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PETRÓLEO

Prof. Dr. José Roberto Canuto

A utilização do petróleo através dos tempos

A palavra petróleo vem do latim petra e oleum !orrespondendo " e#press$o %pedrade óleo&. O petróleo o!orre na nature'a o!upando va'ios e#istentes entre os (r$os deareia na ro!)a ou pe*uenas fendas !om inter!omuni!a+$o ou mesmo !avidadestambém interli(adas.Estudos ar*ueoló(i!os mostram *ue a utili'a+$o do petróleo ini!iou,se - anos antesde Cristo sob diferentes denomina+/es tais !omo betume asfalto al!atr$o lamaresina a'eite nafta óleo de 0$o 1uirino nafta da Pérsia entre outras.O petróleo é !on)e!ido desde tempos remotos. A 23blia 45 tra' refer6n!ias sobre ae#ist6n!ia de la(os de asfalto e diversas o!asi/es em *ue foi utili'ado !omoimpermeabili'ante. O l3*uido foi utili'ado por )ebreus para a!ender fo(ueiras nosaltares onde eram reali'ados sa!rif3!ios por 7abu!odonosor *ue pavimentava estradasna 2abil8nia pelos e(3p!ios na !onstru+$o de pir9mides e !onserva+$o de m:miasalém do uso !omo !ombust3vel para ilumina+$o por v5rios povos. Os (re(os e romanosembebiam lan+as in!endi5rias !om betume para ata!ar as mural)as inimi(as. Após ode!l3nio do ;mpério Romano os 5rabes também empre(aram,no !om a mesmafinalidade. <5 relatos de *ue *uando os espan)óis !)e(aram na Améri!a Pi'arro deu!onta da e#ist6n!ia de uma destilaria *ue era operada por in!as. 0up/e,se *ue ol3*uido !itado representava res3duo de petróleo en!ontrado em sur(6n!ias nasuperf3!ie.A moderna era do petróleo teve in3!io em meados do sé!ulo =;= *uando um norte,ameri!ano !on)e!ido !omo Coronel Dra>e en!ontrou petróleo a !er!a de ? metros deprofundidade no oeste da Pensilv9nia utili'ando uma m5*uina perfuratri' para a!onstru+$o do po+o. Os prin!ipais ob4etivos eram ent$o a obten+$o de *uerosene elubrifi!antes. 7essa épo!a a (asolina resultante da destila+$o era lan+ada aos rios

@pr5ti!a !omum na épo!a ou *ueimada ou ent$o misturada no *uerosene por ser ume#plosivo peri(oso. Entretanto a (rande revolu+$o do petróleo o!orreu !om a inven+$odos motores de !ombust$o interna e a produ+$o de automóveis em (rande es!ala *uederam " (asolina @obtida a partir do refino do petróleo uma utilidade mais nobre.

Formação, acumulação e prospecção do petróleo e do gás natural

O termo petróleo a ri(or envolve todas as misturas naturais de !ompostos de !arbonoe )idro(6nio os denominados )idro!arbonetos in!luindo o óleo e o (5s naturalembora se4a também empre(ado para desi(nar apenas os !ompostos l3*uidos.O petróleo é formado em depress/es da !rosta terrestre após o a!:mulo desedimentos tra'idos pelos rios das partes mais elevadas ao seu redor em ambiente

a*uoso. A ima(em mais fa!ilmente !ompreens3vel depress/es ou ba!ias sedimentaresdessas uma ba!ia sedimentar é a de uma ampla depress$o !oberta de 5(ua se4a umla(o ou um mar *ue sofre rebai#amento !ont3nuo no tempo (eoló(i!o.Dentre diversas teorias e#istentes para e#pli!ar a ori(em do petróleo a mais a!eitaatualmente é a de sua ori(em or(9ni!a ou se4a tanto o petróleo !omo o (5s naturals$o !ombust3veis fósseis da mesma forma *ue o !arv$o. 0ua ori(em se d5 a partir dematéria or(9ni!a animal e ve(etal @prin!ipalmente al(as soterrada pou!o a pou!opor sedimentos !a3dos no fundo de anti(os mares ou la(os em !ondi+/es de aus6n!iade o#i(6nio *ue se ali e#istisse poderia destru3,los por o#ida+$o. Entretanto mesmo

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assim a matéria or(9ni!a desses te!idos passou por dr5sti!as modifi!a+/es (ra+as "temperatura e " press$o !ausada pelo soterramento prolon(ado de modo *ueprati!amente só restaram o !arbono e o )idro(6nio *ue sob !ondi+/es ade*uadas!ombinaram,se para formar o petróleo ou (5s.A (rande diferen+a entre a forma+$o do !arv$o mineral e dos )idro!arbonetos e amatéria,prima ou se4a prin!ipalmente material len)oso para o !arv$o e al(as para os

)idro!arbonetos o *ue é definido 4ustamente pelo ambiente de sedimenta+$o.7ormalmente o petróleo e o (5s !oe#istem porém dependendo das !ondi+/es depress$o e temperatura )aver5 maior *uantidade de um ou de outro.Para *ue (randes *uantidades de petróleo se formem é ne!ess5ria a presen+a de tr6sfatoresB vida e#uberante !ont3nua deposi+$o de sedimentos prin!ipalmente ar(ilas!on!omitante !om a *ueda de seres mortos ao fundo da ba!ia e finalmente orebai#amento pro(ressivo desse fundo para *ue possam ser a!umulados maissedimentos e mais matéria or(9ni!a sobre o material 45 depositado.Em eolo(ia o tempo desempen)a um papel important3ssimo. As !ondi+/es a!imades!ritas t6m *ue perdurar por mil)/es de anos e a própria transforma+$o da matériaor(9ni!a ori(inal em petróleo demanda outros mil)/es de anos para *ue atemperatura e a press$o atuantes na !rosta além do tempo possam intera(ir naforma+$o do petróleo.

O petróleo e o (5s entretanto n$o é en!ontrado nas ro!)as em *ue se formou.Durante o lon(o pro!esso de sua forma+$o o!orre sua e#puls$o da !)amada ro!)a(eradora formada por sedimentos finos *ue !onsistem de fol)el)os ar(ilitos sal et!*ue é prati!amente imperme5vel para ro!)as porosas e perme5veis ad4a!entes@a!ima abai#o ou ao lado formadas normalmente por arenitos. Dessa maneira opetróleo permane!e sob alt3ssima press$o nas ro!)as porosas denominadas ro!)asreservatório até *ue se4a eventualmente al!an+ado pela perfura+$o de um po+o.De um modo (eral a fase e#ploratória mais dispendiosa é a da perfura+$o de po+os. Ade!is$o de perfur5,los é ante!edida de e#tensa pro(rama+$o e elabora+$o de estudos*ue permitam um !on)e!imento t$o detal)ado *uanto poss3vel das !ondi+/es(eoló(i!as presentes na re(i$o tanto na superf3!ie !omo em subsuperf3!ie. Asperfura+/es se orientar$o assim para as 5reas *ue ten)am de fato as maiores

possibilidades de !onter a!umula+/es de óleo ou (5s.Para lo!ali'ar o petróleo ou (5s numa ba!ia sedimentar os espe!ialistas firmam,se emdois prin!3pios fundamentaisB o petróleo se alo4a numa estrutura lo!ali'ada na partemais alta de um !ompartimento de ro!)a porosa isolada por !amadas imperme5veis.Essa estrutura é denominada armadil)a ou trapa @ve4a na fi(ura no final do te#to ?essas estruturas s$o resultantes de modifi!a+/es sofridas pelas ro!)as ao lon(o dotempo (eoló(i!o espe!ialmente a sua deforma+$o através do desenvolvimento dedobras e fal)as na !rosta terrestre.Os diversos est5(ios da pes*uisa petrol3fera orientam,se por fundamentos de duas!i6n!iasB a eolo(ia e a eof3si!a.

Geologia do Petróleo

A apli!a+$o da eolo(ia " pes*uisa do petróleo e (5s natural é de e#tremaimport9n!ia por*ue essa !i6n!ia e#pli!a o por*ue da o!orr6n!ia do )idro!arboneto emdetermina lo!alidade. E#pli!a também sua ori(em a *ue tipo de ro!)a se asso!ia e*uais os eventos (eoló(i!os respons5veis pela forma+$o de uma 4a'idae!onomi!amente aproveit5vel. Após minu!iosos estudos (eoló(i!os é *ue se podesaber se )5 ou n$o !onveni6n!ia na apli!a+$o de (randes !apitais destinados " pro!urae e#plora+$o do petróleo.O (eólo(o espe!iali'ado nessa 5rea de atua+$o parti!ipa em todas as fases dapes*uisa. Fa' o re!on)e!imento da ba!ia sedimentar lo!ali'a e estuda as estruturas

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mais poten!iais ao a!:mulo de petróleo ou (5s e presta assessoria ao (eof3si!o !ominforma+/es (eoló(i!as ne!ess5rias " interpreta+$o dos resultados s3smi!os.O (eólo(o do petróleo !oordena no !ampo o !on4unto de profissionais envolvidos nostrabal)os de e#plora+$o supervisiona todas as fases do pro!esso de pes*uisamantém,se presente durante a perfura+$o do po+o pioneiro e#amina as amostras!oletadas verifi!a e elabora os testes pertinentes a !ada ind3!io de óleo em

profundidades diferentes *ue v$o sendo atin(idas através da perfura+$o. Após a!onsuma+$o do po+o pioneiro o (eólo(o !ontinua se fa'endo presente 4unto aoa(rupamento até *ue se4a demar!ado definitivamente o !ampo de petróleoen!ontrado.Gm aspe!to relevante na parti!ipa+$o do (eólo(o do petróleo est5 no !uidado !om omeio ambiente. Trata,se de um profissional *ue re!ebe em sua forma+$o uma basemuito bem fundamentada relativa " *uest$o ambiental. 7o !ampo as e*uipes sob sua!oordena+$o re!ebem as mais !ompletas orienta+/es no sentido de se manter uma!onviv6n!ia ade*uada e )armoniosa !om o meio ambiente re!ol)endo os re4eitos dosprodutos utili'ados e preservando as espé!ies animais e ve(etais presentes na re(i$oem *ue se desenvolvem os trabal)os.

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