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PERFIL COMPETITIVO DAS REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DE GOIÁS

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PERFIL COMPETITIVO DAS REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DE GOIÁS

GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS Alcides Rodrigues Filho SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO Oton Nascimento Júnior CHEFIA DE GABINETE Eduardo Rios Cardoso SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO Sulamita de Aquino Porto Mello e Cunha ELABORAÇÃO GERÊNCIA DE COMPETITIVIDADE E CADEIAS PRODUTIVAS Regina Beatriz Simon Yazigi (Gerente) Paulo Roberto Félix Machado APOIO SUPERINTENDÊNCIA DE ESTATÍSTICA, PESQUISA E INFORMA ÇÃO Lillian Maria Silva Prado (Superintendente) Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha (Gerente) Alex Salvino Dias (arte capa) REVISÃO Paulo Luiz Lício MAPAS SECRETARIA DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO SUPERINTENDÊNCIA DE GEOLOGIA E MINERAÇÃO Rejane Moreira da Silva

SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, nº 3 - Centro CEP 74.003-010 - Goiânia - Goiás Tel: (62) 3201-7845 - 201-7843 - Fax: (62) 3201-7811 Internet: www.seplan.go.gov.br e-mail: [email protected]

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SUMÁRIO

Pág.

INTRODUÇÃO ...............................................................................................................05

REGIÕES DE PLANEJAMENTO............................ ........................................................05

O ESTADO DE GOIÁS.................................. ................................................................. 07

REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA.................... ................................................18

REGIÃO CENTRO.......................................................................................................... 28

REGIÃO ENTORNO DO DISTRITO FEDERAL................. ............................................ 39

REGIÃO SUDOESTE...................................................................................................... 47

REGIÃO NORTE..............................................................................................................61

REGIÃO SUDESTE........................................................................................................ 69

REGIÃO NORDESTE..................................................................................................... 78

REGIÃO SUL......................................... ..........................................................................87

REGIÃO OESTE..............................................................................................................95

REGIÃO NOROESTE....................................................................................................102

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INTRODUÇÃO Goiás tem experimentado, nos últimos anos, elevado nível de desenvolvimento

econômico e social, tanto quantitativa quanto qualitativamente, consolidando o crescimento dos vários setores produtivos e colocando-se em posição de destaque no ranking dos Estados brasileiros.

Esse nível de desenvolvimento precisa alcançar todas as regiões do Estado de forma a promover igualdade de condições para competitividade produtiva, diminuindo as diferenças entre elas. O documento Perfil Competitivo das Regiões de Planejamento do E stado de Goiás foi elaborado com a finalidade de consolidar os dados existentes das regiões de planejamento do Estado, facilitar as pesquisas e dar suporte à elaboração de políticas públicas a serem implementadas, favorecendo os aspectos de competitividade, ressaltando as potencialidades e oportunidades de investimentos por parte do setor privado.

Para a compilação foram utilizados dados secundários através da SEPIN - Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento de Goiás, bem como dados primários coletados em vários municípios das diversas regiões.

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AS REGIÕES DE PLANEJAMENTO Para fins de planejamento estratégico governamental, Goiás foi divido em 10 (dez)

regiões de planejamento, segundo os critérios a seguir especificados e que são integrantes do PPA 2004-2007.

• A Região do Entorno do Distrito Federal foi definida conforme o estabelecido na Lei de criação da Ride: Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno – Lei Complementar (Constituição Federal) nº 94, de 19 de fevereiro de 1998.

• A Região Metropolitana de Goiânia (Grande Goiânia mais Região de Desenvolvimento Integrado) é definida pela Lei Complementar Estadual nº 27 de dezembro de 1999, modificada pela Lei Complementar Estadual nº 54 de 23 de maio de 2005. A Grande Goiânia compreende 13 municípios: Goiânia, Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Goianápolis, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Nerópolis, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo e Trindade, a Região de Desenvolvimento Integrado é composta por 7 municípios: Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Inhumas, Nova Veneza e Terezópolis de Goiás.

• As regiões do Norte Goiano e do Nordeste Goiano, constantes no primeiro PPA (2000-2003), foram delimitadas em função de sua homogeneidade em termos de condições socioeconômicas e espaciais e como estratégia de planejamento para investimentos governamentais tendo em vista minimizar os desequilíbrios regionais.

• As outras seis regiões foram definidas tendo como critério os principais eixos rodoviários do Estado. Todos os municípios cujas sedes utilizam o mesmo eixo rodoviário para o deslocamento à Capital do Estado foram considerados pertencentes a uma mesma região de planejamento.

Região Norte GoianoRegião Nordeste Goiano

Região Centro Goiano Região do Entorno do

Distrito FederalRegião

Noroeste Goiano

Região Oeste Goiano Região Metropolitanade Goiânia

Região Sudoeste Goiano

Região Sudeste Goiano

DF

Região Sul Goiano

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O ESTADO DE GOIÁS

Goiás, um dos 26 estados brasileiros, está situado na região Centro-Oeste do País ocupando uma área de 340.086 km². Sétimo estado em extensão territorial, Goiás tem posição geográfica privilegiada. Limita-se ao norte com o Estado do Tocantins, ao sul com Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, a leste com a Bahia e Minas Gerais e a oeste com Mato Grosso. Goiás possui 246 municípios. Goiânia, sua capital, é o núcleo polarizador da Região Metropolitana, aglomerado de 20 municípios que abriga mais de 2 milhões de habitantes. Apesar de sediar grandes indústrias, é o setor de serviços o pilar de sua economia. A capital é um centro de excelência em medicina e vem consolidando sua vocação para o turismo de negócios e eventos. Além de apresentar bons índices de qualidade de vida, acima da média nacional, Goiânia ostenta o título de cidade com a área urbana mais verde do País. Segundo seus aspectos físicos, possui 03 regiões hidrográficas (a Região Hidrográfica Tocantins / Araguaia, Região Hidrográfica do São Francisco e a Região Hidrográfica do Paraná). Seu solo é predominantemente do grupo Latossolo. Seu relevo é de baixa declividade em sua maior parte, formado por terras planas (chapadões). O clima do Estado possui duas estações bem definidas, um período chuvoso e outro com baixos índices pluviométricos e sua vegetação predominante é o cerrado.

Quanto à demografia, a população de Goiás para o ano de 2008, segundo estimativa do IBGE, é de 5.844.996 habitantes, sendo o estado mais populoso do Centro-Oeste. Goiânia é o município com a maior população seguido de Aparecida de Goiânia, Anápolis, Luziânia e Rio Verde. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2007 mostram que 89,52% residem na zona urbana e 10,48%, na zona rural. A população goiana é composta predominantemente por mulheres, representando 50,31% da população, contra 49,69% da masculina.

O Estado apresentou taxa média geométrica de crescimento de 1,96% em 2008. Maior, portanto, que a nacional (1,39%) e menor do que a da Região Centro-Oeste (2,06%). A densidade demográfica do Estado é de 17,24 habitantes/km².

A população goiana é constituída, em grande parte, por jovens (entre 15 e 39 anos) representando 42,82% da população, significando uma expressiva População Economicamente Ativa (PEA). Constata-se também que 9,15% da população são representados por pessoas de 60 anos ou mais.

A razão de dependência - peso da população em idade potencialmente inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais) sobre a população potencialmente ativa (15 a 64 anos de idade) - tem diminuído ao longo dos anos no Estado de Goiás, passando de 46,54% em 2006 para 45,44% em 2007. A relação idoso / criança por outro lado subiu de 22,27% em 2006 para 23,74% em 2007, significando que existiam praticamente 24 idosos para cada 100 crianças,índice que vem apresentando uma tendência ascendente.

O eleitorado goiano é representado por 3.882.071 cidadãos, segundo informações de maio de 2009, sendo que as mulheres são em maior número, 51,30%, tendência observada tanto em nível regional quanto nacional.

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Dados Gerais do Estado de Goiás

Área do Estado (km2) 340.086,698 Densidade demográfica (2009)(hab/km2)

17,43

Número de municípios 246 População de Goiás (2009) 5.926.300 População do Brasil (2009) 191.480.630 Participação na população do Estado/Brasil (%)

3,09

IDH (2000) 0,745 Fonte: IBGE, Atlas de Desenvolvimento Humano Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica - 2010

Quanto aos aspectos econômicos, Goiás é a nona economia brasileira com um PIB de R$ 65,2 bilhões (2007) que representa 2,45% do PIB nacional. Sua renda per capita resultou em R$ 11.548,00. Estimativas para o ano de 2008 apontam para um montante de R$ 70,8 bilhões. Nos últimos dez anos a economia goiana deu um salto de 46,21%, superior, portanto à média brasileira, 32,36%. O expressivo resultado se deve à evolução do agronegócio goiano como também do comércio.

Produto Interno Bruto – 2000/05/07

Valores Correntes (R$ milhão) Taxas de Crescimento (%)

Ano Goiás Brasil Goiás Brasil 2000 26.249 1.179.482 5,01 4,31 2005 50.534 2.147.239 4,18 3,16 2007 65.210 2.661.345 5,47 6,09

Elaboração: Seplan-GO/Sepin/Gerência de Contas Regionais – 2010

Produto Interno Bruto Per Capita- 2000/05/07

Ano Valores Correntes (R$) Taxas de Crescimento (%)

2000 Goiás Brasil Goiás Brasil

2005 5.180 6.886 2,77 2,77 2007 8.992 11.658 2,11 1,70

11.548 14.465 7,03 7,70

Dentre os grandes setores de atividades econômicas, o de Serviços é o que predomina em Goiás, representando 62,01% da produção de riquezas. Neste setor pode-se ressaltar o comércio tanto o varejista como o atacadista, bastante dinâmicos, principalmente na capital, assim como as atividades imobiliárias. O setor industrial participa no PIB goiano em 26,97% e o agropecuário com 11,01%.

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Embora tenha participação inferior, o setor agropecuário é de grande importância para a economia goiana, pois dele deriva a agroindústria, uma das atividades mais pujantes do Estado, quer seja na produção de carnes, derivados de leite e de soja, molhos de tomates e condimentos e outros itens da indústria alimentícia, como também na produção sucroalcooleira.

Maiores Economias - Goiás – 2007

Município Valor do PIB (R$ Mil)

Goiânia 17.867.338 Anápolis 4.681.250 Rio Verde 3.083.919 Aparecida de Goiânia 3.082.081 Catalão 2.909.021 Senador Canedo 2.036.085 Luziânia 1.628.876 Itumbiara 1.537.323 Jataí 1.329.999 São Simão 1.083.232 Total 39.239.124 Participação no Estado (%) 60,17 Goiás 65.210.147

Elaboração: Seplan-GO/Sepin/Gerência de Contas Regionais – 2010

SETORES ECONÔMICOS Agropecuária Apesar da crescente industrialização, a agropecuária continua sendo o carro chefe do desenvolvimento de Goiás. O Estado é o quarto produtor nacional de grãos. Sua produção, em torno de 13,3 milhões de toneladas representa 9% da produção nacional. A pauta agrícola, bastante diversificada, é composta por: soja, algodão, sorgo, milho, cana-de-açúcar, feijão, tomate, entre outros produtos. A pecuária goiana, altamente expressiva, posiciona o Estado entre os maiores produtores do País. O rebanho bovino, o 4º no ranking brasileiro, é formado por 20,5 milhões de cabeças, com participação de 10,12% no efetivo nacional. A avicultura está em franco desenvolvimento em Goiás, com a instalação de grandes aviários. O efetivo

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avícola cresceu nos últimos 5 anos 32,87%, resultando em 47,7 milhões de cabeças, correspondendo a 3,94% do rebanho nacional.

Principais produtos agrícolas – 2008

Produto Quantidade Produzida (toneladas)

Participação Goiás / Brasil (%)

Cana-de-açúcar 33.359.559 5,11 Soja 6.604.805 11,02 Milho 5.101.543 8,69 Tomate 1.249.525 31,69 Sorgo 814.969 42,01 Algodão 286.750 7,18 Feijão 220.449 6,45 Abacaxi 52.184 3,14 Alho 23.330 25,51 Fonte: IBGE Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica - 2009

Indústria Goiás está na vanguarda da indústria nacional de alimentos, mineração, fármacos, fabricação de automóveis e álcool. É um dos estados líderes no ranking nacional da produção de commodities minerais e agrícolas e de medicamentos genéricos. Está também inserido na geografia da indústria automotiva mundial, com duas montadoras de veículos e uma de máquinas agrícolas - a indústria automotiva goiana já participa em 7% da indústria automotiva brasileira. O Estado está a caminho de se tornar um dos líderes nacionais na produção de etanol. Goiás deve fechar o ano de 2009 com produção de 2,68 bilhões de litros de álcool. A produção de açúcar no Estado deverá alcançar 1,738 milhão de toneladas, em 2009. Atualmente são 36 usinas de álcool e açúcar em atividade e há pelo menos mais 13 usinas em processo de implantação em Goiás. A indústria da mineração em Goiás é bastante diversificada, apresentando segmentos modernos e gestão similar às das grandes corporações internacionais, ajustando-se ao cenário da economia global. São sete polos distribuídos pelo Estado, com produção de cobre, ouro, cobalto, níquel, nióbio, fosfato e vermiculita que ocupam posições importantes na cadeia produtiva nacional. O valor da transformação industrial de Goiás resultou em R$ 11,3 bilhões em 2007. Na estrutura industrial do Estado predominam os segmentos de alimentos e bebidas,

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beneficiamento de minérios e montagem de veículos e máquinas agrícolas, responsáveis por 73% da indústria de transformação goiana.

Estrutura da Indústria Goiana Participação das principais atividades industriais, 2002 e

2007 (%) Atividades

2002 2007

Indústria Extrativa 7,9 11,3 Indústria de Transformação 92,1 88,7

· Indústria alimentícia e de bebidas 51,2 33,5 · Indústria química (adubos e fertilizantes) 2,0 4,3 · Indústria farmacêutica 3,8 4,0 · Indústria automotiva e de máquinas

agrícolas 1,8 16,4

· Indústria alcooleira 3,4 4,4 · Indústria da mineração (beneficiamento

de minérios) 17,0 23,2

· Outras 20,9 14,2 Fonte: IBGE

Fonte:DNPM

COMÉRCIO EXTERIOR Goiás tem apresentado nos últimos anos boa performance exportadora. O volume de negócios chegou a US$ 3,6 bilhões em 2009. Há cinco anos era de US$ 1,1 bilhão. As importações apresentaram também grande salto no mesmo período, resultando em US$ 2,8 bilhões. A pauta exportadora reflete as vantagens competitivas de Goiás em recursos naturais, estando concentrada em produtos básicos, sobretudo commodities agrícolas e minerais: complexos soja e carne, milho, cobre e ferroligas entre outros. China, Países Baixos e Rússia são os principais mercados dos produtos goianos. Os produtos importados vêm principalmente da Coréia do Sul, Estados Unidos e Japão,

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pois grande parte das compras é composta de itens para as montadoras de veículos e máquinas agrícolas e insumos para as indústrias farmacêuticas e de fertilizantes instaladas no Estado. Em 2009, Goiás comercializou com 151 países.

Principais produtos exportados - Goiás – 2009

Produtos US$ FOB (em milhão)

Part (%)

Complexo soja 1.520,007 42,05 Complexo carne 830,714 22,98

Carne bovina 477,018 13,20 Carne avícola 249,466 6,90 Outras carnes 104,229 2,88

Sulfetos de cobre 331,840 9,18 Ferroligas 234,964 6,50 Ouro 148,534 4,11 Açúcares 105,601 2,92 Amianto 78,188 2,16 Demais produtos 365,112 10,10 TOTAL 3.614,963 100,00 Fonte: MDIC - Elaboração: Seplan-GO / Sepin - 2010

Principais produtos importados - Goiás - 2009.

Produtos US$ FOB (em milhão)

Part (%)

Automóveis, tratores, partes/peças 1.241,793 43,53 Produtos farmacêuticos 456,436 16,00 Máquinas, aparelhos mecânicos 364,008 12,76 Adubos e fertilizantes 216,236 7,58 Produtos químicos orgânicos 146,345 5,13 Máquinas e aparelhos elétricos 109,259 3,83 Instrumentos/aparelhos ótica/to 48,211 1,69 Demais produtos 270,438 9,48 TOTAL 2.852,730 100,00 Fonte: MDIC Elaboração: Seplan-GO / Sepin - 2010

Fonte: MDIC Elaboração: Seplan-GO / Sepin - 2010

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Exportação Importação

Fonte: MDIC Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2010

INFRAESTRUTURA Rodovias A malha rodoviária goiana é composta de 24,8 mil km de rodovias dos quais, 51% são pavimentados. As principais rodovias federais do Estado são a BR-153 que atravessa toda extensão do Estado e liga o norte ao sul do País, a BR-060, que liga Goiânia a Brasília e ao sudoeste goiano e a BR-050, que liga o Distrito Federal ao sul do Brasil. Das 246 sedes municipais existentes em Goiás somente 6 não estão ainda ligadas por rodovia asfaltada. Ferrovias Goiás dispõe de 685 km da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) que atende a região do sudeste do Estado e o Distrito Federal. A Ferrovia Norte-Sul, em construção, já tem 280 km de trecho goiano efetivamente em obras. O término de trecho da divisa do Tocantins com a cidade de Anápolis está previsto para este ano de 2010. Com o papel fundamental de mudar o perfil econômico do Brasil Central, a Norte-Sul terá em território goiano 991 km, atravessará as regiões norte e central e o pujante sudoeste do Estado de Goiás. Porto de São Simão A Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná inicia-se no Porto de São Simão favorecendo de forma econômica e segura o escoamento de parte da produção goiana de grãos. O Complexo Portuário de São Simão, localizado à margem direita do rio Paranaíba no sul de Goiás, é composto por quatro empresas que transportam soja, farelo de soja e milho. Portanto, por este porto passa boa parte dos produtos que predominam na pauta goiana de exportação. As mercadorias saem de São Simão, chegam a Perdeneiras ou Anhembi-SP. Das barcas, os grãos são transferidos para vagões que seguem para o Porto de Santos. O complexo possui capacidade de armazenagem total, somando todos os terminais, de 89.000 t e capacidade operacional total de 2.100 t/hora.

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Estação Aduaneira Interior – Porto Seco de Anápolis O Porto Seco Centro Oeste S/A é um terminal alfandegado de uso público destinado à armazenagem e à movimentação de mercadorias importadas ou destinadas à exportação, sendo utilizado como facilitador das operações de comércio exterior. Atende aos setores de agricultura, siderurgia, construção e farmoquímicos; produtos florestais e minerais; bens de consumo (alimentos, bebidas e têxtil) e bens duráveis (automobilístico e eletroeletrônico), entre outros. Pelo porto Seco passam cerca de 22.000 toneladas de carga/mês. A localização do Porto Seco é a melhor de todo o interior brasileiro, em se tratando de logística. Ele está situado na cidade de Anápolis-GO, considerada o "Trevo do Brasil" pela facilidade natural de integração aos demais centros consumidores do País. Distante 55 km de Goiânia e 154 km de Brasília, além do fácil acesso rodoviário o Porto Seco Centro-Oeste dispõe de ramal ferroviário (Ferrovia Centro-Atlântica-FCA). Por associar os modais rodoviário e ferroviário, pelo Porto Seco de Anápolis podem ser transportados os mais diversos tipos de cargas, interligando todo o mercado do Centro-Oeste a outros pontos do País. Plataforma Logística Multimodal de Goiás A Plataforma Logística Multimodal de Goiás, em fase de implantação em Anápolis, irá consolidar a cidade em um dos principais centros distribuidores do País. Orçada em R$ 250 milhões e contando com a participação da iniciativa privada, a implantação do projeto será realizada em quatro etapas abrangendo uma área de 618 hectares. O projeto global prevê terminais de frete aéreo, aeroporto internacional de cargas, polo de serviços e administração, centro de carga rodoviária e terminal de carga ferroviária. A área da primeira etapa do projeto já foi dotada de infraestrutura (pavimentação, drenagem, instalação de serviços de água, energia elétrica e telefonia) para começar a receber as empresas de logística e distribuição. A Plataforma está localizada em entroncamento rodoviário, em área contígua ao Distrito Agroindustrial de Anápolis-DAIA, o maior do Estado, e ao Porto Seco Centro-Oeste. O empreendimento terá ligações com duas ferrovias, a Centro-Atlântica e o quilômetro zero da Ferrovia Norte-Sul. Quando em funcionamento, a Plataforma Logística combinará multimodalidade, telemática e otimização de fretes, promovendo assim o conceito de central de inteligência logística. Energia O Estado de Goiás possui atualmente 59 empreendimentos geradores de energia elétrica, que, somados geram 8.659 MW de potência. Desse total, 95% são gerados por usinas hidrelétricas, 4% por usina termelétrica e 1% pelas PCHs. Estão em construção outros 41 novos empreendimentos de geração de energia com potência total de 2.925MW. As condições topo-hidrológicas do Estado de Goiás são extremamente

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favoráveis à implantação de usinas hidrelétricas. O potencial hidrelétrico a explorar no Estado é superior a 4.500 MW.

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INCENTIVOS FISCAIS E FINANCEIROS O Programa de Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Produzir) foi criado para contribuir com a expansão, modernização e diversificação do setor industrial de Goiás, estimulando a realização de investimentos, a renovação tecnológica e o aumento da competitividade estadual. Propicia a redução do custo de produção da empresa, através do financiamento de até 73% do ICMS devido pelo período de até 15 anos. O Produzir conta com as seguintes versões:

• Microproduzir (incentivo às microempresas), • Teleproduzir (incentivo à implantação de call-centers), • Centroproduzir (incentivo à instalação de centrais únicas de distribuição), • Logproduzir (incentivo às empresas operadoras de logística) e • Comexproduzir (Incentivo às operações de comércio exterior)

Além desses programas de incentivo, Goiás conta ainda com recursos do Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO). O FCO foi criado em 1988 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Centro-Oeste brasileiro. O aporte permanente dos recursos do Fundo, pela União, (29% para Goiás, 29% para Mato Grosso, 23% para Mato Grosso do Sul e 19% para o Distrito Federal) possibilita financiamentos de longo prazo para os setores econômicos, gerando novas perspectivas de investimentos para o empresariado comprometido com a dinamização da economia regional. MEIO AMBIENTE O território goiano é coberto predominantemente pelo tipo de vegetação escassa do cerrado, com árvores e arbustos de galhos tortuosos, cascas grossas, folhas cobertas por pêlos e raízes muito profundas. O Cerrado cobria em torno de 70% do território goiano. Segundo maior bioma brasileiro e da América do Sul, depois da Amazônia, o cerrado concentra 1/3 da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais. A flora do cerrado é considerada a mais rica savana do mundo e estima-se que entre 4.000 a 7.000 espécies habitam esta região. O bioma foi classificado como uma das 25 áreas prioritárias mundiais para conservação da biodiversidade Goiás possui características peculiares em relação à sua hidrografia. Seus rios alimentam três importantes Regiões Hidrográficas do País (Araguaia/ Tocantins, São Francisco e Paraná). A rede de drenagens é densa e constituída de rios de médio e grande porte, contudo a navegabilidade é, em parte, prejudicada pelo grande número de cachoeiras e corredeiras. Os lagos artificiais representam 1,6% do território goiano e são em número de oito sendo que o Lago de Serra da Mesa, formado pelo represamento do Rio Tocantins, é o quinto maior lago do Brasil em área alagada, 1.758 Km², e o primeiro em volume d’água, 54 bilhões de m³. Em torno de 5% do território goiano estão demarcados com unidades de conservação ambiental: Dois parques nacionais: das Emas e Chapada dos Veadeiros; Cinco áreas definidas como parques estaduais, onde se destacam o Parque da Serra de Caldas Novas e o Parque de Terra Ronca, além de inúmeras outras unidades de proteção ambiental.

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EDUCAÇÃO SUPERIOR A rede atual de instituições públicas e privadas de ensino existente no Estado de Goiás oferece condições adequadas para a qualificação de mão de obra técnica, tanto de nível médio, como de nível superior, destacando-se: a Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) com 8 campi, 6 instituições municipais, distribuídos em várias regiões do Estado, além das instituições privadas de ensino superior com 70 estabelecimentos. TURISMO O turismo em Goiás está ancorado em suas belezas naturais proporcionadas pela fauna e flora exuberantes do cerrado, belas cachoeiras, serras, rios e chapadas, como também no reconhecido patrimônio histórico, com tradições culturais altamente representativas e culinária rica e saborosa. São nove as regiões que dividem Goiás numa verdadeira rota de descobrimentos, aventuras, descanso e muita diversão, dentre as quais se destacam: Região Agro-ecológica - compreende o Parque Nacional das Emas - Sítio Natural do Patrimônio Mundial e Reserva da Biosfera do Pantanal, reconhecidos pela UNESCO. Região Vale do Araguaia - este rio vem se tornando um dos melhores polos de ecoturismo, lazer, pesca esportiva e camping do País. Os portões de entrada para o rio são as cidades de Aragarças, Aruanã e as vilas de Bandeirantes e Luís Alves. Região do Ouro - compreendendo as cidades de Pirenópolis (Patrimônio Histórico Nacional), Corumbá de Goiás (Sítio Histórico Estadual), Cidade de Goiás (Sítio Histórico do Patrimônio Mundial) e o Parque Estadual da Serra dos Pirineus. Região das Águas - “A maior fonte de águas termais do mundo”, com temperaturas que variam de 30º a 57ºC e comprovada capacidade terapêutica, está localizada em Caldas Novas e Rio Quente, municípios que abrigam o maior complexo hoteleiro de Goiás.

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REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA

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REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA

A Região Metropolitana de Goiânia é definida pela Lei Complementar Estadual nº

27 de dezembro de 1999 e alterações posteriores. A Grande Goiânia compreende 12 municípios e sua Região de Desenvolvimento Integrado é composta por mais 8, totalizando 20 municípios que ocupam 7.397,203 km², correspondendo a 2,17% do território goiano.

Municípios da Região Metropolitana de Goiânia

Abadia de Goiás Goianira Aparecida de Goiânia Guapó Aragoiânia Hidrolândia Bela Vista de Goiás Inhumas Bonfinópolis Nerópolis Brazabrantes Nova Veneza Caldazinha Santo Antônio de Goiás Caturaí Senador Canedo Goianápolis Terezópolis de Goiás Goiânia Trindade

Área Total ( km²) Região Metropolitana 7.397 2,17%

Goiás 340.086

Nº de Municípios Região Metropolitana 20 8,13%

Goiás 246

O espaço metropolitano de Goiânia é extenso e compõe-se de territórios heterogêneos, principalmente com relação aos aspectos socioeconômicos-territoriais.

A população da Região Metropolitana cresce em função do poder de atração que a capital do Estado exerce, devido às ofertas de serviços e possibilidades de trabalho, tanto no setor formal quanto no setor informal da economia.

As principais vantagens competitivas e potencialidades da região metropolitana decorrem do fato de:

- Ser centro de influência regional; - Ter localização geográfica estratégica; - Possuir base econômica diversificada; - Capacidade de geração de emprego; - Ser polo universitário; - Ter descentralização industrial e, - Possuir infraestrutura para transporte de cargas. Uma grande potencialidade existente é o fato de a região pertencer ao eixo

econômico Goiânia-Anápolis-Brasília, que apresenta espaços urbanos dotados de

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infraestrutura suficiente e outros fatores de competitividade econômica, sendo o principal deles o de se constituir num dos maiores e mais dinâmicos centros de consumo do país.

INFRAESTRUTURA

A Região Metropolitana é cortada por eixos rodoviários de fundamental

importância, como a rodovia BR-153 que integra o Norte ao Sul do País, a BR-060 que liga Goiânia ao Distrito Federal e ao Estado do Mato Grosso. Apesar do transporte ferroviário pouco utilizado no Estado, um trecho de ferrovia interliga a capital Goiânia ao Sudeste Goiano, a partir de Senador Canedo, cidade que possui grandes distribuidoras petrolíferas e abatedouros de grande porte. Outro transporte importante para a região é o poliduto da Transpetro, Paulínia-Goiânia-Brasília, que fornece quase todo o combustível a granel (cerca de 90%) para o Centro-Oeste.

Encontra-se no orçamento de 2009 do Governo Federal a construção do Alcoolduto que liga os municípios de Senador Canedo (GO) e Paulínia (SP), com extensão de 1.150 km e um custo aproximado de US$ 1 bilhão.

O objetivo é escoar a produção de etanol da região Centro-Oeste, passando pela cidade mineira de Uberaba e as paulistas, Ribeirão Preto e Guararema. Dessa última, o duto seguirá para São Sebastião, no litoral Norte de São Paulo, e daí para o terminal de Ilha d'Água, no Rio de Janeiro.

Existe na região uma boa infraestrutura de comunicação, através de telefonia fixa e móvel, e as maiores cidades contam com modernas infovias.

A Região Metropolitana conta com 02 aeroportos em Goiânia, sendo o mais movimentado o Santa Genoveva, e vários aeródromos.

Consome 3.036,3 megawatts (MW) de energia elétrica, cerca de 33,05% do consumo do Estado.

USINAS do tipo UTE (Usina Termelétrica de Energia) em Operação 2007

Usina

Potência (MW)

Municípios

Combustível

Classe Combustível

Aruanã - Termoelétricas S/A (1) 53,6 Goiânia Óleo Diesel

Fóssil

Coniexpress 3,6 Nerópolis Óleo Diesell Fóssil

Centroalcool S/A 3,4 Inhumas Bagaço de Cana

Biomassa

Wal Mart Combo 1,0 Goiânia Óleo Diesel Fóssil Cia Brasileira de Bebibas - Filial Goiânia 0,6 Goiânia Óleo Diesel Fóssil

Aeroporto Santa Genoveva 0,4 Goiânia Óleo Diesel Fóssil Total: 06 Usinas Potência Total : 62,6 MW

Fonte: Seplan / Sepin

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Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

A densidade populacional na Região Metropolitana de Goiânia é de 294,81 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto a estadual é de 17,42.

Evolução do Crescimento Populacional

1996 2000 2004 2008

2.141.7311.964.214

1.743.2971.537.963

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

Fonte: Seplan / Sepin

O município com a maior taxa geométrica de crescimento da população, entre 2000 e 2008 é Aparecida de Goiânia, com 4,94% e o município com a menor taxa é Guapó com 0,10%. A capital Goiânia teve no período um crescimento de 1,85%.

População %

Região Metropolitana 2.141.731 36,64% Goiás 5.844.996

A cidade mais populosa da região é a capital, Goiânia, que possui 1,2 milhão de habitantes, representando 22,04% da população do Estado. O segundo município mais populoso é Aparecida de Goiânia com 475.303 habitantes.

Evolução do Consumo de Energia Elétrica Total da RMG (Mwh)

2.235.5712.587.235

2.844.7913.161.122

2008 2006 2004 2002 0

1000000

2000000

3000000

4000000

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Ranking dos dez maiores municípios em população Goiânia 1.244.645 Aparecida de Goiânia 475.303 Trindade 97.491 Senador Canedo 70.559 Inhumas 44.983 Goianira 24.110 Bela Vista de Goiás 20.615 Nerópolis 19.392 Hidrolândia 14.004 Guapó 13.586

Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS ECONÔMICOS

O Produto Interno Bruto – PIB da Região Metropolitana de Goiânia, entre o período de 1999 a 2006, cresceu 4,7 % mais que o PIB do Estado de Goiás em valores nominais.

A região Metropolitana de Goiânia tinha participação, em 2002, de 37,51% do PIB goiano e subiu para 39,36% em 2006. Os municípios que mais contribuíram para o ganho de participação foram: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Senador Canedo, impulsionados pelo setor de serviços, com destaque para a atividade de comércio, intermediação financeira e serviços de informação.

Evolução do PIB da Região Metropolitana de Goiânia

17.395.543

1999 2002 2004 2006

6.952.661

14.033.206

22.471.581

0

5000000

10000000

15000000

20000000

25000000

Font e: Seplan / Sepin

Estrutura Percentual do PIB da Região Metropolitana de Goiânia

2006 % PIB Agropecuária Indústria Serviços

39,36 4,50 28,77 47,23 Fonte: Seplan / Sepin

Em 2008, os rebanhos da Região Metropolitana participavam nos efetivos do

Estado nas seguintes proporções: 3,36% do rebanho bovino, 5,34% do rebanho suíno e

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11,31 % do rebanho avícola. A região possui o terceiro maior rebanho avícola em relação ao Estado.

A produção leiteira correspondeu a 6,85% do total produzido no Estado em 2008. A produção de grãos correspondeu em 2008 a 0,8% da produção total do Estado. No período de 2004 a 2008 houve queda na produção agrícola de 5,7%.

Produção Agropecuária 2008 Quantidade % do Estado Ranking das regiões

Bovinos (cab) 689.280 3,36 10º Aves (cab) 5.402.180 11,31 3º Suinos (cab) 85.065 5,34 7º Leite (lt) 197.112 6,85 8º Grãos (t) 112.177 0,84 10º

Fonte: Seplan / Sepin

O ICMS arrecadado na Região Metropolitana de Goiânia correspondeu em 2008 a

58,51% do total arrecadado no Estado de Goiás. O crescimento nominal do ICMS de 2006 para 2008 foi de 29,47% contra 37,24% do crescimento do Estado.

Goiânia e Senador Canedo são os municípios que mais arrecadam ICMS no Estado.

Fonte: Seplan / Sepin

A Região Metropolitana possui 6.740 estabelecimentos industriais e 23.988

estabelecimentos do comércio varejista. Goiânia e Trindade fazem parte do Polo de Confecções e Senador Canedo e região do Vale do Meia Ponte do Polo Coureiro/ Calçadista.

Arrecadação de ICMS (R$ mil) 2000 1.285.180 2002 1.848.779 2004 2.428.389 2006 2.955.028 2008 3.826.056

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A Região Metropolitana de Goiânia possui 04 municípios-polo de confecções:

Goiânia, Trindade, Aparecida de Goiânia e Inhumas. Com investimentos em tecnologia, o setor vem ampliando, diversificando e verticalizando a produção.

As exportações decresceram de 2007 para 2008 em 14,2%, principalmente em relação à carne em Senador Canedo e leite em Bela Vista.

Evolução das Exportações na RMG (US$ FOB)

2008200720062004

337.053.668305.453.014

211.179.699

289.207.037

0

100000000

200000000

300000000

400000000

Fonte: Seplan / Sepin

MUNICÍPIOS COM MAIOR EXPRESSÃO ECONÔMICA

APARECIDA DE GOIÂNIA - Possui localização estratégica, situada na Região

Metropolitana de Goiânia e a 70 km de Anápolis e 210 km de Brasília, tornando-se um

Polos de Economia da Região Metropolitana de Goiânia

Polo Farmacêutico Goiânia Polo de Confecções Goiânia, Trindade,

Aparecida de Goiânia e Inhumas

Polo Coureiro/Calçadista

Aparecida de Goiânia, Goiânia, Goianira, Inhumas, Trindade

Polo de indústria do mobiliário

Aparecida de Goiânia, Goiânia

Polo de comércio Goiânia Polo de Serviços e Educação

Goiânia

Polo de Saúde Goiânia

Polo de turismo de negócios

Goiânia

Polo de cosméticos Aparecida de Goiânia

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polo estratégico para investimentos na industrialização, na distribuição de produtos e no atendimento de importantes mercados consumidores, sendo Goiânia o principal centro consumidor de seus produtos industrializados.

O Município conta com 4 polos industriais: o DIMAG – Distrito Industrial Municipal de Aparecida de Goiânia, o DAIAG – Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia, com 4 milhões de metros quadrados; Polo Empresarial Goiás; Parque Industrial de Aparecida de Goiânia e a Cidade Empresarial. Nos polos estão instaladas empresas que fabricam desde peças de veículos, material de limpeza, alimentação e equipamentos hospitalares. A maioria delas implantou-se nos últimos 5 anos, quando o município passou a doar terrenos.

Segundo a Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia, o DAIAG conta com 30 empresas em funcionamento; o DIMAG com 50 empresas e o Polo Empresarial Goiás com 130. O Parque Industrial conta com 60 empresas que receberam terrenos da prefeitura e a Cidade Empresarial tem 70 empresas com obras em andamento, sendo que esta já possui, aproximadamente, 250 empresas de serviços e de tecnologia.

SENADOR CANEDO - É o 5º município mais competitivo do Estado. Em 2008,

registrou a segunda maior arrecadação de ICMS em Goiás, tendo o setor de combustíveis como seu principal gerador de receitas. Isso graças ao Polo Petroquímico, com implantação da Petrobrás, que conta com outras grandes empresas do ramo. São 40 distribuidoras de combustíveis, três distribuidores de Gás Liquefeito de Petróleo e 10 transportadoras que, juntas, geram uma grande demanda por serviços aumentando o efeito multiplicador da economia do município.

O Centro Distribuidor de Combustível (Transpetro), instalado em Senador Canedo, atende ao mercado do Centro-Oeste fornecendo combustíveis às grandes distribuidoras como Shell, Texaco, Agip, Ipiranga e BR.

Para atrair empresas e indústrias para o município, Senador Canedo possui atualmente dois distritos industriais em parceria com o governo do Estado de Goiás: Distrito Agroindustrial de Senador Canedo - DASC - (antigo polo coureiro) com empresas como Jaepel, Active, Rio Granito, Foliar, Reciclo, Ferroart; e outras em implantação como Centro Oeste Ambiental, Adubos Macromax, Sigma Eletromecânica; e o Distrito Industrial de Senador Canedo -DISC- (Polo Confeccionista) com empresas como Duparma, Supleforma e Nativa.

Além desses, outros quatro sob responsabilidade municipal estão em fase de implantação, quais sejam: Distrito Industrial Nova Canaã, que já tem na espera a empresa Biotec Farmacêutica para inicio das obras e que prevê gerar 150 empregos, bem como outras da área de confecção; Distrito Industrial Monte Horebe com 05 empresas em construção (QG pastéis, Marca Estofados, Real Cadeiras, entre outras); Distrito Industrial Cruzeiro do Sul com 13 empresas já implantadas - como Só Luvas, Simons Cozinhas, Arte Brilho, Kárita Confecções, Móveis Carvalho – e outras em construção; Distrito Industrial Santa Edwirges em fase de implantação e que já conta com a construção de uma empresa - Iury Industria de Pré-Moldados.

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TRINDADE – O município é uma das forças do Estado no setor de confecções, atividade que Goiás ocupa o sétimo lugar no ranking nacional. O polo de confecções tem oscilado em termos de emprego e faturamento por conta da crise de 2008, taxa de câmbio e concorrência com a China. Mas só no seu Arranjo Produtivo Local (APL) de confecções a estimativa é de que 1.800 pessoas estejam trabalhando em aproximadamente 100 empresas (predominantemente micro e pequenas). No geral estima-se que 5.000 pessoas e 300 empresas estejam ligadas a confecções. Isso tudo, junto com o aumento da oferta de vagas no ensino superior, colocou o município novamente entre os 15 mais competitivos (15ª colocação). Essa força no desenvolvimento de Trindade como polo de confecções se dá em decorrência de seu posicionamento estratégico, abundância de mão de obra, e incentivos para o desenvolvimento das atividades no setor.

Além do setor confeccionista, Trindade se destaca na produção de bebidas sendo a Refrescos Bandeirantes (Rebic) empresa do grupo José Alves – operador da marca Coca- Cola - junto com a Cervejaria Imperial são os principais representantes do setor. Outro destaque é a Cervejaria Imperial que produz sucos, refrigerantes, cervejas, bebidas mistas, água e energéticos.

Também, o município compõe a Região de Negócios e Eventos em Goiás que receberá benefícios com 13 grandes obras e investimentos, a serem feitos pelo poder público, via Programa Nacional de Desenvolvimento Turístico-Prodetur, que concluiu o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável-PDITS. Para Trindade, o plano prevê investimentos na rota do Divino Pai Eterno.

O Turismo religioso é forte em Trindade, considerada a capital católica do Estado. A festa do Divino Pai Eterno atrai milhares de pessoas ao município.

GOIANIRA - Sua localização a apenas a 22 km de Goiânia faz da cidade um

potencial para se tornar um grande parque industrial e/ou agroindustrial. Um incentivo para isso foi a concretização do Distrito Agroindustrial de Goianira, com as obras do Polo Calçadista que estendeu a cadeia produtiva do couro bovino no Estado. Essa infaestrutura e a dinâmica criada na sua economia fez o município ganhar em potencial de crescimento.

O Governo de Goiás vem, há alguns anos, investindo na implantação do Polo Calçadista de Goianira, localizado no Distrito Agroindustrial de Goianira sendo que hoje já está com toda infraestrutura implantada. Com o objetivo de aumentar sua presença no mercado o Arranjo Produtivo chegou a ter um orçamento de R$ 4,5 milhões e desenvolveu ações planejadas com o objetivo de aumentar a produção de pares de calçados na ordem de 5% em 2008, 10% em 2009 e 10% em 2010. Ainda, instituições como Sindicalce , Sebrae e o SENAI juntamente com as universidades e instituições de crédito como o BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil vêm apoiando o desenvolvimento do APL. Dessa maneira os investimentos tanto em infraestrutura, qualificação e diversificação da produção possibilitaram a dinamização do setor.

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ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS O IDHM (2000) da Região Metropolitana de Goiânia está no 4º lugar do ranking do Estado. Quatro municípios figuram entre os 50 maiores IDHM de Goiás. Em 2008 existiam 7.620.616 m de extensão de rede de água e 3.206.733 m de extensão de rede de esgoto. A Região Metropolitana de Goiânia possuía, em 2008, 493.437 alunos e 12.270 salas de aula, o que representa 31,99% do total do Estado. A taxa de alfabetização alcançou em 2006 a marca de 93,37% contra 89,2% do Estado. Goiânia é Polo Universitário, possuindo 05 Universidades e 21 faculdades É também polo de Saúde do Estado. Existem na região 8.439 leitos hospitalares (2009) o que representa 44,7% do total do Estado. São 155 hospitais, segmentados em diversas especialidades, como o Hospital de Doenças Tropicais, Hospital do Câncer, Hospital de Urgências de Goiânia, Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia e o Centro de Reabilitação Dr. Henrique Santillo, entre outros.

Ranking de IDHM da RMG

Município Ranking IDHM

Goiânia 2º 0,832

Nerópolis 20º 0,785

Inhumas 46º 0,765

Aparecida de Goiânia

48º 0,764

Saneamento da RMG 2008 Atendimento com

água Atendimento com

esgoto 85,46 % da população

56,27% da população

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REGIÃO CENTRO GOIANO

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REGIÃO CENTRO GOIANO

A Região Centro Goiano foi definida tendo como critério o eixo da BR 153. Compreende 31 municípios ocupando um território de 18.493,049 km², o que corresponde a 5,44% do total do território de Goiás.

Municípios da Região Centro Goiano Anápolis Ouro Verde de Goiás Barro Alto Petrolina de Goiás Campo Limpo de Goiás Pilar de Goiás Carmo do Rio Verde Rialma Ceres Rianápolis Damolândia Rubiataba Goianésia Santa Isabel Guarinos Santa Rita do Novo Destino Hidrolina Santa Rosa de Goiás Ipiranga de Goiás São Francisco de Goiás Itapaci São Luiz do Norte Jaraguá São Patrício Jesúpolis Taquaral de Goiás Morro Agudo de Goiás Uruana Nova América Vila Propício Nova Glória

Área Total ( km²)

Região Centro Goiano 18.493 5,44% Goiás 340.086

Nº de Municípios

Região Centro Goiano 31 12,6% Goiás 246

Fonte: Seplan / Sepin

O processo de industrialização na Região Centro Goiano tem ocorrido de forma intensa em alguns municípios, mas se restringe basicamente à Anápolis, com destaque para o polo farmacêutico; Goianésia, com duas usinas de processamento de cana-de-açúcar e uma indústria de atomatados; Jaraguá, com polo de confecções; Rubiataba, com usina de cana-de-açúcar e fábrica de móveis e Barro Alto com produção de níquel.

O potencial turístico existente é grande, como a cidade histórica de Pilar de Goiás, cenários naturais como o Lago Azul (no município de Vila Propício), a Caverna da Garganta (em Goianésia) e o Rio das Almas e o turismo de saúde, em Ceres.

A região integra o Eixo Goiânia/Anápolis/Brasília, o terceiro maior mercado consumidor do país, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro. Considerando a Região Metropolitana de Goiânia e os municípios do entorno de Brasília, os quase nove

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milhões de habitantes desse eixo contam com adequada infraestrutura e qualidade de vida, motivando novos investimentos, inclusive externos.

A Plataforma logística, a indústria farmacêutica, a indústria automobilística, as empresas de base tecnológica e as instituições de ensino superior, assim como o turismo e demais serviços, induziram um salto no desenvolvimento dos municípios sob influência do eixo.

O Eixo de desenvolvimento tecnológico Goiânia – Anápolis atraiu indústrias de software, empresas de tecnologia de informação, criou um polo de biotecnologia junto ao complexo de fármacos, incrementou centro de inteligência médica e excelência nutricional, bem como unidades de pesquisa e desenvolvimento nas universidades de medicina, estimulou a implantação de um parque de energias alternativas e consolidou os parques ecológicos.

INFRAESTRUTURA A Região Centro Goiano é servida por eixos rodoviários de fundamental importância, como a rodovia BR-153 que integra o Norte ao Sul do País, a BR-060 que liga Goiânia ao Distrito Federal e ao Estado do Mato Grosso. A região faz parte do eixo Goiânia-Anápolis-Brasília e está no ponto de integração da Ferrovia Norte-Sul com a Ferrovia Centro Atlântica. Esta infraestrutura de transportes relacionada com o Distrito Agro-industrial e o Porto Seco (Estação Aduaneira Interior) formatam um nó estratégico de distribuição de cargas de abrangência nacional e internacional. Quando concluída a ferrovia Norte-Sul, a integração multimodal em Anápolis – Plataforma Logística Multimodal de Goiás – promoverá pela primeira vez no Brasil o conceito de central de inteligência logística com acesso eficiente aos eixos de transporte rodoviário, ferroviário e aeroportuário, ou seja, permitirá a integração com as principais rotas logísticas do País.

A Ferrovia Norte-Sul está em construção, com grande parte já pronta. Inicia-se do Porto Seco de Anápolis em direção ao Norte pelo Estado do Tocantins e ao Sul pelo Sudoeste do Estado, chegando a Minas Gerais e São Paulo. Acrescente-se a esta estrutura ferroviária a Estação Aduaneira Interior (EADI) – Anápolis – Porto Seco Centro-Oeste, destinado a desembaraçar e diminuir o custo e o tempo para importação e exportação. A EADI de Anápolis abrange uma área que cobre quase toda a Região Centro-Oeste, o Norte de Minas Gerais, Pará e Maranhão .Anápolis possui também a Base Aérea para aviões Supersônicos. Além disso, está previsto a adequação do aeroporto civil de Anápolis para aeroporto de cargas. A Região Centro Goiano possui 08 usinas Termelétricas de Energia em operação e 01 Hidrelétrica totalizando 112,91 MW de potência

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USINAS do tipo UTE (Usina Termelétrica de Energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Combustível Classe

Combustível DAIA (1) 44,3 Anapólis Óleo Diesel Fóssil Jalles Machado S/A 40,0 Goianésia Bagaço de Cana Biomassa Goianésia 10,3 Goianésia Bagaço de Cana Biomassa Destilaria Vale Verde S/A 7,1 Itapaci Bagaço de Cana Biomassa Cooper-Rubi 4,0 Rubiataba Bagaço de Cana Biomassa

CRV Industrial Ltda 2,4 Carmo do Rio Verde

Bagaço de Cana

Biomassa

Cia Brasileira de Bebibas - Filial Cebrasa 1,4 Anapólis

Óleo Diesel

Fóssil

Rio Vermelho 0,4 Anapólis Óleo Diesel Fóssil Total: 08 Usinas Potência Total: 109,9 MW

Fonte: Seplan / Sepin

USINAS do tipo UHE (Usina Hidrelétrica de energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Rio Tipo

São Patrício 3,01 Rianápolis Das Almas PCH Total: 01 Usinas Potência Total: 3,01 MW

Fonte: Seplan / Sepin

Evolução do Consumo de Energia Elétrica Total do Centro Goiano (Mwh)

582.589667.634

2006 200820042002

883.268845.222

0

200000

400000

600000

800000

1000000

Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

A densidade populacional na Região Centro Goiano é de 33,38 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a estadual 17,42.

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Font e: Seplan / Sepin

O município com a maior taxa geométrica de crescimento da população, entre 2000 e 2008 é Jaraguá, com 2,64% e o município com a menor taxa é Santa Rosa de Goiás com taxa negativa de -2,74%.

População % Região Centro Goiano 610.784 10,45%

Goiás 5.844.996 Fonte: Seplan / Sepin

O município mais populoso da região é Anápolis que possui 331.329 habitantes. O segundo município é Goianésia com 56.169 habitantes e o com menor número de é São Patrício com 2.129 habitantes.

Ranking dos dez maiores municípios em população

Anápolis 331.329 Goianésia 56.169 Jaraguá 41.014 Ceres 19.114 Rubiataba 18.583 Itapaci 16.806 Uruana 14.110 Rialma 10.855 Petrolina de Goiás 10.099 Carmo do Rio Verde 9.333

Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS ECONÔMICOS

O Produto Interno Bruto – PIB da Região Centro Goiano, entre o período de 1999 a 2006, cresceu 2,92 % mais que o PIB do Estado de Goiás em valores nominais.

O Centro Goiano participava com 9,00% em 2002, passou para 10,06% em 2006, com destaque para os municípios de Anápolis, influenciado pelo comércio e indústria de transformação, Goianésia, indústria de molhos de tomate e usinas de álcool e açúcar,

EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

1996 2000 2004 2008

508.021 541.440571.598 610.784

0

200000

400000

600000

800000

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Jaraguá, indústria de confecções, Ceres, saúde e educação mercantil e Rubiataba, influenciado pela usina de álcool e fabricação de móveis.

O Centro Goiano foi uma das regiões que mais se destacaram pelo ganho de participação no PIB.

Fonte: Seplan / Sepin

Estrutura Percentual do PIB da Região do Centro Goi ano

2006 % PIB Agropecuária Indústria Serviços

10,06 8,87 10,74 9,52 A Região não possui expressividade no rebanho avícola, com plantel de 874.520

aves, representando 1,83% do total do Estado e tem havido um decréscimo sistemático na produção no período de 2002 a 2008.

Em 2008, os rebanhos da região Centro Goiano participavam nos efetivos do Estado nas seguintes proporções: 6,50% do rebanho bovino, 5,22% do rebanho suíno e 1,83 % do rebanho avícola.

A produção leiteira correspondeu a 8,24% do total produzido no Estado em 2008. A produção de grãos correspondeu em 2008 a 1,69% da produção total do Estado. No período de 2004 a 2008 houve uma queda na produção agrícola de 4,37%.

Produção Agropecuária 2008 Quantidade % do Estado Ranking das regiões Bovinos (cab) 1.332.100 6,50 7º Aves (cab) 874.520 1,83 8º �uínos (cab) 83.260 5,22 8º Leite (lt) 236.911 8,24 6º Grãos (t) 224.540 1,69 8º

Fonte: Seplan / Sepin

O ICMS arrecadado na Região Centro Goiano correspondeu em 2008 a 6,04% do total arrecadado no Estado de Goiás. O crescimento nominal do ICMS de 2006 para 2008 foi de 35,07% contra 37,24% do crescimento do Estado.

EVOLUÇÃO DO PIB DA REGIÃO CENTRO GOIANO

1999 2002 2004 2006

1.785.733

3.368.0794.031.064

5.741.403

0

2000000

4000000

6000000

8000000

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Anápolis é o município que mais arrecada ICMS na região e o terceiro no Estado.

Arrecadação de ICMS (R$ mil) 2000 155.461 2002 174.328 2004 208.095 2006 292.720 2008 395.382

Fonte: Seplan / Sepin

A região Centro possui 1.657 estabelecimentos industriais e 5.720 estabelecimentos do comércio varejista.

As exportações decresceram de 2006 para 2008 em 46,33%, principalmente em

relação ao açúcar de cana em bruto. Em Barro Alto a Anglo American implantou o maior projeto de níquel do Brasil e um

dos três maiores projetos da companhia no mundo. A empresa também está investindo US$ 1,8 bilhão no Projeto Barro Alto para ampliar sua produção de níquel. A partir de 2011, a nova planta tem expectativa de produzir 36 mil t/ano de níquel ao longo de 26 anos de operação.

Evolução das Exportações da Região Centro Goiano (US$ FOB)

27.060.134

99.247.459

76.125.945

53.199.009

20082007200620040

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

120000000

Polos de Economia da Região Centro Goiano

Polo Farmoquímico Anápolis Polo de Confecções Anápolis,

Goianésia e Jaraguá

Polo de Comércio Anápolis e Goianésia

Polo de minério Barro Alto

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MUNICÍPIOS COM MAIOR EXPRESSÃO ECONÔMICA

ANÁPOLIS - Anápolis continua como principal economia depois da Capital, Goiânia. Além de ter o 2º maior PIB do Estado de Goiás (R$ 4,7 bilhões) consolida-se cada vez mais como polo logístico por excelência. Situa-se estrategicamente no cruzamento de dois eixos rodoviários importantes, a BR-153 e a BR-060. O município faz parte do eixo Goiânia-Anápolis-Brasília e está no ponto de integração da Ferrovia Norte-Sul com a Ferrovia Centro-Atlântica. O Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) possui boa infraestrutura com uma usina termoelétrica emergencial com capacidade para gerar 40 KVA. Nele estão instaladas 18 indústrias do ramo farmacêutico e mais 90 que atuam em vários outros segmentos que geram mais de 10 mil empregos diretos sendo R$ 18 bilhões a média atual de arrecadação de impostos em Anápolis. O setor industrial de Anápolis deve se tornar ainda mais robusto com o pleno funcionamento da montadora de veículos da marca sul-coreana Hyundai que investiu até 2009 o montante de R$ 838 milhões e que até o final do projeto alcançará R$ 1,2 bilhão. Outra força é o setor farmacêutico. Com a expansão do consumo de remédios genéricos no Brasil, a tendência é que o DAIA se consolide como o maior Polo Farmacêutico de Genéricos da América Latina. O Polo conta hoje com 18 empresas de médio e grande porte. Na cidade de Anápolis existem 07 faculdades que oferecem cerca de 50 cursos em diversas áreas. As unidades do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) oferecem cursos de capacitação tecnológica voltados para formação de mão de obra especializada para os setores da indústria, comércio e serviços. Isso ajuda em muito na escolha das empresas na hora de tomar decisões. JARAGUÁ - Conhecida por ser a capital das confecções, está a aproximadamente 124 quilômetros de Goiânia, localizando-se no Centro Goiano e no eixo da BR-153, no Vale do São Patrício. A localização estratégica da cidade, às margens da Belém-Brasília, favoreceu a penetração de seus produtos no mercado regional e pouco a pouco vem se consolidando como importante polo de confecções tanto na região como no Estado de Goiás. Hoje, o município de Jaraguá é considerado um dos maiores polos de confecções do Centro-Oeste. Existem 701 empresas formais na indústria têxtil que no seu conjunto empregam 2.143 trabalhadores conforme dados da RAIS-MTE (2008). Se considerarmos o Arranjo Produtivo Local-APL de confecções que inclui os municípios de Itaguaru, São Francisco de Goiás, Goianésia e Uruana, os empregos somam 2.731 e as empresas 784, ou seja, a representação de Jaraguá é de 78% para empregos e de 89% para empresas no APL. Para possibilitar ainda mais sua dinamização, o município conta com um Centro Tecnológico de Moda (Cetemj), resultado de parceira com o Ministério de Ciência e Tecnologia e com a participação de instituições, entre elas a UEG.

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O Centro tem como objetivo verificar tendências, comportamento e mercado, bem como a capacitação do capital humano para as indústrias, de forma sustentável, difundindo tecnologias referentes à melhoria dos processos produtivos das confecções e melhorando a gestão empresarial por meio da capacitação de seus empreendedores. Visa ainda estimular a transferência de tecnologia gerada pelas empresas, universidades e demais instituições; inserir as empresas do APL no mercado global por meio de tecnologias da informação; e incrementar a formação de pesquisadores e técnicos com foco na tecnologia e inovação para o segmento de confecção. Para consolidação do setor há investimentos previstos da ordem R$ 3 milhões em parceira com o governo federal e estadual para a construção da Passarela da Moda em Jaraguá. Isso tende a dinamizar o setor bem como dar mais visibilidade aos produtos do município e da região. Outro fator de importância será a conclusão da Ferrovia Norte-Sul que cruza o município de Jaraguá e traz novas expectativas de crescimento para a região, justamente por oferecer maiores possibilidades de escoamento da sua produção. Em Goiás, haverá cinco pátios de transposição de mercadorias, um deles é em Jaraguá, por isso a expectativa é das melhores. Jaraguá pertence a uma região com grande potencialidade turística, mas ainda pouco explorada. As potencialidades turísticas de Jaraguá passam pelo Parque Estadual da Serra de Jaraguá, onde se encontram túneis feitos por escravos na época da mineração em Goiás. O turismo ainda pode ser desenvolvido com o ecoturismo através do parapente e exploração de rios e cachoeiras. A atividade esportiva do parapente em Jaraguá é recente, mas tem alçando destaque nacional, primeiro pelos campeonatos realizados na serra, com a participação de pilotos de vários estados e até de outros países. Assim, a economia vem se fortalecendo, principalmente através do setor de confecções, da infraestrutura que chega ao município e do potencial turístico a ser explorado. Tudo isso faz de Jaraguá um município com capacidade para se tornar cada dia mais competitivo e forte no Estado de Goiás. GOIANÉSIA - está localizada na região do Vale do São Patrício, distante 170 km de Goiânia e 280 km de Brasília. Figura entre os municípios de maior expressão econômica da região devido ao avanço do setor sucroalcooleiro, crescente cadeia de prestadores de serviços e diversificação das atividades econômicas. Um fator preponderante para o desenvolvimento do município é a qualidade de vida, confirmada pelos bons indicadores referentes à criminalidade, cobertura populacional com rede de água, matrículas no ensino fundamental e salário médio do emprego formal. Na estrutura do PIB do município prepondera o setor de serviços, com participação acima de 50%, seguido pelo setor industrial. No setor industrial predomina a agroindústria, com usinas de açúcar e álcool, indústria de atomatados e frigoríficos. As indústrias de açúcar e álcool são as molas propulsoras da economia local, produzindo anualmente cerca de 221.800 toneladas de açúcar e 76 milhões de litros de álcool, 30% e 10% da produção do Estado.

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Algumas empresas impulsionaram o desenvolvimento local como a Goianésia Álcool e a Jalles Machado S.A, que emprega em média 2.600 funcionários na época da safra e 1.750 na entressafra. O açúcar produzido atende ao mercado interno e externo e o álcool ao mercado interno, respectivamente, da produção do Estado de Goiás. A empresa foi a primeira destilaria brasileira a comercializar créditos de carbono decorrente da redução da emissão de gases de efeito estufa. A Goialli é uma empresa especializada na produção de atomatados que chega a processar 19 mil toneladas de tomate oriundas de produtores da região e emprega 322 funcionários. A produção, em torno de 56 mil caixas de polpa, extrato, molho, ketchup e mostarda atende ao mercado interno. Outro setor promissor a se desenvolver é o de confecção, com a instalação da Cia Hering. Atualmente a empresa emprega 188 funcionários e tem a previsão de confeccionar 20 mil peças/dia para atender, entre outros mercados, a Europa e os EUA. As perspectivas positivas para o setor sucroalcooleiro como o grande fornecedor de energia pura e renovável; a vantagem da localização do município próximo à futura Ferrovia Norte-Sul que contribuirá para a exportação de álcool para os potenciais compradores como União Européia, EUA e Japão; a diversificação das atividades econômicas e em especial o setor de comércio e serviços atrelados ao setor industrial; e a eficiência dos arranjos institucionais entre o setor público e o setor privado são fatores que contribuem para a geração de emprego, renda e qualidade de vida, e mantêm o círculo virtuoso do desenvolvimento com sustentabilidade percebido no município.

ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS O IDHM (2000) da Região Centro Goiano é 0,728 e está no 6º lugar do ranking do Estado. Três municípios figuram entre os 50 maiores IDHM de Goiás.

Em 2008 existiam 2.149.810 m de extensão de rede de água e 680.750 m de extensão de rede de esgoto.

Ranking de IDHM da Região Centro Goiano

Município Ranking IDHM Anápolis 16º 0,788 Ceres 26º 0,782 Rialma 35º 0,777

Saneamento da Região Centro Goiano 2008

Atendimento com água

Atendimento com esgoto

90,48 % da população

32,37% da população

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A Região Centro Goiano possuía, em 2008, 148.647 alunos e 4.022 salas de aula,

o que representa 10,48% do total do Estado. A taxa de alfabetização alcançou em 2006 a marca de 88,93% contra 89,2% do Estado. Anápolis possui 01 Universidade e 06 faculdades. Existem na região 2.639 leitos hospitalares (2009) o que representa 13,99% do total do Estado, distribuídos em 58 hospitais.

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REGIÃO ENTORNO DO DISTRITO FEDERAL

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REGIÃO DO ENTORNO DO DISTRITO FEDERAL

A Região do Entorno do DF compreende 19 municípios que ocupam 39.950,001 km², correspondendo a 10,57% do território goiano. Foi definida pela Lei de criação da Ride: Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno pela Lei Complementar (Constituição Federal) nº 94, de 19 de fevereiro de 1998.

Municípios da Região do Entorno do DF. Abadiânia Luziânia Água Fria de Goiás Mimoso de Goiás Águas Lindas de Goiás Novo Gama Alexânia Padre Bernardo Cabeceiras Pirenópolis Cidade Ocidental Planaltina Cocalzinho de Goiás Santo Antônio do Descoberto Corumbá de Goiás Valparaíso de Goiás Cristalina Vila Boa Formosa

Área Total ( km²) Região do Entorno DF 35.950 10,57%

Goiás 340.086

Nº de Municípios Região do Entorno DF 19 7,7%

Goiás 246 Fonte: Seplan / Sepin

A construção de Brasília foi um marco para os municípios que compõem o seu Entorno. Estes passam por um processo de crescimento populacional, aliado, obviamente, a um relativo dinamismo em suas atividades econômicas, redundando em alterações substanciais na estrutura espacial dos mesmos.

A região tem tido um crescimento populacional bem acima da média brasileira e goiana, e esta é a principal causa da maioria dos problemas vivenciados pelos municípios do Entorno do Distrito Federal. Este crescimento populacional explosivo deve-se ao fato das cidades mais próximas da capital federal terem se transformado em cidades-dormitório de parte da força de trabalho de Brasília.

A agricultura tem sido a mais importante fonte de geração de trabalho e renda para alguns municípios da região, com destaque para as culturas da soja, do milho e tomate. Mas, além da agropecuária, também a indústria, a mineração e o turismo têm se destacado como vocações econômicas.

Embora exista um bom potencial turístico a ser explorado, formado por riquezas naturais, culturais, históricas – como casarões antigos e igrejas em algumas cidades – e atrativos artificiais como lagos criados pelo homem, apenas em Pirenópolis se vê um polo turístico consolidado.

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INFRAESTRUTURA

O Entorno do DF encontra-se inserido no Corredor Centro-Leste, sendo o modal rodoviário o mais representativo e o maior responsável pela movimentação de cargas e de passageiros, principalmente pela BR-060 que liga o Distrito Federal a Goiânia e ao Estado do Mato Grosso e a BR-020 que liga o DF à Bahia.

A região possui rica malha viária, convergindo quase que em sua totalidade para o Distrito Federal, vez que este e o Entorno constituem o ponto básico do eixo viário nacional. Esta malha, através das BRs 153, 040, 050 e 020 e de rodovias estaduais, liga a região ao restante do País.

O subsistema ferroviário na região compreende um trecho da Superintendência Regional 2 (SR 2) que se estende do Planalto Central e Triângulo Mineiro até Belo Horizonte, possibilitando o acesso ao Porto de Tubarão.

A região possui 01 aeroporto em Formosa e 19 aeródromos.

O Entorno do DF possui em operação e 02 usinas Hidrelétricas totalizando 232 MW de potência.

USINAS do tipo UHE (Usina Hidrelétrica de energia) em Operação

Usina Potência (MW) Municípios Rio Tipo

Corumbá IV 127,0 Luziânia e outros

Corumbá

UHE

Queimado 105,0 Cristalina Preto UHE Total: 02 Usinas Potência Total: 232,0 MW

Fonte: Seplan / Sepin

Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

O crescimento populacional da região no período de 1960 a 1996, foi acelerado, pois de um contingente de 107.659 passou para 645.717 habitantes, aumentando sua

Evolução do Consumo de Ene rgia Elétrica Total do Entorno do DF (Mwh)

682.216

835.779 865.555

1.045.701

20082006200420020

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

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população em 6 vezes mais, apresentando incremento de aproximadamente 499,7% neste período, enquanto que a população nacional cresceu 2,3 vezes.

No período de 1991 a 2003 a população residente passou de 472.586 para 916.034, com uma taxa de crescimento anual cumulativa de 5,67 %, contra 2,34 % do crescimento médio do Estado de Goiás, demonstrando que o aumento populacional da Região do Entorno do DF correspondeu a 2,4 vezes o crescimento populacional médio do Estado de Goiás no mesmo período.

A densidade populacional no Entorno do DF é de 28,32 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a estadual 17,42. No entanto, deve-se considerar que seu adensamento apresenta distorções, encontrando-se municípios com elevadíssimos índices como é o caso de Valparaíso de Goiás, 1.779,54 hab./Km², Águas Lindas 690,78 hab./Km², Novo Gama 436,02 hab./Km², e outros com adensamento rarefeito como é o caso de Mimoso de Goiás com 1,81 hab./Km², Água Fria de Goiás 2,28 hab./Km² e Vila Boa com 3,23 hab./Km².

Observa-se que as áreas mais adensadas continuam apresentando altas taxas de crescimento populacional, enquanto muitas áreas vazias tiveram crescimento negativo. Portanto, conclui-se que áreas densamente povoadas continuam sendo foco de atração de migrantes, enquanto que inúmeras áreas pouco povoadas vêm continuamente liberando contingentes populacionais.

A concentração urbana é fenômeno flagrante em alguns municípios do Entorno, pois em 1996, 85,8% de sua população vivia em núcleos urbanos. Já no ano de 2000, segundo os dados do IBGE, esse índice se elevou para 89,35%.

Fonte: Seplan / Sepin

O município com a maior taxa geométrica de crescimento da população, entre 2000 e 2008 é Luziânia, com 4,70% e o município com a menor taxa é Corumbá de Goiás com taxa negativa de -0,35%.

População % Região do Entorno do DF 999.628 17,10%

Goiás 5.844.996 Fonte: Seplan / Sepin

EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

1996 2000 2004 2008

999.628986.124

810.701

645.717

0 200000 400000 600000 800000

1000000 1200000

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O município mais populoso da região é Luziânia que possui 203.800 habitantes. O segundo município é Águas Lindas de Goiás com 139.804 habitantes e o com menor número de é Mimoso de Goiás com 2.930 habitantes.

Ranking dos dez maiores municípios em população

Luziânia 203.800 Águas Lindas de Goiás 139.804 Valparaiso de Goiás 120.878 Formosa 94.717 Novo Gama 87.558 Planaltina 79.162 Santo Antônio do Descoberto 57.908 Cidade Ocidental 51.303 Cristalina 38.125 Padre Bernardo 27.429

Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS ECONÔMICOS

O Produto Interno Bruto – PIB do Entorno do DF, entre o período de 1999 a 2006, cresceu 4,33 % mais que o PIB do Estado de Goiás em valores nominais.

A região do Entorno do Distrito Federal participava com 8,08% em 2002, passou para 8,67% em 2006, destaque para os municípios de Luziânia (influenciado pela agroindústria), Cristalina (lavouras irrigadas), Formosa, (administração pública, comércio e aluguéis) e Valparaíso de Goiás (influenciado por administração pública, aluguéis e construção civil).

Fonte: Seplan / Sepin

Estrutura Percentual do PIB da Região do Entorno do DF 2006 %

PIB Agropecuária Indústria Serviços 8,67 10,69 7,20 9,51

Fonte: Seplan / Sepin

EVOLUÇÃO DO PIB DA REGIÃO DO ENTORNO DO DF

2006200420021999

4.949.6704.238.236

3.023.873

1.532.750

0

1000000

2000000

3000000

4000000

5000000

6000000

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Em 2008, os rebanhos do Entorno do DF participavam nos efetivos do Estado nas

seguintes proporções: 6,23% do rebanho bovino, 6,93% do rebanho suíno e 7,29 % do rebanho avícola.

A produção leiteira correspondeu a 7,11% do total produzido no Estado em 2008. A produção de grãos correspondeu em 2008 a 13,99% da produção total do Estado, ficando em segundo lugar entre as regiões de planejamento. No período de 2004 a 2008 houve um crescimento na produção agrícola de 44,34%.

A agricultura regional apresenta baixo nível de diversificação. As principais culturas temporárias são o arroz, feijão e a mandioca. A expansão de lavouras como as da soja e do milho faz parte do processo de evolução da agricultura moderna desenvolvida no Cerrado, para atender os mercados nacional e mundial.

O milho e a soja ocupam uma área significativa em relação às outras culturas tradicionais, com importância cada vez maior para a economia regional. As lavouras permanentes ocupam posição secundária, sendo a laranja o produto mais importante, seguido da banana e da manga.

Produção Agropecuária 2008

Quantidade % do Estado Ranking das regiões Bovinos (cab) 1.275.480 6,23 8º Aves (cab) 3.485.170 7,29 5º Suinos (cab) 110.505 6,93 4º Leite (lt) 204.421 7,11 7º Grãos (t) 1.860.587 13,99 2º

Fonte: Seplan / Sepin

O ICMS arrecadado no Entorno do DF correspondeu em 2008 a 3,02% do total arrecadado no Estado de Goiás. O crescimento nominal do ICMS de 2006 para 2008 foi de 26,67% contra 37,24% do crescimento do Estado.

Luziânia é o município que mais arrecada ICMS na região.

Arrecadação de ICMS (R$ mil) 2000 49.880 2002 60.558 2004 102.532 2006 156.121 2008 197.773

Fonte: Seplan / Sepin

O Entorno do DF possui 715 estabelecimentos industriais e 6.162 estabelecimentos do comércio varejista.

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Os municípios de maior destaque são Luziânia e Alexânia, que recebem forte influência da capital federal, tanto na oferta de serviços, como na produção de bens econômicos. Grandes empreendimentos agroindustriais estão instalados nestes municípios como, por exemplo, a Bunge Alimentos, multinacional holandesa que processa mais de 1.600 toneladas de soja por dia para a produção de gorduras vegetais e refino de óleo de soja. O farelo extraído da produção do óleo bruto é quase todo exportado. Outra empresa de expressão é a Minuano, do Grupo Friboi. A empresa produz produtos de limpeza e higiene e emprega cerca de 650 pessoas e a Schincariol, inaugurada em 2003, provocando o dinamismo no município.

Fonte: Seplan / Sepin As exportações cresceram de 2006 para 2008 em 153,83%, principalmente em

relação ao grão de soja e à trading implantada em Água Fria de Goiás.

Evolução das Exportações do Entorno do DF (US$ FOB)

37.074.822

126.539.186

172.584.208

321.201.903

20082007200620040

50000000100000000150000000200000000250000000300000000350000000

MUNICÍPIOS COM MAIOR EXPRESSÃO ECONÔMICA

LUZIÂNIA - o município dispõe do DIAL - Distrito Agro-industrial de Luziânia que está estrategicamente localizado a 56 km de Brasília, dispondo de energia, telecomunicações, transportes coletivos, situado entre as BR - 040/050 e a Ferrovia Centro-Atlântica. Possui lotes urbanizados e com preços subsidiados para implantação das pequenas e médias indústrias.

Polos de Economia da Região do Entorno do DF

Polo Agroindustrial Luziânia Polo Agrícola Luziânia Polo Mineral Cocalzinho e

Cristalina Polo de Turismo Pirenópolis

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O município recebe forte influência da capital federal, tanto na oferta de serviços, como na produção de bens econômicos. Grandes empreendimentos agroindustriais estão instalados neste município, os quais concorrem para o desenvolvimento da sua economia. Entre os 10 grandes grupos, que chegam a gerar mais de 10 mil empregos diretos em Luziânia está a Bunge Alimentos, Multigran e Brasfrigo, compradoras de grãos da região. Estão instaladas na cidade também a Minuano e Goiás Verde. Em 2009, Luziânia foi o município que mais exportou. As exportações totalizaram US$ 363,07 milhões, principalmente do complexo soja, milho, conservas alimentícias e algodão. Foram enviados produtos para a China, Holanda, Espanha e Tailândia, entre outros. Outro fator que impulsionou o crescimento da cidade foi a instalação de duas hidrelétricas Corumbá 3 (previsão de funcionamento para início de 2010) e Corumbá 4 que vêm possibilitando novo fôlego ao comércio e arrecadação do município. Com isso a arrecadação do ICMS subiu de aproximadamente R$ 700 milhões em 2004 para R$ 1,7 bilhão em 2008. O ISS passou de aproximadamente R$ 5 milhões em 2004 para mais de R$ 10 milhões em 2008. Na pecuária e agricultura, o principal destaque é o Vale do Pamplona, na divisa com Cristalina, a região com melhor sistema de irrigação do País. Luziânia destaca-se como um dos principais produtores de feijão, trigo e sorgo do Estado ALEXÂNIA - Sua localização, em um eixo de grande fluxo de pessoas, a 115 km de Goiânia e a 90 km de Brasília, favorece principalmente o comércio. Assim, o setor terciário por muito tempo, foi a atividade de maior participação no PIB do município, seguido da agropecuária e da modesta indústria de móveis e mineração. Porém, observa-se a partir de 2003 o crescimento da participação da indústria na riqueza municipal, atingindo então em 2005, 48,9% da mesma ultrapassando o setor de serviços (43,5%). Essa mudança estrutural na economia local foi a instalação da cervejaria Schincariol. A unidade foi inaugurada em 2003 e, desde então, indicadores como ICMS, ISSQN, PIB e consumo de energia elétrica residencial e industrial têm crescido a cada ano. O município está entre os 15 municípios mais competitivos do Estado de Goiás, principalmente, em função da melhoria dos indicadores de dinamismo, riqueza econômica e da vantagem competitiva de estar bem localizado, próximo a grandes centros urbanos. A potencialidade do município tem atraído indústrias alimentícias, pousadas, fábrica de ração entre outras. ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS O IDHM (2000) da Região é 0,723 e está no 8º lugar do ranking do Estado. Três municípios figuram entre os 50 maiores IDHM de Goiás.

A concentração urbana é fenômeno flagrante em alguns municípios do Entorno, pois em 1996, 85,8% de sua população vivia em núcleos urbanos. Já no ano de 2000, segundo os dados do IBGE, esse índice saltou para 89,35%.

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Esta concentração populacional desordenada exerce uma forte pressão sobre os equipamentos sociais e urbanos (educação, saúde, saneamento, assistência social, segurança pública e habitação), gerando grandes demandas. Em 2008 existiam 2.718.613 m de extensão de rede de água e 371.738 m de extensão de rede de esgoto.

Em 2008 a Região possuía 277.770 alunos e 6.276 salas de aula, o que representa 16,36% do total do Estado. A taxa de alfabetização alcançou em 2006 a marca de 88,08% contra 89,2% do Estado. O Entorno do DF possui 7 polos da UEG e 10 faculdades. Existem na região 961 leitos hospitalares (2009) o que representa 5,09% do total do Estado, distribuídos em 31 hospitais.

Ranking de IDHM da Região do Entorno do DF

Município Ranking IDHM Cidade Ocidental 0,795 12º Valparaiso de Goiás

0,795 13º

Cristalina 0,761 50º

Saneamento da Região do Entorno do DF 2008

Atendimento com água

Atendimento com esgoto

72,79 % da população

14,58% da população

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REGIÃO SUDOESTE GOIANO

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REGIÃO SUDOESTE GOIANO

A Região Sudoeste Goiano compreende 26 municípios que ocupam 61.498,463 km², correspondendo a 18,08% do território goiano.

Municípios da Região Sudoeste Goiano Acreúna Mineiros Aparecida do Rio Doce Montividiu Aporé Paranaiguara Cachoeira Alta Perolândia Caçu Portelândia Castelândia Quirinópolis Chapadão do Céu Rio Verde Gouvelândia Santa Helena de Goiás Itajá Santa Rita do Araguaia Itarumã Santo Antônio da Barra Jataí São Simão Lagoa Santa Serranópolis Maurilândia Turvelândia

Área Total ( km²)

Região Sudoeste Goiano 61.498 18,08% Goiás 340.086

Nº de Municípios

Região Sudoeste Goiano 26 10,56% Goiás 246

Fonte: Seplan / Sepin A Região Sudoeste do Estado de Goiás teve crescimento agrícola avançado nas últimas três décadas, com franco crescimento na produção de grãos, tornando-se uma das regiões mais produtivas do país em cereais, e mais recentemente na década 90 com a introdução de várias agroindústrias, as quais se deslocaram para a região no intuito de melhorar a eficiência de transporte de cargas, aproximando a matéria-prima dos processos de transformação que a agroindústria exige, como por exemplo, a produção de óleo, e mais recentemente a criação intensiva de suínos e aves. Seus maiores diferenciais competitivos são a proximidade com grandes centros consumidores (Região Metropolitana de Goiânia, Entorno do Distrito Federal e Triângulo Mineiro), grande potencial logístico rodoviário, expressivo parque industrial instalado, comércio e serviços fortes e infraestrutura tecnológica desenvolvida.

A região é rica em atrativos turísticos tais como águas quentes, em Lagoa Santa e Jataí, cachoeiras em Rio Verde e Mineiros, Parque Nacional das Emas, em Chapadão do Céu e Mineiros e exposições agropecuárias de qualidade que são realizadas anualmente em vários municípios.

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INFRAESTRUTURA A Região Sudoeste Goiano é servida por eixos rodoviários de fundamental importância, como a rodovia BR- 060 que liga o Distrito Federal a Goiânia e ao Estado do Mato Grosso e a BR-452 que liga Rio Verde a Itumbiara-GO. A região conta com uma hidrovia no Rio Paranaíba onde o principal porto é o de São Simão, que faz parte da Hidrovia Paraná-Tietê. A utilização dessa hidrovia, como corredor de escoamento dos produtos agrícolas goianos, notadamente grãos, tem contribuído para aumentar a competitividade do setor. A Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná é uma das principais portas de entrada e saída de mercadorias da região Centro-Oeste, principalmente Goiás, em direção às regiões Sul/Sudeste e países do Mercosul e Europa favorecendo de forma econômica e segura o escoamento da produção agropecuária, por exemplo. O sistema hidroviário Paranaíba-Tietê-Paraná possui 2.400 quilômetros de vias navegáveis via Piracicaba e Conchas (ambos em São Paulo) até Goiás e Minas Gerais (ao Norte) e Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraguai (ao Sul). Liga cinco dos maiores Estados produtores de soja do País e é considerada a Hidrovia do Mercosul. Como infraestrutura possui 10 barragens, 10 eclusas e 23 pontes. Além dessa obras, os canais artificiais, com aprofundamento do leito ou redimensionamento de curvaturas, possibilitam atualmente a navegação de comboios de 147 metros de comprimento, 11 de largura e 2,80 de profundidade. Atualmente, são transportadas, a partir do Porto de São Simão, cerca de 2 milhões de toneladas/ano de grãos. Em média, 70% das cargas são de origem goiana, provenientes da produção do Sudoeste do Estado. O Sudoeste Goiano possui 02 aeroportos em Jataí e Rio Verde, e 38 aeródromos. A Região Sudoeste Goiano possui 05 usinas Termelétrica de Energia em operação e 06 Hidrelétricas totalizando 1.775,27 MW de potência

USINAS do tipo UTE (Usina Termelétrica de Energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Combustível Classe

Combustível Frigorífico Margen 1,6 Rio Verde Óleo Diesel Fóssil Destilaria Catanduva Ltda 1,0 Rio Verde Bagaço de Cana Biomassa

Santa Helena Açúcar e Álcool 5,6 Santa Helena de Goiás

Bagaço de Cana

Biomassa

Vale do Verdão S/A - Açúcar e Álcool 19,0 Turvelândia

Bagaço de Cana

Biomassa

Caramuru Alimentos Ltda 3,1 São Simão Lenha Biomassa Total: 05 Usinas Potência Total: 30,3 MW

Fonte: Seplan / Sepin

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USINAS do tipo UHE (Usina Hidrelétrica de Energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Rio Tipo

Espora 32,00 Aporé /

Serranópolis / Itarumã - GO

Corrente

UHE

Aporé 0,81 Aporé - GO Aporé CGH

Eletrocéu 0,30 Chapadão do Céu -

GO Formoso CGH

Fazenda Jatobá 0,06 Jataí - GO Rego D’Água CGH

Alto Araguaia 1,80

Santa Rita do Araguaia - GO

Alto Araguaia -

MT

Araguaia CGH

São Simão 1.710,00

Santa Vitória - MG

São Simão - Go

Paranaíba UHE

Total: 06 Usinas Potência Total: 1.744,97 MW Fonte: Seplan / Sepin

Evolução do Consumo de Energia Elétrica Total do Sudoeste Goiano (Mwh)

671.858844.168

1.053.996

1.245.933

20082006200420020

200000400000600000800000

100000012000001400000

Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

A densidade populacional na Região Sudoeste Goiano é de 8,32 habitantes por

quilômetro quadrado, sendo a estadual 17,42.

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Fonte: Seplan / Sepin

O município com a maior taxa geométrica de crescimento da população, entre 2000

e 2008 é Chapadão do Céu com 5,21% e o município com a menor taxa é Itajá com taxa de crescimento negativo de -2,10%.

População % Região Sudoeste Goiano 510.754 8,74%

Goiás 5.844.996

A cidade mais populosa da região é Rio Verde que possui 158.818 habitantes, representando 2,71% da população do Estado. O segundo município mais populoso é Jataí com 85.491 habitantes. Na recente Contagem da População (IBGE) os números mostram que Rio Verde tem sido um polo receptor de população. Comparando a população de 2009 com a de 2001, houve crescimento de 36% no período. Muito desse crescimento de deve à migração em busca de melhores oportunidades.

Ranking dos dez maiores municípios em população

Rio Verde 158.818 Jataí 85.491 Mineiros 47.500 Quirinópolis 39.845 Santa Helena 36.198 Acreúna 19.173 São Simão 14.308 Maurilândia 11.367 Caçu 11.281 Montividiu 9.766

Fonte: Seplan / Sepin

EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

2008200420001996

510.754468.055

433.168393.143

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

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ASPECTOS ECONÔMICOS

O Produto Interno Bruto – PIB da Região Sudoeste Goiano, entre o período de 1999 a 2006, cresceu 213,02% contra 218,59% do Estado de Goiás em valores nominais.

A Região Sudoeste Goiano, que participava com 16,87% do PIB do Estado em 2002 passou para 12,93% em 2006. Devido à elevada participação do setor agropecuário, esta região foi bastante afetada pela queda nos preços de diversos produtos da agropecuária de 2004 a 2006, principalmente grãos.

Rio Verde participou em 2006 com 4,73% no PIB estadual, atingindo R$ 2,700 bilhões, recuperando a terceira posição que havia perdido no ano de 2004. O município é cortado por duas importantes rodovias federais, BR-060, e a BR-452. Em 2006 o município possuía o maior valor adicionado da atividade agropecuária estadual, destaque para cultivos de cereais para grãos, soja, criação de aves, suínos e bovinos. Em Rio Verde está localizado um grande complexo agroindustrial, com empresas do ramo alimentício e de papel e embalagens. Está instalada no município a Plataforma de Tecnologia do Sudoeste, que tem como finalidade aumentar a competitividade do agronegócio na região.

Fonte: Seplan / Sepin

Estrutura Percentual do PIB da Região Sudoeste Goia no

2006 % PIB Agropecuária Indústria Serviços

12,93 21,25 19,03 9,92

A Região possui o maior rebanho avícola, com plantel de 19.875.160 aves, representando 41,62% do total do Estado e o maior rebanho suíno com plantel de 637.570 cabeças.

Em 2008, os rebanhos do Sudoeste Goiano participavam nos efetivos do Estado nas seguintes proporções: 15,96% do rebanho bovino, 40,03% do rebanho suíno e 41,62 % do rebanho avícola.

A produção leiteira correspondeu a 14,84% do total produzido no Estado em 2008.

EVOLUÇÃO DO PIB DA REGIÃO SUDOESTE GOIANO

2006200420021999

7.371.0317.548.166

6.312.656

2.357.972

0

2000000

4000000

6000000

8000000

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A Região é o maior produtor de grãos do Estado com produção de 5.983.946 t em 2008 o que correspondeu a 45% do total do Estado. No período de 2004 a 2008 houve um crescimento na produção agrícola de 16,91%.

Produção Agropecuária 2008 Quantidade % do Estado Ranking das regiões

Bovinos (cab) 3.268.460 15,96 3° Aves (cab) 19.875.160 41,62 1º Suinos (cab) 637.570 40,03 1º Leite (lt) 426.518 14,84 4º Grãos (t) 5.983.946 45,01 1º

Fonte: Seplan / Sepin

O ICMS arrecadado na Região Sudoeste Goiano correspondeu em 2008 a 4,89% do total arrecadado no Estado de Goiás. O crescimento nominal do ICMS de 2006 para 2008 foi de 69,81% contra 37,24% do crescimento do Estado.

Rio Verde e Jataí são os municípios que mais arrecadam ICMS na região.

Arrecadação de ICMS (R$ mil) 2000 127.660 2002 160.105 2004 184.316 2006 188.295 2008 319.761

Fonte: Seplan / Sepin

O Sudoeste Goiano possui 768 estabelecimentos industriais e 6.109

estabelecimentos do comércio varejista.

As exportações decresceram de 2007 para 2008 em 30,46%, principalmente em relação à crise no agronegócio.

Polos de Economia do Sudoeste Goiano Polo de Desenvolvimento Pecuário

Rio Verde, Jataí, Quirinópolis

Polo Agrícola Rio Verde, Jataí, Santa Helena, Montividiu, Mineiros

Polo Agroindustrial Rio Verde, Santa Helena

Polo de Confecções Jataí, Rio Verde

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Evolução das Exportações no Sudoeste Goiano (US$ FOB)

117.625.578

157.238.236

2008200720062004

190.414.238

273.837.529

0

50000000

100000000

150000000

200000000

250000000

300000000

Fonte: Seplan / Sepin

MUNICÍPIOS COM MAIOR EXPRESSÃO ECONÔMICA

RIO VERDE - Rio Verde é o segundo município mais competitivo do Estado e em que a produção alcança todos os setores e com destaque, vai da pecuária à agricultura, da indústria ao comércio e aos serviços. Prova disso é o segundo lugar no Valor Adicionado estadual da agropecuária com 4,3%; quarto lugar, com 6,85% do Valor Adicionado da indústria estadual, sendo que essa atividade representou 38% da estrutura econômica municipal no ano de 2007 – impulsionado pela indústria de transformação, atividade bastante integrada à agropecuária, consolidando-se como município forte na fabricação de produtos alimentícios -; e, também, foi quinta posição na participação do Valor Adicionado estadual em 2007 no setor de serviços (4,06%), tendo peso de 52% na economia do município. Neste, os destaques ficaram por conta de educação e saúde mercantis, intermediação financeira, transporte e serviços prestados principalmente às empresas. Duas importantes rodovias federais cortam o município: a BR-060, que liga Brasília a Jataí-GO, e a BR-452, que liga Rio Verde a Itumbiara-GO. Também, a GO-174 corta o município no sentido Norte-Sul e é o corredor pelo qual a produção de grãos de Rio Verde alcança São Simão (150km de distância), porto goiano da Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná. Como infraestrutura, Rio Verde ainda possui aeroporto com pista asfaltada com 1.500 x 30 metros de extensão, com balizamento noturno e terminal de passageiros. O município possui quatro distritos industriais municipais e dois estaduais prontos para receber novas indústrias. Também, o recentemente criado Distrito Industrial Municipal de Pequenas Empresas com capacidade de ocupação projetada de 262 micro e pequenas empresas, tem hoje mais da metade desse potencial ocupado. Atualmente, o distrito industrial tem um peso muito forte na economia local, com empresas de confecção, móveis e materiais de construção, entre outros. Rio Verde gerou um Produto Interno Bruto (PIB), em 2007, de R$ 3,083 bilhões, posicionando-se como o terceiro município mais rico de Goiás. Atualmente, Rio Verde é um dos maiores produtores goianos de importantes culturas como soja, milho e sorgo.

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Com a instalação da Perdigão Agroindustrial, multiplicou-se o número de criadores de aves e de suínos que utilizam tecnologia de ponta no manejo desses animais. Conforme o IBGE, em 2008 o rebanho avícola era de 12,110 milhões de cabeças, representando 25,4% do rebanho avícola goiano. Para se ter idéia do que representou para a região a instalação da Perdigão, em 1999, um ano antes de a empresa começar a operar em Rio Verde, o rebanho avícola somava 424 mil cabeças. Da mesma forma, a produção de suínos partiu de 104 mil (1999) cabeças para 404 mil em 2008, representando 25,4% do rebanho do Estado. A chegada da Perdigão gerou uma concentração (geográfica e setorial) de empresas e instituições que, em sua interação, geram capacidade de inovação e conhecimento especializado. Ou seja, gerou um chamado “agricluster”, que gira em torno de uma das maiores companhias de alimentos (especialmente carnes de aves e suínos) do País. Pertencem a esse dinamismo do município, além da Perdigão (indústria e rede de produtores integrados), empresas como Siol e Kowalski, Orsa (fábrica de embalagens), Videplast (fábrica de embalagens), Cervejaria Malta (bebidas), Rinco (refrigerantes), Frigorífico Margem (base exportadora), Brasilata, Pioneer, John Deere, Monsanto, Case, entre outras. Também, algumas companhias locais têm apresentado dinamismo nos investimentos, como a Comigo, a Transportadora Brasil Central e outras. Ainda, Grandes indústrias de processamento e tradings multinacionais e brasileiras, como Coinbra, Cargill, Caramuru, ADM e Bunge mantêm ativos instalados no Sudoeste de Goiás. Perdigão – Rio Verde-GO JATAÍ - O município possui condições favoráveis para investidores, tanto no agronegócio como no fortalecimento da indústria. Para isso contribui o acesso rodoviário à região pelas rodovias BR-060, BR-364, BR-158 e GO-184. A BR-364 é responsável pelo escoamento de sua produção de grãos aos principais portos brasileiros. Também, a cidade conta com um aeroporto com pista pavimentada de 1.500m que dispõe de iluminação, rádio controle e terminal de passageiros, bem como há projeto de revitalização e ampliação da pista, para receber voos regulares com aeronaves de médio porte. A economia de Jataí fundamenta-se na agricultura, pecuária e agroindústria. O agronegócio do município é um dos mais expressivos em nível nacional sendo que o setor agroindustrial ganhou força com empresas como COINBRA, que atua no processamento de soja e comercialização de óleo e subprodutos, a NESTLÉ com semiprocessamento de leite; a Perdigão Agroindustrial com o abate de aves. Outros investimentos de médio e pequeno porte como o frigorífico Arantes Alimentos no abate de bovinos também estimulam a economia municipal. O município também está na expectativa da conclusão e operação plena de destilarias como Grupo Cabrera, Grupo Cansanção do Sinimbu e Elcana Goiás. Com certeza esses empreendimentos dinamizarão muito mais a economia municipal. Já está em fase de produção a empresa do Grupo Cosan - Centro-Oeste S/A Açúcar e Álcool. Nessa atividade reforça a economia do município a Usina Eco Diesel com sede no Distrito Agroindustrial e esmaga matéria-prima como o girassol com produção de Biocombustível. A capacidade de produção é de 30.000 litros/dia.

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Para qualificação de mão de obra o município conta com 4 instituições de Ensino Superior: Centro de Ensino Superior de Jataí – CESUT, o Campus Universitário da UFG, a Unidade Universitária da UEG e o Instituto Federal de Educação Tecnológica de Jataí – IFET-GO. MINEIROS - o município vem se destacando na agroindústria, que levou à instalação de uma unidade do Marfrig Frigorífico, em 2006, e da Perdigão, em 2007. Sinal de força na economia que é reforçada por ser um dos maiores produtores de soja, milho, sorgo, algodão, cana-de-açúcar, além da forte pecuária de corte e leite. A Perdigão inaugurou em 2007 o Complexo Agroindustrial de Mineiros. A unidade tem capacidade para processar 81 mil toneladas anuais de produtos à base de carne de aves pesadas, o equivalente a 24 mil cabeças de peru e 140 mil cabeças de frango e ave Chester por dia. Pelo menos 80% deste volume se destinam ao mercado externo. A Perdigão vem ampliando sua planta em Goiás e planeja investir mais R$ 1,1 bilhão nos próximos 3 anos no Estado, inclusive na unidade de Mineiros. Tudo isso vem mudando as estatísticas do município como a arrecadação de ICMS, crescimento do PIB (26% entre 2005 e 2007) e consumo de energia elétrica industrial. Ou seja, Mineiros está crescendo a cada dia e por isso figura entre os mais competitivos municípios do Estado. A economia de Mineiros terá em breve um novo impacto. Trata-se da instalação de dois empreendimentos: as usinas de álcool Morro Vermelho e Água Emendada. As usinas são da Brenco - Companhia Brasileira de Energia Renovável – agora ETH Bioenergia, empresa do Grupo Odebrecht que anunciou sua fusão com a Brenco que, até 2012, deverá investir R$ 1,2 bilhão em Goiás em três usinas. O investimento em cada unidade fica em torno de R$ 800 milhões. A Brenco foi criada em 2007 com a intenção de investir R$ 5,5 bilhões, até 2015, na implantação de três polos bioenergéticos, com 10 unidades, visando atingir a liderança na produção de etanol. Também o Le Carabelle, grupo de empresários italianos, vai investir R$ 27 milhões na construção de um shopping com 46 lojas e três salas de cinema numa área de 30 mil metros quadrados. Haverá ainda loteamento para 300 residências, comércio, centro atacadista distribuidor e hotel com espaço para convenções. A inauguração está prevista para o segundo semestre de 2010 Para qualificar a mão de obra no município há uma unidade da UEG com cursos de Tecnologia em Agropecuária e Produção Sucroalcooleira. Também, há oferta do curso de Educação Física à distância da Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com o sistema da Universidade Aberta do Brasil (UAB). QUIRINÓPOLIS – Quirinópolis dispõe de excelentes terras agricultáveis e uma grande beleza natural. Além disso, se consolida a cada dia como economia crescente e com bons indicadores sociais propiciando boa qualidade de vida aos seus munícipes. Fatores determinantes nas vantagens competitivas do município como a proximidade com o porto de São Simão da hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná, aliada à boa infraestrutura econômica existente, rodovias e estradas pavimentadas, saneamento básico e energia elétrica abundante conferem a Quirinópolis destaque para que se torne cada vez mais atrativa a novos investimentos.

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A economia do município tem como base a agropecuária. O expressivo crescimento de culturas como a cana-de-açúcar já garante posição privilegiada na geração de emprego e renda, e também a produção leiteira confirma esta situação. O PIB do município, que era de R$ 273,1 milhões em 2002, passou para R$ 368,4 milhões em 2007 apresentando crescimento nominal de 35% no período. O Distrito Agroindustrial de Quirinópolis–DAQUI, com área de 381 mil m², gerenciado pela prefeitura, é também um diferencial na atração de investimentos para o município, pois dispõe de completa infraestrutura como energia elétrica, asfalto, sistema de água, rede de esgoto e telefonia. São sete as empresas já instaladas, destaque para Metalúrgica Haiala que produz portas e janelas, gera 215 empregos diretos e pretende ampliar em mais 40 vagas nos próximos anos. Ela comercializa seus produtos para 12 estados brasileiros. As demais operam em ramos variados como marmoraria, pré-moldados, rações, sementes, reciclagem e transportes. Várias empresas, algumas das quais de grande porte, atuam em diferentes áreas e geram diversos empregos. Destacam-se neste diversificado cenário econômico do município, as empresas, Vascafé (que atua no ramo de torrefação e moagem de café), Tayná (fábrica de refrigerantes), Guim madeiras (carrocerias), Ravel veículos, Ricardo eletro, Novo Mundo, Planalto Máquinas Agrícolas, Atlas Construtora, Construplan Construtora, além de supermercados, restaurantes e hotéis. Destaque também para a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paranaíba (Agrovale). ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS O IDHM (2000) da Região Sudoeste Goiano é 0,758 e está no 3º lugar do ranking do Estado. Nove municípios figuram entre os 50 maiores IDHM de Goiás. Em 2008 existiam 1.870.725 m de extensão de rede de água e 450.136 m de extensão de rede de esgoto.

Ranking de IDHM do Sudoeste Goiano Município Ranking IDHM

Chapadão do Céu

1º 0,834

Rio Verde 5º 0,807 Montividiu 14º 0,794 Jataí 15º 0,793 Caçu 25º 0,783 Mineiros 30º 0,780 Portelândia 31º 0,780 Quirinópolis 32º 0,780 Acreúna 0,763

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Fonte: Seplan / Sepin

O Sudoeste Goiano possuía, em 2008, 131.982 alunos e 3.569 salas de aula, o que representa 9,30% do total do Estado. A taxa de alfabetização alcançou em 2006 a marca de 87,26% contra 89,2% do Estado.

A região possui 06 polos das Universidades UEG e UFG e a Universidade FESURV. Possui ainda 08 faculdades. Existem no Sudoeste Goiano 1.557 leitos hospitalares (2009) o que representa 8,25% do total do Estado e 43 hospitais.

Saneamento do Sudoeste Goiano 2008 Atendimento com

água Atendimento com

esgoto 88,67 % da população

36,61% da população

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REGIÃO NORTE GOIANO

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REGIÃO NORTE GOIANO

A Região Norte Goiano foi definida em função de sua homogeneidade em termos de condições socioeconômicas e espaciais e como estratégia de planejamento para investimentos governamentais tendo em vista minimizar os desequilíbrios regionais. Compreende 26 municípios ocupando um território de 59.553,224 km², o que corresponde a 17,51% do total do território de Goiás

Municípios da Região Norte Goiano Alto Horizonte Mundo Novo Amaralina Mutunópolis Bonópolis Niquelândia Campinaçu Nova Crixás Campinorte Nova Iguaçu de Goiás Campos Verdes Novo Planalto Crixás Porangatu Estrela do Norte Santa Tereza de Goiás Formoso Santa Terezinha de Goiás Mara Rosa São Miguel do Araguaia Minaçu Trombas Montividiu do Norte Uirapuru Mozarlândia Uruaçu

Área Total ( km²) Região Norte Goiano 59.553 17,51%

Goiás 340.086

Nº de Municípios Região Norte Goiano 26 10,56%

Goiás 246 Fonte: Seplan / Sepin

A região possui nítida competitividade em setores como a pecuária, energia e mineração. Sua relevância econômica na atividade mineral está principalmente no vasto potencial de contribuição para o crescimento do produto agregado e, conseqüentemente, da receita fiscal. Os reflexos no incremento do comércio e de bens e serviços de outros setores, assim como o estímulo à geração de outros empreendimentos, confirmam a importância do setor mineral na geração de novas oportunidades de emprego, com possibilidade de fixação de mão de obra em regiões de vazios econômicos e demográficos. O Norte Goiano está inserido no eixo da Ferrovia Norte-Sul, que integra o Brasil, interligando o Norte e o Nordeste ao Sul e Sudeste, passando pelo Centro-Oeste. Esse empreendimento propaga dinamismo para todo o Estado, mas principalmente para as regiões em que esteja implantado, com influência direta, como é o caso da região norte.

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INFRAESTRUTURA

A Região Norte Goiano é cortada por eixos de fundamental importância, como o Eixo da Belém-Brasília, a rodovia BR-153, que integra o Norte ao Sul do País, e o Eixo da Ferrovia Norte-Sul, com grande parte já pronta. Inicia-se do Porto Seco de Anápolis em direção ao Norte pelo Estado do Tocantins e ao Sul pelo Estado de Minas Gerais, com o objetivo de criar uma rota de escoamento da produção regional em bases mais competitivas.

O Norte Goiano será uma das regiões goianas mais beneficiadas diretamente pela construção da ferrovia, já que toda a extensão Norte-Sul de seu território será rota dessa ferrovia, perfazendo cerca de 269 km de linha férrea. A logística é vital para a competitividade do Norte Goiano porquanto seu eixo econômico está centrado em commodities – minérios e agronegócios – dois segmentos com movimentação de carga de elevada concentração volume/peso. O frete tem participação relevante em toda cadeia produtiva da agricultura. A Ferrovia Norte-Sul permitirá também a conexão com cinco mil quilômetros de outras ferrovias privadas brasileiras e o acesso a outros portos do País, criando propícias condições para as exportações endereçadas aos mercados do hemisfério norte.

A Região conta com 03 aeroportos (Minaçu, Niquelânida e Uruaçu) e 45 aeródromos. A Região Norte Goiano possui 02 usinas Termelétricas de Energia em operação e 01 Hidrelétrica totalizando 1.311,00 MW de potência. A UHE Serra da mesa é uma obra empreendida pelo consórcio VBC – Votorantin, Bradesco e Camargo Correia. O lago formado está predominantemente no município de Niquelândia e inundou uma área de 1.784 km². Já a UHE Cana Brava, empreendimento do grupo Gerasul/Tractebel é de menor porte, com capacidade para gerar 1/3 do que é gerado pela UHE Serra da Mesa.

USINAS do tipo UTE (Usina Termelétrica de Energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Combustível Classe

Combustível CNT - Companhia Níquel Tocantins 35,0 Niquelândia Óleo Combustível Fóssil

Santa Terezinha de Goiás - CELG 1,0 Santa

Terezinha de Goiás

Óleo Diesel

Fóssil

Total: 02 Usinas Potência Total: 36,0 MW

USINAS do tipo UHE (Usina Hidrelétrica de energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Rio Tipo

Serra da Mesa 1.275,00 Cavalcante -

GO Minaçu - GO

Tocantins UHE

Cana Brava 450,00 Cavalcante -

GO Minaçu - GO

Tocantins UHE

Total: 02 Usinas Potência Total: 1.725,00 MW Fonte: Seplan / Sepin

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Evolução do Consumo de Energia Elétrica Total da Região Norte (Mwh)

2008200620042002

942.130

719.773675.502589.407

0

200000

400000

600000

800000

1000000

Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

A densidade populacional na Região Norte de Goiás é de 5,14 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a estadual 17,42.

Fonte: Seplan / Sepin

O município com a maior taxa geométrica de crescimento da população, entre 2000

e 2008 é Alto Horizonte, com 3,27% e o município com a menor taxa é Campos Verdes com taxa negativa de -3,06%.

População %

Região Norte Goiano 306.285 5,24% Goiás 5.844.996

O município mais populoso da região é Porangatu que possui 40.420 habitantes. O segundo município é Niquelândia com 39.720 habitantes e o com menor número é Nova Iguaçu de Goiás com 2.687 habitantes.

EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

1996 2000 2004 2008

306.285294.607300.807300.757

0

100000

200000

300000

400000

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Ranking dos dez maiores municípios em população

Porangatu 40.420 Niquelândia 39.720 Uruaçu 34.411 Minaçu 31.647 São Miguel do Araguaia 23.128 Crixás 14.986 Mozarlândia 13.815 Nova Crixás 13.221 Santa Terezinha de Goiás 11.856 Mara Rosa 10.516

Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS ECONÔMICOS

As principais atividades econômicas do Norte Goiano são: a mineração, geração de energia elétrica, indústria cerâmica e a agropecuária. Trata-se de um polo de mineração com abundância de esmeraldas, amianto, níquel e ouro, encontrados principalmente nos municípios de Campos Verdes, Minaçu, Niquelândia e Crixás. Já o polo cerâmico concentra-se, sobretudo, nos municípios de Mara Rosa e Estrela do Norte. No polo energético destacam-se as atrativas usinas de Cana Brava e Serra da Mesa. A vantagem comparativa que o Norte Goiano detém nas atividades do setor mineral permitiu que se instalassem na região três dos quatro maiores polos minerais de destaques do Estado de Goiás, com projeção nacional: polos de amianto, níquel e ouro. O polo cerâmico vem em segundo plano mas com perfil empregador das micro e pequenas empresas. Mesmo não sendo um polo tão expressivo quanto os demais polos minerais, sua consolidação é estratégica, podendo constituir-se como importante rota de exportação.

A região dispõe também de atrativos turísticos a explorar como rios, matas, o Lago de Serra da Mesa e outros, mas não conseguiu ainda desenvolver o turismo como poderia.

O Produto Interno Bruto – PIB da Região Norte Goiano, entre o período de 1999 a 2006, cresceu 22,02 % mais que o PIB do Estado de Goiás em valores nominais.

A região do Norte Goiano participava com 4,88% em 2002, passando para 5,72% em 2007, com destaque para os municípios de Niquelândia, influenciado pela extração e beneficiamento de minério, Porangatu e Uruaçu, comércio e administração pública, e Minaçu, com destaque para geração de energia e extração e beneficiamento mineral.

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Fonte: Seplan / Sepin

Estrutura Percentual do PIB da Região Norte Goiano 2006 %

PIB Agropecuária Indústria Serviços 5,19 8,06 8,13 3,78

Fonte: Seplan / Sepin O binômio bovino-suino é a base da pecuária do Norte Goiano e é também o foco comercial dos complexos carnes mediante interação dos elos de produção e abate. Mais competitiva que a agricultura, a atividade pecuária é o principal elo do agronegócio da região. O Norte Goiano é a segunda região produtora de rebanho bovino do Estado com plantel de 3.724.800 cabeças. Não possui expressividade no rebanho avícola, com plantel de 616.215 aves, representando 1,38% do total do Estado.

Em 2008, os rebanhos da região Norte Goiano participavam nos efetivos do Estado nas seguintes proporções: 18,25% do rebanho bovino, 5,61% do rebanho suíno e 1,33 % do rebanho avícola.

A produção leiteira correspondeu a 8,81% do total produzido no Estado em 2008. A produção de grãos correspondeu em 2008 a 2,10% da produção total do Estado. No período de 2004 a 2008 houve um crescimento na produção agrícola de 12,21%.

Produção Agropecuária 2008 Quantidade % do Estado Ranking das regiões Bovinos (cab) 3.736.500 18,25 2º Aves (cab) 637.450 1,33 9º Suinos (cab) 89.460 5,61 6º Leite (lt) 253.335 8,81 5º Grãos (t) 279.439 2,10 7º

Fonte: Seplan / Sepin

EVOLUÇÃO DO PIB DA REGIÃO NORTE

2006200420021999

1.019.570

1.827.109

2.339.541

2.964.276

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

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O ICMS arrecadado na Região Norte Goiano correspondeu em 2008 a 1,82% do total arrecadado no Estado de Goiás. O crescimento nominal do ICMS de 2006 para 2008 foi de 22,58% contra 37,24% do crescimento do Estado.

Niquelândia é o município que mais arrecada ICMS na região.

Arrecadação de ICMS (R$ mil) 2000 45.272 2002 58.438 2004 86.370 2006 97.300 2008 119.278

Fonte: Seplan / Sepin

A Região Norte possui 346 estabelecimentos industriais e 3.031 estabelecimentos do comércio varejista.

Niquelândia é o município que tem maior expressividade econômica na região. A economia do município está intimamente ligada à atividade da indústria extrativista mineral de duas grandes empresas que exploram níquel, a Companhia Níquel Tocantins, do Grupo Votorantim e a Codemin - Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais, ligada ao grupo Anglo American, a maior empresa de mineração do mundo

As reservas de minério de níquel em Goiás são da ordem de aproximadamente 300 milhões de toneladas, a um teor médio de 1,48 % de níquel metálico. Correspondem a 74% das reservas brasileiras, das quais 37% se encontram em Niquelândia. A produção e o valor da comercialização de níquel constituem um dos pilares do desenvolvimento da indústria extrativa mineral no Estado de Goiás e importante elo da cadeia produtiva brasileira do níquel e da siderurgia nacional.

A partir de 2007 a Mineradora Maracá, do Grupo Yamana, começou a explorar o Sulfeto de Cobre no município de Alto Horizonte, provocando um aumento expressivo no Produto Interno Bruto do Município.

Fonte: Seplan / Sepin

As exportações cresceram de 2006 para 2008 em 685,5%, principalmente em

relação ao Sulfeto de Cobre, explorado no município de Alto Horizonte a partir de 2007.

Polos de Economia da Região Norte Goiano

Polo Mineral Niquelândia, Alto Horizonte, Minaçu e Crixás

Polo de Desenvolvimento Pecuário

São Miguel do Araguaia e Nova Crixás

Polo Cerâmico Mara Rosa e Estrela do Norte

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Evoução das Exportações do Norte Goiano (US$ FOB)

90.751.263142.026.957

2008200720062004

712.872.470653.496.639

0

200000000

400000000

600000000

800000000

Fonte: Seplan / Sepin

MUNICÍPIOS COM MAIOR EXPRESSÃO ECONÔMICA NIQUELÂNDIA - A economia do município está intimamente ligada ao desenvolvimento de duas grandes empresas que exploram Níquel e são as maiores geradoras de empregos e de impostos no município: a Votorantim Metais Níquel S/A e a Anglo American Brasil Ltda. Ao redor das grandes empresas surgiram outras, impulsionando ainda mais a economia do município. O resultado é a arrecadação sempre crescente de ICMS. O turismo no município também é um atrativo e tem muito potencial de crescimento. Por ser uma das cidades mais antigas do Estado, possui um rico patrimônio histórico-cultural formado por igrejas e casarões. O chamado turismo religioso, ocorre com a romaria em homenagem a Nossa Senhora da Abadia do Muquém, que é uma tradição. Também, o Lago da Serra da Mesa, maior lago artificial do Brasil em volume de água, propicia forte atração para pesca esportiva e para atividades de ecoturismo. PORANGATU - O emprego e a renda estão em alta na cidade com a chegada da Ferrovia Norte-Sul e da indústria de biodiesel (Bionasa) com grande capacidade de produção. A Bionasa é resultado da união de três organizações: a Jaraguá Participações, a Cana-Brava Participações e a inglesa Trading Emissions PLC (TEP), considerada o maior fundo de crédito de carbono do mundo. A fábrica da Bionasa ocupa área de 85 mil metros quadrados, sendo 60 mil metros quadrados de área construída. A unidade será a maior do País em produção de biodiesel (combustível biodegradável derivado de fontes renováveis). O complexo está localizado estrategicamente nas proximidades de um dos terminais da Ferrovia Norte-Sul e da Rodovia Belém-Brasília (BR-153). Seu complexo industrial começou a ser construído em agosto de 2006 e teve o início das operações no segundo semestre de 2009. Nessa primeira etapa, a empresa é capaz de produzir 220 milhões de litros de biodiesel por ano. Em futuro próximo, com a ampliação do complexo, a capacidade será de 440 milhões de litros por ano. Um total de investimentos ao redor de R$ 500 milhões. Para atingir essa produção, o complexo industrial vai utilizar 1,2 milhão de toneladas de matéria-prima fornecida pelas regiões Norte e Nordeste de Goiás e também pelo Tocantins, Bahia e Mato Grosso. A empresa

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utilizará produtos vegetais (girassol, soja e pinhão-manso) e gordura animal para a produção.

ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS O IDHM (2000) da Região Norte Goiano é 0,718 e está no 9º lugar do ranking do Estado. Nenhum município da região figura entre os 50 maiores IDHM de Goiás.

Em 2008 existiam 1.311.901 m de extensão de rede de água e 127.967 m de extensão de rede de esgoto.

A Região Norte Goiano possuía, em 2008, 86.229 alunos e 2.544 salas de aula, o que representa 6,63% do total do Estado. A taxa de alfabetização alcançou em 2006 a marca de 84,21% contra 89,2% do Estado. Na região existem 06 polos da UEG e em Uruaçu existem o Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Goiás e a Fasem – Faculdade de Serra da Mesa. Existem na região 982 leitos hospitalares (2009) o que representa 5,2% do total do Estado, distribuídos em 36 hospitais.

Ranking de IDHM da Região Norte Goiano

Município Ranking IDHM Porangatu 52º 0,761 Campinorte 73º 0,750 Minaçu 78º 0,749

Saneamento da Região Norte Goiano 2008 Atendimento com

água Atendimento com

esgoto 88,13 % da população

7,09% da população

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REGIÃO SUDESTE GOIANO

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REGIÃO SUDESTE GOIANO

A Região Sudeste Goiano compreende 22 municípios que ocupam 25.120,227 km², correspondendo a 7,39% do território goiano. A região foi definida tendo como critério o eixo da estrada de ferro.

Municípios da Região Sudeste Goiano Anhanguera Nova Aurora Campo Alegre de Goiás Orizona Catalão Ouvidor Corumbaíba Palmelo Cristianópolis Pires do Rio Cumari Santa Cruz de Goiás Davinópolis São Miguel do Passa Quatro Gameleira de Goiás Silvânia Goiandira Três Ranchos Ipameri Urutaí Leopoldo de Bulhões Vianópolis

Fonte: Seplan / Sepin

Área Total ( km²) Região Sudeste Goiano 61.498 18,08%

Goiás 340.086

Nº de Municípios Região Sudeste Goiano 22 8,94%

Goiás 246

Fonte: Seplan / Sepin

Em se tratando de fatores que contribuem para o desenvolvimento econômico, o Sudeste Goiano é uma região privilegiada, visto que tem localização geográfica estratégica – em decorrência de sua proximidade de grandes centros consumidores como Brasília, Goiânia e o Triangulo Mineiro –, uma boa infraestrutura de transportes e economia diversificada, com produção de grãos e criação de aves em crescimento, indústria automobilística, indústria minero-química, agroindústrias, instituições de ensino superior e comércio em expansão. A região possui ainda potencial turístico (com destaque para Três Ranchos, que tem como atração a represa do rio Paranaíba; que forma o Lago Azul). INFRAESTRUTURA

A região Sudeste Goiano tem como principal rodovia a BR352, GO-020 e GO-330. Apesar do transporte ferroviário pouco utilizado no Estado, em meados de 1920 foi construída a Estrada de Ferro Goiás, a linha Araguari-Roncador, com 234 quilômetros de extensão.

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Até o ano de 1952, a ferrovia percorria com seus trilhos aproximadamente 480 quilômetros, chegando ao seu ponto mais distante em Goiânia. Essa ferrovia foi interrompida na década de 1970, com a construção da Barragem da Hidrelétrica de Emborcação, desviando a ferrovia de Monte Carmelo para Araguari.

A barragem passou a impedir a interligação de Catalão com o Centro-Sul. A construção da BR-050, ligando São Paulo a Brasília passou a ser opção de escoamento da produção através de Uberlândia.

A infraestrutura de transportes é considerada boa por causa das rodovias estratégicas que passam no Sudeste de Goiás, ligando seus municípios a várias capitais do país e ao Triângulo Mineiro; da ferrovia que possibilita o transporte de mercadorias até porto marítimo e vice-versa, a um custo de frete menor que o do transporte rodoviário; e pela disponibilidade de aeroportos nas três maiores cidades, sendo que um deles, o aeroporto de Catalão, é homologado pela Infraero, tem pista asfaltada, terminal de passageiros e sinalização noturna.

Vale ressaltar a conclusão da ampliação do aeroporto do município. São mais de R$ 6 milhões em investimentos. A obra consiste em ampliar a pista de 1.400 metros para 1.640 metros por 30 metros de largura. Mas a principal modificação é reforçar a base para receber aeronaves de maior porte para carga e também para passageiros. O aeroporto comportará aviões de médio porte com até 78 assentos sem restrições, como um ATR-72. Além da pista de pouso, a pista de táxi de ligação e o pátio estão sendo reformados. O balizamento noturno será ampliado e o terminal de passageiros reformado.

A Região Sudeste Goiano conta com 17 aeródromos. Possui 02 usinas Termelétricas de Energia e 05 hidrelétricas em operação, totalizando 1.588,71MW de potência.

USINAS do tipo UTE (Usina Termelétrica de Energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Combustível Classe

Combustível Copebrás 14,8 Catalão Efluente Gasoso Fóssil LASA - Lago Azul S/A 2,0 Ipameri Bagaço de Cana Biomassa Total: 02 Usinas Potência Total: 16,8 MW

USINAS do tipo UHE (Usina Hidrelétrica de energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Rio Tipo

Emborcação 1.192,00 Cascalho Rico

- MG Catalão - GO

Paranaíba

UHE

São Bento 0,62 Catalão São Bento CGH

Corumbá I 375,00 Caldas Novas

Corumbaíba Corumbá UHE

Lago Azul 4,00 Ipameri Ribeirão Castalhano PCH

PG-2 0,29 Ipameri Ribeirão das Éguas CGH

Total: 05 Usinas Potência Total: 1.571,91 MW

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ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

A densidade populacional na Região Sudeste Goiano é de 9,77 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a estadual 17,42.

A população do Sudeste Goiano tem crescido nos últimos anos, mas esse crescimento tem se concentrado nos maiores municípios, isto é, em Catalão, Pires do Rio e Ipameri. No restante da região encontram-se municípios estagnados, pois vêm apresentando taxas pequenas de crescimento demográfico; quatro municípios vêm perdendo população nos últimos anos, evidenciando uma visão, principalmente junto à população mais jovem, da falta de perspectivas de um futuro melhor nessas localidades.

Fonte: Seplan / Sepin

O município com a maior taxa geométrica de crescimento da população, entre 2000 e 2008 é Campo Alegre de Goiás, com 3,85% e o município com a menor taxa é Urutaí com crescimento negativo de -1,47%.

População % Região Sudeste Goiano 242.613 4,15%

Goiás 5.844.996

EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTOPOPULACIONAL

1996 2000 2004 2008

391.331376.568350.266328.216

0

100000

200000

300000

400000

500000

Evolução do Consumo de Energia Elétrica Total do Sudeste Goiano (Mwh)

488.626

614.159 665.119

750.873

2008 2006 2004 2002 0

200000

400000

600000

800000

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A cidade mais populosa da região é Catalão que possui 79.618 habitantes, representando 1,36% da população do Estado. O segundo município mais populoso é Pires do Rio com 27.792 habitantes.

Ranking dos dez maiores municípios em população

Catalão 79.618 Pires do Rio 27.792 Ipameri 23.911 Silvânia 19.038 Orizona 15.015 Vianópolis 12.699 Leopoldo de Bulhões 9.362 Corumbaíba 8.447 Campo Alegre de Goiás 6.127 Goiandira 5.074

Fonte: Seplan / Sepin ASPECTOS ECONÔMICOS

O Produto Interno Bruto – PIB da Região Sudeste Goiano, entre o período de 1999 a 2006, cresceu 110 % mais que o PIB do Estado de Goiás em valores nominais.

A região do Sudeste Goiano, que participava com 16,87% do PIB do Estado em 2002 passou para 12,93% em 2006. Devido à elevada participação do setor agropecuário, esta região foi bastante afetada pela queda nos preços de diversos produtos da agropecuária de 2004 a 2006, principalmente grãos.

Catalão, em 2006, representou 4,36% do PIB goiano, com R$ 2,489 bilhões. As vantagens competitivas deste município estão na proximidade de grandes centros econômicos e na produção de riquezas minerais, indústria de transformação relevante, o que possibilitou a formação de um polo regional. Destacam-se no município os polos minero-químico e metal-mecânico, sede de empresas de grande porte, do ramo de mineração e fertilizantes, máquinas agrícolas e montadora de veículos. Outro fator competitivo é a presença da Ferrovia Centro-Atlântica - FCA, que alcança os Portos de Santos e de Tubarão em Vitória-ES.

EVOLUÇÃO DO PIB DA REGIÃO SUDESTE GOIANO

2006200420021999

4.140.2313.876.488

2.609.349

965.995

0

1000000

2000000

3000000

4000000

5000000

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Estrutura Percentual do PIB da Região Sudeste Goian o 2006 %

PIB Agropecuária Indústria Serviços 7,25 10,25 8,73 5,89

Fonte: Seplan / Sepin

A Região possui o segundo maior rebanho avícola, com plantel de 9.172,450 aves, representando 19,20% do total do Estado.

Em 2008, os rebanhos da Região Sudeste participavam nos efetivos do Estado nas seguintes proporções: 6,73% do rebanho bovino, 6,27% do rebanho suíno e 19,20 % do rebanho avícola.

A produção leiteira correspondeu a 15,70% do total produzido no Estado em 2008. A produção de grãos correspondeu em 2008 a 13,06% da produção total do Estado. No período de 2004 a 2008 houve um aumento na produção agrícola de 34,18%.

Produção Agropecuária 2008 Quantidade % do Estado Ranking das regiões

Bovinos (cab) 1.377.620 6,73 5º Aves (cab) 9.172.450 19,20 2º Suinos (cab) 99.870 6,27 5º Leite (lt) 451.301 15,70 3º Grãos (t) 1.736.708 13,06 3º

Fonte: Seplan / Sepin

O ICMS arrecadado na Região Sudeste Goiano correspondeu em 2008 a 4,55% do total arrecadado no Estado de Goiás. O crescimento nominal do ICMS de 2006 para 2008 foi de 107,86% contra 37,24% do crescimento do Estado.

Catalão é o município que mais arrecada ICMS, principalmente, em função da fabricação de automóveis.

Arrecadação de ICMS (R$ mil) 2000 57.778 2002 97.513 2004 168.392 2006 143.383 2008 298.042

Fonte: Seplan / Sepin

A região Sudeste Goiano possui 484 estabelecimentos industriais e 2.995 estabelecimentos do comércio varejista.

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Fonte: Seplan / Sepin

As exportações cresceram de 2007 para 2008 em 40,64%, principalmente em relação aos setores metal-mecânico e minero-químico,

Evolução das Exportações (US$ FOB)

56.976.194

98.261.986

229.607.485

2008200720062004

322.937.895

0

50000000

100000000

150000000

200000000

250000000

300000000

350000000

Fonte: Seplan / Sepin

MUNICÍPIOS COM MAIOR EXPRESSÃO ECONÔMICA CATALÃO - O município de Catalão destaca-se no cenário econômico de Goiás devido ao seu potencial de geração de riquezas e sua contribuição para o crescimento do Estado, mas também é destaque pela qualidade de vida que oferece à sua população. No aspecto econômico, os destaques ficam por conta do comércio e indústrias minero-química, montagem de automóveis e máquinas agrícolas. Em qualidade de vida, a cobertura dos domicílios com água tratada e o rendimento médio da população ocupada estão entre os melhores indicadores dos municípios goianos. A localização estratégica tem sido fator fundamental para o desenvolvimento do município. Situa-se na divisa com Minas Gerais e a 248 km de Goiânia, 305 km de Brasília, 657 km de São Paulo e 1.069 km do Rio de Janeiro bem como conta com a presença da Ferrovia Centro-Atlântica - FCA, que alcança os Portos de Santos e de Tubarão em Vitória-ES. Há firme intensão de se estender a hidrovia Tietê-Paraná-Paranaíba da Barragem de São Simão até Catalão. O trecho de 450 quilômetros tem potencial de transporte de cerca de 1 milhão de toneladas de grãos, pelo custo de até 75% mais barato que a via rodoviária. Se isso se tornar realidade, Catalão se reforçará ainda mais como destaque no

Polos de Economia da Região Sudeste Goiano

Polo Metal-mecânico

Catalão

Polo Minero-químico

Catalão

Polo de Agro-negócios

Ipameri

Polo Avícola

Pires do Rio

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Estado. O estudo de viabilidade da hidrovia está sendo elaborado com base no novo Plano Nacional de Logística de Transporte. A excelente localização e as riquezas minerais do município foram fatores decisivos para a atração de empresas de grande porte, como Copebras (fertilizantes), Mineração Catalão e Ultrafértil do ramo de mineração, a Mitsubishi montadora de carros e John Deere do Brasil (máquinas agrícolas), constituindo polos minero-químico (minérios importantes como o fosfato e o nióbio) e metal-mecânico. Para reforçar esse grupo o Município e o Estado trabalham para atrair a fábrica da Suzuki para o município. A Bunge também deu início à expansão do complexo industrial da Fosfértil sendo que parte dos R$ 300 milhões de investimento da empresa beneficiará Catalão. Outro empreendimento que chega a Catalão é a empresa de atacado e varejo Coselli – rede de supermercado do interior do Estado de São Paulo. O investimento é de aproximadamente R$ 5 milhões e inclui a instalação de um shopping.

ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS O IDHM (2000) da Região Sudeste está no 1º lugar do ranking do Estado. Dezesseis municípios figuram entre os 50 maiores IDHM de Goiás.

Em 2008 existiam 668.134 m de extensão de rede de água e 75.330 m de extensão de rede de esgoto.

Ranking de IDHM da RMG Município Ranking IDHM

Catalão 3º 0,818 Anhanguera 9º 0,802 Campo Alegre de GO

11º 0,802

Três Ranchos 17º 0,788 Palmelo 19º 0,787 Nova Aurora 21º 0,785 Ouvidor 22º 0,785 Pires do Rio 23º 0,785 Vianópolis 24º 0,784 Santa Cruz de GO

28º 0,782

Saneamento do Sudeste Goiano 2008 Atendimento com

água Atendimento com

esgoto 97,71 % da população

11,00% da população

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A Região Sudeste Goiano possuía, em 2008, 60.394 alunos e 1.938 salas de aula, o que representa 5,05% do total do Estado. A taxa de alfabetização alcançou em 2006 a marca de 89,96% contra 89,2% do Estado.

O Sudeste Goiano possui 06 Polos de Universidades e 04 faculdades Existem na região 833 leitos hospitalares (2009) o que representa 4,41% do total do Estado. São 23 hospitais, que correspondem a 4,88% do total estadual.

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REGIÃO NORDESTE GOIANO

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REGIÃO NORDESTE GOIANO

A Região Nordeste foi delimitada em função de sua homogeneidade em termos de condições socioeconômicas e espaciais e como estratégia de planejamento para investimentos governamentais tendo em vista minimizar os desequilíbrios regionais. Compreende 20 municípios ocupando um território de 38.726,364 km², o que corresponde a 11,39% do total do território de Goiás.

Municípios da Região Nordeste Goiano Alto Paraíso de Goiás Iaciara Alvorada do Norte Mambaí Buritinópolis Monte Alegre de Goiás Campos Belos Nova Roma Cavalcante Posse Colinas do Sul São Domingos Damianópolis São João d`Aliança Divinópolis de Goiás Simolândia Flores de Goiás Sítio d`Abadia Guarani de Goiás Teresina de Goiás

]

Área Total ( km²) Região Nordeste

Goiano

38.726

11,39%

Goiás 340.086

Nº de Municípios Região Nordeste

Goiano

20

8,13% Goiás 246

Fonte: Seplan / Sepin A região Nordeste, considerada a mais pobre do Estado, possui dois eixos de

desenvolvimento, um voltado para o potencial turístico, que é a Chapada dos Veadeiros e outro voltado para a agropecuária, que é o Vão do Paranã. Em decorrência da preservação ambiental existente, a região detém o título de Reserva da Biosfera do Cerrado.

A Chapada dos Veadeiros, especialmente o município de Alto Paraíso, com divulgação constante, inclusive em nível internacional, tem provocado um aumento considerável no número de turistas na região. Importante ressaltar ainda o veio turístico do Parque Estadual de Terra Ronca em São Domingos, com grande potencial de investimento.

O município de Posse, na divisa com a Bahia, é uma cidade polo em diversas áreas, como educação e saúde e se tornou forte entreposto comercial, principalmente devido à agricultura do Oeste baiano, que realiza suas transações comerciais na cidade

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goiana. O comércio bastante ativo gera emprego e renda a uma parcela significativa da população local.

Encontra-se no Nordeste de Goiás o maior Quilombo da América Latina, a comunidade Kalunga, com cerca de 4 mil habitantes, ocupando uma área de 237 mil ha. que se estendem pelos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás. O Estado criou através de Lei Complementar Estadual nº 19 de 05/01/1995, o território Kalunga como Patrimônio Cultural e Sítio de Valor Histórico. INFRAESTRUTURA O sistema de transportes está baseado no modal rodoviário. A região conta com dois eixos de integração: BR-020 que interliga a região ao Nordeste do País, passando pelo Estado da Bahia e a GO-118, que no sentido Norte liga ao Tocantins e no Sul, a Brasília, mas que não interligam entre si. Além desses eixos, as principais rodovias que cortam a região são a GO-112, GO-110 e GO-237, existindo também, várias estradas vicinais interligando cidades, povoados e lugarejos. O Nordeste Goiano possui 02 aeroportos, em Alto Paraíso e Posse, e 17 aeródromos. A Região Nordeste Goiano possui 01 usina Termelétrica de Energia em operação e 08 Hidrelétricas totalizando 1.781,67 MW de potência. A região é rica em recursos hídricos, com potencial para geração de energia elétrica. Mas, tendo em vista ser a região onde estão localizados 14 municípios dos 30 municípios goianos com maior cobertura vegetal nativa, a opção deve ser, necessariamente, pela implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), e não de grandes usinas geradoras de energia elétrica, evitando assim ocasionar fortes impactos ambientais e destruir a sua maior riqueza: o meio ambiente.

USINAS do tipo UTE (Usina Termelétrica de Energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Combustível Classe

Combustível

Campos Belos de Goiás - CELG 2,0 Campos Belos

Óleo Diesel

Fóssil

Total: 01 Usinas Potência Total:2,0 MW

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USINAS do tipo UHE (Usina Hidrelétrica de energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Rio Tipo

Serra da Mesa 1.275,00 Cavalcante -

GO Minaçu - GO

Tocantins UHE

Cana Brava 466,00 Cavalcante e Minaçu - GO

Tocantins UHE

São Domingos 14,34 São Domingos

- GO São Domingos UHE

Santa Edwiges II 13,00 Buritinópolis

/ Mambaí - GO Buritis PCH

Santa Edwiges I 10,10 Buritinópolis / Posse - GO

Piracanjuba PCH

Areas & Castelani 0,54 Posse - GO Maria Ferreira CGH

Mambaí 0,35 Sítio D´Abadia

- GO Corrente CGH

Mosquito 0,34 Campos Belos

- GO Mosquito CGH

Total: 08 Usinas Potência Total: 1.779,67MW

Fonte: Seplan / Sepin ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

A densidade populacional na Região Nordeste Goiano é de 4,46 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a estadual 17,42.

O município com a maior taxa geométrica de crescimento da população, entre 2000 e 2008 é Mambaí, com 4,51% e o município com a menor taxa é Guarani de Goiás com taxa negativa de -1,48%.

População % Região Nordeste Goiano 170.521 2,92%

Goiás 5.844.996

Fonte: Seplan / Sepin

EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

1996 2000 2004 2008

170.521154.454147.986140.029

0

50000

100000

150000

200000

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O município mais populoso da Região é Posse que possui 30.812 habitantes. O segundo município é Campos Belos com 18.984 habitantes e o com menor número de é Santa Teresina de Goiás com 2.887 habitantes.

Ranking dos dez maiores municípios em população

Posse 30.812 Campos Belos 18.984 Iaciara 12.672 Flores de Goiás 11.122 Cavalcante 10.290 São Domingos 10.116 São João D’Aliança 8.642 Alvorada do Norte 8.570 Monte Alegre de Goiás 7.418 Alto Paraíso de Goiás 6.913

Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS ECONÔMICOS

O Produto Interno Bruto – PIB do Nordeste Goiano, entre o período de 1999 a 2006, cresceu 23,79 % mais que o PIB do Estado de Goiás em valores nominais. A região participava com 1,23% em 2002, passou para 1,59% em 2006.

Fonte: Seplan / Sepin

Estrutura Percentual do PIB da Região Nordeste Goia no 2006 %

PIB Agropecuária Indústria Serviços 1,59 3,75 1,48 1,48

Fonte: Seplan / Sepin

EVOLUÇÃO DO PIB DA REGIÃO NORDESTE GOIANO

2006200420021999

264.395

459.821

788.081905.240

0

200000

400000

600000

800000

1000000

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As atividades econômicas da Região concentram-se basicamente no setor agropecuário, apesar de não possuir expressividade no total do Estado.

Em 2008, os rebanhos do Nordeste Goiano participavam nos efetivos do Estado nas seguintes proporções: 5,92% do rebanho bovino, 2,21% do rebanho suíno e 0,86% do rebanho avícola. A produção leiteira correspondeu a 0,72% do total produzido no Estado em 2008. A produção de grãos correspondeu em 2008 a 2,23% da produção total do Estado. No período de 2004 a 2008 houve um crescimento na produção agrícola de 43,93%.

Produção Agropecuária 2008 Quantidade % do Estado Ranking das regiões Bovinos (cab) 1.212.870 5,92 9º Aves (cab) 412.940 0,86 10º Suinos (cab) 35.260 2,21 10º Leite (lt) 20.818 0,72 10º Grãos (t) 297.097 2,23 6º

Fonte: Seplan / Sepin

A indústria representa apenas 1,48% do PIB, atividade com pouca agregação de valor, representada por pequenos estabelecimentos ligados a atividades como confecções de roupas, laticínios, padarias, fábricas de farinha de milho e de mandioca, torrefação de café e outras

O ICMS arrecadado na Região Nordeste Goiano correspondeu em 2008 a 0,37% do total arrecadado no Estado de Goiás. O crescimento nominal do ICMS de 2006 para 2008 foi de 26,27% contra 37,24% do crescimento do Estado. Apesar da estabilidade dos números na arrecadação, a evolução desse índice pode ser considerada um dos indicadores mais tangíveis do desenvolvimento do Nordeste Goiano. A arrecadação tem baixa representatividade em relação à do Estado, mas nota-se um crescimento significativo nos valores verificados nos últimos 8 anos.

Cavalcante é o município que mais arrecada ICMS, correspondendo a 20,11% do total da região.

Arrecadação de ICMS (R$ mil) 2000 6.041 2002 12.588 2004 25.018 2006 19.165 2008 24.201

Fonte: Seplan / Sepin

O Nordeste Goiano possui 95 estabelecimentos industriais e 1.531 estabelecimentos do comércio varejista. A Indústria é uma atividade com pouca agregação de valor, representada por pequenos estabelecimentos.

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Fonte: Seplan / Sepin

Evolução das Exportações no Nordeste Goiano (US$FOB)

95.593

0

245.152

66.088

20082007200620040

50000

100000

150000

200000

250000

300000

Fonte: Seplan / Sepin

MUNICÍPIOS COM MAIOR EXPRESSÃO ECONÔMICA POSSE – O município faz divisa com o Estado da Bahia e conta com a maior população da região. A cidade é movimentada devido ao comércio em expansão, uma vez que Posse é cidade polo da região, tanto no setor comercial como em outros setores como saúde e educação superior. As grandes plantações de soja do Oeste baiano estimulam o comércio, tornando Posse um grande entreposto comercial de produtos agropecuários, bem como de abastecimento para o mercado dos municípios vizinhos. A economia de Posse gira em torno da agropecuária, comércio e extração de calcário. Depois do comércio, a pecuária de corte é a principal atividade econômica do município. Está implantada no município a Central Geradora Hidroelétrica Áreas & Castelani, que represa o rio Maria Ferreira, com capacidade inicial de 544 KW. CAMPOS BELOS – É um dos municípios mais importantes da Região e o segundo mais populoso. Seu comércio além de dinâmico e em franca expansão abastece o Sudeste do Tocantins e os municípios vizinhos. A principal atividade de Campos Belos é a agropecuária. A agricultura é de subsistência com destaque para a plantação de arroz, cana-de-açúcar, feijão e milho. O

Polo de Economia do Nordeste Goiano Polo Turístico Alto Paraíso,

Cavalcante e São Domingos

Polo Comercial Posse e Campos Belos

Polo de Educação Campos Belos e Posse

Polo de Saúde Campos Belos e Posse

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município está se tornando um polo ceramista com três cerâmicas implantadas, com produção de tijolos e telhas. A cidade é polo nas áreas de educação comércio e saúde. ALTO PARAISO – O turismo, que se localiza no coração da Chapada dos Veadeiros, é a grande vocação econômica não só do município, mas de toda a região Nordeste. Além de ser visitada por turistas e místicos de todo o mundo, Alto Paraíso é o berço mais alto das águas do centro do País, onde se localizam as nascentes dos principais rios que abastecem o Tocantins. A partir dos anos 80 grupos de participantes de comunidades alternativas se instalaram na cidade e nos anos 90 grupos esotéricos ou espiritualistas buscaram o município visando uma maior qualidade de vida. Com esses grupos vieram profissionais de diversas áreas, artistas, terapeutas e ecologistas preocupados com a preservação dos recursos naturais existentes. A diversidade de idéias e dogmas tornou a cidade um centro místico e de terapias alternativas, modificou a arquitetura local e foram construídos vários templos e locais de meditação e tratamentos alternativos, atraindo a atenção da mídia nacional e internacional. Além do turismo de saúde e místico existe ainda o ecoturismo, devido aos 160 atrativos com mais de 100 cachoeiras. A cidade conta com boa rede hoteleira para o atendimento, com várias operadoras de turismo, proporcionando roteiros para os diversos tipos de passeios e esportes. ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS O IDHM (2000) da Região Nordeste Goiano é 0,664 e está em último lugar do ranking do Estado. Nenhum município figura entre os 50 maiores IDHM de Goiás. Em 2008 existiam 578.246 m de extensão de rede de água e 91.125 m de extensão de rede de esgoto.

A Região Nordeste possuía, em 2008, 49.527 alunos e 1.408 salas de aula, o que representa 3,67% do total do Estado. A taxa de alfabetização alcançou em 2006 a marca de 77,65% contra 89,2% do Estado. Existem dois polos da UEG na região, em Campos Belos e em Posse.

A Região conta com 366 leitos hospitalares (2009) o que representa 1,94% do total do Estado, distribuídos em 16 hospitais.

Saneamento do Nordeste Goiano 2008 Atendimento com

água Atendimento com

esgoto 98,57 % da população

22,17% da população

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O Nordeste Goiano é rico em festas folclóricas como as juninas, a Romaria do Engenho e Vão do Moleque, nas comunidades Kalungas e as tradicionais festas da Caça à Rainha, com danças típicas africanas, realizada em vários municípios da região, atraindo turistas de todo o Estado.

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REGIÃO SUL GOIANO

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REGIÃO SUL GOIANO

A Região Sul Goiano compreende 26 municípios que ocupam 25.122,039 km²,

correspondendo a 7,39% do território goiano.

Municípios da Região Sul Goiano Água Limpa Itumbiara Aloândia Joviânia Bom Jesus de Goiás Mairipotaba Buriti Alegre Marzagão Cachoeira Dourada Morrinhos Caldas Novas Panamá Cezarina Piracanjuba Cromínia Pontalina Edealina Porteirão Edéia Professor Jamil Goiatuba Rio Quente Inaciolândia Varjão Indiara Vicentinópolis

Área Total ( km²) Região Sul Goiano 25.122 7,39%

Goiás 340.086

Nº de Municípios Região Sul Goiano 26 10,56%

Goiás 246

Fonte: Seplan / Sepin

É uma das regiões mais ricas do Estado, além de apresentar uma das melhores

condições em se tratando de infraestrutura econômica e social. A economia da região é diversificada, tendo uma agricultura forte, notadamente a

produção de soja, que é hoje o principal item das exportações do Sul Goiano e uma das maiores bacias leiteiras do Estado, a localizada entre Piracanjuba e Morrinhos, um parque industrial em expansão, concentrado principalmente em Itumbiara e Goiatuba e o maior polo turístico de Goiás, com as águas quentes de Caldas Novas e Rio Quente.

Tendo em vista a expressiva produção agropecuária, a infraestrutura disponível e a existência de empresas exportadoras, a Região Sul Goiano é a primeira colocada em exportação de produtos, dentre as dez regiões de planejamento do Estado.

Os recursos hídricos existentes constituem boa fonte de riqueza, tanto para o turismo, com suas fontes de águas termais, lagos e rios, como para hidrovia, no Rio Paranaíba, principalmente quando houver expansão da mesma de São Simão até Catalão.

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INFRAESTRUTURA A Rgião pode ser considerada privilegiada em rodovias, se comparada a outras do

Estado. O Sul Goiano tem como eixo principal a BR-153, que integra o Norte ao Sul do País. Outra rodovia importante é a BR-452 que liga Itumbiara a Rio Verde. A Região conta com 02 aeroportos, em Caldas Novas e Itumbiara e 22 aeródromos.

Possui 02 usinas Termelétricas de Energia e 04 hidrelétricas em operação, totalizando 3.364,7 MW de potência.

USINAS do tipo UTE (Usina Termelétrica de Energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Combustível Classe

Combustível Goiasa 46,5 Goiatuba Bagaço de Cana Biomassa Complem I 1,2 Morrinhos Óleo Diesel Fóssil Total: 02 Usinas Potência Total: 47,7 MW

USINAS do tipo UHE (Usina Hidrelétrica de energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Rio Tipo

Itumbiara 2.280,00 Itumbiara - GO Tupaciguara -

MG

Paranaíba

UHE

Rochedo 4,00 Piracanjuba - GO

Meia Ponte PCH

Corumbá I - RSdG 375,00

Caldas Novas - GO

Corumbaíba - GO

Corumbá

UHE

Cachoeira Dourada 658,00 Cachoeira

Dourada - MG Itumbiara - GO

Paranaíba

UHE

Total: 04 Usinas Potência Total: 3.317,00 MW Fonte: Seplan / Sepin

Evolução do Consumo de Energia Elétrica Total do Sul Goiano (Mwh)

650.642738.859 778.948

835.572

20082006200420020

200000

400000

600000

800000

1000000

Fonte: Seplan / Sepin

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ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

A densidade populacional na Região Sul Goiano é de 15,48 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a estadual 17,42.

Fonte: Seplan / Sepin

O município com a maior taxa geométrica de crescimento da população, entre 2000 e 2008 é Rio Quente, com 5,33% e o município com a menor taxa é Cachoeira Dourada com taxa de crescimento negativa de -1,32%.

População % Região Sul Goiano 391.331 6,69%

Goiás 5.844.996 Fonte: Seplan / Sepin

O município mais populoso da Rgião é Itumbiara que possui 91.843 habitantes. O

segundo município é Caldas Novas com 65.970 habitantes. Água Limpa e Aloândia com 2.121 habitantes cada, são os que apresentam menor população.

Ranking dos dez maiores municípios em população

Itumbiara 91.843 Caldas Novas 65.970 Morrinhos 40.512 Goiatuba 32.220 Piracanjuba 24.008 Bom Jesus de Goiás 20.668 Pontalina 16.688 Indiara 13.230 Edéia 10.577 Buriti Alegre 8.485

Fonte: Seplan / Sepin

EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

2008200420001996

328.216 350.266391.331376.568

0

100000

200000

300000

400000

500000

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ASPECTOS ECONÔMICOS

O Produto Interno Bruto – PIB da Região Sul Goiano, entre o período de 1999 a 2006, cresceu 198,41 % enquanto o PIB Estadual cresceu 218,59% em valores nominais.

O Sul Goiano participava com 8,88% em 2002 e diminuiu sua participação para 8,48% em 2006. Itumbiara representou 2,65% do PIB estadual em 2006, com R$ 1,512 bilhão, sendo que 5,00% foram provenientes da agropecuária, 30,34% da indústria e 64,76% de serviços. Neste município estão instaladas indústrias processadoras de soja, algodão e milho, beneficiamento de couro, de sementes e fertilizantes. O município tem se destacado na exportação, sendo o primeiro no ranking estadual.

EVOLUÇÃO DO PIB DA REGIÃO SUL GOIANO

2006200420021999

4.839.3934.486.635

3.324.227

1.621.693

0

1000000

2000000

3000000

4000000

5000000

6000000

Fonte: Seplan / Sepin

Estrutura Percentual do PIB da Região Sul Goiano

2006 % PIB Agropecuária Indústria Serviços 8,48 13,29 10,72 7,16

Fonte: Seplan / Sepin

A Região é quarto produtor bovino com rebanho de 1.852.660 cabeças e terceiro produtor suíno do Estado com 164.810 cabeças.

Em 2008, os rebanhos da Região Sul Goiano participavam nos efetivos do Estado nas seguintes proporções: 9,05% do rebanho bovino, 10,34% do rebanho suíno e 6,02 % do rebanho avícola.

A produção leiteira correspondeu a 15,96% do total produzido no Estado, sendo a região o segundo produtor em 2008. A produção de grãos correspondeu em 2008 a 12,84% da produção total do Estado. No período de 2004 a 2008 houve um crescimento na produção agrícola de 3,93%.

Produção Agropecuária 2008

Quantidade % do Estado Ranking das regiões

Bovinos (cab) 1.852.660 9,05 4º Aves (cab) 2.877.750 6,02 6º Suinos (cab) 164.810 10,34 3º Leite (lt) 458.734 15,96 2º Grãos (t) 1.706.901 12,84 4º

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O ICMS arrecadado na Região Sul Goiano correspondeu em 2008 a 2,97% do total arrecadado no Estado de Goiás. O crescimento nominal do ICMS de 2006 para 2008 foi de 57% contra 37,24% do crescimento do Estado.

Itumbiara é o município que mais arrecada ICMS na região.

Arrecadação de ICMS (R$ mil) 2000 85.271 2002 111.325 2004 115.717 2006 123.763 2008 194.318

Fonte: Seplan / Sepin

A região Sul possui 657 estabelecimentos industriais e 5.231 estabelecimentos do

comércio varejista. O fácil acesso ao Sul e Sudeste do país e ao Sudoeste do Estado, facilita o escoamento da produção. Isso contribui para a produção e para a expansão e instalação de novas agroindústrias no Diagri – Distrito Agroindustrial de Itumbiara, favorecendo o crescimento e desenvolvimento da economia local.

Coopera para este crescimento e desenvolvimento do município, a presença de empresas exportadoras como Caramuru Alimentos (exportadora de soja), Maeda S/A Indústria e Comércio (exportadora de derivados de algodão) e Braspelco (exportadora de couro), que ajudam o município a ser um dos maiores exportadores do Estado de Goiás.

Também a indústria do turismo desenvolve a região através da cidade de Caldas Novas que é um dos principais destinos turísticos do país, além de ter o título de maior estância hidrotermal do mundo. Um dos dados que demonstram a força deste título é o fluxo de turistas. Atualmente a cidade recebe aproximadamente 1,5 milhão por ano, tanto brasileiros como pessoas do exterior.

As exportações cresceram 32,16% de 2006 para 2008. Itumbiara exportou US$ 83,135 milhões com destaque em grãos de soja e milho no primeiro semestre de 2009.

Polos de Economia da Região Sul Goiano

Polo Turístico Caldas Novas e Rio Quente

Polo Agroindustrial Itumbiara e Goiatuba

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Evolução das Exportações da Região Sul Goiano (US$ FOB)

476.115.556

365.121.996449.908.292

594.637.365

20082007200620040

100000000200000000300000000400000000500000000600000000700000000

Fonte: Seplan / Sepin

MUNICÍPIOS COM MAIOR EXPRESSÃO ECONÔMICA

ITUMBIARA - Conhecida como o portal de entrada do Estado, Itumbiara também é um dos mais competitivos municípios goianos. O fácil acesso ao Sul e Sudeste do país e sua ligação com o Sudoeste do Estado facilitam o escoamento da produção. Além de bem localizado o município possui um bom Distrito Agroindustrial - o DIAGRI – que também contribui para a produção, expansão e instalação de novas indústrias. O município se destaca no avanço do segmento industrial, contando hoje com mais de 165 indústrias instaladas, grande parque industrial e oferece serviços de orientação jurídica e contábil às pequenas empresas. Para o processamento da grande produção agrícola e pecuária da região, o parque industrial de Itumbiara conta com destaques como: Caramuru Alimentos, Pioneer Sementes, Cooperativa Central dos Produtores de São Paulo, Maeda Agroindustrial, Metalgráfica Rio Industrial, Kenji, Lacticínio Sul Goiano, Eaco, Boa Safra, Terraboa, Açofergo, W3, Jacinto Engenharia e CTBC. Itumbiara foi o 3º maior exportador em 2009 sendo os principais produtos exportados: soja, bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja, milho em grão e para semeadura, óleo de girassol bruto, óleo de algodão, lecitinas e outros fosfoaminolipídios, algodão debulhado e sorgo. Entre os empreendimentos a serem instalados em Itumbiara destaca-se o Grupo Plantar S/A, dedicado à produção de florestas plantadas de eucalipto, bem como à produção, transporte e manuseio de carvão vegetal. Estão sendo investidos R$ 15 milhões na implantação de um viveiro de mudas clonais de eucalipto. A capacidade inicial é para produzir 30 milhões de mudas/ano, podendo chegar a 40 milhões de mudas/ano.

CALDAS NOVAS - Localizada na Região Sul do Estado de Goiás, a cidade é um dos principais destinos turísticos do país, além de ter o título de maior estância hidrotermal do mundo. Atualmente a cidade recebe aproximadamente 1,5 milhão de turistas por ano, tanto brasileiros como estrangeiros. Segundo dados da EMBRATUR, somente Porto Seguro (BA) recebe mais turistas no Brasil. Com isso Caldas Novas alcançou nos últimos anos um desenvolvimento surpreendente gerado pela expansão de sua maior vocação econômica: o turismo. Junto

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com Rio Quente, o município forma o maior complexo hidrotermal do Brasil, além de possuir o terceiro parque hoteleiro do país, com 23.052 leitos em seus 93 hotéis, pousadas, pensões, flats e vários condomínios residenciais. É simplesmente o triplo da capacidade de Goiânia, que tem 7.500 leitos. O município também se caracteriza por modernos e grandes empreendimentos hoteleiros, com boa infraestrutura para a atividade turística e um comércio crescente, fortalecendo outros setores produtivos do município. O comércio, bastante dinâmico, tem perto de 1.000 estabelecimentos; a indústria, com 122 empresas, diversificadas e começa a explorar segmentos da cadeia produtiva do turismo; o setor de construção civil aproveita o boom econômico e lança novos empreendimentos.

ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS O IDHM (2000) da Região Sul Goiano é 0,764 e está no 6º lugar do ranking do Estado. Doze municípios figuram entre os 50 maiores IDHM de Goiás.

Em 2008 existiam 1.389.747 m de extensão de rede de água e 554.592 m de extensão de rede de esgoto.

A Região Sul Goiano possuía, em 2008, 100.146 alunos e 2.874 salas de aula, o que representa 7,49% do total do Estado. A taxa de alfabetização alcançou em 2006 a marca de 87,86% contra 89,2% do Estado.

A região conta com 05 polos da UEG e 07 faculdades. Existem na região 1.183 leitos hospitalares (2009) o que representa 6,27% do total do Estado, distribuídos em 35 hospitais.

Ranking de IDHM da Região Sul Goiano Município Ranking IDHM

Goiatuba 4º 0,812 Morrinhos 6º 0,806 Rio Quente 7º 0,806 Pontalina 8º 0,805 Caldas Novas 10º 0,802 Joviânia 18º 0,787 Itumbiara 27º 0,782

Saneamento da Região Sul Goiano 2008 Atendimento com

água Atendimento com

esgoto 88,41% da população

34,90% da população

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REGIÃO OESTE GOIANO

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REGIÃO OESTE GOIANO

A Região Oeste Goiano foi definida tendo como critério o eixo da GO-060. Compreende 43 municípios que ocupam 52.682,234 km², correspondendo a 15,49% do território goiano.

Municípios da Região Oeste Goiano Adelândia Itapirapuã Americano do Brasil Ivolândia Amorinópolis Jandaia Anicuns Jaupaci Aragarças Jussara Arenópolis Moiporá Aurilândia Montes Claros de Goiás Avelinópolis Mossâmedes Baliza Nazário Bom Jardim de Goiás Novo Brasil Britânia Palestina de Goiás Buriti de Goiás Palmeiras de Goiás Cachoeira de Goiás Palminópolis Caiapônia Paraúna Campestre de Goiás Piranhas Córrego do Ouro Sanclerlândia Diorama Santa Bárbara de Goiás Doverlândia Santa Fé de Goiás Fazenda Nova São João da Paraúna Firminópolis São Luis de Montes Belos Iporá Turvânia Israelândia

Área Total ( km²) Região Oeste Goiano 52.682 15,49%

Goiás 340.086

Nº de Municípios Região Oeste Goiano 43 17,47%

Goiás 246 Fonte: Seplan / Sepin

O Oeste Goiano está entre as regiões mais pobres do Estado. Apresenta uma indústria incipiente e sua economia está baseada na agropecuária e no setor de serviços. Com forte vocação relativa à gado de corte e leiteiro, é a primeira do Estado em produção de bovinos e de leite e a segunda na produção de suínos.

As riquezas do Oeste Goiano estão principalmente na agropecuária e na mineração. É uma das regiões do Estado mais rica em recursos minerais, principalmente em granito no entanto ainda tem poucas indústrias.

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O Oeste Goiano é rico também de atrativos turísticos, dispondo de cachoeiras em Caiapônia e Piranhas; do Morro do Macaco em Iporá; de formações rochosas esculpidas pela natureza em Paraúna; e do Rio Araguaia. No entanto, estas potencialidades econômicas ainda não são devidamente aproveitadas e por isso a vocação econômica do turismo ainda não é uma realidade.

INFRAESTRUTURA A Região Oeste Goiano é recortada pela rodovia GO-060 que liga Goiânia ao Estado do Mato Grosso. A região conta com 42 aeródromos. O Oeste Goiano possui 02 usinas Termelétricas de Energia em operação e 03 Hidrelétricas totalizando 68 MW de potência

USINAS do tipo UTE (Usina Termelétrica de Energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Combustível Classe

Combustível Anicuns S/A Álcool e Derivados 12,8 Anicuns Bagaço de Cana Biomassa Destilaria Nova União S/A (Nova Geração) 6,2 Jandaia

Bagaço de Cana

Biomassa

Total: 02 Usinas Potência Total:19,0 MW

USINAS do tipo UHE (Usina Hidrelétrica de energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Rio Tipo

Mosquitão 30,00 Arenópolis / Iporá Caiapó PCH

Piranhas 18,00 Piranhas Piranhas PCH Rio Bonito 1,00 Caiapônia Rio Bonito PCH Total: 03 Usinas Potência Total:49,00 MW

Fonte: Seplan / Sepin

Evolução do Consumo de Energia Elétrica Total do Oeste Goiano (Mwh)

330.519370.747

451.356484.647

20082006200420020

100000

200000

300000

400000

500000

600000

Fonte: Seplan / Sepin

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ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

A densidade populacional na Região Oeste Goiano é de 6,59 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a estadual 17,42.

Fonte: Seplan / Sepin

O município com a maior taxa geométrica de crescimento da população, entre 2000

e 2008 é Baliza, com 5,75% e o município com a menor taxa é Itapirapuã com taxa negativa de -3,62%.

População % Região Oeste Goiano 333.990 5,71%

Goiás 5.844.996

O município mais populoso da região é Iporá que possui 32.002 habitantes. O segundo município é São Luiz dos Montes Belos com 27.684 habitantes e o com menor número de é Cachoeira de Goiás com 1.441 habitantes.

Ranking dos dez maiores municípios em população

Iporá 32.002 São Luiz dos Montes Belos 27.684 Palmeiras de Goiás 22.353 Jussara 19.229 Anicuns 18.110 Aragarças 17.777 Caiapônia 16.397 Piranhas 11.324 Paraúna 11.283 Firminópolis 10.664

Fonte: Seplan / Sepin

EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

2008200420001996

333.990332.107328.504327.112

0

100000

200000

300000

400000

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ASPECTOS ECONÔMICOS

O Produto Interno Bruto – PIB da Região Oeste Goiano, entre o período de 1999 a 2006, cresceu 162,74 % enquanto o PIB Estadual cresceu 218,59% em valores nominais.

EVOLUÇÃO DO PIB DA REGIÃO OESTE GOIANO

2006200420021999

2.779.4092.503.477

1.808.456

1.057.845

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

Fonte: Seplan / Sepin

Estrutura Percentual do PIB da Região Oeste Goiano 2006 %

PIB Agropecuária Indústria Serviços 4,87 14,91 4,01 4,04

Fonte: Seplan / Sepin

A Região ocupa o primeiro lugar na produção de Bovinos com rebanho de 4.364.330 cabeças, representando 21,32% do total do Estado e primeiro na produção de leite com 481.189 litros, o que representa 16,74% da produção estadual.

É também segundo produtor de suínos com rebanho de 211.550 cabeças e quinto produtor de grãos com 940.897 toneladas obtidas em 2008, além de sétimo produtor avícola, com plantel de 1.510.250 aves.

Em 2008, a região Oeste Goiano participava nos efetivos do Estado nas seguintes proporções: 13,28% do rebanho suíno e 3,16 % do rebanho avícola.

A produção de grãos correspondeu em 2008 a 7,08% da produção total do Estado. No período de 2004 a 2008 houve um crescimento na produção agrícola de 16,91 %.

Produção Agropecuária 2008 Quantidade % do Estado Ranking das regiões Bovinos (cab) 4.364.330 21,32 1º Aves (cab) 1.510.250 3,16 7º Suinos (cab) 211.550 13,28 2º Leite (lt) 481.189 16,74 1º Grãos (t) 940.897 7,08 5º

Fonte: Seplan / Sepi n

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O ICMS arrecadado na Região Oeste Goiano correspondeu em 2008 a 1,27% do total arrecadado no Estado de Goiás. O crescimento nominal do ICMS de 2006 para 2008 foi de 96,5% contra 37,24% do crescimento do Estado.

Palmeiras é o município que mais arrecada ICMS na região.

Arrecadação de ICMS (R$ mil) 2000 37.015 2002 37.029 2004 44.551 2006 42.443 2008 83.413

Fonte: Seplan / Sepin

A região Oeste possui 599 estabelecimentos industriais e 3.659 estabelecimentos do comércio varejista.

Destaca-se na região o município de Palmeiras de Goiás que graças à fertilidade das terras e sua topografia plana, permite a mecanização agrícola para produção em grande escala de produtos como soja e algodão, além de outras culturas e o desenvolvimento da pecuária de corte e de leite.

Nos últimos anos o município viu sua economia diversificar, entrando na era da agroindustrialização, passando a agregar valor aos produtos e ampliando a oferta de empregos. A diversificação produtiva e os investimentos recebidos fizeram com que o município tivesse a melhor performance entre os municípios mais competitivos de Goiás, Está implantado no município o Frigorífico Minerva, um dos líderes no Brasil na produção e comercialização de carne in natura, industrializados e subprodutos de origem bovina.

As exportações cresceram 0,5%, de 2006 para 2008. Palmeiras está entre os

principais municípios goianos exportadores. Nos primeiros dez meses de 2009 exportou US$ 147.334 milhões com destaque para a carne.

Polos de Economia da Região Oeste Goiano

Polo de Desenvolvimento Pecuário

Caiapônia

Polo Agroindustrial Palmeiras e São Luiz dos Montes Belos

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Evolução da exportações da Região Oeste Goiano (US$FOB)

2007200620042002

202.662.507194.526.404

201.470.222

3.942.4380

50000000

100000000

150000000

200000000

250000000

Fonte: Seplan / Sepin

MUNICÍPIOS COM MAIOR EXPRESSÃO ECONÔMICA PALMEIRAS - Palmeiras de Goiás vem experimentando um ritmo de crescimento acelerado nos últimos anos, com ganhos na economia e em qualidade de vida para seus habitantes. A proximidade com a Capital, boa infraestrutura econômica, acessos rodoviários pavimentados em várias direções, energia elétrica abundante, boa rede de telecomunicações e um aeroporto que possui pista de pouso com 1.200 metros, são fatores que influenciam positivamente a economia do município. A diversificação produtiva e os investimentos recebidos nos últimos anos (10º município em captação de recurso do FCO em 2008) fizeram com que o município figurasse entre os mais competitivos de Goiás. O Frigorífico Minerva e o Confinamento Ouro Branco são exemplos da instalação de grandes empreendimentos no município, que juntos geram mais de dois mil empregos diretos. O frigorífico abate em média 2.000 cabeças/dia, mas ainda com capacidade para ampliar conforme o crescimento da demanda do mercado. A maior parte da carne processada é destinada ao mercado externo e por isso Palmeiras de Goiás foi o 4º município goiano que mais exportou em 2009, sendo que a companhia no seu conjunto encerrou o ano de 2008 entre os três maiores exportadores brasileiros de carne bovina. Para atender a crescente procura de bovinos para abate o Confinamento Ouro Branco pode operar com capacidade de 8.000 bois, o que movimenta também a pecuária do município. Para reforçar a economia local, está em fase final a construção de uma nova fábrica da PIF PAF. Em uma área de 17 alqueires, a fábrica tem 21.000 m² de área construída e lagoas de decantação de 96.000 m³. Inicialmente a fábrica vai abater 150.000 frangos por dia, passando, na segunda etapa, a abater 300.000/dia. Um investimento de aproximadamente R$ 260 milhões.

ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS O IDHM (2000) da Região Oeste Goiano é 0,735 e está no 5º lugar do ranking do Estado. Três municípios figuram entre os 50 maiores IDHM de Goiás.

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Em 2008 existiam 97.508 m de extensão de rede de água e 22.740 m de extensão de rede de esgoto.

Ranking de IDHM da Região Oeste Goiano

Município Ranking IDHM Iporá 29º 0,780 São João da Paraúna

34º

0,779

Nazário 47º 0,765

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REGIÃO NOROESTE GOIANO

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REGIÃO NOROESTE GOIANO

A Região Noroeste Goiano (Estrada do Boi) foi definida tendo como critério os eixos das rodovias GO-070, GO-156 e GO-164 (antiga estrada do Boi). Compreende 13 municípios ocupando um território de 15.543,894 km², o que corresponde a 4,57% do total do território de Goiás.

Municípios da Região Noroeste Goiano Araçu Itaberaí Araguapaz Itaguari Aruanã Itaguaru Faina Itapuranga Goiás Itauçu Guaraíta Matrinchã Heitoraí

Área Total ( km²) Região Noroeste

Goiano

15.543

4,57% Goiás 340.086

Nº de Municípios

Região Noroeste Goiano

13

5,28%

Goiás 246 Fonte: Seplan / Sepin

O Noroeste Goiano

apresenta indicadores econômicos e sociais que a identificam

como uma região pouco desenvolvida. A pecuária, agricultura, mineração e o turismo são as principais atividades

econômicas do Noroeste Goiano. Sendo o agronegócio a base da economia regional, visto que apenas o município de Faina constitui hoje um centro de mineração e somente Aruanã e Goiás são polos turísticos consolidados. A Cidade de Goiás, Patrimônio da Humanidade, título concedido pela UNESCO, é uma cidade histórica muito procurada por turistas. O Rio Araguaia é, sem dúvida, um dos principais destinos turísticos. A cidade de Aruanã, a 310 quilômetros de Goiânia, é o principal portão de entrada. Aragarças, Britânia, São Miguel do Araguaia, Luiz Alves, Cocalinho, Itacaiú e Bandeirantes são outras localidades que também servem de apoio para turistas que frequentam o Araguaia durante os meses de temporada. INFRAESTRUTURA A Região Noroeste Goiano é recortada pelas rodovias GO-070, GO-156 e GO-164 ligando Goiânia ao Norte do Estado.

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A Região conta com 01 aeroporto em Aruanã e 08 aeródromos. Os aeroportos existentes não têm estrutura suficiente para recebimento de vôos charter, mesmo de pequeno porte. A Região possui 03 usinas Termelétricas de Energia em operação totalizando 13,1 MW de potência.

USINAS do tipo UTE (Usina Termelétrica de Energia) em Operação 2007

Usina Potência (MW) Municípios Combustível Classe

Combustível Frigorífico Margen 0,4 Goiás Óleo Diesel Fóssil Pite Destilaria 9,0 Itapuranga Bagaço de Cana Biomassa Abatedouro São Salvador 3,7 Itaberaí Óleo Diesel Fóssil Total: 03 Usinas Potência Total:13,1 MW

Fonte: Seplan / Sepin

Evolução do Consumo de Energia Elétrica Total do Noroeste Goiano (Mwh)

126.340150.243

163.206

188.494

20082006200420020

50000

100000

150000

200000

Fonte: Seplan / Sepin

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

A densidade populacional do Noroeste Goiano é de 8,85 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a estadual 17,42.

Fonte: Seplan / Sepin

EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

2008200420001996

135.162 134.807 137.359135.257

0

50000

100000

150000

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População % Região Noroeste Goiano 137.359 2,35%

Goiás 5.844.996

Ranking dos dez maiores municípios em população

Itaberaí 31.965 Itapuranga 25.337 Goiás 24.859 Itauçu 9.046 Araguapaz 7.742 Faina 7.063 Aruanã 6.879 Itaguaru 5.605 Matrinchã 4.433 Itaguari 4.369

ASPECTOS ECONÔMICOS

O Produto Interno Bruto – PIB da Região Noroeste Goiano, entre o período de 1999 a 2006, cresceu 154,29 % enquanto o PIB Estadual cresceu 218,59% em valores nominais.

O Noroeste Goiano participava com 1,74% em 2002 e diminuiu sua participação para 1,61% em 2006.

EVOLUÇÃO DO PIB DA REGIÃO NOROESTE GOIANO

2006200420021999

918.645813.721

649.214

361.252

0

200000

400000

600000

800000

1000000

Fonte: Seplan / Sepin

Estrutura Percentual do PIB da Região Noroeste Goia no

2006 % PIB Agropecuária Indústria Serviços 1,61 4,43 1,18 1,47

Fonte: Seplan / Sepin

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A Região possui plantel de 3.284.600 aves, representando 7,39% do total do Estado. Possui rebanho bovino de 1.337.750 cabeças e rebanho suíno com 74.105 cabeças.

Em 2008, os rebanhos da região Noroeste Goiano participavam nos efetivos do Estado nas seguintes proporções: 6,63% do rebanho bovino, 4,73% do rebanho suíno e 7,31 % do rebanho avícola.

A produção leiteira correspondeu a 4,98% do total produzido no Estado. A produção de grãos correspondeu em 2008 a 1,15% da produção total do Estado. No período de 2004 a 2008 houve uma queda na produção agrícola de 28,30%.

Produção Agropecuária 2008 Quantidade % do Estado Ranking das regiões Bovinos (cab) 1.357.060 6,63 6º Aves (cab) 3.494.120 7,31 4º Suinos (cab) 75.410 4,73 9º Leite (lt) 143.204 4,98 9º Grãos (t) 152.771 1,15 9º

O ICMS arrecadado na Região Noroeste Goiano correspondeu em 2008 a 0,27%

do total arrecadado no Estado de Goiás. O crescimento nominal do ICMS de 2006 para 2008 foi de 28,68% contra 37,24% do crescimento do Estado.

Itaberaí é o município que mais arrecada ICMS na região.

Arrecadação de ICMS (R$ mil) 2000 8.203 2002 7.867 2004 10.368 2006 13.895 2008 17.881

\Fonte: Seplan / Sepin

O Noroeste Goiano possui 250 estabelecimentos industriais e 1.304 estabelecimentos do comércio varejista.

As exportações decresceram 49,18%, de 2006 para 2008, principalmente devido à

finalização da exportação de ouro em barra no município de Faina e também da redução da exportação de carne no município de Goiás.

Polos de Economia da Região Noroeste Goiano

Polo Turístico Goiás e Aruanã

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Evolução das Exportações da Região Noroeste Goiano (US$FOB)

22.194.408

29.139.629

11.277.964

2008200720062004

44.298.867

0

10000000

20000000

30000000

40000000

50000000

Fonte: Seplan / Sepin

MUNICÍPIOS COM MAIOR EXPRESSÃO ECONÔMICA CIDADE DE GOIÁS - Indicada pela Unesco em 2001 como Patrimônio Histórico da Humanidade, a Cidade de Goiás (GO) nasceu com a redescoberta do ouro pelos bandeirantes em 1725. É uma das cidades históricas goianas, antiga capital do Estado, que guarda um patrimônio e cultural dos mais ricos do país. Conhecida como Goiás Velho, foi capital desde 1749, com a criação da província, até 1937, quando o governo mudou-se para Goiânia, a 148 km. Bem preservada, com fiação subterrânea e iluminação imitando lampiões, passa por revitalização histórica e é um dos maiores atrativos turísticos do Estado. Todos os anos, no mês de junho, é realizado o FICA – Festival de Cinema Ambiental, reconhecido internacionalmente e que leva milhares de turistas à cidade.

ITABERAI – O município possui vantagens comparativas nas áreas agropecuárias, detendo o maior rebanho bovino da região. Muitos empregos temporários são criados decorrentes da colheita do feijão, tomate e goiaba. A vocação econômica do município está caracterizada pela exploração da agropecuária, evidenciando, que o seu desenvolvimento econômico e social depende fundamentalmente da consolidação deste segmento.

Com ênfase para a pecuária de leite, avicultura, pecuária de corte e o cultivo agrícola, como o milho, feijão, tomate rasteiro, goiaba e o arroz.

Itaberaí desponta no cenário de produção de uvas. Trata-se de uma nova vocação agrícola, resultado de investimentos em pesquisas e tecnologia. A região responde por mais de um quarto da produção goiana.

O crescimento das agroindústrias existentes e a criação de novos empreendimentos revitalizam o setor comercial. Com relação ao abate de frangos, o processo de integração funciona em sintonia indústria/produtor, com a implantação de aviários na zona rural a expansão da capacidade de abate e geração de renda e mais empregos.

Itaberaí possui grandes empresas como a Super Frango (abatedouro, incubatório e fábrica de ração). A unidade frigorífica abate atualmente mais de 250.000 aves/dia, o Abatedouro São Salvador está instalado no município em uma área total de 96,02.27

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hectares. O complexo industrial ocupa uma área de 220.000 m². Está em construção uma unidade da Frialto, abatedouro que vem se destacando no cenário Nacional e Internacional. ASPECTOS SÓCIOCULTURAIS O IDHM (2000) da Região Noroeste Goiano é 0,727 e está no 7º lugar do ranking do Estado. Nenhum município figura entre os 50 maiores IDHM de Goiás.

Em 2008 existiam 494.394 m de extensão de rede de água e 182.195 m de extensão de rede de esgoto.

A Região Noroeste Goiano possuía, em 2008, 39.977 alunos e 1.019 salas de aula, o que representa 2,65% do total do Estado. A taxa de alfabetização alcançou em 2006 a marca de 83,54% contra 89,2% do Estado.

A região conta com 04 polos da UEG, 01 da UFG e 01 faculdade particular. Existem na região 505 leitos hospitalares (2009) o que representa 2,67% do total do Estado, distribuídos em 19 hospitais.

Saneamento da Região Noroeste Goiano 2008

Atendimento com água

Atendimento com esgoto

96,63% da população

32,32% da população