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18 Plaza de Armas, cidade de Cusco
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26E D I T O R I A L
OPORTUNIDADES ANDINAS
28C A P A
ESTABILIDADE E CRESCIMENTO
36A C O R D O
PARCERIA EM ALTA
44N E G Ó C I O S
MERCADO GOVERNAMENTAL
52T U R I S M O
VIAGEM NO TEMPO
60H O T É I S
RETIRO NO VALE SAGRADO
66R E S T A U R A N T E S
SABORES DOS ANDES
72P R Ê M I O
MELHOR ARQUITETA DO ANO É PERUANA
76G A S T R O N O M I A
O TEMPERO DA ECONOMIA
80P E R F I L
CHEFS GANHAM O MUNDO
84P I S C O
BEBIDA DISPUTADA
86C U L T U R A
LIMA REÚNE 3 MIL ANOS DE HISTÓRIA
92E V E N T O
PARA AMPLIAR AS RELAÇÕES COMERCIAIS
94C A R R O
CLÁSSICO REPAGINADO
100E S T I L O
OBJETOS DE DESEJO
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E S P E C I A L B U S I N E S S AV I AT I O N
104A V I A Ç Ã O E X E C U T I V A
RECUPERAÇÃO COM CAUTELA
114J A T O S
NOVIDADES NO AR
120L U X O
O CÉU É O LIMITE
126H E L I C Ó P T E R O S
ESTREIA PROMISSORA
130T A P A
ESTABILIDAD Y EXPANSIÓN
136E X P O R T A C I O N E S
ACUERDOS EN ALTA
142N E G O C I O S I N T E R N A C I O N A L E S
MERCADO GUBERNAMENTAL
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C usco, capital cultural peruana,
é o palco do 23O MEETING
INTERNACIONAL LIDE, uma
excelente ocasião para empre-
sários explorarem as oportunidades que
se abrem na nação vizinha. A exemplo de
outros países latino-americanos, como
Colômbia, Chile e Paraguai, o Peru tem
conseguido ótimos resultados ao garan-
tir a estabilidade econômica e adotar po-
líticas pró-mercado. Um acordo comercial
vai zerar as taxas de importação de produ-
tos brasileiros a partir de 2019, o que incentivará ainda
mais as companhias nacionais a ampliar as exportações.
Além dos negócios, o Peru oferece um rico panorama
turístico e gastronômico. A tradição milenar dos incas,
aliada à herança colonial espanhola, propicia passeios
únicos em Machu Picchu e na própria região do Vale
Sagrado. Hotéis luxuosos, incluindo o
Belmond Monastério, são boas dicas de
estadia. A culinária local, uma das mais
ricas do mundo, reúne diferentes tradi-
ções e é difundida por chefs premiados:
Gastón Acurio e Pía León.
Em nosso especial Business Aviation,
grandes empresas do setor apontam que
a aviação executiva começa a se recupe-
rar dos efeitos da recessão e o clima é de
otimismo para 2019. Também revelamos
aviões que foram exibidos pela primeira
vez no Brasil, como o Cessna Citation Longitude, e alguns
dos jatos mais cobiçados. O Lineage 1000E, da Embraer,
é um deles. Para o entretenimento, apresentamos ainda
nesta edição o Maserati Quattroporte GTS 2019, o mo-
delo mais recente e potente da fábrica italiana.
Boa leitura!
OPORTUNIDADES ANDINAS
U M A P U B L I C AÇ ÃO
Av. Brig. Faria Lima, 2.277, 11o andarJd. Europa - S. Paulo, SP - CEP 01452-000 - BrasilTel./fax: (11) 3039-6011 - www.grupodoria.com.br
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Tiragem 60.000 exemplares
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P U B L I S H E RCelia Pompeia
DIRETORA EDITORIALAna Lúcia Ventorim
CO N S E L H O E D I TO R I A LAna Lúcia Ventorim
Celia Pompeia Píndaro Camarinha
E D I TO R AIsabel Lopes
CO O R D E N A D O R E S D E CO N T E Ú D OAlan CruzBel Bueno
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P U B L I C I DA D E
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P U B L I C I DA D E Cidinha Castro [email protected]
Debora Leopoldo [email protected] A. Tornelli [email protected]
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V I C E-P R E S I D E N T ECelia Pompeia [email protected]
A N O 2 0 1 8
A n a L ú c i a V e n t o r i m ,D i r e t o r a E d i t o r i a l
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2 6 M E E T I N G 2018
E D I T O R I A L
O Peru vive um boom eco-
nômico com ótimos in-
dicadores, como infla-
ção (3,2%) e juros bai-
xos (2,75%), câmbio relativamente
estável (1 novo sol = R$ 1,12), baixo
endividamento do setor público
(25,7% do PIB no ano passado) e re-
servas internacionais confortáveis
(US$ 61 bilhões).
O país exporta basicamente
minérios e petróleo, mas importa
seus derivados, além de produtos
químicos, máquinas, veículos e
aparelhos eletrônicos. Seus prin-
cipais parceiros econômicos são
Estados Unidos, China, Suíça e
Canadá (exportação) e Estados
Unidos, China, Brasil e Equador
(importação). Fechou 2017 com
US$ 42,5 bilhões em exportações e
ESTABILIDADEE EXPANSÃOCrescimento da economia peruana oferece boas oportunidades para empresas brasileiras no país
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US$ 38,8 bilhões em importações.
A relação comercial é favorável ao
Brasil (exportamos US$ 2,5 bilhões
e importamos US$ 1,6 bilhão). So-
mos o oitavo país na pauta de ex-
portações peruanas e o terceiro
nas importações.
Nos últimos seis anos, o Peru
apresentou uma evolução econô-
mica acima da média de seus vizi-
nhos sul-americanos. Em 2017, a
economia peruana cresceu 2,5%,
com um PIB de US$ 215,22 bi-
lhões, estimulada pelos setores
de mineração e hidrocarbonetos
(3,19%), agropecuário (2,62%),
pesca (4,67%) e serviços (2,74%),
além de uma alta de 2,20% no se-
tor de construção civil, após nove
anos de índices negativos, segundo
o Instituto Nacional de Estatís-
tica e Informática (Inei) do país.
O Peru ocupa o 32º lugar no ran-
king econômico mundial, ultra-
passando, inclusive, o Brasil (45a
posição). Essa colocação não foi
melhor por causa das turbulên-
cias políticas, com escândalos de
corrupção que estouraram no ano
passado e envolveram a Odebrecht,
culminando na renúncia do pre-
sidente Pedro Pablo Kuczynski.
Seu sucessor, Martín Vizcarra, tem
plataforma política focada no de-
senvolvimento. Para tanto, aposta
em atrair investidores estrangei-
ros, acenando com incentivos tri-
butários. O mais vantajoso para
o Brasil é a iniciativa de zerar os
impostos de importação e expor-
tação de produtos a partir de ja-
neiro de 2019.
A resolução também tem o ob-
jetivo de recuperar o déficit de
infraestrutura do país e colaborar
para a dinamização dos investi-
mentos privados. A economia pe-
ruana é demasiadamente calcada
na agricultura (café, cacau, coca,
cana-de-açúcar, algodão, aspargos,
arroz, milho e batata) e na mine-
ração, como a prata (terceiro pro-
dutor mundial), o zinco (quarto),
o estanho (quinto) e o cobre (oi-
tavo). A atividade pesqueira é forte
– o Peru é um dos maiores produ-
tores mundiais. No entanto, seu
parque industrial é incipiente. Pro-
duz basicamente tecidos, deriva-
dos de pesca, cimento, alimentos
processados e aço. A população,
que beira os 33 milhões, carece de
novas oportunidades de emprego
e renda, uma vez que 25% estão
abaixo da linha de pobreza e o de-
semprego bate os 6,7%.
O governo vai destinar 21,6% do
PIB para medidas de estímulo ao
desenvolvimento em curto prazo e
contribuir para uma nova fase de
aceleração econômica, que deverá
culminar numa elevação do indica-
dor em torno de 4% neste ano. Para
2019, a expectativa de crescimento
é de 4,2%. Entre 2020 e 2022, é es-
perado uma média de 4,8%. Nesse
cenário, o investimento privado de-
verá ser incrementado em 5,2% em
2018 e 7,5% em 2019.
De acordo com o cônsul co-
mercial do Peru no Brasil, Anto-
nio Castillo, o país tem tudo para
ser o grande aliado desse pro-
cesso de intenso crescimento pe-
ruano. “A Votorantim explora a
mina de zinco mais importante do
mundo, a Gerdau e a Usiminas, o
mercado de aço, o Grupo Ellenco,
ANTONIO CASTILLOCônsul comercial do
Peru no Brasil
“Hoje, um calçado produzido no Brasil
paga de 27% a 32% de imposto de exportação
para entrar nos EUA. Se a empresa montar
uma operação no Peru, esse indicador cai
para zero. Haverá um custo logístico, mas
tenho certeza de que se abrem grandes possibilidades aos
produtos brasileiros”
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as áreas de infraestrutura e pavi-
mentação. Há muito espaço para
médias e pequenas empresas in-
vestirem no país, principalmente
nos setores agrícola, de alimen-
tos, cosméticos, tecnologia, hote-
laria, turismo e vestuário”, afirma.
O cônsul reitera que, com a elimi-
nação do imposto de importação
a partir de janeiro, isso vai impli-
car até 70% de desconto em cer-
tos produtos. “Hoje, um calçado
produzido no Brasil paga de 27%
a 32% de tributo de exportação
para entrar nos Estados Unidos.
Se a empresa montar uma opera-
ção no Peru, esse indicador cairá
para zero. Haverá um custo logís-
tico, mas tenho certeza de que se
abrem grandes possibilidades aos
produtos brasileiros tanto para o
mercado interno peruano quanto
para exportações para outros paí-
ses”, garante. “Nosso escritório no
Brasil está empenhado em asses-
sorar os empresários dos dois paí-
ses para fomentar cada vez mais
esse comércio bilateral.”
PRESENÇA BRASILEIRAO comércio Brasil-Peru já está aque-
cido. Girou em torno de US$ 4 bi-
lhões em 2017, o segundo nível mais
alto dos últimos 20 anos. Fora o ba-
lanço de importações e exportações,
de acordo com dados do Ministério
do Comércio do Peru, cerca de 70
empresas brasileiras estão instala-
das no país, incluindo Ambev, An-
drade Gutierrez, Artecola Química,
Azaleia, Banco do Brasil, Braskem,
BTG Pactual, Camargo Corrêa, Ca-
mil, Ciser Parafusos e Porcas, Du-
ratex, Eurofarma, Forno de Minas,
Gerdau, H. Stern, Itaú BBA, La-
tam Linhas Aéreas, Lupo, Natura,
Odebrecht, Randon, Ricardo Al-
meida, Smart Fit, Stefanini, Tigre,
Tramontina, Vale, Votorantim Me-
tais, Vulcabras e WEG.
A Tigre, fabricante multinacio-
nal brasileira de tubos, conexões
e acessórios, tem presença em 30
países. Em 2015, investiu US$ 30
milhões na inauguração de uma fá-
brica no distrito de Lurin, a 32 km
da capital Lima. A unidade, com
80 mil m2, é a mais moderna já
construída fora do Brasil e produz
anualmente cerca de 45 mil tone-
ladas de peças. “Estamos focados
na liderança em todos os países
onde a Tigre atua, e essa fábrica
representou o fortalecimento da
marca na América do Sul. O Peru
tem grande importância para nosso
A Tigre inaugurou uma moderna fábrica nos arredores de Lima em 2015, determinada a se tornar líder de mercado
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negócio, pelas oportunidades que
reserva ao setor de construção civil
e pelo cenário econômico em cres-
cimento”, afirma o presidente da
empresa, Otto von Sothen.
Outra companhia que aposta
no Peru é a Randon, maior fabri-
cante de reboques e semirreboques
da América Latina e uma das mais
significativas do mundo. Além da
sede, em Caxias do Sul (RS), a com-
panhia tem duas unidades indus-
triais no Brasil, uma na Argentina
e inaugurou em março deste ano
uma fábrica no Peru, em Callao, re-
gião metropolitana de Lima. Essa
nova planta, resultado da joint ven-
ture com o grupo chileno Epysa,
tem capacidade de produzir mil
unidades por ano. O mercado pe-
ruano desse segmento absorve em
torno de 6 mil unidades anuais, fi-
cando atrás apenas do Brasil e da
Argentina. “Era um desejo antigo
entrar no terceiro maior mercado
da América Latina. Ainda é cedo
para avaliar, mas nestes poucos
meses de operação no Peru foi pos-
sível sentir que estamos no lugar
certo e convictos de que alcançare-
mos nossas metas”, afirma o presi-
dente David Abramo Randon. Se-
gundo ele, o otimismo também se
justifica pelo cenário de estabili-
dade econômica e atração de ne-
gócios. “É a nação que mais cresce
na América Latina, em função dos
amplos recursos naturais e também
dos investimentos em infraestru-
tura”, afirma.
Randon acredita que as empre-
sas devem olhar o país como um
DAVID ABRAMO RANDON
Presidente da Randon
“O Peru é a nação que mais cresce na América
Latina, em função dos amplos recursos
naturais e também dos investimentos em infraestrutura”
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“bom porto para ancorar”. “O Peru
precisa estar no radar de quem tem
planos de expandir seus negócios.
Trata-se de um país que cresce há
oito anos consecutivos em PIB e ne-
cessita investimentos em infraestru-
tura e logística, abrindo oportunida-
des de negócios para as indústrias
de bens de capital, como a Randon”,
diz. Segundo o executivo, a projeção
da unidade peruana é atingir, em
cinco anos, a participação de 20%
do mercado interno. “Os empresá-
rios brasileiros convivem com uma
exagerada carga tributária e essa eli-
minação total do imposto abre um
enorme espaço para ampliar cada
vez mais o aporte de recursos em es-
trutura e em inovação para garan-
tir maior produtividade. Esse fato,
aliado ao potencial de negócios do
Peru, certamente impactará numa
decisão sobre onde o empresário
brasileiro irá investir.” n
A Plaza de Armas é o ponto central de Cusco, cidade-sede do 23o Meeting Internacional LIDE
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E X P O R T A Ç Õ E S
PARCERIA EM ALTA
Políticas de atração de investimentos do país andino devem gerar um efeito
multiplicador no crescimento das relações comerciais entre Brasil e Peru
2018 M E E T I N G 3 7
O Brasil é um tradicional
parceiro de negócios do
Peru. Apesar da queda na
balança comercial entre
os dois países de 2012 a 2015, as
relações retornaram ao antigo pa-
tamar e fecharam em US$ 3,86 bi-
lhões em 2017. Nesse mesmo ano, as
exportações brasileiras ao país an-
dino alcançaram US$ 2,24 bilhões,
um crescimento de 15% em relação a
2016, enquanto houve um aumento
de quase 30% das importações do
Peru no mesmo período, que atin-
giram US$ 1,6 bilhão.
No ano passado, o Peru foi o 28º
destino das nossas exportações, re-
presentando pouco mais de 1% do
total no ano. Na América Latina, o
país é o sétimo, algo em torno de 5%,
mas ainda há muitas oportunidades
a serem exploradas. “A expectativa é
que a adoção das políticas correntes
de atração de investimentos estran-
geiros feita pelo governo peruano,
principalmente em infraestrutura de
construção, transporte e irrigação, re-
flita no aumento do consumo interno,
gerando um efeito multiplicador no
incremento das relações comerciais
bilaterais”, afirma Márcia Nejaim, di-
retora de Negócios da Agência Brasi-
leira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil).
Atualmente, os principais produ-
tos exportados do Brasil para o país
são veículos, máquinas, petróleo e
aço para construção civil. Os seg-
mentos de materiais de transporte
– que apontou crescimento de 29%
–, maquinário e metais comuns jun-
tos correspondem à metade do to-
tal exportado em 2017. “Há espaço
para maior diversificação da pauta,
A mineração é um dos pilares da economia peruana e um dos mercados-alvo de empresas brasileiras, como a Votorantim
3 8 M E E T I N G 2018
E X P O R T A Ç Õ E S
MÁRCIA NEJAIMDiretora de Negócios
da Apex-Brasil
“O Peru é atualmente um dos países
prioritários para a internacionalização
de empresas brasileiras”
com oportunidades em setores ex-
pressivos, como plástico, químico,
papel e madeira, os quais aumenta-
ram 26% suas vendas em conjunto.
Vale lembrar que o parque industrial
peruano é reduzido, o que torna o
país muito dependente de importa-
ções de bens de consumo. Nesse as-
pecto, existe grande potencial para
as exportações brasileiras”, afirma
Juliano Féres Nascimento, minis-
tro-conselheiro da Embaixada do
Brasil em Lima.
A diretora da Apex-Brasil con-
corda com Féres. Pesquisas feitas pela
entidade identificaram os segmentos
com ótimas oportunidades. Plásticos,
produtos metalúrgicos, farmacêuti-
cos e papel encabeçam a lista, uma
vez que totalizaram importações de
US$ 5,8 bilhões em 2016 pelo Peru.
No de máquinas e equipamentos,
esse volume atingiu US$ 9,5 bilhões
em 2016, com destaques para os sub-
setores ligados ao setor automotivo,
de terraplenagem e perfuração, ma-
teriais elétricos e eletrônicos e com-
pressores e bombas. “Mas há outros
nichos com alta atratividade para as
empresas nacionais, tais como móveis,
calçados, cosméticos, carne bovina,
de frango e suína”, afirma Márcia.
EXPORTAÇÕES VIA PERUComo o governo eliminou o im-
posto de importação de produtos
de indústrias estrangeiras que quei-
ram se estabelecer no país a partir
de janeiro de 2019, isso cria uma
situação atraente para empresas
brasileiras, não só para atuar no
âmbito interno como também ex-
portar para países como os EUA e
a China, que têm acordos de isen-
ção total de tributos com o governo
local. “O impacto positivo deverá
ser sentido na medida em que o
empresário do Brasil reconhecer
no Peru a real possibilidade de se
constituir numa plataforma para
ampliação de mercados alternati-
vos, uma vez que 85% dos nossos
produtos já entram no país livres
de tarifas, enquanto nos 15% res-
tantes incide gravame de até 5%,
o qual será reduzido a zero em ja-
neiro de 2019”, explica Féres.
Segundo Márcia, esse novo am-
biente econômico, com isenção
de impostos e tributos, influencia,
mas a possibilidade de acessar ter-
ceiros mercados é um grande atra-
tivo. “O Peru é atualmente um dos
países prioritários para a interna-
cionalização de empresas brasilei-
ras. Isso foi observado na primeira
edição das nossas pesquisas sobre
o tema, em 2016, e voltou a se re-
petir na segunda, em 2018”, revela
Nejaim. Diante desse cenário, em
fevereiro deste ano, a Apex realizou
uma missão ao país com 15 altos
O país andino foi o 28o destino das exportações brasileiras. Na América Latina, é o sétimo, mas ainda há muitas oportunidades a serem exploradas
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JULIANO FÉRES NASCIMENTO
Ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil em Lima
“Só no ano passado, o Secom, Setor de
Promoção Comercial da Embaixada,
respondeu a mais de 500 consultas de
importadores peruanos, o que demonstra um
enorme interesse pelos produtos brasileiros”
executivos do Brasil. Eles partici-
param de seminários sobre negó-
cios, fizeram contato com advoga-
dos e contadores peruanos e pro-
moveram visitas técnicas a com-
panhias já instaladas, como a Ti-
gre e a Stefanini. “Missões como
as da Apex e o Meeting Interna-
cional LIDE são fundamentais.
Com base nessa experiência, novas
companhias irão construir sua es-
tratégia para definir seu modo de
entrada no país”, afirma.
De acordo com a diretora, o pa-
pel da entidade é exatamente apoiar
a promoção de produtos e serviços
e a entrada de empresas além de
nossas fronteiras. “As interessadas
nas oportunidades peruanas podem
contar com a Agência na qualifica-
ção para o comércio exterior, por
meio de inteligência de mercado ou
da participação em missões comer-
ciais, feiras, entre outras”, afirma.
Dos 63 projetos setoriais realiza-
dos pela entidade em parceria com
a iniciativa privada, 25 têm o Peru
como alvo para abrir, consolidar,
manter ou recuperar espaço no país.
Em 2017, 1.184 empresas suporta-
das pela Apex exportaram para lá
US$ 577 milhões. Somente neste
ano foram realizadas 19 ações de
incentivo comercial no país, sendo
uma de internacionalização corpo-
rativa. Para 2019, já estão previs-
tas dez ações desse tipo.
Já a Embaixada do Brasil em
Lima oferece o Setor de Promo-
ção Comercial (Secom). “Trata-se
do maior vetor de apoio ao empre-
sariado nacional no Peru”, garante
Féres. Segundo ele, o trabalho en-
volve atividades de inteligência e
informação, atendimento a exe-
cutivos dos dois países, entre ou-
tros. Só no ano passado o Secom
respondeu a mais de 500 consul-
tas de importadores peruanos, o
que demonstra um enorme inte-
resse pelos produtos brasileiros. O
órgão da embaixada orienta ainda
os interessados a se cadastrarem
no portal “Invest & Export Brasil”,
que também serve de referência
para futuras pesquisas. “Cada vez
mais companhias do Brasil se sen-
tem atraídas pelo ambiente de ne-
gócios favorável do Peru. Os acor-
dos de comércio sinalizam uma
forte tendência de crescimento
nas relações bilaterais. As empre-
sas se sentem seguras para reali-
zar investimentos no país. É uma
agenda que aumenta ainda mais
as conexões entre as duas nações”,
afirma Márcia.
NEGÓCIOS EM ALTAVeículos pesados estão entre os
nossos produtos mais importados
pelo Peru. A fábrica brasileira da
Volkswagen Caminhões e Ônibus
é protagonista dessas exportações
que, nos últimos três anos, apre-
sentaram alta de 50% nas vendas
ao ano (em 2015, foram 234 uni-
dades; em 2016, 326; e em 2017,
528). De acordo com Roberto Cor-
tes, presidente e CEO dessa divi-
são da montadora, o horizonte é
de um aumento de 40% em 2018.
“Sem dúvida, é um volume signi-
ficativo. O Peru é um dos nossos
principais mercados. O objetivo é
manter esse crescimento das ven-
das em 2019 e ultrapassar as mil
unidades embarcadas”, afirma.
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Caminhões são o principal produto exportado pela Volkswagen do Brasil para o Peru, com vendas que crescem em média 50% ao ano
O atual ciclo de investimentos da
VW Caminhões e Ônibus representa
R$ 1,5 bilhão para o período 2017-
2021 e dá suporte ao plano de inter-
nacionalização e expansão da marca.
De acordo com Cortes, não há, no
momento, intenção de abrir fábrica
por lá, mesmo com a possibilidade
de isenção de impostos para exportar
para outros países. “Temos muita ca-
pacidade de produção no Brasil e os
volumes no segmento local ainda não
justificariam implantar uma linha de
montagem. Claro que existe uma opor-
tunidade com o pacto Andino (Peru,
Equador e Colômbia) que poderia ser
explorada. Estamos de olho!”, afirma.
Uma dica para quem deseja expor-
tar para o Peru é apostar na eficiência
e oferecer qualidade. “Os mercados
externos, a exemplo do que ocorre
aqui, exigem o que há de melhor e
mais moderno. Por isso investimos
em tecnologia de ponta, lançamentos
– como a nova família Delivery –, atua-
lização dos processos produtivos, ex-
celência no pós-vendas e fortaleci-
mento da marca e da nossa rede de
distribuição. Seguimos acreditando
no mercado peruano e, claro, no do
Brasil”, afirma. n
Veículos pesados estão entre os produtos mais importados pelo Peru. A fábrica brasileira da Volkswagen Caminhões e Ônibus é protagonista dessas exportações
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MERCADO GOVERNAMENTAL
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Acordos firmados com Peru e Mercosul abrem oportunidades inéditas
para brasileiros participarem de concessões e licitações públicas
2018 M E E T I N G 4 5
E ntram em vigor em 2019
os primeiros acordos que
autorizam as companhias
brasileiras a participar de
concessões e licitações públicas no
Peru e nos demais países associados
ao Mercosul nas mesmas condições
das empresas locais, sem as atuais
barreiras impostas para os estran-
geiros e sem impostos de importa-
ção. Esse é um mercado potencial
de US$ 109 bilhões.
Os tratados de comércio inter-
nacional firmados pelo Brasil até
então focavam questões tarifárias.
Mas, nos últimos anos, houve uma
abertura do mercado de compras
governamentais por aqui para em-
presas de outros países, que já re-
presentam em certos nichos quase
50% dos contratos. Oficializa-se,
agora, o início da contrapartida.
Os acordos com o Mercosul signifi-
cam, portanto, uma nova realidade
para as exportações. Eles eliminam
alguns obstáculos, como preferên-
cias por empresas locais e certifica-
ções específicas pedidas às estran-
geiras, que muitas vezes represen-
tavam custos extras, inviabilizando
a disputa em processos licitatórios.
Peru e Chile já deram sinais de
que os interessados poderão in-
crementar a participação em suas
concorrências a partir de 1º de ja-
neiro. O Brasil já tinha firmado tra-
tados bilaterais de acesso às com-
pras públicas peruanas, em 2016, e
com o Chile, em 2018. A ampliação
para todos os países do bloco con-
solida a prática, o que deve gerar
mais competitividade e acessibili-
dade e menos burocracia, incremen-
tando as exportações. O potencial
OTTO NOGAMIEconomista e
professor do Insper
“A indústria brasileira precisa investir para dar mais
competitividade ao nosso produto exportável, que pode abocanhar
parte do comércio realizado com Estados
Unidos e China”
do mercado peruano é estimado
em US$ 12 bilhões, o chileno em
US$ 11 bilhões e o da Argentina em
US$ 81,5 bilhões, segundo um le-
vantamento da Confederação Na-
cional da Indústria (CNI). Para a
entidade, os maiores beneficiados
serão os setores que já fazem ne-
gócios ou têm presença em países
latino-americanos – como constru-
ção civil, máquinas e equipamen-
tos, derivados de petróleo, veículos
e produtos elétricos, eletrônicos e
plásticos –, além dos segmentos
em busca de expansão, entre eles
o rodoviário, medicamentos, ma-
terial de construção e de escritó-
rio, móveis e tecnologia da infor-
mação (TI). Mas existem oportu-
nidades em diversos outros. A CNI,
no entanto, alerta que esse mesmo
levantamento revelou que 75% das
companhias brasileiras têm pouco
ou nenhum conhecimento sobre
a forma de participar dessas con-
corrências. Por essa razão, elabo-
rou um manual básico de licita-
ções em cada país, além de dicas e
formas de acesso a editais e docu-
mentos necessários.
O Escritório Comercial do Peru
no Brasil e a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investi-
mentos (Apex-Brasil) também ofe-
recem consultoria para realizar ne-
gócios ou se estabelecer no país. Isso
porque há casos que exigem a aber-
tura de uma filial em território pe-
ruano a fim de garantir o sucesso da
operação. Há ainda a possibilidade
de firmar parcerias comerciais com
companhias locais. Assim, diante de
diferentes caminhos, cada situação
demanda um plano individualizado.
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Segundo o bureau peruano, o país
está revitalizando toda a sua re-
gião norte e implantando, princi-
palmente, redes de transmissão de
energia, estradas, ferrovias e portos.
É um espaço oportuno para players
do setor de infraestrutura e servi-
ços agregados participarem dos lei-
lões de concessão que se iniciam
em novembro deste ano. Porém, o
As compras governamentais peruanas devem
movimentar negócios em torno de US$ 12
bilhões ao ano
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Peru firmou 17 acordos com 57 paí-
ses para atrair investimentos, isto
é, a concorrência deve ser qualifi-
cada e intensa.
“A indústria brasileira precisa in-
vestir para dar mais competitividade
ao nosso produto exportável, que
pode abocanhar parte do comér-
cio realizado com Estados Unidos
e China”, afirma Otto Nogami, eco-
nomista e professor do Insper. Se-
gundo ele, só dependemos de nós
mesmos para desenvolvermos boas
relações com os vizinhos latino-ame-
ricanos. “As estratégias devem res-
saltar a importância do Mercosul e
de seus países como novos parceiros
no âmbito do comércio internacio-
nal.” Nogami prevê que as transações
com o Peru podem ser uma ótima
porta de entrada para a internacio-
nalização das nossas empresas. Isso
porque, além dos acordos firmados
com esse mercado, o Brasil negocia
compromissos similares com União
Europeia, México, Associação Eu-
ropeia de Livre Comércio (EFTA)
e Canadá, os quais, juntos, somam
quase US$ 2 trilhões em compras
públicas. Ou seja, trata-se de um
terreno fértil, que certamente não
deve ser desprezado. n
Há novas oportunidades de exportação nos segmentos de estradas, medicamentos, materiais de construção e de escritório, móveis e tecnologia da informação (TI)
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Lima fica na costa do Oceano Pacífico e oferece inúmeras atrações, que incluem história, arte, cultura e gastronomia
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VIAGEM NO TEMPO
Visitar o Peru é deparar com ruínas de antigas civilizações, paisagens deslumbrantes e uma rica cultura
que provoca reflexão sobre o passado e o futuro
2018 M E E T I N G 5 3
O Peru está hoje na lista dos
destinos mais desejados
do mundo.” Essa afirma-
ção de Milagros Ochoa de
Koepke, diretora de Turismo do Es-
critório Comercial do Peru no Brasil,
tem fundamento, já que o país re-
cebeu, em 2017, cerca de 4 milhões
de pessoas, volume 10% superior a
2016. Só de brasileiros foram 174 mil,
um aumento de 17,2% em relação a
2016. De janeiro a abril deste ano, o
turismo cresceu 19% em comparação
com o mesmo período de 2017. Mas
qual seria a explicação para tama-
nho sucesso? A resposta é a varie-
dade de atrações de um país que pre-
serva suas tradições e oferece uma
combinação mágica de civilizações
antigas, rica cultura, alta gastrono-
mia e natureza exuberante. Além
disso, o Peru é bastante procurado
para eventos corporativos, rodadas
de negócios, viagens de incentivo,
convenções e encontros internacio-
nais, como o do LIDE.
Os principais destinos turísticos
incluem a capital Lima, localizada no
litoral, e a riqueza milenar de Cusco e
do Vale Sagrado. Mas há maravilhas
que um visitante com mais tempo
pode explorar, como o deserto de Pa-
racas, a cidade colonial de Arequipa
e a cultura viva nas ilhas de Taquile
e Uros, no lago Titicaca, em Puno.
LIMAA visita ao Peru inicia, invariavel-
mente, por Lima, a única capital da
A Catedral de Cusco, na Plaza de Armas, foi erguida pelos jesuítas sobre ruínas incas no século 16
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América do Sul que está sobre uma
falésia em frente ao Oceano Pacífico.
O tour começa pelo seu centro his-
tórico, de construções clássicas colo-
niais restauradas. A bela Plaza de Ar-
mas serve de ponto de partida para
conhecer o Palácio Episcopal, a Cate-
dral de Lima – exemplos do barroco
peruano – e o Palácio do Governo.
De lá, chega-se ao Museu Bodega y
Quadra, que conta a história da ci-
dade, à Basílica Menor e ao Convento
de São Francisco o Grande, onde se
encontram catacumbas considera-
das Patrimônio da Unesco.
No centro histórico fica ainda o in-
teressante Museo del Banco Central de
Reserva del Perú, com um acervo de
peças do período pré-inca até pinturas
dos séculos 19 e 20. E o Museu de Arte
de Lima (Mali), instalado em um pala-
cete renascentista, com jardim frontal
e salas belíssimas. Já o Museu Larco
fica próximo ao Parque de las Americas,
no Pueblo Livre, e concentra a maior
coleção de cerâmicas pré-colombianas.
Outra atração da cidade são os
mercados de San Isidro e Surquillo,
onde se pode aprender sobre a va-
riedade incrível de grãos, temperos
e frutas de sabores inusitados usados
na culinária peruana. Aliás, uma boa
dica é almoçar nos huariques, peque-
nos restaurantes familiares, ou provar
a gastronomia típica do bairro chinês.
Entre San Isidro e Miraflores fi-
cam Huaca Huallamarca e Huaca
Pucllana, lugares muito interessantes
da cultura pré-inca. Visitar o Museu
Oro, um pouco mais afastado, e de lá
seguir até o Barranco, com sua vida
boêmia e lojas descoladas, também é
uma boa opção de passeio. Para ter-
minar o dia, nada como aproveitar o
pôr-do-sol em frente ao mar no Par-
que do Amor, inspirado nas obras de
Gaudí, famoso arquiteto catalão. Ao
lado fica o Shopping Larcomar, onde
é possível encontrar roupas de algo-
dão “pima” e alpaca, assim como joias
e objetos de decoração de prata 925.
Três restaurantes de Lima estão na
prestigiada lista dos 50 Melhores do
Mundo: Central, de Virgilio Martínez;
Astrid & Gastón, de Gastón Acurio;
e Maido, de Mitsuharu Tsumura. O
Tanta e o Chicha são ótimos estabele-
cimentos de Gastón na cidade e tam-
bém merecem uma visita (leia mais
na reportagem sobre restaurantes).
CUSCOA palavra cusco significa “umbigo
do mundo” na língua quéchua. De
certa forma, sua importância per-
siste, pois é a cidade com maior
apelo turístico do Peru e Patrimô-
nio Histórico da Humanidade pela
Unesco. As raízes pré-colombianas
estão vivas nas ruas e praças. O
2018 M E E T I N G 5 5
A dimensão das Salinas de Maras (acima) impressiona e a apenas 2 km do centro é possível visitar a fortaleza inca de Sacsayhuamán (página ao lado), com seus imensos blocos de pedra
templo de Korikancha é um exem-
plo suntuoso. Mas a Plaza de Armas
de Cusco é o ponto central, toda ro-
deada de construções coloniais. Nas
ruas vizinhas estão os principais
restaurantes, agências de viagens,
lojas, o escritório oficial de turismo,
casas de câmbio, barzinhos e cafés.
Lá ficam a imponente Catedral de
Cusco e a Igreja da Companhia de
Jesus, ambas em estilo barroco e
erguidas pelos jesuítas no século
16 sobre ruínas incas. Em anexo
funciona o Museu de História Na-
tural. Já o Museu de Arte Sacra
está instalado no antigo Mosteiro
de Santa Catalina, que, por sua vez,
foi erguido sobre o Acllahuasi, ou
Templo das Virgens do Sol, lar de
cerca de 3 mil meninas e mulhe-
res quando os espanhóis chega-
ram a Cusco.
Vale a pena conhecer Qorikancha,
onde está o Convento de Santo Do-
mingo, com suas paredes de rochas
retas que já foram revestidas de ouro.
5 6 M E E T I N G 2018
T U R I S M OT U R I S M O
A palavra cusco significa “umbigo do
mundo” na língua quéchua. Após
diversos séculos, sua importância persiste,
pois é a cidade com maior apelo
turístico do Peru e Patrimônio Histórico
da Humanidade pela Unesco
Compensa também conferir o Mu-
seu Inka, que reúne uma enorme co-
leção de artefatos da civilização, e o
Museu de Arte Pré-Colombiana, a
duas quadras da Plaza de Armas, e
seu anexo, o MAP Café, um simpá-
tico restaurante.
Nos arredores da cidade fica o sí-
tio arqueológico de Tambomachay,
dedicado à água, e a 2 km do cen-
tro é possível visitar a fortaleza inca
de Sacsayhuamán, com seus imen-
sos blocos de pedra. Outra constru-
ção inca incomum é Moray, 50 km
a noroeste de Cusco, composta de
vários terraços agrícolas circulares
em uma depressão de até 45 me-
tros de profundidade. Há ainda as
Salinas de Maras, 40 km ao norte,
Choquequirao, a cidade irmã de Ma-
chu Picchu, e Saysayhuamán, que
abriga o templo HananQosqo, de-
dicado à veneração dos deuses Inti
(Sol), Quilla (Lua), Chaska (Estre-
las) e Illapa (Raio), com blocos de
até 130 toneladas.
2018 M E E T I N G 5 7
MACHU PICCHUO nome significa “montanha velha” na
língua quéchua. Talvez seja pouco para
descrever o que é essa cidade inca ro-
deada de templos, terraços e canais de
água, encravada em um pico de 2.453
metros de altura, na província de Uru-
bamba, 112,5 km ao nordeste de Cusco.
Há controvérsias sobre sua fun-
ção maior, mas certamente foi um
importante centro político, religioso
e administrativo do império inca. Se-
gundo os historiadores, ela foi edifi-
cada, aproximadamente, no século
15, pelo inca Pachacutec, com gran-
des blocos de pedra unidos perfeita-
mente, sem o uso de cimento, em har-
monia com a natureza. Realmente
impressionante. A cidadela era di-
vidida em dois setores: o agrícola,
constituído pelos terraços, e o ur-
bano, dedicado a funções de mora-
dia e administrativas. A beleza his-
tórica fascinante, espiritual, reli-
giosa e misteriosa das ruínas fez de
Machu Picchu Patrimônio Cultural
da Humanidade. Quem vai ao local
não esquece jamais.
Machu Picchu foi um importante centro político, religioso e administrativo dos incas. Na página ao lado, o Vale Sagrado
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VALE SAGRADOEsse pedaço do Peru entre os povoa-
dos de Pisac e Ollantaytambo, no ca-
minho de Cusco a Machu Picchu, é
repleto de paisagens privilegiadas,
com ruínas de templos nos sítios ar-
queológicos Ollantaytambo, Kenko,
No caminho de Cusco a Machu Picchu, o Vale Sagrado dos Incas concentra ruínas de templos
em sítios arqueológicos e terraços agrícolas que esculpem as montanhas dos Andes
Moray e Yucay e terraços agrícolas
que esculpem as montanhas dos An-
des. Esses campos de cultivos ficam
ao lado de povoados pitorescos, onde
o passado faz parte do presente. No
Vale Sagrado dos Incas, ainda é cul-
tivado o melhor milho peruano. Já
em Chinchero e Pisac, por exemplo,
há feiras onde se pode comprar teci-
dos tradicionais de lã vermelha fei-
tos à mão e tingidos com pigmentos
naturais. Ou seja, conhecer Lima,
Cusco e o Vale Sagrado proporcio-
nam experiências únicas. n
2018 M E E T I N G 5 9
RETIRO NO VALE SAGRADOViajantes que buscam atrações incas e coloniais na região dos Andes têm opções sofisticadas no hotel Belmond e no resort Tambo del Inka
Cusco, com 350 mil habitan-
tes e a 3,4 mil metros de
altitude, fica na região dos
Andes e é uma das prin-
cipais atrações turísticas do Peru, por
sua arquitetura colonial espanhola
encravada no Vale Sagrado dos In-
cas. Ao lado da praça principal da
cidade está o Belmond Hotel Mo-
nastério, uma edificação de 1592.
O charme desse patrimônio histó-
rico está na mistura do ambiente de
retiro secular com os serviços de ho-
telaria de luxo. Apartamentos, suítes,
restaurantes e butiques circundam
o pátio central do antigo mosteiro,
que ainda apresenta uma extensa
coleção de obras de arte.
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Antigo monastério em Cusco transformou claustros em apartamentos; a capela barroca (ao lado) tem quase meio século
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Cada acomodação do hotel é
única, com móveis de madeira ma-
ciça e peças de decoração antigas que
envolvem os hóspedes em um am-
biente histórico (são 122 apartamen-
tos e suítes, alguns deles contam com
oxigênio suplementar para aqueles
que sentem os efeitos da altitude).
Nas diárias, pode-se incluir jantar
com música clássica. Nesse caso, o
preço da estadia vale como “expe-
riência gastronômica”, alcançando
US$ 1,4 mil (R$ 5,5 mil). A extrava-
gância fica para as suítes Presiden-
cial e Real, que têm lounge amplo,
terraço privativo com pátio ou sa-
cada e serviço de mordomo.
Os visitantes têm opções de com-
prar lanches no Deli Monastério e le-
var para um piquenique. E, na volta
dos passeios, passar pelo The Lobby
Bar. O Belmond ainda conta com dois
restaurantes: o Illary, na área dos an-
tigos claustros e com vista para o pá-
tio e o jardim, convida para almoço
ao ar livre; e o El Tupay, de cozinha
clássica internacional, realiza janta-
res com apresentação dos melhores
cantores de ópera do país.
Decoração colonial caracteriza o Belmond:
o pátio interno (foto maior), os quartos e
o restaurante Illary (página ao lado)
6 2 M E E T I N G 2018
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Datada de 1592, a edificação do Belmond, ao lado da praça principal de Cusco, teve sua arquitetura adaptada para receber hóspedes e é hoje patrimônio histórico do Peru
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O Tambo del Inka tem 128 quartos e 12 suítes, parte deles com varanda e vista para o jardim e as montanhas; na cama, o edredom é de penas
NA ROTA DE MACHU PICCHUA 40 km de Cusco fica um dos mais
sofisticados resorts do Peru: o Hotel
Tambo del Inka Luxury Collection
Resort & Spa. Tambo, para os incas,
significava “morada temporária” – e
para muitos viajantes ali é, de fato,
um bom local para se hospedar an-
tes de seguir viagem até as principais
atrações turísticas do país, entre elas
Machu Picchu, Moray, Maras e Pisac.
A cidadezinha mais próxima do
resort é Urubamba, a 2,8 mil metros
de altitude e com uma estação ferro-
viária por onde passam os trens da
Peru Rail. Construído entre as mon-
tanhas do Vale Sagrado, o Tambo del
Inka fica em meio a um bosque. Sua
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entrada, com pé-direito alto, dá uma
amostra do requinte que se estende
aos quartos e aos espaços fitness cen-
ter, spa e salão de jogos.
O Tambo del Inka tem 128 quar-
tos e 12 suítes, com preços a partir de
US$ 900 (R$ 3,5 mil), como a Deluxe
Terrace, que tem 41 m2. Sua varanda é
privativa e leva a um espaço com vista
para as montanhas e o jardim. Na cama
Simmons Hotel Beautyrest, um edre-
dom de penas acompanha os lençóis
de 400 fios. Os hóspedes ainda contam
com amenities da Gilchrist & Soames
para um toque final de requinte.
O poder de cura da água é o foco
do Spa at Valle Sagrado. Além das
piscinas aquecidas (coberta e ao ar
livre) com camas subaquáticas, ba-
nheiras de hidro e jatos para mas-
sagem, há 12 salas de tratamentos,
com algumas exclusivamente fe-
mininas, e um salão de beleza. É
possível reservar passeios de bici-
cleta, a pé ou a cavalo (10 km), as-
sim como em lanchas, caiaques e
botes de rafting (25 km).
Com dois ambientes, o restaurante
Hawa tem cardápio elogiadíssimo, ela-
borado pelo chef Victor Alvarez del
Villar Soriano e executado com in-
gredientes locais. No espaço interno,
as colunas são em forma de árvores e
há uma lareira ao centro; no externo,
as mesas ficam em meio às árvores,
com vista para o rio Urubamba. n
A construção do hotel valoriza o pé-direito alto
desde a fachada até o lobby (foto maior e no alto); o
restaurante Hawa (acima), com dois ambientes, é
comandado pelo chef Victor Alvarez del Villar Soriano
ServiçoBELMOND
belmond.com/pt-br/
hotel-monasterio-cuscoMARRIOTT
marriott.com.br/hotels/travel/
cuztl-tambo-del-inka-a-luxury-
collection-resort-and-spa-valle-
sagrado?program=spg
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2018 M E E T I N G 6 5
N a volta do passeio obriga-
tório por Machu Picchu,
Cusco oferece alguns “oá-
sis” gastronômicos para o
viajante. O Chicha, restaurante do
celebrado Gastón Acurio, é um de-
les. A proposta é valorizar a culi-
nária regional apostando em chefs
especializados em pratos da cidade
ou de Arequipa, que também conta
com uma filial. Os dois locais têm
como características espaços am-
plos e ao mesmo tempo acolhedo-
res. A cozinha é aberta ao público,
que pode acompanhar a prepara-
ção de entradas com batatas, tu-
bérculos e ceviche, e pratos, como
sopa de perna de cordeiro, alpaca
ao curry, porco assado e polvo na
brasa. Há também um bar char-
moso, onde são preparados coque-
téis à base de pisco.
Os restaurantes do Belmond
Sanctuary Lodge (único hotel prati-
camente à entrada da cidadela inca)
contam com ingredientes cultiva-
dos no local e terraço para um jar-
dim de orquídeas. O Tampu Res-
taurant & Bar possui ambiente in-
terno e externo, é mais intimista e
tem vista deslumbrante das ruínas
SABORES DOS ANDESViajantes podem apreciar pratos peruanos e internacionais no Belmond Sanctuary Lodge, em Cusco, e também regionais no conceituado Chicha
Para aqueles que voltam das horas
de caminhadas em Machu Picchu, a
visão do Belmond pode equivaler
a um oásis
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e da vegetação dos Andes. O car-
dápio, para momentos de maior re-
laxamento e contemplação, é à la
carte e composto de pratos de co-
zinhas internacional e local – como
o tartar de truta arco-íris. Experi-
mente o tradicional chá de muña,
feito com folhas dos Andes perua-
nos que se parecem com menta
e são boas para digestão. No bar,
prove o Pisco Sour, tradicional co-
quetel com a bebida nacional pe-
ruana. Ou melhor: aprecie o drink
No Chicha de Cusco, que aproveita a arquitetura colonial (acima), os ambientes são amplos, mas aconchegantes, como o lobby (ao lado) e o salão do próprio restaurante (abaixo)
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no pátio, de onde é possível ver os
terraços cavados pelos antigos incas
nas terras que envolvem uma das
Sete Maravilhas do Mundo, com o
rio Urubamba ao fundo.
Depois de caminhar dezenas de
quilômetros por áreas como Cho-
quequirao e Espíritu Pampa – aces-
síveis apenas a pé –, os visitantes
Hotel mais próximo de Machu Picchu, o Belmond tem espaços para massagens (ao lado) e relaxamento (abaixo)
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almoço, que tem preço fixo e é elo-
giado pelo capricho e pela varie-
dade dos pratos peruanos. O des-
taque são as especialidades da culi-
nária andina, com muitos tipos de
saladas e sobremesas. n
Visitantes podem apreciar um Pisco Sour no pátio com vista para a cordilheira e aprender
sobre ingredientes locais
7 0 M E E T I N G 2018
R E S T A U R A N T E
Pelo projeto do Museo de Si-
tio de Paracas, concebido no
escritório Barclay&Crousse,
a arquiteta peruana Sandra
Barclay foi reconhecida como “A Mu-
lher do Ano da Arquitetura” pelo The
Architectural Review e pelo The Ar-
chitects’ Journal, em cerimônia reali-
zada neste ano no hotel Claridge’s de
Londres. A premiação ganha ainda
mais importância pela constatação
da Dezeen, a mais influente revista do
setor no mundo, a partir de pesquisa
realizada em novembro de 2017: ape-
nas três dos 100 maiores escritórios
de arquitetura do mundo são coman-
dados por mulheres. Graduada em
universidades de Lima (Peru) e de
Milão (Itália), ela deu aulas em Pa-
ris, onde fundou a Barclay&Crou-
sse em sociedade com Jean Pierre
Crousse em 1994.
Sandra Barclay foi escolhida
como melhor profissional do setor
pela reconstrução do Museo de Sitio
Julio C. Tello de Paracas, destruído
após um terremoto. O espaço abriga
uma coleção arqueológica e fica na
região de Ica, onde está a Reserva
Nacional de Paracas – esse era o
nome do povo que ali habitava, en-
tre 800 a.C. e 100 d.C., e que deixou
grandes conhecimentos em irriga-
ção e produção de têxteis. Nos anos
1920, o arqueólogo Julio Tello ini-
ciou escavações na península, entre
as praias do Pacífico e o deserto que
cobre metade da reserva. Paracas –
vem do quéchua e significa “chuva”
Sandra Barclay foi reconhecida pelo projeto do museu arqueológico da cidade de Paracas,
localizado entre o mar e o deserto
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MELHOR ARQUITETA DO
ANO É PERUANA
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Quase “camuflado” em meio a uma
região desértica e próxima ao mar, o
museu arqueológico de Paracas teve seu
projeto executado pelo escritório
Barclay&Crousse
(para) de “areia” (aco) –, 260 km ao
sul de Lima, é uma vila à beira-mar
próxima a Pisco, cidade onde fica o
projeto premiado, “simples e forte”,
segundo jurados, e que se mistura
à paisagem do local “onde o deserto
encontra o mar”.
Nas palavras dos arquitetos, um
museu arqueológico deve encontrar
o delicado balanço entre a preserva-
ção do patrimônio exposto e o con-
tato com o público. No caso da edi-
ficação em Paracas havia um desafio
a mais: integrar-se ao local em que
viveu esse povo e hoje é importante
reserva biológica do deserto costeiro
peruano. O projeto foi implementado
praticamente nas ruínas que sobra-
ram do terremoto de 2006, mas re-
tomando seu aspecto compacto, den-
tro de uma geometria retangular, que
comporta salas e oficinas, reinterpre-
tando os têxteis de Paracas. O interior
combina um labirinto com trajetória
em espiral, característica dos antigos
habitantes do país. Um equipamento
2018 M E E T I N G 7 3
de controle entre luz natural e artifi-
cial, ventilação e refrigeração define
espaços de circulação e de transição
entre ambientes. A construção foi le-
vantada com cimento pozolano, re-
sistente ao deserto de sal – que tem
uma cor avermelhada, como as co-
linas ao redor. A pátina no concreto
polido que circunda as salas apre-
senta um visual que lembra as ce-
râmicas pré-colombianas (huacos),
expostas no museu. n
Qualidade arquitetônica*
“Um prêmio é um reconhecimento pelo qual sempre se agradece.
Ainda mais nesta profissão, em que o esforço para levar um projeto adiante é enorme e nem sempre valorizado. Nesse caso, ele foi para a qualidade, antes de mais nada, do trabalho de uma mulher, independentemente de sozinha ou em equipe. O museu de Paracas foi finalista e, como sua ar-quiteta, coube a mim apresentá-lo e representar o escritório que comparti-lho com Jean Pierre há 23 anos. Dese-nhá-lo foi uma experiência enriquece-dora, em uma paisagem excepcional.
Nossa história se liga ao museu de Paracas desde 2007, quando foi deci-dida sua reconstrução após o terre-moto de Pisco. A Agência de Coope-ração Espanhola, que administrava uma doação da União Europeia para essa obra, organizou um concurso do qual saímos vencedores. Iniciou-se então um longo e penoso processo, em que até o edifício, recém-termi-nado, foi abandonado durante qua-tro anos por disputas políticas e bu-rocráticas. Graças ao apoio da então ministra da Cultura, Diana Alvarez Cal-derón, a questão se resolveu e o local foi aberto ao público em julho de 2016.”
*Depoimento especial para a revista Meeting
A arquiteta Sandra Barclay
“Nossa história se liga ao museu de Paracas desde 2007, quando
foi decidida sua reconstrução após o terremoto de Pisco”
7 4 M E E T I N G 2018
P R Ê M I O
Nasci em uma cidade pequena,
no sudoeste da França, cha-
mada Dax. Fica perto de Bor-
deaux, região famosa pelos
vinhos que produz. Desde pequeno
aprendi a importância do esporte. Sa-
bemos, desde longa data, que o esporte
traz benefícios à saúde. Hoje sou CEO
da AccorHotels América do Sul e posso
garantir que o esporte me ajudou a
conquistar essa posição.
A AccorHotels apoia diversos even-
tos esportivos. Golfe, tênis, corrida
e rúgbi são algumas das modalida-
des que incentivamos, seja pela nossa
marca institucional, seja pelas marcas
de hotéis ou pelo nosso programa de
fidelidade, o Le Club AccorHotels. Es-
ses esportes, de alguma forma, trans-
mitem os valores e as qualidades que
desejamos para a empresa.
Posso citar aqui os benefícios e as
peculiaridades de cada um, mas vou
me ater ao rúgbi e à corrida. Eles fa-
zem toda a diferença na forma como
transmito minhas mensagens a nos-
sos colaboradores.
O rúgbi exige organização, res-
peito entre os jogadores do mesmo
time e com o adversário, além de
O VALOR DO ESPORTE
Atividades físicas são importantes para aprender a alcançar objetivos e superar metas, por isso
fazem parte da cultura da AccorHotels
AB
AC
AP
RE
SS
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EIXconcentração, espírito de equipe,
treino, integração e ética. Quando
acaba a competição, todos saem para
confraternizar. Se compararmos com
uma organização, encontramos mui-
tas semelhanças. Afinal, uma compa-
nhia, para obter sucesso, precisa de
uma equipe concentrada e coesa, que
tenha o ímpeto de trabalhar unida,
respeite-se e tenha consideração com
todos. Além disso, um time de su-
cesso no rúgbi precisa de diversi-
dade entre os atletas. É o conjunto
das diferentes características dos
atletas que fará o sucesso da equipe.
O mesmo vale para a empresa que,
para dar certo, tem que aceitar a mul-
tiplicidade de ideias, idades, valores,
gêneros e formações.
A corrida permite que eu explore
a vida das cidades, os costumes e ten-
dências e, então, possa levá-los para
dentro da AccorHotels e dos nossos
hotéis. Correndo, vamos mais longe.
Sempre conquistamos mais.
Além de tudo isso, a prática de
esportes ainda proporciona diver-
sos benefícios, auxiliando nosso
corpo e nossa mente a se manter
saudáveis. Esse é um tema muito
importante para a AccorHotels. Te-
mos um programa de bem-estar
chamado VIVAH, em que incenti-
vamos colaboradores a praticar ati-
vidades físicas, ter uma alimenta-
ção balanceada e boa saúde.
É possível buscar inspiração e res-
postas para os desafios em todos os
esportes. Mas aqui eu cito rúgbi e
corrida como exemplos que se com-
pletam e que trazem para o meu dia
a dia um pouco da cultura e dos ob-
jetivos que temos na AccorHotels. n
*Patrick Mendes, CEO da AccorHotels América do Sul, está no cargo desde 2015. Antes, atuou como diretor global de vendas e distribuição na sede da empresa, em Paris.
Patrick Mendes*
2018 M E E T I N G 7 5
P U B L I E D I T O R I A L
N os últimos anos, o turismo
gastronômico se conver-
teu em uma das alavancas
mais importantes da eco-
nomia peruana. É crescente o número
de visitantes ao país. De 2015 a 2016,
o aumento foi de 7,5%, e de 2016 a
2017, de 17,2%, segundo o Ministé-
rio de Comércio Exterior e Turismo,
com a entrada de 3,9 milhões no ano
passado. As projeções da Comissão
de Promoção do Peru para Expor-
tação e Turismo ( PromPerú) são de
4,4 milhões em 2018.
Desse total, de acordo com o es-
tudo “Avaliação de mercado para a
análise do turismo gastronômico no
Peru”, apresentado em 2017 pela pró-
pria PromPerú, 82% identificaram o
país como destino gastronômico e a
comida foi um dos focos da viagem
para 59% deles, ao lado das ruínas de
Machu Picchu (60%) e das paisagens
naturais (61%). Notícia veiculada pela
Asociación Peruana de Gastronomía
(Apega) diz que a gastronomia já é
responsável por 10% do Produto In-
terno Bruto (PIB) do Peru, que alcan-
çou US$ 211,4 bilhões em 2017 (mais
de R$ 780 bilhões).
“PRODUTO BANDEIRA”Para alcançar o mundo, a cozinha
do Peru passou por várias eta-
pas. Um marco é o livro La
Gran Cocina Peruana, de
Jorge Stambury Aguirre,
de 1994, promovido pelo
Fondo de Promoción
Turística ( Foptur).
São quase 600 re-
ceitas reunidas em
30 anos de pesqui-
sas e viagens pelo
país. Três anos de-
pois, os chefs pe-
ruanos começa-
ram a participar
de festivais interna-
cionais. As publica-
ções foram apoiadas
pela PromPerú.
O TEMPERO DA ECONOMIAComo vanguarda internacional, cozinha peruana valoriza produtos locais, acelera o crescimento do número de turistas e assume importante fatia no PIB do país A culinária
peruana é rica em variedade
de sabores, como carne de
alpaca (à esq.) e ceviches (abaixo)
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I N V E S T I M E N T O
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Nos anos 2000, a busca de tu-
ristas por história e cultura vincula-
das à comida já estava consolidada,
com programas públicos e privados.
Em 2006, a gastronomia foi reco-
nhecida pelo governo federal como
“produto bandeira” e passou a repre-
sentar a imagem do Peru no exte-
rior. O incentivo a feiras culinárias
por todo o território para troca de
informações, valorização da terra
e dos lavradores, aprendizado dos
chefs e exposição desses pratos em
outros países ajudou no reconheci-
mento internacional.
Em 2012, o Peru foi escolhido
como Melhor Destino Culinário do
Mundo pelo World Travel Awards,
painel de especialistas que anual-
mente elegem os primeiros do setor.
A partir de então, venceu a catego-
ria seis vezes consecutivas (a eleição
2018 M E E T I N G 7 7
de 2018 ainda está em aberto) e
os chefs pioneiros Gastón Acurio
e Héctor Solís foram celebrados
por experts internacionais. Desde
2013, o país coloca dez restaurantes
entre os 50 mais bem classificados
do mundo, como o Astrid & Gastón
(do próprio Acurio), o Central (de
Pía León e Virgilio Martínez) e o
Maido (de Micha Tsumura).
Dois estabelecimentos da rede
de Acurio, que se chamam Chicha
(um em Arequipa e outro em Cus-
co), materializam a cozinha do país
com ingredientes frescos e valori-
zação de produtores e técnicas da
cultura local. No cardápio, clás-
sicos regionais se somam a cria-
ções em uma variedade de sabores,
de diferentes espécies de milho e
turbérculos a polvo, truta, porco,
cuy e alpaca (“parente” da lhama).
VALORIZAÇÃO DA CULTURAMar rico em peixes, vastas áreas
áridas, cordilheira tropical, exube-
rante floresta amazônica e a sabe-
doria de povos milenares são fato-
res que deram forma à cultura e
à culinária do Peru. Valorizar tais
costumes, replicando as técnicas
de cada região, e utilizando ingre-
dientes muitas vezes únicos, fez a
comida do país ser reconhecida
no mundo. Isso graças a um mo-
vimento encabeçado por grandes
chefs que se tornou um marco na
gastronomia internacional (leia
mais nesta edição).
Muitos dos alimentos hoje con-
sumidos em todos os continen-
tes têm origem em povos pré-co-
lombianos da costa oeste da Amé-
rica do Sul, os quais semearam e
aprenderam a cozinhar 4 mil va-
riedades de batata, 2 mil de ba-
tata-doce, 600 espécies de frutos,
35 de milho e 15 de tomate. Essa
mescla surgiu com o vice-reinado
espanhol, iniciado no século 16.
A culinária do Peru sofisticou-
-se a ponto de ser conhecida por
região. Na chamada Costa Norte,
é muito forte a influência de pes-
cados e ceviches (peixes e frutos
do mar curtidos em suco de limão,
pimenta, sal, cebola, batata-doce
e milho cozido), mas também é
marcante a presença de abóbo-
ras, variações de pimentão, limão
sutil (levado pelos invasores espa-
nhóis), conchas negras e carangue-
jos dos manguezais. Pratos como
malarrabia (arroz amarelo, peixe,
queijo de cabra) e tamales (massas
à base de milho envolvidas em fo-
lhas e cozidas no vapor) convivem
com bananas fritas em molho de
frutos do mar.
Chefs peruanos inspiram-se em
técnicas das diferentes regiões do
país no preparo de carnes como cordeiro
(abaixo), aproveitando ainda a enorme
variedade de vegetais
7 8 M E E T I N G 2018
I N V E S T I M E N T O
Desde 1535, a região de Lima
recebe espanhóis, africanos, chi-
neses, italianos e japoneses. Entre
1960 e 1990 houve ainda uma onda
de migrantes da serra e da floresta.
Dessa forma, o mínimo que se
diz da capital peruana é que ali se
materializou uma culinária riquís-
sima. Pimentões, batatas recheadas,
galinhas, caçaroladas, ceviches de
peixe e frutos do mar, alimentos
semicozidos, além de pratos chi-
neses e japoneses estão nas mesas
de Lima. A cidade é apontada como
Capital Gastronômica do Mundo
pela Bloomberg porque é uma das
poucas que mantêm, ao longo dos
anos, pelo menos três restaurantes
entre os 50 do planeta, com melho-
res escores do que Nova York, Lon-
dres e Cidade do México.
Dali para a Costa Sul, região de
desertos que se encontram com o
mar, veem-se as conchas de aba-
nico (molusco que se assemelha à
vieira), os rocotos rellenos (espécie
de pimentão recheado), o chupe de
camarões (uma sopa mais “quente”)
e o chairo (sopa com legumes). E
um prato que vem dos incas, o cuy
chactado (pequeno roedor que é
preparado sob uma pedra quente).
Ao norte, mas no interior, a cha-
mada Região da Floresta reúne
193 espécies de frutos amazôni-
cos, imensa diversidade de aves e
peixes – que são enrolados em fo-
lhas e preparados em grelhas ao ar
livre. O prato mais típico é o juane,
de origem pré-colombiana, adap-
tado por missionários espanhóis
que alcançaram as terras incas. Era
preparado para viajantes, porque
não estraga facilmente – leva arroz,
carne, ovos cozidos e batidos, tem-
peros e é embrulhado em folhas de
bijao (parecidas com as de couve).
Na zona entre a Floresta e os
Andes, a culinária desses biossis-
temas se funde com trutas fritas,
Melhor Destino Culinário do Mundo pelo World Travel Awards por seis anos consecutivos, o Peru tem a gastronomia como estratégia oficial para atrair turistas ao país
Prato com polvo do restaurante Chicha, que pertence ao chef Gastón Acurio e tem unidades nas cidades de Arequipa e Cusco
cuys, carne-seca, galinhas, porcos,
torresmos – sempre acompanhados
de batata, mandioca e milho. Um
prato tradicional é a pachamanca
(cozido preparado em um buraco na
terra). A quinoa, nascida nas alturas
e com nível nutricional considerá-
vel, é forte na região denominada
Serra, principalmente no preparo
do pão. Culturas pré-colombianas,
como a cajamarca, a wari e a inca,
estão representadas, por exemplo,
no cancacho (cordeiro macerado
com alho, cominho e pimenta, co-
zido em forno de barro).
Diz-se que a cozinha peruana pode
se resumir a um copo de chicha mora-
da – bebida de água fervida com mi-
lho-roxo, casca de abacaxi, marmelo,
cravo e canela, que depois de fria le-
va açúcar, suco de limão e uma fruta
picada, em geral maçã verde. n
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Gastón Acurio, que escreveu livros e apresentou programas de TV, é o nome mais famoso da cozinha peruana
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G A S T R O N O M I A
CHEFS GANHAM O MUNDO
A culinária peruana é uma das mais celebradas internacionalmente. O grande embaixador é Gastón Acurio,
mas Pía León também desponta como uma das estrelas do país
Gastón Acurio, chef que le-
vou a culinária peruana
para o mundo e venceu o
prêmio Diners Club Life-
time Achievement Award 2018 por
sua criatividade e compromisso na
carreira profissional, pretende, ainda
neste ano, abrir mais dez restauran-
tes – o grupo já tem 50 espalhados
por vários países. Ele também deci-
diu torná-los menores, aconchegan-
tes e com preços acessíveis, deixando
apenas o Astrid & Gastón, em Lima,
para o que chama de “experiência
culinária”, com um menu-degusta-
ção de 15 pratos. Anunciado pelo
The World’s 50 Best Restaurants –
um painel que registra anualmente
o panorama da gastronomia inter-
nacional, as novidades e também
tendências do setor –, o reconhe-
cimento coloca seus premiados em
um grupo muito restrito. Portanto,
Gastón Acurio agora está ao lado de
Massimo Bottura, da Itália; Heston
Blumenthal, do Reino Unido; Paul
Bocuse, Alain Ducasse, Alain Passard
e Joël Robuchon, da França; e Alice
Waters, Daniel Boulud e Thomas
Keller, dos Estados Unidos.
O chef peruano é casado com a confeiteira alemã Astrid Gutsche desde os anos
1990, quando trocou a advocacia peloLe Cordon Bleu de Paris
O chef peruano é casado com a
confeiteira alemã Astrid Gutsche
desde os anos 1990, quando trocou
a advocacia pelo Le Cordon Bleu de
Paris. Em seu restaurante Astrid &
Gastón, aberto em 1993 na capital
peruana, Acurio mostra seu talento
ao criar pratos gourmet com ingre-
dientes regionais, frescos e inéditos.
Usa, por exemplo, um pequeno roe-
dor para substituir o pato laqueado
na recriação de uma panqueca, e cor-
deiro árabe-andino para rechear ba-
tatas roxas. O lugar teve seu primeiro
reconhecimento internacional em
2013, como o melhor latino-ameri-
cano na eleição do The World’s 50 Best
Restaurants. No ano seguinte, pas-
sou a ocupar a Casa Moreyra, edifi-
cação do século 17 que reformou em
estilo minimalista.
O chef voltou à cozinha do As-
trid & Gastón, de Lima, em 2016,
depois de ter deixado o comando
a cargo do chef Diego Muñoz du-
rante quatro anos, enquanto ro-
dava o mundo como “embaixador”
da culinária de seu país, escrevia li-
vros e apresentava programas de TV.
EXPEDIÇÕES E EXPERIMENTAÇÕESGastón Acurio esteve na vanguarda
da gastronomia peruana como hoje
é reconhecida mundialmente ao
aproveitar a imensa diversidade de
ingredientes de seu país e promover
produtores locais. Agora, já existem
grupos de chefs mais jovens que per-
correm o país em busca do conheci-
mento culinário guardado por co-
munidades até hoje embrenhadas
nos diferentes biossistemas perua-
nos, da beira do mar às altitudes.
Entre esses novos talentos está
Pía León, que recebeu, no início
2018 M E E T I N G 8 1
de outubro, o prêmio de melhor
chef mulher da América Latina,
oferecido pelo The World’s 50 Best
Restaurants. O Central, em Lima,
que comanda com o marido, Vir-
gilio Martínez, já havia sido esco-
lhido como o primeiro da América
do Sul em 2018, pelo mesmo pai-
nel de especialistas. O casal ainda
tem o Kjolle e o bar Mayo, aber-
tos recentemente também no ba-
dalado bairro Barranco, na capi-
tal peruana. A façanha maior da
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Pía León foi reconhecida como a melhor chef mulher de toda a América Latina em 2018
Além do Central, o casal Pía e Virgilio Martínez tem mais dois restaurantes, o Kjolle, também em Lima, e o Mil, em
ruínas arqueológicas em Cusco
dupla foi o projeto do Mil, res-
taurante erguido com todas as
dificuldades imagináveis no meio
dos Andes e inaugurado no início
deste ano. Fica nas ruínas de Mo-
ray, sítio arqueológico de Cusco, a
3,4 mil metros de altitude. O pró-
ximo será na Reserva Territorial
Madre de Dios, na região de Tam-
bopata, em plena Floresta Ama-
zônica, com o aproveitamento de
ingredientes da mata e dos rios.
Os visitantes chegarão ao local por
8 2 M E E T I N G 2018
G A S T R O N O M I A
O restaurante Central, em Lima, surpreende
pelo cardápio montado de acordo com altitudes
e biossistemas do país
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ServiçoGASTÓN ACURIO
astridygaston.com
CENTRAL
centralrestaurante.com.pe
barco, partindo de Puerto Mal-
donado, que está a um curto voo
saindo de Lima.
O conceito culinário dos estabe-
lecimentos do casal é curioso. Leva
a testes com ingredientes (da flora
e da fauna) por região de ecossis-
temas e também de acordo com
os diversos níveis de mar e solo do
país, do Pacífico às montanhas ge-
ladas. Ou seja: do que o mar ofe-
rece a 20 metros de profundidade
ao que existe a 4,1 mil metros de
altitude. São pratos montados em
17 menus, pelo menos, os quais pro-
movem experiências com as muitas
variedades peruanas de milho, ba-
tata e outros produtos quase desco-
nhecidos fora de determinados lo-
cais, como as arcadas de piranhas.
Para chegar a todo esse conheci-
mento, Malena, irmã de Pía, man-
tém a Mater Iniciativa, com uma
equipe de expedicionários que via-
jam para conhecer comunidades das
mais variadas regiões, aprendendo
tradições culinárias e recolhendo in-
gredientes. Assim, o menu de seus
restaurantes mostra-se, no mínimo,
inusitado. No Central, as opções são
por “ecossistemas de altitude”, que
vão desde pratos tradicionais, com
milho e outros ingredientes, até re-
ceitas do Altiplano peruano, com
cordeiro; do bosque, com porco;
das alturas extremas, com alpaca.
É preciso reservar com 30 dias
de antecedência. n
2018 M E E T I N G 8 3
O pisco é o destilado alcoó-
lico nacional do Peru, mas
também do Chile, tanto
que os dois países dispu-
tam sua paternidade. Os chilenos
comprovam com o documento de
um escrivão do Império Espanhol
de 1773, no qual está registrada a
existência de três vasilhas com a be-
bida na fazenda La Torre, no Valle
del Elqui. E o Peru argumenta que o
pisco surgiu no século 16, quando os
colonos espanhóis desenvolveram os
vinhos no país. Mas, na época, essa
região era o Vice-Reino do Peru, que
foi dividido na Guerra do Pacífico, e,
com isso, cada país ficou com um pe-
daço do território e, certamente, da
produção da bebida.
Polêmicas à parte, há diferen-
ças entre o pisco de cada país. O
peruano é uma aguardente feita
de uva e, tal como na produção da
cachaça, tem a cabeça e a cauda
descartadas. Já o chileno é feito
de uvas Muscat, destilado e redu-
zido com água até chegar a 40% de
teor alcoólico.
Essa bebida é a base do famoso
Pisco Sour, que também gera briga
por sua autoria. Simon Difford, do
prestigiado Difford’s Guide, uma
espécie de enciclopédia de drinks
mundiais, afirma que a referên-
cia mais antiga ao aperitivo foi
feita em O Novo Manual da Cozi-
nha Creole, publicado em 1903 por
S.E. Ledesma, no Peru. A receita do
“coquetel” descrita continha uma
clara de ovo, uma xícara de pisco,
uma colher de chá de xarope de
açúcar e gotas de suco de limão a
gosto. O Chile também reivindica
a paternidade do drink. A única di-
ferença é que a versão chilena não
leva clara de ovo. Já a difusão fora
dos países andinos é atribuída a Joe
Baum, que o transformou no hit do
restaurante La Fonda del Sol, em
Nova York, nos anos 1960.
Atualmente, a popularidade do
Pisco Sour é tamanha que seu dia
internacional é comemorado no
mundo inteiro no primeiro sábado
de fevereiro. Confira essa receita
tradicional e outras à base de pisco
muito populares. Salud!
BEBIDA DISPUTADA
O pisco e seu drink mais famoso, o Pisco Sour, são instituições nacionais no Peru e no Chile,
que competem até hoje por sua autoria
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CapitánI N G R E D I E N T E S
�� 50 ml de pisco puro�� 50 ml de vermute Cinzano Rosso�� 3 cubos de gelo
P R E PA R AÇ ÃO
Resfrie uma taça de Martini com gelo e deixe repousar. Enquanto isso, em uma coqueteleira com bastante gelo, adicione o pisco e o vermute. Agite durante 10 segun-dos e despeje na taça de Martini.
Pisco SourI N G R E D I E N T E S
�� 60 ml de pisco�� 25 ml de suco de limão�� 25 ml de xarope de açúcar�� 1 clara de ovo
P R E PA R AÇ ÃO
Bata os ingredientes no shaker ou no liquidificador com quatro pe-dras de gelo e coe diretamente no copo, decorando com três gotas de angostura bitters.
Chilcano de Pisco
I N G R E D I E N T E S
�� 60 ml de pisco puro�� 15 ml de suco de limão�� 3 gotas de angostura�� 120 ml de ginger ale�� 4 cubos de gelo�� 1 colher (chá) de açúcar
P R E PA R AÇ ÃO
Em um copo high ball, adicione o pisco, o suco de limão, as gotas de angostura, o ginger ale e o açúcar e misture com uma colher longa. Depois, acrescente o gelo e misture com a colher nova-mente. Finalmente, enfeite o copo com as rodelas de limão.
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LIMA REÚNE 3 MIL ANOS DE HISTÓRIA8 6 M E E T I N G 2018
C U L T U R A
Um dos bairros mais agitados da capital, Barranco abriga algumas das principais coleções do país. No Parque de la Exposición, o Museu de Arte de Lima (Mali) é visita obrigatória
O núcleo do Museu de Arte de Lima (Mali) é a coleção das famílias Prado e Peña Prado, que reúne peças do período pré-colombiano ao século 20
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O Barranco, bairro colorido e boêmio da
capital peruana, é conhecido pela arqui-
tetura histórica de casarões e da icônica
Puente de los Suspiros, construída em
madeira no século 19. Também é ponto gastronô-
mico, com restaurantes debruçados sobre o oceano
Pacífico. E ainda polo cultural. Nele ficam três dos
principais endereços de arte em Lima: o Museu Pe-
dro de Osma, com obras que vão da era pré-colom-
biana à época colonial; o Museu de Arte Contem-
porânea de Lima (MAC Lima); e o Museu Mario
Testino (Mate), do fotógrafo celebridade que che-
gou a influenciar a moda internacional. Em área
um pouco mais central, no Parque de la Exposición,
com mais de 100 mil m2 de área verde, está o Museu
de Arte de Lima (Mali), em um edifício que por si
só já é uma obra de arte: o Palacio de la Exposición.
CULTURA ANDINA E COLONIALCom uma importante coleção de arte do século 16
ao 18, quando o Peru era um vice-reino da Espa-
nha, o Museu Pedro de Osma se destaca no bairro
Barranco. Recursos tradicionais e tecnológicos são
empregados para manter obras de Pedro de Osma
Gildemeister, político falecido na década de 1930.
O propósito é fomentar a difusão da arte virreinal,
como é denominada pelos próprios especialistas
peruanos, de uma etapa que é considerada essen-
cial na formação da identidade nacional.
O acervo exibe peças que remontam ao século 5,
da região ao sul dos Andes, da cultura tiahuanaco e
inca e do período de vice-reinado na área de Cusco.
Outras, dessa mesma época, são pinturas, escultu-
ras, móveis e prataria, que dão uma ideia da origem
das tradições do país. Essa coleção é considerada
uma das mais importantes da América Latina. Há
ainda salas temáticas com quadros de culto à Vir-
gem Maria, de anjos e arcanjos, além de retratos.
PALÁCIO COMO OBRA DE ARTEO Palacio de la Exposición, onde fica o Museu de
Arte de Lima (Mali), é um dos mais admirados por
sua representatividade arquitetônica. Foi levantado
entre 1870 e 1871 para a primeira grande exposição
2018 M E E T I N G 8 7
pública no país, em comemoração aos
50 anos de independência – a Gran
Muestra de Artes, Ciencias e Indus-
trias. O edifício neorrenascentista foi
projetado pelo arquiteto italiano An-
toni Leonardo e é um exemplo de téc-
nica de construção em ferro (as colunas
importadas da Europa são atribuídas
à construtora Eiffel, do século 19). O
palácio, cercado por jardins com está-
tuas, fica no Parque de la Exposición,
com seus pavilhões Mouro e Bizantino,
em uma área verde com 100 mil m2
que fazem parte de um dos projetos
urbanos mais importantes do mundo.
Em 1954, um grupo de 25 em-
presários e intelectuais fundou a as-
sociação Patronato de las Artes e re-
cebeu aval da prefeitura da capital
para a restauração do palácio. Com
apoio da Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco) e também da
França, a obra foi iniciada pelo arqui-
teto Hans Asplund e pelo museólogo
Na capital, é possível apreciar a arte de várias épocas da história peruana, mas seus museus também valorizam obras de representantes latino-americanos
O Mali fica no Palacio de la Exposición, edifício do século 19
que já é uma obra de arte e conta com peças representativas de
3 mil anos de história
8 8 M E E T I N G 2018
C U L T U R A
sueco Alfred Westholm, que fizeram
o primeiro projeto moderno de um
local para abrigar obras de arte no
país. Em 1961 foi inaugurado o Mu-
seu de Arte Latina, que ainda conta
com biblioteca e teatro. O presidente
Manuel Prado, em nome das famí-
lias Prado y Peña Prado, doou a cha-
mada Memoria Prado, coleção for-
mada no início do século 20. Ela é,
ainda hoje, o núcleo da mostra, com
uma panorâmica da arte peruana,
da época pré-colombiana ao século
20 (desde 2015, o segundo andar do
edifício expõe 1,2 mil peças represen-
tativas de 3 mil anos). O Patronato
ajuda estudantes em intercâmbios,
promove concursos, organiza expo-
sições e um salão anual de belas artes.
JANELAS PARA O MUNDONascido no Peru, o fotógrafo Ma-
rio Testino se tornou uma influência
O Museu Mario Testino (Mate) reúne o acervo de um dos fotógrafos mais criativos do mundo da moda e das celebridades
mundial como retratista e também
na moda – área que ajudou a mudar
de patamar, como indústria. Seu le-
gado de beleza pode ser visto no Mu-
seu Mario Testino (Mate), aberto em
2012 na capital peruana, onde o ar-
tista nasceu e estudou Direito e Eco-
nomia (depois ainda fez Negócios In-
ternacionais em San Diego, na Cali-
fórnia). Testino mudou de Lima para
Londres em 1976, para se tornar um
dos mais disruptivos e criativos fotó-
grafos do mundo na década de 1990.
Publicações como Vogue e Vanity Fair
imortalizaram campanhas de mar-
cas como Gucci, Burberry, Versace,
Michael Kors, Chanel, Estée Lauder
e Lancôme e ícones como Kate Moss,
a princesa Diana, Gisele Bündchen,
Madonna e Gwyneth Paltrow.
O prédio de 1898 começou a ser
restaurado pelo arquiteto Augusto de
Cossio em 2011, com profissionais da
Escuela Taller de Lima e escultores da
Escuela Autónoma de Bellas Artes.
Um ano depois, o museu foi aberto.
Além da exposição permanente de
obras do próprio Testino, a proposta
2018 M E E T I N G 8 9
do Mate é dar oportunidade para o
intercâmbio de artistas e fotógrafos
de diversos países, facilitando mos-
tras, workshops, eventos e programas
educacionais que incentivem a cria-
tividade e o pensamento crítico e, ao
mesmo tempo, levem o que é feito no
país para um público internacional.
MODERNOS E PÓS-MODERNOSFundado em 1955, o Instituto de Arte
Contemporânea (IAC) se converteu
em promotor cultural e principal es-
paço de debates de ideias modernas
e propostas de vanguarda de artis-
tas peruanos e latino-americanos em
geral. Com várias mostras e semi-
nários de intelectuais à época, sur-
giu a proposta de criar o Museu de
Arte Contemporânea de Lima (MAC
Lima). A coleção inicial é formada
O Museu de Arte Contemporânea (MAC Lima) valoriza a diversidade de tendências e está em um prédio da prefeitura com janelas que dão para um espelho d’água
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9 0 M E E T I N G 2018
C U L T U R A
por aquelas expostas em vários lo-
cais que abrigaram o antigo instituto:
Galería Lima, Casa Mujica e Museu
de Arte Italiano. São obras de Gas-
tón Garreaud, Rafael Hastings, Emi-
lio Rodríguez Larraín, Oswaldo Vi-
gas e Fernando de Szyszlo. As peças
pertencem aos anos 1950-1960. De-
pois de um período de inatividade na
década seguinte, o grupo retomou o
fôlego e as atividades no fim da dé-
cada de 1980, finalmente com a de-
cisão de levantar um museu e dotá-
-lo de uma coleção.
Nos anos 1990, graças a uma
doação inicial, o MAC Lima to-
mou corpo, até ser fundado oficial-
mente em 2013. Ocupa um prédio
cedido pela prefeitura, de desenho
modernista do arquiteto peruano
ServiçoMUSEU PEDRO DE OSMA
museopedrodeosma.org
MUSEU DE ARTE DE LIMA (MALI)
mali.pe
MUSEU MARIO TESTINO (MATE)
mate.pe
MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE LIMA (MAC LIMA)
maclima.pe
Frederick Cooper Llosaredio – são
três módulos principais, onde ficam
as coleções e as exposições tempo-
rárias, com grandes janelas que se
abrem para um espelho d’água, cer-
cado por área verde aberta ao pú-
blico. Ali estão obras de artistas de
diversas tendências, como geome-
trias de Víctor Pasmore (Inglaterra),
Jesús Rafael Soto e Carlos Cruz-
-Diez (Venezuela), Eduardo Ramí-
rez Villamizar (Colômbia), pós-mo-
dernos como Álvaro Barrios (Co-
lômbia) e o humor nos desenhos
de Antonio Seguí (Argentina). Há
recentes doações e empréstimos de
peruanos contemporâneos, como
Ramiro Llona, Armando Varela,
Fernando de Szyszlo, Enrique Po-
lanco e José Tola. n
A maior parte das obras do acervo do
MAC é de artistas da América Latina
2018 M E E T I N G 9 1
PARA AMPLIAR AS RELAÇÕES COMERCIAIS
O 23o Meeting Internacional LIDE será em Cusco, no Peru, entre os dias 1o e 4 de novembro, com participação
de empresários e autoridades dos dois países
No 22o Meeting Internacional, no Paraguai, lideranças empresariais e autoridades debateram os rumos do Mercosul
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9 2 M E E T I N G 2018
E V E N T O
Um dos principais parcei-
ros comerciais do Brasil,
o Peru será a sede do 23º
Meeting Internacional
LIDE. Desta vez, o evento será rea-
lizado na cidade de Cusco, entre 1º
e 4 de novembro, com a presença
de CEOs, executivos e autoridades
governamentais.
Para Luiz Fernando Furlan,
chairman do LIDE, o encontro
em Cusco será uma oportunidade
para os empresários dos dois países
ampliarem as relações comerciais.
“Brasil e Peru têm se aproximado
ao longo dos anos. São importan-
tes parceiros, principalmente no es-
coamento de produtos brasileiros
Em 2017, o evento foi realizado em Assunção e contou com a presença do presidente Horacio Cartes
GU
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para o oceano Pacífico”, afirmou.
“Em 2016, foram assinados diversos
acordos, como o de livre comércio
para o setor automotivo, de com-
pras governamentais, de serviços
e de facilitação de investimentos.
Também existe um potencial muito
grande de consolidar esse relacio-
namento no setor de turismo.”
Além do debate sobre as relações
bilaterais entre os dois países, o
23º Meeting Internacional LIDE
inclui visitas às milenares minas de sal
das Salinas de Mara, no Vale Sagrado;
ao sítio arqueológi co de Machu
Picchu, reconhecido como uma
das sete maravilhas do mundo; ao
Parque Ecológico de Sacsayhuaman,
importante mostra de arquitetura
inca; e à cidade de Cusco.
O Meeting Internacional LIDE é
a primeira iniciativa brasileira a reu-
nir empresários para ampliar as rela-
ções comerciais e debater importan-
tes questões para o crescimento eco-
nômico dos países. Foram realizadas
edições na África do Sul (Sun City),
Aruba (Caribe), Argentina (Buenos Ai-
res), Argentina (Bariloche e Mendoza),
Chile (Santiago), Colômbia (Carta-
gena), Espanha (Barcelona), Estados
Unidos (Miami), Itália (Roma), Mé-
xico (Cancun), México (Punta Mita),
Paraguai (Assunção), Portugal (Lis-
boa), República Dominicana (Cap
Cana) e Uruguai (Montevidéu). n
2018 M E E T I N G 9 3
CLÁSSICOREPAGINADOA Maserati revelou como será o novo Quattroporte. A versão GTS representará o máximo de luxo e esportividade
O Quattroporte é um modelo
clássico, sinônimo da ima-
gem da Maserati. Projetado
por Pietro Frua e lançado
em 1963, ele passou por diversas atua-
lizações até que, em 2003, ganhou uma
reestilização completa pelo “maestro”
do design Lorenzo Ramaciotti, da Pi-
ninfarina. Quando a montadora anun-
ciou, em 2017, que promoveria uma
mudança, criou uma enorme expec-
tativa nos fãs e seguidores da indús-
tria automobilística. Eis que agora, no
Salão de Paris, no início de outubro,
ela revelou o novo Quattroporte 2019,
deixando todos de queixo caído com
as três versões: Ghibli Ribelle, Gran
Lusso e GTS Gran Sport – esta última
é a maior, mais potente e cara de toda
a linha. O carro chegará ao Brasil no
final do primeiro trimestre de 2019,
ainda sem preço definido. Nos Estados
Unidos, custa a partir de US$ 138 mil.
Todos os modelos estão equipa-
dos com a mesma transmissão auto-
mática de oito velocidades ZF, uma
alavanca de câmbio redesenhada e
um conjunto de botões para selecio-
nar o modo de direção e a abertura
9 4 M E E T I N G 2018
C A R R O
MASERATI QUATTROPORTE GTS
M O T O R V8
P O T Ê N C I A 530 HP
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DIV
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2018 M E E T I N G 9 5
do teto solar. Agora são dez cores ex-
teriores, com a adição de Rosso Po-
tente e BluNobile, além de opções
em seis diferentes tipos de rodas de
liga leve de 19 a 21 polegadas.
O GTS Grand Sport é um show à
parte. Traz a famosa grade frontal tri-
dimensional pontiaguda e imponente,
com fundo negro e elementos verti-
cais cromados, inclusive o tridente,
além de entradas de ar embutidas –
um conjunto do tipo “nariz de tuba-
rão” bem agressivo. Um pouco mais
acima brilham os faróis redesenha-
dos, com lâmpadas LED, luzes diur-
nas e até uma câmera que regula a
altura do modo alto e reduz sua in-
tensidade automaticamente para não
ofuscar os veículos que viajam na
A versão GTS Grand Sport é um show
à parte. Traz a famosa grade frontal
tridimensional pontiaguda e
imponente, com fundo negro e
elementos verticais cromados, inclusive
o tridente, além de entradas de
ar embutidas
9 6 M E E T I N G 2018
C A R R O
reveste os assentos esportivos, dis-
ponível nas cores preto, vermelho e
bege, com um padrão customizado
de costura. O logo com o tridente em
baixo-relevo é a assinatura final na
parte superior do encosto de cabeça.
O volante, revestido de couro, é
ajustável eletricamente no alcance e
na altura, e as aletas de marcha são
de alumínio. No centro do console
do painel, o sistema de infoentre-
tenimento traz tela de 8,4 polega-
das com um controle giratório, lo-
calizado abaixo do relógio analógico
da marca. Os gráficos exibem várias
funções, como regulagem climática,
volume de áudio e outras funções
e conectividade para smartphone
Apple e Android, além de dispositivo
direção contrária. Nas laterais, saias
exclusivas e aerodinâmicas fazem par
com três pequenos respiros e retro-
visores de borda preta. Na traseira,
as lanternas imitam o design felino
dos faróis e, abaixo do para-choque,
um sistema de duplo escape trape-
zoidal com as bordas cromadas dão
um toque mais esportivo. O motor é
um V8 biturbo, de 530 hp, que o leva
até os 310 km/h e de 0 a 100 km/h
em 4,7 segundos.
Há algumas diferenças entre os
modelos no acabamento interior, mas
todos são de extrema qualidade e so-
fisticação. No GTS, a combinação é
de sarja de fibra de carbono com la-
minados amadeirados Rovere Ve-
neer e couro natural Pieno Fiore, que
O novo design do GTS inclui saias laterais aerodinâmicas e interior sofisticado, de couro Pieno Fiore, com tomadas USB e iluminação cenográfica, controle de ar-condicionado e display de 10 polegadas opcional
2018 M E E T I N G 9 7
Bluetooth, facilitando ouvir a playlist
e rodar os aplicativos favoritos. Já
o porta-luvas é iluminado, climati-
zado e pode ser trancado pelo mo-
torista no painel e só abre com uma
senha de quatro dígitos.
Os bancos possuem ventilação,
aquecimento e movimento elétrico,
garantindo um conforto incrível nas
viagens longas, e podem vir equi-
pados com telas de entretenimento
de 10 polegadas individuais para
os passageiros traseiros. Os assen-
tos de trás têm apoio de braço com
tomada USB para carregar dispo-
sitivos móveis e dois porta-copos
dobráveis. Eles são parcialmente
retráteis, o que permite aumentar
a capacidade de armazenagem no
porta-malas de 530 litros.
A iluminação interior utiliza fi-
bra óptica para clarear sutilmente
o painel, as portas e os pés, mas no
teto a luz é difusa e as de leitura são
mais fortes nas laterais. Acesas, elas
criam um efeito moderno e elegante.
O sistema de áudio padrão é o
Premium HarmonKardon, de 900
watts, mas também é possível soli-
citar um hi-end da Bowers & Wil-
kins,de 1.280 watts, com 15 alto-
falantes. Há outras maravilhas da
tecnologia no carro. Se o motorista
estiver com as chaves no bolso, ao
se aproximar do veículo, as portas
destravam e ele pode até passar o
pé por baixo do porta-malas para
que se abra automaticamente. Ao se
afastar, se alguma porta estiver en-
treaberta, o carro a fechará sozinho.
Os itens de segurança têm câmeras
360o, airbags e capacidade de man-
ter o carro na faixa, alertar sobre co-
lisões, condições climáticas, sinais de
trânsito, limite de velocidade e indi-
cação para frear na distância certa.
Estamos falando de um automóvel
completo, moderno, potente, espor-
tivo, luxuoso que, mesmo com uma
tradição de quase 60 anos no mer-
cado, se reinventa para melhor. n
Outras novidades do GTS são rodas de liga leve de 21 polegadas com design especial, alavanca redesenhada, display moderno e interior com acabamento em alumínio, couro e sarja de fibra de carbono
C A R R O
9 8 M E E T I N G 2018
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Geral dos Carros
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9h às 11h • Brunch de Despedida
2/12/2018DIA DE PARTIDA
7h
8h às 12h
12h às 13h3013h30 às 16h30
18h
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MERCADOCompanhias apontam crescimento em fretamentos e serviços
NOVIDADESCessna Citation Longitude é apresentado pela primeira vez no Brasil
RECUPERAÇÃO COM CAUTELACompanhias registram melhora do mercado em 2018 e preveem retomada lenta após período eleitoral
1 0 4 M E E T I N G 2018
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2018 M E E T I N G 1 0 5
O Brasil é dono da segunda
maior frota da aviação ge-
ral do mundo, que inclui
jatos executivos, helicóp-
teros e aviões de pequeno porte. O ta-
manho dela se manteve estável nos
últimos anos, apesar da recessão e
da retomada lenta. Em maio deste
ano, eram, no total, 7.457 aviões pri-
vados, aumento de 2% em relação a
dezembro de 2016, segundo o Insti-
tuto Brasileiro de Aviação, que com-
pila dados do setor. As vendas de ae-
ronaves ainda não foram retomadas
efetivamente, e, mesmo assim, ocor-
rem em grande parte por meio de se-
minovos. Uma das maiores fabrican-
tes mundiais do setor, a Embraer re-
força que a demanda segue de perto a
tendência da economia. “O mercado
brasileiro tem se mostrado resiliente,
e a alta do PIB, ainda que modesta,
tem ajudado a aviação executiva cres-
cer nos últimos trimestres. Sintoma
disso foram as vendas de alguns dos
nossos mais recentes lançamentos,
como o Phenom 100EV, o Phenom
300E e o Legacy 450”, diz Gustavo
Fonseca, diretor de Vendas da Em-
braer Aviação Executiva para a Amé-
rica Latina. Segundo o executivo, os
Estados Unidos e a Europa conti-
nuarão liderando a demanda mun-
dial desse segmento – responderam
por aproximadamente 85% do vo-
lume de entregas nos últimos anos.
Em 2017, a Embraer entregou 109
unidades globalmente. Em 2018, até
o segundo trimestre, foram 31. A re-
ceita no primeiro semestre foi de US$
1,18 bilhão, ante US$ 1,81 bilhão no
mesmo período do ano passado. A
Uma das maiores fabricantes da aviação executiva, a Embraer acaba de anunciar em Orlando a família Praetor, de médios com maior autonomia
1 0 6 M E E T I N G 2018
A V I A Ç Ã O E X E C U T I V A
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GUSTAVO FONSECADiretor de Vendas da Embraer Aviação
Executiva para a América Latina
“O mercado brasileiro tem se mostrado resiliente. Estamos otimistas, mesmo
que a recessão tenha adiado alguns planos de investimento”
2018 M E E T I N G 1 0 7
JUNIA HERMONTDiretora superintendente da Líder Aviação
“No fretamento houve aumento de 20% em relação ao ano passado. As empresas estão endividadas. Mesmo que o crescimento se sustente, deve haver mais cautela para a aquisição de aeronaves”
Líder Aviação: portfólio diversificado de serviços e ampliação da área de manutenção com um serviço personalizado, o Líder in Loco
ISA
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A
DIV
UL
GA
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fabricante prevê que nos próximos
dez anos serão comercializados 7,5
mil jatos executivos, gerando uma re-
ceita de US$ 216 bilhões. Nesse pe-
ríodo, a estimativa é que os Estados
Unidos sigam na liderança do setor,
absorvendo 60% dos pedidos. A Eu-
ropa e a África responderão por 20%,
seguidos por Ásia-Pacífico e Oriente
Médio, e América Latina. “Para o Bra-
sil, estamos otimistas, mesmo que o
período de recessão da economia na-
cional tenha adiado alguns planos de
investimento. Ainda assim, a Embraer
domina esse setor devido à qualidade
dos aviões e aos serviços pós-venda.
Confiamos no mercado brasileiro com
a chegada dos dois jatos executivos
médio e supermédio, Praetor 500 e
Praetor 600”, afirma Fonseca. Anun-
ciados em Orlando (EUA), em outu-
bro, os dois modelos são focados no
aumento da autonomia e na produ-
tividade e devem ser certificados no
próximo ano. Alcançam 6.019 km
e 7.223 km, respectivamente. Com
isso, o portfólio da companhia chega
a oito aeronaves.
A Líder Aviação registrou neste
ano um acréscimo no chamado tá-
xi-aéreo e ampliou a área de manu-
tenção com um serviço personali-
zado, o Líder in Loco. “De janeiro
a abril, havia um otimismo grande,
com movimentação maior e interesse
em aviões novos e seminovos. Ocor-
reu uma procura crescente, com os
clientes voando mais”, diz Junia Her-
mont, diretora superintendente da
empresa. “No fretamento houve au-
mento de 20% em relação ao ano
passado. Mesmo com os candidatos
voando menos nestas eleições, teve
movimentação.” Segundo Hermont,
as empresas estão endividadas e vá-
rias venderam ativos, passando a fa-
zer locação. Mesmo que a expansão
se sustente, deve haver mais cautela
para as aquisições, afirma. Refletindo
a alta nas locações, a companhia está
lançando um aplicativo que permite
1 0 8 M E E T I N G 2018
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Prepare-se para usufruir da cabine mais espaçosa, mais alta e mais larga da aviação executiva. O Falcon 6X possui um alcance de 5.500 nm (10.186 km) e velocidade máxima de mach 0,90. Ao estabelecer um padrão mais elevado e mais amplo, destaca-se por si só. Apresentando o Falcon 6X: as 5.500 nm mais espaçosas e produtivas que você percorrerá.
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S:18.895 cmS:25.595 cm
T:20.8 cmT:27.5 cm
B:21.8 cmB:28.5 cm
AE Release - 04/05/2018 12:22 PM | DAS-026-117-C-R1 | SWOP C3
RICHARD MARELLIPresidente da Helibras e Head of Country da Airbus no Brasil
“Tivemos um bom primeiro semestre. Estamos confiantes de que a economia vai se recuperar e prevemos uma maior demanda”
LEONARDO FIUZAPresidente da TAM Aviação Executiva
“Em 2017, registramos uma retomada dos negócios. Esperamos em 2019
chegar aos níveis de anos anteriores, com as vendas se recuperando”
o agendamento online de voos. Com
mil colaboradores, a Líder tem um
portfólio variado de atividades, que
vão desde a venda de jatos (é repre-
sentante da HondaJet no país) até o
aluguel de helicópteros para o setor
de óleo e gás – para isso, incorporou
neste ano dois Airbus H135. Nessa
área, com a volta dos leilões, já há oti-
mismo e a expectativa é de aumento
de atividades, principalmente a partir
de 2020 e 2021, segundo a executiva.
Representante no Brasil das
marcas Cessna, Bell e Beechcraft, a
TAM Aviação Executiva estima uma
alta de 10% em relação a 2017 em
manutenção e fretamento. “No ano
passado, já tivemos uma melhora nas
vendas e, consequentemente, nos ser-
viços. Há uma retomada. Esperamos
em 2019 chegar aos níveis de anos
anteriores”, anseia Leonardo Fiuza,
presidente da companhia. Confiante,
ele diz que o Brasil só perde para os
Estados Unidos no mercado mundial
de aviação executiva. “Embora os dois
últimos anos tenham sido um pouco
mais difíceis em decorrência da desa-
celeração econômica brasileira, já no-
tamos um volume maior de negócios.”
Única fabricante de helicópteros
da América Latina, a Helibras tem
boas perspectivas para 2019, num ce-
nário político mais estável pós-elei-
ções. “Tivemos um bom primeiro se-
mestre. Estamos confiantes e pre-
vemos o retorno do investimento
e uma maior demanda por aerona-
ves”, diz Richard Marelli, presidente
da companhia e Head of Country da
Airbus. A Helibras registrou inten-
ções de venda para o mercado civil
e algumas entregas no corporativo,
incluindo unidades monoturbina,
H135 e H145. “Acreditamos que te-
mos um importante papel no desen-
volvimento da aviação de asas rotati-
vas. Continuaremos nos empenhando
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Flapper aposta na aviação premium compartilhada
para a disponibilização de soluções
personalizadas, na contínua evolução
da tecnologia aeronáutica e na expan-
são do suporte e serviços”, afirma Ma-
relli. Segundo ele, há uma tendência
para modelos biturbinas, já que pos-
suem menor restrição operacional
(permitem voo por instrumentos) e
também proporcionam mais conforto
e espaço de cabines, que variam de
seis a oito passageiros. “São projeta-
dos com novos programas de manu-
tenção, o que possibilita menos in-
tervenções, aumentando a disponi-
bilidade da aeronave.” n
Paul Malicki costumava frequentar os aeroportos brasileiros e, incomodado, teve a ideia de lan-
çar uma resposta para a falta de serviço de primeira classe. “Eu viajava muito e vi que o serviço comercial era bastante básico. O da aviação executiva, pouco conhecido.” Ex-sócio da Easy Taxi, tendo figurado na lista “30 Under 30” da revista Forbes, Malicki decidiu, em 2016, abrir a Flapper, que tem a proposta de de-mocratizar a aviação executiva por meio da tecnologia mobile. Com vendas de assentos, o usuário pode voar em um avião fretado por um preço acessível, ou alu-gar uma das 145 aeronaves cer-tificadas de táxi-aéreo.
Malicki é CEO e sócio da em-presa, que teve um investimento inicial de R$ 1 milhão. Nestes dois anos, já recebeu um aporte de R$ 3 milhões, e deve ter ainda em 2018 uma nova rodada de inves-timentos. O executivo analisou a fundo o mercado brasileiro. As pesquisas mostraram que há mais de 400 mil poten-ciais clientes para aluguel de aviões. Considerando a venda por assento, o número é bem maior: são 2,7 milhões de pessoas com poder de compra. O objetivo da companhia é construir uma rede de rotas compar-tilhadas entre aeroportos não disponíveis para usuá-rios de aviação comercial, com foco especial nos des-tinos premium. A Flapper possui rotas entre capitais
– São Paulo e Rio de Janeiro – e as cidades de Búzios e Angra dos Reis. Pretende em breve lançar voos para
Belo Horizonte. O preço médio por assento das via-gens varia entre R$ 300 e R$ 800 nos trechos para o litoral, e de R$ 750 a R$ 900 nas rotas das capitais.
O funcionamento é simplificado. Ao baixar o aplicativo, o cliente se cadastra e escolhe o des-tino. O sistema disponibiliza os jatos para um nú-mero determinado de passageiros, assim como os aeroportos disponíveis. O usuário escolhe a
aeronave, o número de luga-res e a forma de pagamento. Os voos são postados com ho-rários sugeridos de partidas, sendo que os dois primeiros passageiros têm o direito de selecionar aquele que melhor atenda à sua necessidade. Isso, juntamente com a obrigação de operar dentro de rotas que envolvam pelo menos um “ae-roporto não comercial”. A pla-taforma também permite alu-gar um avião ou helicóptero sob demanda, com preços e
pagamentos em tempo real. O app concentra a maior parte dos pedidos
(80%), que podem ser feitos pelo sistema de viagens corporativas ou de forma mais individualizada, via concierge. “Abrimos para a classe média alta, mas temos muitas celebridades”, diz Malicki. A empresa pretende inaugurar mais de dez novos trechos até o final do ano e planeja lançar em 2019 um modelo de assinatura, no qual os usuários poderão pagar uma taxa fixa para voar ilimitadamente no Sudeste.
Paul Malicki, CEO da Flapper, aplicativo pioneiro para vendas de assentos, em que o usuário
pode recorrer a voos fretados por um preço acessível
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1 1 2 M E E T I N G 2018
EXPERIÊNCIAS INESQUECÍVEISDesfrute de uma experiência segura e confortável de voar fretando uma de nossas aeronaves para suas viagens ou sinta o prazer de ser dono de uma fração de um avião ou helicóptero, através do programa Icon Fractional.
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Pilatus PC12
King Air B250 AW109 Trekker Cessna CJ3+
Cessna Citation Longitude leva até 12 passageiros e tem alcance de 6.482 km
1 1 4 M E E T I N G 2018
J A T O S
NOVIDADES NO AR
Cessna Citation Longitude é apresentado pela primeira vez no Brasil, já a Embraer exibe
três modelos completos com as mais recentes inovações em design e tecnologia da companhia
Apesar de uma relativa retração na avia-
ção executiva nos últimos anos, os fa-
bricantes têm oferecido novidades, com
modelos que vão das categorias leves
de curto alcance às destinadas a voos longos.
No Brasil, alguns deles foram apresentados na
15ª edição da Labace (Latin American Busi-
ness Aviation Conference & Exhibition), maior
evento do setor na América Latina. A TAM Avia-
ção Executiva exibiu, pela primeira vez, o CITA-
TION LONGITUDE, um dos jatos mais aguarda-
dos da Cessna. Ele leva até 12 pessoas, incluindo
um jump seat para tripulação extra (opcional).
Possui cabine ampla (7,67 metros de compri-
mento e 1,83 metro de altura), com piso total-
mente plano e configuração double-club padrão.
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2018 M E E T I N G 1 1 5
Inclui ainda assentos que se transformam em cama e
compartimento de bagagem totalmente acessível por
dentro. O Longitude permite que os ocupantes co-
mandem todo o ambiente e entretenimento a partir
de qualquer dispositivo móvel. Seu alcance é de 6.482
km com quatro passageiros e sua velocidade máxima
de cruzeiro é de 882 km/h.
A Embraer mostrou na Labace, pela primeira vez, os
novos PHENOM 100EV, PHENOM 300E e LEGACY
650E com interior completo. Eles contam com as re-
centes inovações em tecnologia
e design da companhia. O pri-
meiro deles, o mais espaçoso na
categoria ultraleve, tem autono-
mia de 2.181 km com quatro pas-
sageiros e inclui lavabo privativo.
A velocidade máxima do PHE-
NOM 300E é de 839 km/h. Voa
a uma altitude de 13.716 metros.
Seu alcance é de 3.650 km com
seis ocupantes e possui a melhor
razão de subida e desempenho de
pista de sua classe. Entre os con-
fortos de bordo estão zonas de
temperatura distintas para pilo-
tos e ocupantes, opções de comu-
nicação de voz e dados e sistema
de entretenimento. Já en-
tre os “larges”, o LEGACY
650E leva até 14 pessoas e
conta com três áreas de ca-
bine distintas. O compar-
timento de malas é acessí-
vel durante o voo. A versão
“E” traz aviônica avançada,
com atualizações tecnoló-
gicas e de automação. Para
o conforto dos viajantes há
ampla conectividade, TV
de alta definição, Apple TV
integrada e serviço telefô-
nico internacional.
Grande concorrente
da companhia brasileira,
a Bombardier trouxe à La-
bace o GLOBAL 6000,
que transporta até 17 pes-
soas e voa sem escalas 11,1
mil km, agora equipado
com a Premier Cabin. O acabamento interno com deta-
lhes em couro, metal brilhante e madeira polida à mão
será o padrão dessa família de jatos de longo alcance.
No exterior, a fabricante canadense está em processo de
certificação da versão, assim como do GLOBAL 5000.
O Phenom 100EV foi exibido com seu interior completo pela primeira vez no Brasil. A cabine
do Global 6000 (abaixo) ganhou novo acabamento
1 1 6 M E E T I N G 2018
J A T O S
Apresentados em Genebra em maio,
o GLOBAL 5500 e o GLOBAL 6500
estarão disponíveis no Brasil no fi-
nal de 2019, segundo a companhia.
Com cabines ampliadas, as duas ae-
ronaves terão menor consumo e per-
correrão trechos mais longos do que
seus predecessores – 10,6 mil e 12,2
mil km, respectivamente. No caso do
GLOBAL 5500, isso garante uma
viagem de São Paulo a Paris, sem
escalas, para 16 pessoas. O GLO-
BAL 6500 levará 17, e ambos atin-
gem 956 km/h. Ambientes mais lar-
gos, assentos extraconfortáveis, que
rotacionam e se inclinam como nos
voos de primeira classe, estão entre
as novidades dos dois modelos. Os valores deles serão
de US$ 46 milhões e US$ 56 milhões, respectivamente.
O PILATUS PC-24, certificado no final de 2017, inau-
gura a série dos Super Versatile Jets (SVJ), que operam
em pistas muito curtas (856 metros) e não pavimenta-
das (terra ou grama), tornando-o um “off-road”. Chegará
ao Brasil em 2019. Une a versatilidade de um turboélice
com o espaço de um jato médio e o
desempenho de um leve. O bimotor
da fabricante suíça pode ser equipado
com compartimento de cargas pres-
surizado e permite várias configura-
ções do interior, que acomoda até oito
viajantes. A autonomia com quatro
é de 3,8 mil km.
No segmento Very Light
Jet (VLJ), o HONDAJET ELITE ga-
nhou nova versão, apresentada em
maio na Europa. Seu alcance pas-
sou a 2.661 km com a otimização
do fluxo de ar nos motores, o que
possibilitou também uma redução
significativa dos ruídos, tornando-o
mais silencioso. O aviônico incorpo-
rou funções adicionais de gerenciamento para o plane-
jamento do voo e funções automáticas de estabilidade
e proteção, que reduzem a carga de trabalho do piloto.
Ele oferece eficiência de combustível, além de apresen-
tar boa performance de velocidade, altitude e alcance.
Com a homologação de um assento extra, ele passou a
comportar oito ocupantes. “O Elite se posicionou ainda
O PC-24 é uma das novidades
do mercado internacional de
aviação executiva. Combina a
versatilidade de um turboélice com o
tamanho da cabine de um jato médio e o desempenho
de um leve
O jato da Pilatus é um “off-road” capaz de
operar em pistas não pavimentadas – de
terra ou grama
2018 M E E T I N G 1 1 7
mais como líder. O primeiro será en-
tregue em outubro”, diz Philipe Fi-
gueiredo, diretor de Vendas de Ae-
ronaves da Líder Aviação, represen-
tante da marca no país. Um dos des-
taques é o som da Bongiovi Acoustics, que é calibrado
para 100 pontos diferentes na cabine – como o nome
indica, foi desenvolvido pela equipe da banda Bon Jovi.
Segundo Figueiredo, tem despertado o interesse de exe-
cutivos dos setores de agronegócio, serviços e indústria.
Seu valor inicial é de US$ 5,25 milhões.
Entre os mais acessíveis, o CIRRUS
SF50 VISION se destaca. Além de
transportar até sete pessoas, a uma ve-
locidade de 550 km por hora, e ter um
alcance acima de 1.800 km, poderá ser
operado por apenas um piloto. Uma das características
desse jato monomotor (único no mundo) é o paraquedas
balístico, que pode ser acionado em caso de emergência,
trazendo-o em segurança ao solo. O processo de certifi-
cação junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
já está finalizado, e o valor é de US$ 1,96 milhões. n
Versão do HondaJet Elite (no alto) tem sistema de som desenvolvido pela
equipe da banda Bon Jovi. O Cirrus SF50 Vision (acima) é o único jato
monomotor do mercado
1 1 8 M E E T I N G 2018
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O CÉU É O LIMITEJatos executivos supersofisticados e customizados são objeto de cobiça pelo luxo e tecnologia
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1 2 0 M E E T I N G 2018
R E Q U I N T E
O Bombardier Global 7500 foi projetado para ser o top de linha entre os jatos particulares de longa distância
2018 M E E T I N G 1 2 1
O interior do Bombardier Global 7500 oferece
home theater e um quarto com ares de suíte
de hotel de luxo F abricantes de jatos executivos, como Gulfstream,
Bombardier e Embraer, estão levando suas ae-
ronaves a um padrão nunca visto. A eles se jun-
tam os grandes da aviação comercial, como a
Airbus, que passaram a atender esse nicho de enco-
mendas de clientes VIPs customizando seus mode-
los com o que existe de mais avançado em tecnologia,
desempenho e luxo. O custo desses aviões pode ultra-
passar os US$ 100 milhões. Porém, para esses com-
pradores, não há limites desde que suas exigências
sejam atendidas.
Projetado para ser o top de linha entre os modelos
de longa distância, o Bombardier Global 7500 pode
atingir mais de 13,7 mil km, algo como ir de Nova
York a Sydney, de Londres a Kuala Lumpur ou de Pe-
quim a Washington com dez passageiros, sem esca-
las. A aeronave de US$ 73 milhões tem 200 pedidos,
1 2 2 M E E T I N G 2018
R E Q U I N T E
mas só são produzidas quatro por mês. E
dessas, pelo menos uma pode ser custo-
mizada para atender ao perfil dos clien-
tes “sem limites”, como o ex-piloto de Fór-
mula 1 Niki Lauda, proprietário de um dos
primeiros exemplares, que entraram em
operação neste segundo semestre. A ca-
bine tem a possibilidade de ser configu-
rada a partir de quatro ambientes diferen-
tes, incluindo cozinha, sala de jantar para
seis lugares, home theater e suíte priva-
tiva. Mas é possível solicitar plantas personalizadas.
O Embraer Lineage 1000E é uma versão do mo-
delo comercial da empresa, o E190. Ele voa 8.519 km,
suficientes para ir de São Paulo a Nova York ou de
Dubai a Londres sem interrupções. Seu interior per-
mite alta individualização, mas a configuração de
fábrica já impressiona com o lobby de piso de már-
more branco, cozinha completa, ampla sala central
com assentos reclináveis, mesas retráteis, sofá late-
ral e TV gigante. Ao fundo, uma suíte máster, com
banheiro e box com chuveiro, além de um generoso
compartimento de bagagem, de 12,54 metros cúbicos,
que pode ser acessado durante o voo. Outra vantagem
O Embraer Lineage 1000E tem requinte e conforto e pode ser amplamente customizado
2018 M E E T I N G 1 2 3
é que há portas retráteis, que isolam os ambientes e
permitem reuniões privadas. A aeronave custa a par-
tir de US$ 53 milhões.
Carro-chefe da empresa de aviação americana
Gulfstream, o G650ER alcança mais de 12.964 km,
voando a uma velocidade Mach de 0.85. Ou seja, de
Los Angeles a Londres é pelo menos 30 minutos mais
rápido do que seus concorrentes, e de Nova York a Tó-
quio leva 1 hora a menos. Pode acomodar oito passa-
geiros em uma cabine de conceito aberto, com 16 ja-
nelas panorâmicas, um assento executivo, divã, tele-
visão HD, cozinha completa e banheiro. O interior de
fábrica é revestido de couro e laminado de madeira e
O Gulfstream G650ER (à esquerda) é perfeito para executivos que viajam muito e querem chegar rápido, enquanto o Airbus ACJ319Neo (acima) é ideal para os que desejam superar todos os limites da customização
tem pisos de granito e mármore. Vários itens da ca-
bine são controlados usando um aplicativo de smart-
phone, como temperatura, iluminação, cortinas, incli-
nação das poltronas, som, TV etc. E há interessantes
opções de customização disponíveis sob encomenda.
Preços a partir de US$ 66 milhões.
O Airbus ACJ319Neo é o melhor resultado da en-
trada da fabricante francesa no nicho de aviação exe-
cutiva. O jato tem um alcance de 12.555 km e conse-
gue voar sem escalas de Los Angeles a Genebra. Seu
interior segue o conceito aberto. São duas mesas com
quatro poltronas, sendo uma lateral, e assentos exe-
cutivos individuais. Uma tela de TV disfarça a porta
da cabine de comando e ao fundo ficam os banhei-
ros e a cozinha. A decoração mistura couro e car-
pete em tons de bege e o teto recebe frisos dourados.
Duas reentrâncias simulam claraboias. Ele custa US$
101,5 milhões sem a instalação dos itens personali-
zados, como os da italiana Pagani Automobili, que
incluem paredes e teto envidraçado feito de um ma-
terial inovador – o Carbon Titanium –, além de piso
de madeira, home theater, poltronas e mesa de jan-
tar de design futurístico. n
1 2 4 M E E T I N G 2018
R E Q U I N T E
GATGRU, O NOVO TERMINAL DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO DEDICADO À AVIAÇÃO EXECUTIVA.
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U ma das novidades do mer-
cado internacional de he-
licópteros já chegou aqui
e foi apresentada na úl-
tima Labace (Latin American Bu-
siness Aviation Conference & Exhi-
bition). É o 505 JET RANGER X,
considerada uma das melhores
aeronaves na categoria de mono-
turbinas leves, o que se refletiu na
boa aceitação comercial. Já teve
mais de 120 unidades entregues
no mundo todo, apesar de ter sido
homologado nos Estados Unidos
apenas em junho de 2017. Dois
meses após sua certificação pela
Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac), em março passado, seis de-
les aterrissaram em solo brasileiro.
A TAM Aviação Executiva, repre-
sentante da fabricante americana,
foi responsável por 10% dos pedi-
dos desse modelo. Há três anos, a
companhia é responsável por mais
de 50% das vendas de todos os he-
licópteros novos comercializados
no país, o que dá aos produtos uma
fatia cada vez maior do mercado
de asa rotativa.
Um dos diferenciais desse he-
licóptero para quatro passagei-
ros é a tecnologia de voo de ponta,
ESTREIA PROMISSORARecém-certificado, o novo Bell 505 Jet Ranger X
leva até quatro passageiros e já tem o Brasil como segundo maior mercado no mundo
1 2 6 M E E T I N G 2018
H E L I C Ó P T E R O S
O helicóptero tem tecnologia de voo de ponta, garantida pelos aviônicos Garmin G1000H, cabine com piso plano, assentos anti-crash removíveis e portas mais largas
O 505 se destaca na categoria de
monoturbinas leves
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garantida pelos aviônicos Garmin
G1000H. Destacam-se também as
duas telas de LCD de 10,4 polega-
das e o motor Turbomeca Arrius
2R com sistema Fadec (com duplo
canal), HTAWS (sistema de alerta
de terreno), cartas aeronáuticas
digitais, visão sintética, sistema
“Pathway in the Sky” e boa visi-
bilidade para a tripulação. Outra
vantagem é a versatilidade de sua
cabine, que foi projetada com as-
sentos anti-crash removíveis. Seu
piso é totalmente plano e as por-
tas são mais largas, quando com-
paradas às habituais, para facilitar
o acesso de passageiros e cargas.
A velocidade de cruzeiro é de 232
km/h, com alcance de 600 km.
Já a Helibras, subsidiária da
Airbus no Brasil, apresentou na
Labace o H145, um biturbina ca-
paz de decolar com tanque cheio
2018 M E E T I N G 1 2 7
e até dez pessoas a bordo. O mo-
delo de mais de 3 toneladas tem
alcance de 740 km, voa a 5.029
metros de altura e sua velocidade
de cruzeiro é de 240 km/h. É a ge-
ração mais recente do helicóptero
conhecido anteriormente como
EC145 – desenvolvido pela Euro-
copter, que depois foi absorvida
pela Airbus. A nova versão tem
painel digital Helionix, que faci-
lita o voo e reduz o custo de ma-
nutenção e de treinamento, sis-
tema com três telas multifuncio-
nais que integram funções como
mapa digital, visão sintética, per-
cepção situacional aumentada e pi-
loto automático de quatro eixos (ca-
paz de realizar voo pairado automá-
tico). Quando configurado para o
O H145 leva até dez pessoas a bordo e pode ser customizado internamente, com opções da linha Mercedes-Benz Style
Lançamento da Airbus tem alcance de 740 km e velocidade de cruzeiro de
240 km/h. Há três telas multifuncionais que integram funções como mapa
digital, percepção situacional aumentada e piloto automático
CH
RIS
TIA
N D
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LE
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C)
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BU
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PT
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segmento Corporate, possui opções
de interiores da grife Airbus Corpo-
rate Helicopters (ACH), entre as
quais se destacam as linhas de luxo
Stylence e Mercedes-Benz Style. n
1 2 8 M E E T I N G 2018
H E L I C Ó P T E R O S
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Perú vive un boom económico
con excelentes indicadores,
como inflación (3,2%) e
intereses bajos (2,75%),
cambio relativamente estable
(1 Nuevo Sol = R$ 1,12), bajo
endeudamiento del sector público
(25,7% del PIB el año pasado) y
reservas internacionales confortables
(US$ 61 mil millones).
El país exporta básicamente
minerales y petróleo, pero
importa sus derivados, además
de productos químicos, máquinas,
vehículos y aparatos electrónicos.
Sus principales socios económicos
son Estados Unidos, China,
Suiza y Canadá (exportación) y
Estados Unidos, China, Brasil y
Ecuador (importación). Terminó
2017 con US$ 42.500 millones
ESTABILIDAD Y EXPANSIÓN
El crecimiento de la economía peruana ofrece buenas oportunidades para empresas brasileñas en el país
1 3 0 M E E T I N G 2018
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2018 M E E T I N G 1 3 1
en exportaciones y US$ 38.800
millones en importaciones. La
relación comercial es favorable
a Brasil (exportamos US$ 2.500
millones e importamos US$ 1.600
millones). Somos el octavo país en
la pauta de exportaciones peruanas
y el tercero en las importaciones.
En los últimos seis años, Perú
presentó una evolución económica
superior a la de la media de sus
vecinos sudamericanos. En 2017,
la economía peruana creció un
2,5%, con un PIB de US$ 215.220
millones, estimulada por los sectores
de minería e hidrocarburos (3,19%),
agropecuario (2,62%), pesca (4,67%)
y servicios (2,74%), además de un alta
del 2,20% en el sector de construcción
civil, después de nueve años de
índices negativos, según el Instituto
Nacional de Estadística e Informática
(Inei) del país. Perú ocupa el 32º
lugar en el ranking económico
mundial, sobrepasando, inclusive,
a Brasil (45a colocación). Esa
colocación no fue mejor a causa de las
turbulencias políticas, con escándalos
de corrupción que estallaron el año
pasado e involucraron a Odebrecht,
culminando con la renuncia del
presidente Pedro Pablo Kuczynski.
Su sucesor, Martín Vizcarra, tiene
plataforma política focalizada en
el desarrollo. Para eso, apuesta
en atraer inversores extranjeros,
dándoles señales con incentivos
tributarios. La más ventajosa para
Brasil es la iniciativa de poner en
cero los impuestos de importación
y exportación de productos a partir
de enero de 2019.
La resolución también tiene
el objetivo de recuperar el déficit
de infraestructura del país y
colaborar con la dinamización de las
inversiones privadas. La economía
peruana está demasiado basada en
la agricultura (café, cacao, coca, caña
de azúcar, algodón, espárragos, arroz,
maíz y papa) y en la minería, como
la plata (tercer productor mundial),
el zinc (cuarto), el estaño (quinto)
y el cobre (octavo). La actividad
pesquera es fuerte – Perú es uno de
los mayores productores mundiales.
Sin embargo, su parque industrial
es incipiente. Produce básicamente
tejidos, derivados de pesca, cemento,
alimentos procesados y acero. La
población, que ronda los 33 millones,
carece de nuevas oportunidades de
empleo y renta, una vez que el 25%
está por debajo de la línea de pobreza
y el desempleo llega al 6,7%.
El gobierno va a destinar un 21,6%
del PIB para medidas de estímulo al
desarrollo a corto plazo y contribuir
a una nueva fase de aceleración
económica, que deberá culminar
en una elevación del indicador en
torno al 4% este año. Para 2019,
la expectativa de crecimiento es
del 4,2%. Entre 2020 y 2022, se
espera un promedio del 4,8%. En
este escenario, la inversión privada
deberá ser incrementada en un 5,2%
en 2018 y un 7,5% en 2019.
De acuerdo con el cónsul comercial
de Perú en Brasil, Antonio Castillo, el
país tiene todo para ser el gran aliado
de ese proceso de intenso crecimiento
peruano. “Votorantim explota la mina
de zinc más importante del mundo,
Gerdau y Usiminas, el mercado de
acero, el Grupo Ellenco, las áreas de
infraestructura y pavimentación. Hay
mucho espacio para que pequeñas y
ANTONIO CASTILLOCónsul comercial de
Perú en Brasil
“Hoy, un calzado producido en Brasil
paga del 27% al 32% de impuesto de
exportación para entrar en EEUU. Si la empresa
monta una operación en Perú, este indicador
cae a cero. Habrá un costo logístico, pero estoy seguro de que
se abren grandes posibilidades para los productos brasileños”
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medianas empresas inviertan en el
país, principalmente en los sectores
agrícola, de alimentos, cosméticos,
tecnología, hotelería, turismo y
vestuario”, afirma. El cónsul reitera
que, con la eliminación del impuesto
de importación a partir de enero,
eso va a implicar hasta un 70% de
descuento en ciertos productos.
“Hoy, un calzado producido en
Brasil paga del 27% al 32% de
tributo de exportación para entrar
en Estados Unidos. Si la empresa
monta una operación en Perú, este
indicador caerá a cero. Habrá un
costo logístico, pero estoy seguro de
que se abren grandes posibilidades
para los productos brasileños tanto
para el mercado interno peruano
como para exportaciones a otros
países”, garantiza. “Nuestra oficina
en Brasil está empeñada en asesorar
a los empresarios de los dos países
para fomentar cada vez más ese
comercio bilateral.
PRESENCIA BRASILEÑAEl comercio Brasil-Perú ya está
caliente. Giró en torno a los US$
4.000 millones en 2017, el segundo
nivel más alto de los últimos 20 años.
Aparte del balance de importaciones
y exportaciones, de acuerdo con datos
del Ministerio del Comercio de Perú,
cerca de 70 empresas brasileñas están
instaladas en el país, incluyendo
Ambev, Andrade Gutierrez, Artecola
Química, Azaleia, Banco do Brasil,
Braskem, BTG Pactual, Camargo
Corrêa, Camil, Ciser Parafusos e
Porcas, Duratex, Eurofarma, Forno
de Minas, Gerdau, H. Stern, Itaú
BBA, Latam Líneas Aéreas, Lupo,
Natura, Odebrecht, Randon, Ricardo
Almeida, Smart Fit, Stefanini, Tigre,
Tramontina, Vale, Votorantim Metais,
Vulcabras y WEG.
A Tigre, fabricante multinacional
brasileña de tubos, conexiones y
accesorios, tiene presencia en 30
países. En 2015, invirtió US$ 30
millones para inaugurar una fábrica
en el distrito de Lurin, a 32 km de
la capital Lima. La unidad, con
80 mil m2, es la más moderna ya
construida fuera de Brasil y produce
anualmente cerca de 45 mil toneladas
de piezas. “Estamos focalizados en el
liderazgo en todos los países donde
Tigre actúa, y esa fábrica representó
el fortalecimiento de la marca en
América del Sur. Perú tiene una gran
importancia para nuestro negocio,
por las oportunidades que reserva al
sector de la construcción civil y por el
escenario económico en crecimiento”,
Tigre inauguró una moderna fábrica en los alrededores de Lima en 2015, determinada a volverse líder de mercado
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afirma el presidente de la empresa,
Otto von Sothen.
Otra compañía que apuesta en
Perú es Randon, el mayor fabricante
de remolques y semirremolques de
América Latina y una de las más
significativas del mundo. Además
de la sede, en Caxias do Sul (RS),
la compañía tiene dos unidades
industriales en Brasil, una en
Argentina e inauguró en marzo de
este año una fábrica en Perú, en
Callao, región metropolitana de
Lima. Esta nueva planta, resultado
de la joint-venture con el grupo
chileno Epysa, tiene capacidad de
producir mil unidades por año. El
mercado peruano de ese segmento
absorbe en torno a 6 mil unidades
anuales, quedando detrás sólo de
Brasil y de Argentina. “Era un deseo
antiguo entrar en el tercer mayor
mercado de América Latina. Todavía
es pronto para evaluar, pero en estos
pocos meses de operación en Perú
fue posible sentir que estamos en
el lugar correcto y convencidos de
que alcanzaremos nuestras metas”,
afirma el presidente David Abramo
Randon. Según él, el optimismo
también se justifica por el escenario
de estabilidad económica y atracción
de negocios. “Es la nación que más
crece en América Latina, en función
de los amplios recursos naturales
y también por las inversiones en
infraestructura”, afirma.
Randon cree que las empresas
deben mirar al país como un “buen
puerto para anclar”. “Perú precisa
estar en el radar de quien tiene
planes de expandir sus negocios. Se
DAVID ABRAMO RANDON
Presidente de Randon
“Perú es la nación que más crece en América Latina, en función de los amplios recursos naturales y también por las inversiones en infraestructura”
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trata de un país que crece hace ocho
años consecutivos en PIB y necesita
inversiones en infraestructura y
logística, abriendo oportunidades de
negocios para las industrias de bienes
de capital, como Randon”, dice. Según
el ejecutivo, la proyección de la unidad
peruana es alcanzar, en cinco años, la
participación del 20% del mercado
interno. “Los empresarios brasileños
conviven con una exagerada carga
tributaria y esa eliminación total
del impuesto abre un enorme
espacio para ampliar cada vez más
el aporte de recursos en estructura
y en innovación para garantizar una
mayor productividad. Este hecho,
aliado al potencial de negocios de
Perú, ciertamente impactará en una
decisión sobre dónde va a invertir el
empresario brasileño. n
La Plaza de Armas es el punto central de Cuzco, la ciudad sede del Meeting Internacional LIDE
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ACUERDOS EN ALTALas políticas de atracción de
inversiones del país andino deben generar un efecto multiplicador
en el crecimiento de las relaciones comerciales entre Brasil y Perú
2018 M E E T I N G 1 3 7
B rasil es un tradicional socio
de negocios de Perú. A pesar
de la caída en la balanza
comercial entre los dos
países de 2012 a 2015, las relaciones
volvieron al antiguo nivel y cerraron
en US$ 3.860 millones en 2017. En
este mismo año, las exportaciones
brasileñas al país andino alcanzaron
los US$ 2.240 millones, un
crecimiento del 15% en relación a
2016, mientras hubo un aumento
de casi el 30% de las importaciones
de Perú en el mismo período, que
alcanzaron los US$ 1.600 millones.
El año pasado, Perú fue el 28º
destino de nuestras exportaciones,
representando un poco más del
1% del total en el año. En América
Latina, el país es el séptimo, alrededor
del 5%, pero además hay muchas
oportunidades a ser explotadas. “La
expectativa es que la adopción de las
políticas corrientes de atracción de
inversiones extranjeras hecha por el
gobierno peruano, principalmente
en infraestructura de construcción,
transporte e irrigación, se refleje en
el aumento del consumo interno,
generando un efecto multiplicador
en el incremento de las relaciones
comerciales bilaterales”, afirma
Marcia Nejaim, directora de Negocios
de la Agencia Brasileña de Promoción
de Exportaciones e Inversiones
(Apex-Brasil). Actualmente, los
principales productos exportados
de Brasil al país son vehículos,
máquinas, petróleo y acero para
construcción civil. Los segmentos
de materiales de transporte – que
señaló un crecimiento del 29% –
maquinaria y metales comunes
juntos corresponden a la mitad del
La minería es uno de los pilares de la economía peruana y uno de los mercados destinatarios de empresas brasileñas, como Votorantim
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MÁRCIA NEJAIMDirectora de Negocios
de la Apex-Brasil
“Perú es actualmente uno de los países
prioritarios para la internacionalización
de empresas brasileñas”
total exportado en 2017. “Hay espacio
para una mayor diversificación de
la pauta, con oportunidades en
sectores expresivos como plástico,
química, papel y madera, los cuales
aumentaron un 26% sus ventas en
conjunto. Vale recordar que el parque
industrial peruano es reducido, lo
que hace al país muy dependiente
de las importaciones de bienes de
consumo. En este aspecto, existe un
gran potencial para las exportaciones
brasileñas”, afirma Juliano Féres
Nascimento, ministro consejero
de la Embajada de Brasil en Lima.
La directora de la Apex-Brasil está
de acuerdo con Féres. Estudios
hechos por la entidad identificaron
los segmentos con excelentes
oportunidades. Plásticos, productos
metalúrgicos, farmacéuticos y
papel encabezan la lista, ya que que
totalizaron importaciones de US$
5.800 millones en 2016 por parte de
Perú. En el de máquinas y equipos,
ese volumen alcanzó los US$ 9.500
millones en 2016, destacándose los
subsectores vinculados al sector
automotor, de terraplenado y
perforación, materiales eléctricos
y electrónicos y compresores y
bombas. “Pero hay otros nichos con
alta atracción para las empresas
nacionales, tales como muebles,
calzados, cosméticos, carne bovina,
de pollo y porcina”, afirma Marcia.
Exportaciones vía Perú. Como
el gobierno eliminó el impuesto
de importación de productos de
industrias extranjeras que quieran
establecerse en el país a partir de
enero de 2019, esto crea una situación
atractiva para las empresas brasileñas,
no sólo para actuar en el ámbito
interno sino también exportar a
países como EEUU y China, que
tienen acuerdos de exención total
de tributos con el gobierno local.
“El impacto positivo deberá sentirse
en la medida en que el empresario
de Brasil reconozca en Perú la real
posibilidad de constituirse en una
plataforma para la ampliación de
los mercados alternativos, ya que
el 85% de nuestros productos ya
entran en el país libres de tarifas,
mientras el restante 15% incide
gravamen de hasta el 5%, que se
reducirá a cero en enero de 2019”,
explica Féres. Según Marcia, este
nuevo ambiente económico, con
exención de impuestos y tributos
influencia, pero la posibilidad de
ingresar a terceros mercados es un
gran atractivo. “Perú es actualmente
uno de los países prioritarios para la
internacionalización de empresas
brasileñas. Eso fue observado en la
primera edición de nuestros estudios
sobre el tema en 2016, y volvió a
repetirse en la segunda, en 2018”,
revela Nejaim. Ante este escenario,
El país andino fue el 28o destino de las exportaciones brasileñas. En América Latina, es el séptimo, pero todavía hay muchas oportunidades a ser exploradas
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JULIANO FÉRES NASCIMENTO
Ministro consejero de la Embajada de
Brasil en Lima
“Sólo el año pasado, el Secom, Sector de
Promoción Comercial de la Embajada,
respondió más de 500 consultas de
importadores peruanos, lo que demuestra un
enorme interés por los productos brasileños”
en febrero de este año, la Apex
realizó una misión al país con 15 altos
ejecutivos de Brasil. Participaron
de seminarios sobre negocios,
hicieron contacto con abogados y
contadores peruanos y promovieron
visitas técnicas a compañías ya
instaladas, como Tigre y Stefanini.
“Misiones como las de la Apex y el
Meeting Internacional LIDE son
fundamentales. Con base en esa
experiencia, nuevas compañías van
a construir su estrategia para definir
su modo de entrada al país”, afirma.
De acuerdo con la directora, el papel
de la entidad es exactamente apoyar
la promoción de productos y servicios
y la entrada de empresas más allá de
nuestras fronteras. “Los interesados
en las oportunidades peruanas
pueden contar con la Agencia en
la calificación para el comercio
exterior, por medio de inteligencia
de mercado o de la participación en
misiones comerciales, ferias, entre
otras”, afirma. De los 63 proyectos
sectoriales realizados por la entidad
en sociedad con la iniciativa privada,
25 tienen a Perú como objetivo
para abrir, consolidar, mantener
o recuperar espacio en el país. En
2017, 1.184 empresas asesoradas
por la Apex exportaron hacia allí
US$ 577 millones. Solamente este año
se realizaron 19 acciones de incentivo
comercial en el país, siendo una de
internacionalización corporativa.
Para 2019, ya están previstas diez
acciones de este tipo. Ya la Embajada
de Brasil en Lima ofrece el Sector
de Promoción Comercial (Secom).
“Se trata del mayor vector de apoyo
al empresariado nacional en Perú”,
garantiza Féres. Según él, el trabajo
incluye actividades de inteligencia e
información, atención a ejecutivos de
los dos países, entre otros. Sólo el año
pasado, el Secom respondió a más
de 500 consultas de importadores
peruanos, lo que demuestra un
enorme interés por los productos
brasileños. El órgano de la embajada
orienta además a los interesados a
registrarse en el portal “Invest &
Export Brasil”, que también sirve
de referencia para futuros estudios.
“Cada vez más, las compañías de Brasil
se sienten atraídas por el ambiente
de negocios favorable de Perú. Los
acuerdos de comercio señalan una
fuerte tendencia de crecimiento
en las relaciones bilaterales. Las
empresas se sienten seguras para
realizar inversiones en el país. Es
una agenda que aumenta aún más
las conexiones entre las dos naciones”,
afirma Marcia. Negocios en
alta. Los vehículos pesados están
entre nuestros productos más
importados por Perú. La fábrica
brasileña de Volkswagen Camiones
y Ómnibus es protagonista de esas
exportaciones que, en los últimos
tres años, presentaron altas del
50% de las ventas al año (en 2015
fueron 234 unidades; en 2016, 326;
y en 2017, 528). De acuerdo con
Roberto Cortes, presidente y CEO
de esa división de la montadora, el
horizonte es de un aumento del 40%
en 2018. “Sin duda, es un volumen
significativo. Perú es uno de nuestros
principales mercados. El objetivo
es mantener este crecimiento de las
ventas en 2019 y sobrepasar las mil
unidades embarcadas”, afirma. El
actual ciclo de inversiones de VW
Camiones y Ómnibus representa
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Los camiones son el principal producto exportado por Volkswagen de Brasil a Perú, con ventas que crecen en promedio un 50% al año
R$ 1.500 millones para el período
2017-2021 y da soporte al plan de
internacionalización y expansión
de la marca. De acuerdo con Cortes,
no hay, por el momento, intención
de abrir una fábrica allá, inclusive
con la posibilidad de exención de
impuestos para exportar a otros
países. “Tenemos mucha capacidad
de producción en Brasil y los
volúmenes en el segmento local
todavía no justificarían implantar
una línea de montaje. Claro que
existe una oportunidad con el pacto
Andino (Perú, Ecuador y Colombia)
que podría ser explorada. ¡Estamos
atentos!”, afirma. Un consejo para
quien desea exportar a Perú es
apostar a la eficiencia y ofrecer
calidad. “Los mercados externos, a
ejemplo de lo que ocurre aquí, exigen
lo mejor y más moderno. Por eso
invertimos en tecnología de punta,
lanzamientos – como la nueva
familia Delivery –, actualización de
los procesos productivos, excelencia
en post ventas y fortalecimiento
de la marca y de nuestra red de
distribución. Seguimos creyendo
en el mercado peruano y, claro, en
el de Brasil”, afirma. n
Los vehículos pesados están entre los productos más importados por Perú. La fábrica brasileña de Volkswagen Camiones y Ómnibus es protagonista de esas exportaciones
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MERCADO GUBERNAMENTAL
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Acuerdos firmados con Perú y el Mercosur abren oportunidades inéditas
para que los brasileños participen de concesiones y licitaciones públicas
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E ntran en vigor en 2019 los
primeros acuerdos que
autorizan a las compañías
brasileñas a participar de
concesiones y licitaciones públicas
en Perú y en los demás países
asociados al Mercosur en las mismas
condiciones que las empresas locales,
sin las actuales barreras impuestas
para los extranjeros y sin impuestos
de importación. Ese es un mercado
potencial de US$ 109 mil millones.
Los tratados de comercio
internacional firmados por Brasil hasta
que muchas veces representaban
costos extras, inviabilizando la disputa
en procesos de licitación.
Perú y Chile ya dieron señales
de que los interesados podrán
incrementar la participación en sus
competencias a partir del 1º de enero.
Brasil ya había firmado tratados
bilaterales de acceso a las compras
públicas peruanas, en 2016, y con
Chile, en 2018. La ampliación para
todos los países del bloque consolida
la práctica, lo que debe generar más
competitividad y accesibilidad y
entonces se enfocaban en cuestiones
tarifarias. Pero, en los últimos años,
hubo una apertura del mercado de
compras gubernamentales por aquí
para empresas de otros países, que
ya representan en ciertos nichos casi
el 50% de los contratos. Se oficializa,
ahora, el inicio de la contrapartida. Los
acuerdos con el Mercosur significan,
por lo tanto, una nueva realidad para
las exportaciones. Ellos eliminan
algunos obstáculos, como preferencias
para empresas locales y certificaciones
específicas pedidas a las extranjeras,
Las compras gubernamentales peruanas deben mover negocios en torno a los US$ 12 mil millones al año
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menos burocracia, incrementando
las exportaciones. El potencial del
mercado peruano se estima en US$
12 mil millones, el chileno en US$
11 mil millones y el de Argentina
en US$ 81,5 mil millones, según
un estudio de la Confederación
Nacional de la Industria (CNI). Para
la entidad, los mayores beneficiados
serán los sectores que ya hacen
negocios o tienen presencia en
países latinoamericanos – como
construcción civil, máquinas y equipos,
derivados de petróleo, vehículos y OTTO NOGAMIEconomista y profesor
del Insper
“La industria brasileña precisa invertir para
dar más competitividad a nuestros productos
exportables, que puede quedarse con parte del comercio
realizado con Estados Unidos y China”
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Nproductos eléctricos, electrónicos y
plásticos –, además de los segmentos
en búsqueda de expansión, entre
ellos el de carreteras, medicamentos,
materiales de construcción y de
oficina, móviles y tecnología de
la información (TI). Pero existen
oportunidades en diversos otros. La
CNI, sin embargo, alerta que ese
mismo estudio reveló que el 75% de
las compañías brasileñas tienen poco
o ningún conocimiento sobre la forma
de participar de esas competencias.
Por esa razón, elaboró un manual
2018 M E E T I N G 1 4 5
básico de licitaciones en cada país,
además de consejos y formas de acceso
a edictos y documentos necesarios.
La Oficina Comercial de Perú
en Brasil y la Agencia Brasileña
de Promoción de Exportaciones e
Inversiones (Apex-Brasil) también
ofrecen consultoría para realizar
negocios o establecerse en el país.
Eso porque hay casos que exigen la
apertura de una filial en territorio
peruano con el fin de garantizar el
éxito de la operación. Hay además
posibilidad de firmar acuerdos
comerciales con compañías locales.
Así, ante los diferentes caminos,
cada situación demanda un plan
individualizado. Según el bureau
peruano, el país está revitalizando
toda su región norte e implantando,
principalmente, redes de transmisión
de energía, carreteras, ferrocarriles
y puertos. Es un espacio oportuno
para que los players del sector de
infraestructura y servicios agregados
participen de las subastas de
concesión que se inician en noviembre
de este año. Sin embargo, Perú firmó
17 acuerdos con 57 países para atraer
inversiones, esto es, la competencia
debe ser calificada e intensa.
“La industria brasileña precisa
invertir para dar más competitividad
a nuestro producto exportable,
que puede quedarse con parte del
comercio realizado con Estados
Unidos y China”, afirma Otto
Nogami, economista y profesor del
Insper. Según él, sólo dependemos
de nosotros mismos para desarrollar
buenas relaciones con los vecinos
latinoamericanos. “Las estrategias
deben resaltar la importancia del
Mercosur y de sus países como
nuevos socios en el ámbito del
comercio internacional.” Nogami
prevé que las transacciones con Perú
pueden ser una excelente puerta de
entrada para la internacionalización
de nuestras empresas. Eso porque,
además de los acuerdos firmados
con ese mercado, Brasil negocia
compromisos similares con la
Unión Europea, México, Asociación
Europea de Libre-Comercio (EFTA)
y Canadá, los cuales, juntos, suman
casi US$ 2 billones en compras
públicas. O sea, se trata de un
terreno fértil, que ciertamente no
debe ser despreciado n
Hay nuevas oportunidades para la exportación en el segmento de carreteras, medicamentos, materiales de construcción y de oficina, muebles y tecnología de la información (TI)
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