Outros Sons, Outras Terras

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Resenha sobre música e multicultura,

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Outros Sons. So Paulo: Callis, 2003Almeida, Berenice Pucci, Magda A msica como instrumento de educaoCrianas e Jovens precisam que capacidades sejam desenvolvidas para que possam enfrentar os desafios do mundo.Dentre estas capacidades, ressaltamos 3: Como aprender Como conhecer a ti mesmoRespeitar e conhcer o outro O projeto se propoe a estimular o conhecimento sobre a histria, a cultura e a msica de outros povos. Multiculturismo como FenmenoAo vivenciar a pluralidade musical, precisamos compreender a multiplicidade de expresses que unem e causam confrontos entre os povos.Educao musical encontrar uma forma criativa para nos aproximarmos de diversar cultura sem cair em folclorismo repletos de preconceito.O importante entender entender quem somos com esprito de invegao, preciso ouvir msicas das etnias formadoras do BrasilO multiculturismo faz parte da histria brasileira, sendo importante compreender o outro. Para compreender na ns mesmos sem ideais arraigadas ou antigas.Introduo aos conceitos que permeiam a msica tnica Reflexo sobre a msica tnica, o professor poder incentivar uma discusso em torno de uma ideia de que no existe uma msica melhor do que a outra e sim a existencia de uma diversidade que faz com que cada uma delas seja algo nico.O conceito de etnia est relacionado a povo que tem o mesmo ethos, costume, incluindo lngua, raa, religio etc. Msica tnica o estudo de grupo de indivduos que tm uma certa uniformidade cultural, que partilham as mesmas tradies, conhecimentos, tcnicas, habilidades, lngua e comportamento.Na prtica educacional poder acontecer o estranhamento msica africana ou indgena, o educador deve desenvolver estratgias para investigar reflexes teis para a vida do aluno e para a educao musical.A busca do conhecimento dever ter carater investigativo, devemos procurar entender o universo a que aquelas formas musicais pertencem, formando assim, o gosto esttico do alunos.Cabe os educadores, buscar no estudo da msica a compreenso de suas diversas formas e de que maneiras elas podem ser utilizadas em sala de aula.Um breve histrico sobre etnomusicologiaNessa breve exposio, a primeira idia que desejo vincular etnomusicologia a de que ela utiliza-se largamente da etnografia e do trabalho de campo como ferramentas de pesquisa. Muitos sabem que durante um bom perodo do sculo XIX, a etnografia esteve associada produo de descries, tendo entre os seus objetivos, desvendar causas e conseqncias histricas na trajetria das culturas estudadas, ou seja, uma de suas tarefas foi oferecer subsdios aos pesquisadores para que esses pudessem inserir os costumes exticos s suas tradies numa escala diacrnica e totalizadora. (CLIFFORD, 2002; DAMATTA, 1987).Os primeiros sinais de vida da etnomusicologia surgiram, na segunda metade do sculo XIX, a partir dos esforos de dois pesquisadores: o musiclogo austraco Guido Adler (1855-1941) e o fsico e fonlogo ingls Alexander Ellis (1814-1890). Adler desenvolveu a idia de uma musicologia comparativa dedicada ao estudo da msica de povos no europeus ou grafos. Sua perspectiva tratava de tomar conhecimento da histria e da estrutura dessas msicas, classificando-as numa linha temporal que vinha desde os gregos, percebendo, a partir desse padro, o estgio de desenvolvimento musical em que se situavam. Enquanto isso, Ellis examinava escalas e padres de afinao de instrumentos orientais, defendendo a perspectiva comparativa sem, ainda, maiores preocupaes musicolgicas[3]. O trabalho de Ellis foi relevante para lanar interrogaes s certezas da msica ocidental, mostrando que os intervalos sonoros, antes de representarem uma natureza, so, na verdade, construes culturais. (COOLEY, 1997; PINTO, 2001 e 2005).Na verdade, A etnomusicologia tem mantido j por algum tempo a assuno de que possvel compreender-se uma sociedade atravs de sua msica (ARAUJO, 2007: 177) ou, o que o mesmo, ela prontifica-se a demonstrar que, ao invs de mero reflexo, a msica construtora de muitos aspectos da vida em sociedade. Tais afirmaes confirmam, portanto, que para se estudar a msica de um determinado grupamento humano ou de um lugar especfico, no basta somente deter-se observao e transcrio dos sons, da mesma maneira que, concentrar-se apenas na organizao cultural, seria cometer o mesmo equvoco, mas com sinal trocado.Ela pode ter multiplos significados e funes. Em cada uma dessas msicas, se encontram relacionadas a um povo, lugar e funo A questes essenciais atualmente estudadas pelos etnomusiclogos so: A universalidades da msica: buscam focalizar na anlise musical de diferentes culturas estruturas bsicas que aparecem em todas as msicasAs existncias de intercmbio tnico musical, as trocas culturais importantes e enriquecedoras para a msica popularA contextualizao preciso vincular o estudo da msica ao contexto no apenas social e econmico, mas ao seu relacionamento com a mitologia e a simbologiaA mistura tnica brasileira

Precisamos conhecer o outro, aquilo que no daqui e veio para c, possibilitando ns um olhar diferente sobre as manifestaes musicais brasileiras. A msica brasileira no pode ser definida por um s tipo, pois h grande misturana tnica, ficando impossvel falar dela no singular de to plural. A msica indigenaA musica indigena est completamente voltada para vida em sociedade, sendo em todos os rituais. A msica indgena tem forte relao com elementos da natureza e a temtica religiosa. Podemos elencar as seguintes caractristicas:A forma cclica melodia repete criando um estado de transe nos rituais.O modalismo as melodias no possuem referncia tonal harmnicos caracterstica da msica ocidentalA precena do pulso marcado sistematicamente geralmente marcada com os ps e maracas, dando um carter hipntico musica Timbre anasalado, uso do timbre nasal usado pelas vrias raas indgenas permaneceu uma caracteristica marcante na voz brasileira.

Instrumentos musicais indigenas podem ser divididos:Instrumentos de percusso: marcar ritmo e conduzir ao estado de transe. Divide-se em chocalhos e tambores:Chocalhos: existem vrios tipos como os globulares, de fieira , vara, e tubulares. Exemplo: Maracas e paus de chuva.Tambores so cobertos por pele animal, porm existem os de cermica, de troncos ocos ou escavados que podem ser percutidos com ossos ou baquetas de madeira.Instrumentos de sopro: possuem um estilo mstico no imaginrio indgena, produzidos por bambu, madeira, cabaas, at mesmos ossos. Vrios tipos, nasais tranvesais, sem orificio, flauta de pan.Danas: tem carater ritualstico para os indios, servem para celebrar momentos importantes da comunidade como, por exemplo, a colheira, caa e os rituais de passagem. A ornamentao nestas danas fundamental atravs do uso de brincos, cocares, colares e pintura corporalRealizados no coletivo e em formato circular, sendo binrias. Exemplos: Tor, Xondaro, etc.A msica PortuguesaA msica portuguesa, alm do conhecido fado, existe outras manifestaes . Referencias portuguesas na msica brasileira:Perfil Meldico: na maioria das canes brasileiras vemos um carater harmnico prximo da forma portuguesa de se compor.Melodias como quadraturas estrficas, evidentes no nosso repertrio de parlendas, histrias e cantigas.

FolguetosTiveram origem nas danas portuguesas, sendo elas as populares e profanas at os autos religiosos:Pastoris: folguedo que descreve a viagem dos pastores Beln enquanto cantam e contam o nascimento de JesusReisados: Auto popular que tem origem nas festas portuguesas chamadas Janeiras e Reis, realizados em perodos natalinos e apresenta vrios episdios com temas profanos e religiosos, (a) Boi Bumba, encenao cmica do enredo de catirina e Pai Francisco, onde ela grvida deseja comer boi. O boi morto e aps tentativas de pajs, o boi ressuscita para a alegria de todos.DanasDiversas danas influenciaram a cultura do Brasil, podemos descatar.Ciranda: Dana de roda popular no Brasil