Pesquisa Mineral Aplicada

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PESQUISA MINERAL: ENFOQUE EM ROCHAS ORNAMENTAIS Henrique Giacomeli Geólogo – DNPM/ES

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Geologia

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  • PESQUISA MINERAL: ENFOQUE EM ROCHAS ORNAMENTAIS

    Henrique GiacomeliGelogo DNPM/ES

  • ASPECTOS LEGAIS

  • O conceito de pesquisa mineralArt . 18 RCM/Art. 14 CM Definem: Entende-se por pesquisa mineral a execuo dos trabalhos necessrios definio da jazida, sua avaliao e determinao da exeqibilidade de seu aproveitamento econmico.

  • Regulamento do Cdigo de Minerao Art. 6 - Considera-se jazida toda massa individualizada de substncia mineral ou fssil, de valor econmico, aflorando superfcie ou existente no interior da terra; considera-se mina a jazida em lavra, ainda que suspensa. (mesma redao dada pelo art. 4 do CM).

  • 1 do Art. 18 RCM / 1 do Art. 14 CMA pesquisa mineral compreende, entre outros, os seguintes trabalhos de campo e de laboratrio: levantamentos geolgicos pormenorizados da rea a pesquisar, em escala conveniente; estudos dos afloramentos de escavaes visitveis e execuo de sondagens no corpo mineral; amostragens sistemticas; anlises fsicas e qumicas das amostras e dos testemunhos de sondagens; e ensaios de beneficiamento dos minrios ou das substncias minerais teis, para obteno de concentrados de acordo com as especificaes do mercado ou aproveitamento industrial.

  • A definio da jazida resultar da coordenao, correlao e interpretao dos dados colhidos nos trabalhos executados, e conduzir a uma medida das reservas e dos teores dos minerais encontrados. 2 do Art. 18 RCM / 2 do Art. 14 CM

  • A exeqibilidade do aproveitamento econmico resultar da anlise preliminar dos custos da produo, dos fretes e do mercado. 3 do Art. 18 RCM/ 3 do Art. 14

  • Art. 26 do RCMO relatrio referido no item VIII do artigo anterior ser circunstanciado e dever conter dados informativos sobre a reserva mineral, a qualidade do minrio ou substncia mineral til, a exeqibilidade de lavra, e, especialmente, sobre: a) situao, vias de acesso e de comunicao; b) planta de levantamento geolgico da rea pesquisada, em escala adequada, com locao dos trabalhos de pesquisa; c) descrio detalhada dos afloramentos naturais da jazida e daqueles criados pelos trabalhos de pesquisa, ilustrada com cortes geolgico-estruturais e perfis de sondagens; d) qualidade do minrio ou substncia mineral til e definio do corpo mineral; e) gnese da jazida, sua classificao e comparao com outras da mesma natureza; f) relatrio dos ensaios de beneficiamento; g) demonstrao de exeqibilidade econmica da lavra; h) tabulao das espessuras, reas, volumes e teores necessrios ao clculo das reservas medida, indicada e inferida;

  • Art. 26 Pargrafo nico Considera-seI - Reserva medida: a tonelagem de minrio computado pelas dimenses reveladas em afloramentos, trincheiras, galerias, trabalhos subterrneos e sondagens, e na qual o teor determinado pelos resultados de amostragem pormenorizada, devendo os pontos de inspeo, amostragem e medida estar to proximamente espacejados e o carter geolgico to bem definido que as dimenses, a forma e o teor da substncia mineral possam ser perfeitamente estabelecidos, a tonelagem e o teor computados devem ser rigorosamente determinados dentro dos limites estabelecidos, os quais no devem apresentar variao superior, ou inferior a 20% (vinte por cento) da quantidade verdadeira;

    II - Reserva indicada : a tonelagem e o teor do minrio computados parcialmente de medidas e amostras especficas, ou de dados da produo, e parcialmente por extrapolao at distncia razovel com base em evidncias geolgicas;

    III - Reserva inferida : estimativa feita com base no conhecimento dos caracteres geolgicos do depsito mineral, havendo pouco ou nenhum trabalho de pesquisa.

  • Tramite ProcessualAnlise do Plano de PesquisaAnlise

  • Check-List

  • 1.11.21.31.41.5

  • Reduo de rea

  • ASPECTOS TCNICOS

  • Esquema Geral dos Trabalhos de Pesquisa de Rochas OrnamentaisSales & Morais (2003)

  • Roteiro de Pesquisa em Rocha Ornamental1. ESTUDOS BIBLIOGRFICOS1.1. Introduo1.2. Fisiografia1.3. Infra-estrutura1.4. Geologia regional1.5. Unidades de conservao ambiental2. METODOLOGIA - TRABALHOS TCNICOS REALIZADOS2.1. Reconhecimento local2.2. Levantamento topogrfico em campo2.3. Mapeamento geolgico/estrutural2.4. Amostragem dos corpos de rocha2.4.1. Para testes em laboratrio (petrografia e testes fsicos)2.4.2. Para testes industriais2.4.3. Para testes de mercado2.5. Sondagem rotativa a diamante

    Fonte: Roteiro Bsico Para Pesquisa de Rocha Ornamental DNPM.

  • 2.6. Geofsica2.7. Caracterizao Tecnolgica da Rocha (apresentar boletins e laudos)2.8. Testes de beneficiamento3. CLCULO DE RESERVAS3.1. Mataco3.2. Macio4. ANLISE DE PR-EXEQUIBILIDADE ECONMICA DE LAVRA5. APRESENTAO DO RELATRIO FINAL DE PESQUISA6. CONCLUSO

    Fonte: Roteiro Bsico Para Pesquisa de Rocha Ornamental DNPM.

  • Deve ser realizado em escala 1.500 a 10.000 a depender das variveis da rea pesquisada, visando obter informaes detalhadas a cerca das caractersticas texturais, mineralgicas, existncias de veios, manchas, lentes, xenlitos, ndulos de oxidao e etc.Mapeamento/Caracterizao Geolgica

  • Sales & Morais (2003)

  • Levantamento TopogrficoNormalmente acompanha o mapeamento geolgico. Deve constar determinao do norte verdadeiro, dos lados da poligonal pesquisada e, principalmente o levantamento planialtimtrico, pode variar de escalas de 1: 5.000 a 1: 500, a depender das dimenses dos afloramentos pesquisados.

  • Sondagens RotativasImportante complemento de informaes na pesquisa de detalhe. Fornece dados sobre as caractersticas da rocha em subsuperfcie. tima ferramenta na delimitao final da jazida.

    Ainda a sondagem dever ser utilizada no dimensionamento da jazida, principalmente se o depsito for um lajedo plano, no qual no ocorre o parmetro da profundidade.

  • CubagemSees Transversais: sees geolgicas verticais, distribudas em intervalos regulares. A reserva calculada pelo somatrio da rea em cada seo pela equidistncia entre estas;Isolinhas: depsito se transforma num corpo de volume similar apoiado sobre um plano horizontal. O nmero de isolinhas definido de acordo com o grau de complexidade do depsito;Triangulao: se baseia em unir as sondagens dos dados pontuais mediante retas formando uma malha triangular;Mtodo dos polgonos: divide-se o jazimento em polgonos determinados pelas mediatrizes dos segmentos que unem as sondagens;Prismas Regulares: depsito dividido em planta segundo uma malha regular, passando a ser constitudo por prismas retos de seo regular, cujo volume dado multiplicando-se a altura de cada um pela rea da seo;

    Sales & Morais 2003

  • Teste de Beneficiamento/Caracterizao TecnolgicaOs testes industriais de beneficiamento avaliam o comportamento do conjunto, rochas e mquinas, para o processo de serragem e polimento. A observao dessas caractersticas pode influenciar a viabilidade de um empreendimento, atravs da combinao entre a resposta de um tipo petrogrfico ao processo de serragem e polimento e o provvel preo da rocha.Matta (2003)

  • Ensaios Laboratoriais1. ndices Fsicos:-Densidade aparente ABNT NBR 15845/2010;-Porosidade aparente ABNT NBR 15845/2010;- Absoro d'gua ABNT NBR 15845/2010;- Desgaste Amsler ABNT NBR 12042;2. Coeficiente de Dilatao Trmica Linear ABNT NBR 12765/1992 - verso corrigida em 1993 e 15845/2010;3.Resistncia ao Congelamento e Degelo ABNT NBR 15845/2010;4.Resistncia ao Impacto de Corpo Duro ABNT NBR 12764/1992 e 15845/2010;5.Resistncia a Compresso Uniaxial ABNT NBR 15845/2010;6.Resistncia a Flexo por Carregamento em 3 e 4 Pontos ABNT NBR 15845/2010; 7.Descrio petrogrfica macroscpica e microscpica das amostras coletadas (ABNT NBR 15845/2010);8.Teste de polimento, com registro fotogrfico;

  • Lavra Experimental/PilotoTrabalhos de explotao durante a fase de pesquisa so permitidos conforme procedimentos estabelecidos na Portaria n 144 do Diretor Geral do DNPM de 03/05/2007, em vigor atualmente.

  • Bons/Maus Exemplos

  • Consideraes FinaisMquinas de ltima gerao e tecnologias avanadas de lavra no tem sido suficientes para uma eficiente extrao para o mercado cada vez mais competitivo. Desta forma, o conhecimento das caractersticas geolgico/estruturais das rochas, que so fatores que condicionam o padro esttico dos materiais, fundamental e interfere diretamente na recuperao, vida til da jazida e na minimizao dos impactos ambientais inerentes a tal atividade.

  • Referncias BibliogrficasSales, F.A.C.B e Moraism J.O. 2003 Proposta Metolgica de Pesquisa Para Rochas Ornamentais. Anais IV Simpsio de Rochas Ornamentais do Nordeste. Fortaleza Cear. p: 2-12.Freire, W. 2009 Cdigo de Minerao Anotado. 4 Edio, Revista Atualizada e Ampliada. Ed. Mandamentos. Belo Horizonte.Matta, P.M; Vras, A. de M.; Correa, D.M.B., 2006 Roteiro Bsico Para Pesquisa de Rocha Ornamental. Congresso Brasileiro de Geologia. Aracaju (SE)/III Congresso Brasileiro de Rochas Ornamentais Natal RN (2007).

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