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Dehonianos ........................................ 1 |||| Abrindo Espaços e criando Laços! Para começar In-Vocação e E-Vocação Para ter feliz destino final, a genuína vocação precisa, constantemente, voltar à sua origem fontal (mediante a invocação) e ao seu sustento habitual (através da evocação). Uma vez que ontem celebramos o grande Agostinho, valho-me de sua intuição e inspiração para discorrer sobre as dimensões invocadora e evocadora da vocação cristã. Invocação Entre outros significados, quer dizer chamar para dentro (in-vocare). Em nossas reflexões vocacionais pretende lembrar o chamado a que Deus venha para dentro de nós para renovar e fortalecer o chamado que nos fez. A obra é dele e é nossa. Logo, pedimos-lhe ajuda, chamando-o em causa para nos amparar, conduzir, iluminar. Somos feitos para Deus, e nossa inquietude se acalma somente quando ele nos habita ou quando nele repousamos. “Fecisti nos ad te et inquietum est cor nostrum, donec requiescat in te... Quaeram te, Domine, invocans te, et invocem te credens in te”: “Fizeste-nos para ti e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em ti... Que eu te busque, Senhor, invocando-te; e que eu te invoque, crendo em ti” (Santo Agostinho, Confissões, Livro I, 1). Contudo, pode acontecer que eu esteja disperso, longe de mim e, por isso, longe de Deus que me habita. “Tu autem eras interior intimo meo et superior summo meo”: “Tu estavas mais dentro de mim do que a minha parte mais íntima. E eras superior a tudo o que eu tinha de mais elevado” (Santo Agostinho, Confissões, Livro III, 6). Neste caso, a “invocação” é um chamado dirigido a mim mesmo, a superar a dispersão, retornar a mim, reencontrar Deus em si ou em mim. Depois de reencontra-lo em mim, sim, encontrá-lo onde ele quiser e encontrar-me nele, onde estiver. Evocação Dos diversos significados que possui, tem o de chamar para fora de si (ex-vocare). Em toda vocação humana, especialmente a cristã, cada fiel é co-protagonista da vida e da vocação. Por isso cabe, sempre de novo, a evocação. Quer dizer, extrair de si as razões para retomar ou continuar a resposta ao chamado à vida e a uma forma específica de vivê-la. É preciso, pois, chamar de dentro de si motivações e convicções vocacionais, a fim de não se paralisar jamais. “Intravi in intima mea, duce te, et potui, quoniam factus es adiutor meus”: “Entrei no íntimo do meu coração, por ti conduzido, e o consegui, porque te fizeste meu auxílio” (Santo Agostinho, Confissões, Livro VII,10). Desse modo a evocação é irmã da memória e da recordação. Soa, semelhantemente, com a repreensão/ recomendação de Ap 2,3-5: “Você é perseverante, sofreu por causa do meu nome mas não esmoreceu. Devo reprovar, contudo, por ter abandonado o seu primeiro amor. Recorde-se, pois, de onde caiu, converta-se e retome a conduta de outrora”. O convite evidente, pois, é o de lembrar, fazer memória dos melhores momentos vividos, para que sirvam de inspiração e motivação para melhorar ou aprimorar a vocação. Em tal sentido positivo, recordar e evocar, é viver, faz viver. Fernando Pessoa, ao afirmar “Tenho em mim todos os sonhos do mundo”, na verdade convida a evocá-los e viver sob a sua inspiração e, possivelmente, leva-los à realização. P. Mariano,scj. ANO II | Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus - Província BSP | 57 a Edição - 29/08/14 |||| Abrindo Espaços e criando Laços!

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Para começarIn-Vocação e E-Vocação

Para ter feliz destino final, a genuína vocação precisa, constantemente, voltar à sua origem fontal (mediante a invocação) e ao seu sustento habitual (através da evocação). Uma vez que ontem celebramos o grande Agostinho, valho-me de sua intuição e inspiração para discorrer sobre as dimensões invocadora e evocadora da vocação cristã.

InvocaçãoEntre outros significados, quer dizer chamar para dentro (in-vocare). Em nossas reflexões vocacionais

pretende lembrar o chamado a que Deus venha para dentro de nós para renovar e fortalecer o chamado que nos fez. A obra é dele e é nossa. Logo, pedimos-lhe ajuda, chamando-o em causa para nos amparar, conduzir, iluminar. Somos feitos para Deus, e nossa inquietude se acalma somente quando ele nos habita ou quando nele repousamos. “Fecisti nos ad te et inquietum est cor nostrum, donec requiescat in te... Quaeram te, Domine, invocans te, et invocem te credens in te”: “Fizeste-nos para ti e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em ti... Que eu te busque, Senhor, invocando-te; e que eu te invoque, crendo em ti” (Santo Agostinho, Confissões, Livro I, 1).

Contudo, pode acontecer que eu esteja disperso, longe de mim e, por isso, longe de Deus que me habita. “Tu autem eras interior intimo meo et superior summo meo”: “Tu estavas mais dentro de mim do que a minha parte mais íntima. E eras superior a tudo o que eu tinha de mais elevado” (Santo Agostinho, Confissões, Livro III, 6). Neste caso, a “invocação” é um chamado dirigido a mim mesmo, a superar a dispersão, retornar a mim, reencontrar Deus em si ou em mim. Depois de reencontra-lo em mim, sim, encontrá-lo onde ele quiser e encontrar-me nele, onde estiver.

EvocaçãoDos diversos significados que possui, tem o de chamar para fora de si (ex-vocare). Em toda vocação

humana, especialmente a cristã, cada fiel é co-protagonista da vida e da vocação. Por isso cabe, sempre de novo, a evocação. Quer dizer, extrair de si as razões para retomar ou continuar a resposta ao chamado à vida e a uma forma específica de vivê-la. É preciso, pois, chamar de dentro de si motivações e convicções vocacionais, a fim de não se paralisar jamais.

“Intravi in intima mea, duce te, et potui, quoniam factus es adiutor meus”: “Entrei no íntimo do meu coração, por ti conduzido, e o consegui, porque te fizeste meu auxílio” (Santo Agostinho, Confissões, Livro VII,10).

Desse modo a evocação é irmã da memória e da recordação. Soa, semelhantemente, com a repreensão/ recomendação de Ap 2,3-5: “Você é perseverante, sofreu por causa do meu nome mas não esmoreceu. Devo reprovar, contudo, por ter abandonado o seu primeiro amor. Recorde-se, pois, de onde caiu, converta-se e retome a conduta de outrora”. O convite evidente, pois, é o de lembrar, fazer memória dos melhores momentos vividos, para que sirvam de inspiração e motivação para melhorar ou aprimorar a vocação.

Em tal sentido positivo, recordar e evocar, é viver, faz viver. Fernando Pessoa, ao afirmar “Tenho em mim todos os sonhos do mundo”, na verdade convida a evocá-los e viver sob a sua inspiração e, possivelmente, leva-los à realização.

P. Mariano,scj.

ANO II | Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus - Província BSP | 57a Edição - 29/08/14

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Igreja e Congregação

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Saúde de P. Donizeti, Provincial da BRM 6

Falecidos de Agosto/2014 7

A Palavra de Deus no Concílio Vaticano II 5

Palavras de Padre Dehon: o Coração sacerdotal de JesusA Vocação Sacerdotal de Jesus:

Deus Pai envia o seu Filho ao mundo para que aí ele seja o seu sacerdote (1)

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Província BSP e Distrito BSL

Volta de Padre Franco ao convívio dehoniano 10

Saúde: Comunicações sobre P. Honório e P. Augusto 9

Celebração de Envio de Fr. Rafael, na Penha do Rio 11

Eleições 2014: Vamos Votar! 12

P. Zezinho: teologia e devoção feitas poesia e canção 14

Festa em Taubaté: Faculdade Dehoniana e P. Zezinho 8

Saberes e Sabores 15

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Palavra de Padre Dehon: O Coração sacerdotal de Jesus

Segunda Meditação

A Vocação Sacerdotal de Jesus: Deus Pai envia o seu Filho ao mundo para que aí ele seja o seu sacerdote (1)

Introdução

As diversas escolas teológicas têm sentimentos diferentes sobre os motivos da Encarnação. Queria Deus em todo o caso dar-nos o seu Filho para ser nosso chefe, nosso rei, nosso pontífice, ou quis a

encarnação apenas por causa da reparação do pecado de Adão? Este é o seu segredo.

Seja como for, desde o momento em que uma Pessoa divina se encarna, ela será, antes de tudo e acima de tudo, sacerdote de Deus. Primeiramente, porque a glorificação do nome de Deus, dos seus atributos e dos seus direitos, é o objetivo desta encarnação, como é o objetivo universal das obras divinas. Ou, esta glorificação é a missão, a obra e como o ser mesmo do sacerdócio. Em segundo lugar, porque um

Deus que se faz homem deve ser o chefe da religião de toda a criatura.

1. O Deus feito homem será sacerdoteO Deus feito homem será, portanto, sacerdote. Será primeiro

para si mesmo, porque deverá oferecer um sacrifício a Deus como criatura. Mas será, acima de tudo, Pontífice universal, prestando a Deus, na sua qualidade de Chefe e de Mediador, todas as homenagens que a criação inteira deve ao seu Criador (cf. Padre Silvano Giraud, 1830-1885).

Ora, entre as pessoas divinas, é ao Filho que convém encarnar para se tornar Pontífice supremo da criação. Está para isso preparado pelo caráter próprio da sua filiação que é de ser a glória de seu Pai. “Para este divino sacerdote, diz Jacques Benigne Bossuet (1627-1704), é preciso ser nascido senão de Deus; e vós tendes a vossa vocação, ó Jesus, pelo vosso eterno nascimento” (Élevations sur les mystères, XIIIe. semaine).

O autor da Carta aos Hebreus insinua a mesma doutrina: “Cristo não se deu a si mesmo a glória do Pontificado; mas recebeu-a d’Aquele que disse: Vós sois meu Filho, hoje vos gerei” (Hb 5,5). É o pensamento de Santo Tomás de Aquino e dos Padres: “Era ao Filho que convinha encarnar para ser o sacerdote de Deus, para prestar glória ao seu Pai” (STh III, q. 3, a.8).

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A Palavra de Deus no Concílio Vaticano II

A Palavra de Deus recobra a sua importância

A importância da Palavra está em ser ela Palavra de Deus. Jesus Cristo é a Palavra de Deus que veio para o meio de nós em forma de gente (cf. Jo 1-14). O Povo de Deus é o destinatário privilegiado

dessa Palavra, porque só ele é idôneo para discernir se vai ou não se comprometer com a Aliança com Deus. Porque só o povo/comunidade é o parceiro insubstituível da Aliança entre Deus e esse mesmo povo. É Povo de Deus, porque escolhido pelo próprio Deus!

Portanto a Comunidade nasce e se constrói pela Palavra viva e eficaz (cf. Hb 4,12); pela Palavra a Igreja nasce e constrói-se (cf. Jo 15,16; At 2,41ss); e na Palavra encontra a plenitude da vida (cf. Mc 16,15).

Foi assim com o povo de Israel na decisão sobre a adesão à Palavra da Aliança nos 10 Mandamentos. Depois do discernimento o povo se aliou à proposta de Deus e se tornou o Povo de Deus para o Deus do Povo (cf. Ex cap. 19-20).

A Comunidade de Fé é o ambiente privilegiado da proclamação, da escuta e da prática da Palavra. Foi graças a esse costume das antigas comunidades que a Palavra se conservou inteira e confiável até hoje.

A fé é comunitária, porque a Comunidade bebe na mesma fonte, convive e testemunha a “mesma” fé de todos os seus membros (cf. Ef 4,5); porque a Igreja recebeu dos apóstolos “o depósito da fé” (2Tm 1,12); ela garante a integridade da fé; e por isso ela é a mestra da fé. A Assembleia Litúrgica é o lugar privilegiado para a experiência de fé no encontro pessoal com Jesus Cristo na Palavra (cf. DV 21; VD 52-7; SC 24).

Assim respaldada, a Palavra de Deus não mais pode ser considerada simples preparação ao sacramento do vinho e do Pão, mas é elemento indispensável do sacramento da Eucaristia. Pelo Espírito Santo, a Palavra torna-se também sacramento, sinal da presença de Cristo; tão digna de respeito quanto o mistério do vinho e do pão (cf. DV 21).

Cada Domingo o Povo de Deus dirige-se à comunidade para ouvir uma nova Boa Notícia de Cristo. A Palavra se colocou ao alcance da comunidade, quando o Filho de Deus assumiu forma humana. Na sinagoga de Nazaré Jesus se apresentou como o ungido, o enviado e credenciado para ser ele a autêntica interpretação da Palavra do Pai (Lc 2,14-21).

A Palavra tem preferência total. Ela é “o principal testemunho que temos sobre a vida e a doutrina do próprio Cristo (DV 18)”. Por isso, a Igreja sempre deu à Palavra a mesma veneração que dava ao pão na Eucaristia. E com esse mesmo respeito também tem distribuído ao Povo de Deus tanto a Palavra como o pão (cf. DV 21).

Pe. Augusto César Pereira SCJ.

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Saúde de P. Donizeti, Provincial da BRM

Corupá, 28 de agosto de 2014.

Caros irmãos!Informamos, para o conhecimento de todos, sobre

a situação clínica do P. Donizeti Queiroz, nosso superior provincial:

Depois de 21 dias internado e ter passado por um procedimento cirúrgico (retirada de um tumor na área cerebral), P. Donizeti passa bem, se recuperando rapidamente. Não obstante, esclarecemos que o P. Donizeti possui lapsos de memória (em momentos esporádicos não consegue lembrar de nomes e/ou palavras) que, segundo os médicos, é comum em pessoas que passaram por uma cirurgia cerebral e que fazem uso continuo de remédios. Com o tempo esta consequência cirúrgica tende a

desaparecer. Ainda, nos últimos dias, sofre pela ansiedade, fato natural para quem é muito ativo e necessita ficar em repouso.Hoje (27 de agosto), depois de termos recebido o resultado da contraprova da biopsia (no

dia de ontem analisado pelo corpo médico), ficou decidido que, para eliminar qualquer possibilidade da doença voltar (o tumor foi todo retirado) P. Donizeti fará sessões de radioterapia. Estas, seguindo os procedimentos normais, começarão daqui a 1 mês. Serão aproximadamente 30 sessões (ao longo de 6 semanas). Concomitante ao tratamento radioterápico, iniciará um tratamento com medicamentos, similar ao tratamento quimioterápico (comprimidos que serão tomados em casa). O período total para este tratamento será de aproximadamente 6 meses.

Temos a certeza de que o P. Donizeti está sendo acompanhado por ótimos profissionais; Ele confia plenamente nos mesmos. Fará todo o tratamento em Jaraguá do Sul, centro de referência para tratamentos radioterápicos.

É bom frisar que o tratamento proposto é uma garantia para que a doença não se manifeste mais. Tem-se claro que o tumor retirado era localizado, pequeno e sem sinais de metástase.

Sobre o serviço de autoridade exercido pelo P. Donizeti, o mesmo continua a exercê-lo, dentro dos limites impostos pelo tratamento. Diminuirá o ritmo de trabalho (como já aconteceu) e, naquilo que for necessário, e canonicamente possível, delegará funções.

Continuemos a rezar por nosso provincial e por sua pronta recuperação. Estamos às ordens para qualquer esclarecimento.

Abraços!P. Nilson, SCJ, secretário provincial BRM.

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Nossos Falecidos de Agosto

“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.

(Dalai Lama).

No dia 09 agosto 2014 faleceu nosso confrade P. Jan Hojnowski da Província Polonesa (POL), em Cracóvia, na Polônia. Nascido em 05/05/1937, professou aos

03/12/1953 e ordenou-se presbítero no dia 18/02/1962.

No dia 14 de agosto de 2014 faleceu, Rosa Jacinta Kievel Dias, irmã de P. Guido José Kievel. O óbido deu-se em Curitiba/PR. Vitimou-a câncer generalizado, deixando uma filha e dois netos.

No dia 21 de agosto de 2014 faleceu nosso confrade Diác. Amadeu Gomes Teixeira, da Província Portuguesa (POR), na Madeira, em Portugal. Havia nascido no dia 27/08/1941, fizera a 1ª Profissão em 29/09/1959 e ordenara-se diácono aos 26/12/2000.

No dia 26 de agosto de 2014 faleceu nosso confrade P. Adolfo (Carlo Rodolfo) Perego, da Província Italiana Setentrional (ITS), em Bolognano, na Itália. Nascido aos 03/11/1917, com 1ª Profissão no dia 29/09/1936, foi ordenado padre no dia 27/06/1943.

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Festa em Taubaté: Faculdade Dehoniana e P. ZezinhoCELEBRAÇÃO EM AÇÃO DE GRAÇAS PELOS 90 ANOS DE ENSINO DE TEOLOGIA EM

TAUBATÉ E50 ANOS DE EVANGELIÇÃO PELA MÚSICA DE PADRE ZEZINHO

Caros confrades!

Aconteceu no dia 27 de Agosto, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Taubaté, missa em ação

de Graças pelos 90 anos de ensino de Teologia em Taubaté e também pelos 50 anos de evangelização pela música de padre Zezinho.

Como Faculdade Dehoniana, somos herdeiros deste rico patrimônio de 90 anos dedicados ao ensino, construído a tantas mãos. Na prática, nós o celebramos os 90 anos no dia 15 de fevereiro de 2014, quando lembramos que em 1924 um pequeno grupo de estudantes começou a se preparar para a ordenação presbiteral. Querendo marcar bem esta data, pensamos em algumas iniciativas que estão se desenvolvendo durante o ano e que culminarão com a aula inaugural de 2015, onde pretendemos trazer todos os nossos bispos dehonianos, egressos desta Instituição.

Nunca é demais dizer que o desenvolvimento histórico desta Instituição revela a constante busca por uma educação de qualidade. Esta busca é fruto de nossa própria natureza institucional, que tem raízes também na “visão dehoniana” de educação, coerentes com a missão institucional desta casa. Podemos resumir a missão institucional em três valores essenciais, que são base de tudo o que fazemos: cordialidade, qualidade e sustentabilidade.

Com relação ao nosso Ilustre confrade, penso que quaisquer palavras se tornem redundantes. Somos conscientes e gratos pela vida e ministério de Padre Zezinho e nos unimos a tantas outras pessoas simplesmente para dizer: Obrigado Zé, pela sua vida, pelo seu sim e pelo bem que fez e faz a tantas pessoas por meio de suas canções.

Por fim, ressalto apenas que nós celebramos tudo isso justamente no mês dedicado às vocações: para nós dehonianos,

consagrados para uma missão específica na Igreja, isto é muito significativo. Penso que tudo isso é confirmação de que estamos no caminho

certo. Dificuldades e desafios? Sim, nós temos e os mesmos são inegáveis, mas as graças, os dons e talentos que Deus coloca em nossas mãos, são muito maior que tudo isso. Só nos resta dizer:

Louvado seja a Deus por tudo!!!

Pe. Everton, scj

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Saúde: Comunicações sobre P. Honório e P. Augusto

Taubaté, 27 de agosto/2014.Caro Pe. Mariano,Viva o Coração de Jesus, Pelo Coração de Maria!Trago notícias do P. Honório. Hoje no final da manha, Irmão

Gilmar e eu fomos ao hospital 10 de julho, para a visita, como de costume e receber notícias do quadro clínico do nosso confrade.

P. Honório está respirando sozinho. Foi extubado ontem a noite. Seu pulmão ainda tem infecção. É o que preocupa no momento. Após

esta feita teve duas apneias. Caso isso se repita ele será entubado novamente. Mas será por traqueostomia. Está sedado e bem assistido. Não tem previsão de alta hospitalar.

As visitas acontecem 3 vezes ao dia nos seguintes horários: as 12h, as 15h e as 20h.

Abraços! Pe. Marcelo Reis, scj.

São Paulo, 26 de agosto de 2014.

Prezado Padre Mariano, VCJ !Sei que suas preocupações estão todas dirigidas para o próximo capítulo provincial.

Serei breve. Apenas para comunicar que fui submetido ao cateterismo e o resultado dissipou algumas dúvidas do cardiologista. Graças a Deus. Aliás, mesmo que o resultado fosse outro, deveríamos mesmo assim dar graças a Deus.

Receba meu abraço dehoniano com votos de que o capítulo decorra conforme o esperado.

Pe. Augusto, scj.

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Volta de Padre Franco ao convívio dehoniano

Taubaté, 27 de agosto de 2014.

Eu, Pe. José Franco Ribeiro, SCJ desde a festa do Sagrado Coração de Jesus, aos 27 de junho de 2014, encontro-me inserido na comunidade do Sagrado Coração de Jesus no Convento em Taubaté – SP.

Anteriormente, em 11 de abril de 2014, das 20 às 23 hs tive um encontro cordial com o Rvmo. Pe. Provincial Pe. Mariano Weizenmann, no jantar com os padres da Paróquia de Sant’ana de Lavras – MG.

Na ocasião decidi: Desejo desde hoje preparar-me para voltar ao convívio SCJ e, volto às 23 hs para meu apartamento em Ijaci e, após um s o n o reparador, pelas 5 hs da manhã retomo as primeiras providencias para minha volta. Encaminho-me para – em junho – estar pronto para ir a Taubaté. Minha permanência na congregação é causa pétrea.

Assim, desde a festa do Coração de Jesus estou no Conventinho, de volta à Congregação.

Pe. José Franco Ribeiro, SCJ.

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Celebração de Envio de Fr. Rafael, na Penha/Rio

Devido a alguns imprevistos com os trâmites consulares Fr. Rafael e eu permanecemos no Provincialado

aguardando os documentos que estão por vir da Venezuela. Diante disso, surgiu a possibilidade de estar um pouco mais com nossas famílias e nossas comunidades de origem para celebrar na intenção de nossa futura missão.

Sendo assim, entre os dias 21 a 24 do mês corrente viajamos ao Rio de Janeiro, Fr. Rafael e eu, para conviver com seus familiares e amigos, além

dos nossos confrades da paróquia Bom Jesus da Penha. “Además”, aproveitamos para passear e desfrutar das belezas da cidade maravilhosa.

No domingo, 24, na Santa Missa presidida pelo pároco, Pe. Everaldo, fomos apresentados e “enviados” pela comunidade paroquial, além dos familiares e amigos do frater Rafael que estavam presentes.

Agradecemos ao bom povo do Rio de Janeiro pelo acolhimento, bem como pelas muitas orações!

Fr. Erick Max Humberto, SCJ.

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Eleições 2014: Vamos Votar!

Diante das eleições que se aproximam, propomos algumas reflexões... Iniciamos com uma feita há mais de 67 anos. E já era parecido com hoje!

Não sei se vocês têm meditado como devem no funcionamento do complexo maquinismo político que se chama govêrno democrático, ou govêrno do povo. Em política a gente se desabitua de tomar as palavras no seu sentido imediato.

No entanto, talvez não exista, mais do que esta, expressão nenhuma nas línguas vivas que deva ser tomada no seu sentido mais literal: govêrno do povo. Porque, numa democracia, o ato de votar representa o ato de FAZER O GOVÊRNO.

Pelo voto não se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não se presta ato de obediência a um chefe, não se satisfaz

uma simpatia. Pelo voto a gente escolhe, de maneira definitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de indivíduos que nos vão governar por determinado prazo de tempo.

Escolhem-se pelo voto aquêles que vão modificar as leis velhas e fazer leis novas - e quão profundamente nos interessa essa manufatura de leis! A lei nos pode dar e nos pode tirar tudo, até o ar que se respira e a luz que nos alumia, até os sete palmos de terra da derradeira moradia.

Escolhemos igualmente pelo voto aquêles que nos vão cobrar impostos e, pior ainda, aquêles que irão estipular a quantidade dêsses impostos. Vejam como é grave a escolha dêsses “cobradores”. Uma vez lá em cima podem nos arrastar à penúria, nos chupar a última gôta de sangue do corpo, nos arrancar o último vintém do bôlso.

E, por falar em dinheiro, pelo voto escolhem-se não só aquêles que vão receber, guardar e gerir a fazenda pública, mas também se escolhem aquêles que vão “fabricar” o dinheiro. Esta é uma das missões mais delicadas que os votantes confiam aos seus escolhidos.

Pois, se a função emissora cai em mãos desonestas, é o mesmo que ficar o país entregue a uma quadrilha de falsários. Êles desandam a emitir sem conta nem limite, o dinheiro se multiplica tanto que vira papel sujo, e o que ontem valia mil, hoje não vale mais zero.

Não preciso explicar muito êste capítulo, já que nós ainda nadamos em plena inflação e sabemos à custa da nossa fome o que é ter moedeiros falsos no poder.

Escolhem-se nas eleições aquêles que têm direito de demitir e nomear funcionários, e presidir a existência de todo o organismo burocrático.

E, circunstância mais grave e digna de todo o interêsse: dá-se aos representantes do povo que exercem o poder executivo o comando de tôdas as fôrças armadas: o exército, a marinha, a aviação, as polícias.

E assim, amigos, quando vocês forem levianamente levar um voto para o Sr. Fulaninho que lhes fêz um favor, ou para o Sr. Sicrano que tem tanta vontade de ser governador, coitadinho, ou para Beltrano que é tão amável, parou o automóvel, lhes deu uma carona e depois solicitou o seu sufrágio - lembrem-se de que não vão proporcionar a êsses sujeitos um simples emprêgo bem remunerado.

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Eleições 2014: Vamos Votar!

Vão lhes entregar um poder enorme e temeroso, vão fazê-los reis; vão lhes dar soldados para êles comandarem - e soldados são homens cuja principal virtude é a cega obediência às ordens dos chefes que lhe dá o povo. Votando, fazemos dos votados nossos representantes legítimos, passando-lhes procuração para agirem em nosso lugar, como se nós próprios fôssem.

Entregamos a êsses homens tanques, metralhadoras, canhões, granadas, aviões, submarinos, navios de guerra - e a flor da nossa mocidade, a êles prêsa por um juramento de fidelidade. E tudo isso

pode se virar contra nós e nos destruir, como o monstro Frankenstein se virou contra o seu amo e criador.

Votem, irmãos, votem. Mas pensem bem antes. Votar não é assunto indiferente, é questão pessoal, e quanto! Escolham com calma, pesem e meçam os candidatos, com muito mais paciência e desconfiança do que se estivessem escolhendo uma noiva.

Porque, afinal, a mulher quando é ruim, briga-se com ela, devolve-se ao pai, pede-se desquite. E o govêrno, quando é ruim, êle é quem briga conosco, êle é que nos põe na rua, tira o último pedaço de pão da bôca dos nossos filhos e nos faz aprodecer na cadeia. E quando a gente não se conforma, nos intitula de revoltoso e dá cabo de nós a ferro e fogo.

E agora um conselho final, que pode parecer um mau conselho, mas no fundo é muito honesto. Meu amigo e leitor, se você estiver comprometido a votar com alguém, se sofrer pressão de algum poderoso para sufragar êste ou aquêle candidato, não se preocupe. Não se prenda infantilmente a uma promessa arrancada à sua pobreza, à sua dependência ou à sua timidez.

Lembre-se de que o voto é secreto.Se o obrigam a prometer, prometa. Se tem mêdo de dizer não, diga sim. O crime não é seu, mas

de quem tenta violar a sua livre escolha. Se, do lado de fora da seção eleitoral, você depende e tem mêdo, não se esqueça de que DENTRO DA CABINE INDEVASSÁVEL VOCÊ É UM HOMEM LIVRE. Falte com a palavra dada à fôrça, e escute apenas a sua consciência. Palavras o vento leva, mas a consciência não muda nunca, acompanha a gente até o inferno”.

Texto de Raquel de Queiroz,Revista O Cruzeiro, 11 de janeiro de 1947.

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P. Zezinho: teologia e devoção feitas poesia e canção

Vocação

Se ouvires a voz do vento, chamando sem cessarSe ouvires a voz do tempo, mandando esperar,A decisão é tua! A decisão é tua!

São muitos os convidados, quase ninguém tem tempo...

Se ouvires a voz de Deus, chamando sem cessarSe ouvires a voz do mundo, querendo te enganar,A decisão é tua! A decisão é tua!

São muitos os convidados, quase ninguém tem tempo...

O trigo já se perdeu, cresceu, ninguém colheuE o mundo passando fome, passando fome de DeusA decisão é tua! A decisão é tua!

http://letras.mus.br/padre-zezinho/880956/

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Saberes e Sabores

O Espelho de Gandhi

Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem

os seres humanos. Ele respondeu: “A política, sem princípios; o prazer, sem compromisso; a riqueza, sem trabalho; a sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a ciência, sem humanidade; a oração, sem caridade.

A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável; que as pessoas são tristes, se estou triste; que todos me querem, se eu os quero; que todos são ruins, se eu os odeio; que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio; que há faces amargas, se eu sou amargo; que o mundo está feliz, se eu estou feliz; que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva e que as pessoas são gratas, se eu sou grato.

A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante a mim.

Quem quer ser amado, ama. O caminho para a felicidade não é reto. Existem curvas chamadas EQUÍVOCOS, existem semáforos chamados AMIGOS, luzes de cautela chamadas FAMÍLIA, e tudo se consegue se tens: um estepe chamado DECISÃO, um motor poderoso chamado AMOR, um bom seguro chamado FÉ, combustível abundante chamado PACIÊNCIA, mas acima de tudo um motorista habilidoso chamado DEUS!”.

Gandhi.