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  • Gesp.010.01

    INSTITUTO POLITCNICO DA GUARDA

    ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTO

    R E L A T R I O D E E S T G I O

    Patr c ia Sofia Loureiro Apolinrio

    RELATRIO PARA A OBTENO DO DIPLOMA DE ESPECIALIZAO TECNOLGICA

    EM TCNICO ESPECIALISTA DE CONTABILBIDADE

    DEZEMBRO/2011

  • Relatrio de Estgio

    Pgina I Patrcia Apolinrio

    AGRADECIMENTOS

    Os obstculos so grandes e parecem interromper o caminho a ser percorrido

    e s vezes pensamos em desistir. Mas, de repente, uma fora surge e causa a

    volta por cima e a continuao do caminho. Se no desisti deve-se fora e

    apoio incondicional dos meus pais e irm, a eles tenho de agradecer de uma

    forma especial.

    Quero tambm agradecer aos amigos e familiares que sempre tiveram uma

    palavra de incentivo.

    Agradeo minha orientadora no Instituto Politcnico da Guarda (IPG)

    Professora Ester Amorim que me ajudou na realizao do relatrio.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina II Patrcia Apolinrio

    FICHA DE IDENTIFICAO

    IDENTIFICAO DO ALUNO

    Nmero: 1009905

    Nome: Patrcia Sofia Loureiro Apolinrio

    Contacto Telefnico: 925742383

    Endereo eletrnico: [email protected]

    Curso: Curso de Especializao Tecnolgica em Contabilidade(CETC)

    LOCAL DE ESTGIO

    Nome da Empresa: JCCcontabilidade, Lda.

    Morada: Rua Dr. Silvrio de Andrade n20 Vila Nova de Foz Coa

    Contactos telefnicos: 279764211

    Fax: 279764211

    Scios: Carla Couto e Joo Cabral

    ORIENTADOR DE ESTGIO

    Nome: Dra. Ester Amorim

    Instituio: Instituto Politcnico da Guarda (IPG)

    Escola Superior de Tecnologia e Gesto (ESTG)

    SUPERVISOR DA EMPRESA

    Nome: Dra. Carla Couto

    TOC Nmero: 81800

    Contacto Telefnico: 279764211

    Endereo Eletrnico: [email protected]

    REA DE ESTGIO

    Contabilidade

    PERODO DE ESTGIO

    27 de Julho a 6 de Outubro 2011

  • Relatrio de Estgio

    Pgina III Patrcia Apolinrio

    PLANO DE ESTGIO

    A realizao do estgio curricular faz parte da fase final do curso de

    Contabilidade. O estgio curricular baseou-se na rea da Contabilidade,

    nomeadamente aprendizagem relativa forma como se organizam as contas

    nos termos dos planos de contas oficialmente aplicveis, tais como:

    Receo dos documentos contabilsticos;

    Verificao e arquivo dos documentos contabilsticos;

    Classificao de documentos;

    Registo informtico dos documentos;

    Apuramento do IVA e preenchimento da respetiva Declarao;

    Processamento de ordenados e salrios;

    Medidas de controlo interno;

    Operaes fim de exerccio;

    Processo de constituio de uma empresa.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina IV Patrcia Apolinrio

    RESUMO DO TRABALHO DESENVOLVIDO NO ESTGIO

    Durante as 420 horas de estgio na empresa JCCcontabilidade, Lda. participei

    em diversas atividades ligadas ao processo contabilstico que enriquecem o

    trabalho iniciado no curso de especializao tecnolgica (CET) de

    contabilidade ministrado pelo Instituto Politcnico da Guarda (IPG).

    O Estgio Curricular d-nos a oportunidade de conhecer o verdadeiro ambiente

    laboral, aplicar e apreender muitos conhecimentos que sero essenciais no

    futuro para uma melhor integrao no mercado de trabalho.

    A JCCcontabilidade, Lda., ao proporcionar o estgio teve como finalidade

    transmitir uma prespetiva o mais prxima possvel da realidade do mercado de

    trabalho e alargar a viso empresarial da estagiria, fomentar o trabalho em

    equipa, desenvolver hbitos de trabalho e sentido de responsabilidade

    profissional.

    Palavras-chave: Contabilidade; Impostos; Fluxo Documental; Encerramento

    de contas; Constituio de Empresas.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina V Patrcia Apolinrio

    NDICE

    Ficha de Identificao................................................................................... ......... II

    Plano de estgio.......................................................................................................III

    Resumo .............................................................................................................. ....IV

    ndice ............................................................................................................... ....V

    Glossrio de Siglas ............................................................................................ ...VIII

    ndice de Esquemas ................................................................................... ............IX

    ndice de Quadros............................................................................. .......... .............X

    Introduo ................................................................................................................ 1

    Capitulo 1 Empresa de Acolhimento ....................................................................... 2

    1.1 Identificao da entidade onde decorreu o estgio ............................................ 3

    1.2 Breve Historial .................................................................................................... 4

    1.3 Regimes de contabilidade dos clientes .............................................................. 4

    1.3.1 Clientes que dispem de contabilidade organizada ........................................ 4

    1.3.2 Clientes que no dispem de contabilidade no organizada .......................... 4

    Capitulo 2 - Atividades Desenvolvidas ....................................................................... 7

    2.1 Identificao da empresa objeto de estudo ........................................................ 8

    2.2 Receo, separao e arquivo dos documentos ................................................ 9

    2.3 Classificao dos documentos contabilsticos .................................................. 12

    2.3.1 Compras ..................................................................................................... 12

    2.3.2 Vendas ....................................................................................................... 14

    2.3.3 Fornecimento de Servios Externos (FSE) ................................................ 16

  • Relatrio de Estgio

    Pgina VI Patrcia Apolinrio

    2.4 Operaes com o pessoal ................................................................................. 20

    2.4.1 Enquadramento .......................................................................................... 20

    2.4.2 Segurana social ........................................................................................ 21

    2.4.3 Taxas contributivas / Taxa social nica ...................................................... 22

    2.4.4 Processo contabilstico ............................................................................... 22

    2.5 Imposto sobre o Valor Acrescentado................................................................. 25

    2.5.1 Enquadramento .......................................................................................... 25

    2.5.2 Periocidade de entrega da Declarao Peridica do IVA ........................... 27

    2.5.2.1 Periocidade Mensal............................................................................. 27

    2.5.2.2 Periocidade Trimestral ........................................................................ 28

    2.5.3 Regimes de IVA ......................................................................................... 28

    2.5.3.1 Regime Normal ................................................................................... 28

    2.5.3.2 Regimes Especiais.............................................................................. 29

    2.5.3.2.1 Regime Especial de Iseno ....................................................... 29

    2.5.3.2.2 Regime Especial dos pequenos retalhistas ................................. 29

    2.5.4 Apuramento do IVA .................................................................................... 30

    Capitulo 3 Controlo Interno ..................................................................................... 35

    3.1 Definio ........................................................................................................... 36

    3.1.1 Conferncia de saldos clientes e fornecedores .......................................... 36

    3.1.2 Mapa de depreciaes e amortizaes ...................................................... 37

    3.1.3 Reconciliao Bancria .................................................................................. 38

    Capitulo 4 Encerramento de Contas ....................................................................... 39

    4.1 Enquadramento ................................................................................................. 40

  • Relatrio de Estgio

    Pgina VII Patrcia Apolinrio

    4.2 Operaes para encerramento de contas ......................................................... 41

    4.2.1 Regularizao de contas ............................................................................ 41

    4.2.1.1 Preparao para encerramento de contas .......................................... 41

    4.3 Sistemas de Inventrio ...................................................................................... 42

    4.3.1 Sistema de Inventrio Permanente (SIP) ................................................... 42

    4.3.2 Sistema de Inventrio Intermitente (SII) ..................................................... 43

    4.4 Balancete Rectificado ........................................................................................ 43

    4.5 Apuramento de Resultados ............................................................................... 43

    4.6 Balancete Final .................................................................................................. 44

    4.7 Demonstrao Financeiras ................................................................................ 45

    4.7.1 Balano ...................................................................................................... 45

    4.7.2 Demonstrao de Resultados .................................................................... 45

    Concluso ............................................................................................................... 47

    Bibliografia ............................................................................................................... 48

    ndice de Anexos ..................................................................................................... 49

    Anexos .................................................................................................................... 50

  • Relatrio de Estgio

    Pgina VIII Patrcia Apolinrio

    GLOSSRIO DE SIGLAS

    B.I - Bilhete de Identidade

    CAE - Classificao das Atividades Econmicas

    CETC- Curso de Especializao Tecnolgica em Contabilidade

    CFE - Centro de Formalidades das Empresas

    CIRC - Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

    CIRS - Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

    CIVA - Cdigo do Imposto de Valor Acrescentado

    CSC - Cdigo Sociedades Comerciais

    EIRL Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada

    ENH - Empresa na Hora

    FSE - Fornecimento de Servios Externos

    IDITC- Instituto de Desenvolvimento Inspeo das Condies de Trabalho

    IES - Informao Empresarial Simplificada

    IRC - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

    IRN - Instituto dos Registos e Notariado

    IVA- Imposto sobre o Valor Acrescentado

    NIF - Nmero de Identificao Fiscal

    RAI - Resultado Antes de Imposto

    RNCP - Registo Nacional de Pessoas Coletivas

    SNC - Sistema de Normalizao Contabilstica

    TOC - Tcnico Oficial de Contas

    TSU - Taxa Social nica

  • Relatrio de Estgio

    Pgina IX Patrcia Apolinrio

    NDICE DE ESQUEMAS

    Esquema 1 - Apuramento do IVA ............................................................................ 32

  • Relatrio de Estgio

    Pgina X Patrcia Apolinrio

    NDICE DE QUADROS

    Quadro 1 - Contabilizao de uma compra ............................................................. 13

    Quadro 2 - Contabilizao do pagamento de um recibo ......................................... 14

    Quadro 3 - Contabilizao de uma venda ............................................................... 15

    Quadro 4 - Contabilizao do recebimento de um recibo........................................ 15

    Quadro 5 -Contabilizao de uma fatura da PT ...................................................... 16

    Quadro 6-Contabilizao do pagamento da fatura da EDP..................................... 17

    Quadro 7-Contabilizao do pagamento de consumo de gua............................... 17

    Quadro 8-Contabilizao do pagamento de combustvel ........................................ 19

    Quadro 9-Contabilizao do pagamento da renda .................................................. 20

    Quadro 10-Contabilizao do pagamento do IRS da renda .................................... 20

    Quadro 11-Taxas segurana social ......................................................................... 22

    Quadro 12- Processamento de ordenados e salrios ............................................. 24

    Quadro 13-Contabilizaao do pagamento dos ordenados e salrios ...................... 25

    Quadro 14-Contabilizao do pagamento segurana social ................................ 25

    Quadro 15-Contabilizao de retenes na fonte ................................................... 25

    Quadro 16-Contabilizao para apuramento do IVA ............................................... 33

    Quadro 17-Contabilizao do apuramento de resultados ....................................... 44

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 1 Patrcia Apolinrio

    INTRODUO

    O presente relatrio tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas

    durante o estgio curricular realizado no gabinete de contabilidade pertencente

    aos scios Carla Couto e Joo Cabral, cuja denominao social

    JCCcontabilidade, Lda. Teve a durao de 420h e decorreu no perodo 27 de

    Julho a 6 de Outubro de 2011.

    A realizao do estgio a fase final do Curso de Especializao Tecnolgica

    (CET) de Tcnico Especialista de Contabilidade (TEC) do Instituto Politcnico

    da Guarda (IPG) na Escola Superior de Tecnologia e Gesto (ESTG).

    Enquadra-se no mbito da rea contabilstica e pretende dar continuidade aos

    conhecimentos adquiridos nas disciplinas de Contabilidade Financeira I e II,

    Fiscalidade e Anlise Financeira.

    O relatrio est estruturado da seguinte forma:

    O primeiro captulo visa apresentar a empresa onde foi realizado o estgio.

    No segundo captulo descrevem-se as atividades desenvolvidas, com a

    exemplificao da classificao de documentos nas diversas reas do estgio.

    o Imposto Sobre o Valor Acrescentado.

    No terceiro captulo, faz-se uma breve referncia prtica de controlo interno

    adotado pelo gabinete.

    No quarto captulo refere-se s operaes de fim de exerccio e elaborao

    de demonstraes financeiras. Por ltimo, o quinto captulo, faz-se a descrio

    do processo de criao de uma empresa, e os vrios tipos de sociedade.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 2 Patrcia Apolinrio

    CAPTULO 1

    EMPRESA DE ACOLHIMENTO

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 3 Patrcia Apolinrio

    1.1. IDENTIFICAO DA ENTIDADE ONDE DECORREU O ESTGIO

    Denominao Social: JCCcontabilidade, Lda.

    Nmero de Identificao: 507265521

    Classificao de Atividade Econmica (CAE): 69200, Actividades de

    contabilidade e auditoria; consultoria fiscal.

    Capital Social: 5 000

    Nmero de Trabalhadores: Cinco (um gerente e quatro colaboradores

    efetivos, trs dos quais so Tcnicos Oficiais de Contas).

    Sede Social: Rua Dr. Silvrio Andrade - Vila Nova de Foz Coa

    Horrio de Funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira

    09:00h - 13:00h

    14:00h - 18:00h

    Telefone: 279764211

    Telemvel: 918611475

    Fax: 279764211

    E-mail: [email protected]

    Incio de Atividade: 14-02-2005

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 4 Patrcia Apolinrio

    1.2. BREVE HISTORIAL

    Joo Carlos Cabral iniciou a sua atividade por conta prpria em 2006

    comeando por constituir uma empresa em nome individual JCC. Passado 2

    anos, devido ao aumento do volume de negcios, alterou a denominao

    jurdica da empresa e passou a ter a denominao social JCC, Unip, Lda..

    Denominao Unipessoal, por ser o Joo Cabral o nico scio da empresa. Em

    2009, constitui sociedade com uma funcionria Carla Couto, passando a

    denominar-se JCCcontabilidade, Lda. O capital social encontra-se distribudo

    em quotas iguais pelos dois scios.

    A empresa tem como atividade prestao de servios contabilsticos e de

    fiscalidade.

    1.3- REGIMES DE CONTABILIDADE DOS CLIENTES

    A empresa trabalha com vrios tipos de clientes, ou seja com clientes que so

    sujeitos passivos de contabilidade organizada, e clientes individuais com

    contabilidade no organizada e tambm com o pblico em geral no caso de

    preenchimento da declarao de Imposto de rendimentos de pessoa singular

    (IRS).

    1.3.1. Clientes que dispem de Contabilidade Organizada

    Neste momento, a maioria dos clientes so abrangidos pelo regime de

    contabilidade organizada.

    De acordo com o artigo 11 do Decreto-Lei 158/2009 de 13 de junho:

    1 - As entidades sujeitas ao SNC so obrigadas a apresentar as

    seguintes demonstraes financeiras:

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 5 Patrcia Apolinrio

    a) Balano;

    b) Demonstrao dos Resultados por naturezas;

    c) Demonstrao das alteraes no capital prprio;

    d) Demonstrao dos fluxos de caixa pelo mtodo directo;

    e) Anexo.

    Por outro lado os sujeitos passivos do Imposto sobre os Rendimentos de

    Pessoas Colectivas (IRC) que preencham os requisitos do n1 do artigo 115 e

    do n1 do artigo 123, do cdigo do IRC (CIRC), ficam tambm estes obrigados

    a possuir contabilidade organizada, a saber:

    1- As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as

    empresa pblicas e as demais entidades que exeram, a ttulo principal, uma

    actividade comercial, industrial ou agrcola, com sede ou direco efectiva

    em territrio portugus, bem como as entidades que, embora no tendo

    sede nem direco efectiva naquele territrio, a possuam estabelecimento

    estvel, so obrigadas a dispor de contabilidade organizada nos termos da

    lei comercial e fiscal que, alm dos requisitos indicados no n3 do artigo 17,

    permite o controlo do lucro tributvel.

    Tambm o Cdigo do Imposto sobre o rendimento de Pessoas Singulares

    (CIRS), aprovado pelo decreto-Lei n 442/88, de 30 de Novembro, prev que

    para alm dos sujeitos passivos referidos anteriormente so tambm obrigados

    a dispor de contabilidade organizada todos aqueles que preencham os

    requisitos referidos no n1 do artigo 117 do CIRS, o que implica que alguns

    empresrios em nome individual estejam obrigados a dispor tambm deste tipo

    de contabilidade.

    1- Os titulares de rendimentos da categoria B que no estejam abrangidos

    pelo regime simplificado de tributao so obrigados a dispor de

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 6 Patrcia Apolinrio

    contabilidade organizada, nos termos da lei comercial e fiscal, que permita o

    controlo do rendimento apurado.

    2- Aos sujeitos passivos referidos no nmero anterior aplicvel o disposto no

    artigo 115 do (CIRC).

    Os clientes que possuem contabilidade organizada devem entregar uma

    declarao de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) mensal ou trimestral,

    dependendo da periodicidade de imposto a que esto sujeitos, relativa s

    operaes efectuadas no exerccio da sua actividade.

    1.3.2. Clientes que no dispem de Contabilidade

    Organizada

    Neste tipo de regime, esto englobadas as entidades que no so obrigadas

    por lei a desenvolver os procedimentos implementados nas empresas com

    contabilidade organizada, para efeitos de IRC e IRS mas que no entanto

    liquidam e deduzem IVA.

    Neste tipo de contabilidade, os documentos so organizados por livros de

    registo, como refere expressamente o n1 do artigo 50 do Cdigo do Imposto

    sobre o Valor Acrescentado (CIVA).

    Os sujeitos passivos que no possuem contabilidade organizada devem, ainda,

    respeitar o n 3 do mesmo artigo:

    Os sujeitos passivos que, no sendo obrigados a possuir contabilidade

    organizada para efeitos do IRS ou IRC, possuam, no entanto, um sistema de

    contabilidade que satisfaa os requisitos adequados ao correcto apuramento e

    fiscalizao do imposto podem no utilizar os livros referidos no n1, aplicando-

    se aos referidos sujeitos passivos todas as normas constantes do presente

    Cdigo relativas queles que possuem contabilidade organizada para efeitos

    dos impostos sobre os rendimentos, sem prejuzo de poderem beneficiar do

    regime especial de iseno, desde que preenchidas as demais condies

    previstas no artigo 53.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 7 Patrcia Apolinrio

    CAPTULO 2

    ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 8 Patrcia Apolinrio

    2.1. IDENTIFICAO DA EMPRESA OBJETO DE ESTUDO

    De entre os clientes da empresa recetora do estgio destaca-se uma empresa

    que vai, de este ponto em diante, servir de referencial aplicao dos

    procedimentos contabilsticos que suportam a realizao deste relatrio, para

    assim exemplificar as atividades desenvolvidas durante o estgio.

    A escolha desta empresa deve-se ao facto de ser uma das empresas com que

    mais trabalhei durante o perodo de estgio e dispor de elementos que me

    permite cumprir com o plano definido para estgio.

    A empresa, de denominao fictcia Agricolas&Florestais, unipessoal Lda tem

    como atividade a prestao de servios agrcolas e florestais e venda de

    plantas ornamentais. A Agricolas&Florestais,unipessoal Lda., uma empresa

    com contabilidade organizada e trata-se de uma Sociedade Unipessoal por

    Quotas.

    A Agricolas&Florestais, unipessoal Lda. enquadra-se no regime normal de IVA

    com periodicidade trimestral e utiliza o Sistema de Inventrio Intermitente (SII)

    para os inventrios. Outros dados relevantes da empresa que condicionam o

    seu enquadramento so os seguintes:

    Denominao social: Agricolas&Florestais, unipessoal Lda.

    Estrutura jurdica: Sociedade por quotas

    Pessoa coletiva: 502951605

    Capital social: 100.000,00.

    N de trabalhadores: 3

    Data de incio de atividade: 12-01-1993

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 9 Patrcia Apolinrio

    2.2. RECEO, SEPARAO E ARQUIVO DOS

    DOCUMENTOS

    Antes de iniciar qualquer tarefa relacionada com o estgio, foi-me explicado

    como funcionava a empresa, quais os mtodos de trabalho e quais os servios

    prestados, bem como o mtodo da organizao dos documentos. O processo

    de organizao dos documentos muito importante uma vez possibilita maior

    eficcia nas futuras consultas.

    A receo dos documentos a primeira fase para o processamento da

    informao contabilstica de uma entidade/empresa. A organizao dos

    documentos consiste numa das tarefas mais importantes da contabilidade, uma

    vez que quanto maior for a organizao dos documentos mais fcil ser

    encontr-los, sempre que seja necessrio.

    Na empresa os documentos entregues so ordenados por ordem decrescente

    de data, ou seja, do mais antigo para o mais recente e separados por tipo de

    documentos.

    A ltima fase a de arquivo de documentos, os quais so guardados nas

    respetivos pastas de arquivo sendo estas devidamente identificados com o

    nome no dirio, respetivo ms e ano a que os documentos dizem respeito.

    Na empresa, os documentos so separados conforme a sua natureza, pelos

    seguintes dossiers:

    Dossier de documentos contabilsticos;

    Dossier de documentos oficiais;

    Dossier fiscal.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 10 Patrcia Apolinrio

    Dossier de Documentos Contabilsticos

    A maioria dos documentos pertence ao dossier de documentos contabilsticos e

    so separados conforme o gnero de documento (compras, gastos com

    pessoal, letras, bancos, despesas, rendimentos e diversos), atendendo data

    de cada um. A separao o incio do processo, uma vez que atravs deste

    que toda a atividade contabilstica se desenvolve e que se procede

    contabilizao.

    Do dossier dos documentos contabilsticos, da empresa em anlise, fazem

    parte os seguintes dirios:

    a) Dirio de Bancos

    Este dirio contm pagamentos efetuados por bancos, juros, encargos

    bancrios e depsitos. Normalmente a empresa anexa qual foi a forma de

    pagamento (dinheiro, cheque, transferncia ou por multibanco) no respetivo

    recibo ou fatura/recibo de modo a facilitar posteriormente os respetivos

    lanamentos de pagamento e reconciliaes bancrias.

    b) Dirio de Vendas

    Este dirio contm faturas, vendas a dinheiro e recibos, efetuados pela

    empresa durante o respetivo ms, com uma numerao sequencial do mais

    antigo para o mais recente.

    c) Dirio de Compras

    Aqui encontram-se todos os documentos de compras que a empresa tenha

    efetuado e que estejam relacionados diretamente com a atividade da empresa.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 11 Patrcia Apolinrio

    d) Dirio de Diversos

    Este dirio contm uma folha, o processamento de salrios e os respetivos

    recibos, IVA enviadas durante o ano.

    e) Dirio de Despesas

    Inclui todos os documentos que representem gastos para a empresa e que

    estejam diretamente relacionados com a atividade da empresa, isto , produtos

    destinados ao consumo, tais como a gua, internet e telecomunicaes, renda,

    luz, seguros, etc.

    Dossier de Documentos Oficiais

    Este dossier engloba todos os documentos que fazem parte da empresa e que

    no se contabilizam como, por exemplo, constituio da empresa, declarao

    de incio de atividade entregue repartio das Finanas, a inscrio da

    empresa e dos trabalhadores na Segurana Social, os documentos

    identificadores da empresa dos scios, os contratos de outras entidades, e

    outros dados importantes como o caso dos documentos de inscrio do

    IDICT (Instituto de Desenvolvimento Inspeo das Condies de Trabalho).

    Dossier Fiscal

    Neste dossier constam os documentos que digam respeito ao encerramento do

    ano; nomeadamente, balancetes, balanos, demonstrao de resultados,

    anexos, relatrio de gesto, Modelo 22 do IRC, declarao anual, inventrio,

    listagem de ativos fixos tangveis e atas.

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    Pgina 12 Patrcia Apolinrio

    2.3. CLASSIFICAO DOS DOCUMENTOS

    CONTABILSTICOS

    Aps a separao dos documentos, procede-se sua classificao Este

    processo requer um enorme rigor, concentrao e responsabilidade por parte

    de quem o faz, uma vez que esta consiste em registar no documento interno ou

    no prprio documento o contedo dos documentos relevantes para a

    contabilidade, isto , as respetivas contas e valores a creditar e a debitar tendo

    em ateno as datas dos mesmos e tendo o cuidado de no os duplicar.

    A classificao dos documentos respeita o Plano de contas doSistema de

    Normalizao Contabilstica (SNC) adaptado e ajustado empresa/cliente.

    Considerando como contabilsticos apenas aqueles que se enquadram no n5

    do artigo 36 do CIVA.

    O Plano de Contas da Agricolas&Florestais, Lda, obedece s regras do SNC,

    pelo que todas as classificaes enunciadas neste captulo tero tambm que

    respeitar o estabelecido pelo SNC.

    Para uma melhor compreenso deste subcaptulo, irei seguidamente

    apresentar a classificao de alguns documentos.

    2.3.1. Compras

    Na classe 3 - Inventrios, lanam-se apenas os bens que se encontram

    relacionados, diretamente, com a atividade da empresa, isto , aqueles que se

    destinam a ser vendidos ou a ser transformados. Ao lanarem-se as Compras,

    debita-se uma subconta da conta 31 - Compras pelo valor presente na fatura

    sem o valor do IVA, ao mesmo tempo debita-se tambm a conta 2432 IVA

    dedutvel e credtia-se a conta 22/12.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 13 Patrcia Apolinrio

    Como a Agricolas&Florestais, Lda utiliza o Sistema de Inventrio Intermitente,

    por no ultrapassar dois dos trs limites do artigo 262 do CSC, no

    utilizaremos a conta 32, pois esta conta s ser movimentada no final do ano,

    onde se far o respetivo ajustamento.

    De acordo com o artigo 262 do CSC.

    a)Total do balano: 1 500 000 euros;

    b) Total das vendas lquidas e outros proveitos: 3 000 000 euros;

    c) Nmero de trabalhadores empregados em mdia durante o exerccio: 50.

    Fatura de Mercadorias

    O registo de uma compra de mercadorias efetua-se da seguinte maneira:

    debitam-se a conta de compra de mercadoria pelo valor de custo (conta

    31111), e a respetiva conta do IVA dedutvel taxa reduzida de 6% (2432111),

    e credita-se a conta fornecedores gerais (2211001) pelo valor total da fatura,

    como mostra o Quadro 1.

    Quadro 1 Contabilizao de uma compra

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Compra de

    mercadoria

    31111 2 855,00

    2432111 171,30

    2211001 3 026,30

    Fonte: Anexo 1

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 14 Patrcia Apolinrio

    Contabilizao Pagamento de uma Fatura

    Quando do registo de um recibo, debita-se a conta de fornecedores gerais

    (2211002) e credita-se a conta de caixa/depsitos bancrios (111/121),

    conforme for o meio de pagamento, como mostra o Quadro 2.

    Quadro 2 Contabilizao de uma fatura

    Fonte: Anexo 2

    2.3.2. Vendas

    semelhana do que acontece com os fornecedores, tambm para cada

    cliente criada uma subconta especfica da conta 21 Clientes Gerais, do

    Plano de Contas, para assim se ter a informao de todos os movimentos que

    se realiza com cada um deles. A conta 21 Clientes Gerais regista as relaes

    da empresa com os que lhe compram mercadorias, produtos e/ou servios,

    pelo que ser debitada.

    A sua subdiviso respeita, tal como a acontece na conta 22 Fornecedores

    Gerais, uma forma sequencial de acordo com a data em que se torna cliente da

    empresa.

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Fatura

    2211002 111/121 1648,37

    782 158,77

    221002 10807,14

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 15 Patrcia Apolinrio

    As subcontas da 71 Vendas, que em contrapartida de uma subconta da conta

    21, so creditadas, devem evidenciar o valor das vendas que no forem isentas

    de IVA com uma divisria para cada uma das taxas aplicveis. Ao mesmo

    tempo credita-se tambm a conta 24.3.3 IVA liquidado seguido da respetiva

    subconta.

    O registo de uma venda de mercadorias efetua-se da seguinte maneira: debita-

    se a conta de clientes gerais (2111001) pelo valor total da fatura e creditam-se

    as contas vendas (71111) sem valor do IVA e a conta IVA liquidado taxa

    reduzida de 6% (2433111).

    No Quadro 3 apresenta-se a contabilizao de uma Venda

    Quadro 3 Contabilizao de uma Venda

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Venda de

    mercadoria

    71111 6 000,00

    2433111 360,00

    2111001 6 360,00

    Fonte: Anexo 3

    Recebimento de uma Fatura

    Quando do registo de um recibo, credita-se a conta de clientes gerais

    (2111001) e debita-se a conta de caixa/depsitos bancrios (111/121),

    conforme for o meio de pagamento, como mostra o Quadro 4.

    Quadro 4 Contabilizao do recebimento de um recibo

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Recibo da Empresa 111/121 2111001 6 360,00

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 16 Patrcia Apolinrio

    2.3.3. Fornecimento de Servios Externos (FSE)

    A conta Fornecimento e Servios Externos consiste numa conta da classe 6

    Gastos, que englobam despesas que a empresa suporta.

    Comunicao

    O Quadro 5 apresenta a contabilizao de uma fatura de comunicao da

    OPTIMUS, onde se credita a conta 27.8 Outros devedores e credores pelo

    valor total da fatura visto que s no ms seguinte se proceder ao pagamento

    efetivo da mesma. Em contrapartida debitam-se os valores nas contas

    referentes ao gasto incorrido e o respetivo IVA dedutvel taxa normal de 23%.

    Quadro 5 Contabilizao de uma fatura da OPTIMUS

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Fatura de

    comunicao

    626 220,57

    2432331 50,73

    278 271,30

    278 111 271,30

    Fonte: Anexo 4

    No Quadro 6 pode-se ver a contabilizao que ir ser feita aquando do

    pagamento desta mesma fatura.

    Eletricidade

    No que diz respeito contabilizao da despesa de eletricidade debita-se a

    conta de FSE referente eletricidade taxa reduzida de 6% (62411) e a conta

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 17 Patrcia Apolinrio

    do IVA dedutvel taxa reduzida de 6% de bens e servios (2432311) por

    contrapartida da conta depsitos ordem (121), dado a cobrana ser por

    dbito direto.

    No Quadro 7 pode-se ver a contabilizao do pagamento da fatura relativo ao

    consumo da eletricidade.

    Quadro 6 Contabilizao do pagamento da fatura da EDP

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Fatura de eletricidade

    62411 42,04

    2432311 2,52

    121 44,56

    Fonte: Anexo 5

    Clculos Auxiliares:

    44,56 / 1,06 = 42,04 (Valor do gasto)

    44,56 42,04 = 2,52 (valor do imposto)

    gua

    debitada a conta FSE referente ao consumo de gua (62431) e a conta do

    IVA dedutvel taxa reduzida de 6% (2432311) por contrapartida credita-se a

    conta depsitos ordem (121), dado a cobrana ser por dbito direto (Quadro

    8).

    Quadro 7 Contabilizao do pagamento consumo de gua

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Fatura de gua 62431 6.25

    2432311 0,27

    121 6,52

    Fonte: Anexo 6

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 18 Patrcia Apolinrio

    Combustvel

    O IVA suportado na aquisio de combustveis, de acordo com o disposto na

    alnea b) do n 1 do art. 21 do CIVA, pode ser:

    Totalmente dedutvel;

    Parcialmente dedutvel;

    Sem qualquer direito a deduo.

    b) Despesas respeitantes a combustveis normalmente utilizveis em

    viaturas automveis, com exceo das aquisies de gasleo, de gases

    de petrleo liquefeitos (GPL), gs natural e biocombustveis, cujo

    imposto dedutvel na proporo de 50 %, a menos que se trate dos

    bens a seguir indicados, caso em que o imposto relativo aos consumos

    de gasleo, GPL, gs natural e biocombustveis totalmente dedutvel:

    (Redao do DL n. 102/2008, de 20/6).

    Assim, conclui-se que a classificao vai depender do tipo de veculo que

    estamos a tratar. Pelo que o IVA contido nas despesas que respeitem a

    combustveis utilizveis em veculos pesados de passageiros, os veculos

    licenciados para transportes pblicos, excetuando-se os rent-a-car, as

    mquinas consumidoras de gasleo, GPL, gs natural ou biocombustveis, que

    no sejam veculos matriculados, os tratores com emprego exclusivo ou

    predominante na realizao de operaes culturais inerentes atividade

    agrcola e os veculos de transporte de mercadorias com peso superior a

    3500kg, so totalmente dedutveis. Para os restantes veculos o imposto

    includo nas despesas de Gasleo dedutvel na proporo de 50%, segundo

    a alnea b) do n.1, do artigo 21. do CIVA e, por outro lado as despesas com

    gasolina no conferem direito deduo.

    O Quadro 9 explica a contabilizao de uma venda a dinheiro de combustvel,

    onde se ir debitar uma subconta da conta 62 FSE referente a gasleo

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 19 Patrcia Apolinrio

    utilizado em viaturas ligeiras de mercadorias (6242222) e uma subconta da

    conta 24.3.2 IVA dedutvel taxa normal de bens e servios 23% referente

    aos 50% dedutveis neste caso (2432339). Em contrapartida creditar-se- a

    conta de depsitos bancrios (121) uma vez que se efetuou logo o pagamento.

    Quadro 8 Contabilizao do pagamento de combustvel

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Venda a Dinheiro

    de combustvel

    6242222 526,00

    2432339 60,50

    121 647,00

    6242221 60,50

    Fonte: Anexo 7

    Clculos Auxiliares:

    647,00 / 1,23 = 526,00

    647,00 526,00 = 121,00 / 2 = 60,50 (valor do imposto 50%)

    Rendas e Alugueres

    O Quadro 10 explica a contabilizao do gasto relativo renda, onde se ir

    debitar uma subconta da conta 62 FSE referente a rendas e alugueres

    (62131) e credita-se a conta de retenes na fonte do imposto de rendimento

    predial de 20%, de acordo com a legislao em vigor (24241) e a conta

    depsitos bancrios (121), uma vez que o pagamento foi feito por transferncia

    bancria.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 20 Patrcia Apolinrio

    Quadro 9 Contabilizao do pagamento da renda

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Recibo de

    arrendamento

    626131 797,93

    24241 113,00

    121 684,93

    Fonte: Anexo 8

    Aquando do pagamento do imposto debita-se a conta de retenes na fonte do

    IRS (24241) e credita-se a conta depsitos bancrios (121), conforme

    representado no Quadro 11. Data limite de pagamento do IRS das prediais

    dia 20 do ms seguinte.

    Quadro 10 Contabilizao do pagamento do IRS da renda

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Recibo do pagamento

    IRS prediais

    24241 121 113,00

    Fonte: Anexo 9

    2.4. OPERAES COM O PESSOAL

    2.4.1. Enquadramento

    O processamento salarial passa por 4 etapas que so elas a recolha de

    informao sobre os funcionrios/rgo social, o processamento dos salrios e

    encargos, a contabilizao e o pagamento efetivo de salrios.

    Na empresa Agricolas&Florestais, Lda existe um Dossier de Pessoal, onde se

    encontra toda a informao acerca dos dados pessoais dos colaboradores de

    cada uma das empresas clientes. Essa mesma informao depois introduzida

    no programa Software Sage Portugal.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 21 Patrcia Apolinrio

    Neste tipo de tarefa o executor tem de estar sempre atualizado, quer a nvel da

    legislao, quer a nvel da situao profissional e pessoal do trabalhador/rgo

    social.

    Quando um colaborador admitido pela empresa cliente, procede-se

    respetiva introduo dos dados no programa informtico. Por outro lado,

    quando ocorre uma demisso de um colaborador retiram-se os seus dados

    deste mesmo programa de forma a no serem confundidos atuais

    colaboradores e ex-colaboradores.

    Para se proceder ao processamento salarial, necessrio ter em ateno

    alguns aspetos, tais como:

    Subsdios de frias ou de Natal;

    Baixas mdicas;

    Ausncias ou faltas do trabalhador;

    Subsdio de alimentao;

    Ajudas de custo e transportes;

    Outras remuneraes adicionais, como so os prmios ou bnus

    e outras prestaes de carter mensal;

    Outras situaes relevantes para o respetivo processamento

    (estado civil, nmero de dependentes, grau de deficincia, etc).

    Com esta informao organizada (Anexo11), no final de cada ms introduz-se

    no respetivo programa os dados referentes ao ms de trabalho. Caso no

    exista nenhum erro, emitem-se os recibos.

    2.4.2. Segurana Social

    Aps o processamento de salrios, vem o respetivo preenchimento da

    declarao de remuneraes para se enviar Segurana Social (Anexo 11).

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 22 Patrcia Apolinrio

    Os valores constantes nesta declarao, obtm-se atravs do saldo da conta

    2452 Taxa Social nica Pessoal, constante no Balancete de cada ms.

    A declarao enviada atravs do site da Segurana Social (www.seg-

    social.pt).

    2.4.3. Taxas Contributivas / Taxa Social nica

    As taxas aplicveis, durante o perodo de estgio, para a posterior entrega

    Segurana Social foram as seguintes:

    Quadro 11 Taxas de Segurana Social

    TIPO ENTIDADE EMPREGADORA TRABALHADOR GLOBAL

    Trabalhadores gerais 23,75% 11% 34,75%

    Orgos sociais 20,30% 9,30% 29,60%

    Fonte: Adaptado do site da Segurana Social em dezembro de 2011

    Quando uma empresa/entidade tem a seu cargo um trabalhador que esteja

    inscrito como primeiro emprego, a entidade patronal poder no tem encargos

    com a taxa social nica (TSU), uma vez que pode beneficiar do apoio criao

    de novos postos de trabalho.

    2.4.4. Processamento Contabilstico

    Ao nvel contabilstico, os gastos com salrio e/ou ordenados so um custo

    para a empresa, sendo os mesmos contabilizados na conta 63 Gastos com o

    pessoal.

    A contabilizao deste tipo de gasto processa-se mediante trs fases de

    classificao:

    Processamento de Ordenados e/ou Salrios;

    Processamento de Encargos;

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 23 Patrcia Apolinrio

    Pagamento das Remuneraes e Encargos.

    A reteno na fonte do imposto de IRS avaliada tendo em conta os

    vencimentos e a situao do agregado familiar. O respetivo valor das taxas

    aplicveis tem origem nas tabelas de reteno na fonte em vigor de 2011.

    No anexo 11 encontra-se a classificao dos rgos Sociais e do Pessoal.

    Como os empregados ganham acima do salrio mnimo nacional esto sujeitos

    a reteno de IRS.

    Atravs do programa Sage 50 o gabinete de contabilidade faz o

    processamento de ordenados dos clientes.

    Segundo o n. 3 do artigo 98 do CIRS, o pagamento da TSU do trabalhador e

    da entidade efetuado at ao dia 20 do ms seguinte a que diz respeito o

    pagamento dos ordenados/remuneraes, ou at diz 20 do ms seguinte ao de

    reteno no caso de IRS retido.

    De seguida, tendo em conta os dados de um funcionrio da empresa

    (Gerente), efetuar-se- os clculos para o respetivo processamento de salrio.

    Vencimento = 1 500,00

    Subsdio de alimentao = 132,00

    Valor Ilquido = 1 500,00 + 132,00 = 1 632,00

    IRS = 1 500,00 x 13% = 195,00

    SS = 1 500,00 x 9,30% = 139,50

    Total dos descontos = 139,50 + 195,00 = 334,50

    Valor Lquido = 1 632,00 334,50 = 1 297,50

    Encargos da Entidade Patronal = 1 500,00 x 20,30% = 304,50

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 24 Patrcia Apolinrio

    Os valores calculados anteriormente encontram-se englobados no Quadro 13,

    que diz respeito ao processamento global do ms de maio (Anexo 10).

    Quadro 12 Processamento de Ordenados e Salrios

    Trabalhadores 6321 2 994,19

    63223 264,00

    63225 75,00

    632211 100,00 63222 100,00

    2451 359,61 2421 123,00 2312 3 050,58

    6351 245 740,83

    Fonte: Anexo 10

    Neste caso debita-se uma subconta da conta 631 Remunerao dos rgos

    Sociais, pelo valor do vencimento base dos rgos sociais e uma subconta da

    conta 632 Remuneraes do pessoal, pelo valor do vencimento base dos

    trabalhadores. De seguida, debita-se uma subdiviso da conta 63.1

    Remunerao dos rgos Sociais ou 632 Remuneraes do pessoal, que

    diga respeito ao subsdio de alimentao, subsdio de Frias e Natal. Depois

    debita-se a conta 635 Encargos sobre Remuneraes, que consiste em

    calcular sobre o vencimento a TSU, quer a que o pessoal suporta e a da

    entidade patronal. Em contrapartida ir-se- creditar uma subconta especifica da

    conta 24.2 Reteno de Imposto sobre o Rendimento, pelo valor da reteno,

    a conta 24.5 Contribuies para a Segurana Social, que engloba o valor,

    quer o que colaborador desconta para a Segurana Social, quer os encargos

    patronais e, para terminar, credita-se a subconta especifica da conta 23.1

    Descrio Dbito Crdito Valor

    rgos Sociais 6311 1 500,00 63223 132,00

    2451 139,50 2421 195,00 2311 1 297,50

    6351 245 304,50

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 25 Patrcia Apolinrio

    Remuneraes a pagar, com o valor das remuneraes lquidas a pagar aos

    rgos sociais e trabalhadores.

    Quando se efetua o pagamento aos rgos sociais e trabalhadores (Quadro

    14), Segurana Social (Quadro 15) e ao Ministrio das Finanas (Quadro 16),

    saldam-se as subcontas especficas das contas 23 - Pessoal (2311 e 2312) e

    24 Estado e Outros Entes Pblicos, utilizadas anteriormente em contrapartida

    credita-se a conta de depsitos ordem (121).

    Quadro 13 Contabilizao do pagamento dos ordenados e salrios

    Descrio Dbito Crdito Valor rgos Sociais Trabalhadores

    2311 2312

    121 121

    1 297,50 3 050,58

    Fonte: Anexo 10

    Quadro 14 Contabilizao do pagamento Segurana Social

    Fonte: Anexo 11

    Quadro 15 Contabilizao das Retenes na Fonte

    Fonte: Anexo 12

    2.5. IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

    2.5.1. Enquadramento

    O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) um imposto indireto sobre o

    consumo, plurifsico (incide sobre todas as fases do circuito econmico,

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Pagamento SS 245 121 1 444,54

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Pagamento IRS 2421 121 318,00

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 26 Patrcia Apolinrio

    independentemente da sua extenso), proporcional e de pagamentos

    fracionados.

    Segundo n1 do artigo 1 do Cdigo do IVA, esto sujeitas a imposto sobre o

    valor acrescentado:

    a) As transmisses de bens e as prestaes de servios efectuadas no

    territrio nacional, a ttulo oneroso, por um sujeito passivo agindo como

    tal;

    b) As importaes de bens;

    c) As operaes intracomunitrias efectuadas no territrio nacional, tal

    como so definidas e reguladas no Regime do IVA nas Transaces

    Intracomunitrias (RITI).

    De acordo com o n 1 do artigo 2 do Cdigo do IVA:

    1- So sujeitos passivos do imposto:

    a) As pessoas singulares ou colectivas que, de um modo independente e

    com carcter de habitualidade, exeram actividades de produo,

    comrcio ou prestao de servios, incluindo as actividades

    extractivas, agrcolas e as das profisses livres, e, bem assim, as que,

    do mesmo modo independente, pratiquem uma s operao tributvel,

    desde que essa operao seja conexa com o exerccio das referidas

    actividades, onde quer que este ocorra, ou quando,

    independentemente dessa conexo, tal operao preencha os

    pressupostos de incidncia real do imposto sobre o rendimento das

    pessoas singulares (IRS) ou do imposto sobre o rendimento das

    pessoas colectivas (IRC);

    b) () Que, segundo a legislao aduaneira, realizem importaes de

    bens;

    c) () Que, em fatura ou documento equivalente, mencionem

    indevidamente IVA;

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 27 Patrcia Apolinrio

    d) () Que efectuem operaes intracomunitrias, nos termos do

    Regime do IVA nas Transaces Intracomunitrias.

    Assim, em Portugal Continental, no ano 2011, o IVA calculado atravs da

    aplicao de trs taxas:

    Taxa reduzida para os bens essenciais de 6% aplicada a

    importaes, transmisses de bens e servios;

    Taxa intermdia de 13% aplicada a importaes, transmisses de

    bens e servios;

    Taxa normal de 23% para as restantes importaes, transmisses

    de bens de prestaes de servios.

    2.5.2. Periodicidade de entrega da Declarao Peridica do IVA

    A Declarao peridica do IVA, poder ser entregue mensalmente, ou poder

    ser entregue trimestralmente.

    2.5.2. 1. Periodicidade Mensal

    Os sujeitos enquadrados neste regime so todos aqueles que no ano civil

    anterior, obtiveram um volume de negcio (Vendas + Prestaes de Servios)

    igual ou superior a 650.000,00, conforme na alnea a), do n1 do art. 41 do

    CIVA.

    A declarao peridica deve ser enviada por transmisso eletrnica de dados

    at ao dia 10 do 2 ms seguinte quele a que respeitam as operaes.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 28 Patrcia Apolinrio

    2.5.2. 2. Periodicidade Trimestral

    Os sujeitos abrangidos por este regime so todos aqueles que no ano civil

    anterior, obtiveram um volume de negcios inferior a 650.000,00, conforme a

    alnea b), do n1 do art. 41 do CIVA.

    A declarao peridica deve ser enviada por transmisso eletrnica de dados

    at ao dia 15 do 2 ms seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as

    operaes.

    A empresa Agricolas&Florestais, Lda. enquadra-se neste regime.

    2.5.3. Regimes de IVA

    O IVA composto por dois regimes diferentes, regime normal e regime

    especial.

    2.5.3.1. Regime Normal

    O regime normal engloba todos os sujeitos passivos que so obrigados a

    possuir contabilidade organizada, tendo em considerao o seu volume de

    negcios. Segundo o n.1 do artigo 29 do CIVA, h obrigaes e deveres que

    os sujeitos passivos enquadrados neste tipo de regime esto obrigados a

    seguir, tais como a entrega das declaraes declarativas (inicio de atividade,

    de alterao e de cessao de atividade), de faturao, de contabilizao e de

    conservao de documentos, bem como de pagamento.

    Por outro lado o n1 do artigo 50 do CIVA indica quais os livros que os sujeitos

    passivos ligados a este tipo de regime esto obrigados a utilizar e o disposto no

    n2 do mesmo artigo ressalva aqueles que, no possuindo contabilidade

    organizada mas que satisfao os requisitos adequados ao correto apuramento

    e fiscalizao do imposto, possam no utilizar os referidos livros.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 29 Patrcia Apolinrio

    2.5.3.2. Regimes Especiais

    Os regimes especiais de IVA encontram-se divididos em, Regime Especial de

    Iseno (REI) e Regime Especial dos Pequenos Retalhistas (REPR), entre

    outros.

    2.5.3.2.1. Regime Especial de Iseno

    Esto abrangidos neste regime, segundo o n1 do art. 53 do CIVA todos os

    sujeitos passivos que no possuindo contabilidade organizada nem tendo

    efetuado operaes de importao, exportao ou atividades conexas e no

    tenham atingindo no ano civil anterior, um volume de negcio superior a

    10.000,00.

    Segundo o n2 deste mesmo artigo ser ainda isento do imposto os sujeitos

    passivos com um volume de negcios superior a 10.000, mas inferior a

    12.500,00 que, se tributados, preencheriam as condies de incluso no

    regime dos pequenos retalhistas. Os sujeitos passivos que beneficiem deste

    regime esto excludos do direito deduo, e so obrigados ao cumprimento

    do art. 58 do CIVA.

    2.5.3.2.2. Regime Especial dos Pequenos Retalhistas

    Este tipo de regime caracteriza-se pela simplicidade e pelo menor rigor que os

    sujeitos passivos de imposto esto obrigados a seguir.

    Segundo o n1 do art. 60 do CIVA, esto sujeitos a este regime os retalhistas

    que sejam pessoas singulares, no possuam nem sejam obrigados a possuir

    contabilidade organizada para efeitos de IRS e no tenham tido no ano civil

    anterior um volume de compras superior a 50.000, para apurar o imposto

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 30 Patrcia Apolinrio

    devido ao Estado aplicaro o coeficiente de 25% ao valor do imposto suportado

    nas aquisies de bens destinados a vendas sem transformao.

    Segundo o n 6 do mesmo artigo consideram-se retalhistas, todos aqueles que

    destinam 90% das suas compras a bens destinados a serem transformados.

    Esse volume de compras tomado em conta para efeitos de tributao em

    IRS.

    Os retalhistas que pratiquem operaes de importao ou exportao ou

    atividades com elas conexas, operaes intracomunitrias referidas na alnea

    c) do n.1 do artigo 1. ou prestaes de servios no isentas de valor anual

    superior a 250.000 no podero beneficiar do regime especial disposto no

    n.8 do art. 60 do CIVA.

    2.5.4. Apuramento do IVA

    Depois de ordenar, classificar e lanar os documentos segue-se assim a fase

    do apuramento do IVA mensal ou trimestralmente, dependendo da situao

    tributria da empresa.

    O apuramento feito automaticamente pelo programa de contabilidade

    SAGE, contudo antes de proceder ao envio da declarao do IVA dever-se-

    conferir manualmente, utilizando o balancete analtico, do ms ou trimestre.

    Esta tarefa consiste em confrontar os valores de base com os correspondentes

    valores do IVA, para verificar se o apuramento do IVA est certo, ou se existem

    correes a efetuar.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 31 Patrcia Apolinrio

    Uma vez feito o apuramento do IVA poder verificar-se:

    IVA Apuramento 0 ento, poder-se- concluir-se que a empresa

    tem de entregar imposto ao Estado;

    IVA Apuramento 0 ento, poder-se- concluir-se que a empresa

    tem imposto a recuperar;

    IVA Apuramento = 0 ento poder-se- concluir que a empresa nem

    paga nem recebe o imposto.

    O apuramento do IVA evidenciado na conta 2435 (IVA Apuramento), que se

    destina a centralizar o IVA nas contas, 2432, 2433, 2434, 2437 para que o

    saldo correspondente ao imposto a pagar ou a recuperar seja referente a um

    determinado perodo de imposto.

    Aps o apuramento do IVA, o saldo da conta 2435, transfere-se para:

    2436 a crdito IVA a Pagar;

    2437 a dbito IVA a Recuperar.

    Neste ltimo caso, pode-se optar por reportar o imposto para o perodo

    seguinte ou pedir reembolso pela totalidade ou no do respetivo crdito.

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    Pgina 32 Patrcia Apolinrio

    Esquema 1 - Apuramento do IVA

    Fonte: Elaborao Prpria

    No que diz respeito ao apuramento do IVA, referente ao 1 trimestre de 2011,

    da empresa Agricolas&Florestais, Lda., e com base nos valores que constam

    no anexo 13 so obtidos os seguintes valores para o apuramento do IVA.

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    Pgina 33 Patrcia Apolinrio

    Quadro 16: Contabilizao para apuramento do IVA

    Fonte: Anexo 13

    A declarao peridica do IVA entregue via internet, mas antes de proceder

    ao seu envio, deve-se porm imprimir do programa de contabilidade o clculo e

    a declarao peridica referente empresa, depois basta abrir o browser e

    seguir os seguintes passos:

    Data N. Descrio Dbito Crdito Valor

    31/03/2011 1 Transferncia de IVA

    dedutvel para IVA

    apuramento

    2432111 6118,94

    2432121 182,00

    2432131 4899,46

    2432231 307,11

    2432311 188,28

    2432321 1619,51

    2432331 3304,97

    2432339 1072,09

    2435 17692,36

    2 Transferncia de IVA

    liquidado para IVA

    apuramento

    24331111 2025,15

    24331131 17353,80

    2435 19378,95

    3 Transferncia de IVA

    regularizaes para

    IVA apuramento

    243423 2435 64,62

    2435 243413 1 661,16

    5 Apuramento de IVA 2435 2436 90,05

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    Pgina 34 Patrcia Apolinrio

    1. Entrar no site www.portaldasfinanas.gov.pt

    2. Escolher Servios Entregar Declaraes IVA

    3. Entrar no site Finanas TOC

    4. Introduzir NIF e a senha do TOC

    5. Escolher declarao peridica (por TOC)

    6. Introduzir NIF da empresa

    7. Introduzir os dados nos respetivos campos a gravar

    8. Validar e submeter a declarao

    9. Validar com senha da empresa e do TOC

    10. Imprimir comprovativo de entrega ou guia no caso de

    haver Imposto a entregar ao estado.

    Apresenta-se no anexo 14 a declarao peridica do IVA para impresso e

    para entrega aos servios competentes.

    Aquando do pagamento do IVA:

    2436 121

    90,05 90,05

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    CAPTULO 3

    CONTROLO INTERNO

  • Relatrio de Estgio

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    3.1. DEFINIO

    O sistema de controlo interno o plano de organizao e todos os mtodos e

    procedimentos adotados pela administrao de uma entidade para auxiliar a

    atingir o objetivo de gesto de assegurar, tanto quanto for praticvel, a

    metdica e eficiente conduta dos seus negcios, incluindo a aderncia s

    polticas da administrao, a salvaguarda dos ativos, a preveno e deteo de

    fraudes e erros, a preciso e plenitude dos registos contabilsticos e a

    atempada preparao de informao financeira fidedigna.

    3.1.1. Conferncia de Saldos Clientes e Fornecedores

    Esta prtica de controlo interno tem como objetivo verificar se as faturas de

    fornecedores e apresentam saldos idnticos, para isso temos de analisar os

    extratos de contas de clientes e fornecedores nas respetivas contas.

    Para analisarmos a conta de clientes, temos de ter em conta que os dbitos

    correspondem s faturas e os crditos aos recibos. Se eventualmente e depois

    de analisado alguma fatura no estiver dada como paga ou estiver algum

    recibo que no corresponda fatura, teremos de recorrer pasta das compras

    para conferir o documento em questo, e fazer um lanamento retificativo, se

    for caso disto.

    Em anexo apresenta-se um extrato anual de um Fornecedor que se encontra

    em conformidade. (anexo 15).

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    Pgina 37 Patrcia Apolinrio

    3.1.2. Mapas de Depreciaes e Amortizaes

    O mapa de depreciaes e amortizaes uma outra prtica de controlo

    interno, onde nele consta todos os ativos fixos tangveis e que serve para

    calcular as depreciaes.

    Este documento descrimina os Ativo no Correntes, tais como: edifcios e

    outras construes; Equipamento bsico; Equipamento de transporte;

    Ferramentas e utenslios; Equipamento administrativo.

    Para serem criados estes mapas necessrio que se introduzam vrios dados

    no programa a utilizar, como por exemplo: o cdigo de acordo com a tabela

    anexa ao Decreto Regulamentar n 25/2009, de 14 de setembro e a respetiva

    taxa, o tipo de ativo (tangvel ou intangvel), o ano de aquisio do bem,

    nmero de anos de utilidade e valor de aquisio que se encontram no

    balancete analtico de dezembro. Depois de introduzidos todos estes dados, o

    programa encarrega-se de efetuar os restantes clculos automaticamente.

    Seguidamente, passam-se os valores das depreciaes e amortizaes

    acumuladas para a coluna de depreciaes e amortizaes de exerccios

    anteriores, estas nunca podem ser superiores aos valores do exerccio.

    Quando estes valores forem iguais porque o bem est totalmente

    reintegrado/amortizado.

    O valor dos Ativos Tangveis a incluir no Balano o Valor de Aquisio (-) as

    Depreciaes Acumuladas.

    A contabilizao das depreciaes movimenta as seguintes contas:

    Deve-se debitar a conta 64 Gastos de Depreciao e de Amortizao (com

    as respetivas subcontas) pelas depreciaes e amortizaes do perodo por

    contrapartida da conta 428 Propriedade de Investimento, 438 Ativos Fixos

    Tangveis e 448 Ativos Fixos Intangveis, conforme o caso.

    Em anexo apresenta-se um exemplo de um mapa de depreciaes (anexo 16).

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    Pgina 38 Patrcia Apolinrio

    3.1.3. Reconciliao Bancria

    A reconciliao bancria uma tarefa realizada mensalmente e consiste em

    comparar os movimentos realizados pelo banco onde constam as transaes

    bancrias realizadas pela empresa atravs do extrato bancrio, que enviado

    pelo banco todos os meses. Para elaborar a reconciliao bancria temos de

    passar por vrias fases:

    1. O gabinete de contabilidade tem de ter na sua posse o extrato

    bancrio e o extrato com os lanamentos registados pela

    contabilidade da empresa na mesma conta e referentes ao mesmo

    perodo de tempo;

    2. Identificar os movimentos que so iguais nos dois extratos;

    3. Depois de identificados os movimentos comuns nos dois extratos,

    identificam-se os movimentos que no se encontram em simultneo

    nos dois extratos e proceder sua reconciliao.

    No anexo 17 apresenta-se uma Reconciliao Bancria.

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    Pgina 39 Patrcia Apolinrio

    CAPTULO 4

    ENCERRAMENTO DE CONTAS

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    Pgina 40 Patrcia Apolinrio

    4.1. ENQUADRAMENTO

    O encerramento de contas uma das etapas mais importantes da

    contabilidade anual das empresas. Este procedimento tem um carter bastante

    relevante, visto que so elaborados e apresentados todos os documentos

    anuais que demonstram a situao econmica - financeira da empresa.

    realizado no fim do exerccio econmico, quer coincida ou no com o ano civil,

    deve ser entregue ate ao dia 31 de Maro do ano seguinte, mais propriamente,

    30 dias aps o encerramento de conta do ano a que se refere.

    O encerramento de contas pode ser limitado a retificao, regularizao,

    depreciao de ativos fixos, inventrio anual, dando possibilidade de obter os

    documentos de informao necessrios, tendo em conta as caractersticas

    qualitativas das demonstraes financeiras do SNC:

    Comparabilidade

    Fiabilidade

    Neutralidade

    Representao fidedigna

    Prudncia

    Plenitude

    Relevncia

    Substancia sobre forma

    Compreensibilidade

    Materialidade

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    Pgina 41 Patrcia Apolinrio

    4.2. OPERAES PARA ENCERRAMENTO DE CONTAS

    So consideradas como operaes de encerramento de contas todos os

    registos e movimentos contabilsticos realizados no fim do exerccio econmico

    que tm por objetivo de apurar resultados atravs de contas de resultados,

    elaborao do balano, demonstrao de resultados e outras demonstraes

    contabilsticas que demonstrem de forma fidedigna a situao da empresa no

    fim do exerccio econmico.

    4.2.1. Regularizao de Contas

    Depois de feitos todos os lanamentos no dirio, constri-se o balancete de

    retificao. Este balancete um resumo das contas e apresenta o montante

    total de dbito, o montante total do crdito e tambm o saldo de cada uma das

    contas. Aps os lanamentos de retificao e de regularizao, as contas

    expressam os saldos em conformidade com os inventrios efetuados, isto , as

    contas de gastos e perdas e rendimentos e ganhos expem as componentes

    negativas e positivas do resultado do exerccio.

    4.2.1.1. Preparao para encerramento de contas

    Este processamento realizado em duas fases distintas, a primeira

    corresponde aos lanamentos de regularizao e a segunda fase diz respeito

    ao Apuramento de Resultados.

    A primeira fase diz respeito aos lanamentos de regularizao (ms 13), de

    correo e de preparao para o encerramento do ano.

    Nesta fase efetua-se mais frequentemente as regularizaes de contas abaixo

    referidas:

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    Pgina 42 Patrcia Apolinrio

    Conta 28 Diferimentos

    Esta conta destina-se a permitir o registo dos Gastos e dos Rendimentos

    nos exerccios aque respeitam. O uso desta conta tem a ver

    fundamentalmente com o princpio daespecializao dos exerccios que nos

    diz que "rendimentos e os gastos so reconhecidos quando obtidos ou

    incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo

    incluir-se nas demonstraes financeiras dos perodos a que respeitam.

    Amortizaes do Exerccio

    A depreciao do ativo fixo tangvel, embora seja um processo contnuo,

    realizado anualmente, j que o seu registo dirio no seria prtico nem

    vantajoso para a empresa, basta inserir dados e este feito automaticamente

    pelo programa utilizado pela empresa. Assim, essa perda de valor do ativo fixo

    tangvel constitui um gasto para a empresa pelo qual se debita a conta 66

    Amortizaes do Exerccio e em contrapartida credita-se a conta de retificao

    do ativo, a conta 48 Amortizaes Acumuladas.

    4.3. SISTEMAS DE INVENTRIO

    4.3.1. Sistema de Inventrio Permanente (SIP)

    Com o Sistema de Inventrio Permanente possvel saber permanentemente o

    valor dos stocks em armazm e apurar em qualquer momento os resultados

    obtidos nas vendas.

    possvel obter resultados peridicos, porque a contabilidade nos permite

    obter a informao necessria, nomeadamente os valores dos inventrios em

    determinada data.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 43 Patrcia Apolinrio

    4.3.2. Sistema de Inventrio Intermitente (SII)

    No Sistema de Inventrio Intermitente o valor dos stocks em armazm e de

    resultados apurados, s determinvel atravs das inventariaes diretas em

    armazm, efetuadas periodicamente, ou seja, enquanto pelo inventrio

    permanente se acompanha todo o movimento dos produtos em armazm, pelo

    intermitente tal no acontece tendo que se recorrer a uma contagem fsica para

    o conhecimento do movimento, geralmente efetuado no final de cada ano.

    Assim sendo, o apuramento do CMVMC calcular-se atravs da seguinte

    frmula:

    CMVMC = Inventrios Iniciais + Compras Regularizaes Inventrios Finais

    4.4. BALANCETE RETIFICADO

    Aps os lanamentos de retificao e de regularizao, constri-se o balancete

    retificado. As contas expressam os saldos em conformidade com os inventrios

    efetuados, isto , as contas de custos/perdas e proveitos/ganhos expem as

    componentes negativas e positivas do resultado do exercicio.

    O balancete um resumo das contas que apresenta o montante total de dbito,

    o montante total de crdito e tambm o saldo de cada uma das contas. Com a

    elaborao deste balancete temos reunidas as condies para o apuramento

    de resultados.

    4.5. APURAMENTO DE RESULTADOS

    Terminada a fase de retificao e regularizao, os saldos contabilsticos

    devem encontrar-se em conformidade com os inventrios efetuados. O

    apuramento de resultados tem como finalidade a transferncia das contas de

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 44 Patrcia Apolinrio

    gastos (Classe 6) e rendimentos (Classe 7) para as contas de Resultados

    Operacionais e Resultados Financeiros (Classe 8). O objetivo o apuramento

    do Resultado Lquido do Perodo (RLP).

    Quadro 17: Contabilizao do apuramento de resultados

    Fonte: Elaborao Prpria

    4.6. BALANCETE FINAL

    Na realizao do apuramento de resultados, e do lanamento dos respetivos

    lanamentos contabilsticos, chega-se ao Balancete Final.

    Todas as contas de gastos e rendimentos encontram-se saldados, podendo

    tambm observar-se os saldos das restantes contas do balano que transitam

    para o prximo exerccio econmico.

    Descrio Dbito Crdito Valor

    Transferncia da classe 6 para apuramento

    61 129278,26

    62 131185,22

    63 95729,59

    64 34669,13

    68 3206,66

    69 13976,10

    811 408044,96

    Transferncia da classe 7 para apuramento

    71 147537,42

    72 210090,23

    73 46412,00

    78 4241,48

    79 1183,85

    811 409464,98 818 1420,02

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 45 Patrcia Apolinrio

    4.7. DEMONSTRAES FINANCEIRAS

    As demonstraes financeiras tm como finalidade proporcionar, informao

    acerca da posio financeira e do desempenho que seja til ao vasto conjunto

    de utentes para a tomada de decises.

    As demonstraes financeiras so elaboradas tendo em conta os valores

    constantes no balancete retificado e no balancete de encerramento.

    As principais so, para o micro entidades.

    Balano;

    Demonstrao de Resultados por natureza;

    Anexos ao Balano e Demonstrao de Resultados;

    4.7.1. Balano

    O Balano um documento contabilstico que indica a situao patrimonial de

    uma empresa em determinado momento. O conjunto de bens e direitos

    constitui o ativo, enquanto o conjunto das obrigaes constitui o passivo.

    Numa perspetiva financeira o ativo corresponde s aplicaes de fundo ou

    investimentos, enquanto o capital prprio e o capital alheio correspondem s

    origens de fundos e financiamentos. (Anexo 18).

    4.7.2. Demonstrao de Resultados

    Este documento indica como foram obtidos os resultados da empresa num

    determinado perodo. Contm, listados por natureza, os gastos e perdas e os

    rendimentos e ganhos gerados pela empresa num determinado exerccio,

    assim o resultado obtido pela empresa em anlise aditado pela diferena

    entre o valor total dos gastos e rendimentos.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 46 Patrcia Apolinrio

    A demonstrao de resultados permite obter vrios indicadores que nos

    informam sobre qual poder ser o equilbrio financeiro, a prazo, da empresa.

    Entre esses indicadores esto:

    Margem bruta de explorao, que a diferena entre o valor da produo no

    perodo e o CMVMC, d-nos logo de imediato a ideia e em termos absolutos do

    excedente que a empresa cria, um bom indicador para uma primeira anlise

    da viabilidade econmica da empresa.

    Valor Acrescentado, que representa assim a riqueza que a empresa gera num

    determinado perodo ou, de outro modo, a valorizao que a empresa introduz

    nos bens ou servios que produz, atravs da sua atividade.

    Cash Flow, que so os meios financeiros que a empresa liberta na sua

    atividade durante um determinado perodo, o que corresponde variao de

    dinheiro que ocorreria na empresa caso todos os recebimentos e pagamentos

    se efetuassem.

    A Demonstrao de Resultados apresenta-se no Anexo 19.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 47 Patrcia Apolinrio

    CONCLUSO

    A realizao deste estgio foi uma pea fundamental para por em pratica os

    conhecimentos adquiridos durante o ano letivo.

    Foi bastante enriquecedor a nvel pessoal e a nvel profissional, e uma mais-

    valia para a minha formao profissional e posteriormente para a insero no

    mercado de trabalho.

    Com este Relatrio conclumos que a contabilidade muito importante para o

    bom funcionamento e organizao de uma empresa, nela se desvenda e

    baseia tudo o que so dados e valores importantes para a gesto dessa

    mesma empresa.

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 48 Patrcia Apolinrio

    BIBLIOGRAFIA

    Fiscalidade - Manuel Henrique de Freitas Pereira;

    Rodrigues, J. (2009), SNC sistema de normalizao contabilstica -

    Porto Editora:

    Apontamentos facultados nas aulas.

    Outras pginas consultadas

    www.google.pt

    www.portaldasfinancas.gov.pt

    www.seg-social.pt

    www.portaldecontabilidade.com

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 49 Patrcia Apolinrio

    ndice de Anexos

    Anexo 1- Compra de mercadoria ..................................................................... 51

    Anexo 2- Recibo de fornecedores .................................................................... 53

    Anexo 3-Venda de mercadoria ......................................................................... 55

    Anexo 4-Fatura de comunicao ...................................................................... 57

    Anexo 5-Fatura de eletricidade ........................................................................ 59

    Anexo 6-Fatura de gua ................................................................................... 61

    Anexo 7-Venda a dinheiro de combustivel ....................................................... 63

    Anexo 8-Recibo de arrendamento .................................................................... 65

    Anexo 9-Recibo de pagamento IRS-Prediais ................................................... 67

    Anexo 10-Processamento de ordenados dos rgos sociais e trabalhadores . 69

    Anexo11-Pagamento segurana social ......................................................... 71

    Anexo 12-Pagamento IRS ................................................................................ 73

    Anexo 13-Lanamento do IVA .......................................................................... 75

    Anexo 14-Declarao Peridica do IVA ........................................................... 78

    Anexo 15-Extrato de um fornecedor ................................................................. 80

    Anexo 16-Mapa de depreciaes ..................................................................... 82

    Anexo 17-Reconciliao Bancria .................................................................... 84

    Anexo 18-Balano ............................................................................................ 86

    Anexo19-Demonstrao de Resultados ........................................................... 89

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    ANEXOS

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    Pgina 51 Patrcia Apolinrio

    Anexo 1

    Compra de mercadoria

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  • Relatrio de Estgio

    Pgina 53 Patrcia Apolinrio

    Anexo 2

    Recibo de fornecedores

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    Pgina 54 Patrcia Apolinrio

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    Pgina 55 Patrcia Apolinrio

    Anexo 3

    Venda de mercadoria

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  • Relatrio de Estgio

    Pgina 57 Patrcia Apolinrio

    Anexo 4

    Fatura de comunicao

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    Pgina 58 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 59 Patrcia Apolinrio

    Anexo 5

    Fatura de electricidade

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 60 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 61 Patrcia Apolinrio

    Anexo 6

    Fatura de gua

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 62 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 63 Patrcia Apolinrio

    Anexo 7

    Venda a dinheiro de combustvel

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 64 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 65 Patrcia Apolinrio

    Anexo 8

    Recibo de arrendamento

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 66 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 67 Patrcia Apolinrio

    Anexo 9

    Recibo de pagamento IRS-Prediais

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 68 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 69 Patrcia Apolinrio

    Anexo 10

    Processamento de Ordenados dos rgos Sociais e Trabalhadores

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 70 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 71 Patrcia Apolinrio

    Anexo 11

    Pagamento segurana social

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 72 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 73 Patrcia Apolinrio

    Anexo 12

    Pagamento IRS

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 74 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 75 Patrcia Apolinrio

    Anexo 13

    Lanamento do IVA

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 76 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 77 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 78 Patrcia Apolinrio

    Anexo 14

    Declarao Peridica do IVA

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 79 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 80 Patrcia Apolinrio

    Anexo 15

    Extrato de um fornecedor

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 81 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 82 Patrcia Apolinrio

    Anexo 16

    Mapa de Depreciaes

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 83 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 84 Patrcia Apolinrio

    Anexo 17

    Reconciliao Bancria

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 85 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 86 Patrcia Apolinrio

    Anexo 18

    Balano

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 87 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 88 Patrcia Apolinrio

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 89 Patrcia Apolinrio

    Anexo 19

    Demonstrao de Resultados

  • Relatrio de Estgio

    Pgina 90 Patrcia Apolinrio