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Plaza de Armas, cidade de Cusco APOSTA PERUANA Economia estável e política pró-mercados fazem país crescer além do potencial turístico

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18 Plaza de Armas, cidade de Cusco

APOSTA PERUANA

Economia estável e política pró-mercados

fazem país crescer além do potencial turístico

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BrasilÉ sobre História.

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26E D I T O R I A L

OPORTUNIDADES ANDINAS

28C A P A

ESTABILIDADE E CRESCIMENTO

36A C O R D O

PARCERIA EM ALTA

44N E G Ó C I O S

MERCADO GOVERNAMENTAL

52T U R I S M O

VIAGEM NO TEMPO

60H O T É I S

RETIRO NO VALE SAGRADO

66R E S T A U R A N T E S

SABORES DOS ANDES

72P R Ê M I O

MELHOR ARQUITETA DO ANO É PERUANA

76G A S T R O N O M I A

O TEMPERO DA ECONOMIA

80P E R F I L

CHEFS GANHAM O MUNDO

84P I S C O

BEBIDA DISPUTADA

86C U L T U R A

LIMA REÚNE 3 MIL ANOS DE HISTÓRIA

92E V E N T O

PARA AMPLIAR AS RELAÇÕES COMERCIAIS

94C A R R O

CLÁSSICO REPAGINADO

100E S T I L O

OBJETOS DE DESEJO

52

80

S U M Á R I O

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2 4 M E E T I N G 2018

E S P E C I A L B U S I N E S S AV I AT I O N

104A V I A Ç Ã O E X E C U T I V A

RECUPERAÇÃO COM CAUTELA

114J A T O S

NOVIDADES NO AR

120L U X O

O CÉU É O LIMITE

126H E L I C Ó P T E R O S

ESTREIA PROMISSORA

130T A P A

ESTABILIDAD Y EXPANSIÓN

136E X P O R T A C I O N E S

ACUERDOS EN ALTA

142N E G O C I O S I N T E R N A C I O N A L E S

MERCADO GUBERNAMENTAL

114

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C usco, capital cultural peruana,

é o palco do 23O MEETING

INTERNACIONAL LIDE, uma

excelente ocasião para empre-

sários explorarem as oportunidades que

se abrem na nação vizinha. A exemplo de

outros países latino-americanos, como

Colômbia, Chile e Paraguai, o Peru tem

conseguido ótimos resultados ao garan-

tir a estabilidade econômica e adotar po-

líticas pró-mercado. Um acordo comercial

vai zerar as taxas de importação de produ-

tos brasileiros a partir de 2019, o que incentivará ainda

mais as companhias nacionais a ampliar as exportações.

Além dos negócios, o Peru oferece um rico panorama

turístico e gastronômico. A tradição milenar dos incas,

aliada à herança colonial espanhola, propicia passeios

únicos em Machu Picchu e na própria região do Vale

Sagrado. Hotéis luxuosos, incluindo o

Belmond Monastério, são boas dicas de

estadia. A culinária local, uma das mais

ricas do mundo, reúne diferentes tradi-

ções e é difundida por chefs premiados:

Gastón Acurio e Pía León.

Em nosso especial Business Aviation,

grandes empresas do setor apontam que

a aviação executiva começa a se recupe-

rar dos efeitos da recessão e o clima é de

otimismo para 2019. Também revelamos

aviões que foram exibidos pela primeira

vez no Brasil, como o Cessna Citation Longitude, e alguns

dos jatos mais cobiçados. O Lineage 1000E, da Embraer,

é um deles. Para o entretenimento, apresentamos ainda

nesta edição o Maserati Quattroporte GTS 2019, o mo-

delo mais recente e potente da fábrica italiana.

Boa leitura!

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P U B L I S H E RCelia Pompeia

DIRETORA EDITORIALAna Lúcia Ventorim

CO N S E L H O E D I TO R I A LAna Lúcia Ventorim

Celia Pompeia Píndaro Camarinha

E D I TO R AIsabel Lopes

CO O R D E N A D O R E S D E CO N T E Ú D OAlan CruzBel Bueno

E D I Ç ÃO, R E DAÇ ÃO E A R T ECamarinha Comunicação [email protected]

P U B L I C I DA D E

D I R E TO R A G E R A L D E P U B L I C I DA D EBeatriz Cruz [email protected]

G E R E N T E E X EC U T I VA D E P U B L I C I DA D ELarissa Dalete [email protected]

P U B L I C I DA D E Cidinha Castro [email protected]

Debora Leopoldo [email protected] A. Tornelli [email protected]

O P E R AÇÕ E S CO M E R C I A I SKatia Moreno [email protected]

V I C E-P R E S I D E N T ECelia Pompeia [email protected]

A N O 2 0 1 8

A n a L ú c i a V e n t o r i m ,D i r e t o r a E d i t o r i a l

FR

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2 6 M E E T I N G 2018

E D I T O R I A L

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O Peru vive um boom eco-

nômico com ótimos in-

dicadores, como infla-

ção (3,2%) e juros bai-

xos (2,75%), câmbio relativamente

estável (1 novo sol = R$ 1,12), baixo

endividamento do setor público

(25,7% do PIB no ano passado) e re-

servas internacionais confortáveis

(US$ 61 bilhões).

O país exporta basicamente

minérios e petróleo, mas importa

seus derivados, além de produtos

químicos, máquinas, veículos e

aparelhos eletrônicos. Seus prin-

cipais parceiros econômicos são

Estados Unidos, China, Suíça e

Canadá (exportação) e Estados

Unidos, China, Brasil e Equador

(importação). Fechou 2017 com

US$ 42,5 bilhões em exportações e

ESTABILIDADEE EXPANSÃOCrescimento da economia peruana oferece boas oportunidades para empresas brasileiras no país

2 8 M E E T I N G 2018

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US$ 38,8 bilhões em importações.

A relação comercial é favorável ao

Brasil (exportamos US$ 2,5 bilhões

e importamos US$ 1,6 bilhão). So-

mos o oitavo país na pauta de ex-

portações peruanas e o terceiro

nas importações.

Nos últimos seis anos, o Peru

apresentou uma evolução econô-

mica acima da média de seus vizi-

nhos sul-americanos. Em 2017, a

economia peruana cresceu 2,5%,

com um PIB de US$ 215,22 bi-

lhões, estimulada pelos setores

de mineração e hidrocarbonetos

(3,19%), agropecuário (2,62%),

pesca (4,67%) e serviços (2,74%),

além de uma alta de 2,20% no se-

tor de construção civil, após nove

anos de índices negativos, segundo

o Instituto Nacional de Estatís-

tica e Informática (Inei) do país.

O Peru ocupa o 32º lugar no ran-

king econômico mundial, ultra-

passando, inclusive, o Brasil (45a

posição). Essa colocação não foi

melhor por causa das turbulên-

cias políticas, com escândalos de

corrupção que estouraram no ano

passado e envolveram a Odebrecht,

culminando na renúncia do pre-

sidente Pedro Pablo Kuczynski.

Seu sucessor, Martín Vizcarra, tem

plataforma política focada no de-

senvolvimento. Para tanto, aposta

em atrair investidores estrangei-

ros, acenando com incentivos tri-

butários. O mais vantajoso para

o Brasil é a iniciativa de zerar os

impostos de importação e expor-

tação de produtos a partir de ja-

neiro de 2019.

A resolução também tem o ob-

jetivo de recuperar o déficit de

infraestrutura do país e colaborar

para a dinamização dos investi-

mentos privados. A economia pe-

ruana é demasiadamente calcada

na agricultura (café, cacau, coca,

cana-de-açúcar, algodão, aspargos,

arroz, milho e batata) e na mine-

ração, como a prata (terceiro pro-

dutor mundial), o zinco (quarto),

o estanho (quinto) e o cobre (oi-

tavo). A atividade pesqueira é forte

– o Peru é um dos maiores produ-

tores mundiais. No entanto, seu

parque industrial é incipiente. Pro-

duz basicamente tecidos, deriva-

dos de pesca, cimento, alimentos

processados e aço. A população,

que beira os 33 milhões, carece de

novas oportunidades de emprego

e renda, uma vez que 25% estão

abaixo da linha de pobreza e o de-

semprego bate os 6,7%.

O governo vai destinar 21,6% do

PIB para medidas de estímulo ao

desenvolvimento em curto prazo e

contribuir para uma nova fase de

aceleração econômica, que deverá

culminar numa elevação do indica-

dor em torno de 4% neste ano. Para

2019, a expectativa de crescimento

é de 4,2%. Entre 2020 e 2022, é es-

perado uma média de 4,8%. Nesse

cenário, o investimento privado de-

verá ser incrementado em 5,2% em

2018 e 7,5% em 2019.

De acordo com o cônsul co-

mercial do Peru no Brasil, Anto-

nio Castillo, o país tem tudo para

ser o grande aliado desse pro-

cesso de intenso crescimento pe-

ruano. “A Votorantim explora a

mina de zinco mais importante do

mundo, a Gerdau e a Usiminas, o

mercado de aço, o Grupo Ellenco,

ANTONIO CASTILLOCônsul comercial do

Peru no Brasil

“Hoje, um calçado produzido no Brasil

paga de 27% a 32% de imposto de exportação

para entrar nos EUA. Se a empresa montar

uma operação no Peru, esse indicador cai

para zero. Haverá um custo logístico, mas

tenho certeza de que se abrem grandes possibilidades aos

produtos brasileiros”

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3 0 M E E T I N G 2018

as áreas de infraestrutura e pavi-

mentação. Há muito espaço para

médias e pequenas empresas in-

vestirem no país, principalmente

nos setores agrícola, de alimen-

tos, cosméticos, tecnologia, hote-

laria, turismo e vestuário”, afirma.

O cônsul reitera que, com a elimi-

nação do imposto de importação

a partir de janeiro, isso vai impli-

car até 70% de desconto em cer-

tos produtos. “Hoje, um calçado

produzido no Brasil paga de 27%

a 32% de tributo de exportação

para entrar nos Estados Unidos.

Se a empresa montar uma opera-

ção no Peru, esse indicador cairá

para zero. Haverá um custo logís-

tico, mas tenho certeza de que se

abrem grandes possibilidades aos

produtos brasileiros tanto para o

mercado interno peruano quanto

para exportações para outros paí-

ses”, garante. “Nosso escritório no

Brasil está empenhado em asses-

sorar os empresários dos dois paí-

ses para fomentar cada vez mais

esse comércio bilateral.”

PRESENÇA BRASILEIRAO comércio Brasil-Peru já está aque-

cido. Girou em torno de US$ 4 bi-

lhões em 2017, o segundo nível mais

alto dos últimos 20 anos. Fora o ba-

lanço de importações e exportações,

de acordo com dados do Ministério

do Comércio do Peru, cerca de 70

empresas brasileiras estão instala-

das no país, incluindo Ambev, An-

drade Gutierrez, Artecola Química,

Azaleia, Banco do Brasil, Braskem,

BTG Pactual, Camargo Corrêa, Ca-

mil, Ciser Parafusos e Porcas, Du-

ratex, Eurofarma, Forno de Minas,

Gerdau, H. Stern, Itaú BBA, La-

tam Linhas Aéreas, Lupo, Natura,

Odebrecht, Randon, Ricardo Al-

meida, Smart Fit, Stefanini, Tigre,

Tramontina, Vale, Votorantim Me-

tais, Vulcabras e WEG.

A Tigre, fabricante multinacio-

nal brasileira de tubos, conexões

e acessórios, tem presença em 30

países. Em 2015, investiu US$ 30

milhões na inauguração de uma fá-

brica no distrito de Lurin, a 32 km

da capital Lima. A unidade, com

80 mil m2, é a mais moderna já

construída fora do Brasil e produz

anualmente cerca de 45 mil tone-

ladas de peças. “Estamos focados

na liderança em todos os países

onde a Tigre atua, e essa fábrica

representou o fortalecimento da

marca na América do Sul. O Peru

tem grande importância para nosso

A Tigre inaugurou uma moderna fábrica nos arredores de Lima em 2015, determinada a se tornar líder de mercado

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2018 M E E T I N G 3 1

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negócio, pelas oportunidades que

reserva ao setor de construção civil

e pelo cenário econômico em cres-

cimento”, afirma o presidente da

empresa, Otto von Sothen.

Outra companhia que aposta

no Peru é a Randon, maior fabri-

cante de reboques e semirreboques

da América Latina e uma das mais

significativas do mundo. Além da

sede, em Caxias do Sul (RS), a com-

panhia tem duas unidades indus-

triais no Brasil, uma na Argentina

e inaugurou em março deste ano

uma fábrica no Peru, em Callao, re-

gião metropolitana de Lima. Essa

nova planta, resultado da joint ven-

ture com o grupo chileno Epysa,

tem capacidade de produzir mil

unidades por ano. O mercado pe-

ruano desse segmento absorve em

torno de 6 mil unidades anuais, fi-

cando atrás apenas do Brasil e da

Argentina. “Era um desejo antigo

entrar no terceiro maior mercado

da América Latina. Ainda é cedo

para avaliar, mas nestes poucos

meses de operação no Peru foi pos-

sível sentir que estamos no lugar

certo e convictos de que alcançare-

mos nossas metas”, afirma o presi-

dente David Abramo Randon. Se-

gundo ele, o otimismo também se

justifica pelo cenário de estabili-

dade econômica e atração de ne-

gócios. “É a nação que mais cresce

na América Latina, em função dos

amplos recursos naturais e também

dos investimentos em infraestru-

tura”, afirma.

Randon acredita que as empre-

sas devem olhar o país como um

DAVID ABRAMO RANDON

Presidente da Randon

“O Peru é a nação que mais cresce na América

Latina, em função dos amplos recursos

naturais e também dos investimentos em infraestrutura”

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3 2 M E E T I N G 2018

“bom porto para ancorar”. “O Peru

precisa estar no radar de quem tem

planos de expandir seus negócios.

Trata-se de um país que cresce há

oito anos consecutivos em PIB e ne-

cessita investimentos em infraestru-

tura e logística, abrindo oportunida-

des de negócios para as indústrias

de bens de capital, como a Randon”,

diz. Segundo o executivo, a projeção

da unidade peruana é atingir, em

cinco anos, a participação de 20%

do mercado interno. “Os empresá-

rios brasileiros convivem com uma

exagerada carga tributária e essa eli-

minação total do imposto abre um

enorme espaço para ampliar cada

vez mais o aporte de recursos em es-

trutura e em inovação para garan-

tir maior produtividade. Esse fato,

aliado ao potencial de negócios do

Peru, certamente impactará numa

decisão sobre onde o empresário

brasileiro irá investir.” n

A Plaza de Armas é o ponto central de Cusco, cidade-sede do 23o Meeting Internacional LIDE

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3 6 M E E T I N G 2018

E X P O R T A Ç Õ E S

PARCERIA EM ALTA

Políticas de atração de investimentos do país andino devem gerar um efeito

multiplicador no crescimento das relações comerciais entre Brasil e Peru

2018 M E E T I N G 3 7

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O Brasil é um tradicional

parceiro de negócios do

Peru. Apesar da queda na

balança comercial entre

os dois países de 2012 a 2015, as

relações retornaram ao antigo pa-

tamar e fecharam em US$ 3,86 bi-

lhões em 2017. Nesse mesmo ano, as

exportações brasileiras ao país an-

dino alcançaram US$ 2,24 bilhões,

um crescimento de 15% em relação a

2016, enquanto houve um aumento

de quase 30% das importações do

Peru no mesmo período, que atin-

giram US$ 1,6 bilhão.

No ano passado, o Peru foi o 28º

destino das nossas exportações, re-

presentando pouco mais de 1% do

total no ano. Na América Latina, o

país é o sétimo, algo em torno de 5%,

mas ainda há muitas oportunidades

a serem exploradas. “A expectativa é

que a adoção das políticas correntes

de atração de investimentos estran-

geiros feita pelo governo peruano,

principalmente em infraestrutura de

construção, transporte e irrigação, re-

flita no aumento do consumo interno,

gerando um efeito multiplicador no

incremento das relações comerciais

bilaterais”, afirma Márcia Nejaim, di-

retora de Negócios da Agência Brasi-

leira de Promoção de Exportações e

Investimentos (Apex-Brasil).

Atualmente, os principais produ-

tos exportados do Brasil para o país

são veículos, máquinas, petróleo e

aço para construção civil. Os seg-

mentos de materiais de transporte

– que apontou crescimento de 29%

–, maquinário e metais comuns jun-

tos correspondem à metade do to-

tal exportado em 2017. “Há espaço

para maior diversificação da pauta,

A mineração é um dos pilares da economia peruana e um dos mercados-alvo de empresas brasileiras, como a Votorantim

3 8 M E E T I N G 2018

E X P O R T A Ç Õ E S

MÁRCIA NEJAIMDiretora de Negócios

da Apex-Brasil

“O Peru é atualmente um dos países

prioritários para a internacionalização

de empresas brasileiras”

com oportunidades em setores ex-

pressivos, como plástico, químico,

papel e madeira, os quais aumenta-

ram 26% suas vendas em conjunto.

Vale lembrar que o parque industrial

peruano é reduzido, o que torna o

país muito dependente de importa-

ções de bens de consumo. Nesse as-

pecto, existe grande potencial para

as exportações brasileiras”, afirma

Juliano Féres Nascimento, minis-

tro-conselheiro da Embaixada do

Brasil em Lima.

A diretora da Apex-Brasil con-

corda com Féres. Pesquisas feitas pela

entidade identificaram os segmentos

com ótimas oportunidades. Plásticos,

produtos metalúrgicos, farmacêuti-

cos e papel encabeçam a lista, uma

vez que totalizaram importações de

US$ 5,8 bilhões em 2016 pelo Peru.

No de máquinas e equipamentos,

esse volume atingiu US$ 9,5 bilhões

em 2016, com destaques para os sub-

setores ligados ao setor automotivo,

de terraplenagem e perfuração, ma-

teriais elétricos e eletrônicos e com-

pressores e bombas. “Mas há outros

nichos com alta atratividade para as

empresas nacionais, tais como móveis,

calçados, cosméticos, carne bovina,

de frango e suína”, afirma Márcia.

EXPORTAÇÕES VIA PERUComo o governo eliminou o im-

posto de importação de produtos

de indústrias estrangeiras que quei-

ram se estabelecer no país a partir

de janeiro de 2019, isso cria uma

situação atraente para empresas

brasileiras, não só para atuar no

âmbito interno como também ex-

portar para países como os EUA e

a China, que têm acordos de isen-

ção total de tributos com o governo

local. “O impacto positivo deverá

ser sentido na medida em que o

empresário do Brasil reconhecer

no Peru a real possibilidade de se

constituir numa plataforma para

ampliação de mercados alternati-

vos, uma vez que 85% dos nossos

produtos já entram no país livres

de tarifas, enquanto nos 15% res-

tantes incide gravame de até 5%,

o qual será reduzido a zero em ja-

neiro de 2019”, explica Féres.

Segundo Márcia, esse novo am-

biente econômico, com isenção

de impostos e tributos, influencia,

mas a possibilidade de acessar ter-

ceiros mercados é um grande atra-

tivo. “O Peru é atualmente um dos

países prioritários para a interna-

cionalização de empresas brasilei-

ras. Isso foi observado na primeira

edição das nossas pesquisas sobre

o tema, em 2016, e voltou a se re-

petir na segunda, em 2018”, revela

Nejaim. Diante desse cenário, em

fevereiro deste ano, a Apex realizou

uma missão ao país com 15 altos

O país andino foi o 28o destino das exportações brasileiras. Na América Latina, é o sétimo, mas ainda há muitas oportunidades a serem exploradas

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JULIANO FÉRES NASCIMENTO

Ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil em Lima

“Só no ano passado, o Secom, Setor de

Promoção Comercial da Embaixada,

respondeu a mais de 500 consultas de

importadores peruanos, o que demonstra um

enorme interesse pelos produtos brasileiros”

executivos do Brasil. Eles partici-

param de seminários sobre negó-

cios, fizeram contato com advoga-

dos e contadores peruanos e pro-

moveram visitas técnicas a com-

panhias já instaladas, como a Ti-

gre e a Stefanini. “Missões como

as da Apex e o Meeting Interna-

cional LIDE são fundamentais.

Com base nessa experiência, novas

companhias irão construir sua es-

tratégia para definir seu modo de

entrada no país”, afirma.

De acordo com a diretora, o pa-

pel da entidade é exatamente apoiar

a promoção de produtos e serviços

e a entrada de empresas além de

nossas fronteiras. “As interessadas

nas oportunidades peruanas podem

contar com a Agência na qualifica-

ção para o comércio exterior, por

meio de inteligência de mercado ou

da participação em missões comer-

ciais, feiras, entre outras”, afirma.

Dos 63 projetos setoriais realiza-

dos pela entidade em parceria com

a iniciativa privada, 25 têm o Peru

como alvo para abrir, consolidar,

manter ou recuperar espaço no país.

Em 2017, 1.184 empresas suporta-

das pela Apex exportaram para lá

US$ 577 milhões. Somente neste

ano foram realizadas 19 ações de

incentivo comercial no país, sendo

uma de internacionalização corpo-

rativa. Para 2019, já estão previs-

tas dez ações desse tipo.

Já a Embaixada do Brasil em

Lima oferece o Setor de Promo-

ção Comercial (Secom). “Trata-se

do maior vetor de apoio ao empre-

sariado nacional no Peru”, garante

Féres. Segundo ele, o trabalho en-

volve atividades de inteligência e

informação, atendimento a exe-

cutivos dos dois países, entre ou-

tros. Só no ano passado o Secom

respondeu a mais de 500 consul-

tas de importadores peruanos, o

que demonstra um enorme inte-

resse pelos produtos brasileiros. O

órgão da embaixada orienta ainda

os interessados a se cadastrarem

no portal “Invest & Export Brasil”,

que também serve de referência

para futuras pesquisas. “Cada vez

mais companhias do Brasil se sen-

tem atraídas pelo ambiente de ne-

gócios favorável do Peru. Os acor-

dos de comércio sinalizam uma

forte tendência de crescimento

nas relações bilaterais. As empre-

sas se sentem seguras para reali-

zar investimentos no país. É uma

agenda que aumenta ainda mais

as conexões entre as duas nações”,

afirma Márcia.

NEGÓCIOS EM ALTAVeículos pesados estão entre os

nossos produtos mais importados

pelo Peru. A fábrica brasileira da

Volkswagen Caminhões e Ônibus

é protagonista dessas exportações

que, nos últimos três anos, apre-

sentaram alta de 50% nas vendas

ao ano (em 2015, foram 234 uni-

dades; em 2016, 326; e em 2017,

528). De acordo com Roberto Cor-

tes, presidente e CEO dessa divi-

são da montadora, o horizonte é

de um aumento de 40% em 2018.

“Sem dúvida, é um volume signi-

ficativo. O Peru é um dos nossos

principais mercados. O objetivo é

manter esse crescimento das ven-

das em 2019 e ultrapassar as mil

unidades embarcadas”, afirma.

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4 0 M E E T I N G 2018

E X P O R T A Ç Õ E S

Caminhões são o principal produto exportado pela Volkswagen do Brasil para o Peru, com vendas que crescem em média 50% ao ano

O atual ciclo de investimentos da

VW Caminhões e Ônibus representa

R$ 1,5 bilhão para o período 2017-

2021 e dá suporte ao plano de inter-

nacionalização e expansão da marca.

De acordo com Cortes, não há, no

momento, intenção de abrir fábrica

por lá, mesmo com a possibilidade

de isenção de impostos para exportar

para outros países. “Temos muita ca-

pacidade de produção no Brasil e os

volumes no segmento local ainda não

justificariam implantar uma linha de

montagem. Claro que existe uma opor-

tunidade com o pacto Andino (Peru,

Equador e Colômbia) que poderia ser

explorada. Estamos de olho!”, afirma.

Uma dica para quem deseja expor-

tar para o Peru é apostar na eficiência

e oferecer qualidade. “Os mercados

externos, a exemplo do que ocorre

aqui, exigem o que há de melhor e

mais moderno. Por isso investimos

em tecnologia de ponta, lançamentos

– como a nova família Delivery –, atua-

lização dos processos produtivos, ex-

celência no pós-vendas e fortaleci-

mento da marca e da nossa rede de

distribuição. Seguimos acreditando

no mercado peruano e, claro, no do

Brasil”, afirma. n

Veículos pesados estão entre os produtos mais importados pelo Peru. A fábrica brasileira da Volkswagen Caminhões e Ônibus é protagonista dessas exportações

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2018 M E E T I N G 4 1

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MERCADO GOVERNAMENTAL

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Acordos firmados com Peru e Mercosul abrem oportunidades inéditas

para brasileiros participarem de concessões e licitações públicas

2018 M E E T I N G 4 5

Page 24: PERUANA - lideglobal.com · Tramontina, Vale, Votorantim Me - tais, Vulcabras e WEG. A Tigre, fabricante multinacio-nal brasileira de tubos, conexões ... voando a uma velocidade

E ntram em vigor em 2019

os primeiros acordos que

autorizam as companhias

brasileiras a participar de

concessões e licitações públicas no

Peru e nos demais países associados

ao Mercosul nas mesmas condições

das empresas locais, sem as atuais

barreiras impostas para os estran-

geiros e sem impostos de importa-

ção. Esse é um mercado potencial

de US$ 109 bilhões.

Os tratados de comércio inter-

nacional firmados pelo Brasil até

então focavam questões tarifárias.

Mas, nos últimos anos, houve uma

abertura do mercado de compras

governamentais por aqui para em-

presas de outros países, que já re-

presentam em certos nichos quase

50% dos contratos. Oficializa-se,

agora, o início da contrapartida.

Os acordos com o Mercosul signifi-

cam, portanto, uma nova realidade

para as exportações. Eles eliminam

alguns obstáculos, como preferên-

cias por empresas locais e certifica-

ções específicas pedidas às estran-

geiras, que muitas vezes represen-

tavam custos extras, inviabilizando

a disputa em processos licitatórios.

Peru e Chile já deram sinais de

que os interessados poderão in-

crementar a participação em suas

concorrências a partir de 1º de ja-

neiro. O Brasil já tinha firmado tra-

tados bilaterais de acesso às com-

pras públicas peruanas, em 2016, e

com o Chile, em 2018. A ampliação

para todos os países do bloco con-

solida a prática, o que deve gerar

mais competitividade e acessibili-

dade e menos burocracia, incremen-

tando as exportações. O potencial

OTTO NOGAMIEconomista e

professor do Insper

“A indústria brasileira precisa investir para dar mais

competitividade ao nosso produto exportável, que pode abocanhar

parte do comércio realizado com Estados

Unidos e China”

do mercado peruano é estimado

em US$ 12 bilhões, o chileno em

US$ 11 bilhões e o da Argentina em

US$ 81,5 bilhões, segundo um le-

vantamento da Confederação Na-

cional da Indústria (CNI). Para a

entidade, os maiores beneficiados

serão os setores que já fazem ne-

gócios ou têm presença em países

latino-americanos – como constru-

ção civil, máquinas e equipamen-

tos, derivados de petróleo, veículos

e produtos elétricos, eletrônicos e

plásticos –, além dos segmentos

em busca de expansão, entre eles

o rodoviário, medicamentos, ma-

terial de construção e de escritó-

rio, móveis e tecnologia da infor-

mação (TI). Mas existem oportu-

nidades em diversos outros. A CNI,

no entanto, alerta que esse mesmo

levantamento revelou que 75% das

companhias brasileiras têm pouco

ou nenhum conhecimento sobre

a forma de participar dessas con-

corrências. Por essa razão, elabo-

rou um manual básico de licita-

ções em cada país, além de dicas e

formas de acesso a editais e docu-

mentos necessários.

O Escritório Comercial do Peru

no Brasil e a Agência Brasileira de

Promoção de Exportações e Investi-

mentos (Apex-Brasil) também ofe-

recem consultoria para realizar ne-

gócios ou se estabelecer no país. Isso

porque há casos que exigem a aber-

tura de uma filial em território pe-

ruano a fim de garantir o sucesso da

operação. Há ainda a possibilidade

de firmar parcerias comerciais com

companhias locais. Assim, diante de

diferentes caminhos, cada situação

demanda um plano individualizado.

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N E G Ó C I O S I N T E R N A C I O N A I S

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Segundo o bureau peruano, o país

está revitalizando toda a sua re-

gião norte e implantando, princi-

palmente, redes de transmissão de

energia, estradas, ferrovias e portos.

É um espaço oportuno para players

do setor de infraestrutura e servi-

ços agregados participarem dos lei-

lões de concessão que se iniciam

em novembro deste ano. Porém, o

As compras governamentais peruanas devem

movimentar negócios em torno de US$ 12

bilhões ao ano

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Peru firmou 17 acordos com 57 paí-

ses para atrair investimentos, isto

é, a concorrência deve ser qualifi-

cada e intensa.

“A indústria brasileira precisa in-

vestir para dar mais competitividade

ao nosso produto exportável, que

pode abocanhar parte do comér-

cio realizado com Estados Unidos

e China”, afirma Otto Nogami, eco-

nomista e professor do Insper. Se-

gundo ele, só dependemos de nós

mesmos para desenvolvermos boas

relações com os vizinhos latino-ame-

ricanos. “As estratégias devem res-

saltar a importância do Mercosul e

de seus países como novos parceiros

no âmbito do comércio internacio-

nal.” Nogami prevê que as transações

com o Peru podem ser uma ótima

porta de entrada para a internacio-

nalização das nossas empresas. Isso

porque, além dos acordos firmados

com esse mercado, o Brasil negocia

compromissos similares com União

Europeia, México, Associação Eu-

ropeia de Livre Comércio (EFTA)

e Canadá, os quais, juntos, somam

quase US$ 2 trilhões em compras

públicas. Ou seja, trata-se de um

terreno fértil, que certamente não

deve ser desprezado. n

Há novas oportunidades de exportação nos segmentos de estradas, medicamentos, materiais de construção e de escritório, móveis e tecnologia da informação (TI)

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uni-brasil-an-revista-meeting.pdf 1 18/10/2018 10:29:27

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Lima fica na costa do Oceano Pacífico e oferece inúmeras atrações, que incluem história, arte, cultura e gastronomia

5 2 M E E T I N G 2018

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VIAGEM NO TEMPO

Visitar o Peru é deparar com ruínas de antigas civilizações, paisagens deslumbrantes e uma rica cultura

que provoca reflexão sobre o passado e o futuro

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O Peru está hoje na lista dos

destinos mais desejados

do mundo.” Essa afirma-

ção de Milagros Ochoa de

Koepke, diretora de Turismo do Es-

critório Comercial do Peru no Brasil,

tem fundamento, já que o país re-

cebeu, em 2017, cerca de 4 milhões

de pessoas, volume 10% superior a

2016. Só de brasileiros foram 174 mil,

um aumento de 17,2% em relação a

2016. De janeiro a abril deste ano, o

turismo cresceu 19% em comparação

com o mesmo período de 2017. Mas

qual seria a explicação para tama-

nho sucesso? A resposta é a varie-

dade de atrações de um país que pre-

serva suas tradições e oferece uma

combinação mágica de civilizações

antigas, rica cultura, alta gastrono-

mia e natureza exuberante. Além

disso, o Peru é bastante procurado

para eventos corporativos, rodadas

de negócios, viagens de incentivo,

convenções e encontros internacio-

nais, como o do LIDE.

Os principais destinos turísticos

incluem a capital Lima, localizada no

litoral, e a riqueza milenar de Cusco e

do Vale Sagrado. Mas há maravilhas

que um visitante com mais tempo

pode explorar, como o deserto de Pa-

racas, a cidade colonial de Arequipa

e a cultura viva nas ilhas de Taquile

e Uros, no lago Titicaca, em Puno.

LIMAA visita ao Peru inicia, invariavel-

mente, por Lima, a única capital da

A Catedral de Cusco, na Plaza de Armas, foi erguida pelos jesuítas sobre ruínas incas no século 16

5 4 M E E T I N G 2018

T U R I S M OT U R I S M O

América do Sul que está sobre uma

falésia em frente ao Oceano Pacífico.

O tour começa pelo seu centro his-

tórico, de construções clássicas colo-

niais restauradas. A bela Plaza de Ar-

mas serve de ponto de partida para

conhecer o Palácio Episcopal, a Cate-

dral de Lima – exemplos do barroco

peruano – e o Palácio do Governo.

De lá, chega-se ao Museu Bodega y

Quadra, que conta a história da ci-

dade, à Basílica Menor e ao Convento

de São Francisco o Grande, onde se

encontram catacumbas considera-

das Patrimônio da Unesco.

No centro histórico fica ainda o in-

teressante Museo del Banco Central de

Reserva del Perú, com um acervo de

peças do período pré-inca até pinturas

dos séculos 19 e 20. E o Museu de Arte

de Lima (Mali), instalado em um pala-

cete renascentista, com jardim frontal

e salas belíssimas. Já o Museu Larco

fica próximo ao Parque de las Americas,

no Pueblo Livre, e concentra a maior

coleção de cerâmicas pré-colombianas.

Outra atração da cidade são os

mercados de San Isidro e Surquillo,

onde se pode aprender sobre a va-

riedade incrível de grãos, temperos

e frutas de sabores inusitados usados

na culinária peruana. Aliás, uma boa

dica é almoçar nos huariques, peque-

nos restaurantes familiares, ou provar

a gastronomia típica do bairro chinês.

Entre San Isidro e Miraflores fi-

cam Huaca Huallamarca e Huaca

Pucllana, lugares muito interessantes

da cultura pré-inca. Visitar o Museu

Oro, um pouco mais afastado, e de lá

seguir até o Barranco, com sua vida

boêmia e lojas descoladas, também é

uma boa opção de passeio. Para ter-

minar o dia, nada como aproveitar o

pôr-do-sol em frente ao mar no Par-

que do Amor, inspirado nas obras de

Gaudí, famoso arquiteto catalão. Ao

lado fica o Shopping Larcomar, onde

é possível encontrar roupas de algo-

dão “pima” e alpaca, assim como joias

e objetos de decoração de prata 925.

Três restaurantes de Lima estão na

prestigiada lista dos 50 Melhores do

Mundo: Central, de Virgilio Martínez;

Astrid & Gastón, de Gastón Acurio;

e Maido, de Mitsuharu Tsumura. O

Tanta e o Chicha são ótimos estabele-

cimentos de Gastón na cidade e tam-

bém merecem uma visita (leia mais

na reportagem sobre restaurantes).

CUSCOA palavra cusco significa “umbigo

do mundo” na língua quéchua. De

certa forma, sua importância per-

siste, pois é a cidade com maior

apelo turístico do Peru e Patrimô-

nio Histórico da Humanidade pela

Unesco. As raízes pré-colombianas

estão vivas nas ruas e praças. O

2018 M E E T I N G 5 5

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A dimensão das Salinas de Maras (acima) impressiona e a apenas 2 km do centro é possível visitar a fortaleza inca de Sacsayhuamán (página ao lado), com seus imensos blocos de pedra

templo de Korikancha é um exem-

plo suntuoso. Mas a Plaza de Armas

de Cusco é o ponto central, toda ro-

deada de construções coloniais. Nas

ruas vizinhas estão os principais

restaurantes, agências de viagens,

lojas, o escritório oficial de turismo,

casas de câmbio, barzinhos e cafés.

Lá ficam a imponente Catedral de

Cusco e a Igreja da Companhia de

Jesus, ambas em estilo barroco e

erguidas pelos jesuítas no século

16 sobre ruínas incas. Em anexo

funciona o Museu de História Na-

tural. Já o Museu de Arte Sacra

está instalado no antigo Mosteiro

de Santa Catalina, que, por sua vez,

foi erguido sobre o Acllahuasi, ou

Templo das Virgens do Sol, lar de

cerca de 3 mil meninas e mulhe-

res quando os espanhóis chega-

ram a Cusco.

Vale a pena conhecer Qorikancha,

onde está o Convento de Santo Do-

mingo, com suas paredes de rochas

retas que já foram revestidas de ouro.

5 6 M E E T I N G 2018

T U R I S M OT U R I S M O

A palavra cusco significa “umbigo do

mundo” na língua quéchua. Após

diversos séculos, sua importância persiste,

pois é a cidade com maior apelo

turístico do Peru e Patrimônio Histórico

da Humanidade pela Unesco

Compensa também conferir o Mu-

seu Inka, que reúne uma enorme co-

leção de artefatos da civilização, e o

Museu de Arte Pré-Colombiana, a

duas quadras da Plaza de Armas, e

seu anexo, o MAP Café, um simpá-

tico restaurante.

Nos arredores da cidade fica o sí-

tio arqueológico de Tambomachay,

dedicado à água, e a 2 km do cen-

tro é possível visitar a fortaleza inca

de Sacsayhuamán, com seus imen-

sos blocos de pedra. Outra constru-

ção inca incomum é Moray, 50 km

a noroeste de Cusco, composta de

vários terraços agrícolas circulares

em uma depressão de até 45 me-

tros de profundidade. Há ainda as

Salinas de Maras, 40 km ao norte,

Choquequirao, a cidade irmã de Ma-

chu Picchu, e Saysayhuamán, que

abriga o templo HananQosqo, de-

dicado à veneração dos deuses Inti

(Sol), Quilla (Lua), Chaska (Estre-

las) e Illapa (Raio), com blocos de

até 130 toneladas.

2018 M E E T I N G 5 7

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MACHU PICCHUO nome significa “montanha velha” na

língua quéchua. Talvez seja pouco para

descrever o que é essa cidade inca ro-

deada de templos, terraços e canais de

água, encravada em um pico de 2.453

metros de altura, na província de Uru-

bamba, 112,5 km ao nordeste de Cusco.

Há controvérsias sobre sua fun-

ção maior, mas certamente foi um

importante centro político, religioso

e administrativo do império inca. Se-

gundo os historiadores, ela foi edifi-

cada, aproximadamente, no século

15, pelo inca Pachacutec, com gran-

des blocos de pedra unidos perfeita-

mente, sem o uso de cimento, em har-

monia com a natureza. Realmente

impressionante. A cidadela era di-

vidida em dois setores: o agrícola,

constituído pelos terraços, e o ur-

bano, dedicado a funções de mora-

dia e administrativas. A beleza his-

tórica fascinante, espiritual, reli-

giosa e misteriosa das ruínas fez de

Machu Picchu Patrimônio Cultural

da Humanidade. Quem vai ao local

não esquece jamais.

Machu Picchu foi um importante centro político, religioso e administrativo dos incas. Na página ao lado, o Vale Sagrado

5 8 M E E T I N G 2018

T U R I S M O

VALE SAGRADOEsse pedaço do Peru entre os povoa-

dos de Pisac e Ollantaytambo, no ca-

minho de Cusco a Machu Picchu, é

repleto de paisagens privilegiadas,

com ruínas de templos nos sítios ar-

queológicos Ollantaytambo, Kenko,

No caminho de Cusco a Machu Picchu, o Vale Sagrado dos Incas concentra ruínas de templos

em sítios arqueológicos e terraços agrícolas que esculpem as montanhas dos Andes

Moray e Yucay e terraços agrícolas

que esculpem as montanhas dos An-

des. Esses campos de cultivos ficam

ao lado de povoados pitorescos, onde

o passado faz parte do presente. No

Vale Sagrado dos Incas, ainda é cul-

tivado o melhor milho peruano. Já

em Chinchero e Pisac, por exemplo,

há feiras onde se pode comprar teci-

dos tradicionais de lã vermelha fei-

tos à mão e tingidos com pigmentos

naturais. Ou seja, conhecer Lima,

Cusco e o Vale Sagrado proporcio-

nam experiências únicas. n

2018 M E E T I N G 5 9

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RETIRO NO VALE SAGRADOViajantes que buscam atrações incas e coloniais na região dos Andes têm opções sofisticadas no hotel Belmond e no resort Tambo del Inka

Cusco, com 350 mil habitan-

tes e a 3,4 mil metros de

altitude, fica na região dos

Andes e é uma das prin-

cipais atrações turísticas do Peru, por

sua arquitetura colonial espanhola

encravada no Vale Sagrado dos In-

cas. Ao lado da praça principal da

cidade está o Belmond Hotel Mo-

nastério, uma edificação de 1592.

O charme desse patrimônio histó-

rico está na mistura do ambiente de

retiro secular com os serviços de ho-

telaria de luxo. Apartamentos, suítes,

restaurantes e butiques circundam

o pátio central do antigo mosteiro,

que ainda apresenta uma extensa

coleção de obras de arte.

6 0 M E E T I N G 2018

H O T É I S

Antigo monastério em Cusco transformou claustros em apartamentos; a capela barroca (ao lado) tem quase meio século

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Cada acomodação do hotel é

única, com móveis de madeira ma-

ciça e peças de decoração antigas que

envolvem os hóspedes em um am-

biente histórico (são 122 apartamen-

tos e suítes, alguns deles contam com

oxigênio suplementar para aqueles

que sentem os efeitos da altitude).

Nas diárias, pode-se incluir jantar

com música clássica. Nesse caso, o

preço da estadia vale como “expe-

riência gastronômica”, alcançando

US$ 1,4 mil (R$ 5,5 mil). A extrava-

gância fica para as suítes Presiden-

cial e Real, que têm lounge amplo,

terraço privativo com pátio ou sa-

cada e serviço de mordomo.

Os visitantes têm opções de com-

prar lanches no Deli Monastério e le-

var para um piquenique. E, na volta

dos passeios, passar pelo The Lobby

Bar. O Belmond ainda conta com dois

restaurantes: o Illary, na área dos an-

tigos claustros e com vista para o pá-

tio e o jardim, convida para almoço

ao ar livre; e o El Tupay, de cozinha

clássica internacional, realiza janta-

res com apresentação dos melhores

cantores de ópera do país.

Decoração colonial caracteriza o Belmond:

o pátio interno (foto maior), os quartos e

o restaurante Illary (página ao lado)

6 2 M E E T I N G 2018

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Datada de 1592, a edificação do Belmond, ao lado da praça principal de Cusco, teve sua arquitetura adaptada para receber hóspedes e é hoje patrimônio histórico do Peru

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O Tambo del Inka tem 128 quartos e 12 suítes, parte deles com varanda e vista para o jardim e as montanhas; na cama, o edredom é de penas

NA ROTA DE MACHU PICCHUA 40 km de Cusco fica um dos mais

sofisticados resorts do Peru: o Hotel

Tambo del Inka Luxury Collection

Resort & Spa. Tambo, para os incas,

significava “morada temporária” – e

para muitos viajantes ali é, de fato,

um bom local para se hospedar an-

tes de seguir viagem até as principais

atrações turísticas do país, entre elas

Machu Picchu, Moray, Maras e Pisac.

A cidadezinha mais próxima do

resort é Urubamba, a 2,8 mil metros

de altitude e com uma estação ferro-

viária por onde passam os trens da

Peru Rail. Construído entre as mon-

tanhas do Vale Sagrado, o Tambo del

Inka fica em meio a um bosque. Sua

6 4 M E E T I N G 2018

H O T É I S

entrada, com pé-direito alto, dá uma

amostra do requinte que se estende

aos quartos e aos espaços fitness cen-

ter, spa e salão de jogos.

O Tambo del Inka tem 128 quar-

tos e 12 suítes, com preços a partir de

US$ 900 (R$ 3,5 mil), como a Deluxe

Terrace, que tem 41 m2. Sua varanda é

privativa e leva a um espaço com vista

para as montanhas e o jardim. Na cama

Simmons Hotel Beautyrest, um edre-

dom de penas acompanha os lençóis

de 400 fios. Os hóspedes ainda contam

com amenities da Gilchrist & Soames

para um toque final de requinte.

O poder de cura da água é o foco

do Spa at Valle Sagrado. Além das

piscinas aquecidas (coberta e ao ar

livre) com camas subaquáticas, ba-

nheiras de hidro e jatos para mas-

sagem, há 12 salas de tratamentos,

com algumas exclusivamente fe-

mininas, e um salão de beleza. É

possível reservar passeios de bici-

cleta, a pé ou a cavalo (10 km), as-

sim como em lanchas, caiaques e

botes de rafting (25 km).

Com dois ambientes, o restaurante

Hawa tem cardápio elogiadíssimo, ela-

borado pelo chef Victor Alvarez del

Villar Soriano e executado com in-

gredientes locais. No espaço interno,

as colunas são em forma de árvores e

há uma lareira ao centro; no externo,

as mesas ficam em meio às árvores,

com vista para o rio Urubamba. n

A construção do hotel valoriza o pé-direito alto

desde a fachada até o lobby (foto maior e no alto); o

restaurante Hawa (acima), com dois ambientes, é

comandado pelo chef Victor Alvarez del Villar Soriano

ServiçoBELMOND

belmond.com/pt-br/

hotel-monasterio-cuscoMARRIOTT

marriott.com.br/hotels/travel/

cuztl-tambo-del-inka-a-luxury-

collection-resort-and-spa-valle-

sagrado?program=spg

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2018 M E E T I N G 6 5

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N a volta do passeio obriga-

tório por Machu Picchu,

Cusco oferece alguns “oá-

sis” gastronômicos para o

viajante. O Chicha, restaurante do

celebrado Gastón Acurio, é um de-

les. A proposta é valorizar a culi-

nária regional apostando em chefs

especializados em pratos da cidade

ou de Arequipa, que também conta

com uma filial. Os dois locais têm

como características espaços am-

plos e ao mesmo tempo acolhedo-

res. A cozinha é aberta ao público,

que pode acompanhar a prepara-

ção de entradas com batatas, tu-

bérculos e ceviche, e pratos, como

sopa de perna de cordeiro, alpaca

ao curry, porco assado e polvo na

brasa. Há também um bar char-

moso, onde são preparados coque-

téis à base de pisco.

Os restaurantes do Belmond

Sanctuary Lodge (único hotel prati-

camente à entrada da cidadela inca)

contam com ingredientes cultiva-

dos no local e terraço para um jar-

dim de orquídeas. O Tampu Res-

taurant & Bar possui ambiente in-

terno e externo, é mais intimista e

tem vista deslumbrante das ruínas

SABORES DOS ANDESViajantes podem apreciar pratos peruanos e internacionais no Belmond Sanctuary Lodge, em Cusco, e também regionais no conceituado Chicha

Para aqueles que voltam das horas

de caminhadas em Machu Picchu, a

visão do Belmond pode equivaler

a um oásis

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6 6 M E E T I N G 2018

R E S T A U R A N T E S

e da vegetação dos Andes. O car-

dápio, para momentos de maior re-

laxamento e contemplação, é à la

carte e composto de pratos de co-

zinhas internacional e local – como

o tartar de truta arco-íris. Experi-

mente o tradicional chá de muña,

feito com folhas dos Andes perua-

nos que se parecem com menta

e são boas para digestão. No bar,

prove o Pisco Sour, tradicional co-

quetel com a bebida nacional pe-

ruana. Ou melhor: aprecie o drink

No Chicha de Cusco, que aproveita a arquitetura colonial (acima), os ambientes são amplos, mas aconchegantes, como o lobby (ao lado) e o salão do próprio restaurante (abaixo)

2018 M E E T I N G 6 7

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no pátio, de onde é possível ver os

terraços cavados pelos antigos incas

nas terras que envolvem uma das

Sete Maravilhas do Mundo, com o

rio Urubamba ao fundo.

Depois de caminhar dezenas de

quilômetros por áreas como Cho-

quequirao e Espíritu Pampa – aces-

síveis apenas a pé –, os visitantes

Hotel mais próximo de Machu Picchu, o Belmond tem espaços para massagens (ao lado) e relaxamento (abaixo)

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ServiçoBELMOND

belmond.com/pt-br/

sanctuary-lodge-machu-picchu/

GET YOUR GUIDE

getyourguide.com.br

CHICHA

chicha.com.pe/

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deparam com o Tinkuy Buffet Res-

taurant. Diariamente é oferecido

almoço, que tem preço fixo e é elo-

giado pelo capricho e pela varie-

dade dos pratos peruanos. O des-

taque são as especialidades da culi-

nária andina, com muitos tipos de

saladas e sobremesas. n

Visitantes podem apreciar um Pisco Sour no pátio com vista para a cordilheira e aprender

sobre ingredientes locais

7 0 M E E T I N G 2018

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Pelo projeto do Museo de Si-

tio de Paracas, concebido no

escritório Barclay&Crousse,

a arquiteta peruana Sandra

Barclay foi reconhecida como “A Mu-

lher do Ano da Arquitetura” pelo The

Architectural Review e pelo The Ar-

chitects’ Journal, em cerimônia reali-

zada neste ano no hotel Claridge’s de

Londres. A premiação ganha ainda

mais importância pela constatação

da Dezeen, a mais influente revista do

setor no mundo, a partir de pesquisa

realizada em novembro de 2017: ape-

nas três dos 100 maiores escritórios

de arquitetura do mundo são coman-

dados por mulheres. Graduada em

universidades de Lima (Peru) e de

Milão (Itália), ela deu aulas em Pa-

ris, onde fundou a Barclay&Crou-

sse em sociedade com Jean Pierre

Crousse em 1994.

Sandra Barclay foi escolhida

como melhor profissional do setor

pela reconstrução do Museo de Sitio

Julio C. Tello de Paracas, destruído

após um terremoto. O espaço abriga

uma coleção arqueológica e fica na

região de Ica, onde está a Reserva

Nacional de Paracas – esse era o

nome do povo que ali habitava, en-

tre 800 a.C. e 100 d.C., e que deixou

grandes conhecimentos em irriga-

ção e produção de têxteis. Nos anos

1920, o arqueólogo Julio Tello ini-

ciou escavações na península, entre

as praias do Pacífico e o deserto que

cobre metade da reserva. Paracas –

vem do quéchua e significa “chuva”

Sandra Barclay foi reconhecida pelo projeto do museu arqueológico da cidade de Paracas,

localizado entre o mar e o deserto

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MELHOR ARQUITETA DO

ANO É PERUANA

7 2 M E E T I N G 2018

P R Ê M I O

Quase “camuflado” em meio a uma

região desértica e próxima ao mar, o

museu arqueológico de Paracas teve seu

projeto executado pelo escritório

Barclay&Crousse

(para) de “areia” (aco) –, 260 km ao

sul de Lima, é uma vila à beira-mar

próxima a Pisco, cidade onde fica o

projeto premiado, “simples e forte”,

segundo jurados, e que se mistura

à paisagem do local “onde o deserto

encontra o mar”.

Nas palavras dos arquitetos, um

museu arqueológico deve encontrar

o delicado balanço entre a preserva-

ção do patrimônio exposto e o con-

tato com o público. No caso da edi-

ficação em Paracas havia um desafio

a mais: integrar-se ao local em que

viveu esse povo e hoje é importante

reserva biológica do deserto costeiro

peruano. O projeto foi implementado

praticamente nas ruínas que sobra-

ram do terremoto de 2006, mas re-

tomando seu aspecto compacto, den-

tro de uma geometria retangular, que

comporta salas e oficinas, reinterpre-

tando os têxteis de Paracas. O interior

combina um labirinto com trajetória

em espiral, característica dos antigos

habitantes do país. Um equipamento

2018 M E E T I N G 7 3

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de controle entre luz natural e artifi-

cial, ventilação e refrigeração define

espaços de circulação e de transição

entre ambientes. A construção foi le-

vantada com cimento pozolano, re-

sistente ao deserto de sal – que tem

uma cor avermelhada, como as co-

linas ao redor. A pátina no concreto

polido que circunda as salas apre-

senta um visual que lembra as ce-

râmicas pré-colombianas (huacos),

expostas no museu. n

Qualidade arquitetônica*

“Um prêmio é um reconhecimento pelo qual sempre se agradece.

Ainda mais nesta profissão, em que o esforço para levar um projeto adiante é enorme e nem sempre valorizado. Nesse caso, ele foi para a qualidade, antes de mais nada, do trabalho de uma mulher, independentemente de sozinha ou em equipe. O museu de Paracas foi finalista e, como sua ar-quiteta, coube a mim apresentá-lo e representar o escritório que comparti-lho com Jean Pierre há 23 anos. Dese-nhá-lo foi uma experiência enriquece-dora, em uma paisagem excepcional.

Nossa história se liga ao museu de Paracas desde 2007, quando foi deci-dida sua reconstrução após o terre-moto de Pisco. A Agência de Coope-ração Espanhola, que administrava uma doação da União Europeia para essa obra, organizou um concurso do qual saímos vencedores. Iniciou-se então um longo e penoso processo, em que até o edifício, recém-termi-nado, foi abandonado durante qua-tro anos por disputas políticas e bu-rocráticas. Graças ao apoio da então ministra da Cultura, Diana Alvarez Cal-derón, a questão se resolveu e o local foi aberto ao público em julho de 2016.”

*Depoimento especial para a revista Meeting

A arquiteta Sandra Barclay

“Nossa história se liga ao museu de Paracas desde 2007, quando

foi decidida sua reconstrução após o terremoto de Pisco”

7 4 M E E T I N G 2018

P R Ê M I O

Nasci em uma cidade pequena,

no sudoeste da França, cha-

mada Dax. Fica perto de Bor-

deaux, região famosa pelos

vinhos que produz. Desde pequeno

aprendi a importância do esporte. Sa-

bemos, desde longa data, que o esporte

traz benefícios à saúde. Hoje sou CEO

da AccorHotels América do Sul e posso

garantir que o esporte me ajudou a

conquistar essa posição.

A AccorHotels apoia diversos even-

tos esportivos. Golfe, tênis, corrida

e rúgbi são algumas das modalida-

des que incentivamos, seja pela nossa

marca institucional, seja pelas marcas

de hotéis ou pelo nosso programa de

fidelidade, o Le Club AccorHotels. Es-

ses esportes, de alguma forma, trans-

mitem os valores e as qualidades que

desejamos para a empresa.

Posso citar aqui os benefícios e as

peculiaridades de cada um, mas vou

me ater ao rúgbi e à corrida. Eles fa-

zem toda a diferença na forma como

transmito minhas mensagens a nos-

sos colaboradores.

O rúgbi exige organização, res-

peito entre os jogadores do mesmo

time e com o adversário, além de

O VALOR DO ESPORTE

Atividades físicas são importantes para aprender a alcançar objetivos e superar metas, por isso

fazem parte da cultura da AccorHotels

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EIXconcentração, espírito de equipe,

treino, integração e ética. Quando

acaba a competição, todos saem para

confraternizar. Se compararmos com

uma organização, encontramos mui-

tas semelhanças. Afinal, uma compa-

nhia, para obter sucesso, precisa de

uma equipe concentrada e coesa, que

tenha o ímpeto de trabalhar unida,

respeite-se e tenha consideração com

todos. Além disso, um time de su-

cesso no rúgbi precisa de diversi-

dade entre os atletas. É o conjunto

das diferentes características dos

atletas que fará o sucesso da equipe.

O mesmo vale para a empresa que,

para dar certo, tem que aceitar a mul-

tiplicidade de ideias, idades, valores,

gêneros e formações.

A corrida permite que eu explore

a vida das cidades, os costumes e ten-

dências e, então, possa levá-los para

dentro da AccorHotels e dos nossos

hotéis. Correndo, vamos mais longe.

Sempre conquistamos mais.

Além de tudo isso, a prática de

esportes ainda proporciona diver-

sos benefícios, auxiliando nosso

corpo e nossa mente a se manter

saudáveis. Esse é um tema muito

importante para a AccorHotels. Te-

mos um programa de bem-estar

chamado VIVAH, em que incenti-

vamos colaboradores a praticar ati-

vidades físicas, ter uma alimenta-

ção balanceada e boa saúde.

É possível buscar inspiração e res-

postas para os desafios em todos os

esportes. Mas aqui eu cito rúgbi e

corrida como exemplos que se com-

pletam e que trazem para o meu dia

a dia um pouco da cultura e dos ob-

jetivos que temos na AccorHotels. n

*Patrick Mendes, CEO da AccorHotels América do Sul, está no cargo desde 2015. Antes, atuou como diretor global de vendas e distribuição na sede da empresa, em Paris.

Patrick Mendes*

2018 M E E T I N G 7 5

P U B L I E D I T O R I A L

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N os últimos anos, o turismo

gastronômico se conver-

teu em uma das alavancas

mais importantes da eco-

nomia peruana. É crescente o número

de visitantes ao país. De 2015 a 2016,

o aumento foi de 7,5%, e de 2016 a

2017, de 17,2%, segundo o Ministé-

rio de Comércio Exterior e Turismo,

com a entrada de 3,9 milhões no ano

passado. As projeções da Comissão

de Promoção do Peru para Expor-

tação e Turismo ( PromPerú) são de

4,4 milhões em 2018.

Desse total, de acordo com o es-

tudo “Avaliação de mercado para a

análise do turismo gastronômico no

Peru”, apresentado em 2017 pela pró-

pria PromPerú, 82% identificaram o

país como destino gastronômico e a

comida foi um dos focos da viagem

para 59% deles, ao lado das ruínas de

Machu Picchu (60%) e das paisagens

naturais (61%). Notícia veiculada pela

Asociación Peruana de Gastronomía

(Apega) diz que a gastronomia já é

responsável por 10% do Produto In-

terno Bruto (PIB) do Peru, que alcan-

çou US$ 211,4 bilhões em 2017 (mais

de R$ 780 bilhões).

“PRODUTO BANDEIRA”Para alcançar o mundo, a cozinha

do Peru passou por várias eta-

pas. Um marco é o livro La

Gran Cocina Peruana, de

Jorge Stambury Aguirre,

de 1994, promovido pelo

Fondo de Promoción

Turística ( Foptur).

São quase 600 re-

ceitas reunidas em

30 anos de pesqui-

sas e viagens pelo

país. Três anos de-

pois, os chefs pe-

ruanos começa-

ram a participar

de festivais interna-

cionais. As publica-

ções foram apoiadas

pela PromPerú.

O TEMPERO DA ECONOMIAComo vanguarda internacional, cozinha peruana valoriza produtos locais, acelera o crescimento do número de turistas e assume importante fatia no PIB do país A culinária

peruana é rica em variedade

de sabores, como carne de

alpaca (à esq.) e ceviches (abaixo)

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I N V E S T I M E N T O

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Nos anos 2000, a busca de tu-

ristas por história e cultura vincula-

das à comida já estava consolidada,

com programas públicos e privados.

Em 2006, a gastronomia foi reco-

nhecida pelo governo federal como

“produto bandeira” e passou a repre-

sentar a imagem do Peru no exte-

rior. O incentivo a feiras culinárias

por todo o território para troca de

informações, valorização da terra

e dos lavradores, aprendizado dos

chefs e exposição desses pratos em

outros países ajudou no reconheci-

mento internacional.

Em 2012, o Peru foi escolhido

como Melhor Destino Culinário do

Mundo pelo World Travel Awards,

painel de especialistas que anual-

mente elegem os primeiros do setor.

A partir de então, venceu a catego-

ria seis vezes consecutivas (a eleição

2018 M E E T I N G 7 7

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de 2018 ainda está em aberto) e

os chefs pioneiros Gastón Acurio

e Héctor Solís foram celebrados

por experts internacionais. Desde

2013, o país coloca dez restaurantes

entre os 50 mais bem classificados

do mundo, como o Astrid & Gastón

(do próprio Acurio), o Central (de

Pía León e Virgilio Martínez) e o

Maido (de Micha Tsumura).

Dois estabelecimentos da rede

de Acurio, que se chamam Chicha

(um em Arequipa e outro em Cus-

co), materializam a cozinha do país

com ingredientes frescos e valori-

zação de produtores e técnicas da

cultura local. No cardápio, clás-

sicos regionais se somam a cria-

ções em uma variedade de sabores,

de diferentes espécies de milho e

turbérculos a polvo, truta, porco,

cuy e alpaca (“parente” da lhama).

VALORIZAÇÃO DA CULTURAMar rico em peixes, vastas áreas

áridas, cordilheira tropical, exube-

rante floresta amazônica e a sabe-

doria de povos milenares são fato-

res que deram forma à cultura e

à culinária do Peru. Valorizar tais

costumes, replicando as técnicas

de cada região, e utilizando ingre-

dientes muitas vezes únicos, fez a

comida do país ser reconhecida

no mundo. Isso graças a um mo-

vimento encabeçado por grandes

chefs que se tornou um marco na

gastronomia internacional (leia

mais nesta edição).

Muitos dos alimentos hoje con-

sumidos em todos os continen-

tes têm origem em povos pré-co-

lombianos da costa oeste da Amé-

rica do Sul, os quais semearam e

aprenderam a cozinhar 4 mil va-

riedades de batata, 2 mil de ba-

tata-doce, 600 espécies de frutos,

35 de milho e 15 de tomate. Essa

mescla surgiu com o vice-reinado

espanhol, iniciado no século 16.

A culinária do Peru sofisticou-

-se a ponto de ser conhecida por

região. Na chamada Costa Norte,

é muito forte a influência de pes-

cados e ceviches (peixes e frutos

do mar curtidos em suco de limão,

pimenta, sal, cebola, batata-doce

e milho cozido), mas também é

marcante a presença de abóbo-

ras, variações de pimentão, limão

sutil (levado pelos invasores espa-

nhóis), conchas negras e carangue-

jos dos manguezais. Pratos como

malarrabia (arroz amarelo, peixe,

queijo de cabra) e tamales (massas

à base de milho envolvidas em fo-

lhas e cozidas no vapor) convivem

com bananas fritas em molho de

frutos do mar.

Chefs peruanos inspiram-se em

técnicas das diferentes regiões do

país no preparo de carnes como cordeiro

(abaixo), aproveitando ainda a enorme

variedade de vegetais

7 8 M E E T I N G 2018

I N V E S T I M E N T O

Desde 1535, a região de Lima

recebe espanhóis, africanos, chi-

neses, italianos e japoneses. Entre

1960 e 1990 houve ainda uma onda

de migrantes da serra e da floresta.

Dessa forma, o mínimo que se

diz da capital peruana é que ali se

materializou uma culinária riquís-

sima. Pimentões, batatas recheadas,

galinhas, caçaroladas, ceviches de

peixe e frutos do mar, alimentos

semicozidos, além de pratos chi-

neses e japoneses estão nas mesas

de Lima. A cidade é apontada como

Capital Gastronômica do Mundo

pela Bloomberg porque é uma das

poucas que mantêm, ao longo dos

anos, pelo menos três restaurantes

entre os 50 do planeta, com melho-

res escores do que Nova York, Lon-

dres e Cidade do México.

Dali para a Costa Sul, região de

desertos que se encontram com o

mar, veem-se as conchas de aba-

nico (molusco que se assemelha à

vieira), os rocotos rellenos (espécie

de pimentão recheado), o chupe de

camarões (uma sopa mais “quente”)

e o chairo (sopa com legumes). E

um prato que vem dos incas, o cuy

chactado (pequeno roedor que é

preparado sob uma pedra quente).

Ao norte, mas no interior, a cha-

mada Região da Floresta reúne

193 espécies de frutos amazôni-

cos, imensa diversidade de aves e

peixes – que são enrolados em fo-

lhas e preparados em grelhas ao ar

livre. O prato mais típico é o juane,

de origem pré-colombiana, adap-

tado por missionários espanhóis

que alcançaram as terras incas. Era

preparado para viajantes, porque

não estraga facilmente – leva arroz,

carne, ovos cozidos e batidos, tem-

peros e é embrulhado em folhas de

bijao (parecidas com as de couve).

Na zona entre a Floresta e os

Andes, a culinária desses biossis-

temas se funde com trutas fritas,

Melhor Destino Culinário do Mundo pelo World Travel Awards por seis anos consecutivos, o Peru tem a gastronomia como estratégia oficial para atrair turistas ao país

Prato com polvo do restaurante Chicha, que pertence ao chef Gastón Acurio e tem unidades nas cidades de Arequipa e Cusco

cuys, carne-seca, galinhas, porcos,

torresmos – sempre acompanhados

de batata, mandioca e milho. Um

prato tradicional é a pachamanca

(cozido preparado em um buraco na

terra). A quinoa, nascida nas alturas

e com nível nutricional considerá-

vel, é forte na região denominada

Serra, principalmente no preparo

do pão. Culturas pré-colombianas,

como a cajamarca, a wari e a inca,

estão representadas, por exemplo,

no cancacho (cordeiro macerado

com alho, cominho e pimenta, co-

zido em forno de barro).

Diz-se que a cozinha peruana pode

se resumir a um copo de chicha mora-

da – bebida de água fervida com mi-

lho-roxo, casca de abacaxi, marmelo,

cravo e canela, que depois de fria le-

va açúcar, suco de limão e uma fruta

picada, em geral maçã verde. n

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Gastón Acurio, que escreveu livros e apresentou programas de TV, é o nome mais famoso da cozinha peruana

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8 0 M E E T I N G 2018

G A S T R O N O M I A

CHEFS GANHAM O MUNDO

A culinária peruana é uma das mais celebradas internacionalmente. O grande embaixador é Gastón Acurio,

mas Pía León também desponta como uma das estrelas do país

Gastón Acurio, chef que le-

vou a culinária peruana

para o mundo e venceu o

prêmio Diners Club Life-

time Achievement Award 2018 por

sua criatividade e compromisso na

carreira profissional, pretende, ainda

neste ano, abrir mais dez restauran-

tes – o grupo já tem 50 espalhados

por vários países. Ele também deci-

diu torná-los menores, aconchegan-

tes e com preços acessíveis, deixando

apenas o Astrid & Gastón, em Lima,

para o que chama de “experiência

culinária”, com um menu-degusta-

ção de 15 pratos. Anunciado pelo

The World’s 50 Best Restaurants –

um painel que registra anualmente

o panorama da gastronomia inter-

nacional, as novidades e também

tendências do setor –, o reconhe-

cimento coloca seus premiados em

um grupo muito restrito. Portanto,

Gastón Acurio agora está ao lado de

Massimo Bottura, da Itália; Heston

Blumenthal, do Reino Unido; Paul

Bocuse, Alain Ducasse, Alain Passard

e Joël Robuchon, da França; e Alice

Waters, Daniel Boulud e Thomas

Keller, dos Estados Unidos.

O chef peruano é casado com a confeiteira alemã Astrid Gutsche desde os anos

1990, quando trocou a advocacia peloLe Cordon Bleu de Paris

O chef peruano é casado com a

confeiteira alemã Astrid Gutsche

desde os anos 1990, quando trocou

a advocacia pelo Le Cordon Bleu de

Paris. Em seu restaurante Astrid &

Gastón, aberto em 1993 na capital

peruana, Acurio mostra seu talento

ao criar pratos gourmet com ingre-

dientes regionais, frescos e inéditos.

Usa, por exemplo, um pequeno roe-

dor para substituir o pato laqueado

na recriação de uma panqueca, e cor-

deiro árabe-andino para rechear ba-

tatas roxas. O lugar teve seu primeiro

reconhecimento internacional em

2013, como o melhor latino-ameri-

cano na eleição do The World’s 50 Best

Restaurants. No ano seguinte, pas-

sou a ocupar a Casa Moreyra, edifi-

cação do século 17 que reformou em

estilo minimalista.

O chef voltou à cozinha do As-

trid & Gastón, de Lima, em 2016,

depois de ter deixado o comando

a cargo do chef Diego Muñoz du-

rante quatro anos, enquanto ro-

dava o mundo como “embaixador”

da culinária de seu país, escrevia li-

vros e apresentava programas de TV.

EXPEDIÇÕES E EXPERIMENTAÇÕESGastón Acurio esteve na vanguarda

da gastronomia peruana como hoje

é reconhecida mundialmente ao

aproveitar a imensa diversidade de

ingredientes de seu país e promover

produtores locais. Agora, já existem

grupos de chefs mais jovens que per-

correm o país em busca do conheci-

mento culinário guardado por co-

munidades até hoje embrenhadas

nos diferentes biossistemas perua-

nos, da beira do mar às altitudes.

Entre esses novos talentos está

Pía León, que recebeu, no início

2018 M E E T I N G 8 1

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de outubro, o prêmio de melhor

chef mulher da América Latina,

oferecido pelo The World’s 50 Best

Restaurants. O Central, em Lima,

que comanda com o marido, Vir-

gilio Martínez, já havia sido esco-

lhido como o primeiro da América

do Sul em 2018, pelo mesmo pai-

nel de especialistas. O casal ainda

tem o Kjolle e o bar Mayo, aber-

tos recentemente também no ba-

dalado bairro Barranco, na capi-

tal peruana. A façanha maior da

SA

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RIM

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Pía León foi reconhecida como a melhor chef mulher de toda a América Latina em 2018

Além do Central, o casal Pía e Virgilio Martínez tem mais dois restaurantes, o Kjolle, também em Lima, e o Mil, em

ruínas arqueológicas em Cusco

dupla foi o projeto do Mil, res-

taurante erguido com todas as

dificuldades imagináveis no meio

dos Andes e inaugurado no início

deste ano. Fica nas ruínas de Mo-

ray, sítio arqueológico de Cusco, a

3,4 mil metros de altitude. O pró-

ximo será na Reserva Territorial

Madre de Dios, na região de Tam-

bopata, em plena Floresta Ama-

zônica, com o aproveitamento de

ingredientes da mata e dos rios.

Os visitantes chegarão ao local por

8 2 M E E T I N G 2018

G A S T R O N O M I A

O restaurante Central, em Lima, surpreende

pelo cardápio montado de acordo com altitudes

e biossistemas do país

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ServiçoGASTÓN ACURIO

astridygaston.com

CENTRAL

centralrestaurante.com.pe

barco, partindo de Puerto Mal-

donado, que está a um curto voo

saindo de Lima.

O conceito culinário dos estabe-

lecimentos do casal é curioso. Leva

a testes com ingredientes (da flora

e da fauna) por região de ecossis-

temas e também de acordo com

os diversos níveis de mar e solo do

país, do Pacífico às montanhas ge-

ladas. Ou seja: do que o mar ofe-

rece a 20 metros de profundidade

ao que existe a 4,1 mil metros de

altitude. São pratos montados em

17 menus, pelo menos, os quais pro-

movem experiências com as muitas

variedades peruanas de milho, ba-

tata e outros produtos quase desco-

nhecidos fora de determinados lo-

cais, como as arcadas de piranhas.

Para chegar a todo esse conheci-

mento, Malena, irmã de Pía, man-

tém a Mater Iniciativa, com uma

equipe de expedicionários que via-

jam para conhecer comunidades das

mais variadas regiões, aprendendo

tradições culinárias e recolhendo in-

gredientes. Assim, o menu de seus

restaurantes mostra-se, no mínimo,

inusitado. No Central, as opções são

por “ecossistemas de altitude”, que

vão desde pratos tradicionais, com

milho e outros ingredientes, até re-

ceitas do Altiplano peruano, com

cordeiro; do bosque, com porco;

das alturas extremas, com alpaca.

É preciso reservar com 30 dias

de antecedência. n

2018 M E E T I N G 8 3

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O pisco é o destilado alcoó-

lico nacional do Peru, mas

também do Chile, tanto

que os dois países dispu-

tam sua paternidade. Os chilenos

comprovam com o documento de

um escrivão do Império Espanhol

de 1773, no qual está registrada a

existência de três vasilhas com a be-

bida na fazenda La Torre, no Valle

del Elqui. E o Peru argumenta que o

pisco surgiu no século 16, quando os

colonos espanhóis desenvolveram os

vinhos no país. Mas, na época, essa

região era o Vice-Reino do Peru, que

foi dividido na Guerra do Pacífico, e,

com isso, cada país ficou com um pe-

daço do território e, certamente, da

produção da bebida.

Polêmicas à parte, há diferen-

ças entre o pisco de cada país. O

peruano é uma aguardente feita

de uva e, tal como na produção da

cachaça, tem a cabeça e a cauda

descartadas. Já o chileno é feito

de uvas Muscat, destilado e redu-

zido com água até chegar a 40% de

teor alcoólico.

Essa bebida é a base do famoso

Pisco Sour, que também gera briga

por sua autoria. Simon Difford, do

prestigiado Difford’s Guide, uma

espécie de enciclopédia de drinks

mundiais, afirma que a referên-

cia mais antiga ao aperitivo foi

feita em O Novo Manual da Cozi-

nha Creole, publicado em 1903 por

S.E. Ledesma, no Peru. A receita do

“coquetel” descrita continha uma

clara de ovo, uma xícara de pisco,

uma colher de chá de xarope de

açúcar e gotas de suco de limão a

gosto. O Chile também reivindica

a paternidade do drink. A única di-

ferença é que a versão chilena não

leva clara de ovo. Já a difusão fora

dos países andinos é atribuída a Joe

Baum, que o transformou no hit do

restaurante La Fonda del Sol, em

Nova York, nos anos 1960.

Atualmente, a popularidade do

Pisco Sour é tamanha que seu dia

internacional é comemorado no

mundo inteiro no primeiro sábado

de fevereiro. Confira essa receita

tradicional e outras à base de pisco

muito populares. Salud!

BEBIDA DISPUTADA

O pisco e seu drink mais famoso, o Pisco Sour, são instituições nacionais no Peru e no Chile,

que competem até hoje por sua autoria

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8 4 M E E T I N G 2018

D E S T I L A D O

CapitánI N G R E D I E N T E S

�� 50 ml de pisco puro�� 50 ml de vermute Cinzano Rosso�� 3 cubos de gelo

P R E PA R AÇ ÃO

Resfrie uma taça de Martini com gelo e deixe repousar. Enquanto isso, em uma coqueteleira com bastante gelo, adicione o pisco e o vermute. Agite durante 10 segun-dos e despeje na taça de Martini.

Pisco SourI N G R E D I E N T E S

�� 60 ml de pisco�� 25 ml de suco de limão�� 25 ml de xarope de açúcar�� 1 clara de ovo

P R E PA R AÇ ÃO

Bata os ingredientes no shaker ou no liquidificador com quatro pe-dras de gelo e coe diretamente no copo, decorando com três gotas de angostura bitters.

Chilcano de Pisco

I N G R E D I E N T E S

�� 60 ml de pisco puro�� 15 ml de suco de limão�� 3 gotas de angostura�� 120 ml de ginger ale�� 4 cubos de gelo�� 1 colher (chá) de açúcar

P R E PA R AÇ ÃO

Em um copo high ball, adicione o pisco, o suco de limão, as gotas de angostura, o ginger ale e o açúcar e misture com uma colher longa. Depois, acrescente o gelo e misture com a colher nova-mente. Finalmente, enfeite o copo com as rodelas de limão.

2018 M E E T I N G 8 5

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LIMA REÚNE 3 MIL ANOS DE HISTÓRIA8 6 M E E T I N G 2018

C U L T U R A

Um dos bairros mais agitados da capital, Barranco abriga algumas das principais coleções do país. No Parque de la Exposición, o Museu de Arte de Lima (Mali) é visita obrigatória

O núcleo do Museu de Arte de Lima (Mali) é a coleção das famílias Prado e Peña Prado, que reúne peças do período pré-colombiano ao século 20

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O Barranco, bairro colorido e boêmio da

capital peruana, é conhecido pela arqui-

tetura histórica de casarões e da icônica

Puente de los Suspiros, construída em

madeira no século 19. Também é ponto gastronô-

mico, com restaurantes debruçados sobre o oceano

Pacífico. E ainda polo cultural. Nele ficam três dos

principais endereços de arte em Lima: o Museu Pe-

dro de Osma, com obras que vão da era pré-colom-

biana à época colonial; o Museu de Arte Contem-

porânea de Lima (MAC Lima); e o Museu Mario

Testino (Mate), do fotógrafo celebridade que che-

gou a influenciar a moda internacional. Em área

um pouco mais central, no Parque de la Exposición,

com mais de 100 mil m2 de área verde, está o Museu

de Arte de Lima (Mali), em um edifício que por si

só já é uma obra de arte: o Palacio de la Exposición.

CULTURA ANDINA E COLONIALCom uma importante coleção de arte do século 16

ao 18, quando o Peru era um vice-reino da Espa-

nha, o Museu Pedro de Osma se destaca no bairro

Barranco. Recursos tradicionais e tecnológicos são

empregados para manter obras de Pedro de Osma

Gildemeister, político falecido na década de 1930.

O propósito é fomentar a difusão da arte virreinal,

como é denominada pelos próprios especialistas

peruanos, de uma etapa que é considerada essen-

cial na formação da identidade nacional.

O acervo exibe peças que remontam ao século 5,

da região ao sul dos Andes, da cultura tiahuanaco e

inca e do período de vice-reinado na área de Cusco.

Outras, dessa mesma época, são pinturas, escultu-

ras, móveis e prataria, que dão uma ideia da origem

das tradições do país. Essa coleção é considerada

uma das mais importantes da América Latina. Há

ainda salas temáticas com quadros de culto à Vir-

gem Maria, de anjos e arcanjos, além de retratos.

PALÁCIO COMO OBRA DE ARTEO Palacio de la Exposición, onde fica o Museu de

Arte de Lima (Mali), é um dos mais admirados por

sua representatividade arquitetônica. Foi levantado

entre 1870 e 1871 para a primeira grande exposição

2018 M E E T I N G 8 7

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pública no país, em comemoração aos

50 anos de independência – a Gran

Muestra de Artes, Ciencias e Indus-

trias. O edifício neorrenascentista foi

projetado pelo arquiteto italiano An-

toni Leonardo e é um exemplo de téc-

nica de construção em ferro (as colunas

importadas da Europa são atribuídas

à construtora Eiffel, do século 19). O

palácio, cercado por jardins com está-

tuas, fica no Parque de la Exposición,

com seus pavilhões Mouro e Bizantino,

em uma área verde com 100 mil m2

que fazem parte de um dos projetos

urbanos mais importantes do mundo.

Em 1954, um grupo de 25 em-

presários e intelectuais fundou a as-

sociação Patronato de las Artes e re-

cebeu aval da prefeitura da capital

para a restauração do palácio. Com

apoio da Organização das Nações

Unidas para a Educação, a Ciência

e a Cultura (Unesco) e também da

França, a obra foi iniciada pelo arqui-

teto Hans Asplund e pelo museólogo

Na capital, é possível apreciar a arte de várias épocas da história peruana, mas seus museus também valorizam obras de representantes latino-americanos

O Mali fica no Palacio de la Exposición, edifício do século 19

que já é uma obra de arte e conta com peças representativas de

3 mil anos de história

8 8 M E E T I N G 2018

C U L T U R A

sueco Alfred Westholm, que fizeram

o primeiro projeto moderno de um

local para abrigar obras de arte no

país. Em 1961 foi inaugurado o Mu-

seu de Arte Latina, que ainda conta

com biblioteca e teatro. O presidente

Manuel Prado, em nome das famí-

lias Prado y Peña Prado, doou a cha-

mada Memoria Prado, coleção for-

mada no início do século 20. Ela é,

ainda hoje, o núcleo da mostra, com

uma panorâmica da arte peruana,

da época pré-colombiana ao século

20 (desde 2015, o segundo andar do

edifício expõe 1,2 mil peças represen-

tativas de 3 mil anos). O Patronato

ajuda estudantes em intercâmbios,

promove concursos, organiza expo-

sições e um salão anual de belas artes.

JANELAS PARA O MUNDONascido no Peru, o fotógrafo Ma-

rio Testino se tornou uma influência

O Museu Mario Testino (Mate) reúne o acervo de um dos fotógrafos mais criativos do mundo da moda e das celebridades

mundial como retratista e também

na moda – área que ajudou a mudar

de patamar, como indústria. Seu le-

gado de beleza pode ser visto no Mu-

seu Mario Testino (Mate), aberto em

2012 na capital peruana, onde o ar-

tista nasceu e estudou Direito e Eco-

nomia (depois ainda fez Negócios In-

ternacionais em San Diego, na Cali-

fórnia). Testino mudou de Lima para

Londres em 1976, para se tornar um

dos mais disruptivos e criativos fotó-

grafos do mundo na década de 1990.

Publicações como Vogue e Vanity Fair

imortalizaram campanhas de mar-

cas como Gucci, Burberry, Versace,

Michael Kors, Chanel, Estée Lauder

e Lancôme e ícones como Kate Moss,

a princesa Diana, Gisele Bündchen,

Madonna e Gwyneth Paltrow.

O prédio de 1898 começou a ser

restaurado pelo arquiteto Augusto de

Cossio em 2011, com profissionais da

Escuela Taller de Lima e escultores da

Escuela Autónoma de Bellas Artes.

Um ano depois, o museu foi aberto.

Além da exposição permanente de

obras do próprio Testino, a proposta

2018 M E E T I N G 8 9

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do Mate é dar oportunidade para o

intercâmbio de artistas e fotógrafos

de diversos países, facilitando mos-

tras, workshops, eventos e programas

educacionais que incentivem a cria-

tividade e o pensamento crítico e, ao

mesmo tempo, levem o que é feito no

país para um público internacional.

MODERNOS E PÓS-MODERNOSFundado em 1955, o Instituto de Arte

Contemporânea (IAC) se converteu

em promotor cultural e principal es-

paço de debates de ideias modernas

e propostas de vanguarda de artis-

tas peruanos e latino-americanos em

geral. Com várias mostras e semi-

nários de intelectuais à época, sur-

giu a proposta de criar o Museu de

Arte Contemporânea de Lima (MAC

Lima). A coleção inicial é formada

O Museu de Arte Contemporânea (MAC Lima) valoriza a diversidade de tendências e está em um prédio da prefeitura com janelas que dão para um espelho d’água

JP

MU

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UG

AR

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9 0 M E E T I N G 2018

C U L T U R A

por aquelas expostas em vários lo-

cais que abrigaram o antigo instituto:

Galería Lima, Casa Mujica e Museu

de Arte Italiano. São obras de Gas-

tón Garreaud, Rafael Hastings, Emi-

lio Rodríguez Larraín, Oswaldo Vi-

gas e Fernando de Szyszlo. As peças

pertencem aos anos 1950-1960. De-

pois de um período de inatividade na

década seguinte, o grupo retomou o

fôlego e as atividades no fim da dé-

cada de 1980, finalmente com a de-

cisão de levantar um museu e dotá-

-lo de uma coleção.

Nos anos 1990, graças a uma

doação inicial, o MAC Lima to-

mou corpo, até ser fundado oficial-

mente em 2013. Ocupa um prédio

cedido pela prefeitura, de desenho

modernista do arquiteto peruano

ServiçoMUSEU PEDRO DE OSMA

museopedrodeosma.org

MUSEU DE ARTE DE LIMA (MALI)

mali.pe

MUSEU MARIO TESTINO (MATE)

mate.pe

MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE LIMA (MAC LIMA)

maclima.pe

Frederick Cooper Llosaredio – são

três módulos principais, onde ficam

as coleções e as exposições tempo-

rárias, com grandes janelas que se

abrem para um espelho d’água, cer-

cado por área verde aberta ao pú-

blico. Ali estão obras de artistas de

diversas tendências, como geome-

trias de Víctor Pasmore (Inglaterra),

Jesús Rafael Soto e Carlos Cruz-

-Diez (Venezuela), Eduardo Ramí-

rez Villamizar (Colômbia), pós-mo-

dernos como Álvaro Barrios (Co-

lômbia) e o humor nos desenhos

de Antonio Seguí (Argentina). Há

recentes doações e empréstimos de

peruanos contemporâneos, como

Ramiro Llona, Armando Varela,

Fernando de Szyszlo, Enrique Po-

lanco e José Tola. n

A maior parte das obras do acervo do

MAC é de artistas da América Latina

2018 M E E T I N G 9 1

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PARA AMPLIAR AS RELAÇÕES COMERCIAIS

O 23o Meeting Internacional LIDE será em Cusco, no Peru, entre os dias 1o e 4 de novembro, com participação

de empresários e autoridades dos dois países

No 22o Meeting Internacional, no Paraguai, lideranças empresariais e autoridades debateram os rumos do Mercosul

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9 2 M E E T I N G 2018

E V E N T O

Um dos principais parcei-

ros comerciais do Brasil,

o Peru será a sede do 23º

Meeting Internacional

LIDE. Desta vez, o evento será rea-

lizado na cidade de Cusco, entre 1º

e 4 de novembro, com a presença

de CEOs, executivos e autoridades

governamentais.

Para Luiz Fernando Furlan,

chairman do LIDE, o encontro

em Cusco será uma oportunidade

para os empresários dos dois países

ampliarem as relações comerciais.

“Brasil e Peru têm se aproximado

ao longo dos anos. São importan-

tes parceiros, principalmente no es-

coamento de produtos brasileiros

Em 2017, o evento foi realizado em Assunção e contou com a presença do presidente Horacio Cartes

GU

ST

AV

O R

AM

PIN

I

para o oceano Pacífico”, afirmou.

“Em 2016, foram assinados diversos

acordos, como o de livre comércio

para o setor automotivo, de com-

pras governamentais, de serviços

e de facilitação de investimentos.

Também existe um potencial muito

grande de consolidar esse relacio-

namento no setor de turismo.”

Além do debate sobre as relações

bilaterais entre os dois países, o

23º Meeting Internacional LIDE

inclui visitas às milenares minas de sal

das Salinas de Mara, no Vale Sagrado;

ao sítio arqueológi co de Machu

Picchu, reconhecido como uma

das sete maravilhas do mundo; ao

Parque Ecológico de Sacsayhuaman,

importante mostra de arquitetura

inca; e à cidade de Cusco.

O Meeting Internacional LIDE é

a primeira iniciativa brasileira a reu-

nir empresários para ampliar as rela-

ções comerciais e debater importan-

tes questões para o crescimento eco-

nômico dos países. Foram realizadas

edições na África do Sul (Sun City),

Aruba (Caribe), Argentina (Buenos Ai-

res), Argentina (Bariloche e Mendoza),

Chile (Santiago), Colômbia (Carta-

gena), Espanha (Barcelona), Estados

Unidos (Miami), Itália (Roma), Mé-

xico (Cancun), México (Punta Mita),

Paraguai (Assunção), Portugal (Lis-

boa), República Dominicana (Cap

Cana) e Uruguai (Montevidéu). n

2018 M E E T I N G 9 3

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CLÁSSICOREPAGINADOA Maserati revelou como será o novo Quattroporte. A versão GTS representará o máximo de luxo e esportividade

O Quattroporte é um modelo

clássico, sinônimo da ima-

gem da Maserati. Projetado

por Pietro Frua e lançado

em 1963, ele passou por diversas atua-

lizações até que, em 2003, ganhou uma

reestilização completa pelo “maestro”

do design Lorenzo Ramaciotti, da Pi-

ninfarina. Quando a montadora anun-

ciou, em 2017, que promoveria uma

mudança, criou uma enorme expec-

tativa nos fãs e seguidores da indús-

tria automobilística. Eis que agora, no

Salão de Paris, no início de outubro,

ela revelou o novo Quattroporte 2019,

deixando todos de queixo caído com

as três versões: Ghibli Ribelle, Gran

Lusso e GTS Gran Sport – esta última

é a maior, mais potente e cara de toda

a linha. O carro chegará ao Brasil no

final do primeiro trimestre de 2019,

ainda sem preço definido. Nos Estados

Unidos, custa a partir de US$ 138 mil.

Todos os modelos estão equipa-

dos com a mesma transmissão auto-

mática de oito velocidades ZF, uma

alavanca de câmbio redesenhada e

um conjunto de botões para selecio-

nar o modo de direção e a abertura

9 4 M E E T I N G 2018

C A R R O

MASERATI QUATTROPORTE GTS

M O T O R V8

P O T Ê N C I A 530 HP

T R A Ç Ã O TRASEIRA

A C E L E R A Ç Ã O DE 0 A 100 KM/H EM 4,7 S

V E L O C I D A D E M Á X I M A 310 KM/H

P R E Ç O U S $ 1 3 8 . 0 0 0

FO

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S:

DIV

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2018 M E E T I N G 9 5

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do teto solar. Agora são dez cores ex-

teriores, com a adição de Rosso Po-

tente e BluNobile, além de opções

em seis diferentes tipos de rodas de

liga leve de 19 a 21 polegadas.

O GTS Grand Sport é um show à

parte. Traz a famosa grade frontal tri-

dimensional pontiaguda e imponente,

com fundo negro e elementos verti-

cais cromados, inclusive o tridente,

além de entradas de ar embutidas –

um conjunto do tipo “nariz de tuba-

rão” bem agressivo. Um pouco mais

acima brilham os faróis redesenha-

dos, com lâmpadas LED, luzes diur-

nas e até uma câmera que regula a

altura do modo alto e reduz sua in-

tensidade automaticamente para não

ofuscar os veículos que viajam na

A versão GTS Grand Sport é um show

à parte. Traz a famosa grade frontal

tridimensional pontiaguda e

imponente, com fundo negro e

elementos verticais cromados, inclusive

o tridente, além de entradas de

ar embutidas

9 6 M E E T I N G 2018

C A R R O

reveste os assentos esportivos, dis-

ponível nas cores preto, vermelho e

bege, com um padrão customizado

de costura. O logo com o tridente em

baixo-relevo é a assinatura final na

parte superior do encosto de cabeça.

O volante, revestido de couro, é

ajustável eletricamente no alcance e

na altura, e as aletas de marcha são

de alumínio. No centro do console

do painel, o sistema de infoentre-

tenimento traz tela de 8,4 polega-

das com um controle giratório, lo-

calizado abaixo do relógio analógico

da marca. Os gráficos exibem várias

funções, como regulagem climática,

volume de áudio e outras funções

e conectividade para smartphone

Apple e Android, além de dispositivo

direção contrária. Nas laterais, saias

exclusivas e aerodinâmicas fazem par

com três pequenos respiros e retro-

visores de borda preta. Na traseira,

as lanternas imitam o design felino

dos faróis e, abaixo do para-choque,

um sistema de duplo escape trape-

zoidal com as bordas cromadas dão

um toque mais esportivo. O motor é

um V8 biturbo, de 530 hp, que o leva

até os 310 km/h e de 0 a 100 km/h

em 4,7 segundos.

Há algumas diferenças entre os

modelos no acabamento interior, mas

todos são de extrema qualidade e so-

fisticação. No GTS, a combinação é

de sarja de fibra de carbono com la-

minados amadeirados Rovere Ve-

neer e couro natural Pieno Fiore, que

O novo design do GTS inclui saias laterais aerodinâmicas e interior sofisticado, de couro Pieno Fiore, com tomadas USB e iluminação cenográfica, controle de ar-condicionado e display de 10 polegadas opcional

2018 M E E T I N G 9 7

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Bluetooth, facilitando ouvir a playlist

e rodar os aplicativos favoritos. Já

o porta-luvas é iluminado, climati-

zado e pode ser trancado pelo mo-

torista no painel e só abre com uma

senha de quatro dígitos.

Os bancos possuem ventilação,

aquecimento e movimento elétrico,

garantindo um conforto incrível nas

viagens longas, e podem vir equi-

pados com telas de entretenimento

de 10 polegadas individuais para

os passageiros traseiros. Os assen-

tos de trás têm apoio de braço com

tomada USB para carregar dispo-

sitivos móveis e dois porta-copos

dobráveis. Eles são parcialmente

retráteis, o que permite aumentar

a capacidade de armazenagem no

porta-malas de 530 litros.

A iluminação interior utiliza fi-

bra óptica para clarear sutilmente

o painel, as portas e os pés, mas no

teto a luz é difusa e as de leitura são

mais fortes nas laterais. Acesas, elas

criam um efeito moderno e elegante.

O sistema de áudio padrão é o

Premium HarmonKardon, de 900

watts, mas também é possível soli-

citar um hi-end da Bowers & Wil-

kins,de 1.280 watts, com 15 alto-

falantes. Há outras maravilhas da

tecnologia no carro. Se o motorista

estiver com as chaves no bolso, ao

se aproximar do veículo, as portas

destravam e ele pode até passar o

pé por baixo do porta-malas para

que se abra automaticamente. Ao se

afastar, se alguma porta estiver en-

treaberta, o carro a fechará sozinho.

Os itens de segurança têm câmeras

360o, airbags e capacidade de man-

ter o carro na faixa, alertar sobre co-

lisões, condições climáticas, sinais de

trânsito, limite de velocidade e indi-

cação para frear na distância certa.

Estamos falando de um automóvel

completo, moderno, potente, espor-

tivo, luxuoso que, mesmo com uma

tradição de quase 60 anos no mer-

cado, se reinventa para melhor. n

Outras novidades do GTS são rodas de liga leve de 21 polegadas com design especial, alavanca redesenhada, display moderno e interior com acabamento em alumínio, couro e sarja de fibra de carbono

C A R R O

9 8 M E E T I N G 2018

ANÚNCIO

99

Junte-se à Robb Report em uma das principais premiações do setor automobilístico: CAR OF THE YEAR - USA

Aproveite a aceleração dos melhores motores e se surpreenda com as novidades para os apaixonados por carros e amantes da emoção sobre quatro rodas. Nesta edição em Boca Raton, Flórida, os participantes do CAR OF THE YEAR 2019 poderão testar as mais recentes tecnologias do setor, além de acompanhar os resultados e os comentários dos jurados.

BOCA RATON, FLÓRIDA - USA30 DE NOVEMBRO A 2 DE DEZEMBRO DE 2018

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19h

• Chegada • Recepção de Boas-Vindas,

Prévia do Full Line-up• Jantar e Análise Editorial

Geral dos Carros

30/11/2018 DIA DE CHEGADA

9h às 11h • Brunch de Despedida

2/12/2018DIA DE PARTIDA

7h

8h às 12h

12h às 13h3013h30 às 16h30

18h

• Café da Manhã e Orientação do Motorista

• Test-Drives e Julgamento dos Carros

• Almoço• Test-Drives e Julgamento• Jantar e Review com

Destaques do Dia

1/12/2018DIA DOS TESTES

Para reservar sua participação, entre em contato com Beatriz Cruz, Diretora-Geral de Publicidade: (+55 11) 3039-6030 ou [email protected]. A programação inclui duas noites de hospedagem no Boca Raton Resort and Club e todas as refeições e transporte necessários durante o programa - não inclui transfer ao hotel / aeroporto.

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1 0 2 M E E T I N G 2018

E S T I L O

MERCADOCompanhias apontam crescimento em fretamentos e serviços

NOVIDADESCessna Citation Longitude é apresentado pela primeira vez no Brasil

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RECUPERAÇÃO COM CAUTELACompanhias registram melhora do mercado em 2018 e preveem retomada lenta após período eleitoral

1 0 4 M E E T I N G 2018

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O Brasil é dono da segunda

maior frota da aviação ge-

ral do mundo, que inclui

jatos executivos, helicóp-

teros e aviões de pequeno porte. O ta-

manho dela se manteve estável nos

últimos anos, apesar da recessão e

da retomada lenta. Em maio deste

ano, eram, no total, 7.457 aviões pri-

vados, aumento de 2% em relação a

dezembro de 2016, segundo o Insti-

tuto Brasileiro de Aviação, que com-

pila dados do setor. As vendas de ae-

ronaves ainda não foram retomadas

efetivamente, e, mesmo assim, ocor-

rem em grande parte por meio de se-

minovos. Uma das maiores fabrican-

tes mundiais do setor, a Embraer re-

força que a demanda segue de perto a

tendência da economia. “O mercado

brasileiro tem se mostrado resiliente,

e a alta do PIB, ainda que modesta,

tem ajudado a aviação executiva cres-

cer nos últimos trimestres. Sintoma

disso foram as vendas de alguns dos

nossos mais recentes lançamentos,

como o Phenom 100EV, o Phenom

300E e o Legacy 450”, diz Gustavo

Fonseca, diretor de Vendas da Em-

braer Aviação Executiva para a Amé-

rica Latina. Segundo o executivo, os

Estados Unidos e a Europa conti-

nuarão liderando a demanda mun-

dial desse segmento – responderam

por aproximadamente 85% do vo-

lume de entregas nos últimos anos.  

Em 2017, a Embraer entregou 109

unidades globalmente. Em 2018, até

o segundo trimestre, foram 31. A re-

ceita no primeiro semestre foi de US$

1,18 bilhão, ante US$ 1,81 bilhão no

mesmo período do ano passado. A

Uma das maiores fabricantes da aviação executiva, a Embraer acaba de anunciar em Orlando a família Praetor, de médios com maior autonomia

1 0 6 M E E T I N G 2018

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GUSTAVO FONSECADiretor de Vendas da Embraer Aviação

Executiva para a América Latina

“O mercado brasileiro tem se mostrado resiliente. Estamos otimistas, mesmo

que a recessão tenha adiado alguns planos de investimento”

2018 M E E T I N G 1 0 7

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JUNIA HERMONTDiretora superintendente da Líder Aviação

“No fretamento houve aumento de 20% em relação ao ano passado. As empresas estão endividadas. Mesmo que o crescimento se sustente, deve haver mais cautela para a aquisição de aeronaves”

Líder Aviação: portfólio diversificado de serviços e ampliação da área de manutenção com um serviço personalizado, o Líder in Loco

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fabricante prevê que nos próximos

dez anos serão comercializados 7,5

mil jatos executivos, gerando uma re-

ceita de US$ 216 bilhões. Nesse pe-

ríodo, a estimativa é que os Estados

Unidos sigam na liderança do setor,

absorvendo 60% dos pedidos. A Eu-

ropa e a África responderão por 20%,

seguidos por Ásia-Pacífico e Oriente

Médio, e América Latina. “Para o Bra-

sil, estamos otimistas, mesmo que o

período de recessão da economia na-

cional tenha adiado alguns planos de

investimento. Ainda assim, a Embraer

domina esse setor devido à qualidade

dos aviões e aos serviços pós-venda.

Confiamos no mercado brasileiro com

a chegada dos dois jatos executivos

médio e supermédio, Praetor 500 e

Praetor 600”, afirma Fonseca. Anun-

ciados em Orlando (EUA), em outu-

bro, os dois modelos são focados no

aumento da autonomia e na produ-

tividade e devem ser certificados no

próximo ano. Alcançam 6.019 km

e 7.223 km, respectivamente. Com

isso, o portfólio da companhia chega

a oito aeronaves.

A Líder Aviação registrou neste

ano um acréscimo no chamado tá-

xi-aéreo e ampliou a área de manu-

tenção com um serviço personali-

zado, o Líder in Loco. “De janeiro

a abril, havia um otimismo grande,

com movimentação maior e interesse

em aviões novos e seminovos. Ocor-

reu uma procura crescente, com os

clientes voando mais”, diz Junia Her-

mont, diretora superintendente da

empresa. “No fretamento houve au-

mento de 20% em relação ao ano

passado. Mesmo com os candidatos

voando menos nestas eleições, teve

movimentação.” Segundo Hermont,

as empresas estão endividadas e vá-

rias venderam ativos, passando a fa-

zer locação. Mesmo que a expansão

se sustente, deve haver mais cautela

para as aquisições, afirma. Refletindo

a alta nas locações, a companhia está

lançando um aplicativo que permite

1 0 8 M E E T I N G 2018

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RICHARD MARELLIPresidente da Helibras e Head of Country da Airbus no Brasil

“Tivemos um bom primeiro semestre. Estamos confiantes de que a economia vai se recuperar e prevemos uma maior demanda”

LEONARDO FIUZAPresidente da TAM Aviação Executiva

“Em 2017, registramos uma retomada dos negócios. Esperamos em 2019

chegar aos níveis de anos anteriores, com as vendas se recuperando”

o agendamento online de voos. Com

mil colaboradores, a Líder tem um

portfólio variado de atividades, que

vão desde a venda de jatos (é repre-

sentante da HondaJet no país) até o

aluguel de helicópteros para o setor

de óleo e gás – para isso, incorporou

neste ano dois Airbus H135. Nessa

área, com a volta dos leilões, já há oti-

mismo e a expectativa é de aumento

de atividades, principalmente a partir

de 2020 e 2021, segundo a executiva.

Representante no Brasil das

marcas Cessna, Bell e Beechcraft, a

TAM Aviação Executiva estima uma

alta de 10% em relação a 2017 em

manutenção e fretamento. “No ano

passado, já tivemos uma melhora nas

vendas e, consequentemente, nos ser-

viços. Há uma retomada. Esperamos

em 2019 chegar aos níveis de anos

anteriores”, anseia Leonardo Fiuza,

presidente da companhia. Confiante,

ele diz que o Brasil só perde para os

Estados Unidos no mercado mundial

de aviação executiva. “Embora os dois

últimos anos tenham sido um pouco

mais difíceis em decorrência da desa-

celeração econômica brasileira, já no-

tamos um volume maior de negócios.”

Única fabricante de helicópteros

da América Latina, a Helibras tem

boas perspectivas para 2019, num ce-

nário político mais estável pós-elei-

ções. “Tivemos um bom primeiro se-

mestre. Estamos confiantes e pre-

vemos o retorno do investimento

e uma maior demanda por aerona-

ves”, diz Richard Marelli, presidente

da companhia e Head of Country da

Airbus. A Helibras registrou inten-

ções de venda para o mercado civil

e algumas entregas no corporativo,

incluindo unidades monoturbina,

H135 e H145. “Acreditamos que te-

mos um importante papel no desen-

volvimento da aviação de asas rotati-

vas. Continuaremos nos empenhando

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Flapper aposta na aviação premium compartilhada

para a disponibilização de soluções

personalizadas, na contínua evolução

da tecnologia aeronáutica e na expan-

são do suporte e serviços”, afirma Ma-

relli. Segundo ele, há uma tendência

para modelos biturbinas, já que pos-

suem menor restrição operacional

(permitem voo por instrumentos) e

também proporcionam mais conforto

e espaço de cabines, que variam de

seis a oito passageiros. “São projeta-

dos com novos programas de manu-

tenção, o que possibilita menos in-

tervenções, aumentando a disponi-

bilidade da aeronave.” n

Paul Malicki costumava frequentar os aeroportos brasileiros e, incomodado, teve a ideia de lan-

çar uma resposta para a falta de serviço de primeira classe. “Eu viajava muito e vi que o serviço comercial era bastante básico. O da aviação executiva, pouco conhecido.” Ex-sócio da Easy Taxi, tendo figurado na lista “30 Under 30” da revista Forbes, Malicki decidiu, em 2016, abrir a Flapper, que tem a proposta de de-mocratizar a aviação executiva por meio da tecnologia mobile. Com vendas de assentos, o usuário pode voar em um avião fretado por um preço acessível, ou alu-gar uma das 145 aeronaves cer-tificadas de táxi-aéreo.

Malicki é CEO e sócio da em-presa, que teve um investimento inicial de R$ 1 milhão. Nestes dois anos, já recebeu um aporte de R$ 3 milhões, e deve ter ainda em 2018 uma nova rodada de inves-timentos. O executivo analisou a fundo o mercado brasileiro. As pesquisas mostraram que há mais de 400 mil poten-ciais clientes para aluguel de aviões. Considerando a venda por assento, o número é bem maior: são 2,7 milhões de pessoas com poder de compra. O objetivo da companhia é construir uma rede de rotas compar-tilhadas entre aeroportos não disponíveis para usuá-rios de aviação comercial, com foco especial nos des-tinos premium. A Flapper possui rotas entre capitais

– São Paulo e Rio de Janeiro – e as cidades de Búzios e Angra dos Reis. Pretende em breve lançar voos para

Belo Horizonte. O preço médio por assento das via-gens varia entre R$ 300 e R$ 800 nos trechos para o litoral, e de R$ 750 a R$ 900 nas rotas das capitais.

O funcionamento é simplificado. Ao baixar o aplicativo, o cliente se cadastra e escolhe o des-tino. O sistema disponibiliza os jatos para um nú-mero determinado de passageiros, assim como os aeroportos disponíveis. O usuário escolhe a

aeronave, o número de luga-res e a forma de pagamento. Os voos são postados com ho-rários sugeridos de partidas, sendo que os dois primeiros passageiros têm o direito de selecionar aquele que melhor atenda à sua necessidade. Isso, juntamente com a obrigação de operar dentro de rotas que envolvam pelo menos um “ae-roporto não comercial”. A pla-taforma também permite alu-gar um avião ou helicóptero sob demanda, com preços e

pagamentos em tempo real. O app concentra a maior parte dos pedidos

(80%), que podem ser feitos pelo sistema de viagens corporativas ou de forma mais individualizada, via concierge. “Abrimos para a classe média alta, mas temos muitas celebridades”, diz Malicki. A empresa pretende inaugurar mais de dez novos trechos até o final do ano e planeja lançar em 2019 um modelo de assinatura, no qual os usuários poderão pagar uma taxa fixa para voar ilimitadamente no Sudeste.

Paul Malicki, CEO da Flapper, aplicativo pioneiro para vendas de assentos, em que o usuário

pode recorrer a voos fretados por um preço acessível

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1 1 2 M E E T I N G 2018

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Pilatus PC12

King Air B250 AW109 Trekker Cessna CJ3+

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Cessna Citation Longitude leva até 12 passageiros e tem alcance de 6.482 km

1 1 4 M E E T I N G 2018

J A T O S

NOVIDADES NO AR

Cessna Citation Longitude é apresentado pela primeira vez no Brasil, já a Embraer exibe

três modelos completos com as mais recentes inovações em design e tecnologia da companhia

Apesar de uma relativa retração na avia-

ção executiva nos últimos anos, os fa-

bricantes têm oferecido novidades, com

modelos que vão das categorias leves

de curto alcance às destinadas a voos longos.

No Brasil, alguns deles foram apresentados na

15ª edição da Labace (Latin American Busi-

ness Aviation Conference & Exhibition), maior

evento do setor na América Latina. A TAM Avia-

ção Executiva exibiu, pela primeira vez, o CITA-

TION LONGITUDE, um dos jatos mais aguarda-

dos da Cessna. Ele leva até 12 pessoas, incluindo

um jump seat para tripulação extra (opcional).

Possui cabine ampla (7,67 metros de compri-

mento e 1,83 metro de altura), com piso total-

mente plano e configuração double-club padrão.

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2018 M E E T I N G 1 1 5

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Inclui ainda assentos que se transformam em cama e

compartimento de bagagem totalmente acessível por

dentro. O Longitude permite que os ocupantes co-

mandem todo o ambiente e entretenimento a partir

de qualquer dispositivo móvel. Seu alcance é de 6.482

km com quatro passageiros e sua velocidade máxima

de cruzeiro é de 882 km/h.

A Embraer mostrou na Labace, pela primeira vez, os

novos PHENOM 100EV, PHENOM 300E e LEGACY

650E com interior completo. Eles contam com as re-

centes inovações em tecnologia

e design da companhia. O pri-

meiro deles, o mais espaçoso na

categoria ultraleve, tem autono-

mia de 2.181 km com quatro pas-

sageiros e inclui lavabo privativo.

A velocidade máxima do PHE-

NOM 300E é de 839 km/h. Voa

a uma altitude de 13.716 metros.

Seu alcance é de 3.650 km com

seis ocupantes e possui a melhor

razão de subida e desempenho de

pista de sua classe. Entre os con-

fortos de bordo estão zonas de

temperatura distintas para pilo-

tos e ocupantes, opções de comu-

nicação de voz e dados e sistema

de entretenimento. Já en-

tre os “larges”, o LEGACY

650E leva até 14 pessoas e

conta com três áreas de ca-

bine distintas. O compar-

timento de malas é acessí-

vel durante o voo. A versão

“E” traz aviônica avançada,

com atualizações tecnoló-

gicas e de automação. Para

o conforto dos viajantes há

ampla conectividade, TV

de alta definição, Apple TV

integrada e serviço telefô-

nico internacional.

Grande concorrente

da companhia brasileira,

a Bombardier trouxe à La-

bace o GLOBAL 6000,

que transporta até 17 pes-

soas e voa sem escalas 11,1

mil km, agora equipado

com a Premier Cabin. O acabamento interno com deta-

lhes em couro, metal brilhante e madeira polida à mão

será o padrão dessa família de jatos de longo alcance.

No exterior, a fabricante canadense está em processo de

certificação da versão, assim como do GLOBAL 5000.

O Phenom 100EV foi exibido com seu interior completo pela primeira vez no Brasil. A cabine

do Global 6000 (abaixo) ganhou novo acabamento

1 1 6 M E E T I N G 2018

J A T O S

Apresentados em Genebra em maio,

o GLOBAL 5500 e o GLOBAL 6500

estarão disponíveis no Brasil no fi-

nal de 2019, segundo a companhia.

Com cabines ampliadas, as duas ae-

ronaves terão menor consumo e per-

correrão trechos mais longos do que

seus predecessores – 10,6 mil e 12,2

mil km, respectivamente. No caso do

GLOBAL 5500, isso garante uma

viagem de São Paulo a Paris, sem

escalas, para 16 pessoas. O GLO-

BAL 6500 levará 17, e ambos atin-

gem 956 km/h. Ambientes mais lar-

gos, assentos extraconfortáveis, que

rotacionam e se inclinam como nos

voos de primeira classe, estão entre

as novidades dos dois modelos. Os valores deles serão

de US$ 46 milhões e US$ 56 milhões, respectivamente.

O PILATUS PC-24, certificado no final de 2017, inau-

gura a série dos Super Versatile Jets (SVJ), que operam

em pistas muito curtas (856 metros) e não pavimenta-

das (terra ou grama), tornando-o um “off-road”. Chegará

ao Brasil em 2019. Une a versatilidade de um turboélice

com o espaço de um jato médio e o

desempenho de um leve. O bimotor

da fabricante suíça pode ser equipado

com compartimento de cargas pres-

surizado e permite várias configura-

ções do interior, que acomoda até oito

viajantes. A autonomia com quatro

é de 3,8 mil km.

No segmento Very Light

Jet  (VLJ), o HONDAJET ELITE ga-

nhou nova versão, apresentada em

maio na Europa. Seu alcance pas-

sou a 2.661 km com a otimização

do fluxo de ar nos motores, o que

possibilitou também uma redução

significativa dos ruídos, tornando-o

mais silencioso. O aviônico incorpo-

rou funções adicionais de gerenciamento para o plane-

jamento do voo e funções automáticas de estabilidade

e proteção, que reduzem a carga de trabalho do piloto.

Ele oferece eficiência de combustível, além de apresen-

tar boa performance de velocidade, altitude e alcance.

Com a homologação de um assento extra, ele passou a

comportar oito ocupantes. “O Elite se posicionou ainda

O PC-24 é uma das novidades

do mercado internacional de

aviação executiva. Combina a

versatilidade de um turboélice com o

tamanho da cabine de um jato médio e o desempenho

de um leve

O jato da Pilatus é um “off-road” capaz de

operar em pistas não pavimentadas – de

terra ou grama

2018 M E E T I N G 1 1 7

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mais como líder. O primeiro será en-

tregue em outubro”, diz Philipe Fi-

gueiredo, diretor de Vendas de Ae-

ronaves da Líder Aviação, represen-

tante da marca no país. Um dos des-

taques é o som da Bongiovi Acoustics, que é calibrado

para 100 pontos diferentes na cabine – como o nome

indica, foi desenvolvido pela equipe da banda Bon Jovi.

Segundo Figueiredo, tem despertado o interesse de exe-

cutivos dos setores de agronegócio, serviços e indústria.

Seu valor inicial é de US$ 5,25 milhões.

Entre os mais acessíveis, o CIRRUS

SF50 VISION se destaca. Além de 

transportar até sete pessoas, a uma ve-

locidade de 550 km por hora, e ter um

alcance acima de 1.800 km, poderá ser

operado por apenas um piloto. Uma das características

desse jato monomotor (único no mundo) é o paraquedas

balístico, que pode ser acionado em caso de emergência,

trazendo-o em segurança ao solo. O processo de certifi-

cação junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

já está finalizado, e o valor é de US$ 1,96 milhões. n

Versão do HondaJet Elite (no alto) tem sistema de som desenvolvido pela

equipe da banda Bon Jovi. O Cirrus SF50 Vision (acima) é o único jato

monomotor do mercado

1 1 8 M E E T I N G 2018

J A T O S

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O CÉU É O LIMITEJatos executivos supersofisticados e customizados são objeto de cobiça pelo luxo e tecnologia

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1 2 0 M E E T I N G 2018

R E Q U I N T E

O Bombardier Global 7500 foi projetado para ser o top de linha entre os jatos particulares de longa distância

2018 M E E T I N G 1 2 1

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O interior do Bombardier Global 7500 oferece

home theater e um quarto com ares de suíte

de hotel de luxo F abricantes de jatos executivos, como Gulfstream,

Bombardier e Embraer, estão levando suas ae-

ronaves a um padrão nunca visto. A eles se jun-

tam os grandes da aviação comercial, como a

Airbus, que passaram a atender esse nicho de enco-

mendas de clientes VIPs customizando seus mode-

los com o que existe de mais avançado em tecnologia,

desempenho e luxo. O custo desses aviões pode ultra-

passar os US$ 100 milhões. Porém, para esses com-

pradores, não há limites desde que suas exigências

sejam atendidas.

Projetado para ser o top de linha entre os modelos

de longa distância, o Bombardier Global 7500 pode

atingir mais de 13,7 mil km, algo como ir de Nova

York a Sydney, de Londres a Kuala Lumpur ou de Pe-

quim a Washington com dez passageiros, sem esca-

las. A aeronave de US$ 73 milhões tem 200 pedidos,

1 2 2 M E E T I N G 2018

R E Q U I N T E

mas só são produzidas quatro por mês. E

dessas, pelo menos uma pode ser custo-

mizada para atender ao perfil dos clien-

tes “sem limites”, como o ex-piloto de Fór-

mula 1 Niki Lauda, proprietário de um dos

primeiros exemplares, que entraram em

operação neste segundo semestre. A ca-

bine tem a possibilidade de ser configu-

rada a partir de quatro ambientes diferen-

tes, incluindo cozinha, sala de jantar para

seis lugares, home theater e suíte priva-

tiva. Mas é possível solicitar plantas personalizadas.

O Embraer Lineage 1000E é uma versão do mo-

delo comercial da empresa, o E190. Ele voa 8.519 km,

suficientes para ir de São Paulo a Nova York ou de

Dubai a Londres sem interrupções. Seu interior per-

mite alta individualização, mas a configuração de

fábrica já impressiona com o lobby de piso de már-

more branco, cozinha completa, ampla sala central

com assentos reclináveis, mesas retráteis, sofá late-

ral e TV gigante. Ao fundo, uma suíte máster, com

banheiro e box com chuveiro, além de um generoso

compartimento de bagagem, de 12,54 metros cúbicos,

que pode ser acessado durante o voo. Outra vantagem

O Embraer Lineage 1000E tem requinte e conforto e pode ser amplamente customizado

2018 M E E T I N G 1 2 3

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é que há portas retráteis, que isolam os ambientes e

permitem reuniões privadas. A aeronave custa a par-

tir de US$ 53 milhões.

Carro-chefe da empresa de aviação americana

Gulfstream, o G650ER alcança mais de 12.964 km,

voando a uma velocidade Mach de 0.85. Ou seja, de

Los Angeles a Londres é pelo menos 30 minutos mais

rápido do que seus concorrentes, e de Nova York a Tó-

quio leva 1 hora a menos. Pode acomodar oito passa-

geiros em uma cabine de conceito aberto, com 16 ja-

nelas panorâmicas, um assento executivo, divã, tele-

visão HD, cozinha completa e banheiro. O interior de

fábrica é revestido de couro e laminado de madeira e

O Gulfstream G650ER (à esquerda) é perfeito para executivos que viajam muito e querem chegar rápido, enquanto o Airbus ACJ319Neo (acima) é ideal para os que desejam superar todos os limites da customização

tem pisos de granito e mármore. Vários itens da ca-

bine são controlados usando um aplicativo de smart-

phone, como temperatura, iluminação, cortinas, incli-

nação das poltronas, som, TV etc. E há interessantes

opções de customização disponíveis sob encomenda.

Preços a partir de US$ 66 milhões.

O Airbus ACJ319Neo é o melhor resultado da en-

trada da fabricante francesa no nicho de aviação exe-

cutiva. O jato tem um alcance de 12.555 km e conse-

gue voar sem escalas de Los Angeles a Genebra. Seu

interior segue o conceito aberto. São duas mesas com

quatro poltronas, sendo uma lateral, e assentos exe-

cutivos individuais. Uma tela de TV disfarça a porta

da cabine de comando e ao fundo ficam os banhei-

ros e a cozinha. A decoração mistura couro e car-

pete em tons de bege e o teto recebe frisos dourados.

Duas reentrâncias simulam claraboias. Ele custa US$

101,5 milhões sem a instalação dos itens personali-

zados, como os da italiana Pagani Automobili, que

incluem paredes e teto envidraçado feito de um ma-

terial inovador – o Carbon Titanium –, além de piso

de madeira, home theater, poltronas e mesa de jan-

tar de design futurístico. n

1 2 4 M E E T I N G 2018

R E Q U I N T E

GATGRU, O NOVO TERMINAL DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO DEDICADO À AVIAÇÃO EXECUTIVA.

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U ma das novidades do mer-

cado internacional de he-

licópteros já chegou aqui

e foi apresentada na úl-

tima Labace (Latin American Bu-

siness Aviation Conference & Exhi-

bition). É o 505 JET RANGER X,

considerada uma das melhores

aeronaves na categoria de mono-

turbinas leves, o que se refletiu na

boa aceitação comercial. Já teve

mais de 120 unidades entregues

no mundo todo, apesar de ter sido

homologado nos Estados Unidos

apenas em junho de 2017. Dois

meses após sua certificação pela

Agência Nacional de Aviação Civil

(Anac), em março passado, seis de-

les aterrissaram em solo brasileiro.

A TAM Aviação Executiva, repre-

sentante da fabricante americana,

foi responsável por 10% dos pedi-

dos desse modelo. Há três anos, a

companhia é responsável por mais

de 50% das vendas de todos os he-

licópteros novos comercializados

no país, o que dá aos produtos  uma

fatia cada vez maior do mercado

de asa rotativa.

Um dos diferenciais desse he-

licóptero para quatro passagei-

ros é a tecnologia de voo de ponta,

ESTREIA PROMISSORARecém-certificado, o novo Bell 505 Jet Ranger X

leva até quatro passageiros e já tem o Brasil como segundo maior mercado no mundo

1 2 6 M E E T I N G 2018

H E L I C Ó P T E R O S

O helicóptero tem tecnologia de voo de ponta, garantida pelos aviônicos Garmin G1000H, cabine com piso plano, assentos anti-crash removíveis e portas mais largas

O 505 se destaca na categoria de

monoturbinas leves

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garantida pelos aviônicos Garmin

G1000H. Destacam-se também as

duas telas de LCD de 10,4 polega-

das e o motor Turbomeca Arrius

2R com sistema Fadec (com duplo

canal), HTAWS (sistema de alerta

de terreno), cartas aeronáuticas

digitais, visão sintética, sistema

“Pathway in the Sky” e boa visi-

bilidade para a tripulação. Outra

vantagem é a versatilidade de sua

cabine, que foi projetada com as-

sentos anti-crash removíveis. Seu

piso é totalmente plano e as por-

tas são mais largas, quando com-

paradas às habituais, para facilitar

o acesso de passageiros e cargas.

A velocidade de cruzeiro é de 232

km/h, com alcance de 600 km.

Já a Helibras, subsidiária da

Airbus no Brasil, apresentou na

Labace o H145, um biturbina ca-

paz de decolar com tanque cheio

2018 M E E T I N G 1 2 7

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e até dez pessoas a bordo. O mo-

delo de mais de 3 toneladas tem

alcance de 740 km, voa a 5.029

metros de altura e sua velocidade

de cruzeiro é de 240 km/h. É a ge-

ração mais recente do helicóptero

conhecido anteriormente como

EC145 – desenvolvido pela Euro-

copter, que depois foi absorvida

pela Airbus. A nova versão tem

painel digital Helionix, que faci-

lita o voo e reduz o custo de ma-

nutenção e de treinamento, sis-

tema com três telas multifuncio-

nais que integram funções como

mapa digital, visão sintética, per-

cepção situacional aumentada e pi-

loto automático de quatro eixos (ca-

paz de realizar voo pairado automá-

tico). Quando configurado para o

O H145 leva até dez pessoas a bordo e pode ser customizado internamente, com opções da linha Mercedes-Benz Style

Lançamento da Airbus tem alcance de 740 km e velocidade de cruzeiro de

240 km/h. Há três telas multifuncionais que integram funções como mapa

digital, percepção situacional aumentada e piloto automático

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segmento Corporate, possui opções

de interiores da grife Airbus Corpo-

rate Helicopters (ACH), entre as

quais se destacam as linhas de luxo

Stylence e Mercedes-Benz Style. n

1 2 8 M E E T I N G 2018

H E L I C Ó P T E R O S

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Perú vive un boom económico

con excelentes indicadores,

como inflación (3,2%) e

intereses bajos (2,75%),

cambio relativamente estable

(1 Nuevo Sol = R$ 1,12), bajo

endeudamiento del sector público

(25,7% del PIB el año pasado) y

reservas internacionales confortables

(US$ 61 mil millones).

El país exporta básicamente

minerales y petróleo, pero

importa sus derivados, además

de productos químicos, máquinas,

vehículos y aparatos electrónicos.

Sus principales socios económicos

son Estados Unidos, China,

Suiza y Canadá (exportación) y

Estados Unidos, China, Brasil y

Ecuador (importación). Terminó

2017 con US$ 42.500 millones

ESTABILIDAD Y EXPANSIÓN

El crecimiento de la economía peruana ofrece buenas oportunidades para empresas brasileñas en el país

1 3 0 M E E T I N G 2018

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en exportaciones y US$ 38.800

millones en importaciones. La

relación comercial es favorable

a Brasil (exportamos US$ 2.500

millones e importamos US$ 1.600

millones). Somos el octavo país en

la pauta de exportaciones peruanas

y el tercero en las importaciones.

En los últimos seis años, Perú

presentó una evolución económica

superior a la de la media de sus

vecinos sudamericanos. En 2017,

la economía peruana creció un

2,5%, con un PIB de US$ 215.220

millones, estimulada por los sectores

de minería e hidrocarburos (3,19%),

agropecuario (2,62%), pesca (4,67%)

y servicios (2,74%), además de un alta

del 2,20% en el sector de construcción

civil, después de nueve años de

índices negativos, según el Instituto

Nacional de Estadística e Informática

(Inei) del país. Perú ocupa el 32º

lugar en el ranking económico

mundial, sobrepasando, inclusive,

a Brasil (45a colocación). Esa

colocación no fue mejor a causa de las

turbulencias políticas, con escándalos

de corrupción que estallaron el año

pasado e involucraron a Odebrecht,

culminando con la renuncia del

presidente Pedro Pablo Kuczynski.

Su sucesor, Martín Vizcarra, tiene

plataforma política focalizada en

el desarrollo. Para eso, apuesta

en atraer inversores extranjeros,

dándoles señales con incentivos

tributarios. La más ventajosa para

Brasil es la iniciativa de poner en

cero los impuestos de importación

y exportación de productos a partir

de enero de 2019.

La resolución también tiene

el objetivo de recuperar el déficit

de infraestructura del país y

colaborar con la dinamización de las

inversiones privadas. La economía

peruana está demasiado basada en

la agricultura (café, cacao, coca, caña

de azúcar, algodón, espárragos, arroz,

maíz y papa) y en la minería, como

la plata (tercer productor mundial),

el zinc (cuarto), el estaño (quinto)

y el cobre (octavo). La actividad

pesquera es fuerte – Perú es uno de

los mayores productores mundiales.

Sin embargo, su parque industrial

es incipiente. Produce básicamente

tejidos, derivados de pesca, cemento,

alimentos procesados y acero. La

población, que ronda los 33 millones,

carece de nuevas oportunidades de

empleo y renta, una vez que el 25%

está por debajo de la línea de pobreza

y el desempleo llega al 6,7%.

El gobierno va a destinar un 21,6%

del PIB para medidas de estímulo al

desarrollo a corto plazo y contribuir

a una nueva fase de aceleración

económica, que deberá culminar

en una elevación del indicador en

torno al 4% este año. Para 2019,

la expectativa de crecimiento es

del 4,2%. Entre 2020 y 2022, se

espera un promedio del 4,8%. En

este escenario, la inversión privada

deberá ser incrementada en un 5,2%

en 2018 y un 7,5% en 2019.

De acuerdo con el cónsul comercial

de Perú en Brasil, Antonio Castillo, el

país tiene todo para ser el gran aliado

de ese proceso de intenso crecimiento

peruano. “Votorantim explota la mina

de zinc más importante del mundo,

Gerdau y Usiminas, el mercado de

acero, el Grupo Ellenco, las áreas de

infraestructura y pavimentación. Hay

mucho espacio para que pequeñas y

ANTONIO CASTILLOCónsul comercial de

Perú en Brasil

“Hoy, un calzado producido en Brasil

paga del 27% al 32% de impuesto de

exportación para entrar en EEUU. Si la empresa

monta una operación en Perú, este indicador

cae a cero. Habrá un costo logístico, pero estoy seguro de que

se abren grandes posibilidades para los productos brasileños”

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1 3 2 M E E T I N G 2018

T A P A

medianas empresas inviertan en el

país, principalmente en los sectores

agrícola, de alimentos, cosméticos,

tecnología, hotelería, turismo y

vestuario”, afirma. El cónsul reitera

que, con la eliminación del impuesto

de importación a partir de enero,

eso va a implicar hasta un 70% de

descuento en ciertos productos.

“Hoy, un calzado producido en

Brasil paga del 27% al 32% de

tributo de exportación para entrar

en Estados Unidos. Si la empresa

monta una operación en Perú, este

indicador caerá a cero. Habrá un

costo logístico, pero estoy seguro de

que se abren grandes posibilidades

para los productos brasileños tanto

para el mercado interno peruano

como para exportaciones a otros

países”, garantiza. “Nuestra oficina

en Brasil está empeñada en asesorar

a los empresarios de los dos países

para fomentar cada vez más ese

comercio bilateral.

PRESENCIA BRASILEÑAEl comercio Brasil-Perú ya está

caliente. Giró en torno a los US$

4.000 millones en 2017, el segundo

nivel más alto de los últimos 20 años.

Aparte del balance de importaciones

y exportaciones, de acuerdo con datos

del Ministerio del Comercio de Perú,

cerca de 70 empresas brasileñas están

instaladas en el país, incluyendo

Ambev, Andrade Gutierrez, Artecola

Química, Azaleia, Banco do Brasil,

Braskem, BTG Pactual, Camargo

Corrêa, Camil, Ciser Parafusos e

Porcas, Duratex, Eurofarma, Forno

de Minas, Gerdau, H. Stern, Itaú

BBA, Latam Líneas Aéreas, Lupo,

Natura, Odebrecht, Randon, Ricardo

Almeida, Smart Fit, Stefanini, Tigre,

Tramontina, Vale, Votorantim Metais,

Vulcabras y WEG.

A Tigre, fabricante multinacional

brasileña de tubos, conexiones y

accesorios, tiene presencia en 30

países. En 2015, invirtió US$ 30

millones para inaugurar una fábrica

en el distrito de Lurin, a 32 km de

la capital Lima. La unidad, con

80 mil m2, es la más moderna ya

construida fuera de Brasil y produce

anualmente cerca de 45 mil toneladas

de piezas. “Estamos focalizados en el

liderazgo en todos los países donde

Tigre actúa, y esa fábrica representó

el fortalecimiento de la marca en

América del Sur. Perú tiene una gran

importancia para nuestro negocio,

por las oportunidades que reserva al

sector de la construcción civil y por el

escenario económico en crecimiento”,

Tigre inauguró una moderna fábrica en los alrededores de Lima en 2015, determinada a volverse líder de mercado

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2018 M E E T I N G 1 3 3

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afirma el presidente de la empresa,

Otto von Sothen.

Otra compañía que apuesta en

Perú es Randon, el mayor fabricante

de remolques y semirremolques de

América Latina y una de las más

significativas del mundo. Además

de la sede, en Caxias do Sul (RS),

la compañía tiene dos unidades

industriales en Brasil, una en

Argentina e inauguró en marzo de

este año una fábrica en Perú, en

Callao, región metropolitana de

Lima. Esta nueva planta, resultado

de la joint-venture con el grupo

chileno Epysa, tiene capacidad de

producir mil unidades por año. El

mercado peruano de ese segmento

absorbe en torno a 6 mil unidades

anuales, quedando detrás sólo de

Brasil y de Argentina. “Era un deseo

antiguo entrar en el tercer mayor

mercado de América Latina. Todavía

es pronto para evaluar, pero en estos

pocos meses de operación en Perú

fue posible sentir que estamos en

el lugar correcto y convencidos de

que alcanzaremos nuestras metas”,

afirma el presidente David Abramo

Randon. Según él, el optimismo

también se justifica por el escenario

de estabilidad económica y atracción

de negocios. “Es la nación que más

crece en América Latina, en función

de los amplios recursos naturales

y también por las inversiones en

infraestructura”, afirma.

Randon cree que las empresas

deben mirar al país como un “buen

puerto para anclar”. “Perú precisa

estar en el radar de quien tiene

planes de expandir sus negocios. Se

DAVID ABRAMO RANDON

Presidente de Randon

“Perú es la nación que más crece en América Latina, en función de los amplios recursos naturales y también por las inversiones en infraestructura”

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1 3 4 M E E T I N G 2018

T A P A

trata de un país que crece hace ocho

años consecutivos en PIB y necesita

inversiones en infraestructura y

logística, abriendo oportunidades de

negocios para las industrias de bienes

de capital, como Randon”, dice. Según

el ejecutivo, la proyección de la unidad

peruana es alcanzar, en cinco años, la

participación del 20% del mercado

interno. “Los empresarios brasileños

conviven con una exagerada carga

tributaria y esa eliminación total

del impuesto abre un enorme

espacio para ampliar cada vez más

el aporte de recursos en estructura

y en innovación para garantizar una

mayor productividad. Este hecho,

aliado al potencial de negocios de

Perú, ciertamente impactará en una

decisión sobre dónde va a invertir el

empresario brasileño. n

La Plaza de Armas es el punto central de Cuzco, la ciudad sede del Meeting Internacional LIDE

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2018 M E E T I N G 1 3 5

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1 3 6 M E E T I N G 2018

E X P O R T A C I O N E S

ACUERDOS EN ALTALas políticas de atracción de

inversiones del país andino deben generar un efecto multiplicador

en el crecimiento de las relaciones comerciales entre Brasil y Perú

2018 M E E T I N G 1 3 7

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B rasil es un tradicional socio

de negocios de Perú. A pesar

de la caída en la balanza

comercial entre los dos

países de 2012 a 2015, las relaciones

volvieron al antiguo nivel y cerraron

en US$ 3.860 millones en 2017. En

este mismo año, las exportaciones

brasileñas al país andino alcanzaron

los US$ 2.240 millones, un

crecimiento del 15% en relación a

2016, mientras hubo un aumento

de casi el 30% de las importaciones

de Perú en el mismo período, que

alcanzaron los US$ 1.600 millones.

El año pasado, Perú fue el 28º

destino de nuestras exportaciones,

representando un poco más del

1% del total en el año. En América

Latina, el país es el séptimo, alrededor

del 5%, pero además hay muchas

oportunidades a ser explotadas. “La

expectativa es que la adopción de las

políticas corrientes de atracción de

inversiones extranjeras hecha por el

gobierno peruano, principalmente

en infraestructura de construcción,

transporte e irrigación, se refleje en

el aumento del consumo interno,

generando un efecto multiplicador

en el incremento de las relaciones

comerciales bilaterales”, afirma

Marcia Nejaim, directora de Negocios

de la Agencia Brasileña de Promoción

de Exportaciones e Inversiones

(Apex-Brasil). Actualmente, los

principales productos exportados

de Brasil al país son vehículos,

máquinas, petróleo y acero para

construcción civil. Los segmentos

de materiales de transporte – que

señaló un crecimiento del 29% –

maquinaria y metales comunes

juntos corresponden a la mitad del

La minería es uno de los pilares de la economía peruana y uno de los mercados destinatarios de empresas brasileñas, como Votorantim

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1 3 8 M E E T I N G 2018

E X P O R T A C I O N E S

MÁRCIA NEJAIMDirectora de Negocios

de la Apex-Brasil

“Perú es actualmente uno de los países

prioritarios para la internacionalización

de empresas brasileñas”

total exportado en 2017. “Hay espacio

para una mayor diversificación de

la pauta, con oportunidades en

sectores expresivos como plástico,

química, papel y madera, los cuales

aumentaron un 26% sus ventas en

conjunto. Vale recordar que el parque

industrial peruano es reducido, lo

que hace al país muy dependiente

de las importaciones de bienes de

consumo. En este aspecto, existe un

gran potencial para las exportaciones

brasileñas”, afirma Juliano Féres

Nascimento, ministro consejero

de la Embajada de Brasil en Lima.

La directora de la Apex-Brasil está

de acuerdo con Féres. Estudios

hechos por la entidad identificaron

los segmentos con excelentes

oportunidades. Plásticos, productos

metalúrgicos, farmacéuticos y

papel encabezan la lista, ya que que

totalizaron importaciones de US$

5.800 millones en 2016 por parte de

Perú. En el de máquinas y equipos,

ese volumen alcanzó los US$ 9.500

millones en 2016, destacándose los

subsectores vinculados al sector

automotor, de terraplenado y

perforación, materiales eléctricos

y electrónicos y compresores y

bombas. “Pero hay otros nichos con

alta atracción para las empresas

nacionales, tales como muebles,

calzados, cosméticos, carne bovina,

de pollo y porcina”, afirma Marcia.

Exportaciones vía Perú. Como

el gobierno eliminó el impuesto

de importación de productos de

industrias extranjeras que quieran

establecerse en el país a partir de

enero de 2019, esto crea una situación

atractiva para las empresas brasileñas,

no sólo para actuar en el ámbito

interno sino también exportar a

países como EEUU y China, que

tienen acuerdos de exención total

de tributos con el gobierno local.

“El impacto positivo deberá sentirse

en la medida en que el empresario

de Brasil reconozca en Perú la real

posibilidad de constituirse en una

plataforma para la ampliación de

los mercados alternativos, ya que

el 85% de nuestros productos ya

entran en el país libres de tarifas,

mientras el restante 15% incide

gravamen de hasta el 5%, que se

reducirá a cero en enero de 2019”,

explica Féres. Según Marcia, este

nuevo ambiente económico, con

exención de impuestos y tributos

influencia, pero la posibilidad de

ingresar a terceros mercados es un

gran atractivo. “Perú es actualmente

uno de los países prioritarios para la

internacionalización de empresas

brasileñas. Eso fue observado en la

primera edición de nuestros estudios

sobre el tema en 2016, y volvió a

repetirse en la segunda, en 2018”,

revela Nejaim. Ante este escenario,

El país andino fue el 28o destino de las exportaciones brasileñas. En América Latina, es el séptimo, pero todavía hay muchas oportunidades a ser exploradas

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2018 M E E T I N G 1 3 9

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JULIANO FÉRES NASCIMENTO

Ministro consejero de la Embajada de

Brasil en Lima

“Sólo el año pasado, el Secom, Sector de

Promoción Comercial de la Embajada,

respondió más de 500 consultas de

importadores peruanos, lo que demuestra un

enorme interés por los productos brasileños”

en febrero de este año, la Apex

realizó una misión al país con 15 altos

ejecutivos de Brasil. Participaron

de seminarios sobre negocios,

hicieron contacto con abogados y

contadores peruanos y promovieron

visitas técnicas a compañías ya

instaladas, como Tigre y Stefanini.

“Misiones como las de la Apex y el

Meeting Internacional LIDE son

fundamentales. Con base en esa

experiencia, nuevas compañías van

a construir su estrategia para definir

su modo de entrada al país”, afirma.

De acuerdo con la directora, el papel

de la entidad es exactamente apoyar

la promoción de productos y servicios

y la entrada de empresas más allá de

nuestras fronteras. “Los interesados

en las oportunidades peruanas

pueden contar con la Agencia en

la calificación para el comercio

exterior, por medio de inteligencia

de mercado o de la participación en

misiones comerciales, ferias, entre

otras”, afirma. De los 63 proyectos

sectoriales realizados por la entidad

en sociedad con la iniciativa privada,

25 tienen a Perú como objetivo

para abrir, consolidar, mantener

o recuperar espacio en el país. En

2017, 1.184 empresas asesoradas

por la Apex exportaron hacia allí

US$ 577 millones. Solamente este año

se realizaron 19 acciones de incentivo

comercial en el país, siendo una de

internacionalización corporativa.

Para 2019, ya están previstas diez

acciones de este tipo. Ya la Embajada

de Brasil en Lima ofrece el Sector

de Promoción Comercial (Secom).

“Se trata del mayor vector de apoyo

al empresariado nacional en Perú”,

garantiza Féres. Según él, el trabajo

incluye actividades de inteligencia e

información, atención a ejecutivos de

los dos países, entre otros. Sólo el año

pasado, el Secom respondió a más

de 500 consultas de importadores

peruanos, lo que demuestra un

enorme interés por los productos

brasileños. El órgano de la embajada

orienta además a los interesados a

registrarse en el portal “Invest &

Export Brasil”, que también sirve

de referencia para futuros estudios.

“Cada vez más, las compañías de Brasil

se sienten atraídas por el ambiente

de negocios favorable de Perú. Los

acuerdos de comercio señalan una

fuerte tendencia de crecimiento

en las relaciones bilaterales. Las

empresas se sienten seguras para

realizar inversiones en el país. Es

una agenda que aumenta aún más

las conexiones entre las dos naciones”,

afirma Marcia. Negocios en

alta. Los vehículos pesados están

entre nuestros productos más

importados por Perú. La fábrica

brasileña de Volkswagen Camiones

y Ómnibus es protagonista de esas

exportaciones que, en los últimos

tres años, presentaron altas del

50% de las ventas al año (en 2015

fueron 234 unidades; en 2016, 326;

y en 2017, 528). De acuerdo con

Roberto Cortes, presidente y CEO

de esa división de la montadora, el

horizonte es de un aumento del 40%

en 2018. “Sin duda, es un volumen

significativo. Perú es uno de nuestros

principales mercados. El objetivo

es mantener este crecimiento de las

ventas en 2019 y sobrepasar las mil

unidades embarcadas”, afirma. El

actual ciclo de inversiones de VW

Camiones y Ómnibus representa

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1 4 0 M E E T I N G 2018

E X P O R T A C I O N E S

Los camiones son el principal producto exportado por Volkswagen de Brasil a Perú, con ventas que crecen en promedio un 50% al año

R$ 1.500 millones para el período

2017-2021 y da soporte al plan de

internacionalización y expansión

de la marca. De acuerdo con Cortes,

no hay, por el momento, intención

de abrir una fábrica allá, inclusive

con la posibilidad de exención de

impuestos para exportar a otros

países. “Tenemos mucha capacidad

de producción en Brasil y los

volúmenes en el segmento local

todavía no justificarían implantar

una línea de montaje. Claro que

existe una oportunidad con el pacto

Andino (Perú, Ecuador y Colombia)

que podría ser explorada. ¡Estamos

atentos!”, afirma. Un consejo para

quien desea exportar a Perú es

apostar a la eficiencia y ofrecer

calidad. “Los mercados externos, a

ejemplo de lo que ocurre aquí, exigen

lo mejor y más moderno. Por eso

invertimos en tecnología de punta,

lanzamientos – como la nueva

familia Delivery –, actualización de

los procesos productivos, excelencia

en post ventas y fortalecimiento

de la marca y de nuestra red de

distribución. Seguimos creyendo

en el mercado peruano y, claro, en

el de Brasil”, afirma. n

Los vehículos pesados están entre los productos más importados por Perú. La fábrica brasileña de Volkswagen Camiones y Ómnibus es protagonista de esas exportaciones

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2018 M E E T I N G 1 4 1

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MERCADO GUBERNAMENTAL

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1 4 2 M E E T I N G 2018

N E G O C I O S I N T E R N A C I O N A L E S

Acuerdos firmados con Perú y el Mercosur abren oportunidades inéditas

para que los brasileños participen de concesiones y licitaciones públicas

2018 M E E T I N G 1 4 3

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TH

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E ntran en vigor en 2019 los

primeros acuerdos que

autorizan a las compañías

brasileñas a participar de

concesiones y licitaciones públicas

en Perú y en los demás países

asociados al Mercosur en las mismas

condiciones que las empresas locales,

sin las actuales barreras impuestas

para los extranjeros y sin impuestos

de importación. Ese es un mercado

potencial de US$ 109 mil millones.

Los tratados de comercio

internacional firmados por Brasil hasta

que muchas veces representaban

costos extras, inviabilizando la disputa

en procesos de licitación.

Perú y Chile ya dieron señales

de que los interesados podrán

incrementar la participación en sus

competencias a partir del 1º de enero.

Brasil ya había firmado tratados

bilaterales de acceso a las compras

públicas peruanas, en 2016, y con

Chile, en 2018. La ampliación para

todos los países del bloque consolida

la práctica, lo que debe generar más

competitividad y accesibilidad y

entonces se enfocaban en cuestiones

tarifarias. Pero, en los últimos años,

hubo una apertura del mercado de

compras gubernamentales por aquí

para empresas de otros países, que

ya representan en ciertos nichos casi

el 50% de los contratos. Se oficializa,

ahora, el inicio de la contrapartida. Los

acuerdos con el Mercosur significan,

por lo tanto, una nueva realidad para

las exportaciones. Ellos eliminan

algunos obstáculos, como preferencias

para empresas locales y certificaciones

específicas pedidas a las extranjeras,

Las compras gubernamentales peruanas deben mover negocios en torno a los US$ 12 mil millones al año

1 4 4 M E E T I N G 2018

N E G O C I O S I N T E R N A C I O N A L E S

menos burocracia, incrementando

las exportaciones. El potencial del

mercado peruano se estima en US$

12 mil millones, el chileno en US$

11 mil millones y el de Argentina

en US$ 81,5 mil millones, según

un estudio de la Confederación

Nacional de la Industria (CNI). Para

la entidad, los mayores beneficiados

serán los sectores que ya hacen

negocios o tienen presencia en

países latinoamericanos – como

construcción civil, máquinas y equipos,

derivados de petróleo, vehículos y OTTO NOGAMIEconomista y profesor

del Insper

“La industria brasileña precisa invertir para

dar más competitividad a nuestros productos

exportables, que puede quedarse con parte del comercio

realizado con Estados Unidos y China”

HA

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PO

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Nproductos eléctricos, electrónicos y

plásticos –, además de los segmentos

en búsqueda de expansión, entre

ellos el de carreteras, medicamentos,

materiales de construcción y de

oficina, móviles y tecnología de

la información (TI). Pero existen

oportunidades en diversos otros. La

CNI, sin embargo, alerta que ese

mismo estudio reveló que el 75% de

las compañías brasileñas tienen poco

o ningún conocimiento sobre la forma

de participar de esas competencias.

Por esa razón, elaboró un manual

2018 M E E T I N G 1 4 5

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básico de licitaciones en cada país,

además de consejos y formas de acceso

a edictos y documentos necesarios.

La Oficina Comercial de Perú

en Brasil y la Agencia Brasileña

de Promoción de Exportaciones e

Inversiones (Apex-Brasil) también

ofrecen consultoría para realizar

negocios o establecerse en el país.

Eso porque hay casos que exigen la

apertura de una filial en territorio

peruano con el fin de garantizar el

éxito de la operación. Hay además

posibilidad de firmar acuerdos

comerciales con compañías locales.

Así, ante los diferentes caminos,

cada situación demanda un plan

individualizado. Según el bureau

peruano, el país está revitalizando

toda su región norte e implantando,

principalmente, redes de transmisión

de energía, carreteras, ferrocarriles

y puertos. Es un espacio oportuno

para que los players del sector de

infraestructura y servicios agregados

participen de las subastas de

concesión que se inician en noviembre

de este año. Sin embargo, Perú firmó

17 acuerdos con 57 países para atraer

inversiones, esto es, la competencia

debe ser calificada e intensa.

“La industria brasileña precisa

invertir para dar más competitividad

a nuestro producto exportable,

que puede quedarse con parte del

comercio realizado con Estados

Unidos y China”, afirma Otto

Nogami, economista y profesor del

Insper. Según él, sólo dependemos

de nosotros mismos para desarrollar

buenas relaciones con los vecinos

latinoamericanos. “Las estrategias

deben resaltar la importancia del

Mercosur y de sus países como

nuevos socios en el ámbito del

comercio internacional.” Nogami

prevé que las transacciones con Perú

pueden ser una excelente puerta de

entrada para la internacionalización

de nuestras empresas. Eso porque,

además de los acuerdos firmados

con ese mercado, Brasil negocia

compromisos similares con la

Unión Europea, México, Asociación

Europea de Libre-Comercio (EFTA)

y Canadá, los cuales, juntos, suman

casi US$ 2 billones en compras

públicas. O sea, se trata de un

terreno fértil, que ciertamente no

debe ser despreciado n

Hay nuevas oportunidades para la exportación en el segmento de carreteras, medicamentos, materiales de construcción y de oficina, muebles y tecnología de la información (TI)

1 4 6 M E E T I N G 2018

N E G O C I O S I N T E R N A C I O N A L E S

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