Pesquisa de campo "Cotidiano escolar"

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UNIVERSIDADE BARRA MANSA – UBM CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA Camila Máximo Ciro Alves Demétrio Maria Aparecida Rodrigues Walquíria Brandão Pesquisa do Cotidiano escolar Barra Mansa RJ 2° Semestre/2014

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UNIVERSIDADE BARRA MANSA – UBM

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

Camila Máximo

Ciro Alves

Demétrio

Maria Aparecida Rodrigues

Walquíria Brandão

Pesquisa do Cotidiano escolar

Barra Mansa RJ

2° Semestre/2014

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Camila Máximo

Ciro Alves

Demétrio

Maria Aparecida Rodrigues

Walquiria Brandão

Pesquisa do Cotidiano escolar

PROFESSOR: AUREALICE CALDERARO

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua

construção.

Paulo Freire

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Introdução:

O presente trabalho tem como objetivo estudar o desenvolvimento no cotidiano escolar e, analisando o grau de convergência entre professor e instituição escolar, dissertações e os limites regulatórios da área. O objeto empírico da pesquisa é constituído de dados referenciais colhidos através da pesquisa de campo. Citaremos neste trabalho um pouco de como funciona o cotidiano escolar e as funções atribuídas a cada colaborador que faz parte deste universo mágico, espaço de socialização e aprendizado, muitas vezes desconhecido. A comunidade, como é inserida neste contexto. O que podemos perceber, ao estar presente em uma sala de aula, como é repassado aos educandos do 2° ano do Ensino Fundamental, os conteúdos e o que se aprende , desenvolve com as crianças. Viemos trazer ao conhecimento do leitor o interior da Escola Municipal Dr. Djair, através da professora Maria aparecida, que muito nos ajudou a abrilhantar e enriquecer este trabalho.

Palavras-chave: Cargo do professor, LDB, Atribuições ao Professor do Ensino Fundamental, prática docente, comunidade.

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Pesquisa do cotidiano escolar

E. M. Dr. Djair Machado Gomes

No trabalho de pesquisa de campo sobre o cotidiano escolar, contou com a colaboração da E. M. Dr. Djair Machado Gomes, que abriu suas portas para abrilhantar e enriquecer o trabalho dos acadêmicos do 2° período de Pedagogia da Universidade de Barra Mansa-UBM, Pesquisa essa feita por: Camila Máximo, Ciro Alves, Maria aparecida, Demétrio e Walquiria. A pesquisa de campo foi realizada na tarde do dia 28 de Outubro de 2014.

E. M. Dr. Djair Machado Gomes, que fica situada na Av. Ministro Amaral Peixoto, 1250 – Bocaininha em Barra Mansa. A escola tem como Diretora Geral a Srª. Nilce Maria Magalhães Folly, Diretora Adjunta - 1º turno, a Srª. Ana Lúcia Conceição e Diretora Adjunta - 2º turno, a Srª Patrícia Silva Rosa. Sua Clientela é Educação Infantil e Anos Iniciais (1º ao 5º Ano de escolaridade). A escola possui 49 funcionários e 429 alunos.

A escola acredita numa educação democrática, em que haja envolvimento ativo dos responsáveis, professores e demais profissionais na criação de novas relações no interior da instituição de modo que cada um se sinta responsável em colaborar no processo educativo.

Sua principal meta é promover atividades de integração entre Escola e Comunidade Escolar, visando estreitar o elo entre essas duas instituições. De um lado a Escola com toda a sua oferta de experiências, leva a criança que convive nesse ambiente tão rico a se desenvolver de forma cognitiva, relacional, afetiva e a caminhar rumo à autonomia. De outro, a família vive o enlace emocional, relacional, afetivo, de crescimento e troca, acompanhando todo esse trabalho que a escola desempenha no sentido de ampliar os horizontes através de: palestras educativas, passeio, comemorações e apresentações.

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Dar visibilidade à produção dos alunos compartilhando com a comunidade o que eles fazem no ambiente escolar através de culminância dos projetos, comemorações, reuniões e agora também com o Blog.

Ser reconhecida tendo em vista o trabalho comprometido que será desenvolvido nesta Unidade Escolar.

A escola tem uma história sensacional que começou em 1949, num estábulo do terreno particular de D. Laura Leda Gomes Cardoso, em frente à antiga instalação de nossa escola. Professoras leigas, D. Laura e D. Odaléa Ferreira, davam aulas em dois turnos (manhã e tarde) e a escola, nessa época, chamava-se Escola Municipal Professor Ercílio Machado.

D. Laura e D. Odaléa vieram a se formar anos depois de regência efetiva. A escola permaneceu em funcionamento, nessas condições durante vinte anos.

Em 1965, foi realizado o sonho do pai de Dona Laura, Dr. Djair Machado Gomes, advogado ilustre de Barra Mansa, manifestou em vida seu desejo de doar o terreno de frente à sua casa para que ali fosse construída, mas a escola só foi construída em 1968, na administração do prefeito Marcello da Fonseca Drable. A Unidade de Ensino permaneceu neste endereço até agosto de 2007. Onde era nossa escola é atualmente o Núcleo Infantil Campo da Paz.

A escola recebeu o nome daquele que tornou possível o sonho e a realização das necessidades de muitas pessoas: Dr. Djair Machado Gomes.

Dona Laura veio a se tornar a primeira diretora desta Unidade Escolar até aposentar-se.

Da aposentadoria da Sr.ª Laura até hoje, outras diretoras ocuparam o cargo: Srª Tânia Mara Pires (20/05/82 a 31/01/94), Sr.ª Maria Adelaide Monclar Araújo (01/02/94 a30/12/97), Sr.ª Célia Aparecida Pimentel Escobar (16/02/98 a 30/05/2010).

Em 24 de agosto de 2007, a Unidade de Ensino foi reinaugurada no endereço atual, Avenida Ministro Amaral Peixoto, 1250 - Bocaininha.

Atualmente a diretora é Sr.ª Nilce Maria Magalhães Folly que foi nomeada em 31/05/2010 e permanece até a presente data.

A escola é considerada um dos principais elementos do ambiente social da criança, devido ao importante papel na formação infantil. (LIMA, 1989 citado por ELALI, 2003) A E. M. Dr. Djair Machado Gomes possui ótima estrutura com salas amplas e arejadas; quadra esportiva aberta, que será coberta em breve de uso diário dos alunos, sala para comemorações, sala de leitura com acervo literário, laboratórios de ciências, e informática equipados para o desenvolvimento de atividades propostas em cada nível ainda conta com Sala do Pré, , Sala Multifuncional, Sala de Recursos, Sala de Reforço, Refeitório, Banheiro para deficientes , Secretaria, copa, Sala da Direção, Pátio externo, coleta seletiva que promove a sustentabilidade entre os alunos e sala de vídeo.

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Coordenação:

A escola atende A educação infantil e ensino fundamental de anos iniciais, conta com às orientadoras pedagógica (Daniela-Manhã e Vera à tarde), que faz a coordenação, como articuladoras, seu papel principal é oferecer condições para que os professores trabalhem coletivamente às propostas curriculares, em função de sua realidade, o que não é fácil, mas possível. Como formadora, oferece condições ao professor para que se aprofunde em sua área específica e trabalhe bem com ela, também, o compromisso com o questionamento, ou seja, ajudar o professor a ser reflexivo e crítico em sua prática.

A comunidade:

A comunidade participa da administração da escola, em eventos, projetos e reunião de pais.

Setores envolvidos na organização pedagógico-administrativa da escola:

Segundo informações obtidas pela direção da escola, realiza com regularidade conselhos de classe (COC), reunião de professores por disciplina, por série, turma além do COC. A reunião de pais e responsáveis pelos alunos também, é realizada com frequência assim como reunião dos docentes com equipe técnico-pedagógica.

Os setores que integram a organização pedagógica – administrativa da escola são:

Administrativo: Que recebe atribuições de garantir o bom andamento da escola visando

o processo ensino aprendizagem. Tem ainda como objetivo, promover atividades de integração entre escola e comunidade.

Orientação pedagógica: Que trabalha na orientação de professores, acompanhar e

intervir no processo ensino aprendizagem, construção do PPP junto à comunidade escolar. Seu objetivo principal é oferecer condições para que professores trabalhem coletivamente as propostas curriculares.

Orientação educacional: Seu trabalho é identificar, prevenir e superar conflitos

colaborando para o desenvolvimento do aluno.

Equipe de apoio: Analisar o quantitativo de pessoal necessário para o desenvolvimento

do trabalho e sempre que necessário solicitar a contratação de pessoal. Dar suporte aos profissionais direcionando suas atividades, bem como buscando melhorias para atuação dos mesmos.

Disciplinarias: Contribuem para organização e bom funcionamento da escola. Organiza entrada e saída dos alunos, acompanham os educando no pátio, corredores e banheiro.

Extraclasse: Os professores extraclasses realizam seus trabalhos em sala de leitura,

laboratório de ciências, e informática, educação física e música. Contribuindo para o desenvolvimento integral dos alunos, realizando atividades que envolvam atenção, concentração, coordenação motores finos e trabalho em equipe.

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A professor (a) do ensino fundamental das séries iniciais (1° ao 5°ano)

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Professor do Ensino Fundamental – Séries iniciais:

Saberes Docentes: tipologia e caracterização no contexto atual

O termo docência relaciona-se à arte de ensinar, instruir, seu trabalho insere no processo social onde envolve o professor, aluno, conhecimento, recursos, etc.

Perrenoud (2002) afirma que o professor em seu trabalho deve criar situações que estimulem a capacidade de raciocínio de seus alunos, utilizando métodos alternativos para facilitar e desenvolver o conhecimento, as habilidades destes. Observa-se que cada momento histórico o professor tem uma tendência, constrói sua prática e docência.

O professor, em sua prática pedagógica, deve ter o domínio do conteúdo a ser ensinado, embora isso não garantisse que ele seja um bom profissional, pois é preciso que ele tenha conhecimento de outras disciplinas. Os conhecimentos adquiridos pelo professor não se restringem à formação inicial, pois ele também aprende criando, aplicando, desenvolvendo no seu cotidiano escolar, mas não basta apenas possuir tais conhecimentos, é necessário que ele analise a sua utilização, aplicação e tenha conhecimento de como os alunos aprendem.

De acordo com Pimenta (1999, p. 22), “Conhecer significa estar consciente do poder do conhecimento para a produção da vida material, social e existencial da humanidade”. O docente deve ter o saber, mas principalmente ter a competência de saber transmitir, pois as competências do professor são indispensáveis para que os alunos tenham uma aprendizagem significativa. De acordo com Borges (2004, p. 274) "[...] O conhecimento da matéria é visto como uma base se sustentação do trabalho, é o arcabouço teórico do professor na forma de abordar o mundo e a cultura [...]".

As séries iniciais formam uma etapa extremamente importante para o desenvolvimento integral do ser humano. Os estímulos que uma criança recebe nos primeiros anos de vida definem seu sucesso escolar e contribuem para o desenvolvimento. O professor é o profissional mediador entre o aluno e o conhecimento. Cabe a ele criar um caminho menos complexo para o aprendizado estabelecendo ligações entre os conteúdos e o cotidiano do aluno.

Este educador deve procurar fundamentar-se na associação entre a teoria e a prática, aproveitar suas experiências anteriores, atualizar-se e basear-se nas intenções educativas do Projeto Político Pedagógico da escola, criando melhores condições para a obtenção de um aprendizado eficaz e proporcionando o desenvolvimento global do educando. Sobre a formação profissional, ela é entendida como um processo amplo de preparação científica, pedagógica, ética, política e técnica para o exercício da prática profissional. Ela se dá através da interação entre experiências, tomada de consciência, discussão e envolvimento em novas situações de ensino aprendizagem.

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A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES:

O Título VI, da LDB, que trata dos profissionais da Educação, compõe-se de sete artigos, alguns dos quais estão mais diretamente ligados à formação do professor alfabetizador, ou seja, daquele que atua nas séries iniciais (1º e 2º ciclos) do ensino fundamental. Em síntese, esses artigos estabelecem:

Os fundamentos da formação dos profissionais da educação;

Os níveis de formação docente exigidos para a atuação dos professores na educação básica;

As competências dos Institutos Superiores de Educação;

O tempo mínimo para a prática de ensino, na formação dos docentes da educação básica;

As estratégias para valorização dos profissionais da educação (estatuto, planos e carreira, condições de trabalho).

Segundo os Referenciais para Formação de Professores (Brasília, 1999), por ser extremamente complexa e heterogênea, a realidade brasileira não permite que a formação de professores seja entendida como um processo linear, simples e único. Com certeza, sempre haverá obstáculos a transpor e problemas a resolver, nesse processo.

Não há como ignorar, no entanto, que a LDB – apesar das constantes polêmicas e discussões que tem ocasionado, trouxe consideráveis avanços no que diz respeito à formação dos profissionais da educação.

A formação inicial em nível superior, proposta pela lei, é fundamental, uma vez que habilita o professor para uma atuação mais competente e segura em sala de aula. Entretanto, não se pode desconsiderar que essa formação, por si só, não é garantia de qualidade. Há hoje o consenso de que nenhuma formação inicial, mesmo em nível superior, é suficiente para o desenvolvimento profissional, há que se pensar em modalidades de formação continuada e permanente para todos os professores, as quais também constituem, desde a promulgação da Lei 9394/96, propostas legais para a educação brasileira.

O PROFESSOR ALFABETIZADOR X AMBIENTE ALFABETIZADOR

O professor alfabetizador é aquele membro mais experiente, que de posse dos conhecimentos e conteúdos necessários, incentiva à compreensão destes e a produção de novos conhecimentos, contribuindo na formação de alunos capazes de gerar a construção dos saberes, a partir da sua reflexão-ação-reflexão e a de seus pares.

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O professor que questiona a eficácia dos diversos métodos de alfabetização como o uso de cartilhas, do método tradicional, métodos fônicos, dos materiais excessivamente estruturantes utilizados, frequentemente, percebe que é preciso fazer mudanças. Para isso é fundamental que o alfabetizador conheça cada uma dessas vias para identificar as respectivas consequências, pois cada concepção orienta práticas pedagógicas diferentes, sendo diferentes, também, os resultados alcançados. Ao adotar a metodologia de alfabetização, definirá também suas atitudes e posturas em sala de aula, bem como os materiais que utilizará, priorizando as competências e habilidades a serem construídas pelos alunos.

Métodos à parte se fazem necessário criar um ambiente alfabetizador, mas que tipo de material é o mais apropriado para criar um ambiente rico em cultura escrita?

Segundo Teberosky (2003) é de especial importância apresentar às crianças os suportes de linguagem escrita, em particular os livros e, sobretudo, suportes que, nos lares das crianças, são poucos frequentes.

O uso cotidiano e sistemático de situações de leitura e de escrita em seu universo cultural marca, desde o primeiro momento, as explorações das crianças com relação à escrita e à leitura, e neste processo elas vão criando sentidos e se tornando "naturalmente" usuárias da linguagem escrita.

Esta constatação levou Ferreiro a propor o que passou a denominar "ambiente alfabetizador", que visava levar para a sala de aula um ambiente semelhante ao que as crianças viviam em seu cotidiano quando expostas a situações de leitura e de escrita. Ferreiro defendia que, assim fazendo, a professora estaria contribuindo para o processo de alfabetização das crianças. É preciso transformar a sala de aula num ambiente alfabetizador.

O estímulo à leitura em sala de aula, em cantos ou áreas de leitura, onde se encontrem não só livros bem editados e ilustrados, como qualquer tipo de material que contenha escrita (jornais, revistas, dicionários, folhetos, embalagens e rótulos comerciais, receitas, embalagens de medicamentos, etc.) A variedade de materiais não é só recomendável (melhor dizendo, indispensável) no meio rural, mas em qualquer lugar onde se realize uma ação alfabetizadora (FERREIRO,1998).

Fazer uso das bibliotecas escolares é fundamental, e mais ainda, formar grupos menores para as crianças terem mais oportunidade de falar e ler são atitudes essenciais que o professor deve ter. É preciso compartilhar com a turma as características dos personagens, comentar e fazer com que todos falem sobre a história, pedir aos pequenos para recordar o enredo, elaborar questões e deixar que eles exponham as dúvidas. Daí a importância do professor contador de histórias, a hora do conto é de uma atividade divertida, o ato de contar histórias é muito importante em um processo educacional. Através de histórias podemos desenvolver aspectos, como imaginação, criatividade e senso crítico, dando especial ênfase àqueles relativos à ética e a questão dos valores.

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CARGO: PROFESSOR

Professor é o membro do Magistério que exerce atividade docente, oportunizando a Educação do aluno, cujas atribuições do cargo encontram-se elencadas no Decreto Nº 23.354, de 11 de outubro de 1974, os deveres relacionados no artigo 120, da Lei 6.672/74, as incumbências determinadas no artigo 13 da Lei nº 9394/96 e a organização da jornada de trabalho nos termos do artigo 2º, § 4º da Lei nº 11.738/2008 e do Decreto nº 48.724.

Síntese de Deveres: Participar do processo de planejamento e elaboração da proposta pedagógica da escola; orientar a aprendizagem dos alunos; organizar as atividades inerentes ao processo de ensino-aprendizagem; contribuir para o aprimoramento da qualidade do ensino.

Exemplo de Atribuições: Elaborar e cumprir o plano de trabalho segundo a proposta pedagógica da escola; levantar e interpretar dados relativos à realidade de sua classe; zelar pela aprendizagem do aluno; estabelecer mecanismos de avaliação; programar estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; organizar registros de observação dos alunos; participar de atividades extraclasses; realizar trabalho integrado com o apoio pedagógico; participar dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos; colaborar com as atividades e articulação da escola com as famílias e a comunidade; participar de cursos de formação e treinamentos; participar da laboração e execução do plano político-pedagógico; integrar órgãos complementares da escola; executar tarefas afins.

Condições de Trabalho:

a) Carga horária semanal de 20 (vinte) horas para Professor da Educação Infantil e Professor das séries Iniciais do Ensino Fundamental.

A sala de aula

Após a pesquisa da escola em seu cotidiano, tivemos o prazer de assistir de acompanhar de perto o trabalho do professor (a) de séries iniciais, então, com permissão da direção, assistimos à aula do segundo ano do ensino fundamental, cuja professora membro do Magistério que exerce atividade docente, oportunizando a Educação dos alunos, Maria aparecida das Graças Rodrigues, nos recebeu com magnitude em sua sala de aula.

Onde tivemos o prazer de assistir uma aula expositiva, bem planejada e realizada, foi então a estratégia de ensino - em que a professora foi a protagonista e conduziu a turma a raciocinar, arrancando dos alunos toda bagagem de aprendizado que trouxeram com eles para dentro da sala de aula, pode ser o melhor meio de ensinar determinados conteúdos e garantir a aprendizagem da turma, acreditamos, ao ver a docente coloca-lo

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em prática. Este método usado por ela fez com que eles partilhassem entre si uma imensa bagagem de conhecimento que já trazidas para dentro da sala de aula.

A professora expôs no quadro para ser copiado pelos alunos o tão conhecido cabeçalho e discrição das atividades que acontecera no decorrer da aula.

A história contada pela professora tinha como objetivo fazê-los entender a cadeia alimentar. Uma sequência de seres vivos que dependem uns dos outros para sobrevivência e produção de energia. E eles entenderam, expuseram suas opiniões, trocaram informações entre si e a aula ficou bem agitada...

Logo, foi dada a eles a folha de atividade, onde continha desenhos, que eles através da percepção deveria ler através das ilustrações, e a partir desta leitura construir um texto coletivo. Ainda nesta aula, enquanto colhia as frases os lembrava das regrinhas de escrever um texto como: Observe se escreveu o título; Verifique se usou letra maiúscula no começo das frases; Verifique se a história possui sequência de acontecimentos (início, meio e fim).

Percebemos também a preocupação da professora, se os alunos estavam participando e realizando as atividades propostas, com objetivo de auxiliá-los no processo de ensino e de aprendizagem. Contudo, é interessantíssimo o fato de que à avaliação pode ser feita em todos os momentos da aula, visando verificar se os alunos conseguiram: desenvolver habilidades de leitura e de escrita; produzir pequenos textos; ler e interpretar diferentes gêneros textuais; perceber e comparar finalidade de um texto; elaborar textos coletivos, utilizando diversos recursos;; elaborar em equipe um livro com produções coletivas; desenvolver atitudes de interação, de colaboração. É também importante analisar as

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considerações individuais ou grupais dos alunos, quanto ao resultado das atividades realizadas.

Texto construído pela turma:

O pintinho e o gato

O pintinho estava comendo o milho quando apareceu o gato querendo come-lo.

Ele correu para o lado da mamãe.

Ela ficou muito brava e bateu no gato.

Ele saiu todo machucado e eles nunca mais viram o gato.

A galinha e o pintinho viveram felizes para sempre.

Autores: Alunos da turma 203

Nos, pesquisadores deste grupo, acreditamos que esta aula poderá desenvolver as seguintes habilidades:

Desenvolver habilidades de leitura e de escrita;

Produzir pequenos textos;

Perceber e comparar finalidade de um texto;

Elaborar textos coletivos, utilizando diversos recursos;

Construir jogo de memória a partir de uma história lida;

Elaborar em equipe um livro com produções coletivas;

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Analisar informações com base em dados obtidos individualmente ou pelos grupos;

Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos.

A turma então foi para o recreio, onde se alimentaram e aproveitaram para brincar e rever seus coleguinhas de outras turmas.

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Após o recreio, carinhosamente a professora fez a colagem das atividades nos cadernos, enquanto ele fazia outra atividade de matemática e de 6 em 6 eram levados para visitar o laboratório de ciências.

Aprendendo a ler os ponteiros

E para finalizar esta aula, a professora trabalhou o relógio. Explicou para seus alunos sobre o uso do relógio no nosso dia a dia. Questionou-os se sabem fazer a leitura das horas, se em casa há muitos relógios e se a família tem costume de usar no seu dia a dia. Aproveitou este momento para que os alunos possam falar sobre suas vivências.

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Professora então registrou na lousa, distribuiu para os alunos uma folha contendo atividades para serem feitas com base em sua excelente explicação sobre o uso do relógio. Levou para a sala de aula um relógio de parede para ensinar aos alunos que não sabem fazer a leitura das horas, de preferência o relógio com ponteiros, pois é o que os alunos costumam ter mais dificuldade em ler.

Explicou para sues alunos que usamos o relógio para medir o tempo. O relógio indica as horas e minutos. Nos relógios de ponteiros, o ponteiro pequeno marca as horas, o ponteiro grande marca os minutos. Usou os seguintes exemplos:

O ponteiro grande apontado para o 12, ele marca minuto,

O ponteiro pequeno apontado para o 1 ele marca horas.

Quando o ponteiro grande aponta para o 12, as horas são exatas.

O 12, nesse caso, marca “zero” minutos.

Então o relógio está marcando 1 hora.

O dia é dividido em 24 horas, por isso o relógio é dividido em 12 horas. Ao longo de um dia, os ponteiros do relógio fazem duas voltas completas.

Por que o relógio tem 12 horas e não 24 horas?

Porque dividir o relógio em 24 horas ficaria confuso, por causa da quantidade de números. Então se dividiu em 12 horas, 12 horas de “dia” e 12 horas de “noite”.

O ponteiro grande marca os minutos que são contados de 0 a 60, porque a hora tem 60 minutos.

Para contar os minutos, observamos as marcas menores do relógio. Elas não são numeradas. Veja a figura abaixo.

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Entrevista

Nossa equipe foi procura-la em sua residência, no bairro Vista Alegre, em Barra Mansa e gentilmente concordou em nos dar esta entrevista, nos falando de suas experiência ao longo desses 5 anos.

O maior exemplo depois dos pais são os professores. Quem nunca teve um "tio" ou "tia" na época estudantil que sempre lembra agora na vida adulta? Na classe dos educadores o número maior de profissionais são mulheres e sua presença é significativa para alunos das séries iniciais até o 5º Ano.

Tendo essa visão, os acadêmicos de pedagogia entrevistou a professora que outrora abriu as portas de sua sala de aula para que pudéssemos assistir de perto seu trabalho, Sr. Maria aparecida Rodrigues, estudante de Pedagogia, que há cinco anos vem atuando nesta área. Hoje, neste caminho, agora também exercendo a profissão de ensinar como concursada pela prefeitura de Barra mansa e, leciona em dois colégios regulares.

(A) Dados pessoais e de formação:

01. Nome: Maria Aparecida das Dores Rodrigues.02. Formação:

Curso Superior (completo?): Não. Estou cursando. Instituição: UBM.

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Tempo de exercício na profissão: 5 anos e meio. Disciplina (s): Todas. Ensino Fundamental () série (s): 2° e 3 ° ano - Séries iniciais. Escola: Pública. Trabalha em quantas escolas: 2 escolas Trabalha no período: Matutino e vespertino Número de aulas semanais: 40 horas semanais. Número total de alunos: 45 alunos.

03. Como despertou o desejo de ser professor?O que me despertou o desejo foi à vontade de ajudar. Eu sempre gostei de ajudar as pessoas, de trabalhar em equipe, em grupo e através da minha função como professora eu consigo realizar.

04. A profissão de professor afeta sua vida particular?Às vezes. Quando eu preciso trazer atividades para corrigir em casa, final de período, de semestre quando tenho que fazer relatórios dos meus alunos, então muitas vezes deixa de sair com minhas filhas, de ficar com as minhas filhas e com marido para poder fazer as atividades, corrigir as atividades e fazer relatórios dos meus alunos e acaba atrapalhando, afetando um pouco a minha vida particular nesse sentido.

05. Você gostaria de relatar algum acontecimento marcante (um fato engraçado, por exemplo) de sua carreira?Uma vez estava dando aula sobre meios de transporte para os meus alunos do 3° ano, então perguntei para uma de minhas alunas qual o meio de transporte que ela usaria, por exemplo, para ir até o centro da cidade com a mãe, no caso fosse fazer alguma compra, ir ao médico, ao dentista e ela me respondeu que usaria a sandália como meio de transporte para chegar no centro da cidade. Então, depois eu dei um outro exemplo, nós temos o Rio Paraíba Sul e se fôssemos atravessar de Vista Alegre para a Vila Maria e não tivesse a ponte, qual o meio de transporte que ela usaria para atravessar o rio, ela falou que era o biquíni.De vez em enquanto acontecem essas pérolas na nossa sala, então parei e fiquei pensando de que maneira, que outra tática eu usaria para ela compreender o que era um meio de transporte.

A sala de aula

07. Encontrou, de modo geral, alguma dificuldade no início da profissão?A maior dificuldade que eu encontrei no início da minha profissão foi em relação aos profissionais porque quando chegamos à escola, inexperientes de tudo, os professores, a equipe em geral é muito individualista, então a gente se sente um pouco perdida nesse sentido, não tem experiência mais também não tem ninguém para ajudar e nem sempre os professores experientes querem ou aceitam ajudar, eles não são solidários.

08. Encontrou alguma dificuldade na sala de aula no início da profissão? Elas ainda existem?A maior dificuldade que eu encontrei em sala de aula foi à falta de recursos, de materiais para trabalhar com os alunos e ainda hoje tem, porque nem sempre o que eu planejei vou conseguir fazer, por exemplo, vou confeccionar um jogo para trabalhar com o meu aluno que está com dificuldade, mas nem sempre a gente tem esses materiais disponíveis, precisamos comprar para poder realizar a atividade, então é uma grande dificuldade que eu encontrei e ainda encontro.

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09. Como você vê a relação professor/aluno na sala de aula? (liberdade X autoridade).Eu acho que o professor não precisa ser autoritário para demonstrar respeito ou exigir respeito pelos alunos, a partir do momento que ele estabelece regras e que o aluno consegue compreender essas regras seu trabalho flui normalmente sem necessidade de castigo e sem necessidade de ficar punindo o aluno. Através do diálogo, da compreensão a aula flui normalmente, através dessas regras estabelecidas.

12. Como você lida com os diferentes tipos de alunos em sala de aula? Quando eu tenho alunos, que estou na sala de aula e tenho alunos em vários níveis de aprendizagem, que eu percebo que estão com muitas dificuldades em realizar as atividades individuais, então eu procuro trabalhar sempre em grupo com atividades diversificadas para despertar neles a solidariedade, um estar ajudando sempre o outro e procuro sempre colocar os alunos que estão com mais dificuldades juntos com aqueles que têm menos dificuldades, porque dessa maneira eu não estaria rotulando os alunos, “Aquele grupo é só dos” que têm dificuldades, aquele grupo é daqueles que não conseguem fazer atividades, então pra não rotular esses alunos eu procuro dividir em grupo ou trabalhar com monitoria, sempre colocando um que tem mais facilidade com aquele que tem menos facilidade que aprende de uma maneira mais lenta que aprende mais de uma maneira diferente dos outros, então é alunos de inclusão com alunos que não tem dificuldades pra ajudar ai eles estão trabalhando em equipe sem perceber que aquele aluno não sabe ler, não realiza o calculo matemático então um vai ajudando o outro vai trocando ideias e inclusive acaba ajudando e assim descarta e nem rotula nenhum aluno.

13. Você já sofreu algum tipo de violência ou ameaça vinda de alunos?Nesses cinco anos e meio de profissão, que estou em sala de aula graças a Deus eu nunca sofri nenhum tipo de ameaça de aluno, nenhum tipo violência nem agressão física ou verbal, pelo contrário sempre tive e sempre encontrei alunos carinhosos que sabem respeitar.

A disciplina/ a escola

14. Até que ponto você tem autonomia para decidir sobre conteúdo e metodologia na sua disciplina?

Na escola que eu trabalho à tarde, no Djair Machado a orientadora pedagógica dá total liberdade pra gente participar, ajudar a decidir qual o conteúdo que iremos trabalhar, ela realiza os TDS ai discute com a gente, ela ouve a nossas propostas, ela propõe atividades para gente realizar, ela ouve também se a gente fala que não está de acordo, que não tem condição de realizar ela aceita mudar, aceita novas sugestões, então a gente tem total liberdade para participar, tanto do planejamento dos conteúdos quanto do planejamento anual da escola. Ela dá essa total liberdade para gente.

15. Suas aulas abrangem conteúdos como cidadania, saúde, ética e meio-ambiente?Sim através de historias, na hora da novidade, da rodinha surgem determinados assuntos e através do dialogo, da conversa a gente vai trabalhando diversos assuntos, sobre cidadania, sobre a importância de preservar o meio ambiente, como respeitar as leis de trânsito então é assuntos que surgem no dia a dia dentro de uma sala de aula que a gente vai trabalhando, através de historias infantis ou através de vídeos, então existe varias maneiras de trabalhar esse assuntos sem especificamente dar aula de ética, cidadania ou de ciências, dentro da nossa sala de aula no nosso dia a gente consegue trabalhar com as crianças sobre esses assuntos.

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16. A sua escola tem sala de multi-meios? Você a usa com que frequência?Na escola Djair Machado tem sala de leitura, tem laboratório ciência, laboratório de informática, tem a sala de vídeo, tudo disponível pra gente e para os alunos. Se eu tiver trabalhando um determinado assunto e quero levá-los para assistir um vídeo eu posso utilizar a sala de vídeo, a sala de leitura, o laboratório de informática e de ciência tem professores específicos, elas levam os alunos uma vez por semana cada turma vai lá, são aula de 50 minutos cada um.

A profissão

17. Sua profissão lhe assegura um bom plano de saúde?Infelizmente aqui em Barra Mansa na área de educação nós temos o Fundamp, porém, não e um bom plano de saúde nem sempre quando precisamos tem médicos disponíveis. Para conseguir o atendimento é mais complicado ou a gente tem que aguardar vagas. Então não considero um bom plano de saúde.

18. Você é filiado em alguma associação de classe?Eu não faço parte de nenhum sindicato, já participei de meias paralisações por melhorias na educação, por melhores salários, mas sem me afiliar a sindicato.

19. Em sua opinião, além da desvalorização, que outras causas levam ao abandono da profissão?Além da desvalorização, o que leva muitos professores a desistir da nossa profissão é a falta de recurso para trabalhar dentro da sala de aula e também a violência, muita professores são agredidos fisicamente, verbalmente, ficam doentes e acabam desistindo da profissão, então eu acho que os principais problemas, além da desvalorização é a questão da violência nas escolas e falta de recurso para os professores trabalhar.

20. Você participa de algum tipo de formação continuada? Com que frequência? Oferecida pela escola, pela secretaria ou por conta própria? Eu participo do PNAIC, que é o (programa de alfabetização na idade certa), que é oferecido pela secretaria de educação, as aulas são de quinze em quinze dias, uma vez por semestre tem oficinas que a gente apresenta atividades realizadas, trocas de experiências e geralmente uma vez por mês tem os encontros pedagógicos onde a gente assiste palestras e trocamos experiências, atividades que a gente realizou e deu certo, então esses encontros são para isso, para valorização dos trabalhos professores no caso é um curso oferecido pela secretaria de educação.

21. O que você professor jamais faria enquanto nessa profissão? Eu como professora jamais agrediria um aluno verbalmente ou fisicamente e também rotular que ele seja incapaz que é nele, então eu jamais faria isso na minha profissão que é agredir ou rotular qualquer aluno, qualquer criança.

22. Que conselhos você daria para quem está iniciando a carreira de professor?Eu acho que para quem está iniciando a carreira de professor, que vai entrar na sala de aula pela primeira vez sendo a responsável pela turma, com certeza o primeiro passo e conhecer a realidade da escola, conhecerem como e a comunidade escolar, quem são seus futuros alunos, para não se assustarem ao se deparar com aquela realidade, porque muitas vezes a teoria é totalmente diferente da realidade escolar, então só quando a gente entra em uma sala de aula que estamos sozinhos na

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frente de 20, 30 alunos, nos perguntamos: Como que eu vou começar?! É assim que a gente vai ganhando prática. Então, saber com quem eu estou li dando, com quem eu vou trabalhar E, quais recursos eu tenho. Isso é o mais importante para quem está iniciando, porque a experiência a gente vai adquirindo no dia-a-dia, vai aprendendo, às vezes faz uma atividade e não deu certo, muda, então a realidade escolar a clientela é um passo fundamental para iniciar uma carreira de professor de sucesso.

A realidade do professor

Ser professor, é muito mais que profissão, é bem mais que dar aulas, é vocação, amor, carinho, solidariedade, disponibilidade. Esses são adjetivos citados pela professora Maria Aparecida das Dores Rodrigues, que nos fala o que a motivou e despertando assim o desejo de lecionar. Á vontade de ajudar disse a professora: “Eu sempre gostei de ajudar as pessoas, de trabalhar em equipe, em grupo e através da minha profissão como professora eu consigo realizar”.Muitas vezes essa profissão é vista de forma superficial, sem que se perceba o trabalho, o tempo, as dificuldades que ela apresenta. Mas a realidade é muito diferente, nem se imagina o trabalho que há por traz deste cenário. O professor reserva um tempo para a preparação de suas aulas. Por vezes levam para casa as atividades para correção, fazem relatórios de alunos e, sem sombra de dúvida isso exige muito comprometimento, Tenho que me abdicar de outras atividades, até mesmo estar com a família. Infelizmente os professores não são valorizados pela grandiosidade e magnitude de seu trabalho. Falta de recurso para trabalhar dentro da sala de aula, apoio ao professor com relação a violência, isso acaba levando muitos professores a desistir da profissão. A professora Maria Aparecida das D. R., nos conta que faz um curso do PNAIC (programa de alfabetização na idade certa), que é oferecido pela secretaria de educação, as aulas são de quinze em quinze dias, uma vez por semestre tem oficinas onde são apresentas atividades realizadas e geralmente uma vez por mês tem os encontros pedagógicos. Ela diz que jamais rotularia uma criança ou um aluno, e quando percebe que um aluno tem muitas dificuldades em realizar as atividades individuais, então procura trabalhar sempre em grupo com atividades diversificadas para despertar neles a solidariedade, para um ajudar o outro, através de histórias, na hora da novidade, da rodinha surgem determinados assuntos, sobre cidadania, a importância de preservar o meio ambiente, como respeitar as leis de trânsito, são assuntos que surgem no dia a dia dentro de uma sala de aula, existe várias maneiras de trabalhar esses assuntos sem especificamente dar aula de ética, cidadania ou de ciências. A professora Maria Aparecida das D. R., deixa seu recado especial aos novos profissionais da área destacando nesta entrevista, que é fundamental conhecer a realidade da escola, conhecer como e a comunidade escolar, quais recursos tem para trabalhar, quem são seus futuros alunos, para não levar um susto quando deparar com aquela realidade, porque muitas vezes a teoria é totalmente diferente da realidade.

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Portanto percebe-se que a profissão tem seus lados positivos e negativos, com algumas dificuldades, mas também perseverança e amor ao trabalho exercido, que mesmo sem muito apoio não deixa de acontecer.

Conclusão:

O referido documento tem a intenção de contribui para a formação de profissionais capacitados, comprometidos e tomados pela vontade de fazer uma educação de melhor qualidade, afim de oferecer a nova geração o seu melhor. Nos mostra ainda, a importância de conhecer o interior da escola, seu funcionamento, metodologia, tendência e legislação abrangente. Importante saber e, conhecer os multe - setores que trabalha junto ao núcleo pedagógico para o bom andamento e, suas atribuições que corrobora para um ensino aprendizagem de qualidades pautadas, em tendências que, considera a instituição e no seu projeto politico pedagógico. A escola em questão foi nosso objeto de estudo, tendendo buscar melhor compreensão do que é, e como funciona este espaço dedicado a comunidades e para através deste, prepara-los para serem cidadãos críticos e formadores de opinião. Digamos então, que é muito importante na organização social. São admiráveis aqueles que reconhecem o grande valor que há no bom relacionamento entre setores, cordialmente envolvidos na organização pedagógico-administrativa da escola, pois, eles garantem o bom desempenho do educandário, acompanha e intervém no processo ensino aprendizagem, visando oferecer melhores condições para que professores trabalhem em coletividade as propostas curriculares. É essencial na prevenção e superação de possíveis conflitos dando suporte aos profissionais direcionando suas atividades, bem como buscando melhorias para atuação dos mesmos.

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Trouxemos também para o conhecimento do leitor que uma boa escola deve e, precisa ter metas, objetivo, saber de fato aonde quer chegar e levar seus alunos. Devendo agenciar atividades de integração entre ela e comunidade visando estreitar o elo entre enquanto instituição. De um lado a escola com toda a sua oferta de experiências, leva a criança que convive nesse ambiente tão rico a se desenvolver de forma cognitiva, relacional, afetiva e a caminhar rumo à autonomia.

O professor conta com a legislação, Título VI, da LDB, que trata dos profissionais da Educação, compõem-se de sete artigos, alguns dos quais estão mais diretamente ligados à formação do professor alfabetizador. A primeira Lei de Diretrizes e Bases foi criada em 1961. Uma nova versão foi aprovada em 1971 e a terceira, ainda vigente no Brasil, foi sancionada em 1996. Apesar das constantes polêmicas e discussões que tem ocasionado, trouxe consideráveis avanços no que diz respeito à formação dos profissionais da educação. O professor é o membro do Magistério que exerce atividade docente, oportunizando a Educação do aluno e como todo profissional é atribuído a ele direito e deveres como qualquer outro profissional.

Às singelas palavras aqui minuciosamente descritas, parecem contar à experiência de quem esteve dentro da sala de aula e fez o acompanhamento, além de descrever a pratica docente, tenta nos mostrar o que de fato acontece no interior dessa escola com intuito de entender quais métodos são usados e como são repassados os conteúdos. Como esses alunos recebem essas informações. Percebe-se no descrever do texto que se pode avaliar muito exatamente no brotar das ideias a aceitação podendo então a docente comemorar o sucesso de seu trabalho. Ainda neste contexto podemos afirmar como já diziam teóricos da educação e respeitosamente cito Emília Ferrero como referencial, o aluno trás consigo uma ampla bagagem de experiência e, como fez a professora desta classe às reaproveitou. E ela como nossa ilustríssima Emília, acredita que todos podem aprender. A aula conduzida pela docente neste dia é simplesmente expositiva e dialogada, muito embora se ouça muitas criticas a cerca do tema, ao dizer que este método na maioria dos casos, transforma o aluno em um ser apático. É uma pratica bem remota, já era usada pelos jesuítas, uma abordagem direcionada para a formação de ideias e de conceitos firmados em perguntas, respostas, seguidas de mais perguntas. Método este que permite ao docente transmitir experiências e observações pessoais, facilitando a ligação da prática com a teoria. Mas não seria este o problema, pois uma escola construtivista como Dr Djair que atende educação infantil e ensino fundamental de anos iniciais, conta com às orientadoras pedagógica que faz a coordenação, onde seu papel fundamental é oferecer condições para que os professores trabalhem coletivamente às propostas curriculares, em função de sua realidade, o que acreditamos não ser fácil, mas unidos num mesmo propósito, se torna possível. Oferece condições ao professor, e o compromisso com o questionamento, ou seja, ajudar o professor a ser reflexivo e crítico em sua prática.

A entrevista fidedigna com a professora Maria aparecida, pode ser um exemplo a ser seguido por aqueles (a) que por ventura ainda tenha alguma dúvida se deve ou não deve ou não seguir caminhando pelo campo educacional. Na entrevista revela a realidade nua e crua de muitos outros professores desta gigantesca rede de ensino, afirma não ser fácil a vida de um professor, é preciso vocação, amor, carinho, solidariedade e

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disponibilidade, esses são adjetivos citados pela professora para à pratica docente e que a realidade é muito diferente, nem se imagina o trabalho que há por traz deste cenário. De fato, observando a sua atuação em sala de aula, nos leva a crer que é um compromisso diário que exige tempo e dedicação, ainda mais para ela que leciona em duas escolas da rede publica de ensino, para 2° e 3 ° ano - Séries iniciais. Trabalha no período Matutino e vespertino, número de 40 horas semanais, num total de alunos 45 alunos. Universitária em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade de Barra Mansa (noturno). Em meio a tanto trabalho ainda participa do PNAIC, que é o (programa de alfabetização na idade certa), que é oferecido pela secretaria de educação, as aulas são de quinze em quinze dias, uma vez por semestre tem oficinas onde apresenta atividades realizadas, trocas de experiências e geralmente uma vez por mês vai a encontros pedagógicos onde assiste palestras e trocam experiências, atividades realizada que deu certo. Para que são esses encontros, perguntamos: Respondeu-nos que é para valorização dos trabalhos dos professores no caso é um curso oferecido pela secretaria de educação.

A professora que também trabalha em rede, contou em sua entrevista que a escola Dr Djair Machado é uma escola estruturada, “Possui sala de leitura, tem laboratório ciência, laboratório de informática, tem a sala de vídeo, tudo disponível pra gente e para os alunos. Se eu tiver trabalhando um determinado assunto e quero levá-los para assistir um filme posso utilizar a sala de vídeo, ou a sala de leitura. O laboratório de informática e de ciência tem professores específicos, elas levam os alunos uma vez por semana cada turma vai lá, aula de 50 minutos cada turma”.

Tomamos a liberdade de perguntar sobre sua vida social, falar sobre “A profissão X vida particular”. Como consegue administrar tanto trabalho, Nos respondeu sem nenhuma dificuldade que, por algumas vezes. “Quando eu preciso levar atividades para corrigir em casa, final de período, de semestre quando tem que fazer relatórios dos meus alunos, então muitas vezes deixa de sair com as filhas, de ficar com as filhas e com marido para poder fazer as atividades, corrigir as atividades e fazer relatórios dos seus alunos e acaba atrapalhando, afetando um pouco a minha vida particular nesse sentido”.

Ao termino de sua entrevista deixa um recado aos recém-formados, e os que estão

chegando ou pretende seguir a carreira de professor. “Quem vai entrar na sala de aula

pela primeira vez sendo a responsável pela turma, com certeza o primeiro passo e conhecer a realidade da escola, conhecerem como e a comunidade escolar, quem são seus futuros alunos, para não se assustarem ao se deparar com aquela realidade, porque muitas vezes a teoria é totalmente diferente da realidade escolar, então só quando a gente entra em uma sala de aula que estamos sozinhos na frente de 20, 30 alunos, nos perguntamos: Como que eu vou começar?! É assim que a gente vai ganhando prática. Então, saber com quem eu estou li dando, com quem eu vou trabalhar E, quais recursos eu tenho. Isso é o mais importante para quem está iniciando, porque a experiência a gente vai adquirindo no dia-a-dia.”

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