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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 2017 ÍNDICE

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 2017 ÍNDICE2

Sobre a José Mello Saúde 05

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12

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20

22

24

25

26

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37

37

44

48

51

53

55

Visão geral organizacional

Desempenho económico

A José de Mello Saúde em números

Desempenho clínico

Ambiente Externo

Desempenho social

Diálogo com as partes interessadas

Desempenho ambiental

Mensagem do presidente

Investment Case

Modelo de negócio

Estratégia, concretizações e metas

Modelo de Governo

Investigação, Desenvolvimento e Inovação

Composição e competências dos órgãos de administração e fiscalização

Gestão de risco, principais riscos e incertezas

Desempenho

Matriz de Materialidade

Compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

ÍNDICE

01

02 Governo da Sociedade

Relatório Integrado

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3PERFIL DO RELATÓRIO

O Relatório Integrado da José de Mello Saúde contém informação financeira e não financeira da organização e é elaborado de acordo com as diretrizes do IIRC – International Integrated Reporting Council.

Respeitando ao período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2017, este documento inclui informação sobre a estratégia, a gestão e o desempenho das principais áreas de negócio da sociedade José de Mello Saúde, S.A. (adiante referida como José de Mello Saúde ou JMS), a holding de um grupo empresarial privado de cuidados de saúde, com sede na Av. do Forte, Nº3, Edif. Suécia III - Piso 2, em Carnaxide. O capital social da José de Mello Saúde é detido pela José de Mello Capital (65,85%), pela Fundação Amélia de Mello (4,15%) e pela Farminveste, S.A. (30%). O Relatório Integrado da José de Mello Saúde é publicado anualmente e é complementado com a informação prestada no (i) Relatório de Demonstrações Financeiras, (ii) Relatório de Qualidade Clínica e (iii) Relatório de Sustentabilidade - Anexo GRI. Todos estes documentos podem ser consultados no website institucional em http://www.josedemellosaude.pt/

Em 2017 a José de Mello Saúde revisitou a sua materialidade1, auscultando as partes interessadas e ajustando as suas expectativas à estratégia. Em linha com este exercício a José de Mello Saúde evoluiu igualmente para a utilização dos requisitos e orientações mais recentes da Global Reporting Initiative (GRI), GRI Standards que substituem a versão G4 utilizada no último relatório, adotando a opção “De acordo – Essencial”.

A José de Mello Saúde agradece comentários sobre estes documentos ou sobre qualquer matéria relacionada com as suas práticas de reporte corporativo, que devem ser enviados para a Direção de Comunicação e Sustentabilidade através do e-mail: [email protected]

1 Informação detalhada sobre a Matriz de Materialidade da José de Mello Saúde pode ser consultada no capítulo ‘Diálogo com as partes interessadas’

PERFIL DO RELATÓRIO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 20174

01RELATÓRIO INTEGRADOJOSÉ DE MELLO SAÚDE

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5SOBRE A JOSÉ DE MELLO SAÚDE

SOBRE AJOSÉ DE MELLO SAÚDE

Visão geral organizacional

clientes, parceiros, acionistas e colaboradores, a José de Mello Saúde coloca as questões éticas no centro da atividade. Orientando a sua conduta por valores como o Respeito pela Dignidade Humana e Bem-Estar da Pessoa, a José de Mello Saúde determinou a criação de um Código de Ética, transversal a todas as unidades CUF. Foi ainda instaurado um Conselho de Ética2, órgão consultivo da Comissão Executiva da José de Mello Saúde.

A par do Conselho de Ética, as unidades de saúde de maior dimensão têm uma Comissão de Ética própria, nos termos da lei, composta por elementos internos e personalidades externas com sólidos conhecimentos sobre as matérias da ética.

OrganizaçãoA José de Mello Saúde desenvolve a sua atividade através de uma rede de unidades CUF de prestação privada de cuidados de saúde e de hospitais integrados no Serviço Nacional de Saúde, geridos em regime de parceria público-privada (PPP).

Em 2017, a José de Mello Saúde alargou o seu portefólio com a inauguração, em outubro, da Clínica CUF S. João da Madeira, e a aquisição, em dezembro, da Clínica Particular de Coimbra, atual Hospital CUF Coimbra.

Com o alargamento da rede a oito hospitais e nove clínicas de ambulatório, a CUF passa a estar presente em Lisboa, Almada, Oeiras, Cascais, Sintra, Mafra, Torres Vedras, Santarém, Coimbra, Viseu, S. João da Madeira, Matosinhos e Porto.

A José de Mello Saúde assegura ainda, através de parcerias público-privadas (PPP), a gestão do Hospital de Braga e do Hospital Vila Franca de Xira, ambos inseridos no Serviço Nacional de Saúde.

Quem somosCom origem no Hospital da CUF, fundado em 1945, a José de Mello Saúde atua no setor da prestação de cuidados de saúde em Portugal.

VisãoSer líder na prestação de cuidados de saúde de qualidade distintiva suportada numa rede integrada de unidades de elevada performance, tanto no setor privado como no setor público, e apresentando opções de crescimento em mercados selecionados.

MissãoPromover a prestação de cuidados de saúde com os mais elevados níveis de conhecimento, respeitando o primado da vida e do ambiente, através do desenvolvimento do capital intelectual das organizações, numa busca permanente pela excelência.

Valores

• Respeito pela Dignidade e Bem-Estar da Pessoa• Desenvolvimento Humano• Competência • Inovação

Ética

A Ética Empresarial é um valor fundamental da José de Mello Saúde, quer pela área em que a sua atividade se insere, quer pela relevância da temática para o Grupo José de Mello. Enquanto entidade prestadora de cuidados de saúde, que se rege por princípios de boa gestão e transparência, primando pelo respeito por

2 Mais informação sobre o Conselho de Ética pode ser encontrada no capítulo ‘Modelo de Governo’.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 2017 6

JOSÉ DE MELLO SAÚDE

SOBRE A JOSÉ DE MELLO SAÚDE

Numa perspetiva organizativa, as unidades hospitalares e de ambulatório foram agrupadas em duas Comissões de Coordenação – CUF e PPP. A rede CUF encontra-se dividida em três Clusters geográficos – Descobertas, Tejo e Norte – numa lógica de articulação em torno dos três grandes Hospitais CUF.

VISEU

COIMBRA

CUFPORTO

INSTITUTOCUF

CUF VISEU

CUF COIMBRA

CUFDESCOBERTAS

CUFINFANTE SANTO

CUFALMADA

CUFBELÉM

CUFMIRAFLORES

CUFSINTRA

CUFSÃO DOMINGOSDE RANA

CUFCASCAIS

CUFAlVALADE

CUFMAFRA

CUFTORRES VEDRAS

CUFSANTARÉM

CUF SÃO JOÃO DA MADEIRA

SANTARÉM

ALMADA

VILA FRANCADE XIRA

TORRES VEDRAS

LISBOA

PORTO

BRAGA

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A José de Mello Saúde

JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 2017A JOSÉ DE MELLO SAÚDE 7

UM ANO EM NÚMEROS

ADMISSÕES

URGÊNCIAS

EXAMES DEIMAGIOLOGIA*

SESSÕES DEQUIMIOTERAPIA

IMAR:ÍNDICE DE MORTALIDADEAJUSTADO

*Ressonância Magnética, Ecografia, TAC e ECG

CIRURGIAS

CONSULTAS

PARTOS

SESSÕES DERADIOTERAPIA

1,1 MILHÕES

658 MIL

828 MIL

21 MIL

0,6

93 MIL

2,4 MILHÕES

7.843

62 MIL

0,48IRAR:ÍNDICE DE READMISSÕESAJUSTADAS PELO RISCO

José de Mello Capital

FundaçãoAmélia de Mello

Farminveste, S.A.

66%4%

30%

COLABORADORES

PROVEITOS OPERACIONAIS

DOWNLOAD’S APP MYCUF

UNIDADES DE SAÚDE

EBITDA

CHAMADAS ATENDIDAS NO CONTACT CENTER

CAMAS

INVESTIMENTO CONSOLIDADO

BLOCOS OPERATÓRIOS

GABINETES

8.058637,4M€ | +8,7%

345 MIL

1972,0M€ | +5,3%

3 MILHÕES

1.543 190,3M€

92

1.165saudecuf.pt

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RELATÓRIO INTEGRADO 20178 PRINCIPAIS INDICADORES 2017

PROVEITOS OPERACIONAIS

EBITDA

INVESTIMENTO EM I&D+I

INTENSIDADE ENERGÉTICA

HORAS DE FORMAÇÃO

Nº DE VOLUNTÁRIOS

MÉDICOS A REALIZARINTERNATO MÉDICO

637,4M€

72,0M€

1,8M€

45 kgep/m2

133.314

65

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Capital Financeiro (M€)

Capital Intelectual

Capital Natural

Capital Humano

Capital Social

2015

2015

2015

2015

2015

Proveitos Operacionais

Investimento em I&D+I (M€)

Consumo de Eletricidade (MWh)

Indicadores de Recursos Humanos

Investimento na Comunidade (€)

Indicadores Sociais

Indicadores de Eventos Clínicos e de Educação para a Saúde

Indicadores de Formação

560,2

2,6

46.406

586,3

3

48.120

637,4

1,8

50.185

EBITDA

Internato Médico (Nº Médicos)

Intensidade Energética (kgep/ m2)

Nº de Colaboradores

Donativos

63,5

316

47

7.055

212.000

68,4

785

49

7.469

218.537

72,0

485

45

8.058

286.746

EBIT

Ensaios Clínicos (Nº Ensaios)

Consumo de Água (m3)

Mulheres

Consumo de Gás Natural (MWh)

Homens

Nº de Voluntários

Resíduos Acumulados Perigosos (ton)

Nº de Saídas

Nº de participantes nas formações

Nº de Horas

Média de Horas

42,2

n.a.

323.716

25.632

1.500

53

5.555

21.108

1.561

1.113

1.187

8.756

115.988

16,44

41,5

130

349.342

25.757

1.570

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5.899

25.838

1.360

1.209

945

8.086

121.748

16,30

42,6

124

368.392

22.873

1.683

65

6.375

21.334

1.797

1.252

1.205

16.831

133.314

16,54

Resultado Líquido 21,9 23,9 22,8

2016

2016

2016

2016

2016

2017

2017

2017

2017

2017

Emissões de CO2 (ton)

Nº de Entradas

Principais Indicadores 2017

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RELATÓRIO INTEGRADO 2017 9

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201710 AMBIENTE EXTERNO

3| 4| 5| 6| 8 e 10Portugal Eurosistema - Boletim Económico dezembro 2017https://www.bportugal.pt/sites/default/files/anexos/pdfboletim/be_dez20176_p.pdf

7 e 9Autumn 2017 Economic Forecasthttps://ec.europa.eu/info/business-economy-euro/economic-performance-and-forecasts/economic-forecasts/autumn-2017-economic-forecast_en

Portugal acompanhou, em 2017, a tendência de crescimento económico moderado registada em toda a Europa. O Produto Interno Bruto (PIB) nacional registou uma taxa de variação anual 2,6%, valor que representa uma subida de 1,1 p.p. face ao homólogo3 e é superior à estimativa de crescimento do PIB da zona Euro (2,2%). De 2018 a 2020, Portugal deverá manter o crescimento económico, ainda que a um ritmo progressivamente menor: 2,3%, 1,9% e 1,7%4. No prazo de três anos, prevê-se que o PIB esteja 4% acima dos níveis anteriores à crise financeira internacional5.

A nível interno, a recuperação económica continua sustentada pela aceleração das exportações e o crescimento da procura interna. Em 2017, o consumo público cresceu 0,1% e o consumo privado progrediu 2,2% (com uma variação de -0,5 p.p. e +0,1 p.p., respetivamente, face ao ano anterior). Esta última variação reflete a subida do rendimento disponível e a manutenção da confiança dos consumidores em níveis especialmente elevados, em resultado da melhoria das condições do mercado de trabalho. De sublinhar ainda que o consumo privado cresceu em linha com o rendimento disponível, o que resultou numa taxa de poupança relativamente estável e acima dos anos anteriores6.

O crescimento económico refletiu-se numa recuperação do mercado de trabalho, com o emprego a avançar 3,1% em termos anuais (+1,5 p.p. face a 2016), e a crescer acima do estimado para a zona Euro (+1,5%)7, a variação mais elevada desde 2008. A taxa de desemprego recuou para os 8,9% em Portugal, descendo 2,2 p.p. face ao período homólogo8, enquanto na Europa se terá situado nos 9,1%9.

Em 2018, Portugal deverá continuar a assistir ao crescimento da taxa anual do emprego, ainda que a uma cadência progressivamente mais moderada, e à manutenção da tendência descendente da taxa de desemprego. A persistência de condicionamentos externos e internos, nomeadamente o peso da dívida, a evolução demográfica adversa e as ineficiências nos mercados do trabalho e do produto, tem inibido a convergência real face à zona Euro10.

Ambiente Externo

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11AMBIENTE EXTERNO

11INE, Conta Satélite da Saúde 2014 – 2016Pe https://drive.google.com/file/d/1QCbdSY3diCDaGJ6S90L6BlNYmLUw-eXP/view?pli=1

12Associação Portuguesa de Seguradores, Indicadores de Gestão - Saúde 2017.09 https://drive.google.com/file/d/1FajX9YpgAT7TW-D3YrqxtL7XWM8-4q2d/view?pli=1

Clínica CUF São João da Madeira e adquirindo a Clínica Particular de Coimbra, atual Hospital CUF Coimbra, um terreno em Sintra para a construção do futuro Hospital CUF Sintra (em substituição da Clínica CUF Sintra), um terreno em Leiria para a construção do futuro Hospital CUF Leiria e o direito de superfície do Hospital Ortopédico José de Almeida, na Parede, Cascais. O reforço da estratégia de crescimento materializou-se ainda nas obras de construção do futuro Hospital CUF Tejo e de expansão do Hospital CUF Descobertas e da Clínica CUF Almada.

Alterações regulatórias e legislativas com impacto na atividadeEm 2017 não existiram alterações regulatórias e legislativas com impacto significativo na atividade da José de Mello Saúde.

Setor da SaúdeEm 2015 e 2016, a despesa corrente em saúde voltou a crescer em Portugal, tendo-se registado, em termos nominais, uma subida de 3,1% e de 2,7%, respetivamente. Nos dois anos, e de acordo com o INE, a taxa de crescimento nominal foi inferior à do PIB (3,7% em 2015 e 3,0% em 2016), tendência que se observa desde 2010.

No mesmo período, o crescimento da despesa corrente pública foi mais acentuado do que o da despesa corrente privada. Em 2015, a despesa corrente pública avançou 3,3%, ficando a despesa corrente privada nos 2,7%. Resultados preliminares para 2016 apontam para uma variação de 2,8% e de 2,6%, respetivamente.

De 2014 a 2016, cerca de 64,9% da despesa corrente em saúde foi suportada através dos regimes de financiamento das Administrações Públicas. Nos últimos dois anos, o valor relativo da despesa corrente pública avançou ligeiramente, situando -se nos 66,2%. Em 2016, a despesa corrente pública per capita foi de 1.061,15 euros, enquanto a privada se ficou pelos 540,74 euros. Em sentido contrário, o peso da despesa corrente do Serviço Nacional de Saúde e Sub-Regiões de Saúde (58,2% em 2014 e 57,2% em 2016) e das famílias (27,7% em 2014 e 27,4% em 2016) diminuiu ligeiramente. Por outro lado, verificou-se um reforço da importância relativa do financiamento das sociedades de seguros (4,0% da despesa corrente em 2016, mais 0,4 p.p. que em 2014)11.

O mercado de seguros de saúde confirmou a prevista tendência de crescimento, com o número de pessoas seguras entre 2015 e 2016 a avançar 11,4%. O relatório de setembro de 2017 registou um aumento de 2,7% face ao homólogo, passando de 2.262.257 para 2.324.371 o número de pessoas seguras. Este crescimento explica-se essencialmente pelo acentuado crescimento do seguro individual, que avançou 4,9%12.

Neste cenário macroeconómico, e apesar da persistência de constrangimentos externos e internos, a José de Mello Saúde foi capaz de reforçar, em 2017, as suas aspirações de consolidação da rede CUF, inaugurando a

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201712 DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS

A José de Mello Saúde dispõe de vários mecanismos de interação com as suas partes interessadas.

Stakeholder ReporteMecanismode Interação

Temas relevantespara os stakeholders

Acionistas

Financiadores

Pagadores

CMVM

Fornecedores

Entidade Reguladora da Saúde

Reunião do Conselho de Administração

Reuniões periódicas, negociações de contratos

Reuniões periódicas, negociações de contratos, Interações administrativas

Gabinete de Relação com os Investidores

Reuniões periódicas, negociações de contratos

Auditorias, inquéritos, reuniões de esclarecimento

Assembleia Geral

Reuniões e eventos específicos

Criação de valor

Sustentabilidade financeira

Acesso a cuidados privados de saúde, Pricing

Cumprimento da regulação de valores mobiliários aplicável

Contratos e Pagamentos, mecanismos de mitigação dos riscos e impactos, ética e transparência

Regulação, licenciamentos, Sistema Nacional de Avaliação em Saúde

Informação periódica e rigorosa

Ética e transparência

Prestação regular de informação institucional (Comunicados institucionais, Relatório Integrado, Relatório de Demonstrações Financeiras, Relatório de Qualidade Clínica e Anexo GRI)

Prestação regular de informação, Relatório de Demonstrações Financeiras

Webservices (meios eletrónicos de interação), Relatório Integrado, Relatório de Demonstrações Financeiras, Relatório de Qualidade Clínica e Anexo GRI

Prestação regular de informação institucional (Comunicados institucionais, Relatório Integrado, Relatório de Demonstrações Financeiras, Relatório de Qualidade Clínica e Anexo GRI)

Relatório interno de avaliação de fornecedores de materiais de consumo clínico

Portal SINAS, Relatório de Qualidade e Segurança Clínica

Diálogo com asPartes Interessadas

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RELATÓRIO INTEGRADO 2017 13DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS

Stakeholder ReporteMecanismode Interação

Temas relevantespara os stakeholders

Administrações Regionais de Saúde (ARS – Ministério da Saúde)

Colaboradores

Gestor de contrato, contratualização anual da atividade e dos indicadores de desempenho, relatório de avaliação de desempenho semestral e anual

Encontro de Quadros

Eventos Corporativos

Programa de Acolhimento

Programa + Talento

Revista e Newsletters + VIDA

Academia CUF

Inquérito de satisfação de colaboradores

Encontros ao Pequeno-Almoço (com Presidente da Comissão Executiva e Administradores das unidades)

Visita em contacto (com Presidente da Comissão Executiva)

Acompanhamento através dos sistemas de gestão de pessoas (ex.: Avaliação de Desempenho)

Reuniões do Conselho Médico e Conselho de Enfermagem

Cumprimento do contrato, acessibilidade, qualidade e segurança clínica dos cuidados de saúde prestados, melhoria contínua dos indicadores de desempenho

Evolução da José de Mello Saúde e estratégias de crescimento

Estabilidade, perspetivas de desenvolvimento profissional e pessoal, remuneração, organização e condições de trabalho

Relatórios mensais de atividade e monitorização dos indicadores de desempenho, inquéritos anuais de satisfação dos utentes e colaboradores

Processos de gestão de pessoas na empresa (avaliação de desempenho, remuneração, carreiras, formação, etc.)

Relatório Integrado, Relatório de Demonstrações Financeiras, Relatório de Qualidade Clínica e Anexo GRI

Eventos internos

Canais de comunicação internos

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201714 DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS

Stakeholder ReporteMecanismode Interação

Temas relevantespara os stakeholders

Clientes

Gabinete do Cliente, Provedor do Cliente

App MyCUF

Contact Center

Website institucionale das unidades de saúde

Acessibilidade acuidados de saúde; Qualidade clínica e de serviço prestado; Ofertaintegrada; Condiçõeshoteleiras e desegurança dasunidades; Inovaçãotecnológica

Inquéritos de satisfação ao cliente

Contacto telefónico

Folhetos informativos

SMS

Comunicados institucionais

Revista + VIDA

Campanhas publicitárias

Smartphones

Aceleradoresde Inovaçãoe startups

ComunidadeAcadémicae Científica

Acordos de colaboração ou prestação de serviço

Protocolos de Cooperação, Atividades de I&D em parceria, Negociação de contratos, ensaios clínicos, estudos observacionais, reuniões periódicas

Canais de comunicação e marketing das unidades

Publicações institucionais

Desafios de desenvolvimentoestratégico, modelosde apoio e investimento

Desempenho da empresa, compromissos a longo prazo, Inovação e Sustentabilidade

Eventos externos, bootcamps,comunicados de imprensa,informação institucional

Reuniões periódicas, Prestação regular de informação institucional (Comunicados institucionais, Relatório Integrado, Relatório de Demonstrações Financeiras, Relatório de Qualidade Clínica e Anexo GRI)

Media Diálogo com OCSImpacto na comunidade,impactos ambientais esociais, inovação

Prestação regular de informaçãoinstitucional (Comunicados institucionais, Relatório Integrado,Relatório de DemonstraçõesFinanceiras, Relatório de QualidadeClínica e Anexo GRI)

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RELATÓRIO INTEGRADO 2017 15DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS

Stakeholder ReporteMecanismode Interação

Temas relevantespara os stakeholders

Associaçõesdo Setor

Público em geral

Protocolos de Cooperação,reuniões periódicas,participação em gruposde trabalho

Websiteinstitucional e dasunidades de saúde,canais decomunicaçãotelefónica e online

Boas práticas da empresa; estratégia da empresa; Ética e Transparência;celebração de protocolos

Portefólio de serviçosprestados, Inovação

Prestação regular de informaçãoinstitucional (Comunicados institucionais, Relatório Integrado,Relatório de DemonstraçõesFinanceiras, Relatório de QualidadeClínica e Anexo GRI)

Campanhas publicitárias, Prestaçãoregular de informação institucional(Comunicados institucionais,Relatório Integrado, Relatóriode Demonstrações Financeiras,Relatório de Qualidade Clínicae Anexo GRI)

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201716

Matriz de Materialidade

A José de Mello Saúde revisitou o seu exercício de materialidade em 2017, identificando temas-chave relevantes e recolhendo informação que permite adequar a estratégia da organização às expetativas das partes consultadas.

Inspirado nas recomendações da Global Reporting Initiative (GRI), o processo de construção da matriz de materialidade da José de Mello Saúde ajuda a fortalecer as relações de confiança e de diálogo com os stakeholders, a quem é pedido que ajudem a identificar, selecionar e priorizar os temas relevantes para a organização.

A consulta aos stakeholders, bem como a análise de benchmarking e das tendências do setor da saúde, permitiram identificar 23 temas materiais, divididos em seis grandes áreas com impacto na cadeia de valor da José de Mello Saúde.

DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS

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Stakeholders Internos

Saúde e Bem-Estar da População SAÚDE

SOCIEDADE

ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA

ECONOMIA

CIÊNCIA

AMBIENTE

Segurança do Doente

Prevenção da Doença

Capacitação do Doente

Desempenho Económico do Grupo

Atendimento das Urgências

Funcionamento em Rede de Unidades

Setor Social e VoluntariadoConsciência Ambiental

Formação dos Cuidadores/ Familia

Parcerias com a Universidade

Plano Integrado ao Longo da Vida

Gestão do RiscoE-Health

Financiamento de Formação Cientifica

Cidadania Empresarial

Atenção ao Colaborador

Conciliação vida pessoal/ vida profissional

Alinhamento com a Investigação Cientifica

Inovação e Investigação Terapêutica

Atenção e Cuidado ao Doente

Tendências Demográficas

Atração e Fixação de Talentos

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RELATÓRIO INTEGRADO 2017 17DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS

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Fornecedores de serviços (imateriais)

Fornecedores de serviços (materiais)

Seguradoras

Banca

Universidades

Comunicação Social e líderes opinião

Associações de Doentes

Outras Associações da Área da Saúde

Setor Social Solidário

Câmaras Municipais

Entidades Públicas do setor da Saúde

Politicos

Grupo José de Mello

Médicos

Enfermeiros

Técnicos de Saúde

Administrativos

Técnicos Superiores

Dirigentes

Auxiliares

Fornecedores de medicamentos, equipamentos e consumíveis

5 10 15 200

Caracterização dos StakeholdersPara a análise das expectativas dos stakeholders foram auscultados os seguintes grupos:

• Stakeholders Externos (clientes, fornecedores e sociedade): No que respeita a clientes, foram enviados questionários por correio eletrónico a clientes que visitaram uma unidade CUF no mês anterior. No caso dos fornecedores, foram auscultados os maiores fornecedores por bem/serviço. A nível de contexto social, foi identificado um conjunto entidades/personalidades com relação de antiguidade com a José de Mello Saúde.

• Stakeholders Internos: a Direção de Recursos Humanos fez a seleção dos colaboradores atendendo a dois critérios: o da diversidade (categoria profissional, geográfica, antiguidade na empresa) e o da qualidade (pessoas com funções chave na organização para ajudar a construir um pensamento estruturado sobre Responsabilidade Social Corporativa).

No processo, foram ouvidas 119 pessoas presencialmente e recebidas 300 respostas válidas aos questionários eletrónicos.

Caracterização da Amostra - Número de Participantes por Tipologia

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201718

Compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas é constituída por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas. Aprovada em setembro de 2015, foi subscrita por 193 membros, incluindo Portugal.

Considerando que também as empresas devem contribuir para o alcançar destes objetivos, a José de Mello Saúde realizou um exercício de priorização dos ODS, identificando aqueles em que pode ter maior impacto pela própria natureza da sua atividade, e os que podem ser diretamente associados aos temas relevantes identificados pelo stakeholders na construção da matriz de materialidade.

Assim, a José de Mello Saúde acredita que a sua atividade e estratégia podem ter um impacto maior em oito ODS.

Neste relatório, identificamos os capítulos/secções com informação relevante para cada um dos oito ODS. A José de Mello Saúde considera, no entanto, que a sua atividade pode contribuir de forma indireta para outros ODS (para mais informação consulte o Relatório de Sustentabilidade – Anexo GRI).

Em 2018, será realizada uma análise mais extensa do alinhamento da estratégia com os ODS, considerando os riscos/impactos e oportunidades na cadeia de valor da José de Mello Saúde.

GARANTIR O ACESSO À SAÚDE DE QUALIDADE E PROMOVER O BEM-ESTAR PARA TODOS EM TODAS AS IDADES

GARANTIR O ACESSO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA, DE QUALIDADE EQUITATIVA, E PROMOVER OPORTUNIDADES DE APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA PARA TODOS

PROMOVER O CRESCIMENTO ECONÓMICO INCLUSIVO E SUSTENTÁVEL, O EMPREGO PLENO E PRODUTIVO E O TRABALHO DIGNO PARA TODOS

CONSTRUIR INFRAESTRUTURAS RESILIENTES, PROMOVER A INDUSTRIALIZAÇÃO INCLUSIVA E SUSTENTÁVEL E FOMENTAR A INOVAÇÃO

GARANTIR PADRÕES DE CONSUMO E DE PRODUÇÃO SUSTENTÁVEIS

ADOTAR MEDIDAS URGENTES PARA COMBATER AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E OS SEUS IMPACTOS

PROMOVER SOCIEDADES PACÍFICAS E INCLUSIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROPORCIONAR O ACESSO À JUSTIÇA PARA TODOS E CONSTRUIR INSTITUIÇÕES EFICAZES, RESPONSÁVEIS E INCLUSIVAS A TODOS NÍVEIS

REFORÇAR OS MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO E REVITALIZAR A PARCERIA GLOBAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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RELATÓRIO INTEGRADO 2017 19

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201720 MENSAGEM DO PRESIDENTE

Prosseguindo a sua estratégia, a José de Mello Saúde voltou a consolidar, em 2017, a liderança na prestação de cuidados de saúde de excelência em Portugal. Continuamos focados na qualidade e diferenciação clínica, na experiência irrepreensível dos nossos clientes, numa operação eficiente e sustentada, no desenvolvimento humano e numa agenda de crescimento geradora de valor, princípios fundamentais para estarmos ao serviço dos portugueses, afirmando a José de Mello Saúde como parceiro para o desenvolvimento do setor e do país.

Somos o maior player nacional na área da saúde, dispondo de uma rede com ampla cobertura geográfica que foi reforçada em 2017 com a abertura da Clínica CUF S. João da Madeira e aquisição da Clínica Particular de Coimbra, atual Hospital CUF Coimbra. Criámos condições para alargar a nossa atividade a Leiria e Sintra, onde adquirimos terrenos para a construção dos futuros hospitais CUF Leiria e CUF Sintra, este último em substituição da atual Clínica CUF Sintra. Prosseguimos com as obras de expansão do Hospital CUF Descobertas e com a construção do futuro Hospital CUF Tejo, em Lisboa, um investimento superior a 100 milhões de euros, desenhado de raiz para combater e tratar as Doenças do Futuro.

Desde a sua origem, a José de Mello Saúde investe num projeto clínico diferenciador que se materializa, diariamente, na excelência clínica das suas unidades, onde garante uma resposta centrada no doente. Anualmente, sujeitamos à avaliação externa os cuidados de saúde prestados em toda a rede, seja pela apreciação do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), seja pela aplicação de modelos de benchmarking clínico que avaliam por comparação os processos de eficiência e qualidade clínica. Há dois anos colocámos em marcha um projeto de medição de outcomes clínicos, que nos permite evidenciar uma prestação de cuidados de saúde com base em resultados relevantes para o doente. Este projeto evoluiu para um modelo de gestão clínica que assenta na criação de valor na prestação de cuidados de saúde, o Value-Based Healthcare, que assume um papel estratégico para a nossa organização. Nos próximos anos, trabalharemos para continuar a expandir este ciclo de valor, aumentando a monitorização do valor em saúde e apostando no modelo de Value-Based Healthcare que vem contribuir para medir e evidenciar os resultados, colocando a perspetiva do doente no centro da decisão.

MENSAGEM DOPRESIDENTE

Salvador de MelloPresidente do Conselho de Administração

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21MENSAGEM DO PRESIDENTE

gerir em regime de parceria público-privada os Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira, os quais voltaram a apresentar em 2017 excelentes resultados ao nível da qualidade clínica, sendo considerados, respetivamente, o primeiro e o terceiro hospital público nacional com mais classificações máximas no Sistema Nacional de Avaliação em Saúde, da Entidade Reguladora da Saúde. Estamos, por isso, convictos que a gestão em PPP na saúde é um caso de sucesso reconhecido por todas as partes envolvidas, com melhorias de qualidade, melhor acesso aos cuidados de saúde e ganhos de eficiência muito importantes para o Estado português, os quais deverão, no futuro, ser equilibrados entre este e o parceiro privado, garantindo a sustentabilidade do modelo.

Congratulo-me com o trabalho desenvolvido pela organização, em 2017, cada vez mais preparada para enfrentar os desafios que se colocarão nos próximos anos. A José de Mello Saúde está num momento fundamental da sua história, aproximam-se grandes concretizações e uma nova e maior dimensão de ação. Pelo projeto empresarial que construímos e por tudo o que temos conseguido fazer em equipa, estou confiante de que seremos capazes de concretizar os desafios que o futuro trará.

Concretizámos igualmente outros objetivos que nos permitem consolidar o projeto clínico diferenciador da José de Mello Saúde: o Instituto CUF Oncologia assegurou a certificação europeia EUSOMA, como Centro Especializado no tratamento do cancro da mama em Portugal, e vimos o Hospital CUF Infante Santo reconhecido como Centro de Referência Nacional para Implantes Cocleares. O Hospital CUF Viseu tornou-se na primeira unidade privada da zona Centro a receber a certificação ISO 9001 da SGS para todos os seus serviços.

O ano de 2017 trouxe-nos ainda importantes realizações nos restantes pilares estratégicos da atuação da José de Mello Saúde. Continuamos a trabalhar para garantir uma experiência do cliente irrepreensível, o que voltou a ser reconhecido pelos utilizadores, com a CUF a ser mais uma vez “Escolha do Consumidor” na categoria de Saúde & Bem-Estar e a alcançar os prémios “Cinco Estrelas” e “Marca de Confiança”, na categoria de Hospitais Privados. Além disso, reforçámos a aposta num crescente relacionamento digital com o cliente através do lançamento da versão 2.0 da aplicação MyCUF, agora com mais e melhores funcionalidades, simplificando a relação dos clientes com a CUF.

A gestão eficiente e consistente da operação, também um pilar estratégico da José de Mello Saúde, tem garantido uma performance sólida nos últimos exercícios e o ano de 2017 não foi exceção. Os proveitos operacionais chegaram aos 637,7 milhões de euros e o EBITDA foi 72,0 milhões de euros, com crescimentos de 8,8% e 5,3%, respetivamente, resultado também de uma trajetória de crescimento sustentado da sua atividade assistencial nas diferentes áreas de atuação.Mantemos a aposta no talento humano, atraindo, formando e promovendo profissionais de excelência, um desígnio do projeto empresarial da José de Mello Saúde. A título de exemplo, em 2017, lançámos a 1.ª edição do Curso de Gestão para Médicos, criámos a cátedra do Envelhecimento na Nova Medical School, no âmbito Tagus Tank, e voltámos a premiar a investigação atribuindo cinco bolsas de doutoramento em medicina no valor de 100 mil euros, um investimento sem paralelo em Portugal na formação pós-graduada.

Sabemos que uma rede de cuidados de saúde privada extensa e com acessibilidade é importante na complementaridade ao Serviço Nacional de Saúde, o qual será tanto mais eficiente e sustentável quanto maior for a relação entre serviços públicos e privados.A José de Mello Saúde é, aliás, um ator do próprio SNS ao

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201722 INVESTMENT CASE

INVESTMENT CASE

PROJETO CLÍNICO DIFERENCIADOR

EXPERIÊNCIAIRREPREENSÍVEL DO CLIENTE

Distinção da rede CUF, pelo segundo ano consecutivo, com os prémios “Escolha do Consumidor” (categoria Saúde & Bem-Estar), “Cinco Estrelas” e “Marca de Confiança” (categoria de Hospitais Privados);

Notoriedade da marca CUF é superior à dos concorrentes em termos de Top of Mind, Notoriedade Sugerida e Notoriedade Espontânea, segundo estudos realizados em junho de 2017;

Versão 2.0 da aplicação móvel MyCUF, lançada em 2017, com novas e melhores funcionalidades: agendamento de vários atos médicos em simultâneo, acesso a receitas prescritas e informação sobre a farmácia mais próxima;

Otimização do acesso dos clientes CUF às suas unidades sendo possível, por exemplo, realizar Check-In automático e pagamento dos atos médicos através de quiosques digitais.

OPERAÇÃOCONSISTENTE E EFICIENTE

Culminando num esforço de centralização e aplicação de práticas transversais, a José de Mello Saúde foi o primeiro operador em Portugal a implementar uma central de compras. Em 2017, criou a CUF Serviços que inclui as áreas do Cliente, Logística e Operações, facilitando a interligação entre processos corporativos;

Os blocos de cirurgia da José de Mello Saúde são aprovisionados através de soluções de logística avançada;

A José de Mello Saúde implementou u m a n ova a b o rd a g e m a o desenvolvimento de Sistemas de Informação, com base em Agile;

Custo operacional por doente padrão do Hospital de Braga é o mais baixo entre todos os hospitais do Sistema Nacional de Saúde, segundo o benchmarking nacional da ACSS;

O Hospital de Braga foi premiado pelo desenvolvimento, em conjunto com o Hospital Vila Franca de Xira, de um projeto inovador para a racionalização dos consumos energéticos.

Programa de Value Based Healthcare e monitorização do valor em saúde ao nível das patologias: catarata, cancro da mama e osteoartrose do joelho;

Certificação EUSOMA do Instituto CUF Oncologia, criado em 2016, para possibilitar uma abordagem integrada e especializada centrada no doente com cancro e seus familiares;

Certificação de qualidade ISO 9001:2015 no Hospital CUF Viseu e ISO 9001:2008 na Clínica CUF São João da Madeira, ambas obtidas no primeiro ano de atividade das unidades;

Centro Gamma Knife, apetrechado com um equipamento único em Portugal e altamente diferenciador no tratamento de tumores cerebrais, malformações arteriovenosas e metástases;

Renovação da Acreditação Joint Commission International (JCI) no Hospital Vila Franca de Xira;

Reconhecimento pela Entidade Reguladora da Saúde ao Hospital de Braga e Hospital Vila Franca como o melhor e terceiro melhor hospital público nacional, classificados através do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS).

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23INVESTMENT CASE

APOSTA NO TALENTO HUMANO

Com mais de 70 anos de experiência, a José de Mello Saúde pauta a sua atuação por valores como o Respeito pela Dignidade e Bem-estar da Pessoa, Desenvolvimento Humano, Competência e Inovação, os quais norteiam a incessante vontade de ser e fazer melhor;

Manteve a relação de proximidade à Academia através do consórcio Tagus Tank, constituído com a Universidade Nova de Lisboa;

Criou programas de investigação em Medicina e lançou um conjunto de conferências sobre Biodireito, promovidas pela Associação para os Estudos do Biodireito (ABIO), que resultou da parceria com a Faculdade de Direito da Nova;

Pelo quarto ano consecutivo, atribuiu cinco Bolsas de Doutoramento em Medicina, no valor de 100 mil euros, a médicos das unidades da José de Mello Saúde que se encontram a frequentar programas de doutoramento em Faculdades de Medicina.

AGENDA DE CRESCIMENTO GERADORA DE VALOR

A José de Mello Saúde é o maior player nacional na área da saúde, dispondo de uma rede com uma ampla cobertura geográfica;

Continuou a expandir a rede CUF em 2017, com a inauguração da Clínica CUF S. João da Madeira e a compra da Clínica Particular de Coimbra, atual Hospital CUF Coimbra;

Avançou com a construção do futuro Hospital CUF Tejo. Desenhada de raiz para combater e tratar as Doenças do Futuro, esta unidade representa um investimento de mais de 100 milhões de euros;

Trabalha para garantir a adaptação das unidades já existentes aos níveis de procura das diversas regiões (ex.: expansão do Hospital CUF Descobertas).

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RELATÓRIO INTEGRADO 2017MODELO DE NEGÓCIO 24

JOSÉ DE MELLO SAÚDE

MODELO DE NEGÓCIO

A José de Mello Saúde presta cuidados de saúde apoiados em mais de 70 anos de experiência, com base num modelo que

permite diferenciação, através de grandes hospitais que incluem subespecialização em áreas de referência, e conveniência,

através de uma rede de hospitais e clínicas de proximidade.

Ser líder na prestação de cuidados de saúde de qualidade distintiva suportada numa rede integrada de unidades de elevada performance, tanto no setor privado como no setor público, e apresentando opções de crescimento em mercados internacionais selecionados.

A atuação da José de Mello Saúde rege-se por valores como o Respeito pela Dignidade e Bem-Estar da Pessoa, Desenvolvimento Humano, Competência e Inovação.

VISÃO

VALORES

Comunidade Académica e Científica

Associações do Setor

Comunidades locais

Pagadores Fornecedores Colaboradores

Operação Consistente e

Eficiente

Agenda de Crescimento

Geradora de Valor

Aposta no Talento Humano

Pilares Estratégicos

OUTPUTS

Geração de valor para o acionistaA captação de sinergias e uma forte aposta numa gestão eficiente permitiram apurar dividendos no valor de 20,6M€.

Valorização e formação dos profissionaisA remuneração de profissionais ultrapassou os 357M€;

Foram realizadas 133.314 horas de formação, uma média de 16,54 horas por colaborador;

A satisfação dos colaboradores é elevada: 75% estão satisfeitos em trabalhar na empresa, segundo inquérito de satisfação anual.

Qualidade de serviço excecionalEscolha do Consumidor na categoria de Saúde & Bem-Estar;

Marca de Confiança dos Portugueses;

Prémio Cinco Estrelas na categoria de Hospitais Privados.

Performance ambiental de referênciaO Hospital de Braga foi reconhecido com o Prémio EDP Energia Elétrica e Ambiente que distingue boas práticas nos campos da eficiência energética e sustentabilidade ambiental;

Renovação da Certificação Ambiental ISO 14001 dos Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira;

Diminuição das emissões de CO2 de 16,8% em relação a 2016.

Contributo para a geração de conhecimentoRealizaram-se 124 ensaios clínicos e foram atribuídas bolsas de doutoramento em medicina no valor de 100 mil euros;

Investiram-se 1.8M€ em Investigação, Desenvolvimento e Inovação;

485 Médicos realizaram o seu internato médico nas unidades da José de Mello Saúde;

Consórcio com a Universidade Nova de Lisboa que concilia a prática hospitalar com o ensino e a investigação.

Excelência dos serviços clínicosObtenção da certificação EUSOMA do Instituto CUF Oncologia;

Renovada a Acreditação Joint Commission International (JCI) do Hospital Vila Franca de Xira;

Reconhecimento do Hospital CUF Infante Santo como Centro de Referência Nacional para Implantes Cocleares;

O sistema de Gestão de Qualidade de Serviços do Hospital CUF Viseu foi certificado pela SGS ao abrigo da norma ISO 9001:2015.

Acionistas

Entidade Reguladora da

Saúde

Associações Regionais de Saúde

Financiadores

Projeto Clínico Diferenciador

Experiênciado Cliente

Irrepreensivel

Capital FinanceiroGere a atividade procurando a otimização da eficiência na gestão de financiamento e resultados.

INPUTS

Capital HumanoAssegura a valorização e reconhecimento dos 8.058 colaboradores, fomentando a colaboração, competência e rigor.

Capital Tecnológico e ManufaturadoUtiliza recursos tecnológicos tangíveis e intangíveis para a concretização das suas atividades, suportadas em património edificado próprio que inclui 19 unidades de saúde, 1.165 gabinetes, 92 blocos operatórios e 1.543 camas.

Capital Social e RelacionalTrabalha com elementos dos ecossistemas científico e de inovação (Startups e outros), potenciando as suas atividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação, de forma a identificar oportunidades de diferenciação.

Capital NaturalPromove a utilização sustentável de recursos naturais, designadamente energia e água, prevenindo a poluição e fomentando uma correta gestão de resíduos.

Capital IntelectualDesenvolve programas de ensino e formação com o objetivo de atualização permanente dos seus profissionais e da comunidade científica e médica.

Utiliza práticas de gestão geradoras de eficiência, como por exemplo a normalização da utilização de consumíveis entre as unidades e otimização de um sistema de alarmística de faturação.

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RELATÓRIO INTEGRADO 2017ESTRATÉGIA, CONCRETIZAÇÕES E METAS 25

JOSÉ DE MELLO SAÚDE

ESTRATÉGIA, CONCRETIZAÇÕES E METAS

CONCRETIZADO EM 2017

METAS PARA 2018

PROJETO CLÍNICODIFERENCIADOR

EXPERIÊNCIA IRREPREENSÍVEL DO CLIENTE

OPERAÇÃO CONSISTENTE EFICIENTE

AGENDA DE CRESCIMENTO GERADORA DE VALOR

APOSTA NO TALENTO HUMANO

Performance clínica de excelência consistente em toda a rede, com oferta diferenciada nos Hospitais CUF.

Elevados índices de satisfação em toda a rede, maximizando a aposta no digital como meio para a conveniência e eficácia.

Captura das sinergias de rede, alcançando níveis de eficiência de EBIT em linha com os mais eficientes players do mercado.

Consolidação da posição de liderança do mercado português, aproveitando oportunidades de crescimento geradoras de valor.

Reforço da proposta de valor, atraindo, formando e promovendo profissionais de excelência.

Certificação EUSOMA do Instituto CUF Oncologia;

Reconhecimento do Hospital CUF Infante Santo como Centro de Referência Nacional para Implantes Cocleares;

Aumento do número de patologias com protocolo único e medição sistemática de outcomes clínicos;

Renovação da Acreditação Joint Commission International (JCI) no Hospital Vila Franca de Xira;

Certificação ISO 9001:2015 do Hospital CUF Viseu e ISO 9001:2008 da Clínica CUF São João da Madeira, ambas obtidas no primeiro ano de atividade.

Acreditação da Joint Commission International (JCI) do Hospital CUF Porto;

Value-Based Healthcare: aumento do número de patologias em fase de medição e de implementação.

Preparação da auditoria RGPD (Regulamento Geral sobre Proteção de Dados);

Racionalização (premiada) dos consumos energéticos no Hospital de Braga;

Renovação da Certificação Ambiental ISO 14001 nos Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira.

Centralização do Processo Logístico;

Reorganização dos sistemas core num sistema único de informação para toda a rede, homogeneizando procedimentos e processos;

Manutenção da Certificação Ambiental ISO 14001 nos Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira.

Abertura da Clínica CUF S. João da Madeira;

Aquisição da Clínica Particular de Coimbra, atual Hospital CUF Coimbra;

Continuação da expansão do Hospital CUF Descobertas;

Continuação da construção do futuro Hospital CUF Tejo;

Expansão da Clínica CUF Almada;

Aquisição de terreno em Sintra para a construção do futuro hospital CUF Sintra (em substituição da Clínica CUF Sintra);

Aquisição de terreno em Leiria para a construção do futuro Hospital CUF Leiria;

Aquisição do direito de superfície do Hospital Ortopédico José de Almeida, na Parede, Cascais.

Abertura do novo edifício do Hospital CUF Descobertas;

Abertura do novo Hospital CUF Sintra;

Abertura do novo Hospital CUF Coimbra;

Continuação da construção do futuro Hospital CUF Tejo (Concretizado no primeiro semestre);

Potenciar a interação com o ecossistema de inovação (Startups e outros) para captar oportunidades de diferenciação.

1ª Edição do curso de Gestão para Médicos;

Criação da cátedra do Envelhecimento na Nova Medical School, no âmbito Tagus Tank. Criação de programas de investigação em Medicina;

Atribuição de 100 mil euros em bolsas de doutoramento em medicina.

Lançamento do novo portal de Intranet do grupo, otimizando os meios de comunicação e colaboração entre equipas e profissionais.

Lançamento da versão 2.0 da App MyCUF, com mais e melhores funcionalidades;

Prémios “Escolha do Consumidor” (categoria Saúde & Bem-Estar), “Cinco Estrelas” e “Marca de Confiança” (categoria de Hospitais Privados).

Continuação da aposta num crescente relacionamento digital com o cliente, alavancado na App MyCUF;

Reatribuição de prémios dos consumidores.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201726 INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)

A Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D+I) é um ativo essencial para sustentar uma oferta competitiva, que explore novas soluções geradoras de diferenciação e valor para os clientes e profissionais da José de Mello Saúde.

Partindo dos cinco pilares estratégicos da José de Mello Saúde, são promovidas diversas atividades ao nível do fomento da inovação (incremental, planeada, exploratória e atividade científica) e da formação (Pré e Pós-graduada e eventos clínicos e de educação para a saúde), sendo esta última operacionalizada através da Academia CUF, empresa do grupo José de Mello Saúde responsável pela investigação, formação e ensino nas unidades de saúde de grupo e outras entidades externas que a ela recorram para esse fim.

Inovação, uma missão de todos: A aposta da José de Mello Saúde na disseminação de uma cultura de inovação junto dos colaboradores materializa-se desde 2012 no Programa i9+, que permite que qualquer membro da organização contribua com ideias que melhorem as atividades da empresa ou criem produtos e/ou processos. As propostas devem enquadrar-se nos pilares estratégicos da empresa ou responder a desafios específicos lançados a cada ano. As melhores ideias são reconhecidas no evento anual i9+ Innovation Afterhours, onde os autores apresentam um Elevator Pitch à organização e a um júri que escolherá as três melhores ideias do ano.

2014 101

2015 227

2016 274

2017 346

INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)

Nº de ideias submetidas

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27INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)

substituído por uma lente intraocular que corrige todos os erros refrativos, permitindo ver a três distâncias: perto, médio e longe.

O Hospital Vila Franca de Xira iniciou um projeto destinado a acompanhar de forma articulada e integrada crianças com diabetes nos cuidados de saúde hospitalares, cuidados de saúde primários e escolas. O programa inclui ações de formação e apoio à criança e familiares, bem como ações de formação nas escolas dirigidas aos profissionais que acompanham crianças com diabetes.

Acesso digital em permanente evolução: O serviço MyCUF, criado em 2013, permite uma interação eficaz e conveniente entre os clientes e os serviços administrativos da CUF. Numa área pessoal online, acessível via Web ou mobile (App), os clientes podem aceder com toda a segurança a um conjunto de funcionalidades e informações sobre a sua atividade nas unidades CUF, incluindo a marcação de consultas, receção de resultados de exames, consulta de prescrições e pagamentos. Em 2017 passou a ser possível fazer marcações simultâneas para vários atos no mesmo dia, identificar os médicos favoritos, saber em tempo real os tempos de espera no Atendimento Permanente das várias unidades e/ou consultar farmácias de serviço.

Fomento do empreendedorismo na área da saúde: Em 2017, foi lançado o programa Grow. Transversal a todas as participadas do Grupo José de Mello, o Grow foca-se nas áreas de Mobilidade, Saúde e Químicos. Com o objetivo de proporcionar a um conjunto selecionado de startups acesso ao conhecimento, experiência e infraestruturas do Grupo e respetivas empresas, o Grow permite o desenvolvimento de projetos-piloto conjuntos, bem como o teste e adaptação de produtos e serviços em ambiente real de mercado.

Em paralelo, a criação de uma Bolsa de Mentores propicia às startups um acompanhamento sistemático por pessoas com elevada experiência e competência nas áreas da gestão empresarial e/ou na sua área de especialização. As startups são escolhidas com base na sua capacidade de responder a desafios e áreas prioritárias de desenvolvimento das organizações do grupo, considerando os respetivos pilares estratégicos.

Em 2017, exploraram-se três questões: “como ir ao encontro das necessidades do doente crónico?”, “como aumentar a personalização dos cuidados de saúde?” e “como aumentar a eficiência da gestão de tarefas nas Unidades?”. A ideia vencedora propôs a criação de um “Canal online do cliente pós-cirúrgico”, o qual permitirá a comunicação direta entre o paciente pós-cirúrgico e a equipa de enfermagem de cirurgia, apoiando o paciente durante o período de recuperação. A mesma será implementada em 2018.

Inovação contínua nas Unidades: Atendendo às necessidades específicas do dia a dia de cada unidade da José de Mello Saúde, concretizaram-se ao longo do ano inúmeros projetos de inovação promovidos diretamente pelas equipas clínicas. Destes, destaque para cinco projetos lançados em 2017:

No Hospital CUF Descobertas foi criado um grupo de cirurgia de epilepsia que aborda todo o processo de forma integrada e multidisciplinar com monitorização avançada do paciente. Em regime de internamento, o paciente permanece em constante supervisão, registando-se de forma contínua a atividade elétrica cerebral e o comportamento através de vídeo de alta definição.

O Hospital CUF Infante Santo estabeleceu um protocolo de colaboração com a Hemocircuitos, Lda., visando a criação de um centro de excelência com capacidade de implementação de Extracorporeal life support (ECLS) nas suas múltiplas vertentes. O centro terá capacidade de resgate interinstitucional de doentes candidatos a técnicas de ECLS, com tempo de resposta inferior a 12 horas, numa lógica de referenciação à escala nacional. Existindo já dois polos de referenciação para suporte ECLS dentro do SNS, este terceiro centro pretende ser opção no sistema privado de saúde nacional.

No Instituto CUF Porto foram desenvolvidos programas intensivos online de treino cognitivo para doentes com perda de memória e outros problemas cognitivos. Estes programas, criados em articulação com a empresa Neuroinova, serão complementados por sessões presenciais e de grupo e preveem a constante supervisão dos doentes por profissionais altamente especializados.

No Hospital CUF Porto foi instituída, pela primeira vez em Portugal, a mais recente tecnologia oftalmológica para tratar as cataratas. Na Cirurgia de Catarata com implantação de lente Trifocal o cristalino afetado é

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201728 INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)

Através do Grow Health, vertente do programa reservada à área da saúde, a José de Mello Saúde realizou o levantamento de 280 startups. A análise detalhada de 137 startups deu lugar a sete sessões de mentoring e seis projetos-piloto, com destaque para a Nutrium e a Sword, que desenvolveram pilotos em unidades da José de Mello Saúde. A Nutrium desenvolveu um software que simplifica as tarefas diárias dos nutricionistas. Complementado por uma aplicação móvel que apoia e motiva os pacientes na execução do seu plano alimentar, o software permite o apoio médico à distância. Já a Sword Health criou uma solução que possibilita a realização de exercícios de fisioterapia de forma autónoma, com apoio de um conjunto de sensores colocados na parte do corpo em recuperação e de um tablet que fornece, em tempo real, o plano de exercícios. O projeto da Nutrim é enquadrado pelo pilar estratégico Operação Eficiente e Consistente e os dois contribuem para uma Experiência Irrepreensível do Cliente.

Sendo uma alavanca na mudança de paradigma dentro da organização, o Grow revela-se essencial para guiar a estratégia de inovação da José de Mello Saúde segundo as tendências atuais, abrindo o Grupo aos novos players nacionais e internacionais. Além disso, o Grow reforçou a proximidade da José de Mello Saúde ao ecossistema de startups, nomeadamente nas áreas de saúde e bem-estar, através da presença em múltiplos eventos da comunidade de empreendedorismo e inovação (Health Cluster Portugal, Lisbon Investment Summit, Scale Up Porto, Web Summit, GIANT Health Event, por exemplo) e da comunidade académica, designadamente por via das iniciativas promovidas pela Católica Lisbon School of Business and Economics, Instituto Superior Técnico, MIT Portugal e Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Em 2017 foram ainda desenvolvidas parcerias com a Bright Pixel, Impact Hub e Microsoft, levando ao lançamento de desafios em programas de aceleração e hackathons.

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O número de alunos de medicina que passaram pelas suas unidades foi de 2.084:

Ao nível da Formação Pós-Graduada, a José de Mello Saúde recebeu 485 médicos internos, distribuídos da seguinte forma:

Investimento contínuo em formação, investigação e desenvolvimento: A atividade formativa da José de Mello Saúde está centralizada na Academia CUF, constituída para valorizar e reforçar o conhecimento e competências dos profissionais de saúde do Grupo. Assente em princípios de rigor e ética e nos mais elevados padrões de qualidade e conhecimento, a Academia CUF posiciona-se como Centro de Referência no setor da saúde e desenvolve a sua atividade junto de players nacionais e internacionais.

Em parceria com as principais instituições universitárias, a Academia CUF promove eventos formativos e científicos com vista à permanente partilha, atualização e inovação da comunidade médica e científica. No âmbito da Formação Pré-graduada, em 2017, a José de Mello Saúde recebeu 3.170 estagiários:

Grupo Profissional

Alunos de Medicina

Internos do Ano Comum

Internos da Especialidade

Internos Valências

Total

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2.084

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485

CUF

CUF

PPP

PPP

Nº de Alunos Medicina na JMS

Nº de Internos

Grupo Profissional

Alunos de Medicinae Médicos

9 313 322

Outros GruposOperacionais

Total

1 2Assistente Técnico/ Administrativo

Estágios Médicos

PECLICUF

Técnico Diagnóstico Terapêutico (TDT’s)

Técnico Superior de Saúde

AAM/AO

Enfermagem

Outros Estágios

78 0

27 196

52 41

181 395

684 843

63 285

1.095 2.075

3

78

223

93

576

1.527

348

3.170

CUF PPP Nº de Estagiários na JMS

INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201730 INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)

Ao nível das soft skills, a José de Mello Saúde manteve uma forte aposta no movimento Cuidar Mais, trabalhando as competências de comunicação e empatia com todos os seus grupos profissionais:

Ao longo do ano, cerca de 17 mil pessoas participaram nos 378 eventos promovidos pela Academia CUF, incluindo Eventos Clínicos, Sessões Mais Saber e Eventos de Educação para a Saúde.

Encarando o relacionamento com a Academia e a comunidade científica como um meio indispensável de geração e partilha de conhecimento, a José de Mello Saúde tem 39 parcerias com diversas entidades de I&D+I. No mesmo sentido, foram atribuídas, pelo quarto ano consecutivo, cinco bolsas de doutoramento em medicina no valor de 100 mil euros, constituindo este investimento em investigação um caso ímpar em Portugal.

Nº de Eventos

Nº de Eventos

Nº de Eventos

Nº de Eventos

Nº de Participantes

Nº de Participantes

Nº de Participantes

Nº de Participantes

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131

121

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6.028

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3.752

11.809

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2.269

0

2.753

5.022

100

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378

8.297

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6.505

16.831

CUF PPP TotalEventos Clínicos

Mais Saber

Educação para a Saúde

Total

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Os ensaios clínicos da José de Mello Saúde tiveram início em 2011, tendo apresentado um crescimento progressivo e sustentado ao longo dos últimos sete anos. A existência de um Departamento Jurídico Central e de uma Comissão de Ética em cada unidade permite que o Núcleo de Investigação da Academia CUF apresente prazos de aprovação muito competitivos.

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Total CUF Total PPP Total

Ensaios Clínicos

Ensaios Clínicos

Estudos Observacionais

Estudos Observacionais

Ongoing

Feasibility

Acolhimento a Novos Colaboradores

Integração

Cuidar + | FOCUS

Cuidar + | Train the Trainers (Médicos e Enfermeiros)

Cuidar + | Líder Care

Outras formações obrigatórias (Triagem Manchester e Peri-operatório)

Total

474

307

42

68

3.318

349

677

16

0

0

14

2.637

823

2.441

323

216

42

82

5.955

CUF PPP Nº de Colaboradores JMS

1.764

216

Gazeta Médica: 4 edições

Livro “Angiologia e Cirurgia Vascular” do Dr. Armando Mansilha

Processo de Indexação no SCIELO e DOAJ

Financiado pelo Programa Active and Assisted Living (AAL), o Clockwork tem como objetivo criar um sistema de suporte e melhoria das condições de vida dos trabalhadores por turno. Com recurso a dispositivos móveis, sensores e sistemas inteligentes de iluminação, o projeto pretende reunir parâmetros da vida diária e profissional dos trabalhadores, propondo ajustes na iluminação e apoiando a autorreflexão e auto-consciencialização dos mesmos. O projeto conta ainda com um segundo parceiro português, a Fraunhofer Portugal, e parceiros de Espanha, Itália e Hungria.

20 atribuídas desde 2014

97 ensaios clínicos em curso

32 estudos observacionais em curso

PUBLICAÇÕESCIENTIFICAS

CONSÓRCIOS DE I&D

BOLSAS DE DOUTORAMENTO EM MEDICINA

ENSAIOS CLÍNICOS

INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201732 GESTÃO DE RISCO, PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS

A política de gestão de risco da José de Mello Saúde tem por base a metodologia Internacional COSO (Committee of Sponsoring Organisations of the Treadway Commission). Aos riscos agrupados segundo as quatro categorias ali definidas é acrescentado o risco clínico, específico da atividade de prestador de cuidados de saúde. Através desta política estabelece-se uma estratégia integrada e efetiva da gestão de risco, garantindo o reconhecimento dos riscos e oportunidades associados às operações da organização.

A identificação dos riscos permite desenvolver ações que minimizem os impactos negativos de eventuais evoluções desfavoráveis dos fatores subjacentes a estes riscos na estrutura financeira e sustentabilidade da José de Mello Saúde. A política de gestão de risco permite ainda maximizar os efeitos das oportunidades identificadas.

Por deliberação do Conselho de Administração foi constituída, em fevereiro de 2017, a Comissão de Auditoria e Gestão de Risco.

Atualmente está em curso um processo de risk (re)assessement, que deverá estar concluído em 2018. Desenvolvido pelas áreas de negócio, com o patrocínio da Comissão Executiva, este exercício tem como objetivos: (i) atualizar a matriz de riscos, (ii) identificar e quantificar eventuais impactos, e (iii) reforçar a ligação explícita às estratégias de mitigação.

GESTÃO DE RISCO, PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS

ENVOLVENTE EXTERNA

ENVOLVENTE INTERNA

Parcerias Público-privadas Concorrência Leis e Regulamentos

Prestação de CuidadosAdmissão

Clínico

Liquidez, financiamento e taxas de juros

Segurança de informaçãodisponibilidade dos sistemas de

informação

Inovação Reconhecimento do Rédito

Alta

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33GESTÃO DE RISCO, PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS

Referência

Risco

1

3

5

2

4

Estratégia

Operacional

Compliance

Risco de não cumprimento de alterações legislativas e regulatórias aplicáveis à José de Mello Saúde e/ou de políticas internas, pode resultar em perdas, multas e danos de reputação.

A inovação, em particular no mercado da saúde, dita o sucesso das organizações. A incapacidade de acompanhar o ritmo da inovação pode ter impactos negativos para a José de Mello Saúde, quer ao nível da qualidade clínica, quer ao nível do portefólio de serviços prestados.

Existem diversos fatores operacionais dos quais podem resultar excessos ou insuficiências ao nível do reconhecimento do rédito.

Monitorização pela Direção Jurídica das alterações legislativas e regulatórias e comunicação aos responsáveis operacionais das áreas impactadas, com recurso a peritos externos sempre que necessário;

Estratégias de relacionamento com os stakeholders;

Supervisão pela Comissão Executiva e pelo Conselho de Administração.

Constituição do Departamento da Inovação, integrado na Direção do Planeamento e Controlo de Gestão, visando:

Promover a inovação de forma transversal;

Coordenar e implementar iniciativas estratégicas com impacto a curto, médio e longo prazo, tendo em vista a criação de valor para a José de Mello Saúde e para os stakeholders;

Criação do programa I9+ para captação e implementação de ideias inovadoras. O I9+ prevê a apresentação de ideias pelos colaboradores da José de Mello Saúde numa plataforma própria. As ideias, cuja viabilidade será avaliada, devem enquadrar-se nos pilares estratégicos da empresa;

Estabelecimento de acordos de cooperação com as principais universidades portuguesas, em particular nas áreas da Medicina e Ciências da Saúde, tendo em vista a criação de valor através da maximização de sinergias;

Criação do Programa Grow de apoio a startups, com o objetivo de reforçar a ligação ao ecossistema de inovação e empreendedorismo, apoiando e acelerando o desenvolvimento de projetos inovadores nas áreas de saúde e bem-estar, através do acesso ao conhecimento, experiência e infraestruturas únicas da José de Mello Saúde.

Constituição da Direção de Business Assurance, atualmente integrada na Direção de Operações, cujos principais objetivos consistem em: Monitorização das operações, ao nível da transação (utilização de software de alarmísticas);

Avaliação, desenho e controlo sobre a implementação de procedimentos de faturação e registo, com o apoio da Direção Comercial, que avalia o adequado enquadramento das disposições contratuais em vigor com as entidades financeiras responsáveis (seguradoras e subsistemas), bem como outros impactos relevantes na relação com particulares.

1

5

1

2

3

3

Clínico

Financeiro

Riscos associados ao processo de decisão / informação estratégica

Riscos associados às infra-estruturas e processos de suporte à operação

Riscos associados ao não cumprimento de normas estatutárias, legais, fiscais, cidadania, ética e políticas e procedimentos da José de Mello Saúde

Riscos associados aos processos assistenciais (todas as atividades que concorrem direta/indiretamente para o ato clínico)

Riscos associados à gestão de recursos financeiros, balanço, reporting financeiro/fiscal, impostos e seguros

Categoria

Descrição

Descrição

Estratégias de Mitigação Categoria

Legal e Regulatório

Inovação

Reconhecimento de rédito

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201734

Risco

A prestação de cuidados de saúde, de acordo com as melhores práticas, a excelência tecnológica, e a mais recente e comprovada evolução científica na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença revestem-se de um grau cada vez maior de complexidade e por tal de um maior risco de causar danos. Danos cujo resultado clínico se desvia do planeado, podendo prolongar a hospitalização e afetar transitória ou permanentemente o estado funcional do doente.

Em contexto hospitalar o risco de deterioração do estado do doente, incluindo o risco de paragem cardiorrespiratória é real quer para o doente internado quer para o doente em ambulatório. O reconhecimento de uma situação de paragem cardiorrespiratória, o início imediato de suporte básico de vida e, quando indicada, a rápida desfibrilhação diminui significativamente o risco de morbilidade e mortalidade associada.

As infeções associadas aos cuidados de saúde são um risco presente na atividade sobre o qual existe a máxima vigilância no sentido da prevenção e tratamento adequado.

A possibilidade de situações críticas como epidemias, catástrofes e acidentes multivítima são riscos dimensionados tendo em conta a tipologia, caraterísticas e localização de cada unidade.

Constituição do Programa Segurança na Saúde;

Consolidação da implementação do programa nacional para a segurança do doente 2015-2020;

Avaliação da cultura de segurança do doente nos hospitais segundo a norma 025/2013 DGS;

Promoção do sistema de notificação de eventos adversos;

Retificação de processos com base em quase-incidentes;

Análise de causa raiz dos eventos adversos com dano;

Avaliação de risco de processos major (HFMEA);

Monitorização de indicadores clínicos de processo e resultados;

Reuniões de morbilidade e mortalidade.

Implementação da escala de alerta precoce adulto e pediátrico;

Formação de todos os colaboradores em suporte básico de vida;

Equipa de emergência interna com formação em suporte avançado de vida adulto e pediátrico que assegura desfibrilhação em 3-5 minutos após colapso quer em contexto de internamento, quer em ambulatório, incluindo não só os doentes como acompanhantes, visitas e colaboradores.

Constituição dos Grupos de Coordenação Locais do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos;

Vigilância epidemiológica;

Monitorização das precauções básicas do controlo de infeção e das precauções baseadas nas vias de transmissão;

Implementação das bundles de prevenção de infeção associadas a dispositivos médicos;

Promoção do uso correto dos antimicrobianos.

Protocolo de gestão de surto e epidemias;

Plano de emergência interno e externo;

Realização de simulacros;

Formação das equipas.

2

Descrição Categoria

Clínico

Estratégias de Mitigação

GESTÃO DE RISCO, PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS

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35

Risco

A informação e segurança dos dados são fatores críticos de sucesso. Os riscos, incluindo de ciber attacks, estão relacionados com o acesso indevido aos sistemas de informação e a integridade e confidencialidade dos dados. A violação dos sistemas de informação, bem como outros fatores, pode levar à indisponibilidade dos mesmos, o que poderá impedir a sua utilização e interromper o curso normal das operações.

A José de Mello Saúde gere em regime de PPP os Hospitais de Braga e de Vila Franca de Xira, cujos contratos terminam em 2019 e 2021, respetivamente. A renovação daqueles contratos depende da vontade de terceiros e das condições contratuais que venham a ser negociadas.

A gestão inadequada das necessidades de tesouraria, a impossibilidade de aceder a financiamento externo e a exposição a taxas de juro variáveis, podem resultar na incapacidade em assegurar os compromissos assumidos com terceiros.

A pressão e incerteza gerada pelos concorrentes já no mercado e pelos que possam surgir, com estratégias próprias de abordagem ao mercado.

Controlos de gestão de acessos;

Definição de processos de gestão de desenvolvimentos / mudança;

Monitorização do cumprimento de “Service level agreements” acordados com terceiros;

Monitorização e supervisão;

Equipas de gestão de projetos com experiência;

Implementação da política de Continuidade do Negócio e de Disaster Recovery;

Implementação de um programa de adequação ao Regulamento Geral da Proteção de Dados.

Desenvolvimento de uma cultura de excelência clínica, através da definição dos processos necessários que permitam assegurar a prestação de cuidados de saúde de qualidade superior;

Monitorização permanente pela gestão com foco na maximização da eficiência da operação;

Avaliação criteriosa dos impactos da decisão;

Estratégias de relacionamento com os stakeholders.

Acompanhamento permanente das previsões de tesouraria, através de uma gestão ativa do business plan, que permite mapear exaustivamente as necessidades ou excedentes de tesouraria a curto, médio e longo prazo;

Relação permanente com os parceiros financeiros;

Seleção das estratégias adequadas a cada área de negócio com o objetivo de assegurar que a exposição a taxas de juro variáveis não afeta negativamente a respetiva capacidade operacional;

Contratação de instrumentos financeiros derivados por forma a cobrir os riscos de variação de taxas de juro;

Diversificação das fontes de financiamento.

Planeamento estratégico;

Monitorização proativa do mercado;

Desenvolvimento de uma cultura de excelência clínica, através da definição dos processos necessários que permitam assegurar a prestação de cuidados de saúde de qualidade superior;

Monitorização permanente da operação com o objetivo de maximizar os níveis de eficiência da mesma.

3

1

4

4

1

Descrição Estratégias de Mitigação Categoria

Segurança da informação e disponibilidade dos sistemas de informação

Parcerias Público-Privadas

Liquidez, financiamento e taxas de juro

Concorrência

GESTÃO DE RISCO, PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201736

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RELATÓRIO INTEGRADO 2017

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37DESEMPENHO

DESEMPENHO

Desempenho Económico

Desempenho OperacionalSumário executivoO exercício de 2017 caracterizou-se por um desempenho operacional e financeiro muito relevante com destaque para os seguintes factos:

Os proveitos operacionais atingiram um valor de 637,4 milhões de euros, um crescimento de 8,7% em relação a 2016. Na atividade privada registámos um crescimento de 9,9% relativamente ao ano anterior totalizando 408 milhões de euros. No setor público os proveitos operacionais foram de 227 milhões de euros, crescendo 4,4% quando comparando com o ano anterior;

O EBITDA foi de 72,0 milhões de euros, um crescimento de 5,3% em relação a 2016, resultado do crescimento da atividade assistencial;

O EBITDA da atividade privada cresceu de 56,6 milhões de euros para 61,5 milhões de euros;

No setor público, apesar do crescimento nos proveitos operacionais, o EBITDA diminuiu 1,5 milhões, para um valor de 7,8 milhões de euros. A margem EBITDA foi de 3,4%, uma diminuição de 0.8 p.p.;

O resultado líquido consolidado foi de 22,8 milhões de euros, um decréscimo de 1,1 milhões de euros em relação a 2016; O ativo total aumentou 242,5 milhões de euros (+48,2%) face ao final de 2016, consequência do incremento do ativo fixo tangível (+188,6 milhões de euros);

O investimento consolidado da José de Mello Saúde foi de 203 milhões de euros;

A 31 de dezembro de 2017 a dívida líquida financeira1 situava-se em 338,6 milhões de euros, resultando num rácio de dívida líquida sobre EBITDA de 4,7 vezes.

Indicadores Assistenciais da José de Mello Saúde

Consultas 2.434,12.208,6 10,2%

Urgências 658,2638,2 3,1%

Doentes Operados

Dias de Internamento

92,886,3 7,5%

Doentes Saídos

Partos

75,273,8

470,0461,7

7,87,8

2,0%

1,8%

0,9%

20172016* Var %(milhares)

Não inclui Doentes Saídos das UCIP*Valores pró-forma com base na atual metodologia de contabilização da atividade.

13Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equiva-lentes e Outros Instrumentos Financeiros

No ano de 2017 a José de Mello Saúde manteve uma trajetória de crescimento sustentado da sua atividade assistencial nas diferentes áreas de atuação. Foram registadas mais de 2,4 milhões de consultas (aumento de 10,2% face a 2016) e operados cerca de 92,8 mil doentes (+7,5% que no homólogo), tendo-se registado aproximadamente 75,2 mil doentes saídos do internamento (+2% que no ano anterior). Verificou-se, ainda, um ligeiro aumento nos partos realizados nas unidades da José de Mello Saúde, tendo sido este aumento de 0,9% relativamente ao ano anterior.

Nos hospitais geridos em regime de parceria público-privada registaram-se cerca de 596 mil consultas (+3,4% face a 2016), operaram-se 39,9 mil doentes (+4,0%). O número de doentes saídos do internamento recuou 2% para os 39,2 mil .

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201738 DESEMPENHO

Resultados consolidados

Demonstração dos Resultados

Proveitos Operacionais

EBITDAR

EBITDA**

EBIT

EBT

Resultado Líquido

Resultado Líquido Atribuível aos Acionistas da JMS

Custos operacionais*

Margem EBITDAR

Margem EBITDA

Margem EBIT

Amortizações e Provisões

Resultados Financeiros

Impostos

Resultado Líquido Atribuível aos Interesses que não Controlam

637,4

83,8

72,0

42,6

32,1

23,3

22,8

586,3

79,4

68,4

41,5

32,6

24,2

23,9

8,7%

5,6%

5,3%

2,5%

-1,7%

-3,8%

-4,6%

51,2

4,4

3,6

1,1

-0,5

-0,9

-1,1

(565,4)

13,2%

11,3%

6,7%

(29,4)

(10,5)

(8,8)

0,5

(517,9)

13,5%

11,7%

7,1%

(26,8)

(8,9)

(8,4)

0,3

-9,2%

-9,6%

-18,0%

-4,3%

67,1%

(47,5)

-0,4%

-0,4%

-0,4%

(2,6)

(1,6)

(0,4)

0,2

20172016 Var. %Var.(Milhões de Euros)

*Total menos Amortizações e Provisões** Resultados Operacionais mais Amortizações e Provisões

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39

Os proveitos operacionais da José de Mello Saúde atingiram os 637,4 milhões de euros, mais 8,7% do que no período homólogo, na sequência do bom desempenho em todas as áreas de atuação da atividade assistencial. Os custos operacionais foram de 565,7 milhões de euros, mais 9,2% do que no ano anterior, em grande parte justificado pelo aumento em 10% do custo com pessoal e honorários.

Fruto deste crescimento nos proveitos operacionais, sobretudo no sector privado, o EBITDA e o EBIT atingiram valores de 72,0 milhões de euros (+5,3% face a 2016) e 42,6 milhões de euros (+2,5% em relação ao ano anterior), respetivamente. Contudo, verificou-se uma redução das margens EBITDA (-0,4p.p.) e EBIT (-0,4p.p.), uma vez que o aumento dos proveitos operacionais não compensou, ainda, o aumento da estrutura de custos fixos, em resultado da abertura de novas unidades nos últimos dois anos (Hospital CUF Viseu e Clínica CUF Almada em 2016 e Clínica CUF São João da Madeira em 2017).

CUFOs proveitos operacionais das unidades CUF totalizaram 408,4 milhões de euros (+9,9% que em 2016), resultado do crescimento em todas as áreas da atividade assistencial, tendo o EBITDA atingido um valor de 61,5 milhões de euros e a margem de EBITDA decrescido 0,6p.p., situando-se em 14,8%.

Parcerias Público-PrivadasO Hospital de Vila Franca de Xira manteve o seu desempenho operacional positivo, com um crescimento de 1,6% nos proveitos operacionais, face a 2016. Contudo, o EBITDA decresceu 1,4 milhões de euros bem como a sua margem de EBITDA, que em 2017 foi de 7,4% (-2,3p.p. face a 2016).

Os proveitos operacionais do Hospital de Braga atingiram os 161 milhões de euros (+5,6% face a 2016) e a sua margem de EBITDA desceu para 1,8% (-0,1p.p. face a 2016). O ano de 2017 foi o segundo ano consecutivo em que o Hospital de Braga apresentou um resultado negativo na ordem dos 4 milhões de euros. Esta situação deriva da não revalidação pela ARS Norte dos programas de financiamento vertical de HIV e Esclerose Múltipla, num valor aproximado de 7,5 milhões de euros por ano. Foi cautelarmente interposto no final do ano de 2016 um Pedido de Reequilíbrio Financeiro para o efeito da cláusula 127ª, nº9, alínea b), do Contrato de Gestão, com vista a que se inicie um processo de arbitragem para resolução deste litígio. A José de Mello Saúde considera muito provável o resultado favorável à Escala Braga deste processo arbitral estimando este ativo contingente no valor de 15 milhões de euros.

Resultados Financeiros

Resultados Financeiros Consolidados (10,5)(8,9) -18,0%

Proveitos Financeiros 1,00,5 83,2%

Proveitos/ Custos relatórios Ativos Financeiros 0,70,7 10,7%

Custos Financeiros (12,2)(10,1) -20,9%

20172016* Var %(Milhões de Euros)

Como reflexo do forte investimento ocorrido durante o ano de 2017, e consequente aumento dos custos financeiros, os resultados financeiros foram negativos em 10,5 milhões de euros (um agravamento 1,6 milhões face a 2016).

Desta forma, o resultado líquido da José de Mello Saúde foi de 22,8 milhões de euros, um decréscimo anual de 1,1 milhões de euros (-4,6%), face a 2016.

DESEMPENHO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201740

InvestimentoO total de investimento realizado em 2017 foi de 203 milhões de euros. O investimento mais relevante ascendeu a 143 milhões de euros e deveu-se à aquisição dos imóveis explorados pela José de Mello Saúde, pertencentes ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial. Para além disso, foram ainda investidos 16 milhões de euros na aquisição de quatro sociedades que prestam cuidados de saúde nas regiões de Almada, São João da Madeira e Coimbra, e numa outra sociedade detentora de um imóvel na região de Sintra.

O investimento de expansão, quer em termos orgânicos com as obras de expansão do Hospital CUF Descobertas, Hospital CUF Torres Vedras e Hospital CUF Santarém, quer em termos geográficos com a abertura da Clínica CUF Almada e da construção do Hospital CUF Tejo, totalizou 31 milhões de euros.

O investimento recorrente, maioritariamente de reposição e atualização tecnológica, atingiu os 13 milhões de euros (+0,9 milhões de euros face a 2016).

Situação Financeira

Ativo Fixo

Ativo Corrente

Ativo Total

452.5

292,9

745,4

43,9

14,2

13,4

122,9

378,4

3,3

16,7

0,2

47,7

0,8

35,3

8,3

52,7

3,8

3,7

252,5

250,4

502,9

33,4

11,3

12,9

95,4

189,8

5,1

13,5

0,2

16,1

0,5

48,7

8,3

60,4

4,3

3,2

200,0

42,5

242,5

10,5

3,0

0,5

27,5

188,6

-1,8

3,2

0,1

31,6

0,3

-13,3

0,0

-7,7

-0,5

0,6

20172016 Var. %(Milhões de Euros)

Goodwill

Existências

Intangível

Clientes

Tangível

Outros Devedores e Credores

Estado

Outros Investimentos

Outros Instrumentos Financeiros

Impostos Diferidos Ativos

Investimento em Associadas

Caixa e Equivalentes

Outros Activos de MLP

Outros Ativos Corentes e Não Correntes

Ativos Detidos para Venda

DESEMPENHO

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41

Passivo Total

Capital Próprio

Passivo Financeiro

92,4

653,0

53,0

26,5

22,8

-14,1

4,2

421,6

351,6

70,0

81,7

421,2

53,0

12,2

23,9

-11,4

4,0

219,6

150,0

69,6

10,8

231,8

0,0

14,3

-1,1

-2,7

0,3

202,0

201,6

0,4

20172016 Var. %(Milhões de Euros)

Capital + Prestações Acessórias

Resultados Transitados + Reservas

Resultado Líquido

Dividendos Antecipados

Leasings

Interesses Minoritários

Empréstimos

Passivo Não Financeiro

Passivo + CP

231,4

745,4

1,4

12,3

94,5

10,8

22,0

11,7

78,7

201,6

502,9

1,5

14,0

87,5

8,5

19,3

2,9

67,9

29,8

242,5

-0,1

-1,8

7,0

2,3

2,7

8,9

10,8

Fundo de Pensões

Provisões

Fornecedores

Outros Devedores e Credores

Impostos Diferidos Passivos

Estado

Outros Passivos Correntes e Não Correntes

O ativo total aumentou 242,5 milhões de euros (+48,2%) face ao final de 2016, atingindo os 745,4 milhões de euros no final de 2017. Esta variação ficou-se a dever em grande medida ao incremento do ativo fixo tangível (+188,6 milhões de euros), fruto da continuação das diversas obras de expansão e da aquisição de imóveis que pertenciam ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial, nomeadamente os imóveis explorados pelo Hospital CUF Porto, Instituto CUF Porto, Clínica CUF Belém, Hospital CUF Cascais e Hospital CUF Torres Vedras.

A decisão de adquirir os imóveis foi tomada num contexto de oportunidade e de antecipação:

São imóveis estratégicos para a José de Mello Saúde, pelo que o controle da sua propriedade é um fator relevante;

Os fundos detentores dos imóveis referidos entraram em processo de liquidação;

A manutenção das taxas de juro em mínimos históricos permitiu a contratação de financiamentos em condições competitivas, que possibilitam uma poupança em termos de custos (amortizações e encargos financeiros face às rendas anteriormente contratadas) e de fluxos de caixa (encargos financeiros e serviço da dívida face às rendas anteriormente contratadas);

A aplicação obrigatória da IFRS 16 em janeiro de 2019, implica o reconhecimento das locações operacionais em balanço, registando no ativo o direito de uso e no passivo as responsabilidades subjacentes. Com a aquisição dos imóveis, foi possível antecipar o que seria a estrutura de balanço a partir de 2019.

DESEMPENHO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201742

Sustentabilidade Financeira

Envolvente Externa e Interna

Outros

PPC

Leasings Financeiros

MLP

Obrigações

Obrigações

Outros

PPC

MLP

Leasings Financeiros

2,1%

10,9%

31,6%

10,0%

45,4%

35,6%

0,2%

11,5%

36,1%

16,6%

2016 2017

A José de Mello Saúde fechou o ano de 2017 com um aumento do capital próprio de cerca de 10,8 milhões de euros, face a 2016, para 92,4 milhões de euros.

A 31 de dezembro de 2017, a dívida líquida financeira14 situava-se em 338,6 milhões de euros, mais 183,7 milhões de euros face ao final do ano anterior, refletindo o investimento feito durante 2017.

A José de Mello Saúde manteve, em 2017, como um dos seus eixos estratégicos, o desenvolvimento de uma política de sustentabilidade financeira e estrutura de capital sólida, adequada à sua estratégia de crescimento. Esta política tem passado nos últimos anos por uma gestão ativa do seu perfil de dívida, quer no que concerne à diversificação das suas fontes de financiamento, quer no que respeita ao prolongamento dos prazos de maturidade da mesma.

Fruto desta política e da sua posição financeira sólida, a José de Mello Saúde tem sido capaz de aceder a meios de financiamento variados, terminando o ano de 2017 com um peso semelhante de financiamentos bancários (MLP) e empréstimos obrigacionistas realizados em mercado de capitais no mix da dívida financeira bruta.

14Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros

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421,6

338,6

4,08

2,77%

219,6

154,9

3,04

3,18%

20172016(Milhões de Euros)

Dívida Financeira Bruta

Dívida Financeira Líquida*

Maturidade Média (anos)**

Spread Médio

*Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros. **Excluindo leasings.

1Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros.

Em 2017 a José de Mello Saúde foi capaz de reduzir, mais uma vez, o spread médio dos seus financiamentos e, por outro lado, alargar a maturidade média dos mesmos.

Apesar de, em 2017, a José de Mello Saúde ter apresentado um exercício consistente em termos financeiros, a evolução dos rácios traduz o esforço de investimento nas diversas obras de expansão e na aquisição dos imóveis durante o ano. Por esse motivo, e mesmo considerando o incremento do EBITDA, verifica-se um crescimento do rácio de Dívida Líquida/EBITDA para 4,7x. A José de Mello Saúde tem incluída a obrigação de cumprimento do rácio Dívida Líquida/EBITDA em níveis inferiores a 6x nos empréstimos obrigacionistas colocados nos mercados financeiros. Em 31 de dezembro de 2017 a José de Mello Saúde, S.A. cumpria os covenants financeiros em todos os empréstimos por obrigações.

Principais Rácios Financeiros

12,4%

14,2%

4,7

3,5

16,2%

19,4%

2,3

4,1

-23,7%

-27,0%

107,5%

-15,2%

20172016 Var. %

Autonomia Financeira

Solvabilidade

Dívida Financeira Líquida1/EBITDA

EBIT/ Encargos Financeiros

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201744

/

Desempenho Clínico

Qualidade ClínicaOrganizada em torno de uma rede integrada de unidades de elevada performance, agrupadas em grandes hospitais com subespecializações em áreas de referência, e de uma rede de clínicas e hospitais de proximidade que apostam na conveniência dos utentes, a José de Mello Saúde apresenta um projeto clínico diferenciador.

De forma continuada, a José de Mello de Saúde procede à avaliação dos cuidados de saúde prestados nas suas unidades, submetendo-os à apreciação externa do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), o qual reconhece o cumprimento dos parâmetros de qualidade estabelecidos pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Através de modelos de benchmarking clínico são identificados e avaliados os processos de eficiência e qualidade clínica, traduzindo-se numa aprendizagem para as organizações envolvidas.

O projeto de Outcomes Clínicos, lançado pela José de Mello Saúde em 2015 e que permite evidenciar a prestação de cuidados de saúde com base em resultados relevantes para o doente, evoluiu, em 2017, para o Programa Value-Based Healthcare.

Valor em Saúde – Programa Value-Based HealthcareVisando implementar um modelo de gestão clínica assente na criação de valor na prestação de cuidados de saúde, e assumindo um papel estratégico para a organização, o Programa de Value-Based Healthcare, pressupõe o envolvimento de equipas multidisciplinares que definem e implementam os standard sets e analisam de forma integrada a informação clínica e de gestão. A presença de equipas multidisciplinares na medição de outcomes permite a reorganização transversal da prestação de cuidados com base em patologias, acentuando uma visão centrada no doente e no seu percurso clínico e permitindo decisões progressivamente mais informadas de médicos e doentes.

Em 2017, e em parceria com o The International Consortium for Health Outcomes Measurement (ICHOM), a José de Mello Saúde consolidou os processos

de monitorização dos outcomes clínicos ao nível da catarata, cancro da mama e osteoartrose do joelho. A monitorização destas patologias ocorreu no Hospital CUF Descobertas em 2016 e 2017, tendo a medição de valor da patologia da catarata sido alargada aos hospitais CUF Infante Santo e CUF Cascais. Além da recolha de informação clínica, optou-se pela recolha de informação reportada pelo doente com base em ferramentas de medida em saúde validadas (PROMs – Patient Reported Outcome Measures).

A validação interna da medição de outcomes para a cirurgia da catarata foi acompanhada pela aprovação internacional dos resultados através do Benchmarking Internacional ICHOM-GLOBE. Os primeiros relatórios preliminares do ICHOM confirmam o modelo de gestão clínica da José de Mello Saúde, já que colocam o grupo no quadro de excelência na prestação de cuidados de saúde à escala mundial, com a classificação de estrela, pela qualidade de resultados, em quatro das seis dimensões avaliadas pelo programa.

Gestão da Qualidade ClínicaEm 2017, os hospitais CUF Santarém e CUF Viseu receberam pela primeira vez a certificação ISO 9001:2015, atribuída pela SGC, acompanhando assim o desenvolvimento contínuo e atualizado da cultura e prática dos valores da José de Mello Saúde. Além disso, todas as unidades CUF renovaram com sucesso a certificação dos seus sistemas de gestão da qualidade pela ISO 9001:2008.

Classificação de estrela pelos resultados acima do esperado em quatro das seis dimensões avaliadas

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O Hospital de Braga recebeu a reacreditação da unidade e a certificação ISO 9001:2015 de todos os serviços de apoio. Ao mesmo tempo, viu confirmada a manutenção da Certificação Ambiental (renovada a Certificação e transição para a ISO 14001:2015) e da Certificação de Segurança e Saúde no Trabalho (renovação da certificação pela norma OHSAS 18001:2007 pela Société Générale de Surveillance SGS: Société Générale de Surveillance).

O Hospital Vila Franca de Xira viu renovada, em 2017, e após reavaliação anual, a acreditação pela Joint Commission International (JCI). Foram ainda confirmadas a Certificação Ambiental de acordo com a norma ISO 14001:2015, a Certificação do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho pela 18001:2007 e da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade em serviços clínicos e de suporte pela ISO 9001:201.

Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS)A José de Mello Saúde reafirma o seu compromisso com o Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS) que, através de informação adequada e inteligível, favorece a tomada de decisões mais informadas por parte dos doentes, ao mesmo tempo que promove a melhoria contínua da qualidade dos cuidados prestados.

Todas as unidades da José de Mello Saúde receberam classificação máxima e atribuição de uma estrela nas dimensões de qualidade do primeiro nível de avaliação.

Na avaliação da Excelência Clínica, o Hospital de Braga e Hospital Vila Franca de Xira foram mais uma vez considerados pela Entidade Reguladora da Saúde como líderes nos seus grupos de referência para o benchmarking dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. O primeiro recebeu a classificação máxima de Excelência Clínica em cinco áreas (Neurologia, Obstetrícia, Cuidados Intensivos, Cirurgia de Ambulatório e Tromboembolismo Venoso). Já o Hospital Vila Franca de Xira obteve classificação superior em quatro áreas (Neurologia, Obstetrícia, Ortopedia – Correção Cirúrgica da Fratura Proximal do Fémur – e Cirurgia de Ambulatório. Destaque ainda para a classificação superior da área de Cirurgia de Ambulatório no Hospital CUF Porto, Hospital CUF Cascais e Hospital CUF Torres Vedras, assim como a área de Ortopedia (Artroplastia da Anca e do Joelho), do Hospital CUF Descobertas.

ExcelênciaClínica

Segurançado Doente

Confortodas Instalações

Satisfaçãodo Utente

Focalizaçãono UtenteUnidade

Hospital CUF Descobertas

Hospital CUF Torres Vedras

Hospital CUF Infante Santo

Hospital CUF Santarém

Hospital CUF Porto

Hospital CUF Viseu

Hospital CUF Cascais

Hospital de Braga

Hospital Vila Franca de Xira

Prestador cumpre com todos os parâmetros de qualidade exigidos.Dimensão não avaliada.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201746

Indicadores de Qualidade ClínicaAs unidades da José de Mello Saúde com internamento e cirurgia de ambulatório estão envolvidas em modelos de benchmarking, sendo assim possível avaliar e comparar os desempenhos destas unidades em variáveis como a eficiência e qualidade clínica.

Pela participação no IAmetrics, que possibilita a monitorização de resultados por modelos de ajuste à complexidade dos casos e a realização do benchmarking com hospitais equivalentes em Portugal e Espanha, a José de Mello Saúde alcança uma maior eficiência e qualidade na prestação de cuidados de saúde. O sistema de avaliação de desempenho baseia-se na comparação da performance com os valores padrão (indexado ao risco), em que uma melhor performance se enquadra em valores entre 0 e 1.

Segurança do DoenteA Segurança do Doente é uma prioridade estratégica para a José de Mello Saúde, que assim fixa o compromisso com um projeto clínico diferenciador, materializado na excelência clínica e na resposta centrada no doente.

O Programa da Segurança na Saúde, transversal a todas as unidades da José de Mello Saúde, é garantido por equipas multidisciplinares representativas das comissões de gestão de risco e do programa de prevenção e controlo de infeções e de resistência aos antimicrobianos. Funcionando sob coordenação médica, o programa pretende estabelecer políticas e linhas de ação comuns, garantindo o ciclo de melhoria contínua e reforçando o modelo de operador único.

O Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, criado pelo Despacho n.º 1400-A/2015, de 10 de fevereiro de 2015, enquadra as atividades desenvolvidas pela José de Mello Saúde no âmbito do Programa da Segurança na Saúde e respetivos objetivos.

Sistema de Reporte de Eventos AdversosA Organização Mundial de Saúde e a Comissão Europeia recomendam aos Estados o desenvolvimento de sistemas de notificação de incidentes de segurança que promovam a aprendizagem com o erro e a consequente implementação de ações de melhoria. Na José de Mello Saúde está implementado, de forma transversal e com o apoio da gestão de topo, um Sistema de Reporte de Eventos Adversos (HER+, Health Event Risk Management), o qual reforçou o processo de aprendizagem da organização com os incidentes em detrimento da identificação da autoria dos mesmos, consolidando uma cultura não punitiva, fundamental para reforçar a segurança dos doentes.

Indicadores de Eficiência

Indicadores de Qualidade

IDPA

IMAR

ICAR

IRAR

0,17Em consolidação de processos, no ano de 2017, decorrente da transição no referencial de codificação de ICD-9 para ICD-10

0,60

0,69

0,48

Unidades CUF Unidades PPP

Legenda:Padrão = 1,0 | Ajustado pelo Risco: Cálculo ajustado da probabilidade de ocorrência de um determinado evento com base em características do doente, do tipo de admissão, da patologia e da Unidade de Saúde. Valores resultantes da média entre unidades.

IDPA: Índice de Demora Média Pré-Op. Ajustado (programado + urgente) | IMAR: Índice de Mortalidade ajustado pelo Risco | ICAR: Índice de Com-plicações ajustadas pelo Risco | IRAR: Índice de Readmissões ajustadas pelo Risco.

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Registando um volume relevante de notificações, a gestão da plataforma HER+ tem contribuído de forma significativa para recolher, agregar e analisar informação clínica com foco nos riscos, perigos e vulnerabilidades dos doentes. As conclusões desta análise e as medidas corretivas levadas a cabo são comunicadas ao notificador para que a causa que motivou o incidente não se volte a repetir.

Instituto CUF Oncologia (I.C.O.)O Instituto CUF de Oncologia (I.C.O.), rede nacional de cuidados oncológicos da CUF, garante uma oferta integrada, um corpo clínico diferenciado e experiente e um parque tecnológico inovador preparado para responder a todas as necessidades que o doente de cancro apresenta desde o diagnóstico ao tratamento.

Mantendo a aposta no reconhecimento externo da qualidade por sistemas de certificação e acreditação específicos para a abordagem ao cancro, o I.C.O. viu a Unidade de Diagnóstico e Tratamento Integrado da Mama ser certificada, em 2017, pelo referencial EUSOMA em cancro da Mama. Esta certificação reconhece a excelência clínica e a segurança no diagnóstico e tratamento dos doentes, confirmando o cumprimento integral de diretrizes rigorosas nos serviços disponibilizados aos doentes, na organização transversal e na experiência e estruturação de equipas multidisciplinares. O I.C.O. é ainda reconhecido pelo Ministério da Saúde como Centro de Referência Nacional para o tratamento do carcinoma do reto.

2015 1456

11932016

2017

Total de Eventos Reportados - Análise Evolutiva JMS

1246

CUF PPP

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201748

saúde realizaram 146 ações de formação em diversas temáticas de prevenção. Dentro das muitas iniciativas efetuadas, destaque para a formação em Suporte Básico de Vida (SBV) ministrada a 215 alunos de escolas de Viseu.

Sensibilizada pelas dramáticas consequências dos incêndios que assolaram o centro do país em outubro de 2017, em particular na região de Viseu, a José de Mello Saúde criou uma conta bancária com 100 mil euros para apoiar a recuperação das regiões afetadas.. À parte deste contributo monetário, o Hospital CUF Viseu prestou cuidados gratuitos à população afetada durante o período dos incêndios.

Enquanto plataforma nacional que congrega todas a unidades da CUF, o Instituto CUF de Oncologia articula a totalidade dos recursos necessários da rede – profissionais, equipamentos e instalações – num modelo assistencial centrado por patologia. A rede do I.C.O. é constituída por 15 Unidades de Diagnóstico e Tratamento Integrado por patologia (UDTI), incluindo as UDTI da Mama, Pulmão, Cólon-Retal, Próstata, Ginecologia, Cabeça e Pescoço, entre outros. O I.C.O. mantém um forte compromisso de colaboração com o Registo Oncológico Nacional, contribuindo assim para o estudo epidemiológico do cancro em Portugal e avaliando e monitorizando em contínuo os resultados de sobrevivência dos doentes tratados integralmente pelo I.C.O.

Consciente do papel que desempenha no país, a José de Mello Saúde está a estruturar um Programa de Cidadania Empresarial. Alinhado com os princípios da Responsabilidade Social, este será uma afirmação pública do seu compromisso social, económico e ambiental. Com implementação prevista para 2018, o Programa de Cidadania Empresarial da José de Mello Saúde será concretizado num momento de expansão da organização e de abertura a novos desafios e a uma nova dimensão de intervenção.

Ainda neste contexto, a José de Mello Saúde aderiu ao GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, estando representada na atual direção e participando na missão de refletir, promover e desenvolver a Responsabilidade Social Corporativa em Portugal.

Ao longo do ano, a José de Mello Saúde promove e coopera com o desenvolvimento local, mantendo uma relação ética e transparente com os seus diferentes públicos através de um conjunto de iniciativas de que são exemplo:

O Programa Educação para a Saúde, dedicado às comunidades das geografias em que existem hospitais da José de Mello Saúde – com destaque para escolas, instituições públicas e de solidariedade social, com as quais existe uma relação de proximidade – permitiu sensibilizar, em 2017, mais de 6.505 pessoas. Os nossos profissionais de

Desempenho Social

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Os colaboradores da José de Mello Saúde integram ainda o Programa de Voluntariado do Grupo José de Mello, que pretende transferir conhecimento e competências do Grupo para as instituições apoiadas. O programa recruta colaboradores que se tornam voluntários em instituições de solidariedade social com quem existem parcerias para o efeito: Associação Coração Amarelo (Núcleos de Lisboa e Porto), ATL da Galiza, Centro Comunitário e Paroquial de Carcavelos, Movimento Defesa da Vida, Obra do Frei Gil, Junior Achievement Portugal e, mais recentemente, Refood, Associação dos Albergues Noturnos do Porto e Bebés de S. João. O Programa de Voluntariado é gerido por uma Comissão Coordenadora, composta por representantes de cada plataforma de negócio do Grupo José de Mello, a quem se juntam um membro da família José de Mello e um representante da Fundação Amélia de Mello. Em setembro de 2017 realizou-se o evento Cuidar é Partilhar que juntou todos os colaboradores do centro corporativo e serviços partilhados para uma ação de voluntariado, em Alcobaça, que permitiu angariar quatro toneladas de maçãs para os utentes do Banco Alimentar de Leiria.

Ao abrigo da parceria entre a José de Mello Saúde e o Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) para o programa “Saúde para Todos”, a CUF envia desde 2009, e com carácter regular, profissionais de saúde a São Tomé e Príncipe, que prestam cuidados às populações. Na área da otorrinolaringologia, por exemplo, o Hospital CUF Infante Santo encaminha, desde 2011, equipas de médicos, técnicos, enfermeiros, audiologistas e terapeutas que operam, por missão, entre 20 a 30 doentes e fazem uma média de 100 a 150 consultas. Em 24 missões, realizaram-se mais mil rastreios e mais de 500 cirurgias. As equipas do Hospital CUF Infante Santo desenvolveram ainda programas especiais para crianças surdas, nomeadamente para a sua integração social, assim como programas de língua gestual.

Além da presença em missão no arquipélago, a equipa do Centro de Dermatologia do Hospital CUF Descobertas, pioneira neste programa, promove formações presenciais com médicos são-tomenses em Lisboa, bem como formações à distância. Também o Centro de Ortopedia e Traumatologia do Hospital CUF Descobertas realiza missões anuais desde 2009.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201750

Em 2017, o Hospital Vila Franca de Xira juntou-se aos responsáveis pela Ação Social dos cinco concelhos que serve para identificar a instituição mais necessitada de uma intervenção. A escolha recaiu sobre a Residência da CERCI Flor da Vida, que promove a adaptação e integração na sociedade de pessoas com deficiência. Foram recuperadas as salas de estar e de refeições da instituição, oferecida uma nova cozinha e a fachada foi renovada.

Pelo quarto ano consecutivo, a CUF apoiou financeiramente e foi parceira na divulgação da Maratona da Saúde, iniciativa dedicada a financiar a investigação científica em Portugal. Em 2017, a Maratona da Saúde apoiou as doenças cardiovasculares, tendo angariado cerca de 50 mil euros para investigação nesta área.

O Projeto Ser Solidário, transversal ao Grupo José de Mello, em que cada colaborador contribui voluntariamente com o mínimo de um euro por mês do seu vencimento, permitiu apoiar a Comunidade Vida e Paz, o Lar de S. José e a Associação Raríssimas.

As ações de responsabilidade social interna permitiram distribuir junto dos colaboradores e suas famílias benefícios na ordem de 155 mil euros. Entre as ações desenvolvidas, destaque para as Colónias de Férias para crianças dos 7 aos 18 anos, a atribuição de Bolsas Livros Escolares – foram entregues 511 bolsas, no valor de 72 mil euros, para comparticipar despesas de material escolar.

Para as Colónias de Férias, desenvolvidas a pensar na ocupação dos tempos livres dos filhos dos colaboradores durante as férias de verão, a José de Mello Saúde atribuiu cerca de 60 mil euros, apoiando o alojamento, alimentação, seguro e transporte, de 162 crianças. Na celebração da quadra Natalícia, a José de Mello Saúde distribuiu 2.333 Cabazes de Natal aos colaboradores com os vencimentos mais reduzidos, uma iniciativa com um valor de 71 mil euros.

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Desempenho Ambiental

A José de Mello Saúde reconhece a importância da proteção ambiental para a sustentabilidade do negócio e considera que os seus benefícios são evidentes para as gerações atuais e futuras. Ainda que a prestação de cuidados de saúde apresente um consumo de recursos naturais e matérias primas reduzido, a José de Mello Saúde procura minimizar o impacto ambiental associado à sua atividade, controlando regularmente as fontes de degradação ambiental das suas unidades. A José de Mello Saúde manteve, em 2017, a trajetória de crescimento, expandido a área instalada em 1.606 m2, com a inauguração da clínica CUF São João da Madeira, e registando um aumento de atividade em todas as unidades, com reflexo no consumo de utilities e na produção de resíduos. No entanto, o incremento de produção (os dias de internamento cresceram cerca de 2% e o indicador consultas/mês avançou 10% no global e 13% nas unidades privadas), voltou a não se refletir no consumo energético do grupo. Em resultado do esforço de racionalização energética registou-se uma redução de 5,5% dos consumos nas unidades analisadas para períodos de funcionamento homólogos.

A José de Mello Saúde monitoriza de forma sistemática os consumos de energia, água e resíduos hospitalares de cada uma das suas unidades. Esta avaliação é realizada por meio de métricas de comparação de consumos entre unidades, em parte coincidentes com as utilizadas pelo Ministério da Saúde no âmbito do projeto ECO.AP da Agência para a Energia.

Em 2017, a José de Mello Saúde manteve a Certificação Ambiental ISO 14001 do Hospital Vila Franca de Xira e do Hospital de Braga. Este último foi ainda distinguido pelo seu Projeto de Eco-Eficiência na 10.ª edição do Prémio EDP Energia Elétrica e Ambiente, com o prémio “Vencedor Absoluto – Serviços e Outras Atividades”, que destaca as empresas portuguesas com melhores práticas no domínio da eficiência elétrica e da sustentabilidade ambiental. As medidas implementadas no Hospital de Braga nos últimos quatro anos permitiram já reduzir em mais de 26% o consumo de energia, o que representa igualmente uma poupança

de emissões e custos naquela que é a maior das unidades geridas pela José de Mello Saúde.

A experiência obtida nos atuais projetos de eficiência energética será largamente aproveitada para garantir o melhor desempenho possível nas novas unidades da José de Mello Saúde, com abertura prevista para o período 2018-2019.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201752

02GOVERNO DASOCIEDADE

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53MODELO DE GOVERNO

MODELO DE GOVERNO

A constituição das Comissões de Coordenação CUF e PPP visa implementar um modelo de operador único ao nível do alinhamento estratégico, padronização, controlo operacional e gestão de risco, reforçado em 2017 com a criação da CUF Serviços que inclui as áreas do Cliente, Logística e Operações.

A José de Mello Saúde é constituída por um conjunto de empresas e Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE) que operam na área da prestação de cuidados de saúde.

Encabeçada pela José de Mello Saúde, S.A. que detém as participações societárias nas sociedades que gerem e exploram cada uma das unidades operacionais, hospitalares e de ambulatório, e as participações societárias noutras sociedades que desenvolvem atividades acessórias, o modelo de governo do Grupo José de Mello Saúde obedece a uma lógica matricial.

A José de Mello Saúde, S.A. assume a definição da estratégia e o planeamento social, económico e financeiro e a coordenação da gestão dos ACE e das sociedades participadas, através de instruções vinculativas e/ou através do exercício dos seus direitos acionistas.

Compete ao Conselho de Administração a gestão da José de Mello Saúde, delegando a gestão corrente da sociedade numa Comissão Executiva. Esta é assessorada pelas direções corporativas e de serviços partilhados e por um conjunto de órgãos consultivos nas respetivas áreas de competência.

As sociedades participadas são, por sua vez, e em termos societários, geridas pelos respetivos Conselhos de Administração, integrados pelos membros da Comissão Executiva da José de Mello Saúde, que, consoante a natureza e dimensão da sociedade, delegam a gestão corrente numa Comissão Executiva ou num Administrador Delegado.

Numa perspetiva organizativa, as unidades hospitalares e de ambulatório foram agrupadas em duas Comissões de Coordenação: CUF e PPP. A rede CUF está dividida em três clusters geográficos – Descobertas, Tejo e Norte – numa lógica de articulação em torno dos três grandes hospitais CUF, os quais são geridos por Comissões Executivas compostas por um Presidente Executivo, um Administrador Assistencial e um Administrador Operacional.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201754 MODELO DE GOVERNO

COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DEPROJETOS DE INFRAESTRUTURAS

COMISSÃO DE AUDITORIAE GESTÃO DO RISCO

CONSELHO DE ÉTICA

CONSELHO CONSULTIVO

CONSELHO MÉDICO

CONSELHO FISCAL

Comissão Executiva

Conselho de Administração

ASSEMBLEIA GERAL

REVISOR OFICIAL DE CONTAS

COMISSÃO DE VENCIMENTOS

SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

CONSELHO DE ENFERMAGEM

COMISSÃO DE FARMÁCIA

PROVEDOR DO CLIENTE

Centro Corporativo CUF PPP Participadas

Auditoria InternaAdministrativa e Acidentes de TrabalhoComercialComprasComunicação e SustentabilidadeFarmáciaFinanceiraInfraestruturasJurídicaMarketing Estratégico e Gestão de MarcaOrganização, Qualidade e SegurançaPlaneamento Estratégico, Controlo de Gestão e InovaçãoRecursos HumanosSistemas de Informação

CUF DescobertasCUF TejoCUF NorteInstituto CUF de OncologiaCUF Serviços

Hospital de BragaHospital Vila Franca de Xira

SAGIESImoHealthInfraHealthDigiHealthAcademia CUFLoja Saúde CUF

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COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Salvador de MelloPresidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva

Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da José de Mello Saúde desde 2001 e membro do Conselho de Administração da José de Mello Capital, é responsável pela forte dinâmica de crescimento e expansão da rede para as atuais 19 unidades de saúde. Licenciado em Ciências Económicas e Administração de Empresas na Universidade de Neuchâtel, Suíça.

Pedro de MelloVice-Presidente do Conselho de Administração

Licenciado em Engenharia Têxtil, é igualmente Vice-Presidente da José de Mello Capital, membro do Conselho de Administração da CUF Consultadoria e Serviços e presidente do conselho de administração da MGI Capital.

João Gonçalves da SilveiraVice-Presidente do Conselho de Administração

Vice-Presidente do Conselho de Administração da José de Mello Saúde desde 2001, licenciado em Farmácia pela Universidade de Lisboa, Presidente da Direção do MONAF (Montepio Nacional da Farmácia).

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201756 COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

Rui DinizVice-Presidente da Comissão Executiva

Vice Presidente da Comissão Executiva da José de Mello Saúde, é licenciado em Economia pela Universidade Católica de Lisboa. É igualmente Administrador Executivo da José de Mello Capital.

Rui Assoeira RaposoAdministrador Executivo

Licenciado em Farmácia pela Universidade do Porto, possui título de Especialista em Indústria Farmacêutica pela Ordem dos Farmacêuticos e Pós Graduação pelo IMD-Lausane/ Suíça e pela AESE Business School- Lisboa/ Portugal.

Guilherme MagalhãesAdministrador Executivo

Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico e com MBA pela Universidade Nova de Lisboa, é Presidente do Conselho de Curadores da Fundação do Gil.

Inácio BritoAdministrador Executivo

Licenciado em Economia na Universidade Católica de Lisboa, com Pós Graduação em Ciências Actuariais.

Vasco Luís de MelloAdministrador Executivo

Licenciado em Engenharia Mecânica na Universidade Católica de Louvaina - Bélgica, realizou posteriormente um Mestrado em Gestão de Empresas na mesma Universidade.

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Paulo Cleto DuarteAdministrador não Executivo

Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa e com um MBA em Gestão de Informação pela Universidade Católica Portuguesa, é Presidente da Associação Nacional das Farmácias e CEO da Farminveste, SGPS.

Luís Brito de GoesAdministrador não Executivo

Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, é também Administrador Executivo da José de Mello Capital, membro dos conselhos de administração da Brisa e da CUF Consultadoria e Serviços e Presidente do Conselho de Administração da MGI Capital.

Raúl Galamba de OliveiraAdministrador não Executivo

Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico, MSc em Sistemas, e MBA pela Nova School of Business and Economics é atualmente senior partner da McKinsey em Portugal e Espanha, e líder da área de Risk Management da McKinsey.

Celine Abecassis-MoedasAdministradora não Executiva

Doutorada em Estratégia Empresarial pela École Polytechnique, Paris, mestre em Gestão pela École Normale Supérieure e Université Paris Dauphine e licenciada em Economia e Gestão pela Sorbonne. É professora associada nas áreas de Estratégia e Inovação da Universidade Católica Portuguesa. Adicionalmente, é membro do Conselho de Administração dos CTT e da Europac.

Vera Pires CoelhoAdministradora não Executiva

Licenciada e mestre em Economia com um MBA pela Universidade Nova de Lisboa e uma Pós Graduação em Ciências Atuariais pela Universidade Católica Portuguesa, atualmente é Administradora Executiva das participadas do Grupo Vendap em Angola, Moçambique e Brasil, Administradora da Fundação de Serralves, Vice-Presidente do Conselho Geral da Universidade Nova.

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201758 COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

COMISSÃO EXECUTIVASalvador Maria Guimarães José de Mello (Presidente)Rui Alexandre Pires Diniz (Vice-Presidente)Rui Manuel Assoreira Raposo Vasco Luís José de Mello Inácio António da Ponte Metello de Almeida e BritoGuilherme Barata Pereira Dias de Magalhães

MESA DA ASSEMBLEIA-GERALPresidente:Vasco Vieira de Almeida

Secretário:João Vieira de Almeida

CONSELHO FISCALPresidente:José Manuel Gonçalves de Morais Cabral

Vogais:José Luís Bonifácio Lopes João Filipe de Moura-Braz Corrêa da Silva

Suplente:Miguel Luís Cortês Pinto de Melo

REVISOR OFICIAL DE CONTASErnst & Young Audit & Associados – SROC, S.A., representada por Luís Miguel Gonçalves Rosado

COMISSÃO DE VENCIMENTOSLuís Miguel Cortes Martins (Presidente)Pedro Norton de MatosMaria Luísa José de Mello Amaral CabralVasco Guimarães José de MelloPedro Maria Guimarães José de Mello

SECRETÁRIO DA SOCIEDADERui Manuel da Costa Ramalhal

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CONSELHO DE ÉTICAPaula Cristina Ruivo Duarte Martinho da Silva (Presidente)Maria Isabel Semedo Carmelo Rosa Renaud João Paulo Mouro Rosa Camilo MaltaNuno João Amador Silvestre CarlosRita Maria Lagos do Amaral CabralPresidente do Conselho de Enfermagem da José de Mello Saúde, Fátima FariaPresidente do Conselho Médico da José de Mello Saúde, João Carlos Lopes Simões Paço

CONSELHO CONSULTIVOAntónio Manuel Bensabat Rendas (Presidente)António Manuel de Carvalho Ferreira VitorinoAntónio Bernardo Aranha da Gama Lobo XavierPaulo Jorge Cleto DuarteSalvador Maria Guimarães José de MelloRui Alexandre Pires Diniz

COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DE PROJETOS DE INFRAESTRUTURASVera Margarida Alves Pires Coelho (Presidente)Pedro Maria Guimarães José de MelloRui Manuel Assoreira Raposo

COMISSÃO DE AUDITORIA E GESTÃO DO RISCORaúl Catarino Galamba de Oliveira (Presidente)Paulo Jorge Cleto DuarteLuís Eduardo Brito Freixial de Goes

CONSELHO MÉDICOJoão Paço, Diretor Clínico do Hospital CUF Infante Santo (Presidente)Piedade Sande Lemos, Diretora Clínica do Hospital CUF CascaisJorge Mineiro, Diretor Clínico do Hospital CUF DescobertasVitor Correia da Silva, Diretor Clínico do Hospital CUF PortoAlberto Bessa Peixoto, Diretor Clínico do Hospital de BragaCarlos Rabaçal, Diretor Clínico do Hospital Vila Franca de XiraEduardo Pegado, Diretor Clínico do Hospital CUF Torres VedrasJoaquim Pedroso da Costa, Diretor Clínico do Hospital CUF SantarémEduardo Jorge Mendes, Diretor Clínico do Hospital CUF ViseuJosé Fragata, Consultor Clínico da José de Mello SaúdeCláudia Simões, Diretora de Qualidade e Desenvolvimento Organizacional da José de Mello Saúde

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201760 COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

CONSELHO DE ENFERMAGEM:Fátima Faria - Hospital de Braga (Presidente)José Coelho - Hospital CUF Infante SantoCarlos Costa - Hospital CUF DescobertasHelena Valentim Abrantes – Hospital Vila Franca de XiraBenilde Folgado - Hospital CUF Torres VedrasSara Martins - Hospital CUF Porto e Instituto CUF PortoCélia Leitão - Hospital CUF CascaisHelena Conduto - Hospital CUF SantarémDuarte Mendonça - Hospital CUF Viseu

COMISSÃO DE FARMÁCIARui Manuel Assoreira Raposo (Presidente)Abel RuaCarla FerrerIsabel QueirósJosé Neves Luisa FontesLuis CaldeiraMaria Teresa Aires PereiraPaulo BettencourtRita Oliveira

PROVEDOR DO CLIENTEJosé Carlos Lopes Martins

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COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE GOVERNOO funcionamento do Conselho de Administração, da Comissão Executiva e as regras de conduta dos seus membros são regulados, em complemento da Lei, dos Estatutos e do Código de Ética da José de Mello Saúde, pelos respetivos Regulamentos. A fiscalização da José de Mello Saúde compete a um Conselho Fiscal e a uma sociedade de revisores oficiais de contas.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCompete ao Conselho de Administração a definição da estratégia, principais políticas e o planeamento social, económico e financeiro da José de Mello Saúde, garantindo a sua aplicação ao nível das sociedades suas participadas. Nessa medida compete-lhe, designadamente, deliberar sobre:

Aquisição de bens imobiliários e mobiliários, incluindo participações societárias, bem como alienar ou onerar tais bens por quaisquer atos ou contratos, ainda que de constituição de garantias reais;

Aprovação do orçamento, a organização do balanço e as contas do exercício e a elaboração dos relatórios sobre as atividades e a situação económica da José de Mello Saúde, bem como a proposta de distribuição de lucros, para serem submetidos à Assembleia Geral;

Resolução amigável ou a resolução judicial das questões sobre direitos e interesses da José de Mello Saúde;

Nomeação, de entre as pessoas que não pertençam aos órgãos sociais, daqueles a quem competirá a direção superior, a nível executivo, de todos os serviços técnicos e administrativos da José de Mello Saúde e a constituição de mandatários para quaisquer outros fins;

Contratação de financiamentos internos ou externos de que a José de Mello Saúde necessite para realizar o seu objeto social;

Deliberação sobre a emissão de obrigações e/ou outros valores mobiliários;

Elaboração e aprovação de todos os regulamentos que detalhem o exercício de direitos sociais, bem como os que respeitarem a aspetos práticos do funcionamento do Conselho de Administração ou de outros órgãos, tais como regulamentos respeitantes ao exercício do direito de informação; ao voto por correspondência e ao recurso a meios telemáticos para participação em reuniões, incluindo o exercício do direito de voto.

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201762 COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

COMISSÃO EXECUTIVAA Comissão Executiva assume um conjunto de competências, delegadas pelo Conselho de Administração, de onde se destacam as seguintes:

Proceder à gestão corrente da José de Mello Saúde, podendo deliberar sobre todas as matérias relativas ao exercício da sua atividade com respeito pelo respetivo objeto social, pelas deliberações tomadas pelo Conselho de Administração e pela Assembleia Geral, nas matérias da competência desta última;

Elaborar e submeter ao Conselho de Administração as principais políticas da José de Mello Saúde, designadamente, política de remunerações, política de gestão de quadros e política comercial e preços;

Elaborar e submeter ao Conselho de Administração, para aprovação, o Plano de Negócios e o Orçamento da José de Mello Saúde para o ano seguinte, bem como propor posteriores alterações;

Proceder à coordenação e acompanhamento permanente da gestão corrente das sociedades, direta ou indiretamente, participadas pela José de Mello Saúde (“Participadas”) emitindo, no caso das Participadas em relação de grupo, ou seja cujo capital social é integralmente detido pela José de Mello Saúde, instruções vinculativas, podendo, designadamente, deliberar sobre a definição da estratégia e planeamento económico e financeiro das Participadas; a aprovação de qualquer Plano de Negócios, bem como quaisquer alterações e atualizações ao mesmo; a aprovação do orçamento anual e quaisquer atualizações ao mesmo e a contração de financiamentos ou a celebração de contratos relevantes;

Celebrar todos os atos e contratos inerentes à atividade da José de Mello Saúde, desde que o seu valor não ultrapasse o montante equivalente a quinze milhões de euros;

Contrair empréstimos bancários ou operações similares, conceder empréstimos acionistas e outras formas de capitalização das Participadas, desde que o montante respetivo não exceda o equivalente a quinze milhões de euros;

Propor os titulares dos órgãos sociais das Participadas, em cujos Conselhos de Administração deverão participar a totalidade ou parte dos membros da Comissão Executiva da José de Mello Saúde.

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A atividade do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da José de Mello Saúde é supervisionada e acompanhada pelo Conselho Fiscal, pelo Revisor Oficial de Contas, pela Comissão de Vencimentos e pelo Secretário da Sociedade.

CONSELHO FISCALCompete ao Conselho Fiscal:

Fiscalizar a administração da José de Mello Saúde e vigiar a observância das normas que regem o seu funcionamento;

Participar nas reuniões do Conselho de Administração da José de Mello Saúde em que sejam apreciadas contas do exercício;

Requerer ao Presidente do Conselho de Administração a convocação do Conselho de Administração para apreciar factos que considere relevantes à fiscalização da administração da José de Mello Saúde;

Verificar a regularidade dos elementos contabilísticos, a exatidão dos documentos de prestação de contas e apreciar as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos subjacentes;

Elaborar anualmente o relatório da sua atividade e dar parecer sobre o relatório de gestão e contas apresentados pelo Conselho de Administração;

Fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno e do sistema de auditoria interna;

Fiscalizar o processo de preparação e divulgação da informação financeira;

Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas;

Fiscalizar a independência do revisor oficial de contas.

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201764 COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

REVISOR OFICIAL DE CONTAS Nos termos da Lei e dos Estatutos compete ao revisor oficial de contas o exame das contas da José de Mello Saúde, designadamente:

Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte;

Verificar a extensão da caixa e as existências de quaisquer espécies de bens ou valores;

Verificar a exatidão dos documentos de prestação de contas;

Verificar se as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adotados pela José de Mello Saúde conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados.

COMISSÃO DE VENCIMENTOSA Comissão de Vencimentos tem como atribuições a definição da política de remuneração dos membros dos órgãos estatutários, a aprovar pela Assembleia Geral, bem como a fixação das remunerações dos membros dos órgãos estatutários.

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65

SECRETÁRIO DA SOCIEDADEO Secretário da Sociedade encarrega-se de assessorar os Órgãos Sociais, de acordo com as competências estabelecidas na Lei, nos Estatutos da Sociedade e no Regulamento do Conselho de Administração, atuando por forma a que o desempenho dos órgãos de administração e gestão seja conforme com a legislação aplicável, com os Estatutos da Sociedade e com os regulamentos internos.

O Conselho de Administração e a Comissão Executiva são assessorados pelas direções corporativas e por um conjunto de órgãos consultivos nas respetivas áreas de competência.

ÓRGÃOS CONSULTIVOS:

CONSELHO DE ÉTICAEste órgão consultivo tem, entre as suas principais atribuições, a responsabilidade pela análise, no plano ético, das questões suscitadas pelos progressos científicos, evolução social e atividade legislativa nos domínios da biologia, da medicina ou da saúde em geral.

CONSELHO CONSULTIVOCompete ao Conselho Consultivo:

Analisar e debater temas relacionados com o setor, mercado e política da saúde;

Apoiar o Conselho de Administração na definição da estratégia de desenvolvimento da José de Mello Saúde;

Elaborar pareceres escritos sobre questões colocadas pelo Conselho de Administração da José de Mello Saúde.

COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DE PROJETOS DE INFRAESTRUTURASCompete à Comissão de Acompanhamento de Projetos de Infraestruturas:

Supervisionar a boa execução dos projetos em termos de qualidade, custos e prazo, designadamente nas vertentes técnica e financeira;

Ser consultado sobre novos projetos nas suas vertentes técnicas e financeiras;

Avaliar os principais riscos de execução dos projetos e propor medidas corretivas e/ou mitigadoras.

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201766

COMISSÃO DE AUDITORIA E GESTÃO DO RISCOCompete à Comissão de Auditoria e Gestão do Risco:

Avaliar e monitorizar o sistema de Gestão de Riscos;

Avaliar e monitorizar o sistema de Controlo Interno;

Avaliar e emitir parecer sobre o Plano Anual de Auditoria;

Propor medidas de melhoria aos sistemas de Gestão de Riscos e Controlo Interno.

CONSELHO MÉDICOAssessora a administração em questões de natureza clínica e de melhoria contínua dos serviços prestados a todos os clientes da José de Mello Saúde, tendo por principais atribuições:

Assessorar a definição da estratégia de desenvolvimento clínico da José de Mello Saúde;

Propor o lançamento e acompanhamento de projetos clínicos comuns às unidades da José de Mello Saúde;

Fomentar o desenvolvimento de protocolos clínicos de aplicação transversal a todas as unidades da José de Mello Saúde;

Assessorar o desenvolvimento de projetos de inovação clínica que assegurem, simultaneamente, diferenciação clínica e aumento de eficiência;

Assessorar a definição de critérios de recrutamento e de avaliação de profissionais médicos, para aplicação transversal às unidades da José de Mello Saúde.

CONSELHO DE ENFERMAGEMAssessora a administração em questões do foro da enfermagem no âmbito da atividade clínica da José de Mello Saúde, tendo por principais atribuições:

Definir a estratégia de desenvolvimento do Talento e dos padrões de desempenho da Enfermagem;

Consolidar a cultura das melhores práticas baseadas na evidência;

Desenvolver projetos de inovação que promovam a diferenciação técnica, a melhoria da eficiência dos processos de prestação de cuidados e dos respetivos níveis de serviço;

Desenvolver a qualidade clínica e a segurança do doente, assente no princípio da Melhoria Contínua;

Acompanhar a atividade da Academia CUF.

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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67

COMISSÃO DE FARMÁCIAAssessora a administração em questões do foro da farmácia no âmbito da atividade clínica da José de Mello Saúde, tendo por principais atribuições:

Elaborar políticas de utilização do medicamento no âmbito da José de Mello Saúde;

Desenvolver protocolos terapêuticos de aplicação transversal na José de Mello Saúde;

Atuar como órgão de ligação entre as Comissões de Farmácia e Terapêutica das diferentes unidades José de Mello Saúde;

Aprovar anualmente o Formulário de Medicamentos José de Mello Saúde, emitindo ata com esse documento em anexo assinada pelo Presidente e pela Direção de Farmácia da José de Mello Saúde;

Zelar pelo cumprimento do Formulário de Medicamentos da José de Mello Saúde (lista de medicamentos utilizados em todas as unidades);

Pronunciar-se sobre as propostas de introdução de novos medicamentos no formulário José de Mello Saúde;

Promover a boa prática fármaco-terapêutica na José de Mello Saúde;

Promover formação na área do medicamento;

Selecionar os medicamentos a utilizar nas Unidades José de Mello Saúde assegurando a melhor relação custo benefício e custo efetividade.

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO INTEGRADO 201768

PROVEDOR DO CLIENTEO Provedor do Cliente exercerá as suas funções com independência e imparcialidade, competindo-lhe:

Receber e apreciar queixas e reclamações apresentadas pelos Clientes, diretamente relacionadas com a atividade desenvolvida pelas Unidades da José de Mello Saúde;

Mediar disputas e potenciais conflitos entre Clientes e Unidades José de Mello Saúde;

Apresentar à Comissão Executiva propostas de resolução de conflitos ou reclamações de Clientes;

Formular e apresentar à Comissão Executiva recomendações de melhoria dos serviços ao Cliente;

Emitir pareceres sobre matérias relacionadas com o serviço prestados aos Clientes, quando solicitados pela Comissão Executiva ou pelos conselhos de administração ou comissões executivas das Unidades da José de Mello Saúde.

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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69COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20172

Política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade

82

Notas anexas às Demonstrações Financeiras Individuais a 31 de dezembro de 2017

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal para 2017

16

66

75

15

74

03

Demonstrações Financeiras Individuais a 31 de dezembro de 2017

Certificação Legal de Contas

Demonstrações Financeiras Consolidadas a 31 de dezembro de 2017

Informação Financeira Individual

Informação Financeira Consolidada

ÍNDICE

Relatório de Gestão

Proposta de Aplicação de Resultados 10

22

71

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas a 31 de dezembro de 2017

153

159

168

154

160

Declaração de Conformidade do Conselho de Administração

Informação sobre a estrutura acionista, organização e governo da sociedade

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal para 2017

Certificação Legal de Contas

170Declaração de Conformidade do Conselho Fiscal

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3RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017

RELATÓRIO DE GESTÃO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20174

O exercício de 2017 caracterizou-se por um desempenho operacional e financeiro muito relevante com destaque para os seguintes factos:

• Os proveitos operacionais atingiram um valor de 637,4 milhões de euros, um crescimento de 8,7% em relação a 2016. Na atividade privada registámos um crescimento de 9,9% relativamente ao ano anterior totalizando 408 milhões de euros. No setor público os proveitos operacionais foram de 227 milhões de euros, crescendo 4,4% quando comparando com o ano anterior;

• O EBITDA foi de 72,0 milhões de euros, um crescimento de 5,3% em relação a 2016, resultado do crescimento da atividade assistencial;

• O EBITDA da atividade privada cresceu de 56,6 milhões de euros para 61,5 milhões de euros;

• No setor público, apesar do crescimento nos proveitos operacionais, o EBITDA diminuiu 1,5 milhões, para um valor de 7,8 milhões de euros. A margem EBITDA foi de 3,4%, uma diminuição de 0.8 p.p.;

• O resultado líquido consolidado foi de 22,8 milhões de euros, um decréscimo de 1,1 milhões de euros em relação a 2016;

• O ativo total aumentou 242,5 milhões de euros (+48,2%) face ao final de 2016, consequência do incremento do ativo fixo tangível (+188,6 milhões de euros);

• O investimento consolidado da José de Mello Saúde foi de 203 milhões de euros;

• A 31 de dezembro de 2017 a dívida líquida financeira1 situava-se em 338,6 milhões de euros, resultando num rácio de dívida líquida sobre EBITDA de 4,7 vezes.

No ano de 2017 a José de Mello Saúde manteve uma trajetória de crescimento sustentado da sua atividade assistencial nas diferentes áreas de atuação. Foram registadas mais de 2,4 milhões de consultas (aumento de 10,2% face a 2016) e operados cerca de 92,8 mil doentes (+7,5% que no homólogo), tendo-se registado aproximadamente 75,2 mil doentes saídos do internamento (+2% que no ano anterior). Verificou-se, ainda, um ligeiro aumento nos partos realizados nas unidades da José de Mello Saúde, tendo sido este aumento de 0,9% relativamente ao ano anterior.

Desempenho operacional

Não inclui Doentes Saídos das UCIP*Valores pró-forma com base na actual metodologia de contabilização da actividade.

10,2%

7,5%

1,8%

3,1%

2,0%

0,9%

2.434,1

92,8

470,0

658,2

75,2

7,8

2.208,6

86,3

461,7

638,2

73,8

7,8

(milhares)

Consultas

Doentes Operados

Dias de Internamento

Urgências

Doentes Saídos

Partos

20172016* Variação %

Indicadores assistenciais da José de Mello Saúde

Sumário executivo

1Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 5

*Total menos Amortizações e Provisões**Resultados Operacionais mais Amortizações e Provisões

No setor privado, foram registadas mais de 1,8 milhões de consultas (+12,6% do que em 2016), 52,9 mil doentes operados (+10,4% do que em 2016) e 36 mil doentes saídos do internamento (+6,7% do que em 2016).

No setor público, hospitais geridos em regime de parceria público-privada, foram registadas cerca de 596 mil consultas (+3,4% face a 2016), 39,9 mil doentes operados (+4,0% face a 2016) e 39,2 doentes saídos do internamento (-2,0% face a 2016).

Resultados consolidados

Os proveitos operacionais da José de Mello Saúde atingiram os 637,4 milhões de euros, mais 8,7% do que no período homólogo de 2016, na sequência do bom desempenho em todas as áreas de atuação da atividade assistencial. Os custos operacionais foram de 565,4 milhões de euros, mais 9,2% do que no ano anterior, em grande parte justificado pelo aumento em 10% do custo com pessoal e honorários.

Fruto deste crescimento nos proveitos operacionais, sobretudo no setor privado, o EBITDA e o EBIT atingiram valores de 72,0 milhões de euros (+5,3% face a 2016) e 42,6 milhões de euros (+2,5% em relação ao ano anterior), respetivamente. Contudo, verificou-se uma redução das margens EBITDA (-0,4p.p.) e EBIT (-0,4p.p.), uma vez que o aumento dos proveitos operacionais não compensou, ainda, o aumento da estrutura de custos fixos, em resultado da abertura de novas unidades nos últimos dois anos (Hospital CUF Viseu e Clínica CUF Almada em 2016 e Clínica CUF São João da Madeira em 2017).

Os proveitos operacionais das unidades CUF totalizaram 408,4 milhões de euros (+9,9% que em 2016), resultado de crescimento em todas as áreas da atividade assistencial, tendo o EBITDA atingido um valor de 61,5 milhões de euros e a margem de EBITDA decrescido 0,6p.p., situando-se em 14,8%.

8,7%51,2

5,6%

2,5%

-1,7%

-3,8%

-4,6%

4,4

1,1

-0,5

-0,9

-1,1

5,3%3,6

-9,2% (47,5)

-0,4 p.p.

-0,4 p.p.

(0,4)

0,2

-4,3%

67,1%

(1,6) -18,0%

-0,4 p.p.

(2,6) -9,6%

637,4

83,8

42,6

32,1

23,3

22,8

72,0

(565,4)

13,2%

6,7%

(8,8)

0,5

(10,5)

11,3%

(29,4)

586,3

79,4

41,5

32,6

24,2

23,9

68,4

(517,9)

13,5%

7,1%

(8,4)

0,3

(8,9)

11,7%

(26,8)

(Milhões de Euros)

Proveitos Operacionais

EBITDAR

EBIT

EBT

Resultado líquido

Resultado líquido atribuível aos acionistas da JMS

EBITDA**

Custos operacionais*

Margem EBITDAR

Margem EBIT

Impostos

Resultado líquido atribuível aos interesses que não controlam

Resultados Financeiros

Margem EBITDA

Amortizações e Provisões

20172016 Var. %Var.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Parcerias Público-Privadas

CUF

CUF

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20176

O Hospital de Vila Franca de Xira manteve o seu desempenho operacional positivo, com um crescimento de 1,6% nos proveitos operacionais, face a 2016. Contudo, o EBITDA decresceu 1,4 milhões de euros bem como a sua margem de EBITDA, que em 2017 foi de 7,4% (-2,3p.p. face a 2016).

Os proveitos operacionais do Hospital de Braga atingiram os 161 milhões de euros (+5,6% face a 2016) e a sua margem de EBITDA desceu para 1,8% (-0,1p.p. face a 2016). O ano de 2017 foi o segundo ano consecutivo em que o Hospital de Braga apresentou um resultado negativo na ordem dos 4 milhões de euros. Esta situação deriva da não revalidação pela ARS Norte dos programas de financiamento vertical de HIV e Esclerose Múltipla, num valor aproximado de 7,5 milhões de euros por ano. Foi cautelarmente interposto no final do ano de 2016 um Pedido de Reequilíbrio Financeiro para o efeito da cláusula 127ª, nº9, alínea b), do Contrato de Gestão, com vista a que se inicie um processo de arbitragem para resolução deste litígio. Consideramos muito provável o resultado favorável à Escala Braga deste processo arbitral, sendo a nossa estimativa deste ativo contingente no valor de 15 milhões de euros.

Como reflexo do forte investimento ocorrido durante o ano de 2017, e consequente aumento dos custos financeiros, os resultados financeiros foram negativos em 10,5 milhões de euros (um agravamento 1,6 milhões face a 2016).

Desta forma, o resultado líquido da José de Mello Saúde foi de 22,8 milhões de euros, um decréscimo anual de 1,1 milhões de euros (-4,6%), face a 2016.

O total de investimento realizado em 2017 foi de €203 milhões. O investimento mais relevante ascendeu a €143 milhões de euros e deveu-se à aquisição dos imóveis explorados pela José de Mello Saúde, pertencentes ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial. Para além disso, foram ainda investidos 16 milhões de euros na aquisição de 4 sociedades que prestam cuidados de saúde nas regiões de Almada, São João da Madeira e Coimbra, e numa outra sociedade detentora de um imóvel na região de Sintra.

O investimento de expansão, quer em termos orgânicos com as obras de expansão do Hospital CUF Descobertas, Hospital CUF Torres Vedras e Hospital CUF Santarém, quer em termos geográficos com a abertura da Clínica CUF Almada e da construção do Hospital CUF Tejo, totalizou os 31 milhões de euros.

O investimento recorrente, maioritariamente de reposição e atualização tecnológica, atingiu os €13 milhões (+0,9 milhões de euros face a 2016).

-18,0%

10,7%

83,2%

-20,9%

(10,5)

0,7

1,0

(12,2)

(8,9)

0,7

0,5

(10,1)

(Milhões de Euros)

Resultados Financeiros Consolidados

Proveitos/Custos relativos Ativos Financeiros

Proveitos Financeiros

Custos Financeiros

20172016 Var %

Resultados Financeiros

Parcerias Público-Privadas

Investimento

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 7

O ativo total aumentou 242,5 milhões de euros (+48,2%) face ao final de 2016, atingindo os 745,4 milhões de euros no final de 2017. Esta variação ficou-se a dever em grande medida ao incremento do ativo fixo tangível (+188,6 milhões de euros), fruto da continuação das diversas obras de expansão e da aquisição de imóveis que pertenciam ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial, nomeadamente os imóveis explorados pelo Hospital CUF Porto, Instituto CUF Porto, Clínica CUF Belém, Hospital CUF Cascais e Hospital CUF Torres Vedras.

A decisão de adquirir os imóveis foi tomada num contexto de oportunidade e de antecipação:

• São imóveis estratégicos para a José de Mello Saúde, pelo que o controle da sua propriedade é um fator relevante;

• Os fundos detentores dos imóveis referidos entraram em processo de liquidação;

• A manutenção das taxas de juro em mínimos históricos permitiu a contratação de financiamentos em condições competitivas, que possibilitam uma poupança em termos de custos (amortizações e encargos financeiros face às rendas anteriormente contratadas) e de fluxos de caixa (encargos financeiros e serviço da dívida face às rendas anteriormente contratadas);

• A aplicação obrigatória da IFRS 16 em janeiro de 2019, implica o reconhecimento das locações operacionais em balanço, registando no ativo o direito de uso e no passivo as responsabilidades subjacentes. Com a aquisição dos imóveis, foi possível antecipar o que seria a estrutura de balanço a partir de 2019.

A José de Mello Saúde fechou o ano de 2017 com um aumento do capital próprio de cerca de 10,8 milhões de euros, face a 2016, para 92,4 milhões de euros.

A 31 de dezembro de 2017, a dívida líquida financeira2 situava-se em 338,6 milhões de euros, mais 183,7 milhões de euros face ao final do ano anterior, refletindo o investimento feito durante 2017.

200,0 10,8

29,8 42,5

202,0

242,5 231,8

242,5

0,5 14,3

-1,827,5

0,4

0,3 0,3

2,7

10,8

31,6

-0,5

-7,7

10,5 0,0

-0,13,0

201,6

0,1 -2,7

2,3

8,9

3,2

188,6 -1,1

7,0 -1,8

0,0

-13,3

0,6

452,5 92,4

231,4292,9

421,6

745,4 653,0

745,4

13,4 26,5

12,3122,9

70,0

0,8 4,2

22,0

78,7

47,7

3,8

52,7

43,9 53,0

1,414,2

351,6

0,2 -14,1

10,8

11,7

16,7

378,4 22,8

94,53,3

8,3

35,3

3,7

252,5 81,7

201,6250,4

219,6

502,9 421,2

502,9

12,9 12,2

14,095,4

69,6

0,5 4,0

19,3

67,9

16,1

4,3

60,4

33,4 53,0

1,511,3

150,0

0,2 -11,4

8,5

2,9

13,5

189,8 23,9

87,55,1

8,3

48,7

3,2

(Milhões de Euros) (Milhões de Euros)

Ativo Fixo Capital Próprio

Passivo Não FinanceiroAtivo Corrente

Passivo Financeiro

Ativo Total Passivo Total

Passivo + CP

Intangível Resultados Transitados + Reservas

ProvisõesClientes

Leasings

Outros Investimentos Interesses Minoritários

Estado

Outros Passivos Correntes e Não Correntes

Caixa e equivalentes

Impostos Diferidos Activos

Outros Ativos Correntes e Não Correntes

Goodwill Capital + Prestações Acessórias

Fundo de PensõesExistências

Empréstimos

Investimento em Associadas Dividendos Antecipados

Outros Devedores e Credores

Impostos Diferidos Passivos

Estado

Tangível Resultado Líquido

FornecedoresOutros Devedores e Credores

Outros Activos de MLP

Outros Instrumentos Financeiros

Ativos detidos para venda

2017 20172016 2016Var Var

Situação Financeira

2 Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20178

A José de Mello Saúde manteve em 2017 como um dos seus eixos estratégicos, o desenvolvimento de uma política de sustentabilidade financeira e estrutura de capital sólida, adequada à sua estratégia de crescimento. Esta política tem passado nos últimos anos por uma gestão ativa do seu perfil de dívida, quer no que concerne à diversificação das suas fontes de financiamento, quer no que respeita ao prolongamento dos prazos de maturidade da mesma.

Fruto desta política e da sua posição financeira sólida, a José de Mello Saúde tem sido capaz de aceder a meios de financiamento variados, terminando o ano de 2017 com um peso semelhante de financiamentos bancários (MLP) e empréstimos obrigacionistas realizados em mercado de capitais no mix da dívida financeira bruta.

Em 2017 a José de Mello Saúde foi capaz de mais uma vez reduzir o spread médio dos seus financiamentos e, por outro lado, alargar a maturidade média dos mesmos.

Perfil da dívida financeira da José de Mello Saúde

2016Leasings Financeiros

MLP

31,6%

10,0%MLP36,1%

16,6%

PPC10,9%

Obrigações45,4%

Obrigações

35,6%

Outros2,1%

Outros0,2%

2017

PPC

11,5%

Leasings Financeiros

338,6

421,6

4,08

2,77%

154,9

219,6

3,04

3,18%

(Milhões de Euros)

Dívida Financeira Líquida*

Dívida Financeira Bruta

Maturidade Média (anos)**

Spread Médio

20172016

* Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros** Excluindo leasings

Sustentabilidade Financeira

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 9

Principais Rácios Financeiros

1 Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros

Rácios

14,2%

12,4%

4,7

3,5

19,4%

16,2%

2,3

4,1

Solvabilidade

Autonomia Financeira

Dívida Financeira Líquida1/EBITDA

EBIT/Encargos Financeiros

20172016

-23,7%

107,5%

-27,0%

-15,2%

Var %

Apesar de em 2017 a José de Mello Saúde ter apresentado um exercício consistente em termos financeiros, a evolução dos rácios traduz o esforço de investimento nas diversas obras de expansão e na aquisição dos imóveis durante o ano. Por esse motivo, e mesmo considerando o incremento do EBITDA, verifica-se um crescimento do rácio de Dívida Líquida/EBITDA para 4,7x. A José de Mello Saúde tem incluída a obrigação de cumprimento do rácio Dívida Líquida/EBITDA em níveis inferiores a 6x nos empréstimos obrigacionistas colocados nos mercados financeiros. Em 31 de dezembro de 2017 a José de Mello Saúde, S.A. cumpria os covenants financeiros em todos os empréstimos por obrigações.

Informação complementar e detalhada sobre a José de Mello Saúde pode ser consultada nos documentos Relatório de Sustentabilidade - Anexo GRI e Relatório Integrado 2017, nos seguintes capítulos:

• Sobre a José de Mello Saúde (Ambiente Externo)

• Estratégia, concretizações e metas;

• Gestão de risco, principais riscos e incertezas;

• Investigação, Desenvolvimento e Inovação;

• Desempenho Social;

• Desempenho Ambiental;

Informação Complementar

Desde 31 de dezembro de 2017 e até 22 de março de 2018, data em que as demonstrações financeiras individuais foram autorizadas pelo Conselho de Administração, não ocorreram quaisquer factos que não estejam já ajustados e/ou divulgados nas demonstrações financeiras

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

10 RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 11

O Conselho de Administração propõe que o resultado líquido das contas individuais da José de Mello Saúde SA, apurado no exercício de 2017, no valor de 29.554.175,64 euros, seja aplicado da seguinte forma:

• Reserva Legal 1.477.708,78 euros

• Dividendos Antecipados 14.100.000 euros

• Dividendos 13.500.000 euros

• Resultados Transitados 476.466,86 euros

O Conselho de Administração

Lisboa, 22 de março de 2018

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201712

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Salvador de MelloPresidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva

Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da José de Mello Saúde desde 2001 e membro do Conselho de Administração da José de Mello Capital, é responsável pela forte dinâmica de crescimento e expansão da rede para as atuais 19 unidades de saúde. Licenciado em Ciências Económicas e Administração de Empresas na Universidade de Neuchâtel, Suíça.

Pedro de MelloVice-Presidente do Conselho de Administração

Licenciado em Engenharia Têxtil, é igualmente Vice-Presidente da José de Mello Capital, membro do Conselho de Administração da CUF Consultadoria e Serviços e presidente do conselho de administração da MGI Capital.

João Gonçalves da SilveiraVice-Presidente do Conselho de Administração

Vice-Presidente do Conselho de Administração da José de Mello Saúde desde 2001, licenciado em Farmácia pela Universidade de Lisboa, Presidente da Direção do MONAF (Montepio Nacional da Farmácia).

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 13

Rui DinizVice-Presidente da Comissão Executiva

Vice Presidente da Comissão Executiva da José de Mello Saúde, é licenciado em Economia pela Universidade Católica de Lisboa. É igualmente Administrador Executivo da José de Mello Capital.

Rui Assoeira RaposoAdministrador Executivo

Licenciado em Farmácia pela Universidade do Porto, possui título de Especialista em Indústria Farmacêutica pela Ordem dos Farmacêuticos e Pós Graduação pelo IMD-Lausane/ Suíça e pela AESE Business School- Lisboa/ Portugal.

Guilherme MagalhãesAdministrador Executivo

Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico e com MBA pela Universidade Nova de Lisboa é Presidente do Conselho de Curadores da Fundação do Gil.

Inácio BritoAdministrador Executivo

Licenciado em Economia na Universidade Católica de Lisboa, com Pós Graduação em Ciências Actuariais.

Vasco Luís de MelloAdministrador Executivo

Licenciado em Engenharia Mecânica na Universidade Católica de Louvaina - Bélgica, realizou posteriormente um Mestrado em Gestão de Empresas na mesma Universidade.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201714

Paulo Cleto DuarteAdministrador não Executivo

Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa e com um MBA em Gestão de Informação pela Universidade Católica Portuguesa, é Presidente da Associação Nacional das Farmácias e CEO da Farminveste, SGPS.

Luís Brito de GoesAdministrador não Executivo

Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, é também Administrador Executivo da José de Mello Capital, membro dos conselhos de administração da Brisa e da CUF Consultadoria e Serviços e Presidente do Conselho de Administração da MGI Capital.

Raúl Galamba de OliveiraAdministrador não Executivo

Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico, MSc em Sistemas, e MBA pela Nova School of Business and Economics é atualmente senior partner da McKinsey em Portugal e Espanha, e líder da área de Risk Management da McKinsey.

Celine Abecassis-MoedasAdministradora não Executiva

Doutorada em Estratégia Empresarial pela École Polytechnique, Paris, mestre em Gestão pela École Normale Supérieure e Université Paris Dauphine e licenciada em Economia e Gestão pela Sorbonne. É professora associada nas áreas de Estratégia e Inovação da Universidade Católica Portuguesa. Adicionalmente, é membro do Conselho de Administração dos CTT e da Europac.

Vera Pires CoelhoAdministradora não Executiva

Licenciada e mestre em Economia com um MBA pela Universidade Nova de Lisboa e uma Pós Graduação em Ciências Atuariais pela Universidade Católica Portuguesa, atualmente é Administradora Executiva das participadas do Grupo Vendap em Angola, Moçambique e Brasil, Administradora da Fundação de Serralves, Vice-Presidente do Conselho Geral da Universidade Nova.

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15RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201716

31-12-2017 31-12-2016Notas

Ativo

Passivo não corrente

Passivo

Ativo corrente

Capital próprio

Capital próprio e Passivo

Ativos não correntes detidos para venda

7

9

14

15

9

9

11

11

9

11

8

9

9

9

9

11

11

9

9

4

10

12

11

5.716.378

158.189.064

15.832.914

874.938

1.627.604

6.864.409

40.012.059

(37.434.593)

(14.100.000)

29.554.176

13.199.329

30.271.560

(37.434.593)

(11.408.000)

29.103.683

13.364.148

5.811.644

20.024.203

4.356.460

122.780

(1.249.145)

1.885.798

(2.288.872)

3.094.216

53.000.000

1.753.134

53.000.000

4.825.114

105.303.388

15.846.938

1.053.852

2.301.120

67.137.753

29.869.000

169.361.037

700.000

3.181.964 2.292.714

64.129.913

-

100.847.068

-

243.090.106

206.218.582

75.594.141

16.500.000

19.398.704

-

10.000.000

1.288.616

-

62.526.220

305.616.326

50.443.794

221.299.740

170.855.946

123.451.447

65.600.238

Acionistas

Outras reservas

Resultados Transitados

Ajustamentos em Ativos Financeiros

Resultados Líquidos do Período

Dividendos Antecipados

Clientes

Capital

TOTAL DO ATIVO

Total de ativos não correntes

Total de passivos não correntes

Outros Instrumentos Financeiros

Caixa e Depósitos Bancários

Total de ativos correntes

Total do capital próprio

Ativos Fixos Tangíveis

Financiamentos Obtidos

Ativos por Impostos Diferidos

Instrumentos Financeiros Derivados

Ativo Não Corrente

Provisões

Outros Ativos Financeiros

Outras Contas a Pagar

Outros Ativos Financeiros

Estado e Outros Entes Públicos

Reservas Legais

Investimentos em Subsidiárias e Participadas

Outros Passivos Financeiros

Outras Contas a Receber

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Valores expressos em Euros

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 17

Passivo corrente

12

9

9

9

9

29.108

623.336

2.608.736

26.392

843.016

1.223.302

2.812.800

17.729.624

6.454.253

23.701.092

23.803.603

230.022.185

305.616.326

32.248.055

155.699.502

221.299.740

Total de passivos correntes

TOTAL DO PASSIVO

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO

Estado e Outros Entes Públicos

Outras Contas a Pagar

Fornecedores

Financeiamentos Obtidos

Outros Passivos Financeiros

31-12-2017 31-12-2016Notas

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Valores expressos em Euros

31-12-2017 31-12-2016Notas

16

14

18

20

23

21

15

20

11.3

8

19

17

22

1.786.383

97.000

(2.728.515)

(230.412)

(5.898.305)

(1.302.610)

3.077.291

1.400.283

6.266.078

(1.137.733)

(291.765)

(4.809.044)

(1.093.922)

2.487.707

(94.766)

521.975

-

(3.990.572)

2.330.052

36.508.629

371.117

(813.312)

(66.100)

(3.181.056)

1.216.255

27.941.863

(2.830.830)

(4.133.440)

29.554.176

30.076.151

2.84

26.476.884

4.577.079

3.483.158

29.103.683

28.290.371

2.67

26.615.976

Resultados antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos

Resultado Operacional (antes de gastos de Financiamento e Impostos)

Resultado Líquido do Período

Rendimento Integral

Resultado por ação

Resultado antes de Impostos

Vendas e Serviços Prestados

Que poderão vir a ser subsequentemente reclassificados para resultados

Provisões (Aumentos/Reduções)

Gastos com o Pessoal

Outros Gastos e Perdas

Juros e Gastos Similares Suportados

Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização

Impostos sobre o Rendimento do Período

Rendimentos e Gastos

Outros rendimentos e gastos reconhecidos em capital próprio

Fornecimentos e Serviços Externos

Outros Rendimentos e Ganhos

Juros e Rendimentos Similares Obtidos

Ganhos / Perdas Imputados de Subsidiárias

Instrumentos Financeiros de cobertura (líquidos de imposto)

Imparidade de Inv. não Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões)

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Valores expressos em Euros

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201718

Capital Realizado(Nota 11.1)

Outros Instrumentos de Capital Próprio

(Nota 11.3)

Reservas Legais(Nota 11.3)NotasDescrição

POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2016

POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2017

1

7

8

9

2

3

4

10

5=3+4

11=9+10

6

12

7=1+2+3+4+6

13=7+8+9+10+12

-

53.000.000

53.000.000

14.350.000

-

3.430.501

4.356.460

925.958

1.455.184

1.455.184

925.958

11.3

11.2 / 11.3

11.3

11.2 / 11.3

11.3

11.3

11.4/11.2

11.4/11.2

-

-

-

-

-

(14.350.000)

(14.350.000) -

--

-

-

-

-

-

-

-

-

53.000.000

53.000.000

-

-

-

-

4.356.460

5.811.644

POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2016

POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2017

Constituição da Reserva Legal

Constituição da Reserva Legal

Distribuições de Dividendos Antecipados

Distribuições de Dividendos Antecipados

APLICAÇÃO DE RESULTADOS

APLICAÇÃO DE RESULTADOS

ALTERAÇÕES NO PERÍODO

ALTERAÇÕES NO PERÍODO

RESULTADO LIQUIDO DO PERIODO

RESULTADO LIQUIDO DO PERIODO

RESULTADO INTEGRAL

RESULTADO INTEGRAL

Transferência de Resultados do ex. para Resultados Transitados

Transferência de Resultados do exercício para Resultados Transitados

Devolução de Prestações Acessórias

Distribuição de Dividendos

Outras Operações

Perdas líquidas em coberturas

Ganhos líquidos em coberturas

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PERÍODO FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Valores expressos em Euros

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 19

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PERÍODO FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Resultados Transitados(Nota 11.3)

Outras Reservas(Nota 11.3)

Ajustamentos em Ativos e Passivos

Financeiros(nota 11.3)

Dividendos Antecipados(Nota 11.4)

Resultado Líquido do Período

Total de Capital Próprio

12.678.352

30.271.560

(1.475.560)

(2.288.872)

(37.434.593)

(37.434.593) (11.408.000)

18.519.167

29.103.683

63.067.867

65.600.238

(11.195.683)

(925.958)

(1.455.184)

-

-

-

- - (18.519.167) -

17.593.209

9.740.499

9.740.499

17.593.209

(17.593.209)

(9.740.499)

-

-

-

-

-

-

-

(14.350.000)

(6.500.000)

(25.758.000)

517.752

(20.082.248)

-

- 517.752

517.752

-

-

29.103.683

29.554.176

29.103.683

29.554.176

29.103.683

29.554.176

28.290.371

30.076.151

(11.408.000)

(14.100.000)

(11.408.000)

11.408.000

(2.692.000)

0

(17.908.000)

(17.908.000)

(11.408.000)

(14.100.000)

(813.312)

521.975 521.975

(813.312)

521.975 521.975

(813.312)

(813.312)0

0

30.271.560

40.012.059

(2.288.872)

(1.249.145)

(37.434.593)

(37.434.593)

(11.408.000)

(14.100.000)

29.103.683

29.554.176

65.600.238

75.594.141

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201720

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 21

31-12-2017 31-12-2016Notas

5.475.520

230.150.000

(6.690.883)

(37.652)

(176.795.634)

(5.282.356)

(193.723.708)

5.615.635

1.708.561

7.573.904

78.800.000

27.829.448

(38.618)

(65.783.489)

(4.491.145)

(83.621.665)

1 116.494

1 594.749

(5.728.209)

159.901.424

(7.905.500)

(1.235.974)

-

(20.600.000)

(20.000.000)

177.666

31.493.755

11.196.924

(1.364.107)

13.500.000

19.392.933

(7.943.152)

38.995.618

(417.637.672)

403.551.424

8.1

11.4

9.5

8.1

2.2

9.5

4

4

(462.530)

(7.890.730)

62.979.176

(9.186.688)

(45.000)

(947.689)

(14.350.000)

(11.408.000)

-

-

24.066.269

(10.853.360)

(1.159.056)

-

(6.690.883)

(83.618)

26.777.512

(180.601.989)

141.779.176

(875.482)

(1.616.796)

9.117.598

31.052.466

(14.086.248)

26.083.816

(1.475.882)

(13.204.724)

26.693.894

(38.822.812)

(25.333.643)

Caixa gerada pelas operações

Fluxo de caixa das atividades operacionais (1)

Fluxo de caixa das atividades de investimento (2)

Fluxo de caixa das atividades de financeiamento (3)

Variações de caixa e seus equivalentes (1+2+3)

Recebimentos de Clientes

Financiamentos bancários

Caixa e seus equivalentes no início do período

Financiamentos bancários

Pagamentos respeitantes a

Pagamentos respeitantes a

Recebimentos provenientes de

Fluxo de caixa das atividades operacionais - método direto

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Efeito das diferenças de câmbio

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Pagamentos ao Pessoal

Outros Instrumentos Financeiros

Caixa e seus equivalentes no fim do período

Investimentos Financeiros

Amortização de Contratos de locação financeira

Devolução de Prestações Acessórias

Dividendos

Outros Instrumentos Financeiros

Outros Ativos

Dividendos

Outros recebimentos / pagamentos

Pagamentos a Fornecedores

Outras operações de financiamento (suprimentos)

Alterações dos equivalentes de caixa

Ativos Fixos Tangíveis

Juros e gastos similares

Outras operações de financiamento (suprimentos)

Investimentos financeiros

Juros e rendimentos similares

Pagamentos/recebimentos do imposto sobre o rendimento

DEMONSTRAÇÃO SEPARADA DOS FLUXOS DE CAIXA PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016

Valores expressos em Euros

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201722

1. INFORMAÇÃO GERAL DA ATIVIDADE DA ENTIDADE

A José de Mello Saúde, S.A. (a seguir designada “Empresa” ou “JMS”) é uma sociedade anónima, com sede em Lisboa, na Av. Do Forte, nº 3, Edifício Suécia III, Piso 2, 2790-073 Carnaxide, constituída em dezembro de 1992.

A Empresa tem como objecto social a compra, venda e aluguer de equipamentos bem como a prestação de serviços de gestão, consultoria, informáticos, administrativos, negociação/aprovisionamento, e também a prestação de serviços na área da saúde.

A José de Mello Saúde é a holding de um grupo que tem como atividade principal a prestação de cuidados de saúde, nomeadamente na área da prestação de cuidados de saúde privados, na parceria público-privado, na prestação de serviços no âmbito da medicina, higiene e saúde no trabalho e ainda na prestação de cuidados de saúde domiciliários. O grupo desenvolve ainda outras atividades secundárias no sector imobiliário e infraestruturas.

O capital da Empresa é detido pela sociedade José de Mello Capital, S.A. (65,85%), sua empresa-mãe, pela Fundação Amélia da Silva de Mello (4,15%) e pela Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A. (30%).

De salientar que a 12 de dezembro de 2017, as sociedades José de Mello Participações II, SGPS, S.A., Guimarães de Mello Portugal, SGPS, S.A. Guimarães de Mello Investimentos, SGPS, S.A. e José de Mello – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (anterior empresa-mãe da JMS) foram incorporadas, por fusão, na sociedade SOGEFI – Sociedade de Gestão e Financiamentos, SGPS, S.A., a qual passou a designar-se José de Mello Capital, S.A.. Esta reestruturação societária não pôs em causa quaisquer compromissos assumidos pelas Sociedades intervenientes uma vez que todos os direitos e obrigações que impendiam sobre as mesmas passam a ser prosseguidos, de forma concentrada, pela José de Mello Capital, S.A.

2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. BASES DE PREPARAÇÃO

As Demonstrações Financeiras da José de Mello Saúde, S.A. foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e em conformidade com as “Internacional Financial Reporting Standards” (IFRS), tal como adotadas pela União Europeia, em vigor para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, quer as IFRS emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), quer as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”) emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respetivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e Standing Interpretation Committee (“SIC”), respetivamente. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “IFRS”. As demonstrações financeiras são apresentadas em euros.

2.1.1. NOVAS NORMAS E INTERPRETAÇÕES APLICÁVEIS AO EXERCÍCIO DE 2017

Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE), ocorreram as seguintes emissões, revisões, alterações e melhorias nas normas e interpretações com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2017, que quando aplicáveis, foram adoptadas pela Empresa:

Normas Data de aplicação

IAS 12 – Reconhecimento de impostos diferidos ativos para perdas não realizadas (alterações) 1 de janeiro de 2017

IAS 7 - Iniciativa de divulgação (alterações)

Melhorias relativas ao ciclo 2014-2016 (IFRS 12 Divulgações de interesses em outras entidades)

1 de janeiro de 2017

1 de janeiro de 2017

NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 23

A adopção destas normas, interpretações e alterações às normas, não teve um impacto significativo nas demonstrações financeiras.

2.1.2. NOVAS NORMAS E INTERPRETAÇÕES JÁ EMITIDAS MAS QUE AINDA NÃO SÃO OBRIGATÓRIAS

As normas e interpretações recentemente emitidas pelo IASB cuja aplicação é obrigatória apenas em períodos após 1 de janeiro de 2018 ou posteriores:

a) Já endossadas pela UEEm 31 de dezembro de 2017 as seguintes melhorias das Normas e Interpretações, emitidas pelo IASB, já se encontravam endossadas pela UE, contudo a sua aplicação só é obrigatória para os exercícios que se iniciem após 1 de janeiro de 2018:

A nova norma IFRS 15 Rédito de Contratos com Clientes vem estabelecer um modelo de cinco passos para o reconhecimento de rédito resultante de contratos celebrados com clientes. De cordo com o previsto na norma, o rédito é reconhecido pelo valor que a entidade espera receber do cliente em troca dos bens ou serviços prestados.

A aplicação da norma é obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018, devendo a sua adoção seguir o método retrospectivo pleno ou método retrospectivo modificado.

A Empresa adoptou esta norma a partir de 1 de janeiro de 2018, e procedeu a uma análise das implicações da sua adoção, não sendo esperado qualquer impacto significativo nas Demonstrações Financeiras. Na preparação da adoção da IFRS 15, a Empresa considerou os seguintes aspetos relevantes:

Prestação de Serviços – Esta revenue stream respeita às rendas de sublocação relativas ao aluguer de equipamentos médicos às empresas do Grupo. O rédito é reconhecido mensalmente com base nos contratos de sublocação realizados. Com efeito a Empresa concluiu que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras.

A Empresa não realizou a adopção antecipada destas normas e, com exceção da IFRS 16 – Locações, não se esperam impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da sua adopção. A aplicação da IFRS 16 irá ter impactos significativos ao nível do balanço da Empresa. O registo do direito de utilização dos imóveis que estão em exploração pela Empresa deverá implicar um aumento dos ativos e das responsabilidades com terceiros.

Normas Data de aplicação

IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes

Aplicação da IFRS 9 com a IFRS 4 - Alterações à IFRS 4

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2018

Clarificações à IFRS 15

IFRS 10 e IAS 28 - Venda ou entrega de ativos por um investidor à sua associada ou empreendimento conjunto

IFRS 9 - Instrumentos Financeiros

IFRS 16 - Locações

Melhorias relativas ao ciclo 2014-2016

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2019

1 de janeiro de 2018

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201724

b) Ainda não endossadas pela UE

Relativamente às normas apresentadas acima cuja entrada obrigatória em vigor ainda não ocorreu, a Empresa ainda não concluiu o apuramento de todos os impactos decorrentes da sua aplicação pelo que optou pela sua não adopção antecipada. Contudo, não se espera que estas venham a produzir efeitos materialmente relevantes sobre a sua posição patrimonial e resultados.

2.2. PRINCIPAIS POLITICAS CONTBILÍSTICAS

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Os Ativos Fixos Tangíveis referem-se a bens utilizados na prestação de serviços ou no uso administrativo.

Os Ativos Fixos Tangíveis encontram-se valorizados pelo respetivo custo de aquisição, incluindo todos os custos associados à sua aquisição, deduzidos das correspondentes depreciações acumuladas e depreciações acumuladas por imparidade.

As depreciações são calculadas numa base duodecimal, desde o momento em que o bem se encontra disponível para utilização, segundo o método da linha recta, de modo a que o valor dos bens seja depreciado até ao final da respetiva vida útil estimada, sendo aplicadas as seguintes taxas:

A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos no ponto da “Imparidade de ativos não correntes”.

Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo tangível (calculado como a diferença entre o valor de venda menos custo de vender e o valor contabilístico) é incluído no Resultado Líquido do Período no ano em que o ativo é desreconhecido.

Os bens adquiridos em regime de locação financeira são depreciados utilizando as mesmas taxas dos restantes ativos fixos tangíveis, ou seja, tendo por base a respetiva vida útil.

Considera-se que o valor residual é nulo pelo que o valor depreciável sobre o qual incidem as depreciações é coincidente com o custo.

Normas Data de aplicação

IAS 28 - Interesses de longo prazo em Associadas ou Joint Ventures (alterações)

IAS 40 - Transferência de Propriedades de investimento (alterações)

1 de janeiro de 2019

1 de janeiro de 2018

IFRS 2 - Classificação e mensuração de transações de pagamento com base em ações (adenda)

IFRS 17 – Contratos de seguro

IFRIC 22 - Transações em moeda estrangeira e adiantamento da consideração

IFRIC 23 – Incerteza sobre diferentes tratamentos do imposto sobre o rendimento

IFRS 9 - Pagamentos antecipados com compensações negativas (alterações)

Melhorias relativas ao ciclo 2015-2017

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2021

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2019

1 de janeiro de 2019

1 de janeiro de 2019

2017 2016

14,28%-33,33%

12,50%-25%

5%-10% 5%-10%

14,28%-33,33%

12,50%-25%

Equipamento Básico

Equipamento Administrativo

Edificios e Outras Construções

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 25

Os custos de manutenção e reparação correntes são reconhecidos como gastos no período em que ocorrem.

As benfeitorias e beneficiações apenas são registadas como ativo nos casos em que comprovadamente aumentem a sua vida útil ou aumentem a sua eficiência normal, traduzindo-se num acréscimo dos benefícios económicos futuros.

Os Ativos Fixos Tangíveis em Curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção, de instalação ou de desenvolvimento e estão mensurados ao custo de aquisição sendo somente amortizados quando se encontram disponíveis para uso.

ATIVOS INTANGÍVEIS

Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados, na data do reconhecimento inicial, ao custo. O custo dos ativos intangíveis adquiridos numa concentração de atividades empresariais é o seu justo valor à data de aquisição.

Os intangíveis gerados internamente, excluindo os custos de desenvolvimento capitalizados, não são capitalizados e o gasto é reflectido na Demonstração de Resultados e do Outro Rendimento Integral no ano em que o gasto ocorre.

Após o reconhecimento inicial os ativos intangíveis apresentam-se ao custo menos amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.

As vidas úteis dos ativos intangíveis podem ser finitas ou indefinidas.

Os ativos Intangíveis com vidas úteis indefinidas não são amortizados, mas são testados quanto à imparidade independentemente de haver ou não indicadores de que possam estar em imparidade.

Os ativos Intangíveis com vidas úteis finitas são amortizados durante o período de vida económica esperada e avaliados quanto à imparidade sempre que existe uma indicação de que o ativo pode estar em imparidade.

A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos no ponto da “Imparidade de Ativos não correntes”.

As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados e são efetuadas apenas até ao limite que resultaria se a imparidade nunca tivesse sido registada.

Para um ativo intangível com uma vida útil finita, os métodos de amortização, a vida útil estimada e o valor residual são revistos no final de cada ano e os efeitos das alterações são tratados como alterações de estimativas, ou seja, o efeito das alterações é tratado de forma prospectiva.

As amortizações são calculadas numa base duodecimal utilizando o método da linha reta. Considera-se que o valor residual é nulo pelo que o valor depreciável sobre o qual incidem as amortizações é coincidente com o custo.

As taxas de amortização estão definidas tendo em vista amortizar totalmente os bens até fim da sua vida útil esperada e são as seguintes:

O gasto com amortizações de ativos intangíveis com vidas úteis finitas é reconhecido na Demonstração dos Resultados e do Outro Rendimento Integral na rubrica Gastos / Reversões de Depreciação e Amortização.

Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo intangível (calculado como a diferença entre o valor de venda menos custo da venda e o valor contabilístico) é incluído no Resultado Líquido do Período no ano em que o ativo é desreconhecido.

2017 2016

25% 25%Programas de Computador

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201726

INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E PARTICIPADAS

Os Investimentos Financeiros relativos a partes de capital em Entidades Subsidiárias e Participadas estão valorizados pelo respetivo custo considerado à data da transição para IFRS, isto é, 1 de Janeiro de 2012. Nesta rubrica são também registadas, ao valor nominal, as prestações acessórias concedidas às subsidiárias e participadas.

Os dividendos associados a participações de capital só são reconhecidos como proveitos quando se encontra assegurado o respetivo recebimento, e os juros provenientes de títulos são contabilizados no período a que respeitam.

O “Goodwill” encontra-se incluído no valor escriturado do investimento, não é amortizado, nem sujeito a testes individuais de imparidade. Contudo, caso sejam detectados indícios de imparidade, nos Investimentos Financeiros, os mesmos são sujeitos a testes de imparidade. A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos no ponto da “Imparidade de ativos não correntes”.

IMPARIDADE DE ATIVOS NÃO CORRENTES

Em cada data de relato é efetuada uma revisão das quantias escrituradas dos ativos não correntes com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos ativos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustados. Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na Demonstração dos Resultados e do Outro Rendimento Integral, salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na Demonstração dos Resultados e Outro Rendimento Integral. A reversão efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda por imparidade anterior não tivesse sido registada.

ATIVOS FINANCEIROS (PARA ALÉM DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS)

Os ativos financeiros são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira da Empresa na data de negociação ou contratação, que é a data em que a Empresa se compromete a adquirir o ativo.

Os ativos financeiros classificam-se como segue, dependendo da intenção do Conselho de Administração na sua aquisição:

• Clientes e Outras Contas a Receber

Incluem-se os ativos Financeiros não derivados, com recebimentos fixos ou determináveis. Os saldos de Clientes, de Outras Contas a Receber e os Outros Ativos Financeiros são registados ao justo valor e, subsequentemente, ao custo amortizado, deduzido de ajustamentos por imparidade, se aplicável.

No final do ano a empresa avalia a imparidade destes ativos. Sempre que exista evidência objectiva de imparidade,

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 27

a empresa reconhece uma perda de imparidade na demonstração de resultados.

A evidência objetiva de que um ativo financeiro está em imparidade teve em conta os seguintes aspetos:

• Significativa dificuldade financeira do devedor

• Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou amortização da dívida

• Probabilidade de o devedor entrar em falência financeira.

• Outros Instrumentos Financeiros

Os ativos financeiros incluídos nesta rubrica referem-se a instrumentos financeiros detidos até à maturidade, mensurados ao custo amortizado, utilizando o método da taxa de juro efetiva, menos imparidade.

• Acionistas

Os saldos com acionistas são apresentados pelo respetivo custo, deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável, determinada com base nos critérios definidos para as restantes contas a receber.

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O imposto sobre o rendimento do período engloba os impostos correntes e diferidos do exercício.

O imposto corrente é determinado com base no resultado contabilístico ajustado de acordo com a legislação fiscal em vigor a que está sujeita a empresa.

A Empresa é tributada pelo Regime Especial de Tributação de Grupo de Sociedades (RETGS).

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos.

Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2014 a 2017 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão, embora a Empresa considere que eventuais correções resultantes de revisões fiscais àquelas declarações de imposto não terão efeito significativo nas Demonstrações Financeiras referidas à data de 31 de dezembro de 2017.

ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

A Empresa reconhece os Impostos Diferidos, de acordo com o estabelecido na IAS 12 – Imposto Sobre o Rendimento, como forma de especializar adequadamente os efeitos fiscais das suas operações, e de excluir as distorções relacionadas com os critérios de natureza fiscal que contrariam os efeitos económicos de determinadas transações.

São reconhecidos Ativos por Impostos Diferidos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os ativos poderão ser utilizados. Os Ativos por Impostos Diferidos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.

O valor dos Impostos Diferidos é determinado com aplicação das taxas fiscais (e leis) decretadas ou substancialmente decretadas na data de reporte e que se espera que sejam aplicáveis no período de realização do Ativo por Imposto Diferido ou de liquidação do Passivo por Imposto Diferido. De acordo com a legislação em vigor, considerou-se a taxa de IRC de 21% e, nas situações não ligadas a prejuízos fiscais, uma derrama de 1,5% sobre o valor das diferenças temporárias que originaram Impostos Ativos e Passivos Diferidos.

O movimento ocorrido durante o exercício, a reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva do imposto

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201728

corrente e a decomposição dos saldos de Impostos Diferidos estão apresentados na Nota 15.

CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS

Os montantes incluídos na rubrica de Caixa e Depósitos Bancários correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes” compreende também os descobertos bancários incluídos na rúbrica “Financiamentos Obtidos”, na Demonstração da Posição Financeira.

ATIVOS NÃO-CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica inclui ativos não correntes (ou grupos para alienação) cuja quantia escriturada será recuperada principalmente através de uma transação de venda, ao invés de o ser pelo uso continuado, e que satisfazem as seguintes condições:

• Estão disponíveis para venda imediata na sua condição presente, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para a venda de tais ativos e

• A sua venda é altamente provável. Isto é:

• A hierarquia de gestão apropriada está empenhada num plano para vender o ativo (ou grupos para alienação);

• Foi iniciado um programa para localizar um comprador e concluir o plano;

• O ativo foi amplamente publicitado para venda a um preço que é razoável em relação ao seu justo valor corrente;

• A venda será concluída dentro de um ano a partir da data da classificação.

Os acontecimentos ou circunstâncias que podem prolongar o período para concluir a venda para além de um ano não excluem que um ativo seja classificado como detido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do controlo

da entidade e se houver prova suficiente de que a entidade continua comprometida com o seu plano de vender o ativo.

Imediatamente antes da classificação inicial dos ativos não correntes (ou grupos para alienação) como detidos para venda, as quantias escrituradas dos ativos (ou de todos os ativos e passivos do grupo) são mensuradas de acordo com as IFRS aplicáveis.

Na data do reconhecimento inicial, os ativos não correntes (ou grupos para alienação) detidos para venda são mensurados pelo menor valor entre a sua quantia escriturada e o justo valor menos os custos de vender ou, se adquiridos como parte de uma concentração de atividades empresariais, pelo justo valor menos os custos de vender.

Quando se espera que a venda ocorra para além de um ano, os custos de vender são mensurados pelo seu valor presente. Qualquer aumento no valor presente dos custos de vender que resulte da passagem do tempo é reconhecido nos resultados como custo de financiamento.

Qualquer redução inicial ou posterior do ativo (ou grupo para alienação) para o justo valor menos os custos de vender é reconhecida como uma perda por imparidade. Qualquer ganho resultante de um aumento posterior no justo valor menos os custos de vender um ativo é reconhecido, mas não para além da perda por imparidade cumulativa que tenha sido reconhecida anteriormente.

Os ativos não correntes enquanto estiverem classificados como detidos para venda ou enquanto fizerem parte de um grupo para alienação classificado como detido para venda não são depreciados (ou amortizados).

Os juros e outros gastos atribuíveis aos passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda continuam a ser reconhecidos.

PASSIVOS FINANCEIROS

Os Passivos Financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem, e classificam-se como segue:

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 29

• Financiamentos Bancários

Os Financiamentos são valorizados ao custo amortizado, sendo o valor recebido líquido de comissões com a emissão desses Financiamentos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e contabilizados na Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral de acordo com o princípio de especialização dos exercícios.

• Fornecedores, Outras Contas a Pagar e Outros Passivos Financeiros

Os saldos de Fornecedores, Outras Contas a Pagar e Outros Passivos Financeiros são inicialmente registados pelo seu valor nominal, que se entende corresponder ao seu justo valor e, subsequentemente, sempre que aplicável, são registados ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa de juro efetiva. As contas a pagar são reconhecidas como passivos correntes exceto se estiver contratualizada a sua liquidação após 12 meses seguintes à data da Demonstração da Posição Financeira.

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS E CONTABILIDADE DE COBERTURA

A Empresa tem como política contratar instrumentos financeiros derivados com o objectivo de efetuar cobertura dos riscos financeiros a que se encontra exposto, os quais decorrem essencialmente de variações de taxas de juro.

• Instrumentos de Cobertura

A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições da IAS 39, nomeadamente, quanto à respetiva documentação e avaliação de efetividade.

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos pelo seu justo valor na data da sua negociação. O justo valor é avaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa avaliação registados na demonstração de resultados, excepto no que se refere aos derivados de cobertura de fluxos de caixa, em que a variação é reconhecida em Capitais Próprios (“Outras Reservas Instrumentos

Financeiros”).

A contabilização é descontinuada quando o instrumento de cobertura atinge a maturidade, o mesmo é vendido ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos na IAS 39.

LOCAÇÕES

• Locações financeiras

São considerados contratos de locação financeira se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos correspondentes.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, sendo os ativos, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação registadas de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do ativo fixo tangível e intangível são reconhecidos como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.

• Locações operacionais

São classificados como contratos de locação operacional se através dos contratos não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse desses ativos. A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Nas locações operacionais, as rendas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados, durante o período do contrato de locação.

PROVISÕES

São constituídas Provisões quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) em resultado de ações passadas, quando é provável uma saída de recursos económicos para fazer face a essa obrigação e esta possa ser medida com fiabilidade.

As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à data do balanço.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201730

RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO

• Capital Realizado

Em cumprimento do disposto no art.º 272 do Código das Sociedades Comerciais (CSC) o contrato da sociedade indica o prazo para realização do capital subscrito e não realizado à data da escritura.

• Outros Instrumentos de Capital Próprio

Os Instrumentos de Capital Próprio são classificados de acordo com a substância contratual , independentemente da forma legal que assumem. Os Instrumentos de Capital Próprio emitidos pela Entidade são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

• Reservas Legais

De acordo com o art.º 295 do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de ser destinado à constituição ou reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação e só pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital social (art.º 296 do CSC).

• Outras Reservas

Esta conta inclui as variações no justo valor de derivados de cobertura do risco de variabilidade da taxa de juro, risco cambial, risco de preço de mercadorias no âmbito de um compromisso ou de elevada probabilidade de transação futura, que, de acordo com o nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.

• Resultados Transitados

Esta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição aos acionistas e os ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento que, de acordo com o nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando

os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.

• Resultado Líquido do Exercício

Esta rubrica inclui ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento que, de acordo com o nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.

• Ajustamentos em ativos financeiros

Esta conta inclui os ajustamentos relacionados com a aplicação do método da equivalência patrimonial de anos anteriores, nomeadamente a apropriação das variações nos capitais próprios das participadas e lucros não atribuídos.

• Dividendos Antecipados

Esta conta reflete o adiantamento sobre lucros efectuado no decurso de exercício ao abrigo do disposto no art.º 297 do CSC, nos seguintes termos:

• Efectuado no segundo semestre do ano;

• Não excede metade das importâncias que seriam distribuíveis à data a que se reporta o balanço intercalar.

RECONHECIMENTO DE RÉDITOS

Os réditos são reconhecidos como tal, na medida em que é provável que fluam benefícios económicos para a Empresa, e que possam ser avaliados com fiabilidade.

Para que os réditos sejam reconhecidos é necessário também que sejam observados na íntegra os seguintes critérios:

• Prestações de Serviços

As prestações de serviço são mensuradas pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber deduzido das quantias relativas a descontos concedidos.

O rédito das prestações de serviços é reconhecido quando o desfecho da transação pode ser estimado com fiabilidade o que ocorre quando todas as condições seguintes são satisfeitas:

• A quantia de rédito pode ser mensurada com

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 31

fiabilidade;

• É provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a empresa;

• Os custos incorridos com a transação e os custos para concluir a transação podem ser mensurados com fiabilidade.

• Juros

Os réditos relativos a juros a receber são especializados, de forma a serem reconhecidos no período a que respeitem, independentemente de ser, ou não, emitido o respetivo documento de suporte.

• Dividendos

Estes réditos são reconhecidos quando, em substância, se constitui, na Entidade declarante, a obrigação de proceder à declaração de Dividendos.

RESPONSABILIDADE POR BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados independentemente da data do seu pagamento. Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos benefícios:

• Cessação de emprego

Os benefícios de cessação de emprego são devidos para pagamento quando há cessação de emprego antes da data normal de reforma ou quando um empregado aceita sair voluntariamente em troca destes benefícios. A Empresa reconhece estes benefícios quando se pode demonstrar estar comprometido a uma cessação de emprego de funcionários atuais, de acordo com um plano formal detalhado para a cessação e não exista possibilidade realista de retirada ou estes benefícios sejam concedidos para encorajar a saída voluntária. Sempre que os benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data do balanço, eles são descontados para o seu valor atual.

• Férias, subsídio de férias e prémios

De acordo com a lei laboral, os empregados têm direito a 22 dias úteis de férias anuais, bem como a um mês de subsídio de férias, direitos adquiridos no ano anterior ao seu pagamento. Estas responsabilidades da Empresa são registadas quando incorridas, independentemente do momento do seu pagamento, e são refletidas na rubrica de “Outras Contas a pagar”.

JUROS E GASTOS SIMILARES SUPORTADOS

Os custos financeiros de financiamentos obtidos relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos que necessariamente demoram um período substancial de tempo até estarem concluídos para o seu uso ou venda, são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. Todos os outros custos financeiros são gastos no período em que ocorrem. Custos de financeiros consistem em juros e outros custos decorrentes de financiamentos obtidos.

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

A Demonstração dos fluxos de caixa é elaborada segundo o método direto, através da qual são divulgados os influxos e exfluxos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201732

ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Os Passivos Contingentes não são reconhecidos nas Demonstrações Financeiras, sendo divulgados nestas Notas, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os Ativos Contingentes não são reconhecidos, e apenas são divulgados quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

EVENTOS SUBSEQUENTES

Os eventos ocorridos após a data de reporte que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data da Demonstração da Posição Financeira são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos ocorridos após a data de reporte que proporcionem informação sobre as condições que ocorram após a data da Demonstração da Posição Financeira são divulgados nas Notas às Demonstrações Financeiras, se materiais.

2.3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS DA GESTÃO

Na preparação das Demonstrações Financeiras de acordo com as IFRS, o Conselho de Administração utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas e os montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e em outros factores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas, ou resultado de uma informação ou experiência adquiridas. As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas Demonstrações Financeiras são como segue:

• Vida útil de Ativos Fixos Tangíveis e Intangíveis

A vida útil de um ativo é o período durante o qual a Entidade espera que esse ativo esteja disponível para seu uso e é revista pelo menos no final de cada exercício económico.

O método de amortização/depreciação a aplicar e as perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsolescência tecnológica, é essencial para determinar a vida útil efetiva de um ativo.

Estes parâmetros são definidos de acordo com a melhor estimativa da gestão, para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas dos sectores em que a Entidade opera.

• Reconhecimento e mensuração de provisões

O reconhecimento de provisões tem inerente a determinação da probabilidade de saída de fluxos futuros e a sua mensuração com fiabilidade.

Estes fatores estão muitas vezes dependentes de acontecimentos futuros e nem sempre sob o controlo da Entidade pelo que poderão conduzir a ajustamentos significativos futuros, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

• Imparidade de contas a receber

O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de relato, tendo em conta a informação histórica do devedor e o seu perfil de risco.

As contas a receber são ajustadas pela avaliação efetuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data do balanço, os quais poderão vir a divergir do risco efetivo a incorrer no futuro.

• Justo Valor de instrumentos financeiros

Quando o justo valor dos ativos e passivos financeiros à data de balanço não é determinável com base em mercados ativos, este é determinado com base em técnicas de avaliação que incluem o modelo dos fluxos de caixa

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 33

descontados ou outros modelos apropriados nas circunstâncias. Os inputs para estes modelos são retirados,sempre que possível, de variáveis observáveis no mercado mas quando tal não é possível, torna-se necessário um certo grau de julgamento para determinar o justo valor, o qual abrange considerações sobre o risco de liquidez, o risco de crédito e volatilidade.

• Imparidade de ativos não financeiros

A imparidade ocorre quando o valor contabilístico de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede a sua quantia recuperável a qual é a mais alta entre o justo valor menos os custos de vender e o seu valor de uso.

O cálculo do justo valor menos os custos de vender é baseado na informação que existe de contratos já firmados em transações de ativos similares, com entidades nas quais não existe relacionamento entre elas, ou preços observáveis no mercado menos custos incrementais para vender o ativo.

O valor em uso é calculado com base num modelo de fluxos de caixa descontados que têm em conta um orçamento para os próximos cinco anos o qual não inclui atividades de reestruturação relativamente às quais ainda não haja qualquer compromisso, nem investimentos futuros significativos destinados a melhorar os benefícios económicos futuros que advirão da unidade geradora de caixa que está a ser testada.

A quantia recuperável é sensível sobretudo:

• Taxa de crescimento usada para extrapolar os fluxos de caixa para além de 5 anos;

• Taxas de desconto usada para fazer o desconto dos fluxos de caixa futuros.

• Impostos sobre o rendimento e impostos diferidos

A determinação dos montantes de impostos sobre o rendimento e impostos diferidos requer o exercício de julgamento e está sujeito a interpretações. Diferentes interpretações poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

Somente são reconhecidos impostos diferidos ativos na medida em que seja provável que venha a existir lucro tributável contra o qual possam ser utilizados.

2.5. POLÍTICAS DE GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

A Política de Gestão de Riscos Financeiros da José de Mello Saúde tem como objetivo assegurar a correta identificação dos riscos associados aos negócios desenvolvidos, bem como adoptar e implementar as medidas necessárias para minimizar os impactos negativos que evoluções adversas dos fatores subjacentes a esses riscos possam ter na estrutura financeira da Sociedade e na respetiva sustentabilidade.

No âmbito do processo de gestão de riscos a José de Mello Saúde identificou um conjunto de riscos associados ao desempenho financeiro da empresa considerados materialmente mais relevantes, dos quais se destacam o risco de mercado (exposição às variações das taxas de juro), de crédito e de liquidez.

A Empresa detém um modelo de gestão do risco que procura minimizar os potenciais efeitos adversos, utilizando os instrumentos adequados a cobertura dos riscos a que se encontra exposta.

• Risco de mercado

O risco de mercado é o risco que as alterações nos preços dos mercados, como sejam taxas de juro, variações cambiais ou evolução das bolsas de valores, possam alterar os resultados da Empresa e a sua posição financeira.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201734

A Empresa encontra-se apenas exposta aos riscos decorrentes das alterações das taxas de juro, pelo que a gestão de riscos de mercado foca-se essencialmente na monitorização da evolução das taxas de juro, que influenciam os passivos financeiros remunerados (contratados com base em taxas de juro indexadas à evolução dos mercados) e do seu impacto nas Demonstrações Financeiras.

• Risco de exposição às variações de taxas de juro

A gestão do risco de taxa de juro tem por objetivo minimizar a exposição à variação das taxas de juro e o seu impacto nas Demonstrações Financeiras dentro dos limites estabelecidos.

Através da política de controlo adoptada procuram-se selecionar as estratégias adequadas para cada área de negócio, com o objetivo de assegurar que este fator de risco não afecta negativamente a respetiva capacidade operacional. Por outro lado, é ainda monitorizada a exposição ao risco de taxa de juro, mediante a simulação de cenários adversos, mas com algum grau de probabilidade, que possam afectar negativamente os resultados do Grupo.

Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro o justifiquem, a Empresa procura contratar operações de proteção contra movimentos adversos, através de instrumentos derivados. Na seleção de instrumentos são essencialmente valorizados os aspectos económicos dos mesmos.

Atualmente, a Empresa tem contratados instrumentos de cobertura de risco de fluxos de caixa com o único objetivo de fixar as taxas de juro de algumas linhas de financiamento de que dispõe. Com efeito, foram contratados em 2015 swaps de taxas de juro, plain vanilla, que cobrem 100% dos montantes dos empréstimos obrigacionistas emitidos em 2014 e 2015 (100 milhões de euros no total). Os swaps contratados respeitam as características das referidas emissões de obrigações, por forma a serem considerados produtos de cobertura (indexante, período e prazos de pagamento de juros semelhantes). Na data de pagamento de juros, a José de Mello Saúde recebe juros indexados à Euribor 6 meses para 100% do capital das obrigações e paga juros a taxa fixa sobre o mesmo montante.

Em 2017, no seguimento da sua política de redução da exposição às taxas de juro, a José de Mello Saúde emitiu um empréstimo obrigacionista com uma taxa de juro fixa. Deste modo, considerando o efeito dos swaps contratados, no final do ano de 2017 a José de Mello Saúde detinha 36% da sua dívida financeira contratada a taxas de juros fixas (46% em 2016).

O quadro abaixo apresenta uma análise de sensibilidade ao impacto de um potencial incremento das taxas Euribor nos custos financeiros da José de Mello Saúde em 2017 e 2016:

+30.904

+6.748

+16.620

+19.233

+13.853

+11.273

+61.377

+37.254

+0.5

+0.5

+0.5

+0.5

+0.5

+0.5

-

-

Empréstimos Não Correntes

Empréstimos Não Correntes

Locações Financeiras Correntes e Não Correntes

Locações Financeiras Correntes e Não Correntes

Empréstimos Correntes

Empréstimos Correntes

Total

Total

Variação nas TaxasEuribor (p.p)

Impacto em CustosFinanceiros (Euros)

2017

2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 35

Contas a Receber

O risco de crédito da Empresa está essencialmente relacionado com a atividade operacional e de investimentos com as suas participadas.

A gestão acompanha a atividade de todas as participadas o que permite efetuar uma monitorização deste risco.

Outros Instrumentos Financeiros

Os Outros Instrumentos Financeiros incluem obrigações emitidas pelos acionistas José de Mello Capital, S.A e Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.. A monitorização do risco é feita periodicamente pela gestão através da análise das contas da José de Mello Capital, S.A. e da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

• Risco de Liquidez

O risco de liquidez resulta da incapacidade potencial de financiar os ativos do Empresa, ou de satisfazer as responsabilidades contratadas nas datas de vencimento.

A gestão do risco de liquidez procura um acompanhamento permanente das previsões de tesouraria, de forma a garantir o cumprimento de todas as responsabilidades da Empresa para com as entidades com as quais se relaciona na sua atividade. Através de uma gestão ativa do business plan e do mapeamento exaustivo das necessidades ou excedentes futuros de tesouraria, procura ainda reduzir o risco de financiamento recorrendo a uma relação permanente com os parceiros financeiros.

O quadro abaixo apresenta as responsabilidades da Empresa por intervalos de maturidade contratual no final de 2017 e 2016, respectivamente. Os montantes representam os fluxos monetários não descontados a pagar no futuro.

Foram excluídos os financiamentos contratados a taxa fixa, nomeadamente os empréstimos obrigacionistas mencionados anteriormente;

Uma vez que a grande maioria dos financiamentos contratados pela José de Mello Saúde têm subjacentes a aplicação de floor zero no caso das taxas Euribor serem negativas e dado que estas, em 2017 e 2016, apresentaram sempre valores negativos, não foi simulado um cenário de redução de taxas.

• Risco de Crédito

O risco de crédito é o risco de uma contraparte não cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instrumento financeiro originando uma perda.

A seguinte tabela apresenta a exposição máxima da Empresa ao risco de crédito:

1.753.134

114.046.398

2.292.714

10.000.000

3.094.216

176.225.446

3.181.964

16.500.000

Clientes

Outros Ativos Financeiros

Outras Contas a Receber

Outros Instrumentos Financeiros

199.001.626 128.092.245

2017 2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201736

A hierarquia para efeitos de determinação do justo valor deverá ter os seguintes níveis e bases de mensuração:

• Nível 1 – cotações de mercados líquidos de ativo e aos quais a Empresa tem acesso à data de referência do balanço;

• Nível 2 – modelos de avaliação geralmente aceite, baseados em inputs observáveis no mercado alternativos aos referidos no nível 1;

• Nível 3 – modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.

A Empresa tem valorizado ao justo valor, os ativos e passivos indicados no quadro seguinte, no qual está também indicada a respectiva hierarquia:

O justo valor dos derivados financeiros foi determinado por entidades bancárias, tendo por base inputs observáveis no mercado e de acordo com os modelos e técnicas de avaliação geralmente aceites.

1.591.858

777.810

104.512.353

52.422.008

50.133.333

50.416.693

-

-

Dívida Financeira* < 1 ano 1-3 anos 3-5 anos > 5 anos

2017

2016

Nível 1Cotações

de mercado

Nível 1Cotações

de mercado

Nível 2Inputs

Observáveis no mercado

Nível 2Inputs

Observáveis no mercado

Total

Total

Nível 3Inputs

Não Observáveis no mercado

Nível 3Inputs

Não Observáveis no mercado

Passivos valorizados ao justo valor

Passivos valorizados ao justo valor

-

-

1.627.604

2.301.120

1.627.604

2.301.120

-

-

1 627.604

2.301.120

-

-

-

-

1 627.604

2.301.120

Instrumentos Financeiros Derivados

Instrumentos Financeiros Derivados

Cobertura Fluxos de Caixa (nota 9.10)

Cobertura Fluxos de Caixa (nota 9.10)

HIERARQUIA JUSTO VALOR

HIERARQUIA JUSTO VALOR

Justo Valor a 31 de dezembro de 2017

Justo Valor a 31 de dezembro de 2016

* Excluída dívida de curto prazo utilizada para apoio de tesouraria

3. ESTIMATIVA DE JUSTO VALOR

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 37

As rubricas de “Caixa e Bancos” na Demonstração da Posição Financeira e o saldo de “Caixa e seus Equivalentes” na Demonstração dos Fluxos de Caixa, decompõe-se da seguinte forma em 31 de dezembro de 2017 e de 2016:

A variação na rubrica “Outras Aplicações de Tesouraria” é justificada pela alienação das unidades de participação do Montepio Geral.

4. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS

1.097.931

418

200

1.288.616

(6.690.883)

190.067

(7.979.498)

19.398.086

418

200

19.398.704

19.392.933

-

(5.771)

Depósitos à Ordem

Caixa

Outros Depósitos Bancários

Saldo na Demonstração da Posição Financeira

Saldo na Demonstração dos Fluxos de Caixa

Outras Aplicações de Tesouraria

Descobertos Bancários

2017 2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201738

5.1. NATUREZA DO RELACIONAMENTO COM AS PARTES RELACIONADAS

As Demonstrações Financeiras da empresa são incluídas nas Demonstrações Financeiras consolidadas da José de mello Capital, S.A., que detém o controlo da José de Mello Saúde. A natureza do relacionamento com as partes relacionadas estão evidenciados no quadro seguinte:

5. PARTES RELACIONADAS

Serviços Recebidos/ Transacções RecebidasLocalização

Serviços Prestados/ Transacções RealizadasEmpresa

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

Academia CUF, Lda

JMS - Prestação de Serviços Administrativos e Operacionais A.C.E.

Hospital CUF Torres Vedras, S.A.

Hospital CUF Porto, S.A.

Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.

Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Clinica CUF Belém, S.A.

Loja Saude CUF - Produtos e Serviços de Saude e Bem Estar, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

PPPS - Gestão e Consultoria, S.A.

Hospital CUF Santarém, S.A.

PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A.

José de Mello Capital, S.A.

Clinica CUF Alvalade, S.A.

JMS - Prestação de Serviços Saude, A.C.E.

Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A.

Hospital CUF Viseu, S.A.

Vramondi International Bv

Hospital CUF Cascais, S.A.

Sagies - Segurança, Higiene e Saude no Trabalho, S.A.

Simplygreen - Investimentos Imobiliários, S.A.

Hospital CUF Infante Santo, S.A.

Infrahealth - Gestão de Infraestruturas, Lda.

Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A.

CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Portugal

Outros Instrumentos Financeiros

Serviços Partilhados

Serviços Partilhados

Aluguer Equipamentos

Aluguer Equipamentos

Serviços Partilhados

Empréstimos

Aluguer Equipamentos

Empréstimos

Aluguer Equipamentos

Empréstimos

Empréstimos

Empréstimos

Outros Instrumentos Financeiros

Aluguer Equipamentos

Serviços Partilhados

Serviços Partilhados

Consultoria

Aluguer Equipamentos

Empréstimos

Aluguer Equipamentos

Empréstimos

Aluguer Equipamentos

Empréstimos

Consultoria

Empréstimos

Empréstimos

Empréstimos

Empréstimos

Empréstimos

Medicina no trabalho

Acionistas

Subsidiárias

Outras Partes Relacionadas

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 39

Os rendimentos contabilizados resultam essencialmente de: (i) aluguer de equipamentos às empresas do grupo em regime de sub-locação; (ii) serviços administrativos comuns a todo o grupo (serviços partilhados); (iii) juros de suprimentos. Os principais gastos resultam de gastos decorrentes da legislação referente à medicina no trabalho.

Não foram identificadas imparidades nos saldos a receber.

5.2. TRANSAÇÕES E SALDOS PENDENTES

A quantia das transações e dos saldos pendentes com partes relacionadas são os indicados no quadro seguinte:

Ano

Saldos Devedores Saldos Credores Transações

Contas a Receber

Contas a Pagar

Rendi-mentos

Acionistas / Subsidiárias

Acionistas / Subsidiárias Gastos

Outros Instrumentos Financeiros

Empresa

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

Academia CUF, Lda

Hospital CUF Torres Vedras, S.A.

Hospital CUF Porto, S.A.

Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.

Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Clinica CUF Belém, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

PPPS - Gestão e Consultoria, S.A.

Hospital CUF Santarém, S.A.

PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A.

José de Mello Capital, S.A.

Clinica CUF Alvalade, S.A.

Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A.

Hospital CUF Viseu, S.A.

Vramondi International Bv

Hospital CUF Cascais, S.A.

Hospital CUF Infante Santo, S.A.

Infrahealth - Gestão de Infraestruturas, Lda.

Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A.

CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.

2017

2017 3.247

14.117

1.634

62.321

15.639

198.840

352.530

434.699

500.631

16.700.000

16.500.000

21.600.000

1.112.537

902.712

1.318.419

2.000.000

137.726

15.940

167.139

65.850

31.680 1.927

28.234

742

59.424

3.540

182.463

339.037

302.002

401.529

36.497

54.746

1.081.800

74.237

57.848

666.540

350.867

-

9.987

43.496

4.313

560.983

1.181

54.978

350.043

131.765

252.150

98.179 99.997

81.542

121.104

96.482

4.313

1 910.801 1 135.048

172.754 1.599

127.636

119.912

272.592

131.765 32.681.800 6.454.253

16.700.000

16.500.000

21.600.000

2.000.000

2.000.000 3.000.000

3.000.000 96.597.305 36.973.036 4.003.359 4.024.190

3.170.000 3.170.0003.500.000

6.788.732 6.788.732

175

548

365.000

1.041.121

791.679

1.206.665

3.200.000

139.703

10.101

159.435

28.032

18.804 2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017

2017 122.780 6.500.000

10.000.000 10.000.000 2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

2016

Acionistas

Subsidiárias

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201740

Ano

Saldos Devedores Saldos Credores Transações

Contas a Receber

Contas a Pagar

Rendi-mentos

Acionistas / Subsidiárias

Acionistas / Subsidiárias Gastos

Outros Instrumentos Financeiros

Empresa

JMS - Prestação de Serviços Administrativos e Operacionais A.C.E.

Loja Saude CUF - Produtos e Serviços de Saude e Bem Estar, S.A.

JMS - Prestação de Serviços Saude, A.C.E.

Sagies - Segurança, Higiene e Saude no Trabalho, S.A.

Simplygreen - Investimentos Imobiliários, S.A.

(126.040) 1.418.351 513.188

5.161 1.635

7.976 48.481

328

401.400

401.400 25.176 15.948

77.818 498 81.421 33.014

206 40.026

2017

2017

2017

2017

2017

2016

2016

2016

2016

2016

Outras Partes Relacionadas

5.3. REMUNERAÇÕES DO PESSOAL CHAVE DA GESTÃO

As remunerações do pessoal chave da gestão da Empresa encontram-se descriminadas no quadro seguinte:

As remunerações são referentes aos ordenados recebidos pelos orgãos sociais.

A quantia escriturada bruta, depreciações acumuladas e perdas por imparidade no início e no fim do período é a seguinte:

6. ATIVOS INTANGÍVEIS

464.676

464.676

467.975

467.975

Total de Remunerações

2017 2016

71.262

71.262

71.262

71.262

71.262

-

-

-

71.262

71.262

71.262

71.262

71.262

71.262

-

-

-

71.262

A 1 de janeiro de 2016

A 31 de dezembro de 2016

A 1 de janeiro de 2016

A 31 de dezembro de 2016

A 31 de dezembro de 2017

Aquisições

Depreciações do exercício

Depreciações do exercício

A 31 de dezembro de 2017

Programas de Computador Total Ativos Intangíveis

Custo

Depreciações e Imparidade

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 41

-

-

-

-

-

-

Valor líquido contabilístico

A 31 de dezembro de 2017

A 31 de dezembro de 2016

A 1 de janeiro de 2016

Programas de Computador Total Ativos Intangíveis

A quantia escriturada bruta, depreciações acumuladas e perdas por imparidade no início e no fim do período é a seguinte:

A rubrica “Equipamento Básico” respeita a equipamentos médico-cirúrgicos adquiridos com o objetivo de serem alugados às empresas do grupo. O aumento registado refere-se essencialmente à aquisição de ressonâncias magnéticas.

Não foram identificados indícios de imparidade.

7. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

6.206.301 5.309.252

9.186.5868.206.040

2.183.179 10.695

1.073.677 698.158

2.167.599

1.302.610

3.470.209

1.602.573

2.710.310

1.107.738

(3.472)

789.883 713.610

1.093.922 904.415

5.716.378 5.495.730

4.825.114 4.420.289

5.132.624 4.611.094

6.992.712

2.193.874

6.022.861

254.730 642.319

261.953718.593

171.039 204.480

189.395

207.826

18.431

375.631

552.072

176.441

(3.472)

76.273

18.356 171.151

54.127 166.521

61.863 342.962

83.691 437.840

251.258 718.593

A 1 de janeiro de 2016

A 31 de dezembro de 2017

A 1 de janeiro de 2016

Valor líquido contabilístico

A 31 de dezembro de 2016

A 31 de dezembro de 2017

Aumentos

Aumentos

Revalorizações

Depreciações e Imparidade

Depreciações (nota 21)

Depreciações (nota 21)

A 31 de dezembro de 2017

A 31 de dezembro de 2016

A 1 de janeiro de 2016

A 31 de dezembro de 2016

Equipamento Administrativo

Edifícios e outras construções

Total Ativos Tangíveis

Equipamento Básico

Custo

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201742

8.1. MOVIMENTOS DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS POR PARTICIPADA

O movimento ocorrido no exercício corrente na rubrica de investimentos financeiros é o indicado no quadro seguinte:

8. INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E PARTICIPADAS

TotalInvestimentos

Financeiros2016

% ParticipaçãoDev. Prémios Emissão

Aumentos Prestações Acessórias

Atividade

Total Investimentos

Financeiros 2017

(1.058.706)

(4.473.953)

50.000

50.000

1

8.440.500

Formação

Prestação de Serviços de Saúde

Prestação de Serviços de Gestão

e consultoria na Área da Saúde

Parafarmácia

Gestão de Participações

Sociais

Prestação de Serviços de Saúde

Prestação de Serviços de Saúde

Prestação de Serviços de Saúde

Imobiliária

Prestação de Serviços de Gestão

e consultoria na Área da Saúde

Prestação de Serviços de Gestão

e consultoria na Área da Saúde

Distribuição e comercialização de

medicamentos e dispositivos médicos

Gestão de Participações Sociais

Prestação de Serviços de Saúde

Investigação

Prestação de Serviços de Saúde

Prestação de Serviços de Saúde

Prestação de Serviços de Saúde

5.000

6.357.407

50.000

117.188

0

5.000

6.357.407

50.000

117.188

-

1.164.124

21.536.188

189.958

412.500

50.000

50.000

1

14.454.760

50.000

5.000

12.390.104

8.440.500

1.865.024

100,00%

100,00%

88,00%

100,00%

96,00%

100,00%

100,00%

100,00%

100,00%

100,00%

100,00%

99,00%

100,00%

5,00%

100,00%

100,00%

60,00%

1.164.124

21.536.188

189.958

412.500

-

-

-

18.928.713

50.000

5.000

12.390.104

-

2.923.730

Academia CUF, Lda

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Digihealth, S.A.

Loja Saude CUF - Produtos e Serviços de Saude e Bem Estar, S.A.

Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sgps S.A.

Clinica CUF Alvalade, S.A.

Hospital CUF Infante Santo, S.A.

Hospital CUF Porto, S.A.

Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.

PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A.

PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A.

Centro Logístico - CUF, Unipessoal, Lda.

Vramondi International Bv

Hospital CUF Viseu, S.A.

IBET -Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica

Hospital CUF Santarém, S.A.

CPIS - Clínica Particular de Comibra, S.A.

Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

Subsidiárias

Associadas

8.540.501 (1.058.706) (4.473.953) 67.137.75364.129.913

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 43

Todas as subsidiárias e associadas exercem a sua atividade em Portugal, excepto a Vramondi International, B.V. que exerce a sua atividade na Holanda.

As principais variações na rubrica “Investimentos Financeiros” são justificadas pelos seguintes movimentos:

• Participação na totalidade do capital das sociedades PPPS II – Gestão e Consultoria, S.A. (50.000 Euros) e PPPS III – Gestão e Consultoria, S.A. (50.000 Euros) e Centro Logístico – CUF, Unipessoal, Lda., empresas que foram constituídas em agosto 2017;

• Participação na totalidade do capital da sociedade CPIS – Clínica Particular de Coimbra, S.A., empresa adquirida em dezembro de 2017 pelo montante de 8.440.500 Euros;

• Devolução de prémios de emissão da Vramondi International B.V., no total de 4.473.953 Euros;

• Devolução de Prestações Acessórias da Escala Vila Franca – Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A. no montante de 1.058.706 Euros.

O movimento ocorrido no exercício anterior na rubrica de investimentos financeiros é o indicado no quadro seguinte:

Imparidade

TotalInvestimentos

Financeiros2015

% ParticipaçãoReclassi-ficação

(nota 10)Aumentos Prestações

Acessórias Atividade

Total Inves-timentos

Financeiros 2016

(403.719)

(52.880)

(13.220)

45.000

Formação

Prestação de Serviços de Saúde

Prestação de Serviços de Gestão

e consultoria na Área da Saúde

Parafarmácia

Gestão de Participações

Sociais

Prestação de Serviços de Saúde

Prestação de Serviços de Saúde

Prestação de Serviços de Saúde

Imobiliária

Gestão de Participações

Sociais

Prestação de Serviços de Saúde

Prestação de Serviços de Saúde

Prestação de Serviços de Saúde

5.000

6.357.407

50.000

117.188

0

5.000

6.357.407

50.000

117.188

0

1.164.124

21.536.188

189.958

412.500

18.928.713

50.000

12.390.104

2.923.730

100,00%

100,00%

88,00%

100,00%

96,00%

100,00%

100,00%

100,00%

100,00%

99,00%

100,00%

100,00%

60,00%

1.164.124

21.589.068

203.178

367.500

18.928.713

50.000

12.390.104

3.327.449

Academia CUF, Lda

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Digihealth, S.A.

Loja Saude CUF - Produtos e Serviços de Saude e Bem Estar, S.A.

Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sgps S.A.

Clinica CUF Alvalade, S.A.

Hospital CUF Infante Santo, S.A.

Hospital CUF Porto, S.A.

Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.

Vramondi International Bv

Hospital CUF Viseu, S.A.

Hospital CUF Santarém, S.A.

Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

Subsidiárias

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201744

8.2. INFORMAÇÃO FINANCEIRA RESUMIDA SOBRE AS SUBSIDIÁRIAS

Os ativos, passivos e capital próprio, rendimentos e resultados estatutários das subsidiárias, em 31 de dezembro de 2017 são como se segue:

Academia CUF, Lda

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Digihealth, S.A.

Loja Saude CUF - Produtos e Serviços de Saude e Bem Estar, S.A.

Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sgps S.A.

Clinica CUF Alvalade, S.A.

Hospital CUF Infante Santo, S.A.

Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.

Vramondi International Bv

Hospital CUF Viseu, S.A.

Hospital CUF Santarém, S.A.

Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A.

PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A.

Capital Próprio 2017

(576.280) 334.799 23.310 934.389 934.389 (45.891) 473.771

2.364.122 2.895.406 1.541.585 1.925.063 147.806 1.031.751 9.338.843

16.283.484 62.339.514 18.609.753 41.620.048 23.045.735 13.377.352 114.159.846

16.080.925 49.901.017 18.673.496 24.748.646 27.744.941 9.716.634 98.335.796

(1.143.609) 266.412 6.788.732 1.310.597 6.888.156 (8.584) -

19.786.741 70.742.458 190.641.980 14.157.079 227.440.648 (2.803.267) 4.881.102

(5.258.098) 4.787.820 5.076.822 9.115.402 6.007.339 (2.297.048) 10.467.130

1.297.826 6.182.355 7.699.520 7.508.574 5.075.476 781.760 14.636.629

48.657 50.000 - 1.344 - (1.344) -

48.284 50.000 - 1.716 - (1.716) -

220.133 248.747 20.704 49.318 - 25.363 397.738

9.203.619 22.794.534 12.698.601 17.687.323 8.602.193 1.003.142 65.728.415

Ativo 2017

Corrente CorrenteNão

CorrenteNão

Corrente

Passivo 2017Resultado

Líquido2017

Rédito

(712.775)

140.984

313.203

Investigação

Gestão de infraestruturas de

saúde e parques de estacionamento

Gestão de infraestruturas de

saúde e parques de estacionamento

5.000 5,00%

20,00%

20,00%

5.000

399.572

(140.984)

IBET -Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica

Escala Braga - Sociedade Gestora do Edifício, SA

Escala Parque - Gestão de Estacionamento SA

Associadas

358.203 (975.510) (66.100) 64.129.91364.813.320

Imparidade

TotalInvestimentos

Financeiros2015

% ParticipaçãoReclassi-ficação

(nota 10)Aumentos Prestações

Acessórias Atividade

Total Inves-timentos

Financeiros 2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 45

8.3. IMPARIDADE DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Os pressupostos utilizados nos testes de imparidade foram os seguintes:

• Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer uma estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada;

• Os valores das avaliações são suportados pelos resultados passados e pelas perspetivas futuras de desenvolvimento dos mercados em que o Grupo atua, tendo sido elaboradas projeções a 5 anos dos cash flows futuros para cada um dos negócios, de acordo com os planos definidos pelo Conselho de Administração;

• Cada unidade de prestação de cuidados médicos é uma unidade geradora de caixa, com exceção da Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sgps S.A. que inclui a unidade Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A. que é analisada em conjunto com o Hospital CUF Porto, S.A., dada a complementaridade de serviços prestados e proximidade geográfica, continuando estas duas unidades uma só unidade geradora de caixa.

Foram utilizados os seguintes pressupostos:

A taxa de crescimento da receita é revista anualmente nas projeções de fluxos de caixa. A mesma é calculada para cada unidade geradora de caixa e para cada um dos 5 anos considerados nas projeções, sendo a taxa indicada no quadro acima a taxa de crescimento médio para os 5 anos e para todas as unidade geradoras de caixa.

No exercício de 2017 foram efetuados testes de imparidade às subsidiárias mais relevantes, que concluíram pela inexistência de imparidade em relação ao valor do Investimento Financeiro que se encontra reconhecido, com exceção da imparidade já registada em 2016 referente à empresa S.P.S.D. - Sociedade Portuguesa de Serviços Domiciliários, S.A., no valor de 66 milhares de Euros.

Foram efetuadas análises de sensibilidade às principais variáveis: (i) taxa de desconto (+/-0,5%) e (ii) taxa de crescimento na perpetuidade (+/-0,5%). Os resultados da análise de sensibilidade efectuada não indiciam a existência de imparidade.

Os únicos instrumentos financeiros da Empresa mantidos ao justo valor são os instrumentos financeiros derivados, tal como referido na nota 3, sendo o justo valor destes instrumentos determinado por entidades bancárias, tendo por base inputs observáveis no mercado e de acordo com os modelos e técnicas de avaliação geralmente aceites.

9. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

3,00%

3,00%

6,97%

6,97%

-

1,80%

8,24%

8,24%

Período Taxa de Juro Sem Risco Taxa WaccTaxa de Crescimento

na PerpetuidadeTaxa de Crescimento

da Receita

Explícito

Perpetuidade

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201746

ATIVOS FINANCEIROS

A discriminação dos ativos financeiros pelas diferentes categorias é a indicada nos quadros seguintes:

100.847.068

1.753.134

13.199.329

1.885.798

2.292.714

10.000.000

1.288.616

169.361.037

3.094.216

6.864.409

122.780

3.181.964

16.500.000

19.398.704

Outros Ativos Financeiros

Não corrente

Corrente

Outros Ativos Financeiros

Empréstimos (nota 9.1)

Clientes (nota 9.3)

Empréstimos (nota 9.1)

Acionistas (nota 9.2)

Outras Contas a receber (nota 9.4)

Outros Instrumentos Financeiros (nota 9.5)

Caixa e Depósitos Bancários (nota 3)

169.361.037

49.162.072

100.847.068

30.419.591

2017 2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 47

9.1. OUTROS ATIVOS FINANCEIROS

À data de 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica de outros ativos financeiros tinha a seguinte decomposição:

9.2. ACIONISTAS

À data de 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica de acionistas tinha a seguinte decomposição:

21.600.000

480.000

2.000.000

12.608.059

16.500.000

20.831

4.003.359

-

24.364.977

-

16.700.000

-

3.200.000

90.440

2.690.000

-

6.788.732

-

3.000.000

-

21.600.000

480.000

2.000.000

2.828.000

16.500.000

-

4.003.359

175

93.769.305

55.359

16.700.000

3.500.000

2.000.000

-

2.690.000

548

6.788.732

328

2.944.642

365.000

Empréstimos a Subsidiárias

Ativo Não corrente

Ativo Corrente

Hospital CUF Porto, S.A.

Hospital CUF Santarém, S.A.

PPPS - Gestão e Consultoria, S.A

Imohealth - Investimentos Imobiliários, S.A.

Hospital CUF Infante Santo, S.A.

Hospital CUF Viseu, S.A.

Hospital CUF Viseu, S.A.

PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A

Imohealth - Investimentos Imobiliários, S.A.

INFRAHEALTH - Gestão de Infraestruturas, Lda

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

Hospital CUF Cascais, S.A.

Manuel Guimarães, Lda

Hospital CUF Santarém, S.A.

PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A

Valir, SGPS, S.A.

Simply Green - Investimentos Imobiliários, S.A.

INFRAHEALTH - Gestão de Infraestruturas, Lda

CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.

Empréstimos a Subsidiárias

169.361.037

6.864.409

100.847.068

13.199.329

2017 2016

122.780

1.763.018

122.780

-

José de Mello Capital, S.A.

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

122.780 1.885.798

Ativo Corrente

2017 2016

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201748

9.3. CLIENTES

A quantia total escriturada relativamente a clientes encontra-se decomposta no quadro seguinte:

9.4. OUTRAS CONTAS A RECEBER

Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica de “Outras contas a Receber” decompõe-se conforme quadro seguinte:

Antiguidade e Imparidade de Clientes

A antiguidade de clientes decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:

Não foram identificadas imparidades nos saldos de clientes.

1.753.1343.094.216Clientes

2017 2016

-

173.577

--

252.150 -

2017 3.094.216 818.258 1.834.830 441.128

1.753.134 562.335 520.444 244.628 2016

Ano TotalDívida não

vencida≤ 180 Dias

Dívida vencida

181-365 Dias 546-730 Dias366-545 Dias >730

1 963.238

59.857

31.171

753

195.200

-

35.945

5.199

1.350

2.644.761

63.201

-

663

150.378

272.229

34.518

715

15.498

Devedores por acréscimos de rendimentos

Gastos a reconhecer

Pessoal

Outros devedores

Juros a receber

Rendas

Informática

Outros

Seguros

Juros

Outros

2017 2016

3.181.964 2.292.714

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 49

9.5. OUTROS INSTRUMENTOS FINANCEIROS

O montante de 16,5 milhões de euros refere-se a obrigações emitidas pela Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A e pela José de Mello Capital, S.A.:

A rubrica “Juros a receber” refere-se aos juros de suprimentos e carências debitados às unidades do grupo com as quais a empresa apresenta saldo, bem como aos juros das obrigações emitidas pela Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A. e José de Mello Capital, S.A. (nota 9.5).

A 29 de dezembro de 2017, as obrigações da José de Mello Capital, S.A. (10 milhões de euros) e da José de Mello Participações II (10 milhões de euros), até então detidas pelo Hospital CUF Descobertas, S.A., foram adquiridas pela José de Mello Saúde, S.A., pelo valor total de 20 milhões de euros.

Ainda em dezembro foram reembolsados 13,5 milhões de euros, permanecendo em dívida o montante de 6,5 milhões de euros referentes ao contrato original com a José de Mello Capital, S.A., cujo prazo de reembolso foi modificado para junho de 2022.

Estas obrigações têm uma put option (Opção de venda) que confere à Empresa o direito ao resgaste a qualquer momento do montante em causa, razão pela qual as mesmas estão classificadas como ativo corrente.

A opção de venda foi registada ao valor nominal, não existindo qualquer derivado associado à mesma.

Não existem indícios de imparidade dos montantes das obrigações acima indicados.

16.500.000 10.000.000

10.000.000

-

10.000.0002020

2022 6.500.000

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

José de Mello Capital, S.A.

2017Ano VencimentoEmitente 2016

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201750

PASSIVOS FINANCEIROS

A discriminação dos passivos financeiros pelas diferentes categorias é a indicada nos quadros seguintes:

158.189.064

623.336

190.385.668

17.729.624

23.774.495

105.303.388

843.016

107.604.508

23.701.092

32.221.663

2.970.211

843.016

-

6.454.253

102.333.177

-

2.301.120

1.043.783

777.810

3.456.905

623.336

29.869.000

2.812.800

154.732.159

-

1.627.604

1.431.991

1.591.862

700.000

14.700.000

5.771

2.608.736

13.900.000

7.979.498

1.223.302

Financiamentos Obtidos

Fornecedores

Financiamentos Obtidos

Não corrente

Corrente

Financiamentos obtidos através de locações (nota 13)

Fornecedores, conta corrente

Outros passivos financeiros (nota 9.8)

Outros passivos financeiros (nota 9.8)

Outros Financiamentos (nota 9.7)

Fornecedores, faturas em recepção e conferência

Instrumentos financeiros derivados (nota 9.10)

Financiamentos obtidos através de locações (nota 13)

Outros Financiamentos (nota 9.7)

Outras contas a pagar (nota 9.9)

Papel Comercial (nota 9.6)

Descobertos Bancários (nota 4)

Outras contas a pagar (nota 9.9)

2017 2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 51

9.6. PAPEL COMERCIAL

A empresa tem contratado três programas de papel comercial com o limite de 36 milhões de euros. Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 estes passivos tinham o seguinte detalhe:

Apesar de existirem programas com maturidade superior a 1 ano, existem renovações anuais, pelo que o Papel Comercial é todo classificado como corrente.

O programa de papel comercial do Banco Finantia contém covenants financeiros que são comuns nos contratos de financiamento. Estes contratos têm incluídas obrigações de cumprimento dos seguintes rácios de endividamento: Dívida Financeira Líquida / EBITDA.

Em 31 de dezembro de 2017 a José de Mello Saúde, S.A. cumpria os covenants financeiros no programa de papel comercial do Banco Finantia.

9.7. OUTROS FINANCIAMENTOS

A rubrica “Outros Financiamentos” tinha a seguinte decomposição em 31 de dezembro de 2017 e de 2016:

Empresa Contratante

Montante Nominal

contratadoCorrente Corrente Maturidade

Não Corrente

Não Corrente

Periodicidade

Montante por Liquidar 2017

Montante por Liquidar 2016

Amortização

Taxa de juro

Euribor do prazo + 1,75%

Euribor do prazo + 2,00%

1%

Euribor do prazo + 0,85%

6.000.000

10.000.000

10.000.000 9.700.000 4.900.000

- 3.000.000- - Nov. 2019 Anual

- - Dez.2018 Anual

- 6.000.000- - Jan.2019 Anual

- - Mar. 2021 Única

10.000.000 5.000.000 -

Banco BIC

Banco Finantia

Montepio Geral

Bankinter

36.000.000 14.700.000 - 13.900.000 -

154.732.159 102.333.177

99 494 476

2 838 701

150.153.144

4.579.015

Outros Financiamentos

Não corrente

Empréstimos por Obrigações

Financiamentos Bancários

2017 2016

1.591.862 777.810

-

777.810

-

1.591.862

Outros Financiamentos

Corrente

Empréstimos por Obrigações

Financiamentos Bancários

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201752

Empréstimos por Obrigações

Os Empréstimos por obrigações dizem respeito às seguintes emissões:

Em setembro de 2017 foi emitido pela José de Mello Saúde, S.A. um novo empréstimo obrigacionista de taxa fixa, no montante de 50 milhões de euros, tendo sido solicitada a admissão à negociação das Obrigações no mercado regulamentado da Luxembourg Stock Exchange e na Euronext Lisbon.

Estes contratos têm incluídas obrigações de cumprimento dos seguintes rácios de endividamento: Dívida Financeira Líquida / EBITDA.

Em 31 de dezembro de 2017 a José de Mello Saúde, S.A. cumpria os covenants financeiros em todos os empréstimos por obrigações.

Financiamentos Bancários

Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, o saldo desta rubrica decompõe-se da seguinte forma:

O indexante de referência usado nos contratos de financiamento é a taxa EURIBOR, cujo prazo varia entre 6M e 12M, tendo um spread dentro dos valores praticados no mercado.

Não existem covenants financeiros associados aos financiamentos bancários. Estes financiamentos têm associado uma garantia: livrança em branco, com vista à titulação e facilitação da cobrança do empréstimo.

9.8. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS

A rubrica de outros passivos financeiros decompõe-se do seguinte modo:

1.591.862 4.579.015 777.810 2.838.701

Conta Corrente Caucionada

Mútuo

-

2.838.701

--

4.579.015 777.810

-

1.591.862

Financiamento

Montante por Liquidar em 2016Montante por Liquidar 2017

Corrente Corrente Não Corrente Não Corrente

32.681.800 6.454.253

-

6.454.253

29.869.000

2.812.800

Empréstimos de subsidiárias

Empréstimos de subsidiárias

Não corrente

Passivo Corrente

Vramondi International B.V.

Vramondi International B.V.

2017 2016

50.000.000 10.000 09/06/19 Euribor 6M + 3,875%

50.000.000 10.000 17/05/21 Euribor 6M + 2,95%

50.000.000 10.000 28/09/23 4%

José de Mello Saúde 2014/2019

José de Mello Saúde 2015/2021

José de Mello Saúde 2017/2023

Valor Total Empréstimo

Valor Nominal (obrigação)

Vencimento Taxa de JuroEmissões

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 53

9.9. OUTRAS CONTAS A PAGAR

As Outras contas a Pagar discriminam-se como segue:

O montante registado na rubrica “Outros Credores” respeita essencialmente à aquisição da CPIS – Clínica Particular de Coimbra.

9.10. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Em 2014, a José de Mello Saúde, S.A. tinha a quase totalidade dos seus financiamentos indexados a taxas variáveis. Com o objetivo de reduzir o risco de exposição a variações de taxa de juro, foram contratadas em maio, junho e julho de 2015 “Swaps” de taxas de juro, “plain vanilla”, que cobrem 100% dos montantes dos empréstimos obrigacionistas emitidos em junho de 2014 e em maio de 2015 no montante de 100 milhões de Euros no total. Os “Swaps” contratados respeitam as características das referidas emissões de obrigações por forma a serem considerados produtos de cobertura (mesmo indexante, mesmo período e prazos de pagamento de juros). Na data de pagamento de juros, a Empresa recebe juros indexados à Euribor 6 meses para 100% do capital das obrigações e paga juros a taxa fixa sobre o mesmo montante.

Os 50M relativos a empréstimos obrigacionistas, emitidos em setembro de 2017 não têm associado nenhum instrumento financeiro derivado, por terem uma taxa fixa divulgada na nota 9.7.

Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 o justo valor dos derivados financeiros contratados pode ser apresentado como se segue:

2.608.736

700.000

1.223.302

300

-

611.530

562.913

40.169

700.000

33.607 8.391

-

144

22.396

2.212.415

340.174

Outras contas a pagar

Outras contas a pagar

Pessoal

Credores por acréscimos de gastos

Não corrente

Corrente

Outros credores

Fornecedores de investimento

Seguros

Outros

Remunerações a liquidar

Outros credores

2017 2016

- - 1.627.604 2.301.120

Derivados designados como cobertura de fluxos de caixa

Swap taxa de juro

2016 Passivo2017 Passivo

Corrente Corrente Não Corrente Não Corrente

1.627.604 2.301.120 Total de derivados passivos

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201754

O valor reconhecido nesta rubrica refere-se a seis contratos de “Swap” de taxa de juro contratados pela empresa, com o objetivo de cobrir o risco de flutuação das taxas de juro.

As características dos instrumentos financeiros derivados contratados associados a operações de financiamento em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 eram as seguintes:

O justo valor dos derivados de cobertura são classificados como não correntes, quando a maturidade da operação de cobertura é superior a 12 meses, e como corrente quando a maturidade da operação alvo de cobertura é inferior a 12 meses.

A periodicidade dos fluxos pagos e recebidos dos instrumentos financeiros de cobertura derivados é semestral:

A Empresa procede à cobertura de uma parcela de pagamentos futuros de juros de emissões obrigacionistas, através da designação de “Swaps” de taxa de juro em que paga uma taxa fixa e recebe uma taxa variável, com um notional de 100 milhões de Euros. Esta é uma cobertura do risco de taxa de juro associado aos pagamentos de juros à taxa variável decorrentes de passivos financeiros reconhecidos. O risco coberto é o indexante da taxa variável ao qual estão associados os juros dos financiamentos. O objetivo desta cobertura é transformar os empréstimos de taxa de juro variável em taxa de juro fixa. O justo valor dos “Swaps” de taxa de juro, em 31 de dezembro de 2017, é negativo em 1.627.604 Euros.

(1.627.604) (2.301.120)

(273.774)

(130.616)

(566.865)

(313.183)

(237.253)

(105.913)

25 000 000

12 500 000

25 000 000

12 500 000

12 500 000

12 500 000

Eur

Eur

Eur

Eur

Eur

Eur

jun/19

jun/19

mai/21

mai/21

mai/21

jun/19

Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista

Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista

Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista

Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista

Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista

Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista

(403.663)

(191.344)

(788.611)

(432.585)

(334.886)

(150.030)

Swap’s de taxa de juro

Swap 13121-001

Swap 13136-001

Swap 13121-002

Swap 13137-001

Swap 13152-001

Swap 13153-001

Justo valor

Objetivo Económico 2017MaturidadeMoedaNocional

Derivados designados como cobertura

de fluxos de caixa 2016

19/05/15 19/05/15 23/06/15 23/06/15 30/07/15 30/07/15

21/05/15 21/05/15 25/06/15 25/06/15 31/07/15 31/07/15

09/06/19 17/05/21 25/06/15 17/05/21 17/05/21 09/06/19

25.000.000 25.000.000 12.500.000 12.500.000 12.500.000 12.500.000

Trade Date

Effective Date

Termination Date

Notional Amount

SWAP’s

13121-001 13121-002 13136-001 13137-001 13152-001 13153-001Ref

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 55

Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, a rubrica de Ativos não Correntes detidos para venda decompõe-se do seguinte modo:

10. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

É intenção da José de Mello Saúde, S.A. proceder à transmissão da sua participação no capital social, juntamente com todos os direitos e obrigações a estes inerentes, das seguintes entidades:

• Escala Braga - Sociedade Gestora do Edifício, S.A. (20%);

• Escala Parque – Gestão de Estacionamento, S.A. (20%).

Para o efeito, em 2016 foi assinado um contrato de compra e venda de ações e prestações suplementares com um investidor, sendo que a conclusão da transação continua dependente da autorização da Entidade Pública Contratante (Administração Regional de Saúde).

A Long Stop Date prevista contratualmente para a obtenção desta autorização foi prorrogada. No entanto, ainda não foi obtida a autorização da ARS – Administração Regional de Saúde à transmissão das participações. As partes envolvidas mantêm a intenção da venda das participações. A Empresa considera que o processo de aprovação estará concluído durante o ano de 2018.

O impacto esperado da venda das referidas participações é estimado em aproximadamente 5.915 milhares de euros.

11.1. CAPITAL SOCIAL

O capital social encontra-se integralmente subscrito e realizado, dividido em 10.600.000 ações, no valor de 5 Euros cada, e que se divide da seguinte forma:

11. CAPITAL

-

-

-

-

Escala Braga - Soc. Gestora do Edifício, S.A.

Escala Parque - Gestão de Estacionamento, S.A.

- -

Ativos não correntes detidos para venda

2017 2016

ValorValor QuantidadeQuantidade % Participação% Participação

Capital

34.900.500

15.900.000

2.199.500

53.000.000

34.900.500

15.900.000

2.199.500

53.000.000

6.980.100

3.180.000

439.900

10.600.000

6.980.100

3.180.000

439.900

10.600.000

65,85%

30,00%

4,15%

100%

65,85%

30,00%

4,15%

100%

José de Mello Capital, S.A.

Fundação Amélia da Silva de Mello

Farminveste-Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

20162017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201756

11.2. VARIAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO

As principais variações ocorridas nos Capitais Próprios estão relacionadas com a aplicação do Resultado Líquido do ano anterior, no valor de 29.103.683,29 Euros, conforme ata 55 da assembleia geral:

• Transferência para Resultados Transitados no montante de 9.740.499,13 Euros;

• Constituição de Reservas Legais no valor de 1.455.184,16 Euros;

• Distribuição de Dividendos Antecipados no montante de 11.408.000 Euros;

• Distribuição de Dividendos no montante de 6.500.000 Euros.

11.3. RESERVAS E OUTRAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO

As Reservas e outras rubricas do capital próprio registaram os seguintes movimentos durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016:

A Reserva legal não está totalmente constituída nos termos da lei (20% do capital social), pelo que se procedeu à dotação do valor mínimo estipulado (5% do resultado líquido). A variação nas “Outras Reservas” respeita ao reconhecimento de ganhos com operações de cobertura.

O valor registado em “Ajustamentos em Ativos Financeiros” inclui os ajustamentos relacionados com a aplicação do método da equivalência patrimonial de anos anteriores, nomeadamente a apropriação das variações nos capitais próprios das participadas e lucros não atribuídos.

11.4. DIVIDENDOS

Conforme deliberação do Conselho de Administração realizada em 29 de novembro de 2017, no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 foram pagos dividendos antecipados no montante de 14,1 milhões de euros, sobre o balanço intercalar elaborado em 31 de outubro de 2017.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2016 haviam sido pagos dividendos antecipados no montante de 11,4 milhões de euros.

Em 2017 foram pagos dividendos sobre o exercício de 2016 no montante de 6,5 milhões de euros.

4.356.460

5.811.644

(2.288.872)

(1.249.145)

30.271.560

40.012.059

(37.434.593)

(37.434.593)

-

-

(37.434.593)

(37.434.593)

14.350.000

-

(1.475.560)

(2.288.872)

17.593.209

9.740.499

(14.350.000)

12.678.352

30.271.560

3.430.501

4.356.460

925.958

1.455.184

517.752

(813.312)

521.975

1 de janeiro de 2016

1 de janeiro de 2017

Aplicação dos resultados

Aplicação dos resultados

Devolução de Prestações Acessórias

Outras operações

Regularizações por resultados

Variação do MTM referente aos instrumentos financeiros de cobertura (nota 9.10)

Variação do MTM referenteaos instrumentos financeirosde cobertura (nota 9.10)

31 de dezembro de 2016

31 de dezembro de 2017

Ajustamentos em Ativos Financeiros

Outras ReservasReservas LegaisOutros Instrumentos

Capital Próprio Resultados Transitados

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 57

As contas de Estado e Outros Entes Públicos apresentam a seguinte decomposição:

Os passivos por locação financeira têm as seguintes maturidades a 31 de dezembro de 2017:

12. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

13.1. LOCAÇÕES FINANCEIRAS

A Empresa tem contratos de locação financeira para vários itens dos seus Ativos Fixos Tangíveis, incluídos na Demonstração da Posição Financeira. Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, a Empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira, para cada categoria de ativo:

13. OBRIGAÇÕES DECORRENTES DE CONTRATOS DE LOCAÇÃO

29.108

13.364.148

26.392

20.024.203

19.606.734

417.469

11.037

15.355

12.847.972

516.175

13.232

15.876

Saldo a Receber

Retenções Imposto sobre Rendimento

Estado e Outros Entes Públicos

Saldo a Pagar

Imposto sobre o rendimento

IVA

Contribuição para a Segurança Social

2017 2016

5.316.293 4.396.067

56.194

4.339.872

28.097

5.288.196

Tangiveis

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

2017 2016

5.101.889 212.993 4.888.896

1.431.991101.013

3.456.905111.980

--

1.533.004

3.568.884

-

Inferior a 1 ano

Entre 1 e 5 anos

Superior a 5 anos

Pagamentos Mínimos

Juros Capital

2017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201758

13.2. LOCAÇÕES OPERACIONAIS

Em 31 de dezembro de 2017, as principais responsabilidades da Empresa com contratos de locação operacional respeitam à renda do escritório e viaturas. Os montantes totais dos pagamentos mínimos futuros são os seguintes:

No exercício findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram reconhecidos custos de 760.956 euros e 726.828 euros, respectivamente relativos a contratos de locação operacional. O contrato relativo ao escritório tem um termo de renovação de 5 anos.

Em 2016 não foi possível obter o detalhe dos pagamentos mínimos das locações operacionais e financeiras. No entanto, as locações operacionais registadas respeitavam também a contratos relativos ao escritório, estaciona-mentos e viaturas, e os valores são semelhantes aos registados em 2017.

Provisões

O movimento ocorrido nas provisões, por cada rubrica, encontra-se refletido no quadro seguinte:

A redução face a 2016, no montante de 97 mil euros, refere-se à venda da subsidiária Manuel Guimarães, que ocorreu em Março de 2017.

O valor registado em “Responsabilidades com subsidiárias” refere-se a responsabilidades adicionais na subsidiária Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.. Esta estimativa requer o exercício de julgamento significativo sobre os custos e proveitos da referida subsidiária até ao termo do contrato de parceria publico-privado em agosto de 2019. A estimativa de proveitos inclui a comparticipação dos programas verticais de financiamento do HIV e esclerose múltipla, sendo firme convicção da administração que o resultado no processo arbitral intentado pela Escala Braga contra o Estado – ARS Norte será favorável.

14. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES

740.705 1.452.695 -

-43.386

-1.409.309

36.051

704.654

Viaturas

Escritório

Inferior a 1 ano Entre 1 e 5 anos Superior a 5 anos

2017

22.113.016

15.846.938

342.811

342.811

(6.266.078)

(14.024)

-

-

21.770.205

15.504.127

(6.266.078)

(14.024)

A 1 de janeiro de 2016

A 1 de janeiro de 2017

Reversões do ano

Utilizações no ano

Responsabilidades com subsidiárias

Outras Provisões TOTAL

15.504.127

15.490.103

342.811

342.811

15.846.938

15.832.914

A 31 de dezembro de 2016

A 31 de dezembro de 2017

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 59

Os impostos diferidos considerados no rendimento integral respeitam somente aos derivados de cobertura de fluxos de caixa.

As quantias de ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para cada período são as indicadas no seguinte quadro:

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o gasto por impostos correntes e diferidos é o indicado no quadro seguinte:

15. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

27.373

(3.077.291)

(155.623)

(2.487.707)

(2.332.084)

(182.995)

27.373

(3.104.664)

-

27.373

Imposto Corrente

Imposto Diferido

IRC do ano

Instrumentos Financeiros de cobertura (Swap’s)

Benefícios de Reforma

2017 2016

201720172017 201620162016

Impostos Diferidos Ativos

874.938 1.053.852 (27.373) 155.623 (151.541) -

Instrumentos Financeiros de cobertura (Swap’s)

Rendimento IntegralDemonstração ResultadosContas Balanço

Benefícios de Reforma

366.211

508.727

517.752 - 182.995 (151.541) -

536.100 (27.373) (27.373) - -

O montante de impostos diferidos ativos respeitantes aos Benefícios de Reforma, respeita a um seguro de rendas vitalícias contratado pela José de Mello Saúde, S.A. em janeiro de 2016. Este seguro permitiu dar cumprimento a um contrato existente desde 2000, onde se responsabilizou por assegurar um pagamento vitalício de uma renda a uma colaboradora que se reformou pela Segurança Social em 1 de janeiro de 2016. O montante do prémio comercial foi liquidado em 28 de janeiro de 2016 à companhia de seguros e ascendeu a 2.504.321 Euros.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201760

Reconciliação da Taxa Efetiva de Imposto

A reconciliação numérica entre a taxa média efetiva de imposto e a taxa de imposto aplicável é a indicada no quadro seguinte:

21,00%

-

-

23.913.683

93.996

21,00%

(2.406.946)

(4.105.724)

74.861

6.266.078

103.132

454.187

250

-

-

13.797

23.309

212.893

12.212

223.706

129.744

-

5.589.355

(2.332.084)

-8,76%

26.615.976

21,00%

97.000

94.766

31.493.755

6.709

21,00%

(3.702.080)

(5.630.635)

79.665

-

103.105

-

1.871

-

517.752

-

-

735.428

583

8.787

11.579

8.838

5.560.146

(3.104.664)

-11,73%

26.476.884

Taxa Nominal de Imposto

Matéria colectável / Prejuizo fiscal imputado por ACE

Matéria colectável / lucro tributável imputado por ACE

Prejuízo Fiscal/Lucro tributável

Tributação autónoma

Reversão de provisões tributadas

Menos Valias Contabilísticas

Eliminação da dupla tributação

Donativos

Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal

Poupança Fiscal

Reversão de provisões tributadas

Depreciações e amortizações não aceites como gasto

Anulação do Metodo de equivalencia patrimonial

Multas, coimas e juros compensatórios

Imposto calculado

Outros

Beneficios Fiscais

Realizações de utilidade social não dedutíveis

Restituição de impostos não dedutíveis e excesso da estimativa para impostos

Encargos de viaturas sem condutor

Outros

Correções relativas a exercícios anteriores

Outros

Resultado antes de impostos

Proveitos não tributáveis

Custos não dedutíveis para efeitos fiscais

2017

Base de imposto

2016

IMPOSTO SOBRE O LUCRO À TAXA NOMINAL

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

TAXA EFETIVA DE IMPOSTO

32.334.971

227.452

31.084.343

362.644

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 61

O rédito discrimina-se da seguinte forma:

Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:

O detalhe dos Gastos com Pessoal é o indicado no quadro seguinte:

As prestações de serviços respeitam às rendas de sublocação faturadas às unidades do grupo, relativas ao aluguer de equipamentos médicos.

A rubrica “Outros não especificados” inclui o valor da renda do escritório que é refacturada à JMS – Prestação de Serviços Saúde, A.C.E., bem como serviços de consultoria prestados a empresas do grupo.

O número de pessoas ao serviço da entidade em 31 de dezembro de 2017 foi de 19 (2016: 14 pessoas).

16. SERVIÇOS PRESTADOS

17. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

18. GASTOS COM PESSOAL

1 400 283 1 786 383 Serviços

1 786 383 1 400 283

Prestações de Serviços

2017 2016

2.330.052 1.216.255

-

-

82.394

102.050

212.893

818.918

20.000

177.666

43.034

698.136

37.293

1.353.924

Rendimentos Suplementares

Rendimentos e Ganhos em empresas do grupo e associadas

Outros

Alienações

Correções relativas a períodos anteriores

Restituição Impostos

Excesso da Estimativa para impostos

Outros não especificados

Outros

2017 2016

2.728.515 1.137.733

464.676

33.633

-

37.000

117.868

481.634

2 922

467.975

-

-

33.808

115.890

2.109.346

1.495

Remunerações

Remunerações dos Órgãos Sociais

Remunerações do Pessoal

Benefícios de Reforma

Encargos sobre Remunerações

Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais

Outros gastos com o Pessoal

Gastos de ação social

2017 2016

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201762

Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:

A rubrica “Trabalhos Especializados” engloba essencialmente honorários relativos a consultores e advogados.

19. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

3.990.572 3.181.056

11.884

793.178

897.249

896.425

31.268

-

922

7.395

3.663

236.471

34.794

6.737

-

-

2.228

146.930

55.915

51.949

4.048

23.242

1.045.380

933.103

1.256.724

16.131

12.529

917

2.780

25.002

508.619

41.759

13.233

-

1.585

7.381

1.500

74.049

17.136

9.501

Subcontratos

Serviços especializados

Serviços diversos

Trabalhos especializados

Rendas e alugueres

Publicidade e propaganda

Comunicação

Despesas de representação

Honorários

Seguros

Limpeza, Higiene e Conforto

Conservação e reparação

Contencioso e notariado

Outros

Ferramentas e utensílios

Material de escritório

Energia e Fluídos

Deslocações, estadas e transportes

Livros e Documentação Técnica

Artigos para oferta

Electricidade

Deslocações e estadas

Combustíveis

Materiais

2017 2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 63

Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:

Conforme mapa seguinte os gastos com depreciações e amortizações totalizam 1.302.610 euros em 2017 e 1.093.922 euros em 2016:

Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:

20. OUTROS GASTOS E PERDAS

21. GASTOS/REVERSÕES DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO

22. JUROS E GASTOS SIMILARES OBTIDOS

230.412

94.766

291.765

371.117

371.117

19.823

-

-

129.744

240

5.069

115.000

21.890

94.766

83.147

13

82.656

11.579

188

500

36.000

16.328

Gastos e Perdas em empresas do grupo e associadas

Ajustamento Ativos Financeiros

Impostos

Gastos e Perdas em Investimentos Não Financeiros

Dívidas incobráveis

Correções relativas a períodos anteriores

Multas não fiscais

Donativos

Quotizações

Outros

Outros

Multas e penalidades

Outros Gastos e Perdas

2017 2016

1.302.610 1.093.922

1.093.922 1.302.610

Gastos de depreciação e de amortização

Ativos Fixos Tangíveis (nota 7)

2017 2016

36.508.629 27.941.863

42.586

93.838

3.739.170

24.066.269

5.271

93.582

4.916.021

31.493.755

Juros Obtidos

Dividendos Obtidos

De Depósitos

De outras aplicações de Meios Financeiros Líquidos

De Financiamentos concedidos a Subsidiárias

2017 2016

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201764

Os juros obtidos relativos a financiamentos concedidos a Subsidiárias detalham-se do seguinte modo:

Os dividendos obtidos em 2017 e 2016 detalham-se conforme quadro seguinte:

4.916.021 3.739.170

123.106

119.912

1.599

4.313

96.482

634.766

130.735

642.460

849.719

1 135.048

1.030

128.844

127.636

161.229

121.104

81.542

664.352

272.592

672.405

874.769

1.810.801

748

Hospital CUF Cascais, S.A.

Hospital CUF Santarém, S.A.

PPPS - Gestão e Consultoria, S.A.

InfraHealth - Gestão de Infraestruturas, Lda

Hospital CUF Viseu, SA.

Hospital CUF Infante Santo, S.A.

Instituto CUF - Tratamento e Diagnóstico, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Hospital CUF Porto, S.A.

Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.

Valir - Sociedade Gestora de Participações, S.A.

2017 2016

31.493.755 24.066.269

3.637.101

7.946.650

145.361

-

1.209.919

32.360

88.636

10.999.016

7.225

5.046.043

9.823.100

156.675

183.586

1.064.336

41.026

-

15.178.989

-

Hospital CUF Cascais, S.A.

Hospital CUF Infante Santos, S.A.

Escala Parque - Gestão de Estacionamento, S.A.

Clínica CUF Alvalade, S.A.

Hospital CUF Santarém, S.A.

Loja Saúde CUF - Produtos e Serviços de Saúde e Bem Estar, S.A.

Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

InfraHealth - Gestão de Infraestruturas, Lda

2017 2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 65

Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:

Os “Outros” juros suportados respeitam aos juros dos instrumentos de cobertura contratados (nota 9.10).

23. JUROS E GASTOS SIMILARES SUPORTADOS

À data de 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016 a entidade tem em carteira as seguintes garantias prestadas:

(a) “Reposição das condições iniciais do terreno” no âmbito da Expansão do Hospital CUF Descobertas.(b) Acordo de subscrição e realização de capital.(c) Avalista no Mútuo da Imo Health – Investimentos Imobiliários, S.A.. (d) Avalista no leasing da Imo Health – Investimentos Imobiliários, S.A., relativo ao edifício da Travessa do Castro.

24. COMPROMISSOS FINANCEIROS COM GARANTIAS

5.898.305 4.809.044

3.516.061

130.678

685.545

447.057

4.363.719

131.448

828.512

574.626

Juros Suportados

Outros Gastos e Perdas de Financiamento

De Financiamentos Obtidos

De Locações Financeiras

Outros

Outros

2017 2016

23.559.195 17.703.195

Câmara Municipal de Lisboa (a)

Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A. (c)

Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A. (d)

Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A. (b)

Data Emissão2017Beneficiário Data Validade2016Banco

Santander Totta

BIC

BIC

Novo Banco

303.195

5.856.000

15.000.000

2.400.000

303.195

-

15.000.000

2.400.000

24/05/2016

28/06/2017

31/12/2014

19/05/2011

24/05/2020

28/06/2025

25/12/2029

-

Estas demonstrações financeiras individuais foram autorizadas para emissão a 22 de março de 2018 pelo Conselho de Administração.

Desde 31 de dezembro de 2017 e até essa data não ocorreram quaisquer factos que não estejam já ajustados e/ou divulgados nas demonstrações financeiras.

De acordo com o exigido pelo n.º5 do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), não existem operações não incluídas na Demonstração da Posição Financeira pelo que não há lugar à divulgação da respetiva natureza, objectivo comercial, impacto financeiro ou riscos e benefícios.

25. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA

26. DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 71

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS CONTAS INDIVIDUAIS

Senhores Acionistas,

Nos termos legais e estatutários vem o Conselho Fiscal da José de Mello Saúde S.A., com sede em Av. do Forte, nº 3 - Edifício Suécia III, Piso 2, 2790-073 Carnaxide, apresentar o relatório sobre a sua ação fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentados pela Administração em relação ao exercício findo em 31 dezembro 2017.

1. Procedemos, nos termos legais e estatutários:

• à aprovação do Plano de atividades para 2018;

• à fiscalização dos atos da Administração, através de reuniões com a direção de auditoria interna, a direção financeira, a direção de planeamento estratégico, controlo de gestão e inovação, direção de sistemas de informação e a direção de desenvolvimento organizacional e qualidade, tendo obtido os esclarecimentos e conforto considerados necessários;

• à verificação da observância da lei e do cumprimento do contrato da sociedade;

• à avaliação sobre se as políticas contabilísticas e critérios de valorimetria/mensuração adotados pela sociedade estão de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites, e conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados;

• à avaliação da eficácia do sistema de controlo interno implementado pela Administração;

• à fiscalização do processo de preparação e divulgação da informação financeira;

• à verificação da exatidão da Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo do exercício de 2017;

• à apreciação do Relatório de Gestão emitido pela Administração, e da proposta de aplicação de resultados nele inserta;

• à apreciação do trabalho realizado pelo Revisor Oficial de Contas conducente à revisão legal e a serviços adicionais;

• à verificação dos termos da Certificação Legal das Contas, o Relatório de Auditoria e o Relatório Adicional ao Órgão de Fiscalização, emitidos pela Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A., tendo concluído que o seu conteúdo merece o nosso acordo.

2. A ação fiscalizadora desenvolvida permite-nos concluir que:

• os atos da Administração do nosso conhecimento salvaguardam o cumprimento da lei e do contrato da sociedade;

• não tomamos conhecimento de situações que possam pôr em causa a adequação e eficácia do sistema de controlo interno implementado pela Administração no controlo dos riscos a que a sociedade está exposta;

• a contabilidade e as contas satisfazem as disposições legais, estatutárias e regulamentares aplicáveis, refletem a atividade desenvolvida e conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados da sociedade;

• o Relatório de Gestão é concordante com as contas apresentadas e expõe com fidelidade a evolução da atividade e dos negócios no exercício;

• o Relatório divulgado inclui os elementos referidos no artigo 245º-A do Código de Valores Mobiliários sobre a estrutura e práticas do governo societário;

• a Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo do exercício de 2017, satisfazem os requisitos legais e contabilísticos aplicáveis;

• a auditoria às demonstrações financeiras realizada pelo Revisor Oficial de Contas foi adequada às circunstâncias, e os serviços adicionais não comprometeram a sua independência;

• a proposta de aplicação de resultados é adequada e encontra-se devidamente fundamentada.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201772

José Manuel Gonçalves de Morais Cabral

(Presidente)

João Filipe de Moura-Braz Corrêa da Silva

(Vogal)

José Luís Bonifácio Lopes

(Vogal)

3. Podemos assim declarar:

• a nossa concordância com o teor da Certificação legal das Contas emitidas pelo Revisor Oficial de Contas;

• a nossa concordância com o Relatório de Gestão e as contas do exercício de 2017 apresentadas pelo Conselho de Administração;

• que tanto quanto é do nosso conhecimento, a informação financeira divulgada foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira da sociedade, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.

4. Nesta conformidade, tendo em conta as ações levadas a cabo, somos de parecer que:

• sejam aprovados o Relatório de Gestão e as contas do exercício de 2017 apresentados pelo Conselho de Administração;

• seja aprovada a proposta de aplicação de resultados contida no Relatório de Gestão.

Finalmente desejamos agradecer à Administração e a todo o Pessoal ao serviço da Sociedade com quem contactámos, toda a colaboração recebida no desempenho das funções.

Lisboa, 13 de Abril de 2018

O Conselho Fiscal

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 73

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE DO CONSELHO FISCAL

Em cumprimento do disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código de Valores Mobiliários, os membros do Conselho Fiscal da José de Mello Saúde, S.A. (“JMS”) declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o relatório de gestão, as contas anuais individuais, a certificação legal de contas e demais documentos de prestação de contas, i) foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da JMS; ii) expõem fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da JMS; e iii) contêm uma descrição dos principais riscos com que a JMS se defronta na sua atividade.

Lisboa, 13 de Abril de 2018

O Conselho Fiscal

José Manuel Gonçalves de Morais Cabral

(Presidente)

João Filipe de Moura-Braz Corrêa da Silva

(Vogal)

José Luís Bonifácio Lopes

(Vogal)

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

74 RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 75

31-12-2017 31-12-2016Notas

Operações em continuação

Custos operacionais

Resultados operacionais

Resultados por ação

Outros itens do Rendimento Integral

Resultados antes de impostos

Resultado líquido consolidado do exercício

Outros rendimentos e gastos reconhecidos diretamente no capital próprio que não serão reclassificados para resultados

Rendimento integral consolidado

Rendimento integral do exercício atribuível a detentores de capital

Outros rendimentos e gastos reconhecidos diretamente no capital próprio que poderão vir a ser reclassificados para resultados

Resultado líquido do exercício atribuível a detentores de capital

5,7

10

12

8

12

15

13

34

18

34

42

5

5,7

18

12

38

5

11

5

5

9

12

15

627.691.418

(27.731.514)

82.900

(25.092.368)

(83.070)

(242.738.087)

956.355

2,15

(222.850.139)

522.121

2,26

(202.594.517)

666.471

(184.618.966)

760.181

(116.516.108)

(12.194.236)

2,15

(8.809.655)

474.455

7.034.104

474.455

521.975

30.850.733

30.376.278

28.517.255

28.233.318

7.556.080

(107.414.581)

(10.086.554)

2,26

(8.444.376)

283.937

5.127.649

283.937

(813.312)

4.314.337

578.041.322

9.752.114

(1.687.795)

(10.488.510)

(1.754.594)

(8.887.323)

8.229.524

637.443.532

(3.582.693)

42.592.818

32.104.308

23.294.653

22.820.198

(3.005.581)

41.534.616

32.647.294

24.202.918

23.918.981

(594.850.714) (544.736.229)

586.270.846

Proveitos operacionais

Gastos com o pessoal

Resultados relativos a empresas associadas

Custo das vendas

Custos e perdas financeiros

Básico

Impostos sobre o rendimento

Resultado líquido do exercício atribuível a interessesque não controlam

Revalorização de ativos fixos tangíveis, líquido de imposto

Rendimento integral do exercício atribuível a interessesque não controlam

Variação no justo valor dos instrumentos de cobertura, líquido de imposto

Total de proveitos operacionais

Outros custos operacionais

Total de custos operacionais

Vendas e prestações de serviços

Amortizações e depreciações

Resultados relativos a atividades de investimento

Fornecimentos e serviços externos

Proveitos e ganhos financeiros

Diluído

Outros proveitos operacionais

Provisões e perdas por imparidade, líquido

Resultados financeiros

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017

Valores expressos em Euros

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201776

31-12-2017 31-12-2016Notas

Ativos não correntes

Passivos não correntes

Ativos correntes

Capital próprio

Capital próprio atribuível a acionistas

Ativos não correntes detidos para venda

17

36

16

35

21

40

26

33

8, 24

31

18

37, 38

19

38

22

22

23

42

27

14

34

23

28

29

30

25

32

13.357.220

60.177.688

43.885.257

295.514.364

770.384

3.358.340

16.737.792

22.820.198

(14.100.000)

4.228.716

88.189.849

13.540.692

23.918.981

(11.408.000)

3.960.796

77.706.743

122.870.558

5.811.644

95.377.577

4.356.460

3.316.536

20.658.007

5.088.234

7.839.302

14.216.580

53.000.000

11.262.856

53.000.000

12.877.217

59.964.427

33.366.429

117.984.922

509.672

-

378.408.792

1.355.216

233.956

12.259.474

3.786.717

11.735.363

8.296.945

1.627.604

52.749.441 60.410.979

189.789.608

1.461.775

168.111

14.021.234

4.291.945

2.857.449

8.296.945

2.301.121

448.739.272

386.028.049

92.418.565

35.150.000

47.894.297

3.735.465

48.650.000

16.067.394

3.168.613

292.935.205

745.409.942

250.397.732

502.866.271

249.299.926

198.590.928

81.667.539

Outros devedores correntes

Outras reservas e resultados transitados

Resultado líquido consolidado

Dividendos antecipados

Interesses que não controlam

Inventários

Capital

TOTAL DO ATIVO

Total de ativos não correntes

Total de passivos não correntes

Outros instrumentos financeiros

Caixa e depósitos bancários

Total de ativos correntes

Total do capital próprio

Ativos intangíveis

Credores por locações financeiras

Outros investimentos

Outros credores

Goodwill

Empréstimos

Investimentos em associadas

Provisões

Estado e outros entes públicos

Clientes e adiantamentos a fornecedores

Reserva legal

Ativos fixos tangíveis

Benefícios aos empregados

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Outros ativos não correntes

Outros passivos não correntes

Outros ativos correntes

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA31 DE DEZEMBRO DE 2017

Valores expressos em Euros

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 77

Passivos correntes

36

35

40

39

27

41

9.794.327

56.119.722

7.476.112

9.650.238

32.025.005

8.547.200

94.542.001

21.958.566

77.072.601

87.534.852

19.252.327

65.598.181

266.963.328

652.991.378

745.409.942

222.607.805

421.198.732

502.866.271

Total de passivos correntes

TOTAL DO PASSIVO

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO

Credores por locações financeiras

Outros credores correntes

Empréstimos

Estado e outros entes públicos

Fornecedores e adiantamentos de clientes

Outros passivos correntes

31-12-2017 31-12-2016Notas

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA31 DE DEZEMBRO DE 2017

Valores expressos em Euros

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201778

Capital Prestações acessóriasNotas

Saldo em 31 de dezembro de 2015

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Saldo em 31 de dezembro de 2017

14

14

-

-

-

-

-

53.000.000

53.000.000

53.000.000

14.350.000

-

-

-

-

(14.350.000)

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Total do rendimento integral do exercício

Total do rendimento integral do exercício

Transferência para resultados transitados

Transferência para resultados transitados

Reembolso de prestações acessórias

Revalorização de ativos fixos tangíveis, líquido de imposto

Revalorização de ativos fixos tangíveis, líquido de imposto

Aplicação do resultado consolidado de 2015

Aplicação do resultado consolidado de 2016

Variações resultantes de alterações dos capitais próprios de associadas e subsidiárias

Variações resultantes de alterações dos capitais próprios de associadas e subsidiárias

Variações de interesses que não controlam resultantesde alterações do perímetro de consolidação

Transferência para Reserva Legal

Transferência para Reserva Legal

Reduções de participação de capital

Variação no justo valor dos instrumentos de cobertura

Variação no justo valor dos instrumentos de cobertura, líquido de imposto

Resultado consolidado líquido do exercício

Resultado consolidado líquido do exercício

Dividendos distribuídos

Dividendos distribuídos

Outros

Outras operações

Outros rendimentos e ganhos reconhecidos no capital próprio

Outros rendimentos e ganhos reconhecidos no capital próprio

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Valores expressos em Euros

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 79

Outras reservas e Resultados transitadosReserva legal Resultado líquido

Dividendos antecipados

Interesses que não controlam Total

(15.113.286)3.430.501 21.893.940 - 3.708.111 81.269.266

7.839.3024.356.460 23.918.981 (11.408.000) 3.960.796 81.667.539

20.658.0075.811.644 22.820.198 (14.100.000) 4.228.716 92.418.565

20.967.982- (20.967.982) - - -

11.055.797- (22.463.797) 11.408.000 - -

- - - - (14.350.000)

-925.958 (925.958) - - -

-1.455.184 (1.455.184) - - -

--

-

- - - -

(813.312)- - - - (813.312)

7.034.104

521.975- - - - 521.975

-- 23.918.981 - 283.937 24.202.918

-- 22.820.198 - 474.455 23.294.653

5.127.649- - - - 5.127.649

- - - - 7.034.104

(1.495.329)- - (11.408.000) (206.278) (13.109.607)

(6.500.000)- - (14.100.000) (196.400) (20.796.400)

657.218- - - 175.027 832.245

(32.776)- - - - (32.776)

221.853- - - (10.135) 211.718

(1.491.620)- - - - (1.491.620)

517.752- - - - 517.752

4.314.337- 23.918.981 - 283.937 28.517.255

7.556.080- 22.820.198 - 474.455 30.850.733

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada das alteraçõesno capital próprio para o exercício findo em 31 de dezembro de 2017.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201780

31-12-2017 31-12-2016Notas

ATIVIDADES OPERACIONAIS

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de

Recebimentos provenientes de

Pagamentos respeitantes a

Pagamentos respeitantes a

46

46

(482.549.151)

705.239.151

(395.668)

266.347

13.500.000

269.774

259.396

13.500.000

1.358.563

227.036

1.853.458

(40.655.580)

(3.150.267)

(21.333.803)

-

82.358

3.990.000

(13.901.628)

-

(12.597.191)

573.661

34.077

(960.949)

(10.407.471)

-

-

417.605

-

(2.674.065)

(9.773.480)

(14.350.000)

(2.171.875)

195.542

466.638.200

(44.994.750)

(341.999.911)

(10.592.310)

1.279.718

244.800.000

(327.600)

(236.191.351)

(8.850.873)

(350.671.062)

576.418.011

1.306.138

(196.604.636)

(9.825.346)

(181.584.069)

(14.820.101)

15.864.349

(85.348.695)

94.811.749

1 262.585

482.295.509

(86.611.280)

(387.483.760)

2.039.077

263.648.563

(16.903.293)

(283.934.771)

30.648.917

(14.864.216)

(20.286.208)

Juros e proveitos similares

Prestações acessórias

Ativos intangíveis

Amortização de contratos de locação financeira

Reduções de capital e prestações acessórias

Instrumentos financeiros derivados

Ativos financeiros e outros investimentos

Empréstimos obtidos

Ativos financeiros e outros investimentos

Empréstimos obtidos

Juros e custos similares

Fluxos das atividades operacionais (1)

Fluxos das atividades de investimento (2)

Fluxos das atividades de financiamento (3)

Pagamentos a fornecedores

Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional

Recebimentos de clientes

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento

Dividendos

Outros instrumentos financeiros

Instrumentos financeiros derivados

Ativos fixos tangíveis

Empréstimos a empresas do Grupo

Ativos fixos tangíveis

Empréstimos a empresas do Grupo

Dividendos pagos e resultados distribuídos

Outros instrumentos financeiros

Pagamentos ao pessoal

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Montantes expressos em Euros

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 81

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3)

Caixa e seus equivalentes no início do período

Caixa e seus equivalentes no fim do período

4

29

29

6.742.179 34.739

-

-

25.327.403

15.814.660

47.884.243

-

(62.150.000)

(4.501.507)

82.431.428

15.814.660

Efeito das Diferenças de Câmbio

Alteração dos equivalentes de caixa

Efeito da Variação de Perímetro

31-12-2017 31-12-2016Notas

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

Montantes expressos em Euros

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada das alteraçõesno capital próprio para o exercício findo em 31 de dezembro de 2017.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201782

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017

(Valores expressos em Euros)1. NOTA INTRODUTÓRIA

A José de Mello Saúde, S.A. (“Empresa” ou “JMS”) é uma sociedade anónima, com sede em Lisboa, na Av. do Forte, nº 3, Edifício Suécia III, Piso 2, 2790-073 Carnaxide e foi constituída em dezembro de 1992. O universo empresarial da JMS (“Grupo” ou “Grupo JMS”) é formado pelas empresas subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas descritas na Nota 3 e tem como atividade principal a prestação de cuidados de saúde, nomeadamente na área da prestação de cuidados de saúde privados, na parceria público-privado, na prestação de serviços no âmbito da medicina, higiene e saúde no trabalho e ainda na prestação de cuidados de saúde domiciliários.

Conforme referido na Nota 31, o capital da Empresa é detido maioritariamente pela José de Mello Capital, S.A., sua empresa-mãe que elabora demonstrações financeiras consolidadas e que cumprem as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) e, consequentemente, as operações e transações do Grupo JMS (Nota 47) são influenciadas pelas decisões do Grupo José de Mello Capital.

De salientar que a 12 de dezembro de 2017, as sociedades José de Mello Participações II, SGPS, S.A., Guimarães de Mello Portugal, SGPS, S.A., Guimarães de Mello Investimentos, SGPS, S.A. e José de Mello – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (anterior empresa-mãe da JMS) foram incorporadas, por fusão, na sociedade SOGEFI – Sociedade de Gestão e Financiamentos, SGPS, S.A., a qual passou a designar-se José de Mello Capital, S.A.. Esta reestruturação societária não pôs em causa quaisquer compromissos assumidos pelas sociedades intervenientes uma vez que todos os direitos e obrigações que impendiam sobre as mesmas passam a ser prosseguidos, de forma concentrada, pela José de Mello Capital, S.A.

2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 3), ajustados no processo de consolidação, quando necessário, de modo a estarem de acordo com as disposições das IFRS, adotadas pela União Europeia, efetivas para os exercícios iniciados em 1 de janeiro de 2017. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, quer as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), quer as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”) emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respetivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e Standing Interpretation Committee (“SIC”), respetivamente. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “IFRS”.

As demonstrações financeiras estão expressas em Euros.

2.1.1. NOVAS NORMAS, ALTERAÇÕES OU INTERPRETAÇÕES APLICÁVEIS AO EXERCÍCIO DE 2017

Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE), ocorreram as seguintes emissões, revisões, altera-ções e melhorias nas Normas e Interpretações com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2017, as quais não tiveram impactos relevantes nas demonstrações financeiras do Grupo:

A adoção destas normas, interpretações e alterações às normas, não teve um impacto significativo nas demons-trações financeiras.

Normas Data de aplicação

IAS 12 – Reconhecimento de impostos diferidos ativos para perdas não realizadas (alterações) 1 de janeiro de 2017

IAS 7 - Iniciativa de divulgação

Melhorias relativas ao ciclo 2014-2016 (IFRS 12 Divulgações de interesses em outras entidades)

1 de janeiro de 2017

1 de janeiro de 2017

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 83

2.2.2. NOVAS NORMAS, ALTERAÇÕES OU INTERPRETAÇÕES JÁ EMITIDAS MAS QUE AINDA NÃO SÃO OBRIGATÓRIAS

Existem novas normas, alterações e interpretações efetuadas a normas existentes, que apesar de já publicadas, a sua aplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem após 1 de janeiro de 2018, que o Grupo decidiu não adotar antecipadamente:

a) Já endossadas pela União Europeia (EU):

Em 31 de dezembro de 2017 as seguintes melhorias das Normas e Interpretações, emitidas pelo IASB, já se en-contravam endossadas pela UE, contudo a sua aplicação só é obrigatória para os exercícios que se iniciem após 1 de janeiro de 2018:

IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes

A IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes, aplica-se a todos os rendimentos provenientes de contratos com clientes substituindo as seguintes normas e interpretações existentes: IAS 11 - Contratos de construção, IAS 18 – Rendimentos, IFRIC 13 -Programas de fidelização de clientes, IFRIC 15 - Acordos para a construção de imóveis, IFRIC 18 - Transferências de ativos de clientes e SIC 31 - Receitas - Operações de permuta envolvendo serviços de publicidade). A norma aplica-se a todos os réditos de contratos com clientes, exceto se o contrato estiver no âmbito da IAS 17 (ou IFRS 16 – Locações, quando for aplicada).

Também fornece um modelo para o reconhecimento e mensuração de vendas de alguns ativos não financeiros, incluindo alienações de bens, equipamentos e ativos intangíveis. Esta norma realça os princípios que uma enti-dade deve aplicar quando efetua a mensuração e o reconhecimento do rédito. O princípio base é de que uma entidade deve reconhecer o rédito por um montante que reflita a consideração que ela espera ter direito em troca dos bens e serviços prometidos ao abrigo do contrato.

Os princípios desta norma devem ser aplicados em cinco passos: (1) identificar o contrato com o cliente, (2) identificar as obrigações de desempenho do contrato, (3) determinar o preço de transação, (4) alocar o preço da transação às obrigações de desempenho do contrato e (5) reconhecer os rendimentos quando a entidade satisfizer uma obrigação de desempenho. A norma requer que uma entidade aplique o julgamento profissional na aplicação de cada um dos passos do modelo, tendo em consideração todos os factos relevantes e circunstâncias. Esta norma também especifica como contabilizar os gastos incrementais na obtenção de um contrato e os gastos diretamente relacionados com o cumprimento de um contrato. A norma deve ser aplicada em exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018. A aplicação é retrospetiva, podendo as entidades escolher se querem aplicar a “full retrospective approach” ou a “modified retrospective approach”. É permitida a aplicação antecipada.

O Grupo procedeu a uma análise das implicações da sua adoção, não sendo esperado qualquer impacto signi-ficativo nas Demonstrações Financeiras. Na preparação da adoção da IFRS 15, o Grupo considerou os seguintes aspetos relevantes:

Normas Data de aplicação

IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes

Aplicação da IFRS 9 com a IFRS 4 - Alterações à IFRS 4

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2018

Clarificações à IFRS 15

IFRS 10 e IAS 28 - Venda ou entrega de ativos por um investidor à sua associada ou empreendimento conjunto

IFRS 9 - Instrumentos Financeiros

IFRS 16 - Locações

Melhorias relativas ao ciclo 2014-2016

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2019

1 de janeiro de 2018

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201784

Prestação privada

Prestação de cuidados de saúde

Esta revenue stream representa a quase totalidade dos proveitos do Grupo. A prestação de cuidados de saúde no segmento privado assenta no reconhecimen-to do rédito no momento da prestação do serviço ao cliente. O Grupo identificou o Payer Mix, e analisou os contratos com maior expressão. A determinação do rédito para estes contratos é baseada na aplicação de tabelas de preços definidas para os cuidados de saúde prestados. Com efeito, o Grupo concluiu que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas.

Higiene, Segurança e Medicina do trabalho

Medicina no Trabalho – Esta revenue stream consiste na realização de exames acordados com o cliente aos colaboradores, no período de tempo do contrato. O rédito é reconhecido na vigência do contrato não existindo obrigações adicionais. O valor reconhecido é o final negociado entre as partes, sendo esse o rédito esperado. O Grupo concluiu assim que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas.

Higiene e Segurança – No âmbito desta revenue stream são efetuadas avaliações de risco às instala-ções do cliente, durante o período do contrato. Estas avaliações têm como objetivo identificar e avaliar qualitativamente riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores nos locais de trabalho, propondo medidas preventivas e corretivas, e ainda verificar a observância da regulamentação aplicável, normas in-ternas e medidas de prevenção nos locais de trabalho. O rédito é reconhecido na vigência do contrato não existindo obrigações para além do contrato. O valor reconhecido é o final negociado entre as partes, sendo esse o rédito esperado. O Grupo concluiu assim que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas.

Serviços Domiciliários

Esta linha de negócio inclui os cuidados prestados no domicílio do cliente. Os contratos relativos a esta revenue stream são standard e não incluem o aluguer de qualquer equipamento, apenas inclui a prestação

de serviços de saúde. O rédito é reconhecido no mo-mento da prestação do serviço ao cliente. Com efeito, o Grupo concluiu que a aplicação desta norma não terá impactos nas demonstrações financeiras consolidadas.

Prestação pública

Prestação de cuidados de saúde

As Parcerias Público-Privadas (“PPPs”) faturam a prestação de cuidados de saúde à Entidade Pública Contratante, Seguradores e particulares que não sejam utentes do Sistema Nacional de Saúde (SNS).

A prestação de cuidados de saúde abrangida pelo con-trato de gestão com a Entidade Pública Contratante assenta no reconhecimento do rédito no momento da prestação de serviço ao utente. A determinação do rédito consiste na aplicação do contrato de gestão. O valor reconhecido é o negociado entre as partes, sendo esse o rédito esperado.

Para os restantes utentes do Hospital, são aplicadas tabelas de preço em vigor no SNS. O reconhecimento do rédito ocorre no momento da prestação de serviço ao utente.

Desta forma, o Grupo concluiu que a aplicação da presente norma não provoca alterações ao registo do rédito deste fluxo atualmente praticado pelas so-ciedades.

Cedência de medicamentos

Este fluxo de rendimento consiste no débito de me-dicamentos suportados pela Entidade Publica Con-tratante no âmbito do contrato de gestão ou autori-zações avulsas. O rédito é reconhecido no momento da transferência do produto. Mais uma vez o Grupo concluiu que a aplicação da presente norma não provoca alterações ao registo do rédito deste fluxo atualmente praticado pelas sociedades.

Taxas moderadoras

Este fluxo de rédito consiste na faturação de taxas moderadores definidas pelo SNS aos utentes dos Hos-pitais. O reconhecimento do rédito ocorre no momento da prestação de serviço ao utente. O Grupo concluiu que a aplicação desta norma não tem impacto nas demonstrações financeiras consolidadas.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 85

Outros proveitos operacionais

Cedência de exploração

Este fluxo de rendimento corresponde a contratos de cedência de exploração entre os hospitais a entidades que desenvolvem atividades na área dos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (“MCDTs”). O rédito é determinado com base na faturação mensal de cada uma das entidades a quem é cedida a exploração da atividade clínica, e é reconhecido mensalmente. O Grupo concluiu assim que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas.

Cedência de espaço

Esta revenue stream respeita à cedência dos espaços comerciais existentes nos hospitais detidos pelo Grupo, para exploração de atividades não clínicas. O rédito é reconhecido mensalmente com base nos valores negocia-dos entre as partes, sendo esse o rédito esperado. O Grupo concluiu assim que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas.

No que respeita às restantes normas cuja aplicação ainda não é obrigatória, o Grupo optou pela não adoção antecipada. No entanto, espera-se que a aplicação da IFRS 16 tenha impactos significativos ao nível do balanço do Grupo. O registo do direito de utilização das atuais locações operacionais deverá desta forma implicar um aumento dos ativos e das responsabilidades de terceiros.

b) Ainda não endossadas pela União Europeia:

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, não foram, até à data de aprovação destas demons-trações financeiras, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Relativamente às normas apresentadas acima, cuja entrada obrigatória em vigor ainda não ocorreu, o Grupo ain-da está a apurar o impacto destas alterações e aplicará estas normas no exercício em que as mesmas se tornem efetivas, ou antecipadamente quando permitido.

2.2. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 não ocorreram alterações voluntárias de políticas contabi-lísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício de 2016.

Normas Data de aplicação

IAS 28 - Interesses de longo prazo em Associadas ou Joint Ventures (alterações)

IAS 40 - Transferência de Propriedades de investimento (alterações)

1 de janeiro de 2019

1 de janeiro de 2018

IFRS 2 - Classificação e mensuração de transações de pagamento com base em ações (adenda)

IFRS 17 – Contratos de seguro

IFRIC 22 - Transações em moeda estrangeira e adiantamento da consideração

IFRIC 23 – Incerteza sobre diferentes tratamentos do imposto sobre o rendimento

IFRS 9 - Pagamentos antecipados com compensações negativas (alterações)

Melhorias relativas ao ciclo 2015-2017

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2021

1 de janeiro de 2018

1 de janeiro de 2019

1 de janeiro de 2019

1 de janeiro de 2019

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201786

2.3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS DA GESTÃO

A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com os princípios de reconhecimento e mensuração das IFRS requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que poderão afetar o valor dos ativos e passivos apresentados, em particular amortizações e depreciações, ajustamentos, perdas por imparida-de e provisões, as divulgações de ativos e passivos contingentes à data das demonstrações financeiras, bem como os seus proveitos e custos.

Essas estimativas são baseadas no melhor conheci-mento existente em cada momento e nas ações que se planeiam realizar, sendo permanentemente revistas com base na informação disponível. Alterações nos factos e circunstâncias podem conduzir à revisão das estimativas, pelo que os resultados reais futuros poderão diferir daquelas estimativas.

As estimativas contabilísticas mais significativas refle-tidas nas demonstrações financeiras, são como segue:

Análise de imparidade do Goodwill

O valor do Goodwill é testado anualmente e sempre que haja evidências de estar em imparidade. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer a estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada.

Vida útil de Ativos Tangíveis e Intangíveis

A vida útil de um ativo é o período durante o qual o Grupo espera que esse ativo esteja disponível para seu uso e é revista pelo menos no final de cada exer-cício económico.

O método de amortização/depreciação a aplicar e as perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por mo-tivos de obsolescência tecnológica, é essencial para determinar a vida útil efetiva de um ativo.

Estes parâmetros são definidos de acordo com a me-lhor estimativa da gestão, para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas dos sectores em que o Grupo opera.

Reconhecimento e Mensuração de Provisões

O reconhecimento de provisões tem inerente a deter-minação da probabilidade de saída de fluxos futuros e a sua mensuração com fiabilidade.

Estes fatores estão muitas vezes dependentes de acontecimentos futuros e nem sempre sob o controlo do Grupo pelo que poderão conduzir a ajustamentos significativos futuros, quer por variação dos pressu-postos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

Justo Valor de Instrumentos Financeiros

Quando o justo valor dos ativos e passivos financeiros à data de balanço não é determinável com base em mercados ativos, este é determinado com base em técnicas de avaliação que incluem o modelo dos fluxos de caixa descontados ou outros modelos apropriados nas circunstâncias. Os inputs para estes modelos são retirados, sempre que possível, de variáveis obser-váveis no mercado, mas quando tal não é possível, torna-se necessário um certo grau de julgamento para determinar o justo valor, o qual abrange consi-derações sobre o risco de liquidez, o risco de crédito e volatilidade.

Imparidade de Contas a receber

O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de relato, tendo em conta a in-formação histórica do devedor e o seu perfil de risco.

As contas a receber são ajustadas pela avaliação efe-tuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data do balanço, os quais poderão vir a divergir do risco efetivo a incorrer no futuro.

Impostos sobre o rendimento e impostos diferidos

A determinação dos montantes de impostos sobre o rendimento e impostos diferidos requer o exercício de julgamento e está sujeito a interpretações. Diferentes interpretações poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

Somente são reconhecidos impostos diferidos ativos na medida em que seja provável que venha a existir lucro tributável contra o qual possam ser utilizados.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 87

Apuramento da atividade e rédito das Parcerias Público-Privado (“PPPs”)

O apuramento da atividade e rédito nas PPPs é reali-zado de acordo com o previsto no Contrato de Gestão (“CG”), em particular com o previsto no Anexo VII - Re-muneração da Entidade Gestora do Estabelecimento: a faturação dos atos médicos prestados é realizada mensalmente, sendo o remanescente faturado no exercício seguinte após a conclusão do processo de validação de todos os atos médicos, hospitalares, clínicos, MCDTs e de cedência de medicamentos; mensalmente é reportada a atividade do mês em referência e a dos meses anteriores do ano em cur-so, sendo que a atividade acumulada a dezembro (atividade anual) é reportada até ao final do mês de janeiro do ano seguinte; há depois um pagamento de reconciliação apurado, até ao final do primeiro semestre do ano imediatamente subsequente, com base no valor efetivo da parcela a cargo do Serviço Nacional de Saúde (conforme previsto na alínea b) do n.º 1 da Cláusula 47ª do CG). O valor efetivo da parcela a cargo do Serviço Nacional de Saúde é calculado nos termos do n.º 22 do referido anexo VII ao CG.

Provisões contratuais

O Grupo efetua uma avaliação detalhada dos ris-cos potenciais associados à valorização da parcela a cargo do SNS, em particular no que diz respeito à elegibilidade dos atos clínicos reportados à entidade pública contratante, e também no que se refere aos riscos associados aos parâmetros de desempenho contratuais.

No caso particular do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca, a Cláusula 123ª (Reversão dos Bens) do CG prevê que os bens objeto de reversão para a Entidade Pública Contratante devem encontrar-se em bom estado de funcionamento e plenamente operacionais, estando cumpridas todas as obrigações de conserva-ção, manutenção e renovação. Considerando que de-vem ser alvo de investimento todos os equipamentos médicos que atinjam o fim da sua vida útil antes do final do CG, foi elaborado um plano de investimento onde se prevê o reconhecimento da obrigação futura com a substituição dos referidos equipamentos até ao fim do contrato; em consequência foi constituída em 2013 uma provisão, por contrapartida da rubrica Ativos intangíveis – este ativo encontra-se a ser amortizado até maio de 2021.

Continuidade das operações de subsidiárias e as-sociadas

O Grupo teve em atenção os resultados atingidos e entende que as medidas em vigor e as que estão a ser tomadas ao nível da libertação de meios operacionais (por redução de consumos e aumento de produtivi-dade), são suficientes para garantir o normal funcio-namento da atividade, não estando, por conseguinte, posta em causa a continuidade das operações. Em particular, no caso do Estabelecimento Hospitalar de Braga, o Grupo está a reavaliar o seu Business plan, por forma a garantir o equilíbrio dos capitais até ao final da concessão, estimando-se a esta data, com base na melhor informação disponível, que a situação liquida seja deficitária no momento de término da concessão.

Escala Braga – Sociedade Gestora do Estabeleci-mento, S.A. (“Escala Braga”)

Decorrem nesta data processos de conferência com a Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. (“ARS Norte”), relativamente aos acertos de contas dos exercícios de 2014, 2015, 2016 e 2017 do Estabe-lecimento Hospitalar de Braga.

Em relação aos acertos de contas dos exercícios de 2014, 2015 e 2016, estão a esta data, em processo de encerramento de apuramento da Produção real, sendo que o mesmo já deveria ter sido concluído em junho de 2015, em junho de 2016 e junho de 2017, respetivamente.

Segundo o previsto no contrato de gestão, o acordo referente ao exercício de 2017, deverá ocorrer até final de junho de 2018.

O Conselho de Administração da Escala Braga en-tende que se encontra devidamente fundamentada para fazer prevalecer as suas pretensões, sem que daí decorra qualquer impacto financeiro negativo que tenha um efeito significativo nas contas.

Escala Vila Franca – Sociedade Gestora do Estabe-lecimento, S.A. (“Escala Vila Franca”)

Decorrem nesta data processos de conferência com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (“ARSLVT”), relativamente aos acertos de contas dos exercícios de 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017 Estabelecimento Hospital de Vila Franca.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201788

Relativamente aos acertos de contas dos exercícios de 2013, 2014, 2015 e 2016, estão a esta data, em processo de encerramento de apuramento da Produção real, sendo que o mesmo já deveria ter sido concluído em junho de 2014, de 2015, de 2016 e de 2017, respetivamente.

Segundo o previsto no contrato de gestão, o acordo referente ao exercício de 2017, deverá ocorrer até final de junho de 2018.

O Conselho de Administração da Escala Vila Franca entende que se encontra devidamente fundamentada para fazer prevalecer as suas pretensões, sem que daí decorra qualquer impacto financeiro negativo que tenha um efeito significativo nas contas.

Não foram igualmente detetados no exercício corrente quaisquer erros ou omissões de períodos anteriores.

2.4. PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO

a) Empresas controladas

A consolidação das empresas controladas (Nota 3.1.) em cada período contabilístico efetua-se pelo método de integração global. Considera-se existir controlo quando o Grupo está exposto, ou tem direitos, a retornos variá-veis em resultado do seu envolvimento com a participada e tem a capacidade de afetar esses retornos através do seu poder sobre a participada (isto é, direitos que lhe dão atualmente a capacidade de gerir as atividades relevantes da participada).

A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido daquelas empresas é apresentada sepa-radamente na Demonstração consolidada da posição financeira e na Demonstração dos resultados e do outro rendimento integral consolidado, respetivamente, na rubrica Interesses que não controlam.

Quando os prejuízos atribuíveis aos interesses que não controlam excedem o interesse que não controlam no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, exceto quando os interesses que não controlam tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.

Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição e até à data da sua alienação.

As transações e saldos significativos entre as empresas controladas foram eliminados no processo de consolidação. As mais-valias decorrentes da alienação de empresas participadas, efetuadas dentro do Grupo, são igualmente anuladas.

Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas subsidiárias, tendo em vista a uniformização das respetivas políticas contabilísticas com as do Grupo.

Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim espe-cífico, ainda que não possua participações de capital diretamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método integral.

b) Concentração de atividades empresariais e Goodwill

A concentração de atividades empresariais, nomeadamente a aquisição de subsidiárias, é registada pelo método de compra. O custo de aquisição corresponde ao agregado dos justos valores, à data da transação, dos ativos cedidos, dos passivos incorridos ou assumidos e dos instrumentos de capital próprio emitidos, em troca do controlo da adquirida.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 89

Os ativos identificáveis, passivos e passivos contingentes de uma subsidiária, que cumprem com os critérios de reconhecimento da IFRS 3, são mensurados pelo respetivo justo valor na data de aquisição, exceto os ativos não correntes (ou grupo de ativos) que sejam classificados como detidos para venda.

Qualquer excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos ativos líquidos identificáveis é registado como Goodwill. O Goodwill é registado como ativo e não é sujeito a amortização, sendo apresentado autonomamente na Demonstração consolidada da posição financeira. Anualmente, ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor, os valores de Goodwill são sujeitos a testes de imparidade. Qualquer perda de imparidade é re-gistada de imediato como custo do período e não é suscetível de reversão posterior.

Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos ativos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho do período em que ocorre a aquisição.

Na alienação de uma subsidiária, o correspondente Goodwill é incluído na determinação da mais ou menos valia.

Os interesses de acionistas que não controlam são apresentados pela respetiva proporção do justo valor dos ativos e passivos identificados.

c) Investimentos em associadas

Uma associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa. Influência significativa é o poder de participar nas decisões sobre políticas operacionais e financeiras, mas que não é controlo, tal como definido na alínea a) anterior.

Estes investimentos financeiros em empresas associadas (Notas 3.2 e 19) encontram-se valorizados pelo método da equivalência patrimonial, exceto quando são classificados como detidos para venda, sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido da diferença entre esse custo e o valor proporcional à participação nos capitais próprios dessas empresas, desde a data de aquisição ou da primeira aplicação do referido método. O Goodwill relacionado com a associada está incluído no valor do inves-timento financeiro e não é testado individualmente.

De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas periodicamente pelo valor correspondente à participação do Grupo nos resultados líquidos das empresas associadas, por con-trapartida da rubrica Resultados relativos a empresas associadas (Nota 12), e por outras variações ocorridas nos seus capitais próprios por contrapartida da rubrica Outras reservas, bem como pelo reconhecimento de perdas de imparidade.

As perdas em associadas em excesso ao investimento efetuado nessas entidades não são reconhecidas, exceto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com essa associada.

Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.

Os ganhos não realizados em transações com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada, por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o ativo transferido esteja em situação de imparidade.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201790

2.5. RÉDITO E ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos nos resultados do período quando estão satisfeitas as condições seguintes:

• O Grupo tenha transferido para o comprador os riscos e vantagens significativos inerentes à posse dos ativos;

• O Grupo não retenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse nem o controlo efetivo dos bens vendidos;

• A quantia do rédito possa ser fielmente mensurada;

• Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para o Grupo; e,

• Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser fielmente mensurados.

Os proveitos de vendas são reconhecidos líquidos de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua con-cretização pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos nos resultados do período em que são prestados.

Os proveitos decorrentes de dividendos são reconhecidos quando, em substância, se constituiu, na Entidade declarante, a obrigação de proceder à declaração de dividendos.

Os juros e proveitos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efetiva aplicável.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em perío-dos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas Outros ativos correntes e Outros passivos correntes.

2.6. RESULTADO OPERACIONAL

O resultado das operações inclui a totalidade dos custos e proveitos das operações, quer sejam recorrentes ou não recorrentes, incluindo os relacionados com reestruturações e com ativos fixos tangíveis e intangíveis. Inclui, ainda, as mais ou menos valias apuradas na venda de empresas incluídas na consolidação pelo método de conso-lidação integral. Assim, excluem-se dos resultados operacionais os custos líquidos de financiamento, os resultados apurados com associadas e outros investimentos financeiros e os impostos sobre o rendimento.

2.7. CUSTOS DE FINANCIAMENTO

Os custos com empréstimos são reconhecidos nos resultados do período a que respeitam.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos fixos tangíveis que levem um período substancial de tempo a ficarem preparados para o uso pretendido são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização ou final de produção ou construção do ativo ou durante os períodos em que o desenvolvimento do ativo seja interrompido. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos antecipadamente e alocáveis a um investimento específico são deduzidos aos custos financeiros elegíveis para capitalização.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 91

2.8. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis (os quais diferem dos resultados contabilísticos) das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos (cinco para a Segurança Social). Deste modo, as decla-rações fiscais das empresas do Grupo dos anos de 2014 a 2017 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão, embora a Sociedade considere que eventuais correções resultantes de revisões fiscais àquelas declarações de imposto não terão efeito significativo nas Demonstrações Financeiras referidas à data de 31 de dezembro de 2017.

2.9. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

O Grupo reconhece os impostos diferidos de acordo com o estabelecido na IAS 12 – Impostos sobre o rendimento, como forma de especializar adequadamente os efeitos fiscais das suas operações, e de excluir as distorções rela-cionadas com os critérios de natureza fiscal que contrariam os efeitos económicos de determinadas transações.

São reconhecidos ativos por impostos diferidos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os ativos poderão ser utilizados. Os ativos por impostos diferidos são revistos anualmen-te e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados. O valor dos impostos diferidos é determinado com aplicação das taxas fiscais (e leis) decretadas ou substancialmente decretadas na data de reporte e que se espera que sejam aplicáveis no período de realização do ativo por imposto diferido. De acordo com a legislação em vigor, considerou-se, em Portugal, a taxa de IRC de 21% e, nas situações não ligadas a prejuízos fiscais, uma derrama de 1,5% sobre o valor das diferenças temporárias que originaram impostos ativos e impostos passivos diferidos.

O movimento ocorrido durante o exercício e a decomposição dos saldos de Impostos Diferidos estão apresentados na Nota 22; a reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva do imposto corrente encontra-se apresentada na Nota 13.

2.10. RESULTADOS POR AÇÃO

O resultado básico por ação é calculado dividindo o resultado atribuível aos detentores de capital ordinário da empresa-mãe, pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período.

O resultado diluído por ação é igual ao resultado básico, já que não existem interesses em ações preferenciais convertíveis, nem opções sobre ações.

2.11. ATIVOS INTANGÍVEIS, EXCLUINDO GOODWILL

Os ativos intangíveis (exceto Goodwill) compreendem, essencialmente, as despesas incorridas em projetos espe-cíficos com valor económico futuro e encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos se for provável que dos mesmos advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo, identificáveis e o respetivo valor possa ser medido com fiabilidade.

Os ativos intangíveis para os quais não seja previsível a existência de um período limitado de geração de benefícios económicos futuros são designados ativos intangíveis de vida útil indefinida. Estes ativos não são amortizados e estão sujeitos a testes de imparidade anuais.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201792

Nesta rubrica encontram-se refletidos, entre outros:

• Direitos de concessão, correspondentes ao direito de gestão e exploração dos dois estabelecimentos hospita-lares em Regime de Parceria Público-Privado. A amortização é efetuada pelo período estipulado nos contratos (10 anos);

• Responsabilidade correspondente ao valor total estimado dos investimentos esperados até ao termo do Contrato de gestão e exploração do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca, decorrente das obrigações contratuais previstas no Anexo V do mesmo, de acordo com o estabelecido na IAS 37 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes e com base nos princípios descritos na IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços. Este ativo encontra-se a ser amortizado pelo período remanescente do contrato;

• Direito de superfície sobre dois imóveis pelo período de 40 anos;

• Direito de exploração de um parque de estacionamento pelo período de 50 anos;

• Direito de superfície em subsolo sobre uma parcela de terreno adjacente ao estacionamento do Edifício Expan-são do Hospital das Descobertas;

• Trespasse relativo às instalações da Clínica CUF São Domingos de Rana.

Após o início de utilização dos bens, as amortizações são calculadas pelo método da Linha reta a partir da data em que os mesmos se encontram disponíveis para ser utilizados no uso pretendido, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

2.12. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Os ativos fixos tangíveis utilizados na produção, prestação de serviços ou para uso administrativo são regista-dos ao custo de aquisição ou produção, incluindo as despesas imputáveis à compra, deduzido da depreciação acumulada e perdas de imparidade, quando aplicável.

Os Imóveis afetos a serviços de saúde encontram-se escriturados pela quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data de revalorização. A avaliação destes Imóveis, com referência a 31 de dezembro de 2017, foi efetuada por uma entidade especializada independente – Ktesios Appraisal – Consultoria e Avaliação Imobiliária, Lda.

Os ativos fixos tangíveis são depreciados pelo método da Linha reta a partir da data em que os mesmos se en-contram disponíveis para ser utilizados no uso pretendido, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

Anos de vida útil

Programas de computador

Valor total estimado dos investimentos

4

10

9

Direito de exploração

Direito de superfície

Direito de entrada à gestão hospitalar

50

40

Anos de vida útil

Edifícios e outras construções

Outros ativos fixos tangíveis

10 - 50

4 - 8

4 - 8

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

3 - 7

4

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 93

A quantia depreciável dos ativos fixos tangíveis não inclui o valor residual que se estima no final das respetivas vidas úteis, exceto nos casos em que o mesmo se estima ser imaterial ou exista incerteza quanto à sua realiza-ção. Adicionalmente, a depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda.

As benfeitorias e beneficiações apenas são registadas como ativo nos casos em que comprovadamente aumentem a sua vida útil ou aumentem a sua eficiência normal, traduzindo-se num acréscimo dos benefícios económicos futuros.

Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos tangíveis ainda em fase de construção/promoção, encon-trando-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes ativos são depreciados a partir do momento em que se encontram em condições de ser utilizados para os fins pretendidos.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de ativos fixos tangíveis são determinadas como a dife-rença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido nos resultados do período, como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.

2.13. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Ativos não correntes (ou operações descontinuadas) são classificados como detidos para venda se o respetivo valor for realizável através de uma transação de venda, ao invés de o ser através do seu uso continuado. Consi-dera-se que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda é altamente provável e o ativo está disponível para venda imediata nas suas atuais condições; (ii) a gestão está comprometida com um plano de venda; e, (iii) é expectável que a venda se concretize num período de doze meses.

Os acontecimentos ou circunstâncias que podem prolongar o período para concluir a venda para além de um ano não excluem que um ativo seja classificado como detido para venda se o atraso for causado por aconteci-mentos ou circunstâncias fora do controlo da entidade e se houver prova suficiente de que a entidade continua comprometida com o seu plano de vender o ativo.

Ativos não correntes (ou operações descontinuadas), classificados como detidos para venda, são mensurados ao menor do valor contabilístico e do respetivo valor esperado de venda, deduzido dos custos de suporte à futura venda.

Na data do reconhecimento inicial, os ativos não correntes (ou grupos para alienação) detidos para venda são mensurados pelo menor valor entre a sua quantia escriturada e o justo valor menos os custos de vender ou, se adquiridos como parte de uma concentração de atividades empresariais, pelo justo valor menos os custos de vender.

Quando se espera que a venda ocorra para além de um ano, os custos de vender são mensurados pelo seu valor presente. Qualquer aumento no valor presente dos custos de vender que resulte da passagem do tempo é reco-nhecido nos resultados como custo de financiamento.

Qualquer redução inicial ou posterior do ativo (ou grupo para alienação) para o justo valor menos os custos de vender é reconhecida como uma perda por imparidade. Qualquer ganho resultante de um aumento posterior no justo valor menos os custos de vender um ativo é reconhecido, mas não para além da perda por imparidade cumulativa que tenha sido reconhecida anteriormente.

Os ativos não correntes enquanto estiverem classificados como detidos para venda ou enquanto fizerem parte de um grupo para alienação classificado como detido para venda não são depreciados (ou amortizados).

Os juros e outros gastos atribuíveis aos passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda continuam a ser reconhecidos.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201794

2.14. IMPARIDADE DE ATIVOS NÃO CORRENTES, EXCLUINDO GOODWILL

É efetuada uma avaliação de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Em caso de existência de indícios, o Grupo procede à determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a eventual extensão da perda de imparidade. Nas situações em que o ativo individualmente não gera cash-flows de forma independente de outros ativos, a estimativa do valor recuperável é efetuada para a unidade geradora de caixa a que o ativo pertence.

Ativos intangíveis de vida útil indefinida são sujeitos a testes de imparidades anuais ou sempre que se verifica existirem indícios de que a mesma exista.

Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhe-cida uma perda de imparidade, registada na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido (valor de venda, deduzido dos custos de venda) e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados decorrentes do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reco-nhecida na rubrica Reversão de amortizações e ajustamentos. Contudo, a reversão da perda de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.

2.15. INVENTÁRIOS E CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de aquisição o qual é inferior ao respetivo valor de mercado, utilizando-se o custo médio como método de custeio.

O custo dos inventários inclui: (i) custos de compra; (ii) custos de conservação; e (iii) outros custos incorridos para colocar os inventários nas condições pretendidas.

Sempre que o seu valor realizável líquido (preço de venda estimado no decurso normal da atividade, deduzido dos respetivos custos de venda) é inferior ao custo de aquisição, procede-se à redução de valor dos inventários, o qual é reposto quando deixam de existir os motivos que a originaram.

As estimativas do preço de venda tomam em consideração as variações relacionadas com acontecimentos ocorridos após o final do exercício na medida em que tais acontecimentos confirmam condições existentes no fim do período.

2.16. LOCAÇÕES

Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse dos ativos locados; e (ii) locações operacionais, se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à sua posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 95

Locações Financeiras

São considerados contratos de locação financeira se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos correspondentes.

Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contra-tos de locação financeira, bem como as correspon-dentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do ativo é registado como ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a depreciação do ativo, calculada conforme descrito acima, são registados como Custos e perdas finan-ceiras no período a que respeitam.

Locações Operacionais

São classificados como contratos de locação ope-racional se através dos contratos não forem transfe-ridos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse desses ativos. A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas na rubrica Forneci-mentos e serviços externos, numa base linear, durante o período do contrato de locação.

2.17. RESPONSABILIDADES POR BENEFÍCIOS A EMPRE-GADOS

Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados independente-mente da data do seu pagamento. Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos benefícios:

Cessação de emprego

Os benefícios de cessação de emprego são devidos para pagamento quando há cessação de emprego antes da data normal de reforma ou quando um em-pregado aceita sair voluntariamente em troca des-tes benefícios. O Grupo reconhece estes benefícios quando se pode demonstrar estar comprometido a uma cessação de emprego de funcionários atuais, de acordo com um plano formal detalhado para a ces-sação e não exista possibilidade realista de retirada

ou estes benefícios sejam concedidos para encora-jar a saída voluntária. Sempre que os benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data do balanço, eles são descontados para o seu valor atual.

Férias, Subsídio de férias e Prémios

De acordo com a lei laboral, os empregados têm di-reito a 22 dias úteis de férias anuais, bem como a um mês de subsídio de férias, direitos adquiridos no ano anterior ao seu pagamento. Estas responsabilidades do Grupo são registadas quando incorridas, indepen-dentemente do momento do seu pagamento, e são refletidas na rubrica de “Outros passivos correntes”.

Benefícios com Pensões de Reforma

As responsabilidades pelo pagamento de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência são registadas de acordo com os critérios consagrados no IAS 19 – Benefícios dos empregados.

Os custos com a atribuição destes benefícios são re-conhecidos à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários.

Deste modo, no final de cada período contabilístico, são obtidos estudos atuariais elaborados por enti-dades independentes, no sentido de determinar o valor das responsabilidades a essa data e o custo com pensões a registar nesse período, de acordo com o método das “unidades de crédito projetadas”. As responsabilidades assim estimadas são reconhecidas na Demonstração da posição financeira na rubrica Benefícios dos empregados.

Os custos com Pensões são registados na rubrica Gastos com o pessoal, conforme previsto pela re-ferida norma, com base nos valores determinados por estudos atuariais, e incluem o custo dos serviços correntes (acréscimo de responsabilidade), o qual corresponde aos benefícios adicionais obtidos pelos empregados no período, e o custo dos juros, o qual resulta da atualização das responsabilidades passadas.

Os custos com serviços passados são reconhecidos de imediato, na medida em que os benefícios asso-ciados foram já reconhecidos ou, de outro modo, reconhecidos de forma linear no período em que se estima que os mesmos sejam obtidos.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201796

2.18. PROVISÕES

As provisões são reconhecidas quando: (i) o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) re-sultante de um evento passado; (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos; e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada Demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.

Em particular são constituídas provisões para fazer face às obrigações contratuais de manter ou repor os equipamentos, operados ao abrigo do Contrato de gestão e exploração do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca, tendo por base o plano de investimento decorrente das obrigações previstas no Anexo V do referido contrato, de acordo com o estabelecido na IAS 37 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes e com base nos princípios descritos na IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços.

2.19. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Um passivo contingente surge quando exista:

• uma possível obrigação que surja proveniente de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo; ou,

• uma obrigação presente que surja de acontecimen-tos passados, mas que não é reconhecida porque:

• não é provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação; ou,

• a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo às demonstrações finan-ceiras, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.

Um ativo contingente é um possível ativo que surja de acontecimentos passados e cuja existência somente

será confirmada pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras con-solidadas, mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.20. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Ativos financeiros e passivos financeiros são reco-nhecidos quando o Grupo se torna parte na respetiva relação contratual.

a) Caixa e depósitos bancários

Os montantes incluídos na rubrica Caixa e depósitos bancários correspondem aos valores de caixa, depó-sitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa consolidada, a rubrica Caixa e seus equivalentes com-preende também os descobertos bancários incluídos na rubrica Empréstimos, na demonstração da posição financeira consolidada.

b) Clientes, Outros Devedores e Outros Ativos

As contas a receber não têm implícito juro e são inicial-mente contabilizadas ao valor nominal e subsequente-mente mensuradas pelo custo amortizado, deduzido de perdas de realização estimadas. As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas estimadas, associadas aos créditos de co-brança duvidosa na data da demonstração da posição financeira. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade, sendo subsequentemente revertidas por resultados na ru-brica Reversão de provisões e perdas por imparidade, caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior. A evidência objetiva de que um ativo financeiro está em imparidade teve em conta os seguintes aspetos: (i) Significativa dificuldade financeira do devedor; (ii) Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou amortização da dívida; (iii) Probabilidade de o devedor entrar em falência financeira.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 97

c) Investimentos

Os investimentos são reconhecidos (e desreconhe-cidos) na data em que são transferidos substancial-mente os riscos e vantagens inerentes à sua posse, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente mensurados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transação.

Os investimentos, que não em empresas subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, classifi-cam-se como segue:

• Investimentos detidos até à maturidade;

• Ativos mensurados ao justo valor através de resul-tados;

• Ativos financeiros disponíveis para venda;

• Outros investimentos.

Os investimentos detidos até à maturidade são inves-timentos com fluxos financeiros pré-determinados e com maturidade definida e para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data, sendo classificados como investimentos não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a doze meses da data da demonstração da posição financeira. Estes investimentos são registados ao custo amortizado, através da taxa de juro efetiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos. São reconhecidas perdas de imparidade em resultados quando o valor reconhecido do investimento é inferior ao valor estimado dos fluxos de caixa descontados à taxa de juro efetiva determinada no momento do reconhecimento inicial. A reversão de perdas de im-paridade em períodos subsequentes apenas poderá ocorrer quando um aumento no valor recuperável do investimento estiver relacionado com eventos ocor-ridos após a data em que a perda por imparidade foi reconhecida. Em qualquer circunstância, decorrente da reversão da perda por imparidade, o valor reconhe-cido do investimento não poderá ultrapassar o valor correspondente ao respetivo custo amortizado, caso a perda por imparidade não tivesse sido reconhecida.

O Grupo classifica os “Outros Instrumentos Financeiros” como detidos até à maturidade.

Os ativos mensurados ao justo valor através de re-sultados são instrumentos financeiros detidos para

negociação adquiridos para venda no curto prazo, e são classificados como investimentos correntes. Incluem-se ainda nesta categoria os instrumentos financeiros que no momento do reconhecimento ini-cial são designados pela Empresa pelo justo valor através de resultados, desde que tenham um preço de mercado cotado num mercado ativo ou o justo valor possa ser fielmente mensurado.

Após o reconhecimento inicial, os ativos mensura-dos ao justo valor através de resultados e os ativos financeiros disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data da demonstração da posição fi-nanceira, sem qualquer dedução relativa a custos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Nas situações em que os investimentos sejam em ins-trumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, os mesmos são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são in-vestimentos financeiros que se encontram disponíveis para venda ou não se enquadram nas classificações anteriores e são classificados como ativos não cor-rentes.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos ativos financeiros disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica Ou-tras reservas até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou nas situações em que se entende existir perda de imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) em resultados.

d) Passivos financeiros e instrumentos de capital

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo são classificados de acordo com a substância contratual, independente da forma legal que assumam. Os instrumentos de capital próprio são contratos que evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo, após dedução dos passivos.

Os instrumentos de capital próprio emitidos são re-gistados pelo valor recebido, líquido de custos su-portados com a sua emissão.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201798

e) Empréstimos bancários

Os empréstimos são inicialmente reconhecidos no pas-sivo pelo valor nominal recebido, líquido de despesas com a emissão, o qual corresponde ao respetivo justo valor nessa data. Subsequentemente, os empréstimos são mensurados pelo método do custo amortizado, calculados de acordo com o método do juro efetivo, sendo os correspondentes encargos financeiros cal-culados de acordo com a taxa de juro efetiva.

f) Fornecedores, Outros credores e Outros passivos

Os saldos de Fornecedores, Outros Credores e Outros passivos, são inicialmente contabilizadas ao valor nominal e subsequentemente, sempre que aplicável, mensuradas pelo custo amortizado, e de acordo com o método da taxa de juro efetiva. As contas a pagar são reconhecidas como passivos correntes exceto se estiver contratualizada a sua liquidação após 12 meses seguintes à data da Demonstração consolidada da posição financeira.

g) Instrumentos financeiros derivados e contabili-dade de cobertura

O Grupo JMS tem como política contratar instrumen-tos financeiros derivados com o objetivo de efetuar cobertura dos riscos financeiros a que se encontra exposto, os quais decorrem essencialmente de va-riações de taxas de juro.

Instrumentos de cobertura

A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições da IAS 39, no-meadamente, quanto à respetiva documentação e avaliação de efetividade.

Os instrumentos financeiros derivados são reconhe-cidos pelo seu justo valor na data da sua negociação. O justo valor é avaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa avaliação regis-tados na demonstração de resultados, exceto no que se refere aos derivados de cobertura de fluxos de caixa, em que a variação é reconhecida nos Capitais Próprios Consolidados.

A contabilização é descontinuada quando o instru-mento de cobertura atinge a maturidade, o mesmo é vendido ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos na IAS 39.

2.21. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

A Demonstração de fluxos de caixa é elaborada se-gundo o método direto, através da qual são divul-gados os influxos e exfluxos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 99

2.22. EVENTOS SUBSEQUENTES

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicio-nal sobre situações existentes à data da demonstração da posição financeira são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas.

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre situações ocorridas após essa data, se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras conso-lidadas.

3. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

3.1. EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO INTEGRAL

Em 31 de dezembro de 2017 foram incluídas na consolidação, pelo método integral, a Empresa-mãe, e as seguintes participadas nas quais o Grupo detém o controlo:

AtividadeSede

Carnaxide

Lisboa

Carnaxide

Cascais

Carnaxide

Matosinhos

Carnaxide

Viseu

S.J.Madeira

Carnaxide

Lisboa

Viseu

Carnaxide

S.J.Madeira

Carnaxide

Lisboa

Carnaxide

Lisboa

Coimbra

99,9049%

62,8068%

100%

99,9995%

100%

95,9955%

100%

100%

100%

100%

33,6490%

100%

99,9995%

100%

100%

69,9294%

100%

100%

100%

Gestão e exploração de um estabelecimento hospitalar

Prestação de serviços médicos e de enfermagem

Gestão e exploração de estabelecimentos clínicos e hospitalares

Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico

Gestão e exploração de estabelecimentos clínicos e hospitalares

Exploração de estabelecimento de saúde

Gestão e exploração de um estabelecimento hospitalar

Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico

Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico

Gestão e exploração de estabelecimentos clínicos e hospitalares

Prestação de serviços médicose de enfermagem

Gestão e exploração de um estabelecimento hospitalar

Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico

Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico

Gestão e exploração de estabelecimentos clínicos e hospitalares

Prestação de serviços de diagnóstico e terapêutica na área da medicina nuclear

Prestação de serviços médicos e de enfermagem

Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico

Prestação de serviços médicos e de enfermagem com internamento

Percentagem efetivaEmpresas

Prestação privada

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Clínica CUF Belém, S.A.

Hospital CUF Cascais, S.A. (c)

Ecografia de Cascais, Lda.

Hospital CUF Porto, S.A. (d)

Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A.

Hospital CUF Santarém, S.A.

SIM-X - Serviço de Imagem Médica, Lda.

Gabinete de Diagnóstico de Imagem de São João da Madeira, Lda.

Hospital CUF Infante Santo, S.A. (a)

Clínica de Serviços Médicos Computorizados de Belém, S.A. (f)

Hospital CUF Viseu, S.A.

Nova Imagem - Centro Radiodiagnóstico, S.A.

Celso & Santos, S.A.

Hospital CUF Torres Vedras, S.A. (b)

HD Medicina Nuclear, S.A.

Clínica CUF Alvalade, S.A.

Clínica Dr. Luís Álvares, S.A.

CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017100

(a) A atividade desta sociedade inclui ainda a atividade de serviços domiciliários (resultante de uma operação de cisão-fusão da SPSD – Sociedade Portuguesa de Serviços Domiciliários, S.A.), bem como a gestão das Clínica CUF Miraflores e Clínica CUF Almada, as quais respondem clínica e administrativamente ao Hospital CUF Infante Santo, S.A..

Braga

Carnaxide

Carnaxide

Carnaxide

Roterdão

V.F. de Xira

Carnaxide

Matosinhos

Carnaxide

Carnaxide

99,9809%

100%

Empresa-mãe

100%

99,9995%

99,9760%

100%

95,9955%

100%

99,0933%

Gestão e exploração de um estabelecimento hospitalar público

Exploração, gestão e comercialização de infraestruturas de saúde, espaços comerciais e parques de estacionamento

Compra e venda de equipamentos e prestação de serviços de gestão e consultoria

Compra e venda de imóveis, permuta e arrendamento de imóveis

Gestão de participações sociais

Gestão e exploração de um estabelecimento hospitalar público

Compra e venda de imóveis, permuta e arrendamento de imóveis

Gestão de participações sociais

Realização de empreendimentos imobiliários, designadamente a compra e venda de imóveis, permuta e arrendamento de imóveis póprios e alheios

Prestação de serviços informáticos, operacionais, administrativos e de negociação

Prestação pública

Infraestruturas

Outros

Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

Infrahealth – Gestão de Infraestruturas, Lda.

José de Mello Saúde, S.A.

SIMPLYGREEN - Investimentos Imobiliários, S.A.

Vramondi International BV

Escala Vila Franca – Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

Imo health - Investimentos Imobiliários, S.A.

VALIR - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Hospimob - Imobiliária, S.A.

JMS - Prestação de Serviços Administrativos e Operacionais, ACE

Carnaxide

Carnaxide

Carnaxide

Carnaxide

Carnaxide

Carnaxide

Carnaxide

Carnaxide

Carnaxide

99,2404%

100%

100%

100%

100%

99,1714%

100%

70,4997%

100%

Prestação de serviços de saúde, administrativos e operacionais

Distribuição e comercialização de medicamentos e dispositivos médicos

Comércio de produtos de parafarmácia

Prestação de serviços de formação na área da enfermagem e serviços clínicos

Prestação de serviços de gestão, consultoria, operacionais e administrativos, na área da saúde

Prestação de serviços operacionais (catering, limpeza e manutenção)

Prestação de serviços de gestão, consultoria, operacionais e administrativos, na área da saúde

Prestação de serviços externos de segurança, higiene e saúde no trabalho

Prestação de serviços de gestão, consultoria, operacionais e administrativos, na área da saúde

JMS - Prestação de Serviços de Saúde, ACE

Centro Logístico CUF Unipessoal, Lda. (e)

Loja Saúde CUF - Produtos e Serviços de Saúde e Bem Estar, S.A.

Academia CUF, Sociedade Unipessoal, Lda.

PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A.

JMS - Serviços de Logística, ACE

PPPS - Gestão e Consultoria, S.A.

Sagies - Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, S.A.

PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A.

AtividadeSede Percentagem efetivaEmpresas

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 101

(b) A atividade desta sociedade inclui ainda a gestão da Clínica CUF Mafra, a qual responde clínica e administra-tivamente ao Hospital CUF Torres Vedras, S.A..

(c) A atividade desta sociedade inclui ainda a gestão das Clínica CUF São Domingos de Rana e Clínica CUF Sintra, as quais respondem clínica e administrativamente ao Hospital CUF Cascais, S.A..

(d) A atividade desta sociedade inclui ainda a gestão da Clínica CUF São João da Madeira, a qual responde clínica e administrativamente ao Hospital CUF Porto, S.A..

(e) Esta sociedade foi constituída no final de 2017, mas ainda não iniciou a atividade.

(f) A percentagem de controlo sobre esta entidade, dada de forma indireta através dea clínica CUF Belém, S.A. é de 53,57%.

3.2. EMPRESAS ASSOCIADAS

As empresas associadas registadas pelo método de equivalência patrimonial em 31 de dezembro de 2017 (Nota 19), são as seguintes:

4. ALTERAÇÕES NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

As principais alterações ocorridas no perímetro de consolidação, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017, respeitaram essencialmente a:

4.1. ENTRADAS

Empresas Percentagem efetivaSede Atividade

Centro Gamma Knife-Radiocirurgia, S.A. Exploração de unidades de tratamento por radiocirurgiaLisboa 34,000%

Firma Percentagem do capital detidoSede social

Controlo

100%

100% 100%

100%

100%

100%

100%

100%

100% 100%

100%

100%

100%

100%

Carnaxide

S.J.Madeira

Carnaxide

Carnaxide

S.J.Madeira

Lisboa

Coimbra

Carnaxide

100%

100%

Efetiva

SIMPLYGREEN - Investimentos Imobiliários, S.A. (“Simplygreen”)

Gabinete de Diagnóstico de Imagem de São João da Madeira, Lda. (“GDI”)

Hospimob - Imobiliária, S.A. (“Hospimob”)

PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A. (“PPPS II”)

Celso & Santos, S.A. (“C&S”)

Clínica Dr. Luís Álvares, S.A. (“CLA”)

CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A. (“CPIS”)

PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A. (“PPPS III”)

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017102

A entrada destas entidades no perímetro de consolidação, teve o seguinte impacto nas demonstrações finan-ceiras consolidadas:

Os valores indicados, são os justos valores dos ativos e passivos destas subsidiárias.

Em 2016 o Grupo adquiriu o controlo da Sim X – Serviços de Imagem Médica, Lda. de que resultou um Goodwill de 624 milhares de euros.

C&S HospimobGDI CPIS TotalSimplygreen CLA

Ativos líquidos adquiridos

4.228.627 760.973

- 14.561

- -

- 8.826

- 7.301

- (132)

- 5.519

250 246.967

- -

(3.152.707) (761.352)

- 157.684

- (63.567)

-

737.293 207.972 41.099 136.913 36.368.360 (468.250)

2.145.867

(8.501) (140.509)

737.293 1 382.780

29.624 12.184

- (11.543)

737.293 2.282.780

(360.000) (100.000)

- 900.000

1.992 76.766.703

186 355.263

- -

370 -

- - -

- - (4.067.924)

6.572 1.352.007

150 417.845

- 13.020 13.020

83.116.875

144.655

78.680

173.636

1.030.976

601.694

869.617

788.005

6.742.179

(43.850.755)

(4.068.056)

(1.213.809)

(912.451)

(2.223.331)

(4.267.547)

1.170 859.250

166.335

-

135.982 -

33.739 6.194.453

- -

-

-

- - (39.850.000)

56.658 11.095

(1.041) -

19.328 -

(1.230) (775.059)

159.992 34.387.465

4.654 388.070

(774) (859.045)

227.300 36.368.360

(22.565) (1.795.196)

67.308 2.988.134

3.154

122.135 144.634

78.680

(86.696)

16.466 789.073

(51.397) (1.097.804)

94.883 8.258.750

- (1.298.032)

n.a. 6.790.500

4.732 162.430

(2.624) (38.465)

135.982 7.790.500

(56.106) (1.933.680)

n.a. 1.000.000

Ativos fixos tangíveis

Outros activos

Inventários

Passivos por impostos diferidos

Ativos intangíveis

Outros devedores

Ativos por impostos diferidos

Empréstimos

Outros investimentos

Caixa e equivalentes a caixa

Clientes e adiantamentos a fornecedores

Fornecedores e adiantamentos de clientes

Goodwill (Nota 15)

Outros passivos

Liquidação por meios monetários (Nota 46)

Estado e outros entes públicos

Estado e outros entes públicos

Preço de aquisição

Outros credores

Valor em dívida (Nota 40)

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 103

4.2. OUTRAS OPERAÇÕES QUE AFETARAM O PERÍMETRO EM PERÍODOS ANTERIORES

Digihealth e Haspac

No dia 6 de novembro de 2007, o Ministério da Saúde denunciou o contrato de concessão com a sociedade Hos-pital Amadora Sintra - Sociedade Gestora, S.A. (“HAS”), atualmente denominada Digihealth, S.A. (“Digihealth”), que geria o Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca EPE, cuja transferência da gestão teve efeitos a partir de 1 de janeiro de 2009, razão pela qual esta atividade foi descontinuada. Consequentemente, a atividade de uma outra empresa do Grupo, a HASPAC - Patologia Clínica, S.A. (“Haspac”) que explorava em regime exclusivo o Serviço de Patologia Clínica da Digihealth, foi, igualmente, descontinuada.

No âmbito do processo de arbitragem em curso, o tribunal arbitral proferiu em 12 de dezembro de 2012 um acórdão condenando a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (“ARSLVT”) a pagar à Digihealth a importância de 18.123.526 Euros. Apesar de condenada e de interpelada para o efeito, a ARSLVT nunca pagou o montante condenatório. A ARSLVT instaurou uma ação de anulação do acórdão arbitral que corre termos pelo Tribunal Central Administrativo Sul e que ainda se encontra pendente de decisão.

No final do primeiro trimestre de 2014, a Digihealth constatou que os esforços de cobrança junto da ARSLVT não estavam a produzir os resultados desejados. Por esse motivo, e com o objetivo de satisfazer, ainda que parcial-mente, as responsabilidades contraídas junto dos seus credores, a Digihealth sondou o mercado e logrou encon-trar uma entidade, a Finanfarma – Sociedade de Factoring, S.A., disposta a celebrar um contrato de factoring e a pagar uma quantia muito avultada pela aquisição do crédito da Digihealth sobre a ARSLVT, prevendo expressa-mente a possibilidade de recorrer ao Processo Especial de Revitalização (“PER”). A estratégia preconizada pela Digihealth mereceu a concordância de uma larga maioria de credores (74,46%) representativos do seu passivo. Em 1 de agosto de 2014 o Digihealth instaurou o processo PER tendo sido aprovado por 84% dos credores, e posteriormente homologado pelo Tribunal de Comércio de Lisboa em 5 de março de 2015.

Pese embora se tenha obtido o apoio de diversos Credores (47,98%) representativos do passivo da HASPAC, a verdade é que não foi possível alcançar a maioria qualificada de 67% e que permitisse efetuar um acordo de credores. Neste contexto, a Administração da HASPAC viu-se forçada a avançar com pedido de apresentação voluntária à Insolvência junto do Tribunal da Comarca de Lisboa Oeste, tendo sido decretada insolvente no dia 19 de fevereiro de 2015, e nomeado o respetivo e atual Administrador de Insolvência.

À semelhança de exercícios anteriores, o Conselho de Administração da Digihealth desenvolveu a sua atividade de acordo com o enquadramento e os compromissos assumidos com os credores, nomeadamente o Processo Especial de Revitalização. Assim, foi considerado pelo Grupo JMS que não se verifica um controlo efetivo destas subsidiárias, pelo que as mesmas foram excluídas do perímetro de consolidação.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017104

5. SEGMENTOS DE NEGÓCIO

Tal como preconizado na IFRS 8, o Grupo apresenta os segmentos operacionais baseados no modelo interno de informação de gestão providenciado ao principal responsável pela tomada de decisões operacionais do Grupo, o qual é responsável pela alocação de recursos ao segmento e pela avaliação do seu desempenho assim como pela tomada de decisões estratégicas.

As principais atividades desenvolvidas pelo Grupo são agrupadas nos seguintes segmentos de negócio:

• Prestação privada;

• Prestação pública;

• Infraestruras; e,

• Outros.

A área de negócio “Prestação privada”, em 31 de dezembro de 2017, inclui as seguintes unidades:

• sete hospitais, que no seu conjunto oferecem 566 camas para internamento, 385 gabinetes de consultas, blocos operatórios com 41 salas, blocos de partos com 6 salas e ainda uma vasta oferta de consultas de especialidade, exames, medicina dentária, check-ups, medicina física e de reabilitação;

• nove clínicas de ambulatório, com 229 gabinetes, que oferecem consultas de especialidade, exames, medicina dentária, check-ups, medicina física e de reabilitação e ainda a possibilidade de realização de pequenas cirurgias;

• uma unidade de diagnóstico e tratamento de elevado perfil tecnológico com 56 gabinetes de consulta de es-pecialidades; e,

• oito unidades de imagiologia clínica, com um leque diversificado de exames (densitometria óssea, ecografia, mamografia, radiologia, ressonância magnética e tomografia computorizada).

O segmento “Prestação pública” decorre de dois contratos de parceria com o estado português, no qual o Grupo gere dois hospitais:

• Estabelecimento Hospitalar de Braga - resultante de uma parceria público-privado (estabelecida em dezembro de 2008) iniciou-se o Contrato de Gestão com a ARS Norte IP em 1 de setembro de 2009, vigorando por um período de 10 anos, ou seja, até 31 de agosto de 2019. O novo Hospital de Braga, que faz parte do Sistema Nacio-nal de Saúde entrou em funcionamento no dia 9 de maio de 2011, dispõe de uma área de construção hospitalar de 102 mil m2, 705 camas, 109 gabinetes de consultas, um bloco operatório central com 12 salas e um bloco de partos, servindo uma população de 1,2 milhões de habitantes dos distritos de Braga e Viana do Castelo; e,

• Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca – o consórcio Escala Vila Franca de Xira, assumiu a gestão do Hospital de Reynaldo dos Santos no dia 1 de junho de 2011 com responsabilidade por toda a atividade deste hospital do Serviço Nacional de Saúde, tendo assegurado a gestão da anterior infraestrutura hospitalar durante o perío-do de 2 anos. Em abril de 2013 entrou em funcionamento o novo Hospital Vila Franca de Xira que conta com uma área bruta de construção de 49 mil m2, 233 camas de internamento, 33 gabinetes de consultas, um bloco operatório com 9 salas e um bloco de partos com 6 salas, servindo cerca de 235 mil habitantes dos concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira. Este contrato de gestão vigorará até 31 de maio de 2021.

O segmento “Infraestruturas” inclui quatro entidades cujo objeto social é o da compra, venda, gestão e arren-damento de infraestruturas de saúde, espaços comerciais e parques de estacionamento; desta forma, com esta

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 105

segregação, foi possível separar as unidades de negócio clínicas das atividades acessórias. No seu conjunto este segmento inclui, essencialmente, a gestão e exploração de treze imóveis e de sete parques de estacionamento (num total de 1.421 lugares de estacionamento).

O segmento “Outros” integra, para além da gestão de participações sociais, seis entidades que prestam serviços de gestão, formação, contabilidade, consultoria, limpeza e manutenção e ainda serviços informáticos, operacio-nais, administrativos, aluguer de equipamento médico, de negociação e aprovisionamento. O Grupo conta, ainda, com unidades que (i) prestam serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho indispensáveis à vigilância da saúde dos trabalhadores e das condições ambientais de trabalho, (ii) prestam cuidados personalizados de saúde no domicílio, nomeadamente nas áreas de gerontologia, cuidados materno-infantis, acompanhamento em convalescenças e cuidados paliativos e (iii) prática do comércio de produtos de parafarmácia, que incluem pro-dutos de dermocosmética, de higiene pessoal, de puericultura, ortopédicos, produtos e suplementos alimentares, alimentação dietética, produtos naturais e produtos farmacêuticos não sujeitos a receita médica.

A principal informação relativa ao contributo de cada segmento dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é a seguinte:

2017

Prestação pública EliminaçõesInfra-

estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros

Prestações de serviços

8.911.779 47.251.208

332.050 334.421

399.480.468 3.170.601

822.778 5.535.962

(367.510.515) (96.293.529)

43.203.523 (4.698.684)

408.392.246 50.421.809

- 82.900

6.941.366 41.675.286

(4 619 573)

30.872.131

(502 251)

(1.392.780)

47.823.097 (4.196.434)

(11.947.378) 3.397.028

(5.774.401) (6.455.534)

(384.014) (91.123)

- (61.276.235)

- -

225.040.349 -

142 (5.888.769)

(230.290.784) (5.664.915) 104.909.029

(3.535.996) (2.864.535) 486.014

5.113.248 -

- 666.471

- 627.691.418

486.243 956.355

(594.850.714)

32.104.308

225.040.349 (61.276.235)

- -

2.331.281 1.950.961

5.113.248

(43.146.779)

(616 843)

(3.815.271)

(4 263 829)

(2.843.883)

-

486.014

(2.919.153) 486.014

(279.957) -

(616.985) 5.402.755

682 -

627.691.418

- 82.900

9.752.114

(10 488 510)

22.820.198

1.399.294 42.592.818

20.652 (8.809.655)

(4.750.072) (12.194.236)

- (474.455)

Intersegmentais

Resultados relativos a empresas associadas

Custos operacionais

Resultado antes de impostos

Clientes externos

Proveitos e ganhos financeiros

Outros proveitos operacionais

Resultados financeiros

Resultado líquido do exercício atribuível a acionistas

Total de vendas e prestações serviços

Resultados de ativid. de investimento

Resultado operacional do segmento

Imposto sobre o rendimento

Custos e perdas financeiras

Resultado imputável aos interesses que não controlam

As transações intersegmento são realizadas a preços de mercado, numa base similar às transações com terceiros.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017106

As transações intersegmento são realizadas a preços de mercado, numa base similar às transações com terceiros.

Outras informações:

Os ativos e passivos por segmento de negócio e a respetiva reconciliação com o total consolidado em 31 de dezembro de 2017 são como segue:

Prestação pública EliminaçõesInfra-

estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros

(942.143) 70.261

(12.788.280)

15.633.386

(1.946.461)

3.527.277

(815.913) -

(9.908.924)

3.781.510

-

-

- (1.687.795)

(3.087.849)

95.490.880

(27.731.514)

118.433.053

Provisões e perdas por imparidade, líquido

Depreciações e amortizações em resultados

Dispêndios de capital fixo (Nota 18)

Prestação pública EliminaçõesInfra-

estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros

Ativos relativos aos segmentos

Passivo

43.850.100

48.110.070

233.956

70.311.906

6.000

5.865.548

-

439.963.066

66.073.717

33.095.036

98.013.786

147.294.701

7.957.749

200.798.998

27.191.913

70.836.077

278.483.466

228.499.807

475.118.728

277.500.623

15.896

71.817.362

-

65.220.269

-

(34.373.657)

-

(436.723.635)

13.191.527

10.000.000

32.197.814

51.927.649

-

-

(34.860.708)

(245.094.602)

13.261

3.122.678

-

61.239.773

43.885.257

94.542.001

233.956

200.011.378

291.185.799

107.740.051

327.753

181.851.467

378.408.792

351.634.085

122.870.558

206.815.292

110.625.506

133.745.010

(471.584.343)

(279.468.259)

352.766.585

292.714.196

745.409.942

652.991.378

Goodwill

Fornecedores e adiantamentos de clientes

Investimentos em associadasOutros ativos relativos aos segmentos

Ativos fixos tangíveis

Empréstimos

Clientes e adiantamentos a fornecedores

Outros passivos relativos aos segmentos

Total do ativo consolidado

Total do passivo consolidado

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 107

As transações intersegmento são realizadas a preços de mercado, numa base similar às transações com terceiros.

2016

Prestação pública EliminaçõesInfra-

estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros

Prestações de serviços

1.272.399

(320.703.324)

(11.533.047)

(286.016)

382.517

-

40.000.413

(78.737.045)

2.558.552

1.700

4.005.573

(83.070)

360.378.674

4.783.252

42.095.151

(4.331.383)

313.015

3.057.094

32.604.006

(4.055.207)

(5.349.344)

447.166

361.651.073

45.731.002

(3.635.851)

30.276.088

43.057.507

(3.075.532)

(979.675)

(1.494.955)

-

(220.627.433)

663.761

380

533

-

(45.638.822)

78.062.317

-

-

(3.866.502)

-

214.605.554

3.197.257

(3.677.137)

(853.048)

-

-

(32.423.495)

-

3.866.502

-

4.366.010

(2.730.745)

(133.641)

-

-

-

-

(544.736.229)

(8.444.376)

(283.937)

522.121

(83.070)

-

68.503

(1.715.513)

(3.419.282)

-

578.041.322

8.229.524

32.647.294

(10.086.554)

760.181

214.605.554

(2.824.623)

(852.515)

(3.012.997)

(45.638.822)

-

-

-

4.366.010

1.703.769

(3.419.282)

(1.849.155)

578.041.322

41.534.616

(8.887.323)

23.918.981

Intersegmentais

Custos operacionais

Imposto sobre o rendimento

Resultado imputável aos interesses que não controlam

Proveitos e ganhos financeiros

Resultados de ativid. de investimento

Clientes externos

Outros proveitos operacionais

Resultado antes de impostos

Custos e perdas financeiras

Resultados relativos a empresas associadas

Total de vendas e prestações serviços

Resultado operacional do segmento

Resultados financeiros

Resultado líquido do exercício atribuível a acionistas

Page 179: Pág. 3 - 71 · 2020-07-02 · josÉ de mello saÚde relatÓrio integrado 2017 Índice pág. 3 - 71 pág. 72 - 243 pág.244 - 277 pág.278 - 315

JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017108

Outras informações:

Os ativos e passivos por segmento de negócio e a respetiva reconciliação com o total consolidado em 31 de dezembro de 2016 são como segue:

6. CAPITAL MANAGEMENT

O Grupo JMS monitoriza ativamente a sua estrutura de capital, controlando a proporção de financiamento do seu ativo entre capitais próprios e alheios. Neste âmbito, o grupo acompanha o rácio de gearing, que consiste na dívida financeira líquida sobre o total do capital próprio acrescido da dívida financeira líquida. O cálculo da dívida financeira líquida inclui a dívida financeira bruta deduzida de caixa e equivalentes e outros instrumentos financeiros. Na seguinte tabela apresenta-se o detalhe do cálculo deste rácio para os anos de 2017 e 2016:

Prestação pública EliminaçõesInfra-

estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros

163.057 120.802

(10.946.727)

15.107.985

(1.757.347)

3.136.739

(2.038.453) -

(10.098.729)

2.850.538

-

-

- (1.754.594)

(2.289.564)

17.894.248

(25.092.368)

38.989.509

Provisões e perdas por imparidade, líquido

Depreciações e amortizações em resultados

Dispêndios de capital fixo (Nota 18)

Prestação pública EliminaçõesInfra-

estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros

Ativos relativos aos segmentos

Passivo

33.331.272

35.581.520

168.111

73.784.529

6.000

4.659.104

-

292.697.687

55.849.826

22.971.455

81.681.345

135.322.901

5.888.671

116.912.739

19.148.552

32.369.490

244.815.082

193.875.876

317.740.910

153.941.333

15.896

68.170.882

-

76.858.534

-

(22.260.555)

-

(263.154.615)

17.125.267

10.000.000

16.736.643

50.104.498

-

-

(22.253.322)

(129.082.729)

13.261

1.383.902

-

3.978.412

33.366.429

87.534.852

168.111

184.164.546

110.925.844

125.734

64.359

94.939.793

189.789.608

150.009.928

95.377.577

183.653.952

110.736.339

128.275.379

(285.407.936)

(151.343.285)

114.981.876

96.449.429

502.866.271

421.198.732

Goodwill

Fornecedores e adiantamentos de clientes

Investimentos em associadas

Outros ativos relativosaos segmentos

Ativos fixos tangíveis

Empréstimos

Clientes e adiantamentos a fornecedores

Outros passivos relativos aos segmentos

Total do ativo consolidado

Total do passivo consolidado

Dívida Financeira Bruta

Caixa e equivalentes

Outros Instrumentos Financeiros

Capital Próprio + Dívida Financeira Líquida (A+B)

Rácio de Gearing (A/(A+B))

31-12-2017 31-12-2016

421.606.101 219.624.592

47.894.297 16.067.394

35.150.000 48.650.000

88.189.849 77.706.743

426.751.653 232.613.941

79% 67%

154.907.198338.561.804Dívida Financeira Líquida (A)

Capital Próprio (B)

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 109

Adicionalmente, a análise do Grupo JMS relativamente aos seus rácios de capital incide de forma mais detalhada sobre o rácio de dívida financeira líquida sobre EBITDA, uma vez que o Grupo tem associado a diversos finan-ciamentos um covenant calculado com base neste rácio. Destaque para os três empréstimos obrigacionistas emitidos (num total de 150 milhões de euros), que incluem como covenant financeiro um limite de 6x no rácio de dívida financeira líquida sobre EBITDA. Na eventualidade do Grupo JMS não respeitar este mesmo covenant, os obrigacionistas poderão exigir o reembolso antecipado das obrigações. No final de 2017 e 2016 este rácio registou valores de 4,7x e 2,3x, respetivamente.

7. PROVEITOS OPERACIONAIS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os proveitos operacionais têm a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

438.802

2.995.040

2.285.795

257.325

249.756

2.637.432

970.625

38.908

-

135.431

402.559

15.434

38.314

629.474

2.593.141

2.037.457

333.174

230.104

2.523.533

495.478

53.181

435

69.752

358.522

-

65.102

406.107.933

1.015.608

65.236

4.972

217.420.992

934.942

40.893

-

950.828

409.118

27.589

-

367.169.069

920.370

-

28.884

206.830.166

520.425

172.145

2.737

819.328

264.699

14.736

138.935

627.691.418

9.752.114

637.443.532

578.041.322

8.229.524

586.270.846

Prestações de serviços

Correções relativas a exercícios anteriores

Transporte de doentes

Higiene, Segurança e Medicina do trabalho

Ensaios, exames, análises clínicas e consumíveis

Estágios

Recuperação de dívidas a receber

Outros

Eventos clínicos (Jornadas e Congressos)

Indemnizações

Outros proveitos operacionais

Vendas

Cedência de espaço

Descontos de pronto pagamento

Serviço Nacional de Saúde

Projetos de hospitais e consultoria técnica

Ganhos obtidos na alienação ativos

Reembolso de custos

Serviços Domiciliários

Contratos de Gestão com Administração Regional de Saúde

Aposentações provisórias

Cedência de pessoal

Atividade hospitalar e clínica

Cedência de exploração

Rappel

Subsídios à exploração

Vendas e prestações de serviços

Outros proveitos operacionais

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017110

As Vendas e prestações de serviços registaram um crescimento de 8,6% face ao ano anterior, o qual é, essen-cialmente, justificado por:

• aumento do número de consultas de especialidade;

• aumento do número de pacientes operados;

• abertura de novas clínicas;

• abertura de novos serviços nas clínicas já existentes;

• crescimento das diferentes áreas de atividade e aumento da capacidade instalada.

A rubrica Cedência de espaço inclui, essencialmente, os valores relativos à exploração dos parques de estacio-namento e das áreas de cafetaria das unidades do Grupo.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2016 a rubrica Correções relativas a exercícios anteriores inclui o acer-to, no montante de 1.265 milhares de Euros, gerado na reconciliação do fecho de contas de 2014 e 2015 com a ARS Norte IP.

8. CUSTO DAS VENDAS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o custo das vendas foi apurado como segue:

Inventários em 1 de janeiro (Nota 24)

31-12-2017 31-12-2016

11.295.357 8.951.535

119.276.825

(116.516.108)

173.636

-

109.758.403

(107.414.581)

-

-

11.295.35714.229.710Inventários em 31 de dezembro (Nota 24)

Variação de perímetro

Compras

Custo das vendas

entradas

saídas

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 111

9. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os fornecimentos e serviços externos têm a seguinte composição:

A rubrica Fornecimentos e Serviços Externos registou um aumento de cerca de 8,9% face ao exercício anterior, o qual é justificado pelo aumento da atividade do Grupo. As suas principais sub rubricas, respeitam a:

• Honorários (59%) – esta rubrica engloba os montantes pagos a profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e auxiliares) das diversas unidades no âmbito da atividade operacional do Grupo;

• Trabalhos Especializados (11%) – esta rubrica respeita, essencialmente, a trabalhos clínicos;

31-12-2017 31-12-2016

9.109.711

1.295.555

254.055

10.238

6.410.667

2.669.667

1.740.070

1.155.539

868.304

588.226

245.154

144.872

260.239

28.924.978

25.850.818

142.234.579

1.537.951

399.284

167.359

17.180.664

1.568.816

54.896

66.443

11.606.045

1.193.224

238.187

8.555

6.260.843

2.191.508

2.049.940

1.118.923

191.996

301.026

22.899.034

42.573.698

110.190.913

1.728.541

450.923

529.599

1.043.124

136.246

154.538

16.279.333

1.400.043

267.843

36.055

222.850.139242.738.087

Trabalhos Especializados

Comunicação

Deslocações e estadas

Contensioso e notariado

Honorários

Publicidade e propaganda

Ferramentas e utensilios

Conservação e reparação

Água

Portagens

Transportes de mercadorias

Eletricidade

Recolha de Resíduos

Material de escritório

Outros fornecimentos e serviços

Subcontratos

Combustíveis

Climatização

Limpeza, higiene e conforto

Rendas e alugueres

Seguros

Artigos para oferta

Livros e documentação técnica

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017112

• Subcontratos (12%) – engloba a contratação de serviços específicos como (i) catering, (ii) limpeza, (iii) trans-portes de doentes e (iv) MCDTs;

10. CUSTOS COM O PESSOAL

O número de colaboradores em 31 de dezembro de 2017 e 2016, por segmento de negócio, foi o seguinte:

Os custos com o pessoal nos exercícios findos naquelas datas foram como segue:

Os outros gastos com o pessoal incluem despesas com formação profissional, assistência médica e subsídio de alimentação.

Prestação pública

Infraestruturas

Prestação privada

31-12-2017 31-12-2016

4.120 3.926

- -

1.134

3.833

1.009

3.331

8.2669.087

Outros

Remunerações dos órgãos sociais

Seguros

Remunerações dos colaboradores

Indemnizações

Encargos sobre remunerações

Formação

31-12-2017 31-12-2016

2.275.338

3.452.999

2.265.336

2.883.780

140.194.157

470.314

131.068.432

735.984

33.778.845

417.177

8.486.173

172.731

13.346.782

31.740.081

665.334

8.391.271

226.285

6.642.462

184.618.966202.594.517

Gastos de ação social

Benefícios dos empregados (Nota 37)

Outros custos com o pessoal

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 113

11. OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS

Os outros custos operacionais nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram como segue:

A rubrica Impostos inclui essencialmente os gastos com Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e com o Imposto de selo.

12. RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 têm a seguinte composição:

Impostos

Quotizações

Correções relativas a exercícios anteriores

Multas e penalidades

Divídas incobráveis

Contratos de Gestão com Administração Regional de Saúde

31-12-2017 31-12-2016

1.520.644

196.236

835.136

72.207

637.536

126.110

1.022.222

274.183

561.527

82.353

417.622

20.287

20.379

543.933

-

218.477

5.252

34.172

3.005.5813.582.693

Donativos

Perdas incorridas na alienação de ativos

Outros

31-12-2017 31-12-2016

(2.970.864)

26

666.471

82.900

(826.829)

346.039

(8.393.235)

610.291

-

-

(7.736.684)

509.882

-

-

(265.854)

(187)

(3.121)

(685.535)

12.239

(1.398.482)

-

760.181

(83.070)

-

(12.194.236)

956.355

666.471

82.900

(10.086.554)

522.121

760.181

(83.070)

Comissões e serviços bancários

Diferenças de câmbio favoráveis

Ganhos em empresas associadas

Ganhos/perdas em instrumentos financeiros ao justo valor

Outros custos e perdas financeiros

Juros suportados

Juros obtidos

Perdas em empresas associadas

Dividendos relativos a outros investimentos

Diferenças de câmbio desfavoráveis

Instrumentos financeiros derivados - Taxa de juro (Nota 42)

Outros proveitos e ganhos financeiros

Custos e perdas financeiras

Proveitos e ganhos financeiros

Resultados relativos a empresas associadas

Ganhos / (Perdas) relativos a atividades de investimento

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017114

O detalhe dos valores reconhecidos como resultados relativos a participações em associadas no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é como segue:

13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O imposto sobre o rendimento reconhecido nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é como segue:

O Grupo JMS e as suas subsidiárias nacionais detidas direta ou indiretamente em mais de 75% são tributadas em Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (“RETGS”). As empresas incluídas no RETGS apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual; as responsabilidades apuradas são, no entanto, reconhecidas como devidas à sociedade dominante do grupo fiscal, a JMS, a quem compete o apuramento global e a autoli-quidação do imposto. Para as empresas não abrangidas pelo RETGS, o imposto corrente é calculado com base nas respetivas matérias coletáveis e nas taxas de imposto vigentes, de acordo com as regras e regimes fiscais aplicáveis no território da sede de cada empresa.

31-12-2017 31-12-2016

(294.608)

-

(510.068)

51.349

57.538

9.182.340

-

99.522

223.582

9.905.474

(282.263)

-

(697.916)

(590.101)

34.793

-

-

74.387

8.887.732

(78.077)

8.809.655

9.315.374

(870.998)

8.444.376

Relativo ao exercício anterior

Outros movimentos

Revalorização de ativos fixos tangíveis

Benefícios de reforma

Prejuízos fiscais

Relativo ao exercício

Diferenças temporárias e reversões

Imparidade de clientes

Provisões não aceites fiscalmente

Imposto corrente:

Imposto diferido (Nota 22)

Encargo do exercício

260.754 302.691

97.956 -

307.761 457.490

- -

- -

- -

666.471 760.181

Participada 31-12-201631-12-2017

Ganhos em associadas

Ganhos em associadas

Perdas em associadas

Perdas em associadas

Escala Parque – Gestão de Estacionamento, S.A. (nota 30)

Centro Gamma Knife-Radiocirurgia, S.A. (nota 19)

Escala Braga - Sociedade Gestora do Edifício, S.A. (nota 30)

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 115

A Empresa e a generalidade das suas participadas estão sujeitas a imposto sobre lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”), à taxa nominal de 21%, à qual pode ser acrescida a Derrama Municipal até à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável. Adicionalmente, se aplicável, é acrescida a Derrama Estadual de 3% do excedente do lucro tributável entre 1.500.000 Euros a 7.500.000 Euros, de 5% entre 7.500.000 Euros a 35.000.000 Euros e de 7% superior a 35.000.000 Euros. Nos termos do art.º 88.º do Código do IRC, a Empresa e as suas participadas encontram-se adicionalmente sujeitas a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no artigo referido.

As diferenças temporárias entre o valor contabilístico dos ativos e passivos e a correspondente base fiscal foram registadas conforme disposto no IAS 12 - Imposto sobre o rendimento (Nota 22).

A reconciliação numérica entre a taxa média de imposto e a taxa de imposto aplicável é a indicada no quadro seguinte:

31-12-2017 31-12-2016

294.608

64.900

94.766

5.220.289

1.635.518

72

2.833.027

50.978

516.025

21,0%

32.104.308

1.240.455

39.609

571.705

-

799.573

34.979

200.775

-

335

659.998

618.483

530.589

107.725

794.090

611.446

21,0%

32.647.294

1.038.621

143.649

898.640

124.262

1.668.767

-

265.108

72.475

-

590.101

32.386

-

2.199.042

1.402.129

1.249.553

684.471

17.393

136.107

6.741.905

9.789.154

5.617.530

6.855.932

4.901.605

7.134.360

Imposto sobre o lucro à taxa nominal

Excesso de estimativa para impostos

Multas, coimas e juros compensatórios

Menos valias contabilísticas

Benefícios fiscais

Depreciações e amortizações não aceites como gasto

Créditos incobráveis não aceites como gastos

Outros

Reversão de provisões e imparidades tributadas

Encargos com aluguer de viatura sem condutor

Imparidades e créditos não fiscalmente dedutíveis ou para além dos limites legais

Correções relativas a exercícios anteriores

Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal

Amortizações de propriedades de investimento

Donativos

Anulação do Método de equivalência patrimonial

Reversão de ajustamentos em inventários

Provisões não dedutíveis ou para além dos limites legais

Ajustamentos não dedutíveis decorrentes da aplicação do justo valor

IRC e outros impostos sobre os lucros

Outros

Realizações de utilidade social não dedutíveis

Despesas e encargos não devidamente documentados

Resultado antes de impostos

Proveitos não tributáveis

Custos não dedutíveis para efeitos fiscais

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017116

14. DIVIDENDOS

Em 2017 foram pagos dividendos sobre o exercício de 2016 no montante de 6,5 milhões de euros.

Adicionalmente, e conforme deliberação do Conselho de Administração realizado em 29 de novembro de 2017, no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 foram pagos dividendos antecipados de 1,33 Euros por ação, no montante de 14,1 milhões de euros, sobre o resultado do balanço intercalar elaborado em 31 de outubro de 2017.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2016 haviam sido pagos dividendos antecipados de 1,08 Euros por ação, no montante de 11,4 milhões de euros.

15. RESULTADOS POR AÇÃO

O resultado por ação, básico e diluído, dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes:

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 não existem efeitos diluidores do resultado por ação, pelo que o resultado diluído por ação é igual ao resultado básico por ação.

31-12-2017 31-12-2016

749.432

(78.077)

(231.694)

21,0%

262.135

698.983

1.417.465

(294.608)

737.338

21,0%

541.787

729.521

1.410.237

(590.101)

(123.632)

678.314

(870.998)

-

27.932.685

8.809.655

27,4%

2.998.839

5.810.815

34.880.049

8.444.376

25,9%

1.233.341

7.211.035

Prejuízo fiscal / Lucro tributável

Imposto sobre o rendimento

Taxa efetiva de imposto

Imposto calculado

Derrama Municipal

Efeito do aumento / reversão de impostos diferidos

Benefícios Fiscais

Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal

Tributação autónoma

Derrama Estadual

Efeito da insuficiência / excesso da estimativa para imposto

Outros

Prejuízos fiscais reportáveis

2,15 2,26 Resultado líquido por ação básico (em Euros)

31-12-2017 31-12-2016

10.600.000

22.820.198 23.918.981

10.600.000Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado por ação básico

Resultado para efeito de cálculo do resultado por ação básico (resultado do exercício)

Resultado por ação básico

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 117

16. GOODWILL

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos nos valores de Goodwill, foram os seguintes:

Os valores do Goodwill nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 respeitam às seguintes entidades:

Prestação pública

Infra-estruturas TotalPrestação

privada Outros

Saldo em 1 de janeiro de 2016

-

-

-

-

-

-

-

-

(66.100)

624.000

10.518.828

-

-

-

33.331.272

43.850.100

32.773.372

13.261

13.261

13.261

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

(66.100)

624.000

10.518.828

15.896

15.896

15.896

6.000

6.000

6.000

33.366.429

43.885.257

32.808.529

Alterações de perímetro

Alterações de perímetro

saídas

saídas

Perdas por imparidade (Nota 38)

entradas

entradas

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Saldo em 31 de dezembro de 2017

31-12-2016Segmento (Nota 5)

- 8.258.750

12.432.81912.432.819Prestação privada

Prestação privada

Prestação privada

Prestação privada

Prestação privada

Prestação privada

Prestação pública

Prestação privada

Infraestruturas

Outros

Prestação privada

Prestação privada

Prestação privada

Prestação privada

Prestação privada

Prestação privada

Prestação privada

7.269.220 7.269.220

7.035.102 7.035.102

5.220.465 5.220.465

2.145.867

624.000 624.000

482.166 482.166

160.279 160.279

97.265 97.265

94.883 -

-

19.328 -

15.896 15.896

13.261 13.261

9.119 9.119

6.000 6.000

837 837

31-12-2017Participada

Hospital CUF Infante Santo, S.A.

Hospital CUF Porto, S.A.

VALIR - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Celso & Santos, S.A.

Nova Imagem - Centro Radiodiagnóstico, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

SIM-X - Serviço de Imagem Médica, Lda.

Imo health - Investimentos Imobiliários, S.A.

Vramondi International BV

CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.

Clínica Dr. Luís Álvares, S.A.

Escala Vila Franca – Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

Hospital CUF Santarém, S.A.

Gabinete de Diagnóstico de Imagem de São João da Madeira, Lda.

Hospital CUF Cascais, S.A.

Ecografia de Cascais, Lda.

Clínica de Serviços Médicos e Computorizados de Belém, S.A.

43.885.257 33.366.429

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017118

Foram efetuados testes de imparidade utilizando os seguintes métodos:

• Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer a estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada;

• Os valores das avaliações são suportados pelos resultados passados e pelas perspetivas futuras de desenvol-vimento dos mercados em que o Grupo atua, tendo sido elaboradas projeções a 5 anos dos cash flows futuros para cada um dos negócios, de acordo com os planos definidos pelo Conselho de Administração;

• Cada unidade de prestação de cuidados médicos é uma unidade geradora de caixa. A Valir - Sociedade Ges-tora de Participações Sociais, SGPS, S.A. inclui a unidade Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A. que é analisada em conjunto com as unidades Hospital CUF Porto, S.A., Nova Imagem – Centro Radiodiagnóstico, S.A. e a S.P.S.D. – Sociedade Portuguesa de Serviços Domiciliários, S.A., dada a complementaridade de serviços prestados e proximidade geográfica;

e utilizados os seguintes pressupostos:

A taxa de crescimento da receita é revista anualmente nas projeções de fluxos de caixa. A mesma é calculada para cada unidade geradora de caixa e para cada um dos 5 anos considerados nas projeções, sendo a taxa indi-cada no quadro acima a taxa de crescimento médio para os 5 anos e para todas as unidades geradoras de caixa.

No exercício de 2017 foram efetuadas avaliações das Subsidiárias mais relevantes, que concluíram pela inexistência de indícios de imparidade em relação ao valor do Goodwill que se encontra reconhecido.

Foram efetuadas análises de sensibilidade às principais variáveis: (i) taxa de desconto (+/-0,5%) e (ii) taxa de crescimento na perpetuidade (+/-0,5%). Os resultados da análise de sensibilidade efetuada não indiciam a exis-tência de imparidade.

3%

3%

7%

7%

-

2%

8%

8%

Período Taxa de juro sem risco Taxa Wacc Taxa de crescimento na perpetuidade

Taxa de crescimento da receita

Explícto

Perpetuidade

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 119

17. ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos no valor dos outros ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes.

Programas de

computadorTotal

Outros ativos

intangíveis (f)

Propriedade industrial e

outros direitos(a) (b) (c) (d) (e)

Ativos intangíveis

em curso (g)

Ativo bruto

Depreciação e perdas por imparidade acumuladas

Valor líquido

8.946.619

-

-

-

-

-

-

(1.541.471)

2.796.638

-

(1.541.471)

-

2.470.117

-

2.382.978

-

-

-

-

1.984.781

-

-

1.123

-

-

-

-

-

15.450.023

(8.687.217)

7.691.452

-

-

-

-

397.074

-

2.381.855

-

-

-

-

17.920.140

(10.228.688)

(11.770.159)

20.716.778

2.381.855

-

-

2.382.978

1.365.538

-

-

-

-

382.950

2.525.650

(707.211)

1.177.125

(2.461.866)

(865.898)

-

-

(182.178)

13.357.220

-

-

-

-

4.290.591

2.525.650

(2.695.566)

3.974.886

(2 461 866)

(2.925.249)

(630.159)

-

(182.178)

13.796.112

(12.312.166)

1.064.782

11.568

(11.568)

(76.551)

89.571

33.764.653

(22.316.562)

12.877.217

11.568

(11.568)

(76.551)

89.571

662.085

-

-

-

-

1.922.860

-

(446.884)

-

-

(517.881)

(630.159)

(2.470.117)

-

4.121.444

(1.317.179)

1.739.128

-

-

-

-

11.728.764

(10.663.981)

(11.447.743)

12.813.282

35.604.946

(22.727.729)

(25.499.846)

38.857.066

3.574.188

(1.835.060)

(2.281.944)

2.944.029

Alterações de perímetro

Alterações de perímetro

Em 31 de dezembro de 2017

Alterações de perímetro

Alterações de perímetro

saídas

saídas

saídas

saídas

Adições

Abates

Reforços

Adições

Abates

Reforços

Correções

Transferências

Transferências para tangíveis

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Em 31 de dezembro de 2016

entradas

entradas

entradas

entradas

Saldo em 31 dezembro 2016

Saldo em 31 dezembro 2016

Saldo em 31 dezembro 2016

Saldo em 31 dezembro 2017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017120

(a) A 1 de setembro de 2009 iniciou-se o contrato de Gestão entre a ARS Norte e a Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A., no qual se estabelece a gestão e a exploração do Estabelecimento Hospitalar de Braga em Regime de Parceria Público-Privada. Na data da transmissão a Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A. pagou ao abrigo do contrato de gestão hospitalar o valor de 15 milhões de Euros ao qual foi deduzido o valor relativo a Inventários e Ativos Fixos Tangíveis, denominando-se o remanescente por Direitos de Concessão - este valor será amortizado em 10 anos, período do contrato.

(b) A 1 de junho de 2011 iniciou-se o contrato de Gestão entre os Ministérios da Saúde e das Finanças e a Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A., no qual se estabelece a gestão e a exploração do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca em Regime de Parceria Público-Privada. Na data da transmissão a Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A. pagou ao abrigo do contrato de gestão hospitalar o valor de 7,5 milhões de Euros ao qual foi deduzido o valor relativo a Inventários e Ativos Fixos Tangíveis, denominando-se o remanescente por Direitos de Concessão - este valor será amortizado em 10 anos, período do contrato.

(c) Esta rubrica inclui o montante de 2,8 milhões de Euros, classificados como “Direitos de Superfície” e que respeitam a um contrato de cedência da Câmara Municipal de Cascais ao Hospital CUF Cascais. Este contrato respeita à cedência do direito de superfície de dois imóveis situados no município de Cascais, e foi constituído pelo período de 40 anos.

(d) Esta rubrica inclui o montante de 2,4 milhões de Euros, correspondente a um direito de exploração de um parque de estacionamento. Inicialmente foi celebrada uma parceria entre o Hospital CUF Infante Santo, S.A., ESLI – Parques de Estacionamento, S.A. e a Câmara Municipal de Lisboa, a qual atribuiu o direito de explo-ração do parque de estacionamento pelo período de 50 anos. No ano de 2016 o Hospital CUF Infante Santo, S.A. cedeu a posição contratual à Infrahealth – Gestão de Infraestruturas, Lda..

(e) Esta rubrica inclui, ainda, o montante de 150 milhares de Euros referente ao trespasse da Clínica CUF São Domingos de Rana.

(f) Nesta rubrica encontra-se registado o montante bruto de 3.228.817 Euros correspondente ao valor total es-timado dos investimentos esperados até ao termo do Contrato de gestão e exploração do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca, decorrente das obrigações previstas no Anexo V do referido contrato. De acordo com o estabelecido na IAS 37 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes e com base nos prin-cípios descritos na IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços, este valor, que começou a ser amortizado em abril de 2013, na sequência da transferência para as novas instalações, altura em que foi adquirida a nova capacidade instalada, e foi elaborado um plano de investimento onde se prevê o reconhecimento da obriga-ção futura com a substituição dos referidos equipamentos até ao fim do contrato. No âmbito da Cláusula 123ª (Reversão dos Bens), os bens objeto de reversão para a Entidade Pública Contratante devem encontrar-se em bom estado de funcionamento e plenamente operacionais, estando cumpridas todas as obrigações de conservação, manutenção e renovação. Considerando que devem ser alvo de investimento todos os equipa-mentos médicos que atinjam o fim da sua vida útil antes do final do Contrato de gestão, foi constituída em 2013 uma provisão por contrapartida do intangível, tendo este último começado a amortizar em abril desse ano na sequência da transferência para as novas instalações do hospital (altura em que foi adquirida a nova capacidade instalada). Para o efeito foi elaborado um plano de investimento onde se prevê o reconhecimento da obrigação futura com a substituição dos referidos equipamentos até ao fim do contrato. Durante o exercício de 2017, pela revisão dos valores esperados de compra, ajustou-se este ativo, tendo sido reduzido no montante de 630 mil Euros, sendo a correspondente provisão ajustada no mesmo montante (Nota 38).

(g) O valor registado em ativos intangíveis em curso inclui o montante de 1,6 milhões de euros que respeita ao direito de superfície em subsolo sobre uma parcela de terreno adjacente ao estacionamento do Edifício Ex-pansão do Hospital das Descobertas, concedido pela Câmara Municipal de Lisboa, o qual ainda se encontra em construção.

Não existem indícios de imparidade nos ativos intangíveis.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 121

18. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:

Edifíciose outras

construções

Outrosativos

tangíveis

Ativostangíveisem curso

TotalEquipamentobásico

Terrenose recursosnaturais

31-12-2017

Equipamentoadministrativo

Ativo bruto

Depreciação e perdas por imparidade acumuladas

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

46.333.640

-

-

3.926

982.762

(1.375.951)

(3.926)

-

-

-

-

2.742.471

713

44.352.024

-

-

-

1.981.616

20.639.128

(17.603.856)

-

-

46.333.640

-

22.427.062

(19.684.591)

8.999.371

8.161

72.586.051

(8.305.287)

(8.161)

29.945

-

(25.695)

-

227.860.627

(6.657.691)

-

-

-

-

8.999.371

(63.732)

-

(13.453)

30.544.164 118.433.053

(25.035.948)

-

-

-

-

-

-

63.732

134.640

- - 182.178

-

-

67.093

-

-

61.074.886

(298.596)

-

378.408.792

- 6.655.361 -

114.742.314

(36.077.226)

-

-

82.655.784

(86.939)

3.967.736

(2.451.219)

808.386

708.710

79.910

(42.076)

134.402

(91.689)

23.875.360 364.590.033

(174.800.425)

-

-

-

-

-

-

-

-

89.493.431

(3.288.945)

-

(75.819)

14.320.076

(15.341.257)

75.819

104.695

182.178

(272.901)

-

40.330.075

1.617

160.846.804

(121.027.654)

-

-

272.291.973

(44.431.346)

214.312

(147.219)

61.074.886

-

581.463.202

(203.054.410)

179.121.330

(138.791.254)

Alterações de perímetro

Alterações de perímetro

Excedente de revalorização

Regularizações

Adições

Depreciação

Regularizações

Alienações e abates

Transferências intangíveis

Alienações e abates

Transferências

Valor líquido

Transferências

Saldo em 1 de janeiro de 2017

Saldo em 1 de janeiro de 2017

Atividades descontinuadas

Atividades descontinuadas

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Saldo em 31 de dezembro de 2017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017122

O Grupo JMS determinou que a classe de ativos Imóveis afetos a serviços de saúde, que engloba as rubricas Terrenos e recursos naturais e Edifícios e outras construções constitui uma classe separada, baseada na natureza, características, utilização e riscos a ela associados. Esta classe encontra-se escriturada pela quantia revalorizada e o ganho/perda, líquido do efeito de imposto diferido passivo encontra-se reconhecido na rubrica Outros itens do rendimento integral. A avaliação destes imóveis foi efetuada com base em métodos diferentes:

Hospital CUF Descobertas, Clínica CUF Almada, Clínica CUF S. João da Madeira, Clínica CUF Belém, Hospital CUF Cascais, Instituto CUF, Hospital CUF Torres Vedras, Hospital CUF Porto, Hospital CUF Santarém e Edifício “Infante Santo 34”

Para a avaliação destes imóveis foi utilizado o Método do Rendimento. O método de capitalização do rendimento visa determinar o valor de um imóvel em função da sua capacidade de produzir rendimentos. Relaciona o ren-dimento futuro (num pressuposto de otimização e em atenção ao tempo de vida económica), com o seu valor presente e de forma a obter-se o valor de mercado (numa ótica de continuidade da utilização). Este método vocaciona-se para a determinação do valor presente de rendimentos futuros, segundo o valor e o estado atuais.

Edifíciose outras

construções

Outrosativos

tangíveis

Ativostangíveisem curso

TotalEquipamentobásico

Terrenose recursosnaturais

31-12-2016

Equipamentoadministrativo

Ativo bruto

Depreciação e perdas por imparidade acumuladas

-

-

379.058

-

20.577.214

-

-

44.352.024

1.769.366

-

2.044.558

(1.587.555)

-

2.256.665

(2.967.921)

3.035.272

-

20.600.285

1.026.101

-

-

21.559.326

(18.271.054)

-

44.352.024

-

20.639.128

(17.603.856)

214.072

20.858.117

(7.209.039)

(20.507.389)

331.522

(1.040.987)

78.665.089

1.204.845

- - 118.769

-

(13.265)

1.039.604 38.989.509

(22.167.118)

-

-

-

-

-

-

842.810

3.472.605

-

42.713

(183.160)

23.875.360

(5.380.754)

189.789.608

- (3.304.715) 0

108.625.622

(29.039.527)

5.018.856

583.251

(374.252)

1.053.032

(427.712)

3.165

(1.912)

-

-

134.402

(78.424)

26.323.631 322.454.062

(155.420.804)

- -

-

-

6.044.957

1.639.447

(803.876)

(95.303)

14.668.173

(13.357.259)

772.985

884.418

(1.188.686)

39.819.151

330.504

145.210.796

(108.031.798)

-

114.742.314

(36.077.226)

134.402

(91.689)

23.875.360

-

364.590.033

(174.800.425)

160.846.804

(121.027.654)

Alterações de perímetro

Alterações de perímetro

Regularizações

Adições

Depreciação

Regularizações

Alienações e abates

Alienações e abates

Valor líquido

Transferências

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Excedente de revalorização

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Saldo em 31 de dezembro de 2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 123

Hospital CUF Infante Santo

Em dezembro de 2017 foi assinado um contrato-promessa de compra e venda com um fundo imobiliário em que foi acordado um valor de venda de 27.250.000 Euros, tendo sido este o justo valor considerado para o imóvel.

As avaliações foram ainda efetuadas tendo em conta o estado de uso atual dos imóveis. Para efeitos de cálculo foi utilizado o valor de transação de propriedades similares, obtido a partir da prospeção realizada, tendo sido ajustada às características dos imóveis em avaliação. As taxas de capitalização utilizadas refletem o comporta-mento do mercado de escritórios em Portugal quando analisada a rentabilidade de projetos de investimento de médio/longo prazo.

No final do ano de 2017 o Grupo concluiu a aquisição de vários imóveis considerados estratégicos para a opera-ção privada da saúde, detidos por fundos imobiliários: Edifício Clínica CUF Belém; Edifício Hospital CUF Torres Vedras; Edifício Instituo CUF; e Edifício Hospital CUF Cascais. Estes imóveis, adquiridos aos fundos imobiliários, bem como os imóveis do Hospital CUF Tejo e da Expansão do Hospital CUF Descobertas estão dados em ga-rantia de empréstimos (Nota 35).

As restantes rubricas do ativo fixo tangível respeitam a:

• Edifícios e outras construções – esta rubrica engloba, para além dos Imóveis afetos a serviços de saúde, os obras e benfeitorias realizadas em todos os edifícios do Grupo;

• Equipamento básico – esta rubrica respeita essencialmente aos equipamentos médicos cirúrgicos adquiridos e utilizados no âmbito da atividade do Grupo;

Os ativos que se qualificam como Ativos tangíveis em curso respeitam a ativos que irão ser reconhecidos como Terrenos e recursos naturais ou como Edifícios e outras construções quando a sua promoção passar a ser reco-nhecida como irreversível. À data de 31 de dezembro de 2017 esta rubrica inclui, essencialmente, o montante de 57,7 milhões de Euros correspondente aos investimentos em projetos e estudos de arquitetura, bem como as obras entretanto já realizadas no âmbito da construção do novo Hospital CUF Tejo e do Edifício Expansão do Hospital das Descobertas. Estes ativos encontram-se à data da demonstração da posição financeira, valorizados ao custo.

Durante os exercícios de 2017 e 2016 a rubrica Amortizações, depreciações e perdas por imparidade teve as seguintes contrapartidas na demonstração da posição financeira:

31-12-2017 31-12-2016

2.695.566

-

25.035.948 22.167.118

2.925.249

-

27.731.514 25.092.368

Ativos intangíveis

Propriedades de investimento

Ativos fixos tangíveis

Gastos de depreciação, amortização e perdas por imparidade

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017124

19. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

As partes de capital detidas em empresas associadas tiveram os seguintes movimentos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016:

A rubrica Investimentos em associadas, em 31 de dezembro de 2017 e 2016, é composta como segue:

A principal informação financeira agregada, relativa às empresas associadas em 31 de dezembro de 2017 é como segue:

31-12-2017 31-12-2016

Empréstimos concedidos TotalPerdas por

imparidadePartes

de capital Total

Saldo em 1 de janeiro

97.956

-

-

-

-

-

133.845

-

-

-

-

-

(68.000)

- -

34.000

- -

168.111

131.956 233.956

-

-

-

-

-

(68.000)

138.459

-

-

-

(3.171.095)

(68.000)

170.000 3.268.747

35.889

-

-

-

-

-

-

-

(35.889)

102.000 168.111-

Efeito cambial

Efeito em resultados

Efeito em capital próprio

Dividendos recebidos

Aquisições e aumentos

Transferências

Alienações e abates

Alterações de perímetro

Aplicação de equivalência patrimonial

Saldo em 31 dezembro

31-12-2017 31-12-2016

Associadas Partes capital

131.956

131.956 102.000 - 233.956 34.000 170.000 (35.889)

102.000 - 233.956 34.000 170.000 (35.889) 168.111

168.111

Partes capitalEmpréstimos concedidos

Empréstimos concedidos

Perdas por imparidade

Perdas por imparidade

Valor de balanço

Valor de balanço

Centro Gamma Knife-Radiocirurgia, S.A.

Associadas Ativo

1.262.319 674.220 588.099 616.456 1.010.116 393.660

RendimentosPassivo Resultado líquido

Capitais próprios Gastos

Centro Gamma Knife-Radiocirurgia, S.A.

Informação financeira em 31 de dezembro de 2017

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 125

20. ESTIMATIVA DE JUSTO VALOR

A hierarquia para efeitos de determinação do justo valor deverá ter os seguintes níveis e bases de mensuração:

• Nível 1 - cotações de mercados líquidos de ativo e aos quais a Empresa tem acesso à data de referência do balanço;

• Nível 2 - modelos de avaliação geralmente aceites, baseados em inputs observáveis no mercado alternativos aos referidos no nível 1;

• Nível 3 - modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.

O Grupo tem valorizado ao justo valor, os ativos e passivos indicados no quadro seguinte, no qual está também indicada a respetiva hierarquia:

Justo valor a 31 de dezembro de 2017

Justo valor a 31 de dezembro de 2016

Nível 1Cotações

de Mercado

Nível 2Inputs

Observáveis no Mercado

Total31-12-2017

Nível 3Inputs

Não Observáveis no Mercado

Ativos valorizados ao justo valor

Passivos valorizados ao justo valor

314.275.866314.275.866

1.627.604

315.903.470 - 1.627.604 314.275.866

- -

- -

1.627.604

Terrenos e Edifícios (Nota 18)

Instrumentos Financeiros Derivados

Cobertura de Fluxos de Caixa (Nota 42)

HIERARQUIA JUSTO VALOR

Nível 1Cotações

de Mercado

Nível 2Inputs

Observáveis no Mercado

Total31-12-2016

Nível 3Inputs

Não Observáveis no Mercado

Ativos valorizados ao justo valor

Passivos valorizados ao justo valor

131.389.179131.389.179

2.301.121

133.690.299 - 2.301.121 131.389.179

- -

- -

2.301.121

Terrenos e Edifícios (Nota 18)

Instrumentos Financeiros Derivados

Cobertura de Fluxos de Caixa (Nota 42)

HIERARQUIA JUSTO VALOR

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017126

21. OUTROS INVESTIMENTOS

Os outros investimentos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são os que se seguem:

Os outros investimentos incluem ativos financeiros não correntes, mensurados ao custo de aquisição, ajustado face às perdas de imparidade estimadas. Esta rubrica apresenta os seguintes movimentos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016:

31-12-2017 31-12-2016

Empréstimos concedidos

Valor de balanço

Perdas por imparidadePartes capitalParticipação Valor de

balanço

5.300 5.300

5.000 5.000 5.000

50.000 50.0001.315.853 50.000

648.884

35.000 35.000 35.000

26.200 26.200 26.200

-

-

648.884

2.036.238 770.384

-

-

-

- 393.472

-

-

-

-

(1.315.853)

-

50.000 509.672(1.315.853)

Centro Clínico Académico de Braga

Digihealth, S.A.

Fundo de Compensação do Trabalho e Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho

Diagnosticar - Diagnóstico Computorizado, S.A.

Lisgarante

IBET

Outros investimentos

1.627.481

509.672

770.384

(1.315.853)

260.713

-

198.044

-

1.825.525

(1.315.853)

2.086.237

(1.315.853)

Aumentos

Reforço

Aumentos

Reforço

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Em 31 de dezembro de 2016

Em 31 de dezembro de 2017

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Investimento bruto

Valor líquido

Perdas por imparidade (Nota 33)

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 127

22. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Os movimentos ocorridos nos ativos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram os seguintes:

Imparidade de clientes

Benefícios dos

empregados (Nota 33)

Provisões não aceites fiscalmente

TotalInstrumentos financeiros derivados

Outros

Ativos por impostos diferidos

Prejuizos fiscais

reportáveis

Saldo em 1 de janeiro de 2016

126.574

17.162

-

375

-

74.387

57.538

-

-

-

- - -

-

-

-

-

78.680

-

- -

-

-

109.412

109.037

57.537

78.679

-

-

40

184.280

-

-

-

-

-

126.574

-

85.190

51.349

494

226.493

177.273

520.035

-

-

-

-

-

151.542

71.746 334.757 131.924

-

282.303

72.877

-

950.188

- 78.680

-

-

698.410

14.792

- -

3.178.9361.690.321

1.163.708

87.669

-

-

-

-

-

151.542

-

182.995

-

354.009

242.606

864.998

813.649

2 388 237

2.176.536

4 291 945

3.786.717

517.752

366.210

Constituição

Constituição

Capitais próprios

Capitais próprios

Reversão

Reversão

Resultado líquido

Resultado líquido

Efeito da alteração da taxa de imposto

Capitais próprios

Alterações de perímetro

Alterações de perímetro (Nota 4)

Resultado líquido

Resultado líquido

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Saldo em 31 de dezembro de 2017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017128

O montante de impostos diferidos ativos respeitantes aos Benefícios dos empregados, respeita a um seguro de rendas vitalícias contratado pela JMS em janeiro de 2016. Este seguro permitiu dar cumprimento a um contrato existente desde 2000, onde a JMS se responsabilizou por assegurar um pagamento vitalício de uma renda a uma colaboradora que se reformou pela Segurança Social em 1 de janeiro de 2016. O montante do prémio comercial foi liquidado em 28 de janeiro de 2016 à companhia de seguros e ascendeu a 2.504.321 Euros.

Foram avaliados os impostos diferidos a reconhecer em resultado das diferenças temporárias existentes entre o resultado fiscal e o resultado contabilístico. Nos casos em que essas diferenças originaram impostos diferidos ativos, os mesmos só foram registados na medida em que se considera provável que ocorram lucros tributáveis no futuro que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis. Esta avaliação baseou-se nos planos de negócios das empresas do Grupo, periodicamente revistos e atualizados, e nas oportunidades de otimização fiscal disponíveis e identificadas.

Reavaliações de ativos

fixos tangíveis

Instrumentos financeiros derivados

Total

Saldo em 1 de janeiro de 2016 -

11.735.363

(368.979) (368.979)

(510.443) (510.443)

5.689.281 5.689.281

4.068.056 4.068.056

2.742.013 2.742.013

115.436 115.436

-

-

2.857.449 2 857 449

-

-

-

- -

- -

-

-

-

- -

-

-

-

-

11.735.363

Passivos por impostos diferidos

Constituição

Capitais próprios

Reversão

Resultado líquido

Capitais próprios

Resultado líquido

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Constituição

Capitais próprios

Reversão

Resultado líquido

Capitais próprios

Alterações de perímetro (Nota 4)

Resultado líquido

Saldo em 31 de dezembro de 2017

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 129

23. OUTROS ATIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, estas rubricas tinham a seguinte composição:

As parcelas registadas como Não corrente, dizem respeito aos valores calculados pelas responsabilidades de Fé-rias, Subsídio de Férias e Subsídio de Natal para com os colaboradores do Hospital de São Marcos e do Hospital de Reynaldo dos Santos, relativos ao ano de início dos respetivos contratos.

A rubrica Prestação de serviços médicos não faturados respeita a atos médicos prestados e ainda não faturados aos clientes. Estes pendentes de faturação resultam essencialmente das seguintes situações: falta de termo de responsabilidade, faturação apenas no final do tratamento, falta de confirmação dos códigos de faturação.

Corrente CorrenteNão corrente Não corrente

Acréscimos de proveitos

Custos diferidos

4.157.148

1.207.954

68.527

6.753.463

1.197.484

7.918

342.081

630.400

772.755

52.244

10.983.783

- -

220.812

33.559.905

- -

5.148.355

161.011

43.999.641

103.061

228.334

11.034

78.014

136.288

182.144

21.413

21.816

697.321

36.158

491.073

827.980

56.522

16.278

983.933

5.570

-

6.129.201 6.129.201

-

- -

-

- -

-

2.167.744 2.167.744

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

31-12-2017 31-12-2016

Proveitos por produção não faturada

Responsabilidade Hospital de São Marcos

Rappel a receber

Seguros

Custos de manutenção e reparação

Juros a receber

Comissões e Imposto de selo

Diferimento do preço de venda

Tribunal de contas (emolumentos)

Cedência de espaço

Rendas e alugueres

Juros diferidos

Outros acréscimos de proveitos

Licenças informáticas

Outros custos diferidos

Prestação de serviços médicos não faturados

Responsabilidade Hospital de Reynaldo dos Santos

Análises e Consumíveis clínicos

49.316.786

3.432.655

52.749.441

56.396.107

4.014.872

60.410.979

-

8.296.945

8.296.945

-

8.296.945

8.296.945

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017130

Na rubrica Proveitos por produção não faturada estão incluídos os acréscimos de proveitos com a ARS Norte e ARSLVT, decorrentes do apuramento da produção real de 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017 (e que, ainda, se encon-tram em processo de conferência e encerramento), de acordo com o previsto no contrato de gestão, conforme mencionado na Nota 2.3, bem como acréscimos de serviços prestados e não faturados a terceiros e, ainda, me-dicamentos a faturar. Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 esta rubrica tinha a seguinte composição:

24. INVENTÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os inventários respeitam, essencialmente a Produtos farmacêuticos e a Ma-terial de consumo clínico e apresentam os seguintes saldos:

Estes produtos e materiais são utilizados pelas várias unidades clínicas do Grupo na sua atividade de prestação de serviços clínicos.

ARS Norte ARS NorteARSLVT ARSLVT

65.694 29.677.175

- -

585.676

-

- 2.642.412 - 2.642.412

819.640

204.935

19.902.728

2.770.113

6.996.181

150.444 157.408

2.805.192

446.657 7.692.880

31-12-2017 31-12-2016

Produção do exercício de 2014

Produção do exercício de 2013

Produção do exercício de 2016

Produção do exercício de 2017

Produção do exercício de 2015

20.554.097 30.701.75013.005.807 13.297.891

31-12-2017 31-12-2016

225.879

90.647

297.788

(13.130)

116.560

4.946.522

8.552.314

5 095 705

5.670.702

187.618

77.354

150.889

(32.501)

113.089

14.229.710

14.216.580

11.295.357

11.262.856

Material de consumo administrativo

Fardamentos

Outro material de consumo

Outros

Perdas por imparidade acumuladas em inventários (Nota 38)

Material de consumo clínico

Produtos farmacêuticos

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 131

25. CLIENTES E ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica Clientes e adiantamentos a fornecedores tinha a seguinte composição:

Os saldos apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos de perdas por imparidade em saldos de clientes, que foram estimadas de acordo com o descrito na Nota 2.20. b).

O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico das contas a receber é próximo do seu justo valor.

O Grupo não tem uma concentração significativa de riscos de crédito, dado que o risco se encontra diluído por um vasto conjunto de clientes.

A antiguidade da rubrica Clientes e adiantamentos a fornecedores decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:

26. OUTROS DEVEDORES CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica Outros devedores tinha a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Perdas por imparidade (Nota 38)

Perdas por imparidade (Nota 38)

Valor líquido Valor líquidoValor bruto Valor bruto

22.970

133.023.460

22.855

105.650.818

120.767.384 93.353.001 (1.052.312) (976.496)

47.011 -

12.186.095 12.274.963

- -

(9.100.589) (9.296.745)

-

(10.152.901)

-

(10.273.241) 95.377.577

47.011 -

22.970

122.870.558

22.855

3.085.506 2.978.218

119.715.072 92.376.505

Clientes, títulos a receber

Clientes, conta corrente

Clientes de cobrança duvidosa

Adiantamentos a fornecedores

Dívida vencidaExercício Total

< 180 dias 181-365 dias 366-545 dias 546-730 dias > 730 dias

133.023.460

105.650.818

29.528.119

51.570.124

67.149.946

20.935.011

10.852.297

9.521.035

3.789.842

4.219.447

4.401.112

3.250.832

17.302.144

16.154.369

Dívida não vencida

31-12-2017

31-12-2016

31-12-2017 31-12-2016

-

132.000

794.132

5.980

152.630

304.715

799.859

11.025

859.250

134.165

122.780

-

134.165

1.885.798

850.000

376.019

732.216

47.895

126.325

237.576

690.891

7.350

3.316.536 5.088.234

Adiantamento por conta de investimentos financeiros

Venda de investimentos financeiros

Pessoal

Refaturações

Projetos de hospitais em curso

Prestadores de serviços

Cauções

Outros devedores

Bastos Mota Investimentos Imobiliários, Lda.

Retenções e Penhoras

Suprimentos a entidades relacionadas (Nota 41)

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017132

Em Outros devedores encontram-se relevados saldos a receber de diversas entidades por transações não rela-cionadas com as atividades principais do Grupo.

27. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os saldos com estas entidades eram como segue:

28. OUTROS INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os outros instrumentos financeiros são constituídos por empréstimos obrigacionistas, que se detalham conforme quadro abaixo:

31-12-2017 31-12-2016

425

13.282.036

1.409

4.192.515

2.141.292

89.438

13.191

2.253.285

2.316.597

14.406.170

1.328.603

12.206.210

4.658

12.280.671

1.222

3.768.772

904.143

54.222

-

2.244.520

21.958.566

16.737.792

19.252.327

13.540.692

Imposto sobre o valor acrescentado

Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas

Contribuições para a segurança social

Contribuições para a segurança social

Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares

Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares

Outros

Imposto sobre o valor acrescentado

Outros

Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas

Saldos credores

Saldos devedores

Ano de emissão 31-12-2016MaturidadeEmitenteSubsidiária 31-12-2017

José de Mello Participações II, SGPS, S.A. -

José de Mello Capital, S.A. 6.500.000 -

10.000.000

4.350.000

4.300.000

10.000.000 10.000.000

10.000.000

10.000.000

10.000.000

4.350.000

4.300.000

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

2014

2010

2014

José de Mello Capital, S.A.

José de Mello Capital, S.A. -

2007

2007

35.150.000

2008

2008

Dec-22

Dez-22

Jun-18

Dec-17

Jun-20

Dez-20

Jun-20

48.650.000

Hospital CUF Infante Santo, S.A.

José de Mello Saúde, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

José de Mello Saúde, S.A.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 133

Estas obrigações têm uma put option (opção de venda) que confere ao Grupo o direito ao resgaste a qualquer momento do montante em causa, razão pela qual as mesmas estão classificadas como ativo corrente. A opção de venda foi registada ao valor nominal, não existindo qualquer derivado associado à mesma. É nossa expectativa exercer a opção de venda num prazo inferior a 12 meses.

Não existem indícios de imparidade dos montantes das obrigações acima indicados.

29. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica tinha a seguinte composição:

30. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica Ativos não correntes detidos para venda decompõe-se da forma seguinte:

É intenção do Grupo JMS proceder à transmissão das suas participações no capital social da Escala Braga – So-ciedade Gestora do Edifício, S.A. e da Escala Parque – Gestão de Estacionamento, S.A., juntamente com todos os direitos e obrigações a estes inerentes.

Para o efeito, foi assinado em 2016 um contrato de compra e venda de ações e prestações suplementares com um investidor, sendo que a conclusão da transação está dependente da autorização da Entidade Pública Con-tratante (Administração Regional de Saúde). A Long Stop Date prevista contratualmente para a obtenção desta autorização foi prorrogada. Apesar de ainda não ter sido obtida a autorização da ARS à transmissão das ações as partes envolvidas mantêm a intenção de venda das participações. Espera-se um ganho de aproximadamente 5,5 milhões de euros pela venda das referidas participações.

No ano de 2017 registaram-se proveitos de 568 milhares de euros (2016: 760 milhares de euros) referentes a dividendos recebidos.

31-12-2017 31-12-2016

6.307

2.590

46.323.734

1.561.666

(10.055)

14.124.477

1.743.953

(252.734)

6.307

192.657

47.894.297

47.884.243

16.067.394

15.814.660

Depósitos à ordem

Outras aplicações de tesouraria

Depósitos a prazo

Numerário

Descobertos bancários (Nota 35)

Caixa e depósitos bancários

Caixa e equivalentes a caixa

Associadas Partes capital

1.549.932

281.154

-

1.831.086 1.904.379 - 3.735.465 3.168.613

1.904.379

-

-

-

-

-

3.454.311

281.154

-

2.769.106

323.091

76.416

Empréstimos concedidos

Valor de balanço

31-12-2016

Perdas por imparidade

Valor de balanço

Escala Braga - Sociedade Gestora do Edifício, S.A.

Escala Parque – Gestão de Estacionamento, S.A.

Outros

31-12-2017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017134

31. CAPITAL

Em 31 de dezembro de 2017, o capital no montante de 53.000.000 Euros, totalmente subscrito e realizado, estava representado por 10.600.000 ações, com o valor nominal de cinco Euros cada.

Em 31 de dezembro de 2017, o capital era detido pelas seguintes entidades:

32. RESERVA LEGAL

De acordo com a legislação em vigor, a Empresa deverá reforçar anualmente a reserva legal com uma percenta-gem mínima de 5% do resultado líquido anual, até que a mesma atinja, no mínimo, 20% do capital.

A Reserva legal ainda não está totalmente constituída pelo que, em 2017, procedeu-se à dotação do valor mínimo estipulado. Esta reserva não é distribuível aos acionistas, podendo, contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou incorporada no capital.

33. OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS

Reserva de justo valor

Esta rubrica inclui as variações no justo valor em instrumentos financeiros e ativos fixos tangíveis que, de acordo com o nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.

De acordo com a legislação em vigor, os incrementos decorrentes da aplicação do justo valor através de compo-nentes de capital próprio, apenas relevam para poderem ser distribuídos, quando os elementos que lhes deram origem sejam alienados.

Reservas e Resultados transitados

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas e resultados transitados distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as IAS/IFRS.

Número de ações Percentagem de participação

65,85%

4,15%

30,00%

100,00%

6.980.100

439.900

3.180.000

10.600.000

Entidade

José de Mello Capital, S.A.

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

Fundação Amélia da Silva de Mello

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 135

34. INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM

Os movimentos desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram os seguintes:

O detalhe, por empresa, da rubrica Interesses que não controlam em 31 de dezembro de 2017 é como segue:

(206.278)

-

175.027

-

283.937

(196.400)

(10.135)

3.960.796 3.708.111

-

-

474.455

Dividendos

Reduções de participação de capital

Reforços de participação de capital

Outras variações de capital próprio das empresas participadas

Resultado do exercício atribuível aos interesses que não controlam

4.228.716 3.960.796Saldo final em 31 de dezembro

31-12-2017 31-12-2016

Saldo inicial em 1 de janeiro

283.937474.455 3.960.7964.228.716

EmpresaResultadoResultado

Percentagem não detida

4,00%

0,10%

0,00%

37,19%

66,35%

0,00%

29,50%

30,07%

0,02%

0,02%

4,00%

CapitalCapital

96.27137.455

(577) (923)

22

(39.722) (35.431)

34

(429.561) (464.991)

(603) (344)

-

(1.096)91.467

1.218.6771.218.333

(5) (1) (6)

265.626357.093

152.419261.022

197241

10.62212.709

66.423108.256

1.330.9171.435.244

1.4302.023

18.99923.799

475.601544.241

1.086.8751.124.330

7.765 (11.355)

Interesses que não controlamInteresses que não controlam

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Vramondi International

HD Medicina Nuclear, S.A.

VALIR - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Sagies - Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, S.A.

Clínica de Serviços Médicos e Computorizados de Belém, S.A.

Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

Nova Imagem - Centro Radiodiagnóstico, S.A.

Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A.

Clínica CUF Belém, S.A.

Escala Vila Franca – Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

31-12-201631-12-2017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017136

35. EMPRÉSTIMOS

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os empréstimos obtidos eram como segue:

Papel Comercial

O Grupo tem contratado oito programas de Papel comercial com o limite de 142 milhões de Euros. Em 31 de dezembro de 2017 estes passivos tinham o seguinte detalhe:

99.452.814

23.900.000

4.635.000

18.532.108

3.237.272

252.734

149.874.323

48.700.000

1.000.000

145.640.041

6.409.667

10.055

Empréstimos por obrigações

Papel comercial

Contas corrente caucionadas

Outros empréstimos bancários

Outros empréstimos bancários

Descobertos bancários (Nota 29)

295.514.364

56.119.722

351.634.085

117.984.922

32.025.005

150.009.928

31-12-2017 31-12-2016

Passivos não correntes

Passivos correntes

Empresa contratanteMontante nominal

contratado

6.000.000

10.000.000

10.000.000

10.000.000

10.000.000

6.000.000

80.000.000

10.000.000

142.000.000 48.700.000

-

-

9.700.000

10.000.000

5.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

-

-

-

-

-

-

-

-

jan. 2019

nov. 2019

mar. 2021

nov. 2019

dez. 2018

jan. 2019

jul. 2031

dez. 2018

Anual

Anual

Única

Anual

Anual

Anual

Mensal

Anual

Euribor + 1,75%

Euribor + 2%

1%

Euribor + 2%

Euribor + 0,85%

Euribor + 1,75%

Euribor + 2,3%

Euribor + 2,75%

PeriodicidadeCorrente Taxa de juroNão

corrente Maturidade

José de Mello Saúde, S.A.

José de Mello Saúde, S.A.

José de Mello Saúde, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

José de Mello Saúde, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Imo health - Investimentos Imobiliários, S.A.

Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.

Montante por liquidar Amortização

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 137

Apesar de existirem programas com maturidade superior a 1 ano, existem renovações anuais, pelo que o Papel Comercial é todo classificado como corrente.

Estes programas de papel comercial contêm covenants financeiros que são comuns nos contratos de financia-mento. Os contratos têm incluídas obrigações de cumprimento dos seguintes rácios de endividamento: Dívida Financeira Líquida / EBITDA; Rácio de cobertura do serviço da dívida e Autonomia financeira. Os covenants financeiros são calculados com base nos valores do Grupo.

Em 31 de dezembro de 2017 o Grupo JMS, cumpria todos os covenants financeiros nos programas de papel co-mercial.

Empréstimos por obrigações

Os Empréstimos por obrigações dizem respeito às seguintes emissões:

• “JOSÉ DE MELLO SAÚDE 2014/2019”

• Valor total do empréstimo: 50.000.000 Euros

• Valor nominal: 10.000 Euros por obrigação

• Vencimento: 9 de junho de 2019

• Taxa de juro: Euribor a 6 meses acrescida de 3,875%

• “JOSÉ DE MELLO SAÚDE 2015/2021”

• Valor total do empréstimo: 50.000.000 Euros

• Valor nominal: 10.000 Euros por obrigação

• Vencimento: 17 de maio de 2021

• Taxa de juro: Euribor a 6 meses acrescida de 2,95%

• “JOSÉ DE MELLO SAÚDE 2017/2023”

• Valor total do empréstimo: 50.000.000 Euros

• Valor nominal: 10.000 Euros por obrigação

• Vencimento: 28 de setembro de 2023

• Taxa de juro: Taxa fixa (4%)

Estas emissões foram colocadas junto de investidores institucionais e aprovada a admissão à negociação nos mercados regulamentados Euronext Lisbon e Bourse de Luxembourg, exceto no caso da última emissão, cuja au-torização ainda se encontra pendente de aprovação. Estes contratos têm incluídas obrigações de cumprimento do rácio de endividamento “Dívida Financeira Líquida / EBITDA”. Em 31 de dezembro de 2017 a José de Mello Saúde, S.A. cumpria os covenants financeiros em todos os empréstimos por obrigações.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017138

Outros empréstimos bancários

Em 31 de dezembro 2017 e 2016, os Outros empréstimos bancários apresentavam a seguinte composição:

O indexante de referência usado nos contratos de financiamento é a taxa EURIBOR, cujo prazo varia entre 6M e 12M, tendo um spread dentro dos valores praticados no mercado.

Não existem covenants financeiros associados a estes financiamentos bancários. Estes financiamentos têm asso-ciado garantias e colaterais descritos na Nota 45.

Linhas de crédito obtidas e não utilizadas

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, existiam respetivamente 117.782 milhares de Euros e 29.150 milhares de Euros de linhas de crédito obtidas e não utilizadas.

36. OBRIGAÇÕES DECORRENTES DE CONTRATOS DE LOCAÇÃO

Locação financeira

O Grupo tem contratos de locação financeira para vários itens dos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis, in-cluídos no balanço. Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a quantia escriturada desses bens, para cada categoria de ativo, é como segue:

Estes contratos de longa duração em que o Grupo tem direito de utilizar um ativo específico são registados como locação financeira de acordo com a IAS 17 – Locações. Os passivos por locação financeira têm as seguintes maturidades:

CorrenteTipo de financiamento CorrenteNão corrente Não corrente

6.212.670

75.000

121.997 54.006 34.368 88.017

3.202.904

-179.167

145.406.868 18.444.092

-

31-12-2017 31-12-2016

IAPMEI / PME

Financiamento bancário

Contrato de Mútuo

6.409.667 3.237.272145.640.041 18.532.108

24.324.951

55.581.261

5.795

594.185

-

24.371.948

57.844.161

2.898

438.186

41.294

Equipamento básico

Outros ativos fixos tangíveis

Edifícios e outras construções

Equipamento administrativo

Programas de computador

82.698.487 80.506.192

31-12-2017 31-12-2016

24.531.984

9.794.327

35.645.704

Não mais de um ano

Pagamentos mínimos da locação financeira

Mais de um ano e não mais de cinco anos

Mais do que cinco anos

69.972.015

31-12-2017

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 139

Locação operacional

Os contratos de locação operacional em vigor no Grupo JMS respeitam, essencialmente, a contratos de equipa-mento informático, imóveis e estacionamentos, viaturas e equipamentos médicos e de escritório. Os montantes totais dos pagamentos mínimos futuros são os seguintes:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram reconhecidos custos de 17.181 milhares de Euros e 16.279 milhares de Euros, respetivamente, relativos a rendas de contratos de locação operacional.

Em 2016 não foi possível obter o detalhe dos pagamentos mínimos das locações operacionais e financeiras. No entanto, as locações respeitavam aos mesmos ou a semelhantes contratos, pelo que os valores são similares aos registados em 2017.

37. BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS

A subsidiária Hospital CUF Infante Santo, S.A. (“HCIS”) tem a responsabilidade de complementar as pensões de reforma de alguns dos seus colaboradores, com quem foi assumida essa responsabilidade. Embora não tenha constituído qualquer fundo ou seguro para cobrir esta responsabilidade, foi constituída uma provisão para o efeito que é atualizada anualmente de acordo com um estudo atuarial realizado por uma entidade especializada e independente.

Foi formalmente, e de acordo com a legislação em vigor, pedida a caducidade do Acordo de Empresa ao Ministério do Trabalho produzindo efeito a 6 de fevereiro de 2013, relativamente aos empregados que ainda se encontram no ativo. A lei prevê, de acordo com um parecer jurídico, a manutenção da “retribuição, categoria e respetiva definição, duração do tempo de trabalho e regimes de proteção social cujos benefícios sejam substitutivos dos assegurados pelo regime geral de segurança social ou com protocolo de substituição do Serviço Nacional de Saúde”. O complemento de reforma não se enquadra nesta obrigatoriedade e deixa de ter efeito a partir de fe-vereiro de 2013. Assim, a responsabilidade exigida mantém-se para os empregados reformados do HCIS.

Segundo o relatório de avaliação apresentado pela CFPO Consulting – Soluções Actuariais e Financeiras, o valor atual das responsabilidades com serviços passados com pensões de reforma, à data da demonstração da posição financeira, é estimada em 1.355 mil Euros (1.462 mil Euros em 2016), sendo a provisão para pensões de reforma ajustada e apresentada na Nota 38.

A avaliação atuarial das responsabilidades com o plano de pensões foi efetuada segundo o método Projected Unit Credit, tendo em consideração os seguintes pressupostos e bases técnicas atuariais:

Inferior a 1 ano Superior a 5 anosEntre 1 e 5 anos

18.609.139

967.048

1.952.950 4.717.822 9.084

204.790.071

-808.772

82.338.946

31-12-2017

Viaturas

Equipamento Médico

Imóveis

21.529.137 204.799.15587.865.540

1,30%1,30%

1,30%1,30%

0,00%0,00%

5554

TV 73/77TV 73/77

7374

TV 88/90TV 88/90

Taxa de desconto (depois da reforma)

Taxa de desconto (antes da reforma)

Taxa de crescimento das pensões

Número de reformados

Para homens

Tábua de mortalidade

Idade média

Para mulheres

31-12-201631-12-2017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017140

38. PROVISÕES, PERDAS POR IMPARIDADE, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES

Passivos contingentes

No decurso normal da sua atividade, o Grupo encontra-se envolvido em diversos processos. Face às naturezas dos mesmos, a expetativa existente é de que, do respetivo desfecho, não resultem quaisquer efeitos materiais em termos da atividade desenvolvida, situação patrimonial e resultados das operações.

Provisões

O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foi o seguinte:

A rubrica Outros inclui essencialmente provisões para penalidades contratuais e riscos decorrentes da atividade de prestação de serviços hospitalares consideradas como prováveis. Adicionalmente inclui uma provisão que se destina a fazer face à responsabilidade de substituição de equipamentos contemplada no Anexo V do Contrato de Gestão e exploração do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca; esta provisão foi constituída no exercício de 2013 por contrapartida de Ativos intangíveis (Nota 17), na sequência da transferência para as novas instalações, altura que foi adquirida a nova capacidade instalada, e foi elaborado um plano de investimento onde se prevê o reconhecimento da obrigação futura de substituição dos referidos equipamentos até ao fim do contrato. Du-rante o ano de 2017 foi revisto o valor total dos investimentos no âmbito do plano definido tendo sido o mesmo reduzido em 630 mil euros, pelo que esta provisão foi reduzida no mesmo montante.

Perdas por imparidade

O movimento ocorrido nas perdas por imparidade acumuladas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Provisões

Matériasambientais

Total de respon-

sabilidadesOutros

Benefícios dosempregados

(Nota 37)Impostos Total

(300.598) -

(106.559) -

- -

1.355.216 390.811

(71.550)

(190.159)

(630.125)

12.259.474

1.461.775 390.811 14.021.234 15.483.009

12.974.908 14.737.2811.762.373 390.811 5.000

- -

- -

1.306.696

799.574

1.306.696

799.574

- -

- -

(188.821)

(1.741.051)

(188.821)

(1.741.051)

-

-

-

-

-

-

-

5.000

5.000

(372.147)

(296.718)

(630.125)

13.614.690

1.306.696

799.574

13.625.422

(71.550)

(190.159)

(630.125)

11.863.662

(188.821)

(1.741.051)

12.579.097

Reforço

Reforço

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Utilização

Utilização

Reversão

Reversão

Plano de Investimentos (Nota 17)

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Saldo em 31 de dezembro de 2017

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 141

Ativos correntes

Ativos não correntes

Perdas por imparidade em ativos correntes

TotalClientes e ad.

a fornecedores(Nota 25)

Inventários(Nota 24)

(304.878)

(564.966)

-

10.152.901

10.273.241 10.305.742

9.637.528 9.659.052

1.555.898

1.880.641

1.566.876

1.882.793

(615.307)

(1.436.015)

(615.307)

(1.436.015)

(304.878)

(564.966)

(21.523)

10.166.031

10.978

2.152

32.501

-

-

(21.523)

13.130

-

-

21.523

Reforço

Reforço

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Utilização

Utilização

Reversão

Reversão

Transferências

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Saldo em 31 de dezembro de 2017

Perdas por imparidade em ativos não correntes

Total

Ativos nãocorrentesdetidos

para venda

Associadase Outros

investimentos(Notas 19 e 21)

Goodwill(Nota 16)

(369.593)

-

97.000 4.546.133

97.000 4.988.085

-

(97.000)

66.100

(132.889)

369.593 -

(508.052)

4.413.244

-66.100

(35.889)-

1.351.7423.641.332

(138.459)-

1.315.8533.641.332

(369.593)-

1.859.7943.575.232

Reforço

Reversão

Saldo em 1 de janeiro de 2016

Transferências

Reversão

Saldo em 31 de dezembro de 2016

Saldo em 31 de dezembro de 2017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017142

Durante os exercícios de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos nas rubricas de Perdas por imparidade e Provi-sões, tiveram as seguintes contrapartidas em resultados:

Ativos contingentes

O ano de 2017 foi o segundo ano consecutivo em que a Escala Braga apresentou um resultado negativo na ordem dos 4 milhões de Euros. Esta situação deriva da não reavaliação pelo Estado dos programas de financiamento vertical de HIV e Esclerose Múltipla, num valor aproximado de 7,5 milhões de Euros para 2016 e 7,9 milhões de Euros para 2017. É nosso firme entendimento que este comportamento do parceiro público contribuiu de modo inexorável para a atual situação financeira e constitui uma situação de incumprimento contratual muito grave. Desse modo, foi cautelarmente interposto no final do ano de 2016 um Pedido de Reequilíbrio Financeiro para o efeito da cláusula 127ª, nº9, alínea b), do Contrato de Gestão, propondo-se num espírito de cooperação leal e de boa-fé, tendo já iniciado o processo de arbitragem para resolução deste litígio.

O Grupo JMS considera provável o sucesso deste litígio e como melhor estimativa deste ativo contingente o valor de 15,4 milhões de Euros.

A consideração deste montante na projeção futura da atividade permite afastar a hipótese de o contrato ser oneroso.

Esta situação merece naturalmente a máxima atenção por parte da equipa de gestão do hospital, com a firme expectativa que será invertida por uma decisão positiva do Tribunal Arbitral já constituído, para a resolução deste litígio.

39. FORNECEDORES E ADIANTAMENTOS DE CLIENTES

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, estas rubricas tinham a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Reversão ReversãoTotal TotalReforço Reforço

1.882.793 1.566.876 (304.878) 1.261.998(564.966) 1.317.827

- - (300.598) (300.598)(106.559) (106.559)

799.574 1.306.696 (71.550) 1.235.147(190.159) 609.415

- 66.100 (508.052) (441.952)(132.889) (132.889)

1.687.795 1.754.594

Provisões

Benefícios dos empregados

Perdas por imparidade em ativos não correntes

Perdas por imparidade em ativos correntes

9.432.203

74.547.613

3.555.036

9.356.007

80.830.747

4.355.247

Fornecedores, faturas em receção e conferência

Fornecedores, conta corrente

Adiantamentos de clientes

94.542.001 87.534.852

31-12-2017 31-12-2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 143

40. OUTROS CREDORES CORRENTES E NÃO CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, estas rubricas tinham a seguinte composição:

(a) De acordo com o contrato de Gestão com a ARS Norte, a Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabeleci-mento, S.A. deverá entregar ao Hospital de São Marcos 90% dos proveitos decorrentes da prestação de ser-viços médicos já realizados até 1 de setembro de 2009, mas cuja faturação ainda não tivesse sido emitida e 90% dos recebimentos de clientes cuja faturação já tivesse sido emitida até essa data, mas cujo recebimento ainda não tenha ocorrido.

(b) A rubrica Aquisição de investimentos inclui, essencialmente, os montantes a pagar pela compra da SIM-X – Serviço de Imagem Médica, Lda., CPIS, CLA e do imóvel da Clínica CUF Almada. De acordo com os respetivos contratos de aquisição, foram considerados como não correntes as correspondentes parcelas a liquidar a partir do exercício de 2019.

Em Outros credores encontram-se relevados saldos a pagar a diversas entidades por transações não relacionadas com as atividades principais do Grupo.

Corrente CorrenteNão corrente Não corrente

775.114

250.000

555.547

33.765

490.222

1.016.588

281.277

599.524

37.073

3.092.476

286.666

-

57.859

-

-

-

-

3.089.531

344.460

525.000

57.859

-

-

-

-

724.434

-

125.117

33.665

308.480

2.674.400

196.354

441.311

26.589

3.358.340

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

31-12-2017 31-12-2016

Aquisição de investimentos (b)

Consultores, Acessores e Intermediários

Honorários

Eventos e Jornadas clínicas

Hospital de São Marcos (a)

Fundo de Apoio à Inovação - Energias Renováveis e Eficiência Energética

Lucros disponíveis

Hospital de Reynaldo dos Santos

Pessoal e Sindicatos

Base - Serviços Médicos de Imagiologia, SGPS, S.A.

Fornecedores de imobilizado

Cauções

Outros credores

7.476.112 8.547.2003.358.340

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017144

41. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica tinha a seguinte composição:

(a) A rubrica Honorários refere-se à estimativa de valores a liquidar aos colaboradores sem vínculo contratual permanente. Esta estimativa é baseada no histórico mensal pago, nos acordos estabelecidos com cada pres-tador de serviço e nos tempos de trabalho realizados.

(b) Nesta rubrica constam os acréscimos de gastos efetuados no fecho do ano, referentes a Custos das vendas, Fornecimentos e serviços externos (Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica “MCDTs”, Seguros e Trabalhos Especializados Clínicos), Gastos com o pessoal e Outros custos operacionais.

42. INTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

No âmbito da política de gestão de riscos (Nota 43), foram contratados um conjunto de instrumentos financeiros destinados a minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de juro sob a forma de swaps de taxas de juro, plain vanilla, que cobrem a quase totalidade dos empréstimos obrigacionistas emitidos em junho de 2014 e em maio de 2015 (num total de 100 milhões de Euros). Os swaps contratados respeitam as características das referidas emissões de obrigações por forma a serem considerados produtos de cobertura (mesmo indexante, mesmo período e prazos de pagamento de juros). Na data de pagamento de juros, o Grupo JMS recebe juros indexados à Euribor a 6 meses para 100% do capital das obrigações e paga juros a taxa fixa sobre o mesmo montante. O empréstimo obrigacionista emitido em setembro de 2017, no montante de 50 milhões de Euros, não tem associado nenhum instrumento financeiro derivado, por ter uma taxa fixa, conforme divulgado na Nota 35.

26.367.628

525.275

15.039.509

814

20.387.581

14.141

3.190.437

72.798

31.392.404

493.957

15.236.234

249

23.970.098

14.141

4.498.353

1.467.165

Remunerações a liquidar

Proveitos financeiros

Custos operacionais (b)

Outros proveitos diferidos

Honorários (a)

Alugueres e rendas

Acréscimos de custos Escala Braga

Custos Financeiros

76.564.254

508.347

77.072.601

65.057.952

540.230

65.598.181

31-12-2017 31-12-2016

Acréscimos de custos

Proveitos diferidos

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 145

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o justo valor dos derivados financeiros contratados pode ser apresentado como se segue:

O valor reconhecido nesta rubrica refere-se a seis contratos de Swap de taxa de juro contratados pelo Grupo JMS, com o objetivo de cobrir o risco de flutuação das taxas de juro.

As características dos instrumentos financeiros derivados contratados associados a operações de financiamento em 31 de dezembro de 2017 e 2016 eram as seguintes:

O justo valor dos derivados de cobertura é classificado como não corrente, quando a maturidade da operação de cobertura é superior a 12 meses, e como corrente quando a maturidade da operação alvo de cobertura é inferior a 12 meses.

Corrente CorrenteNão corrente Não corrente

-

-

-

-1.627.604

1.627.604 2.301.121

2.301.121

31-12-2017 31-12-2016

Swap de taxa de juro

Derivados designados como cobertura de fluxos de caixa

Total de derivados

Derivados designados como cobertura de fluxos de caixa MoedaNotional

25.000.000

12.500.000

12.500.000

25.000.000

12.500.000

12.500.000

100.000.000 (1.627.604) (2.301.121)

Eur

Eur

Eur

Eur

Eur

Eur

Cobertura cash flow de emissão obrigacionista

Cobertura cash flow de emissão obrigacionista

Cobertura cash flow de emissão obrigacionista

Cobertura cash flow de emissão obrigacionista

Cobertura cash flow de emissão obrigacionista

Cobertura cash flow de emissão obrigacionista

jun-2019

jun-2019

mai-2021

mai-2021

mai-2021

jun-2019

(273.774)

(130.616)

(313.183)

(566.865)

(237.253)

(105.913)

(403.663)

(191.345)

(432.585)

(788.611)

(334.886)

(150.031)

Objetivo económico 31-12-2016

Justo valor

Maturidade 31-12-2017

Swap’s de taxa de juro

Swap 13121-001

Swap 13121-002

Swap 13136-001

Swap 13137-001

Swap 13152-001

Swap 13153-001

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017146

A periocidade dos fluxos pagos e recebidos dos instrumentos financeiros de cobertura derivados é semestral:

O Grupo JMS procede cobertura de uma parcela de pagamentos futuros de juros de emissões obrigacionistas, através da designação de “Swaps” de taxa de juro em que paga uma taxa fixa e recebe uma taxa variável, com um notional de 100 milhões de Euros. Esta é uma cobertura do risco de taxa de juro associado aos pagamentos de juros taxa variável decorrentes de passivos financeiros reconhecidos. O risco coberto é o indexante da taxa variável ao qual estão associados os juros dos financiamentos. O objetivo desta cobertura é transformar os empréstimos de taxa de juro variável em taxa de juro fixa. O justo valor dos “Swaps” de taxa de juro, em 31 de dezembro de 2017, é negativo em 1.627.604 Euros.

43. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

O Grupo, à semelhança da generalidade das empresas, encontra-se exposto a um conjunto de riscos de mercado relacionados com alterações nas taxas de juro e riscos de liquidez decorrentes do seu passivo financeiro, bem como ao risco de crédito, que resultam da sua atividade operacional e de tesouraria.

Todas as operações de gestão de risco financeiro, nomeadamente as que envolvem a utilização de instrumentos financeiros derivados são submetidas à aprovação prévia do Administrador Financeiro ou da Comissão Executiva.

A Política de Gestão de Riscos do Grupo JMS tem como objetivo assegurar a correta identificação dos riscos associados aos negócios desenvolvidos, bem como adotar e implementar as medidas necessárias para minimizar os impactos negativos que evoluções adversas dos fatores subjacentes a esses riscos possam ter na estrutura financeira da Sociedade e na respetiva sustentabilidade.

No âmbito do processo de gestão de riscos o Grupo identificou um conjunto de riscos associados ao desempenho financeiro de cada empresa incluída no perímetro de consolidação considerados materialmente mais relevantes, dos quais se destacam o risco de mercado (exposição às variações das taxas de juro), de crédito e de liquidez.

O Grupo detém um modelo de gestão do risco que procura minimizar os potenciais efeitos adversos, utilizando os instrumentos adequados a cobertura dos riscos a que se encontra exposta.

De seguida analisam-se de forma mais detalhada os principais riscos financeiros a que o Grupo se encontra ex-posto e as principais medidas implementadas no âmbito da sua gestão.

Risco de mercado

O risco de mercado do Grupo JMS incide essencialmente no risco de variação das taxas de juro, pois o Grupo não tem qualquer exposição a flutuações nas taxas de câmbio, preços de matérias-primas ou cotações em bolsa de ativos financeiros.

SWAP’s

13136-001 13152-001 13121-002 13153-001 13121-001 13137-001

25.000.000 12.500.000 12.500.000 12.500.00025.000.000 12.500.000

19-mai-15 23-jun-15 30-jul-15 30-jul-1519-mai-15 23-jun-15

21-mai-15 25-jun-15 31-jul-15 31-jul-1521-mai-15 25-jun-15

9-jun-19 17-mai-21 17-mai-21 9-jun-1917-mai-21 9-jun-19

Data de liquidação

Data de negociação

Maturidade

Notional

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 147

Risco de exposição às variações de taxas de juro

A gestão do risco de taxa de juro tem por objetivo minimizar a exposição à variação das taxas de juro e o seu impacto nas Demonstração Financeiras dentro dos limites estabelecidos.

Através da política de controlo adotada procuram-se selecionar as estratégias adequadas para cada área de negócio, com o objetivo de assegurar que este fator de risco não afeta negativamente a respetiva capacidade operacional. Por outro lado, é ainda monitorizada a exposição ao risco de taxa de juro, mediante a simulação de cenários adversos, mas com algum grau de probabilidade, que possam afetar negativamente os resultados do Grupo.

Com o objetivo de reduzir o risco de exposição a variações de taxa de juro, foram contratadas em 2015 swaps de taxas de juro, plain vanilla, que cobrem 100% dos montantes dos empréstimos obrigacionistas emitidos em 2014 e 2015 (100 milhões de Euros no total). Os swaps contratados respeitam as características das referidas emissões de obrigações, por forma a serem considerados produtos de cobertura (indexante, período e prazos de pagamento de juros semelhantes). Na data de pagamento de juros, a José de Mello Saúde recebe juros indexados à Euribor 6 meses para 100% do capital das obrigações e paga juros a taxa fixa sobre o mesmo montante.

Em 2017, no seguimento da sua política de redução da exposição às taxas de juro, a José de Mello Saúde emitiu um empréstimo obrigacionista com uma taxa de juro fixa. Deste modo, considerando o efeito dos swaps con-tratados, no final do ano de 2017 a José de Mello Saúde detinha 36% da sua dívida financeira contratada a taxas de juros fixas (46% em 2016).

O quadro abaixo apresenta uma análise de sensibilidade ao impacto de um potencial incremento das taxas Eu-ribor nos custos financeiros do Grupo José de Mello Saúde em 2017 e 2016:

Notas de análise:

• foram excluídos os financiamentos contratados a taxa fixa, nomeadamente os empréstimos obrigacionistas mencionados anteriormente;

• uma vez que a grande maioria dos financiamentos contratados pelo Grupo JMS têm subjacentes a aplicação de floor zero no caso das taxas Euribor serem negativas e dado que estas, em 2017 e 2016, apresentaram sempre valores negativos, não foi simulado um cenário de redução de taxas.

+106.586

+88.136

+244.137

+320.432

+39.258

+92.598

+389.981

+501.116

+0.5

+0.5

+0.5

+0.5

+0.5

+0.5

-

Empréstimos Não Correntes

Empréstimos Não Correntes

Locações Financeiras Correntes e Não Correntes

Locações Financeiras Correntes e Não Correntes

Empréstimos Correntes

Empréstimos Correntes

Total

Total

Variação nas Taxas(p.p)

Impacto em CustosFinanceiros (Euros)

2017

2016

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017148

Risco de liquidez

O risco de liquidez resulta da incapacidade potencial de financiar os ativos do Empresa, ou de satisfazer as res-ponsabilidades contratadas nas datas de vencimento.

A gestão do risco de liquidez procura um acompanhamento permanente das previsões de tesouraria, de forma a garantir o cumprimento de todas as responsabilidades do Grupo para com as entidades com as quais se relaciona na sua atividade. Através de uma gestão ativa do business plan e do mapeamento exaustivo das necessidades ou excedentes futuros de tesouraria, procura ainda reduzir o risco de financiamento recorrendo a uma relação permanente com os parceiros financeiros.

O quadro abaixo apresenta as responsabilidades da Empresa por intervalos de maturidade contratual no final de 2017 e 2016, respetivamente. Os montantes representam os fluxos monetários não descontados a pagar no futuro:

Risco de crédito

O risco de crédito é o risco de uma contraparte não cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instrumento financeiro originando uma perda. O Grupo JMS encontra-se sujeito a risco de crédito no que concerne às se-guintes atividades:

• Atividade operacional – Clientes, fornecedores e outras contas a receber e a pagar;

• Atividades de financiamento.

A seguinte tabela apresenta a exposição máxima do Grupo ao risco de crédito:

Para ativos na demonstração da posição financeira, a exposição definida é baseada na sua quantia escriturada na face da demonstração da posição financeira.

Contas a receber

O risco de crédito está essencialmente relacionado com créditos de serviços prestados a clientes. Este risco é monitorizado da seguinte forma:

• Seguindo políticas, procedimentos e controlos previamente estabelecidos;

• Estabelecendo limites de créditos aos clientes, com base em critérios de avaliação interna (prazo médio de recebimento);

• Análises de imparidade aos valores a receber numa base regular.

95.377.577

12.877.217

5.088.234

48.650.000

122.870.558

13.357.220

3.316.536

35.150.000

Clientes

Outros Ativos Financeiros

Outras Contas a Receber

Outros Instrumentos Financeiros

174.694.315 161.993.028

31-12-2017 31-12-2016

17.188.630

15.647.921

180.380.407

81.733.818

84.396.648

59.860.397

95.697.300

37.736.158

Dívida Financeira* < 1 ano 1-3 anos 3-5 anos > 5 anos

2017

2016

* Exclui dívida de curto prazo utilizada para apoio de tesouraria

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 149

• Os valores em dívida são regularmente monitorizados e os fornecimentos para os clientes mais significativos estão normalmente cobertos por garantias;

• O Grupo JMS tem em vigor contratos de factoring mediante os quais cede os créditos e em que o risco de cobrabilidade passa para a entidade de factoring.

O Grupo não apresenta nenhum risco de crédito significativo com um cliente em particular, na medida em que as contas a receber derivam de um elevado número de clientes.

O movimento nas perdas por imparidade das contas a receber encontra-se divulgado na Nota 38.

Em 31 de dezembro de 2017, é entendimento do Conselho de Administração que as perdas por imparidade esti-madas em contas a receber se encontram adequadamente relevadas nas demonstrações financeiras.

Outros instrumentos financeiros

Os Outros Instrumentos Financeiros incluem obrigações emitidas pelos acionistas José de Mello Capital, S.A. e Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.. A monitorização do risco é feita periodicamente pela gestão através da análise das contas da José de Mello Capital, S.A. e da Farminveste – Investimentos, Participa-ções e Gestão, S.A..

44. JUSTO VALOR DE ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

O justo valor dos ativos e passivos financeiros tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa.

O valor nominal deduzido de ajustamentos de crédito estimados de contas a receber e a pagar é assumido como aproximado ao seu justo valor. O justo valor dos passivos financeiros é estimado atualizando os fluxos de caixa futuros contratualizados, à taxa de juro do mercado corrente que está disponível para instrumentos financeiros similares.

Não existem diferenças significativas entre os justos valores assim calculados e os respetivos valores contabilísticos.

45. GARANTIAS E COMPROMISSOS

Passivos contingentes

No decurso normal da sua atividade, o Grupo encontra-se envolvido em diversos processos. Face às naturezas dos mesmos, a expetativa existente é de que, do respetivo desfecho, não resultem quaisquer efeitos materiais em termos da atividade desenvolvida, situação patrimonial e resultados das operações.

Garantias

Em 31 de dezembro de 2017, as empresas do Grupo tinham prestado perante terceiros garantias no montante de 28.182 milhares de Euros (8.076 milhares de Euros em 2016), cujo detalhe é como segue:

28.181.989 8.075.600

4.000.0004.000.000

1.320.972423.352

2.636.84523.640.854

116.701116.701

1.0821.082

Carta Compromisso Fundos Próprios

Câmaras Municipais

Cumprimento de obrigações contratuais

Prestação de serviços ao SNS

Fornecimento de eletricidade, água e gás

31-12-201631-12-2017

Garantias financeiras prestadas

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017150

Alguns contratos de financiamento e programas de papel comercial têm os seguintes colaterais associados:

• Hipoteca voluntária do prédio urbano, Edifício Expansão do Hospital das Descobertas, e todas as construções e melhorias efetuadas;

• Hipoteca genérica do prédio urbano, Edifício Hospital CUF Tejo, e respetivas benfeitorias;

• Livrança em branco subscrita pela Imohealth e avalizada pela JMS, Hospital CUF Torres Vedras, S.A., Clínica CUF Belém, S.A. e Instituto CUF – Tratamento e Diagnóstico, S.A.;

• Livrança em branco subscrita pela Imohealth e avalizada pela JMS e Hospital CUF Infante Santo, S.A..

Compromissos

No decurso normal da sua atividade, o Grupo assume compromissos relacionados, essencialmente, com a aqui-sição de equipamentos, no âmbito das operações de investimento em curso, e com a compra e venda de parti-cipações financeiras.

De acordo com o Código das Sociedades Comerciais, a empresa-mãe, José de Mello Saúde, S.A., responde soli-dariamente pelas obrigações das suas associadas com as quais mantém uma relação de domínio.

46. NOTAS EXPLICATIVAS À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

46.1 RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS:

Os recebimentos mais significativos relacionados com investimentos financeiros, ocorridos durantes os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, respeitam aos seguintes movimentos:

46.2 PAGAMENTOS PROVENIENTES DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS E OUTROS INVESTIMENTOS:

Os pagamentos mais significativos relacionados com investimentos financeiros, ocorridos durantes os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, respeitam aos seguintes movimentos:

-

1.211.718

68.000

-

82.976

-

68.000

44.566

Manuel Guimarães, Lda.

Escala Braga - Sociedade Gestora do Edifício, S.A.

Centro Gamma Knife-Radiocirurgia, S.A.

.Dr. Campos Costa - Consultório de Tomografia Computorizada, S.A.

195.542 1.279.718

31-12-2017 31-12-2016

-

-

-

-

-

-

-

-

-

327.600

6.790.500

100.000

34.387.465Aquisição de ativos

Aquisição de ativos

Aquisição de ativos

Aquisição de negócio

Aquisição de negócio

Aquisição de negócio

Aquisição de negócio

Aquisição de negócio

Aquisição de negócio

Aquisição de negócio

1.382.780

650.000

737.293

159.992

365.000

362.440

59.280

CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.

Clínica Dr. Luís Álvares, S.A. (P. Suplementares)

Hospimob - Imobiliária, S.A.

Clínica Dr. Luís Álvares, S.A.

CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A. (P. Suplementares)

SIMPLYGREEN - Investimentos Imobiliários, S.A.

Celso & Santos, S.A.

CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A. (Suprimentos)

SIMPLYGREEN - Investimentos Imobiliários, S.A. (P. Suplementares)

SIM-X - Serviço de Imagem Médica, Lda.

44.994.750 327.600

31-12-2017Classificação 31-12-2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 151

47. PARTES RELACIONADAS

Transações e Saldos pendentes

As transações e saldos entre a José de Mello Saúde, S.A. (“empresa-mãe”) e empresas do Grupo foram elimina-das no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e transações entre o Grupo e as empresas associadas e outras partes relacionadas estão detalhadas abaixo:

2017

Saldos devedores Saldos credores

FornecedoresObrigações(Nota 28)

Outros devedoresClientesParte relacionada

35.150.000

16.500.000

-

-

-

4.761

1.472.106

7.996

178.078

18.650.000

-

-

-

-

(21.522)

-

-

1.641.419

122.780

-

-

-

1.449

6.131

36.047

-

122.780121.735

-

-

-

-

-

36.344

41.481

284

José de Mello Capital, S.A.

Grupo MGI Capital

Grupo José de Mello Residências e Serviços

M Dados – Sistemas de Informação, S.A.

Acionistas

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

Grupo Brisa - Auto-estradas de Portugal

Grupo CUF

Grupo José de Mello Imobiliária

Outras entidades relacionadas

Transações

Fornecimentos e serviços externos

Proveitos financeiros

Vendas e prestação de serviços

Parte relacionada

4.444.428

41 314

3.415.978

61.929

-

-

-

377.467

-

586.916

2.139

214 366

-

-

-

-

7.847

32.241

92.786

284

454

-370.259

162 916

-

-

-

-

-

185.243

55.656

-

3.595

José de Mello Capital, S.A.

Grupo MGI Capital

Grupo José de Mello Residências e Serviços

M Dados – Sistemas de Informação, S.A.

José de Mello Serviços, Lda.

Acionistas

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

Grupo Brisa - Auto-estradas de Portugal

Grupo CUF

Grupo José de Mello Imobiliária

José de Mello Energia, S.A.

Outras entidades relacionadas

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017152

Saldos devedores Saldos credores

FornecedoresObrigações(Nota 28)

Outros devedoresClientesParte relacionada

48.650.000

20.000.000

10.000.000

-

-

7.365

-

4.182

-

18.650.000

-

-

-

-

-

1.713.597

15.450

-

296.895

2.037.489

122.780

-

-

-

1.248

-

21.399

821

1.885.798159.435

1.763.018

-

-

-

-

-

92.590

43.364

13

-

José de Mello Capital, S.A.

José de Mello Participações II, SGPS, SA

Grupo Brisa - Auto-estradas de Portugal

Grupo CUF

Acionistas

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

Grupo MGI Capital

Grupo José de Mello Residências e Serviços

José de Mello Energi, S.A.

M Dados - Sistemas de informação, S.A.

Outras entidades relacionadas

Transações

Fornecimentos e serviços externos

Proveitos financeiros

Vendas e prestação de serviços

Parte relacionada

4.896.415

28.383

3.404.798

-

-

1.322.201

33.722

-

87.898

47.795

-

-

195.360

-

-

-

-

-

7.783

318.214

-

39.479

-

-

-607.476

-

-

-

-

-

-

182.814

66.251

251

467

José de Mello, SGPS, S.A.

Grupo MGI Capital

José de Mello Participações II, SGPS, S.A.

Grupo José de Mello Imobiliária

José de Mello Energia, S.A.

José de Mello Serviços, Lda.

Acionistas

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.

Grupo Brisa - Auto-estradas de Portugal

Grupo José de Mello Residências e Serviços

Grupo CUF

M Dados – Sistemas de Informação, S.A.

Outras entidades relacionadas

2016

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 153

Os termos ou condições praticados entre as empresas do Grupo e partes relacionadas são substancialmente idênticos aos que normalmente seriam contratados, aceites e praticados entre entidades independentes em operações comparáveis.

Remunerações do pessoal chave da gestão

As remunerações do pessoal chave da gestão do Gru-po encontram-se descriminadas no quadro seguinte:

48. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas, e autorizada a sua emissão, pelo Conselho de Admi-nistração em 22 de março de 2018, e serão sujeitas a aprovação em Assembleia Geral de Acionistas agen-dada para 30 de abril de 2018.

49. EVENTOS SUBSEQUENTES

Desde 31 de dezembro de 2017 até à data de apro-vação de contas não ocorreram quaisquer factos que não estejam já ajustados e/ou divulgados nas presentes demonstrações financeiras consolidadas.

2.265.336

2.265.336

2.275.338

2.275.338

Remunerações

31-12-2017 31-12-2016

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Em cumprimento do disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código de Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração da José de Mello Saúde, S.A. (“JMS”) declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o relatório de gestão, as con-tas anuais individuais e consolidadas, a certificação legal de contas e demais documentos de prestação de contas, i) foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma ima-gem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da JMS e das empresas incluídas no perímetro de consolidação; ii) expõem fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da JMS e das empresas incluídas no perímetro de consolidação; e iii) contêm uma descrição dos principais riscos com que a JMS se defronta na sua atividade.

Lisboa, 22 de março de 2018

Salvador Maria Guimarães José de Mello

Pedro Maria Guimarães José de Mello

João Gonçalves da Silveira

Rui Alexandre Pires Diniz

Rui Manuel Assoreira Raposo

Vasco Luís José de Mello

Inácio António da Ponte Metello de Almeida e Brito

Guilherme Barata Pereira Dias de Magalhães

Paulo Jorge Cleto Duarte

Luís Eduardo Brito Freixial de Goes

Vera Margarida Alves Pires Coelho

Celine Dora Judith Abecassis-Moedas

Raúl Catarino Galamba de Oliveira

Conselho de Administração

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017154

a) Participações qualificadas no capital social da sociedade

b) Identificação de acionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos.

Não existem direitos especiais atribuídos a qualquer acionista da Sociedade.

c) Número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de fiscalização, nos termos e para os efeitos do disposto no nº 5 do artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e do artigo 14º do Regulamento da CMVM nº 5/2008.

Os membros dos órgãos de administração da Sociedade não são titulares de ações e obrigações da José de Mello Saúde S.A., não tendo realizado qualquer transação sobre estes títulos no decurso do exercício de 2017.

Os membros dos órgãos da José de Mello Saúde S.A. são titulares de ações preferenciais sem direito a voto representativas do capital social do Hospital CUF Descobertas, S.A., subscritas na data e nos termos a seguir indicados:

INFORMAÇÃO SOBRE A ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE

65,85%

30,00%

4,15%

100,00%

65,85%

30,00%

4,15%

100,00%

6.980.100

3.180.000

439.900

10.600.000

Fundação Amélia da Silva de Mello

José de Mello Capital, S.A.

Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão

Total

% CapitalNº AçõesAccionista % Direitos de Voto

Saldo em 31-12-2017

Saldo em 31-12-2016 AlienaçõesAquisiçõesSubscrições

Quant.Quant. Valor €Valor €Valor € Quant.Quant.Quant.

236

100

100

92

100

200

305

116

137

92

137

327

69

16

37

37

127

5,00

5,00

5,00

5,00

5,00

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Hospital CUF Descobertas, S.A.

Salvador Maria Guimarães José de Mello

Vasco Luís José de Mello

Rui Manuel Assoeira Raposo

Inácio António da Ponte Metello de Almeida e Brito

Guilherme Barata Pereira Dias de Magalhães

Rui Alexandre Pires Diniz

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 155

d) Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial.

Não existem quaisquer restrições desta natureza.

e) Regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e à alteração dos estatutos da sociedade.

Não existem, nos termos dos estatutos da José de Mello Saúde S.A., quaisquer regras especiais relativas à nomeação e substituição do órgão de administração e à alteração dos estatutos da José de Mello Saúde S.A.. Quanto a estas matérias são aplicáveis as respetivas disposições do Código das Sociedades Comerciais.

f) Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento do capital.

Não existem, nos termos dos estatutos da José de Mello Saúde S.A., quaisquer regras especiais relativamente a poderes do órgão de administração. Quanto a estas matérias são aplicáveis as respetivas disposições do Código das Sociedades Comerciais.

O Conselho de Administração da José de Mello Saúde S.A. delegou numa Comissão Executiva as seguintes competências:

i. Proceder à gestão corrente da Sociedade, podendo deliberar sobre todas as matérias relativas ao exercício da atividade da Sociedade com respeito pelo respetivo objeto social, pelas deliberações tomadas pelo Conselho de Administração e pela Assembleia Geral, nas matérias da competência desta última;

ii. Elaborar e submeter ao Conselho de Administração as principais políticas do Grupo José de Mello Saúde, designadamente, política de remunerações, política de gestão de quadros e política comercial e preços;

iii. Elaborar e submeter ao Conselho de Administração, para aprovação, o Plano de Negócios e o Orçamento da Sociedade para o ano seguinte, bem como propor posteriores alterações;

iv. Proceder à coordenação e acompanhamento permanente da gestão corrente das sociedades, direta ou indiretamente, participadas pela Sociedade (“Participadas”) emitindo, no caso das Participadas em relação de grupo, ou seja cujo capital social é integralmente detido pela Sociedade, instruções vinculativas;

v. Para efeitos do disposto na alínea anterior, a Comissão Executiva deverá deliberar sobre as seguintes matérias:

(i) Definição da estratégia e planeamento económico e financeiro das Participadas, designadamente:

i. abertura e/ou expansão de estabelecimentos;

ii. desenvolvimento de novas atividades (e.g. novas especialidades médicas) ou alteração/reorganização significativa das atividades existentes;

iii. celebração de acordos comerciais, convenções com seguradoras e subsistemas e protocolos de âmbito científico e académico;

iv. escolha dos titulares dos cargos de gestão de primeira linha, designadamente direção de produção, direção clínica e de enfermagem;

v. acompanhamento e supervisão de projetos relevantes através de Steering Committee.

(ii) Aprovação de qualquer Plano de Negócios, bem como quaisquer alterações e atualizações ao mesmo;

(iii) Aprovação do orçamento anual e quaisquer atualizações ao mesmo;

(iv) Celebração de contratos relevantes, designadamente de trabalho ou prestação de serviços, assunção de responsabilidades, aquisições ou alienações de quaisquer ativos, incluindo participações noutras sociedades, sempre que o valor estimado seja superior, numa base individual, a (i) 1.000.000,00 euros (um milhão de euros) se previstos no orçamento anual, ou a (ii) 200.000,00 euros (duzentos mil euros) caso não se encontrem previstos no orçamento anual;

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017156

(v) Empréstimos, financiamentos, obrigações, valores mobiliários representativos de dívida, papel comercial e outras formas de financiamento por terceiros, incluindo emissão de garantias ou garantias stand-by de montante superior, numa base individual, a (i) 1.000.000,00 euros (um milhão de euros) se previstos no orçamento anual ou a (ii) 200.000,00 euros (duzentos mil euros) caso não se encontrem previstos no orçamento anual;

vi. Celebrar todos os atos e contratos inerentes à atividade da Sociedade, desde que o seu valor não ultrapasse o montante equivalente a 15.000.000,00 euros (quinze milhões de euros);

vii. Contrair empréstimos bancários ou operações similares, conceder empréstimos acionistas e outras formas de capitalização das Participadas, desde que o montante respetivo não exceda o equivalente a 15.000.000,00 euros (quinze milhões de euros);

viii. Efetuar operações bancárias, tais como, abrir e movimentar quaisquer contas bancárias a crédito ou a débito, sacar e endossar cheques e sacar, aceitar e endossar letras, livranças e outros títulos de crédito;

ix. Efetuar recebimentos e pagamentos em representação da Sociedade, dar quitação e emitir os documentos contabilísticos necessários;

x. Celebrar contratos de trabalho ou de prestação de serviços relativamente ao pessoal da Sociedade, exercer o poder disciplinar e promover, se necessário for, o despedimento de qualquer trabalhador, bem como contratar colaboradores ou peritos especializados, sempre que tal se revele necessário;

xi Constituir novas sociedades, bem como adquirir ou alienar participações noutras sociedades, desde que a respectiva participação não exceda o equivalente a 15.000.000,00 euros (quinze milhões de euros);

xii. Celebrar quaisquer tipos de contratos de seguro inerentes ao exercício da atividade da Sociedade;

xiii. Propor ao Conselho de Administração arrendamentos cujo valor anual da renda seja superior a 1.000.000,00 euros (um milhão de euros), alienação, oneração ou aquisição de bens imóveis para a Sociedade cujo valor seja superior a 15.000.000,00 euros (quinze milhões de euros);

xiv. Proceder ao aprovisionamento de todos os bens móveis e equipamentos necessários ao exercício da atividade da Sociedade;

xv. Propor ao Conselho de Administração o organigrama da Sociedade e mantê-lo informado sobre os posteriores ajustamentos que se vierem a revelar necessários;

xvi. Constituir mandatários para representar a Sociedade na prática de atos específicos, mediante a emissão de instrumento adequado para o efeito;

xvii. Constituir mandatários forenses para representar a Sociedade em quaisquer litígios em que esta seja parte, conferindo-lhes os poderes bastantes para confessar, desistir e transigir;

xviii. Representar a Sociedade em juízo e em processo de arbitragem, bem como proceder à nomeação de árbitros em quaisquer litígios em que a Sociedade seja parte;

xix. Propor os titulares dos órgãos sociais das Participadas, em cujos Conselhos de Administração deverão participar a totalidade ou parte dos membros da Comissão Executiva da Sociedade.

Os montantes indicados pressupõem prévia orçamentação das respetivas despesas e/ou responsabilidades. Tratando-se de despesas e/ou responsabilidades não orçamentadas, esses limites são reduzidos a 40% (quarenta por cento) do valor indicado.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 157

No âmbito das competências que lhe são delegadas, a Comissão Executiva poderá definir pelouros e áreas de atuação de cada um dos seus membros, quer no que se refere à estrutura interna e funcionamento da Sociedade, quer no que se refere à coordenação e acompanhamento das suas áreas de negócio, em geral, e das empresas participadas, em particular.

g) Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na Sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira.

A matéria relativa aos sistemas de controlo interno e de gestão de risco existentes no grupo José de Mello Saúde encontra-se desenvolvida no ponto 7 do Relatório Integrado.

h) Montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização da Sociedade, para efeitos da Lei nº 28/2009, de 19 de junho.

i. Remuneração bruta paga pela José de Mello Saúde, S.A. aos membros do Conselho de Administração durante o exercício de 2017

ii. Remuneração bruta paga pela José de Mello Saúde, S.A. aos membros do Conselho Fiscal durante o exercício de 2017 Os membros do Conselho Fiscal têm uma remuneração anual bruta de 7.500 euros para o Presidente e de 6.000 euros para os Vogais.

iii. Remuneração bruta paga pela José de Mello Saúde, S.A. aos membros da Comissão de Vencimentos durante o exercício de 2017 Os membros da Comissão de Vencimentos têm uma remuneração anual bruta de 9.000 euros para o Presidente e de 6.000 euros para os Vogais.

545.850

-

-

605.750

320.100

279.500

292.145

326.550

-

-

40.000

40.000

40.000

Presidente do CA e da Comissão Executiva

Vice-Presidente Não Executivo

Vice-Presidente Não Executivo

Administrador Executivo

Administrador Executivo

Administrador Executivo

Administrador Executivo

Administrador Executivo

Administrador Não-Executivo

Administrador Não-Executivo

Administrador Não-Executivo

Administrador Não-Executivo

Administrador Não-Executivo

Salvador Maria Guimarães José de Mello

Pedro Maria Guimarães José de Mello

João Gonçalves Da Silveira

Rui Alexandre Pires Diniz

Rui Manuel Assoeira Raposo

Inácio António P. M. Almeida e Brito

Vasco Luís José de Mello

Guilherme Barata Pereira Dias de Magalhães

Paulo Jorge Cleto Duarte

Luís Eduardo Brito Freixial de Goes

Vera Margarida Alves Pires Coelho

Celine Dora Judith Abecassis-Moedas

Raúl Catarino Galamba Oliveira

Remunceração (euros)Nome Cargo

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017158

iv. Montante da remuneração anual paga pela Sociedade e/ou por pessoas coletivas em relação de domínio ou de grupo ao auditor e a outras pessoas singulares ou coletivas e discriminação da percentagem respeitante a cada tipo de serviços. O valor de consultoria fiscal corresponde essencialmente a serviços prestados em 2014 e 2015, que apenas foram facturados em 2017.

215.700

185.475

19.450

420.625

Valor dos serviços de auditoria e revisão legal de contas

Valor dos serviços de consultoria fiscal

Valor de outros serviços de consultoria

Descrição

Total

Valor

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 159

• Os membros do órgão de administração devem desempenhar as suas funções de forma diligente e criteriosa, no interesse da sociedade, tendo em conta os interesses dos seus acionistas, colaboradores e demais stakeholders;

• É do interesse da Sociedade e dos seus acionistas criar as condições e os incentivos adequados, mobilizadores do bom desempenho de funções por parte do Conselho de Administração, de acordo com os critérios acima referidos;

• Pretende-se, igualmente, que o modo como os membros do órgão de administração são remunerados seja um processo transparente, equitativo e independente, que garanta um equilíbrio entre os interesses dos acionistas, o posicionamento da empresa no mercado e a necessidade de atração e retenção de talento;

• Nesta perspetiva, a remuneração constitui um instrumento de gestão essencial para o enquadramento e motivação do desempenho dos dirigentes ao nível das empresas;

• A definição e aplicação dos critérios subjacentes à fixação das remunerações dos Administradores, cometida à Comissão de Vencimentos, deve deste modo ser coerente e homogénea, levando, por um lado, em linha de conta o nível de remunerações atualmente praticado em empresas europeias congéneres, e por outro, o grau de cumprimento dos objetivos estratégicos definidos para o Grupo José de Mello Saúde (JMS), a criação de valor para os acionistas e a conjuntura económica;

• Neste sentido, a remuneração deverá contemplar uma componente fixa que visa, no quadro das respetivas competências e responsabilidades, remunerar adequadamente o esforço e trabalho desenvolvido ao longo de cada exercício do respetivo mandato, aplicável aos membros executivos e não executivos independentes do Conselho de Administração, e uma componente variável a ser atribuída aos membros executivos com o objetivo de os recompensar pelo desempenho da Sociedade e, ao mesmo tempo, alinhar os seus interesses com os interesses de sustentabilidade da sociedade em ciclos de mais longo prazo. Este alinhamento será garantido,

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇAO DA SOCIEDADE

designadamente, através da repercussão no cálculo da remuneração variável da performance operacional e financeira da companhia em cada exercício, da qualidade intrínseca dos resultados (recorrentes e extraordinários) apresentados, do cumprimento do orçamento anual e do business plan, tendo em consideração o posicionamento da JMS no mercado da saúde e a expectativa de evolução do negócio a médio e longo prazo;

• A atribuição da componente variável, para além do que já se referiu, fica também dependente da avaliação do cumprimento de objetivos de desempenho coletivo, anuais e plurianuais, revistos anualmente tendo em conta, designadamente, os seguintes indicadores: Receitas, EBITDA, EBIT, Resultado Líquido e Customers Security Index, não apenas numa perspetiva de evolução em razão do histórico da JMS mas também levando em consideração o nível remuneratório das principais empresas do mercado doméstico de acordo com estudos de mercado realizados em Portugal;

• Parte da remuneração variável é paga após o encerramento de cada exercício e logo que apurados os respetivos resultados, sendo outra parte significativa diferida por um período de três anos, ficando o seu pagamento dependente da continuação do desempenho positivo da JMS ao longo desse período, com vista a potenciar a maximização da performance a longo prazo e a prossecução de objetivos estratégicos e estruturais da empresa e a desincentivar a assunção excessiva de risco;

No que se refere ao órgão de fiscalização, atento o disposto no art.º 422.º-A, em conjugação com o disposto no n.º 1 do art.º 399.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais, a remuneração dos membros do Conselho Fiscal deve consistir numa quantia fixa, que deverá ser determinada tendo em conta a complexidade e responsabilidade das funções desempenhadas, as práticas e condições remuneratórias normais para o desempenho de funções semelhantes e bem como, a situação económica da empresa.

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 167

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017168

Senhores Acionistas,

Nos termos legais e estatutários vem o Conselho Fiscal da José de Mello Saúde S.A., com sede em Av. do Forte, nº 3 - Edifício Suécia III, Piso 2, 2790-073 Carnaxide, apresentar o relatório sobre a sua ação fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório de gestão e as contas consolidadas apresentados pela Administração em relação ao exercício findo em 31 dezembro 2017.

1. Procedemos, nos termos legais e estatutários:

• à aprovação do Plano de atividades para 2018;

• à fiscalização dos atos da Administração, através de reuniões com a direção de auditoria interna, a direção financeira, a direção de planeamento estratégico, controlo de gestão e inovação, direção de sistemas de informação e a direção de desenvolvimento organizacional e qualidade, e com a comissão de auditoria e gestão de risco tendo obtido os esclarecimentos e conforto considerados necessários;

• à verificação da observância da lei e do cumprimento do contrato da sociedade;

• à avaliação sobre se as políticas contabilísticas e critérios de valorimetria/mensuração adotados pela sociedade estão de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites, e conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados;

• à avaliação da eficácia do sistema de controlo interno implementado pela Administração;

• à fiscalização do processo de preparação e divulgação da informação financeira;

• à verificação da exatidão da Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo do exercício de 2017;

• à apreciação do Relatório de Gestão emitido pela Administração, e da proposta de aplicação de resultados nele inserta;

• à apreciação do trabalho realizado pelo Revisor Oficial de Contas conducente à revisão legal e a serviços adicionais;

• à verificação dos termos da Certificação Legal das Contas, o Relatório de Auditoria e o Relatório Adicional ao Órgão de Fiscalização, emitidos pela Ernst & Young

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS

Audit & Associados – SROC, S.A., tendo concluído que o seu conteúdo merece o nosso acordo.

2. Do trabalho que realizamos entendemos destacar o seguinte:

• o ano de 2017 apresentou um desempenho operacional e financeiro muito importante, embora com tendências diferentes na prestação privada e na publica. O EBITDA consolidado cresceu 5,3% relativamente ao ano anterior, atingindo 72,0 milhões de euros. Enquanto na área privada cresceu de 56,6 milhões de euros para 61,5 milhões de euros, na área publica diminuiu 1,5 milhões, para um valor de 7,8 milhões de euros. Como referido em 2016, a não revalidação pela ARS Norte dos programas de financiamento vertical de HIV e Esclerose Múltipla, num valor aproximado de 7,5 milhões de euros por ano, é um factor penalizante para o desequilíbrio das contas do Escala Braga. Foi cautelarmente interposto no final do ano de 2016 um Pedido de Reequilíbrio Financeiro para o efeito da cláusula 127ª, nº9, alínea b), do Contrato de Gestão, com vista a que se inicie um processo de arbitragem para resolução deste litígio. A gestão considera muito provável o resultado favorável à Escala Braga deste processo arbitral, sendo a estimativa do valor deste ativo contingente de 15 milhões de euros.

• salientamos o crescimento do balanço da Sociedade em 242,5 milhões de euros, ultrapassando os 745,4 milhões de euros. A continuação das diversas obras de expansão e a aquisição de imóveis que pertenciam ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial, nomeadamente os imóveis explorados pelo Hospital CUF Porto, Instituto CUF Porto, Clínica CUF Belém, Hospital CUF Cascais e Hospital CUF Torres Vedras, são as principais explicações para o incremento registado. A operação de aquisição dos imóveis até então pertencentes aos fundos, envolveu um conjunto de activos estratégicos para a José de Mello Saúde, pelo que o controle da sua propriedade é um factor relevante.

• Face a 2016, a dívida bruta aumentou 202,0 milhões de euros e a divida líquida 183,7 milhões de euros, o que se justifica pela aquisição dos imóveis aos Fundos de Investimento, pelas diversas obras de expansão bem como pela política de investimento em novas unidades. O rácio de alavancagem financeira, nomeadamente o D/EBITDA, cresceu para 4,7x (2,3x em 2016). Mesmo

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 169

tendo-se verificado um incremento significativo no capital próprio, os rácios de autonomia financeira e solvabilidade registaram reduções, refletindo o esforço de investimento referido anteriormente.

3. A ação fiscalizadora desenvolvida permite-nos concluir que:

• os atos da Administração do nosso conhecimento salvaguardam o cumprimento da lei e do contrato da sociedade;

• não tomamos conhecimento de situações que possam por em causa a adequação e eficácia do sistema de controlo interno implementado pela Administração no controlo dos riscos a que a sociedade está exposta;

• a contabilidade e as contas satisfazem as disposições legais, estatutárias e regulamentares aplicáveis, refletem a atividade desenvolvida e conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados da sociedade;

• o Relatório de Gestão é concordante com as contas apresentadas e expõe com fidelidade a evolução da atividade e dos negócios no exercício;

• o Relatório divulgado inclui os elementos referidos no artigo 245º-A do Código de Valores Mobiliários sobre a estrutura e práticas do governo societário;

• a Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo do exercício de 2017, satisfazem os requisitos legais e contabilísticos aplicáveis;

• a auditoria às demonstrações financeiras realizada pelo Revisor Oficial de Contas foi adequada às circunstâncias, e os serviços adicionais não comprometeram a sua independência;

• a proposta de aplicação de resultados é adequada e encontra-se devidamente fundamentada.

4. Podemos assim declarar:

• a nossa concordância com o teor da Certificação legal das Contas emitidas pelo Revisor Oficial de Contas;

• a nossa concordância com o Relatório de Gestão

e as contas do exercício de 2017 apresentadas pelo Conselho de Administração;

• que tanto quanto é do nosso conhecimento, a informação financeira divulgada foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira da sociedade, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.

5. Nesta conformidade, tendo em conta as ações levadas a cabo, somos de parecer que:

• sejam aprovados o Relatório de Gestão consolidado e as contas consolidadas do exercício de 2017 apresentados pelo Conselho de Administração.

Finalmente desejamos agradecer à Administração e a todo o Pessoal ao serviço da Sociedade com quem contactámos, toda a colaboração recebida no desempenho das funções.

Lisboa, 13 de Abril de 2018

O Conselho Fiscal

José Manuel Gonçalves de Morais Cabral

(Presidente)

João Filipe de Moura-Braz Corrêa da Silva

(Vogal)

José Luís Bonifácio Lopes

(Vogal)

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017170

Em cumprimento do disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código de Valores Mobiliários, os membros do Conselho Fiscal da José de Mello Saúde, S.A. (“JMS”) declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o relatório de gestão, as contas anuais consolidadas, a certificação legal de contas e demais documentos de prestação de contas, i) foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da JMS e das empresas incluídas no perímetro de consolidação; ii) expõem fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da JMS e das empresas incluídas no perímetro de consolidação; e iii) contêm uma descrição dos principais riscos com que a JMS se defronta na sua atividade.

Lisboa, 13 de Abril de 2018

O Conselho Fiscal

José Manuel Gonçalves de Morais Cabral

(Presidente)

João Filipe de Moura-Braz Corrêa da Silva

(Vogal)

José Luís Bonifácio Lopes

(Vogal)

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE DO CONSELHO FISCAL

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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 171

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017172

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 20172

Indicadores de Qualidade Clínica

19STOP Infeção Hospitalar

14

Top CUF GCD/GDH

14

12

14

04

Total de Doentes Saídos

Gestão da Qualidade

Desempenho Clínico

Qualidade e Segurança Clínica

ÍNDICE

Política da Qualidade

Sobre a José de Mello Saúde 05

Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS)

14

15

16

18

15

15

Avaliação Externa SINAS

Ferramenta de Monitorização Interna SINAS

Segurança do Doente

Controlo de Infeção

IAmetrics

16Segurança Cirúrgica

18Indicadores Gerais - Taxas de Infeção

17Segurança na utilização da medicação

17Quedas do Doente

18Sistema de Reporte de Eventos Adversos

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 3

22

23Medição de Outcomes para o Cancro da Mama

20

20

20Instituto CUF Oncologia (I.C.O.)

Áreas Transversais - Instituto CUF Oncologia

Unidade de Diagnóstico e Tratamento Integrado da Mama

22

22

22Value-Based Healthcare – Melhoria da Qualidade dos Cuidados

Valor em Saúde

Medição de Outcomes Clínicos

24

24Hospital CUF Infante Santo

Ficha das Unidades

33Glossário

Medição de Outcomes para a Cirurgia da Catarata

23Medição de Outcomes para a Osteoartrose do Joelho

25

26Hospital CUF Porto

Hospital CUF Descobertas

27Hospital CUF Cascais

28

29Hospital CUF Santarém

Hospital CUF Torres Vedras

30Hospital CUF Viseu

31

32Hospital Vila Franca de Xira

Hospital de Braga

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 20174

POLÍTICA DA QUALIDADE

A José de Mello Saúde assume, enquanto líder na prestação de cuidados de saúde em Portugal, o compromisso com os fundamentos orientadores do desenvolvimento sustentável.

O respeito por estes princípios traduz-se no compromisso de garantir a cada momento a criação de valor e com isso a satisfação dos clientes, colaboradores, acionistas e outras entidades com quem cooperamos no exercício da sua atividade.

Neste âmbito, a José de Mello Saúde desenvolve um Modelo de Gestão Integrado, que define:

A prestação de cuidados de saúde da José de Mello Saúde, está alinhada com as melhores práticas no quadro da excelência tecnológica e a mais recente e comprovada evolução científica. A prevenção, diagnóstico e tratamento clínico da doença, sustentados na obtenção de resultados clínicos, periodicamente monitorizados e reavaliados face aos objetivos e metas definidos. Um modelo de prestação de cuidados assente na procura contínua de soluções para dar resposta às necessidades dos clientes.

A manutenção de um programa transversal para a Gestão do Risco Clínico e Não Clínico, que estabelece e prioriza ações para identificação de potenciais riscos e prevenção da sua ocorrência, reforçado pela implementação das recomendações de boas práticas, por forma a eliminar danos desnecessários decorrentes da prestação de cuidados de saúde.

A proteção da informação, como suporte à eficiência do serviço prestado aos clientes, assente na integridade, disponibilidade dos sistemas e infraestruturas de informação, e na confidencialidade dos dados.

A identificação dos aspetos ambientais, resultantes da prestação de cuidados de saúde, permite avaliar os impactos e priorizar as ações tendo em vista a sua minimização e controlo. A promoção da utilização sustentável de recursos naturais, designadamente energia e água, prevenção da poluição e redução, reutilização e reciclagem dos resíduos produzidos.

A identificação dos perigos a que os profissionais se encontram expostos, no âmbito da segurança e saúde do trabalho, tendo em vista a avaliação dos riscos e priorização de ações, garantindo a sua minimização e controlo. A prevenção da ocorrência de lesões, incidentes, acidentes e doenças profissionais.

O cumprimento dos requisitos legais aplicáveis em vigor, bem como outros requisitos que se subscreva.

O estabelecimento de uma cultura de melhoria contínua que consolida a gestão dos processos e promove a eficiência do modelo de gestão integrado.

Prestação de cuidados de saúde

Segurança do doente

Segurança da informação

Eficiência ambiental

Segurança e saúde do trabalho

Requisitos legais

Melhoria contínua

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 5

SOBRE AJOSÉ DE MELLO SAÚDE

Visão geral organizacional

Bem-Estar da Pessoa, a José de Mello Saúde determinou a criação de um Código de Ética, transversal a todas as unidades CUF. Foi ainda instaurado um Conselho de Ética2, órgão consultivo da Comissão Executiva da José de Mello Saúde.

A par do Conselho de Ética, as unidades de saúde de maior dimensão têm uma Comissão de Ética própria, nos termos da lei, composta por elementos internos e personalidades externas com sólidos conhecimentos sobre as matérias da ética.

OrganizaçãoA José de Mello Saúde desenvolve a sua atividade através de uma rede de unidades CUF de prestação privada de cuidados de saúde e de hospitais integrados no Serviço Nacional de Saúde, geridos em regime de parceria público-privada (PPP).

Em 2017, a José de Mello Saúde alargou o seu portefólio com a inauguração, em outubro, da Clínica CUF S. João da Madeira, e a aquisição, em dezembro, da Clínica Particular de Coimbra, actual Hospital CUF Coimbra.

Com o alargamento da rede a oito hospitais e nove clínicas de ambulatório, a CUF passa a estar presente em Lisboa, Almada, Oeiras, Cascais, Sintra, Mafra, Torres Vedras, Santarém, Coimbra, Viseu, S. João da Madeira, Matosinhos e Porto.

A José de Mello Saúde assegura ainda, através de parcerias público-privadas (PPP), a gestão do Hospital de Braga e do Hospital Vila Franca de Xira, ambos inseridos no Serviço Nacional de Saúde.

Quem somosCom origem no Hospital da CUF, fundado em 1945, a José de Mello Saúde atua no setor da prestação de cuidados de saúde em Portugal.

VisãoSer líder na prestação de cuidados de saúde de qualidade distintiva suportada numa rede integrada de unidades de elevada performance, tanto no setor privado como no setor público, e apresentando opções de crescimento em mercados selecionados.

MissãoPromover a prestação de cuidados de saúde com os mais elevados níveis de conhecimento, respeitando o primado da vida e do ambiente, através do desenvolvimento do capital intelectual das organizações, numa busca permanente pela excelência.

Valores

• Respeito pela Dignidade e Bem-Estar da Pessoa• Desenvolvimento Humano• Competência • Inovação

Ética

A Ética Empresarial é um valor fundamental da José de Mello Saúde, quer pela área em que a sua atividade se insere, quer pela relevância da temática para o Grupo José de Mello. Enquanto entidade prestadora de cuidados de saúde, que se rege por princípios de boa gestão e transparência, primando pelo respeito por clientes, parceiros, acionistas e colaboradores, a José de Mello Saúde coloca as questões éticas no centro da atividade. Orientando a sua conduta por valores como o Respeito pela Dignidade Humana e

2 Mais informação sobre o Conselho de Ética pode ser encontrada no capítulo ‘Modelo de Governo’.

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 20176

JOSÉ DE MELLO SAÚDE

Numa perspetiva organizativa, as unidades hospitalares e de ambulatório foram agrupadas em duas Comissões de Coordenação – CUF e PPP. A rede CUF encontra-se dividida em três Clusters geográficos – Descobertas, Tejo e Norte – numa lógica de articulação em torno dos três grandes Hospitais CUF.

CUFPORTO

INSTITUTOCUF

CUF VISEU

CUF COIMBRA

CUFDESCOBERTAS

CUFINFANTE SANTO

CUFALMADA

CUFBELÉM

CUFMIRAFLORES

CUFSINTRA

CUFSÃO DOMINGOSDE RANA

CUFCASCAIS

CUFAlVALADE

CUFMAFRA

CUFTORRES VEDRAS

CUFSANTARÉM

CUF SÃO JOÃO DA MADEIRA

TORRES VEDRAS

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 20176

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7RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017

VISEU

COIMBRA

SANTARÉM

ALMADA

VILA FRANCADE XIRA

TORRES VEDRAS

LISBOA

PORTO

BRAGA

CASCAIS

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A José de Mello Saúde

José de Mello Capital

FundaçãoAmélia de Mello

Farminveste, S.A.

66%4%

30%

JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 20178

COLABORADORES

PROVEITOS OPERACIONAIS

DOWNLOAD’S APP MYCUF

UNIDADES DE SAÚDE

EBITDA

CHAMADAS ATENDIDAS NO CONTACT CENTER

CAMAS

INVESTIMENTO CONSOLIDADO

BLOCOS OPERATÓRIOS

GABINETES

8.058637,4M€ | +8,7%

345 MIL

1972,0M€ | +5,3%

3 MILHÕES

1.543 190,3M€

92

1.165saudecuf.pt

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 9

UM ANO EM NÚMEROS

ADMISSÕES

URGÊNCIAS

EXAMES DEIMAGIOLOGIA*

SESSÕES DEQUIMIOTERAPIA

IMAR:ÍNDICE DE MORTALIDADEAJUSTADO

*Ressonância Magnética, Ecografia, TAC e ECG

CIRURGIAS

CONSULTAS

PARTOS

SESSÕES DERADIOTERAPIA

1,1 MILHÕES

658 MIL

828 MIL

21 MIL

0,6

93 MIL

2,4 MILHÕES

7.843

62 MIL

0,48IRAR:ÍNDICE DE READMISSÕESAJUSTADAS PELO RISCO

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

10 RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017

PROVEITOS OPERACIONAIS

EBITDA

INVESTIMENTO EM I&D+I

INTENSIDADE ENERGÉTICA

HORAS DE FORMAÇÃO

Nº DE VOLUNTÁRIOS

MÉDICOS A REALIZARINTERNATO MÉDICO

637,4M€

72,0M€

1,8M€

45 kgep/m2

133.314

65

485

Capital Financeiro (M€)

Capital Intelectual

Capital Natural

Capital Humano

Capital Social

2015

2015

2015

2015

2015

Proveitos Operacionais

Investimento em I&D+I (M€)

Consumo de Eletricidade (MWh)

Indicadores de Recursos Humanos

Investimento na Comunidade (€)

Indicadores Sociais

Indicadores de Eventos Clínicos e de Educação para a Saúde

Indicadores de Formação

560,2

2,6

46.406

586,3

3

48.120

637,4

1,8

50.185

EBITDA

Internato Médico (Nº Médicos)

Intensidade Energética (kgep/ m2)

Nº de Colaboradores

Donativos

63,5

316

47

7.055

212.000

68,4

785

49

7.469

218.537

72,0

485

45

8.058

286.746

EBIT

Ensaios Clínicos (Nº Ensaios)

Consumo de Água (m3)

Mulheres

Consumo de Gás Natural (MWh)

Homens

Nº de Voluntários

Resíduos Acumulados Perigosos (ton)

Nº de Saídas

Nº de participantes nas formações

Nº de Horas

Média de Horas

42,2

n.a.

323.716

25.632

1.500

53

5.555

21.108

1.561

1.113

1.187

8.756

115.988

16,44

41,5

130

349.342

25.757

1.570

50

5.899

25.838

1.360

1.209

945

8.086

121.748

16,30

42,6

124

368.392

22.873

1.683

65

6.375

21.334

1.797

1.252

1.205

16.831

133.314

16,54

Resultado Líquido 21,9 23,9 22,8

2016

2016

2016

2016

2016

2017

2017

2017

2017

2017

Emissões de CO2

Nº de Entradas

Principais Indicadores 2017

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 11

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201712

DESEMPENHO CLÍNICO

Com uma rede integrada de unidades hospitalares, a José de Mello Saúde dispõe de um portefólio global de cuidados de saúde, tanto na área cirúrgica como médica. Esta oferta distribui-se tanto pelas unidades privadas da rede CUF como pelas unidades geridas em PPP.

O desempenho clínico pode ainda ser avaliado de acordo com os Grupos de Diagnóstico Homogéneos (GDH) como resultado da codificação clínica. Nas unidades privadas a codificação clínica retrata as altas de interna-mento e cirurgia de ambulatório e está na base da governação da informação clínica, de monitorização, gestão e controlo de indicadores de qualidade e de processo.

Em 2017, as Unidades privadas da José de Mello Saúde adotaram o referencial de codificação ICD-10-CM/PCS, que faz uso de uma terminologia médica mais atualizada, o que permite uma maior abrangência, especificidade e precisão na caracterização da atividade clínica. Ao acompanhar a tendência em curso nos hospitais do SNS, esta atualização torna possível a realização do benchmarking da atividade clínica.

Nas unidades geridas em regime de PPP, a codificação reflete o internamento, cirurgia de ambulatório e o am-bulatório médico, estando ainda na base de financiamento e governação clínica.

Ginecologia

Ortopedia

Cirurgia Geral

Urologia

Otorrinolaringologia

Pediatria

Neurocirurgia

Cardiologia

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva

Oncologia

Cirurgia Vascular

Psiquiatria

Pneumologia

Oftalmologia

Neurologia

Gastroenterologia

Cirurgia Pediátrica

Cirurgia Maxilo-Facial

Cirurgia Cardíaca

Cirurgia Torácica

Outros

Medicina interna 12678

11410

11195

10822

5426

3553

5250

4734

3510

2748

1395

1329

1321

1195

819

769

713

642

628

420

144

142

0

Total de altas de internamento hospitalar por especialidade

2500 75005000 1250010000 15000

Atividade das unidades José de Mello Saúde

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 13

* As Unidades PPP encontram-se em consolidação de processos decorrentes da transição no referencial de cod-ificação de ICD-9 para ICD-10, não dispondo de resultados consolidados à data deste relatório.

As Grandes Categorias de Diagnóstico apresentadas representam mais de 80% da atividade de internamento (médico/cirúrgico) e cirurgia de ambulatório das Unidades CUF*

Top Grande Categoria de Diagnósticos (GCD)

Top Grupos de Diagnósticos Homogéneos (GDH)

Doenças e Perturbações do Sistema Músculo-esquelético e Tecido Conjuntivo

Procedimentos no olho exceto órbita

Doenças e Perturbações do Aparelho Digestivo

Procedimentos nas amígdalas e adenoides

Recém-nascidos e Lactentes com Afeções do Período Perinatal

Excisão e/ou descompressão de disco intervertebral

8

73

6

97

15

310

10.289

6.442

4.784

1.968

3.160

1.405

Doenças e Perturbações do Olho

Recém-nascido, peso ao nascer> 2499g, normal ou com outros problemas

Doenças e Perturbações do Aparelho Circulatório

Parto por cesariana

Doenças e Perturbações da Pele, Tecido Celular Subcutâneo e Mama

Procedimentos no ombro, braço e/ou antebraço

Doenças e Perturbações do Ouvido, Nariz, Boca e Garganta

Procedimentos no joelho e/ou perna, exceto no pé

Gravidez, Parto e Puerpério

Outros procedimentos no ouvido, nariz, boca e/ou garganta

Doenças e Perturbações do Rim e do Aparelho Urinário

Procedimentos para hérnia inguinal, femoral e/ou umbilical

Parto vaginal

2

640

5

540

9

315

7.462

2.709

3.840

1.937

3.081

1.378

3

313

14

98

11

228

560

5.247

2.123

3.483

1.877

2.787

1.348

1.126

Descrição Total

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201714

QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA

A José de Mello Saúde compromete-se, enquanto entidade prestadora de cuidados de saúde, a uma avaliação contínua da qualidade dos cuidados de saúde prestados em todas as suas unidades hospitalares.

Nesse sentido, submete-se à apreciação externa do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), que avalia o cumprimento dos parâmetros de qualidade estabelecidos pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Além disso, participa em modelos de benchmarking clínico, identificando e avaliando continuamente os processos de eficiência e qualidade clínica, o que contribui para o processo de aprendizagem das organizações envolvidas.

O recurso à plataforma IAmetrics (IASIST) permite utilizar informação codificada para monitorização e gestão da atividade clínica, com base em modelos de benchmarking e de ajuste ao risco.

O Projeto de Outcomes Clínicos, lançado em 2015, e que pretende valorizar a prestação de cuidados com base em resultados de saúde relevantes para o doente, evoluiu para o Programa de Value-Based Healthcare (a implementação por patologia é vista como um projeto individual atribuindo assim a cada área de ação a escala e transversalidade pretendida).

Em 2017, a José de Mello Saúde deu continuidade aos seus modelos do Sistema de Gestão da Qualidade no âmbito dos seus processos de prestação de cuidados de saúde e com o objetivo estratégico de melhoria contínua dos seus processos de gestão da qualidade e segurança. Os hospitais CUF Santarém e CUF Viseu receberam pela primeira vez a certificação ISO 9001:2015, atribuída pela SGS, acompanhando assim o desenvolvimento contínuo e atualizado da cultura e prática dos valores da José de Mello Saúde. Além disso, todas as unidades CUF renovaram com sucesso a certificação dos seus sistemas de gestão da qualidade pela ISO 9001:2008.

O Hospital de Braga recebeu a reacreditação da unidade e a certificação ISO 9001:2015 de todos os serviços de apoio. Ao mesmo tempo, viu confirmada a manutenção da Certificação Ambiental (renovada a Certificação e transição para a ISO 14001:2015) e da Certificação de Segurança e Saúde no Trabalho (renovação da certificação pela norma OHSAS 18001:2007 pela Société Générale de Surveillance (SGS)).

O Hospital Vila Franca de Xira viu renovada, em 2017, e após reavaliação anual, a acreditação pela Joint Commission International (JCI). Foram ainda confirmadas a Certificação Ambiental de acordo com a norma ISO 14001:2015, a Certificação do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho, pela OHSAS 18001:2007 e a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade em serviços clínicos e de suporte, pela ISO 9001:2015.

Avaliação Externa SINAS

A José de Mello Saúde reafirma o seu compromisso com o Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS) que, através de informação adequada e inteligível, favorece a tomada de decisões mais informadas por parte dos doentes, ao mesmo tempo que promove a melhoria contínua da qualidade dos cuidados prestados.

O modelo de avaliação global do SINAS considera diversas dimensões de qualidade – Excelência Clínica, Segu-rança do Doente, Conforto das Instalações, Satisfação do Utente e Focalização no Utente, pretendendo captar diferentes aspetos da prestação de cuidados de saúde. Estas dimensões são distintas e autonomizáveis, mas nem sempre totalmente independentes.

Todas as unidades da José de Mello Saúde receberam classificação máxima e atribuição de uma estrela nas di-mensões de qualidade do primeiro nível de avaliação.

Na avaliação da Excelência Clínica, os Hospitais de Braga e de Vila Franca de Xira foram mais uma vez consider-ados pela Entidade Reguladora da Saúde como líderes nos seus grupos de referência para o benchmarking dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. O primeiro recebeu a classificação máxima de Excelência Clínica em cinco áreas (Neurologia, Obstetrícia, Cuidados Intensivos, Cirurgia de Ambulatório e Tromboembolismo Venoso). Já o Hospital Vila Franca de Xira obteve classificação superior em quatro áreas (Neurologia, Obstetrícia, Ortopedia – Correção Cirúrgica da Fratura Proximal do Fémur – e Cirurgia de Ambulatório). Destaque ainda para a classifi-cação superior da área de Cirurgia de Ambulatório no Hospital CUF Porto, Hospital CUF Cascais e Hospital CUF Torres Vedras, assim como a área de Ortopedia (Artroplastia da Anca e do Joelho), do Hospital CUF Descobertas.

Gestão da Qualidade

Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS)

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 15

Ferramenta de monitorização interna SINAS

A avaliação em diversas dimensões, promovida pelo SINAS, permite captar a multidimensionalidade do conceito de Qualidade em Saúde e identificar pontos fortes e pontos fracos das instituições, bem como áreas de atuação prioritária.

Reforçando o sentido de priorização de ciclos de melhoria, a José de Mello Saúde, desenvolveu uma ferramenta de monitorização interna das dimensões avaliadas pelo SINAS. Esta permite a gestão da informação clínica, com a obtenção no momento das taxas de cumprimento por indicador de detalhe de cada área da dimensão Excelência Clínica. As diretrizes disponibilizadas pelo SINAS passam assim a ser usadas pelas próprias equipas clínicas para obtenção de informação em tempo real.

IAmetrics

As unidades da José de Mello Saúde com internamento e cirurgia de ambulatório estão envolvidas em modelos de benchmarking clínico, avaliando e comparando os seus desempenhos em variáveis como a eficiência e qual-idade clínica.

A participação no IAmetrics, que possibilita a monitorização de resultados por modelos de ajuste à complexidade dos casos e a realização do benchmarking com hospitais equivalentes em Portugal e Espanha, permite à José de Mello Saúde alcançar uma maior eficiência e qualidade na prestação de cuidados de saúde. O sistema de avaliação de desempenho baseia-se na comparação da performance com os valores padrão (indexado ao risco), em que uma melhor performance se enquadra em valores entre 0 e 1.

Legenda:Padrão = 1,0 | Ajustado pelo Risco: Cálculo ajustado da probabilidade de ocorrência de um determinado evento com base em características do doente, do tipo de admissão, da patologia e da Unidade de Saúde. Valores resultantes da média entre unidades.IDPA: Índice de Demora Média Pré-Op. Ajustado (programado + urgente) | IMAR: Índice de Mortalidade ajustado pelo Risco | ICAR: Índice de Complicações ajustadas pelo Risco | IRAR: Índice de Readmissões ajustadas pelo Risco.

CUF Descobertas

Indicadores de Eficiência

CUF Infante Santo

IDPA

CUF Santarém

IRAR

CUF Cascais

IMAR

Hospital de Braga

CUF Porto

Indicadores de Qualidade

CUF Viseu

CUF Torres Vedras

ICAR

Hospital Vila Franca de Xira

Unidade

* Em consolidação de processos em 2017, decorrente da transição no referencial de codificação de ICD-9 para ICD-10

Segurança do Doente

Unidades PPP

0,17

Dimensão não avaliada

0,48

0,60

Dimensão não avaliada

0,69

Prestador cumpre com todos os parâmetros de qualidade exigidos

Excelência Clínica

Unidades CUF

Instalações e Conforto

Focalizaçãono Utente

Satisfação do Utente

Indicadores de Qualidade Clínica

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201716

A Segurança do Doente é uma prioridade estratégica para a José de Mello Saúde, que assim fixa o compromisso com um projeto clínico diferenciador, materializado na excelência clínica e na resposta centrada no doente.

O Programa da Segurança na Saúde, transversal a todas as unidades da José de Mello Saúde, é garantido por equipas multidisciplinares representativas das comissões de gestão de risco e do programa de prevenção e controlo de infeções e de resistência aos antimicrobianos. Funcionando sob coordenação médica, o programa pretende estabelecer políticas e linhas de ação comuns, garantindo o ciclo de melhoria contínua e reforçando o modelo de operador único.

O Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, criado pelo Despacho n.º 1400-A/2015, de 10 de fevereiro de 2015, enquadra as atividades desenvolvidas pela José de Mello Saúde no âmbito do Programa da Segurança na Saúde e visa atingir os seguintes objetivos:

1. Reforçar a cultura de segurança do ambiente interno;

2. Estimular a segurança da comunicação;

3. Aumentar a segurança cirúrgica;

4. Aumentar a segurança na utilização da medicação;

5. Assegurar a identificação inequívoca dos doentes;

6. Prevenir a ocorrência de quedas;

7. Prevenir a ocorrência de úlceras de pressão;

8. Assegurar a prática sistemática de notificação, análise e prevenção de incidentes;

9. Prevenir e controlar as infeções e as resistências aos antimicrobianos.

Segurança Cirúrgica

A José de Mello Saúde mantem o foco na segurança cirúrgica através da monitorização transversal do projeto “Cirurgia Segura Salva Vidas” que engloba as seguintes dimensões:

• Avaliação pré-anestésica;

• Consentimento anestésico;

• Avaliação pré-cirúrgica;

• Consentimento cirúrgico;

• Lista de verificação de segurança cirúrgica;

• Índice de Apgar Cirúrgico;

• Follow-up cirúrgico.

Equiparada ao Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, a José de Mello Saúde visa na Cirurgia Segura:

• Utilizar a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica;

• Reduzir a taxa de não conformidade da utilização da lista de verificação de segurança cirúrgica;

• Mitigar o risco de incidentes cirúrgicos inadmissíveis.

Segurança do Doente

1 Número de Listas de Verificação de Segurança Cirúrgica Completas/nº de cirurgias realizadas no bloco central

Taxa de LVSC1 por Unidade

98,74% 99,21%

99,12% 100%

HCD HCS

HCC HVFX

92,27% 99,80%

99,64%

98,01% 86,70%

HCIS HCV

HCTV

HCP HB

Taxa de Utilização da Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica (LVSC)

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 17

Segurança na utilização da medicação

São classificados como medicamentos de alerta máximo ou alto risco aqueles que possuem risco elevado de provocar danos significativos ao doente em resultado de falhas no processo de utilização. Ainda que estes erros possam ser pouco frequentes, as suas consequências tendem a ser mais graves. A José de Mello Saúde cumpre, no âmbito da utilização da medicação, o Plano Nacional de Segurança do Doente 2015-2020, tendo desenvolvido e implementado:

• Normas sobre práticas seguras da medicação;

• Definição e divulgação de listas de medicação de alerta máximo;

• Definição e divulgação de listas de medicação de medicamentos com nome ortográfico, fonético ou aspeto semelhantes;

• Atribuição de sinalética específica para medicamentos com nome ortográfico, fonético ou aspeto semelhantes.

Quedas do Doente

Ao monitorizar o indicador “Queda do Doente”, a José de Mello Saúde tem um maior conhecimento da dimensão e caracterização do problema. Dependendo de vários fatores, o risco de queda pode ter impacto significativo na morbilidade e na qualidade de vida do doente, além de contribuir para o aumento de custos dos cuidados de saúde. A estratégia de prevenção da queda consiste em:

• Avaliação do risco de queda com a escala de Morse no doente adulto;

• Avaliação do risco de queda com a escala Humpty Dumpty no doente pediátrico;

• Implementação de medidas preventivas consoante o risco de queda;

• Identificação do doente com alto risco de queda;

• Envolvimento do doente/cuidador na prevenção da queda;

• Notificação da ocorrência de queda.

1 Número de “Quedas do Doente” reportadas, em internamento, na plataforma HER+ por 100 dias de internamento.2 Contrato de Gestão, indicador B17 – “Quedas no Internamento”. [Número de quedas de Utentes durante o seu período de Internamento, com alta de Internamento durante o período em análise / Número total de Dias de Internamento gerados pelos doentes com alta de internamento durante o período em análise]. Taxa de referência HB = 0,16% | Taxa de referência HVFX = 0,11%

Medicamentos de alerta máximo

Medicamentos com a mesma substância mas com dosagens

diferentes

Medicamentos com diluição obrigatória

Medicamentos concentrados eletrolíticos Ácido de uso externo

DILUIÇÃO OBRIGATÓRIA

DILUIÇÃO

2 Indicador B17: “Quedas no Internamento” (%) - 0,13 0,10

Quedas do Doente no Internamento em 2017

CUF HB HVFX

1 Quedas do Doente (%) 0,08 - -

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201718

Sistema de Reporte de Eventos Adversos

O sistema de notificações de eventos adversos (HER+, Health Event Risk Management) é uma ferramenta transversal e fundamental no desenvolvimento da cultura de segurança do doente, na área da Gestão de Risco.

Com todas as unidades da José de Mello Saúde a aderirem de forma significativa, o HER+ contribui para recolher, agregar e analisar informação clínica com foco nas causas, riscos, perigos e vulnerabilidade dos doentes. Permite ainda definir e implementar estratégias de melhoria.

Total de eventos reportados - Análise evolutiva JMS

Total de eventos por Tipo de Ocorrência

Taxas Infeção - Indicadores Gerais

As políticas e linhas de ação de controlo de infeção e resistências aos antimicrobianos são aplicadas transversal-mente em todas as unidades da José de Mello Saúde sob coordenação clínica dos núcleos executivos dos grupos de coordenação local de todas as unidades.Para prevenir, detetar e controlar as infeções em ambiente hospitalar foi reforçada a cultura de boas práticas nas principais áreas desenvolvidas como a vigilância epidemiológica e controlo de infeções associadas aos cuidados de saúde, a monitorização das taxas de infeção e das resistências aos antimicrobianos, campanhas de sensibi-lização, ações de formação para profissionais e clientes bem como planos de auditorias internas.

2015

Quasi-incidente Incidente Acidente Sentinela Não Classificados

2016 2017

1.028 1.1731.383

1.456 1.1931.246

CUF

CUF

PPP

PPP

Controlo de Infeção

678

310388

254

73

765

52 1188

10

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 19

Taxas Infeção - Indicadores Gerais

Taxas Infeção - Indicadores Gerais

Acumulado2017

Acumulado2017

Valorde Referência

Valorde Referência

Taxa de Infeções Nosocomiais da Corrente Sanguínea em Utentes submetidos a Cateterização Intravascular Central (CVC)

Taxa de Infeções Nosocomiais da Corrente Sanguínea em Utentes submetidos a Cateterização Intravascular Central (CVC)

Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 0

Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 0

Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 3

Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 3

0,05%

1,09‰

2,77%

2,56%

-

-

0,40%

2,15‰

3,90%

2,49%

85,00%

-

Taxa de Infeção Urinária em Doentes Internados Algaliados

Taxa de Infeção Urinária em Doentes Internados Algaliados

Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 1

Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 1

Taxa de Infeção Respiratória Associada a Ventilação Mecânica na UCI

Taxa de Infeção Respiratória Associada a Ventilação Mecânica na UCI

Taxa Global de infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados (%)

Taxa Global de infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados (%)

Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 2

Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 2

0,44%

3,52‰

6,72%

3,95%

0,13%

4,11‰

0,47%

3,50‰

17,50%

3,64%

1,90%

8,00‰

-

-

23,08%

2,94%

-

-

38,00%

12,50%

Hospital de Braga

Hospital Vila Franca de Xira

Stop Infeção Hospitalar

O Hospital de Braga participa desde 2015, em conjunto com mais 11 centros hospitalares (19 hospitais) do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no Desafio Stop Infeção Hospitalar. Esta iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com o Ministério da Saúde e colaboração com o Institute for Healhcare Improvement (IHI), visa a implementação de um Sistema de Aprendizagem Colaborativa.

O objetivo do Desafio Stop Infeção para o triénio 2015-2018 é reduzir em 50% ou ter, pelo menos, 300 oportunidades entre episódios das seguintes infeções:

• Infeção do local cirúrgico (ILC): colón e reto, vesícula biliar, próteses de anca e joelho;

• Definição e divulgação de listas de medicação de alerta máximo;

• Infeção da corrente sanguínea relacionada com cateter venoso central (ICSRCVC);

• Pneumonia associada a intubação (PAI);

• Infeção do trato urinário associada a cateter vesical (ITUACV).

Os serviços de Cirurgia Geral, Medicina Interna, Ortopedia, Bloco Operatório e Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP) passaram a dispor de equipas operacionais, constituídas por médicos e enfermeiros, que irão monitorizar as infeções referidas e implementar, além de desenvolver processos de melhoria contínua. Até ao momento verifica-se o seguinte resultado:

• ITUACV na Medicina Interna – redução de 42%

• PAI na UCIP – redução de 75%

• ILC Vesícula – redução de 66%

• ICSRCVC na UCIP – 7767 dias de CVC sem infeção

• ILC em próteses da anca e joelho – 523 cirurgias entre infeções (ainda em análise as cirurgias de 2017 até 1 ano de pós-operatório), que corresponde a 0,45% de ILC.

• ICSRCVC na Cirurgia Geral, apresenta uma taxa de 2,17 por 1000 dias de CVC, conseguindo-se ao longo do tempo vários meses sem infeções.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201720

ÁREAS TRANSVERSAISINSTITUTO CUF DE ONCOLOGIA

A José de Mello Saúde criou, em 2016, o Instituto CUF de Oncologia (I.C.O.), a rede nacional de cuidados on-cológicos da CUF. Esta unidade garante uma oferta integrada, um corpo clínico diferenciado e experiente e um parque tecnológico inovador preparado para responder a todas as necessidades que o doente de cancro apresenta desde o diagnóstico ao tratamento. Enquanto plataforma nacional que congrega todas a unidades da CUF, o Instituto CUF de Oncologia articula a totalidade dos recursos necessários da rede – profissionais, equipamentos e instalações – num modelo assistencial centrado por patologia.

A rede do I.C.O. é constituída por 15 Unidades de Diagnóstico e Tratamento Integrado por patologia (UDTI), incluindo as UDTI da Mama, Pulmão, Cólon-Retal, Próstata, Ginecologia, Cabeça e Pescoço, entre outros. Cabe às UDTI a definição e implementação dos recursos necessários, clinical pathways, protocolos e indicadores de performance operacional e de qualidade clínica transversais no âmbito da sua patologia.

O I.C.O. mantém um forte compromisso de colaboração com o Registo Oncológico Nacional, contribuindo para o estudo epidemiológico do cancro em Portugal e avaliando e monitorizando em contínuo os resultados de so-brevivência dos doentes tratados integralmente pelo I.C.O.

Mantendo a aposta no reconhecimento externo da qualidade por sistemas de certificação e acreditação específi-cos para a abordagem ao cancro, a UDTI da Mama foi certificada, em 2017, pelo referencial EUSOMA em cancro da Mama. O I.C.O é ainda reconhecido pelo Ministério da Saúde como Centro de Referência Nacional para o Tratamento do Carcinoma do Reto.

Em 2017, o I.C.O. reforçou a sua posição enquanto instituição de investigação e ensino na área oncológica. A atividade do I.C.O. no campo dos ensaios clínicos mais do que duplicou, tendo ainda promovido candidaturas de projetos a financiamento no quadro do Portugal2020, SIFIDE e CREN, em parceria com a NMS/CEDOC (Nova Medical School / Chronic Diseases Research Center). Foi igualmente desenvolvida a parceria com o Biobanco-IMM, com a recolha de material de cancro colorretal para projetos de investigação. No campo do ensino, destaca-se, em 2017, a regência de cadeira no Mestrado de Investigação Biomédica da NMS.

Com cerca de 4.500 novos casos por ano, o cancro da Mama é a neoplasia mais frequente na mulher e a prin-cipal causa de morte por cancro. Para responder a esta situação, o I.C.O. criou a UDTI da Mama de Lisboa, uma organização clínica de gestão integrada e plataforma transversal que agrega os recursos e competências nesta área dos hospitais CUF Descobertas e CUF Infante Santo.

Criada há mais de dez anos, a UDTI da Mama de Lisboa foi a primeira unidade privada dedicada à patologia mamária em Portugal, dispondo já de dados publicados. Esta UDTI conta com uma equipa multidisciplinar dedicada e especializada no diagnóstico e tratamento do cancro da mama, com grande experiência na deteção precoce e na abordagem ao cancro na mulher jovem (<45 anos).

Dispondo de recursos humanos altamente qualificados e recorrendo a tecnologia inovadora, a UDTI da Mama dá resposta atempada às necessidades de quem procura os seus serviços, nomeadamente fornecendo um diag-nóstico de cancro da mama diferenciado em 48 horas. Agregando todas as valências necessárias, a unidade da Mama do I.C.O. tem como missão:

• Prestar cuidados de excelência clínica no âmbito da patologia mamária, em particular do cancro da mama, assegurando permanentemente uma oferta adequada e inovadora, considerando todas as necessidades dos doentes e seus cuidadores;

• Promover a saúde, prevenir e combater a doença oncológica da mama através de ações de sensibilização e educativas para a adoção de hábitos saudáveis e importância do diagnóstico precoce;

• Colaborar no ensino e na investigação científica no âmbito da doença oncológica. Membro do SOLTI, a Unidade da Mama colabora com a NMS/CEDOC e FML/Instituto de Medicina Molecular.

Instituto CUF de Oncologia (I.C.O.)

Unidade de Diagnóstico e Tratamento Integrado da Mama

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 21

Em 2017, destaque para a certificação da UDTI como centro especializado no tratamento do cancro da mama pela EUSOMA – European Society of Breast Cancer Specialists, uma das mais conceituadas organizações internacionais nesta patologia. Esta certificação reconhece a excelência clínica e a segurança no diagnóstico e tratamento dos doentes, confirmando o cumprimento integral de diretrizes rigorosas nos serviços disponibilizados aos doentes, na organização transversal e na experiência e estruturação de equipas multidisciplinares.

A Unidade da Mama cumpriu em pleno as metas de qualidade clínica preconizadas pela EUSOMA, com destaque para:

A permanente aposta na inovação e investigação, e a humanização dos cuidados centrados no doente, seus familiares e cuidadores estão entre as diretrizes adotadas pela Unidade da Mama do Instituto CUF de Oncologia e agora certificadas pela EUSOMA.

Indicador Meta Avaliação

I3. Diagnóstico Pré-operatório

I7. Casos referenciados para aconselhamento genético

I10. Doentes com cirurgia conservadora da mama que recebem Radioterapia

80%

5%

90%

86%

13%

97%

I4. Caracterização completa de fatores preditivos e de prognóstico

I8. Discussão em reunião multidisciplinar

I11. Evitar tratamento excessivos

I12. Tratamento adequado com hormonoterapia

I13. Tratamento adequado com quimioterapia

I5. Tempo de espera entre a primeira observação e primeiro tratamento inferior a 6 semanas

I9. Percentagem de doente com uma única intervenção cirúrgica na mama

90%

90%

70%

80%

80%

91%

100%

92%

100%

100%

75%

80%

82%

97%

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201722

VALOR EM SAÚDE

Apostando numa cultura de qualidade, na prestação de cuidados de saúde centrados no doente e na excelência clínica, a José de Mello Saúde assume uma posição pioneira a nível nacional usando os resultados em saúde rel-evantes para o doente como um instrumento fundamental para a melhoria da prestação de cuidados de saúde.

Em 2017, constituiu o Programa Value-Based Healthcare, alinhado com o pilar estratégico Projeto Clínico Difer-enciador, que assume um papel estratégico para a organização pela:

• Reorganização da prestação de cuidados de saúde por condições clínicas/patologias em unidades integradas de cuidados (UDTI - Unidade de Diagnóstico e Tratamento Integrado);

• Medição de Outcomes (resultados clínicos e qualidade de vida);

• Sistemas Integrados de Prestação de Cuidados de Saúde (multi-site);

• Disseminação da metodologia para impulsionar a excelência na prestação de cuidados;

• Disponibilização de plataformas tecnológicas de informação e conhecimento.

Cada projeto implica o envolvimento de equipas multidisciplinares que definem e implementam os standard sets e analisam de forma integrada a informação clínica e de gestão.

O recurso a equipas multidisciplinares na medição de outcomes permite a reorganização transversal da prestação de cuidados com base em patologias, acentuando uma visão centrada no doente e no seu percurso clínico e permitindo decisões progressivamente mais informados de médicos e doentes.

A identificação de limitações e a introdução de melhorias estão intimamente dependentes dos processos de medição, prestando a José de Mello Saúde especial atenção ao aperfeiçoamento de metodologias capazes de medir a qualidade dos serviços de saúde prestados na perspetiva do doente.

Em 2017, e em parceria com o The International Consortium for Health Outcomes Measurement (ICHOM), a José de Mello Saúde consolidou os processos de monitorização dos outcomes clínicos ao nível da catarata, cancro da mama e osteoartrose do joelho. A medição destas patologias ocorreu no Hospital CUF Descobertas em 2016 e 2017, tendo a medição de valor da catarata sido alargada aos Hospitais CUF Infante Santo e Cascais. A metodo-logia aplicada centrou-se na recolha de informação não apenas clínica, mas também reportada pelo doente com base em ferramentas de medida em saúde validadas (PROMs – Patient Reported Outcome Measures).

Em novembro de 2017 foi concluída a primeira análise interna dos resultados obtidos:

a) O estudo incluiu 840 episódios dispersos por toda a rede. Na análise de benchmarking foram considerados apenas os 418 episódios da unidade CUF Descobertas com formulários pré e pós-operatório preenchidos. A análise decorreu entre 2016 e setembro de 2017.

b) Considerando que o score global pós-operatório tem perspetiva de melhoria em 90% dos casos face ao pré-operatório (ICHOM Cataracts Data Collection Reference Guide Version 2.0.1.), o resultado da José de Mello Saúde é muito satisfatório, de acordo com a complexidade dos doentes tratados (o valor do score global médio do pré operatório da JMS é mais baixo que o correspondente valor de referência do ICHOM ajustado ao risco, mas o valor do score global médio do pós operatório revelou-se melhor que o correspondente valor indicado pelo ICHOM).

c) Classificação estrela pela qualidade em quatro das seis dimensões avaliadas pelo Benchmarking Internacional ICHOM-GLOBE. Esta classificação distingue os prestadores com avaliações acima do esperado nas seis variáveis em análise.

Medição de Outcomes para cirurgia da Catarata

Doentes(a) Doentes Reportaram Melhorias(b)

(Rastreado via Catquest 9-SF)

Classificação de estrela pelos resultados acima do esperado

em 4 das 6 dimensões avaliadas(c)

418 87% 4/6

Programa de Value-Based Healthcare – Melhoria da Qualidade dos Cuidados

Medição de Outcomes Clínicos

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 23

82%

86%

99%

76%

113

104

A validação interna da medição de outcomes para a cirurgia da catarata foi acompanhada pela aprovação internac-ional dos resultados através do Benchmarking Internacional ICHOM-GLOBE. Os primeiros relatórios preliminares do ICHOM confirmam o modelo de gestão clínica da José de Mello Saúde, já que colocam o grupo no quadro de excelência na prestação de cuidados de saúde à escala mundial.

Atualmente o Programa de Value-Based Healthcare aplicado à Catarata está implementado nos hospitais CUF Descobertas, CUF Infante Santo e CUF Cascais.

Medição de Outcomes para a Osteoatrose do Joelho

Medição de Outcomes para o Cancro da Mama

a) Foram incluídos na análise, realizada entre novembro de 2016 e novembro de 2017, doentes com carcinoma ductal invasivo ou carcinoma ductal in situ.b) Até setembro de 2017, 99% dos doentes colaboraram no preenchimento dos questionários.c) Segundo o ICHOM Standard Set para o cancro da mama foram alvo de estudo oito dimensões: dor, fadiga, sintomas do braço e da mama, sintomas vasomotores,

imagem física, disfunção sexual e sintomas vaginais, neuropatia e artralgia. Seguindo as orientações do ICHOM foram aplicados instrumentos de medição em saúde: EORT-C30, EORT-BR23, EORT-LMC21 e FACT-ES. Num universo de 113 doentes foi possível acompanhar os PROMs de 41 doentes seis meses após a cirurgia (representantes de 100% dos casos de follow-up a monitorizar).

a) Entre janeiro de 2017 e novembro de 2017, foram analisados 85 dos 104 doentes iniciais, já que apenas estes apresentavam os parâmetros necessários (formulário geral do doente, formulário KOOS e formulário SF-12 preenchidos). Ao fim de três meses o número de doentes passíveis de serem administrados com PROMs, era de 62.

b) Face ao baseline, 76% dos doentes reportaram uma melhoria da função física e 86% referiram uma melhoria ao nível da saúde mental. Importa ainda mencionar que os resultados foram obtidos através dos subdomínios PCS e MCS do SF-12, seis meses após a data da cirurgia, ao contrário do que é recomendado pelo ICHOM, que prevê que o follow-up ocorra um ano após a cirurgia. Assim, é expectável que após um ano a percentagem de doentes que reportam melhorias ao nível físico e mental seja superior a 76% e 86%, respetivamente.

Está previsto que a medição dos outcomes clínicos seja aplicada a novas patologias e em outros hospitais da José de Mello Saúde. Será também importante garantir uma constante validação da informação necessária para uso na gestão interna, inclusão em estudos e evidência de excelência clínica.

Doentes(a)

Doentes(a)

Colaboração dos Doentes(b)

Doentes Reportaram Melhorias ao Nível da Função Física(b)

(PCS Rastreado via SF-12)

Doentes Reportaram Melhorias ao Nível da Dor e da Fadiga 6 meses Após a Cirurgia(c)

(Rastreado via EORT-C30)

Doentes Reportaram Melhorias ao Nível da Função Mental(b)

(MCS Rastreado via SF-12)

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201724

FICHAS DAS UNIDADES

Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.

Estrutura

SINAS

Segurança do Doente

Indicadores de Qualidade

Complexidade

1º Nível de Avaliação

Indicador

Global

2º Nível de Avaliação

145

22,73%

0,22

0,90

67%

0,63

8

0,02%

0,90

67

92,27%

0,73

Camas (total)

Excelência Clínica

Tipologia de incidente (%):(Medicação/Fluidos Intra-venosos)

IDPA

Índice de Case-Mix

Focalização no Utente

Taxa Global da Higienização das Mãos

IRAR

Salas de Cirurgia

Segurança do Doente

Quedas do Doente (%)

IMAR

Satisfação do Utente

Gabinetes de Consulta

Conforto das Instalações

Cirurgia Segura (%)

ICAR

-

Medicação/Fluidos Intra-venosos; tipologia de incidente com maior expressão.

3+

Classificação OMS/DGS: Satisfatório

3+

Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento

A iniciar avaliação

3+

Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas

Hospital CUF Infante Santo

O Hospital CUF Infante Santo, inaugurado em 1945 e na altura designado Hospital CUF, foi a unidade fundadora da José de Mello Saúde. Hoje é um hospital de referência na prestação de cuidados de saúde a nível nacional, com uma vasta e completa oferta hospitalar. Com um perfil de elevada complexidade hospitalar, responde com uma performance clínica notável patente nos resultados da qualidade e segurança clínica. Em 2017, teve início a medição de outcomes clínicos para a patologia da catarata. É ainda uma unidade exemplar no desenvolvimento de atividades de Ensino e Investigação, uma aposta da José de Mello Saúde em articulação com a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

Hospital CUF Infante Santo

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 25

Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.

Estrutura

SINAS

Segurança do Doente

Indicadores de Qualidade

Complexidade

1º Nível de Avaliação

Indicador

Global

2º Nível de Avaliação

172

23,08%

0,36

0,64

71%

0,63

11

0,08%

0,66

72

98,74%

0,73

Camas (total)

Excelência Clínica

Tipologia de incidente (%):(Medicação/Fluidos Intra-venosos)

IDPA

Índice de Case-Mix

Focalização no Utente

Taxa Global da Higienização das Mãos

IRAR

Salas de Cirurgia

Segurança do Doente

Quedas do Doente (%)

IMAR

Satisfação do Utente

Gabinetes de Consulta

Conforto das Instalações

Cirurgia Segura (%)

ICAR

Artroplastia da Anca e do Joelho: 3+

Medicação/Fluidos Intra-venosos; tipologia de incidente com maior expressão.

3+

Classificação OMS/DGS: Satisfatório

3+

Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento

A iniciar avaliação

3+

Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas

Hospital CUF Descobertas

Inaugurado em 2001, o Hospital CUF Descobertas é uma das mais modernas unidades hospitalares em Portugal. Com uma vasta oferta de serviços dispõe de uma forte valência ortopédica, que acolhe centros clínicos e path-ways clínicos especializados, com reputação internacional. Esta unidade oferece a maioria das especialidades médicas e cirúrgicas, possuindo um case mix explicado pelo perfil de algumas especialidades, como a obstetrícia, pediatria e oftalmologia.

Em 2017, apresentou excelentes resultados de qualidade e segurança clínica expressos nos diversos indicadores de avaliação, com destaque para a classificação de 3+ na área de cirurgia de ambulatório na dimensão de Ex-celência Clínica da avaliação SINAS. Consolidou a medição de outcomes clínicos para as patologias da catarata, cancro da mama e osteoartrose do joelho.

Hospital CUF Descobertas

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201726

A inauguração do Hospital CUF Porto, em junho de 2010, representou um marco importante da saúde privada no Norte do país, garantindo uma vasta oferta de especialidades médicas e cirúrgicas e um atendimento per-manente de adultos e pediátrico. Esta unidade destaca-se pelo desempenho em todas as áreas de avaliação de qualidade e segurança do doente, nomeadamente pela classificação de 3+ na área de Cirurgia de Ambulatório, na dimensão de Excelência Clínica da avaliação SINAS.

Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.

Estrutura

SINAS

Segurança do Doente

Indicadores de Qualidade

Complexidade

1º Nível de Avaliação

Indicador

Global

2º Nível de Avaliação

154

23,12%

0,15

0,72

75%

0,57

12

0,12%

0,89

73

98,01%

0,66

Camas (total)

Excelência Clínica

Tipologia de incidente (%):(Medicação/Fluidos Intra-venosos)

IDPA

Índice de Case-Mix

Focalização no Utente

Taxa Global da Higienização das Mãos

IRAR

Salas de Cirurgia

Segurança do Doente

Quedas do Doente (%)

IMAR

Satisfação do Utente

Gabinetes de Consulta

Conforto das Instalações

Cirurgia Segura (%)

ICAR

Cirurgia de Ambulatório: 3+

Medicação/Fluidos Intra-venosos; tipologia de incidente com maior expressão.

3+

Classificação OMS/DGS: Satisfatório

3+

Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento

A iniciar avaliação

3+

Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas

Hospital CUF Porto

Hospital CUF Porto

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 27

O Hospital CUF Cascais, a funcionar desde 2008, dispõe de internamento, uma unidade de cuidados intermédi-os polivalente, atendimento permanente de adultos e pediátrico, e uma vasta oferta de meios de diagnóstico. Salientem-se os resultados positivos obtidos nas diferentes áreas de qualidade e segurança clínica, incluindo a classificação de 3+ na área de Cirurgia de Ambulatório, na dimensão de Excelência Clínica da avaliação SINAS. Em 2017, iniciou a medição de outcomes clínicos para a patologia da catarata.

Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.

Estrutura

SINAS

Segurança do Doente

Indicadores de Qualidade

Complexidade

1º Nível de Avaliação

Indicador

Global

2º Nível de Avaliação

30

28,09%

0,11

0,73

82%

0,51

3

0,08%

0,52

44

99,12%

0,87

Camas (total)

Excelência Clínica

Tipologia de incidente (%):(Processo/Procedimento Clínico)

IDPA

Índice de Case-Mix

Focalização no Utente

Taxa Global da Higienização das Mãos

IRAR

Salas de Cirurgia

Segurança do Doente

Quedas do Doente (%)

IMAR

Satisfação do Utente

Gabinetes de Consulta

Conforto das Instalações

Cirurgia Segura (%)

ICAR

Cirurgia de Ambulatório: 3+

Processo/Procedimento Clínico; tipologia de incidente com maior expressão.

3+

Classificação OMS/DGS: Muito Satisfatório

3+

Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento

A iniciar avaliação

3+

Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas

Hospital CUF Cascais

Hospital CUF Cascais

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201728

Com oferta de internamento e atendimento permanente para adultos e pediátrico, o Hospital CUF Torres Vedras abriu portas em 2008. Dispõe de um amplo leque de especialidades, sendo a Ortopedia e a Cirurgia geral as es-pecialidades prevalentes. Exibe bons desempenhos clínicos nas áreas de qualidade e segurança do doente, com destaque para a classificação 3+ na área de Cirurgia de Ambulatório na dimensão de Excelência Clínica do SINAS.

Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.

Estrutura

SINAS

Segurança do Doente

Indicadores de Qualidade

Complexidade

1º Nível de Avaliação

Indicador

Global

2º Nível de Avaliação

16

30,59%

0,06

0,70

74%

0,34

3

0,05%

0,29

28

99,64%

0,73

Camas (total)

Excelência Clínica

Tipologia de incidente (%):(Gestão do Percurso do Doente)

IDPA

Índice de Case-Mix

Focalização no Utente

Taxa Global da Higienização das Mãos

IRAR

Salas de Cirurgia

Segurança do Doente

Quedas do Doente (%)

IMAR

Satisfação do Utente

Gabinetes de Consulta

Conforto das Instalações

Cirurgia Segura (%)

ICAR

Cirurgia de Ambulatório: 3+

Gestão do Percurso do Doente; tipologia de incidente com maior expressão.

3+

Classificação OMS/DGS: Satisfatório

3+

Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento

A iniciar avaliação

2+

Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas

Hospital CUF Torres Vedras

Hospital CUF Torres Vedras

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 29

O Hospital CUF Santarém abriu portas em 2015, enquadrado na estratégia de crescimento e expansão geográfica da José de Mello Saúde, dispondo desde logo uma alargada oferta de especialidades médicas e cirúrgicas. Em 2017, reforçou a sua cultura de qualidade e segurança do doente pela avaliação externa por parte da ERS em certas áreas SINAS. Participou no programa de benchmarking de indicadores clínicos do IAmetrics, propondo-se assim a uma avaliação dos seus desempenhos, por comparação, nas dimensões de eficiência e qualidade clínica e para os quais obteve resultados com contribuições positivas e que refletem a sua boa performance.

Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.

Estrutura

SINAS

Segurança do Doente

Indicadores de Qualidade

Complexidade

1º Nível de Avaliação

Indicador

Global

2º Nível de Avaliação

26

57,66%

0,11

0,81

51%

0,36

3

0,13%

0,46

18

99,21%

0,44

Camas (total)

Excelência Clínica

Tipologia de incidente (%):(Gestão do Percurso do Doente)

IDPA

Índice de Case-Mix

Focalização no Utente

Taxa Global da Higienização das Mãos

IRAR

Salas de Cirurgia

Segurança do Doente

Quedas do Doente (%)

IMAR

Satisfação do Utente

Gabinetes de Consulta

Conforto das Instalações

Cirurgia Segura (%)

ICAR

-

Gestão do Percurso do Doente; tipologia de incidente com maior expressão.

3+

Classificação OMS/DGS: Satisfatório

3+

Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento

A iniciar avaliação

2+

Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas

Hospital CUF Santarém

Hospital CUF Santarém

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201730

Aberto desde 2016, o Hospital CUF Viseu dispõe de uma oferta alargada de especialidades médicas e cirúrgicas, meios complementares de diagnóstico e de exames de especialidade, contribuindo assim para a melhoria do acesso aos cuidados de saúde da região. Acompanhou desde logo a cultura de qualidade e segurança para o doente, inerente a todas as unidades da rede José de Mello Saúde.

Em 2017, esteve sujeito à avaliação externa por parte da ERS em certas áreas SINAS e iniciou o processo de cod-ificação de todos os episódios de internamento (médico e cirúrgico) e de cirurgia de ambulatório, propondo-se à avaliação de desempenho pelo programa de benchmarking clínico IAmetrics, tendo obtido resultados positivos.

Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.

Estrutura

SINAS

Segurança do Doente

Indicadores de Qualidade

Complexidade

1º Nível de Avaliação

Indicador

Global

2º Nível de Avaliação

32

23,01%

0,21

0,79

74%

0,29

5

0,16%

0,48

34

99,80%

0,71

Camas (total)

Excelência Clínica

Tipologia de incidente (%):(Medicação/Fluidos Intra-venosos)

IDPA

Índice de Case-Mix

Focalização no Utente

Taxa Global da Higienização das Mãos

IRAR

Salas de Cirurgia

Segurança do Doente

Quedas do Doente (%)

IMAR

Satisfação do Utente

Gabinetes de Consulta

Conforto das Instalações

Cirurgia Segura (%)

ICAR

--

Medicação/Fluidos Intra-venosos; tipologia de incidente com maior expressão.

3+

Classificação OMS/DGS: Satisfatório

3+

Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento

A iniciar avaliação

3+

Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas

Hospital CUF Viseu

Hospital CUF Viseu

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 31

O Hospital de Braga é uma unidade do Serviço Nacional de Saúde gerida, em regime de parceria público-privada, pela José de Mello Saúde desde 2009. Hospital universitário, com forte atividade de formação médica pré-grad-uada, tem uma forte parceria com a Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho. Dispõe da maior parte das especialidades médicas e cirúrgicas, alcançando bons resultados de desempenho nas diversas áreas de qualidade clínica. O Hospital de Braga é o melhor classificado na avaliação SINAS, com a avaliação máxima de excelência clínica (3+) em cinco especialidades: Cirurgia de Ambulatório, Cuidados Intensivos: UCI, Cuidados Transversais: Tromboembolismo Venoso no Internamento, Neurologia: Acidente Vascular Cerebral (AVC), Ob-stetrícia: Partos e Cuidados Pré Natais.

Estrutura

SINAS

Segurança do Doente

1º Nível de Avaliação 2º Nível de Avaliação

655

39,05%

83,5%

25

0,13%

126

86,7%

Camas (total)

Excelência Clínica

Tipologia de incidente (%):(Queda do Doente)

Focalização no Utente

Taxa Global da Higienização das Mãos

Salas de Cirurgia

Segurança do Doente

Quedas do Doente (%)

Satisfação do Utente

Gabinetes de Consulta

Conforto das Instalações

Cirurgia Segura (%)

5 Especialidades com avaliação: 3+

Queda do Doente; tipologia de incidente com maior expressão

3+

Classificação OMS/DGS: Muito Satisfatório

3+

Indicador de contrato de gestão B17: quedas no internamento por cada 100 dias

A iniciar avaliação

3+

Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas

Hospital de Braga

Hospital de Braga

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201732

O Hospital Vila Franca de Xira é a segunda unidade do Serviço Nacional de Saúde gerida pela José de Mello Saúde em regime de parceria público-privada desde junho de 2011. Funcionando em novas instalações desde 2014, garante a prestação dos serviços de saúde com condições de excelência. Comprometido com uma cultura de qualidade e segurança para o doente, o Hospital Vila Franca de Xira acompanha de forma sistemática e periód-ica indicadores de avaliação para as diferentes áreas, tendo registado bons desempenhos. Na avaliação SINAS obteve, em 2017, o nível máximo de excelência clínica (3+) em quatro especialidades: Cirurgia de Ambulatório, Cuidados Intensivos: UCI, Ginecologia: Histerectomias, Neurologia: AVC, Obstetrícia: Partos e Cuidados Pré-Natais, Ortopedia: Artroplastia da Anca e do Joelho e Correção Cirúrgica da Fratura Proximal do Fémur.

Hospital Vila Franca de Xira

Estrutura

SINAS

Segurança do Doente

1º Nível de Avaliação 2º Nível de Avaliação

313

32,80

79,6%

16

0,10%

33

100%

Camas (total)

Excelência Clínica

Incidência por Tipologia (%):(Queda do Doente)

Focalização no Utente

Taxa Global da Higienização das Mãos

Salas de Cirurgia

Segurança do Doente

Queda do Doente (%)

Satisfação do Utente

Gabinetes de Consulta

Conforto das Instalações

Cirurgia Segura (%)

4 Especialidade com avaliação: 3+

Queda do Doente; tipologia de incidente com maior expressão

3+

Classificação OMS/DGS: Muito Satisfatório

3+

Indicador de contrato de gestão B17: quedas no internamento por cada 100 dias

A iniciar avaliação

3+

Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas

Hospital Vila Franca de Xira

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RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 33

GLOSSÁRIO

Todas as Unidades da José de Mello Saúde têm a sua prestação classificada e agrupada em Grupos de Diagnósti-co Homogéneo (GDH), um sistema de classificação de doentes internados em hospitais de agudos que agrupa doentes em grupos clinicamente coerentes e similares do ponto de vista do consumo de recursos.

As Grandes Categorias de Diagnóstico (GCD) correspondem a um sistema orgânico ou etiologia estando, ger-almente, associadas a uma especialidade médica em particular e constituem o primeiro passo no agrupamento dos episódios de Grupos de Diagnósticos Homogéneos (GDH) fazendo-se de acordo com o diagnóstico principal.

Os GDH são agrupados a partir da codificação dos diagnósticos, das comorbilidades e dos procedimentos iden-tificados nos atos médicos. Outros fatores que influenciam o GDH são, por exemplo, a idade do doente ou, no caso dos recém-nascidos, o peso à nascença.

Nas Unidades PPP (Parcerias Público Privadas) - Hospital de Braga e Hospital Vila Franca de Xira - os GDH con-stituem a base da relação contratual. Nas Unidades Privadas, os GDH são a base do sistema de governação clínica, assegurando a gestão e controlo dos indicadores da Qualidade. Nestas Unidades, uma bolsa de doze médicos codificadores e um responsável pela auditoria garantem a atividade de codificação clínica.

Coeficiente global de ponderação da produção, que reflete a relatividade de um hospital face a outros, em termos da sua maior ou menor proporção de doentes com patologias complexas e, consequentemente, maior consumo de recursos.

Este índice determina-se calculando o rácio entre o número de doentes equivalentes ponderados pelos pesos relativos dos respetivos GDH e o número total de doentes equivalentes.

Taxa de mortalidade, complicações e readmissões, ajustada ao risco, ou seja, a taxa efetivamente registada ponderada pela probabilidade individual de cada episódio se registar tendo em conta uma série de indicadores previamente estabelecidos.

ÍNDICE CASE MIX

ÍNDICES IAMETRICS

CODIFICAÇÃO CLÍNICA (GDH)

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 20172

INTRODUÇÃOEste documento corresponde à sétima edição anual do relatório de sustentabilidade da José de Mello Saúde, relativo ao ano fiscal findo em 31 de dezembro de 2017 e é parte integrante do Relatório Integrado 2017.

Destina-se a fornecer informação detalhada às partes interessadas da José de Mello Saúde sobre o desempenho económico, social e ambiental da empresa nos seus temas materiais. A leitura deste relatório deve ser realizada de forma conjunta com a informação sobre criação de valor veiculada pelo Relatório Integrado.

A José de Mello Saúde tem vindo a definir um conjunto de orientações de gestão (DMA) dos seus aspetos materiais de sustentabilidade cujos resultados são reportados através de um conjunto de indicadores de acordo com a GRI Standards.

Temas Materiais Abordagem de Gestão (DMA)

Sustentabilidadefinanceira

Envolvimento com a comunidade

Atração e retenção de talento

Inovação

A José de Mello Saúde conduz a sua atividade tendo por base a manutenção de uma estrutura de capital sólida e adequada à estratégia de crescimento da José de Mello Saúde, através de uma gestão ativa do seu perfil de dívida, quer no que concerne à diversificação das fontes de financiamento, quer no que respeita ao prolongamento dos prazos de maturidade da mesma.

A José de Mello Saúde maximiza o impacto social positivo da sua atividade, investindo nas comunidades onde estão inseridas as suas unidades de saúde, criando relações de confiança e posicionando-se como um parceiro para a saúde local.

Pela natureza da sua atividade, a José de Mello Saúde considera que os colaboradores são um elemento determinante na concretização da sua visão, promovendo sistematicamente a identificação, avaliação, desenvolvimento e retenção dos seus colaboradores e tendo a intenção de ser reconhecida como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal.

A inovação é um dos valores da José de Mello Saúde, sendo vista como um ativo essencial para manter uma oferta competitiva e explorar novas soluções geradoras de diferenciação e valor para clientes e profissionais da José de Mello Saúde. Partindo dos cinco pilares estratégicos da Organização, são promovidas diversas atividades ao nível do fomento da inovação incremental, planeada, exploratório e de atividade científica.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 3

Temas Materiais Abordagem de Gestão (DMA)

Ecoeficiência

Ética e Transparência na Cadeia de Valor

Qualidade dos Serviços de Saúde

A José de Mello Saúde investe na minimização do impacto ambiental associado à sua atividade, com a intenção de se afirmar como um operador referência nesta área. O foco de atuação da melhoria da pegada ambiental da José de Mello Saúde está na área da ecoeficiência do consumo energético dos seus edifícios hospitalares.

A José de Mello Saúde reconhece a importância dos seus fornecedores na atividade de prestação de cuidados de saúde. Para além de exigir a máxima qualidade e segurança por parte dos seus fornecedores, a José de Mello Saúde considera fundamental que estes tenham e promovam princípios de ética, transparência e respeito pela sociedade.

A José de Mello Saúde acredita que a qualidade clínica é o elemento central da sua proposta de valor e continua focada em evidenciar os seus resultados clínicos participando em sistemas de avaliação e reconhecimento externo.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 20174

TABELA GRIINDICADOR GRI

ESTRATÉGIA E ANÁLISE

PERFIL ORGANIZACIONAL

Mensagem do Presidente

Principais impactos, riscos e oportunidades

Nome da organização

Principais produtos e serviços

Localização da sede da organização

Natureza de propriedade e forma jurídica da organização

Mercados em que a Organização atua

Dimensão da organização

Mão de obra total, por tipo de emprego, por contrato de trabalho, sexo e região.

Número de países nos quais a organização opera e nome dos países nos quais as suas principais operações estão localizadas ou que são especialmente relevantes para os tópicos de sustentabilidade abordados no relatório

-

-

-

-

-

-

-

-

-

102-14

102-15

102-1

102-2

102-3

102-5

102-6

102-7

102-8

102-4

Relatório Integrado 2017: Mensagem do Presidente

Relatório Integrado 2017:Estratégia, concretizações e metas;Gestão de Risco Principais Riscos e Incertezas.

Relatório Integrado 2017:Perfil do Relatório.

Relatório Integrado 2017:Perfil do Relatório.

Relatório Integrado 2017:Perfil do Relatório.

Relatório Integrado 2017:Sobre a José Mello Saúde.

Relatório Integrado 2017:Sobre a José Mello Saúde.

Relatório Integrado 2017:Sobre a José Mello Saúde.

Masculino 1.713

319

96

1.298

117

1.596

1.223

373

4.789

345

6.040

Termo Certo 1.542

469

6.087

462

7.636

Termo Incerto

Contrato Sem termo

Part-Time

Full-Time

Feminino 6.385

Feminino

Feminino

Masculino

Masculino

Masculino

Masculino

Masculino

Feminino

Feminino

Feminino

Total de Colaboradores 8.098

8.098Total de Colaboradores por tipo de contrato

Relatório Integrado 2017:Sobre a José Mello Saúde.

LOCALIZAÇÃO ODS

Norte 3.494

Sul 4.604

Masculino 802

Masculino 911

Feminino 2.692

Feminino 3.693

Total de colaboradores por região e por sexo 8.098

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 5

INDICADOR GRI

Percentagem de colaboradores abrangidos por acordos de contratação coletiva

Lista de todas as entidades incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas ou documentos equivalentes da organização

Processo adotado para definição do conteúdo do relatório e os limites dos Aspetos

Abordagem ao princípio da precaução

Cadeia de fornecedores da organização

Alterações significativas ocorridas no decorrer do período coberto pelo relatório em relação à dimensão, estrutura, participação acionista ou cadeia de fornecedores da organização

Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter económico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa

Principais adesões a organizações setoriais

-

-

-

-

-

-

-

102-41

102-45

102-46

102-11

102-9

102-10

102-12

102-13

Não existem acordos de negociação coletiva.

Relatório de Demonstrações Financeiras 2017

Relatório Integrado 2017:Perfil do Relatório e indicador 102-47

Relatório Integrado 2017:Gestão de risco, principais riscos e incertezas.

Relatório Integrado 2017:Sobre a José Mello Saúde.

Relatório Integrado 2017:Estratégia, concretizações e metas.

A José de Mello Saúde é membro do BCSD Portugal – Business Council for Sustainable Development, maior organização empresarial nacional dedicada à sustentabilidade com mais 100 empresas mundiais empenhadas na promoção do desenvolvimento sustentável e da GRACE – Grupo de Apoio e Reflexão à Cidadania Empresarial que se dedica à promoção da Responsabilidade Social Corporativa.

Considerando que as empresas têm um contributo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, a JMS realizou um exercício de identificação dos ODS que considera prioritários face ao seu potencial de impacto pela própria natureza da atividade da organização (vide secção 1.5 no Relatório Integrado 2017).

Mais informação sobre acreditações externas às unidades da José de Mello Saúde pode ser encontrada em “Desempenho clínico”.

Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) – A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) é um organismo sem fins lucrativos, apolítico e secularizado, que representa desde 1974 os interesses e valores das unidades de saúde portuguesas de natureza privada. Defende a criação de um sistema de saúde que assuma características de pluralidade de prestação, competitividade, eficiência e liberdade de escolha da unidade de saúde. Ou seja, um Estado Garantia com a intervenção do mercado. Mais informação em: http://www.aphp-pt.org/

Health Cluster Portugal - Polo de Competitividade da Saúde tem como objeto principal a promoção e o exercício de iniciativas e atividades tendentes à consolidação de um polo nacional de competitividade, inovação e tecnologia de vocação internacional e, bem assim, tendo presentes requisitos de qualidade e profissionalismo, promover e incentivar a cooperação entre as empresas, organizações, universidades e entidades públicas, com vista ao aumento do respetivo volume de negócios, das exportações e do emprego qualificado, nas áreas económicas associadas à área da saúde, bem como à melhoria da prestação de cuidados de saúde. Mais informação em: http://healthportugal.com/ Conselho Estratégico Nacional de Saúde - Confederação Empresarial de Portugal – É um órgão de consulta da CIP que tem por objetivo elaborar recomendações e pareceres, e submeter ao Conselho Geral e/ou Direção sobre matérias do interesse da área da Saúde, enquanto setor económico relevante.

LOCALIZAÇÃO ODS

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 20176

INDICADOR GRI

ASPETOS MATERIAIS IDENTIFICADOS E LIMITES

Lista dos aspetos materiais identificados no processo de definição do conteúdo do relatório

Lista de grupos de stakeholders da organização

Base para identificação e seleção de stakeholders

Tipo de abordagem adotada para envolver os stakeholders, inclusive a frequência do envolvimento por tipo e por grupo de stakeholder

Temas chave e preocupações identificadas pelos stakeholders como resultado do processo de envolvimento e as medidas adotadas pela organização no tratamento das mesmas

Reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações

Alterações significativas em relação a períodos cobertos por relatórios anteriores

-

-

-

-

-

-

-

102-47

102-40

102-42

102-43

102-44

102-48

102-49

Em 2017 a José de Mello Saúde revisitou a análise de materialidade que cruzou três vertentes – consulta a stakeholders, benchmarking a pares e análise de tendências do setor da saúde, tendo sido depois sujeita a discussão por parte da gestão de topo.

Mais informação sobre este tema pode ser encontrada no Relatório Integrado no capítulo. Diálogo com as partes interessadas.

Relatório Integrado 2017:Diálogo com as partes interessadas.

Relatório Integrado 2017:Diálogo com as partes interessadas.

Relatório Integrado 2017:Diálogo com as partes interessadas.

Relatório Integrado 2017:Diálogo com as partes interessadas.

A José de Mello Saúde realiza inquéritos de satisfação a clientes semanalmente, através de uma plataforma independente que envia um email para uma amostra de clientes que visitaram as unidades na semana anterior.

O inquérito inclui o Net Promoter Score, Secure Costumer Index, questões sobre o programa Cuidar+ (relacionamento humano) e áreas prioritárias sobre a experiência do cliente.Os resultados de 2017 têm um valor médio de 84%:

Relatório Integrado 2017 – Perfil do Relatório

Relatório Integrado 2017 – Perfil do RelatórioEm 2017, a José de Melo Saúde inaugurou a CUF São João da Madeira e adquiriu a Clínica Particular de Coimbra.

LOCALIZAÇÃO ODS

ENVOLVIMENTO COM STAKEHOLDERS

-2%

9%

0%

-3%

-1%

84%

86%

83%

84%

84%

85%

79%

83%

86%

85%

CUF Alvalade

CUF Sintra

CUF Cascais

CUF Torres Vedras

CUF Santarém

n/a

0%

-2%

-1%

2%

84%

83%

85%

84%

85%

n/a

83%

87%

85%

84%

CUF Almada

CUF S. Domingos de Rana

CUF Cascais

CUF Descobertas

CUF Viseu

-1%

n/a

-1%

-8%

0%

-3%

-1%

85%

87%

87%

84%

83%

84%

84%

85%

n/a

86%

91%

85%

87%

85%

CUF Belém

CUF S. João da Madeira

CUF Porto

CCMF

CUF Infante Santo

CUF Instituto

CUF

2016

Satisfação Global

2017 %

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 7

PERFIL DO RELATÓRIO

GOVERNO

ÉTICA E INTEGRIDADE

INDICADOR GRI

Período coberto pelo relatório

Data do relatório anterior mais recente

Composição do Conselho de Administração e das suas comissões

Ciclo de emissão de relatórios

Contatos para questões relativas ao relatório ou ao seu conteúdo

Opção “de acordo” escolhida pela organização e respetivo índice do conteúdo da GRI

Estrutura de governo da organização, incluindo comités ao mais alto nível de governo responsáveis por tarefas específicas, tais como a definição da estratégia ou a supervisão da organização

Valores, princípios, padrões e normas de comportamento da organização, como códigos de conduta e ética

Presidente do Conselho de Administração é, simultaneamente, um diretor executivo (e, nesse caso, qual a sua função ao nível da administração da organização e as razões para esta composição)

Processos de consulta usados entre os stakeholders e o mais alto órgão de governo em relação aos tópicos económicos, ambientais e sociais. Se a consulta for delegada a outras estruturas, órgãos ou pessoas, indique a quem e quaisquer processos existentes de feedback para o mais alto órgão de governo

Política e prática correntes adotadas pela organização para submeter o relatório a uma verificação externa

-

-

-

-

-

-

-

-

102-50

102-51

102-22

102-52

102-53

102-54

102-18

102-16

102-23

102-19

102-56

Relatório Integrado 2017: Perfil do Relatório.

Relatório Integrado 2017: Perfil do Relatório.

Relatório Integrado 2017 – Governo de Sociedade:Modelo de Governo.

Relatório Integrado 2017: Perfil do Relatório.

Relatório Integrado 2017: Perfil do Relatório.

Em 2017 foi feita a transição para a GRI Standards para a opção “De acordo-Essencial”, encontrando-se na presente tabela a respetiva correspondência com a mesma. O âmbito dos indicadores reportados neste relatório corresponde às empresas cuja gestão é controlada pela José de Mello Saúde.

Relatório Integrado 2017 Modelo de Governo;Composição e competências dos órgãos de administração e fiscalização.

Relatório Integrado 2017:Sobre a José de Mello Saúde.Composição e competências dos órgãos de administração e fiscalização.

Relatório Integrado 2017 – Governo de Sociedade:1. Modelo de Governo.2. Composição e competências dos órgãos de administração e fiscalização.

Relatório Integrado 2017:Diálogo com as partes interessadas.

A informação reportada no anexo GRI - quer resulte de medições, cálculos ou estimativas - foi sujeita à verificação externa, por uma entidade independente, a PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. No final deste documento encontra-se a declaração de verificação emitida por esta entidade.

LOCALIZAÇÃO ODS

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 20178

INDICADOR GRI

TEMA MATERIAL: SUSTENTABILIDADE FINANCEIRAFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução; Relatório Integrado 2017 - A José de Mello Saúde em números; Desempenho económico

TEMA MATERIAL: ÉTICA E CADEIA DE VALORFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução

ASPETO: DESEMPENHO ECONÓMICO

ASPETO: PRÁTICAS DE PROCUREMENT

Valor económico direto gerado e distribuído

Proporção de despesas com fornecedores locais

201-1

204-1

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

LOCALIZAÇÃO ODS

Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para a organização devidoàs alterações climáticas

Cobertura das Obrigações referentes ao plano de benefícios definidos pela organização

Benefícios financeiros significativos recebidos do Governo

-

-

201-2

201-3

201-4

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Rácio do salário base de entrada comparativamente ao salário mínimo permitido a nível local, nas localizações de atividade mais significativa

Percentagem da gestão de topo recrutada na comunidade local em unidades operacionais importantes

202-1

202-2

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

ASPETO: PRESENÇA NO MERCADO

Novos fornecedores avaliados de acordo com critérios sociais

Impactos sociais negativos na cadeia de abastecimento e ações tomadas

414-1

414-2

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

ASPETO: AVALIAÇÃO SOCIAL DE FORNECEDORES

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 9

INDICADOR GRI

TEMA MATERIAL: ECOEFICIÊNCIAFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução; A José de Mello Saúde em números; Desempenho Ambiental

ASPETO: MATERIAIS

Materiais utilizados, por peso ou por volume

Percentagem de materiais utilizados que são reciclados

301-1

301-2

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

LOCALIZAÇÃO ODS

ASPETO: ENERGIA

ASPETO: ÁGUA

Consumo de energia dentro da organização

Total de consumo de água segmentado por fonte

Fontes de água afetadas significativamente pelo consumo de água

Intensidade energética

Redução do consumo de energia

Volume total e percentagem de água reciclada e reutilizada

302-1

303-1

303-2

302-3

302-3

303-3

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201710

INDICADOR GRI

ASPETO: EMISSÕES

Emissões diretas de GEE (Âmbito 1)

Emissões indiretas de GEE (Âmbito 2)

Emissões indiretas de GEE (âmbito 3)

Intensidade carbónica

Iniciativas para a redução de emissões de GEE e reduções registadas

NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas por tipo e peso

Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso

305-1

305-2

305-3

305-4

305-5

305-7

305-6

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

LOCALIZAÇÃO ODS

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 11

INDICADOR GRI

ASPETO: EFLUENTES E RESÍDUOS

Descargas de água por qualidade e destino

Total de resíduos por tipo, destino e método de tratamento

306-1

306-2

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

LOCALIZAÇÃO ODS

TEMA MATERIAL: ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução; A José de Mello Saúde em números; Desempenho Social

ASPETO: EMPREGO

Número total e taxas de novas contratações e rotatividade de empregados por faixa etária, sexo e região

Taxas de retenção e retorno ao trabalho após licença parental, por sexo

Benefícios oferecidos a colaboradores full-time que não são oferecidos a colaboradores temporários ou a tempo parcial, por unidades operacionais importantes

401-1

401-3

401-2

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

ASPETO: SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Colaboradores representados em comités de segurança, que ajudem a monitorizar e aconselhar sobre programas de saúde e segurança

Tópicos de saúde e segurança cobertos por acordos formais com sindicatos

Tipo de lesão e as taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absentismo e número total de mortes relacionadas com o trabalho, por região e por sexo

403-1

403-4

403-2

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201712

INDICADOR GRI

ASPETO: FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO

Média de horas de formação por ano, por colaborador e por categoria (Este indicador não se encontra incluido no âmbito da veritifcação externa.)

Percentagem de colaboradores que recebem, regularmente, avaliações de desempenho

404-1

404-3

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

LOCALIZAÇÃO ODS

Composição dos órgãos de governo e discriminação de colaboradores por categoria, por sexo, faixa etária, associação a grupos minoritários e outros indicadores de diversidade

Composição dos órgãos de governo e discriminação de colaboradores por categoria, por sexo, faixa etária, associação a grupos minoritários e outros indicadores de diversidade

405-1

405-2

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

ASPETO: DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES

TEMA MATERIAL: ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADEFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução; A José de Mello Saúde em números; Desempenho Social

ASPETO: IMPACTOS ECONÓMICOS INDIRETOS

Desenvolvimento e impacte dos investimentos em infraestruturas e serviços apoiados

Impactes económicos indiretos, incluindo a extensão dos impactes

203-1

203-2

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Operações envolvidas com a comunidade local, avaliações de impacto e programas de desenvolvimento

Operações com impactos significativos negativos reais e potenciais sobre as comunidades locais

-413-1

413-2

Relatório de Sustentabilidade 2017

Relatório de Sustentabilidade 2017

ASPETO: COMUNIDADES LOCAIS

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 13

INDICADOR GRI

ASPETO: CONFORMIDADE SOCIOECONÓMICA

Valor monetário de multas significativas ou sanções não monetárias por não conformidade com leis e regulamentos na área económica e social

419-1 Relatório de Sustentabilidade 2017

LOCALIZAÇÃO ODS

TEMA MATERIAL: QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDEFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução; A José de Mello Saúde em números; Desempenho Clínico

ASPETO: SAÚDE E SEGURANÇA DO CLIENTE

ASPETO: ROTULAGEM E MARKETING

ASPETO: PRIVACIDADE DO CLIENTE

Avaliação dos impactes de saúde e segurança das categorias de produtos e serviços

Requisitos de informação e rotulagem de produtos e serviços

Número total de reclamações comprovadas relativamente à violação de privacidade e perda de dados de clientes

Inc identes de não-conformidade relacionados com informação e rotulagem de produtos e serviços

Incidentes de não-conformidade relacionados com impactes na saúde e segurança causados pelos produtos e serviços

-416-1

417-1

418-1

417-2

416-2

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

Relatório de Sustentabilidade 2017.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201714

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 15

Aspeto: Desempenho Económico

Aspeto: Presença no Mercado

201-1 Valor económico direto gerado e distribuído (Milhões de Euros)

201-2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades relacionados com as alterações climáticasA José de Mello Saúde considera que as suas operações possuem pouca exposição a este risco e não possui informação suficiente para descrever as implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as suas atividades, devido às alterações climáticas.

201-3 Cobertura das Obrigações referentes ao plano de benefícios definidos pela organizaçãoA José de Mello Saúde não possui um plano de pensões.

201-4 Benefícios financeiros significativos recebidos do GovernoA José de Mello Saúde não recebeu nenhum apoio financeiro significativo do governo durante o exercício de 2017.

202-1 - Rácio do salário base de entrada comparativamente ao salário mínimo permitido a nível local, nas localizações de atividade mais significativaDada a existência de uma grande diversidade de horários na José de Mello Saúde, foram considerados, para efeitos de cálculo deste indicador, apenas os três horários mais representativos na população existente (35, 36, 40 horas) e os seguintes regimes de trabalho: “Regime Misto”; “Permanentes”; “Contratados” e “Funcionários Públicos”.

CATEGORIA ECONÓMICA

Valor económico direto gerado

Sexo

586,2637,4

Receitas

Salário mais baixo da organização

Remunerações

Comunidades

586,2

557557501,3501,3487,4487,4

637,4

Valor económico direto distribuído

S.M.N ajustado pelo PNT

Rácio

Dividendos

Custos Operacionais

550,3

557557501,3501,3487,4487,4

1,001,001,001,001,001,00

618,1

Pagamentos ao Estado

Valor económico direto retido

184,6

11,4

21,0

0,0

333,3

35,9

202,6

22,8

31,8

0,0

363,1

19,6

2016

HORÁRIOS 35

Feminino FemininoMasculino Masculino

36 40

2017

Feminino Masculino

Indicadores GRITodos os indicadores GRI Standards foram submetidos a verificação externa. As formas de gestão genérica dos

indicadores podem ser consultadas através das DMA’s na introdução deste documento, bem como através da

informação indexada na Tabela GRI.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201716

Concluímos da análise que para os horários mais representativos, a remuneração mínima auferida corresponde ao S.M.N., tomando como referência as 40 horas como o período normal de trabalho semanal.

Fórmulas:

Cálculo do Salário Mínimo Nacional (S.M.N.) é ajustado pelo período normal de trabalho (PNT), de acordo com Artigo 271.º do código de trabalho.Cálculo do valor da retribuição horária: O valor da retribuição horária é calculado segundo a seguinte fórmula: (Rm × 12): (52 × n), sendo “Rm” o valor da retribuição mensal e “n” o período normal de trabalho semanal, definido em termos médios em caso de adaptabilidade.

202-2 – Percentagem da gestão de topo recrutada na comunidade local em unidades operacionais importantesA José de Mello Saúde não pratica qualquer tipo de discriminação na escolha dos seus colaboradores, estando impedida, por razões legais, de exercer qualquer tipo de discriminação no recrutamento de novos colaboradores.

Aspeto: Impactos Económicos Indiretos

Aspeto: Práticas de Procurement

203-1– Desenvolvimento e impacte dos investimentos em infraestruturas e serviços fornecidos essencialmente para Benefício PúblicoPela natureza da sua atividade, a José de Mello Saúde considera que tem impactos diretos e indiretos positivos, nas comunidades servidas pelas suas unidades de saúde.Além da prestação de cuidados de saúde, as unidades da José de Mello Saúde promovem um envolvimento ativo com as comunidades que servem. Mais informações sobre estas iniciativas, assim como resultados e montantes investidos, podem ser encontrados no Relatório Integrado, no capítulo do Desenvolvimento Social.

203-2 – Impactos Económicos Indiretos Significativos, incluindo a extensão dos impactosA José de Mello Saúde não possui informação sobre a avaliação dos impactos económicos indiretos da sua atividade.

204-1 - Proporção de despesas com fornecedores locais A totalidade dos fornecedores da José de Mello Saúde (mais de 700) possui NIF português.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 17

CATEGORIA AMBIENTAL

Aspeto: Materiais Utilizados

301-1 – Materiais utilizados, por peso ou por volumeA José de Mello Saúde é uma companhia de serviços que não realiza processos de manufatura e que apresenta um consumo de recursos naturais e matérias-primas reduzido. Informação sobre o consumo energético e de água pode ser encontrada nos indicadores 302-1, 302-2 e 303-1.

301-2 - Percentagem de materiais utilizados que são recicladosNo exercício da sua atividade de prestador de cuidados de saúde, a José de Mello Saúde não utiliza materiais reciclados.

Aspeto: Energia

302-1 - Consumo de energia dentro da organização Em 2017, o consumo total de energia da José de Mello Saúde foi de 80.068.788 kWh: 63% diz respeito ao consumo de eletricidade, 29% consumo de gás e 9% de entalpia, representado uma redução de 2% face ao consumo de 2016.

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201718

Gás Natural

O gás natural é a fonte de energia principal utilizada nos sistemas de climatização das unidades José de Mello Saúde, sendo utilizado principalmente para aquecimento de águas quentes sanitárias, para o sistema de AVAC e no abastecimento às cozinhas. O consumo global de gás natural em 2017 foi de 22.873.520 kWh, o que representou uma diminuição absoluta de 11,2% face ao ano anterior.

O Hospital de Braga manteve-se como o maior consumidor de gás do universo de unidades José de Mello Saúde, tendo representado, em 2017, 42% do consumo total. O Hospital de Vila Franca de Xira aumentou, em relação ao ano anterior, o seu peso percentual para 25% dos consumos totais em resultado da redução muito significativa do consumo no Hospital de Braga com grande peso no desempenho global.

Pode analisar-se no gráfico abaixo a variação dos consumos de gás nas diversas unidades do grupo:

Variação no Consumo de Gás - (MWh)

Consumos de Gás - 2017 (%)

0

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2017

CUF Porto4%

Instituto CUF6%

CUF Descobertas1%

CUF Infante Santo5%

Hospital Vila Franca de Xira25%

CUF Cascais4%

CUF Torres Vedras1%

CUF Santarém4%

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CUF S. João da Madeira0%

Hospital de Braga42%

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 19

Pode-se analisar no gráfico abaixo a distribuição dos consumos totais de eletricidade nas diversas unidades do grupo:

Destaca-se a redução muito significativa do consumo no Hospital de Braga, que contribuiu de forma decisiva para a melhoria global do consumo desta utility. O cômputo destes resultados permitiu uma redução no consumo global de 14,1% comparativamente ao ano anterior, para unidades e períodos equivalentes.

Eletricidade

A eletricidade é a principal fonte de energia utilizada nas unidades da José de Mello Saúde, sendo o consumo global de energia indireta primária em 2017 de 50.185.499 kWh.Os maiores consumidores de energia elétrica em 2017 foram o Hospital de Braga (27%) e o Hospital Vila Franca de Xira (17%).

Consumos de electricidade - 2017 (MWh)

CUF Porto13%

Instituto CUF6%

Hospital de Braga

27%

CUF Descobertas10%

CUF Infante Santo8%

Hospital Vila Franca de Xira17%

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CUF Alverca1%

CUF Cascais4%

CUF Torres Vedras2%

CUF Belém1%

CUF Alvalade1%

CUF Santarém2%

CUF Viseu4%

Contact Center, CUF Mafra, CUF S. João da Madeira, CUF Sintra, CUF SDR, CUF Miraflores 0%

2017

Variação no Consumo de Electricidade (MWh)

0

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201720

A José de Mello Saúde passou a integrar, em 2017, a Clínica CUF Almada, a Clínica CUF São João da Madeira e também a sua sede, em Carnaxide. O aumento absoluto do consumo de eletricidade foi de 4,3% em relação a 2015, porém, comparando o despenho em pressupostos equivalentes – períodos de funcionamento homólogos, nas mesmas unidades – obteve-se uma pequena diminuição dos valores de consumo: - 0,6% (-280.359kWh).

Para este efeito contribuiu, em particular, o projeto de eficiência energética do Hospital de Braga, desenvolvido entre Junho de 2014 e Março de 2017 e que foi merecedor da 10ª edição do Prémio EDP, na distinção “Vendedor Absoluto – Serviços e Outras Atividades”. O projeto que representou um investimento superior a 1milhão de euros garantiu a implementação de 7 grandes medidas de poupança energética, como será detalhado adiante.

Nas restantes unidades, verificou-se, regra geral, a manutenção dos níveis de consumo pelo equilíbrio entre as medidas de poupança e a intensificação da atividade das várias unidades. A exceção foi feita ao Hospital CUF Viseu, cujos consumos representaram a totalidade do ano de 2017 em contraste com os consumos de 2016 que refletiram apenas o período pós-inauguração.

Entalpia

No que respeita à entalpia – utilização de água quente e gelada nos circuitos de AVAC e Águas Quentes Sanitárias, apenas existente no Hospital CUF Descobertas, na Clínica CUF Alvalade e no CUF Contact Center –, o consumo total em 2017 foi 7.009.769 KWh tendo-se verificado uma diminuição significativa (-7,7%) em relação ao ano de 2016.Os valores da Clínica CUF Alvalade foram obtidos por estimativa a partir do seu histórico, uma vez que o fornecedor não faturou qualquer consumo durante o ano de 2017, pelo que se consideraram valores iguais aos de 2016.

Consumo de Entalpia - 2017 (kWh)

2017CUF Descobertas86%

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CUF Descobertas

CUF Alvalade

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Variação no Consumo de Entalpia - (kWh)

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 21

302-3 - Intensidade energéticaA Intensidade Energética da José de Mello Saúde, no ano de 2017, foi de 45,4 kgep/m2 de área útil. Para o cálculo deste indicador foram usados, como numerador os consumos de eletricidade, gás e entalpia no grupo e, como denominador, a área útil de construção climatizada de acordo com os valores calculados nos Certificados Energéticos das várias unidades. Este valor apresenta um ligeiro aumento relativamente ao ano anterior, consequência da revisão em baixa das áreas úteis de alguns dos edifícios.Embora sejam estabelecidos no presente relatório outras análises de rácios, a área útil é o único denominador comum a todas as unidades pelo que foi utilizado nesta análise. De referir também que apenas a energia consumida dentro da organização foi considerada.

302-4 - Redução do consumo de energiaA José de Mello Saúde estabeleceu um plano para o desenvolvimento e implementação de projetos de melhoria de redução dos consumos energéticos e sustentabilidade nas suas unidades. Destacam-se no ano de 2017 os seguintes projetos:

1. Hospital de BragaO Hospital de Braga venceu a 10ª edição do Prémio EDP Energia Elétrica e Ambiente, que visa distinguir as empresas portuguesas pelas boas práticas no domínio da eficiência elétrica e da sustentabilidade ambiental. A distinção, “Vencedor Absoluto – Serviços e Outras Atividades”, reconheceu o trabalho desenvolvido pelo Hospital no âmbito de um projeto de eficiência energética. Destaca-se a intervenção sobre o sistema de Gestão Técnica Centralizada do edifício: afinação dos algoritmos de funcionamento dos sistemas de transporte de energia, com a integração de novas variáveis significativas, permitindo-lhe ter capacidade de modelação e adaptação das condições de funcionamento às necessidades operativas do sistema;Outras medidas introduzidas no âmbito deste projeto foram a alteração de circuitos hidráulicos para instalação de novos equipamentos com maior eficiência energética, a instalação de sensores de CO2, temperatura e humidade que permitem, entre outras funções, melhor aproveitamento da energia mantendo a qualidade do ar e o conforto nos diferentes espaços do edifício e a instalação de baterias de recuperação de energia que permitem, por exemplo, o reaproveitamento da energia existente no sistema de extração do ar.O conjunto destas medidas, somadas às já implementadas no ano transato, permitiu em quatro anos um decréscimo superior a 26% no consumo de energia deste hospital, o que representa uma poupança decisiva de energia, emissões e custos nesta que é a maior das unidades geridas pelo grupo José de Mello Saúde.

2. Novos ProjetosAs medidas aplicadas em todas as instalações supracitadas demonstram a necessidade da aposta em tecnologias adequadas ao funcionamento ótimo de cada edifício; é, porém, de vital importância que a integração de tais tecnologias comece desde logo na fase de concepção dos edifícios. Por este fato, em 2017, e com continuidade no biénio 2018-2019, o desenvolvimento dos projetos das futuras unidades e expansões das existentes – como o Hospital CUF Tejo, o Hospital CUF Sintra e os novos edifícios de expansão dos hospitais CUF Descobertas e CUF Torres Vedras – tem levado em conta toda a experiência acumulada nesta área para fortalecer, não só no curto, mas também no médio e longo prazo, o compromisso da grupo José de Mello Saúde para com a sustentabilidade dos seus edifícios.

303-1- Total de consumo de água segmentado por fonteO consumo total de água, em 2017, nas unidades José de Mello Saúde foi de 368.392 m3, mais 5% face a 2016. Esta evolução deveu-se sobretudo ao aumento do número de unidades de saúde. As Unidades com maior peso são o Hospital de Braga (37%), Hospital Vila Franca de Xira (14%) e CUF Descobertas (13%).

Aspeto: Água

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201722

Pode-se analisar no gráfico abaixo a variação dos consumos de água nas diversas unidades do grupo:

Consumo de Água - 2017 (m3)

CUF Porto10%

Instituto CUF4%

CUF Descobertas13%

Hospital de Braga

37%

CUF Infante Santo10%

Hospital Vila Franca de Xira14%

CUF Viseu1%

CUF Cascais5%

CUF Alvalade1%

CUF Santarém2%

Contact Center1%

2017

CUF Torres Vedras2%

CUF Mafra, CUF Belém, CUF Almada, CUF Sintra, CUF SDR, CUF Miraflores0%

Variação no Consumo de Água (m3)

0

20.000

2015

2016

2017

40.000

60.000

80.000

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17.61816.073

35.818

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6.306232 2.381 1.4281.332 236 2.554

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 23

No global, existiu um aumento de 5,4% nos consumos de água, para o qual contribuiu em grande parte o ano inteiro de funcionamento das unidade CUF Viseu e também a contabilização das unidades CUF Almada e CUF São João da Madeira, bem como a contribuição dos aumentos das maiores unidades, relacionado com o seu aumento de produção, quer no número de dias de internamentos, quer na quantidade de consultas realizadas em 2017. A intensificação das ações de manutenção às redes de água fria e quente, com objetivo de prevenção de desenvolvimento microbiológico, contribuiu de forma significativa para o referido aumento.

303-2 – Fontes de água afetadas significativamente pelo consumo de água

Este indicador é considerado não aplicável no âmbito da atividade da José de Mello Saúde.

303-3 – Volume total e percentagem de água reciclada e reutilizada

Os Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira possuem reservatórios para onde é encaminhado parte do volume de águas recolhido pela rede de recolha de águas pluviais do edifício. As mesmas são posteriormente utilizadas para rega. Os volumes dos depósitos, 170 m3 e 132 m3 respetivamente, permitem armazenar para sensivelmente 3 dias de rega em tempo de Verão.

305-1 e 305-2 - Emissões diretas de GEE (Âmbito 1) e Emissões indiretas de GEE (Âmbito 2)

O valor global de emissões de gases com efeito de estufa da José de Mello Saúde foi de 21.334 tCO2 em 2017, verificando-se uma redução de aproximadamente 18% face ao ano anterior, diminuição está relacionada com a forte diminuição na utilização de gás combustível

Emissão de CO2 (ton)

2017

CUF Descobertas11%

CUF Infante Santo7%

Hospital Vila Franca de Xira18%

CUF Cascais4%

CUF Torres Vedras2%

CUF Porto11%

Instituto CUF6%

Hospital de Braga30%

CUF Alvalade

1%

CUF Santarém

2%

CUF Viseu5%

CUF Almada1%

ED. Sede1%

Contact Center, CUF Miraflores, CUF Mafra, CUF Belém, CUF SDR, CUF Sintra, CUF S. João da Madeira

0%

Aspeto: Emissões

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201724

Emissões de CO2 - 2017 (ton)

Os valores das emissões indicadas foram apurados com base no total das faturas entregues pelos prestadores, sendo o coeficiente para cálculo das emissões de CO2 equivalente fornecido pelos prestadores no caso da eletricidade e, no caso de consumos de gás e entalpia, através de cálculo, utilizando o factor de emissão indicado pelos fornecedores.

Podemos analisar no gráfico em cima a contribuição de cada consumo para o total de emissões de CO2 em cada unidade.

Variação das emissões das CO2 - (ton)

305-3 - Outras emissões indiretas relevantes de GEE (Âmbito 3)

As deslocações em serviço são maioritariamente efetuadas em veículos da frota da José de Mello Saúde, sendo contabilizadas como emissões diretas e tendo sido consideradas não relevantes, dada a sua reduzida expressão, e por isso não consideradas para o âmbito da resposta ao indicador.

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Entalpia

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 25

305-4 – Intensidade carbónica

A Intensidade Carbónica da José de Mello Saúde, no ano de 2017, foi de 72,75 kgCO2/m2 de área útil. Para o cálculo deste indicador foram usados, como numerador os consumos de eletricidade, gás e entalpia no grupo e, como denominador, a área útil de construção climatizada de acordo com os valores calculados nos Certificados Energéticos das várias unidades. Este valor apresenta uma diminuição significativa em relação ao ano de 2016, resultante em boa parte da marcada redução de utilização de gás natural.

Embora sejam estabelecidos no presente relatório outras análises de rácios, a área útil é o único denominador comum a todas as unidades pelo que foi utilizado nesta análise. De referir também que apenas a energia consumida dentro da organização foi considerada.

305-5 - Iniciativas para a redução das emissões de GEE e reduções registadas

A José de Mello Saúde desenvolveu algumas iniciativas que resultam numa redução de emissões de gases com efeito de estufa (ver resposta ao indicador 302-4) no entanto não é possível estimar o total economizado com estas ações.

305-6 - Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso

Este indicador é considerado não aplicável no âmbito de atividade da José de Mello Saúde, dado que os processos e serviços da organização não utilizam substâncias destruidoras da camada do ozono.

305-7 - NOX, SOX e outras emissões atmosféricas significativas por tipo e peso

Os valores de SOX emitidos nas unidades da José de Mello Saúde são inexpressivos, uma vez que o Gás Natural contém um teor de enxofre que permite assumir como nula a emissão de GEE.

O valor total de emissões de NOx foi de 5.764 kg sendo considerado para este cálculo o consumo de Gás Natural nas unidades José de Mello Saúde. Assim foram estimadas as emissões de NOx utilizando o fator de conversão de 70 g/GJ, indicado pelo Instituto do Ambiente. O valor é 7,2% inferior ao verificado em 2016, concomitante com a redução de utilização de gás natural obtida em 2017.

Emissão de NOx - 2017 (%)

306-1 - Descargas de água por qualidade e destino

Não é possível quantificar as descargas de água por qualidade e destino nas unidades da José de Mello Saúde.

2017

CUF Porto4%

CUF Viseu7%

Hospital de Braga42%

Instituto CUF7%

CUF Descobertas1%

CUF Infante Santo5%

Hospital Vila Franca de Xira25%

CUF Cascais4%

CUF Torres Vedras1%

CUF Santarém4%

Aspeto: Efluentes e Resíduos

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201726

306-2 - Total de resíduos por tipo, destino e método de tratamento

Os Resíduos Hospitalares são divididos em:

Resíduos Hospitalares Não Perigosos (Inclui o Grupo I e II)

- Grupo I (Resíduos Equiparados a Urbanos) - Exemplo: Resíduos provenientes dos serviços gerais, como gabinetes, salas de reuniões, salas de convívio, instalações sanitárias, vestiários, etc.

- Grupo II (Resíduos Hospitalares Não Perigosos) - Exemplo: Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas não contaminadas e sem vestígio de sangue; fraldas e resguardos não contaminados e sem vestígios de sangue, embalagens vazias de medicamentos (frascos-ampola, blisters, etc.), ou de produtos de uso clínico ou comum com exceção dos incluídos no Grupo III e IV.

Resíduos Hospitalares Perigosos (Inclui o Grupo III e IV)

- Grupo III (Resíduos Hospitalares de Risco Biológico) - Exemplo: Todos os resíduos contaminados provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infeciosos ou suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica.

- Grupo IV (Resíduos Hospitalares de Risco Específico) - Exemplo: Peças anatómicas identificáveis (amputações), fetos e placentas; materiais cortantes e perfurantes, produtos químicos e fármacos rejeitados, citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e administração.

Obs.: Unidade Medida Tonelada

Em 2017 registou-se uma redução dos resíduos produzidos em cerca de 31%.

Nota: O cálculo da produção de Resíduos Hospitalares Não Perigosos (RHNP’s) e de Resíduos Valorizáveis nas unidades da José de Mello Saúde é realizado por estimativa, uma vez que cada unidade de saúde dispõe de soluções de encaminhamento destes resíduos diferente das restantes. Na base deste cálculo foram utilizadas as quantidades registadas pela AMBIMED nas unidades em que presta este serviço (Hospital CUF Descobertas e Hospital Vila Franca de Xira).

Resíduos por tipo

Resíduos por destino

Quant. Acum 2017

Quant. Acum 2017

Quant. Acum 2016

Quant. Acum 2016

Perigosos

Deposição

1.209

6.200

1.252

4.169

Não Perigosos

Valorização

5.349

358

3.284

367

0

0

1.000

1.000

2.000

2.000

3.000

3.000

4.000

4.000

5.000

5.000

Quant. Acum 2016

Quant. Acum 2016

Quant. Acum 2017

Quant. Acum 2017

6.000

6.000

7.000

Perigoso

Deposição

Não Perigoso

Valorização

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 27

CATEGORIA SOCIAL

Aspeto: Emprego

401-1 – Número total e taxas de novas contratações e rotatividade de empregados por faixa etária, sexo e região.

Entradas 1.797

Saídas

Taxa de Novas Contratações

Entradas

Região

1205

Empregados no Final do Período

Taxa de Saída

Feminino

Norte

8.058

Taxa de Rotatividade

Masculino

Sul

22,30%

14,95%

18,63%

1.439

586

358

1211

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201728

30-50 anos

Região

Feminino

Norte

>50 anos

<30 anos

30-50 anos

>50 anos

Masculino

Masculino

>50 anos

>50 anos

581

360

Masculino

Sul

Feminino

Feminino

Feminino

Feminino

Taxa de novas contratações

Taxa de saída

<30 anos

<30 anos

Total

Total

140

845

Masculino

Masculino

Masculino

Masculino

Feminino

Feminino

30-50 anos

30-50 anos

69

434

443

84

12

97

126

21

12,35%

6,59%

22,30%

14,95%

1,01%

1,30%

17,86%

11,93%

4,44%

3,03%

8,95%

7,06%

<30 anos

Saídas

Feminino

Feminino

Masculino

Masculino

789

961

206

244

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 29

Masculino

>50 anos

Taxa de rotatividade

<30 anos

Total

Feminino

30-50 anos

9,47%

18,63%

1,15%

14,89%

3,74%

8,00%

Nota: Não inclui órgãos sociais.

401-2 – Benefícios oferecidos a colaboradores full-time que não são oferecidos a colaboradores temporários ou a tempo parcial, por unidades operacionais importantes

Apenas os colaboradores com contrato individual de trabalho e antiguidade mínima de um ano usufruem de seguro de saúde oferecido pela empresa. Destes excluem-se os que tem contrato com as unidades em regime de PPP.

401-3 – Taxas de retenção e de retorno após licença parental, por sexo

Masculino

Masculino

Masculino

Masculino

Masculino

Taxa de retorno

Taxa de retenção

Colaboradores que regressaram ao trabalho que estiveram de licença de paternidade / maternidade no ano de reporte

Colaboradores que regressaram ao trabalho após a licença de paternidade / maternidade e continuam

empregados após 12 meses de trabalho

Colaboradores que regressaram após gozo de licença parental 2017

Feminino

Feminino

Feminino

Feminino

Feminino

75%

56

53

64

94%

87%

89%

180

195

191

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201730

403-1 - Colaboradores representados em comités de segurança e saúde, que ajudem a monitorizar e aconselhar sobre programas de saúde e segurança

Cada uma das unidades da José de Mello Saúde tem um representante de segurança, higiene e saúde no trabalho, porém não existem comissões formais criadas para acompanhar este tema, estando essa responsabilidade a cargo da SAGIES, empresa que presta esse serviço à José de Mello Saúde.

403-2 - Tipo de lesão e as taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absentismo e número total de mortes relacionadas com o trabalho, por região e por sexo

Pressupostos A José de Mello Saúde calcula a taxa de lesões com base nas horas de ausência devido a acidentes de trabalho.

Fórmula: horas de ausência por motivo (ex.: acidente de trabalho) / potencial máximo de trabalhoTaxa de Absentismo: Considerou-se que cada FTE’s corresponde a uma média de 2.080 horas ano (173,33 mês). A São excluídas do cálculo das horas de absentismo as licenças relacionadas com casamento, estudo, falecimento, licença parental.

Não inclui órgãos sociais.

Acidente de Trabalho

Acidente de Trabalho

Greve

Ausência Injustificada

Suspensão

Assistência Família

Licença Sem Vencimento

Ausência Justificada

TOTAL

Ausência Autorizada

Obrigações legais

Doença

Sul

Norte

0,32%

0,32%

0,06%

0,11%

0,00%

0,29%

0,02%

0,03%

3,70%

0,04%

0,01%

2,81%

51.072

51.072

8.962

17.378

416

46.722

2.469

5.481

585.850

5.704

1.832

445.812

0,24%

0,24%

0,07%

0,05%

0,00%

0,05%

0,06%

0,00%

1,91%

0,05%

0,03%

1,35%

7.952

7.952

2.399

1.801

64

1.737

1.910

152

63.202

1.738

829

44.619

0,34%

0,34%

0,05%

0,12%

0,00%

0,36%

0,00%

0,04%

4,17%

0,03%

0,01%

3,20%

43.120

43.120

6.563

15.577

352

44.985

559

5.329

522.648

3.966

1.003

401.193

TAXA DE LESÕES

TIPO DE AUSÊNCIA

POR REGIÃO

TOTAL

Feminino

Feminino

Masculino

23.599

39.604

63.202

Horas de Trabalho Perdidas - Absentismo

Feminino

247.878

274.770

522.648

Horas Trabalho Perdidas

Horas Trabalho Perdidas

Horas Trabalho Perdidas

Horas Trabalho Perdidas

Taxa

Taxa

Taxa

Taxa

Masculino

Masculino

Total

Total

Horas Trabalho Perdidas

Horas Trabalho Perdidas

Taxa

Taxa

Sexo

Aspeto: Saúde e Segurança no trabalho

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 31

403-4 - Tópicos de saúde e segurança cobertos por acordos formais com sindicatos

Não existem tópicos relativos a saúde e segurança abrangidos por acordos formais com sindicatos.

404-1 - Média de horas de formação por ano, por colaborador e por categoria*

Em 2017, a José de Mello Saúde realizou 133.314 horas de formação, registando em média 16,54 horas por colaborador.

*Este indicador não se encontra incluído no âmbito da verificação externa.

TOTAL 8.058 133.314 16,54

Por Sexo MédiaHorasNº de Colaboradores

Feminino 6.375 105.207 16,50

Masculino 1.683 28.106 16,70

Administrativos

CUF Academia

Órgãos Sociais

HCP

Enfermeiros

CUFT

Téc. Sup. Saúde

HVFX

Téc. Superiores

ICUF

Auxiliares

CUF Belém

Serviços Gerais

HCUV

Internos

HBCC

TOTAL

Dirigentes

CUFC

Téc. Diag. Terap.

HSCL

Médicos

CUF Infante Santo

9,54

0,94

23,09

33,25

7,17

4,29

75,86

11,67

16,54

10,94

15,60

26,74

16.255

658

38

7.436

46.545

4.050

2.694

25.048

15.056

365

849

1.584

18.359

65.374

3.442

406

133.314

1.882

3.599

7.442

2.662

20.753

5.147

2.691

72

24

1.921

7.830

317

392

6.312

1.817

40

305

551

4.546

13.347

1.032

98

28.106

542

729

1.487

607

7.443

985

13.563

586

14

5.516

38.715

3.733

2.302

18.735

13.239

325

544

1.033

13.813

52.027

2.411

309

105.207

1.340

2.869

5.955

2.055

13.310

4.162

POR GRUPO FUNCIONAL

POR UNIDADE

Horas

Horas

Feminino

Feminino

Masculino

Masculino

Total

Total

Média

Aspeto: Formação e Educação

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201732

Pressupostos

Consideram-se apenas colaboradores contratados, permanentes, regime misto e funcionários públicos.

404-3 - Percentagem de colaboradores que recebem, regularmente, avaliações de desempenho

JMSH

Comportamental

RACE

Serviço

SAGI

Gestão

TOTAL

TOTAL

SGHD

Técnica

1.220

20.389

9.159

4.520

56

4.066

133.314

133.314

6.553

104.339

185

4.032

1.734

715

46

699

28.106

28.106

1.164

22.660

1.035

16.357

7.425

3.805

10

3.367

105.207

105.207

5.389

81.678

POR UNIDADE

POR TIPO

Horas

Horas

Feminino

Feminino

Masculino

Masculino

Total

Total

% colaboradores avaliados 60.82%

Total de colaboradores avaliados 4.901

GPS 297

MAPPA 4.604

61% dos colaboradores da José de Mello Saúde foram abrangidos por um dos sistemas de avaliação existentes – 297 através do GPS (Global Performance System) destinado aos quadros de gestão e 4.604 através do MAPPA Modelo Avaliação, Performance e Potencial Anual). No que respeita aos colaboradores com vínculo à Função Pública são avaliados pelo SIADAP. De referir que só estão sujeitos a avaliação, colaboradores que tenham exercido funções

por um período mínimo de 6 meses.

405-1 - Composição dos órgãos de governo e discriminação de colaboradores por categoria, por sexo, faixa etária, associação a grupos minoritários e outros indicadores de diversidade

Informação adicional sobre a composição dos órgãos sociais da José de Mello Saúde pode ser encontrada no Relatório Integrado da José de Mello Saúde, no capítulo do Governo da Sociedade.

Os grupos funcionais mais representativos no universo da José de Mello Saúde desempenham funções de auxiliar de ação médica e de enfermagem. De destacar ainda o grupo administrativos, com 21% da população. No que respeita à composição por sexo, a população da José de Mello Saúde é maioritariamente feminina com 79% de colaboradoras para apenas 21% de colaboradores masculinos.

Aspeto: Diversidade e Igualdade de oportunidades

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 33

Relativamente a outros indicadores de diversidade, a faixa etária mais representativa está compreendida entre os 30 e os 50 anos de idade, representando 58% dos colaboradores considerados.

Os grupos funcionais de Téc. Sup. Saúde, Auxiliares, Enfermeiros e Administrativos são os grupos em que existe maior discrepância de sexo, sendo o sexo feminino predominante. Com distribuições mais equilibradas, destacam-se os dirigentes, os médicos e os serviços gerais. Os Órgãos Sociais são compostos por Administradores Delegados, Comissão Executiva, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Comissão de Vencimentos.

Administrativos

Administrativos

Órgãos Sociais

Órgãos Sociais

Enfermeiros

Enfermeiros

Téc. Sup. Saúde

Téc. Sup. Saúde

Téc. Superiores

Téc. Superiores

Auxiliares

Auxiliares

Serviços Gerais

Serviços Gerais

Internos

Internos

TOTAL

TOTAL

Dirigentes

Dirigentes

Téc. Diag. Terap.

Téc. Diag. Terap.

Médicos

Médicos

83% 17% 21%

25% 75% 0%

83% 17% 25%

88% 12% 1%

86% 14% 26%

51% 49% 2%

71% 29% 3%

66% 34% 4%

79% 21% 100%

60% 40% 2%

78% 22% 6%

60% 40% 10%

1.416 287 1.703

10 30 40

1.674 342 2.016

71 10 81

1.812 287 2.099

100 97 197

171 71 242

196 99 295

6.385 1.713 8.098

103 69 172

370 107 477

462 314 776

GRUPO FUNCIONAL Feminino Masculino Total Geral

2.035 4.695 1.368 8.098

Grupo Profissional >50 Total30-50<30

463

6

174

0

159

105

1.066

142

68

10

257

171

174

24

0

30

61

19

1.703

172

242

40

477

295

447

630

2

21

28

1.112

1.169

532

122

46

540

217

242

54

7

2.099

2.016

776

197

81

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201734

No que respeita aos rácios do salário base dos homens em relação às mulheres salienta-se a proximidade geral dos rácios, especialmente nas categorias: Auxiliares, Administrativos e Enfermeiros. No âmbito da atividade da José de Mello Saúde não se encontra identificada nenhuma diferença entre o salário base e a remuneração mensal.

Pressupostos

Fórmula de cálculo: Rácio - Sexo Feminino / Sexo Masculino

Consideram-se apenas colaboradores com horários semanais de 35, 36 e 40 horas;Utilizou-se para efeitos de cálculo o Vencimento Base médio por grupo funcional.Não inclui órgãos sociais.

413-1 - Operações envolvidas com a comunidade local, avaliações de impacto e programas de desenvolvimento

As unidades de grande dimensão da José de Mello Saúde (Hospitais) realizam programas de envolvimento com as comunidades onde estão localizadas. Mais informação sobre estas iniciativas pode encontrar-se no Relatório Integrado da José de Mello Saúde nos capítulos ‘Desenvolvimento Social’ e ‘Investigação, Desenvolvimento e Inovação’ concretamente na informação sobre a atividade da Academia CUF.

405-2 - Rácio de salário-base e as remunerações de mulheres e homens, por categoria funcional e unidades operacionais relevantes

Administrativos

Enfermeiros

Téc. Sup. Saúde

Téc. Superiores

Auxiliares

Serviços Gerais

Internos

TOTAL

Dirigentes

Téc. Diag. Terap.

Médicos

0,7 0,7 0,8

Horas / Semana

Grupo Funcional

40

Rácio

36

Rácio

35

Rácio1,0

0,7

-

0,6

0,7

1,1

0,8

-

1,1

-

1,0

0,9

1,0

0,8

1,0

0,9

1,0

1,0

1,0

1,0

1,1

1,0

1,4

1,0

1,3

1,0

1,0

0,9

0,9

0,9

Aspeto: Comunidades Locais

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 35

413-2 - Operações com impactos significativos negativos reais e potenciais sobre as comunidades locais

A José de Mello Saúde gere e presta cuidados de saúde que respeitam as melhores práticas do setor e de acordo com a legislação portuguesa. Por esse motivo, a José de Mello Saúde está convicta que as suas operações não têm potencial significativo ou impacto negativo nas comunidades locais.

419-1 - Valor monetário de multas significativas ou sanções não monetárias por não conformidade com leis e regulamentos na área económica e social

Em 2017 não se verificaram multas significativas por não conformidade com leis e regulamentos.

414-1 - Novos fornecedores avaliados de acordo com critérios sociais

Em linha com o compromisso de prestação de cuidados de saúde de excelência, a José de Mello Saúde seleciona os seus novos fornecedores através de critérios de qualidade e especificações técnicas do produto, trabalhando com os melhores fornecedores do mercado em que opera.

Não possuindo informação que permita reportar a percentagem de fornecedores selecionados de acordo com critérios de impacto na sociedade, a José de Mello Saúde considera fundamental que estes tenham e promovam princípios de ética, transparência e respeito pela sociedade.

414-2 - Impactos sociais negativos na cadeia de abastecimento e ações tomadas

Não se verificou potencial ou impacto negativo na sociedade e na cadeia de abastecimento da José de Mello Saúde.

416-1 - Avaliação dos impactes de saúde e segurança das categorias de produtos e serviços

A José de Mello Saúde gere e presta cuidados de saúde. A natureza desta atividade exige que estes procedimentos estejam presentes durante todo o ciclo de vida dos seus serviços, através de um conjunto de procedimentos de práticas de segurança e medidas de autoproteção dos seus profissionais. A medição do cumprimento ou não das medidas de segurança e por tal da avaliação do impacto é realizada por amostragem em auditoria internas de forma proativa e também pela monitorização de indicadores de performance clínica ligados à Gestão do Risco e ao Controlo de Infeção. O sistema de gestão da qualidade em funcionamento, a identificação de não conformidades espontâneas e a realização de auditorias externas ao sistema representam também avaliações sobre as práticas de segurança da organização.

416-2 - Incidentes de não-conformidade relacionados com impactes na saúde e segurança causados pelos produtos e serviços

Em 2017 não se verificaram incidentes no âmbito deste indicador.

Aspeto: Conformidade Socioeconómica

Aspeto: Avaliação Social de Fornecedores

Aspeto: Saúde e Segurança do Cliente

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JOSÉ DE MELLO SAÚDE

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201736

417-1 - Requisitos de informação e rotulagem de produtos e serviços

A atividade de prestador de cuidados de saúde não envolve “rotulagem” de produtos e serviços, no entanto a José de Mello Saúde disponibiliza um conjunto de informação acerca do seu portfólio de serviços.De destacar a aposta na digitalização da relação com o cliente, criando ferramentas, promovendo e facilitando uma maior interação dos doentes com as suas unidades de saúde (websites, página de facebook, app MyCUF).

417-2 - Incidentes de não-conformidade relacionados com informação e rotulagem de produtos e serviços

Em 2017 não se verificaram incidentes no âmbito deste indicador.

418-1 - Número total de reclamações comprovadas relativamente à violação de privacidade e perda de dados de clientes

Em 2017 não se verificaram incidentes no âmbito deste indicador.

Aspeto: Rotulagem e Marketing

Aspeto: Privacidade do Cliente

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 37

GLOSSÁRIO

ACUF – Academia CUF

CCA – Clínica CUF Alvalade

CCB – Clínica CUF Belém

HB – Hospital de Braga

HCC – Hospital CUF Cascais

HCD – Hospital CUF Descobertas

HCIS – Hospital CUF Infante Santo

HCP – Hospital CUF Porto

HCS – Hospital CUF Santarém

HCTV – Hospital CUF Torres Vedras

HCV – Hospital CUF Viseu

HVFX – Hospital Vila Franca de Xira

ICUF – Instituto CUF Porto

JACE – Prestação de Serviços Administrativos e Operacionais, A.C.E.

JMSH – José de Mello Saúde S.A.

LACE – Serviços de Logística, A.C.E.

MCDT’s – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

SAGIES – Empresa de prestação de serviços de Segurança e Saúde no Trabalho

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PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

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Inscrita na lista das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183 e na CMVM sob o nº 20161485

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. pertence à rede de entidades que são membros

da PricewaterhouseCoopers International Limited, cada uma das quais é uma entidade legal autónoma e independente.

Relatório Independente de Garantia Limitada de Fiabilidade

Exmo. Conselho de Administração

Introdução

1 Fomos contratados pela Administração da José de Mello Saúde S.G.P.S. (“José de Mello Saúde” ou “Empresa”) para a realização de um trabalho de garantia limitada de fiabilidade sobre os indicadores GRI não financeiros, versão 4 (G4), que integram o Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017, relativos ao ano findo em 31 de dezembro de 2017, preparados pela Empresa para efeitos de divulgação do seu desempenho anual em matéria de sustentabilidade.

Responsabilidades

2 É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação dos indicadores GRI não financeiros, que integram o Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017, de acordo com as diretrizes para reporte de Sustentabilidade “Global Reporting Initiative” (“GRI”), versão GRI 4 (G4), e com as instruções e critérios divulgados no Anexo GRI, bem como a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado, que permita uma adequada preparação da informação mencionada.

3 A nossa responsabilidade consiste em emitir um relatório de garantia limitada de fiabilidade, profissional e independente, baseado nos procedimentos realizados e especificados no parágrafo abaixo.

Âmbito

4 O trabalho que realizámos foi efetuado de acordo com a Norma Internacional sobre Trabalhos de Garantia de Fiabilidade (ISAE) 3000 (Revista) "Trabalhos de Garantia de Fiabilidade que Não Sejam Auditorias ou Revisões de Informação Financeira Histórica", emitida pelo International Auditing and Assurance Standards Board da International Federation of Accountants. Esta Norma exige que planeemos e executemos o trabalho de garantia limitada de fiabilidade com o objetivo de obter um grau de segurança limitado sobre se os indicadores GRI 4 (G4) não financeiros estão isentos de distorções materialmente relevantes.

5 O nosso trabalho de garantia de fiabilidade limitada consistiu ainda na realização de procedimentos com o objetivo de obter um grau de segurança limitado sobre se a Empresa aplicou nos indicadores GRI, que integram o Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017, as diretrizes GRI 4 (G4).

6 Para tanto o referido trabalho consistiu em:

(i) Indagar a gestão e principais responsáveis das áreas em análise para compreender o modo como está estruturado o sistema de informação e a sensibilidade dos intervenientes às matérias incluídas no relato;

(ii) Identificar a existência de processos de gestão internos conducentes à implementação de políticas económicas, ambientais e de responsabilidade social;

(iii) Verificar, numa base de amostragem, a eficácia dos sistemas e processos de recolha, agregação, validação e relato que suportam a informação de desempenho supracitada, através de cálculos e validação de dados reportados;

(iv) Confirmar a observância de determinadas unidades operacionais às instruções de recolha,

agregação, validação e relato de informação de desempenho;

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Relatório Independente de Garantia Limitada de Fiabilidade José de Mello Saúde S.G.P.S. 31 de dezembro de 2017 PwC 2 de 2

(v) Executar, numa base de amostragem, alguns procedimentos de consubstanciação da

informação, através de obtenção de evidência sobre informação reportada;

(vi) Verificar que a informação de sustentabilidade a incluir no Relatório cumpre com os requisitos das diretrizes da GRI 4 (G4), para a opção “De acordo – Essencial”.

7 Os procedimentos efetuados foram mais limitados do que seriam num trabalho de garantia razoável de fiabilidade, por conseguinte, foi obtida menos segurança do que num trabalho de garantia razoável de fiabilidade.

8 Entendemos que os procedimentos efetuados proporcionam uma base aceitável para a nossa conclusão.

Qualidade e independência

9 Aplicamos a Norma Internacional de Controlo de Qualidade 1 (ISQC1) e, como tal, mantemos um sistema de controlo de qualidade, incluindo políticas e procedimentos documentados relativos ao cumprimento dos requisitos éticos, normas profissionais e requisitos legais e regulatórios aplicáveis.

10 Cumprimos com os requisitos de independência e ética do código de ética do International Ethics Standards Board for Accountants (IESBA) e do código de ética da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC).

Conclusão

11 Com base no trabalho efetuado, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que os indicadores GRI não financeiros, que integram o Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017, relativos ao ano findo em 31 de dezembro de 2017, não tenham sido preparados, em todos os aspetos materialmente relevantes, de acordo com os requisitos das diretrizes GRI 4 (G4) e com as instruções e critérios divulgados no mesmo e que a José de Mello Saúde não tenha aplicado, nos indicadores GRI, que integram o Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017, as diretrizes GRI 4 (G4), para a opção “De acordo – Essencial”.

Restrições de uso

12 Este relatório é emitido unicamente para informação e uso do Conselho de Administração da Empresa, para efeitos da divulgação do Anexo GRI, pelo que não deverá ser utilizado para quaisquer outras finalidades. Não assumiremos quaisquer responsabilidades perante terceiros, para além da José de Mello Saúde, pelo nosso trabalho e pela conclusão expressa neste relatório, o qual será anexado ao Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017 da Empresa.

27 de abril de 2018

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. representada por:

António Brochado Correia, R.O.C.

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