PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO RENATO GRAÇA DUQUE PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL VOLTA REDONDA RJ 2011

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Trabalho de Conclusão de Curso

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

RENATO GRAÇA DUQUE

PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO

PÚBLICO INFANTIL

VOLTA REDONDA – RJ

2011

Page 2: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO

PÚBLICO INFANTIL

Monografia apresentada ao Curso de

Design do UniFOA como requisito à

obtenção do título de Bacharel em Design.

Aluno:

Renato Graça Duque

Orientador:

Bruno Corrêa

VOLTA REDONDA – RJ

2011

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluno:

Renato Graça Duque

Título da Monografia:

O papercraft interagindo no processo de leitura do público infantil.

Orientador.

Bruno Corrêa

Banca Examinadora:

___________________________________

Prof.

___________________________________

Prof.

___________________________________

Prof.

Page 4: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

A todos que me ajudaram e acreditaram no

desenvolvimento deste projeto.

Page 5: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

AGRADECIMENTOS

Agradeço a meus professores, pessoas

fundamentais na realização deste projeto, que me

auxiliaram no decorrer do curso, dividindo o seu

conhecimento que tanto ajudou no meu

crescimento profissional e intelectual.

Page 6: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

RESUMO

O presente trabalho de conclusão do curso de Design tem como foco despertar o

hábito de leitura no público infantil através de instrumentos que ofereçam

interatividade e divertimento à criança. Neste trabalho será apresentado de forma

metodológica e ilustrada o desenvolvimento de um projeto editorial gráfico de um

livro que utiliza a interatividade proporcionada pelos papercrafts para atrair a

atenção das crianças, fazendo com que a leitura deixe de ser uma atividade

imposta, obrigatória, mas seja uma atividade de lazer, aprendizagem e diversão.

Palavras:chave: Papercraft; livro; criança

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ABSTRACT

This work of completing the design course focuses on awakening the reading habit in

children is through instruments that offer interactivity and fun for children. This work

will be presented in a methodological and illustrated the development of a graphic

design publishing a book that uses the interactivity afforded by papercrafts to attract

children's attention, so that reading is no longer an activity imposed mandatory but is

a leisure activity, learning and fun.

Key words: Papercraft; book; child

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 10

2. OBJETIVOS .............................................................................................. 12

2.1.Objetivo geral .................................................................................. 12

2.2. Objetivos específicos...................................................................... 12

2.3.Objetivos operacionais .................................................................... 12

3. O OBJETO DO TCC .................................................................................. 13

4. HIPÓTESE ................................................................................................ 14

5. LEVANTAMENTO DE DADOS .................................................................. 15

5.1.História do papercraft ...................................................................... 15

5.2.Características dos modelos ........................................................... 16

5.3.Dioramas ......................................................................................... 19

5.4.Processo de leitura do público infantil. ............................................ 20

5.5.Técnicas construtivas ...................................................................... 22

5.5.1.Tipografia ............................................................................... 22

5.5.2.Classificação de tipos ............................................................. 23

5.5.3.Caixa alta e caixa baixa .......................................................... 25

5.5.4.Famílias tipográficas ............................................................... 26

5.6.Análise de diagrama ........................................................................ 33

5.6.1.Elementos de grid................................................................... 35

5.6.2.Tipos de grid ........................................................................... 35

5.7.Estudo cromático ............................................................................. 38

5.7.1.Hifi color e hexacromia pantone ............................................. 39

5.7.2.Cores especiais ...................................................................... 41

5.8.Processos de impressão ................................................................. 43

5.8.1.Planografia ............................................................................. 43

5.8.2.Eletrografia ............................................................................. 43

5.8.3.Permeografia.......................................................................... 44

5.8.4.Relevografia ........................................................................... 44

5.8.5.Offset ..................................................................................... 44

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5.9.Tipos de papéis ............................................................................... 46

5.9.1.Couchê................................................................................... 46

5.9.2.Duplex .................................................................................... 48

5.9.3.Papel off-set ........................................................................... 48

5.9.4.Papel supremo ....................................................................... 49

5.9.5.Papel reciclado ....................................................................... 50

5.10.Acabamento .................................................................................. 51

5.10.1.Hot stamping ........................................................................ 51

5.10.2.Plastificação ......................................................................... 53

5.10.3.Laminação ............................................................................ 54

5.10.4.Verniz ................................................................................... 55

5.10.5Refiles ................................................................................... 55

5.10.6Vinco ..................................................................................... 56

5.10.7.Faca especial ....................................................................... 57

5.10.8.Encadernação ...................................................................... 58

6. ANÁLISE DE SIMILARES .......................................................................... 60

6.1. Diagramação .................................................................................. 60

6.2.Tipografia ........................................................................................ 63

6.3.Estrutura de modelos de papercrafts ............................................... 64

6.4.Estudo cromático ............................................................................. 67

6.5.Elementos visuais ........................................................................... 69

6.6.Números de páginas ....................................................................... 71

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7.SÍNTESE .................................................................................................... 72

7.1.Público-alvo ..................................................................................... 72

7.2.Estrutura de modelos ...................................................................... 72

7.3.Livro de história ............................................................................... 72

7.4.Ambiente ......................................................................................... 73

7.5.Diagramação ................................................................................... 73

7.6.Tipografia ........................................................................................ 73

7.7.Processos gráficos .......................................................................... 73

7.8.Elementos visuais ........................................................................... 74

7.9.Roteiro da História ........................................................................... 74

7.10.Personagens adaptados ................................................................ 74

8.GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ................................................................ 76

8.1.Geração de diagramas .................................................................... 76

8.2.Matriz de avaliação e decisão ......................................................... 78

8.3.Grid ................................................................................................. 80

8.4.Geração de modelos ....................................................................... 83

8.5.Geração Layouts ............................................................................. 90

8.6.Detalhamento Técnico ..................................................................... 89

9.LAYOUTS GERADOS ................................................................................ 99

9.1.Matriz de avaliação das peças gráficas ........................................... 99

9.1.1.Papercrafts .................................................................................. 99

9.1.2.Layouts ...................................................................................... 100

9.2Alternativas escolhidas .................................................................. 101

9.3.Detalhamento tecnico ................................................................... 104

10.CONCLUSÃO ......................................................................................... 109

11.BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 110

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente a sociedade encontra-se numa época onde a velocidade da troca

de informações auxiliada pela tecnologia é muito grande, fazendo, assim, com que

os problemas ou dúvidas possam ser resolvidos com mais rapidez e facilidade.

A tecnologia tem crescido em grandes passos e, com isso, o mundo está em

constante mudança. Com essa velocidade de informações que está apenas a um

“clique“ da população, podemos encontrar problemas que são adquiridos

involuntariamente, como a falta de hábito da leitura e escrita incorreta.

O público infantil é o maior prejudicado na perda do hábito da leitura, pois ele,

na atual realidade, cresce no mundo da interação tecnológica, dos jogos e

brincadeiras virtuais, deixando, assim, a leitura um pouco de lado.

Ao desenvolver um projeto para crianças é fundamental pensar em algo que

seja útil ao crescimento individual, sem esquecer naturalmente o justo lucro da

empresa. Algo que lhe possa servir através do projeto, quando for adulto. Pois,

segundo MUNARI (2008) “aquilo que uma criança de tenra idade memoriza,

permanecerá para toda a sua vida”.1 O cérebro infantil é como um computador: tudo

o que a criança percebe é memorizado para a vida toda. No momento oportuno, seja

qual for a idade da pessoa, perante algo desconhecido, o cérebro tentará

estabelecer uma relação com o que já sabe, para facilitar a sua compreensão. Um

indivíduo criativo é um individuo completo, que não tem necessidade de estar

sempre recorrendo a peritos para resolver seus problemas.

O projeto gráfico tem como foco ajudar a despertar o hábito de leitura

principalmente no público infantil. Para desenvolver esse hábito será trabalhado o

uso do papercraft para que seja criado um atrativo, uma atividade divertida, que

desperte na criança a vontade de brincar com o projeto.

1 MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

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Papercraft é um método de construção de objetos tridimensionais a partir de

papel, semelhante ao origami. Contudo, ele distingue-se do origami na construção

dos modelos, pois no parpercraft, geralmente, é feita com vários pedaços de papel,

e esses pedaços são cortados com tesoura e fixados uns aos outros com cola, em

vez de se suportarem individualmente. Uma vez que os modelos de papercraft

podem ser facilmente impressos e montados, a Internet tornou-se um meio popular

para a sua divulgação.

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral:

Desenvolver um projeto gráfico direcionado ao público infantil usando o

papercraft para dar interatividade no processo de leitura.

2.2. Objetivos Específicos:

Através de pesquisas e estudos, desenvolver um projeto editorial direcionado

ao publico infantil, com o intuito de proporcionar um material que desperte a

criatividade e interatividade da criança, usando os recursos gráficos e

metodológicos para desenvolver-lo.

2.3. Objetivos Operacionais:

Estudo sobre papercraft;

Pesquisa sobre o público alvo;

Levantamento de dados;

Tipografia;

Processos gráficos;

Tipos de impressão;

Acabamento;

Análise de similares;

Síntese;

Estrutura de modelos;

Geração de alternativas;

Definição de layout;

Desenvolvimento de protótipo.

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3. O OBJETO DO TCC

O projeto tem como foco ajudar a despertar o hábito de leitura principalmente

no público infantil, para desenvolver esse hábito será trabalhado o uso do papercraft

para criar um atrativo para a criança queria brincar com a revista, para que essa

atividade possa ser divertida.

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4. HIPÓTESE

O projeto de revista utilizando o papercraft pode ajudar no processo de leitura

do publico infantil, porque ele pode dar a oportunidade de ela ter um material de

leitura que ajude no seu aperfeiçoamento de conhecimento, leitura, vocabulário etc.,

a criança poderá fazer isso brincando. Ainda com a inserção do papercraft ao projeto

o usuário do produto vai estar em contato com o trabalho manual na parte de

montagem do personagem, assim possibilitando o estimulo também da criatividade.

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5. LEVANTAMENTO DE DADOS

5.1. História do Papercraft

O papercraft embora não seja muito conhecido é uma arte muito antiga de

modelismo, que foi desenvolvida através de e japoneses e os chineses, que já

desenvolviam através dos origamis e kaigamis ainda na idade média. Esta técnica

consiste em construir modelos em três dimensões através de folhas de papel, que

posteriormente cortados, dobrados, colados, pintados e etc.

No século passado, antes do advento do modelismo de plástico, era um

hobby muito popular na Europa e nos Estados Unidos, e com o surgimento da

internet e da e acessibilidade atual dos computadores trouxe de volta esse

passatempo, com a comunicação entre entusiastas, surgimento de sites com

centenas de modelos disponíveis para download gratuitamente. E os modelos que

existem para o comercio provenientes na sua maioria da Europa Oriental.

No Brasil ele foi muito popular com o público infanto-juvenil nos anos 70 e 80

através de modelos que eram publicados nas revistas Recreio em suas páginas

centrais e em algumas publicações especializadas e mesmo em promoções

especiais que a Kellogs (Fabricante do cereal Sucrilhos) fazia nas suas embalagens,

(os modelos eram oferecidos na parte de trás da caixa).

Além dos modelos gratuitos oferecidos na internet, existe uma série de

modelos comerciais vendidos em forma de revistas e livros que são publicações

correntes na Europa desde a década de 50, com o surgimento de programas 3D

esses modelos ganharam um grau de precisão muito grande, com um número de

detalhes em alguns casos superiores aos modelos de plástico.2

2 Disponível em http://www.clubedocanhao.com.br/blogs/blogdopericles/?page_id=834. Acesso em

27/10/10.

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Fig. 01: Papercraft lançado na Revista Heróis do Futuro nos anos 90

5.2. Características dos Modelos

No geral existem milhares de modelos de papercrafts de diferentes tipos,

tamanhos, cores, etc. Sendo que muitos desses modelos são personagens de

desenho animado e games, carros, animais, monumentos históricos, etc..

Dentre esses modelos eles se diferem do nível de dificuldade de montagem,

pois existem modelos que podem ser montados através de uma única peça, e

quanto outro pode atingir mais de mil peças. Outro fator importante a ser levado para

a pratica deste modelismo é o tamanho das peças, porque conforme a quantidade

de dobras e cortes de uma determinada peça e de determinado tamanho pode se

notar o grau de dificuldade como pode ser notado nos seguintes exemplos:

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Fig . 02: Modelo de papercraft denominado cubeecraft, simples de uma página e seis

peças, necessita apenas de tesoura para montar.

Fig . 03: Modelo de papercraft de maior complexibilade, tem 197 páginas e 831 peças,

necessita de uma maior quantidade de material, papel com gramatura maior que 200 gr, cola

especial, faca da precisão, acabamento com verniz, e etc.

Os papercrafts podem ser criados por diferentes maneiras, atualmente o meio

mais usado é através de um software disponível na internet que planifica um modelo

3D de um determinado personagem em figuras planas, adicionando ainda as abas e

as linhas para dobra do modelo. Este programa ainda possibilita ao usuário, um

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auxílio para montar o papercraft, pois ele mostra onde se deve colar e como dobrar

as peças.

Fig . 04 Exemplo de modelo 3D planificado.

Com a facilidade de que a internet proporciona e a infinidade de recursos que

a tecnologia dispõe para este hobby também é possível capturar renders de jogos

de computador para que depois seja feita apenas planificação do personagem.

Outro recurso é a utilização de algum template, ou seja, utilizar um modelo

como base e aplicar apenas a arte ou fazer pequenas alterações do modelo.

Fig . 05: Exemplo de template de papercraft

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5.3. Dioramas

Diorama é um modo de apresentação artística, para demonstração de um

modelo, com finalidades de instrução ou entretenimento para destacar o modelo. A

cena que pode ser uma paisagem, plantas, animais, eventos históricos, etc., são

pintados sobre uma tela de fundo curvo, de tal maneira que simulem um contorno

real.

Os dioramas podem ser de vários tipos de materiais e usados para diferentes

exibições. No modelismo de papercraft geralmente são como complementos de

cenários para expor os modelos. Alguns apresentam simplicidade sendo apenas

alguma imagem do cenário de algum universo de games para utilizar de fundo para

exibir o modelo dos personagens. Ou pode-se ter uma quantidade de peças sendo

de certa forma um modelo de papercraft.

Os dioramas podem ser divididos em algumas categorias:

Vinheta: Em muitos casos, não é considerado um diorama. É uma cena

apenas para basear o modelo em um cenário. Costuma ser apenas um plano de

terra, ou um piso de aeroporto, ou um piso de porta-aviões. São os mais simples de

serem criados.

Cena horizontal: É um pouco mais avançado tecnicamente que o primeiro.

Podem incluir árvores paredes, casas ou outros objetos, mas o objetivo geral ainda é

mostrar um modelo.

Cena vertical: É um diorama muito detalhado. O modelo não é o básico,

ele esta integrado com todo cenário. Para esse efeito, o diorama é mais elaborado

em altura (prédios, árvores, montanhas).

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Fig .06: Exemplo de diorama feito de papel.

5.4. Processo de leitura do público infantil.

“Formar leitores é compromisso da família e da escola. Também deve fazer

parte dos interesses de toda a comunidade, pois uma sociedade não

letrada, ou mesmo formada por leitores funcionais, está fadada à condição

de miséria e indignidade. Nunca a questão da formação de leitores foi tão

discutida como nos dias atuais, até porque se entende que o

desenvolvimento de uma nação depende do nível de letramento dos seus

habitantes. “Não existe país livre e desenvolvido sem investimentos na

educação e na leitura.” (Cavalcanti, 2002: p.2) 3

Com o passar das gerações a tecnologia foi se desenvolvendo cada vez mais,

as distâncias foram encurtadas, o acesso a informação ficou mais rápido e cada vez

mais dinâmico. Assim, algumas atividades como escrever uma carta, datilografar um

documento, utilizar câmeras fotográficas com filme e outros, que habitavam o

cotidiano das pessoas, foram deixando de ser usadas conforme o avanço da

3 CAVALCANTI, Joana. Leitura: o despertar da Cidadania. 1ª ed. – Recife, UNESCO, 2002.

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tecnologia. Segundo LINS (2003), “a eletrônica e a informática simplesmente

aumentaram o poder e a velocidade da comunicação”.4

Com o avanço da internet, as informações estão cada vez mais fáceis de ser

encontradas. Aliando-se a velocidade da informação com a inclusão da internet para

a população, as pessoas começaram a deixar a leitura de lado, forçando os

educadores ao desafio de estimular os alunos há lerem mais livros. Porém, quando

se cria uma imposição para a prática da leitura, ela deixa de ser uma atividade

prazerosa e passa a ser apenas uma tarefa escolar.

Pensando nos problemas ocasionados pela falta de leitura, é necessário o

desenvolvimento de projetos que incentivem o hábito de ler, voltado, principalmente,

para as crianças, pois, segundo MUNARI (2008), “aquilo que uma criança de tenra

idade memoriza, permanecerá para a vida toda”. 5

“Nesse mundo repleto de imagens (eletrônicas ou não), o livro infantil mantém

o papel de estimular a criança a ser criança, a criar” (LINS – 2003)6. Uma das formas

de estimular a criança a ler é utilizar imagens, pois ela complementa a história. O

texto e a imagem juntos dão ao leitor o poder de criar em sua cabeça a história que

realmente interessa: a história dele.

Como o mundo está em constante mudança, o livro, enquanto produto

dinâmico deve, também, ser atualizado constantemente. Com os recursos atuais, o

livro pode se apresentar em uma sociedade não apenas de forma convencional, mas

pode proporcionar diferentes formas e suportes para a leitura. Podem ser utilizadas

imagens, texturas e materiais diferentes como panos, madeira, metal e plástico;

pode apresentar sons e também pode proporcionar uma interação mais dinâmica

com seu leitor, como o livro pop-up. O objetivo é tornar a leitura mais agradável. Em

se tratando do público infantil, esses recursos são de grande importância para o

incentivo da leitura, pois eles atraem a atenção das crianças, fazem com que se

divirtam com a leitura, tornando-a, assim, uma brincadeira.

4 LINS, Guto. Livro Infantil?; 2. ed. Editora Rosari, 2003.

5 MUNARI, op. cit.

6 LINS, op. cit.

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22

Portanto, se uma criança tiver contato com um livro desde a sua infância será

mais fácil criar o hábito de ler, assim enriquecendo o conhecimento e tornando a

aprendizagem mais interessante e mais ampla.

Com a oportunidade de ter livros interativos, disponibiliza- se um ensino de

auto-aprendizagem e um resultado coerente e prazeroso, diante de uma atividade

extraordinária, tanto na constituição educativa do aluno quanto na formação

acadêmica e social.

5.5. Técnicas construtivas

5.5.1. Tipografia

Segundo HORCADES (2004) “um dos maiores bens do homem na terra é a

invenção da escrita. Estima-se que há cinco milhões de anos atrás o homem já se

comunicava por algum tipo de escrita. Assim trazendo um acumulo de conhecimento

para o humano, pois ele tinha a possibilidade de passar para outras gerações o

acumulo de conhecimento.”7

A tipografia começou a ser desenvolvida para o trabalho gráfico já com

intenção de elemento estético por volta de 1450 na época do estilo Gótico a artistas

para desenvolver as famílias tipográfica sendo, Johann Gutenberg, com a invenção

da prensa tipográfica como principal nome. Hoje a escrita é fundamental para nossa

civilização e tanto para nossa cultura e para a informação já existem diversos tipos

de famílias.

A reutilização dos mesmos tipos para compor diferentes textos mostrou-se

eficaz e é utilizada até aos dias de hoje, constituindo a base da imprensa durante

muitos séculos. Essa revolução que deu início à comunicação em massa foi

cunhada pelo teórico Marshall McLuhan como o início do “homem tipográfico”.

7 HORCADES, Carlos M. A evolução da escrita, História ilustrada. 1. ed., SENAC RIO, 2011.

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23

Mesmo com o advento dos computadores e da edição eletrônica de texto, a

tipografia permanece viva nas formatações, estilos e grafias.

Uma família tipográfica é um grupo de signos que compartilham traços de

desenho comuns, tornando todas elas uma unidade tipográfica. Os membros de

uma família de tipos se parecem entre si, porém apresentam traços distintos.

Existe uma infinidade de famílias tipográficas. Algumas delas têm mais de

quinhentos anos, outras surgiram na grande explosão criativa dos séculos XIX e XX,

outras são os resultados da aplicação dos computadores à imprensa e ao desenho

gráfico digital e outras foram criadas explicitamente para sua apresentação na tela

dos monitores, impulsionadas em grande parte pela web.

5.5.2. Classificação de Tipos

Cada família de tipos apresenta formas e estruturas diferentes na sua

composição sendo a variação dessas estruturas é o elemento que se difere de outro

tipo independente de ser da mesma família ou não. Abaixo algumas propriedades da

composição da fonte:

Fig . 07: Classificação da composição da fonte

Altura das maiúsculas: altura das letras de caixa alta de uma fonte,

tomada desde a linha de base até a parte superior do caractere.

Altura da x ou altura X: altura das letras de caixa baixa excluindo os

ascendentes e os descendentes.

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24

Curva: haste curva fechada que encerra o branco interno em letras tais

como na b, a p ou a o.

Haste ou barra: traço principal da letra que define sua forma essencial.

Sem ela, a letra não existiria.

Haste ascendente: haste da letra que sobressai por cima da altura x,

como na b, a d ou a k.

Haste descendente: haste da letra que fica por baixo da linha de base,

como na p ou na g.

Hastes montantes: hastes principais verticais ou oblíquas de uma letra,

como a L, B, V ou A.

Haste ondulada ou espinha: traço principal da S ou da s.

Haste transversal ou barra: traço horizontal em letras como a A, a H, f ou

a t.

Base: projeção que às vezes se vê na parte inferior da b ou na G.

Branco interno: espaço em branco contido dentro de um anel ou olhal.

Braço: parte terminal que se projeta horizontalmente ou para cima e que

não está incluída dentro do caractere, como ocorre na E, a K, a T ou a L.

Caracol ou olhal: porção fechada da letra g que fica por baixo da linha de

base. Se esse traço for aberto se chama simplesmente calda.

Letreiro: traço curvo ou poligonal de conjunção entre a haste e o remate.

Calda: haste oblíqua pingente de algumas letras, como na R ou a K.

Calda curva: haste curva que se apóia sobre a linha de base na R e a K,

ou debaixo dela, na Q. Na R e na K se pode chamar simplesmente calda.

Corpo: altura da letra, correspondente em imprensa ao paralelepípedo

metálico em que está montado o caractere.

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Inclinação: ângulo do eixo imaginário sugerido pela modulação da

espessura do traço de uma letra. O eixo pode ser vertical ou com diversos graus de

inclinação. Tem uma grande importância na determinação do estilo dos caracteres.

Linha de base: linha sobre a que se apóia a altura da x.

Orelha: pequeno traço terminal que às vezes se adiciona ao anel de

algumas letras, como a g ou a o, ou a haste de outras como a r.

Serif ou remate: traço terminal de um haste, braço ou cauda. É um

ressalte ornamental que não é indispensável para a definição do caractere, havendo

alfabetos que carecem deles (sans serif).

Vértice: ponto exterior de encontro entre dois traços, como na parte

superior de uma A, ou M ou ao pé de uma M.

Estas são as partes fundamentais de uma letra. Seu conhecimento não é

imprescindível para o uso comum de letras e fontes em desenho gráfico e web,

porém sim que é importante distingui-las no caso de ter que criar umas famílias

tipográficas especiais para um trabalho determinado, já que vão definir as

características comuns que devem reunir as letras da mesma para manter um estilo

próprio.

5.5.3. Caixa Alta e Caixa Baixa

Caixa alta é uma expressão usada em tipografia para referir a escrita com

letras maiúsculas. É o mesmo que versais ou capitais.

Caixa baixa, por seu turno, corresponde à escrita com letras minúsculas.

A terminologia caixa alta e caixa baixa é usada em todos os sectores e

profissões editoriais (editores, revisores, grafistas, jornalistas). Maiúsculas e

minúsculas são os termos usados na Lingüística, nas Letras e Humanidades em

geral e no ensino.

Page 27: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

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5.5.4. Famílias Tipográficas

Romanas

Formado por fontes que mostram influências da escritura manual, em

concreto da caligrafia humanista do séc. XV, e também da tradição lapidaria romana,

onde os pés das letras se talhavam para evitar que a pedra saltasse nos ângulos.

As fontes Romanas são regulares, têm uma grande harmonia de proporções,

apresentam um forte contraste entre elementos retos e curvos e seus remates lhes

proporcionam um alto grau de legibilidade.

Fig . 08: Exemplo de fontes romanas.

As Romanas se dividem em cinco grupos fundamentais:

Antigas:

Também chamadas Garalde em francês, aparecem a finais do século XVI na

França, a partir das gravuras de Grifo para Aldo Manuzio. Caracterizam-se pela

desigualdade de espessura na haste dentro de uma mesma letra, pela modulação

da mesma e pela forma triangular e côncava do remate, com discretas pontas

quadradas. Seu contraste é sutil, sua modulação pronunciada, próxima à caligrafia,

e seu traço apresenta um mediano contraste entre finos e grossos. Entre elas

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destacam as fontes Garamond, Caslon, Century Oldstyle, Goudy, Times New

Roman e Palatino.

De Transição:

Manifestam-se no século XVIII e mostram a transição entre os tipos romanos

antigos e os modernos, com marcada tendência a modular mais as hastes e a

contrastá-las com os remates, que deixam a forma triangular para adotar a côncava

ou a horizontal, apresentando uma grande variação entre traços. Esta evolução se

verificou, principalmente, em finais do século XVII e até meados do XVIII, por obra

de Grandjean, Fournier e Baskerville. Exemplos deste grupo são as fontes

Baskerville e Caledonia.

Modernas:

Aparecem a meados do século XVIII, criadas por Didot, refletindo as melhoras

da imprensa. Sua característica principal é o acentuado e abrupto contraste de

traços e remates retos, o que origina fontes elegantes e ao mesmo tempo frias. Seus

caracteres são rígidos e harmoniosos, com remates finos e retos, sempre da mesma

grossura, com a haste muito contrastada e com uma marcada e rígida modulação

vertical. São imponentes a corpos grandes, porém acusam certa falta de legibilidade

ao romper um pouco o caractere, ao se compor a corpos pequenos e em blocos

pequenos de texto corrido. Exemplos destacáveis poderiam ser Firmin Didot,

Bodoni, Fenice e Modern Nº 20.

Mecânicas:

É um grupo isolado que não guarda nenhuma semelhança construtiva com o

resto dos tipos romanos com remate, somente o fato de possuir assentamento em

seus caracteres. Não têm muita modulação nem contraste. Entre suas fontes

podemos destacar Lubalin e Stymie.

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Incisos:

Outro grupo isolado dentro das romanas, assim como as mecânicas, são letras

na tradição romana mais antiga, ligeiramente contrastada e de traço afinado

pontiagudo. Não se pode falar de remates, porém seus pés afunilados sugerem, tal

como ocorre com as serif, uma linha imaginária de leitura. Seu olho grande e seus

ascendentes e descendentes finos, fazem dele um tipo que, embora seja

extremadamente difícil de digitalizar, é muito legível a qualquer corpo. À pequena

escala, pode confundir e parecer de sans-serif ao perder a graça de seu traço. Como

exemplos, podemos citar as fontes Alinea e Baltra.

Serif

Uma classificação das famílias de fontes divide-se as famílias tipográficas em

Serif e Sans Serif.

As fontes serif ou serifas têm origem no passado, quando as letras eram

talhadas e gravadas em blocos de pedra, porém resultava difícil assegurar que as

bordas das letras fossem retas. Por conta disso, o talhador desenvolveu uma técnica

que consistia em destacar as linhas cruzadas para o acabamento de quase todas as

letras, apresentando assim uns remates muito característicos nas extremidades das

letras, conhecidos com o nome de serif.

Fig . 09: Exemplo de fonte serifada.

Outra particularidade comum das fontes serif, derivada do fato de que as

tipografias romanas se baseavam em círculos perfeitos e formas lineares

equilibradas, é que as letras redondas como a o, c, p, b, etc, têm que ser um pouco

maiores porque opticamente parecem menores quando se agrupam em uma palavra

junto a ouras formas de letras.

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A espessura das linhas das fontes serifadas modernas também tem sua

origem na história. As primeiras se realizaram à mão implementando uma ponta da

haste, permitindo à ponta plana da pluma distintas grossuras de traçado. Esta

característica se conservou pela beleza e estilo natural que traz às letras.

As fontes serifadas incluem todas as romanas. São muito apropriadas para a

leitura seguida de longos textos, já que os traços finos e os remates ajudam ao olho

a fixar e seguir uma linha em um conjunto de texto, facilitando a leitura rápida e

evitando a monotonia.

Como exemplo de fontes serif pode citar Book Antiqua, Bookman Old Style,

Courier, Courier New, Century Schoolbook, Garamond, Georgia, MS Serif, New

York, Times, Times New Roman e Palatino.

Sans-Serif

Associados desde seu início à tipografia comercial, sua legibilidade e

durabilidade os faziam perfeitos para impressões de etiquetas, embalagens, e

demais propósitos comerciais. Entretanto este uso motivou que fossem

desapreciados por aqueles que se preocupavam pelos tipos belos e a impressão de

qualidade.

Aos poucos, as fontes sem serifas foram ganhando terreno às serifadas.

Uma das razões de seu triunfo foi que os modernos métodos mecânicos de

fabricação dos tipos estavam especialmente bem adaptados para este particular

estilo de letra. Outra razão era que a ausência de remates e seus traços finos as

tornavam, muito apropriada para letras grandes usadas em poucas palavras para

ser vistas a certa distância, como é o caso de rótulos, cartazes, etc., elementos de

comunicação cada vez mais em auge.

As fontes sans-serif incluem todas as Serif, resultando especialmente

indicadas para sua visualização na tela de computador, sendo muito legíveis a

pequenos tamanhos, belas, limpas a tamanhos grandes. Entretanto, não são

aconselhadas para textos longos, já que são monótonas e difíceis de seguir.

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As fontes sans-Serif se caracterizam por reduzir os caracteres ao seu

esquema essencial. As maiúsculas se voltam às formas fenícias e gregas e as

minúsculas estão conformadas à base de linhas retas e círculos unidos, refletindo a

época na que nascem à industrialização e o funcionalismo.

Fig . 10: Exemplo de fonte sans serif.

Também denominadas Góticas, Egípcias, Palo Seco ou Etruscas, se dividem

em dois grupos principais:

Lineares sem modulação: formadas por tipos de espessura de traço

uniforme, sem contraste nem modulação, sendo sua essência geométrica. Admitem

famílias longuíssimas, com numerosas variantes, embora sua legibilidade não seja

muito boa em um texto longo. Exemplos deste tipo seriam: Arial, Arial Narrow, Arial

Rounded MT Bold, , Avant Garde, Century Gothic, Chicago, Helvetica, Geneva,

Impact, Monaco, MS Sans Serif, Tahoma, Trebuchet MS e Verdana.

Etruscas: caracterizadas porque a grossura do traço e o contraste são

pouco perceptíveis e por ser muito legíveis em texto corrido.

Fig . 11: Exemplo de fonte Sans serif

Display

As fontes display advertem mais ou menos claramente o instrumento e a mão

que as criou, e a tradição caligráfica ou cursiva na que se inspirou o criador.

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Fig . 12: Exemplo de fontes display

Existem três grupos principais de fontes display:

Caligráficas: aglutina famílias geradas com as influências mais diversas

(rústica romana, minúscula carolíngio, letra inglesa...), baseadas todas elas na mão

que as criou. Com o tempo a escritura caligráfica se tornou cada vez mais

decorativa. Atualmente se utiliza em convites a cerimônias ou determinados

acontecimentos. Como exemplos destes tipos podem citar as fontes American

Uncial, Commercial Script, Cancelleresca Seript, Bible Seript Flourishes, Zapf

Chancery, Young Baroque.

Góticas: de estrutura densa, composição apertada e verticalidade

acentuada, mancham extraordinariamente a página. Ademais, não existe conexão

entre letras, o que acentua mais sua ilegibilidade. Exemplos deste tipo são Fraktur,

Old English, Koch Fraktur, Wedding Text, Forte Grotisch.

Cursivas: costumam reproduzir escrituras de mão informais, mais ou

menos livres. Estiveram muito na moda nos anos 50 e 60, e atualmente se detecta

certo ressurgimento. Exemplos: Brush, Kauffman, Balloon, Mistral, Murray Hill, Chalk

Line e Freestyle Script.

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Fig . 13: Exemplo de fonte gótica

Decorativas

Estas fontes não foram concebidas como tipos de texto, e sim para um uso

esporádico e isolado.

Fig . 14: fonte decorativa

Existem numerosas variações, porém podemos distinguir dois grupos

principais:

Fantasia: similares em certo modo às letras capitulares iluminadas

medievais, elas são em geral pouco legíveis, portanto não são adequadas na

composição de texto e sua utilização se circunscreve a títulos curtos. Exemplos

deste tipo são as fontes Bombere, Block-Up, Buster, Croissant, Neon e Shatter.

Época: pretendem sugerir uma época, uma moda ou uma cultura,

procedendo de movimentos como a Bauhaus ou a Art Decó. Antepõe à função ou ao

formal, com traços simples e equilibrados, quase sempre uniformes. Muito utilizados

na realização de rótulos de sinalização de edifícios e anúncios exteriores de lojas.

Exemplos deste grupo são Futura, Kabel, Caslon Antique, Broadway, Peignot,

Cabarga Cursiva, Data 70, LCD, Gallia.

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5.6. Análise de diagrama

Diagramação (ou paginação) é o ato de diagramar (paginar) e diz respeito a

distribuir os elementos gráficos no espaço limitado da página impressa ou outros

meios. É uma das práticas principais do design gráfico, pois a diagramação é

essencialmente design tipográfico. Entre as diretrizes principais da diagramação

podemos destacar a hierarquia tipográfica e a legibilidade. A diagramação é aplicada

em diversas mídias como jornais, livros, revistas, cartazes, sinalização, web-sites,

inclusive na televisão.

Atualmente, um diagramador também tem sido considerado, no Brasil e no

exterior, um designer gráfico. Mesmo assim a diagramação não é uma atividade

limitada a uma profissão específica. Em alguns cursos de biblioteconomia ou

jornalismo mais tradicionais o designer gráfico é chamado apenas de diagramador.

A diagramação de publicações costuma seguir as determinações de um

projeto gráfico, para que, entre outras coisas, se mantenha uma identidade em toda

a publicação. Na diagramação, a habilidade ou conhecimento mais importante é o

uso da tipografia.

Grid é a junção de todos os elementos visuais que estarão nessa peça gráfica

para transmitir uma informação, conhecimento, sendo composto por conjuntos de

“regras” como colunas e linhas, que funcionam como guias para a distribuição dos

elementos visuais. Com a utilização do grid, existem muitas vantagens, como

clareza e eficiência na transmissão de informação.

5.6.1. Elementos do Grid

Margens

São os espaços que sobram entre o limite do formato (tamanho da folha) e as

áreas que serão usadas para a diagramação, como colunas e guias. Essa área é

usada muito para colocar informações secundárias ou mesmo para área de

descanso para os olhos.

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Guia Horizontal

São faixas horizontais, que ajudam no alinhamento e estrutura o texto, a

orientar os olhos na hora de escrever o texto e também é usada para criar pontos de

partida ou pausas no texto, para ficar um aspecto mais criativo e diferente.

Colunas

São os alinhamentos verticais, que se cruzam, com as guias horizontais, que

criam divisões horizontais entre as margens. A quantidade e a largura delas

dependem do tipo de trabalho ou quantidade de texto.

Fig . 15: Exemplo de diagramação.

Módulos

São unidades individuais, como se fossem quadrados formados pela junção

da coluna com a guia horizontal, e são separadas em espaços de tamanhos iguais,

que repetidas por toda a página, criam colunas e faixas horizontais.

Zonas Espaciais

É um grupo de módulos, que formam um campo distinto. Cada zona espacial

pode receber um tipo específico de informação, por exemplo, uma foto, ou mesmo

uma coluna com um texto mais importante.

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Marcadores

Encontrados na parte externa, na margem, são os indicadores para textos

secundários ou informações constantes, como cabeçalho, rodapé ou um elemento

que ocupe sempre o mesmo lugar na página, como por exemplo, o nome do livro ou

a página do mesmo.

5.6.2. Tipos de Grid

Retangular

É o grid mais simples. Tem a característica de acomodar um longo texto

corrido, como um livro ou um texto científico. Esse tipo de grid causa um grande

cansaço, por ser muito simples, e com isso deve-se criar algo diferente para criar um

estímulo a leitura, como tamanho do tipo, do espaçamento ou da margem.

Fig . 16: Exemplo de diagramação retangular.

Colunas

O grid de colunas é flexível e pode ser utilizado para separar diversos tipos de

texto ou mesmo informação. Ele pode ser composto por grids diferentes, cada

destinado a um tipo de conteúdo, por exemplo, em um site cada grid pode ter um

tipo diferente de menu e imagem.

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Fig . 17: Exemplo de disposição de colunas

Modular

É o grid de coluna com muitas guias horizontais, criando módulos. Esse tipo

de grid é originário da Bauhaus e do Estilo Internacional suíço. Muito usado para

informações tabulares, gráficos, formulários e diagramas. Ele possui muitas

vantagens com relação aos outros: Simplicidade nos grids; Unificação de diversos

tipos de conteúdo, como textos e fotos nos mesmos módulos; Combinação de 1, 2 e

3 larguras modulares.

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Fig . 18: Exemplo de disposição de colunas modular

Hierárquico

No grid hierárquico, a largura das colunas e entre colunas varia. A página da

Internet é um exemplo de grid hierárquico. O conteúdo dinâmico da maioria dos sites

e o redimensionamento das janelas exigem flexibilidade na largura e no

comprimento, característica desse tipo de grid.

Fig . 19: Exemplo de disposição de colunas hierárquico.

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5.7. Estudo Cromático

Policromia é o processo em que é possível simular diversas cores impressas

usando somente algumas cores básicas. Essas cores são denominadas cores de

seleção. É a partir das retículas e das misturas das cores de seleção, sendo possível

criar diversos tipos de cores, chamada de escala de cores.

As Cores de Escala são então as cores geradas pelas cores de seleção

(cores básicas). A escala formada para impressão de policromias é formada através

das cores de seleção ciano, magenta, amarelo e preto, chamada de Escala Europa,

ou mais conhecida como CMYK.

Um aspecto importante é sempre conferir a cor escolhida. Todo o programa

de computador utilizado para design gráfico dispõe da escala Europa.

Fig . 20: Imagem do catálogo de cores

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A indicação da cor desejada é realizada através de porcentagem, que é a

medida utilizada para definir a quantidade de cada cor de seleção para se alcançar

aquela cor da escala. Por exemplo: um determinado tom de laranja é feito com 80%

de amarelo e 10% de magenta, isto significa que os pontos que formam a retícula do

amarelo cobrirão teoricamente 80% daquela área do papel, enquanto os pontos

magenta cobrirão apenas 10%. A mistura que nossos olhos farão destes pontos nos

fará o laranja desejado.

Fig . 21: Exemplo de página da escala de cor.

5.7.1. HiFi Color e Hexacromia Pantone

Além da escala Europa, há ainda outras duas escalas para a impressão que

contam hoje com processos de produção disponíveis no mercado, ambos de custo

mais alto. A primeira delas é o chamado sistema HiFi Color, que acrescenta mais

três cores de seleção às quatro da escala Europa: o vermelho, o verde e o azul

violeta. Estas três cores visam, justamente, aperfeiçoar a simulação das cores com o

acréscimo destas três tonalidades, que se assemelham às cores de seleção da

escala RGB (vermelho, verde e azul).

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Fig . 22: Demonstração das cores na escala

A outra escala disponível é mais rara no Brasil, é a Pantone Hexachrome,

lançada pela empresa Pantone em 1995 e patenteada por ela. Esta escala utiliza

dois tons bastante saturados de laranja e verde, ao lado do ciano, do magenta, do

amarelo e do preto.

Sua vantagem é que ela gera cores mais saturadas e, por ter mais cores de

seleção, produz tons que a escala Europa não tem como alcançar, como tons de

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amarelo, laranja e verdes bem saturados quase que fosforescentes. Sua utilização,

todavia, requer um custo maior (como são seis tintas são seis impressões, e o custo

sai de acordo com o número de impressões) e é, por isso, indicada atualmente

apenas para impressos de alto luxo ou projetos muito especiais.

Fig . 23: Escalas de cores

5.7.2. Cores Especiais

Assim como temos monocromias em meio-tom e a traço, também temos

impressões coloridas que não utiliza meios-tons, apenas traço. Ou seja: suas cores

não são produzidas por meios-tons, mas pelas tintas propriamente ditas, que são,

em geral, duas ou três.

Estas impressões coloridas, porém, não são chamadas de policromias, mas

simplesmente de impressões em duas ou três cores. E as cores das tintas utilizadas

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não são cores de escala, sim cores especiais. Uma cor especial é, justamente,

qualquer uma que não seja o ciano, o magenta, o amarelo ou o preto – ou seja,

qualquer cor que não seja impressa a partir da combinação das tintas ciano,

magenta, amarelo e preto. No meio gráfico, o vermelho é uma cor especial quando

impresso com tinta vermelha, assim como um determinado tom de amarelo que não

seja aquele da escala, ou o verde, o lilás, o dourado, prata, etc.

As cores especiais têm um valor diferenciado, justamente porque elas saem

do padrão, requerendo um trabalho adicional. Primeiramente, a impressora terá de

ser lavada especialmente para receber a nova tinta e, depois de finalizada a

impressão é lavada novamente para retirá-la. Tal não ocorre com as tintas das cores

de seleção, pois elas são utilizadas sucessivamente em diversos trabalhos, já que

são padronizadas. E, em segundo lugar, porque a gráfica terá de adquirir a tinta

daquela cor específica ou produzi-la através da mistura de outras tintas. Todavia, o

acréscimo cobrado não é alto, sendo compatível com o benefício almejado.

Fig . 24: Material gráfico aplicado cores especiais.

Outro uso mais comum das cores especiais tem a conseqüência oposta: ele

não barateia, mas encarece o impresso, por gerar a necessidade de uma quinta

impressão. É quando se usa a cor especial, em adição as quatro da policromia, para

o alcance de uma cor impossível de ser obtida através das cores de seleção. É o

caso das cores metálicas (dourado, prata, cobre) e fosforescentes. Desta forma,

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além da impressão do ciano, do magenta, do amarelo e do preto, é feita uma quinta

impressão utilizando-se da tinta na cor desejada.

5.8. Processos de Impressão

Para o desenvolvimento de uma peça gráfica é muito importante o processo

de impressão, pois é o processo que irá definir a qualidade do projeto e dar ele um

diferencial atrativo para o público.

Segundo Villas-Boas (2008) dentre os processos disponível no mercado atual

cinco serão abordados os processos que se destacam entre os grandes sistemas de

impressão.8

5.8.1. Planografia

Processo de impressão que trabalha com matriz, e por meio de fenômenos

físicos e químicos de repulsão e atração que os elementos água e tinta se alojam

nas áreas gravadas para a reprodução no suporte. Offset é um processo

planográfico, assim como a litografia.

5.8.2. Eletrografia

Assim como nos processos planográficos, porem se difere nas áreas que

serão determinadas. É formada por fenômenos eletrostáticos e não físico-químicos.

Foi desenvolvido para a produção industrial, como a impressão digital, a eletrografia

e a xerografia. Esses processos eletrônicos são dados informatizados gerados por

computador.

8 VILLAS-BOAS, André. Produção Gráfica para designers. 3. ed., Editora 2AB, 2008.

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5.8.3. Permeografia

Impressão realizada mediante a matriz permeável. Os elementos são

formados por áreas permeáveis ou perfurados da matriz como na serigrafia.

5.8.4. Relevografia

Impressão realizada mediante matriz em alto relevo. Os elementos que serão

impressos ficam na matriz e são entintados, imprimindo sobre o suporte. É o mesmo

principio de carimbos. A tipografia e a flexografia são processos relevográficos.

Processos digitais diversos – A impressão é realizada a partir de uma matriz

virtual formada por impulsos elétricos, graças a um sistema informatizado. Eles são

processos diferentes de processos eletrográficos, em geral adequados para tiragens

únicas, como provas de layout de impressos que serão processos mais adequados à

escala industrial como jato de tinta, transferência térmica, sublimação.

O designer deve levar em conta uma série de variáveis como deficiências e

vantagens do processo, tiragem, custo, suporte, disponibilização de fornecedor e

maquinário, conhecimento do processo e usabilidade para optar pela melhor opção

de impressão para o trabalho em questão.

5.8.5. Offset

Para desenvolver peças gráficas como livros e revistas de grande tiragem o

processo mais indicado é o processo de offset, que é o processo mais utilizado

pelos designers. É o principal processo de impressão desde a segunda metade do

século XX. Ele garante boa qualidade para pequenas, medias e grandes tiragens a

custos compatíveis, com bom rendimento. É compatível com praticamente todos os

tipos de papel e alguns outros tipos de materiais.

No fim da década de noventa, o offset passou a contar com um

aperfeiçoamento fundamental: as maquinas com o sistema de CtPress, que

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permitem a entrada direta dos arquivo digitais diretamente na impressora, onde é

feita a gravação das chapas e dispensando fotolitos .

Há seis elementos básicos no mecanismo do offset: a chapa, a blanqueta, o

suporte (geralmente papel), o cilindro de pressão (que pressiona o papel contra a

blanqueta), a tinta e a água.

O principio de impressão é a repulsão entre água e a gordura, que não se

misturam. Por isso a matriz é plana: não é preciso relevo algum para que a tinta (que

é gordurosa) se aloje nas áreas gravadas com as imagens que devem ser

impressas, pois a umidade que se aloja nas demais áreas e impede que ela se

espalhe e “borre” as imagens.

A chapa imprime a imagem na blanqueta e esta transfere para o papel. O

papel é pressionado contra a blanqueta graças a ao cilindro de pressão. A blanqueta

é a parte que garante a qualidade de impressão porque ela é responsável de conter

os excessos de tinta na peça gráfica.

Papel

A escolha do papel no qual será impresso o material também é importante

para garantir um diferencial do produto, tendo assim mais qualidade e ótimos

resultados. Todos os tipos de papéis têm suas características. Para se escolher

corretamente o tipo de papel deve-se levar em considerações o tipo da criação, a

tinta e as possibilidades de acabamentos.

Atualmente existem infinitas variedades de papel no mercado. Para

diferenciar um modelo de papel do outro, existe uma classificação básica.

Peso

Normalmente, o peso varia de 50 a 350 gramas. Quanto maior a gramatura,

mais grossa é a folha, maior o peso terá o impresso, maior opacidade e maior o

custo, já um papel de gramatura excessivamente baixa é bem mais barato, mas

poderá fazer com que a publicação seja por muito maleáveis, comprometendo a

apresentação e a futura conservação.

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Por exemplo, 50 gramas é um papel mais fino, e, portanto o 350 gramas será

o papel mais grosso. Isto define o peso e o volume do seu impresso final. O peso

influencia no processo de impressão.

Formato

Existem diferentes tamanhos e formatos de papel sendo que o tamanho pode

influenciar a visualização da peça gráfica e ainda definir o orçamento da produção

da peça.

Cor

A cor do papel pode influenciar na composição criativa das cores que você

usa em uma arte. Geralmente, o papel escolhido é branco, ao passo que tons

amarelados tendem a ser associados com baixa qualidade. Existem diversas peças

gráficas que podem ser realizadas com os papeis já coloridos de fábrica, deixando a

peça gráfica com uma criação diferente e de orçamento mais baixo.

Textura

A textura pode ser definida como o aspecto do papel (lisos, telados, etc.) ou

quanto ao seu grau de rigidez. A textura do papel pode ser escolhida de acordo com

a arte. Tomando o processo offset como referência, quanto mais liso o papel, mais

nítida e viva será a impressão. Os papéis com textura, por sua vez, tendem a

singularizar o produto final, mas não são indicados para policromias com grande

exigência de nitidez nos detalhes (como livros de arte, por exemplo). Da mesma

forma, devem ser evitados quando do uso de corpos muito pequenos (abaixo de oito

pontos). Na serigrafia, na xerografia e na impressão digital, eles são contra-

indicados no que confere a legibilidade e definição de detalhes.

5.9. Tipos de papéis

5.9.1. Couchê

É um tipo de papel resistente, mais caro, mas amassa facilmente dependendo

da gramatura. Graças à textura lisa e delicada, possui uma ótima qualidade de

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impressão. Uma característica do couchê brilho é que nas áreas que serão

impressas possuam um brilho acetinado em ambas faces. Já o couchê fosco possui

menos brilho, maior tempo de secagem da tinta e é mais barato que o brilho. Sua

gramatura é bastante abrangente, mas trabalha basicamente com 04 gramaturas:

90, 120, 150 e 250 gramas.

Aplicações:

Cartão de Visita;

Folders;

Flyers;

Panfletos em geral;

Tags;

Encartes de Supermercados;

Cartazes e outros.

Fig . 25: Cartão de visitas.

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5.9.2. Duplex

Mais conhecido como papelão, é um tipo de papel composto por 2 camadas

de papel, sendo a primeira de branca, acetinada e lisa e a segunda camada com

uma pasta não branqueada (por isso o papel fica com essa cor) O verso do papel

permite melhor qualidade e produtividade na hora da impressão. A gramatura do

papel Duplex é 250 gramas e 300 gramas.

Aplicação de materiais:

Calendário de Parede;

Sacolas;

Caixas;

Embalagens em geral.

Fig . 26: Embalagem de papel duplex.

5.9.3. Papel off-set

É o papel mais utilizado, e como possui bastante cola na sua composição, ele

tem superfície uniforme. É um papel bastante branqueado (dos branqueados é o

mais barato), encorpado e possui textura fosca e resiste o melhor possível a ação da

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umidade, o que é de extrema importância para a impressão pelo sistema off-set.

Além a vantagem de baixo custo, possui alta qualidade, com grande nitidez , cores

vivas e intensas das áreas impressas. A gramatura este papel varia de 56 gramas a

240 gramas.

Aplicação de materiais:

Receituário;

Papel Timbrado;

Miolo de Livros;

Miolos de Revistas em Geral;

Folhetos.

Fig . 27: Impreso em papel off-set.

5.9.4. Supremo

Possui bastante resistência e tem a superfície mais lisa do mercado, o que faz

dele um papel muito procurado e com altíssima qualidade. Possui um semi brilho, e

tanto a frente e quanto o verso do papel é branco. Aceita todos os recursos gráficos

e geralmente é usado nesse papel um acabamento gráfico especial (verniz U.V ou

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verniz fosco), para dar mais brilho e durabilidade. A gramatura deste papel é de 250

gramas e de 300 gramas.

Aplicação de materiais:

Cartão de Visita;

Imã;

Folhinha;

Calendário Bolso;

Calendário Mesa;

Marcador de Páginas e outros.

Fig . 28: Cartão de visita de material de melhor qualidade.

5.9.5. Papel reciclado

Este papel é um tipo de papel reciclado. Ele possui essa aparência de

papel reciclado, mas ele é na verdade um papel off-set 100% reciclado. Com sua

qualidade, é um papel correto para fazer um diferencial ou algum detalhe diferente

em seus trabalhos, por possuir textura única, e possuir essa tonalidade de reciclado.

A gramatura de papel varia de 90 e 240 gramas.

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Aplicação de materiais:

Cartão de Visita;

Folder;

Flyers;

Receituário;

Papel Timbrado;

Tags;

Cartazes e outros.

Fig . 29: Tags de papel reciclado

5.10. Acabamentos

Nos projetos gráficos é essencial que se haja um acabamento de boa

qualidade para dar um diferencial e criar um poder atrativo maior, existem

disponíveis no mercado diversos tipos de acabamentos diferentes para qualquer tipo

de trabalho de design.

5.10.1. Hot Stamping

Conhecido como o sistema tipográfico, onde a tinta tipográfica é substituída

por uma espécie de película, em forma de fitas ou folhas de celofane, com a cor de

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acordo com a exigência do trabalho, mas na maioria das vezes são tons de dourado

e prata. A película é colocada junto com uma camada de adesivo, que é prensada

através da pressão de uma matriz sobre o suporte.

Essa matriz é um clichê em metal ou em foto-polímero, que é pressionado

contra o suporte em alta temperatura, para conseguir prensá-lo. A tinta utilizada, a

película, através do calor, aderindo por pressão ao papel ou outro suporte.

Fig . 30: Matriz de Hot Stamping

Não é recomendável o uso de elementos multo detalhados, como efeitos,

contornos ou sombras, e letras serifadas em tamanhos muito pequenos, devido à

baixa definição obtida.

Esse tipo de acabamento consegue obter efeito semelhante ao de uma

impressão em metal (ouro, prata e outras tonalidades), tanto no aspecto da

coloração, quanto ao brilho e à textura. Sua aplicação tende a conferir um aspecto

nobre, sofisticado.

Page 54: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

53

Fig . 31: Peças trabalhadas com hot stamping.

5.10.2. Plastificação

Seu principal objetivo é o aumento da durabilidade do impresso, seu uso em

capas, catálogos, cardápios, etc.

O papel já impresso, sobre o qual é aplicada por calor e pressão o para ser

feita a plastificação, recomenda-se ter entre 120 g/m² à 500 g/m², podendo ser feito

com muito cuidado com papeis de 75 g/m² à 120 g/m², pois pode causar

enrugamento e o surgimentos de bolhas de ar entre a plastificação e o papel.

A plastificação não é recomendável no caso do uso de tintas metálicas, como

quinta cor ou hot stamping, e de papéis ásperos com grandes chapados.

Fig . 32: Papel plastificado.

Page 55: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

54

5.10.3. Laminação

Possui os objetivos e efeitos semelhantes ao da plastificação, porém com

maior aderência e maior diversidade de produtos para o revestimento.

A laminação fosca tem sido muito utilizada a partir dos últimos anos do século

XX, por propiciar um acabamento discreto, resistente, elegante e de baixo custo. No

entanto, ela tende a diminuir a saturação das cores e a prejudicar a definição de

elementos pequenos e detalhados como, por exemplo, cartões de visita.

Fig . 33: Cartão de Visita.

5.10.4. Verniz

É um recurso muito usado para melhorar a qualidade dos impressos,

proporcionando o brilho, o um destaque melhor das cores, e ao mesmo tempo

aumentar a resistência do suporte, a luz, calor, etc.

Existem várias formas de aplicação do verniz no material, podendo ser

aplicado em todo material, ou como na aplicação em alguns detalhes, chamado de

Verniz localizado, que é colocado o verniz em áreas como fotos ou textos, dando um

ar mais sofisticado e fino ao impresso.

Fig . 34: Produtos gráficos aplicado com verniz.

Page 56: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

55

Verniz de máquina (verniz offset)

É o mais barato e é caracterizado por ser uma impressão adicional realizada

com a matriz semelhante à usada na impressão das tintas desse mesmo impresso.

Esse verniz causa envelhecimento e tem baixa resistência, porém é um recurso

barato, simples e rápido.

Verniz de alto brilho

São usados principalmente para capas, cartazes e folhetos refinados. Seu

uso é cada vez mais raro, já que a plastificação tem à mesma função com menor

custo e maior rapidez, porém não possui a mesma qualidade. A aplicação deste tipo

de verniz exige equipamento próprio, sendo muitas vezes necessária a terceirização.

Verniz UV

Necessita de equipamento apropriado, com matriz específica de alto custo e

estufa de luz ultravioleta, que vem daí sua denominação. É um recurso considerado

de alta qualidade por sua durabilidade. O verniz UV é muito utilizado tanto em

alguns elementos gráficos, impressos sobre papel, dando lhes destaque, ou como

uma forma de impressão sobre fundo chapado, “criando” a imagem apenas pelo

brilho e textura do verniz. Este recurso é denominado verniz localizado.

5.10.5. Refiles

O refile é conhecido como cortes feitos na borda do papel necessários para a

finalização do impresso. Ele pode ser realizado em diversas etapas da produção.

Por ser uma etapa básica e necessária para a qualidade final do impresso.

Page 57: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

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Fig .35: Processo de Refile

Ele pode ter quatro funções, de acordo com a etapa na qual ocorre. Logo

após a saída da impressora, é utilizado para primeiro eliminar as margens e marcas

de impressão, como marca de corte e sangria, reproduzidas na folha de entrada em

máquina. Pode ser feito também o refile em lâminas (folhas) soltas, para separar as

diversas unidades impressas (corte linear) e deixá-las do mesmo tamanho, em

impressos paginados, como livros, revistas, jornais, para deixar as folhas iguais, pois

feito a encadernação dos cadernos ou dobradura, as folhas podem estar de

tamanhos diferentes. E por fim para definir o formato definitivo do impresso, já na

etapa final do acabamento.

5.10.6. Vinco

O processo do vinco é aplicado ao papel para facilitar seu manuseio ou a

realização de dobras. Ele é utilizado principalmente em capas de brochuras com

lombada quadrada, por exemplo, de livros, permitindo a abertura da capa sem forçar

o papel, sem fazer com o papel dobre ou estrague a encadernação do mesmo.

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57

Fig. 36 Flayer vincado

Pode ser usado também em papéis de maior gramatura, quando queremos

fazer um material específico, como, por exemplo, um folder com três dobras, é

necessário que seja vincado a folha, para que as dobras fiquem bem marcadas e o

papel não se danifique.

5.10.7. Faca Especial

O termo corte, ou faca especial, usado para aqueles acabamentos que

necessitam de lâminas específicas, não podendo ser produzidos nas guilhotinas

comuns (como é o caso do refile, sendo que esse corte precisa de uma chapa

especialmente para aquele impresso específico).

Fig. 37 Modelo de faca especial.

Em geral, é um recurso muito usado na confecção de embalagens, que

necessitam de cortes específicos que realizem a produção das abas e de todo o

fechamento que a embalagem necessita. Pode ser usado também como recurso

expressivo para a valorização de layouts, inclusive com a inclusão de formas

vazadas no papel, como por exemplo, em cartões de visita, folders, cartazes. Trata-

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58

se de um acabamento caro, pois é necessária a fabricação de uma lâmina de aço

com o formato desejado, e único, que é fixada sobre um suporte de madeira: a faca

de corte. A lâmina atua por pressão sobre os impressos, realizando o corte desejado

simultaneamente sobre várias unidades.

Fig. 38: Material Gráfico com faca especial.

5.10.8. Encadernação

Segundo Villas-Boas (2008) a encadernação é uma das últimas etapas de do

processo de acabamento de peças gráficas paginadas.9 Contudo o termo

encadernação seria aplicado corretamente apenas a peças de volumes de capa

dura, ou seja, com numero de páginas considerado numeroso. Entretanto hoje é

aplicado em qualquer situação que une páginas de uma publicação. Alguns desses

processos são.

Canoa

Canoa ou dobra- e- grampo é uma das formas mais simples, rápida e barata

para confecção de brochuras: os cadernos são colocados uns dentro dos outros, e

unidos por grampos na dobra de formato aberto o numero de páginas da publicação

tem de ser múltiplo de quatro. Comuns em revistas de poucas páginas.

9 VILLAS-BOAS, op. cit.

Page 60: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

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Lombada quadrada

O processo é em geral aplicado em um equipamento com uma fresa que faz

pequenas incisões no dorso da publicação, nas quais entra cola derretida. Na

lombada quadrada, são eliminadas as dobras do formato aberto, ficando as folhas

soltas. Quando o papel utilizado no miolo é mais encorpado, é comum a aplicação

de vinco na capa. É utilizada em publicações de muitas páginas em média de 40 e

200 folhas.

Costura e Cola

As folhas de cada caderno são unidas por costuras na dobra do formato

aberto e só então os cadernos são reunidos, lado a lado, com o uso da cola. Mais

resistente e de custo maior, a técnica é adequada para impressos de mais de 200

páginas que necessitem de um acabamento mais refinado ou destinado a grande

manuseio como livros didáticos.

Tela

É que apresenta maior resistência, esse tipo de encadernação inclui além de

costura, a aplicação de uma tela para reunir todos os cadernos, juntamente com

cola. Devido ao aperfeiçoamento dos adesivos, só é usado em edições de luxo e em

volumes grandes destinados a intenso manuseio como dicionários e bíblias.

Mecânica

É um processo de baixo custo, consiste na reunião das páginas pelo encaixe

dessas em acessórios plásticos ou metálicos por meio de furos. É o caso de

espirais, garra dupla, wire-o etc. No layout é preciso prever a margem interna maior

do que a área imprensa para que não se danifique o impresso.

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60

6. ANÁLISE DE SIMILARES

6.1. Diagramação

Similar: “O Castelo – Pop-up e muita diversão.”

O livro “O Castelo – Pop-up e muita diversão” as páginas que apresentam

texto é a primeira página que é a no verso da capa do livro. Onde se encontra a

história do livro. É formada pelo titulo que é centralizado na parte superior da página.

É composta por duas colunas onde é diagramado todo o texto alinhado a esquerda.

Na segunda coluna o texto também é alinhado à esquerda, porém, há um desenho

na pagina que faz que dois parágrafos sejam movidos para a direita para acertar a

diagramação.

Fig. 39: Duas colunas.

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Fig. 40: Imagem da página 2 do livro “O Castelo”.

Na Terceira página onde também é encontrado texto há uma diagramação

formada por três colunas com dois parágrafos cada uma, também é mantida a

justificação à esquerda. O texto é demonstrado em um Box com uma estética de

pergaminho antigo para passar a idéia de tema medieval.

Fig. 41: Três colunas.

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62

Fig. 42: Imagem da terceira página.

Pontos Positivos:

O número pequeno de colunas facilita na compreensão do texto. Facilitando a

criança que é o público-alvo do livro a ler a informação que ele deseja passar.

Pontos negativos

A diagramação está disposta de forma pouco atrativa para a criança se

interessar pela leitura do livro.

Similar: Mangá

O mangá é diagramado através de caixas de texto com a fala do personagem

respectivo.

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Fig. 43: Mangá Cavaleiros do Zodíaco nº16

Pontos Positivos:

A separação das caixas de texto possibilita maior compreensão do texto

Pontos Negativos:

O texto apresenta pouco destaque para se aplicado ao publico infantil.

6.2. Tipografia

Fonte estilo Gótica de estrutura densa, composição apertada e verticalidade

acentuada, mancham extraordinariamente a página. Ademais, não existe conexão

entre letras, o que acentua mais sua elegibilidade.

Fig. 44: Fonte utilizada no Livro “O Castelo – Pop-up e muita diversão.

Exemplos deste tipo são Fraktur, Old English, Koch Fraktur, Wedding Text,

Forte Grotisch

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64

Fig. 45: Exemplos de fontes góticas

Pontos Positivos:

As fontes possuem uma atratividade nos grafismos do tipo

Pontos Negativos:

Algumas fontes se forem utilizadas em corpo menor podem apresentar

elegibilidade.

6.3. Estrutura de Modelos de Papercraft

Similar: Papertoys Samsung

Para inspirar os torcedores italianos a vibrar, cantar e comemorar por sua

seleção de futebol na disputa da Eurocopa de junho de 2008, a Samsung Itália

lançou uma série de PaperToys. Esses PaperToys são bonecos ilustrados, que

podem ser impressos e montados, para colocá-los em uma mesa de trabalho ou de

casa, para dar apoio à Azzurra, um time de futebol europeu, na competição. São

eles Lina, Igor, Rino e Lilo, quatro personagens bem engraçados que podiam ser

encontrados no site da empresa.

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Fig. 46: PaperToys da Samsung Itália Fonte: Site Samsung Itália

Pontos Positivos:

Apresentam um traço cômico, assim dando atratividade ao publico infantil.

Pontos Negativos

Podem apresentar baixa resistência se não forem tomados os devidos

cuidados.

Similar: CubeeCraft

Cubeecrafts são modelos de maior simplicidade para montagem, é um dos

modelos mais conhecidos na web, e são disponíveis gratuitamente para serem

montados, alguns modelos não necessitam de cola para a montagem completa.

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Fig. 47: Cubeecraft “Lion, Thundercats”.

Pontos Positivos:

Modelo de fácil montagem pode-se retratar qualquer personagem, e se

montado com papel adequado pode-se ter uma resistência considerável.

Pontos Negativos:

Pode não retratar com exatidão o personagem.

Similar: Byakuya Papercraft

Modelo de papercraft com um nível de dificuldade maior em comparação aos

modelos de cubeecraft mesmo o personagem sendo representado por característica

“chibi “ que é quando se retrata um personagem no contexto de anime ou mangá

para descrever um traço de desenho de personagem bastante estilizado, com

cabeças no mesmo tamanho dos corpos, geralmente para obter um efeito cômico ou

mais sentimental. Um traço marcante dos chibi é bem simplificado.

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Fig. 48: Modelo de papercraft do personagem do Anime Bleach

Pontos positivos:

Modelo de tem uma tem forma mais fiel a do personagem e ainda tem um

atrativo cômico, assim atrai mais o publico infantil, pois chega bem próximo de um

brinquedo.

Pontos negativos:

O modelo apresenta dificuldade maior de montagem assim impossibilitando

ao público alvo que é o infantil a montar o papercraft, pois as algumas peças são

pequenas.

6.4. Estudo Cromático

O livro é representado por uma variedade de cores muito grande, porém nota-

se uma predominância de cores quentes, como tons de amarelo, vermelho e laranja.

Page 69: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

68

Esses tons apresentam tonalidades um pouco escuras, ou seja, cores que não são

vibrantes ao olhar, para passar uma idéia de antiguidade.

No interior do livro é trabalhado com tons de azul principalmente para

representar o céu ao fundo, entretanto mantém o maior índice de cores quentes

contrastadas.

Na segunda página onde se tem os bonecos para destacá-los para a criança

poder interagir, os bonecos são divididos em duas cores opostas vermelho e azul,

para passar a idéia de times diferentes, ou mesmo de inimigos.

Figs. 49, 50, 51 e 52: Imagens das vistas do similar.

Page 70: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

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6.5. Elementos Visuais

Similar: Rei Arthur Anime

Anime é toda animação que é produzida no Japão que se assemelha nas

características de traço.

Produzido pela Toei Animation, Rei Arthur (Entaku no Kishi Monogatari Moero

Arthur) se baseia nas lendas populares dos Cavaleiros da Távola Redonda. Foi

exibido no Brasil por volta dos anos 80.

Fig. 53: Imagens do anime Rei Athur.

Pontos positivos:

O traço apresenta simplicidade, mas é bem fiel quanto à retratação do

personagem. Dando-lhe características próprias. Apresenta cores vivas e retrata

cenários com nível de detalhes bem alto.

Page 71: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

70

Pontos negativos:

Não apresenta um nível de contraste que destaque muito os personagens do

fundo do cenário.

Similar :Holy Avenger

Revista brasileira voltada para o publico jovem em especial aos que tenham

interesse por RPG (Role Playing Game) e mangá.Trabalhando com uma temática de

mangá e traço e ilustração com referencia ao mangá.

Fig. 54: Página do quadrinho brasileiro Holy Avenger

Page 72: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

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Pontos Positivos:

Traço de estética atrativa, bom uso de contraste que evidencia as imagens.

Pontos Negativos.

Irregularidade na demonstração dos desenhos, em outras palavras em alguns

quadros o traço do personagem muda de aparência.

6.6. Números de páginas

Similar:

O Castelo – Pop-up e muita diversão.

O similar tem poucas páginas, pois ele proporciona principalmente a

interatividade para que a criança possa brincar com o castelo.

Ele é composto por cinco páginas não numeradas e a capa e a contra capa:

Capa: Mostra o titulo do livro a imagem ilustrada do castelo.

Primeira página: Apresenta o texto do livro

Segunda e terceira página: Páginas onde estão os personagens a ser

destacada, cada página é um lado do personagem que é duas faces.

Quarta página: Vocabulário das palavras do texto da primeira página.

Quinta página: Pop-Up do castelo.

Contra capa: Imagem ilustrada complementar da capa, e uma fotografia

de como é o produto.

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72

7. SÍNTESE

Após efetuar o levantamento de dados e realizar a análise dos similares foi

definido que o projeto seguirá os seguintes temas e definições para se

desenvolvimento.

7.1. Público - Alvo

O projeto tem como objetivo incentivar a leitura, pois é na infância que as

pessoas criam hábitos e informações importantes para a sua vida. Portanto é na

infância que se deve criar o hábito para a leitura. Seguindo essa linha de raciocínio

que este projeto será desenvolvido para o público infantil.

7.2. Estrutura dos modelos

Definido o público que irá ser direcionado o projeto, é definido que pela será

proposto um modelo que seja fácil de ser montado, ainda tentando retratar a

estrutura do corpo humano, com a estética de mangá, que é a estética que o projeto

pretende apresentar.

7.3. Livro de história

O livro terá o conteúdo informacional do projeto que, em outras palavras,

significa a história em si, explorando a parte de ambiente e cenário da história. Com

a proposta de apresentar a história, o ambiente e os personagens da história. Este

ainda terá o desenvolvimento editorial, com base nas propostas de projeto que

foram estudadas e posteriormente analisadas, com o fim de atender o público-alvo.

Page 74: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

73

7.4. Ambiente

Explorando a possibilidade de aplicar conhecimento com a brincadeira, será

relatada a história do Rei Arthur.

Rei Artur é uma figura lendária britânica de histórias medievais e romances.

Teria comandado a defesa contra os invasores saxões chegados à Grã-Bretanha no

início do século VI. Um guerreiro que retirou a espada lendária Excalibur de uma

pedra e se tornou um Rei muito poderoso, criou em seu reino a távola redonda junto

a seus cavaleiros mais fieis que discutiam em volta de uma mesa redonda para

representar a igualdade entre eles.

7.5. Diagramação

Será usada para o desenvolvimento do projeto uma diagramação trabalhada

com colunas e grids com a intenção de evidenciar o cenário, levando em

consideração que o objetivo do projeto é deixar a imaginação da criança

desenvolver o contexto da história, utilizando o texto apenas como apoio para o seu

entendimento.

7.6. Tipografia

Após os estudos das famílias tipográficas foi determinado que para o

desenvolvimento do projeto fossem utilizados tipos manuscritos que facilitem a

leitura do texto e que retratam melhor o ambiente medieval renascentista. Tais

fontes são as que possuem estrutura densa, composição apertada e verticalidade

acentuada e se destacam bem na página.

7.7. Processos gráficos

Para esse projeto serão utilizados os processos de impressão geralmente

aplicados nas produções de livros, como capa dura, encadernação apropriada para

livros, como costura e cola ou lombada; impressão off-set pois todos os elementos

do projetos serão impressos; laminação nas páginas para que possa proporcionar

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74

proteção durante o manuseio do livro, o projeto deve atender o tamanho entre 15x21

à 25x30, e faca especial para facilitar na montagem dos papercrafts.

7.8. Elementos Visuais

Para a adaptação da história, nos suportes gráficos será adotada a estética

do mangá, levando em consideração a importância que o mangá tem no mercado

atual, que fez obras já conhecidas e teve o seu design e estéticas refeitas para atrair

um novo público consumidor.

Para representar a história, será utilizado como referência o anime do Rei

Arthur (Entaku no Kishi Monogatari Moero Arthur, nome original), que foi exibido no

Brasil nos anos 80. Contudo, ainda que antigo o anime, a caracterização dos

personagens apresenta qualidade ilustrativa, que facilitará na retratação nos

modelos de papercratfs.

7.9. Roteiro da historia

Depois de analisado e definido o universo e o ambiente que será

representado no projeto à história que será apresentada será um resumo dos dois

primeiros episódios do anime que foi exibido nos anos 80, abordando o inicio da

historia do rei Arthur mostrando sua infância, seus pais, a rebelião dos reinos

aliados, a intervenção do mago Merlin, salvando o príncipe, o crescimento de Arthur

em um meio humilde, a espada mágica Excalibur, a revelação do novo rei da

Inglaterra e por fim a ascensão e a confirmação do novo rei.

7.10. Personagens adaptados

Dentre o vasto universo de personagens que possui a lenda do Rei Arthur,

serão desenvolvidos quatro personagens no formato de papercraft são eles:

Rei Arthur

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Personagem principal da história, príncipe Arthur vai separado dos pais e de

sua vida de reinado, após um ataque feito ao castelo de seu pai o Rei Uthar, foi

salvo pelo mago Merlin, que o deixou em uma fazenda para ser criado pelo ex-

cavaleiro Sir Hector, até que o reino decide que o novo rei da Inglaterra será aquele

que retirar a espada excalibur do pedestal, e quando Arthur tira a espada é revelado

que ele é o herdeiro do trono e o novo rei da Inglaterra.

O mago Merlin

Merlin é o sábio mago que previu a batalha que houve no castelo de Camelot

e salvou a vida do jovem príncipe Arthur, levando para o campo para ser criado por

Sir Hector, mais tarde Merlin revela que Arthur é o herdeiro do trono.

Rei Levic

Rei Levic é um dos sete reis da Grã-Bretanha, entretanto é o que mais tem

inveja do Rei Uthar, e obtém a maior ganância para assumir o trono, assim ele arma

uma emboscada para o Rei Uthar, tendo como objetivo tirar a vida do jovem Arthur,

Mais tarde é surpreendido pela revelação que o jovem camponês consegue tirar a

espada sagrada do pedestal, e sabendo que o jovem na verdade é Arthur o príncipe

que ele acreditava ter matado.

Cavaleiro Negro

Os cavaleiros negros são servos a serviço de Levic que causaram o ataque a

Camelot, com o objetivo de matar o príncipe Arthur.

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8. GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

8.1. Geração de diagramas

Para o desenvolvimento de um projeto editorial gráfico é necessário definir

uma estrutura para a geração de um bom layout. Na diagramação de um projeto

editorial e importante definir uma boa estrutura de colunas e grids.

Para geração das colunas foi definida uma orientação de margem sendo

elas:superior, inferior, direita e esquerda. Foram desenvolvidas diferentes formas de

colunas na orientação de 20x25 cm formato do livro que será desenvolvido:

Alternativa 01

Fig. 55: Primeira alternativa de configuração de diagramas

È distribuída por três formas de colunas na mesma orientação de margem

sendo a primeira com quatro colunas, a segunda com três colunas, a terceira opção

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77

com duas colunas havendo um espaçamento entre elas. E a quarta a sobreposição

de todas as colunas.

Alternativa 02

Fig. 56: Segunda alternativa de configuração de diagrama

É distribuída com um espaçamento da esquerda maior do que o da direita,

sendo apresentado como opção para um acabamento de encadernação usada em

livros. A primeira distribuição apresenta uma única coluna, a segunda apresenta

duas colunas, a terceira apresenta três colunas simétricas. A quarta representa a

sobreposição das outras disposições de colunas.

Page 79: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

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Alternativa 03

Fig. 57: Terceira alternativa de configuração de diagrama

A terceira alternativa apresenta uma orientação horizontal com espaçamentos

de margem simétricos e apresentados em formato de uma coluna na primeira

disposição, quatro colunas na segunda disposição e duas colunas na terceira

disposição, sendo que a quarta novamente é a sobreposição dos outros.

8.2. Matriz de Avaliação e Decisão

Depois de geradas a disposições de colunas foi criada uma tabela para

comparar as sobreposições de colunas e definir qual das configurações de

diagramas irá atender melhor as necessidades do projeto. Foram definidos pesos e

valores para os critérios de maior relevância do projeto onde os peso varia entre 1 e

3, e o valor entre 1 e 5:

Dentre os critérios determinados para avaliação são eles:

Alinhamento: Para determinar se os elementos inseridos nos grids

ficam alinhados em relação às posições de vertical e horizontal.

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Clareza: Demonstrar se as áreas divididas do grid apresentaram uma

área que facilite a compreensão das seções.

Identidade: Mostrar o diferencial do grid, que demonstre uma estrutura

diferenciada.

Organização: Mostrar se o grid tem uma estrutura que seja fácil

identificar as seções.

Aproveitamento: Demonstrar se a configuração do grid apresenta o

maior aproveitamento dos espaços para o desenvolvimento dos layouts

e elementos gráficos.

Simetria: Apresentar se as seções da configuração do grid tamanhos

iguais.

Destaque: Se as seções do grid apresentam destaques aos elementos

do layout.

Equilíbrio: A estrutura da configuração do grid é capaz de dar um

equilíbrio para a distribuição dos elementos, se o grid é capaz de

apresentar os elementos igualmente.

Flexibilidade: A estrutura do grid é capaz de possibilitar os elementos

gráficos flexibilidade de aplicar em varias disposições.

Sangramentos: A estrutura apresenta espaçamentos que permitam a

possibilidade de atribuir sangrias.

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80

Matriz de avaliação das alternativas 1, 2 e 3.

Depois de desenvolvido a matriz de avaliação e comparando as alternativas a

sobreposição das colunas da configuração de diagramas da segunda alternativa foi

escolhida como a melhor para o desenvolvimento do projeto.

8.3. Grid

O grid é como ferramenta de junção de elementos dentro de um projeto

gráfico será definida a partir da orientação da página e das colunas escolhidas

anteriormente na matriz de avaliação de colunas. (AMBROSE 2009)10.

10 GAVIN , Ambrose. GRIDS, Design Básico. Editora: Bookman, 2009.

Page 82: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

81

Foram gerado três diferentes tipos de grids na mesma configuração de

diagramas, a fim de se gerar a melhor opção de grid para o desenvolvimento do

projeto gráfico.

Alternativas de grid

Fig. 58: Alternativas de grid.

Primeira alternativa desenvolvida com três linhas gerando três campos

havendo ente eles um espaço para gerar uma divisão entre as seções da página.

A segunda alternativa apresenta três campos, entretanto não havendo

espaços entre as linhas dando um aproveitamento maior de cada campo do grid

gerado.

Terceira alternativa apresenta apenas duas seções de divisão que

proporciona um espaço maior de cada seção do grid.

Depois de desenvolvido opções de grids diferentes nas mesmas

configurações de coluna foi gerado uma nova matriz de avalição para definir o grid

que melhor se adapte ao projeto, foram mantidos os mesmos critérios e avaliados as

três alternativas:

Page 83: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

82

Matriz de avaliação de grid.

Avaliando a matriz determina-se que a melhor alternativa para o

desenvolvimento do projeto é a alternativa dois:

Fig. 59: Grid escolhido.

Page 84: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

83

Detalhamento Técnico

Determinado o grid para desenvolvimento do Layout foi especificado o

detalhamento técnico do grid, para facilitar o a geração do projeto. Segue as

especificações:

Fig. 60: Detalhamento técnico.

8.4. Geração dos modelos

Para o desenvolvimento dos modelos foi determinado que fosse desenvolvido

um modelo de “papercraft” com base nas feições das proporções do corpo humano,

aliado com traços mais simples.

Foi comparado a antropometria do corpo humano no estilo do desenho do

traço de mangá que é a estética que será desenvolvido o projeto gráfico.

Page 85: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

84

Fig. 61: Esboços do corpo humano na estética Mangá.

Foi realizada uma analise nas formas do corpo humano para desenvolver

uma geometrização dos esboços para determinar as formas que serão aplicadas no

papercraft.

Fig. 62: Geometrização dos traços da estética mangá.

Page 86: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

85

Fig. 63: Geometrização dos traços da estética mangádas faces.

Modelos Gerados:

Para o desenvolvimento do projeto foram gerados dois tipos de estruturas de

modelos: O cubeecraft um modelo que é muito conhecido na internet, que apresenta

suas formas em formas de cubos, tendo por características peças mais simples de

montagem. E o segundo foi um modelo desenvolvido a partir do estudo das formas

do corpo, onde se caracteriza por desenvolver um personagem mais próximo da

realidade da forma do corpo humano, entretanto mantendo um nível de montagem

fácil.

Segue a relação dos personagens e as duas formas.

Rei Arthur

Fig.64: Cubeecraft Rei Arthur.

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Fig.65: Modelo desenvolvido do Rei Arthur.

Mago Merlin

Fig.66: Cubeecraft Mago Merlin.

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Fig.67: Modelo desenvolvido do Mago Merlin.

Rei Levic

Fig.68: Cubeecraft Rei Levic.

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Fig.68: Modelo desenvolvido do Rei Levic.

Cavaleiro Negro

Fig.69: Cubeecraft Cavaleiro negro.

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Fig.69: Modelo desenvolvido do Cavaleiro Negro.

Pedestal da Espada Excalibur

Também será gerado o pedestal como cenário complementar para encenar a

história onde Arthur retira a espada do pedestal.

Fig 70. Pedestal e a Excalibur papercraft.

Page 91: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

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8.5. Layouts

Para desenvolvimento do layout foram gerados dois modelos de layouts

usando a estética medieval, entretanto abordando estéticas dos personagens

diferentes, uma dando enfoque nos cenários e deixando os personagens apenas

como complemento com o objetivo que o personagem fosse representado pelo

papercraft.A segunda representação do layout já é oposta da primeira, onde é dado

uma representação maior dos personagens no primeiro plano, e deixando os

cenários apenas de complementação para o layout.

Primeiro modelo do layout.

Fig.71 e 72: Páginas 1 e 2 do livro

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Fig.73 e 74: Páginas 3 e 4 do livro

Fig.75 e 76: Páginas 5 e 6 do livro

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Fig.77 e 78: Páginas 7 e 8 do livro

Fig.79 e 80: Páginas 9 e 10 do livro

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Fig.81 e 82: Páginas 11 e 12 do livro

Fig.84 e 85: Páginas 13 e 14 do livro.

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Segundo modelo do layout.

Fig.84 e 85: Páginas 1 e 2 do livro.

Fig.86 e 87: Páginas 3 e 4 do livro.

Page 96: PAPERCRAFT INTERAGINDO NO PROCESSO DE LEITURA DO PÚBLICO INFANTIL

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Fig.88 e 89: Páginas 5 e 6 do livro.

Fig.90 e 91: Páginas 7 e 8 do livro.

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Fig.92 e 93: Páginas 9 e 10 do livro.

Fig.94 e 95: Páginas 11 e 12 do livro.

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Fig.96: Página 13 do livro

Capa

No desenvolvimento da capa do livro, foi baseado na estética de castelo, pois

é a proposta que o projeto visa para vivenciar o ambiente da história

Fig.97: Capa do Livro

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Fig.98:Alternativa 2 da capa

Embalagem

A embalagem do projeto tem como objetivo proporcionar interatividade ao

projeto, que é a proposta que ele quer alcançar, a embalagem simula o castelo do

Rei Arthur.

Fig.99: Embalagem.

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9. Layouts Gerados:

Após toda a pesquisa e analise, levando a geração das alternativas, será

derteminados os layouts finais para o projeto, usando como critério as matrizes de

avaliação onde cada etapa do projeto gráfico terá sua matriz de decisão.

9.1 Matriz de Avaliação das peças gráficas.

9.1.1 Papercrafts:

Para o desenvolvimento dos papercrafts foram determinados critérios

para se desenvolver a matri são eles:

Estrutura: A estrutura é para determina a adequação do modelo com a

forma do corpo humano.

Estética: Elemento para determinar o traço de desenho do papercraft é

atrativo e se encaixa na proposta do publico infatil.

Montagem: Determinar o grau de dificuldade da montagem do modelo.

Proporção: Se o tamanho das partes do corpo do modelo, seguem as

proporções de um humano, cujo é a proposta de representação do

projeto.

Cores: O uso de cores no modelos, são adequadas a proposta do

projeto.

Fidelidade: A representação dos personagens nos modelos de

papercraft são fieis as caracteristicas e traços do original que é feita a

adaptação.

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Com base nos critérios estabelecidos de parâmetro para a seleção do modelo

de papercraft a alternativa 2 se apresenta com a melhor forma de atender o projeto.

9.1.2 Layouts:

Para determinar o layout que será usado no projeto editorial foi gerada uma

matriz de avaliação, atribuindo critérios com seus pesos e valores, com o objetivo de

determinar qual das alternativas dos layouts irá atender de melhor forma.

Ilustração: A ilustração serve de parametro para definir qual se

encaixa melhor no traço proposto do projeto.

Estética: Elemento para determinar o traço de desenho se é atrativo e

se encaixa na proposta do publico infatil.

Legibilidade: Definir a cooprensão do texto e da cena estão sendo

bem retratados na página.

Simetria: Se os icones gráficos e textuais se encaixam com a proposta

do grid estabelecido como parametro.

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Cores: O uso de cores no layout, são adequadas a proposta do

projeto.

Destaque: A representação dos layouts são fieis as caracteristicas e

traços do original de que é feita a adaptação.

Gerada uma nova matriz de avaliação, com base nos parâmetros

estabelecidos fica definido que a alternativa 2 dos layouts atenderá melhor a

proposta do projeto.

9.2 Alternativas Escolhidas

Modelos:

Gerados as matrizes e selecionados as artes das peças gráficas que

representaram o projeto foi escolhido a Alternativa 2 dos modelos de papercraft:

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102

Fig.100:Personagens em papercraft.

Layouts

Desenvolvida a análise dos layouts e determinado que a alternativa 2 será a

que melhor se adéqua ao projeto:

Fig.101:Personagens em papercraft.

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Instruções

Para auxiliar na montagem dos modelos de papercraft, para o publico foram

geradas mais duas páginas ao fim do livro para orientar o material necessário e o

método de montagem.

Fig.102 e 103:Páginas de instruções.

Capa

Fig.104. Capa do livro.

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Embalagem

Fig.105. Embalagem.

9.3 Detalhamento Técnico

Dentre os materiais elaborados de maneira gráfica e metodológica foram

gerados os seguintes materiais com as seguintes especificações de tamanho e

formato e tipo de papel.

Capa:

A capa foi impressa em adesivo fotográfico, aplicado laminação de poliéster

para aumentar durabilidade, aplicados na capa dura:

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Fig.106. Capa do livro.

Tamanho: 410 mm x 250 mm.

Páginas do livro:

As páginas do livro foram impressas em papel fotográfico, aplicado laminação

de poliéster, e coladas em superfícies rígidas e encadernadas por costura e cola.

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Fig.107. Cotas da página.

Tamanho: 200 mm x 250 mm .

Quantidade :15 páginas

Gramatura: 240 gr

Embalagem

A embalagem é impressa em adesivo solvente, ideal para material que pode

ficar em contato com o tempo, tem uma resistência maior para poder ser

transportado, será aplicado em papel duplex, cortado e montado no formato da

embalagem.

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Fig.108. Cota da embalagem.

Tamanho: 845 mm x 490 mm.

Papercrafts

Os modelos de papercraft foram impressos em papel de gramatura de 240 g

para que o modelo tenha mais resistência.

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Tamanho: 297 mm x 210 mm.

São 4 modelos diferentes.

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10. CONCLUSÃO

A partir de uma questão levantada, e através de pesquisas e desenvolvimento

de idéias e layouts, é proposto um projeto com o intuito de criar mais um veículo

com o objetivo de despertar o interesse a leitura, proporcionando este público não só

um livro, e sim uma oportunidade de adquirir um conhecimento através de uma

forma divertida, além de despertar e ampliar a coordenação motora com a

apresentação do papercraft a esse público, uma vez que esse hobby não é tão

popular neste país. Este projeto ainda tem como objetivo criar um formato para que

histórias contadas possam ter outros capítulos proporcionando novos caminhos para

a imaginação, ou então que se possam contar outras histórias sobre este mesmo

formato possibilitando que o conhecimento destas crianças aumente o mais

importante que possa despertar um interesse na leitura e no conhecimento.

Para o desenvolvimento do projeto proposto, foi necessário utilizar a

metodologia, e utilizar os conhecimentos adquiridos através dos conteúdos e

atividades passadas pelos professores no decorrer do curso. Métodos como

pesquisa de público, desenvolvimento de brienfing, gerar alternativas de projetos,

capacidade de analisar as possibilidades que um projeto necessita para seu

desenvolvimento. E com a união dessas etapas juntos ao aprendizado de

ferramentas para executar os projetos que tragam realização profissional e pessoal.

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11. BIBLIOGRAFIA

BARROS, Lilan Ried Miller. A Cor no processo criativo – Um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe. 3. ed. Senac São Paulo, 2009.

BLOG DO PERES. Uma Introdução sobre o Papel Modelismo. Disponível em

< http://www.clubedocanhao.com.br/blogs/blogdopericles/?page_id=834 >27/10/10.

CAVALCANTI, Joana. Leitura: o despertar da Cidadania. 1ª ed. – Recife, UNESCO, 2002.

FERNANDES, Amaury. Fundamentos de produção gráfica para quem não é produtor gráfico. Editora Rubio, 2003.

GAVIN , Ambrose. GRIDS, Design Básico. Editora: Bookman, 2009.

HORCADES, Carlos M. A evolução da escrita. História ilustrada. 1. ed., SENAC RIO, 2011.

LINS, Guto. Livro Infantil?, 2. Editora Rosari, 2003.

MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

OSAKI,Tatsuhiro.How to draw Mangá.Tokyo:The society for the study of manga techniques.1999

VILLAS-BOAS, André. Produção Gráfica para designers. 3. ed., Editora 2AB, 2008.