PERFIL DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PESSOAS...

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1 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UnB FACULDADE DE CEILÂNDIA-FCE CURSO DE FISIOTERAPIA ELISÂNGELA FÉLIX DA SILVA PERFIL DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PESSOAS ACAMADAS COM HEMIPLEGIA ESPÁSTICA E DISTRIBUIÇÃO DA MASSA MAGRA E ADIPOSA NOS HEMICORPOS. BRASÍLIA 2013

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UnB

FACULDADE DE CEILÂNDIA-FCE

CURSO DE FISIOTERAPIA

ELISÂNGELA FÉLIX DA SILVA

PERFIL DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE

PESSOAS ACAMADAS COM HEMIPLEGIA

ESPÁSTICA E DISTRIBUIÇÃO DA MASSA

MAGRA E ADIPOSA NOS HEMICORPOS.

BRASÍLIA

2013

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ELISÂNGELA FÉLIX DA SILVA

PERFIL DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE

PESSOAS ACAMADAS COM HEMIPLEGIA

ESPÁSTICA E DISTRIBUIÇÃO DA MASSA

MAGRA E ADIPOSA NOS HEMICORPOS.

BRASÍLIA

2013

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Universidade de Brasília – UnB – Faculdade de Ceilândia

como requisito parcial para obtenção do título de bacharel

em Fisioterapia.

Orientador: Doutor Osmair Gomes de Macedo

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4

Dedicatória

Dedico este trabalho a Deus que me capacitou em todos os

passos da minha caminhada. Aos meus pais, ao meu irmão e ao

meu amor. Dedico a vocês o meu título de bacharel em

fisioterapia pela Universidade de Brasília.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, meu fiel Senhor, pela Sua fidelidade, amor, cuidado,

misericórdia e graça derramadas sobre a minha vida diariamente.

Agradeço aos meus pais Evilálio e Rosângela, por serem meu porto seguro em

todos os momentos, pelas chances e oportunidades de estudo, por investirem e sempre

acreditarem no meu futuro, por serem meu modelo de pais, amigos, cristãos e pessoas.

Meu irmão Israel e cunhada Mayra pela parceria e irmandade. Aos familiares e família

por celebrarem comigo as vitórias e dividirem comigo as tristezas, por serem

verdadeiros parceiros.

Agradeço ao meu namorado Leandro, por despertar em mim sentimentos lindos

e puros, pelo amor sempre demonstrado, pelos cuidados nos mais variados momentos,

pela dedicação e cumplicidade em tudo, por ser meu melhor amigo e sonhar comigo o

nosso futuro, e pela paciência nos momentos complicados. Agradeço ainda a família do

Leandro, que mesmo estando longe sempre se fizeram presentes.

A todos os fisioamigos, que juntos encaramos as responsabilidades, os ônus e os

bônus de sermos a primeira turma de Fisioterapia da Universidade de Brasília.

Obrigada por serem verdadeiros companheiros, não só para a faculdade, mas para a

vida. Sem dúvida alguma vocês fizeram os meus dias mais felizes. Não haveria turma

melhor para dividir esses 5 anos de graduação do que vocês, meus fisiosqueridos.

Agradeço em especial a fisioamiga Lidiane, pela amizade, parceria e ajuda em todos os

momentos.

Agradeço aos amigos que fizeram parte da minha vida, e a todos que ainda

estão nela. Como disse Shakespeare, “os amigos são a família que nos permitiram

escolher”, e vocês são os melhores.

Agradeço a todos os professores que tive na vida, vocês foram verdadeiros

mestres. Em especial aos professores da faculdade que foram capazes de lidar conosco,

dando o máximo de si, nos fazendo desenvolver a cada dia uma paixão linda pela

fisioterapia, moldando nosso lado profissional e nos direcionando para o que vem além

da vida acadêmica.

Em especial agradeço ao professor Dr. Osmair, pela orientação e paciência

com os trabalhos de iniciação científica e de conclusão de curso. A professora Dra.

Clarissa pelo cuidado especial e preocupação no momento em que tive problemas de

saúde. Aos professores Dr. João Paulo e Dra. Liana pela atenção e cuidado na época

em que tive uma queimadura; e aos professores Dr. Emerson, Dr. Gerson e Dra. Vera,

por serem os pioneiros no curso de Fisioterapia da Universidade de Brasília e

juntamente com os demais professores construírem um incrível projeto pedagógico.

Agradeço ao Núcleo de Assistência Domiciliar do Hospital Regional da

Ceilândia, por serem tão receptivos e me auxiliarem com os pacientes. A Universidade

de Brasília e ao CNPq pelos fomentos para desenvolver pesquisas e projetos, e pela

oportunidade de viajar para o exterior representando o nome da universidade.

A todos, o meu muito obrigada.

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“Deleita-te no SENHOR, e Ele concederá os desejos do teu

coração.

Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia Nele, e o mais

Ele fará.

Coloque a sua esperança no SENHOR e obedeça aos Seus

mandamentos, e Ele te dará a honra de possuir a Terra

Prometida.”

Salmos 37:4-5;34

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RESUMO

SILVA, Elisângela Félix. Perfil da composição corporal de pessoas acamadas com

hemiplegia espástica e distribuição da massa magra e adiposa nos hemicorpos. 2013.

33f. Monografia (Graduação) - Universidade de Brasília, Graduação em Fisioterapia,

Faculdade de Ceilândia. Brasília, 2013.

Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) pode ser definido como uma

síndrome de caráter neurológico frequente principalmente em adultos. O estilo de vida

sedentário pode acompanhar os outros efeitos deletérios do acidente. Objetivo:

identificar o perfil da composição corporal de pessoas acamadas com hemiplegia

espástica pós- AVE, identificar a distribuição da massa magra e da massa adiposa nos

hemicorpos envolvido e não envolvido por meio das técnicas de dobras cutâneas e de

bioimpedância, e verificar se existe correlação entre essas técnicas nessa população.

Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal com amostra de 7 indivíduos.

Foi estimada a estatura corporal em centímetros (cm), e a massa corporal total em

quilogramas (kg). Para a mensuração das dobras subcutâneas, foram adotadas as regiões

propostas por Guedes e Costa. A resistência do corpo foi medida por um analisador de

impedância bioelétrica. Todos os exames foram realizados no lado envolvido e no lado

não envolvido. Resultados: A média da estatura foi de 1.63, a da massa corporal foi de

61.57 Kg, e do índice de massa corporal foi de 22.92. Observaram-se diferenças

estatisticamente significantes para todas as dobras cutâneas analisadas (p<0,05). Houve

diferença estatisticamente significante dos valores obtidos pela bioimpedância sobre o

percentual de gordura do lado envolvido com o não envolvido. Os dados sobre a

porcentagem de gordura obtida pela bioimpedância se correlacionaram moderadamente

com a equação das sete e três dobras cutâneas. Conclusão: a população estudada,

segundo o índice de massa corporal, foram classificados, em sua maioria, como dentro

do peso. Para a adipometria e a bioimpedância todos os dados obtidos foram

estatisticamente significativos e mostraram um aumento da massa gorda e diminuição

da massa magra do lado envolvido pelo AVE. A porcentagem de gordura obtida pela

técnica de bioimpedância se correlacionou moderadamente com a porcentagem de

gordura obtida pela adipometria.

Palavras-chave: acidente vascular encefálico; hemiplegia; espasticidade; composição

corporal; adipometria; impedância bioelétrica.

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ABSTRACT

SILVA, Elisângela Félix. Profile of body composition in people bedridden with spastic

hemiplegic and distribution of lean and fat in the hemibodies. 2013. 33f. Monograph

(Graduation) - University of Brasilia, undergraduate course of Physicaltherapy, Faculty

of Ceilândia. Brasília, 2013.

Introduction: The stroke can be defined as a syndrome of neurological character

uncommon especially in adults. The sedentary lifestyle may accompany other

deleterious effects of the accident. Objective: identify the profile of body composition in

bedridden patients with spastic hemiplegic after stroke, identifying the distribution of

lean mass and fat mass in the hemisphere involved and uninvolved by the techniques of

skinfold thickness and bioelectrical impedance (BIA) and check whether there is a

correlation between calipers and BIA. Design: In each individual was estimated body

height in centimeters (cm), and total body mass in kilograms (kg). For the measurement

of subcutaneous folds were adopted regions proposed by Guedes and Costa. The body

resistance was measured by a analyzer bioelectrical impedance. All tests were

performed on the involved side and then on the uninvolved side. Results: The mean

height was estimated to be 1.63 m, the estimated body mass was 61.57 kg, and body

mass index was 22.92. We observed statistically significant differences for all skin folds

analyzed (p <0,05). Statistically significant difference from the values obtained by

bioimpedance on the percentage fat of the involved and uninvolved. Data on the

percentage of fat obtained by bioimpedance correlated moderately with the equation of

seven and three skinfolds. Conclusion: The results of this study show that the studied

population, according to the body mass index, were classified mostly as in weight. For

calipers and bioimpedance all data were statistically significant and showed an

increased fat mass and decreased lean mass on the involved side by stroke. The

percentage of fat obtained by bioimpedance technique moderately correlated with the

percentage of fat obtained by calipers.

Keywords: stroke, hemiplegic, spasticity, body composition; calipers; bioelectrical

impedance.

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Sumário

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10

MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................... 11

Adipometria ............................................................................................................. 12

Bioimpedância ......................................................................................................... 13

Análise estatística .................................................................................................... 13

RESULTADOS .............................................................................................................. 13

DISCUSSÃO .................................................................................................................. 18

Limitações do estudo ............................................................................................... 22

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 22

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 23

ANEXO A ...................................................................................................................... 26

ANEXO B ...................................................................................................................... 32

APÊNDICE A ................................................................................................................ 33

10

INTRODUÇÃO

O acidente vascular encefálico (AVE) pode ser definido como uma síndrome de

caráter neurológico frequente principalmente em adultos, sendo uma das maiores causas

de morbimortalidade em todo o mundo (1). Essa síndrome ocorre em decorrência de um

bloqueio ou rompimento das artérias que irrigam o encéfalo, resultando em um déficit

neurológico súbito e específico, podendo causar inúmeras sequelas, que podem acarretar

em uma perda grave ou completa da função motora do corpo (2).

O estilo de vida sedentário pode acompanhar os outros efeitos deletérios de um

AVE, como a baixa capacidade aeróbica e potencialmente a atrofia por desuso, que

persistentemente prejudica a função muscular e promove a inatividade física (3) o que

resulta em redução da função e massa muscular, e em paralelo com os declínios que

ocorrem com o envelhecimento, induz a uma rápida perda de massa magra, e um

aumento da massa gorda (4-5).

O interesse pela composição corporal vem crescendo consideravelmente nos

últimos anos, pois não há dúvidas sobre a relação do aumento da gordura corporal e sua

distribuição com desordens metabólicas e doenças cardiovasculares (6-7).

Para o estudo da composição corporal utilizam- se técnicas como a adipometria,

ou dobras cutâneas, que mensura a espessura do tecido subcutâneo (8) e a

bioimpedância elétrica (BIA), um método barato, portátil e seguro que estima a

composição corporal e tem considerável potencial, quando usada individualmente ou

em combinação com a antropometria (9-10).

Durante anos padronizaram-se as medições do tecido adiposo através das dobras

cutâneas tomadas a partir da metade direita do corpo, por se acreditar que a maioria dos

indivíduos possui dominância desse lado do corpo (11). No entanto, caso existam

11

assimetrias acentuadas entre os hemicorpos decorrentes de diversas patologias, a

medida unilateral pode não espelhar a realidade da composição corporal, existindo na

literatura relato de que os déficits musculares podem alterar o depósito de gordura nas

extremidades afetadas, resultando em composição corporal irreal (12), e relatos de

diferenças na distribuição do tecido adiposo quando comparados os hemicorpos

envolvidos e não envolvidos de pessoas com paralisia cerebral e hemiplegia espástica

(13).

Este estudo tem como objetivo identificar o perfil da composição corporal de

pessoas com hemiplegia espástica pós- AVE acamadas, identificar a distribuição da

massa magra e da massa adiposa nos hemicorpos envolvido e não envolvido por meio

das técnicas de dobras cutâneas e de bioimpedância, e verificar se existe correlação

entre a porcentagem de gordura obtida pela técnica de adipometria e a porcentagem de

gordura obtida pela técnica de bioimpedância nessa população.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal, com uma amostra composta por adultos

cadastrados no Núcleo de Assistência Domiciliar do Hospital Regional de Ceilândia –

(NRAD/HCR).

Os critérios de inclusão foram: possuir hemiplegia espástica pós AVE, estar

acamado em internação domiciliar e ser cadastrado no NRAD. Os Critérios utilizados

para a exclusão foram: pacientes portadores de monoplegia, triplegia, paraplegia,

diplegia e tetraplegia; todos pacientes com ataxia, atetóse, rigidez e distonia; pacientes

com espasticidade associada a outros componentes que possam interferir na avaliação.

12

Dentre os 32 pacientes no registro do NRAD que contemplavam os critérios de

inclusão, foi possível incluir 7, pois os demais já haviam falecido ou estavam outra vez

em internação hospitalar.

Sendo assim, o estudo foi composto por 7 adultos (4 mulheres e 3 homens) com

média de idade de 78 anos, (variando de 72 a 83 anos). A coleta foi realizada após todos

os responsáveis concederem o consentimento por escrito para a realização das

avaliações. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética. Todos os processos da

avaliação foram realizados por um mesmo examinador.

Em cada indivíduo foi estimada a estatura corporal em centímetros, e a massa

corporal total em quilogramas. Para a estimativa da estatura, foi utilizada a equação

proposta por Hirani (14):

Homem: altura (cm) = 57.8 + (1.40 x semi-envergadura cm);

Mulheres: altura (cm) = 60.1 + (1.35 x semi-envergadura cm).

Sendo a semi-envergadura definida como a distância da linha mediana da

incisura esternal até a ponta do dedo médio do lado oposto.

Para a estimativa do peso corporal peso teórico/ideal foi utilizada a equação

proposta pela Organização Mundial da Saúde (15), considerando as variações de +/-

10% acima ou abaixo desse peso, usando o índice de massa corporal (IMC) médio:

Peso Teórico = altura (cm) X IMC médio

Considerando: IMC médio para Homens = 22kg/cm² e para mulheres = 20,8kg/cm².

Adipometria

Para a mensuração das dobras subcutâneas, foram adotadas as regiões propostas

por Guedes e Costa (8;16). Após a demarcação das regiões (bicipital, tricipital,

subescapular, torácica, axilar-média, supra-ilíaca, abdominal, coxa e panturrilha

medial), foi medida em triplicata, em cada uma das regiões nos hemicorpos envolvidos

13

e não envolvidos, a espessura do tecido subcutâneo em milímetros, utilizando-se um

compasso de dobras cutâneas modelo Premier – Cescorf. Posteriormente houve o

calculo da média de cada dobra cutânea, e a aplicação da equação de Jackson e Pollock

(17-18) para determinar o percentual de gordura, a massa magra e massa gorda do lado

envolvido e não envolvido.

Bioimpedância

A resistência do corpo inteiro foi medida por um analisador de impedância

bioelétrica modelo Maltron BF900, em que foram colocados 4 eletrodos de superfície,

tal como descrito por Lukaski (19). O exame foi realizado no lado envolvido e em

seguida no lado não envolvido.

Análise estatística

Foi aplicado teste de Kolmogorov-Smirnov para identificar o tipo de distribuição

das variáveis quantitativas. O teste identificou que a distribuição das variáveis não

possuía um padrão de distribuição Gaussiana, sendo os dados definidos como não

paramétrico. As associações entre variáveis observadas em cada grupo foram detectadas

pelo teste de correlação de Spearman. Para as variáveis quantitativas, a comparação foi

feita pelo teste Wilcoxon. Para todos os testes foi considerado um nível de significância

determinado pelo intervalo de confiança de 95% (α=0,05).

RESULTADOS

As características do grupo estudado estão descritas na tabela 1.

14

Tabela 1 Características dos adultos acamados

Sexo Hemiplegia Cronicidade Idade

Altura

estimada

(m)

Peso

estimado

(kg)

IMC

estimado

(kg/cm2)

F E 07 anos 07 anos 1,78 77 24,3

M D 10 anos 10 anos 1,66 80 29,031

M D 04 anos 04 anos 1,65 43 15,794

F E 11 anos 11 anos 1,55 57 23,725

M E 10 anos 10 anos 1,72 53 17,915

F E 04 anos 04 anos 1,56 61 25,065

F D 04 anos 04 anos 1,53 60 24,641

n= 7; F= feminino; M= masculino; E = esquerdo; D = direito; m = metros; Kg =

quilogramas; IMC = índice de massa corporal.

A média da idade foi de 78 ± 4,35 anos, a da cronicidade 7,14 ± 3,18 anos, a

média da estatura estimada foi de 1.63 ± 0.09 m, a da massa corporal estimada foi de

61.57 ± 13.04 Kg, e do IMC foi de 22.92 ± 4.53. De acordo com o cálculo do IMC para

a população idosa, 4 dos 7 pacientes apresentaram peso ideal (IMC entre 23.72 e 25.06),

2 apresentaram estado de subnutrição (IMC = 15.79 e 17.91) e 1 sobrepeso (IMC =

29.03).

As tabelas a seguir (tabela 2, 3 e 4), mostram os valores em milímetros para as

nove dobras cutâneas que foram mensuradas tanto do lado envolvido quanto do lado

não envolvido.

15

Tabela 2 Valores em milímetros da média das dobras cutâneas bicipital, tricipital e subescapular nos

lados envolvido e não envolvido.

Bicipital Bicipital Tricipital Tricipital Subescapular Subescapular

LE LNE LE LNE LE LNE

20 23 23 24 31 32

9 5 10 6 12 9

5 4 15 8 7 8.5

21 4.1 28 25 33 26

4 5 8 10 7 7

7 7 24 7 27 30

35 21 23 24 27 27

LE = lado envolvido; LNE = lado não envolvido.

Tabela 3 Valores em milímetros da média das dobras cutâneas axilar média, torácica e supra-ilíaca nos

lados envolvido e não envolvido.

Peitoral Peitoral Axilar média Axilar média Supra-ilíaca Supra-ilíaca

LE LNE LE LNE LE LNE

23 12 22 20 38 36

17 13 15 14 11 9

10 9 8.2 6.5 7 5

9 8 23 15 22 29

7 4 5 5.5 6 9

13 4 24 24 23 21

21 8 20 17 40 27

LE = lado envolvido; LNE = lado não envolvido.

Tabela 4 Valores em milímetros da média das dobras cutâneas abdominal, coxa e panturrilha medial nos

lados envolvido e não envolvido.

Abdominal Abdominal Coxa Coxa Panturrilha Panturrilha

LE LNE LE LNE LE LNE

35 32 27 21 15 18

15 14 10 8 4 7

14 10 7.5 6 6 4

27 25 20 30 22 10

6 5.5 10 8 4 3.5

24 24 16 18 9 10

33 21 33 22 18 20

LE = lado envolvido; LNE = lado não envolvido.

16

Observaram-se diferenças estatisticamente significantes para todas as dobras

cutâneas analisadas. Dobra bicipital (p=0,01), tricipital (p=0,02), subescapular (p=0,02)

peitoral (p=0,01), axilar-média (p=0,01), supra-ilíaca (p=0,01), abdominal (p=0,01),

coxa (p=0,02) e panturrilha medial (p=0,02).

O gráfico a seguir mostra a média da porcentagem de gordura obtida através do

cálculo com sete e três dobras cutâneas.

Gráfico 1: Porcentagem de gordura do lado envolvido e não envolvido, obtida através do cálculo proposto

por Pollock, com 7 e 3 dobras cutâneas. LE = lado envolvido; LNE = lado não envolvido; * = diferença

estatisticamente significativa.

Diferenças estatisticamente significativas foram encontradas para as sete dobras

cutâneas (p<0,02) e para as três dobras cutâneas (p<0,02) quando comparado o lado

envolvido com o não envolvido.

Houve diferença estatisticamente significante dos valores obtidos pela

bioimpedância sobre o percentual de gordura do lado envolvido com o não envolvido

(p=0,01), conforme o gráfico 2.

17

Gráfico 2: Média do percentual de gordura obtido através da bioimpedância no lado envolvido e não

envolvido. LE = lado envolvido; LNE = lado não envolvido; * = diferença estatisticamente significativa.

Os resultados encontrados tanto para o lado envolvido, quanto para o lado não

envolvido, mostram uma forte correlação da impedância bioelétrica com o IMC (r=0,78

e 0,70) respectivamente, e com a dobra cutânea axilar média (r=0,78 e 0,84).

A tabela 5 mostra a porcentagem de gordura obtida através da bioimpedância e

das equações de sete e três dobras cutâneas.

Tabela 5 Porcentagem de gordura obtida pelas duas técnicas

Lado envolvido Lado não envolvido

BI - gordura indicada (%) 28.43 ± 3.20 28.43 ± 3.20

BI - gordura (%) 26.8 ± 14.78 24.29 ± 14.44

7 DC - gordura (%) 26.64 ± 10.7 24.03 ± 9.26

3 DC - gordura (% ) 18.93 ± 12.58 16.62 ± 11.9

7 DC - massa magra (%) 44.68 ± 9.58 46.36 ± 9.74

3DC - massa magra (%) 49.44 ± 11.38 50.94 ± 11.71

7 DC - massa gorda (%) 16.89 ± 8.22 15.21 ± 7.32

3 DC - massa gorda (%) 12.14 ± 8.54 10.63 ± 8.01

n = 7; BI = bioimpedância; DC = dobras cutâneas.

18

Os dados sobre a porcentagem de gordura obtida pela bioimpedância se

correlacionaram moderadamente com a porcentagem de gordura obtida através da

equação das sete dobras cutâneas do lado envolvido (r=0,32) e do lado não envolvido

(r=0,37). E a BIA também se relacionou moderadamente com as três dobras cutâneas do

envolvido (r=0,32) e não envolvido (r=0,55).

Quando comparados os dados obtidos pela equação das sete dobras cutâneas

(subescapular, tricipital, axilar média, peitoral supra-ilíaca, abdominal e coxa), com os

dados obtidos pela equação das três dobras cutâneas (peitoral, abdominal e coxa), houve

uma forte correlação com os valores obtidos pelas dobras do lado envolvido (r=0,96) e

não envolvido (r= 0,89).

DISCUSSÃO

A população do nosso estudo foi composta por idosos, com predomínio do sexo

feminino, que sofreram o AVE, e estão com limitações físicas, encontrando-se

acamados. O AVE representa a principal causa de incapacidade física no mundo, e

acomete quase que na mesma proporção homens e mulheres que se encontram

predominantemente na faixa etária adulto-idoso, período no qual pode ocorrer,

naturalmente, a diminuição da acurácia das condições funcionais pelo processo de

envelhecimento (20-22).

Em nossa população de estudo, 28% apresentou subnutrição, concordando com

os relatos da literatura ao indicar que idosos com doenças crônicas e incapacidades

funcionais ou outros problemas alimentares decorrentes de deficiências neurológicas,

apresentam uma tendência a uma maior deteriorização do estado nutricional (23). No

19

entanto, os demais 58% da população do nosso estudo que estavam com o IMC ideal, e

os 14% que apresentou sobrepeso, foram de encontro a esse achado.

Existem na literatura afirmações de que as mensurações isoladas da massa

corporal, ou da massa e da estatura corporal, são insuficientes para determinar tanto a

obesidade quanto à desnutrição, uma vez que não avaliam os constituintes do corpo, não

esclarecendo se indivíduos “gordos” ou “magros” apresentam adequada porcentagem de

gordura em relação à massa corporal total (24-25).

Esse estudo encontrou diferenças estatisticamente significativas para todas as

nove dobras cutâneas mensuradas (p<0,02), concordando em partes com os achados de

Macedo et al (13) que encontraram diferenças estatisticamente significantes entre as

dobras cutâneas bicipital, tricipital, torácica, supra- ilíaca, coxa e panturrilha, quando

comparados os hemicorpos envolvidos e não envolvidos de pessoas com hemiplegia

espástica por paralisia cerebral. Bem como a percentagem de gordura estimada usando

a equação de Jackson Pollock para as sete e três dobras cutâneas (p <0,0001, e

p=0,0001) respectivamente. Concordando com nosso estudo (p=0,01) para sete e três

dobras cutâneas, nessa mesma equação.

Os resultados deste estudo que foi evidenciado pelas equações de Jackson e

Pollock para sete e três dobras cutâneas, em relação a porcentagem de massa magra e

massa gorda, mostraram que o conteúdo de massa magra foi menor (p<0,01) e a massa

gorda foi maior (p<0,01) no lado envolvido em relação ao lado não envolvido. Indo ao

encontro do estudo de Iverson et al (26), que estudaram o conteúdo mineral ósseo, a

massa magra e adiposa, pela densitometria mineral óssea, de pacientes hemiplégicos por

AVE, comparando o lado envolvido com o não envolvido, e evidenciaram que, para

ambos os braços e pernas, o conteúdo de massa magra foi menor (p<0,05) e o teor de

gordura foi maior (p<0,01) no lado envolvido.

20

Os resultados deste trabalho demonstram que os pacientes com hemiplegia

crônica têm um aumento da massa gorda e diminuição da massa magra do lado afetado

pela lesão. Concordando assim com os achados de Lazoura et al (27) que estudaram

pacientes com AVC agudo que não deambulavam, buscando informações sobre a massa

de todo o corpo e extremidades inferiores, e concluíram que os pacientes com

hemiplegia mostram uma perda significativa da massa magra, e ganho de gordura na

perna envolvida.

No presente estudo foi mensurado, pela bioimpedância, o percentual de gordura

nos hemicorpos envolvidos e não envolvidos. Os valores encontrados foram diferentes

quando comparados os dois hemicorpos, indicando valores de gordura maiores no lado

envolvido (1,10% a mais). Segundo Parker et al (28), valores de massa magra obtidos

em hemiplégicos através da técnica de impedância bioelétrica foram diferentes quando

mensurados nos hemicorpos direito e esquerdo, necessitando-se então do cálculo da

média entre os dois hemicorpos.

Evidenciamos ainda, através da bioimpedância, um maior percentual de gordura

lado envolvido, em relação ao não envolvido (p<0,02). Esse achado também foi descrito

por Ryan et al (29) que estudaram hemiparéticos crônicos que deambulavam, e

encontraram mais gordura do lado envolvido (p<0,001).

No entanto, nossos resultados podem ter sido afetados por diversas condições

intrínsecas ao controle prévio de alguns fatores que devem ser realizado para a

confiabilidade do método, como por exemplo: jejum absoluto de 12 horas; não ingerir

medicamentos que influenciem o equilíbrio hidroeletrolítico (diuréticos,

corticosteroides, entre outros) a menos de 7 dias do teste; e urinar pelo menos 30

minutos antes da realização do teste (30-31).

21

Devido as características da amostra, não foi possível seguir todas as

orientações, sendo assim, a variação no estado de hidratação dos avaliados, as equações

de predição que são utilizadas pelo aparelho e apresentam validade apenas para a

população de origem e escassez de estudos desta natureza no Brasil (32), podem ter

interferido nos achados do estudo.

Nosso estudo obteve resultados com moderada correlação entre a porcentagem

de gordura obtida no lado envolvido pela bioimpedância, e a porcentagem de gordura

obtida pela equação para sete dobras cutâneas (r=0,32). E entre a bioimpedância e a

equação para três dobras (r=0,32). Rodrigues et al (33) compararam alguns aparelhos de

bioimpedância, com as dobras cutâneas e a pesagem hidrostática. Dentre os aparelhos

testados por eles, aquele que demonstrou os maiores índices de concordância e

associação com a pesagem hidrostática, que é padrão ouro para a avaliação da

composição corporal, foi o Maltron BF-900, o mesmo aparelho utilizado por nosso

estudo, com elevados níveis de significância (p < 0,01).

O presente estudo mostrou uma forte moderada entre o IMC e a porcentagem de

gordura do lado envolvido, obtido pela técnica de bioimpedância (r=0,78), coincidindo

com os achados de Lima et al (34), que estudaram homens idosos ativos com o objetivo

de analisar o poder preditivo das variáveis antropométricas e de BIA para predição da

massa muscular em idosos, e concluíram que existe uma forte correlação entre a

bioimpedância e o IMC nessa população (r=0.90).

Nosso estudo indicou uma fraca correlação entre o peso e a altura (r=0,21), e

moderada correlação entre o peso com dobra cutânea subescapular (r=0,40). Não

concordando com o estudo de Rabito et al (35) que através do estudo da bioimpedância

e das medidas antropométricas em adultos saudáveis que deambulavam, encontraram

22

que o peso se correlacionava significativamente com altura e a dobra cutânea

subescapular. (p<0,05).

Limitações do estudo

Inicialmente, é evidente que o n amostral reduzido aumenta os riscos dos

resultados não refletirem o comportamento da população. Também é importante

ressaltar a impossibilidade de medir diretamente a estatura e a massa corporal total da

população estudada, sendo necessário utilizar equações estimadas que não foram

desenvolvidas para essa população, e a dificuldade de realizar as medidas da

adipometria em algumas dobras cutâneas devido a condição dos pacientes. Ainda é

importante ressaltar o fato de que as orientações para a utilização da bioimpedância não

puderam ser seguidas na íntegra. Acredita-se, porém, que o impacto dessas limitações

sobre os resultados, ao menos no âmbito da amostra testada, não seja grande a ponto de

invalidar as observações.

CONCLUSÃO

Os resultados deste estudo mostram que a população estudada, segundo o índice

de massa corporal, foram classificados, em sua maioria, como dentro do peso. Nos

cálculos da adipometria e a bioimpedância, eles apresentaram um aumento da massa

gorda e diminuição de massa magra do lado afetado pelo acidente vascular encefálico,

assim como um aumento no percentual de gordura do lado envolvido quando

comparado ao não envolvido. A porcentagem de gordura obtida pela técnica de

bioimpedância se correlacionou moderadamente com a porcentagem de gordura obtida

pela adipometria.

23

REFERÊNCIAS

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height prediction of immobilized patients. Rev. Nutr., Dec 2006, vol.19, no.6, ISSN

1415-5273.

26

ANEXO A

Normas da Revista

Authorship Scientific conduct

Each author must have participated sufficiently, intellectually or practically, in the work

to take public responsibility for the content of the article, including the conception,

design, and conduct of the experiment, and for the data interpretation. An article with

corporate (collective) authorship must specify the key persons responsible for the

article; others contributing to the work should be recognized separately. The Editors

may require authors to justify the assignment of authorship. All authors must sign a

statement agreeing to all the requirements for authorship with the transfer of copyright

(http://www.ajcn.org/site/misc/Authors'_Agreement_Form.pdf). A Change in

Authorship Form must be submitted if an author's name is added to the manuscript,

there is a change in the author order, or an author wishes to remove his/her name. In the

last case, a letter requesting the removal of his/her name and signed by the author must

accompany the form.

Conflict of interest

Authors must disclose in the Acknowledgment section any possible conflicts of interest.

For detailed guidelines, please see the ASN Journals' Conflict of Interest Guidelines.

Instructions for manuscript preparation

The manuscript should be formatted as follows: 216 x 279 mm (8½ x 11 in) or ISO A4

(212 x 297 mm), with margins of at least 2.5 cm; use double-spacing and 12-point type

throughout. Do not justify the right margin. The abstract and text pages should have

consecutive line numbers in the left margin beginning in the abstract and ending

before the reference section. Number pages consecutively in the upper right-hand

corner of each page, beginning with the title page. Foreign authors are advised to have

their manuscripts reviewed by a scientific colleague who is fluent in English so that the

manuscripts will conform to US English usage and grammar.

Title page

The title page should contain:

1. the title of the article, beginning with a key word if possible, with

only the first letter of the first word capitalized;

2. the names of all authors (first name, middle initial, last name) and

their departmental and institutional affiliations at the time the

27

research was done. Indicate which authors are associated with which

institutions by listing the appropriate author initials in parentheses

after each affiliation listed.

3. The last name of each author for the purpose of PubMed indexing

4. If an author has changed affiliations and wants this information in the

article, then this information should be included in a separate line on

the title page.

5. disclaimers, if any;

6. the name, mailing address, telephone and fax numbers, and e-mail

address of the author responsible for correspondence about the

manuscript;

7. the name and mailing and e-mail addresses of the author to whom

requests for reprints should be addressed or a statement that reprints

will not be available from the author;

8. sources of support, including grants, fellowships, and gifts of

materials (eg, chemicals, experimental diets);

9. a short running head of not more than 50 characters (count letters

and spaces);

10. a list of abbreviations and their definitions for all abbreviations used

in the text if there are 3 or more; and

11. information pertinent to any clinical trial registry in which the trial is

registered.

Abstract A properly constructed and informative abstract is helpful for the initial editorial review

of the submitted manuscript. Original research articles must include a structured abstract

that contains no more than 300 words, is written in complete sentences, and includes

the following headings:

Background: Provide 1 or 2 sentences that explain the context of the study.

Objective: State the precise objective, the specific hypothesis to be tested, or both.

Design: Describe the study design, including the use of cells, animal models, or human

subjects. Identify the control group. Identify specific methods and procedures. Describe

interventions, if used.

Results: Report the most important findings, including results of statistical analyses.

Conclusions:Summarize in 1 or 2 sentences the primary outcomes of the study,

including their potential clinical importance, if relevant (avoid generalizations).

Review articles, special articles, and reports should include an unstructured abstract (no

more than 300 words) that states the purpose of the article and emphasizes the major

concepts and conclusions. Any abbreviations used in the abstract should be defined in

the abstract at first mention.

Text Use active voice whenever possible. Use past tense when describing and discussing the

experimental work on which the article is based. Reserve present tense for reference to

existing knowledge or prevailing concepts and for stating conclusions from the

experimental work. Clearly differentiate previous knowledge and new contributions. Do

not use level when referring to a concentration. Use metric units of measure; SI units are

no longer required.

The text of observational and experimental articles should be divided into sections with

the following headings: Introduction, Subjects (or Materials, for cell or animal studies)

28

and Methods, Results, and Discussion. Long articles may require subheadings within

some sections. Authors should consult recent issues of the AJCN for guidance on the

formatting of other types of articles, book reviews, and editorials.

Introduction

Clearly state the purpose of the article. Summarize the rationale and background for the

study or observation, giving only strictly pertinent references. Do not include methods,

data, results, or conclusions from the work being reported. The Introduction should be

limited to 1.5 manuscript pages.

Subjects (or Materials) and Methods

Describe clearly your selection of the experimental and control subjects and provide

eligibility and exclusion criteria and details of randomization. Describe the methods for,

and success of, any masking (blinding) of observations. Report any complications of

experimental treatments. Identify the methods, apparatus (manufacturer's name in

parentheses), and procedures in sufficient detail to allow other researchers to reproduce

the results. Define all group designations parenthetically at first mention [for example,

"control (CON) and high-fat (HF) groups"] and include definitions for these

abbreviations in the abbreviation footnote on the title page. Do not use trademark

names, such as Teflon, as generic terms. Give references for established methods,

including statistical methods; provide references and brief descriptions of methods that

have been published but are not well known; and describe new or substantially modified

methods, giving reasons for using them and evaluating their limitations. Identify

precisely all drugs and chemicals used, including generic names, dosages, and routes of

administration. If trade names for drugs and chemicals are included, give the

manufacturer's name and location.

Ethics.

When reporting experiments on human subjects, indicate that the procedures followed

were in accordance with the ethical standards of the responsible institutional or regional

committee on human experimentation or in accordance with the Helsinki Declaration of

1975 as revised in 1983. Do not use patients' names, initials, or hospital identification

numbers. When reporting experiments on animals, indicate approval by the institution's

animal welfare committee and state whether the National Research Council's guide for

the care and use of laboratory animals was followed.

Statistics. Describe statistical methods with enough detail to enable a knowledgeable

reader with access to the original data to verify the reported results. When possible,

quantify findings and present them with appropriate indicators of measurement error or

uncertainty (eg, CIs, SDs, or SEs), even for differences that were not significant. Report

the numbers of observations. Specify any general-use computer programs used,

including the version number and the manufacturer's name and location. Include general

descriptions of statistical methods in the Subjects (or Materials) and Methods section

and specific descriptions in each table and figure legend. Indicate whether variables

were transformed for analysis. Provide details about what hypotheses were tested, what

statistical tests were used, and what the outcome and explanatory variables were (where

appropriate). Indicate the level of significance used in tests if different from the

conventional 2-sided 5% alpha error and whether or what type of adjustment is made for

multiple comparisons.

29

When data are summarized in the Results section, specify the statistical methods used to

analyze them. Avoid nontechnical uses of technical statistical terms, such

as random (which implies a randomizing

device), normal,significant, correlation, sample, and parameter. Define statistical

terms, abbreviations, and symbols not listed under "Abbreviations for statistical terms."

If there are 3 or more abbreviations used in the text, prepare an abbreviation footnote.

The footnote should be associated with the first abbreviated term in the text and should

be an alphabetized listing of all author-defined abbreviations and their definitions.

Detailed statistical analyses, mathematical derivations, and the like may sometimes be

suitably presented as one or more appendixes.

Results

Present your results in a logical sequence in the text, tables, and figures. Do not present

specifics of data more than once and do not duplicate data from tables or figures in the

text; emphasize or summarize only important observations. Do not present data from

individual subjects except for very compelling reasons. Report losses to observation

(such as dropouts from a clinical trial). Use boldface for the first mention of each table

or figure.

Discussion

The Discussion should not exceed 4 typewritten pages except in unusual circumstances

as approved by the Editor. Emphasize concisely the novel and important aspects of the

study and the conclusions that follow from them. Do not repeat in detail data or other

material given in the Introduction or Results. Include the implications of the findings

and their limitations and relate the observations to other relevant studies. Link

conclusions with the goals of the study and avoid unqualified statements and

conclusions that are not completely supported by the data. Avoid claiming priority and

alluding to work that has not been completed. State new hypotheses and

recommendations when warranted by the results and label them clearly as such.

Acknowledgments Acknowledge only persons who have made substantive contributions to the study.

Authors are responsible for obtaining written permission from everyone acknowledged

by name and for providing to the Editor a copy of the permission, if requested. Authors

must disclose any financial or personal relationships with the company or organization

sponsoring the research at the time the research was done. Such relationships may

include employment, sharing in a patent, serving on an advisory board or speakers'

panel, or owning shares in the company. If an author or authors have no potential

conflicts of interest, please state this. The source of support for the research reported in

the paper should be listed on the title page, not as an acknowledgement. Each author is

required to list his or her contribution to the work.

References

Number references consecutively in the order in which they are first mentioned in the

text. Identify references by Arabic numerals in parentheses. References cited in tables or

in legends to figures should be numbered according to the first citation of the table or

figure in the text. Appendixes should have a separate reference section. It is rarely

necessary to cite more than 50 references in an original research article. Try to avoid

30

citing published abstracts as references [if a published abstract is cited, include "(abstr)"

at the end of the reference]. Abstracts from scientific meetings not published in peer-

reviewed journals may not be used as references. Unpublished observations and

personal communications (written, not oral) may not be used as references but may be

inserted in parentheses with the names of the responsible researchers and the year of the

observation or communication. Authors are responsible for obtaining written permission

from everyone so cited and for providing to the Editor a copy of the permission, if

requested. Doctoral dissertations may be used as references. Include manuscripts

accepted but not yet published; designate journal name followed by "(in press)." Report

foreign titles in the original language, identify the language, and provide the English

translation in parentheses. The references must be verified by the author against the

original documents.

Tables Tables must be included in the text file, and each should appear one per page. Double-

spacing of tables is preferred but not required. Number tables consecutively with Arabic

numerals (do not use 1A, 1B, etc) and supply a brief descriptive title for each. Give each

column a short or abbreviated heading. Place explanatory matter in footnotes, not in the

heading or table title. Each table should contain enough detail (including statistics) that

the table is intelligible without reference to the text. All nonstandard abbreviations,

including group designations, used in a table or table title should be defined in a

footnote to the table title, and the abbreviations should be listed in alphabetic order. If

the footnote to the table title contains multiple items, the definitions of the abbreviations

should be the last item. If a table contains only one abbreviated term in the body of the

table, then a separate footnote placed after that abbreviation should be used to define

that term. Commonly used approved abbreviations (seeUnits and Abbreviations) may be

used without explanation. Additionally, explanations are not needed for ANOVA, BMI,

F (females), and M (males). For footnotes, use superscript Arabic numerals. For

reporting results of statistical analyses, superscript letters can be used if explaining the

results in the usual manner would be too complicated (see a recent issue of

the AJCN for examples). The first appearance in a horizontal row determines the order

of the footnotes. Identify statistical measures of variation, such as SD and SE. Omit

internal horizontal and vertical rules. Cite each table in the text in consecutive order.

Use boldface for the first mention of each table. If you use data from another published

source, acknowledge the source fully. Number references in tables according to the

location of the first citation of each table in the text.

Figures Cite each figure in consecutive order in the text. Use boldface for the first mention of

each figure. Spell out the word "Figure"; do not use "Fig." If a figure has been

published, acknowledge the original source and submit written permission from the

copyright holder to reproduce or adapt the material in print and electronic format.

Except for documents in the public domain, permission is required from the copyright

holder, regardless of authorship or publisher.

Legends for all figures should be included within the manuscript text file on a separate

page and be typed with double-spacing (legends should not be included on the figures

themselves). Each legend should contain enough detail, including statistics, to make the

figure intelligible without reference to the text. All nonstandard abbreviations, including

group designations, used in a figure or figure legend (see Units and Abbreviations for

list of standard abbreviations) should be defined at the end of the figure legend and

31

listed in alphabetic order. When symbols, arrows, numbers, or letters are used to

identify parts of the figures, identify and explain each one clearly in the legend. Explain

internal scale and identify the method of staining in photomicrographs. Lettering and

symbols must be large enough to be readable when the figure is reduced to 1 column

width (less than 8.5 cm) or, in rare cases, to 2 column widths. The use of color will be

evaluated for each figure on an as-needed basis, and the author must pay an extra charge

if color is used. Reprints of articles with color figures will be billed at a higher charge

because of the additional costs of printing color. Do not use 3-dimensional figures

unless necessary. When labeling axes, capitalize only the first word and proper nouns;

use lowercase letters for the remaining words and put units in parentheses.

32

ANEXO B

33

APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O Sr.(a) participará do estudo intitulado “PERFIL DA COMPOSIÇÃO CORPORAL

DE PESSOAS COM HEMIPLEGIA ESPÁSTICA PÓS- ACIDENTE

VASCULAR ENCEFÁLICO ACAMADAS E DISTRIBUIÇÃO DA MASSA

MAGRA E DA MASSA ADIPOSA NOS HEMICORPOS ENVOLVIDO E NÃO

ENVOLVIDO”, que tem como objetivo saber sua massa adiposa (quantidade de

gordura) e sua massa magra (quantidade de estruturas livres de gordura que existem em

seu corpo). Para isso, o Sr.(a) será submetido a dois exames (avaliações), com duas

técnicas diferentes (dois equipamentos) totalmente indolores (que não ocasionam dor) e

que não ocasionam nenhum risco à sua saúde.

Em um dos exames (avaliação) será medida a espessura (grossura) do seu tecido

subcutâneo (gordura localizada abaixo da pele) com o uso de um compasso de dobras

cutâneas (equipamento semelhante a um alicate). No outro exame (avaliação) um

aparelho (bioimpedância) emitirá um sinal elétrico imperceptível (que não se percebe)

na mão e receberá o elétrico imperceptível (que não se percebe) no pé.

Este estudo tem como pesquisador responsável o Prof. Dr. Osmair Gomes de Macedo,

da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília e ajudará no tratamento das

pessoas com hemiplegia (uma paralisia em um dos lados do corpo) causada por um

acidente vascular encefálico (derrame).

A qualquer momento o Sr.(a) poderá deixar de participar deste estudo sem haver

qualquer prejuízo na continuidade de seu tratamento. Todos os dados serão utilizados

exclusivamente para esta pesquisa e garantimos sua confidencialidade, sigilo e

privacidade do seu nome.

Brasília,___ de ______________ de 2013

NOME:

RG e/ou CPF: