PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M...

25
PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS

Transcript of PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M...

Page 1: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS

Page 2: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes
Page 3: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 3

UNIDADE I

AS DIFERENTES CONCEITUAÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Ao iniciar o estudo de Políticas Públicas, a primeira grande questão a ser enfrentada para o entendimento do assunto é: “O que é Política Pública”? Em busca da resposta, deve-se ter em mente que o conceito é impreciso, ad-

mite muitas definições e algumas polêmicas. Essas divergências revelam discussões teóricas inconclusas, com autores importantes defendendo pontos, na maioria das vezes, irreconciliáveis. Nesse texto adotou-se a posição de relatar os lados de cada polêmica e, quando couber, indicar como a literatura tem procurado relativizá-las.

1.1 O Debate Conceitual

Evidenciando a imprecisão do conceito, Celina SOUZA (2006) comenta que a expressão “políticas públicas” pode referir-se a diferentes objetos: um campo de atividade governamental, como exemplifica a política agrícola; uma situação social desejada, como a política de igualdade de gênero; uma proposta de ação específica, como a política de ações afirmativas; uma norma quanto ao tratamento de determi-nado problema, como a política de fontes de energia renováveis; ou mesmo um con-junto de objetivos e programas que o governo possui em um campo de ação, como a política de combate à pobreza.

Para os que estão iniciando seus estudos na matéria, as várias definições de política pública encontradas na literatura parecem muito semelhantes. Entretanto, essa aparência é somente ilusória, pois os elementos nelas presentes e ausentes reve-lam ênfases e entendimentos muito diversos entre os principais autores.

Nos enunciados (a), (b) e (c) a seguir, a ênfase das definições recai sobre a fi-nalidade das políticas públicas e as decisões nelas envolvidas. Política pública seria:

a) “Um programa projetado com metas, valores e práticas” (LASSWELL & KAPLAN, 1970, P.71)

Page 4: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

4 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

b) “Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes à seleção de obje-tivos e dos meios para atingi-los” (JENKINS,1978, p. 15).

c) “Estratégias que apontam para diversos fins, todos eles, de alguma forma, desejados pelos diversos grupos que participam do processo decisório” (SARAVIA, 2006, p. 28-29).

Dos enunciados (d) e (e) constam explicitamente dois elementos a mais: o governo e a sociedade (ou os cidadãos):

d) “A alocação oficial de valores para toda a sociedade” (EASTON, 1953, p.129)

e) “A soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou por dele-gação, e que influenciam a vida dos cidadãos (PETERS, 1986).

Já nos enunciados (f), (g), (h) e (i), além da declaração do caráter público das decisões tomadas, o foco se transfere para a ideia de que a política pública apresenta a natureza de uma intervenção na realidade. Observa-se, ainda, que o enunciado (g) inclui tanto as ações como as omissões do governo. E que o enunciado (h) define o meio usado: sanções positivas ou negativas.

f) “Fluxo de decisões públicas, orientado para manter o equilíbrio social ou a introduzir desequilíbrios destinados a modificar essa realidade” (SARA-VIA, 2006, p. 28).

g) “Sistema de decisões públicas que visa a ações ou omissões1, preventivas ou corretivas, destinadas a manter ou modificar a realidade de um ou vá-rios setores da vida social, por meio da definição de objetivos e estratégias de atuação e da alocação dos recursos necessários para atingir os objeti-vos estabelecidos” (SARAVIA, 2006, p. 29).

h) “Uma regra formulada por alguma autoridade governamental que ex-pressa uma intenção de influenciar, alterar, regular, o comportamento in-dividual ou coletivo através do uso de sanções positivas ou negativas”. (LOWI, 1972, p.299).

i)“Tudo o que um governo decide fazer ou deixar de fazer”(DYE, 2005, p. 1)

1 A literatura não exibe um consenso quanto às omissões, uma vez que é bastante razoável o argumento de que, se todas as omissões dos atores públicos fossem consideradas políticas públicas, absolutamente tudo seria política pública. Tende a ser mais comum a interpretação de que as políticas públicas distinguem-se como tais na medida em que reúnem decisões e ações. Porém, autores como Celina SOUZA (2006) lembram que, há mais de 40 anos, BACHRACH e BARATZ (1962, 1970) mostraram que a imposição de obstáculos à inserção de uma demanda na agenda governamental é uma forma de lidar politicamente com um problema, desde então conhecida como “não-decisão”.

Page 5: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 5

Na ausência de um consenso conceitual, um recurso para entender o que vem a ser “política pública” é pensar sobre o contexto no qual elas ocorrem: as sociedades modernas.

As sociedades modernas têm, como principal característica, a diferenciação social. Isso significa que seus membros não apenas possuem atributos diferenciados (idade, sexo, religião, estado civil, escolaridade, renda, setor de atuação profissional, etc.), como também possuem ideias, valores, interesses e aspirações diferentes e desempenham papéis distintos no decorrer da sua existência. Isso faz com que a vida em sociedade seja complexa e compreenda diferentes padrões de interação: coope-ração, competição, conflito.

Enquanto a cooperação e a competição são dinâmicas interacionais agregado-ras, o conflito desagrega e pode levar à ruptura dos laços de coexistência coletiva. Isso ocorre, porque ao conflito está intrinsecamente associada à possibilidade de uso da violência. Por isso, para que a vida em sociedade permaneça viável, o conflito deve ser mantido dentro de limites administráveis: os indivíduos podem divergir, po-dem competir e podem até se confrontar (e com frequência, o fazem), porém, devem obedecer a algumas regras e a alguns limites necessários ao bem-estar coletivo. Isso não acontece naturalmente. Para que suceda, há apenas dois meios: a coerção pura e simples, de um lado; e a política, de outro.

Aplicada a fim de administrar o conflito, a coerção refere-se ao conjunto de atividades de repressão e de punição das transgressões às normas, mediante a aplica-ção, potencial ou efetiva, da violência física. Do ponto de vista estratégico, a coerção é uma alternativa de utilização restrita, já que, quanto mais utilizada, menor a sua efetividade e mais elevado resulta o seu custo.

Resta, então, a política. A política envolve coerção em potencial, mas não se limita a ela. Ao contrário: admite vários outros mecanismos, destinados a tornar desnecessária a própria coerção.

Cabe indagar, afinal, o que é política. Phillippe SCHMITTER (1979, p. 38) oferece uma definição para o preceito, ressaltando sua função: “a função da política é a de resolver conflitos entre indivíduos e grupos, sem que este conflito destrua um dos partidos em conflito”. Em palavras bastante simples, para o autor, política é a resolução pacífica de conflitos.

Esse conceito, no entanto, é demasiado amplo, discrimina pouco. É possível delimitar um pouco mais e estabelecer que a política consiste no conjunto de proce-dimentos formais e informais que expressam relações de poder e que se destinam à resolução pacífica dos conflitos quanto a bens públicos.

Não se deve perder de vista, contudo, que “política” não é a mesma coisa que “política pública”. Como distinguir política de política pública? Por que é que a

Page 6: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

6 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

discussão chegou ao conceito de “política”, sem chegar ao de “política pública”? Em parte, isso se deve ao fato de a língua portuguesa utilizar a mesma palavra para se referir a duas coisas distintas: política e política pública. Quando recorremos à língua inglesa fica mais fácil perceber as diferenças. Segundo Klaus FREY (1999, p. 4):

“A literatura sobre ‘policy analysis’ diferencia três dimensões da política. Para a ilustração dessas dimensões tem se adotado na ciência política o emprego dos conceitos em inglês de ‘polity’ para denominar as instituições políticas, ‘poli-tics’ para os processos políticos e, por fim, ‘policy’ para os conteúdos da política.

• a dimensão material ‘policy’ refere-se aos conteúdos concretos, isto é, à configuração dos programas políticos, aos problemas técnicos e ao conte-údo material das decisões políticas;

• no quadro da dimensão processual ‘politics’ tem-se em vista o processo político, frequentemente de caráter conflituoso, no que diz respeito à im-posição de objetivos, aos conteúdos e às decisões de distribuição;

• a dimensão institucional ‘polity’ se refere à ordem do sistema político, delineada pelo sistema jurídico, e à estrutura institucional do sistema po-lítico-administrativo”.

Também SOUZA (2006) busca a língua inglesa para estabelecer distinções conceituais, embora se diferencie de FREY por inserir as “instituições” numa quarta dimensão. Consoante a autora (p. 40), são quatro os elementos no estudo das políti-cas públicas: “a própria política pública (policy), a política (politics), a sociedade política (polity) e as instituições onde as políticas públicas são decididas, desenha-das e implementadas”.

Com acepções um tanto distintas daquelas consagradas na literatura da área2, como se pode verificar abaixo, Carlos T. A. PINHO (2011, slide 8) menciona os seguintes termos:

• “Política (Politics) – caracteriza as ações e negociações dos representantes da sociedade nos diferentes fóruns, nas diferentes esferas e Poderes.

• Política (Policy) – curso de ação deliberado que guia as decisões na direção de resultados racionais. Ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta ciência aos negócios internos (polí-tica interna) ou externos (política externa).

2 O autor caracteriza politics não como um processo marcado por interações diversas, entre as quais se destacam a competição e o conflito, mas como “ações e negociações”; além disso, estabelece que tais interações se dariam entre os “representantes da sociedade” e não entre interesses específicos e fragmentados presentes na sociedade; e trata os Poderes como se fossem apenas loci das “ações e negociações” e não como se fossem também atores dotados de interesses próprios. Quanto ao conceito de policy, PINHO enfatiza o seu caráter “racional” e relativo à “ciência”. Finalmente, atribui ao termo “público” ou “public” o significado de coletivo, esvaziando a dimensão do poder imperativo do Estado.

Page 7: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 7

• Pública (Public) – aquilo que pertence ou afeta não apenas uma pessoa (física ou jurídica) específica, mas toda a sociedade”.

Para avançar na compreensão desses conceitos, é útil esclarecer as diferenças entre política pública e decisão política. Uma política pública geralmente envolve mais do que uma decisão isolada, além de requerer diversas ações estrategicamente selecionadas para implementar as decisões tomadas. A título de exemplos, a privati-zação de estatais, a reforma agrária, o Sistema Único de Saúde (SUS), ou os progra-mas de transferência de renda, relacionam-se a políticas públicas.

A decisão política, por sua vez, corresponde a uma escolha entre várias alter-nativas, segundo a hierarquia das preferências dos atores envolvidos, expressando – em maior ou menor grau – certa adequação entre os fins pretendidos e os meios disponíveis num contexto de relações de poder e conflito. Exemplos de decisões políticas que não representam política pública seriam: uma reforma ministerial, uma emenda constitucional para reeleição presidencial ou a criação de um fundo para uma finalidade qualquer. Trata-se de decisão, mas não de política pública.

Portanto, embora toda política pública implique decisão política, nem toda decisão política chega a constituir uma política pública.

1.2 O que faz com que uma política (policy) seja “pública”?

A essa altura, faz-se necessário perguntar por que nos referimos às políticas qualificando-as como “públicas”. Ou seja: o que é que torna uma política, política pública (policy)?

Esse é um ponto polêmico existente nesse campo de estudo, no qual se con-trapõem a abordagem “Estatocêntrica” e a “Policêntrica”, também chamada “Mul-ticêntrica”.

De acordo com a abordagem Estatocêntrica, a dimensão “pública” de uma política (policy) é dada pelo fato de ela consistir em decisões e ações revestidas do poder extroverso e da autoridade soberana do Estado.

Segundo essa concepção, a dimensão “pública” de uma política advém não do tamanho do agregado social (grandes ou pequenos grupos) sobre o qual ela incide, nem do tipo de problema ao qual pretende oferecer resposta, mas sim do seu caráter jurídico “imperativo”. Isso quer dizer que uma das características centrais que tor-nam uma política “pública” é o fato de que as decisões e ações que a compõem são amparadas na lei, logo, fundamentadas na autoridade do Poder Público. Pretende-se frisar, na vertente Estatocêntrica, que a política pública, em última instância, depen-de de uma estrutura legal de procedimentos e de processos institucionais governa-mentais.

Page 8: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

8 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Esse aspecto não é próprio das entidades privadas, sem embargo de elas, por vezes, agirem visando o benefício público ou agregarem a participação de amplas coletividades. Atores diversos podem estar envolvidos, em maior ou menor grau, nas diversas fases e atividades da política pública, embora até o seu envolvimento dependa de decisões imperativas do Estado.

De certa forma, esse caráter imperativo se expressa muito claramente nos pró-prios instrumentos de políticas públicas: legislação, recursos financeiros e humanos, serviços, linhas de crédito, tributos3, subsídios, incentivos diversos e, por último, mas não menos importante, a coerção. Os principais instrumentos de políticas públi-cas, conforme pondera PINHO (2011, slide 21), são:

• “Legislação: instrumento que cria obrigações e molda ações e comporta-mentos.

• Fornecimento de Produtos e Serviços: provisão direta ou indireta de pro-dutos (estradas, delegacias, postos de saúde, praças de esporte etc.) ou serviços (controle de tráfego aéreo, policiamento, fiscalização etc.).

• Recursos financeiros: transferências de dinheiro a entidades, instituições ou mesmo pessoas (Bolsa Família, benefícios de prestação continuada, convênios para qualificação profissional etc.).

• Impostos e Taxas: incentivam ou constrangem a atividade econômica como, por exemplo, a elevação ou dedução de impostos sobre bebidas, cigarros, importações, etc.

• Outros: subsídios para manutenção de atividades de interesse coletivo, concessão de crédito educativo”.

As políticas públicas seriam a mesma coisa que atividades coletivas? Não. Elas não se confundem com atividades coletivas. Existem várias coletividades de natureza privada, como clubes e associações civis, que oferecem benefícios por deci-são própria, com exclusividade para seus associados, ou não. Coletivo não é o oposto de privado e não é o mesmo que público.

A abordagem Policêntrica ou Multicêntrica percebe a política pública como não condicionada, nem subordinada ao poder do Estado. Em vez de focalizar no pro-tagonismo do Estado na produção das políticas públicas, ela enfatiza a capacidade de atuação pluralista dos atores sociais: como “policy networks” (redes de políticas públicas, que serão estudadas adiante), organizações não-governamentais (ONGs) e organismos internacionais, etc. Esses seriam protagonistas das políticas públicas tanto quanto os atores estatais.

3 Os tributos compreendem os impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios, que formam a receita da União, dos estados e dos municípios. Eles podem ser diretos ou indiretos. No primeiro caso, os contribuintes arcam com os tributos ao pagá-los, como ocorre com o Imposto de Renda, o IPVA, o IPTU, o ITR, as taxas de lixo e de iluminação pública, etc. Já os tributos indiretos incidem sobre o preço das mercadorias e serviços, como o IPI, o ICMS, o ISS, a CIDE, entre outros.

Page 9: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 9

De acordo com Francisco HEIDEMANN e José Francisco SALM (2009, p. 31):

“A perspectiva de política pública vai além da perspectiva de políticas go-vernamentais, na medida em que o governo, com sua estrutura administrativa, não é a única instituição a servir à comunidade política, isto é, a promover ‘políticas públicas’”.

Para Leonardo SECCHI (2010, p. 4), a essência conceitual das políticas públi-cas é o problema público. Nesse sentido, o que determina se uma política é pública, ou não, é a sua intenção de responder a um problema “público” (não um problema político), independentemente de o tomador de decisão ter personalidade jurídica es-tatal ou não estatal.

Nota-se, assim, que na abordagem Multicêntrica o conceito de políticas pú-blicas passa a ter como foco o “problema público”, em lugar do ator responsável por elas. E o que seria um problema “público”? Segundo SECCHI (2010, p. 7), um problema expressa a diferença entre a situação atual (um status quo ‘inadequado’) e uma situação ideal possível. Um problema público seria “a diferença entre a situ-ação atual e uma situação ideal possível para a realidade pública” (Ibidem, p. 7). Soma-se que “para um problema ser considerado ‘público’ este deve ter implicações para uma quantidade ou qualidade notável de pessoas” (Ibidem, p. 7). Consoante o autor (Ibidem, p. 3), “a interpretação do que seja um problema público (...) aflora nos atores envolvidos com o tema (...)”.

Já a abordagem Estatocêntrica refere-se a problema “político”, definindo-o como uma situação à qual os governos se veem constrangidos a dar algum tipo de resposta, vale dizer: a indicar à sociedade o que pretendem fazer a respeito. Isso ocorre, porque, mesmo que sua resposta seja puramente simbólica, o custo político de se omitir frente ao problema pode ser demasiado elevado para os governantes (perda de legitimidade, fragilização frente às forças de oposição, etc.).

A proposição de Leonardo SECCHI distingue-se do que foi proposto por Jani-ce MERIGO e Marlene M. de ANDRADE (2010, não paginado), cujo critério para definição de políticas públicas baseia-se, nomeadamente, na personalidade jurídica dos formuladores e executores:

“Podem existir políticas públicas não-governamentais. (...) São políticas que atendem ao interesse público, tendem a responder a necessidades sociais, são sub-metidas ao debate e participação popular, mas que são propostas, formuladas e executadas por organizações não pertencentes ao aparelho de Estado. Ex. as várias políticas de proteção ao ambiente, em sua maior parte coordenadas por Organiza-ções Não-Governamentais (ONGs)”.

Page 10: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

10 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Aparentemente, a posição das autoras ampara-se no conceito do “público não-estatal”, caracterizado por BRESSER PEREIRA e Nuria Cunill GRAU (1999, p. 16-17) nos seguintes termos:

“O setor produtivo público não-estatal é também conhecido por ‘terceiro setor’, ‘setor não-governamental’, ou ‘setor sem fins lucrativos’. Por outro lado, o espaço público não-estatal é também o espaço da democracia participativa ou direta, ou seja, é relativo à participação cidadã nos assuntos públicos. (...) a ex-pressão ‘público não-estatal’ que define com maior precisão do que se trata: são organizações ou formas de controle ‘públicas’ porque estão voltadas ao interesse geral; são ‘não-estatais’ porque não fazem parte do aparato do Estado, seja porque não utilizam servidores públicos ou porque não coincidem com os agentes políticos tradicionais. (...) O que é estatal é, em principio, público. O que é público pode não ser estatal, se não faz parte do aparato do Estado”.

A despeito do reconhecimento do papel crucial dos atores não estatais nas po-

líticas públicas, é possível sustentar que predomina, na Ciência Política, a compreen-são de que o fator decisivo para uma política ser “pública” está em seu respaldo pela autoridade do Estado – não a personalidade jurídica dos que nela atuam, tampouco a natureza do problema em que se circunscreve. Essa é a posição assumida por En-rique SARAVIA (2006, p. 31) quando nomeia os componentes comuns das políticas públicas, colocando a autoridade pública em primeiro lugar:

“a) Institucional: a política é elaborada ou decidida por autoridade formal legalmente constituída no âmbito da sua competência e é coletivamente vinculante;

b) Decisório: a política é um conjunto de decisões, relativo à escolha de fins e/ou meios, de longo ou curto alcance, numa situação específica e como resposta a problemas e necessidades;

c) Comportamental: implica ação ou inação, fazer ou não fazer nada; mas uma política é, acima de tudo, um curso de ação e não apenas uma decisão singular;

d) Causal: são os produtos de ações que têm efeitos no sistema político e social”.

Compartilham a ênfase no papel crucial da autoridade do Estado para a defini-ção do caráter público de uma policy, entre outros, David EASTON (1970), ao definir política pública como “a alocação imperativa de valores”; Guillermo O’DONNELL (1989), ao propor que a política pública permite observar “o Estado em ação”; e

Page 11: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 11

Celina SOUZA4 (2006, p. 36), ao sustentar que a política pública “permite distinguir entre o que o governo pretende fazer e o que, de fato, faz”.

A excessiva ênfase no protagonismo dos atores sociais como critério de con-ceituação do caráter público de uma policy contou com grande receptividade na década de 1990, quando as análises da interdependência econômica dos países no sistema internacional/global previam e propunham a redução do papel do Estado, ao mesmo tempo que ressaltavam a função dos investidores globais, das corporações transnacionais ou simplesmente da ação autônoma dos atores organizados da socie-dade. Na segunda década do terceiro milênio, porém, novas gerações de teorias não somente desafiam as concepções da diluição e da negação do Estado, como reafir-mam a sua especificidade e a centralidade do seu papel nas políticas públicas.

Seja qual for a abordagem adotada, é preciso ter em mente as características do que se entende como policy, ou seja, política pública. Para Celina SOUZA (2006, p. 36), toda política pública apresenta as seguintes características:

• “É ação intencional, com objetivos a serem alcançados. • Permite distinguir entre o que o governo pretende fazer e o que, de fato,

faz. • Envolve processos subsequentes após sua decisão e proposição, ou seja,

implica também implementação, execução e avaliação. • Envolve vários atores e níveis de decisão, embora seja materializada atra-

vés dos governos.• Não se restringe aos participantes formais, já que os informais são tam-

bém importantes. • É abrangente e não se limita a leis e regras (envolve procedimentos, recur-

sos, etc.). • Ocorre no longo prazo, embora possa ter impactos no curto prazo”.

Renato D’AGNINO (2009, p. 134) propõe o seguinte decálogo para entender o que é policy ou política pública:

“i) A distinção entre política e decisão: a política é gerada por uma série de interações entre decisões mais ou menos conscientes de diversos atores sociais (e não somente dos tomadores de decisão);

4 SOUZA (2003, p.15) sustenta ainda que “Apesar do reconhecimento de que outros segmentos que não os gover-nos se envolvem na formulação de políticas públicas, tais como os grupos de interesse, os movimentos sociais e as agências multilaterais, por exemplo, com diferentes graus de influência segundo o tipo de política formulada e das coalizões que integram o governo, e apesar de uma certa literatura argumentar que o papel dos governos tem sido encolhido por fenômenos como a globalização, a diminuição da capacidade dos governos de intervir, formular políticas públicas e governar não está empiricamente comprovada. Visões menos ideologizadas defen-dem que apesar de limitações e constrangimentos, a capacidade das instituições governamentais de governar a sociedade não está inibida ou bloqueada (PETERS, 1998, p. 409)”.

Page 12: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

12 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

ii) A distinção entre política e administração;iii) Que política envolve tanto intenções quanto comportamentos;iv) Tanto ação como não-ação, podendo assumir, inclusive, o caráter de po-

lítica simbólica; isto é, que uma política cujo objetivo é mais gerar um impacto político favorável para quem a formula do que ser implementada de fato;

v) Que a política pode determinar impactos não esperados; vi) Que seus propósitos podem ser definidos ex post: racionalização; vii) Que ela é um processo que se estabelece ao longo do tempo;viii) Que envolve relações intra e inter-organizações;ix) Que é estabelecida no âmbito governamental, mas envolve múltiplos ato-

resx) Que é definida subjetivamente segundo as visões conceituais adotadas”.

Antes de prosseguir, cumpre enfatizar a complexidade do campo de estudo das políticas públicas. Como foi dito no início desse texto, diferentes autores de-fendem perspectivas analíticas diversas, algumas das quais se distinguem apenas marginalmente, enquanto outras se contrapõem de forma radical. Muitas abordagens têm sido recombinadas, a fim de ganhar poder explicativo sobre as políticas públi-cas. A fim de facilitar o acompanhamento da discussão que se segue, vale mapear rapidamente algumas das principais vertentes analíticas aqui exploradas. Com base em Peter JOHN (1998) pode-se listar as seguintes abordagens:

• “as que atribuem aos fatores socioeconômicos o poder de determinar as decisões dos atores e os resultados das políticas públicas;

• as que enfatizam a racionalidade, especialmente a teoria da escolha racio-nal;

• as que têm como foco as instituições formais e informais na determinação das decisões e dos resultados nas políticas públicas;

• as que se centram nos grupos e redes e nas interações dos atores nos pro-cessos das políticas públicas;

• as que destacam o papel das ideias e crenças como fatores independentes capazes de influenciar decisivamente os processos das políticas públicas.”

Page 13: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALA-HARJA, Marjukka; HELGASON, Sigurdur. Em Direção Às Melhores Práti-cas de Avaliação. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 51, n. 4, p. 5-59, out/dez. 2000.

ALFORD, Robert & FRIEDLAND, Roger. Powers of Theory:Capitalism, the State and Democracy. Cabridge: Cambridge University Press, 1985.

ALLISON, Graham T. Conceptual Models and the Cuban Missile Crisis. American Political Science Review, v. 63, n. 3, p. 689-718, set. 1969.

ARRETCHE, Marta. Dossiê Agenda de Pesquisa em Políticas Públicas. Revista Bra-sileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 18, n. 51, p. 7-9, fev. 2003.

ARBIX, Glauco. A dinastia corporatista. Tempo Social. Revista de Sociologia. USP, S. Paulo, 8(1): 127-159, maio de 1996.

BACHRACH, Peter; BARATZ, Morton S. The Two Faces of Power. American Po-litical Science Review, v. 56, n. 4, p. 947-952, dez. 1962.

BACHRACH, Peter; BARATZ, Morton S. Power and Poverty: theory and practice. Oxford University Press, 1970.

BADIE, Bertrand; BERG-SCHLOSSER, Dirk; MORLINO, Leonardo. Internation-al Encyclopedia of Political Science. Volume 1. SAGE, 2011.

BARDACH, Eugene. The Implementation Game: what happens after a bill becomes a law. 2. ed. Cambridge: Mit. Press, 1977.

BAUMGARTNER, Frank; JONES, Bryan. Agendas and Instability in American Politics. Chicago: University of Chicago Press, 1993.

BAYER, Vick, E.; MARCH, James G.; SAETREN, Harald. Implementation and Ambiguity. In: MARCH, James G. Decisions and Organizations. New York: Basil Blackwell Inc.,1989.

BOZZI, Sonia O. Evaluación de la Gestión Pública: conceptos y aplicaciones en el caso latinoamericano. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 52, n. 1, p. 25-55, jan./mar. 2001.

Page 14: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

14 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; GRAU, Nuria Cunill. Entre o Estado e o Mer-cado: o público não-estatal. In: Bresser-Pereira, Luiz Carlos; GRAU, Nuria Cunill (Orgs.). O Público Não-Estatal na Reforma do Estado. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999, p. 15-48.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Cinco Modelos de Capitalismo. Textos para Discussão, No. 280, maio de 2011 Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas FGV-EESP

BUENO, Luciano. Políticas Públicas do Esporte no Brasil: razões para o predomínio do alto rendimento. Tese de doutorado em Administração Pública e Governo. São Paulo, FGV, 2008.

BURDGE. Rabel J. (Org.). A Conceptual Approach to Social Impact Assessment: collection of writings by Rabel J. Burdge and colleagues. Middleton, Wisconsin: Social Ecology Press, 1998.

CAPELLA, Ana C. Perspectivas Teóricas sobre o Processo de Formulação de Polí-ticas Públicas. In: HOCHMAN, Gilberto; ARRETCHE, Marta; MARQUES, Eduar-do. Políticas Públicas no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2007.

COHEN, Ernesto; FRANCO, Rolando. Avaliação de Projetos Sociais. Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.

COHEN, Michael D.; MARCH, James G.; OLSEN, Johan P. A Garbage Can Model of Organizational Choice. Administrative Science Quarterly, v. 17, n.1, p. 1-25, mar. 1972.

COTTA, Tereza C. Metodologias de Avaliação de Programas e Projetos Sociais: análise de resultados e impacto. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 49, n. 2, p. 103-124, abr./jun. 1998.

D’AGNINO, Renato; GOMES, Erasmo; COSTA, Greiner; STEFANUTO, Giancar-lo, MENEGHEL, Stela; SCALCO, Tatiana. Gestão Estratégica da Inovação: meto-dologias para análise e implementação. Taubaté, Editora Cabral Universitária. 2002 Consultar http://www.oei.es/salactsi/rdagnino1.htm#a2

D’AGNINO, Renato (Coord.). Curso de Gestão Estratégica Pública. UNICAMP, mar. 2009. Disponível em: <http://www.preac.unicamp.br/arquivo/materiais/APOS-TILA_1_%20FINAL. pdf> e <http://pt.scribd.com/doc/86279211/Curso-Gestao-Estrategica-Publica>. Acesso em: 28 mai. 2013.

DI GIOVANNI Geraldo. “Dilemas da Implementação de Políticas Públicas”. Apre-sentação ppt, 2005. Não paginado. Acessado em 05/05/2013.

Page 15: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 15

http://www.enap.gov.br/downloads/ec43ea4fDilemas_implementacao_politicas_publicas.pdf

DI GIOVANNI, Geraldo; NOGUEIRA, Marco Aurélio (Orgs.). Dicionário de Polí-ticas Públicas. São Paulo: FUNDAP, 2013.

DROR, Yehezkel. Salir del Paso, Ciência o Inercia? In: SARAVIA, Enrique; FER-RAREZI, Elisabete (Orgs.). Políticas Públicas: coletânea. Volume 1. Brasília: ENAP, 2006, p. 123-132.

DYE, Thomas R. Understanding Public Policy. Upper Saddle, NJ: Prentice Hall, 2005.

EASTON, David. The Political System. New York: Knopf, 1953.

EASTON, David. A Framework for Political Analysis. Englewood Cliffs: Pren-tice-Hall, 1965.

EASTON, David (Org.). Modalidades de Análise Política. Biblioteca de Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Zahar, 1970. Capítulo 7.

ELMORE, Richard F. Backward Mapping: implementation research and policy de-cisions. Political Science Quarterly, n. 94, v. 4, p. 601-616, 1980.

ELSTER, Jon. Marxismo, Funcionalismo e Teoria dos Jogos: argumentos em favor do individualismo metodológico. São Paulo, Lua Nova – Revista de Cultura e Polí-tica, n. 17, jun. 1989.

ELSTER, Jon. Peças e Engrenagens das Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Relume-Dumará, 1995.

ETZIONI, Amitai. Mixed-Scanning: a “third” approach to decision-making. Public Administration Review, v. 27, n. 5, p. 385-392, dez. 1967.

ETZIONI, Amitai. La Exploración Combinada: un tercer enfoque de la toma de de-cisiones. In: SARAVIA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete (Orgs.). Políticas Públi-cas: coletânea. Volume 1. Brasília: ENAP, 2006, p. 133-148.

EVANS, Peter. Embedded Autonomy: States and Industrial Transformations. Prince-ton: Princeton University Press, 1995

EVANS, Tony; HARRIS, John. Street-Level Bureaucracy, Social Work and the (Ex-aggerated) Death of Discretion. British Journal of Social Work, v. 34, n. 6, p. 871-895, 2004.

Page 16: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

16 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

FARIA, Carlos A. Pimenta de. Políticas Públicas: um inventário sucinto das princi-pais vertentes analíticas recentes. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 18, n. 51, fev. 2003.

FISCHER, Frank; MILLER, Gerald; SIDNEY, Mara. Handbook of Policy Analysis: theory, politics and method. Boca Raton, FL: Taylor & Francis Group, 2007.

FREY, Klaus. Análise de Políticas Públicas: algumas reflexões conceituais e suas implicações para a situação brasileira. PPGSP/UFSC, Cadernos de Pesquisa, n. 18, p. 1-36, set. 1999.

FREY, Klaus. Políticas Públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à pra-tica da análise de políticas públicas no Brasil. Planejamento e Políticas Públicas, n. 21, p. 211-259, jun. 2000.

FREEMAN, R. Edward. Strategic Management: a stakeholder approach. Boston: Pitman, 1984.

FRIEDMAN, Andrew L.; MILES, Samantha. Developing Stakeholder Theory. Jour-nal of Management Studies, v. 39, n. 1, 2002.

GERTLER, P. J.; MARTINEZ, S.; PREMAND, P.; RAWLINGS, L. B.; VER-MEERSCH, Christel M. J. Impact Evaluation in Practice: ancillary material. The World Bank, Washington, DC, 2010. Disponível em: <www.worldbank.org/iein-practice>. Acesso em: 28 mai. 2013.

GOÑI, Eduardo Z. La Integración de la Evaluación de Políticas Públicas en el Pro-ceso Presupuestario. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 52, n. 2, p. 5-19, abr./jun. 2001.

GORMLEY, William. T. Regulatory Issue Networks in a Federal System. Polity, v. 18, n.4, p. 595-620, 1986.

GRINDLE, Merille S.; THOMAS, John W. Public Choices and Policy Change: the political economy of reform in developing countries. Baltimore and London: The Johns Hopkins University Press, 1991.

GUSTAFSSON, Gunnel. Symbolic and Pseudo Policies as Responses to Diffusion of Power. Policy Sciences, v.15, n. 3, p. 269-287, 1983.

GUSTAVSSON, Sverker. Types of Policy and Types of Politics. Scandinavian Polit-ical Studies – New Series, v. 3, n. 2, 1980.

HARTZ, Zulmira M. A. Avaliação em Saúde: dos modelos conceituais à prática na análise da implantação de programas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1997.

Page 17: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 17

HARTZ, Zulmira M. A. Institucionalizando a Avaliação de Programas e Políticas de Saúde: culinária e corte-costura nas lições francesas. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 229-260, abr/jun. 1999.

HARTZ, Zulmira M. A.; POUVOURVILLE, Gérard de. Avaliação da Eficiência em Saúde: a eficiência em questão. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 68-82, 1998.

HECLO, Hugh. Issue Networks and the Executive Establishment. In: KING, An-thony (Ed.). The New American Political System. Washington, DC, 1978. p. 87-124.

HEIDEMANN, Francisco G.; SALM, José Francisco (Orgs.). Políticas Públicas e Desenvolvimento: bases epistemológicas e modelos de análise. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2009.

HILL, Michael; HUPE, Peter. Implementing Public Policy. London: SAGE, 2010.

HJERN Benny; PORTER David O. Implementation Structures: a new unit of admin-istrative analysis. Organization Studies, v. 2, n. 3, p. 211-227, jul. 1981.

HJERN Benny; HULL, Chris. Implementation Beyond Hierarchy. Amsterdam: Else-vier (European Journal of Political Research), 1982.

HOGWOOD, Brian; GUNN, Lewis. Policy Analysis for the Real World. Oxford: Oxford University Press, 1984.

HOWLETT, Michael; RAMESH, M. Studying Public Policy: policy cycles and pol-icy subsystems. Canadá: Oxford University Press, 1995.

HOWLETT, Michael. Predictable and Unpredictable Policy Windows: institucional and exogenous correlates of Canadian federal agenda-setting. Canadian Journal of Political Science, v. 31, n. 3, 1998.

HOWLETT, Michael; RAMESH, M.; PERL, Anthony. Política Pública: seus ciclos e subsistemas – uma abordagem integradora. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

JANNUZZI, Paulo M. Indicadores para Diagnóstico, Monitoramento e Avaliação de Programas Sociais no Brasil. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 56, n. 2, p. 137-160, abr/jun. 2005. Disponível em: <http://www.cedeps.com.br/wp-content/uploads/2011/02/INDI CADORES-SOCIAIS-JANUZZI.pdf>. Acesso em: 28 mai. 2013.

JOHN, Peter. Analysing Public Policy. Londres: Pinter, 1998.

Page 18: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

18 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

JOPPERT, Márcia P. Novas Institucionalidades em Avaliação de Políticas Públicas: o papel da sociedade civil. XIV Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública. Salvador, Bahia, 27 a 30 out. 2009.

KISER, Larry L.; OSTROM, Elinor. The Three Worlds of Action: a metatheoreti-cal synthesis of institutional approaches. In: OSTROM, Elinor (Ed.). Strategies of Political Inquiry. Beverly Hills, CA: SAGE, 1982. p. 179-222.

KINGDON, John W. Agendas, Alternatives, and Public Policies. 2. ed. Boston: Litt-le, Brown, 1984.

KINGDON, John W. Como Chega a Hora de uma Ideia? In: SARAVIA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete (Orgs.). Políticas Públicas: coletânea. Volume 1. Brasília: ENAP, 2006. p. 219-224.

KINGDON, John W. Juntando as Coisas. In: SARAVIA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete (Orgs.). Políticas Públicas: coletânea. Volume 1. Brasília: ENAP, 2006. p. 225-246.

KLIKSBERG, Bernardo. Gerenciamento Social: dilemas gerenciais e experiências inovadoras. In: KLIKSBERG, Bernardo. (Org.). Pobreza: uma questão inadiável: novas respostas a nível mundial. Brasília: ENAP, 1994. p. 127-146.

KRASNER, Stephen D. (Org.). International Regimes. Cornell, NY: Cornell Uni-versity Press, 1983.

LASSWELL, Harold D. The Policy Orientation. In: LERNER, Daniel; LASSWELL, Harold D. (Eds.). The Policy Sciences: recent developments in scope and method. Stanford: Stanford University Press, 1951.

LERNER, Daniel; LASSWELL, Harold D. (Eds.). The Policy Sciences: recent deve-lopments in scope and method. Stanford: Stanford University Press, 1951.

LINDBLOM, Charles E. The Science of ‘Muddling Through’. Public Administra-tion Review, v. 19, n. 2, p. 79-88, 1959.

LINDBLOM, Charles E. Política e Mercados: os sistemas políticos e econômicos do mundo. Rio de janeiro: Zahar Editores, 1979.

LINDBLOM, Charles E. O Processo de Decisão Política. Brasília: Editora Univer-sidade de Brasília, 1981.

LINDBLOM, Charles E. Todavia Tratando de Salir del Paso. In: SARAVIA, En-rique; FERRAREZI, Elisabete (Orgs.). Políticas Públicas: coletânea. Volume 1. Brasília: ENAP, 2006. p. 99-122.

Page 19: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 19

LIPSKY, Michael. Street-level Bureaucracy: dilemmas of the individual in public services. New York: Russell Sage Foundation, 1980.

LOWI, Theodore J. American Business, Public Policy, Case-Studies, and Political Theory. World Politics, v. 16, n. 4, p. 677-715, 1964.

LOWI, Theodore J. Four Systems of Policy, Politics, and Choice. Public Adminis-tration Review, v. 32, n. 4, p. 298-310, jul/ago. 1972.

LOWI, Theodore J. The State in Politics: the relation between policy and admin-istration. In: NOLL, Roger G. (Ed.). Regulatory Policy and the Social Sciences. University of California Press, 1985. p. 67-105.

LYNN Laurence E.; HEINRICH, Carolyn J.; HILL, Carolyn J. Improving Gover-nance: a new logic for empirical research. Georgetown University Press, 2002.

MACKEY, Emil R. Street-Level Bureaucrats and the Shaping of University Housing Policy. Fayetteville, Arkansas: University of Arkansas Press, 2008.

MARCH, James G. Explorations in Organizations. Stanford, CA: Stanford Univer-sity Press, 2008.

MARQUES, Eduardo C. Redes sociais e instituições na construção do Estado e da sua permeabilidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.14, n.41, p.45-67, out.1999.

MARQUES, Eduardo C. Notas críticas à literatura sobre Estado, políticas estatais e atores políticos. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências So-ciais, Rio de Janeiro, n.43, 1997.

MARTINS, Humberto F. Uma Teoria da Fragmentação de Políticas Públicas: desen-volvimento e aplicação na análise de três casos de políticas de gestão pública. Tese de Doutorado em Administração. Rio de Janeiro: FGV, 2003.

MAYNARD-MOODY, Steve; MUSHENO, Michael. Cops, Teachers, Counselors: stories from the front lines of public service. University of Michigan Press, 2003.

MATUS, Carlos. Política, planejamento e governo. Brasília: Editora IPEA, 1993.

MATUS, Carlos. Adeus, senhor presidente: governantes governados. Sao Paulo: Ed-itora FUNDAP, 1996.

MERIGO, Janice; ANDRADE, Marlene Muniz de. Questões Iniciais para a Discus-são do Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas. Slides. Curso de Pós-Gra-

Page 20: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

20 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

duação em Gestão Social de Políticas Públicas, 2010. Disciplina: Monitoramento, informação e avaliação de políticas sociais. Não paginado. Disponível em: <http://www.egem.org.br/ arquivosbd/basico/0.131488001256814614_2._politicas_publi-cas.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2013.

MCCONNELL, Grant. Private Power and American Democracy. New York: Ran-dom House, 1966.

MCCUBBINS, Mathew D.; SCHWARTZ, Thomas. Congressional Oversight Over-looked: police patrols versus fire alarms. American Journal of Political Science, v. 28, n. 1, p. 165-179, fev. 1984.

MOKATE, Karen M. Convirtiendo el “Monstruo” en Aliado: la evaluación como herramienta de la gerencia social. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 53, n. 1, p. 89-134, jan/mar. 2002.

NORDLINGER, Eric A., On the Autonomy of the Democratic State, Cambridge, Mass., Harvard University Press, 1981.

O’DONNELL, Guillermo. Reflexões Comparativas sobre Políticas Públicas e Con-solidação Democrática. In: MOURA, Alexandrina Sobreira. O Estado e as Políticas Públicas na Transição Democrática. Fundação Joaquim Nabuco. Recife: Editora Massangana, 1989. p. 390-391.

OLIVIERI,Cecília. Política, Burocracia e Redes Sociais: As Nomeações para o Alto Escalão do Banco Central do Brasil. Revista Sociologia Política, Curitiba, 29, p. 147-168, nov. 2007

OLSON, Mancur. A Lógica da Ação Coletiva. São Paulo: EDUSP, 1999.

OSTROM, Elinor. Governing the Commons: the evolution of institutions for collec-tive action. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

PAGE, Edward C. & JENKINS, Bill. Policy Bureaucracy: Government with a Cast of Thousands. Oxford: Oxford university Press, 2006.

PARSONS, Wayne. Public Policy: an introduction to the theory and practice of poli-cy analysis. Northampton, MA, USA: Edward Elgar Publishing Ltd, 1996.

PETERS, B. G.. Politicians and bureaucrats in the politics of policymaking. In: LANE, J.E. (ed.) Bureaucracy and public choice. London: Sage, 1987.

PETERS, B. G.. The problem of bureaucratic government. Journal of Politics, v. 43, n. 1, fev., 1981.

Page 21: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 21

PINHO, Carlos T. Assumpção. O Desafio da Informação para Formulação, Moni-toramento e Avaliação de Políticas Públicas. Oficina 12. VIII Semana de Adminis-tração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas. Brasília: ESAF, mar. 2011.

PRESSMAN, Jeffrey L; WILDAVSKY, Aaron B. Implementation: how great ex-pectations in Washington are dashed in Oakland: or, why it’s amazing that Federal programs work at all, this being a saga of the Economic Development Administra-tion as told by two sympathetic observers who seek to build morals on a foundation of ruined hopes. 1. ed. Berkeley, Los Angeles: University of California Press, 1973.

PRZEWORSKI, Adam. Estado e economia no capitalismo. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995.

PUENTES-MARKIDES, Cristina. Policy Analysis and Decision Making. Bridge-town, Barbados, out. 2007. Não paginado. Disponível em: <http://policynl.ca/policydevelopment/ documents/Policy-Analysis-and-Decision-Making-Presenta-tion-Slides.pdf>. Acesso em: 10/05/2013.

PULZL, Helga; TREIB, Oliver. In: FISCHER, Frank; MILLER, Gerald J.; SIDNEY Mara S. (Eds.). Handbook of Public Policy Analysis: theory, politics, and methods. Boca Raton, FL: Taylor & Francis Group, 2007.

QUINN, James B. Strategic Change: logical incrementalism. Sloan Management Review, v. 30, n. 4, p. 16-45, 1989.

RAPOPORT, Anatol. Lutas, Jogos e Debates. Brasília: Editora Universidade de Bra-sília, 1980.

REIS, Bruno P. W. Políticas Públicas. In: Dicionário “Trabalho, Profissão e Con-dição Docente”. Belo Horizonte: Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (GESTRADO/UFMG), 2010. Disponível em: <http://www.gestrado.org/?p-g=dicionario-verbetes&id=326>. Acesso em: 16 mai. 2013.

REIS, Leonardo S. Políticas Públicas sob a Ótica do Novo Gestor: o public policy cycle de Howlett e Ramesh como estratégia para atuação do Estado. Portal Jurídico Investidura. Florianópolis, SC, 21 set. 2010. Disponível em: <http://www.investi-dura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/politica/169814>. Acesso em: 16 mai. 2013.

RIPLEY, Randall; FRANKLIN, Grace. Bureaucracy and Policy Implementation. Homewood: Dorsey Press, 1982.

Page 22: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

22 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

ROCHA, Carlos V. Neoinstitucionalismo como modelo de análise para as Políticas Pú-blicas:Algumas observações .Civitas, Porto Alegre, v. 5 n. 1 jan.-jun. 2005 p. 11-28

ROSE, Richard. Comparing Public Policy. European Journal of Political Research, v. 1, n. 1, p. 67-94, abr. 1973.

RUA, M. Graças. Políticos e Burocratas no Processo de Policy-Making: A Política de Terras no Brasil, 1945-84. Tese de doutorado em Ciência Política, IUPERJ. Rio de Janeiro, 1992.

RUA, M. Graças. Análise de Políticas Públicas: conceitos básicos. In: RUA, Maria das Graças; CARVALHO, M. Izabel. O Estudo da Política: tópicos selecionados. Brasília: Paralelo 15, 1998.

RUA, M. Graças; ABRAMOVAY, Miriam. Evaluation of Preventive Actions against STDs/AIDS and Drug Abuse in Elementary and High Schools in Brazilian Capitals. Brasília: UNESCO/UNDCP, 2001.

RUA, M. Graças. O Uso dos Indicadores para o Monitoramento e Avaliação de Po-líticas, Programas e Projetos Públicos. In: SMAAS – Secretaria Municipal de Assis-tência Social de Belo Horizonte. Monitoramento e Avaliação da Política de Assis-tência Social de Belo Horizonte: sistema de indicadores. Belo Horizonte, 2007.

SABATIER, Paul. The Status and Development of Policy Theory: a reply to Hill. Policy Currents 7, p. 1-10, dez. 1997.

SABATIER, Paul; JENKINS-SMITH, Hank C. (Eds.). Policy Change and Learning: an advocacy coalition approach. Boulder, CO: Westview, 1993.

SABATIER, Paul; MAZMANIAN, Daniel. The Implementation of Public Policy: a framework of analysis. Policy Studies Journal, v. 8, n. 4, p. 538-560, jan. 1980.

SALISBURY, Robert H. The Analysis of Public Policy: the search for theories and roles. In: RANNEY, A. (Org.). Political Science and Public Policy. Chicago: Markham, 1968. p. 151-175.

SANTOS, M. Helena C. Avaliação Político-Institucional do Proálcool: grupos de interesse e conflito interburocrático. Planejamento e Políticas Públicas, n. 1, jun. 1989.

SANTOS, M. Helena C. Política e Políticas de uma Energia Alternativa - Caso Pro-álcool. Rio de Janeiro: Notrya, 1993.

SARAVIA, Enrique. Introdução à Teoria da Política Pública. In: SARAVIA, Enri-que; FERRAREZI, Elisabete (Orgs.). Políticas Públicas: coletânea. Volume 1. Bra-sília: ENAP, 2006, p. 21-42.

Page 23: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 23

SCHATTSCHNEIDER, Elmer E. The Semisovereign People: a realist’s view of de-mocracy in America. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1960.

SCHMITTER, Phillippe. Reflexões sobre o Conceito de Política. In: BOBBIO, Nor-berto. Curso de Introdução à Ciência Política. 2. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1979. p. 31-39.

SCHMITTER, Phillippe. Still a Century of Corporatism? Review of Politics, n. 36, v. 1, p. 85-131, 1974.

SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práti-cos. São Paulo: CENGAGE Learning, 2010.

SKOCPOL, Theda. Bringing the State back in: Strategies of analysis in current re-search. In: EVANS, P.; RUESCHMEYER, D.; SKOCPOL, T. Bringing the State back in. New York: Cambridge University Press, 1985.

SKOCPOL, Theda .Protecting soldiers and mothers: the political origins of social policy in the United States. Cambridge: Harvard University Press, 1995.

SILVA, Pedro L. B. e MELO, Marcos A. B. de. O Processo de Implementação de Po-líticas Públicas no Brasil: características e determinantes da avaliação de programas e projetos. In: Caderno nº 48 do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP) da UNICAMP. Campinas, 2000.

SILVA, Pedro L. B. Verbete “Recursos de Poder”. In: DI GIOVANNI, Geraldo; NOGUEIRA, Marco Aurélio (Orgs.). Dicionário de Políticas Públicas. São Paulo: FUNDAP, 2013. Não paginado. Disponível em: <http://dicionario.fundap.sp.gov.br/Verbete/234>. Acesso em: 17 mai. 2013.

SIMAN, Angela M. Concepções Teóricas Sobre as Políticas Públicas. In: SIMAN, Angela Maria. Políticas Públicas: a implementação como objeto de reflexão teórica e como desafio prático. Tese de Doutorado em Ciência Política. Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Belo Horizonte, 2005. Capítulo 1, p. 28-38.

SIMON, Herbert A. Administrative Behavior: a study of decision-making processes in administrative organization. 1. ed. New York: Macmillan, 1947. Reeditado em 1976.

SIMON, Herbert A. A Behavioral Model of Rational Choice. Quarterly Journal of Economics, v. 69, n. 1, p. 99-118, 1955.

SOUZA, Celina. Políticas Públicas: questões temáticas e de pesquisa. Caderno CRH, Salvador, n. 39, p. 11-24, jul/dez. 2003.

Page 24: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

24 Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, n. 16, p. 20-45, jul/dez. 2006.

SUBIRATS, Joan. Definición del Problema – Relevancia Pública y formación de la agenda de actuación de los poderes públicos. In: SARAVIA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete (Orgs.). Políticas Públicas: coletânea. Volume 1. Brasília: ENAP, 2006. p. 199-218.

TEIXEIRA, Elenaldo C. O Papel das Políticas Públicas no Desenvolvimento Local e na Transformação da Realidade. Salvador: Bahia, 2002.

THOENIG, Jean-Claude. A Avaliação Como Conhecimento Utilizável Para Refor-mas de Gestão Pública. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 51, n. 2, p. 54-70, abr/jun. 2000.

THORNDIKE, Edward L.; BARHNART, Clarence L. Thorndike-Barnhart Handy Pocket Dictionary. New York: Permabooks, 1951.

TSEBELIS, George. Nested Games. Berkeley: University of California Press, 1990.

TSEBELIS, George. Atores com Poder de Veto: como funcionam as instituições po-líticas. São Paulo: FGV, 2009.

VAITSMAN; Jeni; RODRIGUES, Roberto W. S.; PAES-SOUSA, Rômulo. O Siste-ma de Avaliação e Monitoramento das Políticas e Programas Sociais: a experiência do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Brasil. Policy Pa-pers 17. Brasília: UNESCO, 2006.

VAN METER, D Donald S.; VAN HORN, Carl E. The Policy Implementation Pro-cess: a conceptual framework. Administration & Society, v. 6, n. 4, p. 445-488, fev. 1975.

VIANA, A. L. Abordagens Metodológicas em Políticas Pública. Revista de Adminis-tração Pública, v. 30, n. 2, p. 5-43, mar/abr. 1996.

WALKER, Robert K. Impacting Social Problems – writing and evaluating interna-tional development projects. Brasília: EMAD, 2000.

WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações. A política como vocação. São Paulo: Cultrix, 1970.

WEBER, Max . Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília: São Paulo: Imprensa Oficial do Es-tado de São Paulo, 1999.

Page 25: PARA APRENDER POLÍTICAS PÚBLICAS - igepp.com.br · 4 Unidad 1 ifere nceituaçõ lítica blicas M raça u obert omanini b)“Um conjunto de decisões inter-relacionadas referentes

Maria das Graças Rua com Roberta Romanini

Unidade 1 – As Diferentes Conceituações de Políticas Públicas 25

WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.

WEISS, Carol H. Evaluation: methods for studying programs and policies. New Jersey: Prentice Hall, 1998. Reedição da versão de 1972.

WHOLEY, J. S. Evaluability Assessment. In: RUTMAN, L. (Ed.). Evaluation Re-search Methods: a base guide. Beverly Hills, California: SAGE, 1977. p. 41-56.

WILSON, James Q. Political Organizations. New York: Basic Books. 1973.

WINDHOFF-HÉRITIER, Adrienne. Policy-Analyse: eine Einführung. Frankfurt am Main/New York: Campus, 1987.

WORTHEN, Blaine R.; FITZPATRICK, Jody L.; SANDERS, James R. Avaliação de Programas: concepções e práticas. São Paulo: Editora Gente, 2004.