Perfil Institucional Consulado da Mulher - edição 2015

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Perfil Institucional ação social da Mul heres que fazem historia

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Conheça o trabalho do instituto, resultados do ano de 2014 e histórias das mulheres beneficiadas com a atuação.

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PerfilInstitucional

ação social da

Mul heres que fazem historia

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Resultados

Nossa receita

Acreditamos...

Mulheres que acreditaram

Mais de 33 mil pessoas beneficiadas em todo o Brasil

Página 7

Temos uma metodologia própria de trabalho, reconhecida internacionalmente

Página 8

O Consulado da Mulher acredita na transformação social por meio do empreendedorismo

Página 3

Sete histórias de mulheres que transformaram suas realidades

Página 10

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A gente faz história

A Consul acredita na vontade das pessoas em se reinventar e sabe

que quem anda junto chega mais longe, e por isso apoia mulheres e

jovens empreendedoras para que melhorem as suas realidades e a das

pessoas à sua volta.

Desde 2002, por meio do Instituto Consulado da Mulher, a Consul

empodera mulheres para que realizem os seus sonhos por meio da

geração de renda em pequenos empreendimentos. Pequenos, porém

significativos. Mais de 33 mil mulheres em todo o Brasil já passaram

por essa transformação, mudando suas histórias de vida. Por isso, no

Consulado da Mulher, dizemos que...

O Instituto trabalha com mulheres de baixa renda, com dificuldades de se inserir

no mercado de trabalho e que moram em áreas rurais ou nas periferias das

metrópoles. Em sua maioria, são mães que batalham muito para levar para

casa o sustento da família.

São mulheres que, apesar das dificuldades, não param de sonhar, querem

fazer mais e melhor para mudar suas vidas. Nós capacitamos, assessoramos

e aportamos recursos para transformar os pequenos negócios dessas

empreendedoras em empreendimentos duradouros, que gerem renda,

emprego e qualidade de vida.

Estamos presentes em todo o Brasil apoiando negócios populares, articulando

parcerias, levando conhecimento e catalisando ideias. Acreditamos que as

transformações vêm em cadeia, que as conquistas dessas mulheres podem

inspirar toda a comunidade e (por que não?) todo o país.

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Quem somosAcreditamos em quem acredita

A Lucia, a Marinês, a Nice e a Expedita acreditaram, e estão entre

as mais de 33 mil mulheres empreendedoras, em 20 estados

brasileiros, com quem já trabalhamos. O que antes era apenas

um sonho para essas mulheres, depois da assessoria técnica

virou planos de negócio, técnicas de produção, gestão, planeja-

mento e, principalmente, resultados.

Nossa assessoria vai desde a construção conjunta do negócio

até a doação de eletrodomésticos Consul, e inclui a transmissão

de conhecimento em todas as fases do processo: elaboração de

planos de negócio, procedimentos administrativos, técnicas de

vendas, resolução de conflitos, relações de gênero nos negó-

cios, etc. Andamos junto das mulheres por um tempo médio de

dois anos, que é o tempo necessário para que elas conquistem

autonomia e se sintam seguras para seguirem adiante sozinhas.

Estimulamos a coletividade e o trabalho em rede para que, em

conjunto, as empreendedoras tenham mais força, consigam

prosperar em seus negócios e chegar mais longe.

Os empreendimentos se concentram

principalmente nos ramos de alimentacao e lavanderia (80%), mas tambem incluem grupos de artesanato regional e

servicos de beleza

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Manifesto

O Consulado da Mulher é a Consul transformando

os sonhos em realidade. Apostando na vontade das

pessoas, que quando estão bem acompanhadas, não

têm limites para fazer mais.

Incentivamos e viabilizamos geração de renda para

melhorar a qualidade de vida. Para isso, investimos

nas mulheres. Elas, que fazem de conquistas pessoais

transformações em cadeia, com impacto em toda a co-

munidade e sem deixar ninguém de fora dessa história.

Acreditamos na energia de cada uma em se reinventar e

correr atrás, em fazer de um jeito que ninguém pensou

que fossem capazes. Por isso, inspiramos as mulheres

para fazer mais e melhor. É menos “será que dá?” e

mais “vai dar, sim!”.

Assim, vamos por todos os cantos do Brasil para

apoiar empreendimentos populares, articular parcerias

e catalisar ideias. A cada vida que se soma aos nossos

milhares de beneficiados vemos motivos para celebrar.

É com essa disposição que assumimos a responsabili-

dade de transformar vontades em verdades e construí-

mos histórias a partir do que acreditamos.

Nossa atuação

Atuamos em todo o território nacional, diretamente ou por meio de parcerias com entidades

sociais sem fins lucrativos.

Atuação local

Assessoria direta por meio de nossas equipes

técnicas nas cidades em que estão localizadas

as unidades da Whirlpool Latin America: Rio

Claro (SP), Joinville (SC), Manaus (AM) e São

Paulo (SP).

Assessoria remota

Os empreendimentos são selecionados por meio

do edital Prêmio Consulado da Mulher e a asses-

soria é oferecida em conjunto com instituições

sociais parceiras, que recebem capacitação e se

reportam periodicamente ao Consulado.

Valores

Andamos junto das mulheres que apoia-

mos. Somamos nosso conhecimento

e de nossos parceiros com a força de

vontade que só elas têm. Conhecemos

seu dia a dia e trabalhamos em equipe

para construir com elas uma nova história

de felicidade.

Capacitamos mulheres empreendedoras

para construir ao lado delas o mundo que

acreditamos e que queremos viver: um

mundo mais justo e sustentável.

Somos como as mulheres, olhamos a

vida com afeto. Em tudo que fazemos

incorporamos cuidado.

Com empatia acolhemos toda a diversi-

dade e promovemos a inclusão social das

mulheres para transformar a história de

pessoas, famílias e comunidades inteiras.

Transformação social por meio do incentivo

ao empreendedorismo, empoderando mu-

lheres para o alcance dos seus sonhos.

Parceiro

Visão Missão

Responsável

Cuidadoso

Solidário

Apoiar e empoderar mulheres empreende-

doras aportando conhecimento e recursos

para viabilizar a geração de renda.

Um dos projetos mais importantes na Atuação Local são as Oficinas do Sabor, lanchonetes e cafe-

terias presentes em todas as unidades Whirlpool e também em empresas e organizações parcei-

ras. Nelas, o aprendizado de negócios acontece na prática, oferecendo aos colaboradores opções

de alimentação saudável, preparadas por empreendedoras de culinária que estão buscando se

reinventar e crescer.

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Prêmio Consulado da Mulher

Desde 2013, o instituto seleciona e premia os novos

empreendimentos que serão apoiados remotamente por

meio do edital Prêmio Consulado da Mulher. Os projetos

vencedores recebem a assessoria técnica visando o seu

desenvolvimento, além da doação de eletrodomésticos

Consul utilizados como instrumentos de produção.

Para participar do edital e concorrer ao prêmio, o em-

preendimento deve ser popular e coletivo, com liderança

feminina e ter, no mínimo, 70% de mulheres.

Em suas primeiras edições o prêmio contou com o apoio

do Hotel Ibis, pertencente ao grupo Accor, e da Azul

Linhas Aéreas.

Pesquisa recente do Sebrae revela que as mulheres estão à frente das principais atividades entre os

microempreendedores individuais e já representam 46% dos empresários deste segmento.

Os primeiros colocados tambem recebem uma

quantia em dinheiro para investir na infraestrutura

necessaria para o crescimento do negocio.

Quem somos

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Sucesso compartilhado

Andamos junto das empreendedoras assessoradas, e também

comemoramos junto. Todos os anos, quantificamos os resulta-

dos obtidos por essas mulheres para que possamos, inclusive,

avaliar o nosso próprio trabalho.

As histórias de sucesso delas são também o nosso sucesso.

Em 2014, foram 108 empreendimentos

assessorados, com 1.570 pessoas gerando renda e um faturamento total de

R$ 5,3 mil hoes.

pessoas gerando renda

pessoas beneficiadas

elevação média de renda por empreendedora entre o início e o final de 2014

empreendimentos assessorados

faturamento dos empreendimentos

pessoas beneficiadas desde o início de nossa atuação

1.570

6.314

21%

108

R$ 5,3 milhões

Balanço Social 2014

33 mil

59em atuação direta

em atuação por meio de parcerias

49

Balanco social 2014

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Nossa receita de sucesso Desde nossa fundação em 2002, aprendemos muito

sobre o empoderamento das mulheres e o fomento à

geração de renda por meio do empreendedorismo.

Esse aprendizado transformou-se em uma metodo-

logia própria de trabalho, que orienta a atuação de

nossas equipes e parceiros sobre o desenvolvimento

de negócios populares.

A metodologia de trabalho do Consulado da Mulher

está pautada em indicadores de gestão e segue os

princípios da educação popular, equidade de gênero e

do trabalho em rede.

Nosso cuidado e afeto em tudo o que fazemos já foi

reconhecido por prêmios nacionais e internacionais,

como Certificação da Fundação Banco do Brasil, Prê-

mio Doar para Transformar, participação no Clinton

Global Initiative e Medalha Ruth Cardoso, entre outros.

Nosso trabal ho e transformar vontades em verdades.

Transmitimos conhecimento para que as empreendedoras aprendam na pratica. Mas a vontade e o esforco delas permitem o crescimento e o

desenvolvimento dos negocios.

Identificamos e elegemos as empreendedoras

interessadas em receber assessoria de duas

maneiras: por meio do Prêmio Consulado da

Mulher ou por processo seletivo realizado nas

unidades de atuação presencial.

As empreendedoras inscritas passam por uma

primeira etapa de avaliação, que segue critérios

específicos e que considera também uma autoa-

valiação. Depois de pré-selecionadas, recebem

treinamentos básicos em empreendedorismo,

gênero e trabalho em rede para, em seguida,

construírem seu plano de negócio simplificado.

Com o plano em mãos ocorre a seleção final, e

as aprovadas iniciam o processo de assessoria,

que inclui temas, como Gestão Administrativa,

Formalização, Gestão Financeira, Marketing,

Vendas, Recursos Humanos, Gestão da Produ-

ção e Sustentabilidade.

Como funciona Seleção de Novas Empreendedoras

Metodologia

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InvestimentoOs empreendimentos selecionados para receber assessoria também podem receber investimentos

do Consulado da Mulher, representados por eletrodomésticos Consul ou outros recursos e mate-

riais para investimento no negócio.

Educação empreendedora e assessoriaÉ com base no plano de negócio que são identificadas as áreas de desenvolvimento dos empreen-

dimentos, as quais irão nortear o trabalho de assessoria. Na atuação direta, nossos educadores

sociais acompanham semanalmente os grupos. Já na assessoria remota, o contato é realizado

mensalmente e as assessorias presenciais acontecem duas vezes ao ano.

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Delícias do semiárido baianoÉ preciso persistência para se levar a vida no Semiárido Nordestino,

região de Feira de Santana (BA), onde está a comunidade Fazenda

Lagoa da Negra. Isso não falta às mulheres da Associação Comuni-

tária Lagoa da Negra (Acolan). Desde a década de 90, elas e outros

microprodutores da região unem forças para fazer da terra sua

fonte de renda. Assim surgiu a horta comunitária e a tentativa de

comercializar alimentos produzidos com o excedente da colheita,

originando a Acolan, fundada em 2006.

Com apoio de entidades, as associadas fizeram cursos de fabrica-

ção de biscoitos, geleia, bala e panificação. Mas a ideia começou a

vingar com a chegada do Consulado da Mulher, no final de 2013. O

Consulado doou todo o equipamento para produção: ganharam

freezer, fogão, refrigerador, entre outros. “Tínhamos a teoria, mas

não tínhamos como desenvolver. O apoio do Consulado foi o ponto

de partida para nos encorajar, dando ânimo para avançar”, explica

Lucia Bispo Santana, de 56 anos, presidente e fundadora da Acolan.

Elas chegaram a ter um ponto de venda na BR-116, mas era longe

e caro. Resolveram ficar na comunidade mesmo, perto da cozinha

onde produzem – na casa de Lucia. Diariamente, vendem biscoitos

de tapioca, temperos e picolés, feito pela e para a comunidade.

Vendem também trabalho artesanal, como pintura e bordado em

tecido. “Com o apoio do Consulado, estamos aprendendo sobre a

importância do trabalho em equipe, além de organizar e administrar

melhor nosso negócio”, conta Lucia.

Hoje, são 25 mulheres que tiveram aumento de renda com a aber-

tura do negócio, complementando o que ganham na roça. “Por

enquanto é uma estrutura provisória. Mas em breve teremos nosso

próprio prédio e vamos nos tornar uma empresa maior”, prevê

Lucia, com um sorriso no rosto.

Da horta comunitaria e

da tentativa de comercializar alimentos com o excedente da

col heita surgiu a Acolan

Associacao C omunitaria Lagoa da Negra

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Artesanato em harmoniaO artesanato é uma das opções mais frequentes para que mulhe-

res, mães de família, possam gerar renda. Mas, se produzir mui-

tas vezes é simples para quem possui a técnica, comercializar os

trabalhos quase sempre é mais complicado. Uma alternativa é a

formação de associações, que permitem potencializar a exposição

dos produtos e reforçar outras ações em coletivo para fortalecer

os negócios.

Um grupo de artesãs do Amazonas sentiu esta necessidade e

decidiu se unir, formando a Associação de Artesãos de Itacoatiara,

no início de 2012. Não demoraram a perceber que montar uma

organização social poderia ser até mais difícil do que vender. “A

gente não tinha noção de como fazer as coisas. Quase ninguém

ia às reuniões e não chegávamos a conclusão alguma”, conta a

artesã Marinês de Oliveira de Assis, 52 anos.

Até que a Fundação André e Lucia Maggi, que apoia o empreen-

dimento, pediu ajuda ao Consulado da Mulher. A assessoria ao

grupo iniciou em agosto de 2013, promovendo capacitação em

planejamento financeiro, precificação, trabalho em equipe, entre

outros temas. Além do aumento na comercialização, outra evolu-

ção importante foi a melhoria do relacionamento interpessoal das

artesãs. “Agora estamos caminhando. Aprendemos a conviver em

grupo, a respeitar as diferenças.”

Além de vender seus produtos individualmente, as artesãs já

começaram a realizar suas primeiras ações coletivas. O espaço de-

las, localizado na rodoviária da cidade para a venda dos artesana-

tos, agora abre todos os dias – antes volta e meia elas não sabiam

quem estava com a chave. “Hoje somos 14 mulheres, mas quere-

mos unir todas as artesãs de Itacoatiara”, vislumbra Marinês.

Artesas amazonenses desenvolvem

aprendizado para o trabal ho em

equipe e para a economia solidaria

Associacao de Artesaos de Itacoatiara

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Superadubo para a comunidade O lixo e o entulho que dominavam o terreno de 2.600 m²

no Jardim Iririú, em Joinville (SC), deram lugar a 20 can-

teiros e uma produção variada: são mais de 60 tipos de

verduras, legumes, temperos e ervas medicinais, todos

orgânicos. Desde o fim de 2012, mulheres como Alice

Jarocvinsky, 59 anos, colocam a mão na terra diariamen-

te para cultivar alimentos saudáveis na Horta Girassol.

“Quem come uma comida como a nossa, sem agrotóxi-

cos, não precisa de remédio”, avalia.

Graças ao apoio do Consulado da Mulher a produção,

que antes ia apenas para a mesa das próprias morado-

ras, agora também é comercializada, gerando renda.

A parceria, feita em 2013, beneficia a Girassol e outras

duas hortas urbanas: a da Figueira, no Jardim Sofia, e

a dos Ipês, no Jardim Edilene. Ao todo são 46 pessoas,

das quais 32 são mulheres. Além de oferecer os insumos

para aumentar a produção, o Consulado intermediou as

primeiras vendas. Dona Alice e as demais do grupo rece-

beram orientações em relação à divisão de tarefas, gestão

de conflitos, administração, precificação e outras noções

básicas para tocar um negócio coletivamente. “A chega-

da do Consulado como parceiro foi como uma espécie de

superadubo, deu força total. Essa horta nunca esteve tão

linda”, comemora Alice.

As empreendedoras investem agora em infraestrutura.

“Nós não tínhamos nem banheiro para usar enquanto

trabalhávamos aqui”, lembra Alice. Apostam também na

aquisição de novos conhecimentos, por meio de cursos,

para assegurar a qualidade dos alimentos e agregar valor

ao que produzem, ampliando sua renda no final do mês.

“A chegada do C onsulado foi como

uma especie de superadubo, deu

forca total. Essa horta nunca esteve

tao linda.”

Hortas comunitarias

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Um sonho de lavanderia Há quatro anos, as empreendedoras da LavPaty moravam

em palafitas na favela do Canal Acaraú, no Guarujá (SP), e não

tinham muitas perspectivas e oportunidades de melhorar suas

vidas. “Quando chovia enchia de água e vinha inseto, rato”,

lembra Elenice Rego Edeltrudes, 52 anos, a Nice. A partir de

2010 tudo mudou: elas ganharam casas novas construídas

pela ONG Habitat Brasil, em parceria com a Whirlpool Latin

America e outras empresas da região. Para somar a este

projeto de novas moradias, o Consulado da Mulher identificou

potencial para um negócio no ramo de lavanderia, que pudes-

se atender a comunidade e criar condições dessas famílias

gerarem renda e se sustentarem.

O grupo que integra a Lavanderia LavPaty recebeu capacitações

para gerenciar o negócio e para executar os serviços de lavagem

de roupas. O nome do empreendimento é uma homenagem à fi-

lha de Nice, Patrícia, uma pessoa que se dedicou muito ao projeto

mas faleceu em 2011. Os primeiros equipamentos foram doados

pelo Consulado, que também buscou parcerias para obter outros

itens necessários ao funcionamento do negócio. Hoje a equipe

se divide no trabalho, e uma educadora do Consulado visita a

LavPaty semanalmente para orientar na gestão dos negócios.

Os clientes são os vizinhos da comunidade. Por dois anos após

o início do funcionamento o Consulado arcará com 50% das des-

pesas. “Depois eles vão deixar tudo na nossa mão”, diz Nice.

Mas elas estão preparadas. “Todo mês a gente tira 10% para o

fundo de reserva. É assim que funciona. Tudo o que sabemos foi

o Consulado que ensinou.” Para o futuro, a LavPaty está de olho

em grandes clientes, como hotéis e restaurantes do Guarujá. A

meta é pagar todas as despesas da lavanderia e ainda tirar uma

boa renda para seus integrantes.

Inaugurada em Janeiro de 2014,

projeto mudou vidas e trouxe

esperanca

Lavanderia Solidaria LavPaty

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Gastronomia ruralHá mais de 16 anos, Expedita Saldanha dos Santos, 51 anos, lu-

tava por um pedaço de terra para viver. Em 1998, após inúme-

ras ocupações e despejos, 40 famílias, entre elas a de Expedita,

chegaram ao Horto Florestal de Cordeirópolis (SP) e fundaram

o Assentamento XX de Novembro.

Elas tornaram a área habitável, formaram uma associação de

produtores rurais e chamaram atenção – inclusive do Consula-

do da Mulher – pelo seu esforço e perseverança. “O Consulado

foi um presente do céu e eu agradeço todos os dias. Sem essa

parceria não teríamos condições de construir o que construí-

mos”, conta Expedita, uma das fundadoras do Grupo de Mulhe-

res Recanto das Palmeiras. E elas construíram muito.

Da primeira cozinha, equipada com eletrodomésticos Consul, saí-

ram vários projetos para vender alimentos, como banana e man-

dioca chips na unidade de Rio Claro da Whirlpool Latin America e

em eventos diversos da cidade. O grupo seguiu a orientação do

Consulado de sempre depositar parte do lucro para o futuro. Em

2012 começaram a tocar o projeto do restaurante, que se tornou

realidade e foi inaugurado em dezembro de 2013, com doações

do Consulado e de muita gente da região.

O Instituto assessorou as empreendedoras com a gestão dos

negócios, fluxo de caixa, precificação e outras noções empre-

sariais. Atualmente, elas produzem refeições diárias, servidas

no salão ou em marmitex, além de almoços especiais com

pratos como Porco no Rolete e Vaca Atolada. “O importante foi

abraçar a causa, vestir a camisa e ter muita teimosia para não

desistir nos primeiros problemas. Acho que toda empresária

passa por isso. O começo é difícil, mas a esperança de melhorar

a cada dia nos leva adiante”, conclui Expedita.

Da primeira cozinha, montada com doacoes da C onsul, sairam

varios projetos para vender alimentos,

como banana e mandioca chips

Recanto das Palmeiras

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Oportunidades com sabor da amazôniaGraviola, buriti, cupuaçu, goiaba, coco, maracujá e muita força de

vontade. Esses são alguns dos ingredientes dos sorvetes Sabo-

res do Tarumã, produzidos e vendidos na comunidade Nossa

Senhora de Fátima, próxima a Manaus, desde 2010. O em-

preendimento surgiu dos sonhos da Daniele Aparecida Ferrão,

37 anos, que fazia o sorvete, 100% natural, para a família, mas

sempre quis achar uma forma de gerar renda e oportunidades

com a grande quantidade de frutas produzidas na região.

“Eu tinha a ideia, mas não tinha dinheiro. Eles [o Consulado da

Mulher] viram o nosso potencial e nos ensinaram a caminhar.

Orientaram-nos a formar um grupo de mulheres e doaram free-

zers, embalagens e equipamentos, além do aluguel de um espa-

ço para começar as atividades”, conta Daniele. Parte das frutas

vem de plantações das próprias empreendedoras, e o que falta

é comprado na cooperativa da comunidade, a Agrofruta. Além

disso, o Consulado ofereceu cursos de capacitação e empreen-

dedorismo e ajudou nas vendas iniciais – na fábrica da Whirlpool

Latin America em Manaus.

Hoje, as tarefas são bem divididas e a produção varia de 200 a

250 copinhos de sorvetes por semana, vendidos na comunidade

e gerando renda para estas mulheres. Mas não é só a renda que

conta. “As mulheres daqui não enxergavam possibilidades de

crescimento pessoal nem profissional. E boa parte era analfabe-

ta”, diz Daniela. Graças à visibilidade da sorveteria, uma voluntária

conheceu o projeto e elas foram alfabetizadas.

No futuro próximo, a Sabores do Tarumã pretende construir um

espaço amplo e bem estruturado para conquistar a certificação

da Anvisa e levar a marca Sabores do Tarumã para toda Manaus.

“As mul heres daqui nao

enxergavam possibilidades de crescimento pessoal nem prof issional.”

Sabores do Taruma

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A soma que multiplicaBuscando inovar na criação de novas oportunidades de gera-

ção de renda para as mulheres que assessora, o Consulado

da Mulher propôs aos empreendimentos de alimentação que

se unissem para trabalhar em rede. O trabalho é dividido e

os ganhos multiplicados. A chave do sucesso está na união e

cooperação entre as pessoas.

A Rede de Alimentação União dos Sabores Solidários, for-

mada em 2011, reúne cerca de 90 mulheres ligadas a 14

empreendimentos de várias regiões da Grande São Paulo e

Cubatão, prestando serviços de coffee breaks e bufês, além

de brindes corporativos e eventos.

Os grupos aprenderam a se organizar, dividir tarefas e au-

mentar a produção, o que permitiu atender uma gama maior

de clientes, oferecendo especialidades variadas como doces,

salgados, sanduíches, refeições, etc. A renda destas mulheres

aumentou mais de 100% desde o início do empreendimento,

o que possibilitou a ampliação da capacidade produtiva e me-

lhorias do local de produção, além da autonomia e empodera-

mento de cada participante.

Flavia Rodrigues, 27 anos, é uma das mulheres que teve a

vida transformada com a iniciativa. Fazia um curso de culi-

nária quando foi convidada para o empreendimento Paraíso

Saudável, responsável pela gestão da Oficina do Sabor e do

Carrinho do Sabor, que comercializam no Centro Adminis-

trativo da Whirlpool, em São Paulo. Hoje, além de produzir

diversos tipos de alimentos, elas também compram de outros

empreendimentos da rede, comercializam e administram a

lanchonete. “Agora é muito mais responsabilidade. Para mim

seria algo impossível, mas o Consulado acreditou, viu que

tínhamos capacidade de administrar um negócio e ajudou a

gente”, avalia Flavia.

Operando em rede, empreendimentos

solidarios compartil ham oportunidades,

ampliam a capacidade de atendimento e

potencializam negocios

Rede Uniao dos Sabores Solidarios

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Ab

ril /

20

15Unidade São Paulo (SP) e Núcleo AdministrativoRua Olympia Semeraro, 675 – Jd. Santa Emília – 04183-090Tel. (11) 3566-1705

Unidade Rio Claro (SP)Avenida 80 A, n° 777, Distrito Industrial – 13506-095Tel. (19) 2111-9493

Unidade Joinville (SC)Rua Dona Francisca, 7.173, Zona Industrial Norte Tel. (47) 3803-4836

Unidade Manaus (AM)Rua Torquato Tapajós, 7500 – Bairro Colônia Terra Nova – 69048-660Tel. (92) 3301-8550

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