Os Olhares das Crianças Sobre Meio Ambiente e os ... -...
-
Upload
nguyenkhuong -
Category
Documents
-
view
216 -
download
0
Transcript of Os Olhares das Crianças Sobre Meio Ambiente e os ... -...
VIII EPEA - Encontro Pesquisa em Educação Ambiental Rio de Janeiro, 19 a 22 de Julho de 2015
Realização: Unirio, UFRRJ e UFRJ
1
Os Olhares das Crianças Sobre Meio Ambiente
e os Resíduos Sólidos
Juliana Kloss do Val Schneider – UFRRJ
Silvia Helena Loli Bezerra – Nata-Rio
Maria Veronica Leite Pereira Moura – UFRRJ
Resumo
A emergência da crise ambiental sentida na atualidade requer uma mudança na
percepção de Meio Ambiente e Resíduos Sólidos. Assim, nesse trabalho realizou-se
levantamento das percepções e Representações Sociais sobre Resíduos Sólidos e Meio
Ambiente, com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental de duas Escolas, uma pública
no Município de Seropédica e uma privada no Município do Rio de Janeiro, através de
questionários e elaborações de listas de atitudes. Categorizaram-se os dados obtidos de
acordo com a classificação adotada. Para Meio Ambiente: Naturalista, Antropocêntrica
e Globalizante; para Resíduos Sólidos: Restrita e Holística. Percebeu-se em relação ao
Meio Ambiente o predomínio da visão Naturalista, e em relação ao lixo a prevalência da
percepção Restrita. Observou-se que o levantamento prévio das percepções dos
envolvidos na atividade configura-se como um importante ponto de partida para
projetos e atividades de Educação Ambiental nas escolas, no intuito da formação de um
sujeito ecológico crítico.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Representação Social, Resíduos Sólidos.
Abstract
The emergence of the current environmental crisis requires a change in the
perception of Environment and Solid Waste. Thus, this work conducted the survey of
the perceptions and social representations on Solid Waste and Environment, with
students from 6th grade of elementary school of two schools, a public in the city of
Seropédica and a private in the city of Rio de Janeiro, through questionnaires and
elaborations attitudes lists. Categorize the data according to the classification adopted.
For the Environment: Naturalist, Anthropocentric and Globalizing; for Solid Waste:
Restricted and Holistic. It was noticed in relation to the environment the predominance
of naturalistic vision, and in relation to the prevalence of garbage Restricted perception.
It was observed that the preliminary survey of the perceptions of those involved in the
activity appears as an important starting point for projects and environmental education
activities, in order to formation of a critical ecological subject.
Keywords: Environmental Education, Social Representation, Solid Waste.
2
1. Introdução
A dualidade da ciência provocada pela ruptura, de um lado as ciências naturais e
do outro as ciências humanas, favoreceu uma conceituação de Meio Ambiente restrita a
uma concepção naturalista e cientificista, com enfoque predominantemente ecológico,
onde os elementos naturais se sobrepunham hierarquicamente ao homem socialmente
organizado. Mas, no contexto do agravamento da crise ambiental, a mudança no
conceito de Meio Ambiente foi requerida, uma vez que percebeu-se que os danos
provocados à natureza pela humanidade resultam de uma variedade de transformações
associadas à modernização (PELEGRINI; VLACH, 2011).
“O atual modelo de desenvolvimento econômico, baseado no tripé: produção,
consumismo e lucro, implicou uma série de transformações danosas ao meio ambiente”
(TEOBALDO NETO; COLESSANTI, 2005, p. 1). Nesse sentido, como resultado desse
desenvolvimento econômico, várias catástrofes ambientais foram cometidas, dentre os
quais podemos destacar a crescente produção de resíduos e sua disposição inadequada,
dentre as diversas consequências negativas desse modelo econômico, um dos maiores
problemas ambientais que a sociedade moderna enfrenta (TEOBALDO NETO;
COLESSANTI, 2005).
Em vista disso, “a emergência da crise socioambiental e uma certa informação
sobre o risco de suas consequências levam a sociedade a apontar a Educação Ambiental
(EA) como uma prática social voltada para o enfrentamento deste problema”
(GUIMARÃES et al., 2009, p. 50).
Consoante aos debates sobre Meio Ambiente e Resíduos sólidos apresentados,
o presente trabalho investigou e caracterizou as percepções e representações sociais de
Meio Ambiente e Resíduos Sólidos de alunos do 6ºano do Ensino Fundamental de duas
escolas, uma pública no Município de Seropédica e uma privada no Município do Rio
de Janeiro, através de questionário e listagem de atitudes. A escolha do tema “Os
Olhares das Crianças Sobre Meio Ambiente e os Resíduos Sólidos” ocorreu devido ao
crescente interesse na área de Educação Ambiental. Objetivou-se trabalhar com uma
Educação Ambiental construída e reconstruída a partir dos conceitos prévios dos alunos,
sobre o que é Meio Ambiente e Lixo (adotou-se o termo lixo, nesse caso, por ser de
mais fácil compreensão dos alunos), e direcionar para uma ação sensibilizadora e
participativa dos alunos, através da aplicação de um questionário para levantamento
prévio das percepções, apresentação de imagens e atividade de observação e listagem de
atitudes.
1.1. Representação Social do Meio Ambiente: A Relação Homem X Natureza
Antes de mais nada, é preciso compreender que o conceito de natureza não é
natural, é cultural, ou seja, é criado pela sociedade. Dessa forma, pode-se dizer que a
forma como o homem vê o mundo, bem como os diferentes comportamentos sociais em
relação à natureza são produto de uma herança cultural (MARÇAL, 2005).
Ainda, segundo Moscovici (1976) apud Reigota (2010): “uma representação
social é o senso comum que se tem sobre determinado tema, em que se incluem também
os preconceitos, ideologias e características específicas das atividades cotidianas
(sociais e profissionais) das pessoas”.
Dessa forma, as representações que determinados grupos ou indivíduos fazem
do Meio Ambiente está relacionada com sua visão do mesmo, ou seja, com a relação
3
homem x natureza estabelecida em seu contexto social. Mas as relações entre natureza e
sociedade que mais influenciaram o modo como vemos o Meio Ambiente atualmente
ocorreram nos primeiros séculos, mais precisamente a partir do século XV, onde
percebemos duas visões de natureza bem marcadas, em um primeiro momento como
domínio do selvagem a ser domado pela cultura e, em outro, como a reserva do bom e
do belo (CARVALHO, 2008).
Em vista disso, e considerando que não há um consenso sobre as definições de
Meio Ambiente na comunidade científica em geral, considera-se, por seu caráter difuso
e variado, que a noção de Meio Ambiente é uma representação social (REIGOTA,
2010).
1.2. Do Lixo aos Resíduos Sólidos: caracterização e problemas ambientais
Desde as atividades humanas mais simples às mais complexas há produção de
resíduos, seja na preparação ou ao fim da vida útil do que é processado. Nosso próprio
metabolismo produz restos, dejetos (fezes, urina e outras secreções), e ao fim de nossa
existência deixamos nossos restos mortais, nosso corpo. Ou seja, a produção de resíduos
é algo natural e inerente ao ser humano. Contudo, atualmente os Resíduos Sólidos vêm
ganhando destaque público, não só pela crescente quantidade produzida, mas
principalmente por seus impactos ambientais e pelos custos elevados que vem trazendo
ao contribuinte (EIGENHER, 2009).
Os resíduos têm ainda outra face, são um indicador curioso de
desenvolvimento de uma nação. Uma vez que, quanto mais pujante for a economia,
mais resíduo o país irá produzir. É o sinal de que o país está crescendo, de que as
pessoas estão consumindo mais. Tal fato está relacionada ao consumismo desenfreado
de grande parte da sociedade, incentivado pela propaganda massiva e justificado pela
velocidade voraz das inovações tecnológicas, a obsolescência programada de muitos
aparelhos e outros bens de consumo, e a menor durabilidade dos objetos (TAVARES,
2009).
Nesse sentido, é preciso conter o consumo desenfreado, cujo produto final é
cada vez mais resíduos, e ainda investir em novas tecnologias a fim de diminuir a
geração de resíduos, e também na reutilização e reciclagem dos materiais em desuso.
Mas antes disso, torna-se imprescindível mudar, ampliar nossa percepção de lixo,
deixando de atribuir somente conceitos relativos à inutilidade, mas sim repensar sob
outro olhar, principalmente da reciclagem, reutilização e reaproveitamento, em algo que
pode ter nova funcionalidade, que pode ser transformado em nova matéria-prima e
então retornar ao ciclo produtivo (OLIVEIRA, 2006; RODRIGUES et al., 2010).
O conceito de lixo e de resíduo pode variar conforme a época e o lugar. Estes
conceitos podem diferir e variar dependendo de fatores jurídicos, econômicos,
ambientais, sociais e tecnológicos, ou seja, conforme a situação em que forem
aplicados. O que há são as maneiras relativas de entender o lixo, isso porque dependem
do valor que diferentes pessoas atribuem ao que sobra, ao que se joga fora, ao que é
sujo, inútil, velho, e que julgam não ter mais valor. Contudo, na língua corrente, o termo
resíduo é tido praticamente como sinônimo de lixo (OLIVEIRA 2006).
Por não existir uma distinção clara e perceptível entre os conceitos de lixo e
Resíduos Sólidos, por muitos anos os Resíduos Sólidos foram denominados de lixos, e
em alguns casos até hoje ainda há essa confusão. Contudo, atualmente denomina-se
Resíduos Sólidos aqueles materiais separados, passíveis de reciclagem ou
4
reaproveitamento, e denomina-se lixo os materiais misturados e acumulados (NAIME,
2009 apud LOPES, 2012).
1.3. Educação Ambiental – os Resíduos no contexto escolar
A Educação Ambiental visa a participação dos envolvidos na solução dos
problemas, e está mais próxima de metodologias que permitam questionar dados e
ideias sobre um tema específico, propor soluções e apresentá-las publicamente
(REIGOTA, 2009). Dentro dessa linha, há vários projetos e pesquisas, como as que
propõem ações ativas e concretas dos alunos, como atividades de reciclagem
(MENEZES et al., 2005: OLIVEIRA, 2006; TEOBALDO NETO; COLESSANTI,
2005).
A Educação Ambiental está também muito ligada à interdisciplinaridade
(REIGOTA, 2009). De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o
Meio Ambiente deve ser tratado como tema transversal, como forma de contemplar sua
complexidade, sem restringi-las à abordagem de uma única área.
Adotando essa perspectiva, as problemáticas sociais são integradas na
proposta educacional dos Parâmetros Curriculares Nacionais como Temas
Transversais. Não constituem novas áreas, mas antes um conjunto de temas
que aparecem transversalizados nas áreas definidas, isto é, permeando a
concepção, os objetivos, os conteúdos e as orientações didáticas de cada
área, no decorrer de toda a escolaridade obrigatória. A transversalidade
pressupõe um tratamento integrado das áreas e um compromisso das
relações interpessoais e sociais escolares com as questões que estão
envolvidas nos temas, a fim de que haja uma coerência entre os valores
experimentados na vivência que a escola propicia aos alunos e o contato
intelectual com tais valores (PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS, 1997, p. 45).
Dentro dessa proposta interdisciplinar, alguns trabalhos vêm surgindo e
demonstrando que a Educação Ambiental não deve ser tratada como uma disciplina
isolada, ou ainda apenas por disciplinas que tratam das temáticas ambientais, como as
Ciências Biológicas e a Geografia, mas sim de forma transversal e principalmente
multidisciplinar e interdisciplinar. Menezes et al. (2005), por exemplo, criam um
diálogo entre resíduos e sua problemática ambiental com o ensino de química nas
escolas.
De forma geral, observa-se na literatura que vários autores vêm caracterizando
os envolvidos em sua pesquisa quanto sua percepção de Meio Ambiente e noção de
pertencimento ao mesmo, como Marçal (2005), Reigota (2010), Silva; Sales (2000),
Teobaldo Neto e Colessanti (2005), e ainda alguns autores vêm buscando analisar as
definições de lixo entre os atores sociais entrevistados, e suas possíveis consequências
no Meio Ambiente, como Crespo (2012), Menezes et al. (2005), Oliveira (2006), Silva;
Melo (2012), Teobaldo Neto; Colessanti (2005) e Rodrigues et al. (2010).
2. Metodologia
2.1. Descrição e caracterização dos ambientes de estudo
5
O estudo foi desenvolvido com alunos de uma turma do 6º ano do Ensino
Fundamental de duas escolas, uma escola privada e uma escola pública municipal.
A escola privada selecionada foi o Centro Educacional de Bangu (MV1 Bangu)
(Escola 1), localizada no bairro de Bangu, no município do Rio de Janeiro, e a escola
pública a Escola Municipal Valtair Gabi (Escola 2), localizada no bairro Boa Esperança,
no munícipio de Seropédica.
As turmas tinham aproximadamente o mesmo número de alunos, 32 alunos na
turma da Escola 1, e 33 alunos na turma da Escola 2.
2.2. As atividades aplicadas
As atividades foram realizadas na sala de aula, com a supervisão do professor
responsável pela turma, durantes dois dias em semanas consecutivas, com cada aula
tendo duração de 50 minutos.
No primeiro dia, foi aplicado um questionário para o conhecimento das
percepções prévias dos alunos sobre os assuntos abordados no tema de estudo, o Meio
Ambiente e o Lixo. As questões foram lidas para os alunos antes de marcarem as
alternativas, e foram elucidadas quaisquer dúvidas relacionadas à grafia e interpretação.
Após a aplicação do questionário foi realizado uma apresentação de slides no programa
Power Point, onde foi exposto o tema. E ao final da apresentação foi entregue mais uma
folha em branco para os alunos, onde solicitava-se que preenchessem duas listas com
atitudes erradas e certas sobre o lixo. No segundo dia foram recolhidas as folhas, e
realizou-se debate sobre as atitudes descritas. Todas as atividades envolvendo
preenchimento de questionário e listas foram anônimas.
2.2.1. O questionário
O questionário foi composto por um cabeçalho, onde os alunos completavam
com o nome da escola, data e idade, e quatro questões objetivas: 1. Marque com um x
nas opções que, em sua opinião, melhor explicam o que é Meio Ambiente; 2. Você acha
que suas ações/atitudes têm influência no Meio Ambiente?; 3. Marque com um x nas
opções que, em sua opinião, melhor explicam o que é lixo; 4. Marque com um x nas
opções que, em sua opinião, melhor explicam os efeitos/consequências do lixo no Meio
Ambiente.
Nas questões 1, 3 e 4 os alunos poderiam marcar uma ou mais alternativas, até
mesmo todas. Na questão 2 há apenas duas alternativas, sim e não, e portanto o aluno
deveria escolher apenas uma alternativa. As questões 1 e 4 possuem oito alternativas, e
a questão 3 possui 9 alternativas, de modo que nas questões 1 e 3 a última alternativa
era um espaço em branco, questão aberta, onde o aluno poderia escrever sua definição
caso achasse que não havia alguma alternativa que expressasse sua opinião, ou quisesse
acrescentar alguma definição que achasse que faltava.
2.3. A análise dos questionários e das listas
Quanto ao questionário, tem-se a análise de quatro variáveis, e para cada uma
metodologia e/ou classificação adotada. Em todas as questões quantificou-se as vezes
que cada alternativa foi marcada, a fim de categorizar a percepção geral de cada turma
6
Na primeira questão, para a análise e categorização dos resultados, adotou-se a
classificação das categorias das representações sociais mais comuns do Meio Ambiente
estabelecidos por Reigota (2010): Naturalista – Meio Ambiente como sinônimo de
natureza, evidencia aspectos naturais, físico-químicos, a fauna e a flora, mas exclui o ser
humano do contexto, Antropocêntrica – o Meio Ambiente é reconhecido pelos seus
recursos naturais, mas são de utilidade para a sobrevivência do homem; e Globalizante
– o Meio Ambiente é caracterizado como as relações entre a natureza e a sociedade, e
engloba aspectos naturais, políticos, sociais, econômicos, filosóficos e culturais.
Na segunda questão apenas objetivou-se avaliar a noção de pertencimento ao
Meio Ambiente dos alunos, que respondiam sim ou não. Assim, foram contabilizadas
ambas as alternativas, e a partir da proporção entre os números avaliar esse dado.
Na terceira questão, como não foi encontrado na literatura uma classificação
quanto à percepção dos indivíduos sobre o lixo, e a fim de analisar quantitativamente e
qualitativamente os dados da pesquisa, e categorizar as alternativas, optou-se por criar
uma classificação própria. Percepção: Holística – Entende-se por holístico aquele que
defende uma visão integral e um entendimento geral dos fenômenos (DICIONÁRIO
DO AURÉLIO ONLINE, 2014), ou seja, uma percepção holística seria a mais ampla e
abrangente. Serão considerados percepções holísticas as que apresentarem conceitos
mais amplos, como reutilizar, reaproveitar, reciclar, resíduos sólidos e diminuição do
consumo; Restrita – segundo o Dicionário de Português Online Michaellis (2009), tem-
se que sentido restrito: “diz-se daquele em que um termo, ou expressão, se emprega ou
com menor compreensão, ou com menor extensão”, ou seja, uma percepção restrita
seria mais limitada ou reduzida. Serão considerados percepções restritas aquelas que
limitam o conceito de lixo a resto, sujeira, algo sem valor e sem utilidade.
Na quarta questão haviam oito alternativas, onde sete eram sentenças
igualmente verdadeiras, e uma era uma sentença falsa. Quantificou-se as vezes que cada
alternativa foi marcada. Como todas as sentenças são igualmente verdadeiras, em
conjunto apresentariam a totalidade da resposta, assim, foram analisadas de forma
cumulativa, ou seja, quanto mais questões assinaladas mais completa será a resposta.
Em relação às listas de atitudes, foi disponibilizado uma folha com duas caixas
de texto contendo 10 linhas cada, onde deveriam preencher, sem limites mínimos, mas
no máximo as 10 linhas, com atitudes que julgassem certas e erradas sobre o lixo. As
respostas foram contabilizadas e agrupadas em sentenças e/ou termos equivalentes, que
tivessem o sentido completo das alternativas, a fim de possibilitar a análise. Serão
avaliadas as respostas de acordo com a quantidade, avaliando-se as principais atitudes,
certas e erradas, destacadas por cada turma. Foram consideradas atitudes relevantes as
que foram citadas três vezes ou mais. Entende-se como “atitudes com frequência abaixo
de 2” as atitudes que só foram citadas no máximo duas vezes. Foram incluídos na
categoria “outro” as atitudes, certas ou erradas, que não estão relacionadas ao tema lixo,
mas sim com outras questões ambientais, tais como desmatamento, poluição
atmosférica, maus tratos a animais, escassez de água, entre outros.
3. Resultados e Discussão
3.1. Perfil dos Alunos
Participaram da atividade um total de 65 alunos de duas turmas do 6º ano do
Ensino Fundamental. A faixa etária variou nas duas escolas, entre 10 e 13 anos na
7
Escola 1 e entre 11 e 13 na Escola 2, sendo que 3 alunos da Escola 1 não informaram a
idade. Ao analisar os dados podemos observar que a Escola 2 apresenta alunos
consideravelmente mais velhos em sua totalidade ao se comparar com os alunos da
Escola 1 para o mesmo segmento de ensino.
3.2. Questionário
Para análise do questionário foram consideradas as alternativas que mais vezes
foram assinaladas para cada pergunta.
Na questão 1, avaliou-se a percepção dos alunos em relação ao Meio Ambiente.
De acordo com a frequência das alternativas (Figura 1), podemos observar a diferença
entre as percepções de Meio Ambiente entre os alunos das duas escolas. Na Escola 1 há
um predomínio da visão Globalizante, demonstrando a percepção das relações entre
natureza e sociedade, onde as alternativas 3 e 4 (“É o conjunto da natureza e
sociedade” e “Onde nós vivemos, nos relacionamos com as outras pessoas e com a
natureza”) foram as mais assinaladas. Contudo, a percepção Naturalista também teve
grande frequência, o que sugere que não há uma uniformidade nas percepções dos
alunos. Na Escola 2 houve um predomínio notável da visão Naturalista, onde as
alternativas 1 e 2 (“É o conjunto das plantas e animais” e “Onde os animais da floresta
vivem: campos, morros e rios”) foram as mais assinaladas.
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
Naturalista Antropocêntrica Globalizante
Figura 1: Frequência das percepções segundo as categorias de
Meio Ambiente propostas por Reigota (2010)
Escola 1 Escola 2
0%
20%
40%
60%
80%
Sim Não
Figura 2: Frequência com que os alunos selecionaram as
respostas para a questão “Você acha que suas ações/atitudes têm
influência no Meio Ambiente?”
Escola 1 Escola 2
Figura 1: Frequência das percepções segundo as categorias de Meio Ambiente propostas por Reigota
(2010).
8
Na questão 2 analisou-se a noção de pertencimento ao Meio Ambiente dos
alunos. Como observado na figura 2, há uma grande diferença nas respostas das duas
escolas nessa questão. Na Escola 1 a maioria dos alunos apresenta uma noção de
pertencimento ao Meio Ambiente, enquanto na Escola 2 essa noção de pertencimento
não é compartilhada pela maioria dos alunos, havendo tecnicamente um empate entre os
alunos, uma vez que 17 alunos assinalaram sim e 16 alunos assinalaram não.
A questão 3 considerou a percepção dos alunos quanto a definição de lixo.
Também houve grande diferença nos resultados entre as duas escolas para essa questão,
como pode-se notar na frequência das alternativas (Figura 3). Na Escola 1 observou-se
um certo equilíbrio nas percepções de lixo, tendendo minimamente para uma visão
Holística, porém não é o suficiente para categorizar a turma de forma geral, uma vez
que ainda há forte percepção Restrita. Todavia, ressalta-se que a alternativa mais
assinalada foi a 8 (“O que já foi usado, mas às vezes pode ser reaproveitado”),
correspondendo a 71,88% dos alunos, ou seja, pode-se perceber uma inclinação da
turma como um todo para uma percepção mais Holística. Na Escola 2 há uma
predominância acentuada na visão Restrita, com destaque para a alternativa 5 (“Sujeira,
entulho”), que foi assinalada por cerca de 72,73% da turma.
Figura 3: Frequência das percepções do conceito de lixo segundo as categorias Holística e Restrita
A questão 4 avalia os efeitos/consequências dos Resíduos Sólidos no Meio
Ambiente. Nessa questão, como pode-se observar pela frequência das alternativas
(Figura 4), as diferenças entre as Escolas não foram tão expressivas como nas demais
questões. Na Escola 2 a diferença entre a proporção das escolhas das alternativas para
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
Holística Restrita
Figura 3: Frequência das percepções do conceito de lixo
segundo as categorias Holística e Restrita.
Escola 1 Escola 2
Figura 2: Frequência com que os alunos selecionaram as respostas para a questão “Você acha que suas
ações/atitudes têm influência no Meio Ambiente?”
9
essa questão variaram muito menos que na Escola 1; lembrando que quanto maior a
proporção das assertivas assinaladas, mais completa é a resposta. Contudo, embora a
Escola 2 tenha apresentado maior uniformidade nas respostas, onde as alternativas
verdadeiras eram quase todas assinaladas pela maioria dos alunos, ainda assim,
diferente da Escola 1, apresentou 3 alunos que assinalaram a única alternativa falsa, e
assim demonstou-se que nem todos os alunos tinham consciência das consequências dos
Resíduos Sólidos no Meio Ambiente.
Figura 3: Frequência com que os alunos selecionaram as respostas para a questão “Marque com um x nas
opções que, em sua opinião, melhor explicam os efeitos/consequências do lixo no Meio Ambiente.”
3.3. Listas
Para essa questão, serão consideradas apenas as atitudes que mais foram listadas.
Na Escola 1 houve um total de 90 atitudes erradas listadas e 81 atitudes certas. Dentre
as atitudes erradas podemos destacar 4 que mais foram listadas (Figura 5). Dentre as
atitudes certas destacam-se 6 que mais foram listadas (Figura 6).
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
Figura 4: Frequência com que os alunos selecionaram as respostas
para a questão “Marque com um x nas opções que, em sua opinião,
melhor explicam os efeitos/consequências do lixo no Meio
Ambiente.”
Escola 1 Escola 2
10
Figuras 5 e 6: Frequências das principais atitudes erradas e certas listadas – Escola 1
Na Escola 2 houve um total de 100 atitudes erradas listadas e 97 atitudes certas.
Dentre as atitudes erradas destacam-se 4 que mais foram listadas (Figura 7). Dentre as
atitudes certas destacam-se 7 que mais foram listadas (Figura 8).
FIGURA 5: FREQUÊNCIA
DAS PRINCIPAIS ATITUDES
ERRADAS LISTADAS -
ESCOLA 1
Jogar lixo nas águas, nos mares, praias,
rios, lagos, oceanos
Jogar lixo no chão, nas ruas, no quintal,
em terrenos baldios e nos bueiros
Acumular lixo
Deixar sacos de lixo aberto no meio da rua
Atitudes com frequência abaixo de 2
Outros
FIGURA 6: FREQUÊNCIA DAS
PRINCIPAIS ATITUDES
CERTAS LISTADAS - ESCOLA
1
Jogar o lixo no local certo (lixeira)
Reciclar
Não jogar lixo em local proibido, no chão, na rua ou
pela janela do carro Coleta seletiva
Não jogar lixo na água, praias, rios e oceanos
Reutilizar
Atitudes com frequência abaixo de 2
Outros
11
Figuras 7 e 8: Frequências das principais atitudes erradas e certas listadas – Escola 2
Em relação às atitudes erradas, observou-se que as duas mais listadas em ambas
as escolas foram: jogar lixo em corpos d’água e jogar lixo no chão, na rua em terrenos
baldio e bueiros, com um total de 60% para essas atitudes na Escola 1 e 70% na Escola
2. Em relação às atitudes certas, ambas as escolas apresentaram as mesmas atitudes
certas principais, porém em ordem de frequência diferentes.
3.4. Discussão
Quanto à análise dos questionários, pode-se dizer que, de modo geral, os alunos
das Escolas 1 e 2 diferiram significantemente em suas concepções e percepções.
Em relação à questão 1, observou-se uma diferença entre as concepções dos
alunos das duas escolas mas, apesar de na Escola 1 sobressair a visão Globalizante, no
geral para as duas escolas tendeu-se para uma visão Naturalista do Meio Ambiente, uma
vez que mesmo quando marcadas opções tidas como Globalizante muitas vezes pelo
menos uma opção Naturalista era assinalada. Este resultado concorda com outras
pesquisas similares, onde de uma forma geral os entrevistados tendem a uma percepção
Naturalista de Meio Ambiente. Em seu estudo, Marçal (2005) também faz uma
comparação entre as representações sociais de alunos de uma escola pública e uma
privada, e também encontra uma prevalência da visão Naturalista em alunos de ambas
as escolas. Silva e Sales (2000), a partir das associações de palavras com Natureza e
Meio Ambiente com alunos da 8ª série (9º ano) do Ensino Fundamental, também
caracterizaram as representações sociais de Meio Ambiente dos alunos como
Naturalista. O estudo mais conhecido que trata sobre o tema é o de Reigota (2010), onde
FIGURA 7: FREQUÊNCIA
DAS PRINCIPAIS ATITUDES
ERRADAS LISTADAS -
ESCOLA 2
Jogar lixo no chão, na ruas, nos
bueiros
Jogar lixo nos rios, lagos, praias, mar,
oceano
Não reciclar/reutilizar
Jogar restos de comida no ralo/vaso
sanitário
Atitudes com frequência abaixo de 2
Outros
FIGURA 8: FREQUÊNCIA
DAS PRINCIPAIS ATITUDES
CERTAS LISTADAS -
ESCOLA 2
Não jogar lixo no chão, nas ruas, nos bueiros
Reciclar
Não jogar lixo nas lagoas, rios, praias e
mares Jogar lixo no seu devido lugar (lixeira)
Coleta seletiva
Reaproveitar/reutilizar
Levar uma sacola ou guardar o lixo até
passar por uma lixeira Atitudes com frequência abaixo de 2
Outros
12
observou-se a representação de Meio Ambiente Naturalista em quase todos os
professores de um curso de Pós-graduação. Entre os professores participantes da
pesquisa, dentre os quais a maioria tinha formação em Ciências e Biologia, metade
representou o meio ambiente de maneira espacial, “lugar onde os seres vivos habitam”,
e outro grupo caracterizou o ambiente por seus elementos bióticos e abióticos.
Essa prevalência da percepção Naturalista do Meio Ambiente observada neste
trabalho reflete ainda uma pesquisa do Ministério do Meio Ambiente no contexto da
Rio+20 sobre “O que o brasileiro pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável”
(BRASIL, 2012), onde foi possível perceber o perfil das percepções sobre Meio
Ambiente do brasileiro adulto durante os anos de 1992 a 2012. Apesar do predomínio
da visão Naturalista em todas as pesquisas, foi possível observar uma mudança, ou
melhor, uma ampliação no conceito de Meio Ambiente, com a incorporação de novos
elementos, além dos naturais, como os atribuídos aos seres humanos e sociedade:
homem, mulher, indígena, cidades e favelas, e um significativo crescimento dos
percentuais atribuídos a esses elementos. Talvez seja possível traçar um paralelo dessa
ampliação de conceito observado nessa pesquisa com o resultado obtido na Escola 1,
onde a visão Globalizante se sobressaiu, demonstrando que pode estar havendo uma
mudança ou ampliação na percepção de Meio Ambiente, em contraponto aos estudos
supracitados.
Na questão 2, observou-se uma discrepância entre os resultados das duas
escolas. Na Escola 1 apenas 1/5 dos alunos não achava que suas atitudes tinham
influência sobre o Meio Ambiente, demonstrando que a turma em geral tinha noção de
pertencimento ao Meio Ambiente, o que em parte concorda com a prevalência da visão
Globalizante do Meio Ambiente. Já na Escola 2 praticamente metade dos alunos não
achavam que suas atitudes tinham influência sobre o Meio Ambiente, ou seja, a noção
de não pertencimento era clara, sobretudo se associarmos isso aos resultados da questão
1, com o predomínio da visão Naturalista. Os dados da Escola 1 concordam com o
trabalho de Teobaldo Neto e Colessanti (2004), onde a grande maioria dos alunos, cerca
de 91%, se consideravam parte integrante do Meio Ambiente, porém os dados da Escola
2 diferem completamente desse estudo.
Na questão 3 novamente houve diferenças significativas nas respostas dos
alunos das duas escolas. Os alunos da Escola 1 assinalaram mais alternativas de
classificação Holística, ou seja, que tratavam o lixo como resíduo sólido, pelo olhar da
reciclagem, reaproveitamento e reutilização do mesmo, mas a diferença entre as
percepções Holística e Restrita foi pequena, ou seja, não há uma concordância na
percepção de lixo entre os alunos. Já na Escola 2, os alunos em sua maioria
apresentaram uma percepção Restrita do tema, caracterizando o lixo simplesmente
como sujeira, algo imprestável, sem valor. Assim, no geral, a percepção Restrita de lixo
entre os alunos das duas escolas ainda é bem alta.
Esse resultado concorda com outros trabalhos da mesma temática. Oliveira
(2006) em sua pesquisa sobre a percepção dos Resíduos Sólidos de origem domiciliar,
constatou que a maioria dos entrevistados viam o lixo como “Material já utilizado que é
jogado fora”. Trabalhando com alunos de uma escola pública municipal, Teobaldo Neto
e Colessanti (2004) verificaram que a maioria dos alunos entende o lixo como “Restos
que não servem para nada, sujeira”, ou ainda “Material que o homem joga no chão, nas
ruas, e não utiliza mais”, onde essas respostas somam cerca de 82% dos entrevistados,
mostrando a prevalência da visão Restrita sobre o lixo. Em outro estudo realizado com
alunos do Ensino Fundamental, Menezes et al. (2005) registrou que a maioria dos
13
alunos percebe lixo como “O que não presta e não serve mais”, reforçando ainda mais a
visão Restrita que se tem sobre o lixo. Em todos os trabalhos descritos, aos quais incluo
este, a noção de reciclagem, reaproveitamento e reutilização do lixo é muito precária, e
em alguns casos até inexistente, demonstrando que faltam trabalhos juntos a esses
alunos que lhes possibilite uma visão mais crítica e ampla dos conceitos ambientais e de
lixo.
A questão 4 apresenta a visão dos alunos sobre as consequências do lixo no
Meio Ambiente. Como já dito anteriormente, excetuando-se a alternativa 3, todas as
demais eram proposições verdadeiras, e concordam com as consequências listadas por
outros autores, como Menezes et al. (2005), que observaram que os problemas
ambientais e de saúde causados pelo acondicionamento inadequado do lixo mais citados
pelos alunos foi a destruição do solo e da natureza, e as doenças; e também Oliveira
(2006), que teve como resultado para a questão “quais os problemas provocados pelo
acúmulo de lixo?” as seguintes respostas: “Causa doenças”, Causa mau cheiro”, “Causa
sujeira” e “Atrai animais nocivos”. Ainda Rodrigues et al. (2010) elencam uma série de
consequências da disposição incorreta dos lixos citados pelos entrevistados em sua
pesquisa, onde observamos como respostas: poluição ambiental, problemas de saúde,
causa mal cheiro, atrai animais, provoca sujeira nas ruas, e ainda uma minoria que acha
que não há consequência. Os resultados do presente trabalho para essa questão, em
ambas as escolas analisadas, se aproximam muito dos resultados de Rodrigues et al.
(2010), onde as respostas são semelhantes e há uma certa proporcionalidade nas
respostas, como consequências igualmente verdadeiras e importantes, e ainda um
pequeno número de entrevistados que acredita não haver consequências.
Em relação à análise das listas, pode-se constatar que houve uma igualdade entre
as atitudes certas e erradas listadas pelos alunos das duas escolas. A ideia proposta na
análise das listas era observar se após a apresentação de slides e intervenção com debate
orientado sobre o assunto, seria possível que as noções e percepções anteriormente
avaliadas pelo questionário pudessem ter se alterado, de modo que, havendo diferenças
nessas percepções entre as escolas, os alunos de ambas as escolas chegassem a um
resultado final próximo de conhecimento sobre o assunto, e atingissem resultados
próximos para essa atividade (lista). Considerando os dados pode-se observar que as
atividades e os resultados foram satisfatórios, uma vez que ao fim da atividade, pelo
menos se considerarmos as listas, os alunos das duas escolas aparentemente continham
a mesma informação sobre o assunto, podendo dialogar em igualdade.
4. Considerações Finais
Os resultados demonstram que nas duas escolas, de forma geral, houve uma
prevalência da percepção Naturalista acerca do Meio Ambiente, embora na Escola 1
tenham se inclinado timidamente à visão Globalizante, o que nos faz pensar em uma
possível mudança na visão de Meio Ambiente. Os resultados também mostram que a
percepção do que é lixo, de forma geral em ambas as escolas, é predominantemente
Restrita, ou seja, reduz-se a conceitos limitados acerca de lixo, e pouco exploraram
conceitos de reciclagem, reaproveitamento e reutilização dos resíduos. Nota-se ainda
que, devido em parte à visão fragmentada e restrita de Meio Ambiente, alguns alunos
têm dificuldade em perceber que suas ações têm influência sobre o mesmo, ou ainda
carecem de consciência ambiental frente aos problemas atuais.
14
Em vista disso, percebe-se que se faz necessária uma Educação Ambiental
crítica, onde se perceba e entenda o Meio Ambiente em sua multidimensionalidade, em
todas suas faces, natural, ambiental, cultural e social, e ainda que seja tratado num
contexto interdisciplinar e multidisciplinar, e não meramente como uma disciplina
isolada, pois então sua multidimensionalidade será percebida. Destaca-se também que a
Educação Ambiental deve ser tratada de forma contínua e permanente, pois entendemos
que a formação de um sujeito ecológico crítico é imprescindível para o sucesso da
questão ambiental.
Referências Bibliográficas
BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros
curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Secretaria
de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 126 p.
CARVALHO, I. C. M. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. 4ª
edição. São Paulo: Cortez, 2008. 256 p
CRESPO, S. O Que o Brasileiro Pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável:
Pesquisa Nacional de Opinião – Principais Resultados, 2012. Rio de Janeiro:
Overview, 82 p. 2012
DICIONÁRIO AURÉLIO ONLINE. Disponível em: <
http://www.dicionariodoaurelio.com/> Acesso em: 10 de out. 2014
DICIONÁRIO MICHAELLIS ONLINE. Disponível em: <
http://michaelis.uol.com.br/> Acesso em: 10 de out. 2014.
EIGENHEER, E. M. A limpeza urbana através dos tempos. Porto Alegre, 2009.
Disponível em: <http://www.lixoeeducacao.uerj.br/imagens/pdf/ahistoriadolixo.pdf.>
Acesso em: 10 de out. 2014.
GUIMARÃES, M.; SOARES, A. M. D; CARVALHO, N. A. O.; BARRETO, M. P.
Educadores Ambientais nas Escolas: As Redes como Estratégia. Caderno Cedes,
Campinas, v. 29, n. 77, p. 49-62, 2009.
LOPES, M. A. Percepção Ambiental dos Moradores de Viçosa Sobre Resíduos Sólidos.
2012. 50 f. Monografia (Especialista em Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental) –
Faculdade Redentor, Ponte Nova – Minas Gerais. 2012.
MARÇAL, M. P. V. Educação Ambiental e Representações Sociais de Meio Ambiente:
uma análise da prática pedagógica no Ensino Fundamental em Patos de Minas – MG
(2003-2004). 2005. 119 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal
de Uberlândia, Uberlândia. 2005.
MENEZES, M. G.; BARBOSA, R. M. N.; JÓFILI, Z. M. S.; MENEZES, A. P. A. B.
Lixo, Cidadania e Ensino: Entrelaçando Caminhos. Química Nova na Escola. N. 22,
2005.
15
OLIVEIRA, N. A. S. A Percepção dos Resíduos Sólidos (Lixo) de Origem Domiciliar,
no Bairro Cajuru-Curitiba-Pr: Um Olhar Reflexivo a Partir da Educação Ambiental.
2006. 174 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Paraná,
Curitiba. 2006.
PELEGRINI, D. F.; VLACH, V. R. F.; As Múltiplas Dimensões da Educação
Ambiental: Por uma Ampliação da Abordagem. Sociedade & Natureza, Uberlândia, n.
2, p. 187-196, 2011.
REIGOTA, M. O que é Educação Ambiental. 2ª edição. São Paulo: Brasiliense, 2009.
107 p.
REIGOTA, M. Meio Ambiente e Representação Social. 8ª edição. São Paulo: Cortez,
2010. 93 p.
RODRIGUES, A. S. L.; REZENDE NETO, O. A.; MALAFAIA, G. Análise da
Percepção Sobre a Problemática Relativa aos Resíduos Sólidos Urbanos Revelada por
Moradores De Urutaí, Goiás, Brasil. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico
Conhecer, Goiânia, v.6, n. 11, 2010.
SILVA, J. A.; SALES, L. C. Educação Ambiental: Representações Sociais de Meio
Ambiente de Alunos de 8ª Série do Ensino Fundamental em Escolas Públicas Estaduais
de Teresina-Pi, 2000. Disponível em: <
http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/evento2002/GT.15/GT15_
1_2002.pdf> Acessado em: 12 de nov. 2014.
SILVA, J. N.; MELO, A. V. O. M. Percepção Ambiental de Alunos de Uma Escola
Pública Em Nossa Senhora do Ó – Ipojuca – Pe, Sobre a Seleção de Lixo e Tempo de
Decomposição. Educação Ambiental em Ação, n 39, 2012.
TAVARES, I. A. P. Do Lixo à Reciclagem: Uma Visão Sobre o Trabalho dos
Catadores no Município de Divinópolis. 2009. 85 f. Dissertação (Mestrado em
Educação, Cultura e Organizações Sociais) – Universidade do Estado de Minas Gerais,
Divinópolis. 2009
TEOBALDO NETO, A; COLESSANTI, M. T. M. Lixo: uma palavra, vários olhares.
In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE GEOGRAFIA, PERCEPÇÃO E COGNIÇÃO DO
MEIO AMBIENTE. Londrina, 2005.