Palavra Amiga - Dezembro

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O menino Jesus é envolto em faixas, quer dizer, envolto em matéria. O “filho” é sempre o pri- mogênito, já que realizado numa existência, permanece- rá o mesmo durante toda a eternidade (Leia Lc. 1:33). Queridos irmãos, esse nas- cimento corresponde, sim- plesmente, ao nosso desper- tamento . O Cristo Interno, a mônada divina, existe em tu- do e em todos; no mineral, no vegetal, no animal, no ho- mem – mas em estado laten- te – impulsionando-os à evo- lução, sem que percebamos. Quando nós descobrimos o caminho e "entramos" no "Reino" dentro do nosso cora- ção, aí fazemos contato com o nosso Eu Superior e a Ele nos unificamos no Encontro Sublime. E então poderemos dizer: "Nasceu" o Cristo Interno, secretamente, oculto aos o- lhos de todos, colocado no estábulo do nosso corpo de carne!... Que assim seja! Elci Aires (Presidente Fundap) Há quanto tempo temos celebrado o natal externo? Esse natal de árvores-de- natal, ceias e presentes? Jesus nasceu, é verdade, há 2000 anos, naquela hos- pedaria, em Belém de Judá, no Reinado de Herodes, tempo de muitas perturba- ções, caos e tragédias liga- das a um poder estraga- do... Como hoje, não é mesmo? José e Maria viajaram para Belém, cidade de Da- vi, para o recenseamento ordenado por um edito de César Augusto. Atentemos para o fato: Para se cum- prir a justiça – e nasceria, dali, o Amor ! Maria e José se afastam de todos, se recolhendo em Belém – é que o “nascimento” sempre ocor- re sem a interferência ex- terna de quem quer que seja... É só a Centelha Divi- na, só o Espírito da própria criatura que realiza esse nascimento. Belém significa “Casa do Pão” (pão espiritual, obvia- mente). E ainda que Jesus nasça (todos os anos) em Belém, se Ele não nascer no nosso íntimo, pobres de nós!... Esse nascimento só pode- rá se dar “quando se com- pletarem os dias” (Lc.2:6), isto é, quando o nosso ama- durecimento tiver chegado a termo, pois que esse Encon- tro com Deus em nós só po- de se dar virginalmente, na pureza de nossos sentimen- tos. Esse menino, o Homem Novo, tendo nascido na es- trebaria, colocado na manje- doura, é deitado no lugar em que os animais se alimen- tam, mostrando-nos que o Encontro Sublime se dá em nós quando o espírito se en- contra no corpo denso, ani- mal. Editorial Palavra Amiga Boletim Informativo da Fundap—Casa Irmã Scheilla Dezembro/2008—nº3 Fundação de Amparo à Doença e à Pobreza

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Boletim nº 3 da Fundap - Casa Irmã Scheilla

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Page 1: Palavra Amiga - Dezembro

O menino Jesus é envolto

em faixas, quer dizer, envolto

em matéria.

O “filho” é sempre o pri-

mogênito, já que realizado

numa existência, permanece-

rá o mesmo durante toda a

eternidade (Leia Lc. 1:33).

Queridos irmãos, esse nas-

cimento corresponde, sim-

plesmente, ao nosso desper-

tamento. O Cristo Interno, a

mônada divina, existe em tu-

do e em todos; no mineral,

no vegetal, no animal, no ho-

mem – mas em estado laten-

te – impulsionando-os à evo-

lução, sem que percebamos.

Quando nós descobrimos o

caminho e "entramos" no

"Reino" dentro do nosso cora-

ção, aí fazemos contato com

o nosso Eu Superior e a Ele

nos unificamos no Encontro

Sublime.

E então poderemos dizer:

"Nasceu" o Cristo Interno,

secretamente, oculto aos o-

lhos de todos, colocado no

estábulo do nosso corpo de

carne!... Que assim seja! Elci Aires (Presidente Fundap)

Há quanto tempo temos

celebrado o natal externo?

Esse natal de árvores-de-

natal, ceias e presentes?

Jesus nasceu, é verdade,

há 2000 anos, naquela hos-

pedaria, em Belém de Judá,

no Reinado de Herodes,

tempo de muitas perturba-

ções, caos e tragédias liga-

das a um poder estraga-

do... Como hoje, não é

mesmo?

José e Maria viajaram

para Belém, cidade de Da-

vi, para o recenseamento

ordenado por um edito de

César Augusto. Atentemos

para o fato: Para se cum-

prir a justiça – e nasceria,

dali, o Amor!

Maria e José se afastam

de todos, se recolhendo em

Belém – é que o

“nascimento” sempre ocor-

re sem a interferência ex-

terna de quem quer que

seja... É só a Centelha Divi-

na, só o Espírito da própria

criatura que realiza esse

nascimento.

Belém significa “Casa do

Pão” (pão espiritual, obvia-

mente). E ainda que Jesus

nasça (todos os anos) em

Belém, se Ele não nascer no

nosso íntimo, pobres de

nós!...

Esse nascimento só pode-

rá se dar “quando se com-

pletarem os dias” (Lc.2:6),

isto é, quando o nosso ama-

durecimento tiver chegado a

termo, pois que esse Encon-

tro com Deus em nós só po-

de se dar virginalmente, na

pureza de nossos sentimen-

tos.

Esse menino, o Homem

Novo, tendo nascido na es-

trebaria, colocado na manje-

doura, é deitado no lugar em

que os animais se alimen-

tam, mostrando-nos que o

Encontro Sublime se dá em

nós quando o espírito se en-

contra no corpo denso, ani-

mal.

Editorial

N o m e d a e m p r e s a

Palavra Amiga B o l e t i m I n f o r m a t i v o d a

F u n d a p — C a s a I r m ã S c h e i l l a

D e z e m b r o / 2 0 0 8 — n º 3

Fundação de Amparo à Doença

e à Pobreza

Page 2: Palavra Amiga - Dezembro

P á g i n a 2

“O Homem de Bem”

O verdadeiro ho-mem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciên-cia sobre seus próprios atos, a si mesmo per-guntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedo-ria. Sabe que sem a Sua permissão nada aconte-ce e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.

Tem fé no futuro, ra-zão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, to-das as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do senti-mento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem es-perar paga alguma; re-tribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.

Encontra satisfação nos benefícios que espa-lha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas conso-lações que prodigaliza aos aflitos.

Seu primeiro impulso é para pensar nos ou-

tros, antes de pensar em si, é para cuidar dos in-teresses dos outros an-tes do seu próprio inte-resse. O egoísta, ao con-trário, calcula os proven-tos e as perdas decor-rentes de toda ação ge-nerosa.

O homem de bem é bom, humano e benevo-lente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas as convicções sin-ceras e não lança anáte-ma aos que como ele não pensam.

Em todas as circuns-tâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a susce-tibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ain-da que ligeira, quando a pode evitar, falta ao de-ver de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e es-quece as ofensas e só dos benefícios se lem-bra, por saber que per-doado lhe será conforme houver perdoado.

É indulgente para com as fraquezas alhei-as, porque sabe que também necessita de indulgência e tem pre-sente esta sentença do Cristo: “Atire-lhe a pri-meira pedra aquele que se achar sem pecado.”

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos a-lheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.

Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expen-sas de outrem; aprovei-ta, ao revés, todas as ocasiões para fazer res-saltar o que seja provei-toso aos outros.

Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pesso-ais, por saber que tu-do o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial em-prego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfa-ção de suas paixões.

Se a ordem social co-locou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevo-lência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho.

Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subal-terna em que se encon-tram.

O subordinado, de sua parte, compreende

os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscien-ciosamente.

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.

Não ficam assim enu-meradas todas as quali-dades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que aca-bamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

(O Evangelho Segundo

o Espiritismo — Capítulo XVII, nº 3)

A nossos Colaboradores, Ami-gos da Fundap, parabéns e votos de sucesso na jornada terrena!

• Ivone da Costa: 04/12

• Flávia Melo: 05/12

• Andréa Melo: 12/12

• Carlos Aurélio Guima-rães: 13/12

• Waldir Rapalo: 15/12

• Antônio Carlos dos Santos: 18/12

• Elci Aires F. Laranjei-ra: 30/12

Que nos esforcemos pela nossa reforma íntima, tendo este “roteiro básico” como refe-

rência. Em 2009 e em todos os que vêm pela frente.

Aniversários

dezembro

Page 3: Palavra Amiga - Dezembro

P á g i n a 3

Ri

Perdoa Relaxa

Pede ajuda Faz um favor Delega tarefas

Rompe um hábito Faz uma caminhada Expressa o que sentes

Sai para correr Termina um projeto desejado

Sorri outra vez. Escuta a natureza Lê um bom livro. Canta na ducha Pinta um quadro. Sorri ao teu filho Permíte-te brilhar. Olha fotos antigas

Ajuda um idoso. Cumpre as tuas promessas Escuta um amigo. Aceita um compromisso Mostra a tua felicidade. Escreve no teu diário Trata-te como um amigo. Permite-te enganares

Faz um Álbum familiar. Toma um banho prolongado Por hoje não te preocupes. Deixa que alguém te ajude Olha uma flor com atenção. Perde um pouco de tempo Apaga o televisor e fala. Escuta a tua música preferida

Aprende algo que sempre desejaste Fala aos teus amigos por telefone. Faz uma pequena mudança na tua vida Faz uma lista das coisas que fazes bem. Olha a biblioteca e escuta o silêncio

Fecha os teus olhos e imagina as ondas da praia. Faz alguém sentir-se bem-vindo Diz às pessoas amadas o quanto lhes queres

Dá um nome a uma estrela Sabe que não estás só Planeja uma viagem Pensa no que tens Dá-te um presente Respira profundo Cultiva o amor Feliz Natal!!

(Autor Desconhecido — Enviado por Evanir Sagrillo)

À Vanuzia e Leila, nosso muito obrigado! Vocês são a base do trabalho da Fundap.

Que Deus e nossa Irmã Scheilla lhes conce-dam todas as rosas que merece quem co-nhece a verdadeira generosidade. E as conservem conosco por muito tempo!

Page 4: Palavra Amiga - Dezembro

A Fundação de Am-paro à Doença e à Pobreza (Fundap) nasceu como Imap,

em julho de 1996, da reunião de pessoas que decidiram agir para minorar o sofri-

mento de irmãos de-samparados, e não ficarem apenas recla-

mando de inseguran-

ça e violência genera-lizadas. Atualmente, conta com uma Casa de

Apoio e o Centro Espí-rita. A Casa de Apoio possui 25 leitos, dis-tribuídos em Ala Fe-

minina e Masculina. Já beneficiou mais de 660 pessoas, desde

sua criação. Recupera

e reinsere pessoas de ambos os se-xos, doentes e

carentes, em regi-me de internato. O Centro Espíri-ta, Casa Irmã

Scheilla, além dos trabalhos na área de assistência espi-

ritual (veja Agenda), fornece cerca de 35 cestas básicas por mês a famílias caren-

tes, devidamente cadastradas, além de roupas, calçados e remédios, eventual-

mente. (Foto: Ala Masculi-

na - Evanir Sagrillo)

- 2ª Feira (19h às

20h): Reunião de Es-tudos sobre Mediuni-dade. (20h às 21h):

Reunião Pública – Pa-lestra e Passes.

- 3ª Feira (19h30 às 21h): Massoterapia.

(20h às 21h30): Reu-nião Privativa de Estu-dos e Educação Mediú-

nica.

- 4ª Feira (19h às 21h): Reunião Admi-nistrativa.

- 6ª Feira (20h): Reu-nião Pública – Palestra e Passes.

- Sábado (9h45 às 12h): Volante Frater-no: visita à casa de

idosos "Amigo Presen-te". (15h30 às

16h30): Evangelização Infantil – Reunião Pú-blica – Palestras. (17h às 18h30): Reunião

Privativa de Estudos e Educação Mediúnica.

- Domingo (9h30 às 10h): Reunião de Es-

tudo Evangélico-Doutrinário. (10h às 12h): Campanha do

Quilo. (20h às 21h) Estudo do Evangelho.

Visite-nos:

Segunda a sexta-feira

(14h às 16h). Sábados

(9h às 11h).

Bazar Beneficente:

diariamente, 9h30 às

15h30.

- AGENDA SEMANAL -

Expediente:

Boletim Informativo nº 3 – dezembro/08

Fundap – Casa Irmã Scheilla

Criada pela Resolução PFFMG nº 032/00 – MPMG

CNPJ Nº 04.146.823/0001-80

Utilidade Pública Municipal - Lei 9026 /11.01.2005

Utilidade Pública Estadual - Lei 17.664 / 16.07.08

Rua Palermo, 1.595 – Bairro Bandeirantes

31340-560 – BH – MG

(31) 3441-2636

Fale conosco: [email protected]

Visite nosso site: www.fundapbh.com.br

Não sou uma vaga que vaga Pelo mundo sem nenhuma história Sem nenhum destino.

Nem sou como um raio que Nada diz e é repentino Não sou somente um vento Que passa por passar sem Nenhuma folha levar ou Nenhuma poesia deixar

Trago poeiras de pedras antigas E levo folhas de árvores novas. Como o vento que traz suas Nuvens bailarinas e rega a Terra fazendo a chuva espalhar. Trago amor, carinho e esperança no ar. Para todos que sabem o que é amar. Em paz com meus Pensamentos tenho canções E histórias pra quem quiser escutar.

– Viajante do Tempo Viajante do Tempo Viajante do Tempo Viajante do Tempo –

(Por: Shubert Machado Costa (foto) - Acolhido da Casa Irmã Scheilla)