PATOLOGIADESEMENTE Fernando Taváres...
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PATOLOGIADE SEMENTE
laudelino Carneiro Leite*Fernando Taváres Fernandes*Ronaldo de,Oliveira Feldmann~~
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SEf..ENTE
~consti tuída do embrião, endosperma ~ tegumento.
O embrião ou este mais o endosperma ocupam a maior parte do vo-lume da semente enquanto o tegumen'to experimenta cons.í.der'ave L reduçao apartir da sua origem.
A micrópila pode permanecer com o poro fechado ou ser obs ~uída.O funículo, todo ou em parte sofre abscisão deixando uma cicatriz, o hilo,considerado como a parte da semente mais permeável à água. Em óvulos an~-tropos, parte do funículo permanece reconhecível como uma linha saliente,rafe, em uma face da sernente ,
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OBJETIVOS
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riotes,
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O objetivo da patologia de semente é determinar o es~ sani tá..:t' -
das sementes, por amostragem, e fornecer informações a respeito dos 10possibili t:: n:Jo uma comparação entre os diferentes Lo te s,
A'patologia de s~mente é importante porque:
a) Os patágenos transportados pelas ssmentes podem se consti tuir nafase inicial do desenvolvimento de uma doença no campo, caUSêl'l-do perdas eco nÔmicas •
b) ,Sementes importadas podem, introduzir doenças em novas regiõesportantó, na quarentena e no Serviço de certificcção de sementeinternacional, faz-se necessário o conhecimento de patologia desemente.
* Pesquisadores do Centro N:1cional de Pesquisa de Milho e Sorgo - Fi topa-tologia.
** Pesquisador do Centro NEl'cional de Pesquisa de Milho e Sorgo - Tecrolo-gia de Semerrte , '
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c) N:l fase de desenvolvimento da plântula, a patologia de sementepOde.elucidar as r~usas da baixa germinação e problemas de de-f)~m~o:Lvimento na carnpo; suplementarido as testes de pureza e ~~._minação da tecnologia de .semente. --:J .-
Alguns conceitos de Pa tologia de Semente:- Sanidade de sementE: Refere-se, principalmente. a presença ou
ausência de"organismos causadores de doenças, tais cama: funga,bactéria, vírus e nematóides, mas podem enva1ver as insetos edistúrbios fisiológicas cama deficiência de nutrientes.Incubação: ~ a manutenção das sementes em condições favoráveisde desenvolvimento dos patágenos ou sintomas.Tratamento: Qualquer processei física ou químiCO, que a late desemente é submetida •
.:Pre-trdtamento: Vem a ser qualquer tratamento .físico ou químiconas amostras de trabalha, antes da incubação, visando facilitaros testes.
- Amostra de trabalho: ~ uma quantidade representativa, da lote desemente, necessária para a realização do t.este. Ú número de se-mente a ser.amostrada, dependerá da método, a ser utilizado, eda rigor a desejar. Comumente são utilizadas 400 semen~s.
a..ASSES DE SEMENlES .
a} ~~lente genétiLd: a produzida sob a responsabilidade e a con-trole direto do melhorador de plantas e mantitla dentro de Suascaracterísticas de pureza genética; ~
b] Semente básica: a 'resultante da multiplicação da semelite genéti.... ~....iY -ca ou básica, realizada de forma a garantir sua identidade e pur-eza g~nética, sob a r-esponsabí.Lí.daoe da entidade que a crio~. ,ou a introduziu;
c) Semente registrada: a resultante da multiplicação da semente ge~tiCã, básica ou registrada, pr'oduz.í da em campa específiCa, d;acorda com as normas estabelecidas pela entid6.de certificadora; .
d) Semente certificada: a resultante da multiplicação de semente básica, registrada ou certificada, produzida em cc..mpoespecífico~de acorda com as normas estabelecidas pela entidade certificadara,
IDENTIFICAÇÃO E REGISTRO DOS PATÓGENOS
De acorda com as regras da ISTA pela menos 400 sementes devem
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ser examinadas nos tes tes "Standart'" tanto "agar tes t" como"blotter ms til.Patégenos e alguns saprófitos de cada semente tem que ser identificados eregistrados dentro de um espaço de tempo razoavelmente curto. Para um sa-tisfatório treinamento, necessário torna-se o conhecimento dos relevantescaracteres diferenciais entre es tas organismos. Para alcançar esta perí -cia, treinamento e experiência prática devem ser suportadas por pesquisasquanto as características para' diagnose, e suas variações, sob diferentescordições de ro tina. •
O principio para anotações em "agar test" é cr exame macroscópi-co das colônias dos patágenos. ~m analista experiente, familiarizado coma~ caracte~ísticas do fungo presente em certa espécie de semente, pode i-dentificar e anotar as colônias a olho nu, examinando os dois lados dasplacas (inferior e superior). Porém às vezes surgem problemas nes te. tes te,porque as colônias emergem de sementes que usualmente possuem um COmplexode fungos que podem mascarar e inibir outros.
O IIblotter test" é uma combiração de "in vi tra" e "in vivo". Oregistro é feito comauxí Lí.o de um microscópio estereoscópio dotado dezoom, observando-se os fungos "i t si tu" na sua hospedeira sob condição decrescimento. Este é o grande mérito do "bJ:otter test".
A essencial base de regi·stro no blotter test, é a identificaçãorápida dos hábi tos caracaterísticos a cada espécie e as características ~xibidas tais como:forma, comprimento, .arranjo dos corrírtí.os no coní crí.óf'or-o,sep taçao ; cor, f:.Jrmação de cadeias, tamanho dos ccrrí dí.os , e í.cv ; aparênciada massa de esporos, características do micélio, densidade, cor, et~.
PRINCIPAI9 lESTES UTILIZADOS
a) Blotter test
O Blotter test descr-í.to inicialmente por J. DE TEMPE(1963) uti-lizou como recipiente para incubação bandeja de zinco e recomendava tam-bém, a utilização bandejas de alumínio ou pLas t.í co de'lO' x 25 em; sem tam.,'
., -pa, nas quais colocava-se o papel de filtro umedecido, sobre a qual eram d~po~itadas as sementes, separ~das entre si de pelo menos 2 em e em seguidacolocadas em um incubador com temperatura controlada e t:~.to teor de umidade. Após o período de incubàção as sementes e plântulas eram examirada;'quanto a sintom~s'ou presença de microorganismos, com o auxílio de microscópia esteroscópico ou microscópio.
O .8lotter test é um dos métodos mais utilizado em labora tário dePatologia de semente, por fornecer dados da viabilida.de da semente e da patogenicidade de grande número, de fungos. O método apresenta uma série d;adaptações de acordo com as condições locais.'
Adaptações de Blotter test:
a.l. Blotter test: Os papéis de filtro são umedecidos e coloca-dos nos recipientes fechados (rormalmente., placas de Petri
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,de plástico ~e 9,5' em de diÔmetro), mantendo assim alto umidade; a dist~cia entre as sementes no minirno de 2 cm,periodo de incubação de 4 - 20 dias, de acordo com o pat-ª
. geno, temper,a_turae _~spé.cis,_em estudo e temper,atura de 10,~ 30 2C. Normalme~te:, se utiliza a lâmpada fluorescente o40 em da semente, com um regime de luz alternada de 12 h~
, r -ras, mas visando um est~mulo naesporulaçao e de algunsfungos, pode-se' substituir a luz fluorescente pela luz ne- , -gra, LEACH 1971. A identificaçao no final e feita visual-mente ou com o auxilio de microscópio es~erosçópico ou p~1a observação de esporas em microscópio. Pode ser utilizado para a observação da maioria dos fungos patogênicos d;
'soja, ~i1ho, feijão, trigo, arroz, etc •••a.2. 2 - 4 - O - BloJçter method: A metodologi~ é a mesma do teste
,anterior (a.i), apenas substituímos a água utilizada: parao umedecimento do papel de filtro, por uma solução o, êJ/o cesal de sódio:de ácido 2,4 - diclorofenoxocético (2 - 4 - O),visando a inibição da germinação da semente, com um riscomenor de mascaramento dos resultados pela contaminação deuma semente sadia pela seménte d~ente do lado. Este testeé \.ltilizadopara identificação de: Alternaria brassicae;Phoma Ungan; Rhizo'atoni-a soZa~i; rlhet~eUne~ ;;Zel1ótio-mon; pa tóqenos do milho, etc.
n.3. Dgep - freezing Blotter method: A metodologia é a mesma doBlotter test (a.l), apenas exige um pré.:...tratamentoantesda incubação propriamente dita, a temperatura desejada.E~te método, basicamente, possue o mesmo princípio de func!onamento de 2-4-O-81otter method onde dif~re apenas noprocesso utilizado na inibição J neste o processo é físicoe no outro químico. De acordo com a espécie e o pe tóqenoem estudo escolheremos o método. O Oeep-freezing 810tterme tbod é bastante utiÚzado' para identificação dos patóge 'nos das crucff'er-as ,
a.4. Papel de filtro 810tter method: Este método consiste emutil.izar um papel de filtro de 44 x 34 em, anteriormenteumedecido com água, sobre a qual deposi to·-se 50 sementes,com ou sem pré-tratamento, o qual é enroledo e incubado c.202C a uma umidade de 95-l0ry/o no escuro. As observaçõessão realizadas 7 dias após, a olho nu ou com o auxílio dede microscópio esteroscópico e microscópio. ~ bastante u-tilizado para a detecção da antracnose do feijoeiro, Cau-saqa pelo fungo CoZZetotrichum Zindemuthianum.
b) Método com Agar
De acordo com T. LI!-10NAAO(1968) quando se utiliza método'Com agar as sementes são colocadas em Nutrientes Agar (co~umente batatadextrose agar BOA ou extrato Malte agar. MA), em placas de Petri.
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Nbrmalmente faz-se o pró-tratamento da semente com hipoclóritode sódio 0,5'/0 ou lia durante 10 ou 5 mi"nutos respectivamente, para elimi-nàr OS saprofitüs aderidos a semente, e então-, incuba-se a semente em di-ferentGs condições de acordo com os objetivos do teste. Procura-se utili-zar as placas de plástico, quando ae utiliza a luz negra, 'por serem transp~rentes a esta luz.
, O objetivo do teste é induzir o desenvolvimento, dos patógenos,facilitando assim a sua identificação que poderá ser feita a olho nu atr~vós das características da colônia ou com o auxílio de microscópio este -roscópio e microscópio.
Neste método o des~nvolvimento do fungo é rápido, portanto,teremos idéia da sua patogenicidade nem da porcentagem de germinaçãosementes.
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~ bastante utilizado para detecção de' di'ferentes gêneros de'fun-go, como o Eueairium, Drechel.era, Rhi zoctonia, Diplodia3 etc.
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