Papel das Marcas

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Ana Puglia Voltando um pouco...

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Ana Puglia

Voltando um

pouco...

Voltando um

pouco...

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Pré-ModernindadePré-Modernindade• “Longe” e “Tarde”, assim como “Perto” e

“Cedo”, significavam quase a mesma coisa: exatamente quanto esforço seria necessário para que um ser humano percorresse uma certa distância;

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ModernidadeModernidade• Revolução Industrial: construção de

veículos que podiam se mover mais rápido que as pernas dos humanos e dos animais;

• A velocidade do movimento através do espaço se torna uma questão do engenho, da imaginação e da capacidade humanas.

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ModernidadeModernidade

O tempo se tornou o problema do “hardware” que os humanos podem inventar, construir, apropriar, usar e controlar.

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ModernidadeModernidade

Espaço e tempo são separados;

O acesso a meios mais rápidos de mobilidade torna-se a principal ferramenta de poder.

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Modernidade Sólida

Modernidade Sólida

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Fábrica FordistaFábrica FordistaAtividade se resumia a movimentos simples, rotineiros pré-determinados, mecanicamente seguidos;Sem espontaneidade;Sem iniciativa individual.

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Modernidade Sólida

Modernidade Sólida

• Coloca o “solo” acima do sangue;• Racionalidade;• A economia era a base da vida social;• Sociedade totalitária;• Homogeneidade;• Ordem;• Rigidez;• Longo prazo;• Lucro vem da durabilidade e confiabilidade do produto.

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As Marcas Substituem os Produtos

As Marcas Substituem os Produtos

– Conversão da horta às conservas e congelados; do galinheiro aos peitos de frango sob celofane;

– Discurso social que valoriza a mudança: modernidade, progresso e produção em massa;

– As marcas nomeiam, identificam e diferenciam.

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As Marcas Substituem os Produtos

As Marcas Substituem os Produtos

–Restritas ao universo do consumo;–Médios e grandes centros comerciais;–Comunicação publicitária limitada pelas

dificuldades de difusão.

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Sociedade de ConsumoSociedade de Consumo

• Relação com a coletividade e com o mundo;

• Um modo de atividade sistemática;

• Global;• Fundação de todo o

sistema cultural da época.

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ComunicaçãoComunicação

Revista O Cruzeiro (RJ), 1951Revista Manchete (RJ), 1958

Fonte: A Evolução do Texto Publicitário – João A. Carrascoza

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ComunicaçãoComunicação

Fonte: A Evolução do Texto Publicitário – João A. Carrascoza

Outdoor, 1970

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Primeira CrisePrimeira Crise• 1973-1977:

questionamento– Choques petrolíferos e

desaquecimento no crescimento econômico;

– Surgimento da crítica quanto ao supérfluo como necessidade criada pela sociedade de consumo;

– Alguns autores publicam análises muito críticas;

– Durante este período e próximos 10 anos, o papel e significado não mudam de maneira substancial, até o fim da estagnação econômica e início de forte crescimento.

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Críticas Críticas

• Não mais movida pela necessidade – finalidade racional• Movida pelo Desejo • Pela lógica social • Reforça a ordem vigente –conformidade• As necessidades são condicionadas (papel importante

da comunicação)• Ditadura da ordem de produção: produtores controlam

os comportamentos, dirigindo e configurando as atitudes sociais e as necessidades.

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A aceleração chega ao seu

limite natural: a instantaneidade.

A aceleração chega ao seu

limite natural: a instantaneidade.

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Modernidade Líquida

Modernidade Líquida

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Modernidade Líquida

Modernidade Líquida

• O poder move-se com a velocidade do sinal eletrônico;

• A quase instantaneidade do tempo anuncia a desvalorização do espaço;

• As pessoas que se movem e agem com maior rapidez, que mais se aproximam do momentâneo do movimento, são as pessoas que agora mandam.

• Se soubermos que podemos viajar a um lugar em qualquer momento que quisermos, não há urgência em visitá-lo nem gastar dinheiro em uma passagem válida para sempre;

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Modernidade Líquida

Modernidade Líquida

– Liberdade, contingência, variedade, ambiguidade, instabilidade...

– A modernidade se tornou transgressiva, rompedora de fronteiras e capaz de tudo desmoronar.

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O que foi derretido?O que foi

derretido?• Importância do espaço;• Responsabilidade pelas consequências;• Engajamento entre as escolhas individuais em

projetos e ações coletivas;• Família, líderes...• Solidez: com seu peso, substancialidade e

capacidade de resistência;• Laços com compromissos;• Homogeneidade compulsória, imposta e

onipresente.

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Novos Moldes Foram Criados

Novos Moldes Foram Criados

• O Poder rejeita qualquer confinamento territorial; é móvel e escorregadio;

• No topo da pirâmide do capitalismo leve, circulam aqueles para os quais o espaço tem pouca ou nenhuma importância

• As guerras se prestam à promoção do livre comércio;• Saem os grupos de referência, entra a comparação

universal;• Os padrões não são evidentes; são conflitantes;• Os poderes passam das mãos do sistema para as da

sociedade;• Individualismo;

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Novos MoldesNovos Moldes• Nada dura muito tempo;

• Lucro vem da velocidade da circulação, da reciclagem, do envelhecimento, da substituição;

• Cada presente é avaliado por alguma coisa que vem depois;

• Valores voláteis;

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Modernidade Líquida

Modernidade Líquida

• Despreocupada com o futuro;• Egoísta;• Hedonista.• Aceitação da desorientação;• Disposição a viver fora do espaço e do

tempo, com vertigens e tonturas, sem indicação da direção ou duração da viagem...

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Consumir se Tornou Monótono

Consumir se Tornou Monótono

• Como todo ato repetitivo, o maravilhamento com os bens de consumo desgastou-se;

• A monotonia das compras não mais satisfaz;

• Excessos da globalização fragilizam sua credibilidade, legitimidade;

• Multiplicidade de ofertas despertam sentimentos paradoxais.

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MarcasMarcas• Meados 80 até 2001-2002: crescimento e

apogeu– A marca se torna uma entidade autônoma de

comunicação;– Os consumidores queriam ser seduzidos pelas

marcas, ao invés de simplesmente informados;– As dimensões que excedem a realidade do produto

tomam a dianteira;– Diversificação dos suportes, das técnicas, dos modos

de contato e relação com os consumidores – Internet– A onipresença das marcas, seu poder e, em certa

medida, sua arrogância começam a saturar o espaço social e inquietar a opinião e poderes públicos.

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Marcas:Entidades AutônomasMarcas:Entidades Autônomas

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MarcasMarcas• Início do Século:

– Estouro da bolsa, recessão econômica, atentados em Manhattan e guerra no Iraque criam outro clima;

– Consenso em torno do liberalismo capitalista é dissipado;

– Dúvida e desconfiança em relação às marcas.

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A marca passa a ser analisada quanto ao ser poder:

material, simbólico, econômico,

de sedução e, também, pela sua legitimidade:

comercial e

cultural.

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A Onipresença Começa a Incomodar

A Onipresença Começa a Incomodar

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MarcasMarcas

Marketing Minimalista

Marketing Permissivo

Uma marca de prestígio deve tomar a via da discrição, comunicar apenas o que o seu público requisitar, falar com voz baixa, utilizar instrumentos não invasivos, empregar temas e argumentos pertinentes e moderados.

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Contexto onde Atualmente

Desenvolvemos nossos Projetos

Contexto onde Atualmente

Desenvolvemos nossos Projetos

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Consumo Contemporâneo

Consumo Contemporâneo

• Produto:– Redução do tamanho, miniaturização;– O menor, mais leve e mais portátil significa melhoria e

progresso;– Menor presença física;

– Maior densidade simbólica e imaginária;– O valor das trocas é ancorado na força dos sentidos

produzidos.

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Consumo Contemporâneo

Consumo Contemporâneo

• Produto:• Produtos eletrônicos que permitem o exercício da

criatividade;• Produtos que investem na sua aparência, através

do design;• Serviços;• Lazer;• Cultura...

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Consumo Contemporâneo

Consumo Contemporâneo

• Marca:– As promessas dos bens de consumo são substituídas

pelas promessas das marcas;– É o Projeto de Marca que cria valor, através da sua

autenticidade, legitimidade e originalidade;– Ela dá sentido ao próprio ato de consumir;– Fornece um contexto a uma experiência que sozinha

tenderia a ser imprecisa ou muito abstrata.

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Consumo Contemporâneo e a Mídia

Consumo Contemporâneo e a Mídia

• Roger Silverstone– A mídia tem relação fundamental para a experiência.

Ela anima, reflete e exprime a experiência, nossa experiência, dia após dia.

– Consumimos sem cessar...reproduzimos e afetamos consideravelmente a textura da experiência. Nisso recebemos auxílio da mídia.

– Consumo e mediação são interdependentes.

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Se a modernidade sólida esteve estreitamente associada ao universo

da produção industrial, da materialidade, do pragmatismo,do funcionamento, do racionalismo...

... a época atual parece colocar em discussão um grande número destes valores e ceder um espaço maior às

noções de fantasia, criatividade, expressão pessoal e procura de

sentido

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A maior parte da vida humana consome-se na agonia quanto à escolha de objetivos e não na procura dos meios para os fins.

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A marca pós-moderna deve ter a capacidade de gerar mundospossíveis que ofereçam:

propostas imaginárias e sistemas de sentido organizados que funcionem como estímulos

e recursos para a construção de:

identidades, projetos e

imaginários pessoais.

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BibliografiaBibliografia• A Marca Pós-Moderna – Andréa Semprini• Modernidade Líquida – Zygmunt Bauman• A Sociedade de Consumo – Jean Baudrillard

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