PUCpara nosso estudo, realizada com mais de 1300 mulheres, organizada pela Rede Mulher Empreendedora...
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PUC RIO
CTCH Centro de Teologia e de Ciências Humanas
Análise do Perfil de Mulheres Empreendedoras
Arrimo de Família.
Greicy Juliana Moreira
Orientador: Emanoel Querette
Trabalho De Conclusão De Curso Apresentado ao Curso de Especialização em Educação Empreendedora, como parte dos Requisitos necessários à obtenção do título de especialista.
Maringá, 19 de Junho de 2017.
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Ficha Catalográfica
CDD: 370
Moreira, Greicy Juliana Análise do perfil de mulheres empreendedoras arrimo de família / Greicy Juliana Moreira ; orientador: Emanoel Querette. – 2017. 41 f. : il. color. ; 30 cm Curso em parceria com o Instituto Gênesis (PUC-Rio), através da plataforma do CCEAD (PUC-Rio). Com o patrocínio do Sebrae em parceria com o MEC. Trabalho de Conclusão de Curso (especialização)–Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Empreendedora, 2017. Inclui bibliografia 1. Educação – TCC. 2. Mulher. 3. Empreendedora. 4. Arrimo de família. I. Querette, Emanoel. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Educação. III. Título.
Greicy Juliana Moreira
Graduou-se em Letras pela UEM (Universidade Estadual de Maringá) em 2007,
especializou-se em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Letras Teoria e
Prática, Educação Especial com Ênfase em Libras, Gestão de Pessoas e
atualmente, faz mestrado em Teoria do Texto e do Discurso, na UEM. Trabalha
como instrutora de Cursos Técnicos – Profissionalizantes e aprendizagem no
Senac Maringá e Senai-CTM.
Agradecimentos
A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.
A minha mãe e meus avós, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.
Ao Senac-Maringá que possibilitou a minha participação no curso.
Ao meu amigo, André Galanti, que por diversas vezes forneceu
informações preciosas sobre sua empresa com o intuito de auxiliar nas realizações
das atividades propostas.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o
meu muito obrigada!
Resumo
Este trabalho teve por objetivo realizar uma pesquisa diagnóstica, por meio de
questionário com mulheres empreendedoras que, não obstante, desempenham o papel de
arrimo de família, ou seja, mantêm a casa financeiramente e são gestoras com excelência.
O objetivo, portanto, foi investigar como essas empreendedoras entendem-se como
profissionais e averiguar as maiores dificuldades apresentadas no contexto profissional x
pessoal. Assim, com o presente estudo foi possível conhecer um pouco sobre o universo
feminino no mundo corporativo, mais especificamente como essas mulheres
empreendedoras entendem-se como profissionais e quais são as maiores dificuldades
encontradas nesse contexto.
Palavras-chave: Mulher - Empreendedora- Arrimo de família
Lista de Ilustrações
Gráfico 1: Tamanho do Empreendimento?-
_____________________________p.21
Gráfico 2: Mantêm a casa financeiramente com recursos da empresa?_______p.23
Gráfico 3: Trabalha aos finais de semana?_____________________________p.23
Gráfico 4: Você estabelece metas?___________________________________p.24
Sumário
Introdução .............................................................................................................. 8
Capítulo 1 ............................................................................................................... 9
1.1 A Mulher no mercado de trabalho .................................................................. 9
1.2 Objetivos ...................................................................................................... 12
Objetivos Específicos ......................................................................................... 12
1.4 Metodologia ................................................................................................ 12
Capítulo 2 ............................................................................................................. 13
2.1 Empreendedorismo ....................................................................................... 13
2.2 Característica comportamentais de pessoas empreendedoras ...................... 15
Capítulo 3 ............................................................................................................. 21
3.1 Observações levantadas ............................................................................. 21
Capítulo final ....................................................................................................... 26
Conclusão ........................................................................................................... 26
Referências bibliográficas ................................................................................... 28
Apêndice ............................................................................................................... 31
8
Introdução
As mulheres, no mundo contemporâneo, conquistaram seus espaços, mas
ainda ganham menos que os homens e são menos valorizadas. Nesse sentido,
enquanto etapa conclusiva da especialização de Educador Empreendedor,
pretendemos, à luz dos aportes teóricos desenvolvidos no decorrer do curso,
apontar sugestões empreendedoras para melhorar a prática profissional dessas
atrizes sociais, que desempenham dupla jornada.
Este trabalho tem como objetivo verificar o papel feminino no mundo
corporativo, mais especificamente de mulheres gestoras e mantenedoras do lar,
ambientadas em contextos socioeconômicos distintos. Nesse sentido, esse estudo é
sempre pertinente, uma vez que as dificuldades encontradas são semelhantes.
Corrobora para a viabilidade desse projeto as conclusões de uma Nota
Técnica: “Mulheres e trabalho: breve análise do período 2004-2014” (IPEA,2016)
a qual ressalta a necessidade de se investigar essa problemática e assim minimizar
os problemas sociais enfrentados por esse universo.
Nesse sentido, a proposta deste trabalho é de grande relevância, uma vez
que averiguar a mulher de múltiplas funções, em grupos sociais distintos,
contribuirá para um melhor entendimento das dificuldades encontradas, além de
apontar sugestões para melhoria da prática profissional e desenvolvimento
pessoal.
Portanto, esse projeto vai ao encontro dos anseios teóricos da
especialização de Educadora Empreendedora, pois ao estudarmos esses processos
e divulgarmos nossa pesquisa, contribuiremos, efetivamente, como interventores
sociais. Ou seja, instrumento político para formulação de ações e políticas
públicas em prol do universo feminino, auxiliando na diminuição das diferenças
de gênero e promovendo melhorias sociais, com destaque para as mulheres que
são arrimos de família, melhorando suas condições de vidas.
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Capítulo 1
O presente capítulo tem como finalidade apresentar informações sobre os
estudos realizados a cerda do papel da mulher no mundo corporativo: ascensão e
participação.
Além disso, apresentar o objetivo geral e específicos dessa pesquisa bem
como a metodologia utilizada.
1.1 A Mulher no mercado de trabalho
O início da mulher no mercado de trabalho deu-se pelo fato de terem que
assumir a posição de gestora do lar quando seus maridos foram para os campos de
guerras.
Posteriormente, com a ascensão do sistema capitalista no século XIX, a
mulher assumiu postos de trabalhos nas fábricas e obteve alguns direitos enquanto
trabalhadoras. No entanto, esses direitos sempre foram inferiores aos recebidos
pelos homens.
O Índice Global de Desigualdade de Gênero, divulgado pelo Fórum
Econômico Mundial, em 2015, o qual examinou as diferenças de oportunidades
para homens e mulheres em 144 países nas áreas de saúde, educação, paridade
econômica e participação política, aponta que o Brasil ficou na rabeira, é 85º
colocado, ou seja, o segundo pior país em ranking de desigualdade salarial entre o
sexo masculino e feminino. No estudo divulgado, também, constatou-se que a
igualdade de gênero, no mundo, só será possível mais ou menos em 2095, “porque
brasileiras têm um desempenho melhor que os brasileiros nos indicadores de
saúde e educação, mas ainda enfrentam acentuada discrepância em
representatividade política e paridade econômica, destaca o relatório” (Fórum
Econômico Mundial (2015).
Levantamentos apontados pelo Ministério do Trabalho revelam que em 10
anos o percentual de participação delas no mercado profissional cresceu quase 4%,
saltando de 40,8% em 2007 para 44% em 2016 (PORTAL BRASIL, 2017)
Mas, é válido ressaltar que um estudo divulgado pela Serasa Experian
apontou que 8% da população feminina do Brasil são empreendedoras e possuem
10
idade média de 44 anos (SERASA, 2015). Além disso, essa pesquisa revela que
elas representam 43% dos proprietários de negócios empreendedores no país,
sendo 72,9% como gestoras de micros e pequenas empresas e 0,2% em empresas
de grande porte. Outro fator relevante exposto é que 52,1% das empresas estão
localizadas na Região Sudeste e em segundo lugar a região Sul com 19%.
Nesse sentido, podemos observar que as mulheres empreendedoras estão
em ascensão em diversos segmentos econômicos como, por exemplo, indústria,
comércio, prestação de serviços, sejam eles formais ou informais.
Mamede (2016) diz que uma pesquisa qualitativa também muito relevante
para nosso estudo, realizada com mais de 1300 mulheres, organizada pela Rede
Mulher Empreendedora e patrocinada pelas empresas Avon, Itaú e Facebook, no
território nacional, revelou o perfil da mulher empreendedora brasileira arrimo,
suas dificuldades profissionais e pessoais. Assim, podemos inferir que o
crescimento da mulher no mercado de trabalho tem favorecido a luta dessa classe
pela igualdade de direitos entre os sexos, pois uma vez que conquistam posições
elevadas no mercado profissional, elas têm mais propriedade para lutar por
posições e salários melhores.
Ela transcendeu, efetivamente, as fronteiras do lar, deixou de exercer
apenas aquela função tradicionalmente atribuídas às mulheres e foi para o
ambiente profissional, porém acumulou jornadas de trabalho: profissional e
familiar.
A Nota Técnica publicada pelo IPEA , em março de 2016, revela que as
mulheres sempre desempenharam e desempenharão excesso de atividades, tanto
no contexto profissional, como no familiar.
Ou seja, mesmo as mulheres de mais alta renda, as sem filhos,
as chefes de domicílio, todas sempre vivenciarão uma dupla
jornada bastante intensa e exaustiva, significativamente
superior àquela experimentada pelos homens nas mesmas
posições (IPEA, 2016, p. 22)
Essa habilidade feminina de desempenhar multitarefas pode ser
exemplificada, no Brasil, pela empreendedora Francisca Rabelo, 45, ex-catadora
de lixo, que virou empresária do ramo de reciclagem, na zona leste de São Paulo,
Itaim Paulista. Serrana (2014), divulgou em uma reportagem que a Sra. Francisca
11
disse para a redação do jornal que a ideia de catar lixo e transformar em renda
familiar, surgiu quando o marido perdeu o emprego e ela, por sua vez, precisou
buscar sustento para a família, virou gestora e mantenedora do lar com renda
oriunda dos reciclados.
Belloni (2015), observa que, no Brasil, essa capacidade feminina é
expressa por Zica, Heloísa Assis, ex-faxineira, gestora e empreendedora, que
desenvolveu um produto para cabelos cacheados, dando origem à marca de
sucesso nacional, Beleza Natural.
Costa (2016), diz que nos Estados Unidos, tem destaque a empresária de
sucesso, Joy Mangano, foi mãe solteira de três filhos, enfrenta jornadas duplas e,
mesmo assim criou um império de televendas. Recentemente teve sua vida
retratada num filme de Hollywood “Joy - o nome do sucesso”, 2015.
Vieira (2016), disserta sobre uma pesquisa realizada pelo IBGE, na qual
aponta outro aspecto relevante é que, além de trabalharem entre e oito e dez horas
diárias, ainda precisam, ao chegar em casa, realizar as atividades domésticas,
funções de mãe, dona de casa e esposa.
Tene (2015), diz que, em Maputo, durante a Conferência Internacional
sobre Igualdade de Género e Empoderamento das Mulheres (CIGEM), co-
organizada pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e a Cooperação Italiana,
foi revelado o fato de a divergência salarial e as jornadas duplas serem apenas
algumas das dificuldades apresentadas nesse contexto, pois há falta de cultura de
gestão de negócios entre mulheres, reflexo da posição social comumente atribuída
a elas.
Assim, muito há que se dizer sobre as desigualdades entre homens e
mulheres neste espaço tão valorizado nas sociedades capitalistas contemporâneas.
E, em especial, muito há que se dizer sobre as desigualdades existentes entre as
próprias mulheres, pois, mesmo que exista um marcador comum que as coloque
em piores condições no espaço do trabalho, a contribuição do feminismo negro,
por exemplo, foi decisiva no processo de fragmentação deste sujeito dito
universal, evidenciando que, para além de algo que une as mulheres, existe muito
que as separa e as hierarquiza e isso, cada vez mais, precisa ser visibilizado e
enfrentado. (IPEA, 2016, p.3).
12
1.2 Objetivos
Investigar o universo feminino da mulher gestora empreendedora e
mantenedora do lar.
1.3 Objetivos Específicos
Averiguar como essas empreendedoras entendem-se como profissionais.
Compreender quais são as maiores dificuldades apresentadas no contexto
profissional x pessoal.
1.4 Metodologia
Este é um projeto qualitativo-interpretativo, pois essa natureza considera o
sujeito como ser histórico e social, desta forma,trabalha no campo dos
significados, dos valores, das crenças e das atitudes (DEMO, 1987). Para tanto,
foram estudadas publicações relacionadas ao tema em questão, com intuito de
contribuir para realização do projeto.
Para compor nosso corpus de análise, convidamos mulheres para
participarem do projeto, a partir das seguintes variáveis:
mulheres, gestoras e mantenedoras do lar financeiramente;
Contextos socioeconômicos distintos;
Espaço territorial: Maringá-Pr;
A técnica utilizada para a coleta de dados foi questionário com questões
abertas e outras de múltipla escolha (apêndice 1), elaboradas na plataforma
Google Forms e enviada via e-mail, durante os meses de maio e junho. Essas
perguntas foram elaboradas a partir dos pressupostos teóricos de Filion (1991) e
além disso, baseamo-nos para realização do roteiro no guia elaborado por Socalshi
(2004) com o intuito de auxiliar pesquisas sobre comportamentos
empreendedores.
13
Nesse sentido, nossa pesquisa buscou responder ao objetivo do projeto:
investigar como essas empreendedoras entendem-se como profissionais e
averiguar as maiores dificuldades apresentadas no contexto profissional x pessoal.
Capítulo 2
Com intuito de corroborar para a o desenvolvimento da pesquisa, na
sequência, será apresentado o referencial de análise e uma revisão da literatura
acerca do empreendedorismo e comportamento empreendedor para analisar o
perfil das mulheres empreendedoras.
2.1 Empreendedorismo
O termo “empreendedor” deriva do dialeto francês e possui valor
semântico para caracterizar pessoas pró-ativas, que gostam de correr riscos,
visionárias e inovadoras, conforme afirma Timmons (1990) “O
empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do
que a revolução industrial foi para o século 20”.
Desde o início da utilização desse termo para classificar profissionais até
os dias atuais existe uma certa confusão, ou seja, proprietários, gerentes e/ou
administradores são confundidos com empreendedores, conforme salienta Joseph
Schumpeter (1949): “O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica
existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas
formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais”.
A respeito das denominações há autores como por exemplo, Filion (1991),
que em seu texto “O planejamento de seu sistema de aprendizagem empresarial”
diz que há diversidade para nomear os tipos de empreendedores. Já Druker
(1998) em seu livro “Inovação e espírito empreendedor” defende um tipo de
empreendedorismo corporativo e outro social.
Nesse sentido, a abertura de um negócio próprio é uma oportunidade rica,
que surge para diversos profissionais, conforme salienta Rosa (2015) “Tudo que
não foi criado pela natureza, de uma rolha de vinho até um avião, surgiu da mente
14
dos empreendedores. Transformar ideias em algo que outras pessoas possam usar
é a essência da atividade empreendedora”.
Assim, muitos são os fatores, que justificam o início de um
empreendimento nesse sentido, como por exemplo, não desejar mais trabalhar
para outras pessoas como colaborador ou até mesmo, porque necessidade
especiais.
Para tanto, é necessário que atitudes empreendedoras estejam vinculadas a
esse projeto, pois assim as chances de um empreendimento de sucesso aumentarão
significativamente.
Os empreendedores são heróis populares do mundo dos
negócios. Fornecem empregos, introduzem inovações e
incentivam o crescimento econômico. Não são simplesmente
provedores de mercadorias ou de serviços, mas fontes de
energia que assumem riscos inerentes em uma economia em
mudança, transformação e crescimento.” (CHIAVENATO,
2005, p. 4)
Segundo teóricos, existe o empreendedor por necessidade, caracterizado
como aquele que teve de desenvolver nova atividade talvez, porque tenha sido
demitido e não consegue mais encontrar emprego no segmento anterior no qual
estava inserido por falta de qualificação, crise financeira, ou mesmo, porque está
impossibilitado fisicamente para continuar desempenhando as atividades
profissionais anteriores, etc. Como exemplo dessa categoria de empreendedores
podemos citar os vendedores ambulantes dos mais diversos produtos e meios,
prestadores de serviços e fabricantes domésticos.
Dornelas faz considerações sobre esse tipo de empreendedor
O empreendedor por necessidade cria o próprio negócio porque
não tem alternativa. Geralmente não tem acesso ao mercado de
trabalho ou foi demitido. Não resta outra opção a não ser
trabalhar por conta própria. Geralmente se envolve em negócios
informais, desenvolvendo tarefas simples, prestando serviços e
conseguindo como resultado pouco retorno financeiro
(DORNELAS, 2014, p.14).
Já, Chiavenato denomina esse exemplo de pessoa empreendedora como
artesão:
15
O empreendedor artesão, em geral, é o mecânico que começa
uma oficina independente, o profissional que trabalha em um
salão de beleza e que abre um novo em outro local para
aproveitar sua experiência profissional e ampliar horizontes. Se
não puder se desenvolver profissional e culturalmente, será
sempre um fornecedor de mão-de-obra ou de trabalho
especializado (CHIAVENATO, 2007, p.11).
Diferente do primeiro, existe o empreendedor por oportunidade conforme
exemplifica o autor
Este tipo de empreendedor tem sido muito comum. É
normalmente uma pessoa que, quando menos esperava, se
deparou com uma oportunidade de negócio e tomou a decisão
de mudar o que fazia na vida para se dedicar ao negócio
próprio. É o caso clássico de quando a oportunidade bate à
porta. É uma pessoa que nunca pensou em ser empreendedor,
que antes de se tornar um via a alternativa de carreira em
grandes empresas como a única possível (DORNELAS, 2014,
p12)
Assim, como foi exposto nos exemplos anteriores, existem quatro
categorias mais citadas: o empreendedor, o intra-empreendedor, o empreendedor
social e o empreendedor do conhecimento.
2.2 Característica comportamentais de pessoas empreendedoras
Estudos apontam que existem três correntes que analisam aspectos do
empreendedorismo: a primeira é na linha econômica, conforme a teoria de
Schumpeter (1997); a segunda na área comportamental, conforme apontam os
estudos de McClelland (1972) e, por último a terceira, no segmento sociológico
defendida por Hofstede (1988) e Weber (1968).
Para compor nossa pesquisa, optamos pela base comportamental, sob os
pressupostos teóricos do psicólogo David McClelland (1972), um dos autores
mais renomados sobre estudos nessa área. Em sua teoria, ele analisa características
comportamentais empreendedoras, ou seja, como manifestam-se ações e atitudes,
além de aspectos criativos e intuitivos em pessoas empreendedoras.
O psicólogo David (1972) salienta que o êxito nos negócios não está
relacionado somente ao desenvolvimento de habilidades nas áreas financeiras, de
produção ou mesmo de marketing. Para ele, esse sucesso depende além de tudo
16
isso, das habilidades atitudinais empreendedoras, que são reveladas pelo
empreendedor por possuir estrutura motivacional que difere das demais pessoas
consideradas não-empreendedoras
Em seus estudos, como por exemplo, o que serviu de base para o Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 1988), com intuito de
capacitar empreendedores, o autor revela a partir dos resultados dessas pesquisas,
que as pessoas empreendedoras utilizam com frequência as Características
Comportamentais Empreendedoras (CCEs) fundamentais e que são organizadas
em grupos de três tipos de necessidades: realização, planejamento e poder.
Os resultados de suas pesquisas revelaram que as pessoas são
motivadas por três tipos de necessidades: a) necessidade de
realização pessoal (nAchievement), o indivíduo tem de testar
seus limites e realizar um bom trabalho. Tem grande
necessidade de feedback, bem como de se sentir realizado; b)
necessidade de autoridade e poder (n-Power), forte
preocupação em exercer o poder sobre os outros, ao apresentar
grande necessidade de ser influente efetivo e de causar
impacto; c) necessidade de afiliação (nAffiliation), estabelecer,
manter, ou restabelecer relações emocionais positivas com
outras pessoas (DIAS, 2012, online)
Allemand (2007), exemplifica que no estudo em questão do McClelland,
dentro da primeira categoria de necessidades, a realização pessoal, revelando-se os
seguintes comportamentos:
Busca de oportunidade e iniciativa:
É pró-ativo, antecipa-se às necessidades;
Procura expandir produtos e serviços para áreas inovadoras;
Enxerga oportunidades para expansão dos negócios.,
Exigência de qualidade e eficiência:
Visualiza maneiras melhores e mais eficazes para realizar atividades;
Supera as expectativas na realização de atividades;
17
Realiza atividades com eficiência e eficácia antes e/ou no prazo
combinado.
Persistência:
Não foge frente aos obstáculo;
Utiliza novas estratégias para resolver obstáculos;
Faz o que for preciso para completar uma tarefa.
Correr riscos calculados:
Avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente;
Procura diminuir os riscos e ter controle dos resultados;
Tem facilidade para correr riscos moderados.
Comprometimento:
Toma para si responsabilidade sobre o cumprimento de metas e resultados
obtidos;
Pratica empatia e auxilia os demais colaboradores para cumprir as
atividades propostas;
Atende com qualidade eficiência
Já na segunda categoria, o conjunto de poder, os comportamentos
revelados, no estudo, segundo exemplos de Allemand (2007) são:
Persuasão e rede de contatos:
Utiliza estratégias de persuasão para consegui o que deseja;
Sabe abstrair o que tem de melhor nas pessoas para atingir o objetivo
necessário;
Mantém relações comerciais e realiza networking;
Independência e autoconfiança:
18
É autônomo para realizar normas;
Sustenta seu ponto de vista mesmo frente a ideias opostas para obter
resultados;
Propaga confiança para realização de atividades difíceis;
Por último, no terceiro grupo, o conjunto do planejamento, os
comportamentos observados, segundo o referido autor são:
Busca de informações:
Busca pessoalmente a alcançar informações de clientes, fornecedores e
concorrentes;
Averigua a fundo maneiras para criação de novos produtos e/ou serviços;
Consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.
Estabelecimento de metas:
Propõe metas e objetivos desafiadores;
Determina metas claras e mensuráveis a longo;
Planejamento e monitoramento sistemático:
Planeja tarefas dividi-as em principais e secundárias com prazos
estabelecidos;
Reavalia os planos com frequência considerando os resultados obtidos e as
mudanças necessárias para chegar ao resultado esperado.
Faz registros planejamentos financeiros.
A partir desses apontamentos, observa que das três características citadas,
a que mais se destaca é a necessidade de realização, isso é o que os movem para
criarem um negócio. Essa característica corrobora para que o indivíduo busque
novos objetivos e que se envolva em atividades desafiadoras. Além disso, afirma
19
que pessoas com essas características são movidas pelo aspecto de mudança e,
consequentemente envolvem-se em situações competitivas e estabelecem metas,
com o intuito de obterem sucesso.
Outro estudo relevante sobre comportamento de empreendedores é de
Miner (1996), que desenvolveu um pesquisa com cem empreendedores, aplicando
testes psicológicos e questionários, que resultaram em uma classificação de quatro
tipos de empreendedores. A partir dos resultados obtidos, defende a existência da
relação direta entre a personalidade do indivíduo e o potencial para o sucesso
empresarial.
Outros pesquisadores nessa área desenvolveram estudos que apontam
como essas característica são manifestadas no público feminino. De acordo com
as observações, esse público tem revelado especificidades, como por exemplo,
comportamento, estereótipos e papéis; desempenho, transição e status; networks,
interações e afiliações; e gênero e comportamento gerencial das mulheres
empreendedoras.
Para Gomes, Santanta e Araújo (2009, p. 14)) “na maioria das vezes, as
publicações exaltam características presumivelmente femininas (sensibilidade,
perseverança, estilo cooperativo, disposição de trabalhar em equipe, etc).
Segundo Boaventura, 2010, p.46 “Independente da nacionalidade, as
empreendedoras apresentam características comuns, como: motivação, atitudes,
comportamentos, emoção, paixão, impulso, inovação, disposição para enfrentar
risco, intuição e racionalidade”.
Para Machado (2002), essas empreendedoras são profissionais exigentes
com elas mesmas e com os demais, sempre em constantes renovação, possuem
energia de sobra para realizarem múltiplas funções.
Corrobora com essas afirmações os dizeres de Goreti sobre a mulher
multitarefada:
A dupla jornada de trabalho não implica que a mulher vá
priorizar o negócio, deixando de lado as atividades ligadas à
vida familiar. Por não conseguir delegar responsabilidades, há
sobrecarga de trabalho e estresse. Este fato não interfere na
relação entre a vida pessoal e a vida profissional porque,
segundo as empreendedoras, isso se deve à capacidade que as
mulheres têm de processar vários assuntos ao mesmo tempo e
20
de desempenhar diferentes papéis simultaneamente
(BOAVENTURA, 2010, p.47).
No entanto, de acordo com a autora elas ainda apresentam culpa pelo
sucesso alcançado profissionalmente, mas mesmo assim buscam realização
pessoal e são autoconfiantes.
A autora exemplifica:
A realização profissional é considerada tão importante pelas
empreendedoras brasileiras quanto sua vida pessoal, incluindo
o relacionamento com os filhos e companheiros, e o tempo que
podem dedicar a si mesmas, segundo o GEM (2007).. Jonathan
(2005) compartilha da mesma opinião ao dizer que as fontes de
satisfação para a mulher empreendedora são enriquecidas com
a sua experiência de trabalho e a dos filhos e com o respeito
próprio, associados ao espaço profissional, familiar e pessoal.
Segundo Jonathan e Silva (2007), os diversos papéis que a
mulher assume têm o efeito de gerar satisfação pessoal e de
produzir qualidade de vida, produzindo transformações em seu
universo (BOAVENTURA, 2010, p.47)
Portanto, com base no referencial teórico apresentado, este trabalho
buscará identificar e analisar as mulheres empreendedoras arrimos de família será
investigar como essas empreendedoras entendem-se como profissionais e
averiguar as maiores dificuldades apresentadas no contexto profissional x pessoal.
21
Capítulo 3
O capítulo a seguir apresenta um resumo das informações concedidas
pelas atrizes sociais, com o intuito de responder as indagações da pesquisa
pautadas nos pressupostos teóricos do capítulo anterior.
3.1 Observações levantadas
Para realização da pesquisa foi utilizado um roteiro com perguntas
semiestruturadas abertas e fechadas, encaminhado, via e-mail, para vinte
empreendedoras, apêndice 1, sobre questões relacionadas ao desempenho e
dificuldades pessoais e profissionais. No entanto, apenas sete responderam a
pesquisa.
Assim, observou-se que mais da metade das entrevistadas possuem
microempresa, como exemplificado no gráfico 1 e também, 57% delas contam
com uma renda acima de dez salários mínimos.
Gráfico 1: Tamanho do Empreendimento?
Fonte: Autor
22
Outro fator relevante é o fato de que o empreendedorismo nos casos
observados se deu 50% por necessidade, em alguns casos para aumentar a renda e
em outros por terem sido dispensadas dos empregos anteriores, conforme salienta
Dornelas (2014), o empreendedor por necessidade não tem outra opção e
desenvolve negócio próprio para ter um retorno financeiro.
De acordo com as discussões sobre empreendedorismo desenvolvidas no
capítulo dois, como por exemplo nas acepções Chiavenato (2005), que chama os
empreendedores de heróis populares do mundo dos negócios, a presente pesquisa,
a partir das respostas das mulheres, apontou que o caminho trilhado para
chegarem onde estão foi árduo e continua sendo, uma vez que manter uma
empresa funcionado não é fácil, segundo elas. Contribuem com esses relatos as
palavras de Seiffert ( 2004), quando diz que a atividade empreendedora é incerta e
afetada por diversos fatores econômicos e sociais.
Foi solicitado que as atrizes sociais apontassem quais eram as suas
características empreendedoras. As características comuns foram: determinação,
persistência, coragem para encarar os desafios, organização e comprimento de
metas. Essas afirmações vão ao encontro dos estudos de Allemand (2007), quando
diz que na categoria de necessidades, a realização pessoal manifesta-se com esses
comportamentos.
Dessa forma, segundo as evidências teóricas e empíricas, podemos
observar que o empreendedorismo, conforme afirma David (1972), não está
relacionado com habilidade financeira, mas sim de atitudes motivadoras expostas
pelo empreendedor.
Foi questionado, quais eram as principais características mais importantes
para administrar o empreendimento. Nas respostas das entrevistadas, as mais
pontadas foram: determinação, comprometimento, visão ampla, decisões rápidas e
pró-atividade. Essas respostas, corroboram com os apontamentos de Boaventura
(2010) quando diz sobre as mais comuns atitudes empreendedoras: persistência,
atitude, inovação e amplo desejo de realização pessoal e profissional.
As mulheres entrevistadas consideram-se bem-sucedidas pessoal e
profissionalmente, porque possuem negócio próprio e conseguem ter estabilidade
financeira. Assim, apresentaram perfil positivo em relação ao seu desempenho
profissional, sentem-se importantes por conseguirem desempenhar as atividades
23
com excelência, são persistentes e pretendem aumentar sua participação no
mercado. Soma-se a isso as afirmações de Dias (2012), quando salienta que nos
estudos realizados, foi apontado a realização pessoal como principal característica
empreendedora, como explicitado nas respostas dessas atrizes sociais.
Além disso, foi questionado como elas analisam o fato de ser mantenedora
do lar. Conforme apontado no gráfico abaixo, 42,9% dessas empreendedoras
afirmaram manter a casa financeiramente com recursos oriundos do seu
empreendimento.
Gráfico 2: Mantêm a casa financeiramente com recursos da empresa?
Fonte: Autor
Nas respostas, elas manifestaram orgulho por conseguir sua independência
financeira, prover o sustento da casa, contudo disseram também ser uma
responsabilidade muito pesada.
No entanto, 71,4% afirmaram trabalhar mais de oito horas por dias, e
ainda, durante os finais de semana, conforme exemplificado no gráfico 3.
Gráfico 3: Trabalha aos finais de semana?
24
Fonte: Autor
Tais afirmações ao de encontro adas revelações de Boaventura (2010),
quando diz que nas suas pesquisas observou a dupla jornada da mulher
empreendedoras, sobrecarga de trabalho e estres.
Isso acontece, porque precisam conciliar as atividades domésticas com as
profissionais, fincando muitas vezes dividas, sem conseguirem priorizar nenhuma
e sentirem-se culpadas por isso, conforme salientaram em suas respostas e
observado por Boaventura (2010), sentem-se culpadas, mas mesmo assim buscam
melhorar e são autoconfiantes.
Podemos inferir, portanto, que existe uma má administração de tempo
comprometendo a vida profissional e a pessoal. Essa informação justifica a
recomendação para que as empreendedoras busquem melhorar suas gestão do
tempo.
Outra iniciativa mencionada por 85,7%, gráfico 4, das empreendedoras foi
o estabelecimento de metas para alcançar os objetivos e que avaliam isso
constantemente com intuito de ter êxito nos negócios. Podemos compreender,
com base nesse percentual, que essas mulheres demonstram atitudes
empreendedoras, pois conforme ressaltado nos estudos de Allemand (2007), no
grupo de planejamento os comportamentos observados são: estabelecimentos de
metas, planejamento e monitoramento das atividades desenvolvidas.
Gráfico 4: Você estabelece metas?
25
Fonte: Autor
Para aumentar a discussão do papel da mulher no mundo corporativo,
perguntamos se elas enxergam preconceito relacionado a mulher na gestão de uma
empresa. Nas respostas, foi apontado o machismo e assédio moral, porém
afirmaram ser menos do que em outros momentos históricos, e ainda, a grande
maioria não disse enfrentar problemas maiores por conta disso.
No entanto, uma apontou dificuldades encontradas, enquanto mulher, para
gerir os negócios, relacionadas ao machismo no mundo corporativo. Não ficou,
portanto, evidente a partir das respostas o porquê das demais não terem
manifestado tais dificuldades. Elas realmente existem? Por que isso foi
manifestado apenas por uma? Nesse sentido, essas indagações são pertinentes para
uma próxima pesquisa.
Outra pergunta importante feita foi: “ Uma mulher no poder tem que ter
uma postura diferente de um homem na mesma posição? Comente! “. Elas
disseram, que ao assumir o poder não podem demonstrar fraquezas, precisam agir
com razão e demonstrar objetividade, não podendo deixar-se intimidar.
Assim, a partir desses levantamentos, podemos inferir que existem fatores
diversos que contribuíram para que essas mulheres se tornassem empreendedoras
e desempenharem multiplicidade de funções, como por exemplo, situação
socioeconômica, ou seja, existe a necessidade de trabalhar para sustentar a família,
ou mesmo, por uma questão de posição social, ser aceita como profissional de
destaque no mercado.
Como podemos constatar, ao confrontarmos as acepções dos estudiosos
sobre o comportamento empreendedor, mais especificamente sobre o
26
comportamento da mulher empreendedora, e as respostas das entrevistadas,
podemos inferir que os apontamentos das pesquisas deles estão bastante presentes
nas respostas das nossas entrevistadas: são empreendedoras por necessidade,
mantenedoras financeiras do lar, multitarefadas com jornadas excessivas de
trabalho, contudo sentem-se orgulhosas por participarem ativamente do mundo
corporativo e conseguirem administrar o lar.
Capítulo final
Conclusão
Assim, com o presente estudo foi possível conhecer um pouco sobre o
universo feminino no mundo corporativo, mais especificamente como essas
mulheres empreendedoras entendem-se como profissionais e quais são as maiores
dificuldades encontradas nesse contexto.
Dessa forma, ficou evidente que elas conseguem realizar diversas funções,
e desempenham com excelência, no entanto, sempre atribuladas, correndo prá lá e
prá cá, sem muito planejamento de distribuição de tempo para execução dessas
atividades.
Assim com intuito de auxiliá-las, sugere-se que seja feito um
planejamento de vida e carreira, no qual conseguirão visualizar em qual aspecto
estão dispensando mais tempo e qual precisam dar maior atenção.
Somado a esses fatores, conforme os dados fornecidos pelo IPEA (2016),
estamos longe de conseguir igualdade de gênero, por isso, faz-se necessário que
mais pesquisas sejam realizadas, divulgadas para que consigamos avançar nesse
quesito e melhorar o desempenho e produtividade da mulher empreendedora.
Por fim, podemos inferir que o estudo em questão contribuiu com
informações preciosas para os demais estudos sobre o empreendedorismo e
comportamento feminino no ambiente corporativo, ampliando as discussões sobre
27
o assunto, ou seja, entendendo melhor esse universo e contribuindo com a
divulgação da pesquisa para que sejam avançados os estudos nessa área.
É importante salientar ainda que, as mulheres são vítimas de discursos que
as apontam como super mulheres, que conseguem desenvolver várias atividades
ao mesmo tempo, porém não fazem nada para minimizar essas dificuldades.
Assim, pretendemos à luz dessa pesquisa contribuir significativamente para que
haja mudança de visão sobre o papel da mulher na sociedade
Além disso, o curso proporcionou conhecimentos, os quais possibilitaram
uma melhora na prática profissional, uma vez que, os conteúdos estudados sobre
empreendedorismo e planejamento de negócios vão ao encontro das unidades
curriculares desenvolvidas nos cursos de gestão do Senac e Senai, locais onde
desempenho atividades profissionais.
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