Período Composto

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Período composto é aquele período que possui mais de uma oração. É importante lembrar que No período composto, as orações podem se estruturar de duas maneiras diferentes o que vem ocasionar em dois tipos de período composto: o período composto por coordenação (Orações Coordenadas) e o período composto por subordinação (Orações Subordinadas). Vamos inicialmente estudar o período composto por coordenação (Orações Coordenadas) e em seguida iremos estudar o período composto por subordinação (Orações Subordinadas).

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As orações coordenadas são independentessintaticamente. Não exercem nenhuma funçãosintática em relação a outra dentro do período.Elas se dividem em: coordenadas sindéticas(quando há presença de conjunçõescoordenativas) e coordenadas assindéticas(quando não há ocorrência de conjunção). Para sesaber se uma oração coordenada é sindética(OCS) ou assindética (OCAss) é só utilizar-se daexclusão. As coordenadas sindéticas sãoreconhecidas e classificadas através dasconjunções coordenativas:aditiva, alternativa, adversativa, conclusiva eexplicativa.

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1- Aditiva: ideia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem, (não somente)... como também.

Ex.: O professor não somente elaborou exercícios como também uma extensa prova.

2- Adversativa: ideia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas: mas, contudo, entretanto, porém...

Ex.: O professor elaborou um exercício simples, mas a prova foi bastante complexa.

3- Alternativa: ideia de alternância, exclusão. Principais conjunções usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou.

Ex.: Ou o professor elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova.

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4- Conclusiva: ideia de dedução, conclusão. Principais conjunções usadas: portanto, pois, logo...

Ex.: O professor não elaborou a prova, logo não poderá aplicá-la na data planejada.

5- Explicativa: ideia de explicação, motivo. Principais conjunções usadas: pois, porque.

Ex.: O professor não elaborou a prova, porque ficou doente.

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Observação importante.

É possível que se confunda oração subordinada adverbial com oraçãocoordenada sindética. Para que não haja equívoco segue uma regrinhamuito útil:

Para se saber se uma oração é subordinada adverbial ou coordenadasindética, depois de se ter feito os testes da subord. Substantiva esubord. Adjetiva (que está explicado na sequência deste estudo) utilizeo teste da inversão.

1. Oração subordinada adverbial.

2. Oração coordenada sindética.

Teste da inversão

1. Mesmo sentido – subordinada adverbial.

2. Sem sentido – coordenada sindética.

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Ex. Jogamos bem, mas perdemos.

Inversão:

Mas perdemos, jogamos bem.

(sem sentido, portanto, oração coordenada sindética - OCS). Nesse caso coordenada sindética adversativa.

Agora, se a frase fosse essa:

Perdemos, embora tenhamos jogado bem.

Inversão:

Embora tenhamos jogado bem, perdemos.

(há sentido, portanto, oração subordinada adverbial – OSAdv.). Nesse caso adverbial concessiva.

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Finalizando, é a vez da oração coordenada assindética(OCAss).

Para se saber que a oração é uma coordenada assindéticasubmeta-a ao teste da exclusão.

Antes, porém faça todos os testes possíveis (que serãoexplicitados na sequência desse estudo).

Se quando a oração for submetida a todos os testes aquiapresentados, e não for nenhum dos casos desubordinada, nem o de coordenada sindética, então sópoderá ser uma coordenada assindética.

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A oração subordinada (termo sintático) é a parte de umenunciado que não tem sentido próprio, mas precisa de umaoração que a subordine, que seja a principal.

Três são os tipos de orações subordinadas:substantivas, adjetivas e adverbiais.

Para se saber quando há ocorrência de uma ou deoutra, pode-se fazer o teste da substituição. Troca-se aoração subordinada por uma palavra (subst. ISSO – adj. UMADJETIVO – adv. UM ADVÉRBIO). Obs: caso após esse testenão surja nenhuma oração subordinada, especialmenteadverbial é porque muito provavelmente será umacoordenada sindética. (Se mesmo assim não der certo éporque a oração é coordenada assindética).

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As orações subordinadas substantivas podem ser:

- subjetiva: funciona como sujeito do verbo da oração principal. Overbo da oração principal se apresenta sempre na terceira pessoa dosingular e nessa não há sujeito, o sujeito é a oração subordinada.

Ex: É necessário que se estabeleça regras nesta empresa.

- objetiva direta: exerce a função de objeto direto do verbo da oraçãoprincipal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, sem auxíliode preposição, indicando o alvo sobre o qual recai a ação desse verbo.

Ex: Quero saber como você chegou aqui.

- objetiva indireta: funciona como objeto indireto do verbo da oraçãoprincipal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, comauxílio de preposição, indicando o alvo do processo verbal.

Ex: Mariana lembrou-se de que Manoel chegaria mais tarde.

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- completiva nominal: funciona como complemento nominalde um nome da oração principal. Está sempre ligada a umnome da oração principal através de preposição.

Ex: Tenho certeza de que não há esperanças.

- predicativa: funciona como predicado do sujeito da oraçãoprincipal. Está sempre ligada ao sujeito da oração principalatravés de verbo de ligação.

Ex: Minha vontade é que encontres o teu caminho.

- apositiva: funciona como aposto de um nome da oraçãoprincipal. Está sempre ligada a um nome da oraçãoprincipal, sem o uso de preposição e sem mediação de verbode ligação.

Ex: Faço apenas um pedido: que você nunca abandone osseus princípios.

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Subjetiva (O.S.S.S.): exercem função de sujeito do verbo da oração principal. É provávelque ele chegue ainda hoje. (O que é provável?);

Objetiva Direta (O.S.S.O.D.): exercem função de objeto direto (não possui preposição).Desejo que todos venham. (Quem deseja, deseja algo, alguma coisa);

Objetiva Indireta (O.S.S.O.I.): exercem função de objetoindireto (possui preposição obrigatória, que vem depois de um VERBO).Necessitamos de que todos nos ajudem; (Quem necessita, necessita DE algo, DE algumacoisa ou DE alguém)

Predicativas (O.S.S.P.): exercem função de predicativo. Meu desejo era [verbo de ligação] que me dessem uma camisa;

Completivas Nominais (O.S.S.C.N.): exercem função de complemento nominal de um nome da oração principal. Tenho esperança de que ela ainda volte;

Apositivas (O.S.S.A.): todas as apositivas têm dois pontos (:)ou ponto e virgula (;) no meio da oração. Exercem função de aposto. Desejo-te uma coisa: que sejas muito feliz.

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Ou seja, todas as orações subordinadas substantivaspodem ser trocadas por isso, disso ou nisso. Veja osexemplos:

Precisamos de que venha para a aula. =Precisamos disso. (Disso: completiva nominal ouobjetiva indireta)

Quero que venha para a guerra. = Quero isso. (Isso:subjetiva, objetiva direta, predicativa)

Fiquei pensando que valia a pena. = Fiqueipensando nisso. (Nisso: completiva nominal ouobjetiva indireta).

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Muito parecida com O.S.S, mas você deve fazer a regra da substituição agoratrocando a subordinada por um adjetivo. (achar o pronome relativo e trocar poradjetivo).

A subordinada adjetiva sempre vem com pronome relativo.

Que (qual, o qual, qual, as quais, os quais), cujo, onde (aonde).

Ex.Procurávamos um exemplo que esclarecesse nossa dúvida.

A oração iniciada pelo pronome relativo que indica a subordinada.

Então,Procurávamos um exemplo esclarecedor. (Adjetivo – esclarecedor ).Deu certo.

Essa, portanto, é uma oração subordinada adjetiva. Resta agora saber serestritiva ou explicativa.

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Classificação das OSAdj.

Restritivas – sempre sem vírgula

Explicativa – sempre com vírgula

Assim, o exemplo acima classifica-se como oração subordinada adjetiva restritiva.

Outro exemplo, agora com explicativa.

Durante a noite, na qual me faltou sono, pensei nela

Regra da substituição.

Durante a noite, insone, pensou nela. (Nesse caso se trocarmos por isso não dá certo)

Nesse exemplo não se restringe a “noite”, mas explica-se a “noite”.

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São as orações ligadas ao verbo da oração principal (OP).

Ex.

Priscila chegou em casa quando amanheceu. (verbos: chegou e amanheceu)

A oração subordinada é: quando amanheceu. Isso porque esta oração é que estáligada à oração principal. Assim:

Priscila chegou / quando amanheceu.

Para ficar mais fácil use a dica da exclusão, ou seja, se não for subordinadasubstantiva e nem adjetiva, só pode ser adverbial. Ou seja:

Quando conseguimos trocar uma subordinada por ISSO estamos diante de umasubord. Substantiva (OSS);

Quando conseguimos trocar uma subordinada por um adjetivo estamos diante deuma subord. Adjetiva (OSAdj).

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Portanto, se quando fizermos a regra da substituição e aoração não for substantiva nem adjetiva, só poderá ser umaSubord. Adverbial. (ou uma oração coordenadasindética, como você já viu no tópico das coordenadas)

Tire a prova usando o exemplo acima; primeiro substituindo asubordinada por ISSO e depois por um ADJETIVO. Não vai darcerto. Entretanto, se trocarmos a subordinada por umadvérbio, por exemplo, “Priscila chegou em casa cedo” ouPriscila chegou em casa rápido” tudo se encaixa.

Feito isso, só resta classificar a oração adverbial. Lembrandoque há nove tipos dela.

Apesar de muitos é mais fácil, uma vez que é só verificar apresença do advérbio na oração subordinada e conferir suaclassificação.

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a) Causal - indica a causa da consequência expressa na oração principal. Exemplo: Todos se opuseram a ele, porque não concordavam com suas idéias.

b) Condicional - indica a condição para que a ação da oração principal aconteça.

Exemplo: Se houvesse opiniões contrárias, o acordo seria desfeito.

c) Temporal - marca o momento em que a ação da oração principal acontece.

Exemplo: Priscila chegou em casa quando amanheceu.

d) Proporcional - indica ações que acontecem proporcionalmente a algo expresso na oração principal.

Exemplo: Quanto mais obstáculos surgiam, mais ele se superava.

e) Final - indica a finalidade da ação expressa na oração principal.

Exemplo: O pai sempre trabalhou para que os filhos estudassem.

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f) Conformativa - indica que a ação da oração principal ocorre em conformidade com aquilo ali expresso.

Exemplo: Os jogadores procederam segundo o técnico lhes ordenara.

g) Consecutiva - indica a consequência da ação (causa) expressa na oração principal.

Exemplo: Suas dívidas eram tantas que vivia nervoso.

h) Concessiva - indica uma concessão.

Exemplo: Embora enfrentasse dificuldades, procurava manter a calma.

i) Comparativa - estabelece comparação entre as duas orações (para evitar a repetição, é comum a omissão do verbo em uma delas).

Exemplo: Ele sempre se comportou tal qual um cavalheiro.

No exemplo c) a oração subordinada classifica-se como temporal umavez que seu advérbio indica tempo (chegou quando amanheceu)OSAdv.

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Não são introduzidas por conjunção e possuem verbo em uma das formas nominais (infinitivo, particípio ou gerúndio).

a) Infinitivo (pessoal ou impessoal)

Exemplo:

“Ao terminar a prova, todo candidato deve aguardar.”

Forma Desenvolvida: Quando terminar a prova, todo candidato deve aguardar.

Análise da Oração: Oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo.

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b) Gerúndio

Exemplo:

“Ouvimos uma criança chorando na praça.”

Forma Desenvolvida: Ouvimos uma criança que chorava na praça.

Análise da Oração: Oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de gerúndio.

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c) Particípio

Exemplo:

“Comprada a casa, a família mudou-se.”

Forma Desenvolvida: Assim que comprou a casa, a família mudou-se.

Análise da Oração: Oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio.

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- Dependendo do contexto, as orações reduzidas podem permitir mais de um tipo de desenvolvimento.

- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal.

Exemplos:

Preciso estudar mais este semestre.

Os palhaços estão divertindo as crianças.

A viagem foi cancelada pela agência.