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ORDEM DOS ENFERMEIROS

PADRÃO DE DOCUMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL E

PSIQUIÁTRICA

GRUPO DE TRABALHO

Alexandre Augusto Coelho Costa António Carlos do Amaral (Relator)

Carlos Alberto da Cruz Sequeira (Coordenador) Bruno Miguel dos Reis Henriques

Elsa Flora Maia Sá Almeida Nuno José Pires Borda de Água

Rosa Maria Pereira Simões Susana Maria dos Santos Silva

Vera Lúcia Loureiro Costa e Cruz

Lisboa, Outubro de 2018

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Siglas e Abreviaturas APA American Psychiatric Association APE Associação Portuguesa de Enfermeiros ASSIST Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test AUDIT Alcohol Use Disorders Identification Test AVD Atividades de Vida Diária CAM Confusion Assessment Methods CIPE Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem DSM Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders EEESMP Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica ESA Escala de Stresse para Adolescentes ESM Enfermagem de Saúde Mental F-COPES Family Crisis Orientated Personal Evaluation Scales FACES Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale FC Familiar Cuidador ICN International Council of Nurses IEC Intervenção de Estimulação Cognitiva INE Instituto Nacional de Estatística NANDA North American Nursing Diagnosis Association NGASR Nurses Global Assessment of Suicide Risk NIC Classificação das Intervenções de Enfermagem NOC Classificação dos Resultados de Enfermagem OE Ordem dos Enfermeiros OMS Organização Mundial de Saúde p.ex. por exemplo PANSS Positive and Negative Syndrome Scale PGD Prolonged Grief Disorder (Escala) POP Procedimento Operacional Padrão PSS Perceived Stress Scale (Escala) QVS Questionário de Vulnerabilidade ao Stresse REPE Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros SADD Short Alcohol Dependence Data sd sem data SM Saúde Mental WHO World Health Organization

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 4

2. METODOLOGIA 5

3. ENQUADRAMENTO CONCETUAL 6 3.1. ENFERMAGEM DE SAÚDE 6 3.2. CUIDADOS DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL 6 3.3. INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL 6

3.3.1. Intervenção Psicoterapêutica 7 3.4. PADRÕES DE QUALIDADE 7

3.4.1. Padrões 8 3.4.2. Qualidade 8

3.5. OUTROS CONCEITOS 9 3.5.1. Modelo Clínico de Dados 9 3.5.2. Manifestações 9 3.5.3. Família 9 3.5.4. Atividades de Vida Diária 10

4. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 11 4.1. AGITAÇÃO PSICOMOTORA 12 4.2. ALUCINAÇÃO 13 4.3. ANSIEDADE MODERADA OU ELEVADA 14 4.4. AUTOCONCEITO COMPROMETIDO 15 4.5. AUTOCONTROLO COMPROMETIDO 16 4.6. COGNIÇÃO COMPROMETIDA 17 4.7. COMPORTAMENTO ADITIVO 18 4.8. COMPORTAMENTO AUTODESTRUTIVO 20 4.9. COMPORTAMENTO COMPULSIVO 21

4.10. COMPORTAMENTO INTERATIVO COMPROMETIDO 22 4.11. CONFUSÃO 23 4.12. CRISE FAMILIAR 24 4.13. DELÍRIO 25 4.14. DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL 26 4.15. DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 27 4.16. DEPENDÊNCIA DE TABACO 28 4.17. HUMOR DEPRESSIVO 29 4.18. HUMOR EUFÓRICO 30 4.19. LUTO DISFUNCIONAL 31 4.20. OBSESSÃO 32 4.21. PENSAMENTO COMPROMETIDO 33 4.22. POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO 34 4.23. RISCO DE SUICÍDIO 35 4.24. STRESSE 36 4.25. STRESSE DO CUIDADOR 37 4.26. STRESSE PÓS-TRAUMÁTICO 38

5. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 39

6. CONCLUSÕES 42

FONTES CONSULTADAS

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho sobre o padrão documental na área da Enfermagem de Saúde

Mental surge por solicitação da Ordem dos Enfermeiros (OE), a partir da Mesa do Colégio de Especialidade de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica

Num primeiro momento foi constituído o grupo de trabalho, constituído por nove enfermeiros especialistas e Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica.

A partir desse grupo de trabalho foi definida a metodologia e procedeu-se à construção do padrão de documentação que aqui se apresenta.

De salientar que este padrão foi norteado pelas áreas de intervenção “Exclusivas” do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica (EEESMP), o que implicou um conjunto de decisões determinantes:

1º. Na ausência de uma base da Ordem dos Enfermeiros que estipule quais os diagnósticos e intervenções exclusivas dos EEESMP, optamos por ter como referência o documento criado pela comissão de peritos da Secção Regional do Norte da OE, denominado “Proposta de Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem Especificas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Mental”;

2º. Para cada diagnóstico, apenas forma colocadas as intervenções a privilegiar pelos EEESMP.

Estas opções sustentaram-se, na criação de um padrão de documentação exclusivo para os EEESMP. Entende-se que o padrão de documentação para os diagnósticos de enfermagem de saúde mental que carecem de intervenções dos enfermeiros de cuidados gerais, não será objeto de análise por este grupo.

Este documento, sustentado numa metodologia de consensos entre peritos, foi um trabalho difícil, mas que precisa de ser exposto à evidência científica, pois não existe nenhum documento em Portugal em que se possa fundamentar.

O Enfermeiro António Carlos Foi o relator deste documento.

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2. METODOLOGIA

A 18 setembro de 2017 decorreu na sede da OE em Lisboa a primeira reunião do grupo de trabalho, na qual foram identificados e analisados alguns documentos já existentes relativos à temática em estudo, nomeadamente:

- Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem: Enquadramento Concetual e Enunciados Descritivos – Revista Divulgar da OE; - Regulamento Nº 129/2011 - Regulamento das Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Mental; - Regulamento Nº 356/2015 - Padrões de Qualidade dos Cuidados Especializados em Enfermagem de Saúde Mental; - Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem de Saúde Mental.

Constituição do Grupo de Trabalho

NOME Nº OE INSTITUIÇÃO Carlos da Cruz Sequeira - Coordenador 1606 Escola Superior de Enfermagem do Porto Bruno Miguel dos Reis Henriques 37987 Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio Vera Lúcia Loureiro Costa e Cruz 16968 ARS Norte (CAT de Cedofeita) António Carlos do Amaral 19711 Centro Hospitalar Tondela/Viseu, EPE

Elsa Flora Maia Sá Almeida 10673 Centro Hospitalar Póvoa do Varzim/Vila do Conde, EPE

Rosa Maria Pereira Simões 6386 Casa de Saúde Rainha Santa Isabel e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Alexandre Augusto Coelho Costa 24206 Hospital Júlio de Matos Susana Maria dos Santos Silva 23482 Hospital Sobral Cid Nuno José Pires Borda de Água 41492 Centro Hospitalar Oeste

Em particular foi analisado o documento intitulado “Proposta de Diagnósticos e

Intervenções de Enfermagem Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Mental” da Comissão Regional de Peritos de Saúde Mental da Secção Regional do Norte da OE, o qual foi considerado pelo presente grupo de trabalho um documento estruturante e relevante de base para a concretização dos objetivos do grupo de trabalho definidos.

Procedeu-se em seguida à constituição de subgrupos de dois enfermeiros especialistas do presente grupo de trabalho e foram distribuídos para análise:

- Os Diagnósticos de Enfermagem passíveis de identificação e intervenção exclusivamente pelo EEESMP; - As Intervenções de Enfermagem exclusivas EEESMP (as intervenções psicoterapêuticas).

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3. ENQUADRAMENTO CONCETUAL

O enquadramento concetual aqui exposto servirá de base à elaboração dos enunciados descritivos que alicerçam a qualidade do exercício profissional dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Mental.

3.1. ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL

A Enfermagem de Saúde Mental “é uma área especializada dentro da disciplina e da profissão de enfermagem, que acresce à prática de enfermagem de cuidados gerais, uma prática que evidencia uma maior profundidade e leque de conhecimentos, uma maior síntese de dados, maior complexidade de aptidões e de leque de intervenções com repercussões no aumento da sua autonomia. (…) sustentada na evidência científica e apoiada nas teorias de enfermagem, psicológicas, psicossociais e neurobiológicas”. (ORDEM DOS ENFERMEIROS, 2015)

3.2. CUIDADOS DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL

A especificidade da prática clínica em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica engloba a excelência relacional, a mobilização de si mesmo como instrumento terapêutico e a mobilização de competências psicoterapêuticas, socio terapêuticas, psicossociais e psicoeducacionais durante o processo de cuidar da pessoa, da família, do grupo e da comunidade, ao longo do ciclo vital. Esta prática clínica permite estabelecer relações de confiança e parceria com o cliente, assim como aumentar o insight sobre os problemas e a capacidade de encontrar novas vias de resolução.

O estabelecimento do plano de intervenção, é baseado no juízo clínico de enfermagem especializada perante a avaliação dos dados e premissas teóricas, é negociado com o cliente e utiliza os diagnósticos e sistemas de classificação internacional para a prática de enfermagem, adotados pelo International Council of Nurses (ICN) e pela OE. (Ordem dos Enfermeiros, 2015) 3.3. INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL

As intervenções do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde mental visam contribuir para a adequação das respostas da pessoa doente e família face aos problemas específicos relacionados com a doença mental (adesão à terapêutica,

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autocuidado, ocupação útil, stresse do prestador de cuidados, promoção da autonomia, entre outros), tendo como objetivo evitar o agravamento da situação e a desinserção social da pessoa doente, e promover a recuperação e qualidade de vida de toda a família. (Ordem dos enfermeiros, 2015) 3.3.1. Intervenção Psicoterapêutica

Segundo Sampaio (2014) citando (Norcross in Zeig & Munion, 1990, pág. 218) “A intervenção psicoterapêutica pode ser definida, de acordo com aquela que é, para a American Psychological Association, a mais consistente definição do conceito, como “the informed and intentional aplication of clinical methods and interpersonal stances derived

from established psychological principles for the purpose of assisting people to modify their

behaviors, cognitions, emotions, and/or other personal characteristics in directions that the

participants deem desirable."– a aplicação informada e intencional de métodos clínicos e posições interpessoais derivadas de princípios psicológicos estabelecidos com o objetivo de auxiliar as pessoas a modificar seus comportamentos, cognições, emoções e/ou outras caraterísticas pessoais em direções que os participantes considerem desejáveis.

O enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde Mental tem a competência de prestar “cuidados de âmbito psicoterapêutico, socioterapêutico, psicossocial e psicoeducacional” (Regulamento n. º 129/2011, pág. 8672).”

3.4. PADRÕES DE QUALIDADE

Na sua definição genérica os Padrões de Qualidade constituem-se como o “Nível de qualidade pré-definido para uma caraterística de um produto ou serviço; ao ser assumido pela organização, deve constituir garantia de prestação continuada de tal nível de qualidade. (INE, 2003)

A OE, no Regulamento 356/2015, esclarece que os Padrões de Qualidade dos Cuidados Especializados em Enfermagem de Saúde Mental são “uma representação dos cuidados que deve ser conhecida por todos os clientes quer ao nível dos resultados mínimos aceitáveis, quer ao nível dos melhores resultados que é aceitável esperar.”. No mesmo documento refere-se ainda que “Para a enfermagem especializada de saúde mental foram identificadas oito categorias de enunciados descritivos: a satisfação do cliente, a promoção da saúde, a prevenção de complicações, o bem-estar e autocuidado, a adaptação, a organização dos cuidados de enfermagem, a relação psicoterapêutica, estigma e exclusão social.”.

Segundo Sequeira (2014, pág. 6) “Entende-se por padrões de qualidade na prática clínica a sistematização de uma ação em resposta a uma necessidade em cuidados de saúde de uma pessoa, família ou comunidade, num determinado contexto e num determinado momento, que traduza a intervenção mais efetiva, de acordo como os dados disponíveis no momento da sua prescrição e execução.”.

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3.4.1. Padrões

São referências fornecidas por uma organização, neste caso a OE, para o cidadão, no que se refere à prestação de cuidados de enfermagem.

Existem três tipos de padrões: padrões declarativos, quando expressam uma intenção; padrões de procedimento, que traduzem a descrição da forma como se realizam, do modo como os serviços atuam ou os profissionais agem; e padrões quantitativos, quando se expressam em termos mensuráveis.”. (INE, 2003) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Vistas como o instrumento mais simples do conjunto das informações técnicas e gerenciais da área da Qualidade, as Normas Operacionais Padrão ou Procedimentos Operacionais Padrão (POP), também conhecidos como Instruções de Trabalho “têm uma importância capital dentro de qualquer processo funcional cujo objetivo básico é o de garantir, mediante uma padronização, os resultados esperados por cada tarefa executada” (Colenghi, 2007).

Um POP é um documento organizacional dinâmico que expressa o planeamento padronizado de uma tarefa e que contém a descrição detalhada de todas as instruções necessárias à sua realização. É um instrumento “destinado a quem executa a tarefa e deve ser simples, completo e objetivo, para que possa ser interpretado por todos os colaboradores.“ (Gourevitch, 2008) assegurando aos utentes, independentemente do profissional executante, um serviço livre de variações ou não conformidades, que poderão interferir no resultado esperado.

A elaboração do POP pode ser feita a partir de revisão de norma ou rotina já existente num serviço ou instituição. No planeamento da elaboração do POP devem considerar-se não só as prioridades na sua aplicação e a intencionalidade dos conhecimentos do Enfermeiro, mas também a exequibilidade da situação de saúde do utente, as suas capacidades pessoais e até mesmo a realidade do seu domicílio.

Utilizando a CIPE, o conjunto das atividades inseridas, o substrato do POP, que determina a forma como a Intervenção ou Procedimento se irá desenrolar, deverá incluir pelo menos um termo relativo aos eixos do “Atender”, do “Determinar”, do “Informar”, do “Gerir” e do “Executar”. 3.4.2. Qualidade

Qualidade, para Meireles (2009), é o grau de utilidade esperado ou adquirido de qualquer coisa, verificável através da forma e dos elementos constitutivos do mesmo e pelo resultado do seu uso.

A qualidade em saúde refere-se à prática clínica que, de acordo com a evidência científica, apresenta maior probabilidade de produzir ganhos em saúde, ou seja, de um resultado positivo em termos terapêuticos.

Segundo Fragata (2006) “é cada vez mais definida pelo encontro entre o serviço prestado e a “expectativa” dos utentes, não sendo mais a qualidade um standard

abstrato mas a gestão do desejável encontro entre o nível dos serviços e o teor das expectativas geradas.

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Na literatura são identificadas por Donabedian, Blumenthal, IOM entre outros, várias dimensões da qualidade em saúde como a efetividade, a eficiência, a acessibilidade, a segurança, a equidade e a adequabilidade (Martins, 2014).

A Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations (Sousa, 2006) define qualidade em saúde como “o modo como os serviços de saúde, com o atual nível de conhecimentos, aumentam a possibilidade de obter os resultados desejados e reduzem a possibilidade de obtenção de resultados indesejados”.

3.5. OUTROS CONCEITOS 3.5.1. Modelo Clínico De Dados

Para a elaboração do Modelo Clínico de Dados utilizou-se a relação da CIPE com a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e a relação desta com a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) e com a Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC).

A compilação dos dados é fundamentada no modelo preconizado pelo International Council of Nurses (ICN) na CIPE Versão 2015 e segue a seguinte sequência: Foco – Dados (Manifestações) – Diagnósticos – Intervenções – Resultados 3.5.2. Manifestações

As manifestações de um foco consistem nos dados objetivos e subjetivos relativos a um utente, que os enfermeiros recolhem e documentam. Um Dado Objetivo é o facto “observado” pelo profissional mediante a utilização de todos os seus sentidos. Um Dado Subjetivo não significa sentimentos ou opiniões do enfermeiro, mas do sujeito do atendimento de enfermagem, a pessoa, família, grupo ou comunidade e decorrem de relatos verbais do utente a respeito de perceções e pensamentos sobre a sua saúde, vida quotidiana, conforto, relacionamentos, etc.

Consideraram-se as Manifestações de cada diagnóstico segundo dois tipos de evidência, categorizando os dados como obrigatórios e opcionais. Os Dados Obrigatórios são os factos que devem ser identificados em qualquer situação, e, fornecem a caraterização primária do diagnóstico, e os Dados Opcionais são os que nos permitem uma melhor caracterização de cada diagnóstico em particular, e, em muitos casos, uma melhor descrição da situação.

3.5.3. Família

A família é um agrupamento humano formado por indivíduos com ancestrais em comum e/ou ligados por laços afetivos, que geralmente, vivem numa mesma casa.

Representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. É formado por pessoas ou por um número de grupos domésticos ligados por descendência, demonstrada ou estipulada, a partir de um ancestral

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comum, matrimónio ou adoção. A família é unida por múltiplos laços capazes de unir os membros, moral e materialmente, durante uma vida ou gerações.

No interior da família, os indivíduos podem constituir subsistemas, havendo diferentes níveis de poder, onde os comportamentos de um membro afetam e influenciam os outros membros. (Minuchin, 1990). 3.5.4. Atividades de Vida Diária

O conceito de Atividades de Vida Diária (AVD) abrange todas as tarefas comuns que as pessoas desempenham de forma autónoma e rotineira no seu dia-a-dia. Estão subdivididas em dois grupos: as Atividades Básicas de Vida Diária, as tarefas de autocuidado; e as Atividades Instrumentais de Vida Diária, as habilidades complexas para a gestão do ambiente doméstico e comunitário.

Teve-se em conta o modelo das necessidades não satisfeitas uma vez que as intervenções do EEESMP destinam-se principalmente a satisfazer as necessidades que

estão na génese dos comportamentos inadequados e o modelo comportamental de aprendizagem pois este assume que a relação entre antecedentes, comportamentos e reforço foi aprendida e, como tal, é necessária uma nova abordagem.

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4. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

Os Diagnósticos de Enfermagem aqui referidos estão relacionados com a prestação de cuidados dos enfermeiros EESMP e foram considerados como “exclusivos” dos EEESMP, em virtude de serem detentores dos conhecimentos mínimos para a identificação dos diagnósticos e das competências para a implementação de um plano de cuidados, centrado nas intervenções psicoterapêuticas em enfermagem e respetiva monitorização.

A sua seleção foi baseada na Proposta de Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem Específicas do EEESMP da OE, elaborada pela Comissão Regional de Peritos de Saúde Mental da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros em 2017.

Para cada rótulo diagnóstico, descrito mediante a CIPE 2015 (2016), foram identificadas as manifestações, categorizadas como Dados Obrigatórios e Dados Opcionais, e atribuídas Intervenções exclusivas do EEESMP. Em alguns diagnósticos, para um maior detalhe, está também identificada a tipologia dos conceitos.

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4.1. Agitação Psicomotora

Segundo a CIPE, a Agitação é “um tipo de Hiperatividade com as caraterísticas específicas: excitação psicomotora sem objetivo, atividade incessante, andar sem parar; descarga de tensão nervosa associada com ansiedade, medo ou stresse mental” (CIPE 2015, 2016, pág. 38). DIAGNÓSTICO E MANIFESTAÇÕES

- Agitação Psicomotora Dados Obrigatórios

- Atividade psicomotora excessiva: - Andar de um lado para o outro sem objetivo específico - Agressividade verbal - Agressividade motora

- Potencial da pessoa para o autocontrolo agitação Dados Opcionais

- Valor do Inventário Neuropsiquiátrico - Indicador NOC de Resultado para Nível de Hiperatividade

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Estratégias de Redução da Agitação - Executar Apoio Emocional - Executar Contenção (Química - Mecânica - Ambiental) - Treinar Comportamento Assertivo - Treinar Técnicas de Autocontrolo - Monitorizar Agitação Psicomotora - Vigiar Agitação Psicomotora (dados do indicador)

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4.2. Alucinação

Pelo descrito na CIPE 2015 (2016, pág. 39) a Alucinação consiste numa “Perceção comprometida: aparente registo de estímulos sensoriais que realmente não estão presentes: classificam-se, segundo os sentidos, em alucinações auditivas, visuais, olfativas, gustativas ou táteis.”.

Uma vez que a taxonomia NANDA (2015) não aborda este foco, a NOC (2008, pág. 664), sem referir o termo “alucinação”, descreve a Perceção Sensorial Perturbada como uma “Mudança na quantidade ou no padrão dos estímulos que estão sendo recebidos, acompanhada por resposta diminuída, exagerada, distorcida ou prejudicada a tais estímulos.”. DIAGNÓSTICO E MANIFESTAÇÕES

- Alucinação Dados Obrigatórios

- A pessoa verbaliza ou manifesta interação com estímulo sensorial inexistente - Tipologia da alucinação – visual, auditiva, gustativa, tátil, olfativa

Dados Opcionais - Valor subescala P3 (Comportamento Alucinatório) da Escala de PANSS - Indicador NOC de Resultado para Autocontrolo do Pensamento Distorcido

TIPOLOGIA

- Auditiva: Comentadora (de atividade) – Terceira pessoa - Abusiva - Amigável - Imperativa – Eco do pensamento – Musical – Tinnitus - Gustativa - Olfativa - Sensação de presença (Dalgalarrondo, 2008) - Tátil: Cenestésica – Cinestésica – Cenestopatia - Visual: Simples (Fotopsias – Escotomas) – Complexa (Autoscópica - Cenográfica - Extracampina - Liliputiana - Zoopsia)

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Alucinação - Assistir Sobre Gestão da Alucinação - Executar Orientação para a Realidade - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Técnicas de Distração - Vigiar Alucinação (dados do indicador) (subescala P3 da PANSS)

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4.3. Ansiedade Moderada Ou Elevada

De acordo com a CIPE 2015 (2016, pág. 40) ansiedade é uma “emoção negativa: sentimento de ameaça; perigo ou angústia”.

Na CIPE versão 2 (2005, pág. 47) a ansiedade é um tipo de Emoção com as características específicas: sentimentos de ameaça, perigo ou infelicidade sem causa conhecida, acompanhados de pânico, diminuição da autossegurança, aumento da tensão muscular e do pulso, pele pálida, aumento da transpiração, suor na palma das mãos, pupilas dilatadas e voz trémula.

Este diagnóstico inclui sempre o comprometimento do Autocontrolo Ansiedade. DIAGNÓSTICO E MANIFESTAÇÕES

- Ansiedade [moderada] ou [elevada] (patológica) Dados Obrigatórios

- Verbalização de ansiedade - Manifestação de sinais e sintomas de ansiedade - A ansiedade tem repercussões na funcionalidade da Pessoa - Potencial da pessoa para o autocontrolo ansiedade

Dados Opcionais - Valor da Escala de Ansiedade Hospitalar (indicadores NOC Nível + Autocontrolo da ansiedade) - Indicador NOC de Resultado para Nível de Ansiedade

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Estratégias de Redução da Ansiedade - Executar Apoio Emocional - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Relação de Ajuda - Executar Relaxamento - Treinar Técnicas de Autocontrolo - Treinar Técnicas de Relaxamento - Vigiar Ansiedade (dados do indicador)

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4.4. Autocontrolo Comprometido

Na CIPE 2015 (2016, pág. 42), o Autocontrolo está relacionado com a Volição e é descrito como as “disposições tomadas para cuidar do necessário para sua própria manutenção; para se conservar ativo; lidar com as suas necessidades básicas e íntimas e as atividades de vida”. Segundo a mesma fonte (pág. 90), Volição consiste de uma Atitude “Escolha consciente; ato de escolher para o bem-estar próprio”.

Os focos Autocontrolo Ansiedade, Autocontrolo Agressividade e Autocontrolo Impulso estão incluídos neste diagnóstico.

Segundo Dalgalarrondo (2008, pág. 178) “O ato impulsivo apresenta as seguintes caraterísticas:

1) é realizado sem fase prévia de intenção, deliberação e decisão; 2) é realizado, de modo geral, de forma ego sintónica. O indivíduo não percebe

tal ato como inadequado, não tenta evitá-lo ou adiá-lo. O ato impulsivo frequentemente não é contrário aos valores morais e desejos de quem o pratica;

3) é geralmente associado a impulsos patológicos, de natureza inconsciente, ou à incapacidade de tolerância à frustração e necessária adaptação à realidade objetiva. Da mesma forma, o indivíduo dominado pelo ato impulsivo tende a desconsiderar os desejos e as necessidades das outras pessoas”. DIAGNÓSTICO E MANIFESTAÇÕES

- Autocontrolo [tipologia CIPE] Comprometido Dados Obrigatórios

- A pessoa tem consciência do problema comportamental - A pessoa demonstra intenção em controlar [comportamento] - A pessoa verbaliza incapacidade para se controlar

Dados Opcionais - Indicador NOC de Resultado para Autocontrolo da Agressividade - Indicador NOC de Resultado para Autocontrolo da Ansiedade - Indicador NOC de Resultado para Autocontrolo da Impulsividade

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Estratégias de Autocontrolo - Informar sobre Recursos da Comunidade - Executar Apoio Emocional - Executar Técnica de Resolução de Problemas - Treinar Técnicas de Autocontrolo - Vigiar Autocontrolo (tipologia CIPE) (dados dos indicadores)

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4.5. Autoconceito Comprometido

O autoconceito, para Zenhas (2015), “é pensado como sendo composto por imagens acerca do que nós próprios pensamos que somos, o que pensamos que conseguimos realizar, o que pensamos que os outros pensam de nós e também como gostaríamos de ser.”. A mesma autora refere que, relacionados com este constructo estão os conceitos do EU, da autoidentidade, autoimagem, autoperceção e da autoconsciência.

Na CIPE 2015 (2016, pág. 42) o foco Autoimagem consiste numa Crença (opiniões,

convicções e fé) e é descrita como o “conceito ou imagem mental de si próprio.”. Uma vez que a CIPE 2015 (2016) considera que o foco Autoimagem tem como filhos os focos Autoestima, Identidade Pessoal e Imagem Corporal, estes serão incluídos nos critérios para o diagnóstico Autoimagem Comprometida.

DIAGNÓSTICO E MANIFESTAÇÕES

- Autoconceito Comprometido Dados Obrigatórios

- Revela opinião ou imagem mental de si próprio em dissonância com a realidade - Revela pensamentos sobre si e/o sobre o seu desempenho negativos - Desvaloriza as perceções positivas referidas por outras pessoas

Dados Opcionais - Valor da Escala de Autoestima de Rosenberg - Indicador NOC de Resultado para Autoestima - Indicador NOC de Resultado para Imagem Corporal

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Autoconceito - Executar Aconselhamento - Executar Apoio Emocional - Executar Intervenção para Autoperceção Positiva Autoconsciencialização - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Programa de Saúde Mental Positiva - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Relação de Ajuda - Vigiar Autoconceito (inclui Vigiar Autoestima) (dados dos indicadores) (Escala de Autoestima de Rosenberg)

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4.6. Cognição Comprometida

Há que notar (Dalgalarrondo, 2008, pág. 85), primeiro que tudo, que “Não existem funções psíquicas isoladas e alterações psicopatológicas compartimentalizadas desta ou daquela função.”.

Uma vez que é um “Processo psicológico: processo intelectual que envolve todos os aspetos da perceção; pensamento; raciocínio e memória.” (CIPE 2015, 2016, pág. 46) e para a taxonomia NANDA (2008, pág. 84) consiste no “Uso de memória, aprendizagem, raciocínio, solução de problemas, abstração, julgamento, insight, capacidade intelectual, cálculos e linguagem.”, pode considerar-se a Cognição como o conjunto de habilidades mentais necessárias para se obter conhecimento. DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Cognição Comprometida Dados Obrigatórios

- Compromisso da memória (dificuldade em reter ou evocar informação) - Compromisso de outra função cognitiva (orientação, atenção, cálculo, pensamento, linguagem e habilidades construtivas)

Dados Opcionais - Valor do Mini Mental State/Questionário de Reserva Cognitiva - Indicador NOC de Resultado para Cognição

- Risco de Cognição Comprometida Dados Obrigatórios

- Contactos sociais reduzidos (inferiores a um por semana) - Atividade cognitiva complexa reduzida (ler, ouvir música, exercícios de raciocínio e cálculo, etc.)

Dados Opcionais - Valor do Mini Mental State/Questionário de Reserva Cognitiva - Indicador NOC de Resultado para Cognição

INTERVENÇÕES PARA COGNIÇÃO COMPROMETIDA

- Ensinar Sobre Estratégias de Estimulação da Cognição - Instruir Sobre Técnicas Auxiliares de Compensação da Memória - Executar Estimulação Cognitiva - Executar Treino Cognitivo - Vigiar Cognição (dados do indicador)

INTERVENÇÕES PARA RISCO DE COGNIÇÃO COMPROMETIDA - Ensinar Sobre Estratégias de Estimulação da Cognição - Executar Estimulação Cognitiva - Executar Programa de Capacitação do Cuidador de Pessoa com Demência (Foco – Prestador de Cuidados) - Vigiar Cognição (dados do indicador)

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4.7. Comportamento Aditivo

O comportamento aditivo é um comportamento com caraterísticas impulsivas-compulsivas em relação a diferentes atividades ou condutas. O termo “comportamento” é descrito na CIPE (2015, pág. 46) como um processo intencional baseado em ações. A mesma versão da CIPE (pág. 46) diz-nos que se trata de um comportamento que serve para reduzir a ansiedade ou pensamentos obsessivos.

Os comportamentos aditivos poderão ser definidos como “comportamentos com caraterísticas impulsivas-compulsivas em relação a diferentes atividades ou condutas, como por exemplo: substâncias psicoativas, jogo, internet, relações sexuais, compras, etc. envolvendo também um potencial de prazer. A continuidade e a perseverança deste tipo de comportamento, coexistindo com outros fatores neurobiológicos, psicológicos, genéticos e ambientais, poderão evoluir para o ciclo de adição” (SICAD).

A continuidade e perseverança deste comportamento, coexistindo com fatores biológicos, psicológicos, genéticos e ambientais, podem evoluir para dependência.

O comportamento aditivo nem sempre é sinónimo de doença, problema ou psicopatologia. Transforma-se num problema quando a relação indivíduo-produto se torna extremamente intensa, não permitindo o desenvolvimento de outras relações. Isto é, qualquer atividade, substância, objeto ou comportamento que se tornou o foco principal da vida do individuo e que o exclui de outras atividades ou que o prejudica física, mental ou socialmente é considerado um comportamento aditivo. DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Comportamento Aditivo Dados Obrigatórios

- Ação repetida da pessoa exercida de forma compulsiva - Dificuldade de controlo sobre ação - A ação implica prejuízo nas AVD - Tipo de adição

Dados Opcionais - Valor do Teste Sócrates

- Risco de Comportamento Aditivo Dados Obrigatórios

- Consumos esporádicos de substâncias/comportamentos aditivos - Participação em atividades de risco relacionada com o comportamento aditivo - História prévia de comportamentos aditivos - Experimentação precoce - Família com comportamentos de risco

Dados Opcionais - Valor do Teste Sócrates

INTERVENÇÕES PARA COMPORTAMENTO ADITIVO

- Ensinar Sobre Comportamento Aditivo (inclui Informar Sobre Recursos Comunitários) - Executar Entrevista Motivacional - Executar Intervenção Breve - Executar Intervenção Familiar - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Reestruturação Cognitiva - Treinar Modificação de Comportamento - Treinar Técnicas de Autocontrolo

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- Vigiar Comportamento Aditivo (dados do Teste Sócrates) INTERVENÇÕES PARA RISCO DE COMPORTAMENTO ADITIVO

- Ensinar Sobre Comportamento Aditivo (inclui Informar Sobre Recursos Comunitários) - Executar Aconselhamento - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Programa de Literacia em Saúde Mental - Vigiar Comportamento Aditivo (dados do Teste Sócrates)

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4.8. Comportamento Autolesivo

O comportamento autodestrutivo define-se como um “comportamento comprometido: desempenhar atividades autoiniciadas com o objetivo de se agredir ou lesionar; violência orientada contra si próprio” (CIPE 2, 2015, pág. 46). A automutilação é também definida como um “comportamento autodestrutivo: execução de agressões autoinfligidas mas não letais, que produzem lesão dos tecidos, tais como cortes e queimaduras, com o objetivo de se agredir ou de aliviar a ansiedade” (CIPE 2, 2015, pág. 42)

Automutilação é definida como “comportamento autolesivo deliberado, causando dano tissular, com a intenção de provocar lesão não fatal para obter alívio de tensão” NANDA (2015, pág. 419). O Risco de Automutilação define-se como “Vulnerabilidade a comportamento autolesivo deliberado, causando dano tissular, com a intenção de provocar lesão não fatal para obter alívio de tensão” NANDA (2015, pág. 420).

Segundo o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio 2013-2017 da DGS, entende-se por comportamentos autolesivos os comportamentos sem intencionalidade suicida, mas envolvendo atos autolesivos intencionais (cortar-se, saltar de um local relativamente elevado, ingerir fármacos em doses superiores às posologias terapêuticas reconhecidas, ingerir uma droga ilícita ou substância psicoativa com propósito declaradamente autoagressivo ou ingerir uma substância ou objeto não ingeríveis). DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Comportamento Autolesivo Dados Obrigatórios

- Autolesão intencional não letal Dados Opcionais

- Pensamentos persistentes sobre a necessidade de Autolesão - Valor do Índice NGASR - Indicador NOC de Resultado para Contenção da Automutilação

- Risco de Comportamento Autolesivo Dados Obrigatórios

- Pensamentos persistentes sobre a necessidade de Autolesão - Impulsividade - Autolesão no último ano - Indicador NOC de Resultado para Contenção da Automutilação

INTERVENÇÕES PARA COMPORTAMENTO AUTOLESIVO

- Ensinar Sobre Estratégias de Redução do Comportamento Auto Lesivo - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Intervenção em Crise - Executar Intervenção Familiar - Executar Intervenção de Prevenção de Suicídio - Executar Relação de Ajuda - Treinar o Comportamento Assertivo - Executar Técnica de Resolução de Problemas - Vigiar Comportamento Autolesivo (dados do indicador)

INTERVENÇÕES PARA RISCO DE COMPORTAMENTO AUTOLESIVO - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Técnica de Resolução de Problemas

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- Vigiar Comportamento Autolesivo (dados do indicador) 4.9. Comportamento Compulsivo

Para a CIPE 2015 (2016, pág. 46) Comportamento Compulsivo é um “comportamento comprometido: comportamento repetido que interfere com o funcionamento no dia-a-dia, atos repetidos conduzidos para reduzir a ansiedade ou pensamentos obsessivo.”

Refere DALGALARRONDO (2008, pág. 322) que “O indivíduo reconhece o caráter irracional e absurdo desses pensamentos, tentando, às vezes, neutralizá-los com outros pensamentos ou com atos e rituais específicos.” seguindo-se uma sensação negativa por não ter resistido ao impulso de os realizar.

DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Comportamento Compulsivo Dados Obrigatórios

- Pensamento constante no objeto, atividade ou substância - Comportamento ou ato repetido que prejudica as AVD da pessoa - Revela desconforto associado ao comportamento compulsivo - Dificuldade no controlo do comportamento compulsivo - Sensação de alívio ao realizar o comportamento

Dados Opcionais - Valor da Escala de Yale-Brown 8 - Indicador NOC de Resultado para Autocontrolo da Impulsividade

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Estratégias de Redução do Comportamento Compulsivo - Executar Modificação do Comportamento - Executar Reestruturação Cognitiva - Treinar o Comportamento Assertivo - Treinar Técnicas de Autocontrolo - Vigiar Comportamento Compulsivo (dados do indicador) (Escala Yale-Brown 8)

Observações: Um ritual é um conjunto de gestos, palavras e formalidades, geralmente imbuídos de um valor mentalmente simbólico. Sousa (2012) explica que “uma vez fixados os procedimentos de um ritual, sua eficácia dependerá da repetição minuciosa e perfeita do rito, tal como foi praticado na primeira vez”.

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4.10. Comportamento Interativo Comprometido

No diagnóstico incluem-se os focos Problema de Relacionamento e Socialização. Na CIPE 2015 (2016, pág. 46) o Comportamento Interativo está descrito como

sendo filho do Relacionar (Atender: estabelecer ou manter ligações com um ou mais indivíduos,

interagir) e diz respeito mais especificamente ao “agir com os outros” o qual deve estar adequado aos padrões dos estádios de desenvolvimento da pessoa.

A NANDA (2015, pág. 305) define Relacionamento Ineficaz como “Padrão de parceria mútua que é insuficiente para o atendimento das necessidades recíprocas.”. Também estabelece o diagnóstico Interação Social Prejudicada (pág. 304) quando a quantidade de troca social é insuficiente ou excessiva ou a sua qualidade é ineficaz. DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Comportamento Interativo Comprometido Dados Obrigatórios

- Dificuldade em iniciar, manter ou terminar uma interação social - Número de contactos sociais reduzidos (inferior a um por semana) - Contactos interativos prejudicam o cumprimento das AVD - Alteração no padrão de interação da pessoa - Manifesta comportamentos desadequados ao contexto

Dados Opcionais - Indicador NOC de Resultado para Habilidades de Interação Social

- Risco de Comportamento Interativo Comprometido Dados Obrigatórios

- Alteração do padrão de interação - Negligencia as interações sociais com compromisso nas AVD

Dados Opcionais - Indicador NOC de Resultado para Habilidades de Interação Social

INTERVENÇÕES PARA COMPORTAMENTO INTERATIVO COMPROMETIDO

- Ensinar Sobre Comportamento Interativo - Executar Aconselhamento - Estabelecer Limites - Executar Modificação de Comportamento - Treinar o Comportamento Assertivo - Treinar Competências Sociais - Vigiar Comportamento Interativo (dados do indicador)

INTERVENÇÕES PARA RISCO DE COMPORTAMENTO INTERATIVO COMPROMETIDO - Ensinar Sobre Comportamento Interativo - Executar Aconselhamento - Treinar Competências Sociais - Vigiar Comportamento Interativo (dados do indicador)

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4.11. Confusão

Confusão, na CIPE 2015 (2016, pág. 47) é um “pensamento distorcido: memória comprometida, com desorientação em relação à pessoa, local ou tempo”.

Para a taxonomia NANDA (2015, pág. 255) enquanto a Confusão Aguda é conceituada como o “Início abrupto de distúrbios reversíveis de consciência, atenção, cognição e perceção que ocorrem durante um breve período de tempo.”, a Confusão Crónica (NANDA, 2015, pág. 257) é uma “Deterioração irreversível, prolongada e/ou progressiva do intelecto e da personalidade, caraterizada por capacidade diminuída para a interpretação dos estímulos ambientais e para processos de pensamento intelectual, manifestada por distúrbios de memória, orientação e comportamento. DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Confusão Dados Obrigatórios

- Início agudo de curso flutuante - Alteração da atenção - Pensamento desorganizado - Alteração da consciência

Dados Opcionais - Valor da Confusion Assessment Methods (CAM)

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Estratégias de Redução da Confusão - Executar Orientação para a Realidade - Vigiar Confusão (dados da CAM)

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4.12. Crise Familiar

Segundo a CIPE Versão 2 (2011, pág. 47) crise familiar é um processo familiar com as caraterísticas específicas: “facto repentino que desequilibra a estabilidade mental, social e económica do grupo familiar, causando uma inadaptação e alteração temporária do desempenho normal da família. Dificuldade da família para resolver problemas, para reconhecer situações de mudança, para reconhecer recursos internos, para reconhecer redes externas de apoio, ambiente tenso, comunicação familiar ineficaz.”

Carpenito (2011) considera que certos fatores de stresse podem interromper o normal funcionamento da família, levando a um estado em que uma família que normalmente se mantém bem, apresenta ou está em risco de apresentar, um stressor que desafia a sua capacidade de funcionamento efetivo anterior.

Este Diagnóstico inclui os dados correspondentes ao Processo Familiar Disfuncional. DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Crise Familiar Dados Obrigatórios

- O sistema familiar não consegue lidar e adaptar-se a uma situação/contexto - Os membros da família não comunicam de forma efetiva - Os membros da família demonstram descontrolo emocional - O sistema familiar não consegue ou não satisfaz:

- As necessidades físicas de todos os seus elementos - As necessidades emocionais de todos os seus elementos - As necessidades espirituais de todos os seus elementos

Dados Opcionais - Valor da Escala de Adaptação e Coesão Familiar (FACES-IV) - Valor da Escala de Avaliação Pessoal Orientada para a Crise Familiar (F-COPES) - Indicador NOC de Resultado para Resiliência Familiar

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Crise Familiar (inclui Informar Sobre Recursos Comunitários) - Executar Intervenção em Crise - Executar Intervenção Familiar - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Técnica de Resolução de Problemas - Treinar Competências Sociais - Treinar Estratégias de Comunicação - Treinar o Comportamento Assertivo - Vigiar Adaptação Familiar (dados do indicador)

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4.13. Delírio

Para o conceito de Delírio a CIPE 2015 (2016, pág. 52) refere que este é um “Pensamento distorcido”. Mediante a mesma classificação o Pensamento Distorcido (pág. 71) refere-se a “Cognição comprometida”.

Referindo Jaspers (1979) Dalgalarrondo (2008, pág. 210) descreveu três indícios externos do delírio: convicção extraordinária (certeza subjetiva), ser impossível sua modificação pela experiência (irremovível) e ser seu conteúdo impossível, falso.”. Para o mesmo autor (pág. 210) “Deve-se acrescentar, aos três indicativos ou caraterísticas externas do delírio descritas por Jaspers, uma quarta caraterística, que ajuda a diferenciar o delírio de determinadas crenças culturais: O delírio é uma produção associal, idiossincrática em relação ao grupo cultural do doente.”. DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Delírio Dados Obrigatórios

- Conteúdo do pensamento sem fundamentação na realidade, irremovível pela lógica, com prejuízo nas AVD - Tipologia do delírio (várias tipologias)

Dados Opcionais - Valor da subescala P1 (Delírios) da Escala de PANSS - Indicador NOC de Resultado para Autocontrolo do Pensamento Distorcido

TIPOLOGIA

- Persecutório - De Autorreferência - De Ciúme - De Controlo (Passividade) - De Culpa - De Cotard/Niilístico/de Negação - De Ekbom - De Grandiosidade/Megalomania - Hipocondríaco/Somatoforme - Síndroma de Capgrás - De Invenção - Místico ou Religioso - De Ruína - Sexual (Erotomania ou Síndroma de Clerambault) - Síndroma de Fregoli - Ocupacional

INTERVENÇÕES

- Assistir Sobre Gestão do Delírio - Ensinar Sobre Delírio - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Treino Metacognitivo - Orientar Para a Realidade - Executar Técnicas de Distração - Vigiar Delírio (dados do indicador) (subescala P1 da PANSS)

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4.14. Dependência De Álcool

A Síndrome de Dependência Alcoólica pode ser classificada como um conjunto de fenómenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolve após o uso repetido de álcool, e que tipicamente inclui um forte desejo de consumir bebidas alcoólicas, dificuldades em controlar o seu consumo, persistência no seu consumo (apesar das consequências negativas), uma maior prioridade dada ao álcool do que às outras atividades e obrigações, tolerância aumentada ao álcool e, por vezes, presença de síndrome de abstinência/privação física (World Health Organization, 2007). DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Dependência do [Uso] de Álcool Dados Obrigatórios

- Consumo excessivo de álcool (quantidade, frequência e horário) - Consumo de álcool há mais de seis meses - Valor da Escala AUDIT - Manifestações de abstinência - Verbaliza incapacidade para controlar consumo de álcool - A ingestão de álcool interfere nas AVD

Dados Opcionais - Valor da Escala SADD - Valor da Escala ESA - Valor Teste de Sócrates - Indicador NOC de Resultado para Controlo de Riscos: Uso de Álcool

- Risco de Dependência do [abuso] de álcool (consumo excessivo) Dados Obrigatórios

- Consumo excessivo de álcool (quantidade, frequência e horário) - Valor da Escala AUDIT

Dados Opcionais - Indicador NOC de Resultado para Controlo de Riscos: Uso de Álcool

INTERVENÇÕES PARA DEPENDÊNCIA DO [USO] DE ÁLCOOL

- Ensinar Sobre Dependência de Álcool (inclui Informar Sobre Recursos Comunitários) - Executar Entrevista Motivacional - Executar Intervenção Breve - Executar Intervenção Familiar - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Modificação do Comportamento - Executar Reestruturação Cognitiva - Prevenir Síndrome de Abstinência Alcoólica - Treinar Técnicas de Autocontrolo - Vigiar Consumo e Privação Alcoólica (dados do indicador)

INTERVENÇÕES PARA RISCO DE DEPENDÊNCIA DO [ABUSO] DE ÁLCOOL - Ensinar Sobre Dependência de Álcool (inclui Informar Sobre Recursos Comunitários) - Executar Aconselhamento - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Programa de Literacia em SM - Vigiar Consumo e Privação Alcoólica (dados do indicador)

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4.15. Dependência De Substâncias Psicoativas

Pelo descrito na CIPE 2 (2011, pág. 37) corroborado pela versão online da CIPE Versão 2015, o abuso de substância psicoativa consiste do uso inadequado de substância quimicamente ativa para um efeito não terapêutico, que poderá ser nocivo para a saúde e causar adição. DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Dependência do [uso] de Substâncias Psicoativas Dados Obrigatórios

- Consumo excessivo de [substância psicoativa] (quantidade, via de administração e frequência) - Manifestações de abstinência - Referência a não conseguir parar de consumir drogas

Dados Opcionais - Existência de sinais de venopunção e complicações associadas aos consumos endovenosos (hepatites e outras infeções, overdoses, abcessos) - Presença de metabolitos na urina (Heroína, Cocaína e Canabinóides) - Valor do Teste SOCRATES - Valor da Escala ESA - Drogas - Indicador NOC de Resultado para Controlo de Riscos: Uso de Drogas

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Dependência de Substâncias Psicoativas (inclui Informar Sobre Recursos Comunitários) - Executar Entrevista Motivacional - Executar Intervenção Breve - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Intervenção Familiar - Executar Modificação do Comportamento - Executar Reestruturação Cognitiva - Vigiar Manifestações de Privação de [substância] (dados do indicador)

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4.16. Dependência De Tabaco

A definição da síndrome de dependência surge nas classificações internacionais, nomeadamente na classificação internacional das doenças da OMS (CID-10) e na classificação da American Psychiatric Association (DSM-IV).

A nicotina, potente alcaloide presente nas folhas de tabaco, é a substância que produz a dependência do tabaco e a síndrome de abstinência. A força da dependência de nicotina relaciona-se com a fissura ou craving, um forte impulso para usar a substância, e com a tolerância (necessidade crescente da substância para atingir o efeito desejado). DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Dependência do [Uso] de Tabaco Dados Obrigatórios

- Consumo de tabaco - Forte desejo ou compulsão para fumar - Manifestações de abstinência - Sinais de tolerância - Referência a não conseguir parar de fumar

Dados Opcionais - Valor do Teste de Fagerström - Indicador NOC de Resultado para Controlo de Riscos: Uso de Tabaco

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Dependência do Tabaco (inclui Informar Sobre Recursos Comunitários) - Executar Entrevista Motivacional (Teste de Richmond) - Executar Intervenção Breve - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Modificação do Comportamento - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Relação de Ajuda - Treinar Técnicas de Autocontrolo - Vigiar Consumo de Tabaco (dados do indicador)

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4.17. Humor Depressivo

O humor depressivo “é o estado emocional consistente com a tristeza e disforia” (Trzepacz e Baker, 2001, pág. 68) e é comum em pessoas sadias, sendo considerado como uma resposta normal aos desapontamentos quotidianos da vida. Esses episódios são de curta duração, uma vez que a pessoa se adapta à perda do objeto, alteração ou fracasso (real ou percebido) que vivenciou (Townsend, 2002, pág. 391).

Por seu lado, na CIPE Versão 1 (2006, pág. 85) é considerada a depressão como uma emoção com caraterísticas especificas em que o “Estado no qual a disposição está reprimida, causando tristeza, melancolia, estenia, detioração da compreensão, concentração diminuída, sensação de culpa, e sintomas físicos incluindo perda de apetite, insónia e dor de cabeça.” DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Humor Depressivo Dados Obrigatórios

- Tristeza persistente (há mais de uma semana) - Desesperança e pessimismo (sensação de que o futuro não lhe trará nada de bom) - Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada - Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades - Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão

Dados Opcionais - Indicador NOC de Resultado para Equilíbrio do Humor - Indicador NOC de Resultado para Nível de Depressão

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Humor Depressivo - Executar Apoio Emocional - Executar Entrevista Motivacional - Executar Estimulação Cognitiva - Executar Intervenção Familiar - Executar Programa de Saúde Mental Positiva - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Relação de Ajuda - Treinar Competências Sociais - Vigiar Equilíbrio do Humor (dados do indicador)

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4.18. Humor Eufórico

Trzepacz e Baker (2001, pág. 68) definem euforia como humor elevado, excessivamente feliz tal como nas situações em que a pessoa ganhou a lotaria ou está apaixonado. Por si só a euforia não é um problema mas quando está presente de forma excessiva, prolongada e oscilante entre estado depressivo e maníaco, a situação pode ser mais problemática e estarmos perante um episódio maníaco.

Por seu lado, na CIPE Versão 1 (2006, pág. 97) o estado maníaco é definido como: “status neurológico com as caraterísticas específicas: Estado da emoção cheio de vitalidade positiva, negando preocupações e perdendo a inibição. Uma pessoa neste estado experimenta exaltação do ego, sentido de realização, hilaridade, tornar-se verborreico, hiperativo, e desenvolve excitação psicomotora, tem ideias absurdas.” DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Euforia Dados Obrigatórios

- Humor persistentemente elevado, expansivo ou irritável (Autoestima excessiva ou sentimentos de grandiosidade) - Aumento da atividade dirigida a objetivos - Excesso de energia (Fala apressada, Fuga de ideias, Dificuldade de concentração, Redução da necessidade de sono)

Dados Opcionais - Indicador NOC de Resultado para Equilíbrio do Humor

INTERVENÇÕES - Ensinar Sobre Humor Eufórico - Executar Intervenção Familiar - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Relação de Ajuda - Treinar Competências Sociais - Vigiar Equilíbrio do Humor (dados do indicador)

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4.19. Luto Disfuncional

O luto define-se como uma “resposta psicológica: processo de resolver o luto; reação emocional para ajudar a ultrapassar uma grande perda pessoal, sentimentos de pena ou perda extrema, que se processam através do pranto e do nojo; trabalho consciente com reações e emoções de sofrimento” CIPE 2 (2015, pág. 65) em que existem “sentimentos de pena associados a perda ou morte significativa, antecipatória ou real; choque e descrença (fase de choque); exaustão, cansaço extremo e letargia, angústia mental, reações de perda e pranto, chorar ou soluçar, alarme, descrença, raiva, negação (fase de reação); ajuste, aceitação, reorientação, expressão de sentimentos de perda, aceitação da realidade da perda, ausência de stresse somático, expressão de expectativas positivas sobre o futuro (fase de aceitação)” CIPE 2 (2015, pág. 65).

O luto disfuncional pode ser classificado como um “distúrbio que ocorre após a morte de pessoa significativa, em que a experiência de sofrimento que acompanha o luto falha em atender às expectativas normais e manifesta-se como prejuízo funcional (NANDA, 2015, pág. 347), existindo desadequação do processo de luto por reação exagerada, prolongada, retardada ou inibida face à perda de um objeto. DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Luto Disfuncional Dados Obrigatórios

- Perda significativa (luto) há mais de seis meses - Manutenção durante período prolongado (superior a um mês) duma fase do Luto - Implicações nas AVD - Ansiedade persistente e relacionada à perda - Angústia associada à perda

Dados Opcionais - Valor da Escala Prolonged Grief Disorder (PGD)

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Luto - Executar Programa de Ajuda Mútua - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Relação de Ajuda - Avaliar Evolução do Luto (dados da escala PGD)

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4.20. Obsessão

A CIPE 2 (2015, pág. 68) descreve Obsessão como a “Preocupação: pensamento ou ideia persistente, com o qual a mente está contínua e involuntariamente preocupada, pensamentos sugestivos de atos irracionais, repetição do pensamento, pensamentos sobre detalhes triviais e irrelevantes, ideias absurdas sem base na realidade, que não são passiveis de ser eliminadas pela lógica ou razão, associadas a comportamento compulsivo.”.

Os transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados “diferem das preocupações e rituais típicos das diferentes fases de desenvolvimento por serem excessivos e persistirem além dos períodos apropriados ao nível de desenvolvimento. (APA, 2014, pág. 235)

Obsessões são “pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum momento durante a perturbação, são experimentados como intrusivos e indesejados e que, na maioria dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou sofrimento.” (APA, 2014, pág. 237). Segundo o mesmo autor “O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação.” DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Obsessão Dados Obrigatórios

- Pensamento ou ideia persistente ocupa a mente contínua e involuntariamente (pode ser sobre detalhes triviais ou irrelevantes) - Revela dificuldades no controlo da obsessão - Pensamentos obsessivos interferem nas AVD

Dados Opcionais - Valor da Escala de Sintomas Obsessivo-Compulsivos de Yale-Brown 8

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Obsessão - Executar Intervenção Breve - Executar Reestruturação Cognitiva - Vigiar Obsessão (dados da Escala de Sintomas Obsessivo-Compulsivos Yale-Brown 8)

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4.21. Pensamento Comprometido O pensamento “se constitui a partir de elementos sensoriais (…): as imagens

percetivas e as representações.”. No pensamento distingue ainda os seus “elementos constitutivos” que, são “o conceito, o juízo e o raciocínio”. (Dalgalarrondo (2008, pág. 193).

Para a formação do conceito “são necessários dois passos fundamentais: Eliminação dos carateres de sensorialidade e Generalização.”; O conceito “forma-se a partir das representações” pelo que “Ao contrário das perceções (…) trata-se de um elemento puramente cognitivo, intelectivo”.

O juízo “consiste, a princípio, na afirmação de uma relação entre dois conceitos.” e o processo do raciocínio “representa um modo especial de ligação entre conceitos, de sequência de juízos, de encadeamento de conhecimentos, derivando sempre uns dos outros. Assim como a ligação entre conceitos permite a formação de juízos, a ligação entre juízos conduz à formação de novos juízos.”.

O Pensamento, na CIPE 2 (2011, pág. 66), é uma “Ação: processo de separar, ordenar e clarificar pensamentos, pensar de uma maneira lógica, apresentar os pensamentos através do discurso; associado à orientação para objetivos; uso de formação de conceitos e mudança dos esquemas mentais.”.

DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Pensamento Comprometido Dados Obrigatórios

- Revela pensamentos desorganizados e sem sequência lógica

- Revela juízos (comportamentos) não compatíveis com a situação/exposição real - Pensamentos e juízos formados interferem nas AVD - Revela incapacidade para controlar os pensamentos

Dados Opcionais - Indicador NOC de Resultado para Autocontrolo do Pensamento Distorcido

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Pensamento Comprometido - Executar Apoio Emocional - Executar Intervenção em Crise - Executar Reestruturação Cognitiva - Treinar Técnicas de Autocontrolo - Vigiar Pensamento (tipologia fobia, curso, estrutura e conteúdo) (dados do indicador)

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4.22. Potencial De Recuperação

Para o conceito de Recuperação a CIPE 2 (2015, pág. 76) refere que é um “status: eliminar; readquirir força, restabelecer a saúde, condição normal ou modo de vida”.

O conceito de recovery (Recuperação) pode ser descrito como um estado de recuperação ou restabelecimento de funções psíquicas, físicas e sociais no funcionamento quotidiano, que pode ou não ser temporário e assenta em duas premissas fundamentais que consideram que pessoas com uma doença mental (independentemente da severidade) podem recuperar dessa doença e podem viver uma vida produtiva mesmo com manifestação de sintomas (Davidson, 2016).

Para a OMS, recovery na perspetiva da pessoa com doença mental, significa ganhar e reter esperança, compreender as suas habilidades e desabilidades, empenhar-se numa vida ativa, com autonomia pessoal, identidade social, significado e objetivos de vida e uma visão positiva de si.

Recovery não é sinónimo de cura, mas refere-se a um conjunto de condições internas experimentadas pela pessoa que se descreve a si própria como estando em recovery – esperança, recuperação, empowerment e conexão e a condições externas que facilitam esse mesmo recovery, como sejam a implementação de direitos humanos, uma cultura positiva de restabelecimento e serviços orientados em recovery (WHO, 2013).

DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Potencial de Recuperação Dados Obrigatórios

- Capacidade cognitiva (do Mini Mental State) - Funcionalidade – compromisso das AVD - Competências sociais - Suporte social (família, amigos) e recursos comunitários

Dados Opcionais - Valor da Recovery Assessment Scale (RAS-P)

INTERVENÇÕES - Ensinar Sobre Recuperação (inclui Informar Sobre Recursos Comunitários) - Executar Aconselhamento - Executar Estimulação Cognitiva - Executar Intervenção de Reabilitação Psicossocial (inclui Arteterapia, Biblioterapia e Musicoterapia) - Executar Programa de Ajuda Mútua - Executar Programa de Literacia em SM - Treinar Competências Sociais - Treinar o Comportamento Assertivo - Vigiar Potencial de Recuperação (dados da RAS-P)

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4.23. Risco De Suicídio

O suicídio define-se como um comportamento autodestrutivo com “execução de atividades suicidas que levam à própria morte” (CIPE, 2015, pág. 86) e o Risco de Suicídio define-se como a “vulnerabilidade à lesão autoinfligida que ameaça a vida” (NANDA, 2015, pág. 423).

Segundo o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio 2013-2017, os Comportamentos suicidários, enquanto atos suicidas, podem estar presentes “desde o suicídio consumado até à ideação suicida, passando pelos graus intercalares da tentativa de suicídio e do parassuicídio” (Saraiva, 2010). O comportamento suicidário abrange todo e qualquer ato através do qual um indivíduo causa uma lesão a si próprio, independentemente do grau de intenção letal e conhecimento do verdadeiro motivo desse ato. Ideação suicida, Tentativa de suicídio, Para-suicídio e Suicídio Consumado são formas distintas de comportamentos suicidários (Moreira, 2008). DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Risco de Suicídio Dados Obrigatórios

- Tentativa de suicídio anterior - Fala em morte frequentemente e manifesta desejo de morrer - Existência de método e plano de suicídio - Revela desespero ou inexistência de vontade de viver

Dados Opcionais - Valor do Índice NGASR - Indicador NOC de Resultado para Autocontenção do Suicídio

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Estratégias de Redução do Risco de Suicídio - Executar Apoio Emocional - Executar Intervenção Familiar - Executar Prevenção do Suicídio - Executar Programa de Prevenção do Suicídio

- Executar Programa de Primeira Ajuda em Saúde Mental - Executar Programa de Saúde Mental Positiva - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Relação de Ajuda - Executar Técnica de Resolução de Problemas - Vigiar Ideação Suicida (dados do indicador)

Observações: Considerar necessidades da família e de intervenção na família.

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4.24. Stresse

A CIPE 2015 (2016, pág. 86) define o stresse como: “sentimento de estar sob pressão e ansiedade ao ponto de ser incapaz de funcionar de forma adequada física e mentalmente, sentimento de desconforto, associado a experiências desagradáveis associado à dor, sentimento de estar física e mentalmente cansado, distúrbio do estado mental e físico do indivíduo”. DIAGNÓSTICOS E MANIFESTAÇÕES

- Stresse em grau [moderado] ou [elevado] (patológico) Dados Obrigatórios

- Verbaliza stresse relacionado com evento stressante - Manifesta sinais e sintomas de stresse (aplicar Perceived Stress Scale) - Interferência do stresse nas AVD - Potencial da pessoa para gerir o stresse

Dados Opcionais - Valor da Escala de Perceção de Stresse (Perceived Stress Scale) - Valor Questionário de Vulnerabilidade ao Stresse (QVS) - Indicador NOC de Resultado para Nível de Stresse

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Stresse - Instruir Sobre Estratégias de Redução do Stresse - Executar Apoio Emocional - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Técnica de Relaxamento - Executar Relação de Ajuda - Executar Técnica de Resolução de Problemas - Avaliar Evolução do Stresse (dados do indicador)

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4.25. Stresse Do Cuidador

O Stresse do Cuidador é definido pela CIPE 2015 (2016, pág. 86) como sendo Stresse: “sentimento de estar sob pressão e ansiedade ao ponto de ser incapaz de funcionar de forma adequada física e mentalmente, sentimento de desconforto, associado a experiências desagradáveis associado à dor, sentimento de estar física e mentalmente cansado, distúrbio do estado mental e físico do indivíduo”.

O Stresse do Cuidador é um tipo de “Coping com as seguintes caraterísticas específicas: disposições que se tomam para gerir a pressão física e psicológica de um cuidador que cuida de um membro da família ou pessoa significativa durante um longo período de tempo; diminuição da capacidade de resolução de problemas em resposta às exigências da prestação de cuidados” (CIPE, 2005, pág. 51).

Este Diagnóstico inclui os dados do âmbito da Sobrecarga do Cuidador. Diagnósticos e Manifestações

- Stresse do Cuidador em grau [reduzido], [moderado] ou [elevado] (patológico) Dados Obrigatórios

- Verbaliza stresse (relacionado com o tomar conta) - Manifesta sinais e sintomas de stresse no cuidador (aplicar Escala de Sobrecarga do Cuidador de Zarit) - Interferência do stresse nas AVD do cuidador - Potencial do cuidador para gerir o stresse

Dados Opcionais - Valor da Escala de Sobrecarga do Cuidador de Zarit - Indicador NOC de Resultado para Stressores do Cuidador

Intervenções

- Ensinar Sobre Stresse - Instruir Sobre Estratégias de Redução do Stresse - Executar Apoio Emocional - Executar Intervenção Familiar - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Relação de Ajuda - Executar Técnica de Relaxamento - Executar Técnica de Resolução de Problemas - Vigiar Stresse do Cuidador (dados do indicador)

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4.26. Stresse Pós-Traumático

Segundo o Manual de Psiquiatria Clínica (2016) o stresse pós-traumático “é uma resposta prolongada e anormal a uma circunstância stressante extremamente intensa tal como um desastre natural ou violência sexual ou física”.

A NOC (2004, pág. 552) define Síndrome Pós-Trauma como “um risco para resposta de má adaptação sustentada a um evento traumático opressivo”.

A NANDA (2009-2011, pág. 262) define Síndrome Pós-Trauma como: “resposta mal adaptada e sustentada a evento traumático e opressivo”.

As circunstâncias indutoras de stresse, segundo Serra (1999) citado por Sequeira (2006, pág. 73) podem ser agrupadas por classes e define acontecimentos traumáticos como: “circunstâncias graves como, por exemplo, uma ameaça de morte, espancamento ou ser testemunha de um homicídio; ser vítima de um incêndio, naufrágio ou tremor de terra de grande intensidade”. Diagnósticos e Manifestações

- Stresse Pós-traumático em grau [reduzido], [moderado] ou [elevado] (patológico) Dados Obrigatórios

- Verbaliza acontecimento traumático e opressivo - Manifesta sinais e sintomas de stresse pós-traumático (aplicar Escala de Perceção de Stresse - Interferência do stresse nas AVD - Potencial da pessoa para gerir o stresse

Dados Opcionais - Valor da Escala de Perceção de Stresse (Perceived Stress Scale) - Valor Questionário de Vulnerabilidade ao Stresse (QVS)

INTERVENÇÕES

- Ensinar Sobre Stresse Pós Traumático - Executar Apoio Emocional - Executar Intervenção Psicoeducativa - Executar Reestruturação Cognitiva - Executar Relação de Ajuda - Executar Técnica de Relaxamento - Executar Técnica de Resolução de Problemas - Executar Terapia de Modificação de Comportamento - Instruir Sobre Estratégias de Redução do Stresse - Vigiar Stresse Pós Traumático (dados do indicador)

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5. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

As Ações de Enfermagem aqui expostas dizem respeito às exclusivas Intervenções Específicas do Enfermeiro Especialista em Saúde Mental (consultar

documento da Comissão Regional de Peritos de Saúde Mental da Secção Regional do Norte da

Ordem dos Enfermeiros) e são classificadas como Intervenções Psicoterapêuticas. Todas as intervenções, com exceção dos Programas, têm os seguintes

pressupostos: a) A intervenção tem de ser descrita na NIC; b) Foram validadas por enfermeiros e; c) Apenas são considerados os programas de intervenção já validados em termos científicos.

A possibilidade de aplicação relativa a um só indivíduo ou em contexto de grupo é uma aceite, apesar de poder ser necessária formação específica, certificada pela Especialização no âmbito do ensino clínico ou por uma outra instituição especificamente especializada, para este último contexto.

Uma vez que a lista de intervenções a considerar poderia tornar-se extensa, partiu-se de alguns pressupostos para evitar tal ocorrência. Assim, para as intervenções do âmbito do “Ensinar” considerou-se que incluiriam os termos “Instruir” e “Treinar” e; quanto às intervenções do âmbito do “Vigiar”, todas integram os termos “Monitorizar” e “Avaliar”; se os dados se caraterizarem como qualitativos utiliza-se o termo “Avaliar”, se forem quantitativos utiliza-se o termo “Monitorizar”.

Intervenções como “Executar Escuta Ativa”, “Instruir sobre Estratégias de Coping” e “Gerir Ambiente”, não foram estudadas uma vez que constituem técnicas transversais a praticamente todas as áreas da Enfermagem, apesar de poderem fazer parte do conjunto das intervenções atribuídas a cada diagnóstico.

Para consultar a descrição das sessões de cada Intervenção é necessário consultar o Anexo indicado.

A informação relativa ao Tempo Estimado Necessário refere-se basicamente à contida na NIC 20081.

Nas intervenções psicoterapêuticas e programas, a última sessão é caraterizada como sessão de fecho da intervenção não sendo, por isso, contabilizada no total de sessões consignadas.

1 Dochterman, Joanne McCloskey; Bulechek, Gloria M. (2008). Classificação das Intervenções de Enfermagem. 4.ª Edição. Porto Alegre: Artmed.

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM EXCLUSIVAS DO EEESMP

Executar Aconselhamento Executar Apoio Emocional Executar Entrevista Motivacional Executar Estimulação Cognitiva Executar Intervenção Breve Executar Intervenção de Reabilitação Psicossocial Executar Intervenção em Crise Executar Intervenção Familiar Executar Intervenção para Autoperceção Positiva Executar Intervenção Psicoeducativa Executar Modificação de Comportamento Executar Orientação para a Realidade Executar Programa de Ajuda Mútua Executar Programa de Capacitação do Cuidador de Pessoa com Demência Executar Programa de Literacia em Saúde Mental Executar Programa de Prevenção do Suicídio Executar Programa de Primeira Ajuda em Saúde Mental Executar Programa de Saúde Mental Positiva Executar Reestruturação Cognitiva Executar Relação de Ajuda Treinar Técnica de Autocontrolo Executar Técnica de Relaxamento Executar Técnica de Resolução de Problemas Executar Treino Metacognitivo Treinar Competências Sociais Treinar o Comportamento Assertivo

MODELO PROCEDIMENTAL DAS INTERVENÇÕES PSICOTERAPÊUTICAS A - Intervenção Pontual - Sessão única

Fase 1 – Início

1 - Planear a intervenção 2 - Preparar o setting 3 - Informar sobre [IE] e expectativas da intervenção

Fase 2 – Desenvolvimento 4 - Clarificar o motivo da intervenção e seu objetivo 5 - Capacitar a pessoa para… 6 - Avaliar o trabalho desenvolvido na intervenção

- Método de Avaliação – Condicionantes – Participação na Sessão Fase 3 – Conclusão

7 - Feedback sobre a intervenção 8 - Prescrição para a ação 9 - Efetuar separação física e orientar para recursos comunitários/vigilância de saúde

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B - Intervenção Psicoterapêutica - Mínimo 3 sessões Fase 1 – Início

1 - Planear a intervenção 2 - Preparar o setting 3 - Informar sobre [IE] 4 - Prescrição para a ação 5 - Informar da data, hora e tema da sessão seguinte

Fase 2 – Desenvolvimento 1ª Sessão - Exploratória

1 - Clarificar o motivo da intervenção 2 - Informar sobre objetivos e expectativas da intervenção 3 – Envolver a pessoa e estabelecer contrato terapêutico 4 - Prescrição para a ação 5 - Informar da data, hora e tema da sessão seguinte

2ª Sessão (e seguintes se mais de 3) - Trabalho 1 - Capacitar a pessoa para…

2 - Avaliar o trabalho desenvolvido e obter feedback sobre a sessão - Método de Avaliação – Participação na Sessão

3 - Prescrição para a ação 4 - Informar da data, hora e tema da sessão seguinte

Fase 3 – Conclusão 3ª Sessão (última)

1 - Avaliar o trabalho desenvolvido e obter feedback sobre a intervenção 2 - Efetuar separação física e orientar para recursos comunitários/vigilância de saúde

C – Programa - Conjunto alargado de intervenções pontuais ou psicoterapêuticas

Fase 1 – Início

1 - Planear a intervenção 2 - Preparar o setting 3 - Informar sobre [Programa] 4 - Envolver a pessoa e estabelecer expectativas da intervenção e contrato terapêutico 5 - Prescrição para a ação

Fase 2 – Desenvolvimento – Seguir, sem alterações, o programa pré-estabelecido 1ª Sessão - Exploratória

1 - Clarificar o motivo do programa 2 - Informar sobre objetivos e expectativas 3 - Prescrição para a ação 4 - Informar da data, hora e tema da sessão seguinte

2ª Sessão (e seguintes se mais de 3) - Trabalho 1 - Capacitar a pessoa para…

2 - Avaliar o trabalho desenvolvido e obter feedback sobre a sessão - Método de Avaliação – Participação na Sessão

3 - Informar da data, hora e tema da sessão seguinte 4 - Prescrição para a ação

Fase 3 – Conclusão 3ª Sessão (última)

1 - Avaliar o trabalho desenvolvido e obter feedback sobre a intervenção 2 - Efetuar separação física e orientar para recursos comunitários/vigilância de saúde

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6. CONCLUSÕES

Entre setembro de 2017 e julho de 2018, efetuamos oito reuniões presenciais e quatro reuniões por Skype. A maioria dos elementos esteve em todas as reuniões.

Quero agradecer a dedicação de todos os membros que, para além das reuniões, efetuaram trabalho de pesquisa e preparação das mesmas, de modo a obtermos os consensos possíveis.

Desse modo, tornou-se possível a criação de uma base de trabalho consensualizada que pode servir como ponto de partida para a implementação de um padrão de documentação que traduza efetivamente o trabalho do enfermeiro especialista em Enfermagem e Saúde Mental.

Não se trata de todo, de um trabalho acabado, mas sim de uma base que, pode e deve ser alvo de investigação e reflexão, para que no futuro, quer os diagnósticos, quer a relação entre as intervenções e os diagnósticos seja sustentada em melhor evidência.

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