Os Principais Transtornos Psiquiátricos Maternos no Puerpério e o Impacto na Amamentação

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UNIVERSIDADE PAULISTA SUELLEN SANTOS OS PRINCIPAIS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS MATERNOS NO PUERPÉRIO E O IMPACTO NA AMAMENTAÇÃO

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Trabalho de Conclusão de Curso da Aluna Suellen Pieretti dos Santos.Pós-Graduação em Saúde Mental para Equipes Multiprofissionais.

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UNIVERSIDADE PAULISTASUELLEN SANTOS

OS PRINCIPAIS TRANSTORNOS PSIQUITRICOS MATERNOS NO PUERPRIO E O IMPACTO NA AMAMENTAO

SO PAULO2013SUELLEN SANTOS

OS PRINCIPAIS TRANSTORNOS PSIQUITRICOS MATERNOS NO PUERPRIO E O IMPACTO NA AMAMENTAOTrabalho de Concluso de Curso para obteno do ttulo de Especialista em Sade Mental para Equipes Multiprofissionais apresentados Universidade Paulista UNIP.

Orientadores:Profa. Ana Carolina Schmidt de OliveiraProf. Hewdy Lobo Ribeiro

SO PAULO2013SUELLEN SANTOS

OS PRINCIPAIS TRANSTORNOS PSIQUITRICOS MATERNOS NO PUERPRIO E O IMPACTO NA AMAMENTAOTrabalho de concluso de curso para obteno do ttulo de Especialista em Sade Mental para Equipes Multiprofissionais apresentados Universidade Paulista UNIP.

Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _______________________/__/___ Prof. Hewdy Lobo Ribeiro Universidade Paulista UNIP _______________________/__/___ Profa. Ana Carolina S. Oliveira Universidade Paulista UNIP DEDICATRIAPrimeiramente a Deus, que se fez presente nos momentos mais difceis da minha vida, me fortificando a cada dia;A minha mezona Edna e ao meu grande Amor Claudinei, que ao longo do curso sempre me deram foras para nunca desistir dos meus objetivos, fazendo que a cada dia esse sonho se concretizasse;Agradecer tambm ao pequeno fruto deste grande amor, sendo ele ou ela to pequeno a cada dia amo cada vez mais.

AGRADECIMENTOS

minha Professora que de uma maneira to especial me apresentou a Sade Mental, e nunca irei esquec-la, sendo ela a causadora da paixo pela minha profisso, Fernanda Pitanga.s minha amigas Claudia, Queli e Grazi que ao longo da jornada caminharo sempre do meu lado. Ao meu mestre Hewdy Lobo por proporcionar conhecimento e ensino nos guiando a cada dia.A minha orientadora Prof. Ana Carolina por no medir esforos para ajudar no desenvolvimento deste trabalho, sem esquecer-se dos demais.A todos aqueles que acreditaram e ajudaram para que este sonho se concretizasse, e com a graa de Deus esta etapa esta sendo vencida.

RESUMOEstudos mostram que a gestao e o puerprio podem desencadear ou agravar transtornos mentais na mulher, impactando a relao da me com o beb. Nos diversos quadros os pacientes podem apresentar tristeza, e pensamento de morte. O objetivo do presente estudo foi verificar na literatura brasileira os impactos dos transtornos mentais maternos no puerprio e no aleitamento materno. Estudos apresentados revelaram impactos negativos para o aleitamento materno em mes com transtornos mentais. Se sugere que novos estudos devem ser realizados abordando a temtica, para se pensar formas de a poltica do aleitamento materno incluindo as mes com transtornos mentais. Palavras Chaves: Transtornos Mentais, Puerprio, Aleitamento Materno.

ABSTRACT

Studies shows that pregnancy and puerperium can initiate or aggravate mental disorders in the woman, impacting the relation between mother and baby. In the several frameworks patients may present sadness, and thoughts of death. The aim of this study was to verify the impact of maternal mental disorders in the puerperium and during breast feeding in the Brazilian literature. Studies run have been disclosing negative impact for breast-feeding in mothers with mental disorders, suggesting that new studies should be held approaching the theme, in order to think about ways for policies of breast-feeding including mothers with mental disorders.

Keywords: Mental Disorders, Puerperium, Breast- Feeding.

SUMRIO

1 INTRODUO 091.1 O puerprio como fator de vulnerabilidade para transtornos mentais 091.2 A importncia no aleitamento materno 112 OBJETIVOS 163 METODOLOGIA 174 RESULTADOS E DISCUSSO 184.1 A relao da me com o beb no aleitamento materno 184.2 O impacto da depresso ps-parto no aleitamento materno 194.3 Tratamento com eletroconvulsoterapia (ECT) 215 CONCLUSES 226 REFERNCIAS 23

1 INTRODUO

1.1 O puerprio como fator de vulnerabilidade para Transtornos Mentais O puerprio o perodo do estado gravdico que se inicia aps o parto com a expulso da placenta, tendo seu termino imprevisto na medida em que se relaciona com o processo de amamentao (GONALVES, 2005).O perodo do puerprio que se caracteriza o maior risco de surgimento de transtornos mentais na mulher, comparando com os demais perodos da vida. Durante a gestao a mulher passa por diversas modificaes, desde alteraes da imagem corporal, a sexualidade e a prpria gravidez, somando tambm os conflitos da feminidade (ZANOTTI et al, 2003).No puerprio ocorrem reaes conscientes, como as envolvendo o ambiente familiar e social, mas tambm inconscientes. Um dos exemplos de vivncia inconsciente est relacionado ao fato de durante o longo perodo dos noves meses de gestao o filho parte integral da mulher, e somente no nascimento a mulher vive a angstia do trauma, e a perda do nascimento (ZANOTTI et al, 2003). As alteraes hormonais e neuroqumicas so bastante caractersticas nesse momento do ciclo de vida de uma mulher, e ficam mais evidentes aps o parto (TUONO et al, 2007). O puerprio um perodo de bruscas mudanas no corpo da mulher, mudanas fisiolgicas, psicolgicas e sociais, e nessa poca que ficam mais vulnerveis para ocorrerem os transtornos psiquitricos (CANTILINO et al, 2010).Neste perodo ocorrem modificaes e adaptaes intensas, como a psico-orgnicas que ocorre o processo de involuo dos rgos reprodutivos como na situao pr-gravdica, a descida da lactao e a intensas alteraes emocionais (PATINE; FURLAN, 2006).O nascimento gera todas estas mudanas, sendo mais evidentes nesta poca os transtornos psiquitricos como: a disforia do ps-parto, a sndrome da tristeza ps-parto e tambm a psicose puerperal (RAMOS; FURYADO, 2007). A disforia puerperal ou (maternity blues ou postpartum blues) considerada ainda como uma das formas mais leves e transitrias de quadros do puerprio, atingindo um pico no quarto e quinto dia aps o parto, a mulher apresenta choro com facilidade, sendo esse choro no relacionado com a tristeza. Podem ser identificado entre 50 85 % das mulheres dependendo dos critrios diagnsticos utilizados (CAMACHO et al, 2007). Para este quadro no necessrio interveno farmacolgica. Apenas no sentido de manter suporte emocional, a abordagem feita no auxilio e na compreenso com os cuidados com o beb (CANTILINO, 2003).A prevalncia de depresso ps-parto (DPP) est em torno de 13% podendo ter repercusses negativas na interao me beb e em outros aspectos da vida, devendo ser tratada os critrios diagnsticos so iguais da depresso comum, sendo a nica diferena ocorrer no ps- parto (CANTILINO et al, 2010).A CID-10 define que a depresso ps-parto tem o inicio na sexta semana ps-parto e acrescenta a ausncia de complicaes clinicas definindo como sintomas mais intensos choro fcil, desnimo, sentimento de culpa, fracasso, irritabilidade, falta de concentrao, distrbios do sono e pensamentos sobre morte (CANTILINO et al, 2007) j na DSM-IV define a depresso ps-parto com inicio dentro das quatros semana ps-parto (KAMMERER et al, 2009).Segundo Silva e Botti (2005) os fatores desencadeantes de DPP podem ser: antecedentes familiares de depresso, antecedentes pessoais, qualidade pr-mrbida, complicaes gravdicas, (parto de risco, parto complicado) e comprometimento clnico. Segundo Schwengber e Piccinini (2003) o comprometimento clnico, alm dos fatores citados acima, o estado civil tem sido causa de maior incidncia de DPP. Mes solteiras, que de fato de no tm nenhum apoio social, logo aps o nascimento podem de fato adoecer, pois acabam vivenciando uma srie de acontecimentos ao mesmo tempo (por exemplo: as mes vivenciam um namoro sem comprometimento, aps o parceiro saber da gravidez so abandonadas, alm da maioria das vezes no terem tambm um suporte familiar, ou mes solteiras podem adoecer no ps-parto devido sobrecarga de todos os acontecimentos da gravidez e parto somado falta de apoio social). Enfim pode-se dizer que a DPP no um fato isolado, mas uma combinao de fatores biolgico, obstetrcios, scias e psicolgicos. Com a reforma psiquitrica e a intersetorialidade, o Centro de Ateno Psicossocial (CAPS) vem cada vez mais acompanhando uma grande demanda de mulheres vtimas transtornos psiquitricos materno, e a estratgia da Sade da Famlia realizar o pr-natal trazendo frente a problemtica DPP (KOGINA, 2004). Os profissionais no mdicos tambm podem na ateno primaria detectar os sinais e sintomas da DPP atravs das escalas auto aplicveis e de fcil manejo, pensando nessa praticidade foram criadas duas escalas de avaliao: a EPDS em 1987, e a Postpartum Depression Screening Scale (PDSS) em 2000, ambas traduzidas para o portugus (CANTILINO et al., 2003).A Psicose puerperal tem seu inicio abrupto nas duas primeiras semanas aps o nascimento, descrevendo um quadro de delrios e alucinaes e tambm um estado confusional, que parece peculiar nos quadros de psicose puerperal, podendo haver sintomas depressivos, manacos e de pensamentos desorganizados todos envolvendo seu filho. Apesar de o suicdio ser raro, a incidncia nesses pacientes com transtornos psicticos neste perodo alta, em geral necessitando de interveno hospitalar (CHAUDRONE; PIES, 2003). Estudos recentes revelam que mulheres portadoras da psicose puerperal que cometem infanticdio necessitam mais de tratamento e reabilitao, do que de punio, a fim de evitar outras complicaes e gravidades do prprio quadro do transtorno (SPINELLI, 2004).1.2 A importncia do Aleitamento MaternoA amamentao uma das primeiras intervenes nutricionais que a me pode realizar para assegurar o bem estar de seu filho, sendo uma importante ao de promoo sade. No Brasil, apesar de estudos mostrarem uma tendncia a aumento da prtica da amamentao nas ltimas trs dcadas, aes de incentivo a essa prtica devem ser intensificadas, j que estamos longe de atingir as metas propostas pela Organizao Mundial da Sade (BRASIL, 2009). O leite materno chamado nos primeiros dias de colostro, porque contm mais protenas e menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite secretado a partir do stimo ao dcimo dia aps o parto, sendo sua principal protena a lacto albumina (BRASIL, 2002).Se a alimentao variar normalmente, o leite materno surpreendentemente apresenta composio semelhante para todas as mulheres que amamentam no mundo. Apenas as com desnutrio grave poder ter o seu leite afetado na sua qualidade e quantidade, segundo a Organizao Mundial da Sade (BRASIL, 2009). Na ltima dcada muitos estudos tm evidenciado a importncia do aleitamento materno para o recm-nascido, com essa nova ideia sobre a importncia do aleitamento materno as purperas se beneficiam dessa prtica, que por alguns anos acabou sendo descriminada pela sociedade (LABBOK, 2001).No Brasil, a mdia de amamentao de 10 meses, e a media de amamentao exclusiva de 23 dias, havendo variao regional, portanto para tentar reverter este quadro, varias organizaes vem implementando aes, como a Organizao Mundial da Sade (OMS), o Fundo das Naes Unidas para a Infncia (UNICEF), a Academia Americana de Pediatria o Colgio Americano de Obstetrcia e Ginecologia. No Brasil, os rgos responsveis pelo estmulo ao aleitamento materno so Ministrio da Sade, Instituto da Sade de So Paulo, Secretarias do Estado dentre outras (BRASIL, 2001 A).Segundo Escuder, Venancio e Pereira, (2003) a Organizao Mundial da Sade (OMS) e a Fundo das Naes Unidas para a Infncia (UNICEF) diz que a vida das crianas vem sendo salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentao exclusivas, em torno de seis milhes, o que estudo vem a demonstrar que o aleitamento materno protege contra diarreia e infeces respiratrias.Estudos recentes revelam que um dos fatores de proteo contra mortes em neonatais, a amamentao na primeira hora de vida (EDMOND et al., 2006).Particularmente considerando que ajudar as mes a iniciar o aleitamento na primeira meia hora aps o nascimento, este recomenda o contato pele-a-pele precoce e prolongando no perodo ps-parto imediato, que deve durar at a primeira mamada ou pelo tempo que a me desejar (NAKANO et al., 2007).A pele-a-pele do contato precoce evidenciado neste passo significa colocar o beb nu em posio PRONA sobre o peito da me imediatamente aps o parto incentivando o primeiro vinculo (OMS, 2000).Este contato cria um ambiente timo para a adaptao do recm - nascido vida extrauterina e considerado como um potencial mecanismo para a promoo do aleitamento materno precoce (ALMEIDA; FERNANDES; ARAUJO, 2004).Umas das situaes que pode tambm levar a amamentao precoce o tipo de parto, as mulheres que so submetidas ao parto operatrio passam por dois impactos importantes, o da cirurgia propriamente dita, e o da tcnica anestsica escolhida, porem manifestam-se cansadas, sonolentas e, ainda, em condies de dor, postura inadequada devido ao posicionamento na mesa de parto, estados de anestesia e recuperao, tais situaes podem dificultar o processo de amamentao (SANTOS, 2002).A Organizao Mundial da Sade (OMS) e o Ministrio da Sade recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado at os dois anos ou mais (OMS, 2000).Segundo Tabachi & Santos, (2005) em comparao com o leite de vaca, o leite materno apresenta 10 vezes mais caroteno proporcionando imunidades e contendo altos nveis de imunoglobulinas IgG e IgA, que proporciona e protege os recm- nascidos de doenas respiratrias e gastrointestinais, sendo que um timo laxativo e auxilia na eliminao do mecnio, evitando enfim o aparecimento da ictercia. O aleitamento acaba no s protegendo o beb quando criana, mas isso acaba se estendendo para toda sua vida, tambm h relatos que no a risco de desenvolver cncer antes dos 15 anos por ao imunoduladoras, ento estudos vem a demonstrar que crianas prematuras amamentadas tem o QI mais elevado, do que aquela criana que se alimentava com formulas da amamentao essas so umas das vantagens fornecidas pelo leite (RAMOS; ALMEIDA, 2003).A amamentao uma tcnica que exige aprendizagem e prtica, e nem sempre fcil o seu incio, no basta s mulher estar informada das vantagens do aleitamento materno e optar pela amamentao, para levar adiante sua opo, ela muitas vezes necessita de apoio de um profissional habilitado para ajud-la (MAIA, 2007).Sabe-se que efeito da amamentao pode levar ao menor risco de morte por artrite reumatoide e h tambm controvrsia quanto a seu efeito contra certas fraturas sseas, especialmente coxofemorais, pois certamente h estudos mostrando que mulheres que amamentam apresentam menos osteoporose e menos fraturas, em trabalhos recentes publicados mostra outros benefcios que o retorno do peso e menor sangramento uterino ps-parto, em consequncia menor risco de anemia (REA, 2004). O fato de amamentar tambm produz benefcios importantes sobre o ponto de vista econmico, o gasto seria exclusivamente da me e com isso o beb gozaria de tais benefcios (ANTUNES et al., 2008).Para o aleitamento materno necessrio motivao, que est alicerada em princpios biomdicos e culturais, de acordo com o momento histrico e a intencionalidade atribuda para o ato de amamentar. Os princpios biomdicos reforam os discursos de promoo sade do beb e so repetidos pelo enfermeiro durante a ateno sade da mulher. Estes aspectos cientficos esto respaldados por meio de pesquisas geradas nas ltimas dcadas, contudo j foram comprovados os parmetros nutricionais do leite como; qumicos, fsicos, imunolgicos, microbiolgicos e fisiolgicos e a produo de ocitocina que ocorre durante a mamada, h diminuio do risco de cncer de mama e de ovrio dentre outras vantagens (RUBIO, 2004; ANTUNES et al., 2008).Ento se pode afirmar que no existem mais dvidas de que a amamentao a melhor forma de interagir com o beb, alimentao ao seio uma das maiores arma que se dispe para combater a desnutrio, a morbidade e a mortalidade infantil, o aleitamento materno oferece fontes de nutriente especialmente para proteo contra micro-organismos patognicos, e uma forte relao entre me e filho, reduz a probabilidade de alergias, e um excelente mtodo contraceptivo (nos primeiros seis meses) aps o parto, desde que a amamentao seja exclusiva e ainda no tenha menstruado (BRASIL, 2009).Em contraste com o avano do conhecimento sobre o papel da amamentao e do leite humano para a sade da criana, sabe-se pouco acerca dos benefcios do aleitamento materno para a mulher, e por esse tema deve constituir um importante objeto de estudo nas prximas dcadas (LABBOK, 2001).Muitos fatores contribuem para o desmame precoce. No entanto, a falta de conhecimento sobre o aleitamento materno por parte das mes tem representado um papel importante na reduo da durao dessa prtica (BRASIL, 2002).Diante do exposto, o presente estudo se justifica pela importncia do aleitamento materno, pela necessidade de estudos adaptados cultura brasileira que investiguem os impactos dos transtornos mentais maternos no ps-parto para este aleitamento, uma vez que h evidncias de que estes transtornos afetam a relao me- beb.

2 OBJETIVOSO objetivo do presente trabalho foi verificar os impactos dos transtornos mentais da me no puerprio e o reflexo no aleitamento materno.

3 METODOLOGIATrata-se de uma pesquisa bibliogrfica de carter descritivo e exploratrio, de artigos cientficos, dissertaes e teses nacionais sobre os impactos dos transtornos mentais maternos no puerprio e os impactos no aleitamento materno.A pesquisa bibliogrfica consiste em realizar uma reviso da literatura j existente sobre a temtica e sintetizar resultados de pesquisas sobre um delimitado tema, de forma sistemtica e ordenada, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento do tema pesquisado (LAKATOS; MARCONI, 2005).A coleta de dados foi realizada por meio da vasta consulta ao acervo cientfico da Biblioteca Virtual em Sade (BVS), nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Cincias da Sade (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Ministrio da Sade (MS), a partir de descritores norteadores como: sade mental ps parto, principais transtornos psiquitricos maternos no puerprio, transtornos mentais e aleitamento materno, depresso ps parto e aleitamento materno, psicose puerperal e aleitamento materno, entre outros.Os critrios de incluso foram artigos, dissertaes e teses disponveis na ntegra nas bases de dados citadas; no idioma portugus; e gerados nos ltimos quatorzes anos. Os critrios de excluso foram: produo cientifica que no convergiam com a temtica proposta, ou seja, a abordagem tanto o tema Transtorno Mental Ps Parto como Aleitamento.Os artigos foram selecionados em uma primeira etapa pelo ttulo, e em uma segunda etapa pelo resumo. Por fim, aqueles estudos selecionados foram lidos na ntegra, e foram excludos aqueles que no atendessem aos critrios de incluso e atendessem ao de excluso.

4 RESULTADOS E DISCUSSO

4.1 A relao da Me com o beb no Aleitamento MaternoNutrir a criana muito mais que amamentar um processo que envolve interao profunda entre me e filho, com repercusses no estado nutricional da criana, em sua habilidade de se defender de infeces, tanto em sua fisiologia, quando em seu desenvolvimento cognitivo e emocional, alm de ter implicaes na sade fsica e psquica da me. (CASTRO; ARAJO, 2006).O contato fsico na amamentao aumenta a possibilidade de se estabelecerem as oportunidades de conhecimento mtuo, e o estabelecimento desses vnculos considerado a intimidade entre os membros da dupla (ALFAYA; SCHERMANN, 2005).A equipe de sade que assiste ao parto deve criar um ambiente tranquilo, assim como proporcionar conforto fsico e emocional, a fim de facilitar o contato intimo entre me e filho, o mais precocemente possvel (BRASIL, 2001 B). Apesar deste padro ideal de conforto preconizado, nem sempre os profissionais de sade mostram-se disponveis para o acolhimento, e as mulheres sentem-se desajeitadas para o primeiro encontro com o filho (NAKANO et al., 2007).Assim a atuao dos profissionais de sade tambm pode ter influncia negativa no estabelecimento e manuteno do aleitamento materno, caso tais profissionais no sejam capazes de enxergar alm do manejo clnico, e com isto, deixar de oferecer o suporte necessrio s mes (NAKANO et al., 2007).Quando a purpera se encontra no estado de lactao, que tudo se torna concreto, e perante as dificuldades em relao ao beb pode colocar em dvida a quantidade e a qualidade do leite, a capacidade de cuidar de seu filho, e como consequncia a inibio da lactao, desencadeando sua ansiedade, por sua vez o profissional treinado deve estar ao lado da me orientando no inicio no aleitamento materno, e solucionando suas dvidas (UNICEF; IBFAN, 2002).Sendo assim, o que deve ser explorado pelos profissionais so os benefcios do aleitamento materno, com vantagens relacionadas sade e ao bem- estar da me e da criana (PARADA, et al. 2005).A amamentao, quando bem sucedida, pode ser concebida como um elemento que facilita o elo, ou a funo materna de se colocar em sintonia com o beb, atendendo s suas necessidades primordiais e contribuindo para que ele desenvolva a capacidade de estabelecimento de relaes objetais; capacidade que se ampliar do objeto materno para o mundo exterior, norteando, inclusive, seus futuros relacionamentos (MONTEIRO, 2003).Dessa forma, a compreenso dos motivos pelos quais muitas mulheres deixam de amamentar seus filhos e a atuao junto famlia na tentativa de intervir nos aspectos que levam deciso do desmame importante (SILVA, 2000).

4.2 O Impacto da Depresso Ps Parto no Aleitamento MaternoFilhos de mulheres com sintomas de depresso ps-parto apresentam maior risco de interrupo precoce do aleitamento materno exclusivo nos dois meses de seguimento (RR = 1,46; IC95%: 0,98-2,17 e RR = 1,21; IC95%: 1,02-1,45, respectivamente). Entre mes que amamentam exclusivamente at o primeiro ms de vida, depresso ps-parto no se associou interrupo precoce do aleitamento materno exclusivo (RR = 1,44; IC95%: 0,68-3,06). Esses achados apontam para a importncia da sade mental materna no sucesso do aleitamento materno exclusivo (HASSELMANN et al., 2008)Uma pesquisa feita na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) indica que crianas de mes com sintomas de depresso ps-parto apresentam risco 80% maior de interrupo precoce do aleitamento materno exclusivo. (HASSELMANN et al., 2008)A pesquisa apontou ainda que no primeiro ms de vida a interrupo precoce de aleitamento materno foi cerca de 60% mais alta entre as crianas que moravam em condies ambientais insatisfatrias. a suspeio de depresso ps-parto foi mais determinante na interrupo da amamentao do que as variveis socioeconmicas. (HASSELMANN et al., 2008).A depresso ps-parto (DPP) pode representar no somente os perfis psicolgico-emocionais maternos, mas tambm aspectos relacionados a dificuldades em amamentar. Outra possvel explicao estaria atrelada relao que a DPP tem com os cuidados maternos e a interao me-filho. (HASSELMANN et al., 2008).Sintomas de depresso no ps-parto imediato podem levar interrupo precoce do aleitamento em virtude de sentimentos de baixa auto-estima e auto-confiana, o que pode gerar na me uma percepo exagerada das dificuldades para amamentar. Isso sugere que mes com DPP podem perder a confiana em seu papel materno, deixando de perceber os benefcios da amamentao. (HASSELMANN et al., 2008).Tendo em vista que os transtornos mentais puerperais trazem um impacto para a relao me-beb, estudos recentes mostram que os filhos de mes que apresentam diagnstico de depresso ps-parto tem maior dificuldade de dormir e se alimentar, sendo uma importante discusso a de como afetado o aleitamento materno nestas condies (RIGUETTI et al., 2002).A DPP no esta relacionada maternidade, mas sim ao desempenho do papel de me. De um modo geral a DPP tem os mesmos sintomas de depresso de outros momentos da vida, somado a fatores como: desinteresse pelo beb; sentimento de culpa por no conseguir cuidar do filho; o afastamento da me e do beb; e a necessidade de outra pessoa cuidar do beb. Estes aspectos podem dificultar ainda mais o vinculo afetivo me-beb (KAPLAN, 2003; JOSEFSSON, 2001).Mesmo com sintomas sutis de DPP, este transtorno pode afetar o beb, sendo o mesmo capaz de perceber as deficincias no comportamento materno, podendo repercutir na interao me e bebe, e consequentemente no desenvolvimento da criana. Esse quadro tende a piorar quando os cuidados so intensivos com o beb, pois mes deprimidas tendem a ser responsivas ao interagirem com o beb, e mostram mais afetos negativos e menos positivos, do que a me no deprimida. (SCHWENGBER et al., 2003 ).As estratgias utilizadas para o manejo da DPP quando um paciente no responde ao tratamento com antidepressivos 1) aumento da dose; 2) potencializao com ltio ou tri-iodotironina T3; 3) associao de antidepressivos; 4) troca de antidepressivos; 5) eletroconvulsoterapia; 6) associao com psicoterapia (FLECK et al., 2009).

4.3 Tratamento com Eletroconvulsoterapia (ECT)A eletroconvulsoterapia, empregada com sucesso no caso clnico relatado, foi sugerida como sendo extremamente eficaz no tratamento da psicose puerperal, em particular nos casos refratrios a tratamentos somticos convencionais (RABHERU, 2001).A rapidez e a eficcia da interveno por ECT podem ser determinantes para que se desenvolva uma adequada vinculao me-lactente, reduzindo a durao da descompensao psictica e do internamento, frequentemente necessria em quadros de PP. De fato, uma disfuno precoce da relao me-lactente associa-se a consequncias adversas para a criana a curto e longo prazo (MURRAY, 1999). Outro benefcio do recurso ECT prende-se com a possibilidade de permitir me prosseguir com a amamentao. Uma significativa proporo dos psicofrmacos segregada no leite materno, nem sempre existindo dados quanto ao seu efeito imediato e a longo prazo no desenvolvimento dos lactentes. Os benefcios da amamentao esto amplamente reconhecidos; segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS) e a agncia United Nations Children's Fund (UNICEF), o mximo benefcio da sade e desenvolvimento dos lactentes consagra a amamentao exclusiva nos primeiros quatro a seis meses de vida (WORLD, 2011).Na eletroconvulsoterapia, o uso de agentes anestsicos seria uma limitao potencial amamentao. Um estudo envolvendo frmacos comumente utilizados na induo anestsica (propofol, midazolam e fentanil) documentou doses mximas no lactente inferiores a 0,1% da dose administrada bem abaixo do limiar clnico de significncia da exposio de lactentes a frmacos segregados no leite materno. As recomendaes atuais no preconizam, pois, a interrupo da amamentao aps a recuperao ps-anestsica (NITSUN et al., 2006).Para as gestantes, que de modo geral no podem ser expostas a determinados tipos de medicaes durante a gravidez, ou aquelas que no respondem ao tratamento, a melhor maneira de tratar quadros depressivos, ideias suicidas e psicose a eletrocolvulsoterapia (ECT). Pesquisas recentes revelam que o risco mnimo durante a gravidez um dos recursos mais til no tratamento de transtornos psiquitricos em gestantes, sendo a melhor medida teraputica (MALETZKY, 2004).

5 CONCLUSESA cada dia verifica-se que estudos revelam grande importncia crescente ao aleitamento materno e pesquisa tem focado no prejuzo que os transtornos mentais maternos podem ocasionar no somente sade da me, mas do beb tambm.Os transtornos mentais maternos quando no tratados pode trazer diversos agravos relao me e beb. As medidas de tratamento ainda so amplamente discutidas, devendo-se levar em considerao a relao riscobenefcio do tratar e no tratar, ou de como tratar. Sendo, assim, o bom senso do profissional um aliado importante quanto escolha do tratamento nesses casos.Os estudos sobre o aleitamento materno revelam que este um dos fatores de proteo para o lactente, principalmente nos primeiros seis meses de vida, destacando a importncia da assistncia da gestante do pr-natal ao puerprio. A orientao purpera para o aleitamento materno no deve se restringir a apenas informaes padronizadas e verbais, devendo ser uma orientao personalizada e pratica. Assim, todas as dificuldades enfrentadas por mes portadoras de transtornos mentais podem ser contempladas.Entendendo que a dificuldade encontrada na promoo da amamentao materna relativa a um complexo de fatores desde sociais, pessoais, de personalidade, psicolgicos, psiquitricos e at fatores socioeconmicos, verifica-se a necessidade do funcionamento desta promoo em rede, envolvendo todos os profissionais da sade, assistncia, educao, polticas de sade, enfim, toda a sociedade.O presente trabalho conclui que h a necessidade da realizao de mais estudos que visem colaborar com a diminuio dos impactos dos transtornos mentais da me no aleitamento materno.

6 REFERNCIAS

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