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Dehonianos ........................................ 1 |||| Abrindo Espaços e criando Laços! Para Começar: vamos tentar para acertar! D epois da experiência de enfrentar a tentação, normal e necessária para pessoas normais, Jesus inicia sua missão. Impelido/empurrado pelo Espírito, Jesus passa 40 dias no deserto: o tempo suficiente e necessário para se adequar à nova realidade que o aguarda, à nova missão que o espera. Tentações não são más. Como os sofrimentos, fazem parte da normal vida humana. Tanto que não pedimos que o Senhor delas nos liberte, mas que impeça de nelas cairmos. São como tentativas para discernir, decidir e assumir o caminho certo. As tentações são tão normalmente necessárias que é o próprio Espírito que, literalmente, “empurra” Jesus ao deserto para enfrenta-las. Marcos contextualiza a experiência de Jesus no deserto: vive entre as feras e é servido pelos anjos (Mc 1,12-13). Dentro de cada pessoa há feras e anjos. São forças que podem construir ou arrebentar a pessoa. Jesus as harmoniza. É por isso que no ambiente externo sabe conviver, tanto com feras quanto com anjos. É preciso construir a terra boa e bela, não apesar, mas com as feras. Para isso pode-se contar com o céu, mediante o serviço dos anjos. Integrado e harmonizado, plenamente humanado, Jesus propõe o tempo novo, também ele em contexto de conflito: João acabara de ser preso, por causa da justiça. O Reinado de Deus está próximo. O que é isso? É a vida e o mundo do jeito que Deus quer e nós precisamos, para sermos felizes. O que fazer? Arrepender-se do que de mal se fez e está errado, crer efetivamente nesta nova vida para dar certo. “Arrependam-se e creiam no Evangelho” (Mc 1,15). É a conversão: fazer convergir o melhor do que somos, temos e fazemos ao que realmente importa: o Reinado de Deus. Esta obra não cabe a um protagonista único, mesmo que se trate de Jesus. Caminhando, ele faz seu caminho e encontra outros ao longo do caminho. Encontra-os naquilo que sabem fazer para fazê-los aprender o que ainda não conhecem (cf. Mc 1,16-20). Sigam-me e eu farei de vocês aquilo que devem ser! Eis o processo vocacional continuado, nunca terminado, a cada novo tempo, lugar e circunstância, atualizado. Ele chama porque ama, envia porque confia! P. Mariano,scj. ANO II | Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus - Província BSP | 78 a Edição - 23/01/15 |||| Abrindo Espaços e criando Laços!

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Para Começar: vamos tentar para acertar!

Depois da experiência de enfrentar a tentação, normal e necessária para pessoas normais, Jesus inicia sua missão. Impelido/empurrado pelo Espírito, Jesus passa 40 dias no deserto: o tempo suficiente e necessário para se

adequar à nova realidade que o aguarda, à nova missão que o espera. Tentações não são más. Como os sofrimentos, fazem parte da normal vida humana. Tanto que não pedimos que o Senhor delas nos liberte, mas que impeça de nelas cairmos. São como tentativas para discernir, decidir e assumir o caminho certo. As tentações são tão normalmente necessárias que é o próprio Espírito que, literalmente, “empurra” Jesus ao deserto para enfrenta-las.

Marcos contextualiza a experiência de Jesus no deserto: vive entre as feras e é servido pelos anjos (Mc 1,12-13). Dentro de cada pessoa há feras e anjos. São forças que podem construir ou arrebentar a pessoa. Jesus as harmoniza. É por isso que no ambiente externo sabe conviver, tanto com feras quanto com anjos. É preciso construir a terra boa e bela, não apesar, mas com as feras. Para isso pode-se contar com o céu, mediante o serviço dos anjos.

Integrado e harmonizado, plenamente humanado, Jesus propõe o tempo novo, também ele em contexto de conflito: João acabara de ser preso, por causa da justiça. O Reinado de Deus está próximo. O que é isso? É a vida e o mundo do jeito que Deus quer e nós precisamos, para sermos felizes. O que fazer? Arrepender-se do que de mal se fez e está errado, crer efetivamente nesta nova vida para dar certo. “Arrependam-se e creiam no Evangelho” (Mc 1,15). É a conversão: fazer convergir o melhor do que somos, temos e fazemos ao que realmente importa: o Reinado de Deus.

Esta obra não cabe a um protagonista único, mesmo que se trate de Jesus. Caminhando, ele faz seu caminho e encontra outros ao longo do caminho. Encontra-os naquilo que sabem fazer para fazê-los aprender o que ainda não conhecem (cf. Mc 1,16-20). Sigam-me e eu farei de vocês aquilo que devem ser! Eis o processo vocacional continuado, nunca terminado, a cada novo tempo, lugar e circunstância, atualizado. Ele chama porque ama, envia porque confia!

P. Mariano,scj.

ANO II | Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus - Província BSP | 78a Edição - 23/01/15

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|||| Abrindo Espaços e criando Laços! NestaEdição

Igreja e Congregação

Palavras de Padre Dehon 4Palavras de Padre Dehon

Palavras de Padre Dehon 6P. Willyans escreve do Canadá

Palavras de Padre Dehon 7Coordenação Geral da Família Dehoniana (2)

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|||| Abrindo Espaços e criando Laços! NestaEdição

Província BSP e Distrito BSL

Revisão de obras da BSP 8

Profissão religiosa em Barretos 10

P. Zezinho: teologia e devoção feitas poesia e canção 13

Saberes e Sabores 14

Especialização em Gestão Religiosa Paroquial 11

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Palavra de Padre Dehon

15ª Meditação – O Coração Sacerdotal de Jesus e o Cuidado das VocaçõesUm dos deveres do padre é cultivar as vocações, favorecê-las, prepará-las. Nisto

ainda o Coração sacerdotal de Jesus é o seu modelo.

1. Jesus desejou e favoreceu as vocaçõesE antes de mais, como desejou as vocações! Tinha percorrido as cidades e

as aldeias, pregando nas sinagogas e curando os doentes. Tinha visto estas multidões sem instrução, sem direção. Tinha piedade delas. “São como um rebanho sem pastor” (Mt 9,36), dizia. A miséria moral e física deprimia estas multidões. E Jesus dizia aos seus discípulos: “Como a seara é grande! Pedi, pois, ao Senhor para enviar trabalhadores para a sua seara” (Mt 9,37).

Ama as crianças, abençoa-as, e a sua bênção faz germinar vocações. Chama as crianças, testemunha-lhes amizade. “Deixai-as vir a mim”, diz aos apóstolos (Mc 10,14). Um adolescente de boa família vem ter com Ele. Jesus queria fazer dele um apóstolo: “Vai, diz-lhe, vende o que tens e segue-me” (Mc 10,21). O jovem resiste à graça e Jesus entristeceu-se (Mc 10,22). Um menino seguia Nosso Senhor e os apóstolos e levava as suas pequenas provisões (cf. Jo 6,9). A tradição diz-nos que era Marcial, o apóstolo do Languedoc.

Um dia, Nosso Senhor pega numa criança: “Eis o vosso modelo, sede simples como crianças” (Mt 11,29). E acrescentava: “Quem receber as crianças em meu nome, a mim recebe” (Mt 18,5).

Que encorajamentos para nós, para nos ocuparmos com as crianças, para nos dedicarmos a elas, para procurarmos entre elas as vocações e favorecê-las! Um padre que não se interessa pelas vocações tem verdadeiramente o espírito apostólico?

2. Como chamou os seus apóstolos e os seus discípulosNosso Senhor chama setenta e dois discípulos e doze apóstolos, como os primeiros fundamentos da

hierarquia eclesiástica. Mas, antes de se determinar na sua escolha, quer rezar longamente. Retira-se para a montanha: reza-

se melhor na solidão; e passa toda a noite em oração (Lc 6,12-13). Que exemplo! Como nós devemos rezar para obter vocações e para as fecundar! É depois desta vigília de oração que determina a escolha dos seus discípulos e dos seus apóstolos.

É depois do seu longo jejum no deserto, depois das provas das suas tentações, que chama para si a elite dos seus apóstolos: Pedro, André, Tiago e João (cf. Mt 4,18-21). Apresenta-lhes imediatamente o ideal do apostolado: “Vinde e farei de vós pescadores de almas”. Não lhes diz: “Sereis ricos, honrados, escutados”. Diz-lhes: “Ganhareis homens para Deus”.

Inspiremos às crianças uma vocação pura de toda a mistura.Jesus leva os seus discípulos consigo para os formar: Et veniunt ad domum. Dá-lhes o exemplo: prega,

cura. Está de tal modo cheio de zelo, tão ardente, tão arrebatado pela dedicação e pela caridade, que até parece estar fora de si. Alguns tomam-no por um insensato e querem prendê-lo: Exierunt tenere eum, dicebant enim quoniam in furorem versus est (Mc 3,21). Não tenhamos medo de espantar por causa do nosso zelo.

3. Como os formouJesus dedica-se depois à formação dos seus discípulos e dos seus apóstolos. Os seus primeiros encontros

com André e João prolongam-se durante a noite (Jo 1,38). Jesus não liga à fadiga.Leva-os a fazer um retiro de vez em quando: “Vinde até ao deserto, dizia-lhes, e repousai um pouco as

vossas almas”. É preciso às vezes deixar o excesso do ministério para se retemperar. Jesus é todo para os seus discípulos para os instruir. Consagra três anos à sua formação doutrinal.

Muitas vezes toma-os à parte. No sermão da montanha, tem instruções especiais para os seus apóstolos e outras para as multidões. Fala aos seus apóstolos nas cumeadas e desce depois até ao povo, como para marcar que os padres devem fazer estudos mais elevados e mais difíceis.

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Palavra de Padre Dehon

Depois de falar ao povo em parábolas, explica as suas parábolas aos seus apóstolos: “Quanto a vós, diz-lhes, tendes necessidade de compreender bem todos os mistérios do reino de Deus: Vobis datum est nosse mysteria regni Dei” (Mt 13,11). Era seu costume retomar os seus ensinamentos com os seus apóstolos e desenvolvê-los: Seorsum autem discipulis disserebat omnia (Mc 4 34). Era como os seus cursos de exegese e de teologia.

E continuou assim até depois da sua ressurreição. Nas suas aparições, instruía-os sobre o reino de Deus, isto é, sobre a Igreja, a sua organização, o seu culto, os seus sacramentos: Per dies quadraginta apparens eis, et loquens de regno Dei (At 1,4).

Pensamos em perpetuar o nosso sacerdócio, em cultivar as vocações, em ajudá-las? Temos concorrido para desenvolver algumas vocações?

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P. Willyans escreve do CanadáToronto, 16 de Janeiro de 2015.Caro P. Mariano e confrades da BSP, a Paz esteja com vocês!

Espero que todos estejam gozando de saúde e bem-estar. Primeiramente gostaria de agradecer a acolhida de todos durante minhas férias no Brasil. Agradeço ao Provincial pela

gentileza de vir encontrar-se comigo no aeroporto de Guarulhos, aos formadores dos seminários que visitei pela hospitalidade, aos confrades de nossas obras e paróquias pela atenção e amizade, aos e seminaristas e noviços que, bastante interessados, ouviram a apresentação sobre nossa missão no Canadá. A todos, muito obrigado!

Em segundo lugar, gostaria de comunicar os últimos acontecimentos de nossa missão. Regressei ao Canadá no dia 24 de Dezembro, a tempo de celebrar as missas natalinas em nossas comunidades paroquiais. Iniciamos bem o ano, com muito trabalho e nova adaptação. Nosso pároco anterior, P. James Casper, renunciou ao seu cargo e encontra-se oficialmente aposentado. Como alguns já devem saber, o Arcebispo de Toronto, Cardeal Thomas Collins, nomeou-me novo pároco da Paróquia St. Thomas More e administrador da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Este novo ministério efetivou-se no dia 7 de Janeiro. Desde então, o tempo tem passado rápido. Nestes primeiros dias, os padres, funcionários e lideranças das paróquias temos procurado nos reorganizar. Atualmente, conto com duas preciosas ajudas: P. Benê (brasileiro) e P. Aegi (indonésio). Nós três formamos o novo time pastoral, uma vez que P. James está de férias e assim que retornar deve deixar a casa paroquial. P. Benê, por sua vez, será oficialmente nomeado vigário paroquial. Ele comprometeu-se a permanecer no Canadá por mais um ano. Recebeu a devida autorização do Superior das Filipinas e logo enviou uma carta ao Provincial da Inglaterra para comunicá-lo desta decisão. Aliás, parece que o projeto de comunidade internacional em Londres, do qual ele deve futuramente participar, ainda não tem data para sair do papel.

Seguimos, no entanto, renovando nosso convite à BSP para que mais confrades venham fazer esta experiência de missão. Com a provável saída do P. Benê em 2016 vamos precisar de mais um padre disposto a ministrar inicialmente em português e espanhol e, pouco a pouco, aprender também a língua inglesa. Oferecemos intercâmbio para fratres que queiram fazer Teologia no Canadá e experiência pastoral em nossas paróquias. Precisamos de ajuda principalmente no trabalho com a juventude e Pastoral Vocacional. Lembramos, ainda, que nossas casas estão de portas abertas para quem desejar nos visitar. Venha e você será muito bem acolhido!

Por fim, gostaria de convidar a todos para a minha Missa de Posse. A ser presidida pelo Bispo Auxiliar de Toronto, Revmo. Vincent Nguyen, no Domingo, 25 de Janeiro de 2015, às 11:30 da manhã, na Paróquia St. Thomas More.Desculpe pela demora em enviar este convite, pois precisava esperar a confirmação do bispo. Sei que

é bastante difícil a presença de vocês, mas peço ao menos a sua preciosa oração.

Um grande abraço e muitas bênçãos!No Coração de Jesus,

P. Willyans Prado Rapozo, SCJ.

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Coordenação Geral da Família Dehoniana (2)

Roma, 14 de janeiro de 2015Reunião da Coordenação Internacional da Família Dehoniana

O segundo dia de reunião da ICG começou com a celebração da Santa Missa, na intenção do pai de Grace Escobia, de Filipinas, falecido há poucos dias.

Já com a presença da leiga Grace, que se juntou ao grupo, um dos assuntos tratados hoje foi a importante ferramenta de comunicação, a

internet. O convidado especial foi o irmão Roberto Garcia, da Espanha. Ele nos informou que atualmente, a Família Dehoniana pode ser encontrada nas diversas partes do mundo e em qualquer língua, com apenas um clic. Foi enriquecedora sua orientação do uso dos websites, facebooks e links. Comunicação que servirá para compartilhar reflexões para, e da família dehoniana.

A partir dos esclarecimentos do irmão Roberto, pensou-se em criar um facebook da família dehoniana para pequenas publicações da ICG e demais membros, com um link em anexo para publicação de documentos.

Além disso, pensamos num programa de trabalho para os próximos 3 (três anos). Entre os pontos principais foram: estimular a realização de encontros continentais; durante esses encontros, promover a eleição de coordenações continentais, a criação de um fundo, para que se possa assumir despesas futuras; organizar a assembleia eletiva da nova ICG (International Coordination Group), em maio de 2017 e promover uma assembleia na África.

Nosso último dia de reunião foi dedicado à montagem da assembleia de 2017, definindo os objetivos, número de participantes, questões financeiras e eleição da futura coordenação. Também ficou definido que a consagrada Silvia Bertozzi e a leiga Grace Escobia participarão do Capítulo Geral, que ocorrerá no período de 17 de maio a 07 de junho de 2015.

Concluídos os trabalhos do Grupo de Coordenação Internacional – ICG, padre Cláudio Weber agradeceu o empenho do grupo e dá por encerrada a reunião.

Abraço a todos, Ida Coelho, LD.

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Revisão de obras da BSP

Introdução

No dia 08/12/2014 (cf. E&L 73) reuniu-se a Comissão da Revisão de Obras da Província BSP. Na ocasião foi pedido ao superior provincial que fornecesse informação relativa a algumas das obras que entraram na discussão capitular e sobre as quais a Comissão

deveria informar, opinar e orientar.Retomo, portanto, algumas das informações partilhadas ao longo do III Capítulo Ordinário da

Província Brasil São Paulo (Lavras/MG, 01 a 05/09/2014).

1. Algumas realidades particulares

a) CongoHouve quem pedisse maior presença nossa no Congo. O certo é que a realidade congolesa

não demanda novo aporte de missionários estrangeiros. Poder-se-ia, sim, considerar a hipótese de maior intercâmbio, uma vez que de longa data Fratres congoleses estudam teologia conosco.

b) Salvador/BA, Caxias/MA e Vitória/ESEm diversas oportunidades estas dioceses apareceram como destinos recomendados para nossa

Província. As duas primeiras encontram nos confrades Dom Murilo Krieger e Dom Vilsom Basso cordiais apelos. Mas eles são temporários e a necessidade de ajuda às Igrejas locais não é premente. Além disso, teríamos mais confrades ou comunidades isoladas.

O argumento de assumir paróquia no Espírito Santo para fortalecer o Setor do Rio de Janeiro é um equívoco, uma vez que a distância não é irrelevante.

c) Noroeste do ParanáNas discussões sobre nossa eventual saída do PR, sugeriu-se confiar aquelas paróquias à Província

BRM. Também para nossa província-irmã as distâncias não diminuiriam nem as necessidades daquelas Dioceses aumentariam. Além do mais, há que levar em conta que a manutenção do Seminário São Judas Tadeu de Terra Boa/PR teve importância considerável para a então BM não assumir todo o PR, quando da separação das duas Províncias.

d) Assumir novas obras sem deixar nenhuma das atuaisÉ quase consenso de que devemos assumir nova missão, preferivelmente em Óbidos, na Amazônia,

e qualificar melhor as comunidades onde permaneceremos. Alguns opinam que isso deva acontecer sem que devamos deixar obras atualmente sob nossos cuidados. Diante do nosso atual quadro de religiosos e com as perspectivas vocacionais da próxima década isso é totalmente inviável.

e) Unir duas Paróquias do MTPropõe-se unir a Paróquia São Pedro (Novo Horizonte do Norte/MT) e a de Nossa Senhora dos

Navegantes (Porto dos Gaúchos/MT). Esta possibilidade até que poderia soar convidativa para nós, mas pouco viável para a Diocese de Sinop e totalmente impossível para as duas paróquias em questão.

2. Pode ficar confrade sozinho na Missão Oriental?A Missão Oriental é realidade de todo peculiar na Congregação. É uma das missões internacionais

sob direta responsabilidade do governo geral. Os integrantes da Obra são, propositalmente, de Entidades diferentes e, por ora, não se pensa em outro brasileiro. Aliás, não dispomos de muitos confrades com as características exigidas para comunidades do gênero.

Deslocar nossos confrades das Filipinas para a nova Missão? Tal decisão não é da nossa competência e não está no horizonte da administração geral. A propósito, os brasileiros optaram pelas Filipinas e, pelo que me consta, não gostariam de sair. Além disso, a Região PHI necessita deles.

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Revisão de obras da BSP

3. Canadá e Itália, por quê?

É de todos sabido que com a ida de P. Willyans Prado Rapozo para Toronto/Canadá e de P. Silvio José do Nascimento para Trento/Itália “perdemos” duas forças qualificadas. Contudo, se agora “perdemos” no futuro “ganharemos”. Não estamos nos “descapitalizando”... Ambos foram para ajudar com pastoral competente, por alguns anos, nas respectivas províncias. As mesmas Entidades onde hoje evangelizam, oferecer-lhes-ão especialização de mestrado teológico para que, retornados ao Brasil, exerçam o magistério acadêmico na Faculdade Dehoniana. Este é o compromisso assumido com as referidas Províncias.

Claro está que a performance humana, religiosa e pastoral dos dois confrades é de tal envergadura que já convenceu os confrades canadenses e italianos a solicitar mais brasileiros. Além disso, há padre, diácono e fratres da BSP que já se dispuseram (e até pediram) para missionar naquelas Obras. Eis um elemento novo que a Província, sob a coordenação do novo governo provincial e com a assessoria da comissão de revisão das obras, deverá encarar.

4. Clareza de critérios

Insistência generalizada antes e durante o Capítulo é que haja critérios claros para saber como proceder: o que deixar e o que assumir?

Pessoalmente penso que já tínhamos alguns critérios, e outros poderíamos ter discernido nas próprias sessões capitulares. Como não raro acontece, porém, não quisemos nos comprometer e assumir a responsabilidade da decisão.

Eis, aqui, alguns critérios já consolidados:1. Ordinariamente, nenhum religioso esteja só (situações extraordinárias, tanto de confrade quanto

da necessidade de Diocese podem, porém, exigi-lo temporariamente);2. Nenhuma comunidade esteja isolada (com isso, não para Salvador/BA, Vitória/ES, Caxias/MA);3. Em novas regiões, como Amazônia (Óbidos?), ao menos duas comunidades de pelo menos três

confrades, cada;4. Recomendações do Governo Geral, após a visita do Superior e Conselheiro Gerais:

preferencialmente, assumir paróquias urbanas, de periferia, às rurais.

P. Mariano,scj.

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Profissão religiosa em Barretos

Inspirados por um lema muito caro a nós Dehonianos: “Tu nos atraíste para amar e reparar” (Cf Is

56,12 e Jo 12, 32) os Fratres: Antônio Carlos, Arlyson Ernesto, Bruno, Dalmon Luiz, Fábio Júnior, Guilherme César, Jeferson Pereira, Leonardo da Silva, Maicon Santana, Vando e Welliton Costa, fizeram sua consagração religiosa pela profissão pública dos votos de castidade, pobreza e obediência na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus.

A celebração eucarística da profissão religiosa aconteceu no dia 15 de janeiro de 2015, na Matriz São João Batista em Barretos – SP, presidiu a celebração Pe. Mariano Weizenmann (Superior da Província Brasil São Paulo), concelebraram os Padres: Carlos Alberto da Costa e Silva (Superior da Província Brasil Recife), Ronilton Souza de Araujo (Superior do Distrito Brasil São Luís), o Pároco Antonio Kopitski e outros padres amigos dos professos de 2015. Estavam presentes também os parentes dos professos, bem como os amigos provenientes de diversas cidades do Brasil. Também estavam presentes religiosos, seminaristas e alguns jovens que já se encontravam na cidade para a 2ª etapa da MDJ.

A Celebração Eucarística foi bela, solene e emocionante. As leituras escolhidas mostravam a Deus como o autor de toda a vocação, ou melhor, o responsável por escolher algumas pessoas para reparar os males que ameaçam a vida. O rito de profissão foi conduzido pelos 3 superiores, sendo que, cada qual, acolheu os votos dos fratres de suas respectivas províncias e distrito.

Nesse ano da vida consagrada, nossa Congregação se alegra por esses rapazes que consagraram suas vidas a fim de viverem à semelhança de Cristo. Agora, de um modo especial para os fratres da Província BSP e Distrito BSL, inicia-se tempo da missão (o tirocínio). A missão é exigente! Exige desapego, empenho e como religiosos devem ser sinais da existência de Deus na sociedade, e, para isto é preciso ir ao povo, como sabiamente nos disse nosso Fundador Pe Dehon. E assim como nos dizia o poeta ”sou de cada povo um pouco e hoje a terra inteira é o meu lugar”. Boa missão aos novos Fratres do Sagrado Coração de Jesus.

Fr. Túlio Marcos, scj.

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Especialização em Gestão Religiosa Paroquial

Aconteceu do dia 15 a 23 de janeiro o segundo módulo do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Gestão Religiosa e Paroquial para aperfeiçoar as formas de gestão religiosa e paroquial; profissionalizar as práticas de gestão; atualizar juridicamente os gestores

religiosos e paroquiais e favorecer o intercâmbio entre os agentes da gestão religiosa e paroquial.O segundo módulo abordou disciplinas pertinentes ao campo administrativo, jurídico e religioso.

O professor Andre Luiz Freitas Guimarães ministrou a disciplina de Gerenciamento de Projetos cuja carga horária foi de 10 horas. A disciplina pretendeu apresentar conhecimentos, habilidades e técnicas utilizadas na iniciação, planejamento, execução, controle e encerramento de um projeto.

O segundo professor a atuar foi o professor José Rodrigo Várzea Cursino que trabalhou a disciplina de Direito Civil Brasileiro com a carga horária de 10 horas. O conteúdo desta disciplina se propõe a oferecer ao gestor religioso noções Gerais de Direito Civil e suas interferências na vida da instituição. Analisar os tipos de contratos, pois isso é a fonte de percepção do gestor. Exemplificar e determinar quais são os tipos de relações pertinentes ao âmbito civil. Identificar o direito particular e o público. Aprofundar e atentar para as questões processuais cíveis (danos morais, execuções, vendas e compras). Apresentar noções gerais sobre licitações de compras e serviços e sobre o Direito do Consumidor.

A terceira professora a contribuir com o curso foi a professora Adriana Cintra Carvalho, apresentando a temática de Metodologia para Elaboração de Artigo Científico com a carga horária de 14 horas, sendo que neste módulo ela ministrou somente 10 horas para que as 4 horas restantes sejam utilizadas no último módulo. As informações apresentadas nesta disciplina visam proporcionar ao estudante as condições para a confecção de artigo científico segundo as orientações institucionais e os órgãos de fomento a pesquisa em vista do desenvolvimento de habilidades e competências quanto à redação, a pesquisa e a socialização.

O quarto professor a marcar presença no curso foi o professor Everton dos Santos Carvalho, diretor da Faculdade Dehoniana, que apresentou os conteúdos pertinentes à administração dos bens temporais segundo o Código de Direito Canônico com a carga horária de 10 horas.

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Especialização em Gestão Religiosa ParoquialA disciplina procura atentar para o fato de que quando falamos em gestão religiosa, o conhecimento

da norma canônica e sua ressonância no que se refere à administração dos bens eclesiásticos é essencial para uma harmoniosa gestão, sobretudo, se considerarmos que, se tratando de bens da Igreja, existe uma primazia da norma canônica sobre a civil, que não pode ser invertida. Claro que as técnicas de gestão são essenciais para uma maior clareza e eficiência dos processos, o que ajudam na própria missão da Igreja. Contudo, a Igreja como comunidade peculiar possui em sua base valores referências que repercutem na própria administração e gestão eclesial, que não podem ser esquecidos, sem prejuízo das finalidades próprias da mesma Igreja.

O professor Cleber Sanches ministrou a quinta disciplina cujo conteúdo aborda refere-se aos Elementos Éticos da Gestão Religiosa com carga horária de 10 horas. Esta disciplina evidencia que todo processo de gestão é embasado por uma série de valores que norteiam e delimitam o modus operandi de empresas e instituições. No que concerne a Igreja tais referenciais se tornam absolutos, uma vez que a ética cristã exige uma grande atenção ao primado da pessoa sobre o fazer, o que exige de agentes e administradores uma constante vigilância sobre atos e procedimentos. Tal disciplina visa especificamente tornar claro estes valores referenciais no cotidiano do gestor eclesial.

A professora Tereza Pinto Vieira ministrou a sexta disciplina cujo conteúdo aborda os Conceitos, Funções e Ética da Contabilidade com carga horária de 10 horas. Esta disciplina apresenta um conteúdo bem complicado e difícil de ser assimilado, pois conscientizar o aluno acerca de sua responsabilidade enquanto profissional de atividade contábil, bem como o dever de observância dos preceitos ético-profissionais não é uma missão muito simples. Capacitar o estudante para exercer sua atividade profissional, compromissado com os princípios éticos que orientam a pratica contábil, demonstrando visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil e aplicação adequada à legislação inerente às funções contábeis se mostra como um elemento importante.

O sétimo professor a contribuir com o curso ministrou duas disciplinas e foi o professor João Carlos Almeida que refletiu com os alunos as disciplinas de Doutrina Social da Igreja e Espiritualidade do Administrador, ambas com a carga horária de 10 horas. A primeira disciplina parte do ponto de vista da gestão eclesial, conhecer e aplicar os princípios do pensamento social da Igreja é essencial, sobretudo, quando temos presente a missão da Igreja e a proposta Evangélica, fontes perenes de qualquer ação dos fiéis. Neste sentido a gestão eclesial deve deixar-se iluminar por estes valores, para não correr os riscos de gerar processos desumanos e insustentáveis do ponto de vista eclesial, social e também pessoal. A segunda disciplina quer mostrar que cada vez mais em nossos dias é colocado em destaque nos processos de gestão, sobretudo de pessoas, a importância de se estar atento a alguns valores referenciais, que são indispensáveis do ponto de vista do administrador, e mais ainda do administrador eclesial, que pressupõe outros tantos valores como comunidade de fé.

O nono e último professor a contribuir com o curso foi o professor José Adalberto Vanzella que refletiu com os alunos sobre a disciplina dos Processos de Gestão e o Cotidiano Pastoral com a carga horária de 10 horas. A disciplina pretende colaborar com o estudante para que o mesmo perceba a interdependência dos processos de gestão com o cotidiano pastoral e o imperativo do Reino de Deus como guia dos trabalhos e o motivo para o cumprimento e a realização das exigências administrativas e contábeis.

Os estudos foram intensos com aulas nos três períodos do dia e por agrupar disciplinas com extenso conteúdo que somaram uma carga horária de 90 horas, contudo, os alunos avaliaram o curso como muito promissor e de fundamental importância para que desempenhe a função de gerir uma entidade religiosa ou paroquial. A turma salientou sobre o ambiente de convivência muito amigável no qual os debates e as provocações enriqueceram o processo de ensino aprendizagem, mesmo que o calor do local foi intenso em alguns momentos, na mesma medida a convivência ajudou a aquecer e a motivar a todos para o desafio de apreender e rever conceitos de gestão.

Padre Daniel Aparecido de Campos, scjCoordenador do Curso de Administração de Empresas

Coordenador do Curso de Pós Graduação em Gestão Religiosa e Paroquial.

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P. Zezinho: teologia e devoção feitas poesia e canção

Cantiga de Sacerdote

Eu não merecia não e ainda não mereçoser divulgador do céu.

Não merecia nem mereço. Reconheço que há milhões muito mais santos do que eu. Mas teu

amor me escolheu!Escondeste o teu tesouro neste cofre que sou

eu. Acontece que de barro eu sou!Sou quebradiço, meu Senhor. Por causa disso

meu Senhor conserta o que eu quebrar.Perdoa se eu errar, corrige se eu falhar, Mas

não me deixes,não me deixes me afastar do teu chamado!

Teu povo sofre meu Senhor. Por causa dele meu Senhor

me inspira o que dizer, me mostra o que fazer.Me ensina como ser, mas não me deixes.

Não me permitas que eu me afaste do seu lado.

Teu povo chora, meu Senhor! Teu povo espera, meu Senhor!

Com medo de viver, às vezes sem saberquerendo e sem querer, mas ele sonha.

Dá-me a graça de sonhar com o teu povo.

http://letras.mus.br/padre-zezinho/cantiga-de-sacerdote/

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Saberes e Sabores de responsa

Hoje, levantei cedo, pensando no que tenho a fazer antes

que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar por que está chovendo... ou agradecer as águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro... ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde... ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria... ou posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter de ir trabalhar... ou agradecer por ter trabalho.Posso sentir tédio com as tarefas da casa... ou agradecer a Deus por ter um

teto para morar. Posso lamentar as decepções com amigos... ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está, na minha frente, esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.

Tudo depende só de mim!

Charles Chaplin(http://www.cpt.com.br/para-refletir/tudo-depende-de-mim).