Pág. 194 Professora Leonilda Brandão da Silva · Os jabutis são terrestres. ... Os escamados...

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COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY – E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Professora Leonilda Brandão da Silva E-mail: [email protected] http://professoraleonilda.wordpress.com/ Pág. 194

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COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY – E.M.P.

TERRA BOA - PARANÁ

Professora Leonilda Brandão da Silva

E-mail: [email protected]

http://professoraleonilda.wordpress.com/

Pág. 194

Você conhece diferentes exemplo de répteis?

Quais?

Em que tipo de ambiente é comum encontrar

esses animais?

Por que o nome RÉPTEIS?

Que características desse grupo facilitam sua

sobrevivência em ambientes terrestres?

Quais as diferenças entre a serpente peçonhen-

ta e não peçonhenta?

Fazem parte desse grupo jacarés, tartarugas, ser-pentes, lagartos, etc.

O nome réptil (rastejar) deriva do modo de loco-moção desses animais: as quatro pernas (ausen-tes nas serpentes) possuem 5 dedos com unhas e sustentam o corpo de modo eficiente no ambi-ente terrestre.

Embora alguns vivam a maior parte do tempo na água, na qual conseguem alimento, todos descendem de animais com uma série de adapta-ções à vida terrestre.

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A temperatura do corpo dos répteis, assim como dos peixes e anfíbios, acompanha mais ou menos a temperatura do ambiente.

Quando está muito quente, um lagarto pode esconder-se e sair apenas quando a temperatura baixar.

Quando está muito frio, ele procura se aquecer no sol.

Por isso dizemos que esses animais são ectotérmicos, aquecem com o calor vindo de fora do corpo (do Sol).

Entretanto, se esfriar muito e o animal não tiver como se esquentar, sua temperatura cairá. Com isso, a velo-cidade de seu metabolismo diminuirá e o animal pode-rá ter dificuldade para se locomover e se manter ativo.

Os répteis usam o calor externo para aquecer o

corpo, eles são ectotérmicos.

Aves e mamíferos são endotérmicos, a manu-

tenção de sua temperatura corporal é feita por

meio de calor gerado por seu próprio metabo-

lismo.

A pele grossa e seca (sem glândulas mucosas), com bastante queratina, que forma:

escamas córneas (serpentes e lagartos) ou placas (crocodilos e jacarés), evita a perda excessiva de

água, permitindo a sobrevivência em locais secos como desertos.

Nas tartarugas essas placas se unem a placa óssea e forma um a carapaça protetora.

escamas córneas

placas

carapaça

Em muitos casos (serpentes e alguns lagartos) ocorrem mudas, com eliminação das camadas superficiais da epiderme.

Pontociência - Por que as serpentes têm sangue frio? - Resposta

Duração: 4:09

https://www.youtube.com/watch?v=o_RxCVTm-3w

Entenda a incrível pele dos répteis – Duração: 5:44 https://www.youtube.com/watch?v=TI9ES19f-Ms&t=6s

VÍDEO:

TROCA DE PELE SERPENTES – ECDISE - Duração: 2:46

https://www.youtube.com/watch?v=An-4vM9ognU

Pontociência - Por que as serpentes mudam de pele?- Duração: 2:29

https://www.youtube.com/watch?v=6KAqTzycdbY

Pontociência - Por que as serpentes têm sangue frio? - Pergunta

A maioria possuem dentes (serpentes, crocodilos e jacarés); algumas serpentes apresentam presas inoculadoras de peçonha.

Há glândulas salivares, fígado e pâncreas; o intestino termina na cloaca.

A excreção é feita por rins e representa uma boa economia de água, uma vez que, na maioria dos répteis, produz uma pasta de ácido úrico (insolúvel) que é eliminada pela cloaca com as fezes, o que envolve perdas mínimas de água.

Sendo, portanto, outra característica adaptativa dos répteis ao meio terrestre.

EXCREÇÃO

Segue a maioria dos vertebrados;

O cérebro é mais desenvolvido que o dos anfíbios. Há 12 pares de nervos cranianos e terminações nervosas na pele;

A audição (com orelha interna e média) e a gustação são menos desenvolvidas que a visão e o olfato. A visão, de modo geral é muito boa. O olfato, em alguns grupos é bem desenvolvido.

Em serpentes, há o órgão de Jacobson, que lhes permitem sentir o gosto do ar.

As serpentes são surdas, mas podem captar vibrações do solo por meio dos ossos do crânio.

Nas serpentes peçonhentas há um órgão sensível ao calor, a fosseta loreal.

SISTEMA NERVOSO e SENSORIAL

O pulmão apresenta maior superfície relativa que os dos anfíbios, o que dispensa a pele da função respi-ratória e contribui para o sucesso do animal no meio terrestre.

Todas as trocas gasosas são feitas pelos pulmões.

A ventilação dos pulmões também é mais eficiente, graças ao auxílio dos músculos das costelas (auxilia na entrada e saída do ar).

RESPIRAÇÃO

O coração da maioria dos répteis tem três cavidades (2A e 1V), que, é dividido parcialmente por um septo incompleto (septo de Sabatier). Como essa divisória é incompleta ainda ocorre mistura de sangue rico e pobre em oxigênio. Circulação dupla e incompleta.

Nos crocodilianos (crocodilos e jacarés), o septo é completo e o coração, portanto, tem quatro cavida-des, (2A e 2V).

CIRCULAÇÃO

septo de Sabatier

A circulação é fechada, dupla e completa nos crocodilia-nos, sendo incompleta nos outros grupos.

Fecundação interna, o que diminui o risco de perda de água pelos gametas, e há nos machos da maioria das ssp um pênis, órgão que lança gametas no interior da fêmea. O tipo de reprodução foi fundamental para o sucesso no ambiente terrestre.

O desenvolvimento é direto. Ocorre em um ovo com casca porosa, que fornece proteção mecânica e permite a troca de gases entre o embrião e o ambiente.

A maioria dos répteis é ovíparos, mas algumas ssp de serpentes e alguns lagartos são ovovivíparos ou vivíparos.

Além do saco vitelínico, que contém alimento para o em-brião, os répteis possuem outros três anexos embrionários: o âmnion, a alantoide, o córion.

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O âmnion (bolsa de água), protege o embrião da desidratação. Presente também nas aves e mamíferos (amniotas). Peixes e anfíbios (anamniotas).

A alantoide (salsicha; devido a forma desse órgão) recebe as excretas do embrião e retira o oxigênio do ar.

O córion (pele) fornece uma proteção adicional e colabora com a alantoide na respiração.

Saco vitelínico – bolsa ligada ao intestino do embrião, envolve a gema do ovo e digere seus componentes, transferindo-os para os vasos sanguíneos do embrião.

Âmnio – membrana que envolve o líquido amniótico, no qual o embrião flutua nas primeiras fases do desenvolvimento, protegido contra choques mecânicos e evitando possíveis deformações ou aderências.

Alantóide – bolsa ligada ao intestino do embrião, onde os excretas nitrogenados são armazenados até a eclosão do ovo. O ácido úrico, a principal substância excretada pelos répteis, é relativamente insolúvel e pouco tóxico, podendo ser armazenado no ovo sem prejudicar o embrião.

Córion – anexo que envolve o embrião e todos os demais anexos, ele fica em contato íntimo com a casca do ovo, possibilitando as trocas de gases respiratórios entre o sangue do embrião e o ar atmosférico.

Postura de ovos (ovo amniótico) com casca porosa e protetora dentro do qual o desenvolvimento é auxiliado por anexos embrionários.

Economia de água na eliminação de excretas nitroge-nados. A excreção por ácido úrico durante desenvolvi-mento embrionário, pois sendo insolúvel, não se espalha pelo embrião e se acumula na cavidade da alantoide. No adulto também é importante, uma vez que possibilita economia de água. Para excretar o ácido úrico é necessário um volume 5 vezes menor de água do que para excretar a ureia.

Eficiência do pulmão como órgão respiratório;

Independência de água para a reprodução, através da fecundação interna. Impermeabilização da pele.

Novos estudos indicam que o grupo dos répteis não é monofilético (não possuem um ancestral comum exclu-sivo), e que as aves estão mais próximos dos crocodilos do que estes das tartarugas.

Entretanto, por razões didáticas vamos manter a classi-ficação tradicional dos répteis.

Assim eles se dividem nos grupos:

◦Chelonia ou Testudinea - tartarugas, cágados e jabutis

◦Squamata - serpentes e lagartos

◦Crocodilia - crocodilos e jacarés

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SQUAMATA CHELONIA

CROCODILIA

O grupo dos quelônios conhecidos também por testu-díneos (testudo = provido de carapaça e chelone = tartaru-ga), são representados pelas tartarugas, cágados e pelos jabutis.

Muitas ssp brasileiras estão ameaçadas de extinção pela pesca (proibida por lei) e destruição do ambiente natural.

Sua carne e ovos são consumidos como alimento, e seu casco é usado p/ fazer enfeites, pentes e outros objetos.

As tartarugas vivem, principalmente, na água, mas põem ovos na terra. Os jabutis são terrestres.

Eles possuem placas ósseas fundidas e recobertas por queratina, originando uma carapaça, na região dorsal, e um plastrão, na região ventral.

Jabutis: possuem o corpo arredondado e pernas mais ou menos cilindradas, bem adaptadas para o deslocamento sobre o solo.

Cágados e tartarugas: Vivem em ambientes aquáticos e possuem o corpo mais achatado do que o dos jabutis, pernas no formato de remo.

Jabuti Tartaruga Cágado

Existem diferenças entre tartarugas, cágados e jabutis?

Duração: 4:43

https://www.youtube.com/watch?v=adxB7MNb-ds

Tartaruga Cágado

Jabuti

tartaruga cágado

jabuti tartaruga

Os escamados podem ser divididos em três grupos:

◦ Lacertílios ou sáurios: lagartos como o teiú (maior do Brasil), lagartixas e os camaleões;

◦ Ofídios: serpentes;

◦ Anfisbenídeos (anfi = dos dois lados: cobras-de-duas-cabeças, animais geralmente sem pernas, de hábitos subterrâneos.

Durante o crescimento dos répteis, especialmente nas Squamata, ocorrem mudas periódicas da pele: a parte externa da epiderme é substituída por outra.

Ofídios Anfisbenas Lacertílios

Sucuri

Cobra Rei

Vive na Índia

Naja

Ofídios

Coral verdadeira Cascavel

Jararaca

Coral

verdadeira Jararaca

Cascavel

As serpentes não possuem orifícios auditivos, mas sen-tem, por meio do esqueleto, as vibrações transmitidas pe-lo solo.

A língua bífida (com duas ramificações) serve para o tato e olfato.

As serpentes peçonhentas possuem glândulas produtoras de peçonha, que é inoculada por dentes contendo canais ou sulco, que conduzem a peçonha para o exterior.

Além disso, elas têm, na cabeça, um ou mais pares de dentes, maiores que os outros (presas) na parte da frente do maxilar superior.

As serpentes sem esses dentes inoculadores, chamadas de não peçonhentas, também podem envenenamento. Causar ferimen-tos sérios, pois sua saliva pode conter substâncias tóxicas.

A maioria das serpentes peçonhentas possui também uma fosseta lacrimal ou loreal, uma abertura localizada entre cada olho e a narina , que registra o calor de presas como aves ou mamíferos, facilitando sua localização.

No entanto, as corais verdadeiras são serpentes peçonhen-tas que não possuem fosseta loreal.

Em casos de picada de serpente, a vítima deve ser encaminhada a um posto de saúde ou hospital para receber o soro antiofídico adequado, entre outros proce-dimentos.

Antibrotópico: jararaca Anticrotálico: cascavel Antilaquético: surucucu Antiélapidico: coral Antibrotópico/Crotálico: jararaca ou

cascavel Antibrotópico/Laquético: jararaca ou

surucucu

Soro antibotrópico-Crotálico – Jararaca ou cascaveis

Soro antibotrópico-Laquésico – Jararaca e surucucu

Há vários tipos de soros em função do tipo de serpente:

Peçonhentas Cabeça triangular e com fosseta loreal. Olhos pequenos e pupila em fenda vertical. Escamas do corpo alongadas e pontudas. Escamas da cabeça pequenas. Cauda curta e afinada bruscamente. Atitudes de ataque quando ameaçadas. Não peçonhentas Cabeça estreita e alongada e sem fosseta loreal. Olhos grandes com pupila circular. Escamas do corpo achatado. Cauda longa e afina gradualmente. Geralmente fogem quando ameaçadas.

Caso se conheça a espécie de serpente que picou a pessoa, é importante comunicar ao médico.

Não se deve amarrar a região afetada para isolar a peçonha, isto é, não se deve fazer torniquete ou garrote: isso impede a circulação normal do sangue, trazendo mais riscos para a região afetada, aumentando, por exemplo, a destruição dos tecidos (necroses) pela concen-tração da peçonha no local da picada.

Em locais onde há serpen-tes deve-se usar botas de cano alto, evitar mexer em buracos, montes de lixo, de lenha ou cupinzeiros.

Estão representados pelo jacaré, pelo crocodilo e pelo gavial (Índia).

O corpo desses animais é coberto por escamas e placas ósseas.

São carnívoros e passam boa parte do tempo dentro da água ou na beira dos rios, onde a maioria deles vive.

No Brasil não há crocodilos, apenas jacarés.

O focinho do jacaré é mais largo e arredondado, enquanto o do crocodilo e o da gavial são mais estreitos.

Jacaré Crocodilo Gavial

Jacaré Crocodilo

Crocodilo-americano (nome científico: Crocodylus acutus)

Gavial da malásia (nome científico: Tomistoma schlegelii)

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Os primeiros répteis surgiram há cerca de 360 milhões de anos, no período Carbonífero, quando o clima ficou mais seco favorecendo os animais com pele mais resistente e que produziam ovos com casca, âmnio e outros anexos.

Os répteis ancestrais deram origem aos répteis atuais, às aves e aos mamíferos.

Há cerca de 230 milhões de anos, no período Triássico, surgiram os primeiros representantes do grupo dos dinossauros.

Eles se extinguiram há cerca de 65 milhões de anos. A causa ainda é discutida. A teoria mais aceita é que um asteroide tenha atingido a Terra e levantado uma nuvem de poeira que escureceu o céu por muitos meses. Sem aluz do Sol, várias plantas teriam morrido, afetando a vida dos dinossauros herbívoros e a dos carnívoros.

OFÍDIOS - serpentes

Diferenças entre cobras:

Caracteres Peçonhentas Não peçonhentas

Cabeça

Olhos

Escamas

Cauda

Hábitos

Responder as questões de 1 a 19

(exceto: 7, 10)

p. 200 e 202

ATIVIDADES

Existem certos lagartos que não têm pernas, parecendo mesmo com certos vermes. Mas existe um modo de descobrir certas espécies, elas perdem uma parte da cauda se um predador a agarra, que nascerá novamente.

Um camaleão não tolera a presença de outro em seu território, mesmo que seja fêmea. O hábito solitário só é abandonado na época de acasalamento.

os crocodilos chegaram a medir 30 m de comprimento. E vivem até aos 80 anos.

Os crocodilos nadam com a ajuda da sua poderosa cauda, movendo-se na água a uma velocidade superior à de um barco a remo.

São animais de grande importância do equilíbrio ecológico. As jararacas, entre outras serpentes, realizam um importante controle biológico de roedores, incluindo camundongos e ratazanas.

As populações de piranhas são controladas pelos jacarés, enquanto as lagartixas auxiliam no combate de vários insetos e diversos répteis servem de alimentos.

A naja da Índia é a serpente que mata mais seres humanos no mundo, cerca de100.000 mortes por ano, porque vive em regiões pobres e densamente habitadas e entra em casas e construções à procura de ratos.

Quando ameaçada, assume sua postura característica, levantando o terço anterior de seu corpo e inflando seu famoso capelo para tentar assustar o inimigo. Se este não foge imediatamente, ela ataca. A naja africana é capaz de lançar o veneno a uma distancia de até 2,40m. Um grama de veneno da naja pode matar 150 pessoas.

A fêmea põe 12 a 20 ovos, em um tronco oco ou no solo. Ao contrário da maioria das serpentes, a mãe naja protege os ovos durante todo o período de incubação (cerca de 50 dias) e só sai para comer.

Naja é a espécie geralmente usada pelos "encantadores de serpentes" da Índia. A naja parece dançar a melodia tocada pela flauta do encantador, mas na realidade, como todas as serpentes, é quase totalmente surda. Ela é provocada para assumir a posição de ataque e mantida em um esforço de concentração para seguir as mãos e a flauta do encantador, o que resulta em seu movimento de “dança”.

AS NAJAS

É o animal que vive mais tempo. Mora nas ilhas Galápagos e pode chegar aos

150 anos. Nenhum outro o bate em longevidade. É também uma das maiores

tartarugas do mundo. Pesa até 226 kg e tem uma carapaça que mede mais de

um 1 metro. Maior, só mesmo a tartaruga marinha, que conhecemos como

tartaruga de couro. Esta pode ultrapassar os dois metros de comprimento e

pesar até 600 kg.

Tartaruga GiganteTartaruga Gigante