pedágios uma facada...Ilusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências Para despertar a...

8
Jornal Regional de Barretos www.redebrasilatual.com.br BARRETOS nº 3 Julho de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Tarifa sobe no Estado de São Paulo; ida e volta à Capital custa R$132,20 PEDáGIOS ALERTA Obtida a partir da cocaína, o óxi mistura cal virgem, querosene e outras porcarias Pág. 5 A NOVA PEDRA QUE é UMA SUPERDROGA A peça infantil que enfeitiça pequenos e marmanjos na cidade Pág. 6 TEATRO FLOR MARAVILHA Invicto na Segundona, o BEC está demais. E a Touro do Vale ri à toa Pág. 7 FUTEBOL ES-PE-TA-CU-LAR! Na luta por melhores salários, operárias do Anglo dariam a vida Pág. 3 MEMóRIA GREVE DE SAIA UMA FACADA

Transcript of pedágios uma facada...Ilusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências Para despertar a...

Page 1: pedágios uma facada...Ilusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências Para despertar a curiosidade dos estudantes pela teoria da evolução de Charles Darwin e explicar

Jornal Regional de Barretos

www.redebrasilatual.com.br barretos

nº 3 Julho de 2011

DistribuiçãoGratuita

Tarifa sobe no Estado de São Paulo; ida e volta à Capital custa R$132,20

pedágios

alerta

Obtida a partir da cocaína, o óxi mistura cal virgem, querosene e outras porcarias

pág. 5

a nova pedra que é uma superdroga

A peça infantil que enfeitiça pequenos e marmanjos na cidade

pág. 6

teatro

flor maravilha

Invicto na Segundona, o BEC está demais. E a Touro do Vale ri à toa

pág. 7

futebol

es-pe-ta-cu-lar!

Na luta por melhores salários, operárias do Anglo dariam a vida

pág. 3

memória

greve de saia

uma facada

Page 2: pedágios uma facada...Ilusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências Para despertar a curiosidade dos estudantes pela teoria da evolução de Charles Darwin e explicar

2

expediente rede Brasil atual – Barretoseditora gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Leonardo Brito (estagiário) e Aquino José revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008 tiragem: 6 mil exemplares distribuição gratuita

editorial

Nesta edição, a reportagem das páginas centrais mostra um descalabro que existe no Estado e que passa, para muitos, como o preço que devemos pagar pela modernidade e boa qualidade de nossas estradas, quando, na verdade, ele é o custo, pra lá de salgado, de uma política insensata em relação às nossas estradas: o pedágio é absurdamente caro e engor-da apenas o bolso das concessionárias. Outra coisa que está entrando em discussão na cidade é o que fazer quando o óxi, uma droga mais barata e mais alucinante que todas as suas irmãs, chegar a Barretos. A polícia combatendo o tráfico, de um lado, e as outras autoridades tratando de bem informar à população sobre os efeitos letais dessa porcaria – uma mistu-reba de cocaína, cal virgem, querosene e eletrolito, a popular água de bateria de automóvel (composta de sódio, potássio, cloreto, cálcio, magnésio, bicarbonato, fosfato e sulfato) – é que podem combater o terrível mal que se avizinha.

Mas há uma coisa que tem deixado o barretense mais lou-co do que essa porcaria de óxi: é o BEC. Falamos aqui do time do Barretos Esporte Clube, líder invicto da Segundona que tem tudo para ir mais longe no campeonato e pirar de vez toda a Touro do Vale. Vale a nossa torcida. Boa leitura!

bancários-sp

outra presidentaJuvandia é eleita com 83% dos votos

A chapa que venceu a eleição para o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Re-gião tem à frente Juvandia Moreira, a primeira mulher

eleita presidenta da entidade em 88 anos de história. Ela era secretária-geral quando, em maio de 2010, assumiu a direção da entidade após o então presidente, Luiz Cláu-dio Marcolino, licenciar-se para concorrer a deputado estadual. Agora, foi esco-lhida por 26.545 bancários, com 83,49% dos votantes. Funcionária do Bradesco desde 1992, formada em Direito e pós-graduada em Relações Internacionais, Ju-vandia tornou-se diretora do Sindicato em 1997.

div

ulg

ão

curiosidade cientÍfica

mulher macaco ajuda alunosIlusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências

Para despertar a curiosidade dos estudantes pela teoria da evolução de Charles Darwin e explicar alguns conceitos da fí-sica como reflexão e retração da luz, os alunos da Escola Muni-cipal Professor Dorothóvio do Nascimento, do bairro Barretos II, usaram a técnica de ilusio-nismo de Monga, a mulher ma-caco – a escola tem a disciplina de Laboratório de Ciência, na qual os conteúdos da sala de aula são acompanhados de ex-

periência. “A criança não aceita mais somente giz, apagador e lousa” – observa a diretora Pe-trina Aparecida Barcelos.

As trigêmeas da família Silva – Maria Eduarda, Maria

Vitória e Maria Fernanda – e a amiga Michele Vitória Santos, todas de oito anos, se revezam na apresentação do espetáculo da “Monga” vestindo a roupa de macaco. Elas dizem que colegas de escola se assustam com a transformação da garo-ta. E garantem ter sido “fácil” aprender a técnica que utiliza “a sobreposição de imagens em vidro através do jogo de luz branca”. Enfim, elas ado-ram a brincadeira que ensina.

as trigêmeas e a monga

aq

uin

o J

osé

mÚsica raiZ

vem aí o 28º festival violeiroMais antigo concurso do gênero tem inscrições até dia 29

Violeira Rose Abrão, o mais antigo Festival de música raiz do Brasil, nas-ceu como parte da Festa do Peão de Barretos e revelou gente como Rio Negro & Solimões, Zé Henrique & Gabriel, Durval & Davi, Zé do Cedro & João do Pinho, entre outros.

As músicas inscritas no Festival devem ter letra e me-lodia inéditas, apresentar uma

aq

uin

o J

osé

o apresentador J. carvalho

viola de 10 cordas e têm de ser defendidas por duplas ou trios. A maioria das canções versa sobre a Festa do Peão de Boiadeiro – o estilo de vida, as vestimentas, os cos-tumes estradeiros. O tema é livre, mas as canções mantêm palavras e vocabulários usa-dos entre pessoas que vivem a música raiz. O regulamento completo está no site www.independentes.com.br.

Page 3: pedágios uma facada...Ilusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências Para despertar a curiosidade dos estudantes pela teoria da evolução de Charles Darwin e explicar

3

memória

“morreremos juntas” – diziam as operárias em greveMulheres do Frigorífico Anglo lutavam por melhores salários e condições dignas de trabalho

ar

qu

ivo

do

mu

seu

ru

y m

en

ez

es

ar

qu

ivo

pes

soa

l Jo

sé m

esq

uit

aa

rq

uiv

o p

ess

oa

l

Entre 1927 e 1935, as mu-lheres compunham uns 20% da mão de obra do Frigorífico Anglo, que empregava 2.000 pessoas, segundo a historia-dora Célia Aiélo. A maioria delas reproduzia a experiên-cia do lar: 60% trabalhavam no setor de conservas, que exigia habilidade doméstica para cortar e cozinhar carnes e legumes e, além do escritó-rio, era possível encontrá-las no descarne, setor posterior à matança, que requeria habi-lidade, resistência e alguma força física para despegar a carne dos ossos.

Em 1930, a mão de obra feminina do frigorífico era nativa. Com a imigração, as estrangeiras ocuparam seções antes dominadas por brasilei-ras – segundo Irineu Moraes, no livro Lutas Camponesas

no Interior, as operárias es-trangeiras recebiam menores salários, episódio que gerou a primeira greve no frigorífico em mãos dos ingleses.

A empresa utilizava-se de jovens, a maior parte entre 15 e 18 anos, solteiras, mui-tas filhas de imigrantes, que

eram substituídas quando se casavam. As mulheres ganha-vam metade do salário pago aos homens e trabalhavam em locais insalubres. Passavam o dia todo com os pés na umida-de, circulando no vapor do co-zimento dos produtos, sujeitas a acidentes nas máquinas.

Na década de 1950, as mu-lheres resolveram fazer uma greve. Desligaram a bomba de água que abastecia a fábrica e as casas dos ingleses, fize-ram um cordão em volta e não permitiram que os bombeiros entrassem pra ligar. Diante da ameaça da polícia de jogar

bombas, elas disseram: “se vamos morrer, morreremos to-das juntas.” – atesta Célia, que acrescenta: “A forma de protes-to dos trabalhadores, indepen-dente de sexo, no Frigorífico Anglo de Barretos, representa-va uma estratégia de resistência e luta, uma contestação à situ-ação em que se encontravam” – diz a historiadora Célia Aiélo.

sem veneno

crédito fundiário estimula agricultura orgânicaAssociação Nova Vida comprou mais de 12 alqueires no distrito de Laranjeiras, em Colômbia

Fundada em Barretos no dia 23 de fevereiro de 2005, a Associação de Produtores Orgânicos Nova Vida con-seguiu há dois anos com-prar mais de 12 alqueires de terra no distrito de La-ranjeiras, em Colômbia. Pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), que financia a agricultura familiar sustentável e soli-dária, cinco famílias adqui-riram 2,5 hectares e produ-zem alimentos.

rência e juros de 5,5% ao ano. E conta com a ajuda da pa-trulha rural de Colômbia para tombar e gradear a terra. As fa-mílias construíram suas casas e obtiveram energia elétrica, em dezembro, pelo Programa Luz Para Todos, do governo fede-ral. Cada propriedade conta agora com seu transformador. A meta é, por meio do PNCF, conseguir R$ 20 mil por famí-lia para melhorar a produção. Planejam plantar juntos 20 mil pés de palmito pupunha, con-

sorciado com pimenta. Outros pensam em plantar cenoura e abobrinha para a merenda es-colar. Há ainda quem pretenda criar umas vaquinhas e fazer queijo e doce de leite.

“A Nova Vida planeja com-prar mais terras para aumen-tar a produção de orgânicos” – informa o presidente Celso Ferreira da Silva, o Fiínho. A determinação é fomentar a agricultura “limpa, saudável, sem o uso de agrotóxico e agroquímico” – diz ele.

Antônio dos Santos e a esposa Maria Aparecida Li-mier plantam milho, mara-cujá, jiló e pimenta. Vendem sua produção orgânica para feirantes e fabricantes de lin-guiça da região e acham que valeu a pena investir no ne-gócio. “Aqui tudo era pasto” – lembram. A falta de água no lugar foi superada com um pequeno poço. Agora o casal quer furar um semi-ar-tesiano, em que a água preci-sa ser bombeada.

celso ferreira da silva

aq

uin

o J

osé

O projeto de crédito finan-ciou R$ 40 mil, para pagar em 17 anos, com dois anos de ca-

No dia 10 de setembro haverá o 10º Encontro de ex-moradores, descenden-tes e amigos do Bairro In-dustrial do Frigorífico. A reunião será no Clube So-cial e Recreativo do Frigo-rífico e vai lembrar o antigo Anglo e o bairro operário” – diz José Mesquita, orga-nizador do evento.

velhos dias

trabalhadoras do frigorifico anglo na decada de 30-40

Page 4: pedágios uma facada...Ilusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências Para despertar a curiosidade dos estudantes pela teoria da evolução de Charles Darwin e explicar

4

carga pesada

Desde o dia 1º de julho, os pedágios do estado de São Paulo estão mais caros. Nas Rodovias Bandeirantes, Cas-telo Branco, Anchieta e Imi-grantes o aumento é de 9,77%. Já nas Rodovias Ayrton Sen-na, Carvalho Pinto, Dom Pe-dro 1º, Marechal Rondon e no trecho Oeste do Rodoanel, o aumento é de 6,55%.

Desta vez, os reajustes vão ser arredondados em R$ 0,10 – não mais em R$ 0,05 como no ano passado. A mudança, segundo as concessionárias, vai facilitar na hora de dar tro-co aos motoristas.

são paulo tem o pedágio mais caro do mundo

Um pedagiômetro calcula, desde 1º de ju-lho de 2010, a arrecadação das 227 praças de pedágio estaduais de São Paulo.

A ferramenta virtual estima em tempo real a arrecadação dos pedágios paulistas com base nos relatórios das concessionárias.

Os idealizadores do pedagiômetro, Eric Mantoani e Keffin Gracher, calculam que os

pedágios paulistas arrecadam R$ 168,09 por segundo, ou R$ 605,1 mil por hora, chegan-do perto de R$ 435,6 milhões por mês. “Qui-semos criar algo que impacte e sensibilize as pessoas para perceberem que os valores são realmente muito altos e para que se analise que pedágio não deveria servir para lucro” – diz Gracher.

www.pedagiometro.com.brNo ano passado, surgiu

também o Movimento Es-tadual contra os Pedágios Abusivos de São Paulo. José Matos, morador de Indaiatu-ba, é o coordenador do mo-vimento, que reúne grupos descontentes com as praças de pedágio do Estado.

Segundo ele, de 1998 a 2009, o governo de São Paulo arrecadou R$ 8,4 bilhões de outorga, uma espécie de aluguel que as concessionárias pagam para o governo e que aumenta o valor das tarifas de pedágio.

O movimento – afirma Matos – é a favor do mode-

preços abusivos

Valor cobrado no Estado é doze vezes maior do que nas estradas federais

Segundo estimativa do Pedagiômetro, no fechamento da

matéria, às 14h30, de 11 de julho, os

pedágios de São Paulo arrecadaram mais de R$ 3,0 bi. p

ed

ag

iom

et

ro

.co

m.B

r

praças de pedágio: mais 27 delas operam nas estradas paulistas desde o ano passado

r$6,90itupeva

rod. dos Bandeirantes, km 77 – sp-348

r$6,20nova odessa

rod. anhanguera,km 118 – sp-330

r$4,70limeira

rod. anhanguera,km 152 – sp-330

r$6,60rio claro

rod. Washington luiz,km 181 – sp-310

r$4,00itirapina

rod. Washington luiz,km 217 – sp-310

r$12,40araraquara

rod. Washington luiz,km 282 – sp-310

r$5,70doBrada

rod. Brg. faria lima,km 307 – sp-326

lo adotado pelo governo fe-deral, em que não há outor-ga e as tarifas são menores porque o leilão dos trechos concedidos busca o menor preço e dispensa outorga.

“Pedágio é tarifa, não é imposto; e tarifa se paga pelo uso, como água, telefo-ne” – propõe. Exemplo dis-so são os 20 km do trajeto Indaiatuba – Campinas. Co-bra-se pelos 62 km disponí-veis ao custo de R$ 10,10. “De onde veio esse valor de R$ 10,10?” – pergunta. E completa: “Sem a outor-ga, o valor seria de apenas R$ 0,40”.

div

ulg

ão

saídasão paulo

r$7,00caieiras

rod. dos Bandeirantes, km 36 – sp-348

O caminhoneiro Mauricio Antônio Leite, 48 anos, 28 de profissão, transporta merca-dorias de Barretos para São Paulo e desembolsará, ago-ra, para ir à Capital e voltar, R$ 132,20 nas 10 praças de pedágio existentes.

O trecho com o menor va-lor, de R$ 4,00, é no km 217, em Itirapina, na Rodovia Wa-shington Luiz (SP-310). Já o mais caro fica no km 282, em Araraquara, na mesma rodo-via, R$ 12,40. Agora, em mé-dia, entram cerca de R$ 170 por segundo nas 227 praças de pedágio de São Paulo.

Page 5: pedágios uma facada...Ilusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências Para despertar a curiosidade dos estudantes pela teoria da evolução de Charles Darwin e explicar

5

alerta

nova droga, próxima da gente

ainda não há registro na cidade

deputado luta por verbas

“Óxi está para entrar em Barretos” – dizem policiaisO óxi, a droga da moda,

é obtida a partir da pasta- -base de cocaína, misturada a cal virgem, querosene e outros derivados (depende do traficante), a droga é pa-recida com a pedra de cra-ck. Quando fumada, libera uma fumaça mais escura. De acordo com o perito cri-minal Paulo Cezar Marques Rocha, da Polícia Científica do Estado de São Paulo, que integra a equipe que atua em

forme estudo realizado na Argentina. “Os traficantes co-locam corante na droga, que passa a ter tonalidades diver-sas. Em Franca apreenderam cocaína marrom” – diz Paulo Cezar, que explica: “O blo-queio de células do cérebro do viciado provoca a síndro-me da abstinência. A ausência só vai ser suprida pela droga, que é gostosa para o viciado, caso contrário ele não volta-ria a usá-la” – conclui.

13 cidades da região, o óxi é um crack piorado.

A nova droga é seis vezes mais viciante que o crack, con-

pedra de óxi

delegado antônio simões

div

ulg

ão

“Até o momento não foi feita nenhuma apreensão de óxi na região de Barretos aten-dida pela Delegacia de Inves-tigação Sobre Entorpecentes (DISE)” –, informa o delega-do Antônio Alício Simões. Ele destaca o trabalho realizado

pelas Polícias Civil e Militar, mas alerta que o problema é de saúde pública. A Delega-cia disponibiliza o telefone 08007787654 para atender a denúncias contra traficantes.

O avanço das drogas em Barretos, como em outras ci-dades, preocupa as autorida-des. Além dos jovens, cresce o índice de usuários da chamada terceira idade. “Pessoas com mais de 60 anos estão viciadas em crack” – revela o delega-do. Alício Simões afirma que tenta orientar famílias que têm

dependentes químicos. “As autoridades e a sociedade têm como desafio dar uma respos-ta para o problema, oferecen-do opções de vida aos depen-dentes – diz.

Para o delegado, a droga atrai porque “dá uma sensação de bem-estar.” Lembrando Pre-to Zezé, presidente da Central Única das Favelas (CUFA), que veio a Barretos realizar uma pa-lestra, o delegado enfatiza que o “o crack é o orgasmo mental” de tão bom que é seu uso. Mas alerta: “ele é letal”.

A Comunidade Tera-pêutica da Fundação Padre Gabriel, por meio de José Rodrigues “Dedé” Araújo e

Ronaldo Marques, e o presiden-te do Sindicato dos Bancários de Barretos, Marco Antônio Pereira, tiveram encontro com o deputado estadual Luiz Cláu-dio Marcolino, durante visita do parlamentar petista a Guaí-ra. Os barretenses apresentaram o projeto de instalação da Co-munidade que vai trabalhar na

recuperação de dependentes químicos e pediram apoio do deputado para que a entidade consiga o reconhecimento estadual de utilidade pública para receber verbas do Esta-do. Marcolino foi convidado a conhecer a Comunidade Terapêutica e ficou de agen-dar a visita.

aq

uin

o J

osé

div

ulg

ão

aq

uin

o J

osé

assalto ao bolso

A Transcomap é uma em-presa de transporte rodoviário da cidade que faz dez viagens semanais entre Barretos e São Paulo. Com filiais na Capital e em Ribeirão Preto, ela possui 30 caminhões em atividade. O pe-dágio representa 30% do custo do frete de acordo com o diretor Fernando Muniz Pacheco. Só em pedágios, seu gasto mensal fica em torno de R$ 30 mil.

Cansado de pagar o eleva-do preço cobrado nas praças de pedágio em São Paulo (veja o gráfico abaixo), o caminho-neiro Márcio Henrique da Sil-va, o Marcinho, há 15 anos na

profissão, realiza viagens para Goiânia para sobreviver. “Para aqueles lados, as estradas estão boas e não há cobrança pela sua utilização.” Para a alta manu-tenção de seu Scania 101, de 5 eixos, ele diz que nas estradas paulistas o “ideal era cobrar R$ 1 por eixo do caminhão”.

O comerciante Mario Sér-gio Freitas, o Serjão, que três vezes por semana faz de carro o trajeto Barretos–São Paulo considera “um abuso” o valor cobrado nos pedágios por onde trafega. Em sua opinião, R$ 2 seria um preço justo para car-ros de passeio.

chegadabarretos

total: r$66,10

rod. Brg. faria lima,km 307 – sp-326

r$5,90taiúva

rod. Brg. garia lima,km 357 – sp-326

r$6,70colina

rod. Brg. faria lima,km 407 – sp-326

No planeta, as tarifas variam de R$ 0,02 a R$ 0,04 por km rodado. Em São Paulo, elas vão de R$ 0,08 a R$ 0,16 e chegam a R$ 0,56 no caso da Marginal da Rodovia Castelo Branco.

Há praças de pedágio espa-lhadas em todas as estradas pau-listas. Em 2010, mais 27 praças entraram em operação no Esta-do. Cada lugar cobra um preço. Para ir de Marília à Capital, o motorista gasta R$ 50,70 em oito pedágios existentes – cin-co na Rodovia Marechal Ron-don e três na Castelo Branco. Quem se desloca desde Piraci-

caba (165 km), pela Rodovia dos Bandeirantes, desembolsa R$ 20,10. De acordo com dados do pedagiômetro, as praças de pedágio arrecadam R$ 168,09 reais por segundo, mais de R$ 435 milhões todos os meses.

O valor cobrado aqui é 12 vezes maior do que nas estra-das federais – na Rodovia Fer-não Dias, para ir de São Paulo a Belo Horizonte (586 km) o motorista paga R$ 10,40. Já nos 454 km que separam São José do Rio Preto de São Paulo, o viajante gasta R$ 67,80 – uma diferença de quase 600%.

caminhoneiro sofre

caminhoneiro márcio Henrique da silva – o marcinho

Page 6: pedágios uma facada...Ilusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências Para despertar a curiosidade dos estudantes pela teoria da evolução de Charles Darwin e explicar

6

teatro

a morte é tema central de espetáculo infantil

flor de maravilha companhia rio circular

A perda é o fio condutor da peça Flor de Maravilha, da Companhia Rio Circular, em cartaz na cidadeA peça é construída com

cantigas e histórias, contadas e cantadas, da tradicional cultu-ra ocidental e oriental. Acres-cente-se a isso belos textos de Guimarães Rosa e o espe-táculo, que utiliza roupagem, códigos e linguagem infantil, aborda a morte e a perda de forma lúdica, levando a crian-çada a um universo real e, por

que não?, mítico. O público- -alvo são crianças de quatro a onze anos.

Para o diretor Adonias Gar-cia, além da linguagem “todo espetáculo tem de ter uma função social e refletir sobre algum assunto”. O argumen-to da peça é que as crianças e adolescentes deixaram de ou-vir a palavra “não”. Esse foi

um equívoco da educação. “O espetáculo, do ponto de vis-ta pedagógico, trabalha esse tema” – diz ele, que acrescen-ta: “Perda e morte fazem parte do processo da vida e integram o processo educativo, onde coisas e objetos deixam de ser o que são e se tornam signos, tendo outro significado na nar-rativa” – explica o diretor.

A peça conta a história de uma menina que tinha sido apelidada de Flor de Maravi-lha pela avó, que lhe dera o livro de onde ela tirava belas histórias e cantigas para contar

Fundada em Barretos, a Companhia Rio Circular de Artes Cênicas existe há 21 anos e já se apresentou para mais de 300 mil pessoas em mais de 300 cidades de quatro Estados brasileiros. Também ministrou ou exe-cutou cursos, oficinas, per-formances e outras ações em universidades, escolas, sindicatos, fábricas, asso-ciações comerciais e ONGs, fez trabalhos em campanhas eleitorais e desenvolveu tra-balhos no rádio e na televi-são. “A Cia. Rio Circular tem qualidade técnica, fun-damentação, proposta esté-

e cantar para sua flor, que a me-nina também apelidara de Flor de Maravilha. Se não ouvia a menina, a flor ficava triste e perdia a cor. A menina cresceu e, com a distância da avó, dei-xou de ler o livro e abandonou a flor, mas o espetáculo propõe um final surpreendente.

O elenco tem Izael Barro-so e Juliana Mafra. O figurino é de Osmildo Andrade, o ce-nário de Geraldo Oliveira e a direção de Adonias Garcia. Em agosto, o espetáculo será apresentado em Ituverava e Morro Agudo. Depois a turnê se estende por cidades do sul de Minas Gerais e interior de São Paulo.

tica e linguagem específica” – garante o diretor Adonias Garcia. “A proposta é fazer

izael e Juliana no palco

teatro de repertório, retomar montagens antigas e voltar a participar de festivais.”

div

ulg

ão

flÁ

vio

sem

ilia

div

ulg

ão

aq

uin

o J

osé

anuncie aqui!Telefone: (11) 3241–0008

E-mail: [email protected]

Rede

uma nova comunicação para um novo brasil

Page 7: pedágios uma facada...Ilusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências Para despertar a curiosidade dos estudantes pela teoria da evolução de Charles Darwin e explicar

7

futebol

barretos está classificado para a próxima faseLíder invicto do Grupo 2 da Segundona, com o time redondinho, o BEC está com a bola toda

uma torcida apaixonada pelo touro do valeO Barretos Esporte Clube

tem uma torcida apaixonada, que acompanha o time em todos os jogos. As vitórias do time, no Grupo 2 da Segun-da Divisão Paulista, deixam a galera animada. O público médio nos jogos realizados no Estádio Fortaleza é de 2.000 pessoas, embora “em alguns jogos tenha alcançado 4.000 espectadores” – como informa o jornalista Roberto José, que acompanha a agremiação.

A torcida Fúria Jovem leva ao campo uma bandei-ra de 90 m² para incentivar o time. Nascida da fusão da Força Jovem e da Fúria do Vale, a torcida organi-zada do Touro do Vale tem 35 integrantes cadastrados, com idade entre 15 e 23 a torcida vibra com o time: o bec está arrasando

aq

uin

o J

osé

O Barretos Esporte Clube já está classificado para a pró-xima fase do Campeonato da Segundona do Futebol Paulis-ta, mesmo antes da conclusão desta etapa do certame. A nova etapa da disputa começa a ser disputada no primeiro fim de semana de agosto.

Líder do Grupo 2, o time não sofreu derrota nas roda-das da competição. Foram nove jogos, com seis vitórias, três empates, 19 gols a favor e 11 gols contra. O artilheiro do “Touro do Vale” é Emer-son Cesar dos Santos, o Nha-nhá, com sete gols. O atacante tem o mesmo número de gols assinalados que Juninho, da Mauaense; Everton, do Gua-

rujá, tem seis gols. Os três artilheiros só perdem para o jogador Romão, do Capivaria-no, que balançou a rede oito vezes na temporada.

O treinador Valter Ferreira revelou que o time está fo-

cado na próxima fase da dis-puta, em que se classificam apenas dois times para a eta-pa posterior. “Estamos muito bem, mas os outros clubes reforçam o elenco” – alerta o técnico.

vina, reforço do timeO gerente de futebol

do Barretos Esporte Clu-be, Olimpio Ferreira, o Pinho, apresentou a nova contratação do BEC, o volante Vina, 28 anos, que disputou o Campe-onato Paulista da Série A2, pelo Sertãozinho. O atleta já atuou pelas equipes do Mirassol, do Mogi Mirim, da Ferrovi-ária, do Mineiros de Goi-ás e do Sertãozinho.

Pinho foi por quatro anos gerente de futebol do Mirassol e volta pela terceira vez a trabalhar ao lado do presidente Milton Aparecido da Silva.

treinamento do bec: confiança e seriedade

anos. Fora dos estádios, a ga-lera se encontra nas redes so-ciais como Orkut e Facebook. “Mesmo quando o time perde, o coração fica da mesma ma-neira, pois a paixão pelo time não se altera. Somos Barretos Esporte Clube na vitória e na derrota” – diz Evandro Jorge

Lourenço Silva, 23 anos, um dos líderes da organizada.

Apostando no acesso do Barretos Esporte Clube, Flávio Domingos, o Domingão, 39 anos, morador no bairro Jockey Club, carrega no coração a pai-xão por três times: Corinthians, Touro do Vale e Camarões, a

equipe do “morro” que disputa o campeonato varzeano. “Lá em casa todo mundo é corintiano: eu, a esposa, o filho e o cachor-ro” – brinca. Para incentivar o “Tricolor do Alto da Rua Vin-te”, como é conhecido o Barre-tos, ele leva ao campo também várias bandeiras do Corinthians.

“O Barretos não pode ficar nesta divisão do futebol pau-lista. Tem jogos da primeira divisão que não têm o público que temos” – diz.

“Sou Barretos Esporte Clube desde a fusão com o Fortaleza, na década de 60, de quem era torcedor” – afirma Vicente Nogueira, 70 anos, morador no bairro Pereira, que na geral acompanha, em pé e inquieto, os jogos do Touro do Vale. Com o rádio ligado, ele dá palpites durante a partida. “Gosto de futebol rápido, to-que de bola. Não aprecio joga-dor que fica ensebando.” Ga-rante que é calmo e vivido, por isso acha natural que o time perca alguns jogos, mesmo que esteja embalado e invicto no início desta temporada.

Jan

io m

un

ho

z

div

ulg

ão

Page 8: pedágios uma facada...Ilusionismo de “Monga” é usado em Feira de Ciências Para despertar a curiosidade dos estudantes pela teoria da evolução de Charles Darwin e explicar

8

9 1 5

1 7

2 3 8 6

8 4 7 2

1 6

5 1 2 9

1 6 2 8

4 1

3 9 7

palavras cruZadasfoto sÍntese – igreJa do rosário palavras cruZadas

respostas

palavras cruZadas

sudoku

Horizontal – 1. Temor; partamos 2. Magistrado mourisco que tem funções de administrador judicial e fiscal; Escola de Comunicação e Artes 3. O Estado dos mineiros 4. Lado da embarcação que se acha exposto ao vento; Relativo ao gato 5. Móvel que serve para sobre ele se porem as refeições; Moléstia infecciosa grave que invade o organismo através de ferimentos na pele e atinge o sistema nervoso central, ocasionando contraturas musculares 6. Feito sem formalidades 7. Associação de Ortodontia de Araraquara; Lavram; Sorri 8. Alimentado; Preposição diante de 9. Porção balanceada de alimento; Ação de ir de um lugar para outro 10. Bairro carioca11. Sétima nota musical; Membro das aves guarnecido de penas; Solução de substância orgânica ou mineral usada para hidratar

vertical – 1. Museu de Arte Moderna; O gato é o único que faz; Assinado (abrev.) 2. Zola, escritor francês; Ligado (em inglês); Onomatopeia que mostra dor 3. Antigo habitante do planeta 4. País do Oriente Médio; O latido; Correia de couro, no Nordeste 5. São Francisco; O autor do segundo dos quatro evangelhos do Novo Testamento, dividido em 16 capítulos 6. Relativa à comida exclusivamente vegetal 7. Aquilo que acelera 8. Que vive no mar ou à beira-mar; Carta do baralho 9. Homem que não cresceu; Que foi ou se foi 10. O mesmo que iônio, ionte; Posição de contorno, espaço em volta de algo ou alguém 11. É, em inglês; Excelente (fem.)

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

palavras cruzadas

MEdOvAMOSAMiMECAiMiNASgERAiS

LOFELiNOMESATETANOiSuMARiOTAOAARAMRi

NuTRidOEMARACAOidASAOCONRAdOSiASASORO

sudoku

789216453163945872254738169398467215421359687675182934517624398946873521832591746

aq

uin

o J

osé