papalia resumo
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Allann Jonathass W.
O tema abordado agora é o abuso infantil e em que circunstancias é possível
confiar nos testemunhos dessas crianças. “Constatou-se que em resposta a sugestões de
adultos, as crianças "recordam-se" de fatos que nunca ocorreram.” (CECI, em
GOLEMAN, 1993 apud FELDMAN; OLDS; PAPALIA, 2006, p.301).
“É muito difícil detectar a falsidade de uma narrativa se uma criança passou a acreditar nela e teve os detalhes fornecidos por um entrevistador tendencioso. Isso pode acontecer através da utilização de imagens guiadas. As crianças solicitadas a imaginar ou fingir que alguma coisa aconteceu podem começar a pensar que ela realmente aconteceu. As crianças pequenas tendem a ser mais sugestionáveis que crianças com mais idade. Essa diferença pode dever-se à memória episódica mais fraca das crianças pequenas e sua maior vulnerabilidade a subornos, ameaças e expectativas adultas. Crianças pequenas também tendem a ter dificuldade no monitoramento da fonte (identificar a origem das memórias); podem não saber se "lembram" de algo por experiência própria ou por terem imaginado, ouvido falar ou sido indagadas a respeito.”(BRUCK e CECI, 1997; BRUCK, CECI e HEMBROOKE, 1998; CECI e BRUCK, 1993; LEICHTMAN e CECi, 1995; WOOLLEY e BRUELL, 1996 apud FELDMAN; OLDS; PAPALIA, 2006, p.301).
Exclui-se muitas vezes o testemunho infantil porque as crianças não demonstram
um conhecimento da diferença entre verdade e mentira, e a questão moral, muito menos
as consequências dos seus atos. E para dificultar, crianças abusadas sexualmente com
frequência apresentam dificuldades na fala. Vários métodos tem tentado evitar esses
problemas, como a Tarefa Ilustrada de Competência de Juramento, de Lyon- Saywitz
que mostra através de uma história ilustrada as consequências de uma mentira. Entre
192 crianças de 4 a 7 anos que sofreram maltrato e que aguardavam comparecimento no
tribunal, a maioria das crianças de 5 anos realizou com êxito essa tarefa, e até crianças
de 4 anos tiveram resultados superiores aos que poderiam ser atribuídos a acaso (LYON
– SAYWITZ, 1999 apud FELDMAN; OLDS; PAPALIA, 2006, p.302).
Contudo ainda assim é possível recolher um depoimento confiável de uma
criança se esse for feito sem perguntas tendenciosas evitando questões onde a criança
responda apenas sim ou não.
“Questões relativas à confiabilidade do testemunho de crianças pequenas ainda estão sendo avaliadas, mas parece que as crianças são capazes de oferecer testemunho confiável se técnicas
de questionamento tendenciosas forem evitadas. Os pesquisadores estão tentando desenvolver e validar técnicas de questionamento "modelo" que possam expor os adultos que machucam crianças e, ao mesmo tempo, proteger aqueles que podem ser falsamente acusados.” (BRUCK, CECI e HEMBROOKE, 1998 apud FELDMAN; OLDS; PAPALIA, 2006, p.302).