalém dos 30 dias após o prazo).Estes valores reduzidos aplicam-se desde que o contribuinte façao pagamento da coima no prazode 15 dias.Porém, não é aplicada a coima seo contribuinte infrator não tiversido nos cinco anos anteriorescondenado por decisão transitada emjulgado em processo de contraorde-nação ou de crime por infrações tri-butárias, ou não tiver beneficiado doregime de pagamento de coima comredução ou de uma situação de dis-pensa.Refira-se ainda que no caso de umcasal, e considerando que a regrapassou a ser a tributação sepa-rada, os mesmos apenas podemoptar entre a tributação separadaou conjunta quando entreguem adeclaração dentro do prazo legal.Se assim não for, o casal tem queentregar obrigatoriamente em se-parado.Quanto ao reembolso, deve salien-tar-se que a Autoridade Tributáriae Aduaneira dá prioridade ao pa-gamento dos reembolsos relativosàs declarações que tenham sidoentregues dentro dos prazos le-gais, que tenham sido submetidaspela internet e que não apresen-tem divergências.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

José Alberto Rio Fernandes na Universidade de AlbiLusoJornal / Manuel André

le 11 mai 2016

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06 Empresas

Gala em Leiria distinguiu “Portugueses de Valor”Este ano não foram 10, mas sim 11os Portugueses distinguidos com o tí-tulo de Portugueses de Valor, pela Lu-soPress, empresa de comunicaçãoque edita o magazine LusoPress e temuma webTV.Sete dos 11 prémios vieram paraFrança: a empresária Chantal daCosta, Carlos Gonçalves da PastelariaCanelas, a Maire Adjointe de CenonFernanda Alves, o Presidente da Aca-demia do Bacalhau de Paris CarlosFerreira, o empresário Armindo Ga-meiro e os filhos do Comendador Ar-mando Lopes, Fernando Lopes eBetty dos Reis. Para além destes, re-ceberam também o título de “Portu-gueses de Valor” Reinaldo Teixeiraproprietário da Garvetur em Portugal,o ciclista Carlos Vieira, também dePortugal, Ricardina Pederneira (Ingla-terra) e Pedro Maia (Canadá).Os prémios foram entregues no pas-sado dia 6 de maio, no Teatro JoséLúcio da Silva, em Leiria. “Todos osanos nomeamos 100 Portugueses deValor. Não é pelo valor económico,mas pelo valor intrínseco da pessoa,

como personalidade, como altruístaou filantropo. São Portugueses quedefendem Portugal no mundo e é issoque pretendemos valorizar”, adiantouJosé Gomes de Sá.Esses 100 portugueses são nomeadospelo Administrador da LusoPress, masdepois foram convidados a responder

num vídeo a várias perguntas, iguaispara todos. A decisão da escolha finalcoube a um júri.José Gomes de Sá adiantou que Leiriafoi escolhida este ano para receber agala, tendo em conta o “convite” doPresidente da Câmara, Raul Castro.“Os Portugueses que estão fora pen-

sam cada vez mais em Portugal,mesmo os netos e filhos de Portugue-ses, e convém não perder de vista estasituação”, constatou ainda Gomes deSá. Esta gala tem “por objetivo reco-nhecer o mérito de empresários emi-grantes de origem portuguesa que, emvários países, nomeadamente em

França, tiveram um percurso de vidaque merece este mesmo reconheci-mento”, adiantou Raul Castro, salien-tando que, “sempre que possível,deve ser feito um reconhecimento aosemigrantes, que têm tido um compor-tamento notável em relação à colabo-ração com o próprio país em períodoscríticos”.“Foram eles que também ajudaramcom as suas remessas a criar condi-ções de saneamento das finanças pú-blicas”, recordou o autarca. “Estereconhecimento que o município querfazer com a realização desta gala emLeiria acaba por ser um sentimentoque queremos perpassar para toda adiáspora. Temos, felizmente, Portu-gueses de sucesso em todo o mundo,portanto é extraordinária a iniciativada LusoPress para reconhecer o mé-rito dos Portugueses”.De França deslocou-se uma grandecomitiva estando agendadas algu-mas visitas culturais a Leiria e à re-gião envolvente, mesmo se o mautempo decidiu pregar partidas aosorganizadores.

7 dos 11 Prémios vieram para França

le 11 mai 2016

Caixa Geral de Depósitos festejou 140 anos no Grand Palais

A Caixa Geral de Depósitos festejou,com grande pompa e circunstância,140 anos no passado 3 de maio noGrand Palais em Paris. O evento decor-reu no final da tarde juntando mais de200 clientes, diplomatas e várias per-sonalidades que responderam ao con-vite para festejar esta data históricanum quadro cultural prestigioso comoo Grand Palais, através de um cocktaile de uma visita guiada da exposição deAmadeo de Souza-Cardoso atualmenteali patente.Cabral dos Santos, membro do Conse-lho de Administração da Caixa Geral deDepósitos começou por recordar logono início do evento, que em qualquerorganização, 140 anos é um aniversá-rio importante. “Se olharmos para trás,sobre os tempos que passaram, as di-ficuldades que hoje sentimos, pois omundo está difícil, também houvefases complicadas da nossa Históriaem Portugal e no mundo e nós fomosconseguindo sempre melhor ou piorsuperar essas dificuldades. Chegámosaos 140 anos e queremos chegar atéaos 280 anos pelo menos, acho que fi-nalmente o nosso percurso é muito po-sitivo”. Cabral dos Santos afirmou-seainda otimista porque que são nestasalturas “que conseguimos ver a solidezdas instituições, perceber que já pas-sámos por muito, e não obstante estafase não está a ser fácil, não é por issoque não vamos conseguir”.Quanto ao Diretor Geral da Caixa Geral

de Depósitos em França, Rui Soares,declarou ser o maior banco portuguêsa operar em França. “Faz 99 anos queestamos em França, as nossas raízes jásão muito profundas e é essa força quenos deixa crescer de forma muito só-lida”. Com atualmente 48 agências,das quais 39 na grande Paris e 9 noresto do território, “na prática temosacompanhando onde estão as bolsasde maior dimensão da Comunidadeportuguesa e simultaneamente tam-bém as cidades mais dinâmicas doponto de vista comercial e onde as nos-sas empresas, quer portuguesas, querdos nossos clientes, estão presentes efazem negócio. É essa a nossa estraté-gia”, confiou ao LusoJornal.Procurando sempre aumentar o nú-mero de agências mesmo num períododifícil, “a maior parte da banca está re-duzida em dimensão, enquanto nóspensamos em crescer. No ano pas-sado, por exemplo, a nível do nosso ne-gócio com as empresas, aumentámosmais de 10%, portanto isto dá umanoção de dinâmica que nós temos”.Segundo Rui Soares, 2015 foi um anopositivo. “Eu diria mesmo magnífico!Crescemos em volume de negócio,crescemos em termos de avanço comos clientes, crescemos mais de 10%no negócio com as empresas, aumen-támos a nossa rentabilidade, ultrapas-sámos a nossa fasquia dos 50 milhõesde euros de resultado, foi um ano degrande êxito em França”, referiu comorgulho.“Basicamente o que fazemos é estar

próximo dos nossos clientes, responderàs suas necessidades e vamos conti-nuar a crescer”.E para acompanhar toda essa dinâ-mica, sabendo que a França é o 2°maior parceiro comercial português, oDiretor Geral sublinhou ainda que amaior parte das estruturas obviamente“não fazem negócio numa só cidade,fazem ao nível de um país, ao nível deum continente, ao nível mundial”. Epor conseguinte o papel da Caixa Geralde Depósitos é estar presente em 23

países, “pôr à disposição as nossas ca-pacidades enquanto Grupo e responderàs necessidades de internacionalizaçãoe às necessidades das empresas quecada vez mais têm. Quem tem raízes ea solidez como as nossas, o desafio ésempre fazer melhor”.Interrogado sobre a importância de ce-lebrar o aniversário no Grand Palais,Cabral dos Santos declarou ao Luso-Jornal que era um “elemento de refe-rência do ponto de vista cultural emParis” e estar presente com um artista

português como foi o Amadeo deSouza-Cardoso “é um grande mo-mento e desafio também porque repre-senta a ligação intercultural entrePortugal e França. Tal como ele, parti-lhamos a pesquisa, inovação e moder-nidade, mas sem esquecer a tradição”.A atual exposição conta com 250obras do artista português que faleceuaos 30 anos, e com 52 obras de ami-gos próximos. “Amadeo de Souza-Car-doso teve infelizmente um projeto devida curto, mas teve um projeto de vidaque tem uma ligação muito forte coma França e Portugal e como muitosPortugueses que estão aqui, que nas-ceram em Portugal, também decidi-ram ter o seu projeto de vida emFrança e com sucesso”. Para Cabraldos Santos era natural e fazia todo osentido apoiar e divulgar esta expo-sição. “É sempre bom relembrar quePortugal, apesar de um país ser pe-quenino e encostado na parte oci-dental da Europa, tem uma grandeimportância, mesmo nas artes”,apontou com orgulho.Rui Soares relembrou no seu discurso,a importância da língua portuguesa nomundo e agradeceu a fidelidade dosseus clientes cada vez mais numero-sos. “Os 140 anos são uma históriagrande do grupo. Os nossos clientesnão são apenas números, são como anossa família. E o Grupo não repre-senta apenas produtos e serviços, masantes de tudo homens e mulheres.Continuaremos a ser os vossos parcei-ros”, concluiu.

Por Clara Teixeira

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Os “Portugueses de Valor” 2016LusoPress

LusoJornal / Clara Teixeira

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08 Cultura

lusojornal.com

emsíntese

Diretor da Gulbenkian deParis vai presidir aComissão do 10de Junho

Foi publicado na semana passada, emDiário da República, o despacho assi-nado pelo Chefe de Estado, MarceloRebelo de Sousa, que “designa Lisboacomo sede, no ano de 2016, das Co-memorações do Dia de Portugal, deCamões e das Comunidades Portu-guesas, estendendo-se as celebraçõesà Comunidade portuguesa em Paris”.Na nota é ainda referido que, para aorganização das comemorações, éconstituída uma comissão que serápresidida por João Manuel Gaspar Ca-raça, integrando ainda o Chefe do Es-tado-Maior General das ForçasArmadas, General Artur Neves PinaMonteiro, o Chefe do protocolo do Es-tado, António Almeida Lima, e o Se-cretário-geral da Presidência daRepública, Arnaldo Pereira Coutinho.João Caraça é doutorado em FísicaNuclear, foi Diretor do Serviço de Ciên-cia da Fundação Calouste Gulbenkiane Professor Catedrático Convidado doInstituto Superior de Economia e Ges-tão da Universidade Técnica de Lisboa(ISEG), é autor de mais de uma cen-tena de trabalhos científicos, sendoque os seus interesses se centram nasáreas da Política Científica e Tecnoló-gica e da Prospetiva, e História doPensamento e da Cultura.É atualmente o Diretor da Delegaçãode Paris da Fundação Calouste Gul-benkian.

Exposição cronológica sobre o Corpo ExpedicionárioPortuguês nosAçores

Uma exposição cronológica com foto-grafias das diferentes fases de treinono Campo de Tancos, passando peloembarque do Corpo ExpedicionárioPortuguês em navios ingleses rumo aFrança, vai estar patente até final deagosto em Santa Maria, nos Açores.Promovida pela Direção Regional daCultura, através do Museu de SantaMaria, a exposição intitulada “O CorpoExpedicionário Português - I GuerraMundial - The last goodbye”, insere-sena comemoração dos 100 anos daparticipação portuguesa na I GrandeGuerra, segundo o Governo Regional.A mostra inclui ainda fotografias dastropas em França e no campo de ba-talha até à vitória final, além de uma lis-tagem dos açorianos que participaramno Corpo Expedicionário Português,cedida pela Liga dos Combatentes epelo Arquivo Histórico Militar.

Livro sobre Gérald Bloncourt apresentado em ParisNa quinta-feira desta semana, dia 12de maio, pelas 18h30, vai ser lançadono Consulado Geral de Portugal emParis, 6 rue Georges Berger, em Paris17, o livro “Gérald Bloncourt - O olharde compromisso com os filhos dosGrandes Descobridores”, da autoriado historiador Daniel Bastos e do tra-dutor Paulo Teixeira.A apresentação da obra, uma ediçãobilingue com chancela da EditoraConverso e prefácio do pensadorEduardo Lourenço, contará com apresença do fotógrafo que imortalizoua história da emigração portuguesapara França nos anos de 1960, e es-tará a cargo da socióloga das migra-ções Maria Beatriz Rocha-Trindade.Além das fotografias históricas queGérald Bloncourt captou sobre a vidados emigrantes portugueses nos bi-donvilles dos arredores de Paris, quejá integraram várias exposições emPortugal e França, e que fazem partedo arquivo da Cité nationale de l’his-toire de l’immigration, a obra reúneainda memórias, testemunhos e ima-gens originais que o fotógrafo francêsde origem haitiana realizou durante asua primeira viagem a Portugal na dé-cada de 1960, onde retratou o quoti-

diano das cidades de Lisboa, Porto eChaves. Assim como as da viagem a“salto” que fez com emigrantes lusi-tanos além Pirenéus, e as das come-morações do 1º de Maio de 1974 emLisboa, que permanecem como amaior manifestação popular da histó-ria portuguesa.Segundo Daniel Bastos, investigadorda nova geração de historiadores por-

tugueses com um percurso literárioalicerçado junto das comunidades lu-sófonas, a edição do espólio fotográ-fico de Gérald Bloncourt, compostopor um conjunto de centena e meiade imagens da maior importância paraa história portuguesa do último meioséculo, constitui “um justo reconhe-cimento aos protagonistas anónimosda história portuguesa que lutaram

aquém e além-fronteiras pelo direitoa uma vida melhor e à liberdade.Todos eles representados por umapersonalidade ímpar que durantemais de trinta anos escreveu com luza vida dos portugueses em França eem Portugal”.Refira-se que a obra é patrocinada porduas dezenas de empresas represen-tativas do tecido socioeconómico luso-francês, com particular destaque paraa seguradora Fidelidade, o hipermer-cado E. Leclerc, e as empresas Al-meca e Aluminel, e que estaapresentação na “cidade luz” incluiráainda uma prova de vinho verde, pro-movida pelos Vinhos Norte, um dosmaiores produtores nacionais de vinhoverde.O lançamento do livro na capital fran-cesa será o mote para a realização nodia 14 de maio, sábado, a partir das16h00, de uma tertúlia no café cul-tural Lusofolie’s, em torno da temáticada emigração. Esta iniciativa, numdos espaços culturais de referência daLusofonia em Paris, é promovida pelaAssociação Memória das Migrações, ecomportará a abertura de uma expo-sição fotográfica evocativa da ligaçãode Gérald Bloncourt a Portugal.

No Consulado Geral de Portugal

Conto Contigo: Leituras em Nantes

No passado sábado, dia 7 de maio, aequipa do Conto-Contigo esteve emNantes para participar na Fête del’Europe, representando Portugal.O convite foi feito pela Universidadede Nantes, através do programa Pro-PLE - Programme Portugais LangueÉtrangère, na pessoa de Adriana Sil-veira, uma entusiasta defensora edivulgadora da língua e cultura lu-sófonas.As duas sessões de leitura de históriasem português para crianças decorre-ram à tarde e tiveram uma boa au-diência, apesar da concorrênciadesleal do majestoso e conhecidoelefante mecânico de doze metrosde altura que atraía miúdos e graú-dos. A participação neste evento per-

mitiu a divulgação do projeto doConto-Contigo através da troca de in-formação e das conversas que foramsurgindo com o vasto público que afesta atraiu.Presente no evento esteve também aAssociation Franco-Portugaise deNantes e o seu grupo folclórico “La-vadeiras de Nantes”.Mas as sessões na zona de Paris nãovão parar. No dia 28 de maio, aequipa do Conto-Contigo.fr espera-vos no espaço ‘La Caravelle des Sa-veurs’, na rue du Faubourg SaintMartin, com uma história sobre osdescobrimentos portugueses. Em-barquem nesta aventura literária.www.agrafr.fr

(*) Patrícia Mota é tradutora e mem-bro da equipa Conto-Contigo.fr

Na Fête de l’Europe

Por Patrícia Mota (*)

Conferência sobre “Língua Portuguesa eensino em França” no Consulado de ParisUma Conferência sobre “Língua Por-tuguesa e ensino em França” proferidapor Adelaide Cristóvão, Coordenadorado Ensino Português em França - Ca-mões IP, teve lugar nos Salões Eça deQueirós do Consulado Geral de Portu-gal em Paris, na semana passada, dia3 de maio, pelas 18h30.A Conferência foi realizada no âmbitodas comemorações do dia da LínguaPortuguesa na CPLP (Comunidadedos Países de Língua Portuguesa), quefoi pretexto para centenas de outroseventos nos mais variados pontos doglobo.

Em França, a Conferência foi organi-zada pela Cátedra Lindley Cintra daUniversidade de Nanterre, Leitoradode Português da Universidade Paris 8Saint Denis, dirigida por José ManuelEsteves, pela Coordenação do EnsinoPortuguês em França, Centro CulturalCamões, em parceria com o Consu-lado Geral de Portugal em Paris.Depois da conferência foram feitas lei-turas de textos de Maria Velho daCosta pelo Grupo de Teatro - AndréGouveia, da Casa de Portugal André deGouveia, na Cidade universitária, en-cenado por Nuno Fidalgo.

le 11 mai 2016

Daniel Bastos e Paulo Teixeira com Gérald BloncourtLusoJornal / Mário Cantarinha

09

lusojornal.com

Cultura

emsíntese

Paula Teixeira deQueiroz vem aParis para apresentar “Os Amantes daDona Julieta”

A es-c r i -t o r aPaulaT e i -xe i rad eQuei-r o zv e maParisp a r a

apresentar, no dia 12 de maio,quinta-feira, às 18h30, o seu maisrecente livro “Os Amantes daDona Julieta”.O evento vai ter lugar no 62 rue dela Fédération, em Paris 15, junto àTorre Eiffel, e a obra vai ser apre-sentada por Joaquim Pinto daSilva, editor e proprierário da livra-ria Orfeu, em Bruxelas.“A vida conturbada de duas mu-lheres vizinhas, que atravessa pa-redes de granito e que caem faceàs paixões, à inveja, ao mistério daexistência, ao desejo do amor. ADona Julieta, que nunca mais saiude casa desde que casou, cole-ciona amantes improváveis. ADona Eduarda, apaixonada peloGolias, o gigante do circo, percorresem tino as ruas silenciosas da pe-quena cidade, onde olhos maldo-sos espreitam e disparam dardosde dúvida e ódio. Um passado du-vidoso persegue-as, e, no seuemaranhado, arrasta a história deum povo fraco e corrupto” diz aapresentação do livro. “Durante aSegunda Guerra Mundial, no ca-baré Maxime, em Lisboa, os desti-nos cruzam-se, enquanto osbombardeamentos arrasam umaEuropa exaurida. De que maneiraa filha dum gato e a menina bur-guesa descendente de negreirosse cruzam assombradas por umanuvem justiceira e um rio quemorre de ciúmes... Este livro en-cerra segredos que une as famíliasde um conde agiota e de umajudia alemã refugiada, arrastandopersonagens de sempre, na vidade sempre...Paula Teixeira de Queiroz é advo-gada, originária de Arcos de Valde-vez, licenciada em Direito pelaFaculdade de Direito de Lisboa, eescritora.Recebeu em 2013 o prémio literá-rio Aldónio Gomes, no Dia doAutor Português instituído pelo De-partamento de Línguas e Culturas(DLC), da Universidade de Aveiro(UA), para editar o seu livro com otítulo “A Bruxa de Grade”.

Projeto português vai levar museu para jardins da cidade universitária de Paris

O projeto “Flâneur - Novas NarrativasUrbanas” foi inaugurado no sábadopassado em Paris, “levando o museupara o espaço público” com uma ins-talação fotográfica nos jardins da ci-dade universitária.Nuno Ricou Salgado, Diretor artísticodo projeto explicou que a iniciativa,criada no ano passado, pretende levara fotografia contemporânea dos mu-seus para a rua, numa tentativa de“democratização da arte e de partilhadessa criação com públicos inusita-dos”.“Nós criamos uma grande instalaçãoexpositiva no espaço público quequase reflete a própria cidade, atravésda fotografia, e que está aberta setedias por semana, 24 horas por dia. Aspessoas podem circular por essa ins-talação que traz o que está no museupara o espaço público”, descreveu.A exposição de Paris, inaugurada nosábado e patente até 24 de maio, é oresultado do primeiro ano do projetoque percorreu várias cidades euro-peias, convidando diferentes fotógra-fos a retratar as cidades onde iamexpor. “Em Paris, apresentamos umaretrospetiva dos trabalhos produzidosem 2015. Temos obras de dez artistasque fizeram trabalhos sobre Lisboa,

Turim, Milão, Londres, Mansfield...Temos à volta de 85 fotografias dessesdez artistas, incluindo dos Portugue-ses Virgílio Ferreira e Augusto Brázio”,explicou o também Diretor da “Pro-cur.arte”, a associação que desenvol-veu o projeto.Além de Augusto Brázio e Virgílio Fer-reira, estão expostas as obras dos bri-tânicos David Severn, Dougie Wallace,Kajal Nisha Patel, dos italianos Gia-como Brunelli, Marcello Bonfanti, dairlandesa Martina Cleary, do alemãoRut Blees Luxemburg e do espanholToni Amengual.No dia da inauguração foi apresen-

tado o livro de ensaios “sobre o papeldo ‘flâneur’ na Europa contemporâ-nea”, elaborado a partir da conferên-cia inaugural do projeto, em maio doano passado, no Teatro Municipal SãoLuiz, em Lisboa. “O ‘flâneur’ tem aver com um conceito criado em Parispor Baudelaire e em Londres peloEdgar Allan Poe que tem a ver com operder-se pelas cidades e descobrirnovos olhares pela cidade. É uma des-coberta do espaço público que é umaantítese do turismo de massa no qualse vê as cidades de forma industrial”,explicou.Para além de Nuno Salgado, houve in-

tervenções da Diretora da Casa dePortugal André de Gouveia, Ana Pai-xao, da Maire de Paris 14 CarinePetit, do Conselheiro de Paris Her-mano Sanches Ruivo, da Delegadageral da Cap Magellan Luciana Gou-veia, de Thomas Sanders, analista po-lítico da Representação da ComissãoEuropeia em França, e da professoraMargarida Brito Alves, da Universi-dade Nova de Lisboa.O projeto, baseado numa parceriacom instituições de onze países euro-peus, tem como parceiros em Paris aassociação Cap Magellan e a Cité Uni-versitaire Internationale de Paris,assim como o apoio da UNESCO atra-vés do International Fund for Promo-tion of Culture, e da União Europeia,através do EACEA - Creative EuropeCooperation Projects.Já depois do fecho desta edição doLusoJornal estava prevista a visita daMaire de Paris, Anne Hidalgo, e umanota da Cap Magellan anuncia a visitada Vareadora da Câmara Municipal deLisboa, Catarina Vaz Pinto, no dia 17de maio.De acordo com Nuno Ricou Salgado,depois de Paris, o projeto vai ser apre-sentado em Lodz, na Polónia, em Du-blin, na Irlanda, em Lisboa, emCaunas, na Lituânia e em Olot, na Es-panha.

Uma iniciativa de Nuno Ricou Salgado, Diretor da “Procur.arte”

Com Carina Branco, Lusa

Lecture dramatisée d’une pièce d’OdetteBranco sur Florbela Espanca

Ce mercredi 11 mai sera présentéepour la première fois, une lecture dra-matisée de la pièce «Florbela, la sœurdu rêve», une pièce de théâtre en troistemps sur la sensibilité exacerbée dela poétesse Florbela Espanca, écritepar Odette Branco où s’intercalent desextraits de poésie de Florbela, traduitsdu portugais par Horácio ErnestoAndré.

«Cette lecture dramatisée met enscène les derniers instants de FlorbelaEspanca, surnommée Bela. Dans lesannées 20, cette poétesse portugaiseétait une rebelle en avance sur sontemps» explique Odette Branco auLusoJornal. «Ressuscitant son universoù réalité et onirisme se conjuguent,la pièce se compose de monologueset de courts dialogues avec des per-sonnages du passé ou imaginaires àla manière d’un journal intime. Ses

souffrances, dont son incurable mé-lancolie, ainsi que sa révolte contre lemonde entier y cohabitent».Odette Branco explique que FlorbelaEspanca «est dans une quête d’ab-solu, accompagnée de son idéal mas-culin onirique et du souvenir de sonfrère défunt. L’écrivain revit pas-à-passes espoirs perdus, se confrontant ausouvenir de la jeune fille pleine de viequ’elle fut».La pièce «Florbela, la sœur du rêve»

va être éditée par les éditions Orfeu, àBruxelles, mais le spectacle est jouépar Ségolène Point, Corinne Menant,Laura St James, François Le Roux etThomas Baignères, avec une musiquecomposée par le pianiste Bruno Bel-thoise.Elle sera jouée le mercredi 11, à21h00, le vendredi 13, à 19h00 et lesamedi 14 mai, à 19h00, au ThéoThéâtre, 20 rue Théodore Deck, àParis 15. Infos: 01.45.54.00.16.

Par Carlos Pereira

le 11 mai 2016

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Cap Magellan

10 Cultura

lusojornal.com

Rencontre avec Bernardo KucinskiReconstruire la mémoire d’une pé-riode tragique que l’on a vécue dure-ment dans sa chair et dans saconscience, comme celle de la dicta-ture militaire au Brésil, de 1964 à1985, n’est pas chose aisée et néces-site un long cheminement à l’inté-rieur de soi-même. Surtout lorsqueles acteurs et les sbires de cette dic-tature ont tout fait pour manipuler,falsifier et effacer cette mémoire.Ainsi, le 2 mai dernier, le journalisteet universitaire brésilien BernardoKucinski, qui vient de publier enfrançais son roman intitulé «K.» (éd.Vents d’Ailleurs, traduction d’AntoineChareyre), était présent à la Sor-bonne, à l’invitation du professeurLeonardoTonus.Avant d’entamer un dialogue avec soninvité et de donner la parole à l’assis-tance, Leonardo Tonus présente briè-vement Bernardo Kucinski et sonroman. Né à São Paulo en 1937, filsd’immigrants juifs polonais, BernardoKucinski se consacre à la physiqueavant d’étudier et d’enseigner plus tardle journalisme. Militant sous la dicta-ture militaire brésilienne, il est pousséà l’exil en Grande-Bretagne. De retourau Brésil, il devient un des journa-listes les plus reconnus et primés. Du-rant le premier mandat du PrésidentLula il a été son Conseiller de presse.Auteur de nombreuses études histo-riques et politiques, il publie en 2011«K.», roman qui connaît un succèsconsidérable au Brésil.«K.» est un roman en partie autobio-graphique, dans lequel Bernardo Ku-cinski, en vingt-huit chapitres courts,aux voix multiples, qui se lisentcomme des nouvelles, raconte la quêtede son père pour retrouver sa fille qui«a été disparue» pendant la dictature,comme des milliers d’autres jeunesmilitants enlevés et assassinés sansque jamais leur famille n’obtienne uneseule information. Se rendant compte,

un matin, que sa fille unique ne lui aplus donné de nouvelles depuis long-temps, le vieil homme part à sa re-cherche mais ne rencontre quel’absence, le vide. K. prête alorsl’oreille aux rumeurs selon lesquellesbeaucoup de jeunes gens semblentavoir disparu de la même façon. Desrévolutionnaires, chuchotent certains.K., qui fut lui-même un militant anti-nazi dans sa Pologne natale, ignoraitque sa fille avait des opinions poli-tiques. Il ignorait aussi qu’elle étaitmariée. Dans sa quête de plus en plusdouloureuse de son enfant disparue,K. va se heurter aux mensonges d’état,aux manipulations, aux escrocs, à lalâcheté des élites universitaires etaussi à sa propre culpabilité.«Je n’ai jamais pensé écrire une fictionà 74 ans. Mais subitement, à la re-traite, je me suis retrouvé dans un videqui m’a poussé à la réflexion» - répondBernardo Kucinski à une premièrequestion de Leonardo Tonus, avant depoursuivre: «K.» est né tout d’abordcomme un conte, auquel j’ai ajoutéplusieurs autres contes, et le tout a finipar donner un livre. Beaucoup de lec-teurs me disent que ce livre fonctionnecomme une catharsis. Pourquoi 40ans après? Parce que ce sont des épi-sodes qui évoluent par étapes, comme

dans une tragédie».Quant à savoir si le Brésil d’aujourd’huiest apte à entendre parler de ces an-nées sombres, Bernardo Kucinski estcatégorique: «Non, seule une minoritéde gens accorde une importance àcette période. Même en littérature, trèspeu d’auteurs abordent ce sujet. Lecoup d’État de 1964 avait fait naîtrequelques textes intéressants, mais de-puis cette date, cette histoire n’inté-resse presque plus personne. Les élitesbrésiliennes ont tout fait pour que cetépisode soit oublié».Lui demandant si la raison de cette si-tuation ne vient pas du fait que la so-ciété brésilienne, et sa littératurenotamment, ne cherchent pas avanttout le consensus, Bernardo Kucinskirejette ce point de vue et affirme qued’autres questions captent l’attentiondes Brésiliens. Par exemple, dit-il, «ontue tous les jours plus de jeunes auBrésil qu’en Syrie; la société brési-lienne a encore des vestiges esclava-gistes, avec des inégalités immenses.À São Paulo il y a 5 à 6 millions de «fa-velados»; le Brésil est encore un paysdu tiers monde». À propos des voixmultiples qui apparaissent dans leschapitres de «K.», Bernardo Kucinskicite celle du tortionnaire et expliquequ’il a essayé de se mettre à la place

de chaque personnage, tout en préci-sant: «Je ne suis pas d’accord avec labanalité du mal. Ce tortionnaire, parexemple, avant de torturer ses vic-times, avait été un tueur à gages. Du-rant la dictature militaire de 64, c’étaitla loi de la terreur. Par ailleurs, laguerre froide entre les blocs donnaitaux acteurs de ce système des argu-ments pour admettre que tous lesmoyens étaient bons pour abattre lecommunisme».Bernardo Kucinski rappelle aussiqu’au Brésil il n’y a pas de mémorialdes victimes de la dictature. «La dic-tature, dit-il, a supprimé des gens etaussi la mémoire». Pour BernardoKucinski, d’autres circonstances, po-litiques et sociales, peuvent égale-ment expliquer cet effacement de lamémoire: «La nouvelle politique so-ciale inaugurée par Lula a été vuecomme une question plus importanteque l’histoire de la dictature, plus im-portante que la mémoire de la répres-sion et de la terreur. Le seul drapeauqui comptait alors était celui de l’am-nistie, qui permettait, entre autres, leretour au pays…y compris des tor-tionnaires!».Répondant à une question de l’assis-tance sur le choix du titre du livre,«K.», Bernardo Kucinski explique:«L’idée de concentrer l’histoire surmonsieur K. a surgi quand j’avais déjàécrit 4 ou 5 chapitres. La voix de monpère était la voix de la mémoire, il estmort 2 ans après la disparition de safille. Il a beaucoup souffert, même s’ilne nous parlait presque pas de l’holo-causte. J’avais 2 ans quand les nazisont envahi la Pologne et ont liquidé lafamille de ma mère. Et puis, surtout,j’ai voulu aussi évoquer dans mon livrece sentiment de culpabilité - le fils quise sent coupable - que toute dispari-tion d’un être cher provoque».La rencontre avec Bernardo Kucinskis’est achevée par des lectures, en por-tugais et en français, de larges extraitsde son livre.

«K.» ou comment raconter une mémoire tragique

Par Dominique Stoenesco

«Quand vous lirez ces mots…» au Théo Théâtre

Une lecture théâtrale et musicale del’œuvre de Cristina Branco, «Quandvous lirez ces mots…» aura lieu auThéo Théâtre, le jeudi 12 mai.«Une femme écrit à un homme. Dansun Paris moderne, ce couple, hors deson temps, se rencontre et se sépareau fil des mots et des étreintes decette passion, perçue à travers les let-tres de la femme».«Quand vous lirez ces mots…» est mis

en scène en mode de lecture poétique,le jeudi 12 mai par Corinne Menant,guidée par un jeune talent accompa-gné de sa guitare, Thomas Baignères.Le dimanche 15 mai, à 19h00, Ségo-lène Point prend le relais, toujours ac-compagnée de Thomas Baignères.Sur scène, la femme qui lit devientelle-même la femme qui écrit à cethomme absent sur scène, mais pré-sent à chaque lecture.Un texte supplémentaire a été écritpour cette occasion et fermera cette

lecture en guise d’épilogue.Cette lecture poétique est sponsoriséepar João Vilar Conduto, Consultant fi-nancier, très sensible à l’art et à la di-vulgation des artistes d’origineportugaise au-delà des frontières. Tra-vaillant dans le domaine de la finance,entre le Portugal et France, João Vilarn’a pas hésité à parrainer cet événe-ment culturel.Pendant une heure vous voyagerez àtravers les paroles de cette femme, endécouvrant un univers poétique à la

fois désespéré et passionné. Des motsimprégnés de nostalgie, tristesse oudouceur, que les lecteurs de «Quandvous lirez ces mots…» paru aux édi-tions Lanore le 11 décembre 2015,connaissent déjà.Ici les mots prennent vie à travers lalectrice.

Theo Théâtre20 rue Théodore Deck75015, Pariswww.theotheatre.com

Par Odette Branco

le 11 mai 2016

“Respiração do mundo”, de Fernando IlharcoMorgado

Os poe-mas de“Respira-ção domundo”(Ed. Magi-n a r ,2004), deFernandoMorgado,c o r r e s -

pondem a um itinerário bem determi-nado, impregnados de um lirismopróprio, que define o seu percurso eos seus horizontes, como se vê nopoema “Natureza morta” (“Pelo com-boio cheguei / à terra desconhecida /numa tarde nevoenta [...] Meu destinoera enigma / que tropeçava na vida”)ou no poema intitulado, muito a pro-pósito, “Terra” (“E pelos caminhos /caminho, caminho / abraçado àterra”).Com efeito, em “Respiração domundo”, o poeta estabelece uma re-lação íntima e rigorosa entre ele e aterra, a natureza e as estações do ano,como se o homem só pudesse ver-sea si próprio na paisagem que o en-volve. “Respiração do mundo” é aomesmo tempo um livro de nostalgia ede estímulo, em que por vezes otempo que corre se torna uma obses-são, uma preocupação bem em ade-quação com o nosso tempo, como nopoema “Enquanto as rosas” (“Porvezes vou confiante, / contudo quan-tas vezes / o desconcerto das coisas /me vem trazer a tristeza”). É um livroque propõe um diálogo permanenteentre o que vemos e o que sentimos eque funciona como uma harmoniosarapsódia à vida.Fernando Morgado (1929-2014), efe-tuou estudos secundários em Angola,formou-se em Engenharia Civil noPorto e colaborou em revistas culturaiscomo “Vértice” ou “Seara Nova”. Em1964, perseguido pela PIDE, optoupelo salto. Em Paris dirigiu a Liga parao Ensino, que teve um papel impor-tante de apoio aos trabalhadores emi-grados. Num artigo da revista“Latitudes” (maio 2001), o poetaafirma: “A influência da cultura fran-cesa foi dominante para as geraçõesportuguesas do meu tempo, tendoainda ganho importância acentuadano perído do após-guerra, pelo valor equalidade atrativa da sua literatura e fi-losofia, das artes plásticas, do cinemae da canção musical”. Fernando Mor-gado é autor de uma quinzena de li-vros de poesia, alguns dos seuspoemas fazem parte do disco do can-tor Luís Cília, “La poésie portugaise denos jours et de toujours”, editado emParis, en 1971, num contexto pré-re-volucionário.

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Bernardo Kucinski à la SorbonneLusoJornal / Dominique Stoenesco

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12 Cultura

emsíntese

Território de Artistas: Um encontro entreBragança e Belleville

Artistas de Bragança vêm a Parisexpor as suas obras na galeria AABde 19 ao 22 de maio.A galeria portuguesa ‘História e Arte’,associa-se aos Ateliers d'Artistes deBelleville (AAB) através do projetochamado ‘Território de Artistas’, des-tinado a criar um laço entre duas ga-lerias de arte. “Descobrir, passartempo nos respetivos territórios, Bra-gança e Belleville, para deixar queos pensamentos, os impulsos artís-ticos se desencadeiem e que olugar encontre o modo de expres-sar-se natural e espontaneamente.São caminhos que por se cruzaremdefinem o território de encontro”,pode-se ler no comunicado doAAB.Uma das artistas lusodescendentesque pertence ao AAB, Paola AfonsoPereira, explicou ao LusoJornal queo projeto “propõe um encontro entredois territórios diferentes mas com-plementares e duas galerias de arte”.Oriunda de Bragança, Paola AfonsoPereira apontou para a desertificaçãode Trás-os Montes e por conseguinteda falta de público e visibilidade dagaleria portuguesa. “São duas cida-des diferentes quase opostas, Bra-gança é uma cidade no norte do paísque beneficia dum urbanismo empleno desenvolvimento e ao mesmotempo da beleza da natureza, en-quanto Belleville carece de espaço ede tranquilidade”. A artista pensou napossibilidade de troca entre o Atelierd’Artistes de Belleville e a galeria bra-carense “e todos aderiram de ime-diato”. Atualmente numa na fase deencontro, este evento vai permitir co-nhecerem-se uns aos outros, trocarimpressões e dar a conhecer as suasobras.No mês de outubro será a vez dos ar-tistas de Belleville irem a Bragançapara expor na galeria e conhecerema região. “Exposições simultâneasterão lugar em ambas galerias comobras novas dos artistas envolvidos.Aliás estamos a pensar na publicaçãodum livro que reúna todas as obrasinspiradas destes encontros”, con-cluiu.

www.ateliers-artistes-belleville.fr

Por Clara Teixeira

Associação de Portugueses em Parisvai apoiar restauro de património português

A associação Luso Património, criadapor Portugueses em Paris, está empe-nhada em restaurar obras do patrimó-nio português, tendo angariadofundos para restaurar dez esculturasdo Museu Nacional de Arte Antiga(MNAA), disse à Lusa o galerista Phi-lippe Mendes.O financiamento do restauro dessasesculturas do MNAA, em Lisboa, se-gundo o Presidente da associação,fundada em março, será feito atravésda adoção dessas obras de arte, pordiferentes antiquários da capital fran-cesa. “Conseguimos encontrar dezantiquários em Paris - com ligações aPortugal -, que vão adotar as escultu-ras do MNAA, para que elas saiamdas reservas onde dormiam há tantotempo”, avançou Philippe Mendes àLusa, sublinhando que, “ao financiaro restauro, cada mecenas vai contri-buir para a valorização do patrimónionacional”.A associação está também na origemda oferta ao MNAA de uma esculturado século XVIII, “Coroação da Vir-gem”, de Joaquim José de Barros La-borão (1762-1820), adquirida porPhilippe Mendes, em leilão, em Lis-boa, “para não a deixar sair de Portu-gal”, tendo ainda contribuído “paraconvencer a Fundação Aga Khan aajudar à compra da ‘Adoração dosMagos’ de Domingos Sequeira”, ex-plicou o galerista à Lusa, em Paris.

A Luso Património é composta, atéagora, por oito pessoas, mas tem porobjetivo “juntar Portugueses quevivem em França”, para “valorizar,proteger e expor a arte portuguesa emFrança e na Europa”, explicou o ga-lerista, sublinhando que o objetivofinal é “abrir uma sala de Portugal noMuseu do Louvre”.“Para já, a associação só agiu em Por-tugal, porque há urgência e muitas di-ficuldades económicas. Depois,queremos concentrar-nos em Françae restaurar obras portuguesas queestão em museus franceses”, expli-cou, exemplificando com “O milagrede Ourique” (1793), de DomingosSequeira (1768-1837), que está noMusée Louis-Philippe, no Château

d’Eu.Filipe Mendes disse ainda à Lusa queo quadro que ele ofereceu ao Louvre,“Maria Madalena confortada pelosAnjos”, de Josefa de Óbidos (1630-1684), já entrou nas coleções domuseu e deverá ser exposto emjunho.Emigrado em França desde os 14anos, onde estudou História da Artee Direito, Philippe Mendes (ou FilipeMendes, de acordo com a grafia ori-ginal portuguesa) decidiu criar a as-sociação devido “ao desconhe-cimento total da arte portuguesa emFrança e no resto do mundo”, e “porser português, com vontade de mos-trar que a arte portuguesa é impor-tante e que há coisas lindíssimas que

são desconhecidas”.“Ninguém conhece. Apercebi-me,junto de críticos e historiadores dearte em França, que ninguém tinha anoção do que é a arte portuguesa. Sópensam nos Jerónimos e no estilo Ma-nuelino, mas ninguém conhece onome de um pintor ou escultor portu-guês. A ideia é que a arte portuguesasaia de Portugal e que seja conhecidafora do país”, continuou.O galerista arrematou, no ano pas-sado, a pintura “Maria Madalena con-fortada pelos Anjos”, por 269 mildólares (238.615 euros), num leilãoda Sotheby’s, em Nova Iorque, tendoeste ano representado o Museu da Mi-sericórdia do Porto em outro leilão, nomesmo local, para adquirir “A Sa-grada Família com São João Batista,Santa Isabel e Anjos”, também de Jo-sefa de Óbidos, por 250 mil dólares(228 mil euros).“Maria Madalena confortada pelosAnjos” esteve em exposição noMuseu da Misericórdia do Porto, até20 de janeiro, depois de ter estadoem destaque, na exposição “Josefa deÓbidos e a Invenção do Barroco Por-tuguês”, no MNAA, em Lisboa, de 16de maio a 20 de setembro de 2015.A escultura “Coroação da Virgem”,“do maior escultor do seu tempo euma das obras-primas do barroco por-tuguês”, vai estar em exposição no‘stand’ da Galeria Mendes, na Feirade Arte e Antiguidades, na CordoariaNacional, em Lisboa, até 15 de maio.

Philippe Mendes tem uma Galeria de arte em Paris

Por Carina Branco, Lusa

“Chantiers d’Europe” é contributo para discussão sobre a EuropaO Diretor do Théâtre de la Ville, Em-manuel Demarcy-Mota, afirmou na se-mana passada que o programa“Chantiers d’Europe”, com Portugalentre os países convidados, é um con-tributo cultural para o debate sobre ex-tremismo e humanismo na Europa.O sétimo programa “Chantiers d’Eu-rope”, organizado pelo Théâtre de laVille, em Paris, começa hoje, dia 11,com uma programação que - peloquarto ano consecutivo - conta com amais recente produção artística portu-guesa, mas também da Suécia, Poló-nia, Grécia e Itália.Na apresentação do programa, em Lis-boa, com a presença de estruturas cul-turais e políticas parceiras, EmmanuelDemarcy-Mota afirmou que o “Chan-tiers d’Europe” não é mais um cardá-pio cultural em Paris, com teatro,dança, música, artes plásticas. “Aideia da Europa que defendo é aberta,acolhedora, com valores comuns. EmFrança há o lema ‘liberdade, igualdadee fraternidade’, mas a fraternidadeestá muitas vezes esquecida, nestemomento é uma questão muito im-portante”, disse, a propósito de extre-mismos, de fronteiras e circulação depessoas.O “Chantiers d’Europe” quer assim darum contributo, pelas artes, para essadiscussão sobre o que se passa na Eu-ropa. E Emmanuel Demarcy-Mota deuum exemplo de como culturalmente

não pode descartar relações de proxi-midade com outros países.Embora o programa decorra sobretudono Théâtre de La Ville, uma das es-treias mundiais acontecerá em Istam-bul, na Turquia, a 19 de maio, com aapresentação de “Zululuzu”, do TeatroPraga, de Lisboa. Só depois se estreiaem Paris e, em setembro, em Lisboa.Até 4 de junho, o “Chantiers d’Europe”conta com espectáculos de teatro deMiguel Loureiro, de Miguel Fragata eInês Barahona, do Teatro do Vestido e

do Teatro Praga, mas também comdança de Clara Andermatt, música deJosé Manuel Neto, Camané e CristinaBranco, e com uma residência literáriana qual estará presente Ricardo Ca-baça. A abertura oficial acontecerácom a estreia do espectáculo de teatro“Paris > Sarah > Lisboa”, de MiguelLoureiro.Para Portugal, estar presente há quatroanos neste programa, em Paris, signi-fica colmatar “uma lacuna na interna-cionalização dos artistas portugueses”,

como afirmou a Vereadora municipalda Cultura de Lisboa, Catarina VazPinto. O Secretário de Estado da Cul-tura, Miguel Honrado, admitiu que aintenção de internacionalizar a culturaportuguesa já teve “dias muito difíceis,períodos complicados” e que “hámuito caminho ainda a fazer”.A propósito destes quatro anos de pro-grama, com produção artística portu-guesa contemporânea em Paris,Emmanuel Demarcy-Mota afirmou àLusa que a atitude do público francêstem sido de curiosidade e descoberta.“Mostra uma atitude e uma imagemdiferente aos Franceses, sobre a cria-ção e a arte de novas gerações, e quenão é só de consagrados. São novoscriadores com projetos de grande qua-lidade e que questionam, não só doponto de vista artístico, sobre noção depersonagem, por exemplo, mas tam-bém têm uma ligação muito forte àrealidade”, disse.Nascido em França, em 1970, filho daatriz, encenadora e professora univer-sitária Teresa Mota, Emmanuel De-marcy-Mota trabalha como encenadordesde os 22 anos e é Diretor artísticodo Théâtre de la Ville, desde 2008.A Fundação Calouste Gulbenkian, osteatros municipais Maria Matos e SãoLuiz, o Museu do Fado e a Direção-Geral das Artes são alguns dos parcei-ros do programa “Chantiers d’Europe”deste ano.

le 11 mai 2016

Philippe MendesDR

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13Cultura

Os Némanus no Olympia de Paris

Foi numa sala cheia do Olympia deParis que os Némanus deram o seuespetáculo no passado 8 de maio. Ogrupo português subiu pela primeiravez ao palco mítico parisiense e con-venceu uma vez mais o público alipresente.“Tentámos trazer a Paris o que é anova música portuguesa. Penso queainda existe uma ideia errada do quese faz em Portugal e aqui, o acesso àmúsica ainda é mais difícil porqueestamos mais longe e a mudança jácomeçou. Está na altura de trazermais coisas novas”, dizem ao Luso-Jornal.Foi com muito orgulho que os Néma-nus trouxeram “tudo da nossa terra,os nossos técnicos, a nossa equipa eestamos ao mais alto nível dos artis-tas mundiais. E temos muito orgulhoem sermos Portugueses e continua-remos a cantar em português”, afir-maram.Para os Némanus este espetáculo emParis trouxe mais um filho. “Estamosa criar os nossos filhos nas salas. OColiseu de Lisboa foi o 1° filho, o Co-liseu do Porto foi o 2° filho, voltámosao Coliseu de lisboa e achávamos quenão ia ser tão forte, mas foi igual, eagora estamos no Olympia. É umsonho das grandes salas internacio-nais, a próxima será New York para o10 de junho, Dia de Portugal, com 3dias seguidos”, confiaram ao Luso-

Jornal, sob o olhar do produtor do es-petáculo, Alexandre Barreira.Segundo os dois irmãos, o públicoaqui em França é igual ao de Portu-gal, embora se sinta a saudade, afalta do país, “e sentimos que apesarde serem felizes pensam muito emPortugal, é como nós quando esta-mos fora um mês e queremos logo re-gressar. Sentimos em cima do palco

que somos os amigos de lá que vosvêm visitar cá”, disseram com umsorriso contagiante.Também a cantora portuguesa, Sa-fira, animou a primeira parte dos Né-manus. Safira começou por confiar asua emoção por ter subido ao palcoparisense. “Não estava a contar quehouvesse tanta gente. Esta é de factouma sala mítica e realizar o meu

sonho aqui neste palco é sem dúvidasalgo muito importante e orgulha-mebastante. Encarar com um públicoque aderiu ao meu espetáculo que in-teragiu e cantou comigo, só me possosentir realizada. Ver tanta gente acantar e a dançar, foi muito bonito,houve uma animação contagiante portoda a sala transmitiu-me muito maisconforto e alegria”.

Foi no seguimento do seu trabalho“Quando danço contigo”, produzidopelos Némanus que surgiu a oportu-nidade de eles trazerem um produtoque criaram, “e fizeram-me a pro-posta que aceitei logo imediata-mente. O dia chegou, sinto-me muitoorgulhosa e espero que eles estejamcontentes com a minha prestação”,conclui feliz.

Sala mítica encheu

Por Mário Cantarinha

le 11 mai 2016

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LusoJornal / Mário Cantarinha LusoJornal / Mário Cantarinha

14 Cultura

emsíntese

Álbum de José Alberto Reis emfrancês

José Alberto Reis falou ao LusoJornaldo seu futuro projeto no qual cantaráem francês. “É um projeto que játenho há muito tempo em cantar emfrancês, uma das canções que estoua tentar incluir no álbum é ‘Mon amiqui m’a trahi’, que é uma canção queescrevi em 2001. Ultimamente fiz umálbum baseado no destino e o próximoterá por título ‘La même passion’, queé a paixão de cantar, é um disco de ori-ginais meus, que estou a fazer commuito carinho” disse.Um dos sonhos da sua carreira eragravar em francês. “Desde a minha in-fância sempre gostei da língua fran-cesa, apesar de não saber bem falarfrancês e foi com muito trabalho queconsegui trabalhar os sons em estú-dio”.Em 2017, José Alberto Reis faz 30anos de carreira e tenciona dar um es-petáculo em Paris, “numa sala bonita,para comemorar este aniversário”,concluiu ao LusoJornal.

Francisco Peças:un «rocker portugais» à Brunoy

Invité par l’association Amitié Franco-Portugaise du Val d’Yerres, FranciscoPeças est venu spécialement d’Alco-baça pour le Festival vintage, à Brunoyet ce fut un immense succès car desmilliers de personnes ont applaudi cetimitateur d’Elvis Presley à la voix ex-traordinaire qui a séduit tout le public.Marie Hélène Euvrard, Adjointe auMaire en charge de la vie associativede Brunoy, coorganisatrice de cettemanifestation, avoue sa «grandefierté» d’accueillir ce «rocker portu-gais».Francisco Peças a été le point d’orguede cette merveilleuse journée, le publicattend son retour avec impatience sé-duit par son immense talent.

Virgínia Rodriguesno New Morning

No próximo dia 30 de maio duas gran-des vozes da «Música do Mundo» vãojuntar-se novamente no New Morning,em Paris: Mor Karbasi e Virgínia Ro-drigues. Na segunda-feira desta se-mana, dia 9 de maio, teve lugar umprimeiro concerto neste mesmo es-paço.Virgínia Rodrigues é brasileira. Foi des-coberta nos meados dos anos 90 porCaetano Veloso, é originária da Baía echega a Paris para conquistar o pú-blico com uma voz inconfundível, epara nos dar a conhecer alguns dosmelhores autores afro-brasileiros.Mor Karbasi é Israelita.

lusojornal.com

Johnny tem muitos fãs em Portugal

A rádio portuguesa JM convidou váriosartistas para festejar o seu 2° aniver-sário no Fórum da Maia, em Portugal.Um dos artistas convidados foi JoséAlberto Reis bem conhecido emFrança assim como o jovem lusodes-cendente Johnny que atraiu centenasde fãs. O Diretor da Rádio JM, Jorgi-nho Moreira, começou por explicarque já conhecia Johnny há uns 5 anos“e fomos mantendo o contacto, fuiapreciando o seu trabalho musical, asua personalidade e posso confirmarque é um jovem com talento e a provativemos aqui hoje”.A sala esteva cheia, os presentes co-nheciam bem Johnny, “ele tem muitasfãs”. A rádio JM tem passado muitosdos temas dele. “E ele sabe bem quesem o público, o artista não é nada”.A rádio programou também uns diasdepois um programa especial sobre

Johnny com os fãs em geral. “É im-portante para nós que trabalhamos narádio conhecer bem o cantor e as suas

músicas pois os fãs consideram o seuídolo como alguém que faz parte davida deles. Geralmente os cantores

têm muitas mulheres fãs e elas são ca-pazes de tudo pelo artista que idola-tram. Passamos todos os dias temasdo Johnny e sabemos que ele temmuito sucesso junto do público” disseao LusoJornal.Após dois concertos na Guarda e emBraga, Johnny esteve na Maia e o can-tor regozijou-se com os 3 espetáculos.“Foi um evento internacional, poisatraiu muita gente de vários países efico muito contente por ver que osmeus fãs me seguiram e continuam aser fiéis ao meu trabalho. É verdadeque na Guarda foi especial porque soude lá, e as pessoas já me conhecembem”, começou por apontar Johnny.Aqui na Maia foi muito simpático, gra-ças em parte à Rádio JM que têm-meapoiado bastante estes últimos anos.Em breve estarei novamente emFrança e uma data a não esquecerserá na Festa da Rádio Alfa, emjunho”.

Espetáculo organizado pela rádio JM da Maia

Por Mário Cantarinha

Fado: Luísa Rocha en concert à VincennesL’Académie de fado, première écolede musique dédiée à l’apprentissagedu fado en Île-de-France, poursuit sesprojets en 2016 avec des élèves tou-jours motivés et des idées pour conti-nuer à faire vivre le fado en régionparisienne.En février 2016, l’Académie a invitéLuísa Rocha, fadista lisboète déjà re-connue, à devenir sa marraine. LuísaRocha compte déjà deux albums àson actif dont le dernier «Fado ve-neno», édité récemment. Cet album aété produit par Carlos Manuel Proençaet allie des fados traditionnels avecdes thèmes écrits et composés pourl’album, tels que «Fado Veneno» écritpar José Carlos Malato qui donne letitre à l’album ou «Não fales por falar»composé par Guilherme Banza et écritpar Jorge Fernando.La voix de la «fadista» avait transpor-tée Valérie do Carmo, fondatrice etPrésidente de l’Académie, qui l’avaitécouté quelques mois auparavant àLisboa et celle-ci avait déjà dans l’idée

de lui faire cette invitation: «Sa voixpuissante et nuancée, associée à sonhumilité, son expérience du fado et sagénérosité m’ont convaincu qu’il nepouvait y avoir meilleure marraine» dit

Valérie do Carmo. En tant que mar-raine, Luísa Rocha s’est ainsi engagéà venir régulièrement à Paris pour tra-vailler avec les élèves de l’Académie.La ville de Vincennes, dans laquelle

se situe l’Académie de fado, fête lajournée de l’Europe le samedi 14 mai2016 et a convié le Portugal en tantqu’invité d’honneur. C’est tout naturel-lement que les élèves de l’Académie(chanteurs et musiciens) monteront surla scène en plein air, place de l’Eglise,pour une représentation le samedi 14mai, à 15h00.L’Académie est également chargéed’organiser la soirée de clôture decette Journée et a ainsi invité sa mar-raine Luísa Rocha pour un concert-évènement à l’auditorium Jean-PierreMiquel de Vincennes (98 rue de Fon-tenay), à 20h00. Elle sera accompa-gnée par Guilherme Banza à la guitareportugaise et Rogério Ferreira à la gui-tare classique (viola), tous deux ac-compagnateurs de grands talents dufado tels qu’Ana Moura, Camané ouKátia Guerreiro... S’y ajoutera la gui-tare basse de Gustavo Roriz, multi-instrumentiste d’origine brésilienneque l’on a pu entrendre notammentdans le groupe Madredeus.

Uma Missa no Festival de Cannes para celebrar “Fátima”A 13 de maio, durante o Festival In-ternacional do Filme, em Cannes, serácelebrada uma missa na igreja deNotre Dame de Bon Voyage. A cele-bração, no aniversário das Apariçõesde Fátima, anunciará o começo daprodução do novo filme “Fátima”,para este ano, em Roma, na CinecittàStudios. Depois da missa, a CinecittàLuce e o Pavilhão Italiano oferecemuma receção e promovem uma confe-rência de imprensa sobre Fátima, ofilme.Uma co-produção de âmbito interna-cional, que junta as produtoras norte-americanas Origin Entertainment,Rose Pictures e Braven Films e a pro-dutora italiana Cinecittà Studios, pre-para o remake do filme da WarnerClassic “The Miracle of Our Lady ofFatima”, datado de 1952, sobre as

Aparições de Fátima. O filme é apre-sentado em Cannes a 13 de maio.A iniciativa é privada, terá como título“Fátima”, conta com investidores devários países e as filmagens decorre-rão maioritariamente em Roma, Itália,nos estúdios da Cinecittà, a partir domês de agosto. Os trabalhos de reali-zação do filme, cujo guião se centrasobretudo nos acontecimentos ocorri-dos na Cova da Iria, a 13 de outubrode 1917, que viriam a ser conhecidoscomo “O Milagre do Sol”, estão acargo de uma vasta equipa de profis-sionais, dirigida pelo realizador ita-liano Marco Pontecorvo.O papel de Lúcia caberá a AllegraAllen, uma actriz inglesa de 10 anosde idade que recentemente contrace-nou com Antonio Banderas no filme“Altamira”.

le 11 mai 2016

LusoJornal / Mário Cantarinha

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16 Associações

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emsíntese

Festa em SaintMaurice L’Exil

A Associação Portuguesa de St. Mau-rice L’Exil organizou no passado sá-bado, dia 30 de abril um jantartipicamente português. O jantar con-tou com cerca de 130 participantesque num ambiente de festa degusta-ram um Bacalhau à moda do Minho.A festa prolongou-se pela noite fora,animada por um grupo de musical deMâcon.A associação presidida por AlbertinoCosta Gonçalves, com existência há7 anos, inaugurou recentemente asua sede, onde a Comunidade portu-guesa se reúne para confraternizar.A agenda de eventos está preen-chida: já no próximo dia 21 de maio,a Associação realiza o seu Festival defolclore com a presença de váriosRanchos folclóricos da região.

Forum des Associations Portugaises deFrance organisépar la CCPF

La Coordination des Collectivités Por-tugaises de France (CCPF) organisele 1er Forum des Associations Portu-gaises de France, le samedi 21 mai,entre 10h00 et 18h00, au Consulatdu Portugal à Paris.Cette journée, ouverte aux associa-tions ainsi qu’au public, vise à dy-namiser le réseau associatif fran-co-portugais en permettant à cha-que association présente de pro-mouvoir ses activités, d’encou-rager l’adhésion des bénévoles, etégalement de prendre contact avecd’autres associations pour partagerson savoir-faire et/ou envisager desprojets communs.Pour ce faire, les associations dispo-seront d’un espace leur permettant deprésenter leurs structures ainsi queleurs activités. Un village d’animationssera également au cœur du Forum oùdes activités musicales (karaoké, flas-hmob), coordonnées par Cap Magel-lan et l’association Cantares deNoisy-le-Grand, seront mises enplace, de même qu’un débat sur «Étatdes lieux du mouvement associatif».La radio portugaise, Voz de Portugal,sera également de la partie, et diffu-sera en direct des interviews inédites.

Por Lucinda Correia

Festival internacional de folclore invadeestádio de Beausoleil

Com o objetivo de divulgar o fol-clore, contribuir para a permuta detradições com diferentes formas detrajar, cantar, dançar, e cimentar oespírito de convívio entre vários ran-chos folclóricos, o Grupo Folclóricodos Portugueses de Beausoleil orga-niza no próximo fim de semana, sá-bado e domingo, dias 14 e 15, o játradicional Festival internacional defolclore.O evento, que já vai na décima sé-tima edição, terá lugar no estádio defutebol André Vanco, em Beausoleil,e conta com a participação do Grupoetnográfico da Rusga de Joane, pro-veniente de Portugal, do Rancho fol-clórico danças e cantares do Minhode Genève e do Rancho folclórico

ACROP de Sierre, ambos de Suíça,o Rancho folclórico tradições do AltoMinho, de Nice, e claro, o Grupo fol-

clórico dos Portugueses de Beauso-leil, promotor do Festival.Tal como em edições anteriores, esta

forma de intercâmbio é um mo-mento alto que irá certamente ale-grar e colorir o fim de semana dopúblico e de todos os amantes dofolclore, uma oportunidade únicapara todos se enriquecerem umpouco mais culturalmente.A abertura do Festival tem início nosábado, pelas 14h00, com um Tor-neio de sueca, e, pelas 21h00, oprograma prossegue com animaçãomusical a cargo do artista Carlos Ri-beiro e sua banda.No domingo, pelas 10h00 será ce-lebrada uma Missa em honra deNossa Senhora de Fátima, seguindo-se um almoço com vários pratos tí-picos da gastronomia portuguesa,confecionados no local e ao vivo, se-guindo-se a concentração dos gru-pos convidados, desfile e atuação.

Na fronteira com o Monaco

Por José Manuel Santos

Festa do Rancho Estrelas de Portugal de Billere

No sábado, dia 30 de abril, decorreuna Feira de Exposições em Pau (64),uma Festa portuguesa organizadapelo Rancho Estrelas de Portugal deBillère. Esta associação, com largosanos de existência e que tem umaforte componente cultural, muito seorgulha de levar as tradições e o fol-

clore português onde quer que se des-loque.Desde miúdos a graúdos, muitos sãoaqueles que constituem esta associa-ção e que com muita entrega, talcomo no passado sábado, organizameventos para promover a cultura po-pular portuguesa. A par da refeição

servida a todos os que se deslocaramao recinto, a noite foi animada pelaBanda Fréquence, grupo musicalmuito conhecido na região pela suaqualidade e que abrilhantou o serãocom música portuguesa.A noite contou também com a atua-ção dos elementos mais novos que

fazem parte do Rancho. Crianças e jo-vens que orgulhosamente mostram ospassos de dança tão próprios do “Sen-tir Português”.Foi uma excelente festa, com umaequipa brilhante e todos ficam à es-pera do próximo evento.

Noite de Fado na Academia do Bacalhau de RouenNo passado dia 29 de abril, a Acade-mia do Bacalhau de Rouen realizou asua Noite de fado. Foi uma noite deemoções e saudade para os Portugue-ses e também para os Franceses pre-sentes, relembrando um pouquinhode Portugal, mas também a sua cul-tura musical, neste caso o Fado, pa-trimónio imaterial da Unesco.O evento, como sempre, teve por basea amizade e a portugalidade, masneste caso essencialmente a solida-driedade, pois os valores angariadosserviram para pagar duas prótesesoculares a duas crianças do norte dePortugal, de 7 e 10 anos de idade.

“Obrigado aos Compadres que parti-ciparam neste jantar, às empresasfrancesas presentes para apoiar estacausa. Obrigado à Fadista CláudiaMadeira, vinda de Portugal, que ofe-receu a sua voz a esta causa, e aosdois músicos que a acompanharam,Carlos Rafael Marecos na viola e naguitarra portuguesa José Rodrigues.Obrigada mais uma vez ao restaurantea Bertelière, em Rouen, que nos aco-lheu e nos deliciou com a suaementa” diz uma nota da Direçãodesta Academia de Bacalhau. “Ficamas recordações de um bom momentonos corações e as fotografias”.

le 11 mai 2016

Cláudia Madeira com José Rodrigues

DR

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Religião

emsíntese

Mudança das portas da Igreja de Saint Jean Baptiste em Neuilly

As Mulheres da Comunidade católicaportuguesa de Neuilly-sur-Seine orga-nizaram um jantar onde estiverampresentes cerca de 160 pessoas, paraengariar fundos para contribuirem fi-nanceiramente para a mudança dasportas da Igreja de Saint Jean Bap-tiste, em Neuilly-sur-Seine, quase emfrente do busto do escritor Eça deQueirós, que morreu nesta ciddequando era Cônsul Geral de Portugalem Paris.

Cap Magellan vaifazer sensibilizaçãorodoviária em Pontault Combault

No âmbito da “Fête Franco-Portu-gaise” organizada pela AssociaçãoPortuguesa Cultural e Social de Pon-tault-Combault, a Cap Magellan estarápresente durante a noite de 14 demaio, sábado, das 18h30 às 01h00,no Parc de l’Hôtel de Ville daquela ci-dade, para dar início à promoção dacampanha de segurança rodoviária“Sécur’été 2016”.É desta forma que a associação lança,pelo 13° ano consecutivo, a campa-nha “Sécur’été” que tem por objetivoprevenir os automobilistas portugue-ses que nos meses de verão fazem aviagem de carro para Portugal sobreos risco da estrada - nomeadamentesobre os excessos e/ou descuidos as-sociados a uma viagem de longa dis-tância.

Cap Magellan assina convençãocom a AGRAFr

A Cap Magellan anuncia a assinaturade mais uma Convenção de parceria,desta vez com a Associação dos Di-plomados Portugueses em França(AGRAFr), no dia 13 de maio, às18h00, na Caravelle des Saveurs, 12rue de Faubourg Saint Martin, emParis 10. As duas associações vêemhá já algum tempo a estabelecer umarelação de colaboração em diversasáreas como por exemplo a próximaedição do Rallye Paper Fotográficoque a Cap Magellan organiza no dia 4de junho.

Cérémonies en honneur de N. D. de Fátima

Fátima au Portugal, ville où la foi ca-tholique s’exprime et cela depuis 99ans. L’Europe et le Monde traver-saient une de ses plus grandes crises,la première Guerre Mondiale. Alorsque les soldats portugais arrivent surle Front, la Vierge Marie, le 13 mai1917, apparait pour la première foisà trois jeunes enfants.Au Portugal, mais aussi là où la pré-sence d’émigrés Portugais est plus oumoins nombreuse, la Vierge Marie estcélébrée et honorée.A l’approche des cérémonies, enl’honneur de Notre Dame de Fátimaà Cova da Iría, l’Association Catho-lique des Portugais de Roubaix a in-vité le responsable liturgique duSanctuaire de Fátima, le prêtre SérgioHenriques, pour présider la cérémo-nie du samedi 7 mai, en l’Eglise SaintMartin de Roubaix. Les prêtres de laParoisse, Bruno Minet et GrégoryWattine, ainsi que la Chorale Paz noMundo ont aidé les fidèles présents àprier.Le responsable de l’Association, JoãoBarbosa, a convié d’autres associa-tions portugaises du Nord à être pré-sentes. Quatre membres del’Association des Anciens Combat-tants des Ex-Colonies en début de cé-rémonie ont transporté l’image deNotre Dame de Fátima ainsi qu’à lafin lors de l’adieu à la Vierge.João Barbosa a rappelé que l’associa-tion existe depuis 35 ans et qu’il estbon de se souvenir et prier pour ceuxqui nous ont précédés et quitté. Unepensée toute particulière a été évo-quée pour ceux qui auraient voulu

être présents mais dont la santé ne lepermet pas.Dans une église très bien remplie, lafoi et l’émotion étaient palpables,alors que le monde traverse des mo-ments très difficiles. Après l’adorationdu Christ, le chant de l’Adieu accom-pagna la procession finale alors queles fidèles avec les cierges allumés etles mouchoirs blancs qu’ils agitaient,répétaient ces gestes à la fois remplisde symboles et très émouvants.Le Responsable Liturgique de Fá-tima, le Prêtre Sérgio Henriques, atransmis les salutations du Recteur

du Sanctuaire, Carlos Cabecinhas. Ila évoqué le fait qu’accepter lesconseils de Marie, c’est suivre le che-min du Christ, le chemin qui mène àDieu. Fátima doit son rayonnementau delà des frontières aux émigrésportugais, ce sont eux qui ont portéet portent le message de celle qui avoulu se confier à trois simples en-fants. Sérgio Henriques a demandéde garder confiance, malgré les pro-blèmes du monde présent. Les Por-tugais, même à l’étranger, ne doiventpas avoir honte de leur foi catholique,de leur culture, qui doit par ailleurs

être source d’union.Sérgio Henriques a présidé à laMesse du dimanche matin en l’égliseSaint Martin et a donné une interviewà LusoJornal et sur les ondes deRádio RQC de Mouscron.Ce même samedi, le 7 mai, uneautre cérémonie en l’honneur de laVierge de Fátima a eu lieu en l’égliseSainte Anne de Tourcoing. Di-manche matin, le 15 mai c’est dansla chapelle en face du CimetièrePortugais de Richebourg que les pè-lerins du Nord iront prier.

A l’église St. Martin de Roubaix

Par António Marrucho

Lyon: Mais de dois mil fiéis adoraram N Sra de Fátima na Basílica de Fourvières

No fim de semana do 7 e 8 de maio,a Comunidade católica portuguesa deLyon venerou a Virgem Maria na Basí-lica de Fourvière.A organização esteve a cargo da Co-missão e em coordenação com oPadre José Luís de Almeida, respon-sável da comunidade na Diocese deLyon.No sábado, dia 7, cerca de 600 fieisdevotos percorreram as ruas e jardinsde Fourvière, vindos da Catedral de StJean, recitando o terço e entoandocânticos a Virgem, segurando umavela. Já dentro da Basílica, o PadreEric Besson presidiu a cerimónia deAdoração ao Santíssimo e onde tam-bém houve a proposta de confissões.A vigília terminou cerca das 23h00.No domingo, dia 8, as celebrações ti-verem início às 14h00 com Missa so-lene presidida pelo Padre José Luís deAlmeida e concelebrada pelos PadresJérôme Le Bel e Eric Besson. Se-gundo os responsáveis da Basílica,cerca de dois mil peregrinos assisti-ram à celebração e participaram naprocissão seguindo a imagem coroadade Nossa Senhora de Fátima. A féMariana ainda está bem viva na Co-munidade portuguesa da Diocese deLyon. Durante este mês de maio são

várias as localidades da região quefestejam a Virgem Maria.“Aqui em Fourvière é o ponto centralde devoção à Virgem Maria na Diocese

de Lyon, e nos outros fins de semanado mês de maio temos também Brig-nais, St Genis Laval, Bourgoin, que seassociam à Comunidade francesa

destas Paróquias, e organizam tam-bém estas festividades” explica Geor-gina Santos, Responsável na Pastoral.“Mas a Pastoral portuguesa da Dio-cese não é consultada para ajuste dasdatas, e por vezes acontece de se fa-zerem duas manifestações no mesmofim de semana, e a poucos quilóme-tros de distância. Situações que nãodeviam existir, pois que por vezes sãosó interesses pessoais, ou do meio as-sociativo onde se organizam, mas quenão fazem sentido, e só causa desor-dem e perturbação no viver a Fé Ma-riana aqui na Diocese” concluiGeorgina Santos ao LusoJornal.“Gostei muito do convite que me fize-ram para participar a esta manifesta-ção à Virgem, pois nunca tinha vividoe assistido a tanta devoção e fé. Tudoisto é dar um grande testemunho dapalavra de Deus, e da fé Cristã daparte da Comunidade portuguesa aquida diocese de Lyon” declarou ao Lu-soJornal o padre Jérôme Le Bel.Na sua homilia, o Padre José Luís deAlmeida pediu à assembleia para vi-verem em comunhão com o recentesensinamentos do Papa Francisco, pre-sentes nas suas exortações.O próximo encontro com a VirgemMaria será no mês de outubro para sefestejar a última aparição da Virgemaos Pastorinhos.

Por Jorge Campos

le 11 mai 2016

LusoJornal / Luís Gonçalves

LusoJornal / Jorge Campos

18 Desporto

lusojornal.com

emsíntese

Matraquilhos:Joaquim Pinheiroé Campeão doMundo

O atleta português Joaquim Pi-nheiro sagrou-se Campeão doMundo na mesa francesa Bonzinide matraquilhos.Joaquim Pinheiro venceu na finalo lusodescendente Miguel dosSantos, que representa a França,por três sets a um.De referir ainda que na vertente depares masculinos, o atleta portu-guês Gilbert da Cunha, que tinhapor parceiro o francês Patrick Na-tivel, terminou no sétimo lugar.De notar por fim que na vertentede pares mistos, o lusodescen-dente Miguel dos Santos, quetinha por parceira a francesa AnaïsNoël, alcançou a Medalha debronze.

Ténis de Mesa:Pontoise Cergyperdeu 1ª mão dafinal da Liga dosCampeões

A equipa do atleta português Mar-cos Freitas, o AS Pontoise Cergy,perdeu por 3-1 na primeira mãoda final da Liga dos Campeões deténis de mesa frente aos suecosdo Eslovs Ai Bordtennis.De referir que Marcos Freitas ven-ceu o seu primeiro encontro osueco Robert Svensson por trêssets a zero, mas perdeu o segundojogo frente ao chinês Hui Xu portrês sets a zero.De notar ainda que as duas equi-pas estavam no mesmo agrupa-mento na fase de grupos. NaSuécia o AS Pontoise Cergy tinhavencido por 3-1, e em França, aequipa de Marcos Freitas tinhaperdido por 3-2. Na primeira mãoda final o cenário inverteu-se emrelação à fase de grupos.A segunda mão da final da Ligados Campeões decorre em Françano dia 29 de maio.

Por Marco Martins

Le Phare da Ponta do Pargo construit pardes Français

A l’extrémité ouest de l’île, à Ponta doPargo, s’élève à 312 mètres d’altitudel’un des 9 phares en activité de l’ar-chipel de Madère.Pas moins de 3 heures d’autocar de-puis Funchal pour rejoindre ce boutdu monde, situé à 53 km de la capi-tale.Larguée par le chauffeur, au centre duvillage, avec un vague signe de lamain, «c’est par là-bas» il m’a fallu enplus une bonne demi-heure demarche en descente pour le découvrirau détour du Miradouro, seule attrac-tion touristique du lieu.Sur la route sinueuse, dans la lande,une brebis broutant par ici, une vacheimposante seule, à la longe, ne regar-dant même plus la mer, un chienaboyant par principe de précaution àmon passage, j’attends l’ouverture dupetit musée du Phare à 14h00.Halte sympathique auparavant, unpeu en retrait du phare, dans uneconfortable cabane-restaurant aména-gée face au grand large, sur la falaise,donc exposée au vent, site idéal pourl’observation des oiseaux marins, etentourée de fleurs exotiques.Puis entrée par l’arrière de ce Phare.D’une hauteur totale de 14 mètres, oùla salle d’exposition et le bureau d’ac-cueil invitent à la découverte de cequ’est un phare. Panneaux explicatifs

en portugais et en anglais, accessiblesà des non initiés, mais pourvus toutde même de l’essentiel en référencestechniques.Celui de Ponta do Pargo est équipéd’une Optique 2ème ordre, soit 700mm de distance focale avec une por-tée d’éclairage de 23 miles - 48 km.Construit en 1922.Conçu et réalisé par l’entreprise fran-çaise Barbier, Bernard et Turenne, à

Paris, située au 82 rue Curial, dans le19ème arrondissement. Fabriqué parLes Usines Blanc-Misseron (départe-ment du Nord) et La Fardière (près deNantes, en Loire-Atlantique), le pharede Ponta do Pargo, a été monté entiè-rement sur place, par l’équipe fran-çaise.Déjà bien au fait de ce type de travauxà cette époque dans le monde entier,puisque spécialiste tant sur l’avancée

technologique en matière de systèmesd’éclairage que sur la construction enmaçonnerie ou en métal de nombreuxphares.Quelques autres panneaux d’informa-tions comprenant des cartes de l’ar-chipel, avec positionnement dechaque ‘Farol’ et ‘Farolim’ aussi bienà Madère qu’à Porto Santo, aux IlhasDesertas qu’aux Ilhas Selvagens, cesdernières si proches des Canaries.Des copies de Photographies en noiret blanc de Roberto Santandreu, deVicentes, de J. Teixeira de Aguilhar, dePerestrellos et de la Direcção de Fa-róis accompagnent à bon escient lesdivers panneaux.Peu de livres, mais l’essentiel en do-cumentations, explications, et croquisvalorisent la compréhension généralede l’exposition.Bref, tout est fait pour s’imaginer enGardien de phare, isolé face aux élé-ments, prêt à signaler sa présence parmauvais temps aux navigateurs aulong cours ou plaisanciers en mald’aventure.Parallèlement à ce musée ouvert toutel’année, une exposition temporaire surle même sujet, a été présentée de finjanvier à la mi-mars 2016 au Muséede l’Histoire Naturelle en centre villede Funchal. Intéressante surtout pourses diverses maquettes, de lecturetechnique, géographique et straté-gique rapide et ludique.

À Madeira

Par Gracianne Bancon

Protótipo criado em Viseu quer percorrermil quilómetros com um litro de gasolinaUma equipa do Instituto Politécnicode Viseu construiu um protótipo quevai tentar percorrer mil quilómetroscom apenas um litro de gasolina, naShell Eco-Marathon, que terá lugarem Le Mans, no próximo fim de se-mana, de dia 13 a 15.“O nosso objetivo passa por fazer milquilómetros com um litro de gasolina,numa pista muito difícil e na qualtenho sérias dúvidas de que algumaequipa consiga atingir esta marca.Pretendemos ficar nos primeiros luga-res”, revelou o professor do InstitutoPolitécnico de Viseu (IPV), AlexandreAibéo.Em declarações à Lusa, o docente ex-plicou que a equipa “IPV Green Ra-

cers” - composta por seis estudantesdo curso de Engenharia Mecânica eGestão Industrial e dois professores -vai concorrer na modalidade de protó-tipos, com um veículo “praticamentetodo novo”.“Apenas a carroçaria foi recuperada eé um carro completamente redese-nhado no seu interior, desde a trans-missão, direção, automação. E a parteelétrica foi feita de raiz. É um veículoem fibra de carbono, o que o tornamais resistente e leve que o anterior,que era em fibra de vidro: apresentasurpresas, algumas à espera de serempatenteadas”, descreveu.O IPV participa quase ininterrupta-mente desde 1999 nesta competição,

tendo conseguido a sua melhor marcaem 2013, em que percorreram 830quilómetros com um litro de gasolina.Este ano, para além de um protótiponovo, o IPV vai competir com umaequipa nova, que encontrará tambémum circuito novo de kart, que possui“um trajeto muito difícil de pilotar”.“Serão 40 equipas em prova em es-trada, ao mesmo tempo, todos à pro-cura da melhor trajetória com o menorconsumo”, destacou.Outra das novidades deste ano é tam-bém a parceria com a Bizdirect, que,para além da ‘almofada’ financeira,“empresta uma roupagem tecnológicaque vai permitir dar um outro salto”.Para o CEO da Bizdirect, João Mira

Santiago, este é um protótipo em quedepositam muitas expectativas. “Onosso grande objetivo é o pódio. A ini-ciativa que encontrámos no Departa-mento de Engenharia Mecânica doIPV é absolutamente pioneira em ter-mos da forma como uma instituiçãode ensino superior do interior se posi-ciona perante um mercado competi-tivo internacional, atendendo que aequipa de Viseu vai competir numaprova com 40 equipas europeias”,concluiu.A Shell Eco-Marathon vai ter lugar emLe Mans, em França. Para além daequipa do IPV, participa ainda naprova uma outra equipa portuguesa daUniversidade da Beira Interior (UBI).

Shell Eco-Marathon, no circuito de Le Mans

Motociclismo: Miguel Oliveira 9° em França

O piloto português Miguel Oliveira(Kalex) alcançou no passado fim desemana o seu melhor resultado doMundial de motociclismo na categoriade Moto2, ao terminar o Grande Pré-mio de França no 9° lugar.O Vice-Campeão do mundo de Moto3,estreante na categoria superior, partiu

do 14º lugar da ‘grelha’ da quintaprova do Mundial e recuperou cincoposições para concluir a corrida nocircuito Bugatti de Le Mans com o seumelhor desempenho do ano, após o11º posto no Qatar, o 21º na Argentinae abandonos nas Américas e em Es-panha.A corrida foi ganha pelo espanhol AlexRins (Kalex), que relegou o italiano Si-

mone Corsi (Speed Up) e o suíço Tho-mas Lüthi (Kalex) para segundo e ter-ceiro, ascendendo à liderança doMundial, com 87 pontos, mais cincodo que o britânico Sam Lowes. MiguelOliveira é o 15º com 12 pontos.Em declarações à imprensa, MiguelOliveira admitiu que as dificuldadesforam grandes em França: “Hoje nãofoi uma corrida fácil. Fizemos uma

pequena alteração na suspensão fron-tal no warm-up. Na corrida o ventotornou-se mais forte e não conseguiser tão rápido como no sábado. Estoucontente porque este era o resultadoque desejávamos: terminar a corrida.Este é o meu primeiro top-10 emMoto2 e quero recuperar energiaspara em Mugello (Itália) conseguirmantê-lo".

Por Marco Martins

le 11 mai 2016

Por Marco Martins

LusoJornal / Gracianne Bancon

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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20 Desporto

Les Lusitanos de Saint Maur trébuchent à Lille

En encaissant un but de Lille à ladernière minute, Saint Maur jouerasa dernière chance de monter enCFA face à Grande-Synthe, samediprochain.Défaits 2 buts à 1, les Lusitanos ontcompromis le rêve d’accession auCFA le week-end dernier. Au termed’un match haletant, les hommes deCarlos Secretário réalisent la mau-vaise affaire face à un concurrent di-rect pour la montée. Renforcée parquelques joueurs de l'effectif profes-sionnel (Maignan, Butez, Koné, Ye-boah, Guillaume,…), la réserve duLOSC connaissait l’importance desenjeux de la rencontre entre deuxdes meilleures formations duGroupe G du CFA 2. Privés au der-nier moment de son meilleur buteur,Kevin Diaz, et de Diogo Torres, tou-jours convalescent, les Saint-Mau-riens ne se présentaient pas pourautant en victimes au Stadium

Nord. Pourtant, dès les premièresminutes, ce sont les Lillois qui im-priment le tempo de la rencontre etse montrent les plus entreprenants.Et dès la 10ème minute, BaptisteGuillaume sert idéalement, dansl’axe, Adriel D’Avila Ba Loua quiouvre la marque (1-0). Immédiate-ment, les Lusitanos se remettent surle droit chemin. A la 22ème minute,Joël Saki récupère un ballon, malrenvoyé par la défense nordiste, àl’entrée de la surface de réparation,et adresse une splendide reprise devolée qui trompe l’ancien portier duPSG, Mike Maignan (1-1). Dès lorsla partie s’équilibre et se résume àune farouche bataille au milieu deterrain. Même si juste avant lapause, Sitou Ayi, Jony Ramos ou en-core Bituruna auront quelques occa-sions de mettre le danger dans lasurface adversaire. Sans succès.Dès la reprise, les Lillois reviennentavec l’envie d’accrocher les 4 ptsface à un public venu nombreux

sous un ciel ensoleillé. D’ailleurs,dans les tribunes, les amoureux desLusitanos - notamment certainsjoueurs - n’avaient pas hésité à fairele long déplacement jusqu’à la ca-pitale des Flandres pour voir cettepremière «finale» entre le 2ème etle 3ème du Groupe G. Sur le terrain,les joueurs ne se font aucun cadeauet chacune des équipes tentent deprendre le dessus.La victoire se jouant alors sur desdétails. A la 66ème minute, c’est lejeune ghanéen prêté par ManchesterCity, Yaw Yeboah, qui aurait pu re-donner l’avantage au LOSC. Sur unpenalty repoussé sur le poteau et re-pris de la tête dans le but par ce der-nier… avant que l’arbitre n’appliquela règle qui, sur penalty, interdit autireur de reprendre un ballon re-poussé par les montants sans que cedernier ne soit touché par un joueuradverse. Les Lusitanos peuvent alorsrespirer et croire même à une finheureuse avec l’expulsion d’Yves

Bissouma à un quart d’heure de lafin. Face à une équipe lilloise enmanque de souffle, les Saint-Mau-riens tentent de faire la différencemais se heurtent à un fantastiqueMike Maignan dans les buts lillois.La doublure habituelle de VincentEnyeama repoussera d’abord unetête à bout portant de Jony Ramosavant de nouveau s’imposer dans unface-à-face manqué par le buteurportugais. De quoi donné des regretsaux Lusitanos. Surtout au momentde voir Lebo Mothiba offrir la vic-toire aux Lillois à la dernière minutedu match (2-1, 89 min), sur l’undes rares contres du LOSC en se-conde période.Samedi prochain, les Lusitanosn’auront pas le droit à l’erreur à do-micile, face au leader du groupe,Grande-Synthe, vainqueur d’Ailly (1-0), qui compte 5 points d’avancesur Saint Maur, toujours 3ème.Car pour croire encore à la montée,pas le choix, il faudra gagner.

Football / CFA 2

Par Eric Mendes

Créteil-Lusitanos e Paris FC descem de divisão

Quando falta apenas uma jornadapara o fim do Campeonato da se-gunda divisão francesa, já tudo estáresolvido quanto aos clubes parisien-ses. O Red Star fica na Ligue 2 en-quanto o Créteil/Lusitanos e o ParisFC descem ao terceiro escalão, o “Na-tional”.

Red Star: objetivo atingidoA equipa comandada pelo Técnicoportuguês Rui Almeida venceu nopassado fim de semana o Dijon por 3-2. Os golos do Red Star foram apon-tados pelo médio e capitãofranco-caboverdiano Danilson daCruz, pelo avançado francês AnatoleNgamukol e pelo médio argelino Ha-meur Bouazza, de grande penalidade.De notar que o Dijon, que sobe à pri-meira divisão, contou no seu onze ini-cial com o avançado caboverdianoJúlio Tavares.

O Red Star vai permanecer na se-gunda divisão visto que, com 61 pon-tos, já não pode alcançar o terceirolugar ocupado pelo FC Metz.O Técnico português Rui Almeida al-cançou o objetivo da temporada parao Red Star: permanecer na Ligue 2sobretudo que o Red Star subiu estaépoca ao segundo escalão francês.

Créteil/Lusitanos: uma descida inesperadaA equipa comandada pelo Técnicofrancês Laurent Roussey perdeu napenúltima jornada frente ao Niort por4-2. A consequência deste resultadoé a descida ao terceiro escalão do fu-tebol francês.O jogo frente ao Niort começou malvisto que os cristoliens sofreram o pri-meiro golo, mas a equipa do Val-de-Marne reagiu apontando dois golos.Os tentos do Créteil/Lusitanos foramda autoria do defesa senegalês Chris-tophe Diedhiou e do médio francês

Abdelrafik Gerard.No entanto o encontro acabou por serum pesadelo. Uma grande penali-dade, com a expulsão do guarda-redesCristolien, recolocou o empate. A dezcontra onze, a equipa do Créteil-Lusi-tanos não resistiu ao Niort e acaboupor perder 4-2.Uma derrota que ditou a descida aoNational, três anos após ter subido àLigue 2.

Paris FC: equipa desce umano após a subidaO clube parisiense tinha poucas hipó-teses de ficar na segunda divisão fran-cesa, mas a derrota caseira frente aoValenciennes por 4-1 acabou com osonho do Paris FC.A equipa comandada pelo Técnicofrancês Jean-Luc Vasseur até esteve avencer mas acabou por não resistir àsegunda parte da equipa do Valen-ciennes e sobretudo à entrada em jogodo avançado luso-caboverdiano Nuno

da Costa que apontou dois golos.O balanço do Paris FC é algo cruel,um ano após a subida à Ligue 2,desce ao National e vai terminar no,pouco honroso, último lugar da tabelaclassificativa.

FC Metz: um empate para subirO Metz, que contou no seu onze ini-cial com dois Portugueses, Nuno Reise Daniel Candeias, venceu por 2-1 oTours. Uma vitória que coloca o Metzàs portas da primeira divisão visto queconta com três pontos de vantagemsobre o Le Havre. O Metz até podeperder na última jornada frente aoLens, no entanto o Le Havre não de-verá vencer de forma expressiva.Neste momento a diferença de golosentre os dois clubes é grande, +16para o Metz e +10 para o Le Havre.Para o FC Metz, o certo é que o em-pate ou a vitória garantem de formaclara a subida à primeira divisão.

Futebol / Ligue 2

Por Marco Martins

le 11 mai 2016

lusojornal.com

emsíntese

Championnat deFootball CFAgroupe A: Duels au sommet

A trois journées du final du Champion-nat de football CFA groupe A, les cho-ses se sont un peu éclaircies cesamedi 7 mai. Jugez-en.Résultats de la 27ème journée:l’équipe de Quevilly Rouen entrainéepar Emmanuel da Costa a remportéson duel contre Wasquehal de CarlosCruz, par 4 à 0, opposition entre le 1eret le 4ème du classement. De son cotél’Iris Club de Croix de Jean Antunes,classée 2ème de ce Championnat aremporté son duel contre l’équipeclassée 3ème, Poissy, par 2 à 1.Beaux duels en perspective pourl’avant dernière journée de Champion-nat qui aura lieu samedi prochain, le14 mai. Le premier, Quevilly avec 82points, se déplace chez son dauphin,Croix, qui a à son compteur 77 points.A l’issu de ce match, selon le résultat,Quevilly pourra être sacré Championde CFA groupe A, à moins que Croixremporte le duel et remette le suspenspour la dernière journée. Wasquehal,quatrième, avec 71 points, se déplacele 14 mai chez le cinquième, EntenteSSG.

Futebol: Nenhumportuguês foipremiado pelaUNFP

Anthony Lopes, na categoria de me-lhor guarda-redes da Ligue 1, e Rui Al-meida, na categoria de melhortreinador da Ligue 2, não venceram asrespectivas categorias nos troféus daUNFP que recompensam os treinado-res e jogadores profissionais emFrança.

Karaté: Lusodescendentesarrecadam medalhas nos Europeus

Logan, Jessie e Steven da Costa torna-ram-se Campeões da Europa porequipas com a Seleção Francesa nopassado domingo em Montpellier.De referir ainda que Steven Da Costasagrou-se Campeão da Europa na ca-tegoria -67 kg enquanto o irmão Loganarrecadou a medalha de bronze nacategoria -75 kg.Um trio lusodescendente que já ven-ceu várias medalhas em diferentescompetições de karaté com a cami-sola da Selecção Francesa.

Par António Marrucho

Por Marco Martins

Les Lusitanos manquent une occasion «en Nord»Lusitanos de Saint Maur / EM

21Desporto

emsíntese

Râguebi de Sete:Portugal em Paris

A Seleção Portuguesa de Râguebide Sete, “Sevens”, vai participar naetapa mundial que decorre emParis a partir desta sexta-feira atédomingo.O Selecionador nacional de “Se-vens”, António Aguilar, divulgou alista de convocados para as duas úl-timas etapas do circuito mundial. An-tónio Aguilar promoveu quatroalterações em relação à convocatóriapara os torneios de Hong Kong e Sin-gapura: João Lino, Nuno Sousa Gue-des, Carl Murray e Duarte Moreiraocupam as vagas de José Luís Ca-bral, António Vidinha, Vasco Poppe eAntónio Cortes Monteiro e juntam-seao capitão Pedro Leal, Adérito Este-ves, Vasco Ribeiro, Pedro Silvério,Vasco Fragoso Mendes, João Belo,Tiago Fernandes e Tomás Appleton.No Torneio de Paris, Portugal joga oencontro de abertura da competiçãodiante do Quénia, formação que sur-preendeu ao vencer o Torneio deSingapura. O jogo está marcado paraas 19h00.No sábado jogam-se os outros doisjogos da fase de grupos: a SeleçãoNacional defronta a Nova Zelândiaàs 10h52 e fecha a primeira parte dacompetição frente à Rússia às13h41.

Por Marco Martins com fpr.pt

Le Football Club des Portugais de Pérenchiesaux couleurs de la Banque BCP

Pour témoigner l’importance du sou-tien que la Banque BCP envers les as-sociations portugaises de France, ledimanche 8 mai, un nouvel équipe-ment de football a été offert au Foot-ball Club des Portugais de Pérenchies,lors du match contre Seclin, qui s’estdéroulé au Complexe Lucien De-meyer.Pour la petite histoire, le match s’estsoldé par une victoire 2 à 0 en faveurdes Portugais.Le Football Club des Portugais de Pé-renchies occupe, à trois matchs de lafin du Championnat, la premièreplace avec 56 buts marqués et 16 en-caissés.La date historique de création du clubest le 25 avril 1971, trois ans toutjuste avant la Révolution des Œillets.Le procès verbal de la première as-semblée du club a été signé par lePrésident Bruno Del Piero, assisté deJosé Real.

Les fondateurs du Club, et beaucoupde ses membres actuels, sont origi-naires de Covilhã et Teixoso. Ils ontémigrés d’une région de textile versune autre ville où le textile dominaitaussi à travers les usines Agaches.Dans les locaux du club, décorés decoupes et de photos d’ancienneséquipes, on s’avoue sympathisants

des grands clubs portugais, le Spor-ting de Lisboa, étant toutefois celuiqui recueille le plus de suffrage.Le mois de juin va être chaud au Foot-ball Club des Portugais de Pérenchies:la Saint Jean et le suivi du Champion-nat d’Europe de Football.Fruit d’une bonne compréhension etentente de la part de la municipalité,

les locaux sont prêtés et un complexesportif tout neuf est mis à la disposi-tion du Club.Cela fait plus de 30 ans que la SaintJean est organisée par le club en col-laboration avec d’autres entités de laville. C’est une fête à l’air libre etl’une, voire la plus, fréquentée desfêtes portugaises du Nord de laFrance. Cette année le feu de la SaintJean est programmé pour le 25 juin.Sardines, poulet, viande grillées, vinvert et le bon folklore sera à l’honneur.Ce sera l’occasion pour tous ceux quise préparent pour les fêtes de villagelors des vacances de cet été des’échauffer lors du bal durant cettesoirée.Les Portugais de Pérenchies perpé-tuent ainsi les traditions tout en étantbien intégrés dans la ville, dans sa vieculturelle. Après le match de footballde ce dimanche 8 mai, une déléga-tion s’est déplacée à la Mairie pour as-sister aux Cérémonies de laLibération.

Changement de maillots

Par António Marrucho

Des jeunes prometteurs

Le dernier déplacement de la saisonvoyait les Verts et Blancs se rendre àBruguières, dans l’agglomération tou-lousaine. Cette rencontre etait pure-ment honorifique entre deux équipesqui n’attendait plus rien de cette pre-mière phase. Bruguières a assuré sonmaintien et sera au rendez-vous del’élite en septembre prochain, alorsque le Sporting Club de Paris a déjàl’esprit tourné à son rendez-vous desplay-offs, face à Toulon le 21 maiprochain. Pour éviter toutes surprisesde dernière minute, pour éviter bles-sures et suspensions, RodolpheLopes a ménagé et a délégué. C’estl’équipe réserve, renforcée par la pré-sence de Jonathan Diagne et de Lan-dry Ngala et coachée par YvesPichard, qui a défendu les couleurs

du Sporting en terre toulousaine. Lesjeunes pousses ont montré une for-midable force de caractère à l'imagedu match livré il y a quelques se-maines en 1/4 de finale de la Coupe

nationale face à l’actuelle meilleureéquipe de France, le KBU. Ils ontlivré un match extraordinaire l’em-portant sur le score de 8 buts à 4grâce à des quadruplés de Diagne et

Ngala. Une prestation de choix en cejour de soixante dixième anniversairedu Président José Lopes qui prouveune fois de plus que le Sporting Clubde Paris n’est pas qu’une formidableéquipe de joueurs de qualité, maisaussi un grand vivier avec des joueursqui savent répondre présents lorsquel’on fait appel à eux et qui saventprendre du plaisir en jouant tout sim-plement au futsal.La saison régulière s’achève et leSporting Club de Paris fini deuxièmeet recevra en demi-finale de play-off.Une chance que Bagneux et NantesBela n’auront pas puisque ces deuxsympathiques formations quittentl’élite. «Nous souhaitons les revoir auplus haut le plus vite possible» dis-sent les dirigeants du Sporting.Les play-off débutent et la saison sejoue maintenant!

Sporting Club de Paris Futsal

Par Julien Milhavet

le 11 mai 2016

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SCP

LusoJornal / Luís Gonçalves

22 Tempo Livre

Ninguém é estrangeiro

Há já muitos anos que a Peregrina-ção Nacional dos Migrantes Portu-gueses a Lourdes é organizadadurante o fim-de-semana de Pente-costes. Dentro de poucos dias, mi-lhares de Portugueses rumarão atéaos Altos Pirenéus e testemunharãoo seu carinho e a sua devoção aNossa Senhora. Mas os peregrinosportugueses não serão os únicos avisitar aquele lugar sagrado. No pró-ximo domingo, a famosa Basílicasubterrânea assemelhar-se-á umpouco à praça de Jerusalém namanhã de Pentecostes. Talvez nãotenhamos a presença de habitantesda Mesopotâmia, da Judeia ou daCapadócia, mas fiéis de inúmerasnacionalidades reunir-se-ão junto aoaltar-mor para celebrar a Eucaristia eagradecer a Deus o dom do EspíritoSanto.A Igreja Católica é uma comunidademulticultural e plurilingue! Graças aofenómeno migratório, cada vez maisparóquias se deparam com a reali-dade concreta de uma assembleiaheterogénea: onde antigamente pre-ponderava uma única cultura, línguae sensibilidade religiosa, agoravemos uma variedade colorida detradições e costumes, emblema doanunciado renovamento da face daterra.Porém, o caminho da comunhão nadiversidade não é isento de tensõese dificuldades. Por vezes, preconcei-tos e temores levam alguns a gritar«a igreja é nossa!» ou «nós estáva-mos aqui primeiro!». Estas frases nãosão apenas xenófobas: são anti-evangélicas; anti-cristãs.A solenidade de Pentecostes re-corda-nos que a união de todos ospovos em Cristo faz parte da missãodo Espírito Santo. Recorda-nos quesomos chamados a construir pontes;não a levantar muros! Recorda-nosque na Igreja ninguém é estrangeiro,pois todos somos filhos e filhas deDeus.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Cathédrale St Spire14 rue du Cloître Saint-Spire91100 Corbeil-Essonne

Domingo às 9h30

boanotícia

le 11 mai 2016

Du 14 au 16 mai Exposition de photos et d’artisanat du Portu-gal, dans le cadre du week-end culturelfranco-portugais, en partenariat avec le Prin-temps d’Europe de la ville de Dijon. ULFE,40 avenue Stalingrad, à Dijon (21).

Jusqu’au 16 mai «Complicités» de Clotilde Fava, organisée parla Chaire Lindley Cintra de l’Université ParisOuest Nanterre et par le Lectorat de PortugaisCamões I.P.de l’Université Paris 8, en parte-nariat avec la Maison du Portugal - André deGouveia. Cité internationale universitaire deParis, 7P boulevard Jourdan à Paris 14.

Jusqu’au 22 mai Exposition “Corpus” de Helena Almeida,l’une des plus grandes artistes contempo-raines portugaises. Jeu de Paume, 1 place dela Concorde, à Paris 8.

Du 19 au 22 mai Exposition de quatre artistes de Bragança:Caramelo Calvo (photographe), Antóniofernandes (artisan invité), João Ferreira(sculpteur) et Miguel Silva (plasticien).Ateliers d’artistes de Belleville, 1 rue Fran-cis Picabia, à Paris 20. Infos: 01.77.12.63.13.

Jusqu’au 22 mai “L’espace en jeu - Maria Helena Vieira daSilva” avec des œuvres de Vieira da Silva(1908-1992). Musée d’Art Moderne, 8 bou-levard Maréchal Joffre, à Céret (66). Infos: 04.68.87.27.76.

Du 7 au 24 mai Exposition en plein air «Flâneur, New UrbanNarratives», organisée par la CIUP, Cap Ma-gellan et Procur.art. Grande Pelouse de la CitéInternationale Universitaire de Paris, rue Jour-dan, à Paris 14.

Jusqu’au 31 mai Exposition de l’artiste franco-brésilien JoséPirès et de l’artiste franco-espagnol Pizarre, àl’Hôtel Imperator, 15 rue Gaston Boissier, àNîmes (30).

Du 30 mai au 5 juin «Embrasser l’incertain», exposition organiséepar Alice Martins avec Marie Trossat et NadaDiane Fridi. Artistes invités: Astrid de la Cha-pelle, Louise Druhle et Raphaël Bastide,Manon Rousseau et Jérémy Landes. Dans lecadre du festival Parfums de Lisbonne. Au59Rivoli the Aftersquat, 59 rue de Rivoli, àParis 1.

Jusqu’au 6 juin Exposition de l’artiste franco-brésilien JoséPirès à Corps et Âme Gallery, 1 bis rue EmileJamais, à Nîmes (30). Infos: 09.81.89.52.38.

Jusqu’au 26 juin «Tirelire», exposition personnelle d’Ana Jotta.Au Credac, La Manufacture des Œillets, 25-29 rue Raspail, à Ivry-sur-Seine (94).

Jusqu’au 18 juillet Exposition d’Amadeo de Souza-Cardoso, uneco-organisation de la Fondation Calouste Gul-benkian et de la Réunion des musées natio-naux, au Grand Palais - Galeries nationales,3 avenue du Général Eisenhower, à Paris 8.

Jusqu’au 29 août «Les universalistes: 50 ans d’architectureportugaise», une co-organisation de la Fon-dation Calouste Gulbenkian et de la Cité del'architecture et du patrimoine, à la Cité del’architecture et du patrimoine, 1 place duTrocadéro et du 11 Novembre, à Paris 16.

Le jeudi 12 mai, 18h30 Présentation du livre «Os Amantes da DonaJulieta» de Paula Teixeira de Queiroz, pré-

senté par Joaquim Pinto da Silva, éditeuret propriétaire de la librairie Orfeu àBruxelles. 62, rue de la Fédération, à Paris15. Près de la Torre Eiffel.

Le jeudi 12 mai, 18h30 Présentation du livre “Gérald Bloncourt - Oolhar de compromisso com os filhos dosGrandes Descobridores” de Daniel Bastosavec le traducteur Paulo Teixeira (EditoraConverso). Présentation de la sociologueMaria Beatriz Rocha Trindade. Consulat gé-néral du Portugal, 6 rue Georges Berger, àParis 17.

Le samedi 14 mai, 16h00 Présentation de l’association «Mémoires del’immigration» avec une exposition de pho-tos de Gérald Bloncourt. Lusofolie’s, 57avenue Daumesnil, à Paris.

Le jeudi 19 mai, 18h30 Présentation du livre «Exílios – Témignagesd’éxilés et déserteurs portugais en Europe(1961-1974)» par l’Associação dos Exila-dos Políticos Portugueses. Maison de l’In-ternationale, 1 rue Hector Berlioz, àGrenoble (38).

Le samedi 21 mai, 16h30 Présentation du livre «Exílios – Témignagesd’éxilés et déserteurs portugais en Europe(1961-1974)» par l’Associação dos Exila-dos Políticos Portugueses. Lusofolie’s, 57avenue Daumesnil, à Paris.

Le samedi 21 mai, 20h30 Soirée Cabaret avec l’auteur António deSousa, l’artiste peintre Anna Ribeire et l’au-teur-compositeur-interprète Dan Inger. SalleGuy Vinet, Espace Salvador Allende, placeSalvador Allende, à Palaiseau (91).

Le jeudi 26 mai, 10h-16h30 Journée d’études «Les langues romanesau défi de la diversité» organisée par laSociété des Langues Néo-latines

(SLNL), dans le cadre du 110e anniver-saire de la revue Les langues néo-la-tines. Dans le cadre du festival Parfumsde Lisbonne. Assemblée Nationale, Pa-lais Bourbon, à Paris.

Le samedi 28 mai, 17h00 Rencontre avec Ricardo Cabaça, auteurde «Naufragés», dans le cadre de Car-refours d’Europe, au Théâtre de la Ville,Café des Œillets, 1 place du Châtelet,à Paris.

Le samedi 28 mai, 17h-23h00 Nuit de la littérature (FICEP). Lectureset débat autour de «Mon amant du di-manche», d’Alexandra Lucas Coelho,traduction d’Antoine Volodine et AnaIsabel Sardinha. Extraits lus par Mariade Medeiros. Présenté par le Centreculturel Camões dans le cadre du festi-val Parfums de Lisbonne. Quartier duViaduc des Arts, à Paris 12.

Le lundi 23 mai, 20h30 «Fica no Singelo» de Clara Andermat,dans le cadre de Carrefours d’Europe,au Théâtre de la Ville, Café des Œillets,1 place du Châtelet, à Paris.

Le mercredi 11 mai, 21h00 Le vendredi 13 mai, 19h00Le samedi 14 mai, 19h00Lecture dramatisée de la pièce «Flor-bela, la sœur du rêve» (éd. LibrairieOrfeu, 2016), pièce de théâtre en troistemps d’Odette Branco, avec SégolènePoint, Corinne Menant, Laura StJames, François Le Roux et ThomasBaignères. Musique de Bruno Bel-thoise. Au Théo Théâtre, 20 rue Théo-dore Deck, à Paris 15. Infos: 01.45.54.00.16.

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23Tempo livrele 11 mai 2016

Jusqu’au 14 mai, 19h00 et 19h30 «Paris>Sarah>Lisboa» de Miguel Loureiro,avec Astrid Bas, portrait de Sarah Bernhardt(25 min), dans le cadre de Carrefours d’Eu-rope, au Théâtre de la Ville, Loge Sarah Bern-hardt, 1 place du Châtelet, à Paris.

Les 18 et 19 mai, 19h00 «Do Natural» sur les traces de W.G. Sebald,en portugais, sous-titré en français, avec Mi-guel Loureiro, Gonçalo Ferreira de Almeida,Francisco Goulão et Carina Bolito (50 min),dans le cadre de Carrefours d’Europe, auThéâtre de la Ville, Café des Œillets, 1 placedu Châtelet, à Paris.

Le vendredi 20 mai, 15h00 «Un musée vivant des mémoires infinieset oubliées» par Teatro do Vestido / JoanaCraveiro (durée: 2h00), dans le cadre deCarrefours d’Europe, au Théâtre desAbesses, à Paris.

Le samedi 21 mai, 18h30 «Un musée vivant des mémoires infinieset oubliées» par Teatro do Vestido / JoanaCraveiro (durée: 4h30), dans le cadre deCarrefours d’Europe, au Théâtre desAbesses, à Paris.

Le samedi 21 mai, 18h30 «Moi + l’Autre = Nous / EU + o Outro = Nós»:Variations autour de textes de Mário de Sá-Carneiro. Performances jouées par les acteursde la Cie Cá e Lá, accompagnés en musiquepar le Paris Dowtown Big Band du Conserva-toire du Centre de Paris, dans le cadre du fes-tival Parfums de Lisbonne. Lapeyronie -Torréfacteur et Leroy Merlin, Quartier de l’hor-loge, 9 rue Brantôme, à Paris 3.

Le samedi 21 mai, 20h30 “Olá”, one man show de José Cruz (versionfrançaise). Dans le cadre du Gala Graines deLuso. Centre Culturel, 6 rue du Chemin Vertde Boissy, à Taverny (95). Infos: 06.67.48.00.23.

Le jeudi 26 mai, 14h30 Le vendredi 27 mai, 15h30Le samedi 28 mai, 15h00«La marche des éléphants» par Miguel Fra-gata et Inês Barahona, avec Miguel Fragata),

dans le cadre de Carrefours d’Europe, auThéâtre de la Ville, La Coupole, 1 place duChâtelet, à Paris.

Le samedi 28 mai, 19h00 “Olá”, one man show de José Cruz (versionportugaise). Café-théâtre Drôle de Scène, 39rue Paul Verlaine, à Bordeaux (33). Infos: 06.80.28.02.40.

Le samedi 28 mai, 21h00 “Olá”, one man show de José Cruz (versionfrançaise). Café-théâtre Drôle de Scène, 39rue Paul Verlaine, à Bordeaux (33). Infos: 06.80.28.02.40.

Le dimanche 22 mai, 16h00 Festival de Courts métrages avec l’Art Insti-tute - NYC dans le cadre du festival Parfumsde Lisbonne. Maison du Portugal André deGouveia, 7P boulevard Jordan, à Paris 14.

Le jeudi 12 mai, 20h00 Apéro-live «Sud Express, pour un voyage ra-conté en Fado» avec Mónica da Cunha ac-compagnée par Filipe de Sousa, NunoEstevens e Philippe Mallard. La Chapelle desLombards, 19 rue de Lappe, à Paris 11.

Le samedi 14 mai, 20h00 Concert Fado avec Luísa Rocha dans le cadrede la Journée de l’Europe, organisé par l’Aca-démie de Fado. Auditorium Jean-Pierre Mi-quel, 98 rue de Fontenay, à Vincennes (94).Infos: 01.43.28.14.61.

Le mercredi 18 mai, 20h30 Cristina Branco et Camané, accompagnés parJosé Manuel Neto à la guitare de fado, dansle cadre de Carrefours d’Europe, au Théâtrede la Ville, 1 place du Châtelet, à Paris.

Le mercredi 25 mai Soirée Fado Vadio avec Filipe de Sousa (gui-tarra), Nuno Estevens (viola), avec la partici-pation de Jean-Luc Gonneau (Coin du fado),de l’Académie de fado et de l’association Gai-vota. Lusofolie’s, 57 avenue Daumesnil, àParis 12.

Le vendredi 27 mai, 21h00 Dîner fado avec Sousa Santos, Lúcia Araújo,Ana Paula et António de Freitas, accompa-gnés par Manuel Corgas (guitarra) et PompeuGomes (viola). Restaurant Le Toucan, 226rue de Vaugirard, à Paris 15. Infos: 01.45.66.42.90.

Le samedi 28 mai, 20h00 Soirée repas fado, dans le cadre du 2èmeFestival culturel franco-portugais organisé parl’ACFPPAC avec plusieurs artistes présents:Catherine Beltran, Carlos Lopez Neto, MyriamMaury, Marta Garcia, Sandrine Loiseau, SylvieAbadie Bastide, Marie Christine Fournié, JoséVaz et Virginia Vieira Silva. La Halle, àRieumes (31).

Les 26 et 27 mai, 20h00 Bévinda chante «Mes Suds», Fados et autreschansons du sud. La Chapelle des Lombards,19 rue de Lappe, à Paris 11. Infos: 01.43.57.24.24.

Le samedi 14 mai, 21h00 Spectacle de Fernando Correia Marques etses danseuses, suivi d’un bal avec MusicBand’s, organisé par l’Association PortugaiseLourdaise. Espace Robert Houssein, à Lour-des (65).

Le samedi 14 mai, 21h30 Spectacle avec Carlos Ribeiro et son orches-tre, organisé par le Groupe Folklorique desPortugais de Beausoleil. Stade André Vanco,à Beausoleil (06).

Le samedi 14 mai Spectacle avec le chanteur Filipe Nunes aurestaurant L’Adelino, 4 rue Joseph Pontier, àFonsorbes (30). Infos: 06.22.90.26.24.

Les 14 et 15 mai 41ème Fête Franco-Portugaise organisée parl’Association Portugaise Culturelle et Socialeet par la Ville de Pontault-Combault, avecJosé Malhoa, Soul Power, Irmãos Verdades,Les Forbans, Emanuel, Auggun, Augusto Ca-nário, Dj Bruninho, Christophe Malheiro, Fi-

lipe Martins, Lost My Name, Jessy, JoakimNory, Romane et Maxi. Le samedi de 18h30à 01h00. Le dimanche de 11h30 à 20h00.Parc de l’Hôtel de Ville, à Pontault-Combault(77).

Le dimanche 15 mai, 13h00 Repas dansant en honneur de Notre Damede Fátima, animé par José Cunha, Alex etJohnny, organisée par le Centre Pastoral Por-tugais, Salle Jean Vilar, 9 boulevard Héloïse,à Argenteuil (95).

Le dimanche 15 mai, 21h30 Bal avec le groupe Os Anjos da Música, dansle cadre du week-end culturel franco-portu-gais, en partenariat avec le Printemps d’Eu-rope de la ville de Dijon. ULFE, 40 avenueStalingrad, à Dijon (21).

Le samedi 21 mai, 20h00 Gala de l’association Graines de Luso et ac-tion de solidarité avec les enfants de SãoTomé e Príncipe, avec José Cruz, CláudiaCosta, David Sousa et Calema, au Centre Cul-turel de Taverny, rue du chemin vert de Boissy,à Taverny (95). Infos: 06.67.48.00.23.

Le samedi 28 maiJournée des 10 ans de l’association Juven-tude Lusitana de Toulon, avec après-midi fol-klore avec les groupes Juventude Lusitana deTouloun et Santamaria de Cassis, suivi d’unspectacle de Fred Mota et son orchestre. Jar-din des Goubelets, en face de Carrefour Mar-ket, Le Beausset (83). Infos: 06.78.37.52.12.

Le dimanche 15 mai, 14h00 Festival avec plusieurs groupes de folklore,dans le cadre du week-end culturel franco-portugais, en partenariat avec le Printempsd’Europe de la ville de Dijon. ULFE, 40 ave-nue Stalingrad, à Dijon (21).

Le dimanche 15 mai, 14h30 XVII Festival international de folklore avec lesgroupes Portugais de Beausoleil, Danças eCantares do Minho (Genève, Suisse), Tradi-ções do Alto Minho (Nice), ACROP (Sierre,Suisse) et le Grupo Etnográfico da Rusga de

Joane, organisé par le Groupe Folklorique desPortugais de Beausoleil. Stade André Vanco,à Beausoleil (06).

Le dimanche 15 mai, 14h00 Dimanche Portugais à la Foire du Trône deParis avec Luis Filipe Reis et les groupes defolklore Amigos da Borga do 78, Estrelas doNorte de Mitry-Mory, Flores do Campo de Per-san, APNS se Saint Brice-sous-Fôret, Les Hi-rondeles du Portugal de Nantes, ACPAR dePetit Quevilly, Flores da Madeira d’Ormesson,Danças et Tradições Rugles, Vale do Ave deMontreuil, Orgulho Português du Havre, AFPAd’Argenteuil, Estrelas do Minho de Trappes etdeux groupes brésiliens. Foire du Trône deParis, Pelouse de Reuilly, à Paris 12.

Le samedi 21 mai, 10h00 Forum des Associations Portugaises deFrance au Consulat Général du Portugal àParis, 6 rue Georges Berger, à Paris 17.

Le samedi 14 mai, 20h30 Chapelet suivi d’une procession en hon-neur de Notre Dame de Fátima, orga-nisé par le Centre Pastoral Portugais, àla Basilique d’Argenteuil, placeGeorges Braque, à Argenteuil (95).

Le samedi 14 mai, 18h30 Messe en portugais, en honneur deNotre Dame de Fátima. Chapelle desCharisses, à Lourdes (65).

Le dimanche 15 mai, 11h00 Messe en honneur de Notre Dame deFátima, suivie d’une Procession entrela Basilique d’Argenteuil et la SalleJean Vilar, avec la Philharmonique Por-tugaise de Paris, organisée par le Cen-tre Pastoral Portugais, à la Basiliqued’Argenteuil, place Georges Braque, àArgenteuil (95).

Le dimanche 22 mai, 18h00 Messe en l’honneur de Notre Dame deFátima, à l’Eglise de Notre Dame, àMontesson (78).

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