Perspectiva Histórica da Epidemiologia
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8/6/2019 Perspectiva Histrica da Epidemiologia
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Perspectiva HistricaPerspectiva Histricada Epidemiologiada Epidemiologia
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A histria da epidemiologia confunde-se com a histria da medicina.Alguns marcos:
Evoluo at o sculo XIX Hipcrates: h 2.500 anos, analisava as doenas em bases racionais, como produto da
relao do indivduo com o ambiente. O clima, a maneira de viver, os hbitos de comer ede beber deveriam ser levados em conta ao analisar as doenas. Considerado o Pai daMedicina ou o 1 epidemiologista. Seu Juramento: a tica mdica e a importncia doexame minucioso para correto diagnstico e fiel descrio da histria natural da doena.
Preservao de seus ensinamentos(Hipcrates) Galeno (138-201) na Roma Antiga rabes (Idade Mdia) Clnicos (Europa Ocidental, Renascena) toda parte.
Teoria dos Miasmas prevaleceu na Idade Mdia a qual considerava que a doena era causadapela m qualidade do ar, como odores venenosos, gases ou resduos nocivos que tinhaorigem da atmosfera ou a partir do solo.
Primrdios da quantificao dos problemas de sade iniciada h trs sculos por algunspioneiros que iniciaram tal tipo de abordagem, mediante a quantificao dos dados demortalidade.
John Graunt (1620-1674): em 1662 publicou um tratado sobre as tabela morturia emLondres, no qual analisou a mortalidade por sexo e regio, quantos bitos ocorriam emrelao ao total da populao.Pai da demografia e das estatsticas vitais.
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O sculo XIX
Europa como centro das cincias- Revoluo industrial e deslocamento das populaes para as cidades e aocorrncia das epidemias de clera, febre tifide e febre amarela. Os estudiosos se dividiam entre a teoria dosmiasmas e teoria dos germes. Os franceses e ingleses tiveram destaque na histria da medicina e daepidemiologia daquela poca.
Pierre Louis (1787-1872): introduziu o mtodo estatstico na investigao de doenas e tratamentos, revelou aletalidade da pneumonia em relao poca em que era iniciado o tratamento por sangria. Considerado o verdadeiro pai da epidemiologia moderna.
Louis Villerm (1782-1863): investigou a pobreza, as condies de trabalho e suas repercusses sobre a sade e aestreita relao entre situao socio-econmica e mortalidade , um dos pioneiros dos estudos sobre etiologia(estudo das causas) social das doenas. Pesquisa sobre sade dos trabalhadores das indstrias de algodo, l eseda.
William Farr (1807-1883): trabalhou no Escritrio Geral de registros da Inglaterra: classificao das doenas,descrio das leis das epidemias (lei de Farr) e a produo de informaes epidemiolgicas sistemticas usadopara planejar aes de preveno e controle. Concluses da gravidade da situao da populao: mais da dascrianas no chegava idade de 5 anos; a idade mdia do bito nas classes altas era de 36 anos, trabalhadores docomrcio 22 anos e da indstria 16 anos.
John Snow (1813-1858): Realizou grande investigao de epidemias de clera em Londres (1849-1854),elucidandocom um minucioso trabalho de campo a relao da clera com o fornecimento de gua (contaminada) de umacerta companhia de abastecimento. Pai da epidemiologia de campo: coleta planejada de dados, em geral, nacomunidade,
Louis Pasteur (1822-1895): pai da bacteriologia, bases biolgicas para o estudo das doenas infecciosas,identificou e isolou numerosas bactrias, estudo da fermentao da cerveja e do leite, investigao das bactriaspatognicas e dos meios de destru-las ou impedir sua multiplicao e os princpios da pasteurizao :consolidao das teoria do agente. Seguem-se inmeras pesquisas (Robert Koch), abandona-se a teoria dosmiasmas com a descoberta dos agentes causais das doenas.
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Outras figuras de destaque:
Ignaz Semmelweis (1818-1865):mdico hngaro, investigou as causasda febre puerperal em duas clnicas de maternidade ondetrabalhava pela alta taxa de mortalidade em uma delas.Estudantesvinham a enfermaria e examinavam as mulheres aps dissecaesna sala de autpsias e na outra clnica no acontecia. Houve asuspeita de contaminao das mulheres por esse estudantes aofazer o exame. Foi tomada medidas de higiene e desinfeco das
mos (regime institudo nas maternidades em 1847). Edward Jenner (1743-1823): mdico ingls, foi o 1 a utilizar umavacina contra varola, considerado o pai da imunologia.
Jacques Quetelet (1796-1857): estatstico belga, lembrado pelaaplicao pioneira do raciocnio estatstico s cincias biolgicas esociais.
Gregor Mendel (1822-1884): padre e botnico austraco, pioneirodos estudos de gentica, abrindo caminho para os mistrios datransmisso de caractersticas de pais para filhos e a distribuiodesigual da doenas na comunidade (em partes).
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Primeira metade do sculo XX :
Influncia da microbiologia :estudos concentrados no laboratrio, os demaisramos da medicina eram subordinados este conhecimento. A formaodo sanitarista centrava-se no laboratrio.
Oswaldo Cruz (1872-1917): sanitarista brasileiro fundou o Instituto emManguinhos-RJ, propiciando uma gama de pesquisas e investimentos narea, alm de combate febre tifide, peste e varola, reconhecido comoum dos grandes vultos da sade pblica brasileira. Figuras que ali sedestacaram: Carlos Chagas (1879-1934), Adolfo Lutz (1855-1940)protozoologista que trabalhava no controle da febre amarela e de outrasendemias, ao lado de outro grande sanitarista, Emlio Ribas (1862-1925).
Desdobramentos da teoria dos germes, mediante o aumento da resistnciaespecfica do organismo humano, com o uso das imunizaes, e dapromoo do saneamento ambiental.
Saneamento ambiental,vetores e reservatrios de agentes.
Ecologia: preocupao com o estudo das doenas em relao a fatoresambientais considera comoecologia mdica. Base de dados para a moderna epidemiologia: estatsticas vitais: informaes
sobre nascimentos, bitos, informaes sobre morbidade a partir dosdados oficiais e sem as quais no seria possvel as investigaes etiolgicas.
Epidemiologia nutricional: algumas doenas tidas como infecciosas tinham naverdade natureza nutricional.
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Segunda metade do sculo XX, aps a Segunda Guerra Mundial(1939-1945) houve um impressionante desenvolvimento da
epidemiologia.Mudanas das doenas prevalentes de infecciosas para as doenascrnicas e degenerativas como causa de mortalidade e morbidade:
A determinao das condies de sade da populao (inquritos demorbidade e de mortalidade);
A busca sistemtica de fatores antecedentes ao aparecimento dasdoenas, que possam ser rotulados como agentes ou fatores derisco (rubola, cigarro, e coronariopatias); e
A avaliao da utilidade e da segurana das intervenes propostaspara alterar a incidncia ou a evoluo da doena, atravs deestudos controlados. (estreptomicina na tuberculose, fluoretaoda gua, vacina contra poliomielite)
Investigaes de fatores causadores de doena: Estudos de Coorte: papel dos fatores de risco nas doenas no
transmissveis (Ex: doenas cardiovasculares) Estudos Caso-controle: conhecer a etiologia de doenas
crnicas (Ex: tabagismo X cncer de pulmo)
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Situao atual: Praticamente todos os agravos sade j foram ou esto sendo
estudados atravs de estudos epidemiolgicos;Teoria da multicausalidade (necessidade da epidemiologia analtica); Tornou-se claro que os agentes microbianos e fsicos no eram
capazes de explicar todas as questes de etiologia e prognsticodas doenas;
Incorporao dos princpios da psicologia e sociologia;
Anlise multivariada;
Tendncias da epidemiologia atual: Epidemiologia clnica: aplicao do mtodo epidemiolgico no
diagnstico clnico e no cuidado direto do paciente, com maior
rigor cientfico na pr
tica mdica. Epidemiologia social: renascer do estudo da determinao social dadoena, buscando melhorar o atendimento sade da populao,especialmente as mais subdesenvolvidas, de maneiramultidisciplinar, procurando trabalhar na diminuio dasdesigualdades sociais e preveno de doenas evitveis.
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Pilares da epidemiologia atual:
Cincias biolgicas (clnica, patologia,microbiologia, parasitologia, imunologia); Cincias sociais: A sociedade, da forma como
est organizada, embora oferea proteo aoindivduo tambm determina muitos riscos deadoecer, bem como o acesso das pessoas stcnicas de preveno das doenas e depromoo e recuperao da sade;
Estatsticas : coletar, resumir e analisar dados.
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A epidemiologia uma maneira deaprender a fazer perguntas e a colherrespostas que levam a novas
perguntas...empregada no estudo dasade e da doena das populaes. acincia bsica da medicina preventiva e
comunitria, sendo aplicada a umavariedade de problemas, tanto de serviosde sade como de sade .
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Obrigado a Professora Ktia
e a todos os colegas de classe
pela ateno!!
Ronaldo, Elizabeth e Ligia.