Pedro Nunes ptnunes@gmail - apurologia.pt · ì Mais eficaz em testículos palpáveis ... J Clin...
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Pedro Nunes – [email protected]
• Pele escrotal estende-se até à face ventral do pénis • Anomalia da ligação entre o escroto e o pénis
Pénis “soterrado”
Surgical Approach to Concealed Penis: Technical Refinements and Outcome.
Borselino et al. Urology 69 (6) - 2007
ANOMALIAS ESCROTAIS
ì Agenesia escrotal (raríssimia)
ì Escroto acessório (tecido escrotal ectópico adicional)
ì Escroto ectópico
ì Escroto bífido
ì Transposição peno-escrotal
ì Quistos do rafe médio
Alterações escrotais Hipospádias
Sem testículos na bolsa
AVALIAÇÃO GENÉTICA E ENDOCRINOLÓGICA URGENTE!!!!
6 meses
Aumento do volume escrotal á direita
Flutuações do volume escrotal
Qual o diagnóstico?
Porque acontece?
Como estudar?
Tratamento?
Prognóstico?
HIDROCELO
ì Persistência do processus vaginalis:
ì 80-94% dos RNs
ì 20% adultos
ì Hidrocelos comunicantes
ì Hidrocelos não comunicantes:
ì trauma minor, epididimite, torsão, cirurgia de varicocelo, cirurgia de hidrocelo comunicante
HIDROCELO - diagnóstico
ì Variação do volume (actividade)
ì Transiluminação (… intestino com líquido, teratomas …)
ì Dúvida – ECOGRAFIA (+- doppler) (sens 100%)
HIDROCELO - tratamento
ì Não indicado até aos 12-24 meses
ì Resolução espontânea
ì Rara progressão para hérnia (não incarcerada)
ì Cirurgia precoce se:
ì Hérnia
ì Suspeita de patologia testicular
ì Hidrocelo não comunicante
ì 75% resolve espontaneamente – atitude expectante 6 a 9 meses
ì Laqueação do processus vaginalis por via inguinal – coto distal aberto
ì Hidrocelo do cordão: exérese ou marsupialização
ì Não usar agentes esclerosantes (risco de peritonite química)
ì Hidrocelo secundário não comunicante: Lord ou Jaboulay
6 meses – (pré-termo 34 semanas) testículo não palpável à esquerda
Qual o diagnóstico?
Porque acontece?
Como estudar?
Que fazer?
Prognóstico?
3 FASES DA DESCIDA TESTICULAR:
• MIGRAÇÃO TRANSABDOMINAL
• FORMAÇÃO DO PROCESSUS
VAGINALIS
• DESCIDA TRANSINGUINAL ATÉ AO
ESCROTO
Pele Pele
Dartos Colles / Scarpa
F. Esp externa Ob Ext
F cremastérica Ob int
F esp interna F transversalis
Vaginal Peritoneu
PREMATUROS TERMO
60% dos RNs com TMD – descida espontânea até aos 12 meses de idade Mediada por aumento pós-natal de testosterona
• Aos 12 meses de idade cerca de 1% dos meninos de termo têm TMD • Anomalia congéntia dos genitais mais frequente nos RNs masculinos.
Localizam-se fora do normal trajecto de descida: Fixação anómala do gubernáculo Histologia igual aos testículos criptorquídicos
TESTÍCULOS ECTÓPICOS
TESTÍCULOS RETRÁCTEIS
ì Volume normal
ì Consistência normal
ì Atingem o escroto com manipulação
ì Permanecem no escroto
ì Escroto com desenvolvimento normal
ì Reflexo cremastérico hiperactivo
ì Apresentação em idades mais tardias
ì SEGUIMENTO ANNUAL (podem tornar-se ascedentes !!!)
Não necessitam tratamento
TESTÍCULOS “ASCENDENTES”
ì Previamente no escroto
ì Patência do processus vaginalis
ì Ausência de resposta à HCG
ì Diminuição da fertilidade
ì Requerem orquidopexia
TESTÍCULOS MAL DESCIDOS
ì Encontram-se no trajecto normal de descida:
ì Intra-abdominal (não palpável)
ì Orifício inguinal interno (não palpáveis)
ì Canalicular (por vezes não palpáveis)
ì Escrotais altos
Exame bimanual
Inguinal 72 %
Retráctil 20 %
Ectópico 20 %
Bilateral 15 %
Não palpável 20 %
EXAME OBJECTIVO !!!
TESTÍCULOS NÃO PALPÁVEIS
ì EXAMES RADIOLÓGICOS: papel limitado
ì LAPAROSCOPIA: ì Duração média: 15 min
ì Complicações: 1%
ì Testículos intra-abdominais: 39%
ì Canalicular: 45%
ì Vasos cegos: 14%
ì Conversão para aberta: 2,5%
ì Orquidopexia: 53%
Metanálise – 720 casos – Peters 2004
Tratamento Hormonal dos TMDs
ì HCG 1500 UI/m2 (2xs/semana – 4 semanas) ì 19% sucesso
ì GnRH 1.2 mg/dia – spray nasal – 4 semanas ì 21% sucesso
ì 10-25% re-ascendem
ì Bilateral > Unilateral ì Mais eficaz em testículos palpáveis
ì Pode ser eficaz antes ou após a orquidopexia – melhoria do indíce de
fertilidade
J Clin Endo Metab 1995
• Infertilidade
• Produção hormonal
• Risco de cancro
• Hérnia inguinal associada
• Risco de torsão do cordão
• Estética
IMPORTÂNCIA ?
Wood et al. J Urol, 2009
• RR de cancro em TMD: 2.75 – 8
• RR entre 2 e 3: orquidopexia aos 10-12 anos
• RR entre 2 e 6: orquidopexia após os 12 anos (vs orquidopexia pré-pubertal)
• Testículo contralateral normal: sem risco acrescido de cancro
• TMD persistente (inguinal e abdominal): elevado risco de seminoma (74%)
• TMD corrigidos / testículos escrotais: não-seminomatosos (63%, p <0.0001)
TMD E RISCO DE CANCRO DO TESTÍCULO
Ø > 10 anos e testículo intra-abdominal com testículo contralateral normal Ø ORQUIDECTOMIA (risco de neoplasia)
Ø Testículos intra-abdominais bilaterais Ø < 10 anos
Ø ORQUIDOPEXIA
The hCG stimulation test is used to demonstrate the presence of functional testicular tissue. It is therefore only useful in bilateral cryptorchidism With a normal phenotype and normal 46-XY karyotype, the diagnosis anorchia can be regarded as certain
ANOMALIAS TESTICULARES
ì Anorquia / Mono-orquia
ì Poliorquia
ì Extrofia testicular
ì Ectopia testicular transversa
ì Fusões gonadais (espleno-gonadal)
ì Hipertrofia testicular / Macro-orquidia
ì Microlitíase testicular
Torsão cordão Epididimite Torsão apêndice
+++ 37-64.6% 1.2 / 1000 crianças ano
< 1 ano 12-15 anos
Duração sintomas < 12h 69% 62% 31%
Local dor (inicial) Testículo Epidídimo Polo superior
Posição anómala ++++
Ausência reflexo cremastérico 100% sens / 66% espec
Febre 11-19%
Urocultura positiva Em alguns casos
ECO-DOPPLER 63.6-100% sens / 97-100% esp VPP 100% / VPN 97.5%
ì Günther, P; Rübben, I ì The Acute Scrotum in Childhood and Adolescence ì Dtsch Arztebl Int 2012; 109(25): 449-58; DOI:
10.3238/arztebl.2012.0449
Determinantes da taxa de salvação: • Tempo decorrido • Grau de torsão
• 4h e torsão 360º - pode haver lesão irreversível
• 12h e torsão 180 – 360º - pode haver viabilidade
• > 360º e 24 h – 0% de viabilidade
Torsão Cordão Espermático
Diagnóstico clínico precoce
Na dúvida exploração cirúrgica
Viabilidade / recuperação testicular: 6 horas
Destorsão / Orquidectomia + Orquidopexia (Bilateral)
(bolsa subdartos ou fixação com pontos
PROGNÓSTICO
ì FERTILIDADE / SUBFERTILIDADE ì 40% dos doentes após de torsão ì Espermograma normal: 5-50% ì Destorsão precoce (<13h): preservação fertilidade
ì ANDROGÉNIOS
ì CARCINOMA DO TESTÍCULO
ì RR 3.2 (alguns casos no testículo contra-lateral)
TORSÃO PERINATAL
ì Frequentemente ocorreu na fase pré-natal (75%)
ì Bilateral 11-21%
ì Escroto agudo / testículos duros / atrofia
ì Maioria são EXTRAVAGINAIS
ì Torsão assíncrona – 33% - EXPLORAÇÃO BILATERAL é mandatória
ì ECO-DOPPLER pode ajudar no dx
História Clínica & Exame Objectivo
ì Agressão / violação
ì Exame médico-legal
ì Fotodocumentação
ì Material forense
Traumatismos Escrotais Fechados
ì Hematoma escrotal subcutâneo
ì Luxação testículo (anel inguinal / subcutâneo / abdominal)
ì Hematoma intra-testicular
ì Hematocelo
ì Rotura testicular (50%) (rotura do epididimo é rara)
ì Torsão do cordão espermático
Morte por “inibição”
"In fact, Chevers states that the sensitiveness of the testicles is so well known in India, that there are cases on record in which premeditated murder has been effected by Cossiah women, by violently squeezing the testicles of their husbands."
Rotura Testicular
ì Ocorre em 50% dos casos de traumatismo escrotal fechado
ì Dor / Náuseas / Vómitos / Lipotímia
ì Equimose / Hematoma
ECOGRAFIA (com ou sem DOPPLER)
ì Heterogeneidade estrutural hematoma intratesticular
ì Perda de continuidade da albugínea - rotura (DIFÍCIL)
ì Hematocelo
ì Outras anomalias - tumor
ECOGRAFIA (com ou sem DOPPLER)
ì Sonda de min. 7,5 MHz, crianças 10-12 MHz
ì Precisão diagnóstica: 56% a 94%
ì (sens 28% / esp 78%)
ì (vs o exame objectivo para distinguir a
rotura do hematocelo)
Tratamento - Rotura Testicular
ì Exploração escrotal
ì Excisão de tubulos necróticos
ì Sutura contínua da albugínea - fio absorvível
ì Perda de albugínea - retalho ou remoção de polpa
Hematoma intratesticular
ì Aumento da pressão intratesticular
ì Atrofia
ì Necrose
ì Infecção
40% complicações - orquidectomia
HEMATOMAS INTRATESTICULARES SIGNIFICATIVOS DEVEM SER DRENADOS