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PUBLICAÇÃO DO OBSERVATÓRIO SOCIAL Setembro de 2003 Florianópolis - Santa Catarina - Brasil Panorama setorial do alumínio e das empresas integradas Comportamento social e trabalhista - perfil do setor

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PUBLICAÇÃO DO OBSERVATÓRIO SOCIAL

Setembro de 2003Florianópolis - Santa Catarina - Brasil

Panorama setorial do alumínio

e das empresas integradasComportamento social e trabalhista - perfil do setor

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APRESENTAÇÃO ______________________________________ 03

INTRODUÇÃO ________________________________________ 05

NOTA METODOLÓGICA ___________________________________ 06

PANORAMA INTERNACIONAL _______________________________ 07Produção Mundial ____________________________________ 09Consumo Mundial ____________________________________ 16Comércio Mundial ____________________________________ 20Principais Grupos e Empresas Integradas ________________________ 26Perfil setorial de atuação dos grupos e empresas ____________________ 26Organização e atuação mundial da Alcoa ________________________ 32Organização e atuação mundial da Alcan ________________________ 44Posição relativa das empresas na cadeia produtiva e fontes de suprimentos _____ 52Internacionalização e fluxo espacial de produção por empresa ____________ 59

PANORAMA NACIONAL ___________________________________ 65Produção nacional ____________________________________ 67Consumo Nacional ____________________________________ 68Comércio Exterior _____________________________________ 70Importações _______________________________________ 70Exportações ________________________________________ 72Grupos Empresariais ___________________________________ 75

CADEIA PRODUTIVA DO ALUMÍNIO PRIMÁRIO ______________________ 81

CONCLUSÕES ________________________________________ 85

ANEXOS ___________________________________________ 91

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _____________________________ 105

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N uma economia cada vez mais globalizada, a geração e a manutençãodos empregos e dos direitos trabalhistas estão cada vez maiscondicionadas ao desempenho produtivo e comercial dos gruposempresarias. Acompanhar a concorrência, fusões e aquisições dasempresas cada vez mais interessa aos sindicatos, porque milharesde empregos estão sendo decididos.Pela importância do setor do alumínio e de sua cadeia produtiva, opresente estudo representa um esforço para acompanhar as principaistendências do segmento, para que os sindicatos possam atuar frenteas principais mudanças que estão ocorrendo neste setor.O estudo está estruturado da seguinte forma:- A primeira parte apresenta um estudo e traça um perfil do panoramamundial e nacional do setor, destacando as principais tendências daprodução, consumo e comercialização do alumínio;- A segunda parte identifica os principais grupos e empresasintegradas inseridos neste segmento. Incluímos dados das principaisempresas na cadeia do alumínio, com destaque para a organizaçãoe atuação mundial e no Brasil da Alcoa (EUA) e da Alcan (Canadá).Ao descrever as estratégias empresarias, oferecemos um fortesubsídio para que os sindicatos elaborem suas estratégias no espaçonacional e internacional, em sintonia com as mudanças no processode produção e na conduta dos principais grupos empresariais.A terceira parte do trabalho destaca o panorama nacional, com dadossobre a produção, consumo, comércio exterior e os principais gruposempresariais.Hoje, mais do que nunca, as ações sindicais nacionais e sobretudoas de caráter internacional, requerem uma dose elevada de análise eestudos. Por isto, a nossa convicção é de que o “Panorama Setorialdo Alumínio e das Empresas Integradas” contribuirá para fortaleceros sindicatos neste segmento.O presente estudo contou com o esforço técnico conjunto do DESEP/CUT (Departamento de Estudos Sócio-Econômicos e Políticos da CUT)e do Observatório Social.Ao mesmo tempo, o estudo e a publicação que dele resultou contaramcom uma enorme rede de apoiadores: em âmbito internacionalcontamos com a cooperação das centrais sindicais da Noruega (LONoruega), da Alemanha (DGB Bildunsgwerk), da Holanda (FNVMondiaal) e dos Estados Unidos da América (Centro de Solidariedadeda AFL-CIO).No Brasil, contamos com o apoio das principais entidades envolvidasneste segmento: Confederações Nacionais dos Metalúrgicos (CNM/CUT), dos Químicos (CNQ/CUT) e do Setor Mineral (CNTSM/CUT),além do INST/CUT (Instituto da Saúde o Trabalhador).A enorme coalizão de entidades envolvidas neste projetoproporcionou um estudo de qualidade e inédito pela sua abrangênciaque, ao nosso juízo, permitirá maior qualidade na atuação dos atoressociais.

Kjeld JakobsenPresidente do Observatório Social

Apresentação

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5Introdução

O alumínio vem progressivamente substituindooutros metais não metálicos como insumo dediversos ramos industriais. Em análisesanteriores, enfatizamos que o alumínioprimário ganha espaço na indústria demateriais de transporte, na construção civil ena indústria de embalagens, na qual há temposé o insumo primordial. De fato, dados para1995 (último disponível) sobre a composiçãodo consumo mundial de alumínio indicam que71% do consumo estão concentrados nessestrês segmentos.

Trata-se, portanto, de problema de pesquisaque encerra inegável justificativa em suacompreensão. Primeiro, porque a indústria demateriais de transporte, na qual se inserem asmontadoras automobilísticas e os hangaresaeroespaciais, representa parcela expressivado PIB industrial mundial e do comérciointrafirmas internacional. Segundo, porque aconstrução civil traduz a expansão do estoquede capital de qualquer economia, trata-se,então, de investimento. Terceiro, porque aindústria de embalagens é termômetro precisodo nível de atividades de qualquer economia.

Assim, busca-se neste estudo traçar duasdimensões sobre a cadeia produtiva doalumínio. Dimensões essas complementaresàs que aqui estão segmentadas, em virtude daeficácia analítica. O primeiro objetivo é traçardois perfis do setor: um panorama mundial eum panorama nacional. Em ambos avaliamos aprodução, o consumo e o comércio exterior.

O segundo objetivo é identificar e detalhar asestratégias empresariais dos principais gruposinseridos nesse segmento. Dessa forma,identificamos as posições relativas de cada umdos principais grupos na produção mundial debauxita, alumina, alumínio primário e, namedida da disponibilidade de informações, naprodução de transformados de alumínio. Alémdisso, identificamos os fluxos especiaisderivados das estratégias deinternacionalização da produção.

A consecução de ambos os objetivos noscapacita a analisar a estrutura de mercadopara o alumínio primário. Especificamente paraesse elo da cadeia produtiva porque se tratada fase mais próxima dos produtostransformados e porque, para esses produtos,não dispomos de estatísticas suficientes.

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As informações apresentadas nos capítulos relativos à estrutura organizacional e àatuação dos grupos Alcoa e Alcan, tanto no Brasil quanto no mundo, foramelaboradas a partir de inúmeras fontes nacionais e internacionais. No recortetemporal, buscou-se privilegiar, tanto quanto possível, séries históricas (a partir de1998) e os dados mais recentes disponíveis (normalmente, os anos de 2000 e2001).Os dados relativos à produção global de bauxita, alumina e alumínio primário, bemcomo sua distribuição geográfica, foram compostos por meio das seguintes fontes:relatórios anuais das empresas, World-Aluminium, US Geological Survey e WorldBureau of Metal Statistical.As informações econômico-financeiras dos grupos, além das referências aosprocessos de aliança, fusão e aquisição empresariais, localização de plantas enúmero de funcionários foram obtidas dos relatórios anuais das empresas e depublicações setoriais como “Balanço Anual”, da Gazeta Mercantil, “Melhores eMaiores” da Revista Exame, e da imprensa especializada.No que diz respeito aos itens 4.4.1.1 e 4.4.1.2, os grupos Alcoa e Alcan atuam noBrasil através de empresas próprias (filiais) ou nas quais possuam participaçãoacionária. Para este último caso, dever-se-ia proceder a uma ponderação queconsiderasse o número de trabalhadores da unidade em proporção equivalente àsua participação acionária, o que revelaria com maior exatidão o número detrabalhadores sobre os quais cada grupo teria responsabilidade.

NOTA METODOLÓGICA

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Panorama Internacional

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A produção mundial de alumínio primário cresceu cercade 26% entre 1992 e 2001 (Tabela 1). Isso reflete, emgrande medida, a expansão mundial da produçãoindustrial no período, mas especialmente o avançoprogressivo da utilização do alumínio como suprimentoem setores industriais que detêm posições expressivasna formação do produto industrial em escala mundial,particularmente as indústrias de material de transporte,embalagens, construção, material elétrico, mecânica e debens de consumo.

PPPPProdução mundialrodução mundialrodução mundialrodução mundialrodução mundial

Observa-se que a variação da produção mundialnesse período foi muito influenciada pelaexpansão da produção na China (+ 1,6 milhãode toneladas), Austrália (+ 564 mil t.), Canadá(+ 528 mil t.), África do Sul (+ 507 mil t.) eRússia (+ 500 mil t.). Ao mesmo tempo, houveexpressiva queda da produção nos EUA (-1,44milhão t.).

Assim, entre os quatro maiores produtoresmundiais, os EUA apresentaram desempenhomuito ruim, com variação negativa de 36%.Essa queda da produção dos EUA concentra-se no período de 2000/2001. A redução daprodução em 29% é especialmente motivadapelo racionamento da energia. Nesse período,várias empresas reduziram a produção, já queos lucros decorrentes da venda de energiapassaram a ser superiores aos lucrosoperacionais (US Geological Survey,Aluminium 2001, Plunkert). Com isso, os EUAperderam a posição de líder mundial para aRússia, cuja produção cresceu cerca de 18%.

Nesse seleto clube dos maiores produtoresmundiais, a China exibiu a maior taxa deexpansão, com 145%. Saltou da sexta para asegunda posição na produção mundial dealumínio primário. Isso reflete a fantásticaexpansão da demanda interna de alumínio edo crescimento do PIB industrial da China,atingindo taxas superiores a 15% ao ano nosanos noventa (FMI).

Já o Canadá parece consolidar sua posiçãoentre os quatro maiores produtores mundiaispor meio de um crescimento robusto de 27%(somente inferior ao da China, entre os quatrolíderes), beneficiando-se, em grande medida,do racionamento de energia nos EUA.

Entre os demais países que constam naTabela 1, deve-se atentar para o

comportamento dos produtores maistradicionais e daqueles mais recentes, nosquais a capacidade instalada ganha relevânciainternacional no início dos anos noventa. Noprimeiro grupo (Austrália, Brasil, Noruega, Índia,Alemanha, Venezuela, França e Espanha), ospaíses que exibiram menor dinamismo foram:Alemanha, Brasil, Venezuela, Espanha eFrança. No caso do Brasil, o baixo crescimentoeconômico e os dilemas do setor energéticoexplicam, entre outros aspectos, a estagnaçãoda produção. Ainda na categoria dosprodutores mais tradicionais (exceto os quatromaiores produtores), os países que relevarammaior dinamismo foram: Austrália, Índia eNoruega, com taxas de crescimento de 45%,29%, e 23%, respectivamente.

Já no grupo de produtores mais recentes, deve-se salientar a notável expansão da produçãode alumínio primário na África do Sul, EAU(Emirados Árabes Unidos) e Barein, comvariações de 293%, 104% e 74%,respectivamente.

A diferenciação do crescimento da produçãode alumínio primário entre os quinze maioresprodutores refletiu-se em mudanças naparticipação relativa desses países naprodução mundial, como se pode observar naTabela 2. Os países que aumentam suasparticipações na produção mundial são, emordem decrescente: China, Austrália, África doSul, Barein e EAU. A China eleva sua posiçãorelativa na produção mundial de 6% para 11%.Outros países (Canadá, Noruega e Índia) foramcapazes de manter suas posições no rankingmundial. Os demais revelaram queda, comdestaque para os EUA, que perdem a metadede sua participação.

Desse modo, o comportamento da produçãomundial de alumínio primário resultou em

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dinâmicas muito distintas entre os maioresprodutores mundiais e adicionalmente refletiurelativa desconcentração geográfica daprodução (Tabela 2). A participação somada

Tabela 1 – Produção mundial de alumínio primário e países líderes – mil/ton/ano

Fonte: U.S. Geological Survey, Mineral Commodity Summaries, diversos números.(e) estimativa.(*) O Total de 2001 é indicado pelo World Bureau of Metal Statistical.(**) As taxas de variação de Barein, EAU e Espanha correspondem ao período 92/00.Elaboração: DESEP/CUT

País 1992 1994 1996 1998 2000 2001 92/01 Cap.inst(e)(*) (%)(**) (2000)

Rússia 2.700,0 2.670,0 2.874,0 3.005,0 3.245,0 3.200,0 18,5 3.200,0China 1.100,0 1.450,0 1.770,0 2.340,0 2.550,0 2.700,0 145,5 2.640,0EUA 4.042,0 3.299,0 3.577,0 3.713,0 3.668,0 2.600,0 -35,7 4.280,0Canadá 1.972,0 2.255,0 2.283,0 2.374,0 2.373,0 2.500,0 26,8 2.550,0Austrália 1.236,0 1.317,0 1.372,0 1.627,0 1.769,0 1.800,0 45,6 1.770,0Brasil 1.193,0 1.185,0 1.195,0 1.208,0 1.277,0 1.200,0 0,6 1.260,0Noruega 813,0 858,0 863,0 996,0 1.026,0 1.000,0 23,0 1.020,0África do Sul 173,0 172,0 570,0 677,0 671,0 680,0 293,1 676,0Índia 496,0 472,0 531,0 542,0 560,0 641,0 29,3 - Alemanha 603,0 505,0 576,0 612,0 644,0 600,0 -0,5 - Venezuela 561,0 585,0 629,0 585,0 570,0 570,0 1,6 640,0França 418,0 388,0 380,0 424,0 441,0 450,0 7,7 - Barein 292,0 447,0 461,0 501,0 509,0 - 74,3 - EAU 245,0 247,0 259,0 387,0 500,0 - 104,1 - Espanha 359,0 338,0 362,0 362,0 366,0 - 1,9 - Sub-total (4) 9.950,0 9.674,0 10.504,0 11.432,0 11.836,0 11.000,0 10,5 - Sub-total (10) 14.716,0 14.596,0 15.709,0 17.137,0 17.793,0 16.921,0 15,0 - Sub-total (15) 16.203,0 16.188,0 17.702,0 19.353,0 20.169,0 - - -Outros 3.297,0 3.012,0 3.098,0 3.247,0 3.831,0 - - -Total 19.500,0 19.200,0 20.800,0 22.600,0 24.000,0 24.521,0 25,7 26.200,0

dos dez maiores produtores caiu de 76% paracerca de 69%, influenciada, em grande medida,pelo baixo desempenho da produção norte-americana.

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Tabela 2 – Participação de países líderes na produção mundial de alumínio primário - (%)

Fonte: U.S. Geological Survey, Mineral Commodity Summaries, diversos números.(e) estimativa.Elaboração: DESEP/CUT

A produção mundial de alumina entre 1992 e2000 acompanha a trajetória da produção dealumínio primário, porém com crescimentopouco menor, cerca de 18% (Tabela 3). Estesegmento coloca-se em fase anterior na cadeiaprodutiva do alumínio primário. Portanto, o seuvolume de produção é determinado, em grandemedida, pela demanda de produção do alumínioprimário e pela política de formação e gestãode estoques das grandes empresas produtorasde alumínio primário. É o caso especialmentedas empresas que não são integradas (nãoatuam em diversas fases da cadeia do alumínio)ou daquelas que, apesar de contar compresença em fases (inclusive de alumina), nãocontam com volume de produção adequado àsnecessidades de suas smelters (usinas defundição do alumínio primário).

Observa-se que a territorialidade da produçãomundial de alumina está associada não só aosgrandes centros produtores do alumínioprimário, mas também à proximidadegeográfica das grandes minas de bauxita,

minério que é o insumo básico da produçãoda alumina. Em razão disso, a configuraçãodos maiores produtores mundiais de aluminaé distinta daquela observada no alumínioprimário. Ao compararmos a composição dosquinze maiores produtores de alumina ealumínio primário, é possível identificar umanítida especialização da Jamaica, Ucrânia,Irlanda, Cazaquistão e Itália na produção dealumina. Além disso, os demais países ocupamposições diferenciadas na produção mundialnessas fases da cadeia do alumínio.

Nota-se também que a evolução da produçãoda alumina, entre os maiores produtoresmundiais, não foi linear no período 1992/2000,revelando taxas de crescimento muitodiferenciadas.

De fato, entre os quatro maiores produtoresmundiais, a China, assim como em alumínioprimário, revelou crescimento da produçãomuito superior aos demais, com cerca de174%, deslocando-se da sétima para a terceira

País 1992 1994 1996 1998 2000 2001 (e)

Rússia 13,8 13,9 13,8 13,3 13,5 13,1

China 5,6 7,6 8,5 10,4 10,6 11,0

EUA 20,7 17,2 17,2 16,4 15,3 10,6

Canadá 10,1 11,7 11,0 10,5 9,9 10,2

Austrália 6,3 6,9 6,6 7,2 7,4 7,3

Brasil 6,1 6,2 5,7 5,3 5,3 4,9

Noruega 4,2 4,5 4,1 4,4 4,3 4,1

África do Sul 0,9 0,9 2,7 3,0 2,8 2,8

Índia 2,5 2,5 2,6 2,4 2,3 2,6

Alemanha 3,1 2,6 2,8 2,7 2,7 2,4

Venezuela 2,9 3,0 3,0 2,6 2,4 2,3

França 2,1 2,0 1,8 1,9 1,8 1,8

Bahrein 1,5 2,3 2,2 2,2 2,1 -

EAU* 1,3 1,3 1,2 1,7 2,1 -

Espanha 1,8 1,8 1,7 1,6 1,5 -

Sub-total(4) 50,2 50,4 50,5 50,6 49,3 44,9

Sub-total (10) 73,3 74,0 75,0 75,6 74,1 69,0

Sub-total (15) 82,9 84,4 84,9 85,6 84,0 73,1

Outros 17,1 15,6 15,1 14,4 16,0 26,9

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

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posição no ranking mundial. Já a Austráliamanteve-se na liderança mundial, comcrescimento de 33%. A Jamaica exibiuexpansão pouco superior a 23%. O único paísentre os quatro maiores produtores que revelouqueda de produção de alumina foi os EUA, comtaxa negativa de 8%.

Já entre os demais produtores é possívelidentificar quatro comportamentos distintosquanto à evolução da produção. No Brasilocorre expressiva expansão da produção dealumina, com taxa superior a 90%, só inferiorao ritmo de crescimento da China. Emsituação oposta ao Brasil, há queda deprodução na Alemanha e Rússia, com retraçãode 18% e 8%, respectivamente. Já a Índia,

Ucrânia, Irlanda, Espanha e Itália exibem taxasde crescimento de 17% a 25%, enquanto aprodução cresce em ritmo menor na Venezuela,Cazaquistão e Canadá.

Esses ritmos distintos de produção entre 1992e 2000 alteram a participação relativa dosquinze maiores produtores no ranking mundialde alumina (Tabela 4). Os países queaumentam suas respectivas participações sãoa China, Brasil, Austrália e, em menor medida,a Ucrânia. Os países que perdemparticipações mais visíveis são EUA, Rússiae Alemanha. A queda de participação é menosintensa nos casos da Jamaica, Venezuela,Cazaquistão e Canadá. Nos demais paíseshá relativa estabilidade de participação,especialmente na Índia.

Em decorrência dessas alterações naparticipação relativa dos países na produçãomundial de alumina, a Austrália consolida-sena liderança, detendo cerca de 32% daprodução mundial. E essa destacada posiçãoda Austrália é responsável, em grande medida,pela robusta concentração geográfica daprodução mundial, na qual os quatro maioresprodutores respondem por cerca de 58%.

Tabela 3 – Produção mundial de alumina e países líderes – mil/ton/ano

Fonte: U.S. Geological Survey, Mineral Commodity Summaries, diversos números.(e) estimativa.Elaboração: DESEP/CUT

País 1992 1994 1996 1998 2000 (e) 92/00 (%)Austrália 11.783,0 12.892,0 13.348,0 13.853,0 15.681,0 33,1EUA 5.190,0 4.860,0 4.700,0 5.650,0 4.780,0 -7,9China 1.580,0 1.850,0 2.550,0 3.330,0 4.330,0 174,1Jamaica 2.917,0 3.221,0 3.200,0 3.440,0 3.600,0 23,4Brasil 1.833,0 1.868,0 2.752,0 3.322,0 3.500,0 90,9Rússia 3.100,0 2.254,0 2.105,0 2.465,0 2.850,0 -8,1Índia 1.700,0 2.000,0 1.780,0 1.890,0 2.000,0 17,6Venezuela 1.308,0 1.300,0 1.701,0 1.553,0 1.400,0 7,0Ucrânia 1.100,0 1.070,0 1.000,0 1.291,0 1.360,0 23,6Irlanda 973,0 1.000,0 1.234,0 1.200,0 1.200,0 23,3Kazaquistão 1.100,0 900,0 1.083,0 1.085,0 1.200,0 9,1Espanha 959,0 1.000,0 1.095,0 1.100,0 1.200,0 25,1Canadá 1.104,0 1.170,0 1.060,0 1.229,0 1.200,0 8,7Itália 762,0 825,0 881,0 930,0 950,0 24,7Alemanha 857,0 824,0 755,0 600,0 700,0 -18,3Sub-total (4) 21.470,0 22.823,0 23.798,0 26.273,0 28.391,0 32,2Sub-total (10) 31.484,0 32.315,0 34.370,0 37.994,0 40.701,0 29,3Sub-total (15) 36.266,0 37.034,0 39.244,0 42.938,0 45.951,0 26,7Outros 5.434,0 4.466,0 4.756,0 4.462,0 6.362,0 17,1Total 41.700,0 41.500,0 44.000,0 47.400,0 49.300,0 18,2

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Tabela 4 – Participação dos países lideres na produção mundial de alumina (%)

Fonte: U.S. Geological Survey, Mineral Commodity Summaries, diversos números.(e) estimativa.Elaboração: DESEP/CUT

Já a produção de bauxita, mineral básicoutilizado na produção de alumina, aumentoucerca de 30% entre 1992 e 2001 (Tabela 5). Ataxa de crescimento da produção de bauxita ésuperior à observada nas fases posteriores nacadeia produtiva do alumínio (alumina ealumínio primário). Isso reflete a política deestoques das grandes refinadoras de alumina.

A territorialidade da produção da bauxitatambém releva especificidades, quandocomparada ao perfil geográfico da produção dealumina, apesar de serem menores quandoconfrontadas às distribuições geográficas daprodução de alumina e alumínio primário.

Ao confrontarmos os quinze maioresprodutores de bauxita e alumina, nota-se umanítida especialização dos seguintes países naprodução de bauxita: Guiné, Suriname,Guiana, Indonésia, entre outros, além dasposições diferenciadas que os demais paísesocupam em importância na produção mundialnessas fases da cadeia do alumínio.

Da mesma forma que nas fases anteriores dacadeia produtiva, identificam-secomportamentos muito diferenciados naprodução de bauxita entre os quinze maiores

produtores mundiais. Entre os líderes (quatromaiores produtores), o Brasil e a Austráliarevelam as maiores taxas de crescimento, com50% e 35%, respectivamente. Já a produçãona Jamaica e Guiné cresce 15% e 9%,respectivamente.

Nos outros produtores mundiais, ocorresensível expansão da produção. A Venezuelae Irã têm taxas de 318% e 900%,respectivamente. A China, assim como nasoutras fases da cadeia produtiva, exibecrescimento de 241%, colocando-se na quintaposição mundial.

País 1992 1994 1996 1998 2000 (e)Austrália 28,3 31,1 30,3 29,2 31,8EUA 12,4 11,7 10,7 11,9 9,7China 3,8 4,5 5,8 7,0 8,8Jamaica 7,0 7,8 7,3 7,3 7,3Brasil 4,4 4,5 6,3 7,0 7,1Rússia 7,4 5,4 4,8 5,2 5,8Índia 4,1 4,8 4,0 4,0 4,1Venezuela 3,1 3,1 3,9 3,3 2,8Ucrânia 2,6 2,6 2,3 2,7 2,8Irlanda 2,3 2,4 2,8 2,5 2,4Kazaquistão 2,6 2,2 2,5 2,3 2,4Espanha 2,3 2,4 2,5 2,3 2,4Canadá 2,6 2,8 2,4 2,6 2,4Itália 1,8 2,0 2,0 2,0 1,9Alemanha 2,1 2,0 1,7 1,3 1,4Sub-total (4) 51,5 55,1 54,1 55,4 57,6Sub-total (10) 75,4 77,9 78,2 80,1 82,6Sub-total (15) 86,8 89,3 89,3 90,6 93,1Outros 13,2 10,7 10,7 9,4 6,9Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

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Tabela 5 – Produção mundial de bauxita e países líderes – mil/ton./ano

Fonte: U.S. Geological Survey, Mineral Commodity Summaries, diversos números.(e) estimativa.(*) a produção foi encerrada em 1995.Elaboração: DESEP/CUT

A Índia, Indonésia, Suriname e Cazaquistãorevelaram crescimento mais moderado daprodução de bauxita, se comparado aos paísesmais dinâmicos identificados anteriormente. Astaxas de crescimento desses países, entre1992 e 2001, variaram de 23% a 63%. Emsituação oposta aos demais países, a Rússia,Guiana, Hungria e Grécia registraram quedade produção, com taxas que oscilaram de 4%

a 39%. Neste grupo destaca-se a redução daprodução na Rússia e Guiana, países que em1992 situavam-se entre os dez maioresprodutores mundiais.

As distintas trajetórias de crescimento daprodução de bauxita entre os quinze maioresresultam em mudanças nas posições relativasque cada um ocupa na produção mundial(Tabela 6).

País 1992 1994 1996 1998 2000 2001(e) 92/01(%)Austrália 39.746,0 41.733,0 43.063,0 44.553,0 53.802,0 53.500,0 34,6Guiné 13.800,0 14.400,0 15.600,0 15.000,0 15.000,0 15.000,0 8,7Brasil 9.366,0 8.673,0 10.998,0 11.961,0 14.000,0 14.000,0 49,5Jamaica 11.302,0 11.564,0 11.863,0 12.646,0 11.127,0 13.000,0 15,0China 2.700,0 3.700,0 6.200,0 8.200,0 9.000,0 9.200,0 240,7Índia 4.898,0 4.809,0 5.757,0 6.102,0 7.366,0 8.000,0 63,3Venezuela 1.052,0 4.419,0 4.834,0 4.826,0 4.200,0 4.400,0 318,2Suriname 3.250,0 3.772,0 3.695,0 3.890,0 3.610,0 4.000,0 23,1Rússia 4.578,0 3.000,0 3.300,0 3.450,0 4.200,0 4.000,0 -12,6Kazaquistão 3.036,0 2.425,0 3.140,0 3.437,0 3.727,0 - 22,7Guiana 2.376,0 2.100,0 2.475,0 2.267,0 2.404,0 2.000,0 -15,8Grécia 2.078,0 2.196,0 2.452,0 1.823,0 1.991,0 - -4,4Indonésia 804,0 1.342,0 842,0 1.056,0 1.200,0 - 49,2Hungria 1.721,0 830,0 1.044,0 1.138,0 1.047,0 - -39,1Irã 100,0 100,0 150,0 336,0 1.000,0 - 900,0Serra Leoa (*) 1.250,0 735,0 - - - -Sub-total (4) 74.214,0 76.370,0 81.524,0 84.160,0 93.929,0 95.500,0 28,7Sub-total (10) 93.728,0 98.495,0 108.450,0 114.065,0 126.032,0 125.100,0 33,5Sub-total (15) 100.807,0 105.063,0 115.413,0 120.685,0 133.674,0 - -Outros 4.193,0 1.937,0 1.587,0 1.315,0 1.326,0 - -Total Mundial 105.000,0 107.000,0 117.000,0 122.000,0 135.000,0 137.000,0 30,5

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Tabela 6 – Participação dos países lideres na produção mundial de bauxita – (%)

Fonte: U.S. Geological Survey, Mineral Commodity Summaries, diversos números.(e) estimativaElaboração: DESEP/CUT

A Austrália consolida sua liderança, obtendocerca de 39% da produção mundial de bauxita.O Brasil amplia sua participação na produçãomundial, deslocando a Jamaica da terceiracolocação mundial. A Índia, Venezuela e Irãaumentam suas participações na extração

País 1992 1994 1996 1998 2000 2001 (e)Austrália 37,9 39,0 36,8 36,5 39,9 39,1Guiné 13,1 13,5 13,3 12,3 11,1 10,9Brasil 8,9 8,1 9,4 9,8 10,4 10,2Jamaica 10,8 10,8 10,1 10,4 8,2 9,5China 2,6 3,5 5,3 6,7 6,7 6,7Índia 4,7 4,5 4,9 5,0 5,5 5,8Venezuela 1,0 4,1 4,1 4,0 3,1 3,2Suriname 3,1 3,5 3,2 3,2 2,7 2,9Rússia 4,4 2,8 2,8 2,8 3,1 2,9Guiana 2,9 2,3 2,7 2,8 2,8 -Kazaquistão 2,3 2,0 2,1 1,9 1,8 1,5Grécia 2,0 2,1 2,1 1,5 1,5 -Indonésia 0,8 1,3 0,7 0,9 0,9 -Hungria 1,6 0,8 0,9 0,9 0,8 -Irã 0,1 0,1 0,1 0,3 0,7 -Serra Leoa 1,2 0,7 - - - -Sub-total (4) 70,7 71,4 69,6 69,0 69,6 69,7Sub-total (10) 89,4 92,1 92,6 93,5 93,5 91,2Sub-total (15) 96,2 98,4 98,5 99,0 99,2 -Outros 3,8 1,6 1,5 1,0 0,8 -Total mundial 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

mundial de bauxita. Mas o aumento maisexpressivo ocorre na China, que elevou suaparticipação de 3% para cerca de 7%. A Guianae a Indonésia asseguram suas posições noperíodo e os demais países perdem posições,com destaque para Guiné, Rússia e Jamaica.

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Tabela 7 – Reserva mundial de bauxita e países líderes – milhões/ton e %

Fonte: DPNM-DIRIN e U.S. Geological Survey, Mineral Summaries, janeiro de 2002Elaboração: DESEP/CUT.

A forte expansão dos países líderes naprodução mundial de bauxita aumenta aindamais a concentração geográfica. Enquanto aprodução somada dos quatro maiores mantémelevada participação (cerca de 70%), os quinzemaiores produtores elevam sua posição de97% para cerca de 99% da produção mundialde bauxita. Nas duas situações, o grau deconcentração geográfica é muito superior aoidentificado nas demais fases cadeia produtiva

do alumínio, dada a localização das minas.

A posição dos atuais níveis de produção debauxita nos maiores produtores mundiais,quando comparada com os níveis de reservasminerais, coloca-se como variável chave paraindicar a sustentabilidade da produção e, aomesmo tempo, medir o seu potencial deexpansão. Observa-se, por meio da Tabela 7,que os países que ainda exibem enormepotencial da produção são o Brasil e a Guiné.

Consumo mundialConsumo mundialConsumo mundialConsumo mundialConsumo mundialO consumo mundial de alumínio primáriocresceu cerca de 20% entre 1995 e 2000.Porém, há diferenças na demanda pelo metalentre os diversos continentes (Tabela 8). Nota-se que a expansão do consumo na África, Ásiae Oceania é superior à mundial, enquanto ademanda na América Latina, Europa e América

do Norte exibe taxas de crescimento inferioresà mundial. Essa desigualdade nas taxas deexpansão do consumo por continente mantémforte concentração do consumo na Ásia,Europa e América do Norte. Em 2000, essescontinentes representaram cerca de 93% doconsumo mundial de alumínio primário.

Tabela 8 – Consumo mundial de alumínio primário – por continente- mil/ton./ano

Fonte: BNDES e World Bureau of Metal Statistical. Obs: o consumo, segundo a fonte primária,não inclui a utilização de sucata.Elaboração: DESEP/CUT

País 1996 1996 2000 2000(milhões/ton) (%) (milhões/ton) (%)

Guiné 5.900,0 20,4 8.600,0 25,6Austrália 7.900,0 27,4 7.400,0 22,0Brasil 3.898,0 13,5 4.900,0 14,6Jamaica 2.000,0 6,9 2.500,0 7,4China 1.500,0 5,2 2.000,0 6,0Índia 1.200,0 4,2 1.400,0 4,2Guiana 900,0 3,1 900,0 2,7Suriname 600,0 2,1 600,0 1,8Venezuela 350,0 1,2 350,0 1,0Rússia 200,0 0,7 250,0 0,7Sub-total (4) 19.698,0 68,2 23.400,0 69,6Sub-total (10) 24.448,0 84,7 28.900,0 86,0Outros 4.400,0 15,3 4.700,0 14,0Total 28.848,0 100,0 33.600,0 100,0

Continente 1995 1996 1997 1998 1999 2000 95/00(%)Ásia 7.081,0 7.283,0 7.474,0 6.640,0 8.001,0 8.893,0 25,6Europa 6.240,0 5.915,0 6.632,0 7.230,0 6.657,0 7.448,0 19,4América do Norte 5.667,0 5.968,0 6.032,0 6.430,0 6.775,0 6.799,0 20,0América Latina 866,0 935,0 903,0 950,0 1.012,0 1.016,0 17,3Oceania 352,0 321,0 362,0 340,0 380,0 431,0 22,4África 254,0 241,0 290,0 280,0 248,0 324,0 27,6Total Mundial 20.460,0 20.663,0 21.693,0 21.870,0 23.073,0 24.911,0 21,8

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A evolução do consumo nos principais mercadosdomésticos (por países) explica, em grandemedida, o comportamento do consumo noscontinentes (Tabela 9). Em termos absolutos,os países que mais contribuem para a expansãodo consumo mundial são os EUA (+ 2,91milhões de toneladas) e China (+ 1,89 milhão det.). O Canadá, México, Brasil e Itália adicionam300 mil t. a 390 mil t. ao consumo mundial.

No entanto, os países que apresentaram asmaiores taxas de crescimento do consumo são

a China (178%), México (172%), Brasil(102%), Holanda (98%), Espanha (84%),Canadá (65%), Suécia (53%), EUA (42%) eÍndia (36%). Os demais países apresentamtaxas de expansão do consumo inferiores àmédia observada dos 37 maioresconsumidores mundiais, segundo a AluminiumStatistical Review. Cabe destacar que, entreos quinze maiores consumidores mundiais, oJapão é o único a apresentar variação negativa,com 7%, refletindo sua estagnação econômicados últimos anos.

Tabela 9 – Consumo doméstico de alumínio em países selecionados – mil/ton/ano

Fonte: ABAL, Anuário Estatístico, 2.000 e Aluminium Statistical Review, 1999.Obs: O mercado doméstico, segundo a fonte primária, envolve a utilização de sucata +produção primária + ou – saldo externo + ou - estoque.Elaboração: DESEP/CUT

País 1992 1994 1996 1998 1999 92/99 (%)EUA 6.952,0 8.107,0 8.282,0 9.151,0 9.863,0 41,9Japão 3.619,0 3.631,0 3.876,0 3.513,0 3.370,0 -6,9China 1.060,0 1.668,0 2.367,0 2.630,0 2.950,0 178,3Alemanha 2.044,0 2.018,0 1.958,0 2.233,0 2.222,0 8,7Itália 1.132,0 1.195,0 1.067,0 1.371,0 1.435,0 26,8França 989,0 999,0 1.019,0 1.167,0 1.236,0 25,0Canadá 600,0 735,0 728,0 853,0 988,0 64,7Reino Unido 800,0 811,0 1.040,0 891,0 838,0 4,8Brasil 326,0 466,0 547,0 704,0 660,0 102,5Espanha 302,0 335,0 406,0 530,0 555,0 83,8México 202,0 233,0 231,0 417,0 550,0 172,3Índia 383,0 443,0 534,0 480,0 520,0 35,8Holanda 261,0 384,0 398,0 444,0 516,0 97,7Austrália 289,0 354,0 340,0 377,0 384,0 32,9Suécia 163,0 185,0 234,0 253,0 249,0 52,8Sub-total (4) 13.675,0 15.424,0 16.483,0 17.527,0 18.405,0 34,6Sub-total (10) 17.824,0 19.965,0 21.290,0 23.043,0 24.117,0 35,3Total (37) 19.122,0 21.564,0 23.027,0 25.014,0 26.336,0 37,7

As diferenças de comportamento entre ospaíses que mais consomem resultam emmudanças na posição que cada um delesocupa no consumo mundial (Tabela 10).

Entre os quatro maiores consumidoresmundiais de alumínio, os EUA consolidam suaposição de liderança, representando cerca de36%. O Japão, vice-líder no ranking, perdeparticipação (17% para 12%) e passa a sofrera concorrência da China, cuja participaçãocresce de 5% para cerca de 11%.

Ainda entre os países que aumentam suasparticipações no consumo mundial, observa-se ganho expressivo no Brasil, Espanha,

México e Canadá. Há relativa estabilidade departicipação da Índia, Austrália e Suécia. Nosdemais países nota-se queda, especialmentena Alemanha e Reino Unido.

A concentração geográfica do consumomundial de alumínio é superior à concentraçãoda produção de alumínio primário (tabelas 2 e10). Enquanto os quatro maiores consumidoresde alumínio asseguram 66% do consumomundial, os quatro maiores produtoresmundiais de alumínio primário representamcerca de 45% da produção mundial. Nota-setambém concentração mais elevada noconsumo quando se comparam os dezmaiores consumidores e produtores mundiais.

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Tabela 10 – Participação do consumo doméstico de alumínio em países selecionados noconsumo mundial – (%)

Fonte: ABAL, Anuário Estatístico, 2.000 e Aluminium Statistical Review, 1999.Elaboração: DESEP/CUT

Observa-se que a territorialidade do consumomundial de alumínio é distinta da territorialidadeda produção mundial de alumínio primário.Grandes produtores mundiais de alumínioprimário, tais como a Rússia, Noruega, Áfricado Sul, Venezuela, Barein e EAU, sequerfiguram entre os quinze maiores consumidoresde alumínio. Em sentido inverso, algunsgrandes consumidores (Japão, México,Holanda, Suécia e Coréia, que não estápresente na tabela anterior) não constam entreos quinze maiores produtores.

Além disso, é importante ressaltar que osdemais países que constam entre os quinzemaiores consumidores e produtores mundiaisde alumínio, exibem posições diferenciadas noranking do consumo quando comparado ao daprodução. Pode-se usar como exemplo ainserção dos EUA e Alemanha na produção econsumo mundial de alumínio. Os EUArespondem por mais de 1/3 do consumomundial de alumínio, mas concentram cercade 11% da produção mundial de alumínioprimário. A Alemanha é responsável por 8%do consumo enquanto produz somente 2% daprodução mundial.

As diferenças de inserção dos países naprodução e consumo mundial de alumínio

refletem situações distintas de atendimento doconsumo local, em geral, por importações ereciclagem local de alumínio. Há países quedetêm participação muito pequena na produçãoprimária de alumínio, fase que absorve cercade 85% da energia consumida em toda acadeia (BNDES, 2001), mas detêmparticipação relevante na produção mundial dereciclados de alumínio.

Há ainda situações de grandes produtoresmundiais de alumínio que, ao mesmo tempo,detêm grandes mercados consumidores epossuem índices elevados de reciclagem. Ouainda detêm participação elevada nasimportações mundiais, como será possívelidentificar no item 4.3 a seguir.

Os produtos da reciclagem assumemcaracterísticas físicas idênticas aos produtosderivados da redução eletrolítica, a exemplodo lingote, chapas, folhas. Estes são utilizadoscomo insumos básicos para a fabricação deprodutos de alumínio, adequados aos maisdistintos segmentos industriais,particularmente para embalagens e material detransporte.

Assim, a configuração geográfica do consumomundial de alumínio reflete, em grande medida,

País 1992 1994 1996 1998 1999EUA 33,1 34,4 33,2 33,9 35,6Japão 17,2 15,4 15,5 13,0 12,2China 5,0 7,1 9,5 9,7 10,7Alemanha 9,7 8,6 7,8 8,3 8,0Itália 5,4 5,1 4,3 5,1 5,2França 4,7 4,2 4,1 4,3 4,5Canadá 2,9 3,1 2,9 3,2 3,6Reino Unido 3,8 3,4 4,2 3,3 3,0Brasil 1,6 2,0 2,2 2,6 2,4Espanha 1,4 1,4 1,6 2,0 2,0México 1,0 1,0 0,9 1,5 2,0Índia 1,8 1,9 2,1 1,8 1,9Holanda 1,2 1,6 1,6 1,6 1,9Austrália 1,4 1,5 1,4 1,4 1,4Suécia 0,8 0,8 0,9 0,9 0,9Sub-total (4) 65,0 65,5 66,0 64,9 66,5Sub-total (10) 84,8 84,7 85,3 85,4 87,2Total (37) 91,0 91,5 92,2 92,6 95,3

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a configuração geográfica dos maioresprodutores mundiais de produtos de alumínio,fase final da cadeia. Essa fase absorve mão-de-obra mais qualificada, é intensiva empesquisa e desenvolvimento, agrega mais valorà produção final, se comparada às demaisfases. Concentra as grandes alianças

Tabela 11 – Consumo mundial de alumínio por setor – 1970/1995 – (%)

Fonte: BNDES, MBR- Metal Bulletin ResourcesElaboração: DESEP/CUT

A participação dos diversos segmentos nafabricação de produtos de alumínio alterou-sede modo sensível nas últimas décadas. Emmeados dos anos setenta, os que maisabsorveram o alumínio no processo industrialforam os segmentos de material de transporte,construção e elétrico, com 23%, 22% e 14%,respectivamente.

Os avanços tecnológicos nas últimas décadasconferiram ao alumínio primário maiorresistência, condutibilidade de calor eeletricidade, preços decrescentes, além de serreciclável e maleável às condições de processoindustrial e de produtos em muitos setores daindústria de transformação. Em razão disso, oalumínio primário passa a substituirprogressivamente o aço, vidros e demaisinsumos concorrentes, exceto o plástico. Estetambém obtém ganhos relevantes no período,ao substituir os demais insumos na elaboraçãoindustrial.

Assim, os segmentos que apresentam maior

dinamismo de 1970 a 1995 na absorção dealumínio são o de embalagens e transporte,com crescimento médio anual de 5,4% e 4,5%,respectivamente.

Diante do comportamento distinto entre osdiversos segmentos de 1970 a 1995, os líderesna absorção do alumínio, ao final do período,são transportes, embalagens e construçãocom 31%, 21% e 19%, respectivamente. Como expressivo crescimento dos segmentos deembalagens e transporte, os demais perdemparticipação, especialmente os de materialelétrico e de bens de consumo.

Identifica-se na Tabela 12 a participação distintados diversos segmentos, por país, na absorçãodo alumínio como insumo industrial. Os dadossugerem relativa especialização geográfica nafabricação mundial de produtos de alumínio.

No segmento de transporte, os países que sedestacam com taxas superiores à médiamundial são França, Espanha, EUA eAlemanha. No de embalagens, os países queexibem taxas acima da média mundial deutilização do alumínio como insumo industrialsão Espanha, Brasil, Reino Unido e EUA. Noda construção, os países que detêm inserçãomais expressiva são a Itália e o Japão. No dematerial elétrico, destacam-se a França e oBrasil. No de bens de consumo, o Japão e aItália. No segmento de máquinas eequipamentos, nota-se inserção robusta daAlemanha, Itália e Reino Unido.

corporativas entre as empresas de alumínio eempresas dos segmentos de transportes,embalagens, material de construção, elétrico,mecânico e bens de consumo. Essessegmentos são responsáveis por 90% dafabricação de produtos de alumínio, como podeser observado pela Tabela 11.

Setor 1970 1995 Média de crescimento70/95

Transportes 23,0 31,0 4,5Embalagens 12,0 21,0 5,4Construção 22,0 19,0 2,6Elétrico 14,0 8,0 0,7Mecânico 7,0 6,0 2,9Bens de consumo 9,0 5,0 1,5Outros 13,0 10,0 2,6Total 100,0 100,0 3,3

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Tabela 12 – Consumo de alumínio por setor em países selecionados - 1999 (%) (*)

País Constr. Transp. Elétrica B. Cons. Embal. Maq/Equip. OutrosEUA 14,9 36,6 7,5 7,7 23,5 6,7 3,1Japão 22,2 33,6 6,0 13,1 11,7 3,9 9,5Alemanha 20,1 35,1 5,3 3,8 10,0 9,2 16,5Itália 31,7 23,4 7,4 10,4 12,1 8,7 6,3França 13,9 41,1 12,4 4,1 10,8 5,1 12,6Reino Unido 15,5 22,1 4,1 3,7 25,0 8,7 20,9Brasil 17,8 17,7 11,9 8,8 28,5 4,5 10,8Espanha 6,7 37,1 8,0 5,0 32,1 6,1 5,0Mundial (**) 19,0 31,0 8,0 5,0 21,0 6,0 10,0

Fonte: BNDES, MBR- Metal Bulletin Resources.(*) ordem por importância no consumo mundial.(**) dado de 1995Elaboração: DESEP/CUT

Comércio mundialComércio mundialComércio mundialComércio mundialComércio mundialAs diferenças entre as posições de continentese países no consumo e produção mundial dealumínio citadas explicam-se, em grandemedida, pela contribuição dada pelo comérciomundial ao nível de produção através dasexportações e do atendimento ao mercado deconsumo com importações.

De fato, por meio da Tabela 13 observa-senítida diferenciação de inserção doscontinentes no comércio mundial. Enquanto aÁsia produz déficit superior a 2,82 milhões de

toneladas de alumínio primário em 2001, aOceania gera superávit acima de 1,73 milhãode toneladas ao ano.

O déficit comercial da Ásia em 2001 representacerca de 33% do seu consumo. O superávit daOceania, África, Europa e América representamcerca de 470%, 255%, 10% e 6% de seusrespectivos consumos. Desse modo, nota-se quea Ásia consome, isoladamente, o equivalente àprodução excedente dos demais continentes,particularmente da Oceania e África.

Tabela 13 – Superávit/déficit mundial de alumínio primário – por regiões –mil/ton/ano – 2000/2001 (*)

Fonte: BNDES, ABAL, World Bureau of Metal Statistical.(*) ordem por consumoElaboração: DESEP/CUT

Regiões Produção Consumo Superávit/Déficit 2000 2001 2000 2001 2000 2001Ásia 5.218,0 5.853,0 8.894,0 8.680,0 -3.676,0 -2.827,0Europa 7.816,0 7.996,0 7.448,0 7.278,0 368,0 718,0Américas 8.213,0 7.211,0 7.815,0 6.834,0 398,0 377,0Oceania 2.090,0 2.107,0 431,0 370,0 1.660,0 1.737,0África 1.201,0 1.353,0 324,0 361,0 877,0 922,0Total 24.538,0 24.520 24.912 23.523 -374,0 997,0

O fluxo líquido do comércio de alumínio descritopor continentes concentra-se em númeropequeno de países. Nota-se, na Tabela 14, queapenas onze países respondem por mais de

87% das exportações mundiais em 1999. Osquatro maiores exportadores representamcerca de 60%. Somente a Rússia detémparticipação superior a 25% nas exportações

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mundiais de alumínio primário.

Além disso, deve-se observar que asexportações respondem por cerca de 50% daprodução mundial de alumínio primário (tabelas1 e 14). Isso indica elevado grau deinternacionalização, via fluxo comercial, naindústria do alumínio.

A participação dos países líderes nasexportações mundiais não é linear ao longodo período (1992/1999). Em termos relativos,os países que apresentam maior expansão dasexportações no período são a Rússia, comvariação de 230%, e África do Sul, Venezuela,Barein e China, com variação de 100%. Emescala inferior, destaca-se a expansão dasexportações da Austrália e Holanda, com 46%e 43%, respectivamente. Em escala maisinferior, a Noruega e o Canadá têm taxas decrescimento das exportações correspondentesa 23% e 16%, respectivamente.

Os países que exibem variação negativa das

exportações no período são os EUA e Brasil,com 51% e 4%, respectivamente.

As diferenças de expansão das exportaçõesmundiais de alumínio primário entre os paísesalteram suas posições no ranking mundial.Nota-se que a Rússia desloca o Canadá daliderança mundial. A Austrália consolida suaposição entre os quatro maiores exportadoresmundiais, distanciando-se em quantidadeexportada da Noruega. O Brasil perde a quartaposição para a Noruega.

Destaca-se o recuo dos EUA da sexta para adécima primeira posição no ranking dosmaiores exportadores. Ocorre também oingresso de países no final dos anos noventa(África do Sul, Venezuela, Barein). OsEmirados Árabes Unidos não constam natabela, em razão de elevados investimentosem ampliação da capacidade instalada,direcionados a atender a crescente demandaasiática e norte-americana por alumínioprimário.

Tabela 14 – Exportações mundiais de alumínio primário e países líderes – mil/ton/ano (1)

Fonte: BNDES e ABAL. Os dados de 1992,1994 e 1996 são do World Metal Statistical. Os dadosde 1999 são da Aluminium Statistical Review, Aluminium Association.(1) exportações de lingotes. Não estão incluídos os dados sobre exportações de semi emanufaturados.(2) O total de 1999, envolve somente 28 países.Elaboração: DESEP/CUT

País 1992 1994 1996 1999 (2) 92/99 (%)Rússia 944,7 2.293,6 2.618,4 3.115,6 229,8Canadá 1.603,3 1.877,5 1.820,4 1.862,4 16,1Austrália 934,0 946,8 1.067,4 1.365,9 46,2Noruega 802,7 866,7 875,7 988,0 23,0Brasil 817,5 777,8 709,0 788,6 -3,5África do Sul - - - 550,0 100,0Holanda 336,0 443,9 483,8 480,5 43,0Venezuela - - - 445,7 -Bahrein - - - 409,0 -China - - - 370,0 -EUA 657,6 387,3 446,6 323,2 -50,8Sub-total (4) 4.284,7 5.984,6 6.381,9 7.331,9 71,1Sub-total (11) - - - 10.698,9 -Outros - - - 1.567,7 -Total 6.095,8 7.593,6 8.021,3 12.266,6 -

A composição dos maiores exportadoresmundiais é, desde logo, muito diferente dacomposição dos maiores importadoresmundiais, como pode ser observada na Tabela15. Entre os onze maiores importadores dealumínio primário, somente os EUA e China

constam também entre os onze maioresexportadores.

Nota-se que os países que apresentaramtaxas mais elevadas de expansão dasimportações de alumínio primário são Hong

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Kong, EUA e Coréia do Sul, com 270%, 135%e 71%, respectivamente.

Entre os quatro maiores importadoresmundiais, os quais respondem por mais de66%, os EUA deslocam o Japão da primeiraposição no ranking, com importaçõesadicionais de quase 1 milhão de toneladas entre1992 e 1999. O volume das importaçõesnesses dois países é muito superior aosdemais, representando cerca de 49% dasimportações mundiais de alumínio primário.

Apesar disso, o Japão, entre 1992 e 1999, exibepequeno crescimento de 5% das importaçõesde alumínio primário. Na Alemanha e Itália, asimportações aumentam em 15% e 23%,respectivamente. Para os demais países que

constam entre os maiores importadoresmundiais de alumínio primário, tais comoHolanda, França, Reino Unido, China eBélgica, só foi possível identificar a evoluçãodas importações no Reino Unido, comcrescimento de 20%.

A composição e evolução das exportações eimportações mundiais de alumínio primárioapresentadas não permitem, contudo, concluirobservações sobre a inserção dos países nocomércio mundial do alumínio. Taisinformações limitam-se apenas ao fluxointernacional do alumínio primário. As tabelas16, 17 e 18 apresentam informações dasexportações, importações e saldo comercialpor composição do alumínio, segundo o graude elaboração industrial na cadeia produtiva(lingotes, semi e manufaturados).

Tabela 15 – Importações mundiais de alumínio primário e países líderes – mil/ton/ano (*)

Fonte: BNDES e ABAL. Os dados de 1992,1994 e 1996 são do World Metal Statistical. Osdados de 1999 são da Aluminium Statistical Review, Aluminium Association.(*) Importações de lingotes. Não estão incluídos os dados sobre importações de semi emanufaturados.(**) O total de 1999, envolve somente 26 países.(***) As taxas de variação correspondem ao período 92/96.Elaboração: DESEP/CUT

País 1992 1994 1996 1999 (**) 92/99 (%)EUA 1.172,2 2.495,9 1.979,8 2.748,9 134,5Japão 2.532,3 2.639,1 2.762,0 2.659,2 5,0Alemanha 1.162,2 1.197,3 1.108,8 1.333,2 14,7Itália 529,2 577,6 484,9 652,8 23,3Coréia (***) 425,5 689,3 728,7 nd 71,2Holanda nd nd nd 584,1 -França nd nd nd 509,1 -Hong Kong (***) 125,8 147,9 465,6 - 270,0Reino Unido 367,9 477,9 651,4 444,0 20,7China nd nd nd 434,0 -Bélgica nd nd nd 413,2 -Sub-total (4) 5.395,9 7.021.6 6.579,3 7.394,1 37,0Outros 3.723,6 5.023,5 5.426,7 3.694,1 -Total 10.038,7 13.248,5 13.607,9 13.472,9 -

A Alemanha, França, Reino Unido, Bélgica eJapão, que sequer constam entre os maioresexportadores mundiais de alumínio primário,assumem posições entre os maioresexportadores de alumínio em razão do volumede exportações de semi e manufaturados dealumínio (tabelas 14 e 16). Os EUA, líderesem exportações de semi e manufaturados,assumem a quarta posição no total deexportações de alumínio. A Alemanha, aoocupar a vice-liderança no ranking de

exportações de semi e manufaturados dealumínio, insere-se na sexta posição mundialde exportações de alumínio.

Identifica-se nítida especialização entre ospaíses nas exportações mundiais de alumínio.Nos EUA, Alemanha, França, Bélgica e Japão,observa-se expressiva concentração nasexportações de semi e manufaturados. Issorevela taxas de participação dos produtos demaior valor agregado e conteúdo tecnológico

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no total das exportações, que variam de 74%na Alemanha até 97% no Japão.

Em situação oposta, encontra-se Barein, Áfricado Sul, Canadá, Brasil, Venezuela e Noruega.Esses países exibem baixos índices departicipação de semi e manufaturados no totalexportado, revelando que a inserção dessespaíses concentra-se em lingotes. O lingote é

um produto do alumínio primário de baixo valoragregado e conteúdo tecnológico, secomparado aos demais elos à frente na cadeiaprodutiva. Em situação intermediária, ressalta-se o relativo equilíbrio entre a participação doslingotes, semi e manufaturados no total dasexportações observado na China e ReinoUnido, com taxas de 50% e 56%,respectivamente.

Tabela 16 – Exportações de alumínio por composição em países selecionados – mil/ton/ano –1999 (*)

Fonte: ABAL, Anuário Estatístico 2000, Aluminium Statistical Review, Aluminium Association(*) ordem por exportações globaisElaboração: DESEP/CUT

País Lingotes (A) Semi e Total % (B)manufaturados (B) no total

Rússia 3.115,7 nd 3.115,7 -Canadá 1.862,4 572,1 2.434,5 23,5Austrália 1.365,9 108,3 1.474,2 7,4EUA 323,2 1.006,6 1.329,8 75,7Noruega 988,0 213,1 1.201,1 17,8Alemanha 300,3 873,5 1.173,8 74,4Brasil 788,6 107,6 896,2 12,0China 370,0 365,0 735,0 49,7França 153,3 492,4 645,7 76,3África do Sul 550,0 18,0 568,0 3,2Venezuela 445,7 87,0 532,7 16,3Reino Unido 233,6 295,8 529,4 55,9Holanda 480,5 nd 480,5 -Bélgica 66,7 386,5 453,2 85,3Barein 409,0 - 409,0 0,0Japão 10,5 357,8 368,3 97,2

O perfil indicado acima da especialização dasexportações por composição (lingote, semi emanufaturados) encontra sua correspondênciaem importações na Tabela 17. Entre osmaiores importadores mundiais porcomposição e os de alumínio primário (Tabela15), nota-se que o Canadá, França, China eReino Unido crescem em importância relativano total das importações. O motivo é a maiorparticipação dos semi e manufaturados nacomposição de suas importações, com taxasque variam de 45% a 70%. Os EUA, apesarde liderarem em quantidade as importaçõesde semi e manufaturados, contam com forteconcentração dos lingotes no total importado.

No extremo desses países, insere-se o Brasil noqual os semi e manufaturados representam maisde 98% do total das importações de alumínio.Em situação oposta à do Brasil encontra-se o

Japão. Quase a totalidade das suas importaçõesde alumínio corresponde a lingotes.

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Tabela 17 – Importações de alumínio por composição em países selecionados – mil/ton/ano –1999 (*)

Fonte: ABAL, Anuário Estatístico 2000, Aluminium Statistical Review, AluminiumAssociation.(*) ordem por importações globaisElaboração: DESEP/CUT

O perfil de inserção dos países na indústria doalumínio torna-se mais evidente ainda quandosão observados os saldos comerciais porcomposição do alumínio e a participação dasexportações e importações no consumodoméstico (Tabela 18). É possível identificar,desde logo, que a corrente comercial doalumínio, em quantidade, está concentrada emlingotes. Esse segmento determina os maioresexportadores e importadores líquidos dealumínio.

Os maiores exportadores líquidos de alumíniosão a Rússia, Canadá, Austrália, Noruega eBrasil. Neles observa-se também elevadaproporção das exportações em relação aoconsumo doméstico, especialmente naNoruega, tornando a exportação variáveldeterminante para o comportamento daprodução nesses países.

Apesar disso, as taxas de proporção dasexportações em relação ao consumodoméstico entre os maiores exportadoreslíquidos indicam elevada dispersão, já quevariam de 135% (Brasil) até 1.040% (Noruega).Os dados refletem diferentes níveis dedependência da produção por exportações,bem como de importância do mercadodoméstico na absorção da produção local.

Deve-se ressaltar que, entre os maioresexportadores líquidos, encontram-se níveisdiferenciados de participação das importaçõesno suprimento de alumínio para o mercadodoméstico. A Noruega apresenta a taxa mais

elevada, superior a 190%, seguida pelo Canadá,com cerca de 84%.

Nesses países, mas especialmente naNoruega, pode-se admitir que parteconsiderável das importações são de semi-manufaturados que, submetidos ao processode manufatura de bens finais, são exportadosem período seguinte. O Brasil, a Austrália e aRússia apresentam as taxas mais baixas,variando de 18% a 24%. Em situaçãointermediária insere-se a Venezuela e a Áfricado Sul, com taxas superiores a 30% deproporção das importações no mercadodoméstico.

Apesar da elevada dependência dasexportações de lingotes nesses países, paraa formação dos seus expressivos superávitscomerciais, ressalte-se que a Noruega deveser considerada exceção. Este país tambémrevela notável superávit em semi emanufaturados, se comparado aos demaisexportadores líquidos nesse segmento, emgeral, identificados como importadores líquidos,considerando toda a cadeia do alumínio.

Os maiores importadores líquidos de alumíniosão o Japão, EUA, Alemanha e Itália, seguidosde outros países, dos quais somente o Méxicoe a China não são do continente Europeu. OsEUA e o Japão destacam-se com saldosnegativos próximos a 2,35 milhões de toneladasao ano, acompanhados pela Alemanha e Itália,com cerca de 830 mil toneladas e 745 miltoneladas ao ano, respectivamente.

País Lingotes (A) Semi e manufaturados (B) Total % (B) no totalEUA 2.748,9 931,3 3.680,2 25,3Japão 2.659,2 62,0 2.721,2 2,3Alemanha 1.333,2 667,6 2.000,8 33,3Itália 652,8 391,9 1.044,7 37,5França 509,1 532,6 1.041,7 51,1China 434,0 410,0 844,0 48,6Canadá 246,5 588,4 834,9 70,5Reino Unido 444,0 368,7 812,7 45,3Holanda 584,1 205,5 789,6 26,0Bélgica 413,2 236,4 649,6 36,4Brasil 2,1 129,0 131,1 98,4

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Entre os maiores importadores líquidos dealumínio, identificam-se taxas elevadas departicipação das importações no atendimento

do mercado interno, confirmando a condiçãode dependentes de importações,especialmente de lingotes.

Tabela 18 - Saldo comercial do alumínio em países selecionados - em mil/ton/ano -1999

Fonte: ABAL, Anuário Estatístico 2000, Aluminium Statistical Review, Aluminium Association.(1) exportação de lingotes + semi e manufaturados.(2) o mercado doméstico, segundo a fonte primária, envolve a utilização de sucata + produçãoprimária + ou – saldo externo + ou – estoque.(3) consumo de alumínio primário em 1997.(4) o consumo doméstico de 1999 é estimado em 120 mil t.Elaboração: DESEP/CUT

Países/ exportadores e Saldo Saldo de Saldo de semi e % da exportação(1) % da importação importadores líquidos total(C) lingotes(A) manufaturados(B) no consumo(2) no consumoExportadores líquidosRússia (3) 3.017,2 3.017,2 - 755,8 23,9Canadá 1.599,6 1.615,9 -16,3 246,4 84,5Austrália 1.404,0 1.359,5 44,5 383,9 18,3Noruega 975,1 802,0 173,1 1.047,1 197,0Brasil 765,1 786,5 -21,4 135,8 19,8Venezuela 499,1 445,2 53,9 526,4 33,2África do Sul 491,0 495,0 -4,0 286,3 38,8Barein 409,0 409,0 - 426,0 -EAU (4) 380,0 380,0 - 316,6 -Importadores líquidosJapão -2.352,9 -2.648,7 295,8 10,9 80,7EUA -2.350,4 -2.425,7 75,3 13,5 37,3Alemanha -827,0 -1.032,9 205,9 52,8 90,0Itália -743,8 -623,2 -120,6 21,0 72,8França -396,0 -355,8 -40,2 52,2 84,3Holanda -309,1 -103,6 -205,5 93,1 153,0Reino Unido -279,3 -210,4 -68,9 63,2 97,0Bélgica -196,4 -346,6 150,2 230,7 330,7Espanha (5) -142,9 -148,9 6,0 40,6 60,5México -122,7 36,6 -159,3 14,8 37,1China -109,0 -64,0 -45,0 24,9 28,6Suécia -105,3 -62,8 -42,5 63,5 105,7

Há relativa diferenciação, entretanto, naimportância que as importações exercem comofontes de suprimentos de alumínio. Destaca-se a Bélgica, na qual o volume de importaçõesrepresenta mais de 330% do mercado interno,seguida da Holanda com cerca de 150%. Emsituação oposta encontram-se a China, Méxicoe EUA, que apresentam taxas de participaçãodas importações no consumo doméstico de29% a 37%. Em posição intermediáriacolocam-se a Espanha, Itália, Japão, França,Alemanha, Reino Unido e Suécia, com taxasque oscilam de 60% a 106%.

Os países com altos índices de penetraçãodas importações no mercado domésticoutilizam elevado volume de importações delingotes para produzir semi e manufaturados,com vistas não só a atender a demandapelos produtos de alumínio no mercadodoméstico, bem como exportar o excedente.E esse tipo de inserção que conjuga acondição de importador líquido de alumíniocom posições de superávit em semi emanufaturados parece refletir maior inserçãoexterna do Japão, Alemanha e Bélgica e, emmenor medida, dos EUA.

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PPPPPrincipais grupos e empresasrincipais grupos e empresasrincipais grupos e empresasrincipais grupos e empresasrincipais grupos e empresasintegradaintegradaintegradaintegradaintegradaO grau de centralização da produção doalumínio em escala mundial e o porte de suasprincipais empresas já são similares aosobservados nos demais setores produtores debens comercializáveis que detêm expressivaparticipação no mercado mundial de bens eserviços. Isso decorre da aceleração deprocessos de aquisições e fusões nas últimasduas décadas, da integração de mercados edo acirramento da concorrência, tanto porpreços cadentes, como por economias deescala e de escopo (OCDE, La Mundialisationde L´industrie, 1996).

E são as empresas integradas da cadeia doalumínio que têm conduzido as principaisiniciativas de aquisições e fusões, capturandocrescentes fatias do mercado mundial. Assim,deve-se ressaltar que as empresas tratadasaqui como as maiores do alumínio sãoempresas integradas, ou seja, que atuam emdiversas etapas da cadeia produtiva do alumínio.

Estão excluídas empresas que detêm foco deatuação em apenas uma fase da cadeiaprodutiva, particularmente as que só atuam emprodutos de alumínio como, por exemplo,grandes empresas de embalagens (Latapack-Ball, Crown Cork, entre outras) e nos demaissegmentos de transformados de alumínio

(Mitsui, Sumitomo, Kobe, entre outras).Optamos por não incluir a Corus (anglo-holandesa), em razão da venda de seus ativosno alumínio para a Alcan e Pechiney (ValorEconômico, 24/10/02).

As maiores empresas que atuam no alumínio,entre outros setores, são Alcoa, Norsk Hydroe BHP Billiton, com faturamento global variandode US$ 22,9 bilhões a US$ 19,0 bilhões. Emsituação intermediária estão a Alcan, Pechineye Rio Tinto, nas quais o faturamento globaloscila de US$ 12,6 bilhões a US$ 10,6 bilhões.E em nível inferior de porte encontram-se aCVRD, Rusal, Chinalco e Kaiser, nas quais ofaturamento global varia de US$ 4,7 bilhões aUS$ 1,7 bilhão (Tabela 19).

A configuração econômica dos maiores grupose empresas que atuam na cadeia produtiva doalumínio reflete distintas trajetórias de inserçãona indústria. As diferenças estão vinculadas,em grande medida, ao perfil setorial de atuação(decorrente, em geral, do foco original deatuação da própria empresa), a presença delasnas diversas fases da cadeia do alumínio(bauxita, alumina, alumínio primário e produtosdo alumínio) e ao grau de internacionalização edistribuição geográfica de suas operaçõesprodutivas, como poderá ser observado a seguir.

Perfil setorial de atuação dos grupos eempresasQuanto ao perfil setorial de atuação, pode-seestabelecer as seguintes diferenciações entreas maiores empresas: as especializadas noalumínio, mineradoras e de perfil intersetorial.

Na categoria de empresas especializadas naprodução de alumínio insere-se a maioria dasempresas líderes no ranking mundial doalumínio, tanto por faturamento como porvolume de produção. Nesta categoria estão aAlcoa, Alcan, Pechiney, Rusal, Sual, Chinalcoe Kaiser.

A Pechiney (capital francês) ocupa o terceiro

lugar mundial por faturamento, dada suaposição privilegiada em produtos de alumínio,no qual detém a quarta posição mundial.Excluindo os resultados da aquisição da VAWno potencial produtivo da Norsk Hydro, aPechiney está na terceira posição na produçãomundial de produtos de alumínio.

A empresa atua em todos os segmentos dacadeia produtiva e cresce em importânciarelativa à medida que se aproxima das fasesfinais da cadeia produtiva, agregando maisvalor à produção, conteúdo tecnológico eparcerias produtivas e tecnológicas com os

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setores que mais utilizam o alumínio em seusprocessos industriais.

A estrutura de seus negócios industriais refleteas seguintes divisões: produção de alumínio,transformados de alumínio, embalagens eligas de ferro. Em 2001, o faturamento globalalcançou US$ 11,0 bilhões. E cerca de 62%do faturamento global, o equivalente a US$6,82 bilhões, correspondem à cadeia doalumínio. O emprego total na empresa envolvecerca de 33,4 mil trabalhadores, dos quaisaproximadamente 44% atuam na cadeia doalumínio (tabelas 19 e 20).

A relativa concentração das operações daempresa nas fases finais da cadeia produtivapode ser identificada na seguinte distribuiçãodo faturamento por segmentos de produtos:transformados de alumínio (37%), embalagens(33%), produção de alumínio (25%) e ligas deferro (3%). O segmento de produção dealumínio envolve a produção de bauxita,alumina e alumínio primário. Entre ostransformados de alumínio, destaca-se o valorda produção destinada a indústria automotiva,aeroespacial e marítima, representando 15%,14% e 10%, respectivamente, do faturamentodo segmento de transformados de alumínio.

Assim como a Alcoa e Alcan, a Pechineypossui contratos de longa duração, envolvendoinclusive parceria tecnológica e produtiva, comas grandes companhias da aviação comercial,tais como a Boeing e Airbus, e com empresasautomotivas, como PSA-Peugeot/Citroen,Renault, Audi e Daimler-Chrysler (Pechiney,Summary Consolidated Data, 2001).

A Pechiney não conta com fontes própriasnos elos iniciais da cadeia produtiva namesma proporção que a Alcoa e Alcan,particularmente de bauxita, como poderá serobservado no item que trata da presença dasempresas nas diversas fases da cadeiaprodutiva. Trata-se de empresa especializada

na produção de alumínio, com forteconcentração de suas operações nas fasesfinais da cadeia produtiva em proporçõessuperiores à da Alcoa e Alcan.

Já para a Rusal e Sual (ambas de capitalrusso), Chinalco (de capital chinês) e Kaiser(de capital norte-americano) não foi possívelencontrar informações vinculadas à estruturade negócios e composição do faturamento.Cabe registrar que essas empresas (excetoa Kaiser) foram formadas em período recente,fruto dos processos de reestruturaçãopatrimonial na Rússia e China. A Chinalco(estatal) foi constituída em 2001, herdando opatrimônio da Chalco e de outras empresasque atuavam especificamente emdeterminadas fases cadeia produtiva doalumínio.

Essas empresas atuam somente na cadeiado alumínio e detêm importantes posições aolongo da cadeia. A Chinalco detém a segundaposição mundial em alumina, a Rusal ocupaa vice-liderança mundial na produção dealumínio primário e a Sual conta comparticipação equilibrada na produção mundialde bauxita, alumina e alumínio primário. Entreessas empresas, somente a Rusal insere-secom relativa relevância na fabricação deprodutos de alumínio, contrariando o perfil dasdemais empresas de países emdesenvolvimento (tabelas 21 a 24).

As diferenças de inserção na cadeia doalumínio refletem-se no faturamento de cadaempresa. O faturamento da Rusal em 2001soma cerca de US$ 4,1 bilhões, empregandopouco mais de 73 mil trabalhadores. Ofaturamento da Chinalco alcança pouco maisde US$ 2,1 bilhões, com cerca de 79 miltrabalhadores. Já a Sual em 2001 obtevefaturamento de aproximadamente US$ 655milhões (tabelas 19 e 20).

A Kaiser (de capital norte-americano) estáinserida em toda a cadeia produtiva (da bauxitaaos produtos de alumínio). Mas concentra-se nas fases iniciais (bauxita e alumina),distinguindo-se das líderes com matriz naAmérica Norte (Alcoa e Alcan) e Europa(Pechiney, Hydro). O faturamento da empresaem 2001 correspondeu a US$ 1,73 bilhão,com cerca de 5,3 mil trabalhadores (tabelas19 e 20).

O faturamento e o emprego nessas quatroempresas respondem exclusivamente poroperações em alumínio, revelando claraespecialização quanto à configuraçãoprodutiva delas.

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Tabela 19 – Principais empresas de alumínio do mundo – 2001

(*) O faturamento em alumínio está subestimado, já que subtraímos do total o faturamentodo segmento de embalagens no qual não foi possível identificar, separadamente, opercentual correspondente a embalagens plásticas e embalagens de alumínio.(**) Dados não contemplam a aquisição da VAW pela Norsk Hydro. Agregando os valoresda VAW, tem-se um faturamento de US$ 23,7 bilhões. No segmento do alumínio, ofaturamento somaria cerca de US$ 10,37 bilhões (44% do total).(***) Valor para 2000 e correspondente ao faturamento da Chalco, empresa que deu origemà formação da Chinalco em 2001.Fonte: Empresas (relatórios anuais, demais informações dos sites das empresas e RevistaExame, Melhores Maiores, julho de 2002).Elaboração: DESEP/CUT

Na categoria de mineradoras que atuam nacadeia produtiva do alumínio inserem-se a BHPBilliton, Rio Tinto e Companhia Vale do RioDoce (CVRD). Essas empresas são líderesmundiais na mineração, ocupando a segunda,terceira e quarta posições, respectivamente,no ranking mundial, superadas apenas pelaAnglo American.

A BHP Billiton Group (anglo-australiana) estáestruturada em divisões de minerais e mineraismetálicos (carvão, ferro, cobre, níquel,diamante, prata, chumbo, zinco e ouro),alumínio (bauxita, alumina e alumínio primário),petróleo (petróleo e gás), aço e materiais deaço carbono. Sua atuação envolve operaçõesde extração, refino e usinagem industrial. Em2001 contava com cerca de 59 miltrabalhadores (BHP Billiton PLC e Limited,Relatório Anual, 2001).

O faturamento global da empresa por produtosem 2000 (US$ 18,6 bilhões no total) tem aseguinte distribuição: aço (minério de ferro eaço) com 32%; petróleo e gás, com 17%;alumínio, com 10%; cobre, com 9%; e níquele ferro-ligas (ferro-carbono e ferro-manganês),com participações iguais de 5%. A BHP Billitoné líder mundial na produção de ferro-ligas, junto

à Anglo American, vice-líder na produçãomundial de minério de ferro. A empresa insere-se entre os cinco maiores produtores mundiaisde níquel, cobalto, prata e cobre (BNDES,Mineração e Metalurgia, Nº44, abril de 2001).

Nos últimos anos, a empresa vem ampliandoseus investimentos no alumínio,particularmente em suas operações naAustrália e África do Sul. Essas iniciativasresultaram no aumento de 10% para 16% naparticipação do alumínio no faturamento globalda empresa. Com isso a BHP Billiton passoua exibir faturamento superior a US$ 3,0 bilhõesem 2001, contando com cerca de 5,3 miltrabalhadores alocados nesse segmento denegócios.

Já a Rio Tinto (anglo-australiana) estrutura seunegócio em seus principais grupos deprodutos: minerais industriais (diamantes,boratos, sal e dióxido de titânio), energia(carvão e urânio), ferro, cobre, alumínio, ouroe outros minerais (prata, zinco, níquel, chumboe molibdênio).

O faturamento global da empresa em 2001soma cerca de US$ 10,6 bilhões, dos quaisUS$ 1,2 bilhão corresponde somente às

Empresa Faturamento em Faturamento global Faturamento emalumínio (US$/milhões) (US$/milhões) alumínio(%)

Alcoa (*) 17.761,0 22.859,0 77,7Alcan (*) 9.722,0 12.626,0 77,0Pechiney 6.820,0 11.000,0 62,0Hydro (**) 6.574,3 19.922,0 33,0Rusal 4.100,0 4.100,0 100,0BHP Billiton 3.052,6 19.079,0 16,0Chinalco (***) 2.134,0 2.134,0 100,0Kaiser 1.733,0 1.733,0 100,0Rio Tinto 1.171,7 10.652,0 11,0Aditya Birla 1.026,8 6.040,0 17,0Sual 654,9 654,9 100,0Glencore 615,8 44.500,0 1,4CVRD 592,4 4.756,0 12,4

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atividades do alumínio. A empresa exibe relativaconcentração do faturamento em mineraisindustriais e carvão, com percentuais iguaisde 20%. Em seguida estão o minério de ferro,cobre, alumínio e ouro, com 16%, 12%, 11%e 10%, respectivamente. A empresa empregapouco mais de 36 mil trabalhadores, dos quais3,25 mil estão vinculados às operações noalumínio (Rio Tinto PLC e Limited, RelatórioAnual, 2001).

A CVRD, de capital brasileiro, organiza-se nasseguintes divisões de negócios: mineração,logística, energia e participações. A divisão demineração estrutura-se nos segmentos deferrosos (minério de ferro, pelotas de ferro,manganês e ligas) e não ferrosos (metaisnobres, básicos e minerais industriais). Adivisão de logística envolve a atuação emferrovias, portos e navegação. A de energiaresponde pelas operações da empresa em oitoconsórcios hidrelétricos. A de participaçõescompreende a atuação da empresa noalumínio, fertilizantes, papel e celulose esiderurgia.

Em 2001 a empresa tinha vínculos com 21,6mil trabalhadores, contando com 1,6 milempregados associados às operações com oalumínio. O faturamento global da empresa em2001 alcançou cerca de US$ 4,7 bilhões,exibindo forte concentração em minério de ferroe derivados (minério de ferro, pelotas e aço),com cerca de 64% do total. A distribuição dofaturamento por produto é a seguinte: minériode ferro, 37,7%; pelotas de ferro, 16,1%;logística, 13,5%; aço, 10,4%; alumínio, 10,1%;manganês e ferro-ligas, 5,7%; ouro, 3,0%, entreoutros produtos (CVRD, DemonstraçõesContábeis, 2001).

Nota-se nessas três empresas (BHP Billiton,Rio Tinto e CVRD) que parte considerável dovolume de extração dos diversos minériosalimenta os estágios subseqüentes da cadeiaprodutiva de cada uma delas. Esses dadosrevelam clara estratégia de verticalizaçãoindustrial por segmento mineral, especialmentena BHP Billiton.

Somam-se a isso as sinergias quanto àamortização de custos de tecnologia deprocesso industrial, dadas as semelhançasexistentes no refino e manufatura de diversosminérios, bem como o aproveitamento dasestruturas e tecnologia de logística e energiacomo suporte às operações em todas ascadeias minerais. Nesse último aspectoressalta-se o desempenho da CVRD, na qualos sistemas de logística representam cercade 13,5% do seu faturamento global.

Assim, a BHP Billiton, Rio Tinto e CVRDconjugam atuação horizontal na mineraçãocom verticalização da produção por cadeiaprodutiva mineral, envolvendo a extração, refinoe manufatura de produtos, em geral, de semi-elaborados. No alumínio, as empresas atuamem diversas fases da cadeia produtiva, masa partir da posição privilegiada que detêm emreservas e extração de bauxita. É o contráriodas empresas especializadas na produção doalumínio, nas quais o foco de suas operaçõesconcentra-se na produção de alumínioprimário e produtos de alumínio, mesmo quedetenham fontes próprias e excedentes desuprimentos de bauxitas.

Essas empresas exibem perfil de inserçãoao longo da cadeia produtiva, no qual seobserva sensível concentração nas fasesiniciais (bauxita e alumina). No entanto, desdea metade nos anos noventa, seusinvestimentos (em aquisições e ampliação decapacidade instalada) estão sendodirecionados a, de um lado, consolidarposições em minérios nos quais possuemposições já consideradas relevantes e, deoutro lado, na agregação de valor à produção.

Disso resulta que, a rigor, tais empresas estãodistanciando-se progressivamente dacondição típica de mineradoras. Estão secolocando como concorrentes das empresasespecializadas na produção de alumínio oudesenvolvendo parcerias por fases produtivascom algumas delas, especialmente com asdetentoras de tecnologia de processo eproduto (Kaiser, Pechiney e Hydro).

Entre os maiores projetos de expansãorecente de investimentos (ampliação decapacidade instalada e aquisições), bemcomo nos programados para os próximosanos (Norsk Hydro, Rusal, Chinalco, AdityaBirla, Pechiney, entre outras), destacam-seos da BHP Billiton e CVRD em alumínioprimário e alumina.

Na categoria de empresas com forte perfilintersetorial de atuação nos mercados estãoa Norsk Hydro, Aditya Birla e Glencore.

A Norsk Hydro (de capital norueguês) obtevefaturamento de US$ 19,92 bilhões em 2001,com cerca de 37 mil trabalhadores, dos quais17 mil estão vinculados à produção dealumínio. A empresa estrutura seu negócioem quatro divisões: óleo e energia, agricultura,alumínio e outras atividades, incluindo plantasde material plástico, especialmente de PVC.A divisão de alumínio engloba os segmentosde produtos metálicos de alumínio, extrusão

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de alumínio, produtos axiais de alumínio,estruturas automotivas e magnésio. A divisão

Tabela 20 – Principais empresas de alumínio do mundo – 2001

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Empresas (relatórios anuais e demais informações dos sites das empresas).*Os dados relativos ao emprego da Rusal e Chinalco, segundo as informações dossites das empresas, são anunciados como o volume de emprego da cadeia doalumínio. No entanto, não foi possível confirmar se essas empresas atuamexclusivamente na cadeia do alumínio. Além disso, o número de empregados daChinalco refere-se à informação da Chalco de 2000.**Dados não contemplam a aquisição da VAW pela Norsk Hydro. Agregando osvalores da VAW, obtêm-se 52.000 trabalhadores no grupo, sendo 33.000 noalumínio (63% do total).***O número de empregados do grupo (Hindalco e Indal, empresas da Aditya Birla)foi estimado a partir do número aferido na Indal (5.760), tendo como parâmetro oseu coeficiente de produção de alumínio por empregado.

Em 2001 as receitas da Norsk Hydro pordivisões operacionais obedecem a seguintedistribuição: óleo e energia (34,0%), alumínio(33,0%) e agricultura (32,0%). Naquele mesmoano, o faturamento da divisão de agriculturaapresenta distribuição na qual os segmentosde nutrição vegetal, petroquímica e gás equímica representam 22,0%, 7,0% e 3,0%,respectivamente, do faturamento global daempresa. A expressiva participação dosegmento de nutrição vegetal no faturamentoreflete a liderança da empresa em fertilizantes,respondendo por mais de 15% da produçãomundial.

A participação de 33,0% do alumínio nofaturamento da empresa equivale a US$ 6,6bilhões. Esse resultado insere a Norsk Hydrona quarta posição mundial, a qual é asseguradapor meio de expressiva participação nafabricação de produtos de alumínio,contabilizando a produção da VAW (maiorempresa de capital alemão), adquirida pelaNorsk Hydro no início de 2001, cujo processoencerrou-se no princípio de 2002. Em produtos

de alumínio, a Norsk Hydro (considerando aincorporação da VAW Aluminium) detém aterceira posição mundial, superando assim aPechiney.

A aquisição da VAW insere-se na estratégiada Norsk Hydro de reforçar sua produção dealumínio primário, dotando-a de condições paraaumentar sua participação na produçãomundial de 2,5% para 5,5% e em produtos dealumínio, especialmente nos segmentos deprodutos laminados (Norsk Hydro, janeiro de2002). Nesse segmento o potencial paraaumentar sua participação no mercado europeué elevado, podendo crescer de 4,0% para cercade 23%. Deve-se observar que a Norsk Hydrojá detém a liderança no mercado europeu deextrudados. Por meio de plantas da VAW nosEUA, reforça ainda mais sua presença mundialno segmento de extrudados.

Apesar de estar presente em todas as fasesda cadeia produtiva do alumínio, a Norsk Hydroconcentra-se em particular nos produtos dealumínio, agregando mais valor e conteúdo

de agricultura estrutura-se nos segmentos denutrição vegetal, gás e química e petroquímica.

Empresa Emprego Emprego global Emprego nono alumínio alumínio (%)

Alcoa 99.330 129.000 77,0Chinalco * 78.804 78.804 100,0Rusal * 73.000 73.000 100,0Alcan 40.249 51.800 77,7Hydro** 17.020 37.000 46,0Pechiney 14.747 33.395 44,2Aditya Birla 11.880*** 72.000 16,5***Kaiser 5.800 5.800 100,0BHP Billiton 5.306 58.953 9,0Rio Tinto 3.253 36.141 9,0CVRD 1.626 21.618 7,5

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tecnológico à sua produção. Ainda detémparticipação relevante na produção de outrossetores industriais. O que diferencia a NorskHydro das empresas caracterizadas aqui comomineradoras, já que também detém atuaçãodiversificada por setor industrial, é a posiçãoda empresa na cadeia produtiva dos diversossetores, concentrando-se mais nas fases derefino e manufatura de produtos finais.

E isso ocorre também na produção de alumínio,na qual a Norsk Hydro está mais concentradana fase final da cadeia produtiva, se comparadaàs demais empresas. Estas também possuematuação destacada no segmento e são, emgrande medida, especializadas na produçãode alumínio (Alcoa, Alcan e Pechiney). Trata-se de estratégia diferenciada quanto às fontesde suprimentos de bauxita e alumina.

Enquanto a Alcoa e Alcan contam com fontespróprias, embora nem sempre excedentes, deprodução nessas fases para alimentar as suasplantas de alumínio primário e de produtos dealumínio, a Norsk Hydro, assegura tais fontespor meio de contratos de longa duração (long-term), em geral, com as mineradoras queatuam na cadeia do alumínio ou com empresasque possuem excedentes (Rio Tinto, BHPBilliton e CVRD). A CVRD está entre asmaiores fornecedoras de longo prazo da NorskHydro. Essa relação é, em geral, asseguradapor meio de participações acionárias, ainda queminoritárias, em empreendimentos conjuntos.

Há ainda mais duas empresas com perfilintersetorial que devem ser consideradasexceções em relação às demais: a Aditya Birlae a Glencore.

A Aditya Birla (de capital indiano) possuiconfiguração econômica típica dos grandesgrupos asiáticos, com elevada diversificaçãode seus negócios por setor e, ao mesmotempo, elevada integração de suas operaçõespor cadeia produtiva, como, por exemplo, a dopetróleo.

A empresa constitui-se em conglomeradoeconômico com atuação na indústria doalumínio, petróleo e gás, química epetroquímica, telecomunicações, software esistema financeiro (banco múltiplo, inclusiveem seguros). Nota-se que esse grupo possuia atuação mais diversificada por setor deatividade econômica, em relação às demaisempresas. Porém conjuga tal característica deatuação com a verticalização para frente nacadeia produtiva dos diversos setores em queestá presente ou por meio da aglomeração deatividades conexas às suas operações no

sistema bancário e nas telecomunicações.

No alumínio, o grupo Aditya Birla atua atravésde duas empresas: Hindalco e Indal. O grupoadquiriu a totalidade do controle acionário daIndal no ano passado por meio da Hindalco.Atualmente suas operações e divisões denegócios estão em processo de fusão. Comisso, o grupo Aditya Birla reforça sua atuaçãona cadeia do alumínio, o qual passa aresponder em 2001 por cerca de 17% (US$1,03 bilhão) do seu faturamento global,equivalente a pouco mais de US$ 6 bilhões.No mesmo ano, o grupo emprega cerca de 72mil trabalhadores, dos quais 11,88 mil (16,5%do total) vinculam-se à produção de alumínio(tabelas 19 e 20). As empresas controladaspelo grupo (Hindalco/Indal) atuam em todas asfases da cadeia do alumínio, destacando-sena fabricação de produtos de alumínio,particularmente de produtos laminados e decomponentes automotivos (rodas de alumínio,entre outros).

Assim, as empresas do grupo Aditya Birla,bem como a Rusal já tratada aqui, detêmconfiguração econômica mais próxima dasempresas líderes (players), nas quais seobserva expressiva concentração da produçãonas fases finais da cadeia do alumínio. Apesardas semelhanças, deve-se salientar a menordiferenciação quanto ao market-share entre asfases iniciais e finais na cadeia produtiva, alémda notável diferenciação quanto à sofisticaçãodos produtos de alumínio.

As empresas líderes (Alcoa, Alcan, Pechineye Norsk Hydro) colocam-se como fornecedorasde produtos de maior valor agregado econteúdo tecnológico, especialmente nossegmentos aeroespacial e automotivo. Emdeterminadas situações elas também seresponsabilizam por custos de P&D e produçãocrescente de blocos de motores/transmissãoe carrocerias. Até se co-responsabilizam naconstrução e pré-montagem de sub-conjuntosde aviões comerciais e veículos de transportepara as suas principais clientes. Em sentidooposto, a atuação do grupo Aditya Birla e Rusalconcentram-se em produtos finais com padrãotecnológico mais maduro dos segmentos deembalagens, automotivo, entre outros.

Já a Glencore (de capital suíço) atuaespecialmente como empresa decomercialização de commodities mineral,agrícola e seus derivados; e secundariamentena produção efetiva de bens e serviços. Nãofoi possível desagregar do faturamento globalda empresa o percentual e os valorescorrespondentes ao faturamento proveniente de

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suas atividades vinculadas à produção.

Além disso, o faturamento da empresa em2001, cerca de US$ 44,5 bilhões, não encontracorrespondência nas fontes internacionais quegeram bases de dados sobre as empresasmultinacionais, particularmente na UNCTAD(Conferência das Nações Unidas para oComércio e Desenvolvimento). Provavelmentehá divergências quanto a critérios dereconhecimento de empresas declaradascomo suas filiais ou controladas.

De todo modo, no alumínio foi possívelidentificar a participação da GlencoreInternational AG no controle acionário daCentury International Aluminium, a qual detémparticipações acionárias em plantas dealumínio primário ou ainda participaçõesacionárias efetuadas diretamente pelaGlencore em plantas de metal primário ealumina (Anexos 2 e 3). Para efeito de análise,tomaremos como referência a Glencore e suarespectiva participação acionária na Centuryou demais refinarias (alumina) e usinas dealumínio primário, bem como o faturamentoglobal declarado pela empresa em seu site naInternet.

Assim, pode-se admitir que as operações dealumínio representam somente 1,4% dofaturamento global da empresa, equivalentesa cerca de US$ 615,8 milhões. E essefaturamento no alumínio, entre os maioresgrupos e empresas, só é superior ao

faturamento em alumínio da CVRD. A empresaparece atuar somente em duas fases da cadeiaprodutiva (alumina e alumínio primário),ausentando-se da produção nos extremos(bauxita e produtos de alumínio).

Apesar disso, esse perfil de atuação ao longoda cadeia do alumínio deve ser tomado apenascomo uma referência. A empresa pareceutilizar, com freqüência e relevância comercial,contratos de longa duração (long-term), nosquais a empresa, na prática, promove aterceirização e subcontratação de produção,tanto de sua capacidade operacional ou deoutras empresas em seu benefício. Isso reforçaainda mais sua condição de empresa quedetém atuação expressiva no mercado deminerais, porém especializada naintermediação comercial de produtores econsumidores de matérias primas, semi emanufaturados.

Essas distintas configurações econômicas dosgrupos e empresas identificadas como maioresprodutores mundiais de alumínio tornam-semais evidentes quando se observa a presençade cada uma delas em todas as fases dacadeia produtiva do alumínio. Pode-se aindaidentificar políticas distintas de suprimentos ede encadeamento do fluxo produtivo dasempresas.

A seguir daremos tratamento especial aoestudo da inserção da Alcoa e da Alcan nosegmento do alumínio.

Organização e atuação mundial da Alcoa

Atuação global por segmentos e localização geográficaEm meados de 1880, o alumínio ainda era ummetal semiprecioso tão escasso quanto aprata. Inspirado pelas aulas na faculdade dequímica, Charles Martin Hall desenvolveu aredução eletrolítica1 da alumina em seupequeno laboratório. Isso ocorreu no início de1886. O processo desenvolvido por Hall paraa obtenção de alumínio consistiu em mergulhara alumina numa solução de criolita e submetera solução a uma corrente elétrica. O metalobtido foi o alumínio puro. O processo deredução separa o alumínio do oxigênio,rompendo sua ligação iônica.

Feita a descoberta, Hall buscou financiamento

para iniciar a produção. Obteve-o junto a umgrupo de industriais de Pittsburg. O grupo deempreendedores e Hall formaram a PittsburgReduction Company. Em fins de 1888, a plantaproduzia os primeiros lotes de alumíniocomercial.

A preliminar ausência de clientes foicontornada ao longo do tempo, enquanto aempresa de Hall elaborava os primeirosartefatos comerciais de alumínio, tais comoutensílios de cozinha, fios elétricos, partes demotores etc. Em fins de 1893, o custo doalumínio produzido nas plantas de Hall era deUS$ 0,78 ante US$ 4,86 em 1888.

1 Ver Cadeia Produtiva do Alumínio

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Na primeira década do século XX a companhiajá possuía minas de bauxita no Arkansas, umarefinaria de alumina em Illinois e três smeltersde alumínio primário em Nova Iorque e noCanadá. Por essa época modificou-se o nomeda empresa para Aluminium Company ofAmerica. Após a internacionalização da suaprodução em meados da década de sessenta,o nome modificou-se para Alcoa.

No início da Segunda Guerra Mundial o custodo alumínio havia declinado para US$ 0,20. AGuerra trouxe expressivo estímulo àsoperações da empresa. Dobraram-se asquantidades demandadas de alumínio. Ogoverno norte-americano financiou a expansãoda companhia. Após o fim da Guerra, asplantas novas construídas com o financiamentoestatal foram vendidas para firmasconcorrentes.

Durante a segunda metade do século XX, acompanhia promoveu a internacionalização dasua produção na esteira do expressivocrescimento no uso do alumínio em diversasindústrias.

O processo de redução eletrolítica do alumínio,descoberto por Charles Martin Hall, viabilizoua exploração comercial do alumínio, que setornou uma importante matéria prima paradiversos segmentos da indústria detransformação. Isso aconteceu em 1888. Umavez que empresas só se estruturam pelaviabilidade econômica do que pretendemproduzir, a descoberta da redução eletrolítica,etapa primordial da transformação da aluminaem alumínio, possibilitou a criação da AlcoaInc.

A Alcoa Inc. é a principal produtora mundialde bauxita, alumina, alumínio primário eprodutos de alumínio. Atua em diversossegmentos industriais e de prestação deserviços vinculados à utilização do alumínio,tais como transporte comercial, indústriaaeroespacial, construção civil, embalagens dealumínio, indústria automobilística, entreoutros. Atua inclusive na produção demaquinaria para a elaboração e tratamento demarketing de embalagens de alumínio.

Em 2002, a Alcoa Inc. contava com 127 milempregados em 350 unidades de produção ede comercialização, espalhadas em 37 países,inclusive no Brasil. Ainda em 2002, a empresaobteve faturamento de US$ 20,2 bilhões. Olucro líquido chegou a US$ 420 milhões.

A Alcoa Inc. está estruturada em oitosegmentos de atuação: Transporte comercial;

Embalagens e produtos para consumidores;Lingotes de alumínio, Edificação e construção;Alumina e Química, Aeroespacial, Automotivoe Componentes industriais (Anexo 1).

No segmento de Transporte Comercial, aAlcoa Inc. produz componentes para sistemaseletro-eletrônicos, alumínio, rodas de alumínioe acessórios para veículos de transportepesado, estruturas para motores,compressores e outros componentes, chapas,além de perfis e chicotes de alumínio. Ofaturamento desse segmento deriva das vendaspara a indústria automobilística, inclusive paratransporte comercial, e para a indústriaaeroespacial.

As expectativas da empresa para estesegmento estão pautadas nas projeções deaumento da utilização de alumínio emautomóveis de passeio na Europa e nos EUA.Em especial nos EUA, as expectativas demaiores faturamentos estão centradas no fatode que veículos de transporte leve (vans,utilitários e caminhões leves) absorveramparcela majoritária das vendas totais deveículos. Ultrapassam a parcela dos veículosde passeio, que usam menos alumínio emrelação aos veículos de transporte leve. Asplantas do segmento de Transporte Comercialestão presentes no Canadá, México, EUA,Venezuela, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália,Países Baixos, Noruega e Reino Unido.

Em relação aos segmentos de Produtos eServiços Aeroespaciais, a Alcoa Inc. produzbarras, tubos, folhas, formas de alumínio,superfícies, fuselagens, condutores térmicos,rodas e produtos forjados, rodas para trens depouso, gabinetes para turbinas, alças eferrolhos de alumínio para fixação, entre outrosprodutos. As plantas deste segmento estãofortemente concentradas nos EUA. No que dizrespeito às vendas para a indústriaaeroespacial, a empresa tem expectativas deque a China venha a ser o maior mercado(excluindo-se os EUA) de aviação comercialaté 2020.

O segmento de Produtos Automotivos possuiinterfaces com os de Transporte Comercial,em especial por produzir plantas, estruturas esistemas elétricos para automóveis. Masdistingue-se desse segmento pelos escritóriosde design automotivo. As plantas e escritóriosdesse segmento estão presentes no Canadá,México, EUA, Venezuela, Alemanha, Hungria,Irlanda, Itália, Noruega e Reino Unido.

A divisão de Embalagens e produtos para

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Gráfico 2 - Distribuição geográfica da produção de alumina da Alcoa Inc. (%). 2001 e 2002

Elaboração: DESEP/CUTFonte: World-Aluminium, relatórios anuais das empresas, US GeologicalSurvey e World Bureau of Metal Statistical.

consumidores produz injeção e compressãoplástica, embalagens de alumínio, garrafas deplástico, filmes, equipamentos para decoraçãode latas de alumínio, latas de alumínio, chapasde alumínio para a produção de latas parabebidas, garrafas plásticas, embalagens paracomida, embalagens flexíveis e máquinas paraembalagem, em especial máquinas deacabamento para latas de alumínio.

Nos últimos anos a Alcoa Inc. expandiu acapacidade produtiva desse segmento nassuas plantas da América Latina e da Ásia. Asplantas estão localizadas na Costa Rica,México, EUA, Argentina, Brasil, Chile,Colômbia, Peru, Alemanha, Hungria, PaísesBaixos, Rússia, Espanha, Barein, Japão eFilipinas.

A produção de alumina e de derivados químicos

da alumina está estruturada no segmento deAlumina e Química. A Alcoa Inc. é a maiorprodutora mundial de alumina, com 26,2% daprodução mundial em 2002, que foi de 49,8milhões de toneladas, segundo o World Bureauof Metal Statistical. Os produtos principaisdeste segmento são: bauxita para a produçãode alumina a ser utilizada no processamentode hidrocarbonetos; alumínio de alta pureza;pó de alumínio atomizado; alumina; e produtosquímicos baseados em alumina para refratários,cerâmica, abrasivos, plásticos e polímeros, etratamento de água. As plantas de Aluminae Química estão distribuídas na Jamaica,EUA, Brasil, Suriname, Alemanha, PaísesBaixos, Espanha, China, Índia, Japão,Cingapura, Austrália e Guiné. O Gráfico 1 e oGráfico 2 detalham a distribuição geográficada produção de, respectivamente, bauxita ealumina da Alcoa.

Gráfico 1 - Distribuição geográfica da produção de bauxita da Alcoa Inc. (%). 2001 e 2002

Elaboração: DESEP/CUT. Fonte: World-Aluminium, relatórios anuais das empresas, USGeological Survey e World Bureau of Metal Statistical.

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Com relação à bauxita, as minas de extraçãoestão concentradas na Austrália, com poucomenos da metade da produção total do grupo.Há duas plantas (minas) na África (Guiné eGana), cujos desenhos de joint ventures sãotraçados com grandes empresas públicas, emespecial na Guiné. O Brasil aparece com cercade 9% (1,7 milhões de toneladas) dacapacidade de produção, atrás da Jamaica edo Suriname.

A produção de alumina está mais concentradanos EUA. Como se verá, a produção dealumínio primário e mesmo de produtos dealumínio concentra-se nos EUA e no Canadá.Assim, a própria composição da cadeiaprodutiva do alumínio traduz a especializaçãogeográfica da produção. Os paísesindustrializados são o locus dos processos demaior agregação de valor. Os países emdesenvolvimentos emergem como fontes dematérias primas ou produtos semi-elaboradosde baixo valor agregado.

Desse modo, a transformação da bauxita emalumina ocorre principalmente nos EUA eAustrália. Secundariamente, no Brasil (7% dacapacidade de produção, o que corresponde a768 mil toneladas) e Jamaica.

A produção de alumínio primário está incluídano segmento de Lingotes de Alumínio. Olingote de alumínio é uma commodity compreço determinado internacionalmente. Em2001, a retração na oferta de energia elétricana costa ocidental dos EUA e o racionamentode energia elétrica no Brasil implicaram na

redução do volume produzido pela Alcoa Inc.nessas regiões. O lingote de alumínio é uminsumo utilizado pela própria Alcoa para aelaboração de produtos de maior valoragregado. Adiante, ao tratarmos dasestratégias da empresa, poderemos delinearas expectativas em relação a esse segmento.As plantas produtoras de alumínio primárioestão nos seguintes países: Canadá,Venezuela, EUA, Gana, Brasil, Itália, Noruega,Espanha e Austrália. A Alcoa Inc. concentrou14,2% da produção mundial de alumínioprimário em 2001, correspondente a 24,521milhões de toneladas (World Bureau of MetalStatistical).

O Gráfico 3 mostra a distribuição geográficada produção de alumínio primário da Alcoa.Mais da metade da produção está concentradano país de origem do capital. Outros 23%estão concentrados no Canadá. Apenas partemarginal da produção de alumínio primário édistribuída em outros países. Uma vez maisemerge a concentração dos processostecnológicos no país de origem do capital ouem países industrializados, particularmente naAmérica do Norte, que concentra 75% daprodução global da empresa.

Deve-se ressaltar que, excluída a produção dealumínio primário da América do Norte, o Brasil,com 6% da capacidade de produção do grupo,o que representa 244 mil toneladas, disputaposições de liderança com a Austrália eEspanha. Já no segmento de alumina aAustrália divide a liderança mundial da produçãodo grupo com os EUA.

Gráfico 3 - Distribuição geográfica da produção de alumínio primário do grupo Alcoa Inc.(%).2001 e 2002

Elaboração: DESEP/CUTFonte: World-Aluminium, relatórios anuais das empresas, US Geological Surveye World Bureau of Metal Statistical.

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Gráfico 4 - Faturamento e receita líquida da Alcoa Inc.(US$ milhões correntes). 1992 - 2002.

Elaboração: DESEP/CUTFonte: www.alcoa.com

O segmento de Edificação e Construçãoprovê estruturas de alumínio para a construçãocivil, além de escritórios de design para aelaboração dessas estruturas. As fábricas eos escritórios de desenho estão presentes noCanadá, EUA, França, Alemanha, Hungria,Itália, Países Baixos, Polônia, Espanha eReino Unido. O período de crescimento darenda nacional norte-americana, após arecessão de 1991-92, deu fortes estímulos paraeste segmento. Em 2001 houve aumento de2,3% no total de casas em construção nosEUA. Tal valor é o maior em 15 anos.

O último segmento que compõe a Alcoa Inc. éo de Produtos Industrializados, que agregauma ampla gama de mercadorias relacionadasaos outros segmentos da empresa. As plantasestão distribuídas pelo Canadá, Costa Rica,México, EUA, Argentina, Brasil, Chile,Colômbia, Peru, Suriname, Venezuela,Bélgica, República Tcheca, França, Alemanha,Hungria, Irlanda, Itália, Países Baixos,Portugal, Rússia, Espanha, Reino Unido,China, Índia, Japão, Filipinas, Cingapura,Marrocos e Austrália.

O faturamento global da Alcoa Inc. chegou aUS$ 20,3 bilhões em 2002, o terceiro anoconsecutivo de queda nas vendas (Gráfico 4).A distribuição do valor total das vendas,segundo os segmentos, está disposta naTabela 21. Observa-se que pouco menos dametade do faturamento global deriva dossegmentos de Embalagens e produtos para

consumidores e de Transportes (automotivoe comercial). Cada um contribui com 24,6% e25,1%, respectivamente. Processos dedistribuição dos produtos representam 15% dofaturamento. O segmento de Química eAlumina contribui com 24,3% das vendas. Ode Lingotes de Alumínio, no qual estáalocada a produção de alumínio primário,concentra 24,3% do faturamento (Tabela 21).

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Tabela 21 - Distribuição do faturamento segundo os segmentos da estrutura da Alcoa. (US$bilhões correntes e %). 2002.

Elaboração: DESEP/CUTFonte: www.alcoa.com

Em concordância com a distribuição geográficadas plantas da Alcoa Inc., constante do Anexo2, a maior parte do faturamento no ano de 2002está concentrada nos EUA, com cerca de 63%.

Tabela 22 - Distribuição do faturamento segundo as áreas geográficas de atuação da Alcoa. 2002

Elaboração: DESEP/CUTFonte: www.alcoa.com

A Europa gera 21% do faturamento. Ásia eOceania produzem juntas 8% do faturamento,mesmo percentual do Canadá e da AméricaLatina (Tabela 22).

Principais empresas e presença nos mercados mundiais

Dado o escopo deste estudo, centramos nossofoco nos segmentos de Alumina e Químicae de Lingotes de Alumínio. O primeirosegmento refere-se à rede mundial da AlcoaInc. de produção de alumina a partir daextração de bauxita. A alumina produzida étransferida para unidades da própria Alcoa Inc.(inclusive às unidades de produtos químicos)ou vendida para outras empresas. Pouco maisda metade da produção de alumina é vendidapara outras empresas e o restante é utilizadopela própria Alcoa Inc. (proporções para 2000e 2001). Os produtos das unidades químicasda Alcoa são utilizados na produção deabrasivos, refratários, elementos de cerâmica,entre outros. Logo, trata-se de um segmentobásico, já que fornece a matéria prima

primordial do espectro de produtos elaboradospela empresa.

A participação da Alcoa Inc na produçãomundial de alumina pode ser observada naTabela 23. Verifica-se que a empresa concentra26% da produção mundial de alumina em 2002.Esses valores indicam que o mercado mundialde alumina, ao contrário do mercado mundialde lingotes de alumínio, ruma para umaestrutura oligopolística no qual a Alcoa Inc.insere-se como líder e a Chinalco (China) e aAlcan como empresas seguidoras econcorrentes. Os valores indicados na Tabela23 denotam, desde logo, a importância relativada Alcoa Inc. e da Alcan, bem como ajustificativa para seu estudo.

Segmento Valor Participação(US$ bi) (%)

Transporte (automotivo e comercial) 5,1 25,1Embalagens e produtos para consumidores 5,0 24,6Distribuição e outros 3,1 15,3Edificação e Construção 2,2 10,8Alumina e Química 4,9 24,3Total 20,3 100,0

Área Geográfica Participação %EUA 63Europa 21Pacífico (Ásia e Austrália) 8Canadá a América Latina e Outros 8

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Tabela 24 - Principais empresas da Alcoa do segmento de Alumina e Química

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: Anexo 21 - Encerrou suas operações em 2001

Tabela 23 - Produção mundial da alumina e produção de alumina de grupos selecionados.(mil t e %). 1998 – 2002

Elaboração: DESEP/CUTFonte: World-Aluminium, relatórios anuais das empresas, US Geological Survey e WorldBureau of Metal Statistical.* Para 2001 capacidade de produção.** Entre 1998 e 2000, capacidade de produção.*** Para 2001 agrega a aquisição da VAW, finalizada em janeiro de 2002

As principais empresas da Alcoa Inc. queatuam nesse segmento estão alinhadas naTabela 24. As plantas estão geograficamente

Grupos Produção (mi t) Participação (%)1998 1999 2000 2001 2002 1998 1999 2000 2001 2002

Alcoa 12.938 13.273 13.968 12.527 13.027 27,3 28,2 28,3 25,8 26,2Chinalco Nd Nd Nd 4.900 Nd Nd Nd Nd 10,1 NdAlcan* 5.013 3.991 3.941 4.170 4.300 10,6 8,5 8 8,6 8,6BHP Billiton** 1.750 1.800 2.000 2.940 4.043 3,7 3,8 4,1 6,1 8,1Kaiser Nd 2.094 1.927 2.583 Nd Nd 4,5 3,9 5,3 NdRusal Nd 1.756 1.989 2.246 2.657 Nd 3,7 4 4,6 5,3Hydro**** 578 530 898 1.070 1.120 1,2 1,1 1,8 2,2 2,2CVRD 719 768 819 808 859 1,5 1,6 1,7 1,7 1,7Total Mundial 47.400 47.000 49.300 48.488 49.785 100 100 100 100 100

dispersas, mas do ponto de vista dacapacidade de produção de alumina, háconcentração na Austrália e nos EUA.

Localização EmpresaJamaica/América do Norte Alcoa Minerals of Jamaica LLCEUA/América do Norte e Central Alcoa World Alumina LLC.EUA/América do Norte e Central St. Croix Alumina LLC 1

Brasil/América do Sul Alcoa Alumínio S.A.Brasil/América do Sul Comércio de Alumínio do MaranhãoBrasil/América do Sul Mineração Rio do Norte S.A.Suriname/América do Sul Suriname Aluminium Company LLCAlemanha/Europa Alcoa Chemie GmbHPaíses Baixos/Europa Alcoa Chemie Nederland BVPaíses Baixos/Europa Alcoa Moerdijk BVEspanha/Europa Alúminia Española S.A.China/Ásia Qingdao Alcoa Co. Ltd.Índia/Ásia Alcoa-ACC Industrial Chemicals LimitedJapão/Ásia Alcoa Kasei LimitedJapão/Ásia Moraico LimitedCingapura/Ásia ACAP Singapore Pte Ltd.Guiné/África Halco Inc.Austrália/Oceania Alcoa World Alumina - AustraliaAustrália/Oceania Australian Fused Materials Pty Limited

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O segmento de Lingotes de Alumínio recebealumina do segmento de Alumina e Químicae produz lingotes de alumínio ou alumínioprimário. O pó de alumínio e as farpas dealumínio, entre outros derivados, sãotransferidos para outras unidades da Alcoa Inc.e/ou revendidos para clientes, comerciantes.São ainda negociados nos mercados dealumínio primário, o qual, como já foi dito, está

estruturado sob a forma de concorrênciainternacional, com os preços definidos na Bolsade Londres. A produção de alumínio primárioestá distribuída nas plantas da Alcoa pelomundo. A Tabela 25 mostra as principaisempresas, bem como a localização geográficadas plantas da Alcoa Inc., responsáveis pelatransformação da alumina em alumínioprimário.

Tabela 25 - Principais empresas da Alcoa do segmento de Lingotes de Alumínio

Localização EmpresaCanadá/América do Norte e Central Aluminiere Lauralco Inc.Canadá/América do Norte e Central Alumiere de Bécancour Inc.Canadá/América do Norte e Central Alumiere de Baie-Corneau Inc.EUA/América do Norte e Central Eastalco Aluminium CompanyBrasil/América do Sul Alcoa Alumínio S.A.Brasil/América do Sul Comércio de Alumínio do MaranhãoSuriname/América do Sul Suriname Aluminium Company LLCItália/Europa Alcoa Italia SpANoruega/Europa Elken Aluminium ANS1

Espanha/Europa Alúminia Española S.A.Espanha/Europa Alcoa Inespal S.A.Austrália/Oceania Alcoa World Alumina – AustraliaAustrália/Oceania Australian Fused Materials Pty Limited

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Anexo 21 - A Alcoa adquiriu 40% do controle acionário no início de 2002.

A participação relativa da Alcoa na produçãomundial de alumínio primário pode ser vista naTabela 26. À semelhança do mercado dealumina, a Alcoa detém a liderança mundial,seguida pela Rusal e Alcan. Pode-se observar

ainda que a Alcoa amplia ainda mais suaposição na oferta mundial de alumínio primárioentre 1998 e 2002, sofrendo um pequeno refluxoem 2001, em decorrência das crises na ofertade energia na costa oeste dos EUA e no Brasil.

Tabela 26 - Produção mundial de alumínio primário e de grupos selecionados. (mil t e %).1998 – 2002

Elaboração: DESEP/CUTFonte: World-Aluminium, relatórios anuais das empresas e US Geological Survey*Para 2001 agrega a aquisição da VAW, finalizada em janeiro de 2002.** Entre 1998 e 2000, capacidade de produção.

Grupos Produção (mi t) Participação (%)1998 1999 2000 2001 2002 1998 1999 2000 2001 2002

Alcoa 2.471 2.851 3.539 3.488 3.500 10,9 12,1 14,7 14,2 16,5Rusal Nd 2.360 2.416 2.459 2.544 Nd 10 10,1 10 12Alcan 1.481 1.518 1.562 2.042 2.238 6,6 6,4 6,5 8,3 10,6Hydro* 736 746 762 1.400 1.562 3,3 3,2 3,2 5,7 7,4Pechiney Nd 1.122 1.122 1.140 1.163 Nd 4,8 4,7 4,6 5,5BHP Billiton** 890 910 890 984 1.047 3,9 3,9 3,7 4 4,9CVRD 719 768 819 808 859 1,5 1,6 1,7 1,7 1,7Total Mundial 22.600 23.600 24.000 24.521 21.199 100 100 100 100 100

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Por último, é possível observar, por meio daTabela 27, um movimento geral dos processosde alianças e de aquisições da Alcoa Inc.Alguns eventos parecem indicar que a estratégiaempresarial está centrada em, de um lado,reforçar sua capacidade de produção de alumínioprimário e, de outro, expandir ainda mais suasoperações nos segmentos automotivo,aeroespacial e de embalagens. A Ásiaconcentra parte expressiva das iniciativas de

fusões e aquisições em 2000 e 2001.

Em especial no Brasil é possível identificar ummovimento de expansão em 2000, direcionadoao segmento de embalagens e de latas dealumínio. Em 2001 as ações da Alcoa no Brasilvoltaram-se para a consolidação de oferta deenergia elétrica para as plantas da Alumar e daAlcoa Alumínio S.A. em Poços de Caldas (MG),por meio da participação da Alcoa em consóciosde construção de usinas hidrelétricas.

Tabela 27 - Processos de aliança e de aquisições da Alcoa.2000 - 2002

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2002)Empresa/ Localização Richwood Building Products/ EUAProdutos Insumos para a construção civil

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2002)Empresa/ Localização Engineered Plastic Components Inc./EUAProdutos Modelos de alta precisão para a indústria automobilísticaObservações A aquisição ocorreu mediante a compra de 50% das ações

anteriormente detidas pela Plastics Management, Inc.

Natureza da Operação (Ano) Expansão de Controle Acionário (2002)Empresa/ Localização Shibazaki Seisakusho Ltd./JapãoProdutos Vedamentos para embalagensObservações A Alcoa elevou sua participação acionária na Shibazaki Seisakusho

Ltd. de 50,5% para 95,9%.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2002)Empresa/ Localização Dooray Air Metal Co Ltd./ Coréia do SulProdutos Usinas para produtos extrudados utilizados na Indústria

Aeroespacial.Expectativas Aquisição da única planta com essas características na Coréia do Sul

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2002)Empresa/ Localização Fairchild Fasteners/EUAProdutos Sistemas de Presilhas para a Indústria AeroespacialExpectativas Ampliar a competitividade e a profundidade técnica do segmento de

produtos aeroespaciais da Alcoa

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2002)Empresa/ Localização Ivex Packing Corp/EUAProdutos Produtos Plásticos para embalagensExpectativas Ingressar no mercado de plásticos para embalagens

Natureza da Operação (Ano) Aliança (2001)Empresa/ Localização Aluminum Corporation of China Ltd. (Chalco)/ ChinaProdutos Alumina e Alumínio PrimárioExpectativas O mercado chinês de alumínio é o que tem a maior taxa mundial de

crescimento. Presença da Alcoa na produção de alumina ealumínio primário viabiliza novas expansões de outros segmentosda empresa na China. Expectativa de novas Joint-ventures naChina.

Observações A aliança refere-se à compra de 50% da fábrica de Pingguo.

Natureza da Operação (Ano) Acordo de Fornecimento (2001)Empresa/ Localização Siemens/ Alemanha e Boeing/ Reino UnidoProdutos Fornecimento de alças e artigos de alumínio para motores à turbina.

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Natureza da Operação (Ano) Participação em projetos de energia hidrelétrica (2001)Empresa/ Localização Machadinho, Santa Isabel, Barra Grande e Serra do Falcão/ BrasilProdutos Alumina, alumínio primário, chapas, folhas, plantas, formas e

estruturas de alumínio.Expectativas A Alcoa Alumínio S.A. adquiriu 27,23% da energia gerada pela

usina de Machadinho e começou a receber suas quotas deenergia em 2002. Participou também do consórcio vencedor paraa construção da usina de Santa Isabel. A Alumínio detém 20% dasações. Espera-se que a usina de Machadinho seja responsávelpor 55% da energia utilizada pela planta de Poços de Caldas(MG). A expectativa é de que a usina de Santa Isabel oferte 30%da energia utilizada pela Alumar. A Alcoa Alumínio S.A. detém35,30% das cotas da usina de Barra Grande, que entrará emoperação em 2005. Espera-se que a usina oferte energia para aplanta da Alumar e para a planta da Alcoa Alumínio S.A..em Poçosde Caldas. A participação da Alcoa Alumínio S.A. na construção dausina de Serra do Falcão implica em 26% da necessidade deenergia da planta da Alumar. A usina funcionará em 2005.

Natureza da Operação (Ano) Aliança (2001)Empresa/ Localização Nilkamal Plastics Group of Mumbai/ ÍndiaProdutos Invólucros e embalagens plásticas para bebidas.Expectativas Construção de uma fábrica de embalagens plásticas na fronteira

entre Nepal e Índia.

Natureza da Operação (Ano) Aliança (2001)Empresa/ Localização BHP Billiton/ EUA e CanadáProdutos Distribuição de metaisExpectativas A joint-venture (50%-50%) resultou na criação da Named Integris

Metals. Esperam-se receitas anuais superiores a US$ 2 bilhões.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2001)Empresa/ Localização Korea Packing System/ Coréia do SulProdutos Embalagens plásticas para bebidas.Expectativas A Macro Corp. Alcoa adquiriu 51% das ações da Korea Packing

System, rebatizando-a de Alcoa CSI Korea. A empresa é lídernacional no segmento de embalagens plásticas para bebidas.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2001)Empresa/ Localização Elken ASA/ NoruegaProdutos Alumínio primário e silícioExpectativas A Alcoa adquiriu 40% das ações da Elken ASA e fez oferta para a

aquisição do restante das cotas, a ser aprovada pelo governonorueguês. A Elken ASA é a segunda maior produtoranorueguesa de alumínio primário e a maior produtora mundial demetal de silicone.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2001)Empresa/ Localização Dooray Air Metal Co./ Coréia do SulProdutos Alumínio PrimárioExpectativas A aquisição da Dooray representa a penetração da Alcoa no

mercado coreano de alumínio.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2001)Empresa/ Localização Reynolds-Lemmerz Industries/ EUAProdutos Rodas de alumínioExpectativas A Alcoa adquiriu as plantas da Reynolds-Lemmerz por meio da

compra dos 25% de ações restantes da empresa.

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Elaboração: DESEP/CUTFonte: Relatórios anuais 2000, 2001 e 2002.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2001)Empresa/ Localização Siemens VDO Automotive AG/ AlemanhaProdutos Fios e sistemas elétricos e eletrônicos para automóveisExpectativas A AFL Telecommunications adquiriu quatro plantas da Siemens na

Alemanha e se tornará a principal fornecedora da Volkswagen AG.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2001)Empresa/ Localização Preferred Machinery Corp./ EUAProdutos Manufatura de máquinas e equipamentos para embalagens de

bebidas.

Natureza da Operação (Ano) Venda (2001)Empresa/ Localização Alcoa Fios e Cabos Elétricos/ BrasilProdutos Fios e cabos elétricosExpectativas A Alcoa vendeu 40% de sua parte na empresa para sua co-

proprietária, a Phelps Dodge.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2000)Empresa/ Localização British Aluminium Ltd. /Reino UnidoProdutos Formas, folhas e estruturas de alumínioExpectativas Fortalecimento no mercado britânico e europeu de alumínio. A

operação envolveu não somente a aquisição de ativos produtivos,como também escritórios de distribuição espalhados pelo ReinoUnido. A empresa adquirida emprega 1.500 funcionários e tevereceitas de US$ 360 milhões em 1999.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2000)Empresa/ Localização C-KOE Aluminium Inc./ EUAProdutos Alumínio primário em lingotes para produtos químicos e de metais.Expectativas A empresa adquirida agregou-se à divisão de metais primários da

Alcoa.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2000)Empresa/ Localização ConAgra, Inc´s Arrow Industries DivisionProdutos Sacos plásticos para embalagem de alimentos

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2000)Empresa/ Localização Itaipava Embalagens Flexíveis Ltda. / BrasilProdutos Latas de alumínio e embalagens de alumínio para consumo.Expectativas A Alcoa Alumínio S.A. comprou a referida empresa, que converte

cerca de 12 mil toneladas de alumínio em latas e embalagens paraconsumo.

Observações Trata-se da segunda aquisição da Alcoa em 2000 no segmento deembalagens no Brasil. A primeira foi em maio de 2000, quedecorreu da aquisição da Reynolds pela Alcoa. Isso implicou naaquisição dos 25% das cotas que a Reynolds detinha da Latasa, amaior produtora brasileira de latas de alumínio.

Natureza da Operação (Ano) Aquisição (2000)Empresa/ Localização MCG Closurers Ltd /Inglaterra, Itália e Países BaixosProdutos Invólucros plásticos

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Organização e atuação da Alcoa no BrasilA Alcoa Inc. atua no Brasil desde 1965. Em2001 empregava cerca de 5.162 funcionários(Revista Exame, Maiores e Melhores/2002) eproduzia, em 13 unidades fabris, alumina,alumínio primário e produtos de alumínio. Alémda Alcoa Alumínio S.A., a Alcoa Inc. tem outrasempresas no país: Alcoa Fios e Cabos ElétricosS.A., Companhia Geral de Minas, MecesaEmbalagens Plásticas S.A., AFL do Brasil Ltda,além da participação na Mineração Rio do Norte,ampliada após a aquisição da Reynolds2.

O perfil de inserção da Alcoa no Brasilcaracteriza-se pela presença em todos ossegmentos da cadeia do alumínio. Segundodados da ABAL (Associação Brasileira doAlumínio), a empresa ocupa a liderança naprodução de alumina (23,4% da produçãonacional de 3,5 milhão de toneladas), alumínioprimário (21,5% da produção nacional de 1,1milhão de toneladas) e produtos de alumínio(exceto no sub-segmento de embalagens). Alémdisso, a Alcoa ocupa a terceira posição no

2 Com a aquisição da Reynolds a participação acionária da Alcoa na Mineração Rio do Norte passoude 8,50% para 13,13%.

ranking nacional de produção de bauxita, com15,4% do total de 13,2 milhões de toneladas.

Com exceção da América do Norte, somentea Austrália detém perfil similar ao Brasil nacadeia global da Alcoa, ou seja, com atuaçãoem todos os segmentos. Apesar disso e dorelativo equilíbrio entre os diversos segmentos,especialmente entre alumina e alumínioprimário, o Brasil, assim como todos os paísesde industrialização tardia, detém participaçãopouco expressiva na fabricação de produtosde alumínio da empresa, especialmente nasáreas de fronteira tecnológica (indústriaautomobilística e aeroespacial).

A Tabela 28 mostra alguns indicadorescontábeis selecionados para determinadasempresas do grupo Alcoa. A Tabela 29descreve a composição acionária do GrupoAlcoa no Brasil, evidenciando que parcelasignificativa dos ativos da empresa está nasmãos da própria Alcoa Inc. norte-americana.

Tabela 28 - Indicadores contábeis para algumas empresas do Grupo Alcoa no Brasil (US$milhares). 2001*

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: Gazeta Mercantil (2002).* Exclui a AFL do Brasil por inexistência de informações** A Alcoa Alumínio S.A. desfez-se de 40% das ações dessa empresa, mediante venda para aco-proprietária, a Phelps Dogde. Os valores apresentados na Tabela não estão ponderadospor essa operação de venda.*** Indicadores ponderados pela participação acionária da Alcoa, contabilizando-se a parcelareferente a Reynolds, o que totaliza 13,13% das ações ordinárias da MRN.

Empresas Ativo Total Lucro Líquido Receita Líquida N.º depor Funcionário Funcionários

Alcoa Alumínio S.A. 1.115 76.070 94 5.162Alcoa Fios e Cabos Elétricos S.A.** 67.730 (2.095) 151 383Mecesa Embalagens Plásticas S.A. 2.604 196 52 46Mineração Rio do Norte*** 48.816 13.693 29 129Tamboré Embalagens S.A. 5.792 537 154 19Cia Geral de Minas 16.322 -9 17 20Total 1.256.393 88.392 499 5.759

Tabela 29 - Controle acionário do Grupo Alcoa no Brasil. (%). 2001

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Gazeta Mercantil (2002)* Total 98% - 2% pulverizados

Empresas Particip. Acionária (%)*Alcoa Brazil Holdings (EUA) 58%Construt. Com. Camargo Correa (BRA) 28%Trelawney Inc. (EUA) 12%

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Organização e atuação mundial da AlcanAtuação global por segmentos e localização geográficaA Alcan Inc. é a segunda maior empresa dealumínio do mundo, detendo a terceira posiçãona produção de alumínio primário, com 10,6%da produção mundial, e a segunda posiçãomundial em produtos de alumínio. Em 2002 aempresa obteve faturamento de US$ 12,5bilhões, empregando cerca de 48.000 pessoasem 38 países. A empresa é de capitalcanadense, mas com ações negociadas nasbolsas de Nova Iorque, Montreal, Londres,Genebra e Sidney. A Alcan está estruturadaem quatro grandes áreas de atuação:

- Metais Primários;- Fabricação de Alumínio América e Ásia;- Fabricação de Alumínio Europa e- Embalagens.

O Anexo 3 apresenta a distribuição geográficadas plantas responsáveis pelos principaisgrupos de produtos da Alcan Inc. Ao longodeste tópico apresentamos as quatro divisõesda empresa, com especial atenção para osegmento de Metais Primários. O Quadro 1descreve os ativos da empresa em dezembrode 2001. O Gráfico 5 apresenta a evolução dofaturamento bruto e da receita líquida entre1991 e 2001.

A Alcoa Alumínio S. A. insere-se no segmentode alumínio e artefatos. Nele a empresa é lídernacional em geração de receita líquida.Contudo, quanto à produtividade, a empresadetinha em 2001 uma receita líquida porfuncionário de US$ 94.000. No mesmo ano aAlcan, concorrente da Alcoa no mercadomundial de alumínio primário, apresentou umaprodutividade de US$ 128.000. Além da Alcan,a Alcoa Alumínio concorre no mercado nacionalcom a Albras S.A., CIA Brasileira de Alumínio

Tabela 30 - Localização das fábricas da Alcoa Alumínio S.A. e seus principais produtos.

Elaboração: DESEP/CUTFonte: www.alcoa.com.br

S.A., Billiton S.A., Valesul S.A., entre outras.

A Tabela 30 mostra uma radiografia completada Alcoa Alumínio S.A. no Brasil, indicandoas localidades das fábricas e seus principaisprodutos. No Brasil, a empresa segue amesma estrutura mundial, ou seja, a AlcoaAlumínio S.A. também possui plantas deembalagens flexíveis, produtos químicosderivados do alumínio, além da produção doalumínio primário e da alumina, por meio daredução da bauxita.

Fábrica/Empresa Localização Principais ProdutosAFL do Brasil Ltda. Itajubá (MG) Chicotes elétricosAlcoa Alumínio S.A. Poços de Caldas (MG) Alumínio primário, pó de alumínio, alumina e

produtos químicosAlcoa Alumínio S.A. Alphaville (SP) Tampas, preformas e garrafas plásticasAlcoa Alumínio S.A. Salto (SP) Carboneto de silício e alumina eletrofundidaAlcoa Alumínio S.A. Santo André (SP) Extrudados de alumínioAlcoa Alumínio S.A. São Caetano do Sul (SP) Extrudados de alumínioAlcoa Alumínio S.A. Sorocaba (SP) Extrudados de alumínioAlcoa Alumínio S.A. São Paulo (SP) Embalagens flexíveisAlcoa Alumínio S.A. Lages (SC) Tampas, preformas e garrafas plásticasAlcoa Alumínio S.A. Tubarão (SC) Extrudados de alumínioAlcoa Alumínio S.A. Itapissuma (PE) Extrudados de alumínio, folhas, chapas,

evaporadores, telhas e tampas plásticas,garrafas PET

Consórcio Alumínio do Maranhão São Luís (MA) Alumínio primário e aluminaAlcoa Alumínio S.A. Queimados (RJ) Preformas de plásticoMineração Rio do Norte Oriximiná (PA) Mineração de bauxitaCIA Geral de Minas Poços de Caldas (MG) Mineração de bauxitaAlcoa Alumínio S.A. São Paulo (SP) Escritório central

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Quadro 1 - Ativos mundiais da Alcan em dezembro de 2002

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Alcan Facts (2001)

� 48.000 funcionários� 7 jazidas de bauxita� 5 refinarias de alumina� 16 refinarias de alumínio primário� 27 unidades produtoras de chapas e folhas� 47 plantas de produtos planejados� 76 fábricas de embalagem

Gráfico 5 - Faturamento bruto e receita líquida. Alcan. (US$ milhões). 1991-2002. Valoresentre parêntesis indicam prejuízo

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Alcan Facts (2001)

A divisão de Metais Primários engloba aextração de bauxita, refino de alumina, geraçãode energia elétrica, além de produtos dealumínio primário na forma de lingotes dealumínio, produtos extrudados etc.

A extração de bauxita ocorre em sete minasem cinco países (Brasil, na Mineração Rio doNorte com 12,5% de participação; Guiné,

Gana, Austrália e Jamaica). Em 2002, a Alcanextraiu 10,3 milhões de toneladas de bauxita.O Gráfico 6 descreve a distribuição geográficada produção de bauxita da Alcan. Há forteconcentração na Austrália, a exemplo do quese observou para a Alcoa. Também àsemelhança da Alcoa, há minas em Gana ena Guiné. O Brasil aparece com cerca de 10%da produção de bauxita do grupo.

Gráfico 6 - Distribuição geográfica da produção de bauxita. Alcan. (%). 2001 e 2002

Elaboração: DESEP/CUTFonte: World-Aluminium, relatórios anuais das empresas, US

Geological Survey e World Bureau of Metal Statistical

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Gráfico 7 - Distribuição geográfica da produção de alumina. Alcan. (%).2001 e 2002

Elaboração: DESEP/CUTFonte: World-Aluminium, relatórios anuais das empresas, US Geological Survey e World Bureau ofMetal Statistical

A produção de alumínio primário estádisposta em 16 smelters por 7 países(Canadá, Brasil, Islândia, Noruega, Suíça,Re ino Un ido e Es tados Un idos) . Aprodução de alumínio primário chegou a2,4 milhões de toneladas em 2002. Os

principais gêneros de produtos oriundosdo alumínio primário são l ingotes dealumínio e formas de alumínio extrudados.A Tabela 31 indica as plantas de refino eprodução de alumínio primário da Alcan,bem como a capacidade de produção.

Em 2002, a Alcan produziu 4,3 milhões detoneladas de alumina. As plantas de refinoestão presentes no Canadá, Brasil, Austráliae Reino Unido. A planta em Jonquière, Quebec,produz alumina e químicos especiais. Produtosquímicos especiais a partir da alumina tambémsão elaborados pela refinaria de Burtisland, naEscócia (Reino Unido). As refinarias dealumina no Brasil estão em Ouro Preto(Saramenha) e em São Luís (Alumar). Toda aalumina refinada e produzida nas plantas doCanadá e do Brasil é utilizada pela própria Alcannesses países na produção de alumínioprimário. O Gráfico 7 detalha a distribuiçãogeográfica da produção de alumina do grupo.Observa-se que, assim como a extração debauxita, a Alcan concentra parcela consideráveldo refino de alumina na Austrália. Da mesmaforma que a Alcoa, o refino de alumina aconteceno país de origem do capital. Neste caso, oCanadá, que é a segunda maior base deprodução de alumina do grupo.

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Tabela 31- Refinadoras e produtoras de alumínio primário da Alcan

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Alcan Facts (2001)

Cerca de metade da produção de alumínioprimário da Alcan é vendida para outrasempresas. O restante é utilizado pelaprópria Alcan na fabricação de produtos demaior valor agregado a partir do alumínioprimário. Tais produtos são elaborados nosoutros segmentos da Alcan, dos quaiscomeçamos a tratar agora. O Gráfico 8detalha a distr ibuição geográf ica da

Localidades Capacidade de produção(mil toneladas)

CanadáArvida (Jonquière) 248Grande-Baie (La Baie) 196Lanterrière (Chicoutimi) 219Shawinigan (Quebec) 91Alma (Alma) 400Beauharnois (Melocheville) 50Kitimat (Columbia Britânica) 277BrasilOuro Preto (MG) 51Aratu (BA) 58IslândiaIsal 168NoruegaSoeral 62SuíçaSteg 36Reino UnidoLynemouth 160Lochaber 40EUASebree 196Total 2.252

produção de alumínio primário do grupo. Àsemelhança da Alcoa, as plantas e suaprodução estão concentradas no país deorigem do capital (65%).

As tabelas 32 e 33 descrevem o fluxo produtivoda empresa, envolvendo a utilização dabauxita, alumina e alumínio primário em todasas suas unidades.

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Tabela 33 - Interação entre o refino de alumina e refinadoras de alumínio primário na Alcan

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Alcan Facts (2001)

Tabela 32 - Interação entre a extração de bauxita e o refino de alumina na Alcan

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Alcan Facts (2001)1 - Toda a alumina produzida no Brasil pela Alcan tem como matéria prima bauxitaextraída no país pela própria empresa.

Gráfico 8 - Distribuição geográfica da produção de alumínio primário. Alcan. (%). 2001 e 2002

Elaboração: DESEP/CUTFonte: World-Aluminium, relatórios anuais das empresas, US Geological Survey e World Bureau ofMetal Statistical

Mina de bauxita Encaminhamento da bauxita extraídaBrasil (Mineração Rio do Norte - 12,5% de participação) Refinaria de Jonquiére em Quebec,

Refinaria Saramenha em Ouro Preto eRefinaria Alumar em São Luís1

Guiné (Compagnie des Bauxites de Guinée) Refinaria de Jonquiére em QuebecGana (Ghana Bauxite Company Limited) Refinaria de Jonquiére em Quebec

Refinaria de Burntsland na Escócia eVendas externas

Austrália (Gove Complex e Comalco Limited) Refinaria de Gove eQueensland Alumina Limited

Fonte da alumina Refinadora de aluminaRefinaria Saramenha em Ouro Preto Saramenha em Ouro Preto ee Refinaria Alumar em São Luís Aratu na BahiaRefinaria de Jonquiére em Quebec Jonquière, Arvida,

Gande-Baie, Lanterrière,Shawinigan, Alma, Beauharnois

e Kitimat, todas no CanadáRefinaria de Burntsland na Escócia A produção desta refinaria é concentrada

em produtos químicos pautados em aluminaAustralian Alumina (Gove Complex e Gladstone) Kitimat Refinadora no Canadá

e Isal Refinadora na Islândia e compras externasCompras externas da Irlanda Refinadoras no Reino Unido, Noruega e SuíçaCompras externas da Jamaica Refinadoras no Canadá e nos EUA

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O núcleo de Fabricação de AlumínioAmérica e Ásia e de Fabricação deAlumínio Europa provê produtos de alto valoragregado a partir do alumínio primário paradiversos segmentos industr iais e daconstrução civil. Dentre os segmentosindustriais para os quais a Alcan ofereceseus produtos estão a indústr iaautomobilística, a de bens de capital e a deembalagens. Além disso, as estruturas dealumínio pr imário, produzidas nestesegmento, também são utilizadas pelaconstrução civil. No Anexo 3 é possívelobservar a distribuição espacial do segmento.

Dentro desses segmentos estão os

Principais empresas e presença nos mercados mundiais

Como afirmado anteriormente, a Alcan ocupaa vice-liderança mundial na indústria doalumínio. A consolidação dessa posição estávinculada à presença da empresa em toda acadeia produtiva. Por meio da Tabela 34 épossível observar a participação relativa daAlcan na produção mundial de alumina. Nota-se que a Alcan ocupa a segunda posiçãomundial (a ausência de dados para aChinalco pode superestimar a colocaçãorelativa da Alcan na produção mundial daalumina). Além disso, a Alcan tem comocompetidoras globais neste segmento aKaiser e a BHP Billiton.

A Alcan ocupa a terceira posição na ofertaglobal de alumínio primário. Tem comoconcorrentes mais próximos a Rusal e a NorskHydro (Tabela 35). A Alcan exibiu maiordinamismo produtivo, se comparada à Rusal,mas ampliou-se a diferença em relação àAlcoa. Assim, embora a participação da Alcantenha se elevado de 6,6% em 1998 para 106% em 2002, a Alcoa aumentou suaparticipação no mercado mundial de alumínioprimário de 10,9% para 16,5% no períodoanalisado. Além disso, a Hydro, por meio daaquisição da VAW Aluminium, ampliou suaparticipação de 3,3% para 7,4% em 2002.

seguintes sub-segmentos: produtoscilíndricos, produtos de valor agregado porengenharia, reciclagem e automotivo. Dovolume total de alumínio produzido pelaAlcan, 90% são produtos cilíndricos (chapas,ligas, formas e lâminas de alumínio).

O segmento de embalagens dispõe de plantasno Canadá, EUA, Porto Rico, Brasil, França,Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda, Espanha,Suíça, Reino Unido, China, Cazaquistão eTurquia (Anexo 3). O segmento tem comoprincipais produtos embalagens para tabaco,produtos alimentícios, farmacêuticos ecosméticos a partir de alumínio, plásticos epapel, vidro e aço.

Tabela 34 - Produção mundial da alumina e produção de alumina de empresasselecionadas. (mil t e %). 1998 - 20021

Elaboração: DESEP/CUTFonte: World-Aluminium, relatórios anuais das empresas, US Geological Survey e WorldBureau of Metal Statistical.* Para 2001 capacidade de produção.** Entre 1998 e 2000, capacidade de produção.*** Para 2001 agrega a aquisição da VAW, finalizada em janeiro de 2002

Grupos Produção (mi t) Participação (%)1998 1999 2000 2001 2002 1998 1999 2000 2001 2002

Alcoa 12.938 13.273 13.968 12.527 13.027 27,3 28,2 28,3 25,8 26,2Chinalco Nd Nd Nd 4.900 Nd Nd Nd Nd 10,1 NdAlcan* 5.013 3.991 3.941 4.170 4.300 10,6 8,5 8 8,6 8,6BHP Billiton** 1.750 1.800 2.000 2.940 4.043 3,7 3,8 4,1 6,1 8,1Kaiser Nd 2.094 1.927 2.583 Nd Nd 4,5 3,9 5,3 NdRusal Nd 1.756 1.989 2.246 2.657 Nd 3,7 4 4,6 5,3Hydro**** 578 530 898 1.070 1.120 1,2 1,1 1,8 2,2 2,2CVRD 719 768 819 808 859 1,5 1,6 1,7 1,7 1,7Total Mundial 47.400 47.000 49.300 48.488 49.785 100 100 100 100 100

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Tabela 36 - Distribuição do faturamento do Grupo Alcan segundo seus segmentos. 2002.(US$ bilhões e %)

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Alcan Facts (2001)

Tabela 35 - Produção mundial de alumínio primário e de grupos selecionados. (mil t e %).1998 – 2002

Elaboração: DESEP/CUTFonte: World-Aluminium, relatórios anuais das empresas e US Geological Survey*Para 2001 agrega a aquisição da VAW, finalizada em janeiro de 2002.** Entre 1998 e 2000, capacidade de produção.

É importante ressaltar que o perfil de inserçãoda Alcoa Inc. e da Alcan Inc. no segmentomundial de alumínio possui alguma similitudeem relação ao maior foco sobre os produtosde alumínio. Trata-se do segmento da cadeiaem que a agregação de valor é superior aosestágios anteriores e que, portanto, demandamaior intensidade de utilização de tecnologiae mão-de-obra qualificada. Essa circunstânciaviabiliza a ambas as empresas uma específicaforma de consolidação de contratos deexpansão ou de construção de plantas dealumina e de smelters (usinas) de alumínioprimário. Tais contratos possibilitam aampliação de fornecedores, ao redor do mundo,de suprimentos de bauxita e especialmente

de alumina e alumínio primário. As duasempresas juntas detêm 68% do total produzidopelas sete maiores empresas do mundo nosetor de produtos de alumínio.

É possível ver i f icar o peso de cadasegmento no faturamento total da Alcan em2002 por meio da Tabela 36. Observa-se quecerca de 55% das recei tas estãoconcentrados no segmento de Fabricaçãode Alumínio América e Ásia, o qual éresponsável por parte expressiva daprodução de extrudados e transformadosde alumínio do grupo. O segmento demetais primários detém pouco menos de 1/4 das vendas totais do grupo em 2001.

Grupos Produção (mi t) Participação (%)1998 1999 2000 2001 2002 1998 1999 2000 2001 2002

Alcoa 2.471 2.851 3.539 3.488 3.500 10,9 12,1 14,7 14,2 16,5Rusal Nd 2.360 2.416 2.459 2.544 Nd 10 10,1 10 12Alcan 1.481 1.518 1.562 2.042 2.238 6,6 6,4 6,5 8,3 10,6Hydro* 736 746 762 1.400 1.562 3,3 3,2 3,2 5,7 7,4Pechiney Nd 1.122 1.122 1.140 1.163 Nd 4,8 4,7 4,6 5,5BHP Billiton** 890 910 890 984 1.047 3,9 3,9 3,7 4 4,9CVRD 719 768 819 808 859 1,5 1,6 1,7 1,7 1,7Total Mundial 22.600 23.600 24.000 24.521 21.199 100 100 100 100 100

Segmento US$ bilhões %Bauxita, alumina e químicos 0,4 3Lingotes de alumínio 2,5 20Produtos extrudados 5,3 42Produtos transformados 1,6 13Embalagens 2,8 22Total 12,6 100

Adicionalmente, a atuação na fabricação deprodutos de alumínio (extrudados etransformados) tem requerido odesenvolvimento de parcerias globais comempresas do setor aeroespacial,automobilística e de bens de capital. Isso

envolve custos compartilhados em P&D e atéo envolvimento direto das empresas dealumínio na fabricação de carrocerias ouchassi, partes, peças e componentesespecialmente de motor e transmissão. AHydro e a Pechiney são as principais

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concorrentes da Alcoa e da Alcan nestessegmentos intensivos em tecnologia e capital.A recente aquisição da empresa alemã VAWpela Norsk Hydro confere maior espaço nosegmento de alto valor agregado da cadeia doalumínio, especialmente no mercado europeu.

Deve-se destacar, ainda, que a Alcoa e a Alcan,seguidas pela concorrência da Hydro e

Pechiney, contam com expressivos valores devendas derivados de consultoria e vendas detecnologia de fabricação para as demaisempresas de alumínio do mundo,especialmente para a fabricação de alumínioprimário.

No Anexo 3 apresentamos uma relação dasprincipais empresas da Alcan.

Organização e atuação da Alcan no BrasilA Alcan está presente no Brasil desde 1940.Nesse ano a Alcan Aluminium LTDA fundouem São Paulo a Alumínio do Brasil S.A. -Alubrasil. A produção de alumínio, contudo,só teve início em 1948. A formação doconsórcio da Mineração Rio do Norte (PA)iniciou em 1974, com a Alubrasil integrando ogrupo. Apenas em 1989 a Alcan começou afabricar embalagens de alumínio no Brasil, pormeio da planta de Pindamonhagaba (SP).Naquele ano, a Alcan já estava presente emtodos os segmentos da cadeia produtiva doalumínio (extração de bauxita, refino dealumina, produção de alumínio primário,embalagens e reciclagem). Em 1997 a razãosocial da empresa passou a ser Alcan Alumíniodo Brasil Ltda. No mesmo ano, a Alcan adquiriu10% do controle acionário da Alumar (MA).

A Alcan está estruturada no Brasil por meiode unidades próprias de extração de bauxita,refino de alumina e fabricação de produtosacabados de alumínio primário.

A Mineração Rio do Norte (MRN) constitui-senum consórcio de empresas nacionais eestrangeiras na mineração de bauxita, no qual

a Alcan detém 12% das ações ordinárias.Parte da bauxita extraída pela Alcan édirecionada para o Canadá (Jonquière -Quebec). A MRN está localizada no PortoTrombetas (PA).

A Alumar - Consórcio de Alumínio do Maranhão- está localizada no distrito industrial de SãoLuís e faz refino de alumina. Em 1997, a Alcandetinha 10% das ações ordinárias da Alumar.

Em Aratu (BA) é produzido alumínio primário.A unidade está em pleno controle da Alcan. Acapacidade instalada é de 58 mil toneladas dealumínio primário por ano. Os principaisprodutos são placas e lingotes de alumínio.

A unidade de Ouro Preto (MG) engloba todo oprocesso do alumínio, da extração da bauxitaà produção de alumínio primário sob a formade lingotes, tarugos e placas. A capacidadede produção da unidade é de 51 mil toneladaspor ano.

Em Mauá (SP), região metropolitana de SãoPaulo, a Alcan fabrica embalagens flexíveis.Esta unidade é líder no mercado deembalagens para laminados para cigarros,produtos farmacêuticos etc.

Na região industrial do ABC paulista (SantoAndré, distrito de Utinga), a Alcan possui umaunidade produtora de laminados de alumínio queabastece a indústria automobilística da regiãoe a indústria de bens de consumo duráveis.

A unidade de Pindamonhangaba foi objeto domaior investimento em ampliação dacapacidade instalada em uma unidade fora doCanadá (US$ 370 milhões). O investimento decaráter estratégico permite a Alcan alcançaruma posição competitiva na oferta de laminadosde alumínio e na reciclagem do alumínio.

Por fim, a Alcan detém participação emunidades calcinadoras de petróleo para aobtenção de coque, uma matéria primanecessária no refino da alumina.

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Tabela 37– Principais empresas de alumínio do mundo – 2001

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Empresas (Relatórios Anuais e demais informações da Home Page dasEmpresas), US Geological e UNCTAD.*Produção calculada de acordo com a participação acionária da CVRD (Aluvale) naMineração Rio do Norte (MRN). Não está incluída a produção por equivalência acionáriaque a CVRD (Aluvale) detém na Mineração Vera Cruz (MVC).** Não inclui eventual produção da VAW Aluminium.

Posição relativa das empresas na cadeiaprodutiva e fontes de suprimentosNota-se na Tabela 37 que cerca de 54% dacapacidade instalada de produção de bauxitaconcentram-se na Alcoa, Rio Tinto, Alcan eBHP Billiton. Essas empresas possuemparticipações relativas em capacidade deextração mineral que oscilam de 17,2% a 9,8%.Deve-se salientar que a concentraçãogeográfica da produção e das reservas debauxita é superior à concentração dacapacidade instalada por grupos e empresas(tabelas 6 e 7).

Observa-se elevada participação relativa da RioTinto e BHP Billiton e, ao mesmo tempo,posição privilegiada da Alcoa e Alcan. Notam-se, ainda, posições destacadas da Kaiser, Suale CVRD em capacidade produtiva de bauxita.Em situação oposta está a baixa penetraçãoda Rusal, Pechiney, Hydro e Aditya Birla noinício da cadeia produtiva, se comparada àsdemais fases de produção do alumínio.

As posições dessas empresas na produção

de bauxita encontram relativa semelhança emsuas respectivas inserções na produçãomundial de alumina (Tabela 38). De fato, nota-se que entre as quatro maiores empresas, aAlcoa, Alcan e BHP Billiton mantêm asmesmas posições de liderança alcançadas embauxita. Porém a Chinalco eleva-se da 6a paraa 2a colocação mundial. Já a Rio Tinto, quedetém a vice-liderança em capacidadeinstalada na produção de bauxita, desloca-separa a 9a posição na produção mundial dealumina.

A Rusal, Pechiney e Hydro elevam suasparticipações na produção de alumina, secomparadas à inserção delas em bauxita. AKaiser e a Aditya Birla mantêm colocaçõesidênticas nas duas fases (5a e 12a posiçãomundial). Já a Sual e CVRD, além da Rio Tinto,perdem posições relativas na produção mundialde alumina frente às suas respectivascolocações em capacidade instalada debauxita.

Empresa Capacidade de produção % na produçãode bauxita (mil/ton/ano) mundial de bauxita

Alcoa 23.561,0 17,2Rio Tinto 19.960,0 14,6Alcan 17.195,0 12,6BHP Billiton 13.426,8 9,8Kaiser 6.340,0 4,6Chinalco 5.000,0 3,6Sual 4.760,0 3,5CVRD* 4.283,0 3,1Rusal*** 2.500,0 1,8Pechiney 2.480,0 1,8Hydro** 1.895,0 1,4Aditya Birla 1.550,0 1,1Sub-total (4) 74.142,8 54,2Sub-total (12) 102.950,8 75,1Produção Mundial 137.000,0 100,0

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As mudanças de posição entre as empresasna produção de bauxita e alumina, bem comoa participação relativa que as empresas detêmnessas duas fases da cadeia produtiva doalumínio (tabelas 37 e 38), sugerem políticasdiferenciadas de fontes de suprimentos debauxita para a produção de alumina.

De acordo com a World Aluminium (BNDES eAlcoa), para a produção de uma tonelada dealumina são necessárias em média 2,5toneladas de bauxita. Ao se adotar essecritério é possível identificar, de modoaproximado, as empresas que geramexcedentes de bauxita ou aquelas que sevoltam para o mercado com vistas a asseguraro volume necessário de bauxita para suasrefinadoras de alumina.

Deve-se observar, contudo, o critério que esteestudo adota para algumas empresas: sãoatribuídos volumes de produção ou capacidadeinstalada, de acordo com a posição acionáriados grupos e empresas de alumínio nas minas,refinadoras e usinas de alumínio primário. Essecritério pode resultar em relativa distorção dainserção desses grupos e empresas nas diversasfases da cadeia produtiva do alumínio, comogeradoras de excedentes ou consumidoraslíquidas. No entanto, são distorções poucorepresentativas, já que para a maioria daempresas foi possível obter sua capacidade deprodução ou volume de produção (envolve direitoscomerciais de longo prazos com acionistas),validando a utilização dos coeficientes produtivosde alumina e alumínio primário como pistas daspolíticas de suprimentos e de estratégiascomerciais das empresas por fases da cadeiaprodutiva do alumínio.

Desse modo, observa-se que as mineradoras(Rio Tinto, BHP Billiton e CVRD) tornam suasposições privilegiadas em bauxita em fontesrelevantes de operações comerciais com asdemais empresas que, entre outros aspectos,não são auto-suficientes em bauxita para aprodução de alumina. A rigor, essas empresasabsorvem percentual relativamente baixo desuas capacidades de produção de bauxita paraas necessidades de suprimentos de suasrefinadoras de alumina, embora suasnecessidades sejam crescentes ao longo dosúltimos anos.

Ao utilizar o critério mencionado, pode-seconcluir que as empresas que detêm, emtermos relativos, os maiores excedentes deprodução de bauxita são a Rio Tinto, CVRD,BHP Billiton, Alcan e Sual.

A Rio Tinto conta com excedente produtivode bauxita superior a 78,0% de suasnecessidades para a produção de alumina,seguida pela CVRD e BHP Billiton, com51,5% e 47,0%, respectivamente. Em valoresabsolutos, esses percentuais correspondema 15,56 milhões, 2,2 milhões e 6,3 milhõesde toneladas, respectivamente. Já a Sualgera excedente produtivo de bauxitaequivalente a 21,0% de seu consumomineral, resultando em pouco mais de 985mil toneladas.

A Alcan é a única empresa que, apesar deconcentrar seu foco de negócios nas fases àfrente da cadeia produtiva, detém excedenteprodutivo de bauxita superior a 39,0% de suasnecessidades para a produção de alumina emsuas refinarias.

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As indústrias que utilizam a produção debauxita de outras empresas para alimentarsuas refinadoras são a Glencore, Chinalco,Norsk Hydro, Rusal, Pechiney, Aditya Birla,Alcoa e, em menor proporção, a Kaiser.

A Glencore adquire 100,0% de suasnecessidades de bauxita, totalizando cerca de5,5 milhões de toneladas ao ano. Já naChinalco, Norsk Hydro, Rusal e Pechiney aproporção da compra de suprimentos debauxita na demanda global desse mineral variade 59,0% a 53%, resultando, no entanto, emvolumes de compras muito diferenciados. Ovolume de compras de bauxita efetuadas pelaChinalco é superior a 7,25 milhões detoneladas, enquanto a quantidade adquiridapela Rusal, Pechiney e Hydro corresponde a3,1 milhões, 2,84 milhões e 2,5 milhões detoneladas, respectivamente.

Em nível inferior às demais empresasencontram-se a Aditya Birla e a Alcoa. Nelascerca de 32,0% e 18,0%, respectivamente, doconsumo de bauxita para a produção de

alumina são supridos por outras empresas. Obaixo percentual da Alcoa resulta em volumeelevado de aquisição no mercado de bauxita,somando mais de 5,2 milhões de toneladasao ano.

Desse modo, pode-se aferir que as empresascom capacidade em gerar mais excedentesde bauxita para a produção de alumina são aRio Tinto, Alcan, BHP Billiton, CVRD e Sual.Já as empresas mais dependentes desuprimentos de bauxita para alimentar suasrefinadoras de alumina são a Chinalco,Glencore, Alcoa, Rusal, Pechiney, Hydro eAditya Birla.

No entanto, as empresas que de fatotransformam seus excedentes de capacidadeinstalada de bauxita em operações comerciaissão a Rio Tinto, CVRD e BHP Billiton(mineradoras). A Alcan vislumbra seusexcedentes, em geral, como fonte de reservase de alianças na cadeia produtiva.

Posições expressivas em capacidade instalada

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Empresas (Relatórios Anuais e demais informações da Home Pagedas Empresas), US Geological e UNCTAD.*Produção consolidada do grupo na Hydro Aluminium e VAW (projeção daprópria empresa Hydro Aluminium ASA , mantendo a participação que elasdetinham em 2000 para 2.001) e participação na Alunorte. Utilizando-se osdados isolados da Norsk Hydro tem-se produção de 1.002,0 mil t. em 2001,equivalente a 2,1% da produção mundial.** Produção calculada de acordo com a participação acionária da CVRD(Aluvale) na Alunorte.

Tabela 38– Principais empresas de alumínio do mundo – 2001

Empresa Produção de alumina % na produção(mil/ton/ano) mundial de alumina

Alcoa 11.523,0 23,8Chinalco 4.900,0 10,1Alcan 4.183,0 8,6BHP Billiton 2.848,0 5,9Kaiser 2.583,0 5,3Rusal 2.246,0 4,6Glencore 2.198,0 4,5Pechiney 2.130,0 4,4Rio Tinto 1.761,0 3,6Hydro* 1.598,0 3,3Sual 1.510,0 3,1Aditya Birla 919,0 1,9CVRD** 830,0 1,7Sub-total (4) 23.454,0 48,4Sub-total (13) 39.229,0 80,8Mundial 48.488,0 100,0

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de produção de bauxita podem configurar-seem relativa vantagem competitiva, embora anecessidade global de bauxita para a produçãomundial de alumina apresente relativacapacidade ociosa. De todo modo, podemcolocar-se como vantagem competitiva para acelebração de parcerias em empreendimentosconjuntos com outras empresas na produçãode alumina e em fases subseqüentes dacadeia produtiva, especialmente comempresas que necessitam adquirir no mercadoparcela expressiva de suas necessidades debauxita para a produção de alumina.

Em sentido oposto, para as empresas queatuam mais nas fases finais da cadeiaprodutiva do alumínio e que, ao mesmo tempo,não detêm fontes próprias consideráveis debauxita, pode representar vantagem competitivaa celebração de contratos de longa duração( long-term) com empresas que geramexcedentes. É uma forma de assegurar fontesestáveis de suprimentos, prescindindo daimobilização de capitais fixos nessa fase deprodução.

Isso permite às empresas investir na ampliaçãode economias de escopo (desenvolvimentotecnológico de produto e processo), buscandoagregar mais valor à produção, criando contínuasbarreiras tecnológicas ao ingresso dasmineradoras e demais produtoras de excedentesde bauxita nos mercados mais rentáveis dacadeia do alumínio. Em razão disso, a maioriadas empresas busca focalizar suas estratégias

de negócios em alumínio primário e na produçãode manufaturados de alumínio.

Nota-se na Tabela 39 que as maioresprodutoras de alumínio primário são a Alcoa,Rusal, Alcan e Norsk Hydro. A participaçãodessas empresas na produção mundialcorresponde a 17,0%, 10,0%, 9,2% e 5,6%,respectivamente. A Alcoa detém expressivamargem em relação às demais empresas, talcomo também ocorre na produção de alumina.

As quatro maiores empresas somam cerca de42% da produção mundial de alumínio primário.Deve-se salientar que esse percentual equivaleao menor índice de concentração na cadeiaprodutiva, revelando a importância relativa dasdemais empresas. Ao mesmo tempo, oprocesso de concentração da produção é maisacentuado nos extremos da cadeia produtivado alumínio, já que em produtos de alumínioas quatro maiores empresas somam mais de60% do mercado, como consta na Tabela 40.

A posição das maiores empresas na produçãode alumínio primário é distinta daquelaobservada na produção de alumina. Somentea Alcoa, Alcan, Aditya Birla e CVRD mantêmposições iguais nessas fases da cadeiaprodutiva.

A Rusal, Norsk Hydro e Pechiney são asempresas que obtêm maior relevância naprodução de alumínio primário, em função desuas colocações na produção de alumina. Emsentido inverso encontram-se a Chinalco eKaiser, que perdem importância relativa naprodução de alumínio primário, ao comparar-se com a produção de alumina.

De acordo com a World Aluminium (BNDES eAlcoa), para produzir uma tonelada de alumínioprimário são necessárias em média 2,0toneladas de alumina. Ao se adotar essecritério, pode-se identificar, de modoaproximado, as empresas que geramexcedentes de alumina ou aquelas que sevoltam para o mercado com vistas a asseguraro volume necessário para suas usinas dealumínio primário.

As empresas que mais exibem capacidadeexcedente de produção de alumina para aprodução de alumínio primário, em termosabsolutos, são a Chinalco, Alcoa, Kaiser,Glencore e BHP Billiton. Os volumes deexcedentes da Chinalco e Alcoa correspondema 3,48 milhões e 3,15 milhões de toneladas.Já a Kaiser, Glencore e BHP Billiton exibemvolumes de produção excedentes equivalentesa 1,54 milhão, 1,1 milhão e 924 mil toneladas.

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Tabela 39– Principais empresas de alumínio do mundo – 2001

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Empresas (Relatórios Anuais e demais informações da Home Pagedas Empresas), US Geological, UNCTAD e World Bureau of Metal Statistical.* Produção consolidada da Hydro Aluminium e VAW (Fonte: Norsk Hydro).Utilizando-se os dados isolados da Norsk Hydro tem-se produção de 767 milt. em 2001, equivalente a 3,1% da produção mundial.** Produção calculada de acordo com a participação acionária da CVRD(Aluvale) na Albrás e Valesul.

Já as empresas que parecem ter necessidadesde consumo de alumina para a produção dealumínio primário acima de suas fontes própriasde produção são a Rusal, Norsk Hydro,Pechiney e Alcan. A Rusal e a Norsk Hydronecessitam de volumes adicionais de aluminacorrespondentes a 2,67 milhões e 1,16 milhãode toneladas, respectivamente. As demaisempresas exibem excedentes de produção dealumina em relação a suas necessidades.

Quanto às empresas que exibemexcedentes, deve-se considerar que essacondição não corresponde necessariamenteao foco prioritário de operações comerciaisno médio e longo prazo. Há situações emque as empresas adiantam-se naprogramação de investimentos para ampliara capacidade instalada de alumina, nocontexto de programas globais de ampliaçãoda capacidade de produção de alumínioprimário e de produtos de alumínio. Asempresas mais representativas são aChinalco e Aditya Bir la, pois têmprogramações de elevados investimentospara aumentar a produção de alumínioprimário. O caso da Aditya envolve tambéminvestimentos adicionais em alumina.

Além disso, tais excedentes de alumina podemrefletir situações temporárias de capacidadeociosa na produção de alumínio primário, alémda intenção em manter elevada capacidade deprodução de alumina para eventual ampliaçãoda capacidade de produção de alumínioprimário.

Nessa situação inserem-se a Alcoa e Kaiser,pois o racionamento de energia nos EUAresultou na redução da produção de alumínionos últimos anos. No caso específico da Alcoatrata-se também de política na qual oexcedente de capacidade instalada em aluminasubordina-se ao persistente processo deaquisições de empresas ou usinas deprodução de alumínio primário. Assim, acapacidade de produção de alumina estávoltada a assegurar a expansão da produçãode alumínio primário.

Entre as demais empresas que exibem elevadoexcedente de produção de alumina, é possívelidentificar duas políticas distintas. A BHPBilliton vem progressivamente reduzindo adisponibilidade de alumina para a venda nomercado, dados os investimentos emampliação da produção de alumínio primário.

Empresa Produção de alumínio % na produção mundialprimário (mil/ton/ano) de alumínio primário

Alcoa 4.184,0 17,0Rusal 2.459,0 10,0Alcan 2.252,0 9,2Hydro* 1.379,0 5,6Pechiney 1.229,0 5,0BHP Billiton 962,0 3,9Rio Tinto 766,0 3,1Chinalco 710,0 2,9Sual 652,0 2,7Glencore 541,9 2,2Kaiser 519,0 2,1Aditya Birla 362,0 1,5CVRD** 258,0 1,0Sub-total (4) 10.274,0 41,8Sub-total (13) 16.273,9 66,2Mundial*** 24.521,0 100,0

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Já a Glencore e a CVRD têm transformado aalumina em seus principais centros denegócios e de formação de receitas na cadeiado alumínio.

Assim, os excedentes de alumina ou denecessidades adicionais para a produção dealumínio primário refletem não apenasaspectos das políticas de composição deseus suprimentos ou de estratégia de vendas.Refletem também o encadeamento dasdecisões de investimentos em direção às fasesfinais da cadeia produtiva do alumínio, tantodo primário quanto dos produtos de alumínio.

A composição das empresas líderes naprodução de alumínio primário reflete-se nacomposição das empresas líderes nafabricação de produtos de alumínio, comopoder ser observado na Tabela 40. Entre oscinco maiores produtores mundiais, altera-sesomente a posição da Rússia, ao deslocar-se da vice-liderança na produção mundial dealumínio primário para a 5a colocação emprodutos de alumínio.

As demais empresas (Aditya Birla, Kaiser eBHP Billiton) elevam suas posições dealumínio primário para os produtos dealumínio. Mas o perfil de seus produtos, assimcomo no caso da Rusal, destina-se aos

segmentos industriais nos quais a utilizaçãodo alumínio como insumo industrial vêmapresentando relativa estabilidade de padrãotecnológico, quando comparados a outrossegmentos. É o caso do segmento de materialde embalagens, mas especialmente doautomovido e aeroespacial, quanto àsinovações de processo, de produto e decooperação entre empresas.

Na indústria automobilística, segundo oInternational Aluminium Institute (IAI), oconsumo de alumínio deve evoluir de 90,0Kg/veículo nos EUA e de 85 Kg/veículo na Europano início dos anos noventa para cerca de 230kg/veículo no final desta década. E são nossegmentos industriais mais dinâmicos que aAlcoa, Alcan, Norsk Hydro e Pechiney exibematuação destacada, revelando característicasdistintas de inserção na cadeia produtiva doalumínio.

Os preços por tonelada produzida em algumasfases da cadeia produtiva sugeremmultiplicadores elevados na agregação devalor. Segundo a ABAL, os preçosinternacionais da bauxita, alumina, alumíniometal e semi-elaborados correspondem em2000 a US$ 23,0/t, US$ 192,0/t, US$1.560,0/t, US$ 3.440,0/t. Nota-se que não constam ospreços médios dos produtos de alumínio.

Tabela 40– Principais empresas de alumínio do mundo – 2001*

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Empresas (Relatórios Anuais e demais informações da Home Page das Empresas).* Não há fontes primárias de totalização do volume de produção mundial de produtos de alumínio.Utiliza-se o total da produção dessas empresas, apenas para indicação do grau de concentraçãoentre elas e, ao mesmo tempo, obter indicações aproximadas da importância relativa dessa faseda cadeia do alumínio na configuração produtiva das empresas.** Produção consolidada da Hydro Aluminium e VAW. Utilizando-se os dados isolados da NorskHydro tem-se 700 mil t. em 2001, representando cerca de 8,6% da produção mundial, enquantoque a produção da Alcoa, Alcan e Pechiney, equivaleriam a 38,7%, 30,5% e 11,0%,respectivamente.

Empresa Produção de produtos % na produção mundialde alumínio* (mil/ton/ano) de produtos de alumínio

Alcoa 3.161,0 36,1Alcan 2.490,0 28,5Hydro** 1.280,0 14,6Pechiney 899,0 10,3Rusal 352,0 4,0Aditya Birla 231,0 2,6Kaiser 192,5 2,2BHP Billiton 145,0 1,7Sub-total (2) 5.651,0 64,6Sub-total (4) 7.830,0 89,5Total 8.750,5 100,0

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Tabela 41 – Principais empresas de alumínio do mundo – 2000/2001*

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Empresas (Relatórios Anuais e demais informações da Home Page das Empresas).* Ordem por faturamento na cadeia do alumínio e participação da capacidade de produção dosgrupos na produção mundial. ** Não há fontes primárias de totalização do volume de produçãomundial de produtos de alumínio. Utiliza-se o total da produção dessas empresas, apenas paraindicação do grau de concentração entre elas. *** Sub-total dos quatro maiores produtoresmundiais.

De todo modo, entre os semi-manufaturados ea bauxita, os preços por tonelada multiplicam-se por cerca de 150 vezes. E esses gigantescosdiferenciais de preços justificam, em grandemedida, a igualdade de posições das empresaslíderes (Alcoa, Alcan, Norsk Hydro e Prechiney)na produção de semi e manufaturados dealumínio com as empresas líderes porfaturamento, considerando suas operações emtodas as fases da cadeia produtiva.

A Tabela 41 permite comparar, sinteticamente,a participação já descrita aqui das empresasna produção mundial de todas as fases dacadeia produtiva. Pode-se notar algumassemelhanças de inserção na cadeia doalumínio.

A Alcoa e Alcan lideram a fabricação deprodutos de alumínio, porém exibem forteconcentração nas fases anteriores. A rigor, aAlcoa é líder em todas as fases da cadeia doalumínio, revelando maior concentração relativana produção de alumina, além dos produtosde alumínio. Já a Alcan, ao menos nas fases

anteriores, detém maior participação relativana produção de bauxita.

A Norsk Hydro e Pechiney inserem-se de modomais nítido que as demais empresas ao finalda cadeia produtiva, com participaçãocrescente desde a produção de bauxita até afabricação de produtos de alumínio. A Rusalexibe alguma semelhança de perfil produtivopor fases da cadeia produtiva, mas perdeparticipação relativa exatamente na fase final,a de produtos de alumínio.

As mineradoras (Rio Tinto, BHP Billiton,CVRD) revelam enorme identidade de inserçãona cadeia do alumínio. A participação dessasempresas é decrescente à medida que sedeslocam ao final da cadeia produtiva. Somentea BHP Billiton conta com unidades defabricação de produtos de alumínio. As demaismineradoras limitam suas estratégias deprodução da bauxita ao alumínio primário. Nota-se ainda que, na cadeia do alumínio, a Sualconta com perfil produtivo similar àsmineradoras.

Empresa % na produção % na produção % na produção % na produçãomundial mundial mundial de mundial de produtos

de bauxita de alumina alumínio primário de alumínio **Alcoa 17,2 23,8 17,0 36,1Alcan 12,6 8,6 9,2 28,5Hydro 1,4 3,3 5,6 14,6Pechiney 1,8 4,4 5,0 10,3Rusal 1,8 4,6 10,0 4,0BHP Billiton 9,8 5,9 3,9 1,7Chinalco 3,6 10,1 2,9 npKaiser 4,6 5,3 2,1 2,2Rio Tinto 14,6 3,6 3,1 npAditya Birla 1,1 1,9 1,5 2,6Sual 3,5 3,1 2,7 npGlencore - 4,5 2,2 ndCVRD 3,1 1,7 1,0 npSub-total (4) 54,2 48,4 41,8 89,5***

A Chinalco, a Kaiser e a Glencore inserem-sede modo distinto na cadeia produtiva, secomparadas às demais empresas. A Chinalcoe Kaiser revelam maior concentração nos elos

intermediários da cadeia produtiva,particularmente em alumina. A Glencore é aúnica empresa que atua em apenas duas fasesda cadeia produtiva do alumínio (alumina e

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alumínio primário), destacando-se na produçãode alumina. A Chinalco não atua em produtosde alumínio, ao contrário da Kaiser, que estápresente em todas as fases de produção.

A inserção das empresas em cada fase dacadeia produtiva por distribuição geográfica

Internacionalização e fluxo espacial deprodução por empresaQuanto à distribuição geográfica da produção,dois aspectos revelam características distintasde inserção das empresas na cadeia deprodução do alumínio: empresas queconcentram a totalidade da produção de todasas fases em seus países de origem e empresascom níveis distintos de internacionalização daprodução, segundo a agregação de valor noprocesso produtivo do alumínio (tabelas 41 a43). Pode-se observar também o fluxo produtivoespacial das empresas, segundo a condiçãoda bauxita e alumina como fontes desuprimentos para a respectiva produção dealumina e alumínio primário.

A Chinalco, Sual, CVRD e Aditya Birlaconcentram a totalidade da produção de todasas fases da cadeia do alumínio em seus paísesde origem. Esse dado revela que as relaçõeseconômicas de tais empresas com o mercadomundial ocorrem somente por meio de fluxoscomerciais.

As demais empresas apresentam níveisdistintos de internacionalização por fases dacadeia do alumínio.

Na bauxita (Tabela 41), nota-se que somente aRio Tinto e a BHP Billiton contam com produçãono país de origem. A Austrália responde por97,0% e 70,0%, respectivamente, dacapacidade de extração de bauxita da Rio Tintoe BHP Billiton. O restante da capacidade deprodução da BHP Billiton concentra-se noSuriname e Brasil. A Rio Tinto conta compequena produção na Guiné.

As demais empresas não têm minas debauxita em seus países de origem. Isso tornaevidente que a localização geográfica dasminas de bauxita, ainda que dotadas de elevadacapacidade de produção, não assegura ainternacionalização de empresas. Exceto nocaso da Rio Tinto e BHP Billiton, que resultamem processos de fusão de empresas anglo-

permite identificar aspectos adicionais daconfiguração econômica, particularmente ograu de internacionalização e a importânciarelativa dos países para as empresas por fasesda cadeia produtiva. Este último aspecto podeainda sugerir a configuração espacial do fluxoprodutivo das empresas.

australianas de mineração e produção de semie manufaturados de metais.

A distribuição da produção de bauxita entreas demais empresas apresenta situaçõesdistintas. A Kaiser e a Rusal dependemexclusivamente da Jamaica e Guiné paracomporem suas fontes próprias. A Norsk Hydrodivide suas fontes de bauxita entre a Jamaica(66,0%) e Brasil (33,0%). A Pechiney extrai62,0% de suas fontes próprias na Guiné e orestante na Grécia. Já a Alcoa e Alcan contamcom distribuição geográfica maisdescentralizada das minas, bem como daprodução de bauxita, se comparadas àsdemais empresas.

A Alcoa extrai cerca de 48% de suas fontespróprias de bauxita na Austrália. O restante éproveniente da Guiné, Suriname, Jamaica,Brasil e Guiana. A Alcan, à semelhança daAlcoa, conta com cerca de 55% de suacapacidade de extração de bauxita naAustrália. O restante advém de minas naJamaica, Guiné, Brasil e Gana.

A concentração da extração de bauxita detodas as empresas em número pequeno depaíses e, ao mesmo tempo, a importânciarelativa desses países como fonte desuprimentos das empresas são coerentes coma composição dos países líderes na produçãomundial de bauxita (Tabela 6). Nela a Austrália,Guiné, Brasil e Jamaica respondem por 39%,11%, 10% e 9,5%, respectivamente, daprodução mundial.

Apesar disso, as empresas integradas, listadasneste texto, não detêm fontes próprias de bauxitana Venezuela, Cazaquistão, Indonésia, Hungriae Irã, mesmo inserindo-se entre os quinzemaiores produtores mundiais. Isso ocorre devidoà manutenção de restrições à participação docapital privado na extração mineral, masespecialmente ao capital externo nesses países.

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Tabela 42 - Distribuição espacial da capacidade de produção mundial de bauxita porgrupos (%) – 2.001*

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Empresas (Relatórios Anuais e demais informações da Home Page das Empresas), USGeological e UNCTAD.*Chinalco (100,0% na China), Sual (100,0% na Rússia), CVRD (100,0% no Brasil), Aditya Birla(100,0% na Índia).

Grupo/País Alcoa Rio Tinto Alcan BHP Billiton Kaiser Rusal Pechiney HydroAustrália 48,4 97,2 55,2 70,5 - - - -Guiné 14,9 2,8 13,7 - - 100,0 61,7 -Brasil 8,6 - 10,1 11,8 - - - 33,5Jamaica 10,6 - 15,1 - 100,0 - - 66,5Suriname 11,1 - - 17,7 - - - -Guiana 6,4 - - - - - -Grécia - - - - - - 38,3 -Gana - - 5,9 - - - - -Total (%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Quanto ao perfil da internacionalização daprodução de alumina e do encadeamentoprodutivo da bauxita com a alumina pordistribuição geográfica, nota-se na Tabela 42que somente a Glencore e a Norsk Hydro nãotêm refinadoras de alumina em seus paísesde origem. Isso reflete menor grau deinternacionalização de quase todas asempresas na produção de alumina, quandocomparado à produção de bauxita.

Na Glencore cerca de 53% da alumina provêmde sua refinadora na Jamaica e o restantedivide-se entre a Irlanda e Itália. Somente arefinadora da Jamaica conta com suprimentosde bauxita do próprio país, enquanto na Itáliae Irlanda a bauxita utilizada na produção dealumina é totalmente importada de outrospaíses. Vale lembrar que a bauxita empregadana produção de alumina na Jamaica não éproveniente de fontes próprias do minério nessepaís, pois a empresa adquire a sua totalidadede outras empresas.

Na Norsk Hydro, somente a produção de aluminaem suas filiais na Alemanha não conta comsuprimentos próprios de bauxita desse país,apesar de a empresa inserir-se entre as maiorescompradoras de bauxita no mercado mundial.

Em situação oposta à Glencore e à Hydro, nota-se que a BHP Billiton e Rio Tinto exibemprodução destacada em seu país de origem. AAustrália representa 68% e 56%,respectivamente, da produção de alumina da RioTinto e BHP Billiton. A fonte secundária deprodução de alumina da Rio Tinto está localizadana Itália. As demais refinadoras da BHP Billiton

dividem-se entre o Suriname e Brasil.

A BHP Billiton conta com suprimentos própriosde bauxita nos países em que se localizamtodas as suas refinadoras de alumina, enquantona Rio Tinto esse fluxo produtivo ocorre somentena Austrália. A mina de bauxita da Guiné, naqual a Rio Tinto detém participação acionária,insere-se apenas como fonte de suprimentospara as refinadoras da empresa.

Nas demais empresas identificam-se situaçõesrelativamente distintas de localização dasrefinadoras de alumina por país de origem ede encadeamento produtivo da bauxita com aalumina por distribuição geográfica.

Na Alcan cerca de 62% de sua produção dealumina concentram-se na Austrália, a qualresponde, em grande medida, por suas fontespróprias de suprimentos de bauxita. O Canadá(país de origem) representa 28% da produção eo restante é distribuído entre o Brasil e a Escócia.Em razão disso, pouco mais de 31% da produçãode alumina da empresa, proveniente do Canadáe Escócia, não conta com fontes próprias debauxita para alimentar o fluxo produtivo daalumina. Já as minas da Jamaica, Guiné e Ganaapenas contribuem com suprimentos de bauxitapara as refinadoras da empresa.

Na Alcoa, Kaiser, Rusal e Pechiney, seuspaíses de origem dividem com os demais aparcela da produção de alumina, ainda que comníveis diferenciados de importância relativa. Eisso ocorre, apesar da ausência de fontes desuprimentos de bauxita nos países de origemdessas empresas, revelando clara estratégia em

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possuir refinadoras de alumina próximas oumesmo integradas às suas usinas de produçãode alumínio primário, como pode ser observadona Tabela 43. Com exceção da Kaiser, essasempresas detêm forte inserção no mercadocomo compradoras líquidas de bauxita para aprodução de alumina.

Na Alcoa, os EUA dividem com a Austrália aliderança da produção de alumina, seguidospela Espanha, Brasil, Jamaica e Alemanha. Asminas da Guiné, Suriname e Guiana colocam-se no fluxo produtivo apenas como fonte desuprimentos das refinadoras de alumina daempresa, especialmente para aquelaslocalizadas nos EUA, Alemanha e Espanha.

Em posição similar, a Rusal divide sua produçãode alumina entre a Rússia e Ucrânia, seguidada Romênia. Deve-se observar a dependênciado refino de alumina dos suprimentos própriosda mina de bauxita da Guiné.

Quanto a Kaiser, a produção de alumina nosEUA destaca-se, representando 42% do total,enquanto a Jamaica e Austrália contribuemcom 32% e 25%, respectivamente. Apesar daprodução de alumina na Austrália, a Kaiserdetém fontes próprias de suprimentos debauxita somente na Jamaica.

Em situação diferenciada encontra-se aPechiney, cujo país de origem responde pelamenor parcela da produção de alumina daempresa. A Austrália representa cerca de 35%da produção, enquanto a Grécia e a Françarespondem por 34% e 30%, respectivamente.De todo modo, apesar da elevada participaçãoda Austrália na produção de alumina daempresa, observa-se a ausência desuprimentos próprios de bauxita nesse país.A mina de bauxita da Guiné insere-se apenascomo base de suprimentos de bauxita para asrefinadoras da empresa.

Tabela 43 - Distribuição espacial da capacidade de produção mundial de alumina porgrupos (%) – 2001

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Empresas (Relatórios Anuais e demais informações da Home Page das Empresas), USGeological e UNCTAD. *Chinalco (100,0% na China), Sual (100,0% na Rússia), CVRD(100,0% no Brasil), Aditya Birla (100,0% na Índia).

Grupo/País Alcoa Alcan BHP Billiton Kaiser Rusal Pechiney Glencore Rio Tinto HydroAustrália 38,0 62,2 56,2 25,5 - 35,2 - 68,4 -EUA 39,1 - - 42,5 - - - - -Jamaica 4,3 - - 32,0 - - 52,8 - 31,8Brasil 6,7 6,7 13,9 - - - - - 33,0Rússia - - - - 45,5 - - - -Ucrânia - - - - 45,2 - - - -Irlanda - - - - - - 26,5 - -Canadá - 28,7 - - - - - - -Itália - - - - - - 20,7 31,6 -Escócia - 2,4 - - - - - - -Suriname - - 29,9 - - - - - -Grécia - - - - - 34,3 - - -França - - - - - 30,5 - - -Alemanha 3,3 - - - - - - - 35,2Espanha 8,6 - - - - - - -Romênia - - - - 9,3 - - - -Total (%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Deve-se fazer uma observação de naturezamais geral da descrição anterior quanto àdistribuição geográfica da produção porfases da cadeia produtiva e países deorigem: o grau de internacionalização daprodução reflete-se de modo mais enfático

no controle das fontes de suprimentos debauxita, se comparado à fase subseqüente,a produção de alumina. Isso significa quena cadeia produtiva do alumínio, a produçãodas fases finais tende a concentrar-se nospaíses de origem.

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Pode-se observar na Tabela 43 que quase todasas empresas (exceto a Glencore e Pechiney)concentram mais de 50% da produção dealumínio primário nos seus países de origem.

Em posição destacada quanto àinternacionalização no alumínio primárioencontra-se a Glencore (Suíça), na qual 100%da produção concentram-se nos EUA,enquanto suas fontes próprias de suprimentosde alumina estão distribuídas na Jamaica,Irlanda e Itália. Em sentido oposto, coloca-sea Rusal, concentrando 100% da produção dealumínio primário em seu país de origem,enquanto nas fases iniciais da cadeia produtivaa empresa conta com minas de bauxita erefinadoras de alumina localizadas em outrospaíses.

Na Pechiney, o país de origem concentravolume de produção de alumínio primário inferiorà soma do total produzido nas demais plantaslocalizadas em outros países. A França detémcerca de 39% da produção do metal, seguidapela Austrália, que concentra cerca de 19%da produção mundial da empresa. Já a Gréciae Holanda contam com percentual quaseidênticos, cerca de 13%. Canadá e Camarõestambém exibem o mesmo percentual departicipação, com cerca de 8%. Entre ospaíses onde a empresa produz alumínioprimário, a França, Austrália e Grécia tambémcontam com refinadoras de alumina daempresa.

Na Alcoa, os EUA representam pouco maisde 50% da produção da empresa de alumínioprimário, seguido do Canadá com 23%. Orestante é composto pelas filiais localizadasna Austrália, Brasil, Espanha, Itália, Noruegae, em menor medida, Venezuela e Gana.

Entre os países que contam com usinas deprodução de alumínio primário da Alcoa, osEUA, Canadá, Austrália, Brasil e Espanhacontam também com refinadoras de aluminaintegradas ou não à produção de alumínioprimário. Além disso, a Jamaica e a Alemanhainserem-se apenas como fontes desuprimentos de alumina.

Na Alcan, o Canadá representa cerca de 66%da produção de alumínio primário, seguido dosEUA, Islândia e Inglaterra, com 8,7%, 7,5% e7,1%, respectivamente. Após esses paísesinsere-se o Brasil, respondendo por cerca de4,8%, seguido de participações menores daNoruega, Escócia e Suíça.

Entre esses países, apenas no Canadá, Brasile Escócia a empresa conta com fontes próprias

de suprimentos de alumina para alimentar ofluxo de produção de alumínio primário. Essestrês países, no entanto, somam apenas 37,8%da produção de alumina da Alcan, enquanto aAustrália isoladamente produz mais de 62%.Dada a ausência de usinas de produção dealumínio primário da Alcan na Austrália, pode-se deduzir que o refino da alumina nesse paísocupa papel destacado no fluxo produtivo dealumínio primário da empresa.

Já na Norsk Hydro, a Noruega concentra cercade 56% da produção de alumínio primário daempresa. Em seguida vem a Alemanha e aAustrália, com 24% e 15%, respectivamente.A empresa conta ainda com cerca de 3% desua produção no Canadá. A Eslováquiacontribui com apenas 1%.

Entre os países onde a empresa detémprodução de alumínio primário, apenas aAlemanha também possui refino de aluminaintegrada ou não à produção do metal. Asrefinadoras na Jamaica e Brasil inserem-se nofluxo produtivo da empresa apenas como fontesde suprimentos de alumina para a produçãode alumínio primário.

A Rio Tinto, Kaiser e BHP Bill iton,diferentemente das empresas já descritas,concentram a produção de alumínio primárioem número menor de países, tal como tambémocorre na produção de alumina.

De todo modo, na Rio Tinto, a Austráliaresponde por cerca de 57% da produção dealumínio primário e o restante é distribuídoentre a Nova Zelândia e País de Gales, com33% e 9%, respectivamente. A Austráliatambém detém expressiva participação naprodução de alumina, alimentando a produçãode alumínio primário nesse país, enquanto aItália pode apenas fornecer suprimentospróprios de alumina para o fluxo produtivo daempresa.

Na Kaiser, os EUA somam mais de 52% daprodução de alumínio primário, Gana respondepor quase 35% e o restante advém da usinano País de Gales. Os EUA também ocupam aliderança na produção da alumina utilizada naprodução de alumínio primário. A empresa nãoconta com refinadoras de alumina em Gales eGana.

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Tabela 44 - Distribuição espacial da produção mundial de alumínio primário por grupos – 2001*

Elaboração: DESEP/CUTFonte: Empresas (Relatórios Anuais e demais informações da Home Page dasEmpresas), US Geological e UNCTAD.*Chinalco (100,0% na China), CVRD (100,0% no Brasil), Aditya Birla (100,0% naÍndia), Rusal (100,0% na Rússia), Sual (100,0% na Rússia) e Glencore (100,0% nosEUA).

A BHP Billiton é a segunda empresa com maiorpercentual da produção de alumínio primárioproveniente do país de origem, com cerca de70%, superada apenas pela Rusal. O Brasilresponde por cerca de 20% da produção

mundial de alumínio primário da empresa eMoçambique contribui com apenas 10%.Observa-se que apenas a produção de alumínioem Moçambique não conta com o refino dealumina, pois isso ocorre na Austrália e Brasil.

Grupo/País Alcoa Alcan Hydro Pechiney BHP Billiton Rio Tinto KaiserEUA 50,5 8,7 - - - - 52,5Canadá 23,3 65,8 3,2 8,0 - - -Austrália 7,1 - 14,7 19,1 70,2 57,3 -Brasil 5,8 4,8 - - 20,1 - -Noruega 3,0 2,8 56,6 - - - -Venezuela 0,4 - - - - - -Alemanha - - 24,6 - - - -França - - - 38,8 - - -Espanha 4,9 - - - - - -Inglaterra - 7,0 - - - - -Escócia - 1,8 - - - - -N.Zelândia - - - - - 33,5 -Gales (R.U.) - - - - - 9,2 12,8Moçambique - - - - 9,7 - -Islândia - 7,5 - - - - -Suíça - 1,6 - - - -Grécia - - - 13,1 - - -Holanda - - - 13,3 - - -Camarões - - - 7,7 - - -Gana 0,5 - - - - - 34,7Eslováquia - - 0,9 - - - -Itália 4,5 - - - - - -Total (%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

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Panorama Nacional

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PPPPProdução nacionalrodução nacionalrodução nacionalrodução nacionalrodução nacionalA produção nas principais fases da cadeia doalumínio apresenta comportamentos distintosdesde o princípio dos anos noventa (Tabela 45).Na fase do alumínio primário, a produção exibevariação negativa, cerca de 5%. Já nas fasesque se colocam nos extremos da cadeiaprodutiva, o crescimento da produção é muitosuperior à média mundial e impulsionou o Brasil

a ganhar fatias do mercado mundial, como já foipossível identificar no item 4.1 de produçãomundial. Enquanto a produção de bauxita ealumina cresce 41% e 92%, respectivamente, aprodução de transformados de alumínio (fase finalda cadeia produtiva) exibe aumento de 113%. Areciclagem de sucata, no período, revela a maiortaxa de crescimento, com cerca de 280%.

Tabela 45 - Produção nacional de bauxita, alumina, alumínio primário e produtos dealumínio – mil/ton/ano

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM, ABAL. U.S. Geological Survey, Mineral Summaries, janeiro de 2002.(*) A produção de bauxita desse ano totaliza também a bauxita refratária, enquanto a produçãopara os demais anos limita-se à bauxita metálica.

Tabela 46 – Produção nacional de produtos transformados – mil/ton/ano

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Produto 1992 (*) 1994 1996 1998 2000 2001 92/01 (%)Bauxita 9.366,0 8.673,0 10.997,5 11.961,1 13.224,1 13.178,4 40,7Alumina 1.833,0 1.868,0 2.759,0 3.322,1 3.754,1 3.519,7 92,0Alumínio primário 1.193,3 1.184,6 1.197,4 1.208,0 1.271,4 1.132,0 -5,1Transformados 360,9 519,0 569,7 640,4 718,1 768,6 113,0Sucata 67,1 91,0 145,6 180,1 229,2 257,2 283,3

Tipos de produtos 1992 1994 1996 1998 2000 2001 92/01 (%)Chapas e lâminas 84,5 124,6 155,2 183,5 233,2 265,9 214,7Laminação pura 60,7 88,6 113,8 147,0 200,1 236,5 289,6Laminação artefatos 18,0 29,8 34,7 30,3 29,2 25,4 41,1Laminação impactados 5,8 6,2 6,7 6,2 3,9 4,0 -31,0Extrudados 84,5 119,8 124,6 139,3 143,6 139,3 64,9Fios e cabos condutores 50,5 86,3 95,8 114,0 113,1 128,1 153,7Fundidos e forjados 73,5 105,0 100,9 97,7 111,1 111,5 51,7Folhas 29,5 40,2 48,9 52,0 58,6 57,4 94,6Usos destrutivos 25,2 27,0 28,2 30,7 33,1 31,9 26,6Pó 11,6 12,3 13,2 17,5 16,8 24,3 109,5Outros 1,6 3,8 2,9 5,7 8,6 10,2 537,5Total 360,9 519,0 569,7 640,4 718,1 768,6 113,0

Por meio da Tabela 46 é possível detalharo crescimento de 113% na produçãonacional de produtos transformados dealumínio. Esse crescimento é puxadobasicamente pela fabricação de chapas elâminas, em especial dos produtos delaminação pura. A fabricação de fios e

cabos condutores mostra crescimentomaior do que a média dos produtostransformados, em grande medida derivadados investimentos na ampliação da infra-estrutura de comunicações. É provável queem 2002 esse ramo da produção tenhamostrado queda no nível de atividade.

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Ao detalharmos o consumo nacional deprodutos transformados, o desequilíbrioentre a produção nacional e o consumodoméstico ganha diferentes matizes. Ocrescimento do consumo de chapas elâminas é superior ao aumento da produçãodesses materiais no período especificado.Os extrudados mostram taxas de

Tabela 47 – Capacidade instalada de produção de produtos transformados - mil/ton/ano

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Um elemento relevante para a aferição dasustentabilidade de médio prazo docrescimento expressivo de produtostransformados é a capacidade de produção.Verifica-se claro descompasso entre aprodução realizada e a capacidade de produção

total, a qual aumenta somente 39,5% entre1995 e 2001. Todavia, a capacidade deprodução de chapas aumenta 85% no período.Como visto, esse produto é o principalresponsável pelo aumento da produção detransformados de alumínio (Tabela 47).

Consumo NacionalConsumo NacionalConsumo NacionalConsumo NacionalConsumo NacionalOs dados gerais para o consumo de bauxita,alumina e produtos transformados podem servistos na Tabela 48. O consumo nacional debauxita quase dobra de 1994 para 2001, aopasso que o consumo de alumina permanececonstante. Isso denota a estratégia de

formação de estoques de bauxita pelos gruposque operam na cadeia do alumínio no Brasil.Como afirmado no panorama internacional, aAlcoa articula uma estratégia de formação deestoques de bauxita nos países onde detémparticipações na mineração desse elemento.

Tabela 48 – Consumo doméstico de alumínio, segundo a cadeia produtiva – mil/ton/ano

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Produtos 1995 1997 1999 2000 2001 95/01(%)Chapas 267,5 315,0 490,0 494,0 494,0 84,7Extrudados 199,5 217,0 214,0 195,0 191,5 -4,0Cabos e vergalhões 159,0 156,0 182,0 182,0 189,0 18,9Folhas 64,5 73,0 78,0 80,0 89,0 38,0Total 690,5 761,0 964,0 951,0 963,5 39,5

1994 1996 1998 2000 2001 94/01 (%)

Bauxita 4.262,0 7.700,0 7.966,5 8.851,4 8.124,4 90,6

Alumina 2.262,0 2.400,0 2.469,2 2.664,0 2.277,1 0,7

Transformados 466,4 547,2 704,1 667,0 738,1 58,3

crescimento similares entre a oferta e ademanda. Em relação ao total dos produtostransformados, o Brasil emerge como umprodutor de baixo volume de excedentedoméstico. Isso indica que sua produçãonacional não tem caráter exportador, emborao país efetue exportações líquidas detransformados do alumínio (Tabela 49 e 61).

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Tabela 49 – Consumo doméstico de alumínio por tipo de produto – mil/ton/ano

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

A composição do consumo doméstico deprodutos transformados de alumínio pode servisualizada na Tabela 50 a seguir. Observa-seque parte preponderante desse consumo refere-se a chapas e laminados, ou seja, produtospara a indústria de embalagens,

Tabela 50 – Participação do tipo de produto no consumo doméstico de alumínio – (%)

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Tipo de produto 1992 1994 1996 1998 2001 92/01 (%)Chapas e lâminas 88,2 136,4 191,2 277,6 309,6 251,0Laminação pura 66,4 103,6 150,2 240,7 283,1 326,4Laminação artefatos 16,3 26,9 34,2 30,8 22,6 38,7Laminação impactados 5,5 5,9 6,8 6,1 3,9 -29,1Extrudados 84,0 116,9 127,7 141,6 138,0 64,3Fundidos e Forjados 64,6 91,2 88,9 82,6 94,0 45,5Fios e cabos 24,4 31,1 32,1 90,3 73,0 199,2Folhas 26,9 38,9 45,8 53,7 58,7 118,2Usos destrutivos 25,2 27,0 28,2 30,7 31,9 26,6Pó 11,4 11,9 12,6 17,3 22,1 93,9Outros 1,7 13,0 20,7 10,3 10,8 535,3Total 326,4 466,4 547,2 704,1 738,1 126,1

automobilística, aeronáutica e para aconstrução civil. De fato, as tabelas 51 e 52indicam que os setores acima citados sãojustamente os que mais absorvem em termosabsolutos e relativos a produção detransformados de alumínio (tabelas 50, 51 e 52).

Tipo de produto 1992 1994 1996 1998 2001Chapas e lâminas 27,0 29,2 34,9 39,5 42,0Laminação pura 20,3 22,2 27,4 34,2 38,4Laminação artefatos 5,0 5,8 6,3 4,4 3,1Laminação impactados 1,7 1,3 1,2 0,9 0,5Extrudados 25,7 25,1 23,3 20,1 18,7Fundidos e Forjados 19,8 19,5 16,2 11,7 12,7Fios e cabos 7,5 6,7 5,9 12,8 9,9Folhas 8,3 8,3 8,4 7,6 8,0Usos destrutivos 7,7 5,8 5,2 4,4 4,3Pó 3,5 2,6 2,3 2,5 3,0Outros 0,5 2,8 3,8 1,5 1,5Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

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Tabela 53 – Importações de bauxita, alumina e alumínio - mil/ton/ano

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL.* a variação corresponde ao período de 94/01.

Tipo de produto 1992 1994 1996 1998 2001 92/01 (%)*Bauxita - 5,0 1,1 11,6 8,5 70,0Alumina - 683,0 90,3 18,7 6,3 -99,1Metal primário, ligas, semi e manufaturados 19,7 55,0 83,7 156,8 118,2 500,0

Tabela 52 – Participação dos setores no consumo doméstico de alumínio – (%)

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Comércio ExteriorComércio ExteriorComércio ExteriorComércio ExteriorComércio ExteriorImportaçõesAs compras externas da cadeia produtivado alumínio mostram que, ao mesmo tempoem que a alumina deixa de ser adquirida nomercado internacional, os produtos semi-manufaturados expandem vertiginosamenteseu volume de importações. Essa evoluçãoestá em concordância com a composição

Tabela 51 – Consumo doméstico de alumínio por setor – mil/ton/ano

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Setor 1998 1999 2000 2001 98/01 (%)Embalagens 189,8 188,3 194,9 236,7 24,7Transportes 124,9 116,3 135,4 137,0 9,7Construção civil 119,4 117,5 112,5 112,9 -5,4Indústria de eletricidade 110,8 78,8 66,0 91,0 -17,9Bens de consumo 55,9 57,9 60,6 60,1 7,5Máquinas e equipamentos 28,8 29,9 24,2 24,3 -15,6Outros 74,5 71,1 73,4 76,1 2,1Total 704,1 659,8 667,0 738,1 4,8

Setor 1998 1999 2000 2001Embalagens 27,0 28,5 29,2 32,1Transportes 17,7 17,6 20,3 18,6Construção civil 17,0 17,8 16,9 15,3Indústria de eletricidade 15,7 11,9 9,9 12,3Bens de consumo 7,9 8,8 9,1 8,1Máquinas e equipamentos 4,1 4,5 3,6 3,3Outros 10,6 10,8 11,0 10,3Total 100,0 100,0 100,0 100,0

do consumo domést ico. Dentro dosprodutos semi-manufaturados, ocrescimento de 500% no volume dascompras externas está distribuído demaneira uniforme entre as ligas e os semi emanufaturados, no período de 1992 a 2001(tabelas 53 e 54).

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Tabela 54 – Importações de alumínio - mil/ton/ano

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

A origem das importações de produtostransformados de alumínio segundo países econtinentes, expressa nas tabelas 55 a 57,mostra que os EUA e o restante dos paísesdas Américas são os principais fornecedoresde alumínio primário do Brasil. A Alemanha ea Europa surgem em segundo lugar. Chama aatenção o expressivo crescimento do volumedas importações de alumínio primário da África

Tabela 55 – Importações de alumínio por continente e países de origem - mil/ton/anoContinente/país 1998 2000 2001 Var 98/01 (%)Américas 109,3 53,9 73,0 -33,3Europa 46,1 42.9 51,5 11,6África 0,2 4,5 7,4 3.842,2Ásia 8,9 9,5 5,6 -37,3Oceania 0,3 0,2 - -85,7EUA 88,0 43,2 48,0 -45,4Alemanha 24,3 25,5 32,7 34,7Argentina 7,4 7,0 9,1 22,1África do Sul 0,2 4,5 7,4 3.852,7Reino Unido 3,6 5,2 4,2 16,9Luxemburgo 1,6 3,2 2,9 75,9Itália 1,9 1,9 2,0 8,0Espanha 1,6 1,8 2,0 27,2Japão 2,5 2,5 1,4 -43,1China 1,2 2,6 0,4 -64,7Sub-total (4) 123,3 80,9 97,2 -23,7Sub-total (10) 132,3 97,4 110,1 -16,6Total 164,8 111,0 137,5 -16,6

Tipo de produto 1992 1994 1996 1998 2001 92/01 (%)Alumínio primário/ligas 1,3 7,3 8,6 5,8 8,7 569,2Semi e Manufaturados 18,4 47,7 75,1 151,0 109,5 495,1Total 19,7 55,0 83,7 156,8 118,2 500,0

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

entre 1998 e 2001.

Os dados para 2000 dos produtostransformados importados indicam que ovolume de importações relativo aos EUA e àsAméricas está concentrado em chapas dealumínio. As importações da Europa e, emespecial, da Alemanha, distribuem-seprioritariamente em chapas e folhas (Tabela 56).

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Tabela 56 – Importações por produto – continentes e países de origem - mil/ton/ano -2000

Elaboração: DESEP/CUT Fonte: DNPM e ABAL

Tabela 57 – Participação dos continentes e países nas importações brasileiras por produto– 2000 – (%)

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

ExportaçõesSe as compras externas de alumina declinamfortemente em volume entre 1992 e 2001, asexportações elevam-se de maneira expressivano mesmo período. Já as compras externasde bauxita e de metal primário, ligas e produtossemi e manufaturados decaem (Tabela 58).

O detalhamento das exportações, sempre emvolume, desse último grupo de produtos indica queo metal primário/ligas tem peso expressivo nasvendas externas. Sua queda de 28% entre 1992 e2001 é suficiente para neutralizar a expansão de100% e de 156% nas vendas de sucata e deprodutos semi e manufaturados (Tabela 59).

Produto/Origem Sucata Chapas Folhas Extrudados Outros TotalAméricas 4,0 40,8 3,7 2,4 3,0 53,9Europa 0,2 20,1 14,3 3,8 4,5 43,0Ásia - 3,1 1,6 1,0 3,8 9,6África - 4,4 0,1 - - 4,5Oceania - - 0,2 - 0,2Estados Unidos - 40,2 0,4 1,4 1,2 43,2Alemanha 0,2 13,8 8,9 1,7 1,0 25,6Argentina 3,3 0,3 1,8 - 1,6 7,0Reino Unido - 4,9 0,1 0,1 0,1 5,2África do Sul - 4,4 0,1 - - 4,5Luxemburgo - - 0,3 - 0,5 3,2França - 0,4 0,2 0,7 0,4 1,7Paraguai 0,7 - - - - 0,7Total Continentes 4,2 68,4 19,9 7,2 11,3 111,2

Produto/Origem Sucata Chapas Folhas Extrudados Outros TotalAméricas 94,4 59,6 25,6 32,9 27,0 51,4Europa 5,6 29,4 83,2 52,8 39,4 41,0Ásia - 4,5 11,5 14,3 33,6 9,1África - 6,4 0,9 - - 4,3Oceania - - 1,4 0,0 0,0 0,2Estados Unidos - 58,6 3,2 19,2 10,6 41,2Alemanha 3,0 20,2 62,3 23,8 9,0 24,4Argentina 78,1 0,4 12,7 0,7 14,0 6,7Reino Unido - 7,2 0,5 2,0 0,7 4,9África do Sul - 6,4 0,9 - - 4,3Luxemburgo - - 18,9 - 4,8 3,1França - 0,7 1,5 9,7 3,2 1,6Paraguai 16,3 - - - - 0,6Total Continentes 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

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Tabela 58 – Exportações de bauxita, alumina e alumínio - mil/ton/ano

Tipo de produto 1992 1994 1996 1998 2001 96/01 (%)Bauxita* - 4.416,0 4.569,4 4.315,6 3.426,7 -22,4Alumina* - 289,0 427,2 832,7 1.084,7 275,3Metal primário, ligas, semi e manufaturados 872,6 1.166,1 804,9 755,4 728,9 -16,5

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL. * a variação corresponde ao período de 94/01.

Tabela 59 – Exportações de alumínio - mil/ton/anoTipo de produto 1992 1994 1996 1998 2001 92/01 (%)Metal primário/ligas 817,5 777,8 709,0 692,4 587,9 -28,1Sucata 0,0 - 1,0 11,7 0,4 100,0Semi e Manufaturados 55,1 98,3 95,9 73,7 141,0 155,9Total 872,6 876,1 805,9 777,8 729,3 -16,4

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

A distribuição das vendas externas segundopaíses e continentes de destino mostra que aEuropa e a Ásia são os principais continentespara onde seguem os volumes exportados deprodutos transformados de alumínio. Noentanto, entre 1998 e 2001 observa-se clara

redução nos volumes embarcados para essasregiões. África e Oceania, embora tenham pesoreduzido nos destinos das exportaçõesbrasileiras, apresentam expressivoscrescimentos ao longo do período avaliado(tabelas 60 a 62).

Tabela 60 – Exportações de alumínio por continente e países de destino - mil/ton/ano

Continente/país 1998 2000 2001 Var. 98/01(%)Europa 446,5 446,7 371,0 -16,9Ásia 205,3 253,5 194,0 -5,5Américas 123,0 198,5 153,4 24,7África 1,5 7,6 8,9 485,9Oceania 0,1 1,2 1,0 725,7Holanda 206,6 245,5 212,0 2,6Japão 197,3 237,2 172,6 -12,5Bélgica 204,1 92,6 108,4 -46,9EUA 50,8 117,7 67,5 32,8Suíça 5,0 83,3 37,0 638,7Argentina 38,8 33,2 28,8 -25,9México 1,1 8,9 8,2 631,7Chile 2,0 7,1 6,1 197,0Itália 20,3 6,8 0,9 -95,6Espanha 1,1 7,9 - -Sub-total (4) 658,8 693,0 560,5 -14,9Sub-total (10) 727,1 840,2 641,5 -11,8Total 776,4 907,5 728,3 -6,2

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

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A distribuição das exportações de produtostransformados de alumínio em 2000 segundoos continentes e países de destino indica queo lingote de alumínio é vendido para a Europae Ásia. Ambos os continentes concentram

nada menos do que 95% de todo o volumeexportado de lingotes pelo Brasil. Ligas,chapas e folhas são prioritariamente adquiridaspelos países das Américas, especialmentepelos EUA e pela Argentina (tabelas 61 e 62).

Tabela 61 – Exportações por produto - continentes e países de destino - mil/ton/ano –2000Produto/Destino Lingote Ligas Chapas Folhas Cabos Outros TotalEuropa 342,4 57,9 2,1 4,6 32,1 7,5 446,7Ásia 242,4 1,9 0,8 1,5 5,7 1,2 253,5Américas 31,1 79,5 19,4 11,6 28,2 28,6 198,5África - 4,6 0,2 - 2,5 0,3 7,6Oceania - - 0,4 - 0,5 0,3 1,2Holanda 157,6 54,4 - 3,5 30,0 - 245,5Japão 235,8 1,1 - - - 0,2 237,2Estados Unidos 26,8 54,9 3,0 2,5 20,0 10,5 117,7Bélgica 88,9 3,5 - - 0,1 - 92,6Suíça 83,3 - - - - - 83,3Argentina 0,9 1,3 10,9 5,9 5,2 9,0 33,2Arábia Saudita - - - 1,2 5,0 - 6,2Venezuela - 0,2 2,3 - - 0,4 2,9República Tcheca - - 2,0 - - - 2,0Total Continentes 615,9 143,9 22,9 17,8 69,0 37,9 907,6

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Tabela 62 – Participação dos continentes e países nas exportações brasileiras por produto– 2000 – (%)

Produto/Destino Lingote Ligas Chapas Folhas Cabos Outros TotalEuropa 55,6 40,2 9,3 26,0 46,5 19,8 49,2Ásia 39,3 1,4 3,4 8,7 8,2 3,2 28,0Américas 5,0 55,2 85,0 65,1 40,9 75,3 21,9África - 3,2 0,8 0,2 3,6 0,9 0,8Oceania - - 1,6 - 0,8 0,8 0,1Holanda 25,6 37,7 0,1 20,0 43,4 0,1 27,0Japão 38,3 0,8 - - - 0,6 26,1Estados Unidos 4,4 38,1 13,3 13,8 29,0 27,6 13,0Bélgica 14,4 2,4 - - 0,1 0,1 10,2Suíça 13,5 - - - - - 9,2Argentina 0,1 0,9 47,8 33,1 7,6 23,7 3,7Arábia Saudita - - - 6,9 7,3 - 0,7Venezuela - 0,1 10,0 0,39 - 1,0 0,3República Tcheca - - 8,7 - - - 0,2Total Continentes 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

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Grupos EmpresariaisGrupos EmpresariaisGrupos EmpresariaisGrupos EmpresariaisGrupos EmpresariaisOs principais grupos empresariais que atuamna cadeia do alumínio, segundo o volume devendas e o emprego, estão dispostos na Tabela63. Alcoa e Alcan são os dois principaisgrupos, com faturamentos da ordem de US$895 e US$ 598 milhões, respectivamente. AAluvale, subsidiária da Companhia Vale do Rio

Doce (CVRD), aparece como a terceiraprincipal empresa atuando no Brasil. Comovisto no detalhamento dos grupos empresariaisem escala internacional, a CVRD estava entreas empresas com menores níveis defaturamento, ao passo que Alcoa e Alcan eramas principais players internacionais.

Tabela 63 - Faturamento dos principais grupos nacionais da cadeia do alumínio.(US$ milhões). 2001

Empresas/Grupos Faturamento no seg. alumínio Nº de empregadosAlcoa 894,8 5.162Alcan 597,6 2.562Aluvale* 592,4 1.626CBA 556,6 5.445Billinton 285,4 1.159Hydro 135,9 267MemoCVRD** 4.746,0 21.618Votorantim** 4.094,7 nd

Fonte: Revista Exame (2002). Melhores e Maiores.Elaboração: Desep/CUT.* Refere-se aos valores da Aluvale integrada. Uma vez que a CVRD detém 94,74% dasações ordinárias, os valores computados nas demonstrações contábeis da CVRDreferentes às operações com a Aluvale são os seguintes: faturamento, US$ 561,3 milhões;número de empregados, 1.541. Além disso, inclui as participações acionárias na Albras,Alunorte, Valesul e MRN.** Refere-se a valores consolidados do grupo.

A produção de bauxita está distribuídaentre a Mineração Rio do Norte (MRN), umpool de grandes empresas. A MRN

concentra nada menos do que 81% de todaa extração de bauxita no país em 2001(tabelas 64 e 65).

Tabela 64 – Produção de bauxita das empresas líderes - mil/ton./ano

Empresas Localização 1996 1998 2000 2001 96/01 (%)MRN Oriximiná (PA) 8.738,7 9.320,9 10.610,0 10.708,0 22,5CBA Itamarati de Minas (MG) 950,0 1.184,2 1.275,7 1.217,0 28,1

e Poços de Caldas (MG)Alcoa Poços de Caldas (MG) 658,1 650,0 556,9 562,5 -14,5Alcan Ouro Preto (MG) 393,0 442,2 389,8 400,4 1,9Outros 257,7 363,8 391,7 290,5 12,7Total 10.997,5 11.961,1 13.224,1 13.178,4 19,8

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

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Tabela 65 – Participação das empresas líderes na produção nacional de bauxita (%)

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Em relação à produção de alumina, aAlunor te det inha, em 2001, 46% daprodução total no país. Cerca de um quartoda produção nacional ocorre nas plantas

da Alcoa em Poços de Caldas e em SãoLuís. A Alcan mostra participação marginalna produção nacional de alumina (tabelas66 e 67).

Tabela 66 – Produção de alumina das empresas líderes -mil/ton./anoEmpresas Localização 1996 1998 2000 2001 96/01 (%)Alunorte Barcarena (PA) 827,7 1.430,0 1.627,7 1.605,3 93,9

863,1 840,6 952,9 822,9 -4,7Alcoa Poços de Caldas (MG) 267,4 270,9 278,0 229,7 -14,1

São Luís (MA) 595,7 569,7 674,9 593,2 -0,4CBA Alumínio (SP) 437,7 440,3 487,1 462,2 5,6BHP Billiton São Luís (MA) 397,1 379,3 447,9 395,5 -0,4

233,4 231,9 241,5 233,8 0,2Alcan Ouro Preto (MG) 123,2 127,1 117,1 123,9 0,6

São Luís (MA) 110,2 104,8 124,4 109,9 -0,3Total 2.759,0 3.322,1 3.754,1 3.519,7 27,6

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Tabela 67– Participação de empresas líderes na produção nacional de alumina – (%)

Empresas Localização 1996 1998 2000 2001Alunorte Barcarena (PA) 30,0 43,0 43,4 45,6

31,3 25,3 25,4 23,4Alcoa Poços de Caldas (MG) 9,7 8,2 7,4 6,5

São Luís (MA) 21,6 17,1 18,0 16,9CBA Alumínio(SP) 15,9 13,3 13,0 13,1BHP Billiton São Luís (MA) 14,4 11,4 11,9 11,2

8,4 7,0 6,4 6,7Alcan Ouro Preto (MG) 4,5 3,8 3,1 3,5

São Luís (MA) 4,0 3,2 3,3 3,1Total 100,0 100,0 100,0 100,0

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Empresas Localização 1996 1998 2000 2001MRN Oriximiná (PA) 79,4 77,9 80,2 81,3CBA Itamarati de Minas (MG) 8,6 9,9 9,7 9,2

e Poços de Caldas (MG)Alcoa Poços de Caldas (MG) 6,0 5,4 4,2 4,3Alcan Ouro Preto (MG) 3,6 3,7 3,0 3,0Outros 2,4 3,1 2,9 2,2Total 100,0 100,0 100,0 100,0

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O terceiro momento na cadeia, que é produçãode alumínio primário, está distribuído demaneira um pouco mais uniforme entre asempresas. Observa-se que 30% da produçãoocorrem na planta da Albras em Barcarena,no Pará. A Alcoa, que amarga retração de 14%

na produção de alumínio primário entre 1996 e2001, retém 36% da produção nacional. Aúnica empresa a expandir o volume produzidode alumínio primário é a Companhia Brasileirado Alumínio (CBA), responsável por 20% daprodução nacional em 2001 (tabelas 68 e 69).

Tabela 68 – Produção de alumínio primário das empresas líderes – mil/ton/anoEmpresas Localização 1996 1998 2000 2001 96/01 (%)Albras Barcarena (PA) 339,7 344,7 369,2 334,8 -1,4

283,4 281,4 291,1 243,9 -13,9Alcoa Poços de Caldas (MG) - - 91,7 69,7 -

São Luís (MA) - - 199,4 174,2 -CBA Alumínio (SP) 220,0 221,0 240,1 230,4 4,7BHP Billiton 210,7 206,9 213,6 187,2 -11,2

São Luís (MA) - - 171,5 150,9 -Santa Cruz (RJ) - - 42,1 36,3 -

93,4 102,5 106,9 92,1 -1,4Alcan

Aratu (BA) - - 50,3 44,5 -

Ouro Preto (MG) - - 56,6 47,6 -Aluvale Santa Cruz (RJ) 50,2 51,5 50,5 43,6 -13,1Total 1.197,4 1.208,0 1.271,4 1.132,0 -5,5

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Tabela 69 - Participação de empresas líderes na produção nacional de alumínio primário - (%)

Empresas Localização 1996 1998 2000 2001Albrás Barcarena (PA) 28,4 28,5 28,0 25,0

23,7 23,3 23,9 26,1Alcoa Poços de Caldas (MG) - - 10,7 13,1

São Luís (MA) - - 13,2 13,0CBA Alumínio (SP) 18,3 18,3 18,9 20,4BHP Billiton 17,6 17,1 16,8 16,5

São Luís (MA) - - 14,5 13,3Santa Cruz (RJ) - - 2,3 3,2

7,8 8,5 8,4 8,1Alcan Aratú (BA) - - 4,0 3,9

Ouro Preto (MG) - - 4,4 4,2Aluvale Santa Cruz (RJ) 4,2 4,3 4,0 3,9Total 100,0 100,0 100,0 100,0

Elaboração: DESEP/CUTFonte: DNPM e ABAL

Nas tabelas 70 a 72 pode-se verificar a participaçãorelativa de cada um dos grupos empresariaisanalisados, nas produções nacionais e naprodução do grupo dos três principais elementosda cadeia produtiva do alumínio.

A Alcoa e Alcan detêm participações na produção

nacional de bauxita superiores à participaçãorelativa de suas plantas no Brasil face à produçãodo grupo. O inverso acontece com a Norsk Hydro.Os dados são para 2001. As duas empresas queextraem bauxita apenas no Brasil, CVRD eVotorantim, respondem por nada menos do que50% da produção nacional (Tabela 70).

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A maior produtora de alumina no país é a Alcoa,com 23% da produção nacional. Sua posiçãono Brasil, contudo, representa menos de umdécimo da produção mundial do grupo. Asempresas brasileiras cuja produção estáconcentrada apenas no Brasil, CVRD eVotorantim, respondem por pouco mais de umterço da produção nacional. Relevante notarque a Norsk Hydro tem um terço da suaprodução de alumina no Brasil, ainda que omontante de 520 milhões de toneladasrepresente 15% da produção nacional em 2001(Tabela 71).

Tabela 70– Principais grupos com atuação na produção doméstica de bauxita – 2001 *

Grupo Produção de bauxita % na produção % na produção(mil/ton/ano) nacional de bauxita mundial de bauxita do grupo

CVRD 4.283,2 32,5 100,0Votorantim 2.287,8 17,4 100,0Alcoa 2.027,3 15,4 8,6Alcan 1.685,4 12,8 9,8BHP Billiton 1.584,8 12,0 11,8Hydro 535,4 4,0 28,2

Elaboração: DESEP/CUTFonte: ABAL e empresas (relatórios anuais e demais informações dos sites das empresas).*Produção calculada de acordo com a participação acionária dos grupos nas empresas.CVRD (40% da MRN) exceto a participação até dez/01 na Mineração Vera Cruz. Votorantim(produção própria + 10% da MRN). Alcoa (produção própria + 13,7% da MRN, sendo 8,68%com Alcoa e 5% com Reynolds). Alcan (produção própria + 12% da MRN). BHP Billiton(participação acionária de 14,8% na MRN). Hydro (participação acionária de 5% na MRN).Essa distribuição da produção por participação acionária não reflete necessariamenteacordos e alianças comerciais entre os acionistas que participam do controle acionário ouacordos long-term com clientes.

Tabela 71 - Principais grupos com atuação na produção doméstica de alumina – 2001 *

Grupo Produção de alumina % na produção % na produção mundial(mil/ton/ano) nacional de alumina de alumina do grupo

Alcoa** 822,9 23,4 7,1CVRD 807,6 22,9 100,0Votorantim 462,2 13,1 100,0BHP Billiton** 395,5 11,2 13,9Alcan** 233,8 6,6 5,6Hydro ** 520,0 14,8 32,5

Elaboração: DESEP/CUTFonte: ABAL e empresas (relatórios anuais e demais informações dos sites das empresas).*A produção por grupo foi calculada de acordo com as informações prestadas pelas empresasa ABAL, Boletim Estatístico 2.001. Nos casos específicos da CVRD e Hydro referem-se aparticipação que elas detêm na Alunorte.**A participação na produção mundial do grupo deve ser ponderada, pois a sua quota deprodução no Brasil pode ser cedida, parcial ou integralmente, a outras empresas por meio decontratos e associações. Em situação inversa, tais grupos podem deter produção acima desuas participações acionárias.

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Tabela 72 - Principais grupos com atuação na produção doméstica de alumínio – 2001*

Grupo Produção de alumínio % na produção nacional % na produção mundial deprimário (mil/ton./ano) de alumínio primário alumínio primário do grupo

Alcoa** 243,9 21,5 5,8Votorantim 230,4 20,3 100,0CVRD*** 214,3 18,9 100,0BHP Billiton** 187,2 16,5 19,5Alcan** 92,1 8,1 4,0

Elaboração: DESEP/CUTFonte: ABAL e empresas (relatórios anuais e demais informações dos sites das empresas).* A produção por grupo foi calculada de acordo com as informações prestadas pelasempresas à ABAL, Boletim Estatístico 2.001.**A participação na produção mundial do grupo deve ser ponderada, pois a sua quota deprodução no Brasil pode ser cedida, parcial ou integralmente, a outras empresas por meio decontratos e associações. Em situação inversa, tais grupos podem deter produção acima desuas participações acionárias.***Produção calculada de acordo com a participação acionária da CVRD (Aluvale) na Albrase somada à sua própria quota de produção na Valesul, que consta no Boletim da ABAL.

O alumínio primário tem como principal produtoruma vez mais a Alcoa, com pouco mais deum quinto da produção nacional. Os 244milhões de toneladas feitos pela Alcoa noBrasil, contudo, representam apenas 6% daprodução mundial do grupo. Votorantim eCVRD concentram pouco menos da metadeda produção nacional de alumínio primário.

Dentre as empresas com capital estrangeiro,apenas a BHP Billiton mostra algum equilíbrioentre a produção no Brasil e a produçãomundial do Grupo (Tabela 72).

A Tabela 73 sintetiza as informações dispostasnas três tabelas anteriores, bem como parteda análise sobre o panorama internacional.

Tabela 73 - A presença dos grupos na produção doméstica e mundial na cadeia do alumínio - 2001

Elaboração: DESEP/CUTFonte: ABAL e empresas (relatórios anuais e demais informações dos sites das empresas)

Grupos % na produção % na produção % na produção % na produção mundial do grupono Brasil nacional nacional nacional de Bauxita Alumina Alumínio

de bauxita de alumina alumínio primário primárioAlcoa 15,4 23,4 21,5 8,6 7,1 5,8Alcan 12,8 6,6 8,1 9,8 5,6 4,0CVRD 32,5 22,9 18,9 100,0 100,0 100,0Votorantim 17,4 13,1 20,3 100,0 100,0 100,0BHP Billiton 12,0 11,2 16,5 11,8 13,9 19,5Hydro 4,0 14,8 - 28,2 32,5 Np

Grupos % na produção % na produção % na produçãono Mundo mundial de bauxita mundial de alumina mundial de alumínio primárioAlcoa 17,2 23,8 17,0Alcan 12,6 8,6 9,2Hydro 1,4 3,3 5,6BHP Billiton 9,8 5,9 3,9CVRD 3,1 1,7 1,0Votorantim 1,7 0,9 0,9

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Cadeia produtiva doalumínio primário

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A infiltração de água em rochas alcalinas (inverso do logaritmo da concentraçãode ions de hidrogênio maior do que 7) que entram em decomposição forma abauxita (óxido de alumínio - AlO). A bauxita é encontrada na superfície terrestre,com espessura média de 4,5 metros. Isso permite a mineração de bauxita acéu aberto. A bauxita é o minério básico de toda a cadeia do alumínio.

A bauxita é então moída e misturada a uma solução de soda cáustica,transformando o minério numa pasta. A pasta é aquecida sobre pressão erecebe nova quantidade de soda cáustica, formando o aluminato de sódio. Apasta então se dissolve e a partir disso passa por processos de sedimentaçãoe filtragem. A solução resultante, agora filtrada das impurezas, permite aobtenção de alumina por meio do processo de precipitação.

O resíduo da segunda precipitação é lavado e secado por meio da evaporação.Assim, obtém-se um pó branco de consistência semelhante ao açúcar. Trata-se da alumina (Al2O3). Entre quatro e seis toneladas de bauxita produzemduas toneladas de alumina.

A transformação de alumina em alumínio inicia-se pela dissolução da aluminanum banho de criolita. Ou seja, dissolve-se a alumina em fornos eletrolíticosplenos de criolita. Submete-se a solução a uma intensa carga elétrica, queresulta na separação do metal de alumínio da solução. A eletricidade rompe aligação iônica entre o alumínio e o oxigênio. O metal de alumínio liqüefeito édirecionado para a fundição de lingotes. Tem-se, enfim, o alumínio primário.

O lingote de alumínio assume a forma apropriada à posterior utilização do metal:laminação e extrusão.

A partir do processo acima descrito, identificamos os segmentos na cadeiaprodutiva do alumínio: Indústria extrativa mineral e indústria metalúrgicade não ferrosos.

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Conclusões

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Conforme adiantado na Introdução,selecionamos o mercado de alumínio primárioem virtude de se tratar da fase mais próximados produtos transformados e para os quaisnão dispomos de estatísticas suficientes.

Iniciamos identificando que mais da metadeda oferta do minério está concentrada emsete empresas, com a Alcoa sendoresponsável por 17% do volume totalproduzido em 2001. A distribuição das outrasempresas nos volumes totais produzidos noscapacita a identificar esse mercado como um

Oligopólio. Isso equivale a dizer que asestratégias empresariais de cada firma sãodefinidas em função das reações estimadasdas outras firmas. Assim, supondo que aAlcoa decida elevar seu volume de produção,esta empresa deverá estimar os impactosnos preços da tonelada de alumínio primáriolevando em conta a reação da Rusal, Alcanetc. Trata-se de um mercado concorrencialcom uma empresa líder. O Gráfico 9 ilustraa distribuição da produção mundial dealumínio primário entre as sete maioresempresas para 2001.

Gráfico 9 - Distribuição da produção mundial de alumínio primário entre as sete principaisempresas. (%). 2001

Em relação ao comércio internacional, os gráficos10 e 11 exemplificam a distribuição espacial dosativos produtivos das principais empresas,especialmente Alcoa, Alcan e Hydro, bem comoa posição relativa da Rusal, tendo em vista quepouco mais de um quarto do volume mundial dasexportações provém da Rússia. A posição doCanadá está vinculada à Alcan. A Austrália é sedede grande número das plantas da Alcoa.

Quanto às importações, fica mais clara adivisão internacional do trabalho. Asplantas de transformação do alumínioprimário em produtos transformados, commaior valor agregado, demandam o minériodos países acima especificados. Tem-se,por tanto , que EUA e Japão sãoresponsáveis por pouco mais da metade dovolume mundial importado.

Gráfico 10 – Distribuição do volume das exportações mundiais de alumínio primário. (%). 2001.

Fonte: Tabela 14

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Gráfico 11 – Distribuição do volume das importações mundiais de alumínio primário. (%). 2001

Fonte: Tabela 15

No mercado interno, a distribuição dovolume produzido de alumínio primário entreas principais empresas atuantes no Brasilé relativamente menos desconcentrada quea produção mundial. A Alcoa e a Votorantimsão respectivamente a primeira e a segundamaiores produtoras do minério no Brasil,cada uma com 21% e 20% do total (Gráfico12). A CVRD aparece como a terceira maior

produtora nacional. Essa distribuição podeser estratégica na formulação de umapolítica de internacionalização dessasempresas na cadeia do alumínio, emespecia l se levarmos em conta adisponibilidade de minas de bauxita noBrasil. Trata-se uma vez mais de ummercado oligopolizado cujas empresaslíderes são de capital nacional.

Gráfico 12 - Distribuição do volume produzido de alumínio primário no Brasil, segundogrupos empresariais. (%). 2001.

Fonte: Tabela 56

As vendas em volume de alumínio primáriodo Brasil traduzem os fluxos de comérciointrafirmas no caso da Norsk Hydro, da Alcoa,da Alcan e da BHP Billiton. Traduzemtambém a posição das empresas nacionais,que representam parte significativa daprodução nacional do minério. O fato de a

Holanda ser o principal importador dealumínio primário está vinculado ao seu papelde centro logíst ico das empresastransnacionais operando na Europa,especialmente a Norsk Hydro. A posiçãorelativa do Japão deriva dos contratoscomerciais da CVRD (Gráfico 13).

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Gráfico 13 – Distribuição do volume das exportações brasileiras de alumínio primário. (%). 2001

Fonte: Tabela 44

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Anexos

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Anexo 1 - Estrutura da AlcoaAnexo 1 - Estrutura da AlcoaAnexo 1 - Estrutura da AlcoaAnexo 1 - Estrutura da AlcoaAnexo 1 - Estrutura da AlcoaMacrosegmento Segmentos ProdutosTransporte comercial Alcoa Fujikura Componentes para sistemas de(Commercial Transportation) distribuição elétrica e eletrônica

Alcoa Produtos de Engenhos Lâminas de alumínio, chapas e folhas de(Alcoa Mill Products) alumínio para uso em sistemas de troca de

calor para automóveis e caminhõesAlcoa Rodas e Acessórios Discos de rodas forjados e acessórios(Alcoa Wheel Products and para caminhões e veículos de cargaAlcoa Wheel Accessories)Produtos de Fundição Estruturas forjadas para gabinetes de(Howmet Castings) motores e outros componentesAlças e Presilhas de Alças de ligamento de alumínio paraSegurança (Huck Fasteners) caminhões e veículos de carga, trailers

e ônibus escolaresAlumina e Química Alcoa Absorventes e Alumina ativada e catalisadores baseados(Alumina and Chemicals) Catalisadores (Alcoa em alumina de alta pureza para uso nos

Adsorbents & Catalysts) processos de obtenção dehidrocarbonetos e para o mercadode catalisadores

Alcoa Divisão Especial para Alumínio de alta pureza, pó de alumínioMetais (Alcoa Specialty e lingotes de alumínioMetals Division)Alcoa Química Mundial (Alcoa Alumínio atomizado, alumina e produtosWorld Chemicals) químicos baseados em alumina para

refratários, cerâmica, abrasivos, plásticos,polímeros e para tratamento de água

Alcoa Redução de Alumina Estoque de alumina para a produção de(Smelter Grade Alumina) alumínio e de produtos químicos

baseados em alumínioEmbalagens e produtos Alcoa Sistemas Internacionais Garrafas plásticas, injeção e compressãopara consumidores (Packing de Invólucros (Alcoa Closure de plásticos e alumínio e equipamentosand Consumer Products) Systems International) de embalagem

Alcoa Embalagens Flexíveis Rolos de PVC e filmes de embalagem(Alcoa Flexible Packing)Alcoa Produtos de Engenhos Lâminas de alumínio, chapas e folhas de(Alcoa Mill Products) alumínio para uso industrialAlcoa Máquinas de Embalagens Equipamentos para decoração de(Alcoa Packing Machinery) latas de alumínioAlcoa Embalagens Rígidas Plantas e chapas de alumínio para latas(Alcoa Rigid Packing) e reciclagem de alumínioPresto Rótulos de embalagens e produtos

de embalagemReynolds Foodservice Folhas, filmes, alumínio, sacolas e outros

produtos de embalagem. Embalagens lisase estampadas para brinquedos, comidae bebidas

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Macrosegmento Segmentos ProdutosAeroespacial (Aerospace) Alcoa Produtos Aeroespaciais Barras, tubos, varas de alumínio e formas

(Alcoa Engineered de alumínio para uso da indústriaAerospace Products) aeroespacialAlcoa Produtos de Engenhos Lâminas de alumínio, chapas e folhas de(Alcoa Mill Products) alumínio para uso industrialAlcoa Rodas e Acessórios Rodas de alumínio forjadas para trens de(Alcoa Wheel Products and pouso e estruturas encomendadas deAlcoa Wheel Accessories) alumínio para uso aeroespacialProdutos de Fundição Gabinetes para motores de turbina(Howmet Castings)Alças e Presilhas de Rebites, ferrolhos, trincos e artigos deSegurança (Huck Fasteners) fixação para a indústria aeroespacial

Lingotes de alumínio Alcoa Metais Primários Alumínio primário para diversos(Aluminium Ingot) (Alcoa Primary Metals) mercados e aplicações

Alcoa Produtos de Carbono Ferro, dióxido de titânio, alumínio e(Alcoa Carbon Products) ânodos de carbono para uso interno

Automotivo (Automotive) Alcoa Engenharia de Desing e engenharia de suplementos deAutomóveis (Alcoa alumínio para automóveisAutomotive Engineering)Alcoa Fujikura Componentes elétricos e eletrônicos para

automóveisAlcoa Produtos de Engenhos Lâminas de alumínio, chapas e folhas de(Alcoa Mill Products) alumínio para uso industrialAlcoa Rodas e Acessórios (Alcoa Rodas, capas e outros acessórios deWheel Products and Alcoa alumínio para automóveisWheel Accessories)Alças e Presilhas de Sistemas de alças e de presilhas deSegurança (Huck Fasteners) alumínio para automóveis

Edificação e construção Alcoa Arquitetura (Alcoa Portas e janelas comerciais(Building and Construction) Architettura; Itália)

Alcoa Bouw Groep Telhados, janelas, portas e estruturasde alumínio

Alcoa Produtos para Construção Projetos e ligas de alumínio(Alcoa Building Products) para construçãoAlcoa Infra-estrutura Postes de iluminação, colunas e

estruturas de alumínioAlcoa Produtos de Engenhos Lâminas de alumínio, chapas e folhas de(Mill Products) alumínio para uso na construção civilAlumax Box para banheiros e portas

de banheirosKawneer Sistemas de arquitetura e outros produtos

de arquiteturaComponentes industriais Alcoa Produtos de Engenhos Lâminas de alumínio, chapas e folhas de(Industrial Components) (Mill Products) alumínio para uso industrial

Alcoa Rodas e Acessórios Rodas fundidas para trens de pouso e(Alcoa Wheel Products and forjas encomendadas para usosAlcoa Wheel Accessories) industriaisProdutos de Fundição Forjas de alumínio para componentes de(Howmet Castings) motores turbinados para uso industrial e

forjas de grande escala estruturalAlças e Presilhas de Segurança Presilhas e alças de alta performance(Huck Fasteners) para usos industriais

Elaboração: DESEP/CUTFonte: www.alcoa.com

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Anexo 2 - Distribuição geográficaAnexo 2 - Distribuição geográficaAnexo 2 - Distribuição geográficaAnexo 2 - Distribuição geográficaAnexo 2 - Distribuição geográficadas unidades da Alcoadas unidades da Alcoadas unidades da Alcoadas unidades da Alcoadas unidades da AlcoaPaís/Continente Empresa ProdutosCanadá/América Alcoa Fujikura Ltd. Componentes automotivosdo Norte e Central Aluminiere Lauralco Inc. Alumínio primário

Alumiere de Bécancour Inc. Alumínio primárioAlumiere de Baie-Corneau Inc. Alumínio primárioCanadian Reynolds Metals Company, Ltd. Artigos de fixação como presilhas e

alças de alumínioDBM Industries Ltd. OutrosHowmet Castings Artigos de fixação como presilhas e

alças de alumínioKawneer Company Canada Ltd. Produtos de construção

Costa Rica/América Alcoa CSI de Centro América S.A. Invólucros e máquinasdo Norte e CentralJamaica/América do Norte Alcoa Minerals of Jamaica LLC Alumina e mineração de bauxitaMéxico/América Central Alcoa CSI de México em Enseada S.A. Invólucros e máquinase do Norte Alcoa CSI de México em Saltillo S.A. Invólucros e máquinas

Alcoa Fujikura Ltd. Componentes automotivos eprodutos elétricos

EUA/América do Norte e Central Alcoa Latas de alumínio, alumínio primário,plantas e estruturas de alumínio

Alcoa Automotive Componentes automotivos,engenharia automobilística e artigosde fixação, como presilhas e alçasde alumínio

Alcoa Building Products Inc. Produtos de construçãoAlcoa Closure Systems International Invólucros e máquinasAlcoa Distribution and Industrial Products Produção de alumínio, tubos e

formas de alumínioAlcoa Extruded Aerospace Products Produção de alumínio, tubos e

formas de alumínioAlcoa Extruded Construction Products Produção de alumínio, arquitetura,

formas e plataformas de alumínioAlcoa Extruded Heat Exchanger Products Produtos de alumínio que

trocam calorAlcoa Fujikura Ltd. Engenharia automotivaALCAO Wheel and Forged Products Rodas, plataformas e plantas

de alumínioAlumax Foils Inc. Produtos de alumínio forjadosAmerican Trim, LLC. OutrosB&C Resaerch Inc. Componentes de automóveis e

plataformas de alumínioHowmet Castings Forjas de alumínio para

componentes de motores turbinadospara uso industrial e forjas de grandeescala estrutural

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País/Continente Empresa ProdutosEUA/América do Norte e Central Kawneer Company Inc. Produtos para construção

Stolle Machinery Inc. Máquinas de embalagem.Teletech Company Inc. OutrosAlcoa Packing Machinery Inc. Invólucros, máquinas para

embalagens e outrosAlcoa World Alumina LLC. Química e aluminaAlumax Mill Products Inc. Plantas, formas, folhas e lâminas

de alumínioDigi Sys Corp. OutrosEastalco Aluminium Company Alumínio primárioMin Tel Communications LLC OutrosPermatech Inc. OutrosQuality Control Services Inc. OutrosSix R Communications LLC OutrosSt. Croix Alumina LLC AluminaT.I.C.S. Corporation OutrosNorthwest Alloys Inc OutrosNorton-Alcoa Proppants Outros

Argentina/América do Sul Alusud Argentina S.A. Invólucros, máquinas e outrosFeroscar S.A. Industrial y Comercial Tubos, plantas e folhas de alumínio

Brasil/América do Sul AFL do Brasil Tubos, plantas e folhas de alumínioAlcoa Alumínio S.A. Invólucros, máquinas, produtos de

construção, tubos, plataformas,formas de alumínio, alumina,química de alumínio, mineração debauxita, produtos elétricos, alumínioprimário etc.

Comércio de Alumínio do Maranhão Alumina e alumínio primárioMineração Rio do Norte S.A. Mineração de bauxita

Chile/América do Sul Alusud Embalajes Chile Ltda. Invólucros e máquinasColômbia/América do Sul Alusud Embalajes Colômbia Ltda. Invólucros, máquinas e outrosPeru/América do Sul Alusud Peru S.A. Invólucros, máquinas e outrosSuriname/América do Sul Suriname Aluminium Company LLC Mineração de bauxita, alumina e

alumínio primárioVenezuela/América do Sul Alcoa Fujikura Ltd. Venezuela C A Componentes automotivos,

produtos elétricos.Ruedas de Aluminio C A Alças e ferrolhos de alumínio

Bélgica/Europa Alcoa Fujikura Ltd. OutrosRepública Tcheca/Europa Alcoa Fujikura Ltd. OutrosFrança/Europa Alcoa França S.A. Plantas, folhas e formas de alumínio

ferrolhos e alças de alumínio parafixação e produtos de construção

Kawneer France S.A. Produtos de construção

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País/Continente Empresa ProdutosAlemanha/Europa Alcoa Automotiva GmbH Engenharia automotiva,

componentes automotivos, alças eferrolhos de alumínio para fixação etubos de alumínio

Alcoa Chemie GmbH Química de alumínio e de derivadosAlcoa Deutschland GmbH Invólucros, máquinas e outrosAlcoa Extrusions Hannover Tubos, formas, plantas e folhas deGmbH & Co, KG alumínioKawneer Deutschland GmbH Produtos de construçãoMichels GmbH & Co. KG Componentes automotivos e

produtos elétricosStribel GmbH Componentes automotivos e

produtos elétricosHungria/Europa AFL Hungary Kft. Componentes automotivos e

produtos elétricosAlcoa - Köfém Kft. Produtos de construção, tubos,

plataformas e formas de alumínioAlcoa Wheel Products Europe Estruturas, rodas e acessóriosMfg & Trading LLC de alumínioCSI Hungary Manufacturing Invólucros e máquinasand Trading LLC

Irlanda/Europa Alcoa Fujikura Ireland Limited Componentes automotivos eprodutos elétricos

Itália/Europa Alcoa Italia SpA Tubos, alumínio primário, plantas,plataformas, e folhas de alumínio

Alcoa Italia SpA Automotive Structures Componentes automotivosReynolds Wheels SpA Alças e ferrolhos de alumínio

para fixaçãoPaíses Baixos/Europa Alcoa Chemie Nederland BV Química de alumina e de derivados

Alcoa Moerdijk BV Química de alumina e de derivadosAlcoa Nederland BV Produtos de construção, auto

componentes, tubos, plataformas,plantas e folhas de alumínio

Alumax Extrusions BV Latas de alumínio e tubosNoruega/Europa Alcoa Automotive Componentes automotivos

de alumínioElken Aluminium ANS Alumínio primário

Polônia/Europa Kawneer Polska Sp. z oo Produtos de construçãoPortugal/Europa Alcoa Fujikura Ltd. OutrosRússia/Europa Alcoa CSI Vostok Ltd. Invólucros e máquinasEspanha/Europa Alúminia Española S.A. Alumina, química de alumina e

alumínio primárioAlcoa Arquitetura SL Produtos de construçãoAlcoa CSI España S.A. Invólucros e máquinas

Espanha/Europa Alcoa Inespal S.A. Alumínio primário, tubos, fios,plantas, plataformas e folhasde alumínio

Alcoa Navarra S.A. Tubos, plantas, folhas e estruturasde alumínio

Alcoa Transformacion S.A. Fios, plataformas, plantas e folhasde alumínio

Extrusion de Aluminio S.A. Tubos, folhas, formas e plantasde alumínio

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País/Continente Empresa ProdutosReino Unido/Europa AFL UK Ltd. Componentes automotivos de

alumínio e produtos elétricosAlcoa Extruded Products UK Limited Tubos, folhas, plantas e plataformas

de alumínioAlcoa Manufacturing GB Limited Plataformas e plantas de alumínioAlcoa Systems UK Limited Produtos de construçãoHowmet Castings Cerâmicas, núcleos de cerâmica,

alças e ferrolhos de alumíniopara fixação

Kawneer UK Limited Produtos de construçãoBarein/Ásia Gulf Closures WLL Invólucros e máquinasChina/Ásia Alcoa Aluminium Products Co. Ltd. Produtos forjados de alumínio

Alcoa Closure Systems International Co. Ltd. Invólucros e máquinasQingdao Alcoa Co. Ltd. Química de alumina e derivadosYunnam Xinmeliu Aluminum Foil Co. Ltd. Produtos forjados de alumínio

Índia/Ásia Alcoa-ACC Industrial Chemicals Limited Química de alumina e derivadosJapão/Ásia Alcoa Kasei Limited Química de alumina e derivados

Alcoa Wheel Products Japan Ltd. OutrosHowmet Castings Alças e ferrolhos de alumínio

para fixaçãoKSL Alcoa Aluminum Company Ltd. Plantas, plataformas, folhas e

formas de alumínioMoraico Limited Química de alumina e derivadosShibazaki Seisakusho Limited Invólucros e máquinas

Filipinas/Ásia Alcoa Closure Systems International Invólucros e máquinasCingapura/Ásia ACAP Singapore Pte Ltd. Química de alumina e derivadosGuiné/África Halco Inc. Mineração de bauxitaMarrocos/África Kawneer Maroc S.A. Produtos de construçãoAustrália/Oceania Alcoa World Alumina - Australia Mineração de bauxita, alumina,

química de alumina, plataformas eplantas de alumínio ealumínio primário

Australian Fused Materials Pty Limited Química de alumina ealumínio primário

Kaal Australia Pty Limited Plantas e plataformas elatas de alumínio

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Anexo 3 - Distribuição geográficaAnexo 3 - Distribuição geográficaAnexo 3 - Distribuição geográficaAnexo 3 - Distribuição geográficaAnexo 3 - Distribuição geográficadas plantas da Alcandas plantas da Alcandas plantas da Alcandas plantas da Alcandas plantas da Alcan

País/Continente ProdutosCanadá/América do Norte e Central Alumínio primário

Refino de alumina e químicaGeração de energiaChapas e formas de alumínioCabosComponentes e sistemas automotivosEmbalagens para alimentosEmbalagens para cigarrosEmbalagens para produtos farmacêuticos e cosméticosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

EUA/América do Norte e Central Alumínio primárioChapas e formas de alumínioReciclagemCabosCompostosEmbalagens para alimentosEmbalagens para cigarrosEmbalagens para produtos farmacêuticos e cosméticosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

Bermudas /América do Norte e Central Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimentoPorto Rico/América do Norte Embalagens para produtos farmacêuticos e cosméticosBrasil/América do Sul

Aratu (BA) Alumínio primário Cubatão (SP) Alumínio primário Diadema (SP) Embalagens para produtos farmacêuticos e cosméticos Mauá (SP) Embalagens para alimentos Ouro Preto (MG) Mineração de bauxita

Refino de aluminaAlumínio primárioGeração de energia

Pindamonhagaba (SP) Chapas e formas de alumínioReciclagem

Porto Trombetas (MRN/PA) Mineração de bauxita Santo André (SP) Chapas e formas de alumínio São Luís (MA) Refino de alumina São Paulo (SP) Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

Alemanha/Europa Chapas e formas de alumínioReciclagemCompostosComponentes e sistemas automotivosEmbalagens para alimentosEmbalagens para cigarrosEmbalagens para produtos farmacêuticos e cosméticosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

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País/Continente ProdutosÁustria/Europa Outros produtosBélgica/Europa Outros produtosDinamarca/Europa Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimentoEslovênia/Europa Componentes e sistemas automotivos

Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimentoEspanha/Europa Outros produtos

Embalagens para alimentosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

Finlândia/Europa Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimentoFrança/Europa Produtos extrudados

Outros produtosEmbalagens para alimentosEmbalagens para produtos farmacêuticos e cosméticosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

Hungria/Europa Outros produtosIrlanda/Europa Embalagens para alimentosIslândia/Europa Alumínio primárioItália/Europa Chapas e formas de alumínio

ReciclagemProdutos extrudadosCompostosOutros produtosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

Noruega/Europa Alumínio primárioPaíses Baixos/Europa Alumínio primário

Outros produtosEmbalagens para alimentosEmbalagens para cigarrosEmbalagens para produtos farmacêuticos e cosméticosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

Portugal/Europa Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimentoPolônia/Europa Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimentoReino Unido/Europa Refino de alumina

Alumínio primárioGeração de energiaChapas e formas de alumínioReciclagemCompostosEmbalagens para alimentosEmbalagens para cigarrosEmbalagens para produtos farmacêuticos e cosméticosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

República Tcheca Produtos extrudadosRússia/Europa Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimentoSuécia/Europa Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimentoSuíça/Europa Alumínio primário

Chapas e formas de alumínioReciclagemProdutos extrudadosCompostosComponentes e sistemas automotivosOutros produtosEmbalagens para alimentosEmbalagens para produtos farmacêuticos e cosméticos

Turquia/Europa Embalagens para cigarros

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País/Continente ProdutosChina/Ásia Produtos extrudados

CompostosEmbalagens para produtos farmacêuticos e cosméticosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

Coréia do Sul/Ásia Chapas e formas de alumínioEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

Japão/Ásia Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimentoCazaquistão/Ásia Embalagens para cigarrosMalásia/Ásia Chapas e formas de alumínio

Produtos extrudadosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

Cingapura/Ásia Escritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimentoTailândia/Ásia Chapas e formas de alumínio

Produtos extrudadosEscritórios comerciais e/ou de pesquisa e desenvolvimento

Gana/África Mineração de bauxitaGuiné/África Mineração de bauxitaAustrália/Oceania Mineração de bauxita

Refino de alumina

Elaboração: DESEP/CUTFonte: www.alcan.com

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Anexo 4Anexo 4Anexo 4Anexo 4Anexo 4Distribuição das unidades de produção dos grupos que pertencemou que possuem participação acionária - Alcoa e Alcan - no Brasilnos segmentos da cadeia do alumínio

A cadeia do alumínio divide-se em quatrosegmentos de atividades: extração de bauxita(minas), produção de alumina (refinaria),produção de alumínio primário (usina) etransformados de alumina ou produtos dealumínio e plásticos, além dos semi-elaborados, os quais não são consideradospropriamente um quinto segmento da cadeia,

mas que contribuem no fornecimento deinsumos.1

Considerando somente as 27 unidades deprodução dos grupos Alcoa e Alcan no Brasil,essas atividades encontram-se distribuídasgeograficamente conforme segue:2

1 De acordo com a estruturação dos grupos empresariais abordados e em virtude da não identificaçãoexata do insumo utilizado na produção em várias unidades (plásticos ou alumínio), estaclassificação pode conter pequenas imperfeições.

2 Note-se que muitas empresas são integradas, participando simultaneamente de processos deprodução em mais de um segmento da cadeia. Por isso são mencionadas em todos eles, quantasvezes necessárias.

Extração de bauxita (minas):Município Empresa Grupo(s)Oriximiná (Porto Trombetas)/PA Mineração Rio do Norte Alcoa + Alcan + outrosOuro Preto/MG Alcan Alumínio do Brasil S.A. (*) AlcanPoços de Caldas/MG Cia. Geral de Minas Alcoa

(*) Empresa integrada com extração de bauxita, produção de alumina e alumínio primário

Produção de alumina (refinaria):Município Empresa Grupo(s)Poços de Caldas/MG Alcoa Alumínio S.A.(*) AlcoaSão Luís/MA Consórcio Alumínio do Maranhão – Alumar (*) Alcoa + AlcanOuro Preto/MG Alcan Alumínio do Brasil S.A. (**) Alcan

(*) Empresa integrada, com produção de alumina e alumínio primário(**) Empresa integrada com extração de bauxita, produção de alumina e alumínio primário

Produção de alumínio primário (usina)

Município Empresa Grupo(s)Poços de Caldas/MG Alcoa Alumínio S.A.(*) AlcoaSão Luís/MA Consórcio Alumínio do Maranhão – Alumar (*) AlcoaCandeias (Aratu)/BA Alcan Alumínio do Brasil Ltda. AlcanCubatão/SP Alcan Alumínio do Brasil Ltda. AlcanOuro Preto/MG Alcan Alumínio do Brasil Ltda. (**) Alcan

(*) Empresa integrada, com produção de alumina e alumínio primário(**) Empresa integrada com extração de bauxita, produção de alumina e alumínio primário

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Transformados de alumínio e plásticos:

Município EmpresaGrupo(s)Itajubá/MG AFL do Brasil Ltda. AlcoaItapissuma/PE Alcoa Alumínio S.A. AlcoaQueimados/RJ Alcoa Alumínio S.A. AlcoaLages/SC Alcoa Alumínio S.A. AlcoaTubarão/SC Alcoa Alumínio S.A. AlcoaAlphaville/SP Alcoa Alumínio S.A. AlcoaSanto André/SP Alcoa Alumínio S.A. AlcoaSão Caetano do Sul/SP Alcoa Alumínio S.A. AlcoaSorocaba/SP Alcoa Alumínio S.A. AlcoaItaipava Alcoa Alumínio S.A. AlcoaCotia/SP Alcoa Alumínio S.A. AlcoaRio de Janeiro/RJ Alcoa Fios e Cabos Elétricos S.A. Alcoa

Macesa Embalagens Plásticas S.A. AlcoaTamboré Embalagens Alcoa

Pindamonhangaba/SP Alcan Alumínio do Brasil Ltda. AlcanMauá/SP Alcan Alumínio do Brasil Ltda. AlcanSanto André/SP Alcan Alumínio do Brasil Ltda. AlcanDiadema/SP Alcan Alumínio do Brasil Ltda. Alcan

Semi-elaborados(*)

Município Empresa Grupo(s)Salto/SP Alcoa Alumínio S.A. Alcoa

Outras(*)

Município Empresa Grupo(s)Rio de Janeiro/RJ Alcoa Alumínio S.A. Alcoa

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Referências Bibliográficas

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Alcan, (2002). Annual Report 2001. Disponível em: <www.alcan.com>______, (2003). Annual Report 2002. Disponível em: <www.alcan.com>Alcoa, (2002). Annual Report 2001. Disponível em: <www.alcoa.com>______, (2003). Annual Report 2002. Disponível em: <www.alcoa.com>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO, (2000). Anuário Estatístico, 2000. São Paulo.BRASIL, (2001). Revista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Rio de

janeiro.BHP BILLITON, (2002). Annual Report 2001. Disponível em: <www.billiton.com>________, (2003). Annual Report 2002. Disponível em: <www.billiton.com>COMPANHIA VALE DO RIO DOCE, (2002). Relatório Anual 2002. Disponível em

<www.cvrd.com>_________, (2003). Relatório Anual 2002. Disponível em <www.cvrd.com>NORSK HYDRO, (2002). Annual Report 2001. Disponível em <www.norskhydro.com>_________, (2003). Annual Report 2002. Disponível em <www.norskhydro.com>PECHINEY, (2002). Annual Report 2001. Disponível em: <www.pechiney.com>_________, (2003). Annual Report 2002. Disponível em: <www.pechiney.com>REVISTA EXAME, (2002). Maiores e Melhores 2001. São PauloRIO TINTO, (2002). Annual Report 2001. Disponível em <www.norskhydro.com>__________, (2003). Annual Report 2002. Disponível em <www.norskhydro.com>RUSAL, (2001). Annual Report 2002. Disponível em <www.rusal.com>_________, (2003). Annual Report 2002. Disponível em <www.rusal.com>UNCTAD , (2002). World Investment Report 2001. New YorkUNITED STATES. US Geological Survey, Mineral Commodity Summaries.Diversos números. New York.WORLD BUREAU OF METAL STATISTICAL, (1999). Alumiinnium Statistical Review. London

AbreviaturasAbreviaturasAbreviaturasAbreviaturasAbreviaturasABAL – Associação Brasileira do Alumínio

CVRD – Companhia Vale do Rio Doce

IAI – International Aluminium Institute

UNCTAD – Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento

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CONSELHO DIRETORPresidente: Kjeld A. Jakobsen (CUT)João Vaccari Neto (Secretaria de Relações Internacionais, CUT )Rosane da Silva (Secretaria de Políticas Sindicais, CUT)Artur Henrique dos Santos (Secretaria de Organização, CUT)José Celestino Lourenço (Secretaria Nacional de Formação, CUT)Maria Ednalva B. de Lima (Secretaria da Mulher Trabalhadora, CUT)Gilda Almeida de Souza (Secretaria de Políticas Sociais, CUT)Antonio Carlos Spis (Secretaria de Comunicação, CUT)Wagner Firmino Santana (Dieese)Mara Luzia Feltes (Dieese)Francisco Mazzeu (Unitrabalho)Silvia Araújo (Unitrabalho)Tullo Vigevani (Cedec)Maria Inês Barreto (Cedec)

COORDENAÇÃO GERALArthur Borges Filho - Coordenador AdministrativoClemente Ganz Lúcio - Coordenador Técnico NacionalJosé Olívio Miranda de Oliveira - Secretário Geral Adjunto da CIOSLKjeld A. Jakobsen - Presidente do Conselho DiretorMaria Ednalva B. de Lima - Coordenadora da CNMT/CUTMaria José H. Coelho - Coordenadora de ComunicaçãoOdilon Luís Faccio - Coordenador de Desenvolvimento InstitucionalPieter Sijbrandij - Coordenador de ProjetosRosane Silva - Secretário Nacional de Organização da CUTRonaldo Baltar - Coordenador do Sistema de Informação

EQUIPE RESPONSÁVEL PELO PROJETO PANORAMA SETORIAL DOALUMÍNIO E DAS EMPRESAS INTEGRADASEquipe: Adriana L. Lopes e Fernando RibeiroElaboração: Carlos Augusto S. Gonçalves Jr. e Cleber de Melo Simões

EDIÇÃOCoordenação de Comunicação do Observatório SocialCapa: Maria José H. Coelho (MTB-PR 930-PR)Editoração: Sílvio da Costa Pereira (MTB-SC 00881)Revisão: Laura Tuyama (MTB-SC 00959) e Sandra Werle (MTB-SC 00515)

Pesquisa realizada no período de: maio de 2002 a maio de 2003Data de edição: setembro de 2003.

CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORESR. Caetano Pinto, 575São Paulo, SP - CEP 03041-000Fone: (11) 3272-9411 Fax: (11) 3272-9610E-mail: [email protected]: www.cut.org.bt

INSTITUTO OBSERVATÓRIO SOCIALAv. Mauro Ramos, 1624, sala 202Florianópolis, SC - CEP 88020-302Fone/Fax: (48) 3028-4400E-mail: [email protected]: www.observatoriosocial.org.br