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PESQUISA MINERAL Prof: Luciano Pena TOMO I Pesquisa Mineral Captulo I Definies de termos tcnicos 1. GLOSSRIO 1.1. Atitude: Atitude de uma superfcie geolgica planar (estratificao, foliao metamrfica, falha..) a definio da disposio espacial desta superfcie com relao ao plano horizontal e linha meridiana N S verdadeira, usando-se dois parmetros: a direo e o mergulho da camada. A direo (strike) de uma camada dada pelo ngulo entre a linha N S e a linha da interseo do plano da camada com o plano horizontal. O mergulho (dip) da camada o angulo entre a camada e um plano horizontal, devendo ser indicado o quadrante para o qual mergulha a camada. Se a camada horizontal no se tem direo e o mergulho zero graus e se for vertical o mergulho de 90 graus sem quadrante de mergulho. 1.2. Barragem de rejeito: Local onde deposita o rejeito observando conceitos tcnicos adequados para se evitar rompimentos e danos ambientais. 1.3. Curvas de nvel: Linhas de interseo da superfcie topogrfica com um plano horizontal imaginrio ou linhas que unem os pontos do terreno que possuem a mesma altitude (cota ou elevao). 1.4. Depsito controlado de Estril: Local onde se deposita estril com conceitos tcnicos adequados para se evitar rompimentos e danos ambientais. 1.5. Direo da camada: ngulo que fazer a linha horizontal de uma camada e a direo do norte verdadeiro. 1.6. Efluente: O termo efluente refere se a guas fluviais ou de esgotos que so despejadas nas guas costeiras. Os esgotos podem ser domsticos ou industriais (qumica, minerao, etc.) e podem levar poluio ambiental como acontece em vrias regies. 1.7. Geologia Aplicada: Usa conceitos e mtodos geolgicos para pesquisa de problemas especficos como: prospeco e minerao - geologia econmica, gua - hidrogeologia, petrleo - geologia do petrleo, verificao das condies geolgicas para obras de engenharia. 1.8. Geologia de Petrleo: Ramo da Geologia relacionado com a origem, migrao e acumulao de petrleo e gs natural, bem como a pesquisa, explorao e explotao das suas jazidas (Oliveira, 1997, p. 153) 1.9. Geologia Econmica: Estudo e anlise dos corpos geolgicos e dos materiais que podem ser utilizados lucrativamente pelo homem, incluindo combustveis, metais, minerais, no-metlicos e gua,+ aplicao do conhecimento geolgico e da teoria para pesquisa e compreenso dos depsitos. 1.10. Gradiente: a medida do aclive ou declive de uma camada geolgica. a relao entre a vertical e a horizontal do tringulo formado (expresso em porcentagem). 1.11. Mergulho da camada: o maior ngulo de inclinao da camada geolgica ou de minrio com o plano horizontal. O mergulho perpendicular direo da camada. 1.12. Mineral: Massa slida de origem natural inorgnica cuja composio qumica bem definida e que apresenta forma de estruturao atmica segundo clulas que se repetem. Minerais que no tem este padro organizacional, como a opala, so chamados de amorfos ou mineralides. Os minerais, em geral, so slidos. 1.13. Mineral Minrio: Mineral de interesse econmico que compe de forma individual ou associado a outros minerais de interesse econmico formando o minrio. 1.14. Mineral Primrio: Mineral gerado quando da formao da rocha, e mantm sua forma e composio originais. 1.15. Mineral Secundrio: Mineral que se formou aps a formao da rocha que o contm e geralmente a partir de outro mineral primrio. 1.16. Mineralogia: Cincia que estuda as substncias inorgnicas naturais, chamadas minerais, sua formao e ocorrncia, suas propriedades e composio e sua classificao, sejam elas de origem terrestre ou extraterrestre (Parker, 1988, p. 390) 1.17. Ocorrncia Mineral: Massa com alguma concentrao mineral que no tem ou no foi ainda definido se pode ser lavrada economicamente.

1.18. Plunge: Medidas que definem a direo e mergulho da tendncia em profundidade do eixo de uma ocorrncia mineral ou jazida. 1.19. Reologia: Cincia que pesquisa o comportamento da matria sob influncia de esforos, por exemplo, rigidez, plasticidade, etc. Os seus resultados tcnicos podem ser aplicados com cautela em problemas tectnicos. 1.20. Poluio do Solo: Contaminao do solo por qualquer um dos inmeros poluentes derivados da agricultura, minerao, atividades urbanas e industriais, dejetos animais, uso de herbicidas e processos de eroso. (FEEMA). 1.21. Pesquisa Mineral: conjunto de operaes e tcnicas para se descobrir ocorrncias e jazidas minerais. Inclui informaes de satlite, campo, histria, DOU, etc. 1.22. Explorao Mineral: Conjunto de operaes e tcnicas para se defininir e dimensionar economicamente as ocorrncias minerais e verificar a possibilidade de transformao em empreendimento econmico. 1.23. Desenvolvimento: Conjunto de operaes e tcnicas para se propiciar a lavra e extrao do minrio. Pode-se produzir estril ou minrio. 1.24. Desenvolvimento primrio: Atividades de preparao de acessos ao minrio onde o material produzido somente estril ou sem valor econmico. 1.25. Desenvolvimento produtivo: Atividades de preparao da lavra do minrio onde o material produzido de valor econmico. 1.26. Desenvolvimento Sustentvel: Modelo de desenvolvimento que leva em conta, alm dos fenmenos econmicos, os de carteres sociais e ecolgicos, atendendo s exigncias do presente sem comprometer as geraes futuras. 1.27. Lavra: Conjunto de operaes coordenadas objetivando o aproveitamento industrial da jazida, desde a extrao de substncias minerais teis que contiver, at o beneficiamento das mesmas. O aproveitamento depende de alvar de autorizao de pesquisa do DNPM Departamento Nacional de Produo Mineral 1.28. Beneficiamento: Melhoramento das propriedades qumicas ou fsicas de um minrio, para que o seu metal possa ser aproveitado economicamente (Parker, 1989, p. 203) 1.29. Chapu de Ferro: Expresso mineira da zona de enriquecimento secundrio de limonita e hematita, originadas por decomposio atmosfrica de veios metalferos ricos em ferro, recobrindo um afloramento de minrio sulfetado e denunciando a existncia, em profundidade, de um depsito mineral. 1.30. Estril: Material sem aproveitamento econmico que extrado da mina e descartado sem processamento (beneficiamento) industrial. 1.31. Estratificao: Estrutura originada pela acumulao progressiva de qualquer material (partculas clsticas, por precipitao qumica ou decantao de colides floculados..) tendendo a formar camadas definidas por descontinuidades fsicas e/ou por ntidas passagens textural, estrutural ou qumica. Esta estrutura mais tpica de rochas sedimentares na forma de camadas, lminas, lentes ou cunhas. Origina se devido a variaes das condies geolgicas, fsicas, qumicas e/ou biolgicas durante a deposio do sedimento. Aplicvel tambem para rochas plutnicas, vulcnicas e de deposio filoniana progressiva como ocorrem em muitos minrios. 1.32. Filo de minrio: (lode) Veio ou zona enriquecida de minrio em uma jazida mineral. 1.33. Ganga: Mineral(is) e/ou rocha(s) sem interesse econmico que ocorrem associados com o minrio. Geralmente, a ganga prejudicial economicidade da lavra por diminuir o teor, dificultar a extrao ou o beneficiamento do minrio. 1.34. Ispaca: Representao em mapa das variaes de espessura real de um corpo geolgico atravs de linhas de que unem pontos de mesma espessura em mltiplos de determinados valores e projetadas essas linhas verticalmente no plano do mapa. Entre outras utilidades, tem se a de permitir cubar corpos de minrio ou da rocha de interesse. 1.35. Jazida: Ocorrncia de minrio em quantidade, teor e caractersticas fsico qumicas (reservas) que, junto com condies suficientes de infraestrutura e localizao, permitem a sua explorao econmica. 1.36. Rampa: Galeria responsvel por atingir o minrio em profundidade, possibilitando o acesso ao minrio e posteriormente transporte de todo material extrado.

1.37. Rejeito de minrio (tailing): Produtos finais estreis ou no econmicos resultantes da lavra e beneficiamento do minrio de uma mina e que so, geralmente, empilhados ou lanados em locais de deposio. 1.38. Reservas minerais: A medida da quantidade e de teores de minrio de um depsito mineral em funo de um teor mnimo de explotabilidade deste minrio. Existem vrios tipos de reservas (medida, inferida e total) em funo da preciso dos dados disponveis de amostragem e segundo conceitos prprios de cada tipo de minrio. As reservas variam com o desenvolvimento tecnolgico do processamento e beneficiamento mineral bem como com as variveis econmicas envolvidas. 1.39. Rocha hospedeira: Rocha que contem o minrio ou mineral de minrio disseminado ou em finos veios. 1.40. Falha: Superfcie de fratura de rochas em que ocorre deslocamento relativo entre os dois blocos de um lado e de outro desta superfcie. Como outros planos geolgicos, o plano de falha tem uma atitude, definida pela direo e mergulho atuais que no so necessariamente os mesmos da poca do falhamento. Exceto nas falhas verticais, distinguem se o teto da falha, bloco acima do plano de falha, e muro da falha, bloco abaixo. O deslocamento dos blocos no sentido e distncia define o rejeito da falha. 1.41. Rejeito de falha: Determinao do deslocamento entre dois pontos originalmente contguos em um plano de falha. O rejeito definido por um sentido (rejeito relativo) ou por um vetor de deslocamento (rejeito absoluto). O sentido do rejeito pode ser medido por feies impressas nas rochas dos dois lados do espelho de falha, tais como estrias ou ranhuras (slichensides), caneluras, ressaltos. 1.42. Rejeito: Material inaproveitvel retirado durante o processo de enriquecimento (tratamento) do minrio. 1.43. Subnvel: Galeria horizontal ou sub-horizontal, normalmente dentro do corpo do minrio, responsvel por preparar o minrio para lavra. 1.44. Subproduto: Um bem mineral que no o minrio principal de uma jazida mas que, pode, em certas situaes, ser responsvel por viabilizar economicamente a minerao do produto principal por agregar valor. Existem condies em que bens minerais associados a um minrio so prejudiciais explorao da jazida ou ao beneficiamento do minrio, podendo, inclusive, inviabilizar economicamente a lavra do produto principal. Captulo II Gnese das Jazidas 1. OBJETIVOS Possibilitar o entendimento da gnese das jazidas minerais, processo de formao e morfologia associada. 2. FASES DA MINERAO 3. MORFOLOGIA E GNISE DAS JAZIDAS MINERAIS 3.1. PRINCIPAIS MORFOLOGIAS 3.1.a. Veios So estruturas mineralizadas estreitas (da ordem de centmetros). Podem ter continuidade ou no. 3.1.b. Camadas Estrutura individualizada que pode ser ou no mineralizada. Tem espessura da ordem metros. 3.1.c. Macios So estruturas de grandes dimenses, mineralizadas ou no que podem ter dezenas ou centenas de metros. 3.1.d. Disseminaes So mineralizaes disseminadas na rocha ou macio 3.2. GENESE DAS JAZIDAS

indiscutvel a grande importncia da gnese das jazidas para a minerao. Este campo se enquadra na rea conhecida como geologia econmica. Principais agentes formadores

3.2.a.

Magma

Ocorrem devido s mudanas das condies fsico-qumicas durante a ascenso do magma. - Jazidas de disseminao: Ocorre durante a simples disseminao do magma, dando origem a uma rocha granular, com cristais disseminados. importante dizer que o mineral valioso depois de formado, praticamente no sofre migrao no seio da massa fluida. Ex: Diamantes e algumas gemas (safira, rubi).

- Jazidas de segregao: So concentraes que ocorrem devido diferena de densidade dos elementos qumicos que constituem o magma. A segregao ocorre atravs da sedimentao dos cristais maiores e mais densos, por gravidade, se acumulando na cmara magmtica. Ex: Cromita (Ferbasa)

- Jazidas de injeo: O magma atravessa rochas adjacentes, ou seja, os minerais formados no permanecem no mesmo local de formao, podendo at metamorfizar as encaixantes. 3.2.b. Intemperismo

- Jazidas de concentrao residual: O enriquecimento resulta da concentrao de minerais valiosos no prprio local ocupado pela rocha matriz enquanto os constituintes de menor valor econmico so removidos e transportados para outros locais, ficando o resduo rico sob forma de elvio. Condies necessrias para formao de jazidas de concentrao residual:

1. A matriz conter minerais teis insolveis, ao contrrio das substancias indesejveis. 2. Intemperismo atuante favorecendo a dissoluo qumica das substncias indesejveis. 3. Topografia suave favorecendo a reteno do material rico. 4. Duradoura estabilidade da crosta para que permita acumulaes de grande porte. Ex: Bauxita

- Jazidas de enriquecimento supergnico: Os depsitos minerais quando so atacados pela eroso so simultaneamente intemperizadas com as rochas encaixantes. As guas superficiais oxidam muitos minerais minrios produzindo solventes que dissolvem outros minerais, modificando profundamente muitos depsitos, tornando estreis as partes superiores por oxidao e lixiviao. Alguns metais so dissolvidos na zona superior de penetrao das guas, chamadas de zona inferior ou transformar minerais minrios em formas mais utilizveis ou no , ou at mesmo formar os ore shoots. A maior importncia do enriquecimento supergnico o efeito de tornar partes de veios estreis enriquecidos e os protominrios mais ricos como ocorre em alguns casos e concentrao de cobre. A oxidao e o enriquecimento supergnico esto intimamente correlacionados porque sem oxidaes no haver o suprimento de solventes a partir dos quais os minerais podem ser precipitados naquela zona. Para haver enriquecimento supergnico necessrio:

1. Oxidao. 2. Minerais hipognicos que ao oxidar produzam os solventes necessrios (em geral so os sulfetos). 3. Permeabilidade do depsito pela zona de oxidao para a passagem das solues pela zona de oxidao. 4. Ausncia de precipitantes nesta zona de oxidao para impedir a formao de compostos oxidantes. 5. Zona sem oxignio livre para permitir a deposio dos sulfetos supergnicos, geralmente abaixo do nvel do lenol fretico.

- Jazidas pegmatticas: Como ltimo estgio da solidificao do magma resulta num resduo aquoso e rico em slica e elementos volteis. Esse reduo quando atinge condies propcias cristalizam-se lentamente, formando jazidas pegmatticas (pegmatitos). Ex: Regio de Governados Valadares e Tefilo Otoni: Gemas, Caulim, Feldspatos, etc.

- Processos hidrotermais: Aps a consolidao do magma as solues residuais so injetadas para locais de menor presso constituindo as chamadas solues mineralizantes. Dois principais tipos: 1. Se estas substncias minerais reagem substituindo as rochas encaixantes, do origem s jazidas de substituio ou metassomticas. 2. Se estas substncias minerais carreadas pelas solues hidrotermais simplesmente precipitam em cavidades j existentes formam as jazidas de preenchimento. Obs: Em ambos os casos estes processos podem formar apenas ocorrncias minerais. Mesmo assim os depsitos hidrotermais so responsveis pela formao da maioria das jazidas de ouro, prata, cobre, chumbo e zinco. - Jazidas de evaporao: A evaporao um importante processo na formao de muitos depsitos econmicos de no metais. Este fenmeno mais comum em regies de climas quentes e ridos. A evaporao de grandes volumes de guas salinas causa concentrao dos sais dissolvidos. Quando atingida a super saturao de um determinado sal ele se precipita, sendo aqueles menos solveis os primeiros a se precipitarem. As jazidas formadas por estes processos so tambm chamadas de evaporitos podendo ter origem marinha ou continental. Os evaporitos marinhos contm cerca de 35% em peso de sais dissolvidos. Para que sejam atingidas as concentraes adequadas desses sais, devem existir ambientes favorveis para evaporao da gua. importante observar que a diferena entre jazidas de evaporao de jazidas de sedimentao que evaporao promovida a super saturao pela reduo da gua mais e mais partculas ou ons salinos na bacia de deposio. Ex: Jazidas de so na regio de Lagos, Rio de Janeiro e jazidas de Nitrato de Potssio, Taquari-Vassouras, Sergipe.

- Jazidas de concentrao: Elas podem ser caracterizadas como sendo jazidas de concentrao mecnica ou jazida de concentrao residual. Ambas esto associadas a uma ao de intemperismo numa regio do fornecimento de partculas interessantes denominada fonte supridora. - Jazidas de concentrao mecnica: So originadas do intemperismo sobre as rochas matrizes, liberando as substancias valiosas geralmente resistentes e pesadas, que sero transportadas por vento ou por guas, e concentrada em locais apropriados para a sua acumulao. Dependendo da distncia de transportes elas pedem ser caracterizadas como coluvionares ou aluvionares. A sua distino feita pelo grau de arredondamento que tero sofrido as partculas transportadas. Naturalmente quanto mais longo este transporte maior o grau de arredondamento e da descaracterizao das angulosidades, arestas e vrtices dessas partculas. Condies necessrias para formao de jazidas de concentrao mecnica:

1. Que o mineral interessante tenha elevada dureza e pouca clivagem para resiste ao transporte. 2. Que seja estvel na presena do intemperismo para que no se decomponha ou se transforme durante o transporte. 3. Que a matriz e o mineral interessante tenham densidades diferenciadas para que permita a concentrao natural.

4. Que haja um relevo adequado ao transporte e deposio. 5. Que haja um continuo abastecimento de minerais interessantes atravs da ao do intemperismo para que permita grandes acumulaes. Ex: 3.2.c. cassiterita (Rondnia), Diamante (Jequitinhonha). Metamorfismo

Os processos metamrficos alteram profundamente os depsitos minerais preexistentes e formam outros novos. Os principais agentes que intervem so: Calor, presso e gua. As substncias atuam sobre minerais formados anteriormente, ou mesmo rochas. Podem se formar depsitos valiosos de minerais no metlicos, principalmente, por recristalizao e recombinao dos minerais que integram as rochas. O metamorfismo das rochas o que origem aos jazimentos.

Os principais minerais que so formados por metamorfismo so: Asbesto, grafita, talco, esteatita, andalusita-silimanita-cianita, granada e outros. Captulo Mtodos de Pesquisa III Mineral

1. Encontrando Jazidas

INTRODUO Minerais

Para os gelogos, na economia mineral, lavrar uma jazida mineral a parte fcil do trabalho. A pior parte encontr-lo e defini-lo. Mas como encontrar estas concentraes de minerais metlicos na crosta terrestre? A empresa tem de assegurar que a jazida economicamente vivel, e necessita de uma garantia que a produo seja por um longo perodo, antes de se engajar em um investimento requerido para iniciar as operaes mineiras. Logo aps o inicio das operaes, necessrio definir a extenso da mineralizao, e procurar por novos horizontes para repor a reserva lavrada. Investigao de novas extenses e procurar por novos corpos de minrio so vitais para as atividades da empresa de minerao. 2. OBJETIVOS

A pesquisa mineral tem como objetivos, alm de descobrir e desenvolver jazidas, indicar caminhos de como recuperar da melhor forma os recursos minerais, tendo em vista o benefcio mximo para a economia, evitando gastos e perdas desnecessrias e protegendo o meio ambiente. Apresentar mtodos de prospeco mineral e avaliao de jazidas, atravs de sondagens, poos, trincheiras e planos inclinados. 3. CAMPOS DE ATIVIDADE

- Planejamento e execuo dos trabalhos de procura, observao, definio e interpretao de jazidas de recursos minerais. - Avaliao da eficincia de projetos de pesquisa e desenvolvimento de jazidas. Estudos de melhor explotao das jazidas. - Participao nas discusses para a definio de alvos e perspectivas de uma poltica mineral. 4. TRABALHOS REALIZADOS NA PESQUISA MINERAL

5.

Trabalhos

geolgicos Pesquisa Anlises

realizados em geoqumica

escritrio e

e

em

Apresentao REAS ALVO E

de ETAPAS

de relatrios DA

de PESQUISA

campo. geofsica. Sondagens. laboratrio. pesquisa. MINERAL

5.1. reas alvo Denominamos reas alvo aquelas que sero objetos de uma campanha de pesquisa mineral. A escolha de uma determinada rea para pesquisa inicia-se atravs de trabalhos geolgicos pr-existentes juntamente com ocorrncias que possibilitam um cenrio base para se desenvolver trabalhos de prospeco mineral. Para determinarmos reas alvo para pesquisa de um determinado mineral, utilizamos os chamados elementos ou estruturas indicadoras. Exemplo: - Ouro no quadriltero ferrfero: estrutura indicadora formao ferrfera Sulfetada; - Minrio de ferro no quadriltero: rocha Itabirito da Formao Supergrupo Minas Diamante: estrutura indicada: Kimberlito 5.2. Etapas Envolvidas na Pesquisa Mineral

As etapas de uma campanha de pesquisa mineral, resumidamente, podem ser descritas conforme a tabela a seguir: ETAPAS DA PESQUISA MINERAL ETAPA OBJETIVOS MTODOS VANTAGENS LIMITAES 01 Levantamento de conhecimentos e trabalhos realizados. Identificao de alvos para estudos detalhados Estudos bibliogrficos, publicaes, relatrios, compilao de informaes, estocagem de dados e informaes. Avaliao importante sobre o potencial de alvos. Quadro geral da situao de uma rea potencial. Levantamento super-ficial e incompleto; inadequado para ava-liao completa; infor-maes erradas; no existem informaes sobre reas no pes-quisadas. 02 Avaliao de reconhecimento para estabelecer base para determinao de reservas preliminares Mapeamento geo-lgico, geoqumico e geofsico de reco-nhecimento, amos-tragem regional, es-tocagem de dados e informaes e interpretaes. Avaliao suficiente para determinar a continuao dos trabalhos; novas reas para pesquisas identificadas. Insuficente4 para definir reservas. Insuficiente para descoberta de depsitos subterrneos. 03 Recolher dados geocientficos suficientes para determinar reservas e decidir sobres projetos de minerao. Mapeamento geo-lgico de detalhe, servios geoqumi-cos e geofsicos locais, escavaes, sondagens, testes de tratamento, estoca-gem e tratamento de dados. Conhecimento suficiente de uma ocorrncia mineral para determinar viabilidade econmica de lavra. Alto consumo de tempo e dinheiro. 04 Desenvolver estudos de projetos de lavra e beneficiamento, definio de mtodo de lavra, equipamento Ensaios de detalhes, sondagem de desenvolvimento de lavra, testes semi-indurltriais, anlise e tratamento de todos os dados. Definio do projeto de lavra e beneficiamento; exeqibilidade econmica de lavra. Alto consumo de tempo e dinheiro.

5.3.

Pesquisa

Regional

a etapa inicial da pesquisa mineral que realizada por meio de mapeamento geolgico regional,

levantamentos geofsicos e geoqumicos, sempre em grandes reas. Cada vez mais desenvolvem-se mtodos mais produtivos e de maior preciso nos resultados. Tcnicas aplicadas Geocronologia Distribuio Aeromagnetometria Gravimetria nesta de geoqumica magnetometria e etapa: istopos. regional. terrestre. etc.

ou

Alguns destes mtodos podem ser usados de forma combinada para que sejam obtidos resultados mais detalhados e precisos. Exemplo: 5.4. Aeromagnetometria Pesquisa e gravimetria. Detalhada

a etapa posterior a pesquisa regional e tem como objetivo detalhar uma rea alvo com resultados positivos durante a pesquisa realizada. Estes estudos se preocupam com a distribuio espacial das mineralizaes, e informaes mais precisas da ocorrncia mineral, utilizando-se sondagens em malhas fechadas, sendo muitas vezes necessrias tcnicas de escavaes tais como trincheiras, poos, galerias e planos inclinados. 6. Os problemas Onde Como Qual bsicos da PROSPECO prospeco mineral achar achar valor pedem ser definidos da seguinte MINERAL maneira: substncia. substncia. substncia.

conseguimos conseguimos o

uma uma econmico

determina determina desta

No incio o gelogo tenta definir rochas ou formaes geolgicas com melhores chances de concentrao minerais. Depois define os mtodos de prospeco a ser utilizados. Conforme experincias nos ltimos anos podemos destacar dois mtodos clssicos que so eficientes e baratos: Estes Exames de Exame mtodos em concentrados de combinao de minerais fluorescncia so usados para pesados na verificar encontrados luz alguns tipos no campo. ultravioleta. de jazimentos.

Os trabalhos preparatrios para a pesquisa mineral comeam com estudos de mapas geolgicos e geofsicos e com pesquisa bibliogrfica, aproveitando relatrios disponveis. Contatos com habitantes da regio so muito recomendveis.

Os trabalhos de campo comeam com visitas iniciais, seja a p ou de veculo para se familiarizar com o terreno. Nesta ocasio devero ser examinados afloramentos ocorrncias conhecidas e corte de estradas ou taludes. Geralmente existem na pesquisa trs formos de iniciar os trabalhos:

-

Perto Prospeco em Prospeco atravs de

de trechos sistemas

ocorrncia paralelos de drenagem,

ou a reas estradas ou

minas. conhecidas. pistas, etc.

Em diversos casos devem ser usados helicpteros na etapa inicial, em regies remotas e de vegetao densa. Condio bsica para o sucesso de uma campanha de pesquisa o conhecimento profundo da geologia regional e local, condies estruturais e a estratigrafia e petrografia da regio. Outro aspecto inicial relevante a saber se existem bases cartogrficas, geolgicas e topogrficas e se existem, ainda deve estar disponveis em escala adequada ou estudo a ser desenvolvido, caso contrrio o gelogo dever efetuar os mapeamentos necessrios. Quando desejamos pesquisar um minrio especfico e quando no existem ocorrncias semelhantes, deve ser analisar primeiramente qual tipo de rocha poder ser fonte do mineral. Quando j existem ocorrncias ou minas do tipo procurado, elas pedem dar indicaes substanciais sobre o possvel posicionamento de jazidas, por exemplo direes de veios que podem ser paralelos, radiais ou controlados por sistemas de falhamentos ou outras estruturas. Quando os alvos da pesquisa esto bem definidos, deve-se ento partir para a escolha dos mtodos de prospeco mais especficos e adequados. 7. 7.1. MTODOS Prospeco DE de PROSPECO Minerais MINERAL Pesados

O mtodo aplicado para pesquisa de jazidas de minerais de peso especfico elevado normalmente acima de 4. Exemplo: Platina Prata Galena Scheelita Monazita Hematita Magnetita Petlandita Granada Ouro 14 10 7,3 5,9 4,9 4,9 4,9 4,6 3,8 15,6 a a a a a a a a a a 19,3 19 12 7,6 6,2 5,3 5,2 5,2 5,1 4,2

Os sedimentos com minerais pesados so o resultado da alterao de rochas e geralmente no permanecem in situ, podendo ser transportados pelo vento, mars e correntes de gua. Somente o meio de transporte de correntes de gua interessam para a prospeco mineral. Veja a tabela abaixo, mostrando distncias em que os minerais foram encontrados das suas fontes: MINERAL Scheelita Ouro Monazita DISTNCIA 1750 510 195 (KM) Indus Indus Indus RIO PAS Paquisto Paquisto Paquisto

Hidrozincita Hidrozincita Antimonita

130 15 130

Teh Irmak Kabul

Espanha Turquia paquisto

O mtodo mais utilizado para determinar a distncia percorrida por uma partcula minerais atravs do grau de arredondamento das arestas do mineral. Equipamentos utilizados para prospeco de minerais pesados: bateia, jigues manuais, jogo de peneiras, contador Geiger e magnetos de mo. Locais de amostragem: recomendvel iniciar por um sistema de drenagem de maior porte, cortando rochas gneas e metamrficas, geralmente amostragens em rochas sedimentares no do bons resultados. Os lugares de amostragens mais favorveis so locais onde o leito do rio perde velocidade, tais como curvas e meandros. Caractersticas gerais: Mtodo rpido, barato e de bons resultados para campanhas iniciais de pesquisa quando podem ser aplicados. Necessita poucos equipamentos mas recomendvel um prospector experiente para obteno de concentrados puros.

7.2.

Prospeco

por

luminescncia

Nos ltimos anos foram desenvolvidas lmpadas leves e portteis gerando luz ultravioleta, desta forma este instrumento pode ser aplicado na pesquisa de campo. A luminescncia abrange mtodos como fluorescncias, fosforescncia e termoluminescncia entre outros. Em linhas gerais podemos dizer:

- Fluorescncia: a reflexo dos minerais em vrias cores durante a iluminao direta com luz ultravioleta. Fosforescncia: a reflexo contnua aps o trmino da iluminao. - Termoluminescncia: causada quando ocorre o aquecimento de determinados minerais. Alm de lmpadas de luz ultravioletas, podem ser usadas lmpadas de arco voltaico, raios-X e lmpadas catdicas. So conhecidos atualmente cerca de 300 minerais diferentes com propriedades luminescentes. Composio Molibdnio 0,05% 0,48% 0,96% 4,8% Cor puro Mo Mo Mo Mo Branco Branco de fluorescncia Azul azulado Branco amarelado Amarelo

7.3. 7.3.a. o mtodo mais

Prospeco Prospeco antigo de prospeco

geofsica magntica geofsica.

Atualmente empregando instrumentos sofisticados a magnetometria um dos mtodos geofsicos mais utilizados no mapeamento geolgico, prospeco mineral e petroleira. Devido ao contedo de minerais magnticos magnetita, ilmenita, pirrotita etc, as rochas da crosta terrestre se magnetizam como um todo, ou seja quanto maior teor destes minerais, mais intensa ser a magnetizao da rocha. Quando estamos a procura destes minerais magnticos ou minerais que ocorrem associados aos mesmos este um dos mtodos mais eficientes. Mas tambm podem ser utilizados para determinao da espessura de sedimentos acima de um embasamento cristalino e de estruturas de falhamentos, e grandes dobras anticlinais e sinclinais. Uma outra utilizao no mapeamento de subsolo, independente da cobertura de florestas intemperismo. A magnetometria pode ser de carter terrestre ou areo, na de de dependendo dos objetivos.

Equipamentos -

usados Magnetmetro Magnetmetro discriminador Magnetmetro

magnetometria: toro. fluxo. nucleal.

Obs: Todos estes aparelhos medem intensidade do fluxo magntico, variando apenas os princpios de funcionamento. 7.3.b. Mtodo da polarizao induzida (IP)

Princpio de funcionamento do mtodo: baseia-se na capacidade que tem as rochas de armazenar energia, desta forma ao se desligar uma corrente eltrica que tenha sido induzida no terreno, a voltagem no se torna imediatamente nula, mas sim decresce gradativamente durante vrios minutos, sendo que velocidade da queda varia de rocha para rocha. Os minrios Sulfetos xidos Metais susceptveis em Grafita metlicos, nativos, de geral e como alguns magnetita, arsenietos apresentar exceto o fenmeno blenda alguns pirolusita e e e outros IP so: cinbrio. carves. hematita. metais.

Como o efeito IP um fenmeno ligado a superfcie do condutor, ele se manifesta melhor quanto menor a granulao. Isto constitui uma vantagem do mtodo pois permite detectar minerais disseminados, em teores to baixos como na faixa de 1% em volume. 7.3.c. um mtodo Mtodo terrestre da de prospeco. resistividade

Princpio de funcionamento do mtodo: baseado na aplicao de uma corrente eltrica e medio da respectiva resistncia eltrica nos diversos meios atravessados pela corrente. Os minerais de interesse econmico na maioria das vezes so altamente condutivos, ou seja, de baixa resistividade. A principal funo deste mtodo a deteco de corpos macios cuja resistividade eltrica seja

excepcionalmente

baixa

em

relao

s

encaixantes.

Os minerais mais altamente condutivos, ou seja, de menor resistividade so os sulfetos em geral (exceto blenda e cinbrio), alguns xidos, arsenietos e grafita.

7.4. 7.4.a.

Prospeco

geoqumica Introduo

Os elevados investimentos exigidos nos trabalhos de prospeco mineral, obrigaram busca de tcnicas que compatibilizem baixos, operacionalidade e eficcia. Dentro deste contexto desenvolveu-se a geoqumica como um dos recursos para solucionar o problema. As principais etapas de uma campanha geoqumica so: amostragem, anlises interpretao e arquivamento dos dados. Nos tpicos a seguir discutiremos cada uma separadamente. Algumas regras bsicas devem ser seguidas para o sucesso de uma campanha bem sucedida, tais como: - Evitar excesso de amostras, que decerto aumenta o tempo de campo e o prazo das anlises das amostras. - Variedades muito amplas de elementos a analisar, sem necessidade aparente porque aumenta os custos e os prazos de analises alm de promover um excesso de dados analticos. 7.4.b. A amostragem a mais Amostragem importante ferramenta da prospeco geoqumica geoqumica.

Consiste na coleta de qualquer material de ocorrncia natural, deste que se permita verificar as variaes caractersticas entre diversos pontos ou segmentos de uma regio. O processo feito inicialmente dividindo-se a rea em uma malha de amostragem previamente definida de acordo com os objetivos da campanha. A coleta do material se faz com uma ferramenta inerte e acondicionando-se as amostras em sacos plsticos identificados. 7.4.c. Anlises qumicas

Os principais focos de anlises qumicas devem ser: sedimentos de corrente, concentrados de bateia, solos, rochas, guas (nascentes), vegetao entre outros. 7.4.d. Preparao das amostras

Aps a coleta, a etapa seguinte a anlise do material por um mtodo a ser selecionados pelo laboratrio. As etapas que constituem a preparao das amostras so: Secagem, desagregao, peneiramento, homogeneizao e quarteamento. Obs: Como geralmente as quantidades de material so elevados, efetua-se o processo de quarteamento das amostras a fim de se obter uma amostra representativa com uma quantidade inferior de material a ser analisado. 7.4.e. Interpretao dos dados

O geoqumico n~ao procura mineralizao diretamente, e sim anomalias que indicam a presena de minrio.

Devido variedade de objetivos de escala dos levantamentos geoqumicos impossvel fornecer uma receita para interpretao de dados. O primeiro passo deve ser ilustrar graficamente com mapas as informaes de estaes de amostragens e seus resultados analticos, de forma clara e precisa. O passo seguinte definir valores anmalos por alguma tcnica que mostre o comportamento e distribuio dos valores que fogem do normal. A etapa seguinte tentar relacionar as anomalias aos fatores geolgicos presentes na regio alvo, mas preciso esclarecer que se as anomalias no aparecem, no quer dizer que as mineralizaes no existam. preciso atinar para alguns fatores que podem estar promovendo esta supresso ou ausncia de valores anmalos tais como: - depsitos abaixo de camada impermevel, que impossibilitam a migrao dos elementos pela gua subterrnea para zonas superficiais. - Depsitos que ocorrem em grandes profundidades em reas de intemperismo fraco. Por fim os resultados so apresentados em mapas de reas anmalas cujo propsito assinalar reas promissoras para realizar trabalhos subseqentes travs do estabelecimento de prioridades, destas reas selecionadas decide-se sobre onde, quanto e como investir na rea. 7.4.f. Arquivamento dos dados

Todos os resultados e registros gerados devem ser arquivados; mesmo que a rea no tenha sido promissora, pois de acordo com o conceito de minrio e jazidas o tempo pode alterar o cenrio atual da pesquisa.

Captulo Sondagem

IV

1.

INTRODUO

A sondagem consiste na execuo de furos que podem partir da superfcie ou do subsolo, com localizao pr-determinada, destinados a obteno de amostras dos terrenos subsuperficiais. Sonda o nome genrico dos equipamentos que executam tais furos. Podemos consider-las como sendo de pequenos e grandes dimetros. As sondas de pequeno dimetro, em geral, fornecem dados satisfatrios porm apresentam maiores desvios de perfurao, restries quanto a granulometria do material e pequenas quantidades de amostras. As sondas de maiores dimetros so mquinas de alto investimento, podendo ser montadas em chassis ou sobre caminhes. A principal vantagem o fornecimento de amostras em grande volume para estimativas mais precisas de teores.

2.

FATORES

QUE

INFLUENCIAM

NA

VELOCIDADE

DE

PERFURAO

Um dos principais aspectos que influenciam no mtodo e resultados da sondagem a velocidade de penetrao da rea a ser pesquisada. Fatores Rochas: um a agregado natural formado ser por um ou mais considerados: minerais.

- gneas ou magmticas: So aquelas provenientes da solidificao do magma. Se um magma consolida no interior da crosta terrestre esta rocha chamas-se intrusiva e seus cristais so maiores, fornecendo textura equigranular em virtude da baixa velocidade resfriamento. - Sedimentares: So aquelas formadas a partir do material originado da decomposio de outras rochas. Este material deve ser transportado e depositado num ambiente propcio sedimentao. - Metamrficas: So rochas gneas ou sedimentares qaue sob a influncia de temperatura, presso e trocas qumicas, transformam sua estrutura e composio qumica, originando assim um tipo novo de rocha. Mineral: um elemento ou composto qumico, resultante de processos inorgnicos, de composio qumica geralmente definida e encontrado naturalmente na crosta terrestre. Uma das principais caractersticas dos minerais a sua dureza, ou seja, a resistncia que um mineral oferece ao risco. Escala de Mohs: uma escala utilizada para comparar as diferentes durezas entre os minerais. Foram escolhidos dez minerais abundantes na natureza. A exceo o Diamante que foi considerado na lista por ser o mineral mais duro. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Talco Gipsita calcita Fluorita Apatita Feldspato Quartzo Topzio Crindon Diamante

Concluso: Como as rochas so formadas por minerais, estes so os responsveis pela dureza, abrasividade e textura das mesmas, ou seja, as rochas mais duras so aquelas que possuem minerais de dureza mais elevada. Caractersticas estruturais das rochas: Fendas, fraturas, juntas, dobramentos, dissolues, etc. Dimetro Profundidade Mecanismos do do de furo: furo: quanto quanto maior, maior, Percursivo, menor menor a a velocidade velocidade eu de de avano. avano.

avano:

rotativo

roto-percursivo.

3.

TIPOS

DE

SONDAGEM

3.1. Percursiva: Utilizada em sondagens de aluvio ou em rochas intemperizadas, devido a sua baixa velocidade de penetrao. Geralmente utilizam mecanismos de rotao associados. Podem ser ou no

motorizadas. Entre as principais citamos a do tipo Empire ou Banka, Ward e os Trados. 3.2. Rotativa: Utiliza o mecanismo de rotao e limpeza para o avano do furo. indicada para furos de pequeno a mdio dimetro e profundidades mdias e elevadas em qualquer tipo de rocha. A maior vantagem deste tipo de sondagem fornecer testemunhos intactos para avaliaes geomecnicas de subsuperfcie. 3.3. Roto-percursiva: Atualmente o mecanismo mais eficiente de perfurao, pois combina rotao e percusso. Alcana as maiores velocidades de penetrao em geral e possibilita furos de maior dimetro e maior profundidade. Porm apresentam a desvantagem de destruir os testemunhos, devido a percusso associada da rotao. Podem ser utilizadas com o mecanismo de circulao reversa que coleta o p da perfurao diretamente aps a limpeza do furo. Quando se trabalha com roto-percusso, geralmente so envolvidos quatro mecanismos, cuja dinmica de perfurao descrita abaixo: 3.3.a. Percusso: Mecanismo responsvel pelo fornecimento da energia (onda de choque) que se transmite s ferramentas de perfurao. 3.3.b. Avano: Mecanismo responsvel pelo esforo sobres a coluna de ferramenta, mantendo a coroa sempre em contato com a rocha de modo a se aproveitar ao mximo a energia percursiva. 3.3.c. Rotao: Mecanismo que faz a coroa girar entre impactos sucessivos, colocando-a numa nova posio de rocha ainda no fragmentada. 3.3.d. Limpeza: Sistema que tem por finalidade apresentar coroa uma nova superfcie de rocha, limpa atravs da remoo contnua do interior do furo da rocha fragmentada. Normalmente os tipos de limpeza mais comuns so:

3.3.d.1. Ar: Empregado a cu aberto, geralmente a velocidade de perfurao de 10% a 30% superior a limpeza com gua. 3.3.d.2. gua: Normalmente empregado em minas subterrneas ou em locais com restries tcnicas ou ambientais (mina de sal). A velocidade da gua deve se situar na faixa de 0,5 a 1 m/s para se obter uma limpeza eficiente.

3.3.d.3. Espuma: Normalmente empregada em rochas muito fraturadas / decompostas, facilitando a limpeza e remoo dos fragmentos, alm de em alguns casos estabilizar as paredes do furo. 4. Sero estudados EQUIPAMENTOS na disciplina DE equipamentos de SONDAGEM minerao

Abaixo foto da sonda rotativa wire line Boart Longyear LM 75 utilizada para explorao subterrnea.

Equipamento

para

mina

Subterrnea

Equipamento

para

mina

Cu

Aberto

5.

CAMPANHA

DE

SONDAGEM

Uma campanha de sondagem deve ser planejada antecipadamente de acordo com os objetivos a ser alcanados.

Num mapa, denominada folha de sondagem, deve constar o nmero do furo a ser realizado, nmero da linha, cota do local, coordenadas topogrficas, nvel de lenol fretico, sonda utilizada, data, hora entre outras informaes que se fizerem necessrias., ou seja, toda rea ser sondada dever estar levantada topograficamente e se necessrio com mapeamento geolgico dos afloramentos e resultados de anlises de laboratrio. No incio da campanha deve ser definida a malha de sondagem e tipo de malha: retangular, quadrada, estagiada, etc... Para estgios exploratrios iniciais um afastamento x espaamento de 1000 m x 100 m ou aproximadamente, poder ser adequada. Os resultados desta campanha preliminar daro suporte para continuidade ou no da campanha em carter de maior detalhe, ou seja, com estreitamento da malha para dimenses mtricas de 30 a 20 m ou ate menores.

Captulo Avaliao de Recursos

V Minerais

1.

INTRODUO

A base para explorao econmica de uma jazida mineral, so as investigaes da pesquisa mineral com todas as opes e mtodos disponveis, aliadas a um mapeamento geolgico estrutural e petrogrfico e ainda teste de beneficiamento da jazida mineral. Fatores como infra-estrutura, energia, escoamento do produto, condies climticas e de mo de obra disponvel tambm so relevantes. Porm a definio precisa dos recursos minerais tem peso fundamental, pois de acordo com as tonelagens, teores e bens minerais que compem a reserva, os demais investimentos nos itens citados acima so amortizados ou no. Exemplo: - Reservas com baixas tonelagens e teores, de minrios de baixo valor agregados, devem requerer investimentos de menores monta para serem viveis. - Reserva de grandes tonelagens e teores elevados pedem absorver ou no, maiores necessidades de investimento tais como: estradas de acesso, vilas residenciais, hidreltricas, portos, etc. Levando-se em conta estes fatores, podemos concluir que uma estimativa errada dos recursos minerais, pode acarretar na execuo de projetos de minas sem viabilidade econmica e conseqentemente a no amortizao do capital investido. Neste captulo estudaremos alguns mtodos de avaliao de um recurso mineral e como descrito acima, o quanto importante um trabalho confivel nesta etapa de um possvel empreendimento mineiro. 2. AMOSTRAGENS, SONDAGENS E MODELAMENTO GEOLGICO

Aps a localizao de um recurso mineral por meio de mtodos de prospeco, podemos visualizar o mesmo no espao ou seja, conhecer sua posio geolgica, a forma da mineralizao, sua forma e teores. Aps o conhecimento espacial da mineralizao, inicia-se a fase de detalhamento do mesmo atravs de trabalhos direcionados em regies pr-definidas do recurso mineral. Um trabalho de detalhamento de um recurso mineral, consiste basicamente em amostragem dos trabalhos

de sondagem de malha adensada, abertura de poos, trincheiras, planos inclinados e numa etapa seguinte, feito um modelo geolgico onde dado um tratamento estatstico nos dados obtidos atravs de softwares especficos. 2.1. Sondagem de detalhe

Como o prprio nome indica, tem a funo de informar caractersticas do corpo mineral que no foram obtidas na fase de pesquisa tais como: Geologia estrutural local (dobras, falhas, famlias de fraturas e ou juntas, etc...), continuidade do corpo lateral em profundidade ou extenso (hiatos da mineralizao) e ainda detalhamento da distribuio de teores ao longo da mineralizao. 2.2. Trincheiras

So aberturas em forma de canal, localizadas geralmente perpendiculares ao corpo mineralizado e com pouca profundidade (em situaes especiais podem ser paralelas ou diagonais ao corpo mineralizado). So escavadas com espaamento pr-definido e comportamento dependendo da espessura do corpo. So utilizadas em rochas friveis, podendo necessitar de explosivos em alguns trechos. So muito utilizadas em coros subaflorantes (baixa profundidade) e de capeamento pouco espesso, fornecendo volumes representativos das mineralizaes para estimativas precisas de teores. Os equipamentos mais utilizados para a escavao das trincheiras so: Ps e picaretas (manuais) e retroescavadeiras (mecanizados). 2.3. Poos

So aberturas verticais, circulares ou quadradas com a finalidade de acessara corpos mineralizados em profundidade medianas (aprox. 30 m a 50 m). Os poos so utilizados onde as trincheiras no so mais viveis e necessitamos de amostras representativas para estimar teores e verificar o comportamento da mineralizao em profundidade. Podem ser escavadas as mos ou com uso de detonaes. Apresentam limitaes tcnicas devido falta de ventilao em seu interior e custos elevados de escavao a medida de seu aprofundamento. Os equipamentos mais utilizados para a escavao so: Ps, picaretas perfuratrizes (martelos) manuais, quando escavados por meio de explosivos. comum a utilizao de guinchos na superfcie para iamento do material desmontado. 2.4. Planos inclinados

Com relao aos equipamentos utilizados na sua execuo podemos citar: Ps, picaretas e perfuratrizes (martelos) manuais, podem ser mecanizados atravs dos jumbos de perfurao. Martelos e jumbos so utilizados quando os planos so escavados por meio de detonaes. Os planos inclinados, possibilitam tambm a mecanizao na limpeza do material desmontado atravs de carregadeiras rebaixadas e de pequeno porte. 2.5. Modelamento geolgico

Durante e aps a campanha de prospeco mineral, os dados obtidos devem ser lanados em sees, mapas geolgicos ou softwares de modelamento geolgico para anlises grficas, tridimensionais ou no. A vantagem na utilizao de softwares a possibilidade de obter cortes em diversas vistas da mineralizao e mdulos geoestatsticos inseridos que extrapolam teores se volumes com preciso dependendo da quantidade dos dados inseridos.

Modelagem

geolgica

feita

atravs

do

software

especialista.

Interpretao

geolgica

da

sondagem

Modelamento

geolgico

da

ocorrncia

mineral

(ou

jazida)

3. 3.1.

DEFINIO Recursos

E

CLASSIFICAO Minerais x

DAS

RESERVAS Reservas

MINERAIS Minerais

3.1.1. Recursos Minerais: Uma concentrao de material slido, lquido ou gasoso que ocorre naturalmente dentro ou acima da crosta terrestre em forma e quantidade que pode tornar-se vivel a extrao econmica de uma parte ou de sua totalidade. 3.1.2. Reservas Minerais: Ou jazidas minerais, so partes do recurso mineral que podem ser extradas economicamente num tempo determinado. Reservas incluem material recupervel.

3.2.

Classificao

das

Reservas

Minerais

Todas as ocorrncias naturais de substncias metlicas, no metlicas ou combustveis fsseis em concentraes suficientes podem ser classificadas em uma ou vrias das categorias definidas abaixo. 3.2.1. Reservas Inferidas: So aquelas identificadas e quantificadas com um ndice relativamente baixo de certeza. Existem poucos furos de sonda e nenhum ou quase nenhum trabalho de amostragem, sendo que sua estimativa feita atravs de interpretaes geolgicas e suposies de continuidade do corpo geolgico. 3.2.2. Reservas Indicadas: As estimativas de extenso e teores so feitas atravs de amostras colhidas com trabalhos de sondagem trincheiras, poos, planos inclinados com malha no adensada, porm com dimenses inferiores aos das reservas inferidas. O grau de certeza mediano, necessitando de maior detalhamento para lavra. 3.2.3. Reservas Medidas: As estimativas de extenso e teores so feitas atravs de amostras colhidas em trabalhos de sondagem, trincheiras, poos, planos inclinados em nvel de detalhe com malha adensada. Em outras palavras, o volume, teor e morfologia do corpo so bem detalhados. O grau de informao o mais elevado. 4. MTODOS DE AVALIAO DAS RESERVAS MINERAIS

Quando falamos em mtodos de clculos, para avaliaes de reservas minerais, estamos nos referindo a uma forma matemtica para estimar, atravs de um tratamento estatstico de amostras de campo tomadas de uma ocorrncia mineral, o volume e o teor de um determinado bem mineral numa reserva mineral. Em suma, existem os mtodos chamados de convencionais, os mtodos estatsticos e os mtodos mais modernos conhecidos como geoestatsticos.

4.1.

Organizao

dos

dados

Qualquer que seja o mtodo de clculo de reserva adotado para avaliar um depsito mineral, devemos cuidar da organizao dos dados com uma ateno especial. Eles devem ser obtidos, conferidos e apresentados de uma forma sistemtica, todos os servios locados e com amostras plotadas em mapas e sees produzindo uma sntese que permita uma viso de conjunto de trabalhos realizados. Todos os dados devem ser arquivados em planilhas na formas de um banco de dados. 4.2. Mtodos convencionais

Nos mtodos convencionais so considerados os fatores que levam em conta critrios que variam de acordo com a experincia profissional do gelogo ou engenheiro de minas. Os mtodos convencionais no fazem nenhuma considerao sobre o erro associado e nvel de confiana dos valores obtidos sendo sua fundamentao geomtrica ou ligada geometria. O depsito mineral convertido em um corpo geomtrico ou vrios pequenos corpos geomtricos (blocos), procurando expressar a geometria da reserva como um todo, ou seja, sua forma, distribuio de teores e parmetros associados pesquisa. Os 1 2 3 4.2.1. principais mtodos Mtodo convencionais da Mtodo Mtodo Mtodo assim da do seo dos inverso seo por utilizados padro polgonos do padro padronizar quadrado (horizontal sees verticais para clculos (vertical (ou da ou ou de ou reserva so:

horizontal) poligonais) distncia vertical) horizontais.

Normalmente

denominando

Cada bloco homogneo maior ser dividido em blocos menores por meio de sees paralelas. Os atributos da pesquisa so paresent6ados nas sees e para o clculo de reservas considere-se como bloco o limite entre duas sees no caso do mtodo de seo padro e para o mtodo de seo linear o a seo centro do bloco. Normalmente utiliza-se um planmetro de preciso para determinao de rea mineralizada com preciso. Com relao determinao de teores, utiliza-se a mdia aritmtica ou ponderada em relao s tonelagens. Exemplos de sees lineares tpicas, utilizadas para clculo de reservas atravs dos mtodos de seo linear.

Resumo

do

mtodo:

Tonelagem do bloco: Volume do slido gerado entre sees ou perfis x densidade da rocha mineralizada; Teor do bloco: Mdia ponderada dos teores dos furos de sonda com as espessuras mineralizadas;

Tonelagem Teor 4.2.2. da

da reserva: Mtodo

reserva: Mdia

Somatrio dos

das teores dos

tonelagens blocos com das

dos as

blocos; tonelagens; poligonais)

ponderada dos

polgonos

(ou

um mtodo convencional que consiste em dividir o corpo mineral em uma srie de figuras geomtricas. O princpio bsico consiste em medir a rea dos polgonos e multiplicar pela espessura naquele ponto, novamente multiplica-se pela densidade do minrio ou rocha e temos assim a tonelagem de cada bloco. Exige furo em cada bloco para estimar com preciso os teores. Para estimarmos o teor final, fazemos uma mdia ponderada dos teores de casa bloco com sua tonelagem. Desta forma, temos a tonelagem final da jazida e seu respectivo teor mdio. Exemplo de uma rea dividida em quadrados, para clculo de reserva pelo mtodos das poligonais. Cada x no centro do bloco representa um furo de sondagem.

Malha Resumo

quadrada

de

sondagem do

com

furos

centrais mtodo:

Tonelagem do bloco: rea do polgono x espessura do corpo x densidade da rocha mineralizada; Teor Tonelagem Teor 4.2.3. da do da reserva: Mtodo bloco: reserva: Mdia do Teor Somatrio ponderada inverso dos do do das teores furo tonelagens com a da de dos do sonda; blocos; bloco; (IQD)

tonelagem distncia

quadrado

Este mtodo utiliza o processo da seo padro, linear ou poligonais para clculo da tonelagem entre blocos e da reserva final. Para o clculo de teores considera-se que os mesmos seguem uma distribuio que inversamente proporcional ao quadrado da distncia da sua origem (centro do bloco onde desejamos efetuar as estimativas). O teor de um bloco dado pela frmula seguinte: Xb 1/ = X1. d12 de 1/ + d12 + X2. 1/ d22 reserva pelo 1/ d22 + X3. 1 / + 1 / d32 Mtodo do Inverso d32 + do + ... + ... + Quadrado Xn. 1 da 1 / / dn2 dn2

Clculo

Distncia

Obs: Dados das amostras: 20 m teor 1%; 30 m 2%; 80 m 3%; 120 m 4%

Resumo

do

mtodo:

Tonelagem da reserva: rea mineralizada x espessura mdia do corpo x densidade da rocha mineralizada. Teor da reserva: calculado atravs da frmula do mtodo IQD a partir de um ponto pr-definido da rea mineralizada. 4.3. Mtodos Estatsticos / Geoestatsticos

Estes mtodos utilizam uma combinao de tcnicas convencionais com tcnicas estatsticas, envolvendo tambm variveis geolgicas intrnsecas da rea da jazida. Para uma estimativa precisa, utiliza-se dos variogramas em todas as direes da jazida, sendo possvel de ser executado apenas pra softwares especficos de planejamento de lavra e geoestatsticos. Devido a grande quantidade clculos envolvidos, dificulta a excusso manual.

Nestes mtodos, existe a possibilidade se avaliar o erro ou a incerteza nos clculos estimados ao contrrio dos mtodos convencionais visto anteriormente. O mtodo mais conhecido atualmente chamado de Krigagem (em homenagem a Daniel G. Krige).

A figurara mostra uma campanha de sondagem. esquerda os elipsides de alcance para determinao do valor do teor de cada bloco. direita modelo de blocos com o teor ao centro (marcados com x). Podem ser analisados vrios teores, tanto do bem mineral de interesse quanto de impurezas.

Elipsides de alcance: (elipses em trs dimenses) uma figura geomtrica que determina quais so as amostras que faro parte do clculo do bloco. uma das ferramentas mais importantes da geoestatstica. Os trs eixos so perpendiculares entre si e podem ter quaisquer direes, dependendo apenas de estudos preliminares para se saber qual a melhor opo de tamanho dos eixos e direes. Modelo de blocos: So os blocos que definem a unidade de estimativa de teores e tonelagem. Suas dimenses so independentes podendo ser iguais ou diferentes. O que define estes valores so formas e variao, ou tendncias de variao dos teores. Informaes dos blocos: Os blocos podem conter, basicamente, trs informaes: Minrio, estril, ar e teor(es). O modelo de blocos o objetivo final da geoestatstica. A partir deste modelo que sero simuladas as cavas (cu aberto), os estopes (subterrnea) e sequenciamento de lavra para ambos os casos.

APNDICE

Resolva

os

problemas

a

seguir

Geometria 1. Calcule o permetro e a rea de um crculo de dimetro 5 2. Calcule o permetro e a rea de um quadrado de lado 5 3. Calcule o volume de um cubo de lado 5 4. Calcule o permetro e a rea de um retngulo de lados 5 m x 8 5. Calcule o volume de um paraleleppedo de lados 5 m, 8m e 4 6. Calcule o permetro e a rea de um tringulo retngulo de base 5 m e altura 8 7. Calcule o permetro e a rea de um trapzio de bases menor 5 m, maior 8 m e altura 4 m. m m m m m m

8.

Calcule

o

volume

do

slido

acima

considerando

10

m

entre

os

dois

trapzios

9.

Calcule

as

reas

acima

considerando

a

base

de

5

m

e

altura

8

m

10. Calcule o volume acima considerando a base de 5 m , altura 8 m distancia de 10 entre os losangos Trigonometria

11.

Calcule

a

altura

de

um

triangulo

de

base

10

m

e

inclinao

60

12. Calcule a distncia entre as duas paralelas sendo que a base tem 10 m e inclinao 60

13. Calcule a base do triangulo para uma altura de 20 m e 10% de inclinao 14. Calcule o angulo (em graus e porcentagem) de inclinao de um tringulo retngulo de 10 m de base e 20 m de altura

Transformao 15. 16. 17. 18. Clculo Transforme Transforme Transforme Transforme 10 10.000 10.000 1 de

de km W W m3 em em em em

unidades m kW HP litros porcentagem

19. 1 m3 de rocha aumenta se volume em 60%. Qual o volume final? 20. 1 m3 de rocha desmontada diminue seu volume em 30%. Qual o volume final? 21. 2 m3 in situ se transforma em 2,4 m3. Qual a porcentagem que aumentou?

UNIVERSIDADE DE BRASLIA Instituto de Geocincias Departamento de Geologia Geral e AplicadaDisciplina: INSTRUMENTAO GEOLGICA BSICANOTAS DE AULA do Prof. Manfredo WingeWinge,M. 1995. Instrumentao Geolgica Bsica - Notas de aula. Publicado na Internet em: http://www.unb.br/ig/cursos/igb/igb.htm. Uso livre, parcial ou total, devendo ser citada a fonte conforme a referncia acima. (Em elaborao Sugestes e correes so bem-vindas)

No. 1

TPICO METODOLOGIA GEOLGICA

2 3 4 5 6 7 8

O ESTUDO DE AFLORAMENTOS CURVAS DE NIVEL DIRECIONAIS DE CAMADA ou CURVAS DE CONTORNO ESTRUTURAL MAPAS TOPOGRFICOS E GEOLGICOS ALTMETRO, CLINMETRO E A BSSOLA DE GELOGO PERFIS TOPOGRFICO-GEOLGICOS IMAGEAMENTO TERRESTRE E FOTOGEOLOGIA

No. 1 2 3 4 5 6

EXERCCIOS TRABALHO DE PESQUISA BIBLIOGRFICA EXERCCIOS COM MAPAS TOPOGRFICOS CURVAS DE NVEL E DIRECIONAIS DE CAMADA "LENDO"MAPAS GEOLGICOS CLCULO DE ESPESSURAS REAIS E APARENTES DE CAMADAS EXERCCIOS DE CARTOGRAFIA GEOLGICA

METODOLOGIA GEOLGICA1. INTRODUO O MAPA GEOLGICO a forma de comunicao mais rpida e eficiente do gelogo, apresentando fatos e interpretaes posicionados cartograficamente o que permite uma viso abrangente e imediata da geologia da rea representada . Assim, para se fazer GEOLOGIA, necessario tanto saber interpretar [=LER] mapas geolgicos j existentes quanto saber elaborar mapas geolgicos. Como princpio metodolgico da geologia devemos, em primeiro lugar, obter ou providenciar o mapa geolgico da rea que nos interessa e na escala adequada aos nossos propsitos pois o MAPA GEOLGICO o fundamento para qualquer trabalho subsequente, quer de explorao mineral quer de controle do meio ambiente, desenvolvimento urbano, construo de estradas etc.. Por falta desta viso de base, recursos de vulto do setor mineral tm sido dispendidos no Pas em campanhas de prospeco sem atingir uma definio concreta da existncia ou no de jazidas. Assim, mesmo utilizando tcnicas de etapas mais avanadas da explorao ou prospeco mineral como geoqumica, geofsica, etc.., nunca se deve prescindir do entrelaamento destas tcnicas com uma interpretao ou reinterpretao geolgica, posicionando-se os fatos observados no espao, cartograficamente, e interpretando a sua evoluo no tempo geolgico. O questionamento permanente dos modlos e hipteses inerente profisso da geologia em um processo mental de testes de novas idias face observaes de fatos geolgicos. Para isto necessrio o rigor cientfico com o trato diferenciado entre FATOS e INTERPRETAES. 2. A ESCALA DE TRABALHO E A DENSIDADE DE INFORMAES

Um mapa geolgico uma representao sinttica (e bastante interpretada) da natureza. Quanto menor a escala, menos resoluo cartogrfica (menos detalhes) temos no mapa que, por outro lado, representar reas maiores proporcionando-nos uma viso de reas maiores. H no Brasil um limite comumente aceito de escala de mapeamento para trabalhos sistemticos de campo que o da escala de 1:250.000 (1cm = 2,5km). Escalas menores como 1:500.000, 1:1.000.000 etc.. so escalas de integrao de dados de mapeamentos geolgicos j realizados. Este conceito varia de pas para pase e com a evoluo dos conhecimentos geolgicos. Assim, por exemplo, em pases menores as escalas de sntese (sem mapeamento de campo) geralmente so maiores do que esta assumida no Brasil e, no nosso prprio pas, a escala de 1:250.000 j est no grupo de escalas de integrao de dados em vrias regies. A vinculao direta entre a escala de mapeamento e a densidade de afloramentos estudados/km2 deve ser vista como uma aproximao de mdias e com cuidado porqu sempre devem existir variaes nesta densidade que so consequncia da prpria geologia mais ou menos complexa, da disponibilidade de afloramentos rochosos, dos problemas geolgicos no resolvidos bem como do prprio objetivo do mapeamento. Assim, por exemplo, em um mapeamento de 1:100.000 devem ser feitos perfis detalhados e com preciso em locais-chaves para se estabelecer colunas geolgicas medidas visando a definio da estratigrafia. Uma vez atendido este objetivo, o mapeamento do resto da rea ser mais facilitado situando e checando-se as unidades estratigrficas de acordo com o empilhamento definido pelo perfil detalhado. Escalas de mapeamento regional (menor densidade mdia de afloramentos estudados por unidade de rea) exige, normalmente, maiores conhecimentos e prtica do gelogo porqu o levantamento ser apoiado em menos fatos geolgicos observados no campo para interpretar reas maiores do que em escalas maiores. Classificao das escalas de cartografia geolgica: a. Escalas de sntese ou de integrao de dados em nvel continental ou nacional: 1:10.000.000; 1:5.000.000; 1:2.500.000. b. Escalas de sntese ou de integrao ou de compilao de dados em nvel regional: 1:1.000.000; 1:500.000. c. Escalas de mapeamento geolgico em nvel de reconhecimento regional: 1:500.000 (Amaznia) e 1:250.000. d. Escalas de mapeamento geolgico sistemtico do Pas: 1:100.000; 1:50.000. e. Escala de mapeamento geolgico de semi-detalhe: 1:25.000. f. Escala de mapeamento geolgico de detalhe: 1:10.000; 1:5.000; 1:2.000. g. Escala de mapeamento geolgico de ultradetalhe 1:1.000 e maiores. As escalas de detalhe e ultradetalhe so comumente utilizadas nas fases ou etapas prospectivas dos projetos de localizao e avaliao (quantificao e qualificao) de depsitos minerais, em trabalhos de geotcnica (estradas, aeroportos, urbanizao....), de mapeamento de minas e outros. Naturalmente que os custos (pessoal, custos, tempo..) dos mapeamento de maior detalhe so maiores (aumentam exponencialmente - ao quadrado pelo menos) com o aumento de escala. 3. A METODOLOGIA GEOLGICA NA EXPLORAO (PROSPECO) MINERAL

O conhecimento comparado da geologia das principais jazidas, em nvel mundial ou regional, permite-nos avaliar a possibilidade da regio estudada possuir ou no determinados tipos de mineralizaes ao observarmos condies similares s daquelas reas mineralizadas. Assim, fundamental no mtodo geolgico ter-se conhecimento dos modelos evolutivos das principais reas mineralizadas do mundo bem como dos metalotectos que ensejam algum tipo de concentrao mineral (metalotectos = processos "construtores" de concentraes minerais ou feies indicadoras destas concentraes minerais). Esta necessidade est vinculada ao processo mental, muitas vezes realizados em nvel subconsciente, em que um pequeno indcio nos leva a desconfiar da importncia da rea e eventualmente identificar uma regio potencialmente mineralizada. importante que j no campo comecemos a testar hipteses a partir dos indicadores de metalotectos. Como princpio metodolgico deve-se partir do GERAL para chegar ao PARTICULAR. Este princpio est relacionado com a estratgia ou filosofia de trabalho de DESCARTE das reas sem interesse medida que se desenvolve o projeto de pesquisa. Desta forma, partindo-se de reas maiores e usando escalas menores, definem-se reas mais localizadas ("alvos") que se apresentam geologicamente mais promissores para conter os minrios que interessam. Estas reas menores so estudadas em escalas maiores com maior "resoluo" cartogrfica e maior densidade mdia de observaes geolgicas por unidade de rea. De forma semelhante rea inicial, estas sub-reas podem sofrer DESCARTES para estudos de ALVOS mais detalhados ainda. Tcnicas auxiliares diversas como geofsica, geoqumica etc.., vem em auxlio da geologia nos momentos julgados convenientes pela equipe que executa o projeto lembrando-se sempre, da necessidade de integrao entre os gelogos e os especialistas destas tcnicass auxiliares. Empresas privadas normalmente no vo at a concluso (mapa e relatrio final) dos estudos regionais iniciais, deslocando a "mo de obra" geolgica imediatamente para reas-alvo. Isto, naturalmente, conduz a uma perda de informes relativas ao esforo realizado nas etapas iniciais (denominadas de "peneira grossa"), ganhando a companhia em tempo (e nos custos) da campanha. 4 - ETAPAS FUNDAMENTAIS DO MAPEAMENTO GEOLGICO A seguir so relacionados as principais etapas de um projeto de geologia: A - COMPILAO E ANLISE BIBLIOGRFICA: Reunio de documentos (mapas em especial, arquivos em computador, anlises, relatrios, etc...da rea do projeto, seleo e estudo dos documentos e informaes que interessam no projeto preparando fichas/resumo; B -FOTOINTERPRETAO PRELIMINAR: Estudo de imagens (LANDSAT, RADAM e outras) e das fotos ereas da regio de interesse e circunjacentes prximas; trabalho frequentemente realizado junto com a anlise da bibliografia. Se a regio do projeto for prxima da sede onde est o gelogo ( ou sendo extremamente necessrio), nesta etapa pode ser realizado um reconhecimento de campo ao longo das principais estradas fazendo-se um mapa geolgico preliminar; C - ETAPA(S) DE CAMPO: Percorrem-se, inicialmente, as prinicpais estradas para tomar contato com a rea e localizar vias de acesso e facilidades para acampar ou se

hospedar. Verifica-se simultaneamente a fotointerpretao no caso de no ter sido feito o reconhecimento de campo na etapa anterior. interessante comear o estudo por reas onde se tem, pela fotointerpretao ou pela bibliografia, conhecimentos de sees estratigrficas completas, mineralizaes importantes ou ainda, padres de fotointerpretao mais comuns. O estudo cuidadoso de afloramentos, principalmente de tipos de rochas ou das formaes que vo sendo encontradas pela primeira vez, facilitar o mapeamento na medida em que for sendo desenvolvido. Mapeamento de detalhe e ultradetalhe exigem trabalhos de topografia simultanemente. E - ETAPA(S) DE LABORATRIO: A cada etapa de campo sucede-se uma etapa de descanso e, normalmente, de laboratrio na qual o gelogo deve estudar as lminas petrogrficas das rochas coletadas e ir organizando seus dados o que nem sempre possvel fazer nas etapas de campo. So locados os "pontos" estudados em mapa base (mapa de pontos ). passada a limpo a caderneta ou providencida a transcrio sumria para computador. So organizadas as fichas de descrio petrogrfica, de anlise qumica etc..., na mesma ordem da caderneta de campo. refeita a fotointerpretao e preparada a coluna estratigrficas a partir das sees geolgicas. elaborada a maquete do mapa geolgico final das reas que j foram estudadas. F - ETAPA RELATRIO FINAL : Com o mapa geolgicopronto e a estratigrafia (coluna geolgica composta da rea) definida e todos os pontos controvertidos verificados, deve ser feito o relatrio final. Este relatrio deve se ater aos aspectos importantes ao conhecimento geolgico da rea dentro do objetivo a que se props o projeto lembrando que o(s) mapa(s) geolgicos(s) que o acompanha um dos resultados mais importantes do servio. Os dados originais obtidos no mapeamento devem ser perfeitamente organizados na forma de um Relatrio de Servio e/ou Banco de Dados em computador contendo: mapa de "pontos", fichas de anlises petrograficas, analises quimicas, transcrio da caderneta etc... Ele uma especie de banco de dados evitando que se percam informaes originais do servio e que sero de utilidade para qualquer projeto futuro na mesma rea. 05 - RELATRIOS GEOLGICOS O Relatrio Final de um projeto de geologia deve conter os fatos julgados fundamentais e as interpretaes e hipteses relativas evoluo geolgica. Ilustraes fotogrficas, desenhos, seces, etc..., enriquecem o relatrio na medida em que so significativos e bem elaborados facilitando a compreenso do texto e tornando sua leitura mais clara (e amena). Muitas destas ilustraes so obtidas desde as primeiras etapas de campo ao se desenhar afloramentos, cortes de estrada, amostra de mo, etc... o que leva ao princpio de que importante o capricho e a clareza nas anotaes ao tempo da atividade de pesquisa e no depois quando ocorre o esquecimento dos fatos. Os relatrios geolgicos so divididos em captulos cujo contedo ou enfse depende do(s) objetivo(s) do trabalho relatado. Assim, por exemplo, se o objetivo avaliao de impacto ambiental em uma rea, seo enfatizados tpicos como poluio de aqiferos, eroso..; se o objetivo for descobrir jazidas minerais, a nfase ser dada a tens como locao de ocorrncias minerais, prospeco geoqumica, geofsica.. do minrio, etc.

Em linhas gerais, um relatrio de levantamento geolgico consta de: A - RESUMO: O tipo de trabalho realizado e os resultados conclusivos so sumarizados de 05 a 30 linhas. Em princpio no so feitas citaes bibliogrficas no resumo; B - ABSTRACT: uma verso do resumo em lngua inglesa e indispensvel quando o relatrio objetiva a publicao: C - INTRODUO: Introduz o leitor no assunto em pauta, situa ou localiza a rea levantada, descreve a metodologia de pesquisa, conceitua termos, etc... . Enfim prepara o leitor para a leitura subsequente podendo sintetizar o contedo dos vrios captulos. D - CORPO DO RELATRIO: Vrios captulos compem o corpo do relatrio e sero enfatizados de acordo com os trabalhos realizados e com os objetivos colimados, sendo comuns os seguintes captulos: Estratigrafia, Geologia Estrutural, Petrologia, Geologia Histrica, Geologia Econmica. E - DISCUSSO: Com base nos fatos descritos ou levantados, so discutidos os resultados, as hipoteses genticas e formuladas sugestes de mais trabalho caso os resultados no tenham sido conclusivos, tudo de maneira precisa e sucinta. G - CONCLUSES: apresentada uma sntese dos principais tpicos discutidos e dos resultados (positivos e negativos !) F - REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS: Todas as citaes de trabalhos anteriores ou relacionados ao assunto e que tenham sido citados no texto, devem ser relacionados neste captulo evitando relacionar trabalhos que no foram citados no texto. Tanto as citaes no texto quanto a listagem no captulo devem seguir uma forma padronizada (ver contra- capa da RBG - Revista Brasileira de Geocincias, na BCE - Biblioteca Central da UnB). G - DOCUMENTAO E ANEXOS: Mapa(s) geolgico(s), sees geolgicas, so anexadas ao relatrio. Em certos casos interessante que esta documentao fique embutida dentro do corpo do relatrio prximo do local onde citada e/ou discutida. Esta documentao, importante para o bom entendimento dos relatrios em geral, deve estar relacionada com o texto de forma a no se ter um excesso de figuras, fotos... sem objetivo. Cada figura ou ilustrao, apesar de relacionada com o texto, deve ter um certo grau de independncia o que exige, as vezes, uma ou duas frases explicativas associadas diretamente com a ilustrao ou foto. Voltar para o inicio

O ESTUDO DE AFLORAMENTOS1 - ANOTAES DE CAMPO Os dados de campo do gelogo so registrados em uma caderneta de campo cuja capa deve ser dura tanto para proteo quanto para auxiliar na tomada de medidas de camadas com a bssola. As dimenses aproximadas so de 15x20cm. As folhas

devem ser, de preferncia, quadriculadas em tom cinza esmaecido facilitando o desenho esquemtico de afloramentos e de sees geolgicas. Anote o roteiro de cada percurso e os valores de quilometragem se o mesmo for realizado com jipe. A descrio dos dados , normalmente, puntual: descreve-se afloramento por afloramento e estes so numerados sequencialmente na caderneta. Esta descrio acompanhada de sees (perfis longitudinais) e colunas (empilhamento de camadas) geolgicas esquemticas correspondentes a cada percurso ou local. A linguagem deve ser clara, direta, sem palavras desnecessrias. Frases curtas facilitam a compreenso do assunto. Evite usar termos rebuscados que dificultem o entendimento. O uso de abreviaturas nas descries de afloramento fato corriqueiro ao se buscar ganhar tempo e espao na caderneta. Procure manter, entretanto, uma padronizao de abreviaturas para que a caderneta no se torne um amontoado hieroglfico incompreensvel para colegas que trabalham na equipe ou para quem vai transcrever as informaes para banco de dados em computador. Na 1a pgina da caderneta, alm do nome do gelogo, coloque o telefone de contato (se a caderneta for extraviada esta informao importante), a empresa, a campanha de campo ou o projeto, a data de incio (e fim) do servio, a lista de abreviaturas (se no seguirem um padro), a declinao magntica usada na bssola de gelogo e outros dados de interesse geral. 2 - ASPECTOS DO RELEVO, GEOMORFOLOGIA, VEGETAO E SOLOS Cada tipo de rocha apresenta um padro prprio de topografia, vegetao, drenagem e solo. Este padro poder se diversificar substancialmente com pequenas alteraes de composio mineralgica da rocha mas , por outro lado, rochas bem diferentes podero ter padres semelhantes. Deve-se observar e anotar as variaes caractersticas de relevo, de vegetao, os solos que so prprios de cada tipo de rocha ou de associao de rochas. Lembrar, entretanto, que aplainamento com lateritas, cascalheiros e areia residuais (capeamentos finos), podem mascarar completamente o padro das rochas subjacentes. bvio que estas anotaes referentes a padres no precisam ser repetidas em todos os afloramentos descritos. 3 - BLOCOS ROLADOS X AFLORAMENTO IN SITU E BLOCOS FORA DE POSIO Grandes blocos, principalmente, os das rochas mais resistentes ao intemperismo, podem rolar encosta abaixo e ficarem enterrados em solo transportado iludindo o gelogo quanto rocha que ocorre neste ponto. Procure, assim, identificar uma continuidade maior do afloramento que garanta ser a rocha autctone (do prprio local onde se encontra). De forma semelhante anterior, podem ocorrer blocos em maior ou menor grau deslocados ou tombados. evidente que as medidas de atitudes de acamadamento, xistosidades, planos de fraturas,etc..., destes blocos deslocados so completamente falseadas. 4- REPRESENTATIVIDADE DAS ROCHAS AFLORANTES a)Observe se o tipo de rocha que aflora com mais frequncia corresponde a um fcies mais resistente ao intemperismo e que, por isso, sobressai em todos afloramentos enquanto que fcies associados que podem ser at mais comuns do que esses pouco ou no afloram e ficam "escondidos" sob o solo mais espesso. Estude, assim, as alteraes (solos) caractersticas dos diversos tipos de rochas da rea de estudo. Isto

servir tambm para inferir qual a rocha que ocorre provavelmente nas regies sem afloramento. b)Inicie o estudo de um afloramento com um reconhecimento do mesmo quebrando e reunindo amostras das diversas fcies (variaes das rochas) ao longo da rea aflorante. Somente depois desta prvia inicie a descrio da(s) rocha(s) do local, evitando estudar somente o primeiro fragmento quebrado. 05- TIPO DE ROCHA E DE INTEMPERISMO Anote para cada tipo de rocha o intemperismo (rocha alterada ou regolito) e o solo resultantes. Em muitas regies carentes de afloramento de rocha (caso comum no Brasil com seus climas quentes e midos), temos de utilizar extropolaes deste tipo no mapeamento geolgico. 06 - MINERAIS ROLADOS e/ou ROCHAS ROLADAS Certos minerais ou fcies rochosas ficam mais conspcuos (chamativos) quando rolados. Em geral, so minerais pesados e/ou mais resistentes e que se tornam guia para a localizao, drenagem acima, do afloramento de onde vieram estes rolados. Minerais e rochas pesadas frequentemente apresentam interesse econmico e/ou geolgico. Nas nossas condies mdias de relvo e clima, a distncia do rolamento de blocos, exceto os de quartzo ou quartzitos puros, com mais de 10cm normalmente no ultrapassa 5km. 07 - CONTATOS GEOLGICOS DEVEM SER DETALHADOS a) localize com preciso o contato; b) estude e descreva cuidadosamente as feies associadas ao contato identificando a relao entre as rochas ou as formaes, verificando: => se existe metamorfismo de contato (minerais e rochas de contato trmico) quando uma das rochas gnea; =>se existem apfise ou veios em contato com rochas gneas; =>se existem feies erosionais, ngulo de estratificao, possveis paleo-solos.., que indiquem discordncia entre as duas rochas. =>se existem feies indicativas de contato falhado como brecha tectnica, cataclase ou milonitizao (moagem) de rochas, muitos veios de quartzo, ou muitas fraturas.... c) ao tempo do mapeamento (no campo) delineie com preciso o contato na foto area ou no mapa de servio. No deixe para fazer isto no laboratrio, porque pode se tornar muito dificil lembrar a posio correta do contato. 08 - DESCRIO DE FCIES Descreva as diversas fcies (aspectos mineralgicos, texturais e estruturais) de rochas do afloramento, desde a aparentemente mais importante a menos importante mostrando as relaes espacias e, se possvel, genticas entre elas. So itens comuns na descrio:

=> cor e aspecto da rocha fresca e alterada; => textura, granulometria, homogeneidade, heterogeneidade, friabilidade, compacidade, dureza.. =>estruturas como camadas, veios, xistosidade distinguindo estruturas primrias e estruturas secundrias (desenhos esquemticos so muito importantes- no esquecer de mostrar uma escala no desenho); => minerais identificados macroscopicamente (lupa). 09 - MEDIDAS COM A BSSOLA Realize as diversas medidas com a bssola como estratificao, xistosidade, clivagem..., e as lineaes, eixos de dobras e de microdobras, orientao de minerais, descrevendo-as cuidadosamente. 11 - AMOSTRAGEM E IDENTIFICAO DE ROCHAS Amostre as fcies de rochas selecionadas utilizando critrios como: a) problemas na identificao macroscpica; b) fcies ainda no coletadas; c) alguma estrutura especial; d) locais muito importantes (contatos, zonas mineralizadas..). A amostra deve ter tamanho razovel ( 5x10x15 cm) e ser da rocha fresca.A etiquetagem deve ser feita cuidadosamente no campo logo aps a seleo das amostras. Anote na etiqueta a sigla (deve ser combinada com o resto da equipe do projeto; normalmente usam-se as iniciais do gelogo) seguida pelo nmero do afloramento descrito na caderneta e por uma letra que identifique a fcies rochosa amostrada. Se existirem mais amostras da mesma fcies, aps a letra coloque um nmero que identifique a duplicata, triplicata.. de amostragem. Amostrando uma sucesso de camadas no afloramento procure seguir uma ordem: de baixo para cima ou viceversa de fcies amostradas. Embrulhe as amostras com jornal quando retornar para a sede evitando, assim, perder a identificao das amostras. Voltar para o inicio

CURVAS DE NIVEL1. CONCEITO: curva de nvel uma linha marcada em planta ou mapa topogrfico e que representa os pontos de mesma altitude do terreno. Os limites de gua do Lago Parano quando cheio at a cota de 1.000m de altitude, por exemplo, consubstanciam, fisicamente, uma curva de nvel de 1.000m no terreno.

2. UTILIDADE: as curvas de nvel permitem uma representao cartogrfica do modelado do relvo(3 dimenses) o que atende a um sem nmero de finalidades, alm, naturalmente, daquela que a primordial (visualizao das formas do terreno), a saber, entre outras: clculo de volumes de terra; traado de estradas por declives selecionados; clculo de zonas ou faixas de visibilidade (militar, telecomunicaes...).. 3. PADRONIZAO E EQUIDISTNCIA DE CURVAS DE NVEL: para podermos "sentir" o modelado do terreno de maneira correta em um mapa e, tambm, para podermos, facilmente, realizar clculos com curvas de nvel, estas, assim como os demais elementos cartogrficos, fsicos ou no, devem ser padronizadas em cores, espessura de trao. Observar o exemplo:

a)As curvas de nvel esto representadas em cor spia que o seu padro. b)Elas apresentam valores de cotas ou altitudes que variam de 40 em 40 (metros), ou seja, elas tem uma equidistncia vertical de 40m. c)Curvas mltiplas de 200 tem uma espessura de trao mais grosso, facilitando o seu acompanhamento em mapa j que este apresenta s localmente os valores de altitude indicados nas curvas de nvel d)O topo de um morro deve ser indicado. Normalmente a simbologia um x ao lado do qual coloca-se o valor da altitude em metros, conforme o exemplo. 4.GRADIENTE TOPOGRFICO E DISTANCIAMENTO DAS CURVAS DE NVEL Observe o mapa reproduzido parcialmente. Alm das curvas de nvel, ele apresenta o relevo atravs de um sistema sombreado que nos permite "sentir" o modelado do terreno. Nas encostas gremes, as curvas de nvel esto visivelmente prximas, enquanto em relevos menos escarpados a horizontalizados, caso de plancies e plats, as curvas de nvel apresentam-se distantes.

5.PRINCPIO DO NO-CRUZAMENTO DE CURVAS DE NVEL Observe um mapa topogrfico e procure algum local onde as curvas de nvel se cruzem. No existe, porque curvas de nvel cruzando-se significam relevo com gradiente negativo o que rarssimo e, geralmente, de extenso vertical limitada. 6.REGRA DOS V's EM TALVEGUES As curvas de nvel ao cruzarem um talvegue (talvegue a linha mais funda de um vale) apresentam uma forma de "V" que aponta para a montante da drenagem. 7.MODELADO TOPOGRFICO E CURVAS DE NVEL RELACIONADAS Analise a figura atrs e veja a relao entre as formas do terreno (vales, cristas/cumeadas, espiges,.. cncavas ou convexas, agudas ou suaves..) e as respectivas formas e das curvas de nvel que as representam. Abaixo so dados alguns destaques: ESPIGES: os espiges (pontas de cristas/cumeadas de morros) normalmente tem formas topogrficas convexas. Excees relacionam-se a regies com eroso glacial ou com veios ou camadas muito resistentes a eroso e com mergulhos fortes, originando cristas pontiagudas. Assim, como regra as curvas de nvel da topografia de espiges, seguem o padro abaixo:

- CRISTAS

-VALES EM "V"

- VALES ABERTOS E EM "U"

- SELAS

- BOQUEIRES - MORROS REDONDOS

- CUESTAS... 8. REVISO : CONSTRUO DE PERFIL TOPOGRFICO 9. COMO TRAAR CURVAS DE NVEL DADOS PONTOS COTADOS: --PRINCPIO: interpolao de cotas entre pontos prximos com gradiente topogrfico uniforme (sem talvegues e sem morros entre eles) 10.SELEO DOS PONTOS COTADOS DURANTE O LEVANTAMENTO DE CAMPO: --CRITERIOS GEOLOGICOS: contatos,afloramentos estudados, falhas... --CRITERIOS TOPOGRAFICOS: linhas de talvegue e drenagens;quebras de relevo (onde muda o gradiente topografico); vias de acesso; confluencias de drenagens.. 11.CALCULANDO COTAS DE PONTOS NO MAPA TOPOGRAFICO: --por interpolao (regra de tres no maior gradiente); --graficamente (projeo de perfil topografico); --mtodo expedito. Voltar para o inicio

DIRECIONAIS DE CAMADA ou CURVAS DE CONTORNO ESTRUTURAL1.CONCEITO As direcionais de camada ou curvas de contorno estrutural so anlogas s curvas de nvel diferindo somente na superfcie que est sendo representada cartograficamente: - enquanto que as curvas de nvel representam o modelado topogrfico, as curvas de contorno estrutural representam uma determinada superfcie estratigrfica (subterrnea em sua maior extenso). 2.CURVAS DE TOPO E DE BASE DE CAMADAS

As curvas de nvel do contato superior de uma camada geolgica so designadas curvas de topo da camada e s do contato inferior so chamadas de curvas de base da camada. A existncia de diversas superfcies estratigrficas de interesse em uma rea exige, para a necessria clareza do mapa, que cada superfcie seja representada com simbologia de espessura, tipo e/ou cores de traos prprias e bem identificadas na legenda. muito importante tambm que a equidistncia vertical seja a mesma para as curvas de nvel das diversas superfcies estratigrficas e, se possvel, igual das curvas de nvel topogrfico, para facilitar a visualizao e comparao dos diversos relevos e para a aplicao de clculos diversos. 3.CALCULANDO ESPESSURA VERTICAL DE CAMADA (diferena entre cotas da curva de topo e de base da camada) 4.CONCEITO DE ISOPACA (curvas de mesma espessura real de camada) E SUA UTILIDADE (volume de minerio, de ganga..) 5.CASO DE PLANOS PARALELOS (linhas paralelas) =>linhas direcionais so retas e paralelas 6.INTERSEO DE PLANOS GEOLOGICOS COM A SUPERFICIE TOPOGRAFICA --PLANOS HORIZONTAIS --PLANOS VERTICAIS --PLANOS PARALELOS AO TALVEGUE --PLANOS MERGULHANDO P/MONTANTE DO VALE (CONTRA O DECLIVE DO TALVEGUE) --PLANOS MERGULHANDO P/JUZANTE C/ANGULO MAIOR DO QUE O DO TALVEGUE 7.COMO PROJETAR O TRAO DO PLANO GEOLOGICO NO MAPA TOPOGRAFICO 8.COMO CALCULAR A ATITUDE DO PLANO DADO O SEU TRACO NO MAPA Voltar para o inicio

MAPAS TOPOGRFICOS E GEOLGICOS(roteiro de aula) Ver Noes Bsicas de Cartografia - IBGE 1. CLASSICAO POR TIPOS DE MAPAS a - MAPAS-BASE: - planimtricos - plani-altimtricos ou topogrficos

- fotomapas... b - MAPAS TEMTICOS - vegetao - pedolgicos - geolgicos - geofsicos - geoqumicos - hidrogeolgicos... c - MAPAS-NDICE , INDEX OU REFERENCIAIS -ndice dos levantamentos geolgicos -ndice dos levantamentos aerofotogrficos -ndice dos levantamentos pedolgicos.... d - MAPAS DE "PONTOS" OU AFLORAMENTOS 2. CLASSIFICAO QUANTO ESCALA(ver texto:2 . DENSIDADE DE INFORMAES E ESCALA DE MAPEAMENTO em METODOLOGIA GEOLGICA )

3. PROJEES CARTOGRFICAS Problema: representar uma superficie esferoide em um plano. Sempre ocorrerao deformacoes. Tipos de projees: a: quanto s deformaes: CONFORMES: mantem os angulos e as formas dos elementos projetados EQUIVALENTES: mantem as relacoes de superficies areais b: quanto ao "plano de projeo": AZIMUTAIS:plano tangente a esfera no centro da area representada em mapa CILINDRICAS: cilindro tangenciais ou secantes ao esferoide CNICAS: cone ou cones tangenciais ou secantes ao esferoide c: quanto ao ponto de origem da projeo:

ORTOGRFICAS: ponto est no infinito CENTRAIS: ponto esta no centro da Terra ESTEREOGRFICAS: geralmente o ponto escolhido o antipoda ao centro da rea representada Entre as projees de maior uso na Geologia do Brasil, tem- se as POLICONICAS para representar todo o Brasil (escalas 1:2.500.000, 1:5.000.000 principalmente); a CONICA CONFORME DE LAMBERT (escala 1:1.000.000 por exemplo) na qual os meridianos aparecem como retas que convergem para um ponto e os paralelos so semi-circulos com um centro comum (fora do mapa). A projeo de maior uso nos trabalhos de geologia sistematica a U T M (=projeo Universal Transversal de Mercator). 3. SISTEMAS REFERENCIAIS 3.1. COORDENADAS GEOGRFICAS (LAT/LONG= LATITUDE - LONGITUDE) Origem - Meridiano 0o: Greenwich, Inglaterra (180o para W e 180o para E) - Paralelo 0o : linha do Equador (90o para N e 90o para S) Unidades - angulares: graus (360o), minutos (60'), segundos(60") 3.2. COORDENADAS U T M O sistema de coordenadas UTM um sistema ortogonal dimensionado em metros (ou quilometros) em Norte ( eixo de y) e Este (eixo de x). A projeo cilindrica central e limitada a faixas de meridianos de 6 graus, ou seja, a cada multiplo de 6 graus meridianos, passa-se para outro cilindro (Zona UTM ou Fuso UTM) de projeo. Os cilindros tericos de projeo tangenciam linhas meridianas (=meridiano central) centrais de cada fuso (na verdade so secantes para uma melhor distribuio de erros da projeo). Assim, para todo o globo terrestre, tem-se 60 zonas ou cilindros de projeo UTM comeando a numerao a partir do anti-meridiano de Greenwich no sentido leste (Exemplo: Zona ou fuso #1 => 180o - 174o W). Dado um meridiano, para saber a zona aplique para o Brasil a frmula: zona=30inteiro(meridiano/6). A dificuldade maior neste sistema que em areas abrangendo duas zonas tem-se dois mapas com referenciais diferentes. Para superar este problema usa-se um cilindro de projeo fora do padro internacional ou se usa o sistema de um dos cilindros aumentando o erro de projeo dos espaos terrestres referentes ao outro cilindro. Este o caso do mapa em UTM do DF em que utilizou-se como meridiano central 48oW o qual, na conveno internacional um limite de zona (mltiplo de 6o meridianos). Origem do sistema: para as coordenadas E (=leste) a origem o Meridiano Central da Zona UTM e para as coordenadas N (=norte) a origem o Equador. Unidades: metros. As coordenadas sempre tem valor positivo. Para no se ter valores negativos no sistema de coordenadas UTM, usa-se o artificio de somar valores

em N e em E ao ponto de origem. Assim, a coordenada E de origem somado o valor de 500.000 (metros) crescendo sempre de W (oeste) para E (leste) e a coordenada N de origem o valor de 10.000.000 (metros) crescendo sempre de S para N. Observao: notar que os traos de paralelos e meridianos (sistema de coordenadas geogrficas lat/long) nos mapas no coincidem com os traos do sistema ortogonal UTM, podendo formar angulos apreciaveis nas partes mais externas da zona. Assim os mapas que tem meridianos proximos a multiplos de 6 ( limites das zonas cilindricas de projeo) so os que mostram a maior diferea entre as direes dos traos dos meridianos e paralelos ( bordas dos mapas) e as da rede UTM indicada internamente no mapa. 6.MDULOS CARTOGRAFICOS INTERNACIONAIS E BRASILEIROS O sistema cartogrfico nacional define mdulos variveis de acordo com a escala cujos limites so definidos pelo trao de coordenadas geogrficas, independentemente da projeo. Os mdulos recebem siglas padronizadas para identificar cada mdulo e a sua escala. Os mdulos e as siglas de escalas menores (1:1.000.000) seguem padro internacional. Consultar Norma do DNPM a respeito do assunto. 6.1. Padro Cartogrfico 1:1.000.000 As folhas ao milionsimo apresentam um corte de 6o de longitude, em mltiplos a partir do meridiano de Greenwich e coincidentes com as zonas UTM, por 4o de latitude, em mltiplos a partir da Linha do Equador. As siglas internacionais das folhas ao milionsimo seguem as seguintes regras: - ao norte do Equador a sigla inicia por N e