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PERITO CRIMINAL pREPARATÓRIO PARA CONCURSOS E-book 15 Questões Comentadas

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PERITOCRIMINAL

pREPARATÓRIO PARA CONCURSOS

E-book15 Questões Comentadas

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Autores

Matheus Cardoso de Andrade e Silva

Engenheiro de Computação pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), mestrando em Ciência da Computação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e desenvolvedor de soluções web e mobile pela Maqhin Soluções Tecnológicas.

Geórgia Oliveira dos Santos Lima

Graduada em Direito pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Advogada, atuante nas áreas de Direito Cível, do Consumidor, Direito de Família e Direito Administrativo. Atualmente é Coordenadora de Finanças da Prefeitura Municipal de Araci-Ba.

Ana Carolina de Oliveira Sousa

Bacharela em Direito pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Advogada perante a OAB/BA, Pós-Gra-duanda em Criminologia, Política Criminal e segurança Pública pela Universidade Anhanguera – Uniderp – LFG.

Leonardo Mendes Cardoso

Médico Perito Judicial e Assistente Técnico em Medicina Legal, Especialista em Medicina Legal e Perícias Médi-cas pela ABMLPM, Pós-Graduado em Perícias Médicas – IPOG, Doutorando em Análise Comportamental – Psico-logia PUC Goiás, Professor de Medicina Legal, Biodireito e Psiquiatria para o Direito – UFG, Professor de Medicina Legal e Biodireito da Universidade Salgado de Oliveira – GO, CRM-GO 5065/ABMLPM 1046.

Arnaldo Pinto Lima

Formado em Direito pela Faculdade de Artes Ciências e Tecnologias; Pós graduado em Direito do Estado pela Faculdade Baiana de Direito da UFBA; Advogado; Como advogado atua na área do Direito Público, Cível e Previ-denciário.

Paula Barbosa

Especialista na área de linguística e gramática normativa pela UFBA. Tem mais de 8 anos de experiência em concursos através de cursos nos grupos renomados LFG e Juspodivm. É autora da coleção Carreiras Específicas pela Editora Saraiva, e atualmente é coordenadora de Língua Portuguesa da rede COC.

Camila Braga Araujo Duran Bugallo

Advogada. Consultora Jurídica em Recursos Administrativos. Pós-graduanda em Direito Processual Civil pela UNIFACS. Graduada em Direito pela Universidade do Estado da Bahia.

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Ricardo Leal Cunha

Graduado em Química pela Universidade Federal da Bahia, Especializado em Perícia Criminal pelo Centro Uni-versitário da Bahia em convênio com o Ministério da Justiça, Mestre e doutorando em Química Analítica pela Universidade Federal da Bahia. Foi Perito Técnico do Departamento de Polícia Técnica da Bahia e atualmente é Perito Criminal da Coordenadoria Geral de Perícias do Estado de Sergipe.

Diogo Pilger

Doutor pelo Programa de Farmácia Assistencial da Universidade de Granada (Espanha) sob a orientação da Profa. Dra. Maria José Faus Dáder. Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001) e mestrado em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004). Atualmente é professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia nas disciplinas relacionadas com atenção farmacêutica e farmácia clínica além da residência multidisciplinar do Complexo Hospital Universitário Prof. Ed-gar Santos. Sua atuação de pesquisa e extensão aborda os seguintes temas: educação de pacientes, farmacoepi-demiologia, assistência farmacêutica, atenção farmacêutica, seguimento farmacoterapêutico (Método Dáder) e diabetes mellitus.

Tiago Ferreira da Silva

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia, graduado em Direito pela Faculdade Dois de Julho, especialista em Direito Constitucional pela LFG/Anhanguera. Perito do Departamento de Polícia Técnica da Bahia, lotado na Coordenação de Toxicologia Forense, desde 2007.

Magno Teixeira

Graduado em Farmácia, graduado em Direito, pós-graduado em Atenção Farmacêutica e Farmacoterapia Clí-nica. É farmacêutico da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, atua em farmácia hospitalar e em oncologia. Docente na UNIME. Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado da Bahia 2013-2016 e ex - tesoureiro 2007-2010 e 2010-2013.

Marcel Tavares de Farias

Farmacêutico bioquímico pela UFBA, mestre em Toxicologia pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto. Professor Auxiliar de Toxicologia e Análise Instrumental de Fármacos da UNEB (Universidade do Estado da Bahia).

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Noções de Criminalística

01 (POLICIA CIVIL/RO - FUNCAB - 2009) Assinale a alternativa que apresenta corretamente um conceito fundamental da Perícia Criminalística.

Ⓐ Princípio da Interpretação – Dois objetos podem ser idênticos.Ⓑ Princípio da Descrição – O resultado de um exame pericial é constante em relação ao tempo.Ⓒ Princípio da Observação – “Nem todo o contato deixa uma marca”.Ⓓ Princípio da Documentação – A cadeia de custódia da prova material visa proteger a fidelidade. A documentação correspondente a cada vestígio não pode ser realizada por anotação e despacho do próprio perito que o considerou.Ⓔ Princípio da Análise – A análise pericial pode, em alguns casos, não seguir o método científico.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. Também chamado “Princípio da Individualidade”, por este, dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos. A identificação deve alcançar três graus; um genérico, um es-pecífico, e um individual, sendo que os exames periciais devem alcançar este último.Alternativa B: CORRETA. Os resultados são constantes em relação ao tempo, já que são baseados em princí-pios científicos, devendo ser expostos em linguagem ética e juridicamente perfeita. Alternativa C: INCORRETA. “Todo contato deixa uma marca” é o que diz este princípio, criado pelo francês Edmond Locard. Muitas vezes os vestígios são obtidos por análises microscópicas e aparelhos de alta precisão.Alternativa D: INCORRETA. A documentação da amostra visa proteger a fidelidade e se inicia desde sua coleta, no local do crime, até análise final, podendo sim ser realizada por anotação ou despacho do próprio perito que a considerou.Alternativa E: INCORRETA. A análise pericial deve sempre seguir o método científico, pois tudo que é anali-sado pela Criminalística só tem valor probatório se seguir métodos comprovados e passíveis de serem testado e reproduzidos.

02 (POLICIA CIVIL/RO - FUNCAB - 2009) Para o leigo em Criminalística, e na linguagem destituída de carac-terísticas jurídicas, depreende-se que vestígios e indícios praticamente se constituem de sinôni-

mos. Assinale a alternativa que melhor exprime o conceito jurídico de vestígio ou indício sob o enfoque criminalístico.

Ⓐ O vestígio aponta, o indício encaminha.Ⓑ O indício tem importante valor probatório, não havendo necessidade da avaliação do caráter de autenticidade.Ⓒ O indício prova necessariamente a autoria material de um fato delituoso.Ⓓ Os indícios podem ser próximos, manifestos ou distantes.Ⓔ O vestígio é todo e qualquer sinal, marca ou outro elemento material, conhecido e provado, que, por sua relação necessária ou possível com outro fato, que se desconhece, prova ou leva a presumir a existência deste último.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. Em seu “Manual de Criminalística”, Gilberto Porto ensina que “o vestígio encami-nha, o indício aponta”. Assim o vestígio é qualquer marca, objeto ou sinal que possa ter relação com o

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fato investigado. Ele é mais abrangente. Ao passo que o indício circunstancia mais o fato, leva à indução e se constitui princípio de prova.Alternativa B: INCORRETA. O indício tem o mesmo valor das outras provas e é indispensável avaliar a auten-ticidade.Alternativa C: INCORRETA. O indício não prova necessariamente a autoria material. Dele se induz uma circuns-tância com uma conexão lógica entre dois fatos e uma relação de causalidade. No entanto, por vezes, constitui-se em prova indireta.Alternativa D: CORRETA. Esta é a principal classificação dos indícios e refere-se à sua força probatória. Assim, “os manifestos”, são quando a dedução ocorre de forma direta, quase que necessária, da situação prova-da. Os “próximos” expressam uma relação direta com o fato que se quer provar, mas não necessária. Já os “distantes” demonstram uma relação fraca com o crime.Alternativa E: INCORRETA. O vestígio é todo e qualquer sinal, marca, ou elemento material conhecido que possa ter relação com o fato investigado. Não com outro fato, a princípio a relação é apenas possível.

03 (POLICIA CIVIL/PB - CESPE - 2008) Criminalística é:

Ⓐ a transposição, para o inquérito, do resultado dos exames técnicos realizados no local do delito, de-terminando a materialidade e apontando a autoria.Ⓑ a ciência que visa ao estudo das armas de fogo, da munição e dos fenômenos e efeitos próprios dos disparos dessas armas, no que tiverem de útil ao esclarecimento e à prova de questões de fato, no inte-resse da justiça, tanto penal como civil.Ⓒ a ciência que trata do estudo dos documentos que contêm um registro gráfico.Ⓓ o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos que, no âmbito do direito, concorrem para a elaboração, a interpretação e a execução das leis existentes e ainda permite, por meio da pesquisa cien-tífica, o seu aperfeiçoamento.Ⓔ o sistema que se dedica à aplicação de faculdades de observação e de conhecimento científico que levem a descobrir, defender, pesar e interpretar os indícios de um delito, com vistas à descoberta do criminoso, possibilitando, à justiça, a aplicação da justa pena.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. O conceito de Criminalística é mais amplo que apenas compor a fase do inquérito policial com as provas periciais.Alternativa B: INCORRETA. O estudo das armas de fogo e o reflexo de seu uso são objeto da Criminalística, no entanto esta não se restringe a apenas isso. Alternativa C: INCORRETA. Novamente a questão apresenta um conceito restritivo que não contempla ou-tros aspectos da Criminalística.Alternativa D: INCORRETA. O conceito apresentado não diz respeito à Criminalística.Alternativa E: CORRETA. A definição mostrada na alternativa está mais completa abarcando os principais pontos que envolvem a Criminalística, como; observação, ciência, descoberta, finalidade.

Química

04 (SSP/SE - 2014) Em relação as técnicas cromatográficas, julgue as sentenças abaixo:

I. A cromatografia gasosa tem alto potencial preparativo;II. Em cromatografia líquida de alta eficiência, o modo conhecido como fase reversa emprega fase móvel polar

e fase estacionária apolar;

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III. O injetor é o componente responsável pela separação dos analitos em cromatografia gasosa;IV. A cromatografia líquida de alta eficiência pode ser utilizada para análise de macromoléculas;V. A derivatização empregando compostos de silício tem como objetivo tornar os analitos menos voláteis para

análise por cromatografia gasosa;

Estão corretas somente as sentenças:

Ⓐ I e IVⒷ III e VⒸ I e IIⒹ II e IVⒺ IV e V

GRAU DE DIFICULDADE

Assertiva I: INCORRETA. A cromatografia gasosa é empregada na separação de componentes de amostras que precisam ser volatilizadas ou estar no estado de vapor. Dessa forma somente pequenas quantida-des de amostras são analisadas não sendo essa técnica adequada para ser utilizada como cromatografia preparativa. Assertiva II: CORRETA. Na chamada fase reversa (RP), empregada em cromatografia líquida de alta efici-ência, a fase estacionária comumente é formada por partículas de sílica com diâmetros da ordem de micrômetros (μm), geralmente ligadas a grupamentos apolares como cadeias carbônicas alifáticas (C8 e C18). A fase móvel é composta geralmente por acetonitrila, metanol e tampão com pH ácido, sugerindo um caráter polar.Assertiva III: INCORRETA. A coluna cromatográfica é responsável pela separação dos analitos presentes em uma amostra que será analisada. O injetor é responsável pela transferência da amostra ou de parte dela para a coluna cromatográfica. Assertiva IV: CORRETA. A cromatografia líquida pode ser usada para análise de pequenas moléculas como fármacos, drogas e metabólitos e também para análise de macromoléculas como peptídeos e proteínas. Assertiva V: INCORRETA. As reações de derivatização empregando compostos de silício como, por exemplo o BSTFA (bis-trimetilsilil-trifluoroacetamida), tem como objetivo tornar o analito mais volátil e estável para que possa ser analisado por cromatografia gasosa. ▍Resposta: Ⓓ

05 (SSP/MT – 2013) Vários estudiosos tentaram reunir os elementos químicos de forma organizada, po-rém, apenas o trabalho de Dimitri Mendeleev alcançou real destaque e é a base da classificação

moderna dos elementos na tabela periódica. Atualmente, os elementos químicos estão dispostos de acordo com os valores crescentes de:

Ⓐ número de massa.Ⓑ unidade de massa atômica.Ⓒ número de avogadro.Ⓓ número atômico.Ⓔ número de nêutrons.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: Os elementos químicos na tabela periódica moderna estão organizados de acordo com os seus valores crescentes de número atômico.▍Resposta: Ⓓ

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06 (SSP/MT - 2013) É comum o encaminhamento de materiais sem nenhuma especificação para análi-ses nos laboratórios químicos dos institutos de criminalística. Para a identificação de uma amos-

tra desconhecida, é correta a utilização da técnica:

Ⓐ UV (Ultra-Violeta), pois é utilizada para a determinação de metais de transição.Ⓑ MEV (Microscopia Eletrônica de Varredura), pois é indicada para a determinação qualitativa e quanti-tativa de compostos orgânicos.Ⓒ GC-MS, pois não demanda a utilização de padrões posto que disponham de grandes bibliotecas eletrônicas.Ⓓ Cromatografia iônica, pois determina a condutividade da amostra que caracteriza a maioria dos com-postos orgânicos.Ⓔ LC-MS, pois identifica os componentes orgânicos e inorgânicos de uma amostra biológica e fornece a composição centesimal elementar.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: É possível empregar a técnica GC-MS pelo fato de requerer pouca preparação da amos-tra e possuir bibliotecas espectrais extensas que facilitam a identificação. Entretanto, em qualquer aná-lises forense, devem ser utilizados padrões analíticos para confirmar a identidade do composto previa-mente detectado. ▍Resposta: Ⓒ

Biologia

07 (SAEB/BA - FCC - 2014) A ocorrência superior a 50% de descendentes apresentando fenótipo do tipo parental, como observado em determinados cruzamentos, é explicada pela recombinação de

genes:

Ⓐ ligados, por crossing over de cromátides não irmãs durante a meiose que originou os gametas dos indivíduos parentais. Ⓑ não ligados, por crossing over de cromátides não irmãs durante a meiose que originou os gametas dos indivíduos parentais. Ⓒ ligados, por orientação ao acaso de cromátides irmãs durante a meiose que originou os gametas dos indivíduos parentais. Ⓓ não ligados, por orientação ao acaso dos cromossomos homólogos durante a meiose que originou os gametas dos indivíduos parentais. Ⓔ não ligados, por orientação ao acaso, e posterior crossing over, dos cromossomos homólogos duran-te a mitose que originou os genes parentais.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: O crossing over é um fenômeno que envolve cromátides homólogas, sendo a quebra destas em certos pontos, que acarreta na troca de material genético entres estas cromátides. Desta for-ma se dá o surgimento de novas sequências de genes ao longo do cromossomo. Essas recombinações gênicas levam a geração de maior variabilidade nas células resultantes. Alternativa A: CORRETA. A ocorrência de mais de 50% dos descendentes com o fenótipo do tipo parental pode ser explicado pela recombinação de genes ligados, por crossing over de cromátides não irmãs durante a meiose, o que leva a um aumento das combinações genéticas.

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Alternativa B: INCORRETA. Os genes são ligados por crossing over durante a meiose que origina os gametas dos indivíduos parentais. Alternativa C: INCORRETA. Os genes são ligados, no entanto, o que justifica a ocorrência de mais de 50% dos descendentes com o fenótipo parental é a ocorrência de crossing over durante a meiose que originou os gametas dos indivíduos parentais.Alternativa D: INCORRETA. Os genes são ligados e por meio de crossing over, não por orientação do acaso, uma vez que, ao a caso, não haveria recombinação de cromátides irmãs. Alternativa E: INCORRETA. Estes genes são ligados por meio de crossing over, que ocorre durante a meiose, na formação dos gametas sexuais para a reprodução, masculino e/ou feminino, e não na mitose.

Toxicologia

08 (POLÍCIA CIVIL/RJ - IBFC - 2013) No tratamento da intoxicação farmacológica a excreção de alguns fármacos pode ser acelerada por uma alcalinização ou acidificação da urina. Assinale a afirmativa

que mostra qual fármaco abaixo é mais rapidamente excretado quando o pH urinário é alterado de 6,4 para 8,0.

Ⓐ Salicilatos.Ⓑ Morfina.Ⓒ Anfetamina.Ⓓ Diazepam.Ⓔ Quinidina.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: CORRETA. Os salicilatos são fármacos de caráter ácido e são mais facilmente excretados inal-terados pela via renal em pH da urina mais básico, pois estarão em maior proporção na forma não ioni-zada.Alternativa B: INCORRETA. Morfina é um fármaco de caráter básico e em pH da urina básico será mais facil-mente reabsorvida pelos glomérulos e ocorrerá uma diminuição da excreção.Alternativa C: INCORRETA. Anfetamina é um fármaco de caráter básico e em pH da urina básico será mais facilmente reabsorvida pelos glomérulos e ocorrerá uma diminuição da excreção.Alternativa D: INCORRETA. Assim como a morfina, o diazepam é um fármaco de caráter básico e em pH da urina ácido que será mais facilmente excretado, pois estarão em maior proporção na forma não ioniza-da.Alternativa E: INCORRETA. A quinidina é um fármaco de caráter básico, logo será mais facilmente excretada em pH da urina ácido.

09 (POLÍCIA CIVIL/RJ - IBFC - 2013) A cocaína é frequentemente usada junto com outras drogas. Parte da cocaína é transesterificada em cocaetileno quando é usada junto com a seguinte droga:

Ⓐ Heroína.Ⓑ Álcool. Ⓒ Maconha.Ⓓ Metilenodioximetanfetamina.Ⓔ Dietilamida do ácido lisérgico.

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GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. A cocaína não sofre reação de transesterificação com a heroína. Alternativa B: CORRETA. A cocaína é desmetilada por carboxilesterases e gera benzoilecgonina, o principal produto de biotransformação da cocaína. Quando ocorre a associação entre cocaína e álcool etílico ocorre uma reação de transesterificação que é a troca de um grupamento metila por um grupamento acetila, proveniente do álcool etílico, formando cocaetileno, um produto de biotransformação mais car-diotóxico do que a cocaína.Alternativa C: INCORRETA. A cocaína não sofre reação de transesterificação com a maconha.Alternativa D: INCORRETA. A cocaína não sofre reação de transesterificação com a Metilenodioximetanfeta-mina, também chamada de MDMA ou êxtase.Alternativa E: INCORRETA. A cocaína não sofre reação de transesterificação com a Dietilamida do ácido lisér-gico, LSD.

10 (POLÍCIA CIVIL/RJ - IBFC - 2013) Dentre os sinais da síndrome de abstinência da heroína destaca-se:

Ⓐ Sudorese e sonolência.Ⓑ Taquicardia e hipotermia.Ⓒ Piloereção e aumento do limiar doloroso.Ⓓ Dilatação das pupilas e diarréia. Ⓔ Aumento da pressão arterial e miose.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. A síndrome de abstinência é um conjunto de sinais e sintomas provocados pela ausência da substância psicoativa num indivíduo farmacodependente. A síndrome de abstinência da heroína causa sudorese e estimulação do Sistema Nervoso Central, como agitação psicomotora.Alternativa B: INCORRETA. A síndrome de abstinência da heroína causa taquicardia e hipertermia.Alternativa C: INCORRETA. Piloereção e diminuição do limiar doloroso são observadas na síndrome de abs-tinência da heroína.Alternativa D: CORRETA. Observa-se dilatação das pupilas, também chamada de midríase e diarréia num paciente com síndrome de abstinência da heroína.Alternativa E: INCORRETA. Na síndrome de abstinência da heroína são observados aumento da pressão arte-rial ou hipertensão e midríase, que é a dilatação das pupilas.

Medicina Legal

11 (POLÍCIA CIVIL/RO - FUNCAB - 2008) O sinal de Lichtenberg é uma característica que pode ser encontra-da nas mortes por:

Ⓐ Asfixia.Ⓑ Afogamento.Ⓒ Eletroplessão.Ⓓ Soterramento.Ⓔ Fulminação.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: Traumas de natureza física são todos aqueles que envolvem a presença de energias radiantes – que se propagam a partir de uma fonte emissora. Energias luminosa, sonora, elétrica, nucle-

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ar, celular, de micro-ondas e térmicas representam as envolvidas nesta natureza de trauma. Dentre as elétricas temos as naturais – por raios atmosféricos – e as artificiais – produzidas por usinas ou aparelhos do tipo baterias. Nas afetações por energia elétrica natural temos os casos com morte – fulminação – e os sem morte – eletroplessão. Nas afetações por energia elétrica artificial temos os casos com morte – eletrocussão – e os sem morte – eletroplessão. Esta classificação não é aceita por todos os autores da área criminal, mas é a mais corrente. Assim, é preciso ver as referências bibliográficas adotadas pelo edital do concurso, caso existam. O sinal de Lichtenberg ou sinal “em folha de samambaia” é comum em casos onde as pessoas foram atingidas por descarga de raios atmosféricos. Portanto, a única resposta possível entre as alternativas oferecidas é a da letra “e”.Alternativa A: INCORRETA. Asfixia é termo genérico utilizado para todas as formas de privação da respiração, seja por constrição cervical, obstrução das vias respiratórias, esgotamento do ar respirável, troca do ar respirável por substâncias tóxicas irrespiráveis ou mesmo compressão torácica.Alternativa B: INCORRETA. Afogamento é a imersão do indivíduo em meio líquido, devendo esta vítima as-pirar e ingerir tal líquido de forma a impossibilitar a manutenção de seu aporte de oxigênio.Alternativa C: INCORRETA. Eletroplessão é a afetação de alguém por energia elétrica artificial sem o resultado morte.Alternativa D: INCORRETA. É a cobertura de alguém por materiais sólidos particulados (neve, terra, açúcar, grãos de soja, areia etc.), obstruindo suas vias respiratórias à tentativa de respiração.Alternativa E: CORRETA. Trata-se da morte de alguém afetado por raio atmosférico.

12 (POLÍCIA TÉCNICO-CIENTÍFICA /GO – FUNCAB - 2015) Assinale a alternativa que apresenta a síndrome de-sencadeada pela eletricidade artificial, NÃO necessariamente letal.

Ⓐ Eletroplessão.Ⓑ Metalização.Ⓒ Fulminação.Ⓓ Eletrocussão.Ⓔ Fulguração.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: O enunciado traz a expressão “não necessariamente letal” e isto também pode gerar erro de interpretação. As lesões causadas por energia elétrica – natural ou artificial – com ou sem re-sultado de morte, são divididas e classificadas levando-se em conta justamente o critério de letalidade. Portanto, “necessariamente” não se acha bem aplicado na questão, sendo dispensável e não desejado o seu uso. O correto seria questionar acerca da síndrome causada por descarga de energia elétrica artifi-cial não letal. Neste sentido teremos:Alternativa A: CORRETA. Eletroplessão é a afetação por energia elétrica artificial sem o resultado de morte. Caso ocorra a morte teremos a eletrocussão.Alternativa B: INCORRETA. A metalização corresponde ao destacamento da pele com “salpicos” ou impreg-nação de minúsculas partículas metálicas emanadas do condutor de eletricidade artificial, quando aci-dentes ocorrem.Alternativas C e E: INCORRETAS. Se tivesse ocorrido descarga de raios atmosféricos com ou sem morte, diríamos que havia ocorrido, respectivamente, fulminação ou fulguração.Alternativa D: INCORRETA. Caso o evento de descarga elétrica artificial produza a morte da vítima, estaremos diante da eletrocussão.

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13 (PC/ PB - CESPE - 2009) No século XX, principalmente na década de 70, os benzodiazepínicos foram amplamente prescritos no tratamento dos transtornos ansiosos, sendo considerados seguros e de

baixa toxicidade. O consumo prolongado desse fármaco mostrou que, em alguns casos, havia risco de dependência entre os usuários. Em pessoas idosas, observou-se maior risco de interação medicamen-tosa, piora do desempenho psicomotor e cognitivo (reversível), quedas e risco de acidentes no trânsito, em decorrência da farmacocinética dessa droga. A respeito dos benzodiazepínicos, assinale a opção correta:

Ⓐ Os benzodiazepínicos são rapidamente absorvidos pela via oral e apresentam rápida metabolização, produzindo metabólitos inativos.Ⓑ Após serem absorvidos, os benzodiazepínicos ligam-se a proteínas plasmáticas, o que diminui a sua lipossolubilidade e aumenta sua taxa de metabolização.Ⓒ Os benzodiazepínicos em superdosagem aguda são considerados muito perigosos, porque causam depressão grave da respiração ou da função cardiovascular.Ⓓ Os benzodiazepínicos são metabolizados por conjugação com glicuronídeo e eliminados pela urina.Ⓔ Os sintomas observados na síndrome de abstinência pelos benzodiazepínicos são similares aos ob-servados para os barbitúricos.

GRAU DE DIFICULDADE

▶ DICA DO AUTOR: Os benzodiazepínicos são fármacos lipofílicos com boa disponibilidade, ampla dis-tribuição por todo corpo e forte ligação a proteínas plasmáticas. A metabolização é quase exclusiva pelo fígado, subprodutos inativos e ativos são originados, esses últimos com efeitos sobre o sistema nervoso central. Eles também podem ser conjugados ao ácido glicurônico, dando origem a subprodu-tos inativos e apóseliminados por via renal.O uso de benzodiazepínicos pode ser oral, intramuscular, endovenoso, ou retal. Independentemente da via de administração eles passam rapidamente para o sangue, alcançando concentrações plasmáticas máximas em 30 minutos até cerca de 2 horas (em crianças, o pico plasmático é mais rápido). Ao chegar à corrente sanguínea, a maioria dos benzodiazepínicos se liga fortemente a proteínas plasmáticas e se distribui uniformemente pelos tecidos.Alternativa C: INCORRETA. Funções autônomas como a pressão arterial, frequência cardíaca e temperatura corporal não são prejudicadas.Alternativa D: CORRETA.Alternativa E: INCORRETA. As reações de abstinência graves são mais frequentes depois do uso de barbitúricos do que de benzodiazepínicos e a abstinência de barbitúricos é geralmente pior, embora ambas possam ser muito difíceis de tratar.

14 (PC/RJ - IBFP - 2013) O termo benzodiazepínico refere-se à porção da estrutura composta de um anel benzênico (anel A) fundido a um anel diazepínico de sete membros (anel B). Todos os benzodia-

zepínicos apresentam atividade sedativo-hipnótica de graus variáveis por promoverem a ligação:

Ⓐ Do glutamato ao receptor AMPA.Ⓑ Da glicina ao receptor GABA-B.Ⓒ Do glutamato ao receptor NMDA.Ⓓ Do ácido-gama-amino butírico ao receptor GABA-A.Ⓔ Da adenosina ao receptor A1.

GRAU DE DIFICULDADE

Farmacologia

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Alternativa D: CORRETA. Os benzodiazepónicos são drogas hipnóticas e ansiolíticas cujo mecanismo de ação se baseia na atuação nos sistemas inibitórios de neurotransmissão de ácido-gama-butírico (GABA).

15 (PC/RO - FUNCAB - 2013) O fármaco classificado como antagonista dos receptores benzodiazepínicos é o:

Ⓐ Midazolam.ⒷAlprazolam.Ⓒ Flumazenil.Ⓓ Flunitrazepam.Ⓔ Nitrazepam.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativas A, B, D e E: INCORRETAS. Todos estes medicamentos são justamente benzodiazepínicos.Alternativa C: CORRETA. O flumazenil é o único antagonista dos receptores benzodiazepínicos disponível para uso clínico. Ele bloqueia muitas das ações dos benzodiazepínicos sendo aprovado para reversão dos efeitos depressores da superdosagem de benzodiazepínicos sobre o sistema nervoso central, bem como para acelerar a recuperação após o uso destes em procedimentos anestésicos e diagnósticos.