Página Sindical do Diário de São Paulo - 24 de outubro de 2014 - Força Sindical

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Dirigentes dos Sindicatos liados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo decidiram ampliar, desde já, a mo- bilização da categoria, aumentando a pressão por reajuste com au- mento acima da inflação. “Nossa data-base é 1º de novembro. Se até o final deste mês os patrões não fizerem uma pro- posta digna, nós vamos à greve!”, disse Miguel Tor- res, presidente do Sindi- cato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, CNTM e Força Sindical. Na Ca- pital, o Sindicato fará assembleias diárias na porta das empresas. Esta ação come- çou ontem em 35 empresas de autopeças. A Campanha Salarial/2014 é unificada, e reúne 54 Sindicatos filiados à Federação, representando cerca de 750 mil trabalha- dores no Estado. Além do reajuste salarial, com aumento real de salário, a categoria reivindica valorização dos pisos, estabi- lidade do delegado sindical, redução da jornada de trabalho, fim das terceirizações e licença-maternidade de 180 dias, entre A decisão dos Sindicatos filiados à Força Sindical em campanha salarial, de intensificar a luta por aumento real, tem um porquê. Os juros proibitivos e a elevação da inflação ratificam nossa certe- za de que o ganho real é crucial para manter o poder aquisitivo dos trabalhadores, estimular a produção, a geração de renda, o consumo e os empregos. Neste intuito manifestações de protesto, realização de assem- bleias e, se necessário, greves nas empresas ou setores são hi- póteses não descartadas. O resultado das urnas para de- putado federal não foi bom para os trabalhadores. Ele diminuiu o número dos nossos represen- tantes na Câmara Federal e au- mentou o de parlamentares da bancada conservadora, formada principalmente por representan- tes dos empresários e ruralistas. Se já encontramos dificuldades hoje, como será a partir de 2015 para aprovar os itens da nossa Pauta Trabalhista e outras de- mandas dos trabalhadores? A nossa união e poder de mobi- lização serão importantes para fecharmos acordos que atendam nossas reivindicações salariais e mantenham ou ampliem nossas conquistas. Mas esse fortaleci- mento e unidade têm de ter con- tinuidade pelos próximos anos se quisermos manter nosso pro- tagonismo. Trabalho Trabalhadores se organizam por reajuste digno de salário Lançamento da Campanha aconteceu no dia 21, no saguão do aeroporto de Congonhas Lideranças sindicais defendem Campanha Salarial Unificada para aeroviários Os aeroviários do Estado de SP deram início às negociações com os patrões na última 4ª feira. Na primeira reunião entre sindicalistas e representantes dos empre- sários foi definido um calendário de ne- gociações e entregue uma pauta com as reivindicações da categoria. No dia 21 os trabalhadores fizeram o lan- çamento oficial da Campanha com uma assembleia no saguão do aeroporto de Congonhas. O evento contou com o apoio da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos (FNTTA) e da Força Sindical. Reginaldo Alves de Souza, Mandu, presi- dente do Sindicato dos Aeroviários do Es- tado, ressaltou que o reajuste de 11% nos salários e de 20% nos benefícios são as principais reivindicações deste ano. “Va- mos realizar assembleias permanentes durante as negociações para aumentar a pressão e garantir que as reivindicações sejam atendidas”. “Os patrões vão resistir em conceder au- mento real alegando crise no setor, mas as empresas aéreas têm batido recordes nos lucros, e nós queremos apenas a parte que cabe aos trabalhadores”, completou Man- du. Segundo o presidente da FNTTA, Uébio José da Silva, os Sindicatos dos Aeroviários das cidades de Belo Horizonte, Rio de Ja- neiro, Campinas, Sorocaba e Jundiaí, além dos Estados do Amazonas, Pará, Espírito Santo, Goiás, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia, e o de Brasília, também farão assembleias em suas bases. “De- vemos consolidar nossas reivindicações numa única pauta aprovada pelos traba- lhadores”. Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical-SP, acredita que “somente com a unidade dos trabalhadores será possível enfrentar a resistência patronal”. Amanhã, dia 25, o Sindicato dos Vigilantes de Barueri realiza as- sembleia da categoria para dis- cutir a Campanha Salarial 2015. O evento é uma excelente oportu- nidade para que os profissionais de segurança privada se mobi- lizem e se unam ao Sindicato na luta pela conquista de um acordo coletivo que atenda suas reivin- dicações. “É com a Campanha Salarial que o Sindicato e os trabalhadores po- dem garantir muitos benefícios para a categoria, como um bom reajuste salarial e melhores con- dições de trabalho. Também de- vemos aproveitar a oportunidade para ampliar a luta pela aprova- ção do Piso Salarial Nacional, que vai qualificar ainda mais os pro- fissionais da vigilância privada”, analisa Amaro Pereira, presidente do Sindicato de Barueri. “Participam das negociações dirigentes de 23 Sindicatos de todo o Estado, que realizarão suas assembleias nas bases e, em seguida, se reunirão com a Fetravesp (Federação dos Tra- balhadores em Segurança e Vi- gilância Privada, Transporte de Valores, Similares e Afins do Es- tado de São Paulo), que agrega os mesmos Sindicatos para que, de forma unificada, possam en- tregar uma única pauta de reivin- dicações, dando início às rodadas de negociações com o sindicato patronal”, declara Pereira. O Sesvesp (Sindicato das Empre- sas de Segurança Privada, Segu- rança Eletrônica e Cursos de For- mação do Estado de São Paulo) receberá a pauta de reivindica- ções da Campanha, consideran- do a data-base da categoria, que é 1º de janeiro. “Este ano as negociações com o patronal se resumem às cláu- sulas econômicas, e abrangem todos os trabalhadores da se- gurança terceirizada, que são em torno de 260 mil profissio- nais em todo o Estado. E todos eles serão beneficiados”, conclui Amaro Pereira. Foto: Guto Cardoso Amaro (à direita): “Os 260 mil vigilantes do Estado serão beneficiados” Foto: Arquivo Sindicato Metalúrgicos decidem: se não houver uma proposta digna, vamos à greve! Foto: Tiago Santana www.fsindical.org.br facebook.com/CentralSindical twitter.com/centralsindical Miguel Torres Presidente da Força Sindical Categoria inicia Campanha Salarial em Barueri Mobilização por aumento real e por nossos direitos outros itens. Os sindicalistas fizeram, no dia 22, um ba- lanço do andamento da Campanha Salarial em reunião que contou com as presenças de Cláudio Magrão, presidente da Federa- ção, e do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Os dirigentes fizeram uma avaliação da conjuntura econômica do País, com infla- ção e juros altos, e reafirmaram a certeza de que o aumento real é fundamental para a classe trabalhadora ter maior poder de compra para fomentar o comércio, a pro- dução industrial e a economia. Intensificada a luta por aumento real METALÚRGICOS VIGILANTES Publieditorial OPINIÃO AEROVIÁRIOS

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Destaques - AEROVIÁRIOS: 'Trabalhadores se organizam por reajuste digno de salário'; VIGILANTES: 'Categoria inicia Campanha Salarial em Barueri'; METALÚRGICOS: 'Intensificada a luta por aumento real'; Artigo do Miguel Torres

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Dirigentes dos Sindicatos fi liados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo decidiram ampliar, desde já, a mo-bilização da categoria, aumentando a pressão por reajuste com au-mento acima da infl ação. “Nossa data-base é 1º de novembro. Se até o fi nal deste mês os patrões não fi zerem uma pro-posta digna, nós vamos à greve!”, disse Miguel Tor-res, presidente do Sindi-cato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, CNTM e Força Sindical. Na Ca-pital, o Sindicato fará assembleias diárias na porta das empresas. Esta ação come-çou ontem em 35 empresas de autopeças.A Campanha Salarial/2014 é unifi cada, e reúne 54 Sindicatos fi liados à Federação, representando cerca de 750 mil trabalha-dores no Estado. Além do reajuste salarial, com aumento real de salário, a categoria reivindica valorização dos pisos, estabi-lidade do delegado sindical, redução da jornada de trabalho, fi m das terceirizações e licença-maternidade de 180 dias, entre

A decisão dos Sindicatos filiados à Força Sindical em campanha salarial, de intensificar a luta por aumento real, tem um porquê. Os juros proibitivos e a elevação da inflação ratificam nossa certe-za de que o ganho real é crucial para manter o poder aquisitivo dos trabalhadores, estimular a produção, a geração de renda, o consumo e os empregos.Neste intuito manifestações de protesto, realização de assem-bleias e, se necessário, greves nas empresas ou setores são hi-póteses não descartadas.O resultado das urnas para de-putado federal não foi bom para os trabalhadores. Ele diminuiu o número dos nossos represen-tantes na Câmara Federal e au-mentou o de parlamentares da bancada conservadora, formada principalmente por representan-tes dos empresários e ruralistas. Se já encontramos dificuldades hoje, como será a partir de 2015 para aprovar os itens da nossa Pauta Trabalhista e outras de-mandas dos trabalhadores?A nossa união e poder de mobi-lização serão importantes para fecharmos acordos que atendam nossas reivindicações salariais e mantenham ou ampliem nossas conquistas. Mas esse fortaleci-mento e unidade têm de ter con-tinuidade pelos próximos anos se quisermos manter nosso pro-tagonismo.

Trabalho Trabalhadores se organizam por reajuste digno de salário

Lançamento da Campanha aconteceu no dia 21, no saguão do aeroporto de Congonhas

Lideranças sindicais defendem Campanha Salarial Unifi cada para aeroviários

Os aeroviários do Estado de SP deram início às negociações com os patrões

na última 4ª feira. Na primeira reunião entre sindicalistas e representantes dos empre-sários foi defi nido um calendário de ne-gociações e entregue uma pauta com as reivindicações da categoria. No dia 21 os trabalhadores fi zeram o lan-çamento ofi cial da Campanha com uma assembleia no saguão do aeroporto de Congonhas. O evento contou com o apoio da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos (FNTTA) e da Força Sindical.Reginaldo Alves de Souza, Mandu, presi-dente do Sindicato dos Aeroviários do Es-tado, ressaltou que o reajuste de 11% nos salários e de 20% nos benefícios são as principais reivindicações deste ano. “Va-

mos realizar assembleias permanentes durante as negociações para aumentar a pressão e garantir que as reivindicações sejam atendidas”.“Os patrões vão resistir em conceder au-mento real alegando crise no setor, mas as empresas aéreas têm batido recordes nos lucros, e nós queremos apenas a parte que cabe aos trabalhadores”, completou Man-du.Segundo o presidente da FNTTA, Uébio José da Silva, os Sindicatos dos Aeroviários das cidades de Belo Horizonte, Rio de Ja-neiro, Campinas, Sorocaba e Jundiaí, além dos Estados do Amazonas, Pará, Espírito Santo, Goiás, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia, e o de Brasília, também farão assembleias em suas bases. “De-vemos consolidar nossas reivindicações numa única pauta aprovada pelos traba-lhadores”.Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical-SP, acredita que “somente com a unidade dos trabalhadores será possível enfrentar a resistência patronal”.

Amanhã, dia 25, o Sindicato dos Vigilantes de Barueri realiza as-sembleia da categoria para dis-cutir a Campanha Salarial 2015. O evento é uma excelente oportu-nidade para que os profissionais de segurança privada se mobi-lizem e se unam ao Sindicato na luta pela conquista de um acordo coletivo que atenda suas reivin-dicações. “É com a Campanha Salarial que o Sindicato e os trabalhadores po-dem garantir muitos benefícios para a categoria, como um bom reajuste salarial e melhores con-dições de trabalho. Também de-vemos aproveitar a oportunidade para ampliar a luta pela aprova-ção do Piso Salarial Nacional, que vai qualificar ainda mais os pro-fissionais da vigilância privada”, analisa Amaro Pereira, presidente do Sindicato de Barueri.“Participam das negociações dirigentes de 23 Sindicatos de todo o Estado, que realizarão suas assembleias nas bases e, em seguida, se reunirão com a Fetravesp (Federação dos Tra-balhadores em Segurança e Vi-gilância Privada, Transporte de Valores, Similares e Afins do Es-tado de São Paulo), que agrega os mesmos Sindicatos para que, de forma unificada, possam en-tregar uma única pauta de reivin-dicações, dando início às rodadas de negociações com o sindicato patronal”, declara Pereira.O Sesvesp (Sindicato das Empre-sas de Segurança Privada, Segu-rança Eletrônica e Cursos de For-mação do Estado de São Paulo) receberá a pauta de reivindica-ções da Campanha, consideran-do a data-base da categoria, que é 1º de janeiro.“Este ano as negociações com o patronal se resumem às cláu-sulas econômicas, e abrangem todos os trabalhadores da se-gurança terceirizada, que são em torno de 260 mil profissio-nais em todo o Estado. E todos eles serão beneficiados”, conclui Amaro Pereira.

Foto: Guto Cardoso

Amaro (à direita): “Os 260 mil vigilantes do Estado serão benefi ciados”

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Metalúrgicos decidem: se não houver uma proposta digna, vamos à greve!

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Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

Categoria inicia Campanha Salarial em Barueri

Mobilização por aumento real e por nossos direitos

outros itens. Os sindicalistas fi zeram, no dia 22, um ba-lanço do andamento da Campanha Salarial em reunião que contou com as presenças de Cláudio Magrão, presidente da Federa-ção, e do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.Os dirigentes fi zeram uma avaliação da conjuntura econômica do País, com infl a-ção e juros altos, e reafi rmaram a certeza de que o aumento real é fundamental para a classe trabalhadora ter maior poder de compra para fomentar o comércio, a pro-dução industrial e a economia.

Intensificada a luta por aumento realMETALÚRGICOS

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OPINIÃO

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

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