PROJETO EDUCATIVO

“Construir um mundo novo, mais humano e mais habitável para a criança, pela criança e com a criança!”

Maria Ulrich, 1979

2016/2019

Escola Profissional de Pedagogia Social - Projeto Educativo 2

1. INTRODUÇÃO

Impressão Digital

Os meus olhos são uns olhos, E é com esses olhos uns

que eu vejo no mundo escolhos onde outros, com outros olhos,

não veem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos diz flores. De tudo o mesmo se diz.

Onde uns veem luto e dores uns outros descobrem cores

do mais formoso matiz.

Nas ruas ou nas estradas onde passa tanta gente,

uns veem pedras e pisadas, mas outros, gnomos e fadas

num halo resplandecente.

Inútil seguir vizinhos, querer ser depois ou ser antes.

Cada um é seus caminhos. Onde Sancho vê moinhos

D. Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos. Vê gigantes? São gigantes.

António Gedeão

O Projeto Educativo da Escola Profissional de Pedagogia Social é o

documento orientador da ação da comunidade educativa, definindo a sua

“impressão digital” e contribuindo decisivamente para a construção partilhada

da sua matriz identitária. Assumindo a pedagogia inspiradora de Maria Ulrich

como lema dessa ação, a EPPS procura desenvolver políticas educativas

consentâneas com as orientações da tutela e com os princípios, finalidades e

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áreas de intervenção adequadas e ancoradas nas características da

comunidade educativa.

Como instrumento de planeamento da ação educativa, este Projeto

Educativo assume-se como um referencial de qualidade e orientação na

atuação de todos os membros da comunidade, articulando as características

contextuais, organizacionais e específicas da escola com os objetivos

curriculares e não curriculares de todo o processo educativo.

Espaço de encontro de realidades múltiplas e complexas, a EPPS

procura respostas intelectuais e humanas ajustadas ao mundo contemporâneo

e ao papel nele desempenhado por cada um, constituindo esse o desafio

motivador das suas vivências e de novas oportunidades. A busca de um

sentido para a vida, através do enfoque vocacional e profissional, impulsiona a

ambição de nos afirmarmos como instituição de qualidade, na diversidade, na

tolerância e na partilha.

O Curso Técnico de Apoio à Infância é a nossa principal aposta

educativa. No seu âmbito, empenhamo-nos em honrar o legado de Maria

Ulrich, com o precioso contributo da Escola Superior de Educadores de

Infância, nossa parceira na construção de uma identidade sedimentada no

espírito pioneiro de quem entendia a infância como um tempo de fundação de

uma humanidade nova: “As Escolas hoje, de resto, não se podem gabar de dar um

saber definitivo e completo. Numa época tão dinâmica como a nossa, em que tudo

evolui tão rapidamente que o que é válido hoje, já não o será amanhã, à luz das novas

descobertas - e sobretudo em Pedagogia! - o que a Escola deve dar, essencialmente,

é uma possibilidade de critério de escolha, de discernimento, de procura e descoberta

pessoal que assegure aos alunos, uma vez formados, uma futura actuação

progressiva, de acordo com as circunstâncias do momento, dentro de uma vida

profissional profícua, à altura das exigências que se lhe deparam” (Maria Ulrich: 1971).

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2. CARACTERIZAÇÃO

“O mundo depende dos novos e os novos são o que for a sua infância”

Maria Ulrich

Em 1957, Maria Ulrich funda a Associação de Pedagogia Infantil,

associação particular sem fins lucrativos, mais tarde declarada de utilidade

pública e que é, atualmente, constituída pela Escola Superior de Educadores

de Infância, pelo colégio “O Nosso Jardim” e pela Escola Profissional de

Pedagogia Social.

O projecto de escola idealizado e realizado por Maria Ulrich revela uma

grande modernidade de pensamento e uma profunda perceção da realidade. A

aposta na construção autónoma do ser, na liberdade, na responsabilidade e na

participação, deu ao seu projecto pedagógico uma coerência que justifica a

importância que tem ainda hoje na formação dos educadores. Essencialmente

soube dar um cunho estratégico ao seu discurso e construir instrumentos

concretos de intervenção, abrindo assim novas perspetivas para a educação de

infância. Ao chamar a atenção para a importância dos primeiros anos de vida e

para o valor da pessoa humana numa conceção dinâmica de desenvolvimento,

Maria Ulrich valoriza a forma como o ser humano deve intervir na sociedade,

competindo-lhe contribuir para o seu progresso coletivo e para a sua elevação.

Assim, responsabilidade de progresso pessoal e responsabilidade de

progresso social tornam-se dois vetores complementares que impõem aos

educadores o dever de criar condições propícias à formação do espírito

comunitário, à vida de equipa, ao respeito e ajuda mútua, ao inconformismo e à

superação.

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A Escola Profissional de Pedagogia Social (EPPS) é um

estabelecimento de ensino profissional, de natureza privada, criada em 2007

pela Associação de Pedagogia Infantil (API). Desde a sua fundação,

desempenha a função de preparar os jovens do ensino secundário que

pretendem ingressar mais cedo na vida ativa, através da frequência do Curso

Técnico de Apoio à Infância. Existem três turmas, uma de cada ano, a

frequentar este curso. A EPPS privilegia um ensino-aprendizagem de

proximidade, vivenciando um quotidiano feito de rigor, cumplicidade profícua e

compromisso(s) e procurando desenvolver o potencial intelectual e afetivo do

universo de cada um.

A EPPS, como instituição formadora vocacionada para o serviço de

apoio educativo, assume também uma responsabilidade social na identificação

e resposta aos problemas concretos da sociedade em que se insere. Neste

sentido, está particularmente atenta à realidade familiar das crianças

portuguesas e, concretamente, a uma etapa fundamental do seu

desenvolvimento – a infância, com especial enfoque na 1ª infância.

Considerando que esta fase é determinante na construção dos alicerces do ser

humano, um curso de Técnico de Apoio à Infância constitui-se como resposta

concreta e pertinente às necessidades específicas das instituições e das

famílias portuguesas.

A existência de técnicos especializados pode encarar-se como factor

estratégico no desenvolvimento e reforço das estruturas educativas,

especialmente dirigidos a esta faixa etária. Além disso, integra-se na missão

formadora e educativa da API.

A Escola Profissional de Pedagogia Social desempenha um papel

importante na integração dos jovens, combatendo o abandono precoce,

favorecendo a reconciliação com a “Escola” e criando novas oportunidades de

recuperação e requalificação. Complementarmente pretende-se contribuir para

a inserção qualificada de jovens e adultos no mercado de trabalho, melhorando

a qualidade do atendimento à Infância / Família, enquanto etapa decisiva do

desenvolvimento humano.

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3. FINALIDADES EDUCATIVAS

A formação profissional é sempre entendida como parte integrante da

formação global dos jovens a quem se destina, de acordo com a perspetiva

humanista expressa nos Estatutos da API e que é assegurada por esta Escola.

No contacto directo com as instituições de educação e apoio social,

constata-se a carência de profissionais qualificados que garantam os padrões

de qualidade necessários ao desenvolvimento de práticas coerentes e

fundamentadas, elevando os níveis de desempenho e de proficiência.

Reconhecendo estas realidades, a EPPS pretende proporcionar aos

jovens uma formação de qualidade no âmbito do ensino secundário, que

permita a inserção na vida profissional e não exclua as possibilidades de

acesso ao ensino superior. O lema “Construir um mundo novo, mais humano e mais habitável para a criança, pela criança e com a criança!”

(Maria Ulrich, 1979) inspira a construção da nossa matriz identitária, alicerçada em

dois grandes princípios que norteiam o nosso trabalho pedagógico:

1. Aposta na construção autónoma do ser, no despertar da curiosidade

sobre o mundo, na liberdade, na responsabilidade, na participação

cooperativa e na partilha;

2. Respeito pelo pluralismo, complexidade e diversidade do mundo

contemporâneo.

De acordo com estes princípios, definem-se como finalidades da EPPS:

- Contribuir para a formação de jovens que, pelo seu percurso e

projeto de vida, precisam de ter novas oportunidades de

desenvolvimento a nível pessoal e social;

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- Proporcionar experiências bastante aproximadas do mundo real,

garantindo uma formação de base suscetível de conferir aos alunos uma

capacidade de adaptação às situações profissionais que terão de enfrentar;

- Promover uma formação global humanista, vocacionada para a

educação ou alicerçada na pedagogia social, que contribua para a melhoria do

nível cultural e profissional dos jovens.

No âmbito das suas finalidades, a Escola Profissional de Pedagogia Social tem

como objectivos:

- Promover Cursos de formação profissional nas áreas da Educação, da

Pedagogia da Infância, da Animação Sociocultural, do Apoio Psicossocial e

outras consideradas relevantes, integrados no sistema de ensino ao nível

secundário.

- Promover actividades diversificadas no âmbito da formação profissional,

nomeadamente ações de formação e atividades de inserção na vida activa,

entre outras.

- Assegurar, através dos Cursos ministrados, uma formação profissional de

elevada qualidade, em sintonia com a realidade laboral e com as exigências do

mercado de trabalho.

- Assegurar aos formandos a necessária ligação com o mundo do trabalho e

com a realidade profissional em vista a uma adequada inserção nessa

realidade.

- Permitir aos jovens que frequentam ou abandonam o ensino secundário um

modelo alternativo de ensino-aprendizagem, capaz de os reconciliar com as

atividades de caráter escolar.

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- Dotar o mercado de trabalho de profissionais qualificados, aptos a

desempenhar funções em setores e instituições em áreas consideradas

socialmente relevantes.

- Estabelecer protocolos e acordos de cooperação com instituições nacionais,

estrangeiras e internacionais.

4. ÁREAS DE INTERVENÇÃO

Tendo em consideração as finalidades educativas, elencam-se cinco

áreas de intervenção nas quais se destacam as ações a concretizar e as metas

atingir. Estas áreas de intervenção emergem da reflexão, da contínua

necessidade de aperfeiçoamento das práticas e do desenvolvimento da

capacidade de superação, tendo por horizonte a consecução de um trabalho de

qualidade em todos os domínios da nossa intervenção.

4.1. Relação 4.1.1. Comunicação

A comunicação permite que as construções pessoais sejam

enriquecidas com as contribuições dos outros e que essa interdependência

positiva alimente todo o processo de ensino-aprendizagem e de convivialidade.

Numa escola onde a comunicação na comunidade flui positivamente, as

pessoas podem compartilhar as suas experiências, expectativas e crenças,

favorecendo a perceção de um projeto comum e construindo a memória do

grupo.

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Ações a concretizar Metas a atingir

- Otimização dos mecanismos de divulgação da informação: Atualização do “sítio” da EPPS Criação e manutenção da página do facebook

- Intensificação da comunicação entre os membros da comunidade educativa:

Reuniões de professores Reuniões com delegados de turma Reuniões com encarregados de educação Contactos telefónicos e via email com os encarregados de educação

Manter o “sítio” e a página atualizados com informações relevantes Potenciar o acesso em 50% no primeiro ano, 20% no segundo e 10% no terceiro Realizar três reuniões por ano letivo Fomentar estes contactos sempre que as faltas ou problemas de comportamento os justifiquem

4.1.2. Colaboração

A colaboração é a base de uma convivência sólida e produtiva, essencial

à concretização de um projeto comum em qualquer atividade humana. Na

educação escolar, a colaboração é fundamental e deve ser um catalisador do

trabalho de toda a comunidade educativa pois as diversas interações

colaborativas contribuem para o desenvolvimento de processos cognitivos

relevantes. Ao agirem de forma colaborativa, alunos, professores e

encarregados de educação compartilham ideias, materiais, saberes prévios e

desenvolvem uma construção conjunta e profícua do conhecimento, criando e

mantendo uma teia de conexões interpessoais que incluem motivações

individuais e sociais.

Os ambientes colaborativos são fundamentais para integrar a

experiência de aprendizagem individual num contexto social e profissional cada

vez mais complexo e que exige abordagens multifacetadas.

Quando a colaboração é entendida como um meio eficaz para o

desenvolvimento das pessoas, ela vai ter impacto nas oportunidades de

aprendizagem e na sua motivação e desenvolvimento.

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Ações a concretizar Metas a atingir

- Criação de condições para o desenvolvimento de trabalho colaborativo - Articulação do trabalho transdisciplinar - Desenvolvimento de projetos de intervenção pedagógica - Favorecimento da interação nas situações de aprendizagem - Orientação curricular para a aprendizagem colaborativa ao nível dos processos - Estabelecimento de protocolos e parcerias com outras instituições (profissionais, científicas e culturais)

Reunir a comunidade educativa pelo menos três vezes durante o ano letivo Organizar e realizar visitas de estudo Desenvolver pelo menos um projeto global de intervenção pedagógica Organizar colaborativamente pelo menos um evento anual que envolva toda a comunidade Fomentar situações de aprendizagem colaborativa durante cada bloco de aula Estabelecer protocolos de colaboração com as entidades de acolhimento da Formação em Contexto de Trabalho Estabelecer protocolos de colaboração com as outras escolas da API Estabelecer protocolos de colaboração com instituições de índole cultural

4.1.3. Civilidade

Pode afirmar-se que o respeito mútuo, a tolerância e a confiança são

essenciais para a colaboração. Assim, numa instituição educativa é

fundamental entender a civilidade como pedagogia do comportamento.

A diversidade de projetos individuais na EPPS (cada ser tem uma

individualidade, uma história e um percurso) constitui um desafio à convivência

e ao desenvolvimento de interações produtivas. A civilidade assenta nos

princípios do respeito e na preocupação que o grupo deve ter com os outros

para viver bem em conjunto. Reconhecer a diversidade e as múltiplas

perspetivas permite que ninguém busque enfraquecer ou submeter, pelo

contrário, encontre enriquecimento pessoal e contribua para um fortalecimento

institucional.

Ações a concretizar Metas a atingir

- Gestão quotidiana dos comportamentos dos alunos em interação com os outros - Reforço das medidas de prevenção e de combate à indisciplina e absentismo - Monitorização da evolução das atitudes e avaliação das circunstâncias promotoras de conflito

Aumentar Progressivamente o rigor e a exigência dos comportamentos sociais dos alunos Reduzir progressivamente as ocorrências disciplinares

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4.2. Compromisso

Em ambiente escolar, torna-se necessário o desenvolvimento de uma

visão compartilhada, que permite a compatibilidade de experiências, valores e

princípios. A identificação com o lema e as finalidades da escola produz um

desejo de afiliação, através do qual se gera o orgulho e o respeito pelos valores

da instituição.

A visão compartilhada é fundamental para uma organização que quer

aprender continuamente e melhorar os seus resultados, pois potencia o foco e

a energia para a aprendizagem. Para isso, é necessário o compromisso de

toda a organização, baseado em princípios e diretrizes comuns, essenciais à

construção de perspetivas para o futuro. Só assim as pessoas mostram

entusiasmo em relação a uma visão que, de facto, desejam concretizar (Senge,

2009).

Ao estabelecer metas pessoais e organizacionais, estimula-se novas

formas de pensar e de agir, para uma concretização mais consciente e

comprometida.

Ações a concretizar Metas a atingir - Realização de reuniões ou outros contactos mais informais para congregar as ideias do maior número de membros da comunidade - Apoio a projetos da iniciativa dos alunos e/ou dos professores - Elaboração de planificações e matrizes que explicitem as aprendizagens mais relevantes - Organização e concretização de tutorias em tempos próprios marcados no horário - Concretização de práticas pedagógicas indutoras da curiosidade e da criatividade intelectual - Adaptação de estratégias e instrumentos pedagógicos às reais necessidades dos alunos - Articulação, de forma consistente, dos conteúdos, das estratégias, dos instrumentos e dos processos avaliativos. - Implementação de planos de melhoria e de reforço das aprendizagens e verificação da sua eficácia.

Divulgar todos os documentos estruturantes junto da comunidade educativa Realizar atividades que potenciem o sentimento de pertença Incrementar a articulação entre os diversos anos e disciplinas Potenciar o sucesso educativo tendo em conta os processos e os resultados Dar relevância às aprendizagens formais e não formais ao longo do ano letivo

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4.3. Participação

A escola tende a ser, cada vez mais, um espaço heterogéneo de

convergência de forças em ação e de desempenho de papéis sociais. A cultura

e o clima da organização escolar merecem, neste contexto, uma atenção

especial pois revelam, explicam e determinam o seu funcionamento. A cultura

e o clima da organização escolar podem ser considerados nas escolas como

preditores de eficácia.

A escola tem grande importância educacional na formação do ser social,

por isso, a sintonia entre escola, família e sociedade é fundamental para a

garantia de uma efetiva aprendizagem de qualidade, com base na formação de

valores, cidadania e qualidade de vida. Todos os envolvidos no processo

educacional devem encontrar formas de participação na comunidade escolar,

de modo a favorecer as relações sociais, preparando os alunos para o

exercício da cidadania. Potenciar um maior envolvimento dos alunos com a

escola, desenvolvendo e aprofundando o gosto pelo saber como forma de

intervenção na sociedade, possibilita o encontro com novas formas de vivenciar

um espaço e um tempo facilitadores da auto-construção de si.

Uma vez que, muitas aprendizagens significativas são hoje feitas fora do

contexto escolar, importa que a escola chame a si novas práticas formais e

informais conducentes à criação de espaços e momentos que fomentem o

prazer da aprendizagem e a participação comprometida.

Ações a concretizar Metas a atingir

Organização e diversificação de atividades extracurriculares Promoção, através de várias iniciativas, de uma visão estratégica de responsabilidade e participação ativa

Desenvolvimento de mecanismos de cooperação com as famílias, consubstanciados na ideia de participação em atividades e eventos escolares.

Reunir com delegados e subdelegados pelo menos duas vezes por ano letivo. Reunir com as equipas responsáveis pela organização dos eventos escolares. Participar em iniciativas organizadas por outras instituições (duas por ano letivo). Potenciar gestos de partilha na turma, entre turmas e na comunidade (pelo menos dois por período) Monitorizar a quantidade e a qualidade da participação dos alunos nas atividades organizadas pela escola.

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4.4. Celebração

As escolas são repositórios de sistemas de rituais que desempenham

um papel crucial na vida institucional e na tessitura da cultura escolar. Através

dos rituais, a escola expressa e reproduz uma determinada conceção do

mundo, transmite valores e confirma relações estabelecidas.

Um ritual é uma sucessão de gestos, palavras, atos, cantos, sinais

individuais ou colectivos, que podem configurar uma cerimónia, realizados em

tempo e lugar próprios, com caráter e forte carga simbólica.

Nenhuma cultura sobrevive sem ritos, sem elementos que possam

unificar as vidas dos seus membros. Na cultura escolar, o ritual e as suas

expressões organizativas é um caminho de crescimento humano pois o grupo

funciona como espaço de aprendizagem e de aprimoramento pessoal. A

necessidade da cultura em manter-se viva potencia a criação de um clima de

partilha de emoções, experiências e relações de confiança coletivas.

Ações a concretizar Metas a atingir Celebração do São Martinho, do Natal e do Dia da Escola (1 de Junho) Breve apontamento de festa no dia de aniversário dos alunos Reconhecimento público do mérito Instituição do Open Day – dia aberto à comunidade

Organizar pelo menos três eventos anuais potenciadores de uma relação harmoniosa entre os membros da comunidade educativa Criar espaços-tempos de forte carga simbólica e de fortalecimento do sentimento de pertença

4.5. Reflexão

O estudo, a análise, a problematização, a reflexão e a proposta de

soluções para os problemas vinculados ao ensinar-aprender-ser-estar devem

constituir tarefas fundamentais no contexto da escola, determinando mesmo o

seu quotidiano. Uma prática pedagógica significativa exige a problematização

dos conteúdos no espaço escolar, para que os alunos conheçam vivências

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plurais e, ao mesmo tempo, reconheçam a sua realidade histórica e exerçam,

de forma consciente e informada, a sua cidadania.

A reflexão sobre a escola enquanto organização aprendente permite a

todos, professores e alunos, maximizar as oportunidades de aprendizagem e

encarar as mudanças como hipóteses a serem testadas e validadas, discutindo

os desafios no âmbito dos propósitos profissionais. Por outro lado, a reflexão

sobre o mundo, em particular sobre as questões relacionadas com o mundo

profissional, tornarão mais claro o perfil de desempenho profissional a

desenvolver.

A escola deve, pois, valorizar a capacidade reflexiva e a partilha de

experiências na (re)construção do saber e do ser. Em cada ano deve refletir

sobre os resultados obtidos de forma a encontrar os caminhos mais eficazes

para a concretização das metas programadas e, sempre que possível,

proceder de imediato à implementação das atividades de superação que

melhor cumpram os objetivos definidos.

Ações a concretizar Metas a atingir - Promoção da reflexão em torno das classificações internas - Organização de planos de reforço das aprendizagens - Adequação de estratégias e instrumentos pedagógicos às necessidades específicas dos alunos - Organização de períodos de reposição/recuperação de módulos em atraso

Aumentar em 10% o número de alunos que conclui o ano letivo na totalidade das disciplinas/ módulos Atingir níveis elevados de desempenho e eficácia organizacional que potenciem a formação integral dos alunos Realizar e divulgar anualmente a autoavaliação

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5. AVALIAÇÃO

O Projeto Educativo é um documento dinâmico que regula o

funcionamento da instituição, sendo necessário monitorizar a sua

implementação para que ele atinja os objetivos pretendidos. Na sua avaliação,

deve ser verificada a coerência com os objetivos e finalidades da educação, a

pertinência e a consecução das ações nele inscritas e da sua eficácia face aos

efeitos desejados. Sendo assim, a avaliação do Projeto Educativo deve

contemplar duas vertentes: a implementação do próprio projeto e os resultados

obtidos.

A realizar anualmente e por cada um dos órgãos envolvidos, a

avaliação deverá fornecer informações, sob a forma de relatório, da

concretização dos aspetos práticos dos diversos projetos (Educativo e

Curricular), monitorizando os seguintes aspetos:

• A realização das atividades previstas;

• O grau de pertinência face aos objetivos do próprio P.E., bem

como o seu grau de consecução;

• Sugestões que possam estar na base de um processo de

melhoria contínua.