Pé Diabético

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Pé diabético Pé diabético HOSPITAL DAS CLÍNICAS HOSPITAL DAS CLÍNICAS

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Pé diabéticoPé diabético

HOSPITAL DAS CLÍNICASHOSPITAL DAS CLÍNICAS

PÉ DIABÉTICO PÉ DIABÉTICO

LY DE FREITAS FERNANDES LY DE FREITAS FERNANDES [email protected]@gmail.com

HC- UFG GOIÂNIA- GOIÁS-HC- UFG GOIÂNIA- GOIÁS-BRASILBRASIL

Diabetes MellitusDiabetes Mellitus Grave problema social e patológico. Mortalidade prematura. Arteriosclerose (IAM, AVC, DAOCP). Retinopatia diabética. Patologia renal. Má qualidade de vida. Incapacitação funcional. Custo elevado no controle e tratamento. 135 milhões em 1995 para 300 milhões em 2025 no Mundo

(King et al. 1998).

7,6% pop.urbana brasileira (30 e 69 anos). 50% desconhecem o diagnóstico. 24% não fazem qualquer tipo de tratamento. 40% Amputações são em diabéticos.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICOconceito conceito

““Pé diabético” complicação diabética crônica Pé diabético” complicação diabética crônica caracterizada por lesões nos pés, refere-se a lesões caracterizada por lesões nos pés, refere-se a lesões encontradas nos pés dos pacientes diabéticos que vão encontradas nos pés dos pacientes diabéticos que vão desde simples calosidades a quadros necro-supurativos desde simples calosidades a quadros necro-supurativos de grande gravidade, de grande gravidade, resultante principalmente de neuropatia e microangiopatia neuropatia e microangiopatia diabética. (Mayall 1987, Ciro et al. 1997, Luccia 2003, Carvalho et al. 2004, Dinh (Mayall 1987, Ciro et al. 1997, Luccia 2003, Carvalho et al. 2004, Dinh

& Veves 2005).& Veves 2005).

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO

Mobilidade reduzida e alterações autonômicas, Mobilidade reduzida e alterações autonômicas, predispõem a lesões.predispõem a lesões.

Lesões predisponentes:Lesões predisponentes: Fissuras - pele ressecada - calosidades - deformidades Fissuras - pele ressecada - calosidades - deformidades

osteo-articulares - atrofia muscular e proeminências osteo-articulares - atrofia muscular e proeminências ósseas - traumas de repetição - ulcerações - micoses - ósseas - traumas de repetição - ulcerações - micoses - portas de entrada - mal-perfurante plantarportas de entrada - mal-perfurante plantar

Infecção de pele e subcutâneo - formação de abscessos Infecção de pele e subcutâneo - formação de abscessos - fleimões atingindo planos profundos - coleções em - fleimões atingindo planos profundos - coleções em tendões, articulações e tecido ósseo - evolução a tendões, articulações e tecido ósseo - evolução a quadros sépticos graves - gangrena - elevando quadros sépticos graves - gangrena - elevando significativamente o risco de amputação. significativamente o risco de amputação.

(Mayall 1987, Thomaz et al. 1997, Armstrong 1998, Margolis et al. 1999, Vedolin et al. 2003, Armstrong et al. 1998, Abdalla & Dadalti 2003, Luccia

2003).

FisiopatologiaFisiopatologia

NeuropatiaNeuropatia VasculopatiaVasculopatia TraumatismoTraumatismo InfecçãoInfecção

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO

Gera grande impacto social e econômico pela incapacitação para o trabalho e gastos com tratamento.

O tratamento visa o controle das O tratamento visa o controle das doenças de base, infecção e doenças de base, infecção e curativos de suas lesões.curativos de suas lesões.

A prevenção deve ser estimulada A prevenção deve ser estimulada face às complicações da doença.face às complicações da doença.

FisiopatologiaFisiopatologia

Neuropatia:Neuropatia: Sensitiva: dor, temperatura, pressão, Sensitiva: dor, temperatura, pressão,

propriocepção;propriocepção; Motora: atrofia da musculatura intrínseca;Motora: atrofia da musculatura intrínseca; Autonômica: anidrose e aumento do fluxo Autonômica: anidrose e aumento do fluxo

sangüineo (simpático)sangüineo (simpático)

FisiopatologiaFisiopatologia

Vasculopatia:Vasculopatia: Lesões estenosantes ateroscleróticasLesões estenosantes ateroscleróticas

Traumatismos:Traumatismos: Alteração de sensibilidade e propriocepçãoAlteração de sensibilidade e propriocepção Dificuldade de cicatrizaçãoDificuldade de cicatrização

Infecção:Infecção: Gram positivos, negativos e anaeróbiosGram positivos, negativos e anaeróbios

Projeto DiretrizesProjeto DiretrizesOBJETIVO:OBJETIVO:

A identificação e classificação do A identificação e classificação do paciente de risco,paciente de risco,

o tratamento precoce, agressivo e o tratamento precoce, agressivo e educação, individual, familiar e educação, individual, familiar e comunitária compreendem as bases comunitária compreendem as bases sólidas para a prevenção da sólidas para a prevenção da amputação de membros nesta amputação de membros nesta populaçãopopulação

.

EVOLUÇÃO E DESFECHO:

Os desfechos clínicos dos transtornos na extremidade inferior do paciente diabético são:

mortalidade geral e específica. necrose ulceração infecção calosidades qualidade de vida.

Pacientes diabéticos do HC- UFG.Pacientes diabéticos do HC- UFG.

Pacientes diabéticos do HC- UFG.Pacientes diabéticos do HC- UFG.

Pacientes diabéticos do HC- UFG.Pacientes diabéticos do HC- UFG.

Pacientes diabéticos do HC- UFG.Pacientes diabéticos do HC- UFG.Túnel sub-aponeurótico plantarTúnel sub-aponeurótico plantar

Pacientes diabéticos do HC- UFG.Pacientes diabéticos do HC- UFG.Amputação de pernaAmputação de perna

Pacientes diabéticos do HC- UFG.Pacientes diabéticos do HC- UFG.Reabilitação com prótese de perna (CRER)Reabilitação com prótese de perna (CRER)

PROCEDIMENTOS:

Nota: O diagnóstico precoce, tratamento rápido e agressivo evitam perda do membro e reduz tempo e custo da internação.

Mesmo sem queixas: paciente assintomático (pés) deve ser avaliado.

PROCEDIMENTOS: História clínica e exame físico. Exames complementares (doppler, radiografia, ultra-sonografia e

arteriografia,cultura). Procedimentos que incluem orientações

educativas. curativos, uso de medicamentos tópicos e

sistêmicos. Uso de sapatos, palmilhas. Realizar avaliação interdigital (micoses) e

ungueal (infecção). Cirurgias de revascularização convencional e

endovascular.

História ativa

Queixas relativas a outros sistemas não afastam a necessidade de avaliação dos membros inferiores, pois geralmente o paciente não valoriza dados importantes: calos, fissuras, micoses,etc.

História familiar, tipo de tratamento e tempo de diagnóstico do diabetes são importantes.

Mecanismo da lesão: trauma direto, repetitivo, fissura infectada, etc.

História de úlcera e/ou amputação prévia colocam o paciente em grupo de risco elevado para a extremidade afetada e para o membro contra-lateral.

Anamnese

Paciente com infecção grave pode ser pouco sintomático devido à neuropatia;

Febre e sintomas relativos à infecção aguda e/ou crônica (osteomielite) geralmente são sub-dimensionados pelo paciente.

Aspectos relevantes: Diabetes descontrolado sem causa aparente. Alteração no aspecto do pé (aumento,

vermelhidão, rubor). Mudança no aspecto de lesão prévia

(aumento, secreção e odor fétido). História prévia de desbridamento,

osteomielite e tempo de duração da lesão podem sugerir comprometimento infeccioso crônico.

Sintomas

• Pé seco, amortecido, pontadas, agulhadas, formigamento e

queimação são queixas comuns;

• Dor discreta até insuportável que piora à noite;

• Calos e modificação da aparência do pé.

Inspeção• Independente da queixa.• Pé hiperemiado, seco,

quente e com fissuras.• Ausência de sudorese.• Calosidades..

• Morfologia: dedos em garra ou martelo, hálux valgo, pé cavo e outras deformidades.

• Proeminências ósseas • Úlcera plantar.

• Arcos plantares: alteração aguda acompanhada de hiperemia e inchaço ou crônica

acompanhada de ulceração • Mobilidade articular

limitada.• Inspecionar também os

sapatos.

Sinais

Gerais - febre, desidratação (em infecções graves).

Locais - rubor, calor, abaulamento. Lesão com odor fétido, material necrótico e

secreção purulenta. Em decorrência das características anatômicas

dos compartimentos dos pés e da perna e das características clínicas dos diabéticos (neuropatia, déficit de imunidade).

Infecções profundas e graves a partir de lesões superficiais podem se formar com apresentação tardia dos sinais clássicos.

Úlceras profundas e maiores de 2,0 cm2 têm maior chance de acarretar osteomielite.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Avaliação de sensibilidade, perfusão e Avaliação de sensibilidade, perfusão e

pulsos.pulsos.

Teste de sensibilidade tátil.

Utilização do monofilamento de 10 g.

Teste de sensibilidade térmica.

Teste de sensibilidade vibratória.

Teste de sensibilidade dolorosa.

Palpação de pulsos pedioso e tibial posterior.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICOSensibilidade tátilSensibilidade tátil

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Sensibilidade tátilSensibilidade tátil

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Sensibilidade térmicaSensibilidade térmica

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Sensibilidade vibratóriaSensibilidade vibratória

Teste diagnóstico para neuropatiaDiretrizes Sensibilidade térmica e vibratória

(diapasão) acusam acometimento de diferentes tipos de fibras nervosas e necessitam de outros dispositivos para sua mensuração.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICOUtilização do monofilamentoUtilização do monofilamento

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Utilização do monofilamentoUtilização do monofilamento

Teste diagnóstico para neuropatiaDiretrizes

Teste do monofilamento (Semmes-Weinstein): incapacidade de sentir o filamento de 10,0g em quatro ou mais pontos.

10 pontos testados (nove pontos na planta e um no dorso) demonstra neuropatia sensitiva.

A pressão feita no filamento deve ser suficiente para que ele faça um arco quando apoiado na área de interesse.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICOPesquisa de reflexo do tendão de AquilesPesquisa de reflexo do tendão de Aquiles

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Sensibilidade dolorosaSensibilidade dolorosa

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Sensibilidade dolorosaSensibilidade dolorosa

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Sensibilidade dolorosaSensibilidade dolorosa

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Sensibilidade dolorosaSensibilidade dolorosa

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Palpação de pulso pediosoPalpação de pulso pedioso

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Palpação de pulso tibial posteriorPalpação de pulso tibial posterior

Profilaxia da neuropatia Controle rigoroso da glicemia; Proibição do tabagismo e

etilismo. Controle da hipertensão

arterial, dislipidemia e vasculopatia.

Profilaxia das complicações daneuropatia nas extremidades inferiores

Identificação do paciente de risco para ulceração (perda da sensibilidade, deformidade e história de úlcera prévia) e de risco para amputação

Pé de Charcot, infecção e insuficiência vascular: estratificação do paciente nas categoriasde risco e elaboração de estratégias para atendimento racional.

Abordagem multidisciplinar

Educação do paciente, família e agentes de saúde: cuidados gerais com os pés, unhas,

micoses, calçados, etc. . Palmilhas e sapatos adequados. Paciente que não adere o tratamento tem

probabilidade 50 vezes maior de ulcerar o pé e 20 vezes maior de ser amputado que aqueles que seguem corretamente as orientações.

Tratamento da dor neuropática Tópico: capsaicina (0.075) creme.

Inicialmente produz queimação intensa que tende a

melhorar no curso do tratamento.

Sistêmico:

Antidepressivo tricíclicos Amitriptilina; Carbamazepina; Imipramina. Antiarrítimico classe 1B Cloridrato de mexiletina.

Obs: os medicamentos de controle da neuropatia têm efeitos colaterais importantes para o SNC, fígado, função renal, cardiovascular e globo ocular. Devem ser iniciadosde maneira gradativa e de preferência não associados,avaliando-se a resposta em períodos longos de tratamento. Apesar dos inibidores da aldose-redutase serem sistematicamente citados na literatura, o seu uso comercial não foi liberado devido aos efeitos colaterais.

Tratamento das conseqüências daneuropatia para os pés

Déficit de sensibilidade: cuidados com os pés e sapatos apropriados

Pé seco: cremes hidratantes (evitar o uso entre os dedos)

Calosidades pequenas: sapatos e palmilhas apropriadas e remoção gradativa com lixas.

Calosidades maiores, dolorosas e com hematomas: remoção cirúrgica (para diminuir a pressão plantar) e prescrição de sapatos adequados.

Úlceras: curativos freqüentes, repouso, sapatos e palmilhas adequadas, gesso de contato total, antibióticos se infectadas.

Material necrótico e/ou osteomielite associados: desbridamento cirúrgico.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Mal perfuranteMal perfurante

Alteração morfológica

Charcot agudo: repouso absoluto e imobilização da extremidade

Charcot crônico e outras alterações morfológicas: sapatos e órteses/próteses.

Pé de CharcotPé de Charcot

Osteoartropatia neuropáticaOsteoartropatia neuropática Neuropatia periférica graveNeuropatia periférica grave Disfunção autonômica com aumento do fluxo Disfunção autonômica com aumento do fluxo

sangüineosangüineo Traumas – aumento da atividade osteoclástica – Traumas – aumento da atividade osteoclástica –

fraturas – subluxações – deformidades -- úlcerasfraturas – subluxações – deformidades -- úlceras

Pé de CharcotPé de Charcot

História natural:História natural:1.     Estágio 1 ou agudo – história de trauma 1.     Estágio 1 ou agudo – história de trauma

leve no pé ou no tornozelo. O pé torna-se leve no pé ou no tornozelo. O pé torna-se quente, avermelhado e edemaciado com pulso quente, avermelhado e edemaciado com pulso forte. forte.

2.     Estágio 2 – Ocorre desintegração, 2.     Estágio 2 – Ocorre desintegração, fragmentação e fraturas ósseasfragmentação e fraturas ósseas

3.     Estágio 3 – Pé de Charcot deformado devido 3.     Estágio 3 – Pé de Charcot deformado devido a fraturas e ao colapso das articulações. a fraturas e ao colapso das articulações.

4.     Estágio 4 – Ulceração resultante da 4.     Estágio 4 – Ulceração resultante da deformação da curvatura dos pés causada deformação da curvatura dos pés causada pela pressão máxima no local.  pela pressão máxima no local. 

Pé de CharcotPé de Charcot

Classificação do pé Classificação do pé diabético diabético Classificação de Classificação de Wagner:Wagner:ClasseClasse

00 Pé de alto risco, sem úlceraPé de alto risco, sem úlcera

11 Úlcera superficialÚlcera superficial

22 Úlcera profunda, sem envolvimento Úlcera profunda, sem envolvimento ósseoósseo

33 Úlcera profunda com envolvimento Úlcera profunda com envolvimento ósseoósseo

44 Gangrena parcialGangrena parcial

55 Gangrena de todo o péGangrena de todo o pé

Classificação do pé Classificação do pé diabéticodiabético

Grau 0 Grau 0 Grau 1Grau 1 Grau 2Grau 2 Grau 3Grau 3

Estágio AEstágio A Lesão pré-Lesão pré-úlcera ou úlcera ou pós-úlcera, pós-úlcera, sem avaria sem avaria da peleda pele

Úlcera Úlcera superficialsuperficial

Úlcera Úlcera profundaprofunda

Úlcera Úlcera profunda profunda com com envolvimentenvolvimento o osteoarticulosteoarticularar

Estágio BEstágio B + infecção+ infecção + infecção+ infecção + infecção+ infecção + infecção+ infecção

Estágio CEstágio C + isquemia+ isquemia + isquemia+ isquemia + isquemia+ isquemia + isquemia+ isquemia

Estágio DEstágio D + infecção + infecção e isquemiae isquemia

+ infecção + infecção e isquemiae isquemia

+ infecção + infecção e isquemiae isquemia

+ infecção + infecção e isquemiae isquemia

• Sistema de classificação da Universidade do Texas

Quadro ClínicoQuadro Clínico

Vasculopatia:Vasculopatia:

a) claudicação intermitentea) claudicação intermitenteb) dor de repousob) dor de repousoc) palidezc) palidezd) cianosed) cianosee) hipotermiae) hipotermiaf) atrofia de pele/tela f) atrofia de pele/tela

subcutânea/músculosubcutânea/músculog) alterações de fâneros g) alterações de fâneros

(pelos e unhas)(pelos e unhas)h) diminuição ou ausência h) diminuição ou ausência

de pulsos à palpaçãode pulsos à palpaçãoi) flictenas / bolhasi) flictenas / bolhasj) úlcera isquêmicaj) úlcera isquêmicak) gangrena isquêmicak) gangrena isquêmica

Neuropatita:Neuropatita:

a) anidrose;a) anidrose;b) fissuras de pele;b) fissuras de pele;c) hiperemia / eritema;c) hiperemia / eritema;d) hipertermia;d) hipertermia;e) ectasia venosa;e) ectasia venosa;f) alteração de f) alteração de

sensibilidade;sensibilidade;g) deformidades ósteo-g) deformidades ósteo-

articulares (ex.: articulares (ex.: joanete, dedos em garra joanete, dedos em garra ou em martelo, “pé de ou em martelo, “pé de charcot”, etc );charcot”, etc );

h) calosidades;h) calosidades;i) úlcera neuropática.i) úlcera neuropática.

Pé diabéticoPé diabético

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Mal perfurante plantarMal perfurante plantar

Na falha do tratamento conservador

A reconstrução do pé através de artrodese com ou sem enxerto ósseo, pode ser feita em pacientes selecionados como alternativa à amputação do pé.

Re-ulceração após tratamento cirúrgico pode ocorrer em até 30% dos operados. Os procedimentos cirúrgicos mais comuns envolvem exostectomia, artrodese e/ou artroplastia interfalangiana e metatarsofalangiana.

Úlceras são um marco na evoluçãodos pacientes diabéticos

A probabilidade de amputação na presença da úlcera se multiplica e o tempo médio necessário para o fechamento de 30% das úlceras chega a 20 semanas, com tratamento bem feito e estrita cooperação do paciente e família.

A possibilidade de infecção grave aguda e Caso a amputação da extremidade ocorra, o esforço em providenciar adequada protetização do membro e evitar amputação contra-lateral e os eventos cardiovasculares deve fazer parte da abordagem destes pacientes.

osteomielite a partir da úlcera está sempre presente, portanto, a sua profilaxia é um dos principais pontos de atuação dos agentes de saúde.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Amputação de 5 Amputação de 5 0 0 metatarsianometatarsiano

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICOLesão extensa de calcâneo Lesão extensa de calcâneo

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICOlesão ulcerada pós erisipelalesão ulcerada pós erisipela

ANGIOPATIA

A avaliação vascular periférica é necessária em todos os diabéticos para estadiamento e

classificação do risco.

História Claudicação intermitente; Pé pendente; Atrofia dos membros, alterações nos pêlos e unhas; Úlceras dolorosas ou não de difícil cicatrização Presença de hipertensão arterial, dislipidemia; Hábitos: tabagismo, alcoolismo, dieta inadequada.

Exame clínico

Aparência e simetria dos membros inferiores; Palidez à elevação do membro e hiperemia reativa na

posição pendente. Ausência dos pulsos e/ou presença de sopros. Úlceras; Necrose de pododáctilos Revascularização de extremidade e/ou amputação prévia. Devido a freqüente associação com neuropatia e infecção, as queixas e os achados físicos podem não ser típicos. A dor isquêmica e infecciosa pode ser mascarada pela neuropatia. As úlceras podem ter componentes neuropático e

infeccioso, associado ao componente vascular.

Métodos diagnósticos

Doppler: Déficit arterial: pressão arterial absoluta no tornozelo menor que a pressão braquial. Relação (índice) entre a pressão

tornozelo/braço menor que 0,8/0,9. índice < 0,4/0,5 = difícil cicatrização de lesões. Menos de 30% dos diabéticos apresentam altos

índices ou pressões absolutas devido à calcificação da camada média da parede arterial, tornando o exame pouco confiável (índice > 1,15).

Há recomendações que seja usado o valor absoluto ao invés de se determinar o índice pressórico.

Mapeamento doppler (Duplex-scaning):

Estudo preliminar de estenoses e obstruções; Pode selecionar pacientes para procedimentos terapêuticos (angioplastia)

Estudo venoso para analisar a qualidade da veia utilizada nas revascularizações da extremidade e para seguimento de pacientes revascularizados.

Como o resultado é examinador dependente, sua utilização exclusiva, sem angiografia, para análise arterial pré-operatória é discutível.

Radiografia

Presença de gás, corpo estranho e envolvimento ósseo.

Sinais compatíveis com osteomielite: rarefação e destruição óssea.

Diagnóstico diferencial com Charcot agudo ou crônico (neuro-osteoartropatia).

Na presença de úlcera com exposição óssea, a probabilidade maior é osteomielite.

É imprescindível o seguimento, pois na fase aguda a osteomielite não é detectada no exame radiológico.

Radiografia

Rarefação óssea, falanges em “taça invertida”ou “lápis”, destruição óssea.

A neuroosteoartropatia de Charcot caracteriza-se por fraturas, destruição óssea, reabsorção, esclerose e formação de seqüestros e osso novo.

Na fase aguda, o pé fica hiperemiado e inchado, a reabsorção óssea, osteólise, subluxação, erosão da cartilagem, instabilidade predominam e na fase crônica a esclerose, exuberante formação óssea e deformação com estabilidade predomina.

Arteriografia

Exame pré-operatório: utilizado para planejamento da conduta: evidencia território a ser revascularizado, através:

de angioplastia, enxerto (com veia ou prótese) ou endarterectomia.

O exame deve estender-se até a visualização das artérias do pé e seus ramos.

Padrão clássico oclusão femoro-poplítea e das artérias tibiais e fibular, poupando artérias do pé e seus ramos.

Tratamento clínico

Indicado para: claudicação intermitente moderada e leve e pacientes com grave condição clínica geral.

Formas de tratamento: Controle dos fatores de risco: Hipertensão

arterial sistêmica; dislipidemias; Alteração de hábitos: eliminação do

tabagismo, controle da dieta e programa de condicionamento físico.

Antiagregantes plaquetários. Drogas hemorroelógicas.

Tratamento intervencionista

A revascularização da extremidade e sua manutenção, mesmo em situações complexas, é fator determinante na qualidade de vida do paciente revascularizado.

Indicado para:

Claudicação intermitente limitante Dor isquêmica de repouso Lesão trófica que não cicatriza Associação de isquemia com aneurisma

(da aorta, ilíacas, femorais ou artéria poplítea).

Microangiopatia

Nota: O conceito de microangiopatia que afeta os vasos da extremidade inferior refere-se ao espessamento da membrana basal do capilar e a falta de controle sobre o fechamento/abertura de shunts artério-venosos periféricos.

Estes fatores não contra-indicam a revascularização da extremidade afetada e não tornam piores os resultados destas revascularizações em diabéticos.

A macroangiopatia é precoce e acelerada no diabético.

É comum o achado de pacientes diabéticos com isquemia, forte pulso poplíteo, oclusão de artérias de perna e artérias do pé poupados do processo oclusivo

Formas de tratamento:

Enxerto (derivação) com veia autógena. Revascularização com prótese ou

substituto homólogo, são opções na ausência de veias autógenas.

Endarterectomia Angioplastia Prótese endovascular (stent)

Tratamento por Terapia hiperbárica

Ainda não existem estudos prospectivos controlados comprovando o seu benefício.

Instrumentação da lesão

Inspeção da úlcera com haste metálica romba estéril (“probing”) é extremamente útil e prática.

Manobra de diagnóstico de infecção profunda e de osteomielite.

Se o osso adjacente à úlcera puder ser tocado pela haste sem tecido frouxo de proteção a chance de osteomielite é de 89% e afasta a necessidade de outros exames para diagnóstico.

Exames hematológicos

Sugerem infecção: Leucocitose VHS aumentada Níveis de glicemia elevados em

paciente previamente bem controlado. VHS acima de 70 mm/h em paciente

com lesão bem tratada, sem macrovasculopatia, mas que não fecha, sugere osteomielite.

Ressonância magnética

Exame sensível para detecção de coleções profundas no pé e pode sugerir acometimento ósseo, tem custo e

disponibilidade limitada.

Cintilografia óssea

Tem papel secundário e limitado devido ao custo do exame e disponibilidade restrita.

É utililizado nos casos de dúvida quanto à osteomielite.

Nota: testes de diagnóstico para detecção de osteomielite são dispendiosos e não demonstraram vantagem na evolução dos pacientes quando comparados àqueles tratados empiricamente.

Portanto, na dúvida tratar o paciente.

Culturas

Tem valor quando o tecido profundo ou curetagem da base da lesão é encaminhado para exame sem a contaminação superficial.

Correlação positiva entre o germe encontrado e infecção óssea não é unânime.

Principal agente isolado é Staphylococcus aureus.

Germes gram – (Bacilos G -) e associação entre germes aeróbios e germes anaeróbios é comum (flora polimicrobiana).

Histologia

É o método definitivo para diagnóstico de osteomielite.

Evolução

Depende de uma série de fatores que envolvem O paciente diabético: Grau de neuropatia e Insuficiência vascular periférica, Doenças associadas (ins. Renal). Sítio e severidade da infecção, Patógeno infectante, Presença de osteomielite Tipo de antibioticoterapia Agilidade na procura Agilidade no atendimento médico (clínico-

cirúrgico).

INFECÇÃO

Pés secos, edemaciados, insensíveis, com fissuras, estão sujeitos a infecções.

Como a percepção destes quadros está afetada (neuropatia) e pode existir má perfusão tecidual (vasculopatia), graves infecções da extremidade ocorrem ameaçando o membro e/ou a vida do paciente.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Mal perfurante plantar Mal perfurante plantar

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO MicrobiotaMicrobiota

Os microrganismos associados às lesões de MMII:

Geralmente fazem parte da microbiota da pele.

Ocorrem associações de bactérias anaeróbias e aeróbias facultativas resultando em infecções mistas.

Crescente resistência bacteriana presente nestas lesões é motivo de preocupação mesmo nos pacientes com infecções domiciliares.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICOMicrobiotaMicrobiota

Staphylococcus aureus e Streptococcus sp estão presentes nas infecções moderadas.

Nas infecções graves com celulite extensa, estão presentes:

Cocos Gram-positivos (Staphylococcus sp, Streptococcus sp e Enterococcus sp),

Bactérias anaeróbias como os bacteróides, Gram-negativas facultativas (Escherichia coli,

Enterobacter sp, etc.), Bastonetes Gram-negativos não

fermentadores (Pseudomonas e Acinetobacter).

Tratamento empírico: tipo de infecção

Leve: estas infecções geralmente são monomicrobianas e respondem bem ao tratamento, particularmente quando ainda não se usou nenhum antimicrobiano previamente:

Cefalosporina de 1a geração. Amoxacilina / clavulonato. São opções para uso via oral: a

clindamicina e fluorquinolona.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO lesão bolhosalesão bolhosa

Tratamento empírico: tipo de infecção

Moderada: infecção que ameaça o membro:

Fluorquinolona EV na fase inicial e VO com a melhora.

Amoxacilina / clavulonato EV e posteriormente VO.

Cefotaxima + clindamicina. Ceftazidima + clindamicina. Fluorquinolona + clindamicina.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Necrose úmida de calcâneoNecrose úmida de calcâneo

Tratamento empírico: tipo de infecção

Grave: infecção que ameaça a vida, geralmente polimicrobiana, com aumento do número de bactérias anaeróbicas:

Amoxacilina / clavulonato + vancomicina + fluorquinolona;

Vancomicina + metronidazol +ceftazidime

Imipenem / cilastatina.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Necrose extensa do dorso do péNecrose extensa do dorso do pé

Osteomielite

Se a remoção de osso infectado é inviáveltratamento por 6 a 12 semanas alta probabilidadede recorrência.

Com a remoção do tecido ósseo, três semanasde tratamento baseado em cultura de tecido e/ou osso.

Se o osso não foi removido completamente, 10 a 12 semanas de antibioticoterapia é aconselhável.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Desbridamento e amputação de 3 Desbridamento e amputação de 3 00

pododáctilopododáctilo

Notas:

É fundamental o conhecimento de diversosesquemas antibióticos devido à natureza

variáveldo agente etiológico e condição clínicado paciente. Ex. infecção por pseudomonasresistente em paciente com insuficiência renal. Após o conhecimento do resultado dacultura, o esquema antimicrobiano deve seradequado baseado na eficiência microbiológicae custo-efetividade.

Iniciar empiricamente antibioticoterapiaaté a identificação do(s) germe(s) de acordocom a freqüência bacteriana conhecidano hospital.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICOdesbridamento ambulatorialdesbridamento ambulatorial

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICOcurativo de úlceracurativo de úlcera

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO desbridamento ambulatorialdesbridamento ambulatorial

Retorno

Categorias de risco e seguimento Categorias de risco e seguimento ambulatorialambulatorial

CategoriaCategorias de riscos de risco

SensibilidaSensibilidade de preservadapreservada

Calo/Calo/deformidaddeformidadee

História História de úlcerade úlcera

Retorno Retorno ambulatoriambulatorialal

00 simsim NãoNão NãoNão anualanual

11 NãoNão NãoNão NãoNão semestralsemestral

22 NãoNão simsim NãoNão trimestraltrimestral

33 NãoNão Não/simNão/sim simsim Mensal ou Mensal ou bimensalbimensal

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO Miíases Miíases

Miíases (derivado do termo grego: myia, Miíases (derivado do termo grego: myia, mosca).mosca).

Conceito:Conceito: Miíases são infestações de tecidos de Miíases são infestações de tecidos de

vertebrados e humanos (pele, mucosas, vertebrados e humanos (pele, mucosas, lesões) por larvas de Díptera (Muscomorpha lesões) por larvas de Díptera (Muscomorpha ≈ ≈ Cyclorrhapha), que se alimentam de tecidos Cyclorrhapha), que se alimentam de tecidos vivos ou necróticos, de líquidos corporais ou de vivos ou necróticos, de líquidos corporais ou de alimentos ingeridos pelo hospedeiro.alimentos ingeridos pelo hospedeiro.

Fêmeas fertilizadas de Muscomorpha deixam Fêmeas fertilizadas de Muscomorpha deixam ovos ou larvas em alimentos, tecidos ovos ou larvas em alimentos, tecidos necróticos, feridas abertas, pele ou mucosa.necróticos, feridas abertas, pele ou mucosa.

Miíase obrigatória porMiíase obrigatória por Cochliomyia hominivorax Cochliomyia hominivorax (Calliphoridae)(Calliphoridae)

Miíase facultativa por Miíase facultativa por Sarcodexia lambensSarcodexia lambens (Sarcophagidae) (Sarcophagidae)

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO

Inspeção diária do pé.Inspeção diária do pé. Exame dos espaços interdigitais.Exame dos espaços interdigitais.Estado das unhas. Estado das unhas. Corte em linha reta.Corte em linha reta.Lavagem dos pés.Lavagem dos pés.Cuidado em secar bem.Cuidado em secar bem.Fissuras - Ressecamento de pele- Fissuras - Ressecamento de pele- hidratação.hidratação.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO

Deformidades ósseas, atrofia muscular:Deformidades ósseas, atrofia muscular:Calçados adequados macios e Calçados adequados macios e confortáveis.confortáveis.Saltos baixos (2,5 a 4 cm) bico largo e Saltos baixos (2,5 a 4 cm) bico largo e caixa alta.caixa alta.Uso de palmilhas e calçados ortopédicos Uso de palmilhas e calçados ortopédicos de alívio de pressão.de alívio de pressão. Meias de algodão sem costuras e sem Meias de algodão sem costuras e sem elásticos. elásticos. Passear diariamente (caminhada).Passear diariamente (caminhada).Não andar descalço.Não andar descalço.

PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES

NEUROPATIA Aspectos gerais Muitos fatores de risco para

ulceração/amputação podem ser descobertos na história clínica e na inspeção

cuidadosa do pé. A análise clínica é o método diagnóstico mais

efetivo, simples e de baixo custo para diagnóstico da neuropatia.

Na anamnese é importante analisar o grau de aderência do

paciente e familiares próximos ao tratamento, bem como o estado nutricional, imunidade e co-morbidades.

LY DE FREITAS FERNANDESLY DE FREITAS FERNANDES

Miíases, pé diabético e úlceras de estase venosa Miíases, pé diabético e úlceras de estase venosa em pacientes do Hospital das Clínicas da UFG: em pacientes do Hospital das Clínicas da UFG:

estudo da entomofauna e microbiota relacionadas.estudo da entomofauna e microbiota relacionadas.

Orientador: Prof. Dr. Fernando de Freitas Fernandes

Co-orientadora: Profa. Dra. Fabiana Cristina Pimenta

Goiânia, Goiás, 2007

Dissertação de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás, área de concentração em Parasitologia.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO ATIVIDADE TERAPÊUTICA DE SUBSTÂNCIAS ATIVIDADE TERAPÊUTICA DE SUBSTÂNCIAS

VEGETAISVEGETAIS

Uso do óleo de Girassol. Tempo de evolução Uso do óleo de Girassol. Tempo de evolução de 14/06/06 a 20/10/06( 4 meses de 14/06/06 a 20/10/06( 4 meses aproximadamente). aproximadamente).

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO ATIVIDADE TERAPÊUTICA DE ATIVIDADE TERAPÊUTICA DE

SUBSTÂNCIAS VEGETAISSUBSTÂNCIAS VEGETAIS

Uso do Óleo de Copaíba. Tempo de Uso do Óleo de Copaíba. Tempo de evolução 01/02/06 a 29/03/06( aproxim. evolução 01/02/06 a 29/03/06( aproxim. 2 meses).2 meses).

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO ATIVIDADE TERAPÊUTICA DE ATIVIDADE TERAPÊUTICA DE

SUBSTÂNCIAS VEGETAISSUBSTÂNCIAS VEGETAIS

Uso de Dersani. Tempo de evolução de Uso de Dersani. Tempo de evolução de 24/02/06 a 18/08/06 (aproximadamente 24/02/06 a 18/08/06 (aproximadamente 6 meses).6 meses).

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO ATIVIDADE TERAPÊUTICA DE SUBSTÂNCIAS ATIVIDADE TERAPÊUTICA DE SUBSTÂNCIAS

VEGETAISVEGETAIS Uso de Dersani. Tempo de evolução de 17/01/06 a 11/10/06Uso de Dersani. Tempo de evolução de 17/01/06 a 11/10/06(aproximadamente 9 meses). (aproximadamente 9 meses).

não ocorreu diferença estatística em relação ao tempo de curanão ocorreu diferença estatística em relação ao tempo de cura..

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICOBarbatimãoBarbatimão

Uso de Extrato glicólico de Barbatimão em diferentes pacientes. Observar o caráter secante do Barbatimão nas lesões.

PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO(Aroeira)(Aroeira)

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