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JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 2017 ÍNDICE
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Pág. 72 - 243
Pág.244 - 277
Pág.278 - 315
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 2017 ÍNDICE2
Sobre a José Mello Saúde 05
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55
Visão geral organizacional
Desempenho económico
A José de Mello Saúde em números
Desempenho clínico
Ambiente Externo
Desempenho social
Diálogo com as partes interessadas
Desempenho ambiental
Mensagem do presidente
Investment Case
Modelo de negócio
Estratégia, concretizações e metas
Modelo de Governo
Investigação, Desenvolvimento e Inovação
Composição e competências dos órgãos de administração e fiscalização
Gestão de risco, principais riscos e incertezas
Desempenho
Matriz de Materialidade
Compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
ÍNDICE
01
02 Governo da Sociedade
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3PERFIL DO RELATÓRIO
O Relatório Integrado da José de Mello Saúde contém informação financeira e não financeira da organização e é elaborado de acordo com as diretrizes do IIRC – International Integrated Reporting Council.
Respeitando ao período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2017, este documento inclui informação sobre a estratégia, a gestão e o desempenho das principais áreas de negócio da sociedade José de Mello Saúde, S.A. (adiante referida como José de Mello Saúde ou JMS), a holding de um grupo empresarial privado de cuidados de saúde, com sede na Av. do Forte, Nº3, Edif. Suécia III - Piso 2, em Carnaxide. O capital social da José de Mello Saúde é detido pela José de Mello Capital (65,85%), pela Fundação Amélia de Mello (4,15%) e pela Farminveste, S.A. (30%). O Relatório Integrado da José de Mello Saúde é publicado anualmente e é complementado com a informação prestada no (i) Relatório de Demonstrações Financeiras, (ii) Relatório de Qualidade Clínica e (iii) Relatório de Sustentabilidade - Anexo GRI. Todos estes documentos podem ser consultados no website institucional em http://www.josedemellosaude.pt/
Em 2017 a José de Mello Saúde revisitou a sua materialidade1, auscultando as partes interessadas e ajustando as suas expectativas à estratégia. Em linha com este exercício a José de Mello Saúde evoluiu igualmente para a utilização dos requisitos e orientações mais recentes da Global Reporting Initiative (GRI), GRI Standards que substituem a versão G4 utilizada no último relatório, adotando a opção “De acordo – Essencial”.
A José de Mello Saúde agradece comentários sobre estes documentos ou sobre qualquer matéria relacionada com as suas práticas de reporte corporativo, que devem ser enviados para a Direção de Comunicação e Sustentabilidade através do e-mail: [email protected]
1 Informação detalhada sobre a Matriz de Materialidade da José de Mello Saúde pode ser consultada no capítulo ‘Diálogo com as partes interessadas’
PERFIL DO RELATÓRIO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 20174
01RELATÓRIO INTEGRADOJOSÉ DE MELLO SAÚDE
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5SOBRE A JOSÉ DE MELLO SAÚDE
SOBRE AJOSÉ DE MELLO SAÚDE
Visão geral organizacional
clientes, parceiros, acionistas e colaboradores, a José de Mello Saúde coloca as questões éticas no centro da atividade. Orientando a sua conduta por valores como o Respeito pela Dignidade Humana e Bem-Estar da Pessoa, a José de Mello Saúde determinou a criação de um Código de Ética, transversal a todas as unidades CUF. Foi ainda instaurado um Conselho de Ética2, órgão consultivo da Comissão Executiva da José de Mello Saúde.
A par do Conselho de Ética, as unidades de saúde de maior dimensão têm uma Comissão de Ética própria, nos termos da lei, composta por elementos internos e personalidades externas com sólidos conhecimentos sobre as matérias da ética.
OrganizaçãoA José de Mello Saúde desenvolve a sua atividade através de uma rede de unidades CUF de prestação privada de cuidados de saúde e de hospitais integrados no Serviço Nacional de Saúde, geridos em regime de parceria público-privada (PPP).
Em 2017, a José de Mello Saúde alargou o seu portefólio com a inauguração, em outubro, da Clínica CUF S. João da Madeira, e a aquisição, em dezembro, da Clínica Particular de Coimbra, atual Hospital CUF Coimbra.
Com o alargamento da rede a oito hospitais e nove clínicas de ambulatório, a CUF passa a estar presente em Lisboa, Almada, Oeiras, Cascais, Sintra, Mafra, Torres Vedras, Santarém, Coimbra, Viseu, S. João da Madeira, Matosinhos e Porto.
A José de Mello Saúde assegura ainda, através de parcerias público-privadas (PPP), a gestão do Hospital de Braga e do Hospital Vila Franca de Xira, ambos inseridos no Serviço Nacional de Saúde.
Quem somosCom origem no Hospital da CUF, fundado em 1945, a José de Mello Saúde atua no setor da prestação de cuidados de saúde em Portugal.
VisãoSer líder na prestação de cuidados de saúde de qualidade distintiva suportada numa rede integrada de unidades de elevada performance, tanto no setor privado como no setor público, e apresentando opções de crescimento em mercados selecionados.
MissãoPromover a prestação de cuidados de saúde com os mais elevados níveis de conhecimento, respeitando o primado da vida e do ambiente, através do desenvolvimento do capital intelectual das organizações, numa busca permanente pela excelência.
Valores
• Respeito pela Dignidade e Bem-Estar da Pessoa• Desenvolvimento Humano• Competência • Inovação
Ética
A Ética Empresarial é um valor fundamental da José de Mello Saúde, quer pela área em que a sua atividade se insere, quer pela relevância da temática para o Grupo José de Mello. Enquanto entidade prestadora de cuidados de saúde, que se rege por princípios de boa gestão e transparência, primando pelo respeito por
2 Mais informação sobre o Conselho de Ética pode ser encontrada no capítulo ‘Modelo de Governo’.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 2017 6
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
SOBRE A JOSÉ DE MELLO SAÚDE
Numa perspetiva organizativa, as unidades hospitalares e de ambulatório foram agrupadas em duas Comissões de Coordenação – CUF e PPP. A rede CUF encontra-se dividida em três Clusters geográficos – Descobertas, Tejo e Norte – numa lógica de articulação em torno dos três grandes Hospitais CUF.
VISEU
COIMBRA
CUFPORTO
INSTITUTOCUF
CUF VISEU
CUF COIMBRA
CUFDESCOBERTAS
CUFINFANTE SANTO
CUFALMADA
CUFBELÉM
CUFMIRAFLORES
CUFSINTRA
CUFSÃO DOMINGOSDE RANA
CUFCASCAIS
CUFAlVALADE
CUFMAFRA
CUFTORRES VEDRAS
CUFSANTARÉM
CUF SÃO JOÃO DA MADEIRA
SANTARÉM
ALMADA
VILA FRANCADE XIRA
TORRES VEDRAS
LISBOA
PORTO
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A José de Mello Saúde
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 2017A JOSÉ DE MELLO SAÚDE 7
UM ANO EM NÚMEROS
ADMISSÕES
URGÊNCIAS
EXAMES DEIMAGIOLOGIA*
SESSÕES DEQUIMIOTERAPIA
IMAR:ÍNDICE DE MORTALIDADEAJUSTADO
*Ressonância Magnética, Ecografia, TAC e ECG
CIRURGIAS
CONSULTAS
PARTOS
SESSÕES DERADIOTERAPIA
1,1 MILHÕES
658 MIL
828 MIL
21 MIL
0,6
93 MIL
2,4 MILHÕES
7.843
62 MIL
0,48IRAR:ÍNDICE DE READMISSÕESAJUSTADAS PELO RISCO
José de Mello Capital
FundaçãoAmélia de Mello
Farminveste, S.A.
66%4%
30%
COLABORADORES
PROVEITOS OPERACIONAIS
DOWNLOAD’S APP MYCUF
UNIDADES DE SAÚDE
EBITDA
CHAMADAS ATENDIDAS NO CONTACT CENTER
CAMAS
INVESTIMENTO CONSOLIDADO
BLOCOS OPERATÓRIOS
GABINETES
8.058637,4M€ | +8,7%
345 MIL
1972,0M€ | +5,3%
3 MILHÕES
1.543 190,3M€
92
1.165saudecuf.pt
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RELATÓRIO INTEGRADO 20178 PRINCIPAIS INDICADORES 2017
PROVEITOS OPERACIONAIS
EBITDA
INVESTIMENTO EM I&D+I
INTENSIDADE ENERGÉTICA
HORAS DE FORMAÇÃO
Nº DE VOLUNTÁRIOS
MÉDICOS A REALIZARINTERNATO MÉDICO
637,4M€
72,0M€
1,8M€
45 kgep/m2
133.314
65
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Capital Financeiro (M€)
Capital Intelectual
Capital Natural
Capital Humano
Capital Social
2015
2015
2015
2015
2015
Proveitos Operacionais
Investimento em I&D+I (M€)
Consumo de Eletricidade (MWh)
Indicadores de Recursos Humanos
Investimento na Comunidade (€)
Indicadores Sociais
Indicadores de Eventos Clínicos e de Educação para a Saúde
Indicadores de Formação
560,2
2,6
46.406
586,3
3
48.120
637,4
1,8
50.185
EBITDA
Internato Médico (Nº Médicos)
Intensidade Energética (kgep/ m2)
Nº de Colaboradores
Donativos
63,5
316
47
7.055
212.000
68,4
785
49
7.469
218.537
72,0
485
45
8.058
286.746
EBIT
Ensaios Clínicos (Nº Ensaios)
Consumo de Água (m3)
Mulheres
Consumo de Gás Natural (MWh)
Homens
Nº de Voluntários
Resíduos Acumulados Perigosos (ton)
Nº de Saídas
Nº de participantes nas formações
Nº de Horas
Média de Horas
42,2
n.a.
323.716
25.632
1.500
53
5.555
21.108
1.561
1.113
1.187
8.756
115.988
16,44
41,5
130
349.342
25.757
1.570
50
5.899
25.838
1.360
1.209
945
8.086
121.748
16,30
42,6
124
368.392
22.873
1.683
65
6.375
21.334
1.797
1.252
1.205
16.831
133.314
16,54
Resultado Líquido 21,9 23,9 22,8
2016
2016
2016
2016
2016
2017
2017
2017
2017
2017
Emissões de CO2 (ton)
Nº de Entradas
Principais Indicadores 2017
RELATÓRIO INTEGRADO 2017 9
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201710 AMBIENTE EXTERNO
3| 4| 5| 6| 8 e 10Portugal Eurosistema - Boletim Económico dezembro 2017https://www.bportugal.pt/sites/default/files/anexos/pdfboletim/be_dez20176_p.pdf
7 e 9Autumn 2017 Economic Forecasthttps://ec.europa.eu/info/business-economy-euro/economic-performance-and-forecasts/economic-forecasts/autumn-2017-economic-forecast_en
Portugal acompanhou, em 2017, a tendência de crescimento económico moderado registada em toda a Europa. O Produto Interno Bruto (PIB) nacional registou uma taxa de variação anual 2,6%, valor que representa uma subida de 1,1 p.p. face ao homólogo3 e é superior à estimativa de crescimento do PIB da zona Euro (2,2%). De 2018 a 2020, Portugal deverá manter o crescimento económico, ainda que a um ritmo progressivamente menor: 2,3%, 1,9% e 1,7%4. No prazo de três anos, prevê-se que o PIB esteja 4% acima dos níveis anteriores à crise financeira internacional5.
A nível interno, a recuperação económica continua sustentada pela aceleração das exportações e o crescimento da procura interna. Em 2017, o consumo público cresceu 0,1% e o consumo privado progrediu 2,2% (com uma variação de -0,5 p.p. e +0,1 p.p., respetivamente, face ao ano anterior). Esta última variação reflete a subida do rendimento disponível e a manutenção da confiança dos consumidores em níveis especialmente elevados, em resultado da melhoria das condições do mercado de trabalho. De sublinhar ainda que o consumo privado cresceu em linha com o rendimento disponível, o que resultou numa taxa de poupança relativamente estável e acima dos anos anteriores6.
O crescimento económico refletiu-se numa recuperação do mercado de trabalho, com o emprego a avançar 3,1% em termos anuais (+1,5 p.p. face a 2016), e a crescer acima do estimado para a zona Euro (+1,5%)7, a variação mais elevada desde 2008. A taxa de desemprego recuou para os 8,9% em Portugal, descendo 2,2 p.p. face ao período homólogo8, enquanto na Europa se terá situado nos 9,1%9.
Em 2018, Portugal deverá continuar a assistir ao crescimento da taxa anual do emprego, ainda que a uma cadência progressivamente mais moderada, e à manutenção da tendência descendente da taxa de desemprego. A persistência de condicionamentos externos e internos, nomeadamente o peso da dívida, a evolução demográfica adversa e as ineficiências nos mercados do trabalho e do produto, tem inibido a convergência real face à zona Euro10.
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11AMBIENTE EXTERNO
11INE, Conta Satélite da Saúde 2014 – 2016Pe https://drive.google.com/file/d/1QCbdSY3diCDaGJ6S90L6BlNYmLUw-eXP/view?pli=1
12Associação Portuguesa de Seguradores, Indicadores de Gestão - Saúde 2017.09 https://drive.google.com/file/d/1FajX9YpgAT7TW-D3YrqxtL7XWM8-4q2d/view?pli=1
Clínica CUF São João da Madeira e adquirindo a Clínica Particular de Coimbra, atual Hospital CUF Coimbra, um terreno em Sintra para a construção do futuro Hospital CUF Sintra (em substituição da Clínica CUF Sintra), um terreno em Leiria para a construção do futuro Hospital CUF Leiria e o direito de superfície do Hospital Ortopédico José de Almeida, na Parede, Cascais. O reforço da estratégia de crescimento materializou-se ainda nas obras de construção do futuro Hospital CUF Tejo e de expansão do Hospital CUF Descobertas e da Clínica CUF Almada.
Alterações regulatórias e legislativas com impacto na atividadeEm 2017 não existiram alterações regulatórias e legislativas com impacto significativo na atividade da José de Mello Saúde.
Setor da SaúdeEm 2015 e 2016, a despesa corrente em saúde voltou a crescer em Portugal, tendo-se registado, em termos nominais, uma subida de 3,1% e de 2,7%, respetivamente. Nos dois anos, e de acordo com o INE, a taxa de crescimento nominal foi inferior à do PIB (3,7% em 2015 e 3,0% em 2016), tendência que se observa desde 2010.
No mesmo período, o crescimento da despesa corrente pública foi mais acentuado do que o da despesa corrente privada. Em 2015, a despesa corrente pública avançou 3,3%, ficando a despesa corrente privada nos 2,7%. Resultados preliminares para 2016 apontam para uma variação de 2,8% e de 2,6%, respetivamente.
De 2014 a 2016, cerca de 64,9% da despesa corrente em saúde foi suportada através dos regimes de financiamento das Administrações Públicas. Nos últimos dois anos, o valor relativo da despesa corrente pública avançou ligeiramente, situando -se nos 66,2%. Em 2016, a despesa corrente pública per capita foi de 1.061,15 euros, enquanto a privada se ficou pelos 540,74 euros. Em sentido contrário, o peso da despesa corrente do Serviço Nacional de Saúde e Sub-Regiões de Saúde (58,2% em 2014 e 57,2% em 2016) e das famílias (27,7% em 2014 e 27,4% em 2016) diminuiu ligeiramente. Por outro lado, verificou-se um reforço da importância relativa do financiamento das sociedades de seguros (4,0% da despesa corrente em 2016, mais 0,4 p.p. que em 2014)11.
O mercado de seguros de saúde confirmou a prevista tendência de crescimento, com o número de pessoas seguras entre 2015 e 2016 a avançar 11,4%. O relatório de setembro de 2017 registou um aumento de 2,7% face ao homólogo, passando de 2.262.257 para 2.324.371 o número de pessoas seguras. Este crescimento explica-se essencialmente pelo acentuado crescimento do seguro individual, que avançou 4,9%12.
Neste cenário macroeconómico, e apesar da persistência de constrangimentos externos e internos, a José de Mello Saúde foi capaz de reforçar, em 2017, as suas aspirações de consolidação da rede CUF, inaugurando a
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201712 DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS
A José de Mello Saúde dispõe de vários mecanismos de interação com as suas partes interessadas.
Stakeholder ReporteMecanismode Interação
Temas relevantespara os stakeholders
Acionistas
Financiadores
Pagadores
CMVM
Fornecedores
Entidade Reguladora da Saúde
Reunião do Conselho de Administração
Reuniões periódicas, negociações de contratos
Reuniões periódicas, negociações de contratos, Interações administrativas
Gabinete de Relação com os Investidores
Reuniões periódicas, negociações de contratos
Auditorias, inquéritos, reuniões de esclarecimento
Assembleia Geral
Reuniões e eventos específicos
Criação de valor
Sustentabilidade financeira
Acesso a cuidados privados de saúde, Pricing
Cumprimento da regulação de valores mobiliários aplicável
Contratos e Pagamentos, mecanismos de mitigação dos riscos e impactos, ética e transparência
Regulação, licenciamentos, Sistema Nacional de Avaliação em Saúde
Informação periódica e rigorosa
Ética e transparência
Prestação regular de informação institucional (Comunicados institucionais, Relatório Integrado, Relatório de Demonstrações Financeiras, Relatório de Qualidade Clínica e Anexo GRI)
Prestação regular de informação, Relatório de Demonstrações Financeiras
Webservices (meios eletrónicos de interação), Relatório Integrado, Relatório de Demonstrações Financeiras, Relatório de Qualidade Clínica e Anexo GRI
Prestação regular de informação institucional (Comunicados institucionais, Relatório Integrado, Relatório de Demonstrações Financeiras, Relatório de Qualidade Clínica e Anexo GRI)
Relatório interno de avaliação de fornecedores de materiais de consumo clínico
Portal SINAS, Relatório de Qualidade e Segurança Clínica
Diálogo com asPartes Interessadas
RELATÓRIO INTEGRADO 2017 13DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS
Stakeholder ReporteMecanismode Interação
Temas relevantespara os stakeholders
Administrações Regionais de Saúde (ARS – Ministério da Saúde)
Colaboradores
Gestor de contrato, contratualização anual da atividade e dos indicadores de desempenho, relatório de avaliação de desempenho semestral e anual
Encontro de Quadros
Eventos Corporativos
Programa de Acolhimento
Programa + Talento
Revista e Newsletters + VIDA
Academia CUF
Inquérito de satisfação de colaboradores
Encontros ao Pequeno-Almoço (com Presidente da Comissão Executiva e Administradores das unidades)
Visita em contacto (com Presidente da Comissão Executiva)
Acompanhamento através dos sistemas de gestão de pessoas (ex.: Avaliação de Desempenho)
Reuniões do Conselho Médico e Conselho de Enfermagem
Cumprimento do contrato, acessibilidade, qualidade e segurança clínica dos cuidados de saúde prestados, melhoria contínua dos indicadores de desempenho
Evolução da José de Mello Saúde e estratégias de crescimento
Estabilidade, perspetivas de desenvolvimento profissional e pessoal, remuneração, organização e condições de trabalho
Relatórios mensais de atividade e monitorização dos indicadores de desempenho, inquéritos anuais de satisfação dos utentes e colaboradores
Processos de gestão de pessoas na empresa (avaliação de desempenho, remuneração, carreiras, formação, etc.)
Relatório Integrado, Relatório de Demonstrações Financeiras, Relatório de Qualidade Clínica e Anexo GRI
Eventos internos
Canais de comunicação internos
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JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201714 DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS
Stakeholder ReporteMecanismode Interação
Temas relevantespara os stakeholders
Clientes
Gabinete do Cliente, Provedor do Cliente
App MyCUF
Contact Center
Website institucionale das unidades de saúde
Acessibilidade acuidados de saúde; Qualidade clínica e de serviço prestado; Ofertaintegrada; Condiçõeshoteleiras e desegurança dasunidades; Inovaçãotecnológica
Inquéritos de satisfação ao cliente
Contacto telefónico
Folhetos informativos
SMS
Comunicados institucionais
Revista + VIDA
Campanhas publicitárias
Smartphones
Aceleradoresde Inovaçãoe startups
ComunidadeAcadémicae Científica
Acordos de colaboração ou prestação de serviço
Protocolos de Cooperação, Atividades de I&D em parceria, Negociação de contratos, ensaios clínicos, estudos observacionais, reuniões periódicas
Canais de comunicação e marketing das unidades
Publicações institucionais
Desafios de desenvolvimentoestratégico, modelosde apoio e investimento
Desempenho da empresa, compromissos a longo prazo, Inovação e Sustentabilidade
Eventos externos, bootcamps,comunicados de imprensa,informação institucional
Reuniões periódicas, Prestação regular de informação institucional (Comunicados institucionais, Relatório Integrado, Relatório de Demonstrações Financeiras, Relatório de Qualidade Clínica e Anexo GRI)
Media Diálogo com OCSImpacto na comunidade,impactos ambientais esociais, inovação
Prestação regular de informaçãoinstitucional (Comunicados institucionais, Relatório Integrado,Relatório de DemonstraçõesFinanceiras, Relatório de QualidadeClínica e Anexo GRI)
RELATÓRIO INTEGRADO 2017 15DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS
Stakeholder ReporteMecanismode Interação
Temas relevantespara os stakeholders
Associaçõesdo Setor
Público em geral
Protocolos de Cooperação,reuniões periódicas,participação em gruposde trabalho
Websiteinstitucional e dasunidades de saúde,canais decomunicaçãotelefónica e online
Boas práticas da empresa; estratégia da empresa; Ética e Transparência;celebração de protocolos
Portefólio de serviçosprestados, Inovação
Prestação regular de informaçãoinstitucional (Comunicados institucionais, Relatório Integrado,Relatório de DemonstraçõesFinanceiras, Relatório de QualidadeClínica e Anexo GRI)
Campanhas publicitárias, Prestaçãoregular de informação institucional(Comunicados institucionais,Relatório Integrado, Relatóriode Demonstrações Financeiras,Relatório de Qualidade Clínicae Anexo GRI)
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JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201716
Matriz de Materialidade
A José de Mello Saúde revisitou o seu exercício de materialidade em 2017, identificando temas-chave relevantes e recolhendo informação que permite adequar a estratégia da organização às expetativas das partes consultadas.
Inspirado nas recomendações da Global Reporting Initiative (GRI), o processo de construção da matriz de materialidade da José de Mello Saúde ajuda a fortalecer as relações de confiança e de diálogo com os stakeholders, a quem é pedido que ajudem a identificar, selecionar e priorizar os temas relevantes para a organização.
A consulta aos stakeholders, bem como a análise de benchmarking e das tendências do setor da saúde, permitiram identificar 23 temas materiais, divididos em seis grandes áreas com impacto na cadeia de valor da José de Mello Saúde.
DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS
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Stakeholders Internos
Saúde e Bem-Estar da População SAÚDE
SOCIEDADE
ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA
ECONOMIA
CIÊNCIA
AMBIENTE
Segurança do Doente
Prevenção da Doença
Capacitação do Doente
Desempenho Económico do Grupo
Atendimento das Urgências
Funcionamento em Rede de Unidades
Setor Social e VoluntariadoConsciência Ambiental
Formação dos Cuidadores/ Familia
Parcerias com a Universidade
Plano Integrado ao Longo da Vida
Gestão do RiscoE-Health
Financiamento de Formação Cientifica
Cidadania Empresarial
Atenção ao Colaborador
Conciliação vida pessoal/ vida profissional
Alinhamento com a Investigação Cientifica
Inovação e Investigação Terapêutica
Atenção e Cuidado ao Doente
Tendências Demográficas
Atração e Fixação de Talentos
Stakehold
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RELATÓRIO INTEGRADO 2017 17DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS
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Fornecedores de serviços (imateriais)
Fornecedores de serviços (materiais)
Seguradoras
Banca
Universidades
Comunicação Social e líderes opinião
Associações de Doentes
Outras Associações da Área da Saúde
Setor Social Solidário
Câmaras Municipais
Entidades Públicas do setor da Saúde
Politicos
Grupo José de Mello
Médicos
Enfermeiros
Técnicos de Saúde
Administrativos
Técnicos Superiores
Dirigentes
Auxiliares
Fornecedores de medicamentos, equipamentos e consumíveis
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Caracterização dos StakeholdersPara a análise das expectativas dos stakeholders foram auscultados os seguintes grupos:
• Stakeholders Externos (clientes, fornecedores e sociedade): No que respeita a clientes, foram enviados questionários por correio eletrónico a clientes que visitaram uma unidade CUF no mês anterior. No caso dos fornecedores, foram auscultados os maiores fornecedores por bem/serviço. A nível de contexto social, foi identificado um conjunto entidades/personalidades com relação de antiguidade com a José de Mello Saúde.
• Stakeholders Internos: a Direção de Recursos Humanos fez a seleção dos colaboradores atendendo a dois critérios: o da diversidade (categoria profissional, geográfica, antiguidade na empresa) e o da qualidade (pessoas com funções chave na organização para ajudar a construir um pensamento estruturado sobre Responsabilidade Social Corporativa).
No processo, foram ouvidas 119 pessoas presencialmente e recebidas 300 respostas válidas aos questionários eletrónicos.
Caracterização da Amostra - Número de Participantes por Tipologia
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JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201718
Compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas é constituída por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas. Aprovada em setembro de 2015, foi subscrita por 193 membros, incluindo Portugal.
Considerando que também as empresas devem contribuir para o alcançar destes objetivos, a José de Mello Saúde realizou um exercício de priorização dos ODS, identificando aqueles em que pode ter maior impacto pela própria natureza da sua atividade, e os que podem ser diretamente associados aos temas relevantes identificados pelo stakeholders na construção da matriz de materialidade.
Assim, a José de Mello Saúde acredita que a sua atividade e estratégia podem ter um impacto maior em oito ODS.
Neste relatório, identificamos os capítulos/secções com informação relevante para cada um dos oito ODS. A José de Mello Saúde considera, no entanto, que a sua atividade pode contribuir de forma indireta para outros ODS (para mais informação consulte o Relatório de Sustentabilidade – Anexo GRI).
Em 2018, será realizada uma análise mais extensa do alinhamento da estratégia com os ODS, considerando os riscos/impactos e oportunidades na cadeia de valor da José de Mello Saúde.
GARANTIR O ACESSO À SAÚDE DE QUALIDADE E PROMOVER O BEM-ESTAR PARA TODOS EM TODAS AS IDADES
GARANTIR O ACESSO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA, DE QUALIDADE EQUITATIVA, E PROMOVER OPORTUNIDADES DE APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA PARA TODOS
PROMOVER O CRESCIMENTO ECONÓMICO INCLUSIVO E SUSTENTÁVEL, O EMPREGO PLENO E PRODUTIVO E O TRABALHO DIGNO PARA TODOS
CONSTRUIR INFRAESTRUTURAS RESILIENTES, PROMOVER A INDUSTRIALIZAÇÃO INCLUSIVA E SUSTENTÁVEL E FOMENTAR A INOVAÇÃO
GARANTIR PADRÕES DE CONSUMO E DE PRODUÇÃO SUSTENTÁVEIS
ADOTAR MEDIDAS URGENTES PARA COMBATER AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E OS SEUS IMPACTOS
PROMOVER SOCIEDADES PACÍFICAS E INCLUSIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROPORCIONAR O ACESSO À JUSTIÇA PARA TODOS E CONSTRUIR INSTITUIÇÕES EFICAZES, RESPONSÁVEIS E INCLUSIVAS A TODOS NÍVEIS
REFORÇAR OS MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO E REVITALIZAR A PARCERIA GLOBAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
RELATÓRIO INTEGRADO 2017 19
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201720 MENSAGEM DO PRESIDENTE
Prosseguindo a sua estratégia, a José de Mello Saúde voltou a consolidar, em 2017, a liderança na prestação de cuidados de saúde de excelência em Portugal. Continuamos focados na qualidade e diferenciação clínica, na experiência irrepreensível dos nossos clientes, numa operação eficiente e sustentada, no desenvolvimento humano e numa agenda de crescimento geradora de valor, princípios fundamentais para estarmos ao serviço dos portugueses, afirmando a José de Mello Saúde como parceiro para o desenvolvimento do setor e do país.
Somos o maior player nacional na área da saúde, dispondo de uma rede com ampla cobertura geográfica que foi reforçada em 2017 com a abertura da Clínica CUF S. João da Madeira e aquisição da Clínica Particular de Coimbra, atual Hospital CUF Coimbra. Criámos condições para alargar a nossa atividade a Leiria e Sintra, onde adquirimos terrenos para a construção dos futuros hospitais CUF Leiria e CUF Sintra, este último em substituição da atual Clínica CUF Sintra. Prosseguimos com as obras de expansão do Hospital CUF Descobertas e com a construção do futuro Hospital CUF Tejo, em Lisboa, um investimento superior a 100 milhões de euros, desenhado de raiz para combater e tratar as Doenças do Futuro.
Desde a sua origem, a José de Mello Saúde investe num projeto clínico diferenciador que se materializa, diariamente, na excelência clínica das suas unidades, onde garante uma resposta centrada no doente. Anualmente, sujeitamos à avaliação externa os cuidados de saúde prestados em toda a rede, seja pela apreciação do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), seja pela aplicação de modelos de benchmarking clínico que avaliam por comparação os processos de eficiência e qualidade clínica. Há dois anos colocámos em marcha um projeto de medição de outcomes clínicos, que nos permite evidenciar uma prestação de cuidados de saúde com base em resultados relevantes para o doente. Este projeto evoluiu para um modelo de gestão clínica que assenta na criação de valor na prestação de cuidados de saúde, o Value-Based Healthcare, que assume um papel estratégico para a nossa organização. Nos próximos anos, trabalharemos para continuar a expandir este ciclo de valor, aumentando a monitorização do valor em saúde e apostando no modelo de Value-Based Healthcare que vem contribuir para medir e evidenciar os resultados, colocando a perspetiva do doente no centro da decisão.
MENSAGEM DOPRESIDENTE
Salvador de MelloPresidente do Conselho de Administração
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21MENSAGEM DO PRESIDENTE
gerir em regime de parceria público-privada os Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira, os quais voltaram a apresentar em 2017 excelentes resultados ao nível da qualidade clínica, sendo considerados, respetivamente, o primeiro e o terceiro hospital público nacional com mais classificações máximas no Sistema Nacional de Avaliação em Saúde, da Entidade Reguladora da Saúde. Estamos, por isso, convictos que a gestão em PPP na saúde é um caso de sucesso reconhecido por todas as partes envolvidas, com melhorias de qualidade, melhor acesso aos cuidados de saúde e ganhos de eficiência muito importantes para o Estado português, os quais deverão, no futuro, ser equilibrados entre este e o parceiro privado, garantindo a sustentabilidade do modelo.
Congratulo-me com o trabalho desenvolvido pela organização, em 2017, cada vez mais preparada para enfrentar os desafios que se colocarão nos próximos anos. A José de Mello Saúde está num momento fundamental da sua história, aproximam-se grandes concretizações e uma nova e maior dimensão de ação. Pelo projeto empresarial que construímos e por tudo o que temos conseguido fazer em equipa, estou confiante de que seremos capazes de concretizar os desafios que o futuro trará.
Concretizámos igualmente outros objetivos que nos permitem consolidar o projeto clínico diferenciador da José de Mello Saúde: o Instituto CUF Oncologia assegurou a certificação europeia EUSOMA, como Centro Especializado no tratamento do cancro da mama em Portugal, e vimos o Hospital CUF Infante Santo reconhecido como Centro de Referência Nacional para Implantes Cocleares. O Hospital CUF Viseu tornou-se na primeira unidade privada da zona Centro a receber a certificação ISO 9001 da SGS para todos os seus serviços.
O ano de 2017 trouxe-nos ainda importantes realizações nos restantes pilares estratégicos da atuação da José de Mello Saúde. Continuamos a trabalhar para garantir uma experiência do cliente irrepreensível, o que voltou a ser reconhecido pelos utilizadores, com a CUF a ser mais uma vez “Escolha do Consumidor” na categoria de Saúde & Bem-Estar e a alcançar os prémios “Cinco Estrelas” e “Marca de Confiança”, na categoria de Hospitais Privados. Além disso, reforçámos a aposta num crescente relacionamento digital com o cliente através do lançamento da versão 2.0 da aplicação MyCUF, agora com mais e melhores funcionalidades, simplificando a relação dos clientes com a CUF.
A gestão eficiente e consistente da operação, também um pilar estratégico da José de Mello Saúde, tem garantido uma performance sólida nos últimos exercícios e o ano de 2017 não foi exceção. Os proveitos operacionais chegaram aos 637,7 milhões de euros e o EBITDA foi 72,0 milhões de euros, com crescimentos de 8,8% e 5,3%, respetivamente, resultado também de uma trajetória de crescimento sustentado da sua atividade assistencial nas diferentes áreas de atuação.Mantemos a aposta no talento humano, atraindo, formando e promovendo profissionais de excelência, um desígnio do projeto empresarial da José de Mello Saúde. A título de exemplo, em 2017, lançámos a 1.ª edição do Curso de Gestão para Médicos, criámos a cátedra do Envelhecimento na Nova Medical School, no âmbito Tagus Tank, e voltámos a premiar a investigação atribuindo cinco bolsas de doutoramento em medicina no valor de 100 mil euros, um investimento sem paralelo em Portugal na formação pós-graduada.
Sabemos que uma rede de cuidados de saúde privada extensa e com acessibilidade é importante na complementaridade ao Serviço Nacional de Saúde, o qual será tanto mais eficiente e sustentável quanto maior for a relação entre serviços públicos e privados.A José de Mello Saúde é, aliás, um ator do próprio SNS ao
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201722 INVESTMENT CASE
INVESTMENT CASE
PROJETO CLÍNICO DIFERENCIADOR
EXPERIÊNCIAIRREPREENSÍVEL DO CLIENTE
Distinção da rede CUF, pelo segundo ano consecutivo, com os prémios “Escolha do Consumidor” (categoria Saúde & Bem-Estar), “Cinco Estrelas” e “Marca de Confiança” (categoria de Hospitais Privados);
Notoriedade da marca CUF é superior à dos concorrentes em termos de Top of Mind, Notoriedade Sugerida e Notoriedade Espontânea, segundo estudos realizados em junho de 2017;
Versão 2.0 da aplicação móvel MyCUF, lançada em 2017, com novas e melhores funcionalidades: agendamento de vários atos médicos em simultâneo, acesso a receitas prescritas e informação sobre a farmácia mais próxima;
Otimização do acesso dos clientes CUF às suas unidades sendo possível, por exemplo, realizar Check-In automático e pagamento dos atos médicos através de quiosques digitais.
OPERAÇÃOCONSISTENTE E EFICIENTE
Culminando num esforço de centralização e aplicação de práticas transversais, a José de Mello Saúde foi o primeiro operador em Portugal a implementar uma central de compras. Em 2017, criou a CUF Serviços que inclui as áreas do Cliente, Logística e Operações, facilitando a interligação entre processos corporativos;
Os blocos de cirurgia da José de Mello Saúde são aprovisionados através de soluções de logística avançada;
A José de Mello Saúde implementou u m a n ova a b o rd a g e m a o desenvolvimento de Sistemas de Informação, com base em Agile;
Custo operacional por doente padrão do Hospital de Braga é o mais baixo entre todos os hospitais do Sistema Nacional de Saúde, segundo o benchmarking nacional da ACSS;
O Hospital de Braga foi premiado pelo desenvolvimento, em conjunto com o Hospital Vila Franca de Xira, de um projeto inovador para a racionalização dos consumos energéticos.
Programa de Value Based Healthcare e monitorização do valor em saúde ao nível das patologias: catarata, cancro da mama e osteoartrose do joelho;
Certificação EUSOMA do Instituto CUF Oncologia, criado em 2016, para possibilitar uma abordagem integrada e especializada centrada no doente com cancro e seus familiares;
Certificação de qualidade ISO 9001:2015 no Hospital CUF Viseu e ISO 9001:2008 na Clínica CUF São João da Madeira, ambas obtidas no primeiro ano de atividade das unidades;
Centro Gamma Knife, apetrechado com um equipamento único em Portugal e altamente diferenciador no tratamento de tumores cerebrais, malformações arteriovenosas e metástases;
Renovação da Acreditação Joint Commission International (JCI) no Hospital Vila Franca de Xira;
Reconhecimento pela Entidade Reguladora da Saúde ao Hospital de Braga e Hospital Vila Franca como o melhor e terceiro melhor hospital público nacional, classificados através do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS).
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23INVESTMENT CASE
APOSTA NO TALENTO HUMANO
Com mais de 70 anos de experiência, a José de Mello Saúde pauta a sua atuação por valores como o Respeito pela Dignidade e Bem-estar da Pessoa, Desenvolvimento Humano, Competência e Inovação, os quais norteiam a incessante vontade de ser e fazer melhor;
Manteve a relação de proximidade à Academia através do consórcio Tagus Tank, constituído com a Universidade Nova de Lisboa;
Criou programas de investigação em Medicina e lançou um conjunto de conferências sobre Biodireito, promovidas pela Associação para os Estudos do Biodireito (ABIO), que resultou da parceria com a Faculdade de Direito da Nova;
Pelo quarto ano consecutivo, atribuiu cinco Bolsas de Doutoramento em Medicina, no valor de 100 mil euros, a médicos das unidades da José de Mello Saúde que se encontram a frequentar programas de doutoramento em Faculdades de Medicina.
AGENDA DE CRESCIMENTO GERADORA DE VALOR
A José de Mello Saúde é o maior player nacional na área da saúde, dispondo de uma rede com uma ampla cobertura geográfica;
Continuou a expandir a rede CUF em 2017, com a inauguração da Clínica CUF S. João da Madeira e a compra da Clínica Particular de Coimbra, atual Hospital CUF Coimbra;
Avançou com a construção do futuro Hospital CUF Tejo. Desenhada de raiz para combater e tratar as Doenças do Futuro, esta unidade representa um investimento de mais de 100 milhões de euros;
Trabalha para garantir a adaptação das unidades já existentes aos níveis de procura das diversas regiões (ex.: expansão do Hospital CUF Descobertas).
RELATÓRIO INTEGRADO 2017MODELO DE NEGÓCIO 24
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
MODELO DE NEGÓCIO
A José de Mello Saúde presta cuidados de saúde apoiados em mais de 70 anos de experiência, com base num modelo que
permite diferenciação, através de grandes hospitais que incluem subespecialização em áreas de referência, e conveniência,
através de uma rede de hospitais e clínicas de proximidade.
Ser líder na prestação de cuidados de saúde de qualidade distintiva suportada numa rede integrada de unidades de elevada performance, tanto no setor privado como no setor público, e apresentando opções de crescimento em mercados internacionais selecionados.
A atuação da José de Mello Saúde rege-se por valores como o Respeito pela Dignidade e Bem-Estar da Pessoa, Desenvolvimento Humano, Competência e Inovação.
VISÃO
VALORES
Comunidade Académica e Científica
Associações do Setor
Comunidades locais
Pagadores Fornecedores Colaboradores
Operação Consistente e
Eficiente
Agenda de Crescimento
Geradora de Valor
Aposta no Talento Humano
Pilares Estratégicos
OUTPUTS
Geração de valor para o acionistaA captação de sinergias e uma forte aposta numa gestão eficiente permitiram apurar dividendos no valor de 20,6M€.
Valorização e formação dos profissionaisA remuneração de profissionais ultrapassou os 357M€;
Foram realizadas 133.314 horas de formação, uma média de 16,54 horas por colaborador;
A satisfação dos colaboradores é elevada: 75% estão satisfeitos em trabalhar na empresa, segundo inquérito de satisfação anual.
Qualidade de serviço excecionalEscolha do Consumidor na categoria de Saúde & Bem-Estar;
Marca de Confiança dos Portugueses;
Prémio Cinco Estrelas na categoria de Hospitais Privados.
Performance ambiental de referênciaO Hospital de Braga foi reconhecido com o Prémio EDP Energia Elétrica e Ambiente que distingue boas práticas nos campos da eficiência energética e sustentabilidade ambiental;
Renovação da Certificação Ambiental ISO 14001 dos Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira;
Diminuição das emissões de CO2 de 16,8% em relação a 2016.
Contributo para a geração de conhecimentoRealizaram-se 124 ensaios clínicos e foram atribuídas bolsas de doutoramento em medicina no valor de 100 mil euros;
Investiram-se 1.8M€ em Investigação, Desenvolvimento e Inovação;
485 Médicos realizaram o seu internato médico nas unidades da José de Mello Saúde;
Consórcio com a Universidade Nova de Lisboa que concilia a prática hospitalar com o ensino e a investigação.
Excelência dos serviços clínicosObtenção da certificação EUSOMA do Instituto CUF Oncologia;
Renovada a Acreditação Joint Commission International (JCI) do Hospital Vila Franca de Xira;
Reconhecimento do Hospital CUF Infante Santo como Centro de Referência Nacional para Implantes Cocleares;
O sistema de Gestão de Qualidade de Serviços do Hospital CUF Viseu foi certificado pela SGS ao abrigo da norma ISO 9001:2015.
Acionistas
Entidade Reguladora da
Saúde
Associações Regionais de Saúde
Financiadores
Projeto Clínico Diferenciador
Experiênciado Cliente
Irrepreensivel
Capital FinanceiroGere a atividade procurando a otimização da eficiência na gestão de financiamento e resultados.
INPUTS
Capital HumanoAssegura a valorização e reconhecimento dos 8.058 colaboradores, fomentando a colaboração, competência e rigor.
Capital Tecnológico e ManufaturadoUtiliza recursos tecnológicos tangíveis e intangíveis para a concretização das suas atividades, suportadas em património edificado próprio que inclui 19 unidades de saúde, 1.165 gabinetes, 92 blocos operatórios e 1.543 camas.
Capital Social e RelacionalTrabalha com elementos dos ecossistemas científico e de inovação (Startups e outros), potenciando as suas atividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação, de forma a identificar oportunidades de diferenciação.
Capital NaturalPromove a utilização sustentável de recursos naturais, designadamente energia e água, prevenindo a poluição e fomentando uma correta gestão de resíduos.
Capital IntelectualDesenvolve programas de ensino e formação com o objetivo de atualização permanente dos seus profissionais e da comunidade científica e médica.
Utiliza práticas de gestão geradoras de eficiência, como por exemplo a normalização da utilização de consumíveis entre as unidades e otimização de um sistema de alarmística de faturação.
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RELATÓRIO INTEGRADO 2017ESTRATÉGIA, CONCRETIZAÇÕES E METAS 25
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
ESTRATÉGIA, CONCRETIZAÇÕES E METAS
CONCRETIZADO EM 2017
METAS PARA 2018
PROJETO CLÍNICODIFERENCIADOR
EXPERIÊNCIA IRREPREENSÍVEL DO CLIENTE
OPERAÇÃO CONSISTENTE EFICIENTE
AGENDA DE CRESCIMENTO GERADORA DE VALOR
APOSTA NO TALENTO HUMANO
Performance clínica de excelência consistente em toda a rede, com oferta diferenciada nos Hospitais CUF.
Elevados índices de satisfação em toda a rede, maximizando a aposta no digital como meio para a conveniência e eficácia.
Captura das sinergias de rede, alcançando níveis de eficiência de EBIT em linha com os mais eficientes players do mercado.
Consolidação da posição de liderança do mercado português, aproveitando oportunidades de crescimento geradoras de valor.
Reforço da proposta de valor, atraindo, formando e promovendo profissionais de excelência.
Certificação EUSOMA do Instituto CUF Oncologia;
Reconhecimento do Hospital CUF Infante Santo como Centro de Referência Nacional para Implantes Cocleares;
Aumento do número de patologias com protocolo único e medição sistemática de outcomes clínicos;
Renovação da Acreditação Joint Commission International (JCI) no Hospital Vila Franca de Xira;
Certificação ISO 9001:2015 do Hospital CUF Viseu e ISO 9001:2008 da Clínica CUF São João da Madeira, ambas obtidas no primeiro ano de atividade.
Acreditação da Joint Commission International (JCI) do Hospital CUF Porto;
Value-Based Healthcare: aumento do número de patologias em fase de medição e de implementação.
Preparação da auditoria RGPD (Regulamento Geral sobre Proteção de Dados);
Racionalização (premiada) dos consumos energéticos no Hospital de Braga;
Renovação da Certificação Ambiental ISO 14001 nos Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira.
Centralização do Processo Logístico;
Reorganização dos sistemas core num sistema único de informação para toda a rede, homogeneizando procedimentos e processos;
Manutenção da Certificação Ambiental ISO 14001 nos Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira.
Abertura da Clínica CUF S. João da Madeira;
Aquisição da Clínica Particular de Coimbra, atual Hospital CUF Coimbra;
Continuação da expansão do Hospital CUF Descobertas;
Continuação da construção do futuro Hospital CUF Tejo;
Expansão da Clínica CUF Almada;
Aquisição de terreno em Sintra para a construção do futuro hospital CUF Sintra (em substituição da Clínica CUF Sintra);
Aquisição de terreno em Leiria para a construção do futuro Hospital CUF Leiria;
Aquisição do direito de superfície do Hospital Ortopédico José de Almeida, na Parede, Cascais.
Abertura do novo edifício do Hospital CUF Descobertas;
Abertura do novo Hospital CUF Sintra;
Abertura do novo Hospital CUF Coimbra;
Continuação da construção do futuro Hospital CUF Tejo (Concretizado no primeiro semestre);
Potenciar a interação com o ecossistema de inovação (Startups e outros) para captar oportunidades de diferenciação.
1ª Edição do curso de Gestão para Médicos;
Criação da cátedra do Envelhecimento na Nova Medical School, no âmbito Tagus Tank. Criação de programas de investigação em Medicina;
Atribuição de 100 mil euros em bolsas de doutoramento em medicina.
Lançamento do novo portal de Intranet do grupo, otimizando os meios de comunicação e colaboração entre equipas e profissionais.
Lançamento da versão 2.0 da App MyCUF, com mais e melhores funcionalidades;
Prémios “Escolha do Consumidor” (categoria Saúde & Bem-Estar), “Cinco Estrelas” e “Marca de Confiança” (categoria de Hospitais Privados).
Continuação da aposta num crescente relacionamento digital com o cliente, alavancado na App MyCUF;
Reatribuição de prémios dos consumidores.
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JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201726 INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)
A Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D+I) é um ativo essencial para sustentar uma oferta competitiva, que explore novas soluções geradoras de diferenciação e valor para os clientes e profissionais da José de Mello Saúde.
Partindo dos cinco pilares estratégicos da José de Mello Saúde, são promovidas diversas atividades ao nível do fomento da inovação (incremental, planeada, exploratória e atividade científica) e da formação (Pré e Pós-graduada e eventos clínicos e de educação para a saúde), sendo esta última operacionalizada através da Academia CUF, empresa do grupo José de Mello Saúde responsável pela investigação, formação e ensino nas unidades de saúde de grupo e outras entidades externas que a ela recorram para esse fim.
Inovação, uma missão de todos: A aposta da José de Mello Saúde na disseminação de uma cultura de inovação junto dos colaboradores materializa-se desde 2012 no Programa i9+, que permite que qualquer membro da organização contribua com ideias que melhorem as atividades da empresa ou criem produtos e/ou processos. As propostas devem enquadrar-se nos pilares estratégicos da empresa ou responder a desafios específicos lançados a cada ano. As melhores ideias são reconhecidas no evento anual i9+ Innovation Afterhours, onde os autores apresentam um Elevator Pitch à organização e a um júri que escolherá as três melhores ideias do ano.
2014 101
2015 227
2016 274
2017 346
INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)
Nº de ideias submetidas
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27INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)
substituído por uma lente intraocular que corrige todos os erros refrativos, permitindo ver a três distâncias: perto, médio e longe.
O Hospital Vila Franca de Xira iniciou um projeto destinado a acompanhar de forma articulada e integrada crianças com diabetes nos cuidados de saúde hospitalares, cuidados de saúde primários e escolas. O programa inclui ações de formação e apoio à criança e familiares, bem como ações de formação nas escolas dirigidas aos profissionais que acompanham crianças com diabetes.
Acesso digital em permanente evolução: O serviço MyCUF, criado em 2013, permite uma interação eficaz e conveniente entre os clientes e os serviços administrativos da CUF. Numa área pessoal online, acessível via Web ou mobile (App), os clientes podem aceder com toda a segurança a um conjunto de funcionalidades e informações sobre a sua atividade nas unidades CUF, incluindo a marcação de consultas, receção de resultados de exames, consulta de prescrições e pagamentos. Em 2017 passou a ser possível fazer marcações simultâneas para vários atos no mesmo dia, identificar os médicos favoritos, saber em tempo real os tempos de espera no Atendimento Permanente das várias unidades e/ou consultar farmácias de serviço.
Fomento do empreendedorismo na área da saúde: Em 2017, foi lançado o programa Grow. Transversal a todas as participadas do Grupo José de Mello, o Grow foca-se nas áreas de Mobilidade, Saúde e Químicos. Com o objetivo de proporcionar a um conjunto selecionado de startups acesso ao conhecimento, experiência e infraestruturas do Grupo e respetivas empresas, o Grow permite o desenvolvimento de projetos-piloto conjuntos, bem como o teste e adaptação de produtos e serviços em ambiente real de mercado.
Em paralelo, a criação de uma Bolsa de Mentores propicia às startups um acompanhamento sistemático por pessoas com elevada experiência e competência nas áreas da gestão empresarial e/ou na sua área de especialização. As startups são escolhidas com base na sua capacidade de responder a desafios e áreas prioritárias de desenvolvimento das organizações do grupo, considerando os respetivos pilares estratégicos.
Em 2017, exploraram-se três questões: “como ir ao encontro das necessidades do doente crónico?”, “como aumentar a personalização dos cuidados de saúde?” e “como aumentar a eficiência da gestão de tarefas nas Unidades?”. A ideia vencedora propôs a criação de um “Canal online do cliente pós-cirúrgico”, o qual permitirá a comunicação direta entre o paciente pós-cirúrgico e a equipa de enfermagem de cirurgia, apoiando o paciente durante o período de recuperação. A mesma será implementada em 2018.
Inovação contínua nas Unidades: Atendendo às necessidades específicas do dia a dia de cada unidade da José de Mello Saúde, concretizaram-se ao longo do ano inúmeros projetos de inovação promovidos diretamente pelas equipas clínicas. Destes, destaque para cinco projetos lançados em 2017:
No Hospital CUF Descobertas foi criado um grupo de cirurgia de epilepsia que aborda todo o processo de forma integrada e multidisciplinar com monitorização avançada do paciente. Em regime de internamento, o paciente permanece em constante supervisão, registando-se de forma contínua a atividade elétrica cerebral e o comportamento através de vídeo de alta definição.
O Hospital CUF Infante Santo estabeleceu um protocolo de colaboração com a Hemocircuitos, Lda., visando a criação de um centro de excelência com capacidade de implementação de Extracorporeal life support (ECLS) nas suas múltiplas vertentes. O centro terá capacidade de resgate interinstitucional de doentes candidatos a técnicas de ECLS, com tempo de resposta inferior a 12 horas, numa lógica de referenciação à escala nacional. Existindo já dois polos de referenciação para suporte ECLS dentro do SNS, este terceiro centro pretende ser opção no sistema privado de saúde nacional.
No Instituto CUF Porto foram desenvolvidos programas intensivos online de treino cognitivo para doentes com perda de memória e outros problemas cognitivos. Estes programas, criados em articulação com a empresa Neuroinova, serão complementados por sessões presenciais e de grupo e preveem a constante supervisão dos doentes por profissionais altamente especializados.
No Hospital CUF Porto foi instituída, pela primeira vez em Portugal, a mais recente tecnologia oftalmológica para tratar as cataratas. Na Cirurgia de Catarata com implantação de lente Trifocal o cristalino afetado é
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201728 INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)
Através do Grow Health, vertente do programa reservada à área da saúde, a José de Mello Saúde realizou o levantamento de 280 startups. A análise detalhada de 137 startups deu lugar a sete sessões de mentoring e seis projetos-piloto, com destaque para a Nutrium e a Sword, que desenvolveram pilotos em unidades da José de Mello Saúde. A Nutrium desenvolveu um software que simplifica as tarefas diárias dos nutricionistas. Complementado por uma aplicação móvel que apoia e motiva os pacientes na execução do seu plano alimentar, o software permite o apoio médico à distância. Já a Sword Health criou uma solução que possibilita a realização de exercícios de fisioterapia de forma autónoma, com apoio de um conjunto de sensores colocados na parte do corpo em recuperação e de um tablet que fornece, em tempo real, o plano de exercícios. O projeto da Nutrim é enquadrado pelo pilar estratégico Operação Eficiente e Consistente e os dois contribuem para uma Experiência Irrepreensível do Cliente.
Sendo uma alavanca na mudança de paradigma dentro da organização, o Grow revela-se essencial para guiar a estratégia de inovação da José de Mello Saúde segundo as tendências atuais, abrindo o Grupo aos novos players nacionais e internacionais. Além disso, o Grow reforçou a proximidade da José de Mello Saúde ao ecossistema de startups, nomeadamente nas áreas de saúde e bem-estar, através da presença em múltiplos eventos da comunidade de empreendedorismo e inovação (Health Cluster Portugal, Lisbon Investment Summit, Scale Up Porto, Web Summit, GIANT Health Event, por exemplo) e da comunidade académica, designadamente por via das iniciativas promovidas pela Católica Lisbon School of Business and Economics, Instituto Superior Técnico, MIT Portugal e Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Em 2017 foram ainda desenvolvidas parcerias com a Bright Pixel, Impact Hub e Microsoft, levando ao lançamento de desafios em programas de aceleração e hackathons.
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O número de alunos de medicina que passaram pelas suas unidades foi de 2.084:
Ao nível da Formação Pós-Graduada, a José de Mello Saúde recebeu 485 médicos internos, distribuídos da seguinte forma:
Investimento contínuo em formação, investigação e desenvolvimento: A atividade formativa da José de Mello Saúde está centralizada na Academia CUF, constituída para valorizar e reforçar o conhecimento e competências dos profissionais de saúde do Grupo. Assente em princípios de rigor e ética e nos mais elevados padrões de qualidade e conhecimento, a Academia CUF posiciona-se como Centro de Referência no setor da saúde e desenvolve a sua atividade junto de players nacionais e internacionais.
Em parceria com as principais instituições universitárias, a Academia CUF promove eventos formativos e científicos com vista à permanente partilha, atualização e inovação da comunidade médica e científica. No âmbito da Formação Pré-graduada, em 2017, a José de Mello Saúde recebeu 3.170 estagiários:
Grupo Profissional
Alunos de Medicina
Internos do Ano Comum
Internos da Especialidade
Internos Valências
Total
922
0
14
0
14
1.162
101
221
149
471
2.084
101
235
149
485
CUF
CUF
PPP
PPP
Nº de Alunos Medicina na JMS
Nº de Internos
Grupo Profissional
Alunos de Medicinae Médicos
9 313 322
Outros GruposOperacionais
Total
1 2Assistente Técnico/ Administrativo
Estágios Médicos
PECLICUF
Técnico Diagnóstico Terapêutico (TDT’s)
Técnico Superior de Saúde
AAM/AO
Enfermagem
Outros Estágios
78 0
27 196
52 41
181 395
684 843
63 285
1.095 2.075
3
78
223
93
576
1.527
348
3.170
CUF PPP Nº de Estagiários na JMS
INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201730 INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)
Ao nível das soft skills, a José de Mello Saúde manteve uma forte aposta no movimento Cuidar Mais, trabalhando as competências de comunicação e empatia com todos os seus grupos profissionais:
Ao longo do ano, cerca de 17 mil pessoas participaram nos 378 eventos promovidos pela Academia CUF, incluindo Eventos Clínicos, Sessões Mais Saber e Eventos de Educação para a Saúde.
Encarando o relacionamento com a Academia e a comunidade científica como um meio indispensável de geração e partilha de conhecimento, a José de Mello Saúde tem 39 parcerias com diversas entidades de I&D+I. No mesmo sentido, foram atribuídas, pelo quarto ano consecutivo, cinco bolsas de doutoramento em medicina no valor de 100 mil euros, constituindo este investimento em investigação um caso ímpar em Portugal.
Nº de Eventos
Nº de Eventos
Nº de Eventos
Nº de Eventos
Nº de Participantes
Nº de Participantes
Nº de Participantes
Nº de Participantes
76
131
121
328
6.028
0
3.752
11.809
24
0
26
50
2.269
0
2.753
5.022
100
131
147
378
8.297
0
6.505
16.831
CUF PPP TotalEventos Clínicos
Mais Saber
Educação para a Saúde
Total
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Os ensaios clínicos da José de Mello Saúde tiveram início em 2011, tendo apresentado um crescimento progressivo e sustentado ao longo dos últimos sete anos. A existência de um Departamento Jurídico Central e de uma Comissão de Ética em cada unidade permite que o Núcleo de Investigação da Academia CUF apresente prazos de aprovação muito competitivos.
26
32
8
7
71
104
24
2
97
136
32
9
Total CUF Total PPP Total
Ensaios Clínicos
Ensaios Clínicos
Estudos Observacionais
Estudos Observacionais
Ongoing
Feasibility
Acolhimento a Novos Colaboradores
Integração
Cuidar + | FOCUS
Cuidar + | Train the Trainers (Médicos e Enfermeiros)
Cuidar + | Líder Care
Outras formações obrigatórias (Triagem Manchester e Peri-operatório)
Total
474
307
42
68
3.318
349
677
16
0
0
14
2.637
823
2.441
323
216
42
82
5.955
CUF PPP Nº de Colaboradores JMS
1.764
216
Gazeta Médica: 4 edições
Livro “Angiologia e Cirurgia Vascular” do Dr. Armando Mansilha
Processo de Indexação no SCIELO e DOAJ
Financiado pelo Programa Active and Assisted Living (AAL), o Clockwork tem como objetivo criar um sistema de suporte e melhoria das condições de vida dos trabalhadores por turno. Com recurso a dispositivos móveis, sensores e sistemas inteligentes de iluminação, o projeto pretende reunir parâmetros da vida diária e profissional dos trabalhadores, propondo ajustes na iluminação e apoiando a autorreflexão e auto-consciencialização dos mesmos. O projeto conta ainda com um segundo parceiro português, a Fraunhofer Portugal, e parceiros de Espanha, Itália e Hungria.
20 atribuídas desde 2014
97 ensaios clínicos em curso
32 estudos observacionais em curso
PUBLICAÇÕESCIENTIFICAS
CONSÓRCIOS DE I&D
BOLSAS DE DOUTORAMENTO EM MEDICINA
ENSAIOS CLÍNICOS
INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (I&D+I)
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201732 GESTÃO DE RISCO, PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS
A política de gestão de risco da José de Mello Saúde tem por base a metodologia Internacional COSO (Committee of Sponsoring Organisations of the Treadway Commission). Aos riscos agrupados segundo as quatro categorias ali definidas é acrescentado o risco clínico, específico da atividade de prestador de cuidados de saúde. Através desta política estabelece-se uma estratégia integrada e efetiva da gestão de risco, garantindo o reconhecimento dos riscos e oportunidades associados às operações da organização.
A identificação dos riscos permite desenvolver ações que minimizem os impactos negativos de eventuais evoluções desfavoráveis dos fatores subjacentes a estes riscos na estrutura financeira e sustentabilidade da José de Mello Saúde. A política de gestão de risco permite ainda maximizar os efeitos das oportunidades identificadas.
Por deliberação do Conselho de Administração foi constituída, em fevereiro de 2017, a Comissão de Auditoria e Gestão de Risco.
Atualmente está em curso um processo de risk (re)assessement, que deverá estar concluído em 2018. Desenvolvido pelas áreas de negócio, com o patrocínio da Comissão Executiva, este exercício tem como objetivos: (i) atualizar a matriz de riscos, (ii) identificar e quantificar eventuais impactos, e (iii) reforçar a ligação explícita às estratégias de mitigação.
GESTÃO DE RISCO, PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS
ENVOLVENTE EXTERNA
ENVOLVENTE INTERNA
Parcerias Público-privadas Concorrência Leis e Regulamentos
Prestação de CuidadosAdmissão
Clínico
Liquidez, financiamento e taxas de juros
Segurança de informaçãodisponibilidade dos sistemas de
informação
Inovação Reconhecimento do Rédito
Alta
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RELATÓRIO INTEGRADO 2017
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33GESTÃO DE RISCO, PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS
Referência
Risco
1
3
5
2
4
Estratégia
Operacional
Compliance
Risco de não cumprimento de alterações legislativas e regulatórias aplicáveis à José de Mello Saúde e/ou de políticas internas, pode resultar em perdas, multas e danos de reputação.
A inovação, em particular no mercado da saúde, dita o sucesso das organizações. A incapacidade de acompanhar o ritmo da inovação pode ter impactos negativos para a José de Mello Saúde, quer ao nível da qualidade clínica, quer ao nível do portefólio de serviços prestados.
Existem diversos fatores operacionais dos quais podem resultar excessos ou insuficiências ao nível do reconhecimento do rédito.
Monitorização pela Direção Jurídica das alterações legislativas e regulatórias e comunicação aos responsáveis operacionais das áreas impactadas, com recurso a peritos externos sempre que necessário;
Estratégias de relacionamento com os stakeholders;
Supervisão pela Comissão Executiva e pelo Conselho de Administração.
Constituição do Departamento da Inovação, integrado na Direção do Planeamento e Controlo de Gestão, visando:
Promover a inovação de forma transversal;
Coordenar e implementar iniciativas estratégicas com impacto a curto, médio e longo prazo, tendo em vista a criação de valor para a José de Mello Saúde e para os stakeholders;
Criação do programa I9+ para captação e implementação de ideias inovadoras. O I9+ prevê a apresentação de ideias pelos colaboradores da José de Mello Saúde numa plataforma própria. As ideias, cuja viabilidade será avaliada, devem enquadrar-se nos pilares estratégicos da empresa;
Estabelecimento de acordos de cooperação com as principais universidades portuguesas, em particular nas áreas da Medicina e Ciências da Saúde, tendo em vista a criação de valor através da maximização de sinergias;
Criação do Programa Grow de apoio a startups, com o objetivo de reforçar a ligação ao ecossistema de inovação e empreendedorismo, apoiando e acelerando o desenvolvimento de projetos inovadores nas áreas de saúde e bem-estar, através do acesso ao conhecimento, experiência e infraestruturas únicas da José de Mello Saúde.
Constituição da Direção de Business Assurance, atualmente integrada na Direção de Operações, cujos principais objetivos consistem em: Monitorização das operações, ao nível da transação (utilização de software de alarmísticas);
Avaliação, desenho e controlo sobre a implementação de procedimentos de faturação e registo, com o apoio da Direção Comercial, que avalia o adequado enquadramento das disposições contratuais em vigor com as entidades financeiras responsáveis (seguradoras e subsistemas), bem como outros impactos relevantes na relação com particulares.
1
5
1
2
3
3
Clínico
Financeiro
Riscos associados ao processo de decisão / informação estratégica
Riscos associados às infra-estruturas e processos de suporte à operação
Riscos associados ao não cumprimento de normas estatutárias, legais, fiscais, cidadania, ética e políticas e procedimentos da José de Mello Saúde
Riscos associados aos processos assistenciais (todas as atividades que concorrem direta/indiretamente para o ato clínico)
Riscos associados à gestão de recursos financeiros, balanço, reporting financeiro/fiscal, impostos e seguros
Categoria
Descrição
Descrição
Estratégias de Mitigação Categoria
Legal e Regulatório
Inovação
Reconhecimento de rédito
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201734
Risco
A prestação de cuidados de saúde, de acordo com as melhores práticas, a excelência tecnológica, e a mais recente e comprovada evolução científica na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença revestem-se de um grau cada vez maior de complexidade e por tal de um maior risco de causar danos. Danos cujo resultado clínico se desvia do planeado, podendo prolongar a hospitalização e afetar transitória ou permanentemente o estado funcional do doente.
Em contexto hospitalar o risco de deterioração do estado do doente, incluindo o risco de paragem cardiorrespiratória é real quer para o doente internado quer para o doente em ambulatório. O reconhecimento de uma situação de paragem cardiorrespiratória, o início imediato de suporte básico de vida e, quando indicada, a rápida desfibrilhação diminui significativamente o risco de morbilidade e mortalidade associada.
As infeções associadas aos cuidados de saúde são um risco presente na atividade sobre o qual existe a máxima vigilância no sentido da prevenção e tratamento adequado.
A possibilidade de situações críticas como epidemias, catástrofes e acidentes multivítima são riscos dimensionados tendo em conta a tipologia, caraterísticas e localização de cada unidade.
Constituição do Programa Segurança na Saúde;
Consolidação da implementação do programa nacional para a segurança do doente 2015-2020;
Avaliação da cultura de segurança do doente nos hospitais segundo a norma 025/2013 DGS;
Promoção do sistema de notificação de eventos adversos;
Retificação de processos com base em quase-incidentes;
Análise de causa raiz dos eventos adversos com dano;
Avaliação de risco de processos major (HFMEA);
Monitorização de indicadores clínicos de processo e resultados;
Reuniões de morbilidade e mortalidade.
Implementação da escala de alerta precoce adulto e pediátrico;
Formação de todos os colaboradores em suporte básico de vida;
Equipa de emergência interna com formação em suporte avançado de vida adulto e pediátrico que assegura desfibrilhação em 3-5 minutos após colapso quer em contexto de internamento, quer em ambulatório, incluindo não só os doentes como acompanhantes, visitas e colaboradores.
Constituição dos Grupos de Coordenação Locais do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos;
Vigilância epidemiológica;
Monitorização das precauções básicas do controlo de infeção e das precauções baseadas nas vias de transmissão;
Implementação das bundles de prevenção de infeção associadas a dispositivos médicos;
Promoção do uso correto dos antimicrobianos.
Protocolo de gestão de surto e epidemias;
Plano de emergência interno e externo;
Realização de simulacros;
Formação das equipas.
2
Descrição Categoria
Clínico
Estratégias de Mitigação
GESTÃO DE RISCO, PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS
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Risco
A informação e segurança dos dados são fatores críticos de sucesso. Os riscos, incluindo de ciber attacks, estão relacionados com o acesso indevido aos sistemas de informação e a integridade e confidencialidade dos dados. A violação dos sistemas de informação, bem como outros fatores, pode levar à indisponibilidade dos mesmos, o que poderá impedir a sua utilização e interromper o curso normal das operações.
A José de Mello Saúde gere em regime de PPP os Hospitais de Braga e de Vila Franca de Xira, cujos contratos terminam em 2019 e 2021, respetivamente. A renovação daqueles contratos depende da vontade de terceiros e das condições contratuais que venham a ser negociadas.
A gestão inadequada das necessidades de tesouraria, a impossibilidade de aceder a financiamento externo e a exposição a taxas de juro variáveis, podem resultar na incapacidade em assegurar os compromissos assumidos com terceiros.
A pressão e incerteza gerada pelos concorrentes já no mercado e pelos que possam surgir, com estratégias próprias de abordagem ao mercado.
Controlos de gestão de acessos;
Definição de processos de gestão de desenvolvimentos / mudança;
Monitorização do cumprimento de “Service level agreements” acordados com terceiros;
Monitorização e supervisão;
Equipas de gestão de projetos com experiência;
Implementação da política de Continuidade do Negócio e de Disaster Recovery;
Implementação de um programa de adequação ao Regulamento Geral da Proteção de Dados.
Desenvolvimento de uma cultura de excelência clínica, através da definição dos processos necessários que permitam assegurar a prestação de cuidados de saúde de qualidade superior;
Monitorização permanente pela gestão com foco na maximização da eficiência da operação;
Avaliação criteriosa dos impactos da decisão;
Estratégias de relacionamento com os stakeholders.
Acompanhamento permanente das previsões de tesouraria, através de uma gestão ativa do business plan, que permite mapear exaustivamente as necessidades ou excedentes de tesouraria a curto, médio e longo prazo;
Relação permanente com os parceiros financeiros;
Seleção das estratégias adequadas a cada área de negócio com o objetivo de assegurar que a exposição a taxas de juro variáveis não afeta negativamente a respetiva capacidade operacional;
Contratação de instrumentos financeiros derivados por forma a cobrir os riscos de variação de taxas de juro;
Diversificação das fontes de financiamento.
Planeamento estratégico;
Monitorização proativa do mercado;
Desenvolvimento de uma cultura de excelência clínica, através da definição dos processos necessários que permitam assegurar a prestação de cuidados de saúde de qualidade superior;
Monitorização permanente da operação com o objetivo de maximizar os níveis de eficiência da mesma.
3
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4
4
1
Descrição Estratégias de Mitigação Categoria
Segurança da informação e disponibilidade dos sistemas de informação
Parcerias Público-Privadas
Liquidez, financiamento e taxas de juro
Concorrência
GESTÃO DE RISCO, PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201736
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37DESEMPENHO
DESEMPENHO
Desempenho Económico
Desempenho OperacionalSumário executivoO exercício de 2017 caracterizou-se por um desempenho operacional e financeiro muito relevante com destaque para os seguintes factos:
Os proveitos operacionais atingiram um valor de 637,4 milhões de euros, um crescimento de 8,7% em relação a 2016. Na atividade privada registámos um crescimento de 9,9% relativamente ao ano anterior totalizando 408 milhões de euros. No setor público os proveitos operacionais foram de 227 milhões de euros, crescendo 4,4% quando comparando com o ano anterior;
O EBITDA foi de 72,0 milhões de euros, um crescimento de 5,3% em relação a 2016, resultado do crescimento da atividade assistencial;
O EBITDA da atividade privada cresceu de 56,6 milhões de euros para 61,5 milhões de euros;
No setor público, apesar do crescimento nos proveitos operacionais, o EBITDA diminuiu 1,5 milhões, para um valor de 7,8 milhões de euros. A margem EBITDA foi de 3,4%, uma diminuição de 0.8 p.p.;
O resultado líquido consolidado foi de 22,8 milhões de euros, um decréscimo de 1,1 milhões de euros em relação a 2016; O ativo total aumentou 242,5 milhões de euros (+48,2%) face ao final de 2016, consequência do incremento do ativo fixo tangível (+188,6 milhões de euros);
O investimento consolidado da José de Mello Saúde foi de 203 milhões de euros;
A 31 de dezembro de 2017 a dívida líquida financeira1 situava-se em 338,6 milhões de euros, resultando num rácio de dívida líquida sobre EBITDA de 4,7 vezes.
Indicadores Assistenciais da José de Mello Saúde
Consultas 2.434,12.208,6 10,2%
Urgências 658,2638,2 3,1%
Doentes Operados
Dias de Internamento
92,886,3 7,5%
Doentes Saídos
Partos
75,273,8
470,0461,7
7,87,8
2,0%
1,8%
0,9%
20172016* Var %(milhares)
Não inclui Doentes Saídos das UCIP*Valores pró-forma com base na atual metodologia de contabilização da atividade.
13Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equiva-lentes e Outros Instrumentos Financeiros
No ano de 2017 a José de Mello Saúde manteve uma trajetória de crescimento sustentado da sua atividade assistencial nas diferentes áreas de atuação. Foram registadas mais de 2,4 milhões de consultas (aumento de 10,2% face a 2016) e operados cerca de 92,8 mil doentes (+7,5% que no homólogo), tendo-se registado aproximadamente 75,2 mil doentes saídos do internamento (+2% que no ano anterior). Verificou-se, ainda, um ligeiro aumento nos partos realizados nas unidades da José de Mello Saúde, tendo sido este aumento de 0,9% relativamente ao ano anterior.
Nos hospitais geridos em regime de parceria público-privada registaram-se cerca de 596 mil consultas (+3,4% face a 2016), operaram-se 39,9 mil doentes (+4,0%). O número de doentes saídos do internamento recuou 2% para os 39,2 mil .
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201738 DESEMPENHO
Resultados consolidados
Demonstração dos Resultados
Proveitos Operacionais
EBITDAR
EBITDA**
EBIT
EBT
Resultado Líquido
Resultado Líquido Atribuível aos Acionistas da JMS
Custos operacionais*
Margem EBITDAR
Margem EBITDA
Margem EBIT
Amortizações e Provisões
Resultados Financeiros
Impostos
Resultado Líquido Atribuível aos Interesses que não Controlam
637,4
83,8
72,0
42,6
32,1
23,3
22,8
586,3
79,4
68,4
41,5
32,6
24,2
23,9
8,7%
5,6%
5,3%
2,5%
-1,7%
-3,8%
-4,6%
51,2
4,4
3,6
1,1
-0,5
-0,9
-1,1
(565,4)
13,2%
11,3%
6,7%
(29,4)
(10,5)
(8,8)
0,5
(517,9)
13,5%
11,7%
7,1%
(26,8)
(8,9)
(8,4)
0,3
-9,2%
-9,6%
-18,0%
-4,3%
67,1%
(47,5)
-0,4%
-0,4%
-0,4%
(2,6)
(1,6)
(0,4)
0,2
20172016 Var. %Var.(Milhões de Euros)
*Total menos Amortizações e Provisões** Resultados Operacionais mais Amortizações e Provisões
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Os proveitos operacionais da José de Mello Saúde atingiram os 637,4 milhões de euros, mais 8,7% do que no período homólogo, na sequência do bom desempenho em todas as áreas de atuação da atividade assistencial. Os custos operacionais foram de 565,7 milhões de euros, mais 9,2% do que no ano anterior, em grande parte justificado pelo aumento em 10% do custo com pessoal e honorários.
Fruto deste crescimento nos proveitos operacionais, sobretudo no sector privado, o EBITDA e o EBIT atingiram valores de 72,0 milhões de euros (+5,3% face a 2016) e 42,6 milhões de euros (+2,5% em relação ao ano anterior), respetivamente. Contudo, verificou-se uma redução das margens EBITDA (-0,4p.p.) e EBIT (-0,4p.p.), uma vez que o aumento dos proveitos operacionais não compensou, ainda, o aumento da estrutura de custos fixos, em resultado da abertura de novas unidades nos últimos dois anos (Hospital CUF Viseu e Clínica CUF Almada em 2016 e Clínica CUF São João da Madeira em 2017).
CUFOs proveitos operacionais das unidades CUF totalizaram 408,4 milhões de euros (+9,9% que em 2016), resultado do crescimento em todas as áreas da atividade assistencial, tendo o EBITDA atingido um valor de 61,5 milhões de euros e a margem de EBITDA decrescido 0,6p.p., situando-se em 14,8%.
Parcerias Público-PrivadasO Hospital de Vila Franca de Xira manteve o seu desempenho operacional positivo, com um crescimento de 1,6% nos proveitos operacionais, face a 2016. Contudo, o EBITDA decresceu 1,4 milhões de euros bem como a sua margem de EBITDA, que em 2017 foi de 7,4% (-2,3p.p. face a 2016).
Os proveitos operacionais do Hospital de Braga atingiram os 161 milhões de euros (+5,6% face a 2016) e a sua margem de EBITDA desceu para 1,8% (-0,1p.p. face a 2016). O ano de 2017 foi o segundo ano consecutivo em que o Hospital de Braga apresentou um resultado negativo na ordem dos 4 milhões de euros. Esta situação deriva da não revalidação pela ARS Norte dos programas de financiamento vertical de HIV e Esclerose Múltipla, num valor aproximado de 7,5 milhões de euros por ano. Foi cautelarmente interposto no final do ano de 2016 um Pedido de Reequilíbrio Financeiro para o efeito da cláusula 127ª, nº9, alínea b), do Contrato de Gestão, com vista a que se inicie um processo de arbitragem para resolução deste litígio. A José de Mello Saúde considera muito provável o resultado favorável à Escala Braga deste processo arbitral estimando este ativo contingente no valor de 15 milhões de euros.
Resultados Financeiros
Resultados Financeiros Consolidados (10,5)(8,9) -18,0%
Proveitos Financeiros 1,00,5 83,2%
Proveitos/ Custos relatórios Ativos Financeiros 0,70,7 10,7%
Custos Financeiros (12,2)(10,1) -20,9%
20172016* Var %(Milhões de Euros)
Como reflexo do forte investimento ocorrido durante o ano de 2017, e consequente aumento dos custos financeiros, os resultados financeiros foram negativos em 10,5 milhões de euros (um agravamento 1,6 milhões face a 2016).
Desta forma, o resultado líquido da José de Mello Saúde foi de 22,8 milhões de euros, um decréscimo anual de 1,1 milhões de euros (-4,6%), face a 2016.
DESEMPENHO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201740
InvestimentoO total de investimento realizado em 2017 foi de 203 milhões de euros. O investimento mais relevante ascendeu a 143 milhões de euros e deveu-se à aquisição dos imóveis explorados pela José de Mello Saúde, pertencentes ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial. Para além disso, foram ainda investidos 16 milhões de euros na aquisição de quatro sociedades que prestam cuidados de saúde nas regiões de Almada, São João da Madeira e Coimbra, e numa outra sociedade detentora de um imóvel na região de Sintra.
O investimento de expansão, quer em termos orgânicos com as obras de expansão do Hospital CUF Descobertas, Hospital CUF Torres Vedras e Hospital CUF Santarém, quer em termos geográficos com a abertura da Clínica CUF Almada e da construção do Hospital CUF Tejo, totalizou 31 milhões de euros.
O investimento recorrente, maioritariamente de reposição e atualização tecnológica, atingiu os 13 milhões de euros (+0,9 milhões de euros face a 2016).
Situação Financeira
Ativo Fixo
Ativo Corrente
Ativo Total
452.5
292,9
745,4
43,9
14,2
13,4
122,9
378,4
3,3
16,7
0,2
47,7
0,8
35,3
8,3
52,7
3,8
3,7
252,5
250,4
502,9
33,4
11,3
12,9
95,4
189,8
5,1
13,5
0,2
16,1
0,5
48,7
8,3
60,4
4,3
3,2
200,0
42,5
242,5
10,5
3,0
0,5
27,5
188,6
-1,8
3,2
0,1
31,6
0,3
-13,3
0,0
-7,7
-0,5
0,6
20172016 Var. %(Milhões de Euros)
Goodwill
Existências
Intangível
Clientes
Tangível
Outros Devedores e Credores
Estado
Outros Investimentos
Outros Instrumentos Financeiros
Impostos Diferidos Ativos
Investimento em Associadas
Caixa e Equivalentes
Outros Activos de MLP
Outros Ativos Corentes e Não Correntes
Ativos Detidos para Venda
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Passivo Total
Capital Próprio
Passivo Financeiro
92,4
653,0
53,0
26,5
22,8
-14,1
4,2
421,6
351,6
70,0
81,7
421,2
53,0
12,2
23,9
-11,4
4,0
219,6
150,0
69,6
10,8
231,8
0,0
14,3
-1,1
-2,7
0,3
202,0
201,6
0,4
20172016 Var. %(Milhões de Euros)
Capital + Prestações Acessórias
Resultados Transitados + Reservas
Resultado Líquido
Dividendos Antecipados
Leasings
Interesses Minoritários
Empréstimos
Passivo Não Financeiro
Passivo + CP
231,4
745,4
1,4
12,3
94,5
10,8
22,0
11,7
78,7
201,6
502,9
1,5
14,0
87,5
8,5
19,3
2,9
67,9
29,8
242,5
-0,1
-1,8
7,0
2,3
2,7
8,9
10,8
Fundo de Pensões
Provisões
Fornecedores
Outros Devedores e Credores
Impostos Diferidos Passivos
Estado
Outros Passivos Correntes e Não Correntes
O ativo total aumentou 242,5 milhões de euros (+48,2%) face ao final de 2016, atingindo os 745,4 milhões de euros no final de 2017. Esta variação ficou-se a dever em grande medida ao incremento do ativo fixo tangível (+188,6 milhões de euros), fruto da continuação das diversas obras de expansão e da aquisição de imóveis que pertenciam ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial, nomeadamente os imóveis explorados pelo Hospital CUF Porto, Instituto CUF Porto, Clínica CUF Belém, Hospital CUF Cascais e Hospital CUF Torres Vedras.
A decisão de adquirir os imóveis foi tomada num contexto de oportunidade e de antecipação:
São imóveis estratégicos para a José de Mello Saúde, pelo que o controle da sua propriedade é um fator relevante;
Os fundos detentores dos imóveis referidos entraram em processo de liquidação;
A manutenção das taxas de juro em mínimos históricos permitiu a contratação de financiamentos em condições competitivas, que possibilitam uma poupança em termos de custos (amortizações e encargos financeiros face às rendas anteriormente contratadas) e de fluxos de caixa (encargos financeiros e serviço da dívida face às rendas anteriormente contratadas);
A aplicação obrigatória da IFRS 16 em janeiro de 2019, implica o reconhecimento das locações operacionais em balanço, registando no ativo o direito de uso e no passivo as responsabilidades subjacentes. Com a aquisição dos imóveis, foi possível antecipar o que seria a estrutura de balanço a partir de 2019.
DESEMPENHO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201742
Sustentabilidade Financeira
Envolvente Externa e Interna
Outros
PPC
Leasings Financeiros
MLP
Obrigações
Obrigações
Outros
PPC
MLP
Leasings Financeiros
2,1%
10,9%
31,6%
10,0%
45,4%
35,6%
0,2%
11,5%
36,1%
16,6%
2016 2017
A José de Mello Saúde fechou o ano de 2017 com um aumento do capital próprio de cerca de 10,8 milhões de euros, face a 2016, para 92,4 milhões de euros.
A 31 de dezembro de 2017, a dívida líquida financeira14 situava-se em 338,6 milhões de euros, mais 183,7 milhões de euros face ao final do ano anterior, refletindo o investimento feito durante 2017.
A José de Mello Saúde manteve, em 2017, como um dos seus eixos estratégicos, o desenvolvimento de uma política de sustentabilidade financeira e estrutura de capital sólida, adequada à sua estratégia de crescimento. Esta política tem passado nos últimos anos por uma gestão ativa do seu perfil de dívida, quer no que concerne à diversificação das suas fontes de financiamento, quer no que respeita ao prolongamento dos prazos de maturidade da mesma.
Fruto desta política e da sua posição financeira sólida, a José de Mello Saúde tem sido capaz de aceder a meios de financiamento variados, terminando o ano de 2017 com um peso semelhante de financiamentos bancários (MLP) e empréstimos obrigacionistas realizados em mercado de capitais no mix da dívida financeira bruta.
14Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros
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421,6
338,6
4,08
2,77%
219,6
154,9
3,04
3,18%
20172016(Milhões de Euros)
Dívida Financeira Bruta
Dívida Financeira Líquida*
Maturidade Média (anos)**
Spread Médio
*Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros. **Excluindo leasings.
1Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros.
Em 2017 a José de Mello Saúde foi capaz de reduzir, mais uma vez, o spread médio dos seus financiamentos e, por outro lado, alargar a maturidade média dos mesmos.
Apesar de, em 2017, a José de Mello Saúde ter apresentado um exercício consistente em termos financeiros, a evolução dos rácios traduz o esforço de investimento nas diversas obras de expansão e na aquisição dos imóveis durante o ano. Por esse motivo, e mesmo considerando o incremento do EBITDA, verifica-se um crescimento do rácio de Dívida Líquida/EBITDA para 4,7x. A José de Mello Saúde tem incluída a obrigação de cumprimento do rácio Dívida Líquida/EBITDA em níveis inferiores a 6x nos empréstimos obrigacionistas colocados nos mercados financeiros. Em 31 de dezembro de 2017 a José de Mello Saúde, S.A. cumpria os covenants financeiros em todos os empréstimos por obrigações.
Principais Rácios Financeiros
12,4%
14,2%
4,7
3,5
16,2%
19,4%
2,3
4,1
-23,7%
-27,0%
107,5%
-15,2%
20172016 Var. %
Autonomia Financeira
Solvabilidade
Dívida Financeira Líquida1/EBITDA
EBIT/ Encargos Financeiros
DESEMPENHO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201744
/
Desempenho Clínico
Qualidade ClínicaOrganizada em torno de uma rede integrada de unidades de elevada performance, agrupadas em grandes hospitais com subespecializações em áreas de referência, e de uma rede de clínicas e hospitais de proximidade que apostam na conveniência dos utentes, a José de Mello Saúde apresenta um projeto clínico diferenciador.
De forma continuada, a José de Mello de Saúde procede à avaliação dos cuidados de saúde prestados nas suas unidades, submetendo-os à apreciação externa do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), o qual reconhece o cumprimento dos parâmetros de qualidade estabelecidos pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Através de modelos de benchmarking clínico são identificados e avaliados os processos de eficiência e qualidade clínica, traduzindo-se numa aprendizagem para as organizações envolvidas.
O projeto de Outcomes Clínicos, lançado pela José de Mello Saúde em 2015 e que permite evidenciar a prestação de cuidados de saúde com base em resultados relevantes para o doente, evoluiu, em 2017, para o Programa Value-Based Healthcare.
Valor em Saúde – Programa Value-Based HealthcareVisando implementar um modelo de gestão clínica assente na criação de valor na prestação de cuidados de saúde, e assumindo um papel estratégico para a organização, o Programa de Value-Based Healthcare, pressupõe o envolvimento de equipas multidisciplinares que definem e implementam os standard sets e analisam de forma integrada a informação clínica e de gestão. A presença de equipas multidisciplinares na medição de outcomes permite a reorganização transversal da prestação de cuidados com base em patologias, acentuando uma visão centrada no doente e no seu percurso clínico e permitindo decisões progressivamente mais informadas de médicos e doentes.
Em 2017, e em parceria com o The International Consortium for Health Outcomes Measurement (ICHOM), a José de Mello Saúde consolidou os processos
de monitorização dos outcomes clínicos ao nível da catarata, cancro da mama e osteoartrose do joelho. A monitorização destas patologias ocorreu no Hospital CUF Descobertas em 2016 e 2017, tendo a medição de valor da patologia da catarata sido alargada aos hospitais CUF Infante Santo e CUF Cascais. Além da recolha de informação clínica, optou-se pela recolha de informação reportada pelo doente com base em ferramentas de medida em saúde validadas (PROMs – Patient Reported Outcome Measures).
A validação interna da medição de outcomes para a cirurgia da catarata foi acompanhada pela aprovação internacional dos resultados através do Benchmarking Internacional ICHOM-GLOBE. Os primeiros relatórios preliminares do ICHOM confirmam o modelo de gestão clínica da José de Mello Saúde, já que colocam o grupo no quadro de excelência na prestação de cuidados de saúde à escala mundial, com a classificação de estrela, pela qualidade de resultados, em quatro das seis dimensões avaliadas pelo programa.
Gestão da Qualidade ClínicaEm 2017, os hospitais CUF Santarém e CUF Viseu receberam pela primeira vez a certificação ISO 9001:2015, atribuída pela SGC, acompanhando assim o desenvolvimento contínuo e atualizado da cultura e prática dos valores da José de Mello Saúde. Além disso, todas as unidades CUF renovaram com sucesso a certificação dos seus sistemas de gestão da qualidade pela ISO 9001:2008.
Classificação de estrela pelos resultados acima do esperado em quatro das seis dimensões avaliadas
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45
O Hospital de Braga recebeu a reacreditação da unidade e a certificação ISO 9001:2015 de todos os serviços de apoio. Ao mesmo tempo, viu confirmada a manutenção da Certificação Ambiental (renovada a Certificação e transição para a ISO 14001:2015) e da Certificação de Segurança e Saúde no Trabalho (renovação da certificação pela norma OHSAS 18001:2007 pela Société Générale de Surveillance SGS: Société Générale de Surveillance).
O Hospital Vila Franca de Xira viu renovada, em 2017, e após reavaliação anual, a acreditação pela Joint Commission International (JCI). Foram ainda confirmadas a Certificação Ambiental de acordo com a norma ISO 14001:2015, a Certificação do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho pela 18001:2007 e da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade em serviços clínicos e de suporte pela ISO 9001:201.
Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS)A José de Mello Saúde reafirma o seu compromisso com o Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS) que, através de informação adequada e inteligível, favorece a tomada de decisões mais informadas por parte dos doentes, ao mesmo tempo que promove a melhoria contínua da qualidade dos cuidados prestados.
Todas as unidades da José de Mello Saúde receberam classificação máxima e atribuição de uma estrela nas dimensões de qualidade do primeiro nível de avaliação.
Na avaliação da Excelência Clínica, o Hospital de Braga e Hospital Vila Franca de Xira foram mais uma vez considerados pela Entidade Reguladora da Saúde como líderes nos seus grupos de referência para o benchmarking dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. O primeiro recebeu a classificação máxima de Excelência Clínica em cinco áreas (Neurologia, Obstetrícia, Cuidados Intensivos, Cirurgia de Ambulatório e Tromboembolismo Venoso). Já o Hospital Vila Franca de Xira obteve classificação superior em quatro áreas (Neurologia, Obstetrícia, Ortopedia – Correção Cirúrgica da Fratura Proximal do Fémur – e Cirurgia de Ambulatório. Destaque ainda para a classificação superior da área de Cirurgia de Ambulatório no Hospital CUF Porto, Hospital CUF Cascais e Hospital CUF Torres Vedras, assim como a área de Ortopedia (Artroplastia da Anca e do Joelho), do Hospital CUF Descobertas.
ExcelênciaClínica
Segurançado Doente
Confortodas Instalações
Satisfaçãodo Utente
Focalizaçãono UtenteUnidade
Hospital CUF Descobertas
Hospital CUF Torres Vedras
Hospital CUF Infante Santo
Hospital CUF Santarém
Hospital CUF Porto
Hospital CUF Viseu
Hospital CUF Cascais
Hospital de Braga
Hospital Vila Franca de Xira
Prestador cumpre com todos os parâmetros de qualidade exigidos.Dimensão não avaliada.
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JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201746
Indicadores de Qualidade ClínicaAs unidades da José de Mello Saúde com internamento e cirurgia de ambulatório estão envolvidas em modelos de benchmarking, sendo assim possível avaliar e comparar os desempenhos destas unidades em variáveis como a eficiência e qualidade clínica.
Pela participação no IAmetrics, que possibilita a monitorização de resultados por modelos de ajuste à complexidade dos casos e a realização do benchmarking com hospitais equivalentes em Portugal e Espanha, a José de Mello Saúde alcança uma maior eficiência e qualidade na prestação de cuidados de saúde. O sistema de avaliação de desempenho baseia-se na comparação da performance com os valores padrão (indexado ao risco), em que uma melhor performance se enquadra em valores entre 0 e 1.
Segurança do DoenteA Segurança do Doente é uma prioridade estratégica para a José de Mello Saúde, que assim fixa o compromisso com um projeto clínico diferenciador, materializado na excelência clínica e na resposta centrada no doente.
O Programa da Segurança na Saúde, transversal a todas as unidades da José de Mello Saúde, é garantido por equipas multidisciplinares representativas das comissões de gestão de risco e do programa de prevenção e controlo de infeções e de resistência aos antimicrobianos. Funcionando sob coordenação médica, o programa pretende estabelecer políticas e linhas de ação comuns, garantindo o ciclo de melhoria contínua e reforçando o modelo de operador único.
O Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, criado pelo Despacho n.º 1400-A/2015, de 10 de fevereiro de 2015, enquadra as atividades desenvolvidas pela José de Mello Saúde no âmbito do Programa da Segurança na Saúde e respetivos objetivos.
Sistema de Reporte de Eventos AdversosA Organização Mundial de Saúde e a Comissão Europeia recomendam aos Estados o desenvolvimento de sistemas de notificação de incidentes de segurança que promovam a aprendizagem com o erro e a consequente implementação de ações de melhoria. Na José de Mello Saúde está implementado, de forma transversal e com o apoio da gestão de topo, um Sistema de Reporte de Eventos Adversos (HER+, Health Event Risk Management), o qual reforçou o processo de aprendizagem da organização com os incidentes em detrimento da identificação da autoria dos mesmos, consolidando uma cultura não punitiva, fundamental para reforçar a segurança dos doentes.
Indicadores de Eficiência
Indicadores de Qualidade
IDPA
IMAR
ICAR
IRAR
0,17Em consolidação de processos, no ano de 2017, decorrente da transição no referencial de codificação de ICD-9 para ICD-10
0,60
0,69
0,48
Unidades CUF Unidades PPP
Legenda:Padrão = 1,0 | Ajustado pelo Risco: Cálculo ajustado da probabilidade de ocorrência de um determinado evento com base em características do doente, do tipo de admissão, da patologia e da Unidade de Saúde. Valores resultantes da média entre unidades.
IDPA: Índice de Demora Média Pré-Op. Ajustado (programado + urgente) | IMAR: Índice de Mortalidade ajustado pelo Risco | ICAR: Índice de Com-plicações ajustadas pelo Risco | IRAR: Índice de Readmissões ajustadas pelo Risco.
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Registando um volume relevante de notificações, a gestão da plataforma HER+ tem contribuído de forma significativa para recolher, agregar e analisar informação clínica com foco nos riscos, perigos e vulnerabilidades dos doentes. As conclusões desta análise e as medidas corretivas levadas a cabo são comunicadas ao notificador para que a causa que motivou o incidente não se volte a repetir.
Instituto CUF Oncologia (I.C.O.)O Instituto CUF de Oncologia (I.C.O.), rede nacional de cuidados oncológicos da CUF, garante uma oferta integrada, um corpo clínico diferenciado e experiente e um parque tecnológico inovador preparado para responder a todas as necessidades que o doente de cancro apresenta desde o diagnóstico ao tratamento.
Mantendo a aposta no reconhecimento externo da qualidade por sistemas de certificação e acreditação específicos para a abordagem ao cancro, o I.C.O. viu a Unidade de Diagnóstico e Tratamento Integrado da Mama ser certificada, em 2017, pelo referencial EUSOMA em cancro da Mama. Esta certificação reconhece a excelência clínica e a segurança no diagnóstico e tratamento dos doentes, confirmando o cumprimento integral de diretrizes rigorosas nos serviços disponibilizados aos doentes, na organização transversal e na experiência e estruturação de equipas multidisciplinares. O I.C.O. é ainda reconhecido pelo Ministério da Saúde como Centro de Referência Nacional para o tratamento do carcinoma do reto.
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11932016
2017
Total de Eventos Reportados - Análise Evolutiva JMS
1246
CUF PPP
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RELATÓRIO INTEGRADO 201748
saúde realizaram 146 ações de formação em diversas temáticas de prevenção. Dentro das muitas iniciativas efetuadas, destaque para a formação em Suporte Básico de Vida (SBV) ministrada a 215 alunos de escolas de Viseu.
Sensibilizada pelas dramáticas consequências dos incêndios que assolaram o centro do país em outubro de 2017, em particular na região de Viseu, a José de Mello Saúde criou uma conta bancária com 100 mil euros para apoiar a recuperação das regiões afetadas.. À parte deste contributo monetário, o Hospital CUF Viseu prestou cuidados gratuitos à população afetada durante o período dos incêndios.
Enquanto plataforma nacional que congrega todas a unidades da CUF, o Instituto CUF de Oncologia articula a totalidade dos recursos necessários da rede – profissionais, equipamentos e instalações – num modelo assistencial centrado por patologia. A rede do I.C.O. é constituída por 15 Unidades de Diagnóstico e Tratamento Integrado por patologia (UDTI), incluindo as UDTI da Mama, Pulmão, Cólon-Retal, Próstata, Ginecologia, Cabeça e Pescoço, entre outros. O I.C.O. mantém um forte compromisso de colaboração com o Registo Oncológico Nacional, contribuindo assim para o estudo epidemiológico do cancro em Portugal e avaliando e monitorizando em contínuo os resultados de sobrevivência dos doentes tratados integralmente pelo I.C.O.
Consciente do papel que desempenha no país, a José de Mello Saúde está a estruturar um Programa de Cidadania Empresarial. Alinhado com os princípios da Responsabilidade Social, este será uma afirmação pública do seu compromisso social, económico e ambiental. Com implementação prevista para 2018, o Programa de Cidadania Empresarial da José de Mello Saúde será concretizado num momento de expansão da organização e de abertura a novos desafios e a uma nova dimensão de intervenção.
Ainda neste contexto, a José de Mello Saúde aderiu ao GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, estando representada na atual direção e participando na missão de refletir, promover e desenvolver a Responsabilidade Social Corporativa em Portugal.
Ao longo do ano, a José de Mello Saúde promove e coopera com o desenvolvimento local, mantendo uma relação ética e transparente com os seus diferentes públicos através de um conjunto de iniciativas de que são exemplo:
O Programa Educação para a Saúde, dedicado às comunidades das geografias em que existem hospitais da José de Mello Saúde – com destaque para escolas, instituições públicas e de solidariedade social, com as quais existe uma relação de proximidade – permitiu sensibilizar, em 2017, mais de 6.505 pessoas. Os nossos profissionais de
Desempenho Social
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Os colaboradores da José de Mello Saúde integram ainda o Programa de Voluntariado do Grupo José de Mello, que pretende transferir conhecimento e competências do Grupo para as instituições apoiadas. O programa recruta colaboradores que se tornam voluntários em instituições de solidariedade social com quem existem parcerias para o efeito: Associação Coração Amarelo (Núcleos de Lisboa e Porto), ATL da Galiza, Centro Comunitário e Paroquial de Carcavelos, Movimento Defesa da Vida, Obra do Frei Gil, Junior Achievement Portugal e, mais recentemente, Refood, Associação dos Albergues Noturnos do Porto e Bebés de S. João. O Programa de Voluntariado é gerido por uma Comissão Coordenadora, composta por representantes de cada plataforma de negócio do Grupo José de Mello, a quem se juntam um membro da família José de Mello e um representante da Fundação Amélia de Mello. Em setembro de 2017 realizou-se o evento Cuidar é Partilhar que juntou todos os colaboradores do centro corporativo e serviços partilhados para uma ação de voluntariado, em Alcobaça, que permitiu angariar quatro toneladas de maçãs para os utentes do Banco Alimentar de Leiria.
Ao abrigo da parceria entre a José de Mello Saúde e o Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) para o programa “Saúde para Todos”, a CUF envia desde 2009, e com carácter regular, profissionais de saúde a São Tomé e Príncipe, que prestam cuidados às populações. Na área da otorrinolaringologia, por exemplo, o Hospital CUF Infante Santo encaminha, desde 2011, equipas de médicos, técnicos, enfermeiros, audiologistas e terapeutas que operam, por missão, entre 20 a 30 doentes e fazem uma média de 100 a 150 consultas. Em 24 missões, realizaram-se mais mil rastreios e mais de 500 cirurgias. As equipas do Hospital CUF Infante Santo desenvolveram ainda programas especiais para crianças surdas, nomeadamente para a sua integração social, assim como programas de língua gestual.
Além da presença em missão no arquipélago, a equipa do Centro de Dermatologia do Hospital CUF Descobertas, pioneira neste programa, promove formações presenciais com médicos são-tomenses em Lisboa, bem como formações à distância. Também o Centro de Ortopedia e Traumatologia do Hospital CUF Descobertas realiza missões anuais desde 2009.
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JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201750
Em 2017, o Hospital Vila Franca de Xira juntou-se aos responsáveis pela Ação Social dos cinco concelhos que serve para identificar a instituição mais necessitada de uma intervenção. A escolha recaiu sobre a Residência da CERCI Flor da Vida, que promove a adaptação e integração na sociedade de pessoas com deficiência. Foram recuperadas as salas de estar e de refeições da instituição, oferecida uma nova cozinha e a fachada foi renovada.
Pelo quarto ano consecutivo, a CUF apoiou financeiramente e foi parceira na divulgação da Maratona da Saúde, iniciativa dedicada a financiar a investigação científica em Portugal. Em 2017, a Maratona da Saúde apoiou as doenças cardiovasculares, tendo angariado cerca de 50 mil euros para investigação nesta área.
O Projeto Ser Solidário, transversal ao Grupo José de Mello, em que cada colaborador contribui voluntariamente com o mínimo de um euro por mês do seu vencimento, permitiu apoiar a Comunidade Vida e Paz, o Lar de S. José e a Associação Raríssimas.
As ações de responsabilidade social interna permitiram distribuir junto dos colaboradores e suas famílias benefícios na ordem de 155 mil euros. Entre as ações desenvolvidas, destaque para as Colónias de Férias para crianças dos 7 aos 18 anos, a atribuição de Bolsas Livros Escolares – foram entregues 511 bolsas, no valor de 72 mil euros, para comparticipar despesas de material escolar.
Para as Colónias de Férias, desenvolvidas a pensar na ocupação dos tempos livres dos filhos dos colaboradores durante as férias de verão, a José de Mello Saúde atribuiu cerca de 60 mil euros, apoiando o alojamento, alimentação, seguro e transporte, de 162 crianças. Na celebração da quadra Natalícia, a José de Mello Saúde distribuiu 2.333 Cabazes de Natal aos colaboradores com os vencimentos mais reduzidos, uma iniciativa com um valor de 71 mil euros.
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Desempenho Ambiental
A José de Mello Saúde reconhece a importância da proteção ambiental para a sustentabilidade do negócio e considera que os seus benefícios são evidentes para as gerações atuais e futuras. Ainda que a prestação de cuidados de saúde apresente um consumo de recursos naturais e matérias primas reduzido, a José de Mello Saúde procura minimizar o impacto ambiental associado à sua atividade, controlando regularmente as fontes de degradação ambiental das suas unidades. A José de Mello Saúde manteve, em 2017, a trajetória de crescimento, expandido a área instalada em 1.606 m2, com a inauguração da clínica CUF São João da Madeira, e registando um aumento de atividade em todas as unidades, com reflexo no consumo de utilities e na produção de resíduos. No entanto, o incremento de produção (os dias de internamento cresceram cerca de 2% e o indicador consultas/mês avançou 10% no global e 13% nas unidades privadas), voltou a não se refletir no consumo energético do grupo. Em resultado do esforço de racionalização energética registou-se uma redução de 5,5% dos consumos nas unidades analisadas para períodos de funcionamento homólogos.
A José de Mello Saúde monitoriza de forma sistemática os consumos de energia, água e resíduos hospitalares de cada uma das suas unidades. Esta avaliação é realizada por meio de métricas de comparação de consumos entre unidades, em parte coincidentes com as utilizadas pelo Ministério da Saúde no âmbito do projeto ECO.AP da Agência para a Energia.
Em 2017, a José de Mello Saúde manteve a Certificação Ambiental ISO 14001 do Hospital Vila Franca de Xira e do Hospital de Braga. Este último foi ainda distinguido pelo seu Projeto de Eco-Eficiência na 10.ª edição do Prémio EDP Energia Elétrica e Ambiente, com o prémio “Vencedor Absoluto – Serviços e Outras Atividades”, que destaca as empresas portuguesas com melhores práticas no domínio da eficiência elétrica e da sustentabilidade ambiental. As medidas implementadas no Hospital de Braga nos últimos quatro anos permitiram já reduzir em mais de 26% o consumo de energia, o que representa igualmente uma poupança
de emissões e custos naquela que é a maior das unidades geridas pela José de Mello Saúde.
A experiência obtida nos atuais projetos de eficiência energética será largamente aproveitada para garantir o melhor desempenho possível nas novas unidades da José de Mello Saúde, com abertura prevista para o período 2018-2019.
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RELATÓRIO INTEGRADO 201752
02GOVERNO DASOCIEDADE
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53MODELO DE GOVERNO
MODELO DE GOVERNO
A constituição das Comissões de Coordenação CUF e PPP visa implementar um modelo de operador único ao nível do alinhamento estratégico, padronização, controlo operacional e gestão de risco, reforçado em 2017 com a criação da CUF Serviços que inclui as áreas do Cliente, Logística e Operações.
A José de Mello Saúde é constituída por um conjunto de empresas e Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE) que operam na área da prestação de cuidados de saúde.
Encabeçada pela José de Mello Saúde, S.A. que detém as participações societárias nas sociedades que gerem e exploram cada uma das unidades operacionais, hospitalares e de ambulatório, e as participações societárias noutras sociedades que desenvolvem atividades acessórias, o modelo de governo do Grupo José de Mello Saúde obedece a uma lógica matricial.
A José de Mello Saúde, S.A. assume a definição da estratégia e o planeamento social, económico e financeiro e a coordenação da gestão dos ACE e das sociedades participadas, através de instruções vinculativas e/ou através do exercício dos seus direitos acionistas.
Compete ao Conselho de Administração a gestão da José de Mello Saúde, delegando a gestão corrente da sociedade numa Comissão Executiva. Esta é assessorada pelas direções corporativas e de serviços partilhados e por um conjunto de órgãos consultivos nas respetivas áreas de competência.
As sociedades participadas são, por sua vez, e em termos societários, geridas pelos respetivos Conselhos de Administração, integrados pelos membros da Comissão Executiva da José de Mello Saúde, que, consoante a natureza e dimensão da sociedade, delegam a gestão corrente numa Comissão Executiva ou num Administrador Delegado.
Numa perspetiva organizativa, as unidades hospitalares e de ambulatório foram agrupadas em duas Comissões de Coordenação: CUF e PPP. A rede CUF está dividida em três clusters geográficos – Descobertas, Tejo e Norte – numa lógica de articulação em torno dos três grandes hospitais CUF, os quais são geridos por Comissões Executivas compostas por um Presidente Executivo, um Administrador Assistencial e um Administrador Operacional.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201754 MODELO DE GOVERNO
COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DEPROJETOS DE INFRAESTRUTURAS
COMISSÃO DE AUDITORIAE GESTÃO DO RISCO
CONSELHO DE ÉTICA
CONSELHO CONSULTIVO
CONSELHO MÉDICO
CONSELHO FISCAL
Comissão Executiva
Conselho de Administração
ASSEMBLEIA GERAL
REVISOR OFICIAL DE CONTAS
COMISSÃO DE VENCIMENTOS
SECRETÁRIO DA SOCIEDADE
CONSELHO DE ENFERMAGEM
COMISSÃO DE FARMÁCIA
PROVEDOR DO CLIENTE
Centro Corporativo CUF PPP Participadas
Auditoria InternaAdministrativa e Acidentes de TrabalhoComercialComprasComunicação e SustentabilidadeFarmáciaFinanceiraInfraestruturasJurídicaMarketing Estratégico e Gestão de MarcaOrganização, Qualidade e SegurançaPlaneamento Estratégico, Controlo de Gestão e InovaçãoRecursos HumanosSistemas de Informação
CUF DescobertasCUF TejoCUF NorteInstituto CUF de OncologiaCUF Serviços
Hospital de BragaHospital Vila Franca de Xira
SAGIESImoHealthInfraHealthDigiHealthAcademia CUFLoja Saúde CUF
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COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Salvador de MelloPresidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva
Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da José de Mello Saúde desde 2001 e membro do Conselho de Administração da José de Mello Capital, é responsável pela forte dinâmica de crescimento e expansão da rede para as atuais 19 unidades de saúde. Licenciado em Ciências Económicas e Administração de Empresas na Universidade de Neuchâtel, Suíça.
Pedro de MelloVice-Presidente do Conselho de Administração
Licenciado em Engenharia Têxtil, é igualmente Vice-Presidente da José de Mello Capital, membro do Conselho de Administração da CUF Consultadoria e Serviços e presidente do conselho de administração da MGI Capital.
João Gonçalves da SilveiraVice-Presidente do Conselho de Administração
Vice-Presidente do Conselho de Administração da José de Mello Saúde desde 2001, licenciado em Farmácia pela Universidade de Lisboa, Presidente da Direção do MONAF (Montepio Nacional da Farmácia).
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201756 COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
Rui DinizVice-Presidente da Comissão Executiva
Vice Presidente da Comissão Executiva da José de Mello Saúde, é licenciado em Economia pela Universidade Católica de Lisboa. É igualmente Administrador Executivo da José de Mello Capital.
Rui Assoeira RaposoAdministrador Executivo
Licenciado em Farmácia pela Universidade do Porto, possui título de Especialista em Indústria Farmacêutica pela Ordem dos Farmacêuticos e Pós Graduação pelo IMD-Lausane/ Suíça e pela AESE Business School- Lisboa/ Portugal.
Guilherme MagalhãesAdministrador Executivo
Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico e com MBA pela Universidade Nova de Lisboa, é Presidente do Conselho de Curadores da Fundação do Gil.
Inácio BritoAdministrador Executivo
Licenciado em Economia na Universidade Católica de Lisboa, com Pós Graduação em Ciências Actuariais.
Vasco Luís de MelloAdministrador Executivo
Licenciado em Engenharia Mecânica na Universidade Católica de Louvaina - Bélgica, realizou posteriormente um Mestrado em Gestão de Empresas na mesma Universidade.
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Paulo Cleto DuarteAdministrador não Executivo
Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa e com um MBA em Gestão de Informação pela Universidade Católica Portuguesa, é Presidente da Associação Nacional das Farmácias e CEO da Farminveste, SGPS.
Luís Brito de GoesAdministrador não Executivo
Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, é também Administrador Executivo da José de Mello Capital, membro dos conselhos de administração da Brisa e da CUF Consultadoria e Serviços e Presidente do Conselho de Administração da MGI Capital.
Raúl Galamba de OliveiraAdministrador não Executivo
Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico, MSc em Sistemas, e MBA pela Nova School of Business and Economics é atualmente senior partner da McKinsey em Portugal e Espanha, e líder da área de Risk Management da McKinsey.
Celine Abecassis-MoedasAdministradora não Executiva
Doutorada em Estratégia Empresarial pela École Polytechnique, Paris, mestre em Gestão pela École Normale Supérieure e Université Paris Dauphine e licenciada em Economia e Gestão pela Sorbonne. É professora associada nas áreas de Estratégia e Inovação da Universidade Católica Portuguesa. Adicionalmente, é membro do Conselho de Administração dos CTT e da Europac.
Vera Pires CoelhoAdministradora não Executiva
Licenciada e mestre em Economia com um MBA pela Universidade Nova de Lisboa e uma Pós Graduação em Ciências Atuariais pela Universidade Católica Portuguesa, atualmente é Administradora Executiva das participadas do Grupo Vendap em Angola, Moçambique e Brasil, Administradora da Fundação de Serralves, Vice-Presidente do Conselho Geral da Universidade Nova.
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201758 COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
COMISSÃO EXECUTIVASalvador Maria Guimarães José de Mello (Presidente)Rui Alexandre Pires Diniz (Vice-Presidente)Rui Manuel Assoreira Raposo Vasco Luís José de Mello Inácio António da Ponte Metello de Almeida e BritoGuilherme Barata Pereira Dias de Magalhães
MESA DA ASSEMBLEIA-GERALPresidente:Vasco Vieira de Almeida
Secretário:João Vieira de Almeida
CONSELHO FISCALPresidente:José Manuel Gonçalves de Morais Cabral
Vogais:José Luís Bonifácio Lopes João Filipe de Moura-Braz Corrêa da Silva
Suplente:Miguel Luís Cortês Pinto de Melo
REVISOR OFICIAL DE CONTASErnst & Young Audit & Associados – SROC, S.A., representada por Luís Miguel Gonçalves Rosado
COMISSÃO DE VENCIMENTOSLuís Miguel Cortes Martins (Presidente)Pedro Norton de MatosMaria Luísa José de Mello Amaral CabralVasco Guimarães José de MelloPedro Maria Guimarães José de Mello
SECRETÁRIO DA SOCIEDADERui Manuel da Costa Ramalhal
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CONSELHO DE ÉTICAPaula Cristina Ruivo Duarte Martinho da Silva (Presidente)Maria Isabel Semedo Carmelo Rosa Renaud João Paulo Mouro Rosa Camilo MaltaNuno João Amador Silvestre CarlosRita Maria Lagos do Amaral CabralPresidente do Conselho de Enfermagem da José de Mello Saúde, Fátima FariaPresidente do Conselho Médico da José de Mello Saúde, João Carlos Lopes Simões Paço
CONSELHO CONSULTIVOAntónio Manuel Bensabat Rendas (Presidente)António Manuel de Carvalho Ferreira VitorinoAntónio Bernardo Aranha da Gama Lobo XavierPaulo Jorge Cleto DuarteSalvador Maria Guimarães José de MelloRui Alexandre Pires Diniz
COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DE PROJETOS DE INFRAESTRUTURASVera Margarida Alves Pires Coelho (Presidente)Pedro Maria Guimarães José de MelloRui Manuel Assoreira Raposo
COMISSÃO DE AUDITORIA E GESTÃO DO RISCORaúl Catarino Galamba de Oliveira (Presidente)Paulo Jorge Cleto DuarteLuís Eduardo Brito Freixial de Goes
CONSELHO MÉDICOJoão Paço, Diretor Clínico do Hospital CUF Infante Santo (Presidente)Piedade Sande Lemos, Diretora Clínica do Hospital CUF CascaisJorge Mineiro, Diretor Clínico do Hospital CUF DescobertasVitor Correia da Silva, Diretor Clínico do Hospital CUF PortoAlberto Bessa Peixoto, Diretor Clínico do Hospital de BragaCarlos Rabaçal, Diretor Clínico do Hospital Vila Franca de XiraEduardo Pegado, Diretor Clínico do Hospital CUF Torres VedrasJoaquim Pedroso da Costa, Diretor Clínico do Hospital CUF SantarémEduardo Jorge Mendes, Diretor Clínico do Hospital CUF ViseuJosé Fragata, Consultor Clínico da José de Mello SaúdeCláudia Simões, Diretora de Qualidade e Desenvolvimento Organizacional da José de Mello Saúde
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201760 COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
CONSELHO DE ENFERMAGEM:Fátima Faria - Hospital de Braga (Presidente)José Coelho - Hospital CUF Infante SantoCarlos Costa - Hospital CUF DescobertasHelena Valentim Abrantes – Hospital Vila Franca de XiraBenilde Folgado - Hospital CUF Torres VedrasSara Martins - Hospital CUF Porto e Instituto CUF PortoCélia Leitão - Hospital CUF CascaisHelena Conduto - Hospital CUF SantarémDuarte Mendonça - Hospital CUF Viseu
COMISSÃO DE FARMÁCIARui Manuel Assoreira Raposo (Presidente)Abel RuaCarla FerrerIsabel QueirósJosé Neves Luisa FontesLuis CaldeiraMaria Teresa Aires PereiraPaulo BettencourtRita Oliveira
PROVEDOR DO CLIENTEJosé Carlos Lopes Martins
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COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE GOVERNOO funcionamento do Conselho de Administração, da Comissão Executiva e as regras de conduta dos seus membros são regulados, em complemento da Lei, dos Estatutos e do Código de Ética da José de Mello Saúde, pelos respetivos Regulamentos. A fiscalização da José de Mello Saúde compete a um Conselho Fiscal e a uma sociedade de revisores oficiais de contas.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCompete ao Conselho de Administração a definição da estratégia, principais políticas e o planeamento social, económico e financeiro da José de Mello Saúde, garantindo a sua aplicação ao nível das sociedades suas participadas. Nessa medida compete-lhe, designadamente, deliberar sobre:
Aquisição de bens imobiliários e mobiliários, incluindo participações societárias, bem como alienar ou onerar tais bens por quaisquer atos ou contratos, ainda que de constituição de garantias reais;
Aprovação do orçamento, a organização do balanço e as contas do exercício e a elaboração dos relatórios sobre as atividades e a situação económica da José de Mello Saúde, bem como a proposta de distribuição de lucros, para serem submetidos à Assembleia Geral;
Resolução amigável ou a resolução judicial das questões sobre direitos e interesses da José de Mello Saúde;
Nomeação, de entre as pessoas que não pertençam aos órgãos sociais, daqueles a quem competirá a direção superior, a nível executivo, de todos os serviços técnicos e administrativos da José de Mello Saúde e a constituição de mandatários para quaisquer outros fins;
Contratação de financiamentos internos ou externos de que a José de Mello Saúde necessite para realizar o seu objeto social;
Deliberação sobre a emissão de obrigações e/ou outros valores mobiliários;
Elaboração e aprovação de todos os regulamentos que detalhem o exercício de direitos sociais, bem como os que respeitarem a aspetos práticos do funcionamento do Conselho de Administração ou de outros órgãos, tais como regulamentos respeitantes ao exercício do direito de informação; ao voto por correspondência e ao recurso a meios telemáticos para participação em reuniões, incluindo o exercício do direito de voto.
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201762 COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
COMISSÃO EXECUTIVAA Comissão Executiva assume um conjunto de competências, delegadas pelo Conselho de Administração, de onde se destacam as seguintes:
Proceder à gestão corrente da José de Mello Saúde, podendo deliberar sobre todas as matérias relativas ao exercício da sua atividade com respeito pelo respetivo objeto social, pelas deliberações tomadas pelo Conselho de Administração e pela Assembleia Geral, nas matérias da competência desta última;
Elaborar e submeter ao Conselho de Administração as principais políticas da José de Mello Saúde, designadamente, política de remunerações, política de gestão de quadros e política comercial e preços;
Elaborar e submeter ao Conselho de Administração, para aprovação, o Plano de Negócios e o Orçamento da José de Mello Saúde para o ano seguinte, bem como propor posteriores alterações;
Proceder à coordenação e acompanhamento permanente da gestão corrente das sociedades, direta ou indiretamente, participadas pela José de Mello Saúde (“Participadas”) emitindo, no caso das Participadas em relação de grupo, ou seja cujo capital social é integralmente detido pela José de Mello Saúde, instruções vinculativas, podendo, designadamente, deliberar sobre a definição da estratégia e planeamento económico e financeiro das Participadas; a aprovação de qualquer Plano de Negócios, bem como quaisquer alterações e atualizações ao mesmo; a aprovação do orçamento anual e quaisquer atualizações ao mesmo e a contração de financiamentos ou a celebração de contratos relevantes;
Celebrar todos os atos e contratos inerentes à atividade da José de Mello Saúde, desde que o seu valor não ultrapasse o montante equivalente a quinze milhões de euros;
Contrair empréstimos bancários ou operações similares, conceder empréstimos acionistas e outras formas de capitalização das Participadas, desde que o montante respetivo não exceda o equivalente a quinze milhões de euros;
Propor os titulares dos órgãos sociais das Participadas, em cujos Conselhos de Administração deverão participar a totalidade ou parte dos membros da Comissão Executiva da José de Mello Saúde.
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A atividade do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da José de Mello Saúde é supervisionada e acompanhada pelo Conselho Fiscal, pelo Revisor Oficial de Contas, pela Comissão de Vencimentos e pelo Secretário da Sociedade.
CONSELHO FISCALCompete ao Conselho Fiscal:
Fiscalizar a administração da José de Mello Saúde e vigiar a observância das normas que regem o seu funcionamento;
Participar nas reuniões do Conselho de Administração da José de Mello Saúde em que sejam apreciadas contas do exercício;
Requerer ao Presidente do Conselho de Administração a convocação do Conselho de Administração para apreciar factos que considere relevantes à fiscalização da administração da José de Mello Saúde;
Verificar a regularidade dos elementos contabilísticos, a exatidão dos documentos de prestação de contas e apreciar as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos subjacentes;
Elaborar anualmente o relatório da sua atividade e dar parecer sobre o relatório de gestão e contas apresentados pelo Conselho de Administração;
Fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno e do sistema de auditoria interna;
Fiscalizar o processo de preparação e divulgação da informação financeira;
Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas;
Fiscalizar a independência do revisor oficial de contas.
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201764 COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
REVISOR OFICIAL DE CONTAS Nos termos da Lei e dos Estatutos compete ao revisor oficial de contas o exame das contas da José de Mello Saúde, designadamente:
Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte;
Verificar a extensão da caixa e as existências de quaisquer espécies de bens ou valores;
Verificar a exatidão dos documentos de prestação de contas;
Verificar se as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adotados pela José de Mello Saúde conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados.
COMISSÃO DE VENCIMENTOSA Comissão de Vencimentos tem como atribuições a definição da política de remuneração dos membros dos órgãos estatutários, a aprovar pela Assembleia Geral, bem como a fixação das remunerações dos membros dos órgãos estatutários.
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SECRETÁRIO DA SOCIEDADEO Secretário da Sociedade encarrega-se de assessorar os Órgãos Sociais, de acordo com as competências estabelecidas na Lei, nos Estatutos da Sociedade e no Regulamento do Conselho de Administração, atuando por forma a que o desempenho dos órgãos de administração e gestão seja conforme com a legislação aplicável, com os Estatutos da Sociedade e com os regulamentos internos.
O Conselho de Administração e a Comissão Executiva são assessorados pelas direções corporativas e por um conjunto de órgãos consultivos nas respetivas áreas de competência.
ÓRGÃOS CONSULTIVOS:
CONSELHO DE ÉTICAEste órgão consultivo tem, entre as suas principais atribuições, a responsabilidade pela análise, no plano ético, das questões suscitadas pelos progressos científicos, evolução social e atividade legislativa nos domínios da biologia, da medicina ou da saúde em geral.
CONSELHO CONSULTIVOCompete ao Conselho Consultivo:
Analisar e debater temas relacionados com o setor, mercado e política da saúde;
Apoiar o Conselho de Administração na definição da estratégia de desenvolvimento da José de Mello Saúde;
Elaborar pareceres escritos sobre questões colocadas pelo Conselho de Administração da José de Mello Saúde.
COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DE PROJETOS DE INFRAESTRUTURASCompete à Comissão de Acompanhamento de Projetos de Infraestruturas:
Supervisionar a boa execução dos projetos em termos de qualidade, custos e prazo, designadamente nas vertentes técnica e financeira;
Ser consultado sobre novos projetos nas suas vertentes técnicas e financeiras;
Avaliar os principais riscos de execução dos projetos e propor medidas corretivas e/ou mitigadoras.
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201766
COMISSÃO DE AUDITORIA E GESTÃO DO RISCOCompete à Comissão de Auditoria e Gestão do Risco:
Avaliar e monitorizar o sistema de Gestão de Riscos;
Avaliar e monitorizar o sistema de Controlo Interno;
Avaliar e emitir parecer sobre o Plano Anual de Auditoria;
Propor medidas de melhoria aos sistemas de Gestão de Riscos e Controlo Interno.
CONSELHO MÉDICOAssessora a administração em questões de natureza clínica e de melhoria contínua dos serviços prestados a todos os clientes da José de Mello Saúde, tendo por principais atribuições:
Assessorar a definição da estratégia de desenvolvimento clínico da José de Mello Saúde;
Propor o lançamento e acompanhamento de projetos clínicos comuns às unidades da José de Mello Saúde;
Fomentar o desenvolvimento de protocolos clínicos de aplicação transversal a todas as unidades da José de Mello Saúde;
Assessorar o desenvolvimento de projetos de inovação clínica que assegurem, simultaneamente, diferenciação clínica e aumento de eficiência;
Assessorar a definição de critérios de recrutamento e de avaliação de profissionais médicos, para aplicação transversal às unidades da José de Mello Saúde.
CONSELHO DE ENFERMAGEMAssessora a administração em questões do foro da enfermagem no âmbito da atividade clínica da José de Mello Saúde, tendo por principais atribuições:
Definir a estratégia de desenvolvimento do Talento e dos padrões de desempenho da Enfermagem;
Consolidar a cultura das melhores práticas baseadas na evidência;
Desenvolver projetos de inovação que promovam a diferenciação técnica, a melhoria da eficiência dos processos de prestação de cuidados e dos respetivos níveis de serviço;
Desenvolver a qualidade clínica e a segurança do doente, assente no princípio da Melhoria Contínua;
Acompanhar a atividade da Academia CUF.
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
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COMISSÃO DE FARMÁCIAAssessora a administração em questões do foro da farmácia no âmbito da atividade clínica da José de Mello Saúde, tendo por principais atribuições:
Elaborar políticas de utilização do medicamento no âmbito da José de Mello Saúde;
Desenvolver protocolos terapêuticos de aplicação transversal na José de Mello Saúde;
Atuar como órgão de ligação entre as Comissões de Farmácia e Terapêutica das diferentes unidades José de Mello Saúde;
Aprovar anualmente o Formulário de Medicamentos José de Mello Saúde, emitindo ata com esse documento em anexo assinada pelo Presidente e pela Direção de Farmácia da José de Mello Saúde;
Zelar pelo cumprimento do Formulário de Medicamentos da José de Mello Saúde (lista de medicamentos utilizados em todas as unidades);
Pronunciar-se sobre as propostas de introdução de novos medicamentos no formulário José de Mello Saúde;
Promover a boa prática fármaco-terapêutica na José de Mello Saúde;
Promover formação na área do medicamento;
Selecionar os medicamentos a utilizar nas Unidades José de Mello Saúde assegurando a melhor relação custo benefício e custo efetividade.
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO INTEGRADO 201768
PROVEDOR DO CLIENTEO Provedor do Cliente exercerá as suas funções com independência e imparcialidade, competindo-lhe:
Receber e apreciar queixas e reclamações apresentadas pelos Clientes, diretamente relacionadas com a atividade desenvolvida pelas Unidades da José de Mello Saúde;
Mediar disputas e potenciais conflitos entre Clientes e Unidades José de Mello Saúde;
Apresentar à Comissão Executiva propostas de resolução de conflitos ou reclamações de Clientes;
Formular e apresentar à Comissão Executiva recomendações de melhoria dos serviços ao Cliente;
Emitir pareceres sobre matérias relacionadas com o serviço prestados aos Clientes, quando solicitados pela Comissão Executiva ou pelos conselhos de administração ou comissões executivas das Unidades da José de Mello Saúde.
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
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69COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20172
Política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade
82
Notas anexas às Demonstrações Financeiras Individuais a 31 de dezembro de 2017
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal para 2017
16
66
75
15
74
03
Demonstrações Financeiras Individuais a 31 de dezembro de 2017
Certificação Legal de Contas
Demonstrações Financeiras Consolidadas a 31 de dezembro de 2017
Informação Financeira Individual
Informação Financeira Consolidada
ÍNDICE
Relatório de Gestão
Proposta de Aplicação de Resultados 10
22
71
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas a 31 de dezembro de 2017
153
159
168
154
160
Declaração de Conformidade do Conselho de Administração
Informação sobre a estrutura acionista, organização e governo da sociedade
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal para 2017
Certificação Legal de Contas
170Declaração de Conformidade do Conselho Fiscal
3RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017
RELATÓRIO DE GESTÃO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20174
O exercício de 2017 caracterizou-se por um desempenho operacional e financeiro muito relevante com destaque para os seguintes factos:
• Os proveitos operacionais atingiram um valor de 637,4 milhões de euros, um crescimento de 8,7% em relação a 2016. Na atividade privada registámos um crescimento de 9,9% relativamente ao ano anterior totalizando 408 milhões de euros. No setor público os proveitos operacionais foram de 227 milhões de euros, crescendo 4,4% quando comparando com o ano anterior;
• O EBITDA foi de 72,0 milhões de euros, um crescimento de 5,3% em relação a 2016, resultado do crescimento da atividade assistencial;
• O EBITDA da atividade privada cresceu de 56,6 milhões de euros para 61,5 milhões de euros;
• No setor público, apesar do crescimento nos proveitos operacionais, o EBITDA diminuiu 1,5 milhões, para um valor de 7,8 milhões de euros. A margem EBITDA foi de 3,4%, uma diminuição de 0.8 p.p.;
• O resultado líquido consolidado foi de 22,8 milhões de euros, um decréscimo de 1,1 milhões de euros em relação a 2016;
• O ativo total aumentou 242,5 milhões de euros (+48,2%) face ao final de 2016, consequência do incremento do ativo fixo tangível (+188,6 milhões de euros);
• O investimento consolidado da José de Mello Saúde foi de 203 milhões de euros;
• A 31 de dezembro de 2017 a dívida líquida financeira1 situava-se em 338,6 milhões de euros, resultando num rácio de dívida líquida sobre EBITDA de 4,7 vezes.
No ano de 2017 a José de Mello Saúde manteve uma trajetória de crescimento sustentado da sua atividade assistencial nas diferentes áreas de atuação. Foram registadas mais de 2,4 milhões de consultas (aumento de 10,2% face a 2016) e operados cerca de 92,8 mil doentes (+7,5% que no homólogo), tendo-se registado aproximadamente 75,2 mil doentes saídos do internamento (+2% que no ano anterior). Verificou-se, ainda, um ligeiro aumento nos partos realizados nas unidades da José de Mello Saúde, tendo sido este aumento de 0,9% relativamente ao ano anterior.
Desempenho operacional
Não inclui Doentes Saídos das UCIP*Valores pró-forma com base na actual metodologia de contabilização da actividade.
10,2%
7,5%
1,8%
3,1%
2,0%
0,9%
2.434,1
92,8
470,0
658,2
75,2
7,8
2.208,6
86,3
461,7
638,2
73,8
7,8
(milhares)
Consultas
Doentes Operados
Dias de Internamento
Urgências
Doentes Saídos
Partos
20172016* Variação %
Indicadores assistenciais da José de Mello Saúde
Sumário executivo
1Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 5
*Total menos Amortizações e Provisões**Resultados Operacionais mais Amortizações e Provisões
No setor privado, foram registadas mais de 1,8 milhões de consultas (+12,6% do que em 2016), 52,9 mil doentes operados (+10,4% do que em 2016) e 36 mil doentes saídos do internamento (+6,7% do que em 2016).
No setor público, hospitais geridos em regime de parceria público-privada, foram registadas cerca de 596 mil consultas (+3,4% face a 2016), 39,9 mil doentes operados (+4,0% face a 2016) e 39,2 doentes saídos do internamento (-2,0% face a 2016).
Resultados consolidados
Os proveitos operacionais da José de Mello Saúde atingiram os 637,4 milhões de euros, mais 8,7% do que no período homólogo de 2016, na sequência do bom desempenho em todas as áreas de atuação da atividade assistencial. Os custos operacionais foram de 565,4 milhões de euros, mais 9,2% do que no ano anterior, em grande parte justificado pelo aumento em 10% do custo com pessoal e honorários.
Fruto deste crescimento nos proveitos operacionais, sobretudo no setor privado, o EBITDA e o EBIT atingiram valores de 72,0 milhões de euros (+5,3% face a 2016) e 42,6 milhões de euros (+2,5% em relação ao ano anterior), respetivamente. Contudo, verificou-se uma redução das margens EBITDA (-0,4p.p.) e EBIT (-0,4p.p.), uma vez que o aumento dos proveitos operacionais não compensou, ainda, o aumento da estrutura de custos fixos, em resultado da abertura de novas unidades nos últimos dois anos (Hospital CUF Viseu e Clínica CUF Almada em 2016 e Clínica CUF São João da Madeira em 2017).
Os proveitos operacionais das unidades CUF totalizaram 408,4 milhões de euros (+9,9% que em 2016), resultado de crescimento em todas as áreas da atividade assistencial, tendo o EBITDA atingido um valor de 61,5 milhões de euros e a margem de EBITDA decrescido 0,6p.p., situando-se em 14,8%.
8,7%51,2
5,6%
2,5%
-1,7%
-3,8%
-4,6%
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-0,9
-1,1
5,3%3,6
-9,2% (47,5)
-0,4 p.p.
-0,4 p.p.
(0,4)
0,2
-4,3%
67,1%
(1,6) -18,0%
-0,4 p.p.
(2,6) -9,6%
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0,5
(10,5)
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(29,4)
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(517,9)
13,5%
7,1%
(8,4)
0,3
(8,9)
11,7%
(26,8)
(Milhões de Euros)
Proveitos Operacionais
EBITDAR
EBIT
EBT
Resultado líquido
Resultado líquido atribuível aos acionistas da JMS
EBITDA**
Custos operacionais*
Margem EBITDAR
Margem EBIT
Impostos
Resultado líquido atribuível aos interesses que não controlam
Resultados Financeiros
Margem EBITDA
Amortizações e Provisões
20172016 Var. %Var.
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
Parcerias Público-Privadas
CUF
CUF
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20176
O Hospital de Vila Franca de Xira manteve o seu desempenho operacional positivo, com um crescimento de 1,6% nos proveitos operacionais, face a 2016. Contudo, o EBITDA decresceu 1,4 milhões de euros bem como a sua margem de EBITDA, que em 2017 foi de 7,4% (-2,3p.p. face a 2016).
Os proveitos operacionais do Hospital de Braga atingiram os 161 milhões de euros (+5,6% face a 2016) e a sua margem de EBITDA desceu para 1,8% (-0,1p.p. face a 2016). O ano de 2017 foi o segundo ano consecutivo em que o Hospital de Braga apresentou um resultado negativo na ordem dos 4 milhões de euros. Esta situação deriva da não revalidação pela ARS Norte dos programas de financiamento vertical de HIV e Esclerose Múltipla, num valor aproximado de 7,5 milhões de euros por ano. Foi cautelarmente interposto no final do ano de 2016 um Pedido de Reequilíbrio Financeiro para o efeito da cláusula 127ª, nº9, alínea b), do Contrato de Gestão, com vista a que se inicie um processo de arbitragem para resolução deste litígio. Consideramos muito provável o resultado favorável à Escala Braga deste processo arbitral, sendo a nossa estimativa deste ativo contingente no valor de 15 milhões de euros.
Como reflexo do forte investimento ocorrido durante o ano de 2017, e consequente aumento dos custos financeiros, os resultados financeiros foram negativos em 10,5 milhões de euros (um agravamento 1,6 milhões face a 2016).
Desta forma, o resultado líquido da José de Mello Saúde foi de 22,8 milhões de euros, um decréscimo anual de 1,1 milhões de euros (-4,6%), face a 2016.
O total de investimento realizado em 2017 foi de €203 milhões. O investimento mais relevante ascendeu a €143 milhões de euros e deveu-se à aquisição dos imóveis explorados pela José de Mello Saúde, pertencentes ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial. Para além disso, foram ainda investidos 16 milhões de euros na aquisição de 4 sociedades que prestam cuidados de saúde nas regiões de Almada, São João da Madeira e Coimbra, e numa outra sociedade detentora de um imóvel na região de Sintra.
O investimento de expansão, quer em termos orgânicos com as obras de expansão do Hospital CUF Descobertas, Hospital CUF Torres Vedras e Hospital CUF Santarém, quer em termos geográficos com a abertura da Clínica CUF Almada e da construção do Hospital CUF Tejo, totalizou os 31 milhões de euros.
O investimento recorrente, maioritariamente de reposição e atualização tecnológica, atingiu os €13 milhões (+0,9 milhões de euros face a 2016).
-18,0%
10,7%
83,2%
-20,9%
(10,5)
0,7
1,0
(12,2)
(8,9)
0,7
0,5
(10,1)
(Milhões de Euros)
Resultados Financeiros Consolidados
Proveitos/Custos relativos Ativos Financeiros
Proveitos Financeiros
Custos Financeiros
20172016 Var %
Resultados Financeiros
Parcerias Público-Privadas
Investimento
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 7
O ativo total aumentou 242,5 milhões de euros (+48,2%) face ao final de 2016, atingindo os 745,4 milhões de euros no final de 2017. Esta variação ficou-se a dever em grande medida ao incremento do ativo fixo tangível (+188,6 milhões de euros), fruto da continuação das diversas obras de expansão e da aquisição de imóveis que pertenciam ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial, nomeadamente os imóveis explorados pelo Hospital CUF Porto, Instituto CUF Porto, Clínica CUF Belém, Hospital CUF Cascais e Hospital CUF Torres Vedras.
A decisão de adquirir os imóveis foi tomada num contexto de oportunidade e de antecipação:
• São imóveis estratégicos para a José de Mello Saúde, pelo que o controle da sua propriedade é um fator relevante;
• Os fundos detentores dos imóveis referidos entraram em processo de liquidação;
• A manutenção das taxas de juro em mínimos históricos permitiu a contratação de financiamentos em condições competitivas, que possibilitam uma poupança em termos de custos (amortizações e encargos financeiros face às rendas anteriormente contratadas) e de fluxos de caixa (encargos financeiros e serviço da dívida face às rendas anteriormente contratadas);
• A aplicação obrigatória da IFRS 16 em janeiro de 2019, implica o reconhecimento das locações operacionais em balanço, registando no ativo o direito de uso e no passivo as responsabilidades subjacentes. Com a aquisição dos imóveis, foi possível antecipar o que seria a estrutura de balanço a partir de 2019.
A José de Mello Saúde fechou o ano de 2017 com um aumento do capital próprio de cerca de 10,8 milhões de euros, face a 2016, para 92,4 milhões de euros.
A 31 de dezembro de 2017, a dívida líquida financeira2 situava-se em 338,6 milhões de euros, mais 183,7 milhões de euros face ao final do ano anterior, refletindo o investimento feito durante 2017.
200,0 10,8
29,8 42,5
202,0
242,5 231,8
242,5
0,5 14,3
-1,827,5
0,4
0,3 0,3
2,7
10,8
31,6
-0,5
-7,7
10,5 0,0
-0,13,0
201,6
0,1 -2,7
2,3
8,9
3,2
188,6 -1,1
7,0 -1,8
0,0
-13,3
0,6
452,5 92,4
231,4292,9
421,6
745,4 653,0
745,4
13,4 26,5
12,3122,9
70,0
0,8 4,2
22,0
78,7
47,7
3,8
52,7
43,9 53,0
1,414,2
351,6
0,2 -14,1
10,8
11,7
16,7
378,4 22,8
94,53,3
8,3
35,3
3,7
252,5 81,7
201,6250,4
219,6
502,9 421,2
502,9
12,9 12,2
14,095,4
69,6
0,5 4,0
19,3
67,9
16,1
4,3
60,4
33,4 53,0
1,511,3
150,0
0,2 -11,4
8,5
2,9
13,5
189,8 23,9
87,55,1
8,3
48,7
3,2
(Milhões de Euros) (Milhões de Euros)
Ativo Fixo Capital Próprio
Passivo Não FinanceiroAtivo Corrente
Passivo Financeiro
Ativo Total Passivo Total
Passivo + CP
Intangível Resultados Transitados + Reservas
ProvisõesClientes
Leasings
Outros Investimentos Interesses Minoritários
Estado
Outros Passivos Correntes e Não Correntes
Caixa e equivalentes
Impostos Diferidos Activos
Outros Ativos Correntes e Não Correntes
Goodwill Capital + Prestações Acessórias
Fundo de PensõesExistências
Empréstimos
Investimento em Associadas Dividendos Antecipados
Outros Devedores e Credores
Impostos Diferidos Passivos
Estado
Tangível Resultado Líquido
FornecedoresOutros Devedores e Credores
Outros Activos de MLP
Outros Instrumentos Financeiros
Ativos detidos para venda
2017 20172016 2016Var Var
Situação Financeira
2 Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20178
A José de Mello Saúde manteve em 2017 como um dos seus eixos estratégicos, o desenvolvimento de uma política de sustentabilidade financeira e estrutura de capital sólida, adequada à sua estratégia de crescimento. Esta política tem passado nos últimos anos por uma gestão ativa do seu perfil de dívida, quer no que concerne à diversificação das suas fontes de financiamento, quer no que respeita ao prolongamento dos prazos de maturidade da mesma.
Fruto desta política e da sua posição financeira sólida, a José de Mello Saúde tem sido capaz de aceder a meios de financiamento variados, terminando o ano de 2017 com um peso semelhante de financiamentos bancários (MLP) e empréstimos obrigacionistas realizados em mercado de capitais no mix da dívida financeira bruta.
Em 2017 a José de Mello Saúde foi capaz de mais uma vez reduzir o spread médio dos seus financiamentos e, por outro lado, alargar a maturidade média dos mesmos.
Perfil da dívida financeira da José de Mello Saúde
2016Leasings Financeiros
MLP
31,6%
10,0%MLP36,1%
16,6%
PPC10,9%
Obrigações45,4%
Obrigações
35,6%
Outros2,1%
Outros0,2%
2017
PPC
11,5%
Leasings Financeiros
338,6
421,6
4,08
2,77%
154,9
219,6
3,04
3,18%
(Milhões de Euros)
Dívida Financeira Líquida*
Dívida Financeira Bruta
Maturidade Média (anos)**
Spread Médio
20172016
* Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros** Excluindo leasings
Sustentabilidade Financeira
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 9
Principais Rácios Financeiros
1 Considera Dívida Financeira Bruta deduzida de Caixa e Equivalentes e Outros Instrumentos Financeiros
Rácios
14,2%
12,4%
4,7
3,5
19,4%
16,2%
2,3
4,1
Solvabilidade
Autonomia Financeira
Dívida Financeira Líquida1/EBITDA
EBIT/Encargos Financeiros
20172016
-23,7%
107,5%
-27,0%
-15,2%
Var %
Apesar de em 2017 a José de Mello Saúde ter apresentado um exercício consistente em termos financeiros, a evolução dos rácios traduz o esforço de investimento nas diversas obras de expansão e na aquisição dos imóveis durante o ano. Por esse motivo, e mesmo considerando o incremento do EBITDA, verifica-se um crescimento do rácio de Dívida Líquida/EBITDA para 4,7x. A José de Mello Saúde tem incluída a obrigação de cumprimento do rácio Dívida Líquida/EBITDA em níveis inferiores a 6x nos empréstimos obrigacionistas colocados nos mercados financeiros. Em 31 de dezembro de 2017 a José de Mello Saúde, S.A. cumpria os covenants financeiros em todos os empréstimos por obrigações.
Informação complementar e detalhada sobre a José de Mello Saúde pode ser consultada nos documentos Relatório de Sustentabilidade - Anexo GRI e Relatório Integrado 2017, nos seguintes capítulos:
• Sobre a José de Mello Saúde (Ambiente Externo)
• Estratégia, concretizações e metas;
• Gestão de risco, principais riscos e incertezas;
• Investigação, Desenvolvimento e Inovação;
• Desempenho Social;
• Desempenho Ambiental;
Informação Complementar
Desde 31 de dezembro de 2017 e até 22 de março de 2018, data em que as demonstrações financeiras individuais foram autorizadas pelo Conselho de Administração, não ocorreram quaisquer factos que não estejam já ajustados e/ou divulgados nas demonstrações financeiras
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
10 RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 11
O Conselho de Administração propõe que o resultado líquido das contas individuais da José de Mello Saúde SA, apurado no exercício de 2017, no valor de 29.554.175,64 euros, seja aplicado da seguinte forma:
• Reserva Legal 1.477.708,78 euros
• Dividendos Antecipados 14.100.000 euros
• Dividendos 13.500.000 euros
• Resultados Transitados 476.466,86 euros
O Conselho de Administração
Lisboa, 22 de março de 2018
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201712
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Salvador de MelloPresidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva
Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da José de Mello Saúde desde 2001 e membro do Conselho de Administração da José de Mello Capital, é responsável pela forte dinâmica de crescimento e expansão da rede para as atuais 19 unidades de saúde. Licenciado em Ciências Económicas e Administração de Empresas na Universidade de Neuchâtel, Suíça.
Pedro de MelloVice-Presidente do Conselho de Administração
Licenciado em Engenharia Têxtil, é igualmente Vice-Presidente da José de Mello Capital, membro do Conselho de Administração da CUF Consultadoria e Serviços e presidente do conselho de administração da MGI Capital.
João Gonçalves da SilveiraVice-Presidente do Conselho de Administração
Vice-Presidente do Conselho de Administração da José de Mello Saúde desde 2001, licenciado em Farmácia pela Universidade de Lisboa, Presidente da Direção do MONAF (Montepio Nacional da Farmácia).
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 13
Rui DinizVice-Presidente da Comissão Executiva
Vice Presidente da Comissão Executiva da José de Mello Saúde, é licenciado em Economia pela Universidade Católica de Lisboa. É igualmente Administrador Executivo da José de Mello Capital.
Rui Assoeira RaposoAdministrador Executivo
Licenciado em Farmácia pela Universidade do Porto, possui título de Especialista em Indústria Farmacêutica pela Ordem dos Farmacêuticos e Pós Graduação pelo IMD-Lausane/ Suíça e pela AESE Business School- Lisboa/ Portugal.
Guilherme MagalhãesAdministrador Executivo
Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico e com MBA pela Universidade Nova de Lisboa é Presidente do Conselho de Curadores da Fundação do Gil.
Inácio BritoAdministrador Executivo
Licenciado em Economia na Universidade Católica de Lisboa, com Pós Graduação em Ciências Actuariais.
Vasco Luís de MelloAdministrador Executivo
Licenciado em Engenharia Mecânica na Universidade Católica de Louvaina - Bélgica, realizou posteriormente um Mestrado em Gestão de Empresas na mesma Universidade.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201714
Paulo Cleto DuarteAdministrador não Executivo
Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa e com um MBA em Gestão de Informação pela Universidade Católica Portuguesa, é Presidente da Associação Nacional das Farmácias e CEO da Farminveste, SGPS.
Luís Brito de GoesAdministrador não Executivo
Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, é também Administrador Executivo da José de Mello Capital, membro dos conselhos de administração da Brisa e da CUF Consultadoria e Serviços e Presidente do Conselho de Administração da MGI Capital.
Raúl Galamba de OliveiraAdministrador não Executivo
Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico, MSc em Sistemas, e MBA pela Nova School of Business and Economics é atualmente senior partner da McKinsey em Portugal e Espanha, e líder da área de Risk Management da McKinsey.
Celine Abecassis-MoedasAdministradora não Executiva
Doutorada em Estratégia Empresarial pela École Polytechnique, Paris, mestre em Gestão pela École Normale Supérieure e Université Paris Dauphine e licenciada em Economia e Gestão pela Sorbonne. É professora associada nas áreas de Estratégia e Inovação da Universidade Católica Portuguesa. Adicionalmente, é membro do Conselho de Administração dos CTT e da Europac.
Vera Pires CoelhoAdministradora não Executiva
Licenciada e mestre em Economia com um MBA pela Universidade Nova de Lisboa e uma Pós Graduação em Ciências Atuariais pela Universidade Católica Portuguesa, atualmente é Administradora Executiva das participadas do Grupo Vendap em Angola, Moçambique e Brasil, Administradora da Fundação de Serralves, Vice-Presidente do Conselho Geral da Universidade Nova.
15RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017
INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201716
31-12-2017 31-12-2016Notas
Ativo
Passivo não corrente
Passivo
Ativo corrente
Capital próprio
Capital próprio e Passivo
Ativos não correntes detidos para venda
7
9
14
15
9
9
11
11
9
11
8
9
9
9
9
11
11
9
9
4
10
12
11
5.716.378
158.189.064
15.832.914
874.938
1.627.604
6.864.409
40.012.059
(37.434.593)
(14.100.000)
29.554.176
13.199.329
30.271.560
(37.434.593)
(11.408.000)
29.103.683
13.364.148
5.811.644
20.024.203
4.356.460
122.780
(1.249.145)
1.885.798
(2.288.872)
3.094.216
53.000.000
1.753.134
53.000.000
4.825.114
105.303.388
15.846.938
1.053.852
2.301.120
67.137.753
29.869.000
169.361.037
700.000
3.181.964 2.292.714
64.129.913
-
100.847.068
-
243.090.106
206.218.582
75.594.141
16.500.000
19.398.704
-
10.000.000
1.288.616
-
62.526.220
305.616.326
50.443.794
221.299.740
170.855.946
123.451.447
65.600.238
Acionistas
Outras reservas
Resultados Transitados
Ajustamentos em Ativos Financeiros
Resultados Líquidos do Período
Dividendos Antecipados
Clientes
Capital
TOTAL DO ATIVO
Total de ativos não correntes
Total de passivos não correntes
Outros Instrumentos Financeiros
Caixa e Depósitos Bancários
Total de ativos correntes
Total do capital próprio
Ativos Fixos Tangíveis
Financiamentos Obtidos
Ativos por Impostos Diferidos
Instrumentos Financeiros Derivados
Ativo Não Corrente
Provisões
Outros Ativos Financeiros
Outras Contas a Pagar
Outros Ativos Financeiros
Estado e Outros Entes Públicos
Reservas Legais
Investimentos em Subsidiárias e Participadas
Outros Passivos Financeiros
Outras Contas a Receber
DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Valores expressos em Euros
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 17
Passivo corrente
12
9
9
9
9
29.108
623.336
2.608.736
26.392
843.016
1.223.302
2.812.800
17.729.624
6.454.253
23.701.092
23.803.603
230.022.185
305.616.326
32.248.055
155.699.502
221.299.740
Total de passivos correntes
TOTAL DO PASSIVO
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
Estado e Outros Entes Públicos
Outras Contas a Pagar
Fornecedores
Financeiamentos Obtidos
Outros Passivos Financeiros
31-12-2017 31-12-2016Notas
DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Valores expressos em Euros
31-12-2017 31-12-2016Notas
16
14
18
20
23
21
15
20
11.3
8
19
17
22
1.786.383
97.000
(2.728.515)
(230.412)
(5.898.305)
(1.302.610)
3.077.291
1.400.283
6.266.078
(1.137.733)
(291.765)
(4.809.044)
(1.093.922)
2.487.707
(94.766)
521.975
-
(3.990.572)
2.330.052
36.508.629
371.117
(813.312)
(66.100)
(3.181.056)
1.216.255
27.941.863
(2.830.830)
(4.133.440)
29.554.176
30.076.151
2.84
26.476.884
4.577.079
3.483.158
29.103.683
28.290.371
2.67
26.615.976
Resultados antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos
Resultado Operacional (antes de gastos de Financiamento e Impostos)
Resultado Líquido do Período
Rendimento Integral
Resultado por ação
Resultado antes de Impostos
Vendas e Serviços Prestados
Que poderão vir a ser subsequentemente reclassificados para resultados
Provisões (Aumentos/Reduções)
Gastos com o Pessoal
Outros Gastos e Perdas
Juros e Gastos Similares Suportados
Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização
Impostos sobre o Rendimento do Período
Rendimentos e Gastos
Outros rendimentos e gastos reconhecidos em capital próprio
Fornecimentos e Serviços Externos
Outros Rendimentos e Ganhos
Juros e Rendimentos Similares Obtidos
Ganhos / Perdas Imputados de Subsidiárias
Instrumentos Financeiros de cobertura (líquidos de imposto)
Imparidade de Inv. não Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões)
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Valores expressos em Euros
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201718
Capital Realizado(Nota 11.1)
Outros Instrumentos de Capital Próprio
(Nota 11.3)
Reservas Legais(Nota 11.3)NotasDescrição
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2016
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2017
1
7
8
9
2
3
4
10
5=3+4
11=9+10
6
12
7=1+2+3+4+6
13=7+8+9+10+12
-
53.000.000
53.000.000
14.350.000
-
3.430.501
4.356.460
925.958
1.455.184
1.455.184
925.958
11.3
11.2 / 11.3
11.3
11.2 / 11.3
11.3
11.3
11.4/11.2
11.4/11.2
-
-
-
-
-
(14.350.000)
(14.350.000) -
--
-
-
-
-
-
-
-
-
53.000.000
53.000.000
-
-
-
-
4.356.460
5.811.644
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2016
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2017
Constituição da Reserva Legal
Constituição da Reserva Legal
Distribuições de Dividendos Antecipados
Distribuições de Dividendos Antecipados
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
RESULTADO LIQUIDO DO PERIODO
RESULTADO LIQUIDO DO PERIODO
RESULTADO INTEGRAL
RESULTADO INTEGRAL
Transferência de Resultados do ex. para Resultados Transitados
Transferência de Resultados do exercício para Resultados Transitados
Devolução de Prestações Acessórias
Distribuição de Dividendos
Outras Operações
Perdas líquidas em coberturas
Ganhos líquidos em coberturas
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PERÍODO FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Valores expressos em Euros
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 19
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PERÍODO FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Resultados Transitados(Nota 11.3)
Outras Reservas(Nota 11.3)
Ajustamentos em Ativos e Passivos
Financeiros(nota 11.3)
Dividendos Antecipados(Nota 11.4)
Resultado Líquido do Período
Total de Capital Próprio
12.678.352
30.271.560
(1.475.560)
(2.288.872)
(37.434.593)
(37.434.593) (11.408.000)
18.519.167
29.103.683
63.067.867
65.600.238
(11.195.683)
(925.958)
(1.455.184)
-
-
-
- - (18.519.167) -
17.593.209
9.740.499
9.740.499
17.593.209
(17.593.209)
(9.740.499)
-
-
-
-
-
-
-
(14.350.000)
(6.500.000)
(25.758.000)
517.752
(20.082.248)
-
- 517.752
517.752
-
-
29.103.683
29.554.176
29.103.683
29.554.176
29.103.683
29.554.176
28.290.371
30.076.151
(11.408.000)
(14.100.000)
(11.408.000)
11.408.000
(2.692.000)
0
(17.908.000)
(17.908.000)
(11.408.000)
(14.100.000)
(813.312)
521.975 521.975
(813.312)
521.975 521.975
(813.312)
(813.312)0
0
30.271.560
40.012.059
(2.288.872)
(1.249.145)
(37.434.593)
(37.434.593)
(11.408.000)
(14.100.000)
29.103.683
29.554.176
65.600.238
75.594.141
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201720
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 21
31-12-2017 31-12-2016Notas
5.475.520
230.150.000
(6.690.883)
(37.652)
(176.795.634)
(5.282.356)
(193.723.708)
5.615.635
1.708.561
7.573.904
78.800.000
27.829.448
(38.618)
(65.783.489)
(4.491.145)
(83.621.665)
1 116.494
1 594.749
(5.728.209)
159.901.424
(7.905.500)
(1.235.974)
-
(20.600.000)
(20.000.000)
177.666
31.493.755
11.196.924
(1.364.107)
13.500.000
19.392.933
(7.943.152)
38.995.618
(417.637.672)
403.551.424
8.1
11.4
9.5
8.1
2.2
9.5
4
4
(462.530)
(7.890.730)
62.979.176
(9.186.688)
(45.000)
(947.689)
(14.350.000)
(11.408.000)
-
-
24.066.269
(10.853.360)
(1.159.056)
-
(6.690.883)
(83.618)
26.777.512
(180.601.989)
141.779.176
(875.482)
(1.616.796)
9.117.598
31.052.466
(14.086.248)
26.083.816
(1.475.882)
(13.204.724)
26.693.894
(38.822.812)
(25.333.643)
Caixa gerada pelas operações
Fluxo de caixa das atividades operacionais (1)
Fluxo de caixa das atividades de investimento (2)
Fluxo de caixa das atividades de financeiamento (3)
Variações de caixa e seus equivalentes (1+2+3)
Recebimentos de Clientes
Financiamentos bancários
Caixa e seus equivalentes no início do período
Financiamentos bancários
Pagamentos respeitantes a
Pagamentos respeitantes a
Recebimentos provenientes de
Fluxo de caixa das atividades operacionais - método direto
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Efeito das diferenças de câmbio
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Pagamentos ao Pessoal
Outros Instrumentos Financeiros
Caixa e seus equivalentes no fim do período
Investimentos Financeiros
Amortização de Contratos de locação financeira
Devolução de Prestações Acessórias
Dividendos
Outros Instrumentos Financeiros
Outros Ativos
Dividendos
Outros recebimentos / pagamentos
Pagamentos a Fornecedores
Outras operações de financiamento (suprimentos)
Alterações dos equivalentes de caixa
Ativos Fixos Tangíveis
Juros e gastos similares
Outras operações de financiamento (suprimentos)
Investimentos financeiros
Juros e rendimentos similares
Pagamentos/recebimentos do imposto sobre o rendimento
DEMONSTRAÇÃO SEPARADA DOS FLUXOS DE CAIXA PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016
Valores expressos em Euros
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201722
1. INFORMAÇÃO GERAL DA ATIVIDADE DA ENTIDADE
A José de Mello Saúde, S.A. (a seguir designada “Empresa” ou “JMS”) é uma sociedade anónima, com sede em Lisboa, na Av. Do Forte, nº 3, Edifício Suécia III, Piso 2, 2790-073 Carnaxide, constituída em dezembro de 1992.
A Empresa tem como objecto social a compra, venda e aluguer de equipamentos bem como a prestação de serviços de gestão, consultoria, informáticos, administrativos, negociação/aprovisionamento, e também a prestação de serviços na área da saúde.
A José de Mello Saúde é a holding de um grupo que tem como atividade principal a prestação de cuidados de saúde, nomeadamente na área da prestação de cuidados de saúde privados, na parceria público-privado, na prestação de serviços no âmbito da medicina, higiene e saúde no trabalho e ainda na prestação de cuidados de saúde domiciliários. O grupo desenvolve ainda outras atividades secundárias no sector imobiliário e infraestruturas.
O capital da Empresa é detido pela sociedade José de Mello Capital, S.A. (65,85%), sua empresa-mãe, pela Fundação Amélia da Silva de Mello (4,15%) e pela Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A. (30%).
De salientar que a 12 de dezembro de 2017, as sociedades José de Mello Participações II, SGPS, S.A., Guimarães de Mello Portugal, SGPS, S.A. Guimarães de Mello Investimentos, SGPS, S.A. e José de Mello – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (anterior empresa-mãe da JMS) foram incorporadas, por fusão, na sociedade SOGEFI – Sociedade de Gestão e Financiamentos, SGPS, S.A., a qual passou a designar-se José de Mello Capital, S.A.. Esta reestruturação societária não pôs em causa quaisquer compromissos assumidos pelas Sociedades intervenientes uma vez que todos os direitos e obrigações que impendiam sobre as mesmas passam a ser prosseguidos, de forma concentrada, pela José de Mello Capital, S.A.
2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. BASES DE PREPARAÇÃO
As Demonstrações Financeiras da José de Mello Saúde, S.A. foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e em conformidade com as “Internacional Financial Reporting Standards” (IFRS), tal como adotadas pela União Europeia, em vigor para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, quer as IFRS emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), quer as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”) emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respetivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e Standing Interpretation Committee (“SIC”), respetivamente. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “IFRS”. As demonstrações financeiras são apresentadas em euros.
2.1.1. NOVAS NORMAS E INTERPRETAÇÕES APLICÁVEIS AO EXERCÍCIO DE 2017
Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE), ocorreram as seguintes emissões, revisões, alterações e melhorias nas normas e interpretações com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2017, que quando aplicáveis, foram adoptadas pela Empresa:
Normas Data de aplicação
IAS 12 – Reconhecimento de impostos diferidos ativos para perdas não realizadas (alterações) 1 de janeiro de 2017
IAS 7 - Iniciativa de divulgação (alterações)
Melhorias relativas ao ciclo 2014-2016 (IFRS 12 Divulgações de interesses em outras entidades)
1 de janeiro de 2017
1 de janeiro de 2017
NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 23
A adopção destas normas, interpretações e alterações às normas, não teve um impacto significativo nas demonstrações financeiras.
2.1.2. NOVAS NORMAS E INTERPRETAÇÕES JÁ EMITIDAS MAS QUE AINDA NÃO SÃO OBRIGATÓRIAS
As normas e interpretações recentemente emitidas pelo IASB cuja aplicação é obrigatória apenas em períodos após 1 de janeiro de 2018 ou posteriores:
a) Já endossadas pela UEEm 31 de dezembro de 2017 as seguintes melhorias das Normas e Interpretações, emitidas pelo IASB, já se encontravam endossadas pela UE, contudo a sua aplicação só é obrigatória para os exercícios que se iniciem após 1 de janeiro de 2018:
A nova norma IFRS 15 Rédito de Contratos com Clientes vem estabelecer um modelo de cinco passos para o reconhecimento de rédito resultante de contratos celebrados com clientes. De cordo com o previsto na norma, o rédito é reconhecido pelo valor que a entidade espera receber do cliente em troca dos bens ou serviços prestados.
A aplicação da norma é obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018, devendo a sua adoção seguir o método retrospectivo pleno ou método retrospectivo modificado.
A Empresa adoptou esta norma a partir de 1 de janeiro de 2018, e procedeu a uma análise das implicações da sua adoção, não sendo esperado qualquer impacto significativo nas Demonstrações Financeiras. Na preparação da adoção da IFRS 15, a Empresa considerou os seguintes aspetos relevantes:
Prestação de Serviços – Esta revenue stream respeita às rendas de sublocação relativas ao aluguer de equipamentos médicos às empresas do Grupo. O rédito é reconhecido mensalmente com base nos contratos de sublocação realizados. Com efeito a Empresa concluiu que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras.
A Empresa não realizou a adopção antecipada destas normas e, com exceção da IFRS 16 – Locações, não se esperam impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da sua adopção. A aplicação da IFRS 16 irá ter impactos significativos ao nível do balanço da Empresa. O registo do direito de utilização dos imóveis que estão em exploração pela Empresa deverá implicar um aumento dos ativos e das responsabilidades com terceiros.
Normas Data de aplicação
IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes
Aplicação da IFRS 9 com a IFRS 4 - Alterações à IFRS 4
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2018
Clarificações à IFRS 15
IFRS 10 e IAS 28 - Venda ou entrega de ativos por um investidor à sua associada ou empreendimento conjunto
IFRS 9 - Instrumentos Financeiros
IFRS 16 - Locações
Melhorias relativas ao ciclo 2014-2016
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2019
1 de janeiro de 2018
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201724
b) Ainda não endossadas pela UE
Relativamente às normas apresentadas acima cuja entrada obrigatória em vigor ainda não ocorreu, a Empresa ainda não concluiu o apuramento de todos os impactos decorrentes da sua aplicação pelo que optou pela sua não adopção antecipada. Contudo, não se espera que estas venham a produzir efeitos materialmente relevantes sobre a sua posição patrimonial e resultados.
2.2. PRINCIPAIS POLITICAS CONTBILÍSTICAS
ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Os Ativos Fixos Tangíveis referem-se a bens utilizados na prestação de serviços ou no uso administrativo.
Os Ativos Fixos Tangíveis encontram-se valorizados pelo respetivo custo de aquisição, incluindo todos os custos associados à sua aquisição, deduzidos das correspondentes depreciações acumuladas e depreciações acumuladas por imparidade.
As depreciações são calculadas numa base duodecimal, desde o momento em que o bem se encontra disponível para utilização, segundo o método da linha recta, de modo a que o valor dos bens seja depreciado até ao final da respetiva vida útil estimada, sendo aplicadas as seguintes taxas:
A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos no ponto da “Imparidade de ativos não correntes”.
Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo tangível (calculado como a diferença entre o valor de venda menos custo de vender e o valor contabilístico) é incluído no Resultado Líquido do Período no ano em que o ativo é desreconhecido.
Os bens adquiridos em regime de locação financeira são depreciados utilizando as mesmas taxas dos restantes ativos fixos tangíveis, ou seja, tendo por base a respetiva vida útil.
Considera-se que o valor residual é nulo pelo que o valor depreciável sobre o qual incidem as depreciações é coincidente com o custo.
Normas Data de aplicação
IAS 28 - Interesses de longo prazo em Associadas ou Joint Ventures (alterações)
IAS 40 - Transferência de Propriedades de investimento (alterações)
1 de janeiro de 2019
1 de janeiro de 2018
IFRS 2 - Classificação e mensuração de transações de pagamento com base em ações (adenda)
IFRS 17 – Contratos de seguro
IFRIC 22 - Transações em moeda estrangeira e adiantamento da consideração
IFRIC 23 – Incerteza sobre diferentes tratamentos do imposto sobre o rendimento
IFRS 9 - Pagamentos antecipados com compensações negativas (alterações)
Melhorias relativas ao ciclo 2015-2017
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2021
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2019
1 de janeiro de 2019
1 de janeiro de 2019
2017 2016
14,28%-33,33%
12,50%-25%
5%-10% 5%-10%
14,28%-33,33%
12,50%-25%
Equipamento Básico
Equipamento Administrativo
Edificios e Outras Construções
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 25
Os custos de manutenção e reparação correntes são reconhecidos como gastos no período em que ocorrem.
As benfeitorias e beneficiações apenas são registadas como ativo nos casos em que comprovadamente aumentem a sua vida útil ou aumentem a sua eficiência normal, traduzindo-se num acréscimo dos benefícios económicos futuros.
Os Ativos Fixos Tangíveis em Curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção, de instalação ou de desenvolvimento e estão mensurados ao custo de aquisição sendo somente amortizados quando se encontram disponíveis para uso.
ATIVOS INTANGÍVEIS
Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados, na data do reconhecimento inicial, ao custo. O custo dos ativos intangíveis adquiridos numa concentração de atividades empresariais é o seu justo valor à data de aquisição.
Os intangíveis gerados internamente, excluindo os custos de desenvolvimento capitalizados, não são capitalizados e o gasto é reflectido na Demonstração de Resultados e do Outro Rendimento Integral no ano em que o gasto ocorre.
Após o reconhecimento inicial os ativos intangíveis apresentam-se ao custo menos amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.
As vidas úteis dos ativos intangíveis podem ser finitas ou indefinidas.
Os ativos Intangíveis com vidas úteis indefinidas não são amortizados, mas são testados quanto à imparidade independentemente de haver ou não indicadores de que possam estar em imparidade.
Os ativos Intangíveis com vidas úteis finitas são amortizados durante o período de vida económica esperada e avaliados quanto à imparidade sempre que existe uma indicação de que o ativo pode estar em imparidade.
A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos no ponto da “Imparidade de Ativos não correntes”.
As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados e são efetuadas apenas até ao limite que resultaria se a imparidade nunca tivesse sido registada.
Para um ativo intangível com uma vida útil finita, os métodos de amortização, a vida útil estimada e o valor residual são revistos no final de cada ano e os efeitos das alterações são tratados como alterações de estimativas, ou seja, o efeito das alterações é tratado de forma prospectiva.
As amortizações são calculadas numa base duodecimal utilizando o método da linha reta. Considera-se que o valor residual é nulo pelo que o valor depreciável sobre o qual incidem as amortizações é coincidente com o custo.
As taxas de amortização estão definidas tendo em vista amortizar totalmente os bens até fim da sua vida útil esperada e são as seguintes:
O gasto com amortizações de ativos intangíveis com vidas úteis finitas é reconhecido na Demonstração dos Resultados e do Outro Rendimento Integral na rubrica Gastos / Reversões de Depreciação e Amortização.
Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo intangível (calculado como a diferença entre o valor de venda menos custo da venda e o valor contabilístico) é incluído no Resultado Líquido do Período no ano em que o ativo é desreconhecido.
2017 2016
25% 25%Programas de Computador
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201726
INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E PARTICIPADAS
Os Investimentos Financeiros relativos a partes de capital em Entidades Subsidiárias e Participadas estão valorizados pelo respetivo custo considerado à data da transição para IFRS, isto é, 1 de Janeiro de 2012. Nesta rubrica são também registadas, ao valor nominal, as prestações acessórias concedidas às subsidiárias e participadas.
Os dividendos associados a participações de capital só são reconhecidos como proveitos quando se encontra assegurado o respetivo recebimento, e os juros provenientes de títulos são contabilizados no período a que respeitam.
O “Goodwill” encontra-se incluído no valor escriturado do investimento, não é amortizado, nem sujeito a testes individuais de imparidade. Contudo, caso sejam detectados indícios de imparidade, nos Investimentos Financeiros, os mesmos são sujeitos a testes de imparidade. A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos no ponto da “Imparidade de ativos não correntes”.
IMPARIDADE DE ATIVOS NÃO CORRENTES
Em cada data de relato é efetuada uma revisão das quantias escrituradas dos ativos não correntes com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos ativos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustados. Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na Demonstração dos Resultados e do Outro Rendimento Integral, salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na Demonstração dos Resultados e Outro Rendimento Integral. A reversão efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda por imparidade anterior não tivesse sido registada.
ATIVOS FINANCEIROS (PARA ALÉM DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS)
Os ativos financeiros são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira da Empresa na data de negociação ou contratação, que é a data em que a Empresa se compromete a adquirir o ativo.
Os ativos financeiros classificam-se como segue, dependendo da intenção do Conselho de Administração na sua aquisição:
• Clientes e Outras Contas a Receber
Incluem-se os ativos Financeiros não derivados, com recebimentos fixos ou determináveis. Os saldos de Clientes, de Outras Contas a Receber e os Outros Ativos Financeiros são registados ao justo valor e, subsequentemente, ao custo amortizado, deduzido de ajustamentos por imparidade, se aplicável.
No final do ano a empresa avalia a imparidade destes ativos. Sempre que exista evidência objectiva de imparidade,
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 27
a empresa reconhece uma perda de imparidade na demonstração de resultados.
A evidência objetiva de que um ativo financeiro está em imparidade teve em conta os seguintes aspetos:
• Significativa dificuldade financeira do devedor
• Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou amortização da dívida
• Probabilidade de o devedor entrar em falência financeira.
• Outros Instrumentos Financeiros
Os ativos financeiros incluídos nesta rubrica referem-se a instrumentos financeiros detidos até à maturidade, mensurados ao custo amortizado, utilizando o método da taxa de juro efetiva, menos imparidade.
• Acionistas
Os saldos com acionistas são apresentados pelo respetivo custo, deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável, determinada com base nos critérios definidos para as restantes contas a receber.
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
O imposto sobre o rendimento do período engloba os impostos correntes e diferidos do exercício.
O imposto corrente é determinado com base no resultado contabilístico ajustado de acordo com a legislação fiscal em vigor a que está sujeita a empresa.
A Empresa é tributada pelo Regime Especial de Tributação de Grupo de Sociedades (RETGS).
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos.
Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2014 a 2017 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão, embora a Empresa considere que eventuais correções resultantes de revisões fiscais àquelas declarações de imposto não terão efeito significativo nas Demonstrações Financeiras referidas à data de 31 de dezembro de 2017.
ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
A Empresa reconhece os Impostos Diferidos, de acordo com o estabelecido na IAS 12 – Imposto Sobre o Rendimento, como forma de especializar adequadamente os efeitos fiscais das suas operações, e de excluir as distorções relacionadas com os critérios de natureza fiscal que contrariam os efeitos económicos de determinadas transações.
São reconhecidos Ativos por Impostos Diferidos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os ativos poderão ser utilizados. Os Ativos por Impostos Diferidos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.
O valor dos Impostos Diferidos é determinado com aplicação das taxas fiscais (e leis) decretadas ou substancialmente decretadas na data de reporte e que se espera que sejam aplicáveis no período de realização do Ativo por Imposto Diferido ou de liquidação do Passivo por Imposto Diferido. De acordo com a legislação em vigor, considerou-se a taxa de IRC de 21% e, nas situações não ligadas a prejuízos fiscais, uma derrama de 1,5% sobre o valor das diferenças temporárias que originaram Impostos Ativos e Passivos Diferidos.
O movimento ocorrido durante o exercício, a reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva do imposto
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201728
corrente e a decomposição dos saldos de Impostos Diferidos estão apresentados na Nota 15.
CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS
Os montantes incluídos na rubrica de Caixa e Depósitos Bancários correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes” compreende também os descobertos bancários incluídos na rúbrica “Financiamentos Obtidos”, na Demonstração da Posição Financeira.
ATIVOS NÃO-CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Esta rubrica inclui ativos não correntes (ou grupos para alienação) cuja quantia escriturada será recuperada principalmente através de uma transação de venda, ao invés de o ser pelo uso continuado, e que satisfazem as seguintes condições:
• Estão disponíveis para venda imediata na sua condição presente, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para a venda de tais ativos e
• A sua venda é altamente provável. Isto é:
• A hierarquia de gestão apropriada está empenhada num plano para vender o ativo (ou grupos para alienação);
• Foi iniciado um programa para localizar um comprador e concluir o plano;
• O ativo foi amplamente publicitado para venda a um preço que é razoável em relação ao seu justo valor corrente;
• A venda será concluída dentro de um ano a partir da data da classificação.
Os acontecimentos ou circunstâncias que podem prolongar o período para concluir a venda para além de um ano não excluem que um ativo seja classificado como detido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do controlo
da entidade e se houver prova suficiente de que a entidade continua comprometida com o seu plano de vender o ativo.
Imediatamente antes da classificação inicial dos ativos não correntes (ou grupos para alienação) como detidos para venda, as quantias escrituradas dos ativos (ou de todos os ativos e passivos do grupo) são mensuradas de acordo com as IFRS aplicáveis.
Na data do reconhecimento inicial, os ativos não correntes (ou grupos para alienação) detidos para venda são mensurados pelo menor valor entre a sua quantia escriturada e o justo valor menos os custos de vender ou, se adquiridos como parte de uma concentração de atividades empresariais, pelo justo valor menos os custos de vender.
Quando se espera que a venda ocorra para além de um ano, os custos de vender são mensurados pelo seu valor presente. Qualquer aumento no valor presente dos custos de vender que resulte da passagem do tempo é reconhecido nos resultados como custo de financiamento.
Qualquer redução inicial ou posterior do ativo (ou grupo para alienação) para o justo valor menos os custos de vender é reconhecida como uma perda por imparidade. Qualquer ganho resultante de um aumento posterior no justo valor menos os custos de vender um ativo é reconhecido, mas não para além da perda por imparidade cumulativa que tenha sido reconhecida anteriormente.
Os ativos não correntes enquanto estiverem classificados como detidos para venda ou enquanto fizerem parte de um grupo para alienação classificado como detido para venda não são depreciados (ou amortizados).
Os juros e outros gastos atribuíveis aos passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda continuam a ser reconhecidos.
PASSIVOS FINANCEIROS
Os Passivos Financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem, e classificam-se como segue:
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 29
• Financiamentos Bancários
Os Financiamentos são valorizados ao custo amortizado, sendo o valor recebido líquido de comissões com a emissão desses Financiamentos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e contabilizados na Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral de acordo com o princípio de especialização dos exercícios.
• Fornecedores, Outras Contas a Pagar e Outros Passivos Financeiros
Os saldos de Fornecedores, Outras Contas a Pagar e Outros Passivos Financeiros são inicialmente registados pelo seu valor nominal, que se entende corresponder ao seu justo valor e, subsequentemente, sempre que aplicável, são registados ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa de juro efetiva. As contas a pagar são reconhecidas como passivos correntes exceto se estiver contratualizada a sua liquidação após 12 meses seguintes à data da Demonstração da Posição Financeira.
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS E CONTABILIDADE DE COBERTURA
A Empresa tem como política contratar instrumentos financeiros derivados com o objectivo de efetuar cobertura dos riscos financeiros a que se encontra exposto, os quais decorrem essencialmente de variações de taxas de juro.
• Instrumentos de Cobertura
A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições da IAS 39, nomeadamente, quanto à respetiva documentação e avaliação de efetividade.
Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos pelo seu justo valor na data da sua negociação. O justo valor é avaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa avaliação registados na demonstração de resultados, excepto no que se refere aos derivados de cobertura de fluxos de caixa, em que a variação é reconhecida em Capitais Próprios (“Outras Reservas Instrumentos
Financeiros”).
A contabilização é descontinuada quando o instrumento de cobertura atinge a maturidade, o mesmo é vendido ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos na IAS 39.
LOCAÇÕES
• Locações financeiras
São considerados contratos de locação financeira se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos correspondentes.
Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, sendo os ativos, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação registadas de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do ativo fixo tangível e intangível são reconhecidos como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.
• Locações operacionais
São classificados como contratos de locação operacional se através dos contratos não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse desses ativos. A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Nas locações operacionais, as rendas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados, durante o período do contrato de locação.
PROVISÕES
São constituídas Provisões quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) em resultado de ações passadas, quando é provável uma saída de recursos económicos para fazer face a essa obrigação e esta possa ser medida com fiabilidade.
As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à data do balanço.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201730
RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO
• Capital Realizado
Em cumprimento do disposto no art.º 272 do Código das Sociedades Comerciais (CSC) o contrato da sociedade indica o prazo para realização do capital subscrito e não realizado à data da escritura.
• Outros Instrumentos de Capital Próprio
Os Instrumentos de Capital Próprio são classificados de acordo com a substância contratual , independentemente da forma legal que assumem. Os Instrumentos de Capital Próprio emitidos pela Entidade são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.
• Reservas Legais
De acordo com o art.º 295 do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de ser destinado à constituição ou reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação e só pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital social (art.º 296 do CSC).
• Outras Reservas
Esta conta inclui as variações no justo valor de derivados de cobertura do risco de variabilidade da taxa de juro, risco cambial, risco de preço de mercadorias no âmbito de um compromisso ou de elevada probabilidade de transação futura, que, de acordo com o nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.
• Resultados Transitados
Esta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição aos acionistas e os ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento que, de acordo com o nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando
os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.
• Resultado Líquido do Exercício
Esta rubrica inclui ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento que, de acordo com o nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.
• Ajustamentos em ativos financeiros
Esta conta inclui os ajustamentos relacionados com a aplicação do método da equivalência patrimonial de anos anteriores, nomeadamente a apropriação das variações nos capitais próprios das participadas e lucros não atribuídos.
• Dividendos Antecipados
Esta conta reflete o adiantamento sobre lucros efectuado no decurso de exercício ao abrigo do disposto no art.º 297 do CSC, nos seguintes termos:
• Efectuado no segundo semestre do ano;
• Não excede metade das importâncias que seriam distribuíveis à data a que se reporta o balanço intercalar.
RECONHECIMENTO DE RÉDITOS
Os réditos são reconhecidos como tal, na medida em que é provável que fluam benefícios económicos para a Empresa, e que possam ser avaliados com fiabilidade.
Para que os réditos sejam reconhecidos é necessário também que sejam observados na íntegra os seguintes critérios:
• Prestações de Serviços
As prestações de serviço são mensuradas pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber deduzido das quantias relativas a descontos concedidos.
O rédito das prestações de serviços é reconhecido quando o desfecho da transação pode ser estimado com fiabilidade o que ocorre quando todas as condições seguintes são satisfeitas:
• A quantia de rédito pode ser mensurada com
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 31
fiabilidade;
• É provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a empresa;
• Os custos incorridos com a transação e os custos para concluir a transação podem ser mensurados com fiabilidade.
• Juros
Os réditos relativos a juros a receber são especializados, de forma a serem reconhecidos no período a que respeitem, independentemente de ser, ou não, emitido o respetivo documento de suporte.
• Dividendos
Estes réditos são reconhecidos quando, em substância, se constitui, na Entidade declarante, a obrigação de proceder à declaração de Dividendos.
RESPONSABILIDADE POR BENEFÍCIOS A EMPREGADOS
Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados independentemente da data do seu pagamento. Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos benefícios:
• Cessação de emprego
Os benefícios de cessação de emprego são devidos para pagamento quando há cessação de emprego antes da data normal de reforma ou quando um empregado aceita sair voluntariamente em troca destes benefícios. A Empresa reconhece estes benefícios quando se pode demonstrar estar comprometido a uma cessação de emprego de funcionários atuais, de acordo com um plano formal detalhado para a cessação e não exista possibilidade realista de retirada ou estes benefícios sejam concedidos para encorajar a saída voluntária. Sempre que os benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data do balanço, eles são descontados para o seu valor atual.
• Férias, subsídio de férias e prémios
De acordo com a lei laboral, os empregados têm direito a 22 dias úteis de férias anuais, bem como a um mês de subsídio de férias, direitos adquiridos no ano anterior ao seu pagamento. Estas responsabilidades da Empresa são registadas quando incorridas, independentemente do momento do seu pagamento, e são refletidas na rubrica de “Outras Contas a pagar”.
JUROS E GASTOS SIMILARES SUPORTADOS
Os custos financeiros de financiamentos obtidos relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos que necessariamente demoram um período substancial de tempo até estarem concluídos para o seu uso ou venda, são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. Todos os outros custos financeiros são gastos no período em que ocorrem. Custos de financeiros consistem em juros e outros custos decorrentes de financiamentos obtidos.
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
A Demonstração dos fluxos de caixa é elaborada segundo o método direto, através da qual são divulgados os influxos e exfluxos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201732
ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
Os Passivos Contingentes não são reconhecidos nas Demonstrações Financeiras, sendo divulgados nestas Notas, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os Ativos Contingentes não são reconhecidos, e apenas são divulgados quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
EVENTOS SUBSEQUENTES
Os eventos ocorridos após a data de reporte que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data da Demonstração da Posição Financeira são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos ocorridos após a data de reporte que proporcionem informação sobre as condições que ocorram após a data da Demonstração da Posição Financeira são divulgados nas Notas às Demonstrações Financeiras, se materiais.
2.3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS DA GESTÃO
Na preparação das Demonstrações Financeiras de acordo com as IFRS, o Conselho de Administração utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas e os montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e em outros factores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas, ou resultado de uma informação ou experiência adquiridas. As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas Demonstrações Financeiras são como segue:
• Vida útil de Ativos Fixos Tangíveis e Intangíveis
A vida útil de um ativo é o período durante o qual a Entidade espera que esse ativo esteja disponível para seu uso e é revista pelo menos no final de cada exercício económico.
O método de amortização/depreciação a aplicar e as perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsolescência tecnológica, é essencial para determinar a vida útil efetiva de um ativo.
Estes parâmetros são definidos de acordo com a melhor estimativa da gestão, para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas dos sectores em que a Entidade opera.
• Reconhecimento e mensuração de provisões
O reconhecimento de provisões tem inerente a determinação da probabilidade de saída de fluxos futuros e a sua mensuração com fiabilidade.
Estes fatores estão muitas vezes dependentes de acontecimentos futuros e nem sempre sob o controlo da Entidade pelo que poderão conduzir a ajustamentos significativos futuros, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.
• Imparidade de contas a receber
O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de relato, tendo em conta a informação histórica do devedor e o seu perfil de risco.
As contas a receber são ajustadas pela avaliação efetuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data do balanço, os quais poderão vir a divergir do risco efetivo a incorrer no futuro.
• Justo Valor de instrumentos financeiros
Quando o justo valor dos ativos e passivos financeiros à data de balanço não é determinável com base em mercados ativos, este é determinado com base em técnicas de avaliação que incluem o modelo dos fluxos de caixa
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 33
descontados ou outros modelos apropriados nas circunstâncias. Os inputs para estes modelos são retirados,sempre que possível, de variáveis observáveis no mercado mas quando tal não é possível, torna-se necessário um certo grau de julgamento para determinar o justo valor, o qual abrange considerações sobre o risco de liquidez, o risco de crédito e volatilidade.
• Imparidade de ativos não financeiros
A imparidade ocorre quando o valor contabilístico de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede a sua quantia recuperável a qual é a mais alta entre o justo valor menos os custos de vender e o seu valor de uso.
O cálculo do justo valor menos os custos de vender é baseado na informação que existe de contratos já firmados em transações de ativos similares, com entidades nas quais não existe relacionamento entre elas, ou preços observáveis no mercado menos custos incrementais para vender o ativo.
O valor em uso é calculado com base num modelo de fluxos de caixa descontados que têm em conta um orçamento para os próximos cinco anos o qual não inclui atividades de reestruturação relativamente às quais ainda não haja qualquer compromisso, nem investimentos futuros significativos destinados a melhorar os benefícios económicos futuros que advirão da unidade geradora de caixa que está a ser testada.
A quantia recuperável é sensível sobretudo:
• Taxa de crescimento usada para extrapolar os fluxos de caixa para além de 5 anos;
• Taxas de desconto usada para fazer o desconto dos fluxos de caixa futuros.
• Impostos sobre o rendimento e impostos diferidos
A determinação dos montantes de impostos sobre o rendimento e impostos diferidos requer o exercício de julgamento e está sujeito a interpretações. Diferentes interpretações poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.
Somente são reconhecidos impostos diferidos ativos na medida em que seja provável que venha a existir lucro tributável contra o qual possam ser utilizados.
2.5. POLÍTICAS DE GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS
A Política de Gestão de Riscos Financeiros da José de Mello Saúde tem como objetivo assegurar a correta identificação dos riscos associados aos negócios desenvolvidos, bem como adoptar e implementar as medidas necessárias para minimizar os impactos negativos que evoluções adversas dos fatores subjacentes a esses riscos possam ter na estrutura financeira da Sociedade e na respetiva sustentabilidade.
No âmbito do processo de gestão de riscos a José de Mello Saúde identificou um conjunto de riscos associados ao desempenho financeiro da empresa considerados materialmente mais relevantes, dos quais se destacam o risco de mercado (exposição às variações das taxas de juro), de crédito e de liquidez.
A Empresa detém um modelo de gestão do risco que procura minimizar os potenciais efeitos adversos, utilizando os instrumentos adequados a cobertura dos riscos a que se encontra exposta.
• Risco de mercado
O risco de mercado é o risco que as alterações nos preços dos mercados, como sejam taxas de juro, variações cambiais ou evolução das bolsas de valores, possam alterar os resultados da Empresa e a sua posição financeira.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201734
A Empresa encontra-se apenas exposta aos riscos decorrentes das alterações das taxas de juro, pelo que a gestão de riscos de mercado foca-se essencialmente na monitorização da evolução das taxas de juro, que influenciam os passivos financeiros remunerados (contratados com base em taxas de juro indexadas à evolução dos mercados) e do seu impacto nas Demonstrações Financeiras.
• Risco de exposição às variações de taxas de juro
A gestão do risco de taxa de juro tem por objetivo minimizar a exposição à variação das taxas de juro e o seu impacto nas Demonstrações Financeiras dentro dos limites estabelecidos.
Através da política de controlo adoptada procuram-se selecionar as estratégias adequadas para cada área de negócio, com o objetivo de assegurar que este fator de risco não afecta negativamente a respetiva capacidade operacional. Por outro lado, é ainda monitorizada a exposição ao risco de taxa de juro, mediante a simulação de cenários adversos, mas com algum grau de probabilidade, que possam afectar negativamente os resultados do Grupo.
Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro o justifiquem, a Empresa procura contratar operações de proteção contra movimentos adversos, através de instrumentos derivados. Na seleção de instrumentos são essencialmente valorizados os aspectos económicos dos mesmos.
Atualmente, a Empresa tem contratados instrumentos de cobertura de risco de fluxos de caixa com o único objetivo de fixar as taxas de juro de algumas linhas de financiamento de que dispõe. Com efeito, foram contratados em 2015 swaps de taxas de juro, plain vanilla, que cobrem 100% dos montantes dos empréstimos obrigacionistas emitidos em 2014 e 2015 (100 milhões de euros no total). Os swaps contratados respeitam as características das referidas emissões de obrigações, por forma a serem considerados produtos de cobertura (indexante, período e prazos de pagamento de juros semelhantes). Na data de pagamento de juros, a José de Mello Saúde recebe juros indexados à Euribor 6 meses para 100% do capital das obrigações e paga juros a taxa fixa sobre o mesmo montante.
Em 2017, no seguimento da sua política de redução da exposição às taxas de juro, a José de Mello Saúde emitiu um empréstimo obrigacionista com uma taxa de juro fixa. Deste modo, considerando o efeito dos swaps contratados, no final do ano de 2017 a José de Mello Saúde detinha 36% da sua dívida financeira contratada a taxas de juros fixas (46% em 2016).
O quadro abaixo apresenta uma análise de sensibilidade ao impacto de um potencial incremento das taxas Euribor nos custos financeiros da José de Mello Saúde em 2017 e 2016:
+30.904
+6.748
+16.620
+19.233
+13.853
+11.273
+61.377
+37.254
+0.5
+0.5
+0.5
+0.5
+0.5
+0.5
-
-
Empréstimos Não Correntes
Empréstimos Não Correntes
Locações Financeiras Correntes e Não Correntes
Locações Financeiras Correntes e Não Correntes
Empréstimos Correntes
Empréstimos Correntes
Total
Total
Variação nas TaxasEuribor (p.p)
Impacto em CustosFinanceiros (Euros)
2017
2016
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 35
Contas a Receber
O risco de crédito da Empresa está essencialmente relacionado com a atividade operacional e de investimentos com as suas participadas.
A gestão acompanha a atividade de todas as participadas o que permite efetuar uma monitorização deste risco.
Outros Instrumentos Financeiros
Os Outros Instrumentos Financeiros incluem obrigações emitidas pelos acionistas José de Mello Capital, S.A e Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.. A monitorização do risco é feita periodicamente pela gestão através da análise das contas da José de Mello Capital, S.A. e da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
• Risco de Liquidez
O risco de liquidez resulta da incapacidade potencial de financiar os ativos do Empresa, ou de satisfazer as responsabilidades contratadas nas datas de vencimento.
A gestão do risco de liquidez procura um acompanhamento permanente das previsões de tesouraria, de forma a garantir o cumprimento de todas as responsabilidades da Empresa para com as entidades com as quais se relaciona na sua atividade. Através de uma gestão ativa do business plan e do mapeamento exaustivo das necessidades ou excedentes futuros de tesouraria, procura ainda reduzir o risco de financiamento recorrendo a uma relação permanente com os parceiros financeiros.
O quadro abaixo apresenta as responsabilidades da Empresa por intervalos de maturidade contratual no final de 2017 e 2016, respectivamente. Os montantes representam os fluxos monetários não descontados a pagar no futuro.
Foram excluídos os financiamentos contratados a taxa fixa, nomeadamente os empréstimos obrigacionistas mencionados anteriormente;
Uma vez que a grande maioria dos financiamentos contratados pela José de Mello Saúde têm subjacentes a aplicação de floor zero no caso das taxas Euribor serem negativas e dado que estas, em 2017 e 2016, apresentaram sempre valores negativos, não foi simulado um cenário de redução de taxas.
• Risco de Crédito
O risco de crédito é o risco de uma contraparte não cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instrumento financeiro originando uma perda.
A seguinte tabela apresenta a exposição máxima da Empresa ao risco de crédito:
1.753.134
114.046.398
2.292.714
10.000.000
3.094.216
176.225.446
3.181.964
16.500.000
Clientes
Outros Ativos Financeiros
Outras Contas a Receber
Outros Instrumentos Financeiros
199.001.626 128.092.245
2017 2016
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201736
A hierarquia para efeitos de determinação do justo valor deverá ter os seguintes níveis e bases de mensuração:
• Nível 1 – cotações de mercados líquidos de ativo e aos quais a Empresa tem acesso à data de referência do balanço;
• Nível 2 – modelos de avaliação geralmente aceite, baseados em inputs observáveis no mercado alternativos aos referidos no nível 1;
• Nível 3 – modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.
A Empresa tem valorizado ao justo valor, os ativos e passivos indicados no quadro seguinte, no qual está também indicada a respectiva hierarquia:
O justo valor dos derivados financeiros foi determinado por entidades bancárias, tendo por base inputs observáveis no mercado e de acordo com os modelos e técnicas de avaliação geralmente aceites.
1.591.858
777.810
104.512.353
52.422.008
50.133.333
50.416.693
-
-
Dívida Financeira* < 1 ano 1-3 anos 3-5 anos > 5 anos
2017
2016
Nível 1Cotações
de mercado
Nível 1Cotações
de mercado
Nível 2Inputs
Observáveis no mercado
Nível 2Inputs
Observáveis no mercado
Total
Total
Nível 3Inputs
Não Observáveis no mercado
Nível 3Inputs
Não Observáveis no mercado
Passivos valorizados ao justo valor
Passivos valorizados ao justo valor
-
-
1.627.604
2.301.120
1.627.604
2.301.120
-
-
1 627.604
2.301.120
-
-
-
-
1 627.604
2.301.120
Instrumentos Financeiros Derivados
Instrumentos Financeiros Derivados
Cobertura Fluxos de Caixa (nota 9.10)
Cobertura Fluxos de Caixa (nota 9.10)
HIERARQUIA JUSTO VALOR
HIERARQUIA JUSTO VALOR
Justo Valor a 31 de dezembro de 2017
Justo Valor a 31 de dezembro de 2016
* Excluída dívida de curto prazo utilizada para apoio de tesouraria
3. ESTIMATIVA DE JUSTO VALOR
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 37
As rubricas de “Caixa e Bancos” na Demonstração da Posição Financeira e o saldo de “Caixa e seus Equivalentes” na Demonstração dos Fluxos de Caixa, decompõe-se da seguinte forma em 31 de dezembro de 2017 e de 2016:
A variação na rubrica “Outras Aplicações de Tesouraria” é justificada pela alienação das unidades de participação do Montepio Geral.
4. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS
1.097.931
418
200
1.288.616
(6.690.883)
190.067
(7.979.498)
19.398.086
418
200
19.398.704
19.392.933
-
(5.771)
Depósitos à Ordem
Caixa
Outros Depósitos Bancários
Saldo na Demonstração da Posição Financeira
Saldo na Demonstração dos Fluxos de Caixa
Outras Aplicações de Tesouraria
Descobertos Bancários
2017 2016
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201738
5.1. NATUREZA DO RELACIONAMENTO COM AS PARTES RELACIONADAS
As Demonstrações Financeiras da empresa são incluídas nas Demonstrações Financeiras consolidadas da José de mello Capital, S.A., que detém o controlo da José de Mello Saúde. A natureza do relacionamento com as partes relacionadas estão evidenciados no quadro seguinte:
5. PARTES RELACIONADAS
Serviços Recebidos/ Transacções RecebidasLocalização
Serviços Prestados/ Transacções RealizadasEmpresa
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Academia CUF, Lda
JMS - Prestação de Serviços Administrativos e Operacionais A.C.E.
Hospital CUF Torres Vedras, S.A.
Hospital CUF Porto, S.A.
Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.
Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
Clinica CUF Belém, S.A.
Loja Saude CUF - Produtos e Serviços de Saude e Bem Estar, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
PPPS - Gestão e Consultoria, S.A.
Hospital CUF Santarém, S.A.
PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A.
José de Mello Capital, S.A.
Clinica CUF Alvalade, S.A.
JMS - Prestação de Serviços Saude, A.C.E.
Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A.
Hospital CUF Viseu, S.A.
Vramondi International Bv
Hospital CUF Cascais, S.A.
Sagies - Segurança, Higiene e Saude no Trabalho, S.A.
Simplygreen - Investimentos Imobiliários, S.A.
Hospital CUF Infante Santo, S.A.
Infrahealth - Gestão de Infraestruturas, Lda.
Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A.
CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Outros Instrumentos Financeiros
Serviços Partilhados
Serviços Partilhados
Aluguer Equipamentos
Aluguer Equipamentos
Serviços Partilhados
Empréstimos
Aluguer Equipamentos
Empréstimos
Aluguer Equipamentos
Empréstimos
Empréstimos
Empréstimos
Outros Instrumentos Financeiros
Aluguer Equipamentos
Serviços Partilhados
Serviços Partilhados
Consultoria
Aluguer Equipamentos
Empréstimos
Aluguer Equipamentos
Empréstimos
Aluguer Equipamentos
Empréstimos
Consultoria
Empréstimos
Empréstimos
Empréstimos
Empréstimos
Empréstimos
Medicina no trabalho
Acionistas
Subsidiárias
Outras Partes Relacionadas
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 39
Os rendimentos contabilizados resultam essencialmente de: (i) aluguer de equipamentos às empresas do grupo em regime de sub-locação; (ii) serviços administrativos comuns a todo o grupo (serviços partilhados); (iii) juros de suprimentos. Os principais gastos resultam de gastos decorrentes da legislação referente à medicina no trabalho.
Não foram identificadas imparidades nos saldos a receber.
5.2. TRANSAÇÕES E SALDOS PENDENTES
A quantia das transações e dos saldos pendentes com partes relacionadas são os indicados no quadro seguinte:
Ano
Saldos Devedores Saldos Credores Transações
Contas a Receber
Contas a Pagar
Rendi-mentos
Acionistas / Subsidiárias
Acionistas / Subsidiárias Gastos
Outros Instrumentos Financeiros
Empresa
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Academia CUF, Lda
Hospital CUF Torres Vedras, S.A.
Hospital CUF Porto, S.A.
Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.
Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
Clinica CUF Belém, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
PPPS - Gestão e Consultoria, S.A.
Hospital CUF Santarém, S.A.
PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A.
José de Mello Capital, S.A.
Clinica CUF Alvalade, S.A.
Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A.
Hospital CUF Viseu, S.A.
Vramondi International Bv
Hospital CUF Cascais, S.A.
Hospital CUF Infante Santo, S.A.
Infrahealth - Gestão de Infraestruturas, Lda.
Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A.
CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.
2017
2017 3.247
14.117
1.634
62.321
15.639
198.840
352.530
434.699
500.631
16.700.000
16.500.000
21.600.000
1.112.537
902.712
1.318.419
2.000.000
137.726
15.940
167.139
65.850
31.680 1.927
28.234
742
59.424
3.540
182.463
339.037
302.002
401.529
36.497
54.746
1.081.800
74.237
57.848
666.540
350.867
-
9.987
43.496
4.313
560.983
1.181
54.978
350.043
131.765
252.150
98.179 99.997
81.542
121.104
96.482
4.313
1 910.801 1 135.048
172.754 1.599
127.636
119.912
272.592
131.765 32.681.800 6.454.253
16.700.000
16.500.000
21.600.000
2.000.000
2.000.000 3.000.000
3.000.000 96.597.305 36.973.036 4.003.359 4.024.190
3.170.000 3.170.0003.500.000
6.788.732 6.788.732
175
548
365.000
1.041.121
791.679
1.206.665
3.200.000
139.703
10.101
159.435
28.032
18.804 2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017
2017 122.780 6.500.000
10.000.000 10.000.000 2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
2016
Acionistas
Subsidiárias
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201740
Ano
Saldos Devedores Saldos Credores Transações
Contas a Receber
Contas a Pagar
Rendi-mentos
Acionistas / Subsidiárias
Acionistas / Subsidiárias Gastos
Outros Instrumentos Financeiros
Empresa
JMS - Prestação de Serviços Administrativos e Operacionais A.C.E.
Loja Saude CUF - Produtos e Serviços de Saude e Bem Estar, S.A.
JMS - Prestação de Serviços Saude, A.C.E.
Sagies - Segurança, Higiene e Saude no Trabalho, S.A.
Simplygreen - Investimentos Imobiliários, S.A.
(126.040) 1.418.351 513.188
5.161 1.635
7.976 48.481
328
401.400
401.400 25.176 15.948
77.818 498 81.421 33.014
206 40.026
2017
2017
2017
2017
2017
2016
2016
2016
2016
2016
Outras Partes Relacionadas
5.3. REMUNERAÇÕES DO PESSOAL CHAVE DA GESTÃO
As remunerações do pessoal chave da gestão da Empresa encontram-se descriminadas no quadro seguinte:
As remunerações são referentes aos ordenados recebidos pelos orgãos sociais.
A quantia escriturada bruta, depreciações acumuladas e perdas por imparidade no início e no fim do período é a seguinte:
6. ATIVOS INTANGÍVEIS
464.676
464.676
467.975
467.975
Total de Remunerações
2017 2016
71.262
71.262
71.262
71.262
71.262
-
-
-
71.262
71.262
71.262
71.262
71.262
71.262
-
-
-
71.262
A 1 de janeiro de 2016
A 31 de dezembro de 2016
A 1 de janeiro de 2016
A 31 de dezembro de 2016
A 31 de dezembro de 2017
Aquisições
Depreciações do exercício
Depreciações do exercício
A 31 de dezembro de 2017
Programas de Computador Total Ativos Intangíveis
Custo
Depreciações e Imparidade
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 41
-
-
-
-
-
-
Valor líquido contabilístico
A 31 de dezembro de 2017
A 31 de dezembro de 2016
A 1 de janeiro de 2016
Programas de Computador Total Ativos Intangíveis
A quantia escriturada bruta, depreciações acumuladas e perdas por imparidade no início e no fim do período é a seguinte:
A rubrica “Equipamento Básico” respeita a equipamentos médico-cirúrgicos adquiridos com o objetivo de serem alugados às empresas do grupo. O aumento registado refere-se essencialmente à aquisição de ressonâncias magnéticas.
Não foram identificados indícios de imparidade.
7. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
6.206.301 5.309.252
9.186.5868.206.040
2.183.179 10.695
1.073.677 698.158
2.167.599
1.302.610
3.470.209
1.602.573
2.710.310
1.107.738
(3.472)
789.883 713.610
1.093.922 904.415
5.716.378 5.495.730
4.825.114 4.420.289
5.132.624 4.611.094
6.992.712
2.193.874
6.022.861
254.730 642.319
261.953718.593
171.039 204.480
189.395
207.826
18.431
375.631
552.072
176.441
(3.472)
76.273
18.356 171.151
54.127 166.521
61.863 342.962
83.691 437.840
251.258 718.593
A 1 de janeiro de 2016
A 31 de dezembro de 2017
A 1 de janeiro de 2016
Valor líquido contabilístico
A 31 de dezembro de 2016
A 31 de dezembro de 2017
Aumentos
Aumentos
Revalorizações
Depreciações e Imparidade
Depreciações (nota 21)
Depreciações (nota 21)
A 31 de dezembro de 2017
A 31 de dezembro de 2016
A 1 de janeiro de 2016
A 31 de dezembro de 2016
Equipamento Administrativo
Edifícios e outras construções
Total Ativos Tangíveis
Equipamento Básico
Custo
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201742
8.1. MOVIMENTOS DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS POR PARTICIPADA
O movimento ocorrido no exercício corrente na rubrica de investimentos financeiros é o indicado no quadro seguinte:
8. INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E PARTICIPADAS
TotalInvestimentos
Financeiros2016
% ParticipaçãoDev. Prémios Emissão
Aumentos Prestações Acessórias
Atividade
Total Investimentos
Financeiros 2017
(1.058.706)
(4.473.953)
50.000
50.000
1
8.440.500
Formação
Prestação de Serviços de Saúde
Prestação de Serviços de Gestão
e consultoria na Área da Saúde
Parafarmácia
Gestão de Participações
Sociais
Prestação de Serviços de Saúde
Prestação de Serviços de Saúde
Prestação de Serviços de Saúde
Imobiliária
Prestação de Serviços de Gestão
e consultoria na Área da Saúde
Prestação de Serviços de Gestão
e consultoria na Área da Saúde
Distribuição e comercialização de
medicamentos e dispositivos médicos
Gestão de Participações Sociais
Prestação de Serviços de Saúde
Investigação
Prestação de Serviços de Saúde
Prestação de Serviços de Saúde
Prestação de Serviços de Saúde
5.000
6.357.407
50.000
117.188
0
5.000
6.357.407
50.000
117.188
-
1.164.124
21.536.188
189.958
412.500
50.000
50.000
1
14.454.760
50.000
5.000
12.390.104
8.440.500
1.865.024
100,00%
100,00%
88,00%
100,00%
96,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
99,00%
100,00%
5,00%
100,00%
100,00%
60,00%
1.164.124
21.536.188
189.958
412.500
-
-
-
18.928.713
50.000
5.000
12.390.104
-
2.923.730
Academia CUF, Lda
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Digihealth, S.A.
Loja Saude CUF - Produtos e Serviços de Saude e Bem Estar, S.A.
Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sgps S.A.
Clinica CUF Alvalade, S.A.
Hospital CUF Infante Santo, S.A.
Hospital CUF Porto, S.A.
Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.
PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A.
PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A.
Centro Logístico - CUF, Unipessoal, Lda.
Vramondi International Bv
Hospital CUF Viseu, S.A.
IBET -Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica
Hospital CUF Santarém, S.A.
CPIS - Clínica Particular de Comibra, S.A.
Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
Subsidiárias
Associadas
8.540.501 (1.058.706) (4.473.953) 67.137.75364.129.913
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 43
Todas as subsidiárias e associadas exercem a sua atividade em Portugal, excepto a Vramondi International, B.V. que exerce a sua atividade na Holanda.
As principais variações na rubrica “Investimentos Financeiros” são justificadas pelos seguintes movimentos:
• Participação na totalidade do capital das sociedades PPPS II – Gestão e Consultoria, S.A. (50.000 Euros) e PPPS III – Gestão e Consultoria, S.A. (50.000 Euros) e Centro Logístico – CUF, Unipessoal, Lda., empresas que foram constituídas em agosto 2017;
• Participação na totalidade do capital da sociedade CPIS – Clínica Particular de Coimbra, S.A., empresa adquirida em dezembro de 2017 pelo montante de 8.440.500 Euros;
• Devolução de prémios de emissão da Vramondi International B.V., no total de 4.473.953 Euros;
• Devolução de Prestações Acessórias da Escala Vila Franca – Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A. no montante de 1.058.706 Euros.
O movimento ocorrido no exercício anterior na rubrica de investimentos financeiros é o indicado no quadro seguinte:
Imparidade
TotalInvestimentos
Financeiros2015
% ParticipaçãoReclassi-ficação
(nota 10)Aumentos Prestações
Acessórias Atividade
Total Inves-timentos
Financeiros 2016
(403.719)
(52.880)
(13.220)
45.000
Formação
Prestação de Serviços de Saúde
Prestação de Serviços de Gestão
e consultoria na Área da Saúde
Parafarmácia
Gestão de Participações
Sociais
Prestação de Serviços de Saúde
Prestação de Serviços de Saúde
Prestação de Serviços de Saúde
Imobiliária
Gestão de Participações
Sociais
Prestação de Serviços de Saúde
Prestação de Serviços de Saúde
Prestação de Serviços de Saúde
5.000
6.357.407
50.000
117.188
0
5.000
6.357.407
50.000
117.188
0
1.164.124
21.536.188
189.958
412.500
18.928.713
50.000
12.390.104
2.923.730
100,00%
100,00%
88,00%
100,00%
96,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
99,00%
100,00%
100,00%
60,00%
1.164.124
21.589.068
203.178
367.500
18.928.713
50.000
12.390.104
3.327.449
Academia CUF, Lda
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Digihealth, S.A.
Loja Saude CUF - Produtos e Serviços de Saude e Bem Estar, S.A.
Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sgps S.A.
Clinica CUF Alvalade, S.A.
Hospital CUF Infante Santo, S.A.
Hospital CUF Porto, S.A.
Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.
Vramondi International Bv
Hospital CUF Viseu, S.A.
Hospital CUF Santarém, S.A.
Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
Subsidiárias
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201744
8.2. INFORMAÇÃO FINANCEIRA RESUMIDA SOBRE AS SUBSIDIÁRIAS
Os ativos, passivos e capital próprio, rendimentos e resultados estatutários das subsidiárias, em 31 de dezembro de 2017 são como se segue:
Academia CUF, Lda
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Digihealth, S.A.
Loja Saude CUF - Produtos e Serviços de Saude e Bem Estar, S.A.
Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sgps S.A.
Clinica CUF Alvalade, S.A.
Hospital CUF Infante Santo, S.A.
Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.
Vramondi International Bv
Hospital CUF Viseu, S.A.
Hospital CUF Santarém, S.A.
Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A.
PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A.
Capital Próprio 2017
(576.280) 334.799 23.310 934.389 934.389 (45.891) 473.771
2.364.122 2.895.406 1.541.585 1.925.063 147.806 1.031.751 9.338.843
16.283.484 62.339.514 18.609.753 41.620.048 23.045.735 13.377.352 114.159.846
16.080.925 49.901.017 18.673.496 24.748.646 27.744.941 9.716.634 98.335.796
(1.143.609) 266.412 6.788.732 1.310.597 6.888.156 (8.584) -
19.786.741 70.742.458 190.641.980 14.157.079 227.440.648 (2.803.267) 4.881.102
(5.258.098) 4.787.820 5.076.822 9.115.402 6.007.339 (2.297.048) 10.467.130
1.297.826 6.182.355 7.699.520 7.508.574 5.075.476 781.760 14.636.629
48.657 50.000 - 1.344 - (1.344) -
48.284 50.000 - 1.716 - (1.716) -
220.133 248.747 20.704 49.318 - 25.363 397.738
9.203.619 22.794.534 12.698.601 17.687.323 8.602.193 1.003.142 65.728.415
Ativo 2017
Corrente CorrenteNão
CorrenteNão
Corrente
Passivo 2017Resultado
Líquido2017
Rédito
(712.775)
140.984
313.203
Investigação
Gestão de infraestruturas de
saúde e parques de estacionamento
Gestão de infraestruturas de
saúde e parques de estacionamento
5.000 5,00%
20,00%
20,00%
5.000
399.572
(140.984)
IBET -Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica
Escala Braga - Sociedade Gestora do Edifício, SA
Escala Parque - Gestão de Estacionamento SA
Associadas
358.203 (975.510) (66.100) 64.129.91364.813.320
Imparidade
TotalInvestimentos
Financeiros2015
% ParticipaçãoReclassi-ficação
(nota 10)Aumentos Prestações
Acessórias Atividade
Total Inves-timentos
Financeiros 2016
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 45
8.3. IMPARIDADE DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Os pressupostos utilizados nos testes de imparidade foram os seguintes:
• Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer uma estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada;
• Os valores das avaliações são suportados pelos resultados passados e pelas perspetivas futuras de desenvolvimento dos mercados em que o Grupo atua, tendo sido elaboradas projeções a 5 anos dos cash flows futuros para cada um dos negócios, de acordo com os planos definidos pelo Conselho de Administração;
• Cada unidade de prestação de cuidados médicos é uma unidade geradora de caixa, com exceção da Valir - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sgps S.A. que inclui a unidade Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A. que é analisada em conjunto com o Hospital CUF Porto, S.A., dada a complementaridade de serviços prestados e proximidade geográfica, continuando estas duas unidades uma só unidade geradora de caixa.
Foram utilizados os seguintes pressupostos:
A taxa de crescimento da receita é revista anualmente nas projeções de fluxos de caixa. A mesma é calculada para cada unidade geradora de caixa e para cada um dos 5 anos considerados nas projeções, sendo a taxa indicada no quadro acima a taxa de crescimento médio para os 5 anos e para todas as unidade geradoras de caixa.
No exercício de 2017 foram efetuados testes de imparidade às subsidiárias mais relevantes, que concluíram pela inexistência de imparidade em relação ao valor do Investimento Financeiro que se encontra reconhecido, com exceção da imparidade já registada em 2016 referente à empresa S.P.S.D. - Sociedade Portuguesa de Serviços Domiciliários, S.A., no valor de 66 milhares de Euros.
Foram efetuadas análises de sensibilidade às principais variáveis: (i) taxa de desconto (+/-0,5%) e (ii) taxa de crescimento na perpetuidade (+/-0,5%). Os resultados da análise de sensibilidade efectuada não indiciam a existência de imparidade.
Os únicos instrumentos financeiros da Empresa mantidos ao justo valor são os instrumentos financeiros derivados, tal como referido na nota 3, sendo o justo valor destes instrumentos determinado por entidades bancárias, tendo por base inputs observáveis no mercado e de acordo com os modelos e técnicas de avaliação geralmente aceites.
9. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
3,00%
3,00%
6,97%
6,97%
-
1,80%
8,24%
8,24%
Período Taxa de Juro Sem Risco Taxa WaccTaxa de Crescimento
na PerpetuidadeTaxa de Crescimento
da Receita
Explícito
Perpetuidade
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201746
ATIVOS FINANCEIROS
A discriminação dos ativos financeiros pelas diferentes categorias é a indicada nos quadros seguintes:
100.847.068
1.753.134
13.199.329
1.885.798
2.292.714
10.000.000
1.288.616
169.361.037
3.094.216
6.864.409
122.780
3.181.964
16.500.000
19.398.704
Outros Ativos Financeiros
Não corrente
Corrente
Outros Ativos Financeiros
Empréstimos (nota 9.1)
Clientes (nota 9.3)
Empréstimos (nota 9.1)
Acionistas (nota 9.2)
Outras Contas a receber (nota 9.4)
Outros Instrumentos Financeiros (nota 9.5)
Caixa e Depósitos Bancários (nota 3)
169.361.037
49.162.072
100.847.068
30.419.591
2017 2016
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 47
9.1. OUTROS ATIVOS FINANCEIROS
À data de 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica de outros ativos financeiros tinha a seguinte decomposição:
9.2. ACIONISTAS
À data de 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica de acionistas tinha a seguinte decomposição:
21.600.000
480.000
2.000.000
12.608.059
16.500.000
20.831
4.003.359
-
24.364.977
-
16.700.000
-
3.200.000
90.440
2.690.000
-
6.788.732
-
3.000.000
-
21.600.000
480.000
2.000.000
2.828.000
16.500.000
-
4.003.359
175
93.769.305
55.359
16.700.000
3.500.000
2.000.000
-
2.690.000
548
6.788.732
328
2.944.642
365.000
Empréstimos a Subsidiárias
Ativo Não corrente
Ativo Corrente
Hospital CUF Porto, S.A.
Hospital CUF Santarém, S.A.
PPPS - Gestão e Consultoria, S.A
Imohealth - Investimentos Imobiliários, S.A.
Hospital CUF Infante Santo, S.A.
Hospital CUF Viseu, S.A.
Hospital CUF Viseu, S.A.
PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A
Imohealth - Investimentos Imobiliários, S.A.
INFRAHEALTH - Gestão de Infraestruturas, Lda
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
Hospital CUF Cascais, S.A.
Manuel Guimarães, Lda
Hospital CUF Santarém, S.A.
PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A
Valir, SGPS, S.A.
Simply Green - Investimentos Imobiliários, S.A.
INFRAHEALTH - Gestão de Infraestruturas, Lda
CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.
Empréstimos a Subsidiárias
169.361.037
6.864.409
100.847.068
13.199.329
2017 2016
122.780
1.763.018
122.780
-
José de Mello Capital, S.A.
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
122.780 1.885.798
Ativo Corrente
2017 2016
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201748
9.3. CLIENTES
A quantia total escriturada relativamente a clientes encontra-se decomposta no quadro seguinte:
9.4. OUTRAS CONTAS A RECEBER
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 a rubrica de “Outras contas a Receber” decompõe-se conforme quadro seguinte:
Antiguidade e Imparidade de Clientes
A antiguidade de clientes decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:
Não foram identificadas imparidades nos saldos de clientes.
1.753.1343.094.216Clientes
2017 2016
-
173.577
--
252.150 -
2017 3.094.216 818.258 1.834.830 441.128
1.753.134 562.335 520.444 244.628 2016
Ano TotalDívida não
vencida≤ 180 Dias
Dívida vencida
181-365 Dias 546-730 Dias366-545 Dias >730
1 963.238
59.857
31.171
753
195.200
-
35.945
5.199
1.350
2.644.761
63.201
-
663
150.378
272.229
34.518
715
15.498
Devedores por acréscimos de rendimentos
Gastos a reconhecer
Pessoal
Outros devedores
Juros a receber
Rendas
Informática
Outros
Seguros
Juros
Outros
2017 2016
3.181.964 2.292.714
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 49
9.5. OUTROS INSTRUMENTOS FINANCEIROS
O montante de 16,5 milhões de euros refere-se a obrigações emitidas pela Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A e pela José de Mello Capital, S.A.:
A rubrica “Juros a receber” refere-se aos juros de suprimentos e carências debitados às unidades do grupo com as quais a empresa apresenta saldo, bem como aos juros das obrigações emitidas pela Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A. e José de Mello Capital, S.A. (nota 9.5).
A 29 de dezembro de 2017, as obrigações da José de Mello Capital, S.A. (10 milhões de euros) e da José de Mello Participações II (10 milhões de euros), até então detidas pelo Hospital CUF Descobertas, S.A., foram adquiridas pela José de Mello Saúde, S.A., pelo valor total de 20 milhões de euros.
Ainda em dezembro foram reembolsados 13,5 milhões de euros, permanecendo em dívida o montante de 6,5 milhões de euros referentes ao contrato original com a José de Mello Capital, S.A., cujo prazo de reembolso foi modificado para junho de 2022.
Estas obrigações têm uma put option (Opção de venda) que confere à Empresa o direito ao resgaste a qualquer momento do montante em causa, razão pela qual as mesmas estão classificadas como ativo corrente.
A opção de venda foi registada ao valor nominal, não existindo qualquer derivado associado à mesma.
Não existem indícios de imparidade dos montantes das obrigações acima indicados.
16.500.000 10.000.000
10.000.000
-
10.000.0002020
2022 6.500.000
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
José de Mello Capital, S.A.
2017Ano VencimentoEmitente 2016
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201750
PASSIVOS FINANCEIROS
A discriminação dos passivos financeiros pelas diferentes categorias é a indicada nos quadros seguintes:
158.189.064
623.336
190.385.668
17.729.624
23.774.495
105.303.388
843.016
107.604.508
23.701.092
32.221.663
2.970.211
843.016
-
6.454.253
102.333.177
-
2.301.120
1.043.783
777.810
3.456.905
623.336
29.869.000
2.812.800
154.732.159
-
1.627.604
1.431.991
1.591.862
700.000
14.700.000
5.771
2.608.736
13.900.000
7.979.498
1.223.302
Financiamentos Obtidos
Fornecedores
Financiamentos Obtidos
Não corrente
Corrente
Financiamentos obtidos através de locações (nota 13)
Fornecedores, conta corrente
Outros passivos financeiros (nota 9.8)
Outros passivos financeiros (nota 9.8)
Outros Financiamentos (nota 9.7)
Fornecedores, faturas em recepção e conferência
Instrumentos financeiros derivados (nota 9.10)
Financiamentos obtidos através de locações (nota 13)
Outros Financiamentos (nota 9.7)
Outras contas a pagar (nota 9.9)
Papel Comercial (nota 9.6)
Descobertos Bancários (nota 4)
Outras contas a pagar (nota 9.9)
2017 2016
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 51
9.6. PAPEL COMERCIAL
A empresa tem contratado três programas de papel comercial com o limite de 36 milhões de euros. Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 estes passivos tinham o seguinte detalhe:
Apesar de existirem programas com maturidade superior a 1 ano, existem renovações anuais, pelo que o Papel Comercial é todo classificado como corrente.
O programa de papel comercial do Banco Finantia contém covenants financeiros que são comuns nos contratos de financiamento. Estes contratos têm incluídas obrigações de cumprimento dos seguintes rácios de endividamento: Dívida Financeira Líquida / EBITDA.
Em 31 de dezembro de 2017 a José de Mello Saúde, S.A. cumpria os covenants financeiros no programa de papel comercial do Banco Finantia.
9.7. OUTROS FINANCIAMENTOS
A rubrica “Outros Financiamentos” tinha a seguinte decomposição em 31 de dezembro de 2017 e de 2016:
Empresa Contratante
Montante Nominal
contratadoCorrente Corrente Maturidade
Não Corrente
Não Corrente
Periodicidade
Montante por Liquidar 2017
Montante por Liquidar 2016
Amortização
Taxa de juro
Euribor do prazo + 1,75%
Euribor do prazo + 2,00%
1%
Euribor do prazo + 0,85%
6.000.000
10.000.000
10.000.000 9.700.000 4.900.000
- 3.000.000- - Nov. 2019 Anual
- - Dez.2018 Anual
- 6.000.000- - Jan.2019 Anual
- - Mar. 2021 Única
10.000.000 5.000.000 -
Banco BIC
Banco Finantia
Montepio Geral
Bankinter
36.000.000 14.700.000 - 13.900.000 -
154.732.159 102.333.177
99 494 476
2 838 701
150.153.144
4.579.015
Outros Financiamentos
Não corrente
Empréstimos por Obrigações
Financiamentos Bancários
2017 2016
1.591.862 777.810
-
777.810
-
1.591.862
Outros Financiamentos
Corrente
Empréstimos por Obrigações
Financiamentos Bancários
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201752
Empréstimos por Obrigações
Os Empréstimos por obrigações dizem respeito às seguintes emissões:
Em setembro de 2017 foi emitido pela José de Mello Saúde, S.A. um novo empréstimo obrigacionista de taxa fixa, no montante de 50 milhões de euros, tendo sido solicitada a admissão à negociação das Obrigações no mercado regulamentado da Luxembourg Stock Exchange e na Euronext Lisbon.
Estes contratos têm incluídas obrigações de cumprimento dos seguintes rácios de endividamento: Dívida Financeira Líquida / EBITDA.
Em 31 de dezembro de 2017 a José de Mello Saúde, S.A. cumpria os covenants financeiros em todos os empréstimos por obrigações.
Financiamentos Bancários
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, o saldo desta rubrica decompõe-se da seguinte forma:
O indexante de referência usado nos contratos de financiamento é a taxa EURIBOR, cujo prazo varia entre 6M e 12M, tendo um spread dentro dos valores praticados no mercado.
Não existem covenants financeiros associados aos financiamentos bancários. Estes financiamentos têm associado uma garantia: livrança em branco, com vista à titulação e facilitação da cobrança do empréstimo.
9.8. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS
A rubrica de outros passivos financeiros decompõe-se do seguinte modo:
1.591.862 4.579.015 777.810 2.838.701
Conta Corrente Caucionada
Mútuo
-
2.838.701
--
4.579.015 777.810
-
1.591.862
Financiamento
Montante por Liquidar em 2016Montante por Liquidar 2017
Corrente Corrente Não Corrente Não Corrente
32.681.800 6.454.253
-
6.454.253
29.869.000
2.812.800
Empréstimos de subsidiárias
Empréstimos de subsidiárias
Não corrente
Passivo Corrente
Vramondi International B.V.
Vramondi International B.V.
2017 2016
50.000.000 10.000 09/06/19 Euribor 6M + 3,875%
50.000.000 10.000 17/05/21 Euribor 6M + 2,95%
50.000.000 10.000 28/09/23 4%
José de Mello Saúde 2014/2019
José de Mello Saúde 2015/2021
José de Mello Saúde 2017/2023
Valor Total Empréstimo
Valor Nominal (obrigação)
Vencimento Taxa de JuroEmissões
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 53
9.9. OUTRAS CONTAS A PAGAR
As Outras contas a Pagar discriminam-se como segue:
O montante registado na rubrica “Outros Credores” respeita essencialmente à aquisição da CPIS – Clínica Particular de Coimbra.
9.10. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
Em 2014, a José de Mello Saúde, S.A. tinha a quase totalidade dos seus financiamentos indexados a taxas variáveis. Com o objetivo de reduzir o risco de exposição a variações de taxa de juro, foram contratadas em maio, junho e julho de 2015 “Swaps” de taxas de juro, “plain vanilla”, que cobrem 100% dos montantes dos empréstimos obrigacionistas emitidos em junho de 2014 e em maio de 2015 no montante de 100 milhões de Euros no total. Os “Swaps” contratados respeitam as características das referidas emissões de obrigações por forma a serem considerados produtos de cobertura (mesmo indexante, mesmo período e prazos de pagamento de juros). Na data de pagamento de juros, a Empresa recebe juros indexados à Euribor 6 meses para 100% do capital das obrigações e paga juros a taxa fixa sobre o mesmo montante.
Os 50M relativos a empréstimos obrigacionistas, emitidos em setembro de 2017 não têm associado nenhum instrumento financeiro derivado, por terem uma taxa fixa divulgada na nota 9.7.
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 o justo valor dos derivados financeiros contratados pode ser apresentado como se segue:
2.608.736
700.000
1.223.302
300
-
611.530
562.913
40.169
700.000
33.607 8.391
-
144
22.396
2.212.415
340.174
Outras contas a pagar
Outras contas a pagar
Pessoal
Credores por acréscimos de gastos
Não corrente
Corrente
Outros credores
Fornecedores de investimento
Seguros
Outros
Remunerações a liquidar
Outros credores
2017 2016
- - 1.627.604 2.301.120
Derivados designados como cobertura de fluxos de caixa
Swap taxa de juro
2016 Passivo2017 Passivo
Corrente Corrente Não Corrente Não Corrente
1.627.604 2.301.120 Total de derivados passivos
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201754
O valor reconhecido nesta rubrica refere-se a seis contratos de “Swap” de taxa de juro contratados pela empresa, com o objetivo de cobrir o risco de flutuação das taxas de juro.
As características dos instrumentos financeiros derivados contratados associados a operações de financiamento em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 eram as seguintes:
O justo valor dos derivados de cobertura são classificados como não correntes, quando a maturidade da operação de cobertura é superior a 12 meses, e como corrente quando a maturidade da operação alvo de cobertura é inferior a 12 meses.
A periodicidade dos fluxos pagos e recebidos dos instrumentos financeiros de cobertura derivados é semestral:
A Empresa procede à cobertura de uma parcela de pagamentos futuros de juros de emissões obrigacionistas, através da designação de “Swaps” de taxa de juro em que paga uma taxa fixa e recebe uma taxa variável, com um notional de 100 milhões de Euros. Esta é uma cobertura do risco de taxa de juro associado aos pagamentos de juros à taxa variável decorrentes de passivos financeiros reconhecidos. O risco coberto é o indexante da taxa variável ao qual estão associados os juros dos financiamentos. O objetivo desta cobertura é transformar os empréstimos de taxa de juro variável em taxa de juro fixa. O justo valor dos “Swaps” de taxa de juro, em 31 de dezembro de 2017, é negativo em 1.627.604 Euros.
(1.627.604) (2.301.120)
(273.774)
(130.616)
(566.865)
(313.183)
(237.253)
(105.913)
25 000 000
12 500 000
25 000 000
12 500 000
12 500 000
12 500 000
Eur
Eur
Eur
Eur
Eur
Eur
jun/19
jun/19
mai/21
mai/21
mai/21
jun/19
Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista
Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista
Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista
Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista
Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista
Cobertura cash-flow de emissão obrigacionista
(403.663)
(191.344)
(788.611)
(432.585)
(334.886)
(150.030)
Swap’s de taxa de juro
Swap 13121-001
Swap 13136-001
Swap 13121-002
Swap 13137-001
Swap 13152-001
Swap 13153-001
Justo valor
Objetivo Económico 2017MaturidadeMoedaNocional
Derivados designados como cobertura
de fluxos de caixa 2016
19/05/15 19/05/15 23/06/15 23/06/15 30/07/15 30/07/15
21/05/15 21/05/15 25/06/15 25/06/15 31/07/15 31/07/15
09/06/19 17/05/21 25/06/15 17/05/21 17/05/21 09/06/19
25.000.000 25.000.000 12.500.000 12.500.000 12.500.000 12.500.000
Trade Date
Effective Date
Termination Date
Notional Amount
SWAP’s
13121-001 13121-002 13136-001 13137-001 13152-001 13153-001Ref
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 55
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, a rubrica de Ativos não Correntes detidos para venda decompõe-se do seguinte modo:
10. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
É intenção da José de Mello Saúde, S.A. proceder à transmissão da sua participação no capital social, juntamente com todos os direitos e obrigações a estes inerentes, das seguintes entidades:
• Escala Braga - Sociedade Gestora do Edifício, S.A. (20%);
• Escala Parque – Gestão de Estacionamento, S.A. (20%).
Para o efeito, em 2016 foi assinado um contrato de compra e venda de ações e prestações suplementares com um investidor, sendo que a conclusão da transação continua dependente da autorização da Entidade Pública Contratante (Administração Regional de Saúde).
A Long Stop Date prevista contratualmente para a obtenção desta autorização foi prorrogada. No entanto, ainda não foi obtida a autorização da ARS – Administração Regional de Saúde à transmissão das participações. As partes envolvidas mantêm a intenção da venda das participações. A Empresa considera que o processo de aprovação estará concluído durante o ano de 2018.
O impacto esperado da venda das referidas participações é estimado em aproximadamente 5.915 milhares de euros.
11.1. CAPITAL SOCIAL
O capital social encontra-se integralmente subscrito e realizado, dividido em 10.600.000 ações, no valor de 5 Euros cada, e que se divide da seguinte forma:
11. CAPITAL
-
-
-
-
Escala Braga - Soc. Gestora do Edifício, S.A.
Escala Parque - Gestão de Estacionamento, S.A.
- -
Ativos não correntes detidos para venda
2017 2016
ValorValor QuantidadeQuantidade % Participação% Participação
Capital
34.900.500
15.900.000
2.199.500
53.000.000
34.900.500
15.900.000
2.199.500
53.000.000
6.980.100
3.180.000
439.900
10.600.000
6.980.100
3.180.000
439.900
10.600.000
65,85%
30,00%
4,15%
100%
65,85%
30,00%
4,15%
100%
José de Mello Capital, S.A.
Fundação Amélia da Silva de Mello
Farminveste-Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
20162017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201756
11.2. VARIAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO
As principais variações ocorridas nos Capitais Próprios estão relacionadas com a aplicação do Resultado Líquido do ano anterior, no valor de 29.103.683,29 Euros, conforme ata 55 da assembleia geral:
• Transferência para Resultados Transitados no montante de 9.740.499,13 Euros;
• Constituição de Reservas Legais no valor de 1.455.184,16 Euros;
• Distribuição de Dividendos Antecipados no montante de 11.408.000 Euros;
• Distribuição de Dividendos no montante de 6.500.000 Euros.
11.3. RESERVAS E OUTRAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO
As Reservas e outras rubricas do capital próprio registaram os seguintes movimentos durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016:
A Reserva legal não está totalmente constituída nos termos da lei (20% do capital social), pelo que se procedeu à dotação do valor mínimo estipulado (5% do resultado líquido). A variação nas “Outras Reservas” respeita ao reconhecimento de ganhos com operações de cobertura.
O valor registado em “Ajustamentos em Ativos Financeiros” inclui os ajustamentos relacionados com a aplicação do método da equivalência patrimonial de anos anteriores, nomeadamente a apropriação das variações nos capitais próprios das participadas e lucros não atribuídos.
11.4. DIVIDENDOS
Conforme deliberação do Conselho de Administração realizada em 29 de novembro de 2017, no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 foram pagos dividendos antecipados no montante de 14,1 milhões de euros, sobre o balanço intercalar elaborado em 31 de outubro de 2017.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2016 haviam sido pagos dividendos antecipados no montante de 11,4 milhões de euros.
Em 2017 foram pagos dividendos sobre o exercício de 2016 no montante de 6,5 milhões de euros.
4.356.460
5.811.644
(2.288.872)
(1.249.145)
30.271.560
40.012.059
(37.434.593)
(37.434.593)
-
-
(37.434.593)
(37.434.593)
14.350.000
-
(1.475.560)
(2.288.872)
17.593.209
9.740.499
(14.350.000)
12.678.352
30.271.560
3.430.501
4.356.460
925.958
1.455.184
517.752
(813.312)
521.975
1 de janeiro de 2016
1 de janeiro de 2017
Aplicação dos resultados
Aplicação dos resultados
Devolução de Prestações Acessórias
Outras operações
Regularizações por resultados
Variação do MTM referente aos instrumentos financeiros de cobertura (nota 9.10)
Variação do MTM referenteaos instrumentos financeirosde cobertura (nota 9.10)
31 de dezembro de 2016
31 de dezembro de 2017
Ajustamentos em Ativos Financeiros
Outras ReservasReservas LegaisOutros Instrumentos
Capital Próprio Resultados Transitados
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 57
As contas de Estado e Outros Entes Públicos apresentam a seguinte decomposição:
Os passivos por locação financeira têm as seguintes maturidades a 31 de dezembro de 2017:
12. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
13.1. LOCAÇÕES FINANCEIRAS
A Empresa tem contratos de locação financeira para vários itens dos seus Ativos Fixos Tangíveis, incluídos na Demonstração da Posição Financeira. Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, a Empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira, para cada categoria de ativo:
13. OBRIGAÇÕES DECORRENTES DE CONTRATOS DE LOCAÇÃO
29.108
13.364.148
26.392
20.024.203
19.606.734
417.469
11.037
15.355
12.847.972
516.175
13.232
15.876
Saldo a Receber
Retenções Imposto sobre Rendimento
Estado e Outros Entes Públicos
Saldo a Pagar
Imposto sobre o rendimento
IVA
Contribuição para a Segurança Social
2017 2016
5.316.293 4.396.067
56.194
4.339.872
28.097
5.288.196
Tangiveis
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
2017 2016
5.101.889 212.993 4.888.896
1.431.991101.013
3.456.905111.980
--
1.533.004
3.568.884
-
Inferior a 1 ano
Entre 1 e 5 anos
Superior a 5 anos
Pagamentos Mínimos
Juros Capital
2017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201758
13.2. LOCAÇÕES OPERACIONAIS
Em 31 de dezembro de 2017, as principais responsabilidades da Empresa com contratos de locação operacional respeitam à renda do escritório e viaturas. Os montantes totais dos pagamentos mínimos futuros são os seguintes:
No exercício findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram reconhecidos custos de 760.956 euros e 726.828 euros, respectivamente relativos a contratos de locação operacional. O contrato relativo ao escritório tem um termo de renovação de 5 anos.
Em 2016 não foi possível obter o detalhe dos pagamentos mínimos das locações operacionais e financeiras. No entanto, as locações operacionais registadas respeitavam também a contratos relativos ao escritório, estaciona-mentos e viaturas, e os valores são semelhantes aos registados em 2017.
Provisões
O movimento ocorrido nas provisões, por cada rubrica, encontra-se refletido no quadro seguinte:
A redução face a 2016, no montante de 97 mil euros, refere-se à venda da subsidiária Manuel Guimarães, que ocorreu em Março de 2017.
O valor registado em “Responsabilidades com subsidiárias” refere-se a responsabilidades adicionais na subsidiária Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.. Esta estimativa requer o exercício de julgamento significativo sobre os custos e proveitos da referida subsidiária até ao termo do contrato de parceria publico-privado em agosto de 2019. A estimativa de proveitos inclui a comparticipação dos programas verticais de financiamento do HIV e esclerose múltipla, sendo firme convicção da administração que o resultado no processo arbitral intentado pela Escala Braga contra o Estado – ARS Norte será favorável.
14. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES
740.705 1.452.695 -
-43.386
-1.409.309
36.051
704.654
Viaturas
Escritório
Inferior a 1 ano Entre 1 e 5 anos Superior a 5 anos
2017
22.113.016
15.846.938
342.811
342.811
(6.266.078)
(14.024)
-
-
21.770.205
15.504.127
(6.266.078)
(14.024)
A 1 de janeiro de 2016
A 1 de janeiro de 2017
Reversões do ano
Utilizações no ano
Responsabilidades com subsidiárias
Outras Provisões TOTAL
15.504.127
15.490.103
342.811
342.811
15.846.938
15.832.914
A 31 de dezembro de 2016
A 31 de dezembro de 2017
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 59
Os impostos diferidos considerados no rendimento integral respeitam somente aos derivados de cobertura de fluxos de caixa.
As quantias de ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para cada período são as indicadas no seguinte quadro:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o gasto por impostos correntes e diferidos é o indicado no quadro seguinte:
15. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
27.373
(3.077.291)
(155.623)
(2.487.707)
(2.332.084)
(182.995)
27.373
(3.104.664)
-
27.373
Imposto Corrente
Imposto Diferido
IRC do ano
Instrumentos Financeiros de cobertura (Swap’s)
Benefícios de Reforma
2017 2016
201720172017 201620162016
Impostos Diferidos Ativos
874.938 1.053.852 (27.373) 155.623 (151.541) -
Instrumentos Financeiros de cobertura (Swap’s)
Rendimento IntegralDemonstração ResultadosContas Balanço
Benefícios de Reforma
366.211
508.727
517.752 - 182.995 (151.541) -
536.100 (27.373) (27.373) - -
O montante de impostos diferidos ativos respeitantes aos Benefícios de Reforma, respeita a um seguro de rendas vitalícias contratado pela José de Mello Saúde, S.A. em janeiro de 2016. Este seguro permitiu dar cumprimento a um contrato existente desde 2000, onde se responsabilizou por assegurar um pagamento vitalício de uma renda a uma colaboradora que se reformou pela Segurança Social em 1 de janeiro de 2016. O montante do prémio comercial foi liquidado em 28 de janeiro de 2016 à companhia de seguros e ascendeu a 2.504.321 Euros.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201760
Reconciliação da Taxa Efetiva de Imposto
A reconciliação numérica entre a taxa média efetiva de imposto e a taxa de imposto aplicável é a indicada no quadro seguinte:
21,00%
-
-
23.913.683
93.996
21,00%
(2.406.946)
(4.105.724)
74.861
6.266.078
103.132
454.187
250
-
-
13.797
23.309
212.893
12.212
223.706
129.744
-
5.589.355
(2.332.084)
-8,76%
26.615.976
21,00%
97.000
94.766
31.493.755
6.709
21,00%
(3.702.080)
(5.630.635)
79.665
-
103.105
-
1.871
-
517.752
-
-
735.428
583
8.787
11.579
8.838
5.560.146
(3.104.664)
-11,73%
26.476.884
Taxa Nominal de Imposto
Matéria colectável / Prejuizo fiscal imputado por ACE
Matéria colectável / lucro tributável imputado por ACE
Prejuízo Fiscal/Lucro tributável
Tributação autónoma
Reversão de provisões tributadas
Menos Valias Contabilísticas
Eliminação da dupla tributação
Donativos
Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal
Poupança Fiscal
Reversão de provisões tributadas
Depreciações e amortizações não aceites como gasto
Anulação do Metodo de equivalencia patrimonial
Multas, coimas e juros compensatórios
Imposto calculado
Outros
Beneficios Fiscais
Realizações de utilidade social não dedutíveis
Restituição de impostos não dedutíveis e excesso da estimativa para impostos
Encargos de viaturas sem condutor
Outros
Correções relativas a exercícios anteriores
Outros
Resultado antes de impostos
Proveitos não tributáveis
Custos não dedutíveis para efeitos fiscais
2017
Base de imposto
2016
IMPOSTO SOBRE O LUCRO À TAXA NOMINAL
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
TAXA EFETIVA DE IMPOSTO
32.334.971
227.452
31.084.343
362.644
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 61
O rédito discrimina-se da seguinte forma:
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:
O detalhe dos Gastos com Pessoal é o indicado no quadro seguinte:
As prestações de serviços respeitam às rendas de sublocação faturadas às unidades do grupo, relativas ao aluguer de equipamentos médicos.
A rubrica “Outros não especificados” inclui o valor da renda do escritório que é refacturada à JMS – Prestação de Serviços Saúde, A.C.E., bem como serviços de consultoria prestados a empresas do grupo.
O número de pessoas ao serviço da entidade em 31 de dezembro de 2017 foi de 19 (2016: 14 pessoas).
16. SERVIÇOS PRESTADOS
17. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
18. GASTOS COM PESSOAL
1 400 283 1 786 383 Serviços
1 786 383 1 400 283
Prestações de Serviços
2017 2016
2.330.052 1.216.255
-
-
82.394
102.050
212.893
818.918
20.000
177.666
43.034
698.136
37.293
1.353.924
Rendimentos Suplementares
Rendimentos e Ganhos em empresas do grupo e associadas
Outros
Alienações
Correções relativas a períodos anteriores
Restituição Impostos
Excesso da Estimativa para impostos
Outros não especificados
Outros
2017 2016
2.728.515 1.137.733
464.676
33.633
-
37.000
117.868
481.634
2 922
467.975
-
-
33.808
115.890
2.109.346
1.495
Remunerações
Remunerações dos Órgãos Sociais
Remunerações do Pessoal
Benefícios de Reforma
Encargos sobre Remunerações
Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais
Outros gastos com o Pessoal
Gastos de ação social
2017 2016
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201762
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:
A rubrica “Trabalhos Especializados” engloba essencialmente honorários relativos a consultores e advogados.
19. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
3.990.572 3.181.056
11.884
793.178
897.249
896.425
31.268
-
922
7.395
3.663
236.471
34.794
6.737
-
-
2.228
146.930
55.915
51.949
4.048
23.242
1.045.380
933.103
1.256.724
16.131
12.529
917
2.780
25.002
508.619
41.759
13.233
-
1.585
7.381
1.500
74.049
17.136
9.501
Subcontratos
Serviços especializados
Serviços diversos
Trabalhos especializados
Rendas e alugueres
Publicidade e propaganda
Comunicação
Despesas de representação
Honorários
Seguros
Limpeza, Higiene e Conforto
Conservação e reparação
Contencioso e notariado
Outros
Ferramentas e utensílios
Material de escritório
Energia e Fluídos
Deslocações, estadas e transportes
Livros e Documentação Técnica
Artigos para oferta
Electricidade
Deslocações e estadas
Combustíveis
Materiais
2017 2016
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 63
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:
Conforme mapa seguinte os gastos com depreciações e amortizações totalizam 1.302.610 euros em 2017 e 1.093.922 euros em 2016:
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:
20. OUTROS GASTOS E PERDAS
21. GASTOS/REVERSÕES DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO
22. JUROS E GASTOS SIMILARES OBTIDOS
230.412
94.766
291.765
371.117
371.117
19.823
-
-
129.744
240
5.069
115.000
21.890
94.766
83.147
13
82.656
11.579
188
500
36.000
16.328
Gastos e Perdas em empresas do grupo e associadas
Ajustamento Ativos Financeiros
Impostos
Gastos e Perdas em Investimentos Não Financeiros
Dívidas incobráveis
Correções relativas a períodos anteriores
Multas não fiscais
Donativos
Quotizações
Outros
Outros
Multas e penalidades
Outros Gastos e Perdas
2017 2016
1.302.610 1.093.922
1.093.922 1.302.610
Gastos de depreciação e de amortização
Ativos Fixos Tangíveis (nota 7)
2017 2016
36.508.629 27.941.863
42.586
93.838
3.739.170
24.066.269
5.271
93.582
4.916.021
31.493.755
Juros Obtidos
Dividendos Obtidos
De Depósitos
De outras aplicações de Meios Financeiros Líquidos
De Financiamentos concedidos a Subsidiárias
2017 2016
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201764
Os juros obtidos relativos a financiamentos concedidos a Subsidiárias detalham-se do seguinte modo:
Os dividendos obtidos em 2017 e 2016 detalham-se conforme quadro seguinte:
4.916.021 3.739.170
123.106
119.912
1.599
4.313
96.482
634.766
130.735
642.460
849.719
1 135.048
1.030
128.844
127.636
161.229
121.104
81.542
664.352
272.592
672.405
874.769
1.810.801
748
Hospital CUF Cascais, S.A.
Hospital CUF Santarém, S.A.
PPPS - Gestão e Consultoria, S.A.
InfraHealth - Gestão de Infraestruturas, Lda
Hospital CUF Viseu, SA.
Hospital CUF Infante Santo, S.A.
Instituto CUF - Tratamento e Diagnóstico, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Hospital CUF Porto, S.A.
Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.
Valir - Sociedade Gestora de Participações, S.A.
2017 2016
31.493.755 24.066.269
3.637.101
7.946.650
145.361
-
1.209.919
32.360
88.636
10.999.016
7.225
5.046.043
9.823.100
156.675
183.586
1.064.336
41.026
-
15.178.989
-
Hospital CUF Cascais, S.A.
Hospital CUF Infante Santos, S.A.
Escala Parque - Gestão de Estacionamento, S.A.
Clínica CUF Alvalade, S.A.
Hospital CUF Santarém, S.A.
Loja Saúde CUF - Produtos e Serviços de Saúde e Bem Estar, S.A.
Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
InfraHealth - Gestão de Infraestruturas, Lda
2017 2016
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 65
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:
Os “Outros” juros suportados respeitam aos juros dos instrumentos de cobertura contratados (nota 9.10).
23. JUROS E GASTOS SIMILARES SUPORTADOS
À data de 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016 a entidade tem em carteira as seguintes garantias prestadas:
(a) “Reposição das condições iniciais do terreno” no âmbito da Expansão do Hospital CUF Descobertas.(b) Acordo de subscrição e realização de capital.(c) Avalista no Mútuo da Imo Health – Investimentos Imobiliários, S.A.. (d) Avalista no leasing da Imo Health – Investimentos Imobiliários, S.A., relativo ao edifício da Travessa do Castro.
24. COMPROMISSOS FINANCEIROS COM GARANTIAS
5.898.305 4.809.044
3.516.061
130.678
685.545
447.057
4.363.719
131.448
828.512
574.626
Juros Suportados
Outros Gastos e Perdas de Financiamento
De Financiamentos Obtidos
De Locações Financeiras
Outros
Outros
2017 2016
23.559.195 17.703.195
Câmara Municipal de Lisboa (a)
Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A. (c)
Imo Health - Investimentos Imobiliários, S.A. (d)
Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A. (b)
Data Emissão2017Beneficiário Data Validade2016Banco
Santander Totta
BIC
BIC
Novo Banco
303.195
5.856.000
15.000.000
2.400.000
303.195
-
15.000.000
2.400.000
24/05/2016
28/06/2017
31/12/2014
19/05/2011
24/05/2020
28/06/2025
25/12/2029
-
Estas demonstrações financeiras individuais foram autorizadas para emissão a 22 de março de 2018 pelo Conselho de Administração.
Desde 31 de dezembro de 2017 e até essa data não ocorreram quaisquer factos que não estejam já ajustados e/ou divulgados nas demonstrações financeiras.
De acordo com o exigido pelo n.º5 do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), não existem operações não incluídas na Demonstração da Posição Financeira pelo que não há lugar à divulgação da respetiva natureza, objectivo comercial, impacto financeiro ou riscos e benefícios.
25. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA
26. DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 71
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS CONTAS INDIVIDUAIS
Senhores Acionistas,
Nos termos legais e estatutários vem o Conselho Fiscal da José de Mello Saúde S.A., com sede em Av. do Forte, nº 3 - Edifício Suécia III, Piso 2, 2790-073 Carnaxide, apresentar o relatório sobre a sua ação fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentados pela Administração em relação ao exercício findo em 31 dezembro 2017.
1. Procedemos, nos termos legais e estatutários:
• à aprovação do Plano de atividades para 2018;
• à fiscalização dos atos da Administração, através de reuniões com a direção de auditoria interna, a direção financeira, a direção de planeamento estratégico, controlo de gestão e inovação, direção de sistemas de informação e a direção de desenvolvimento organizacional e qualidade, tendo obtido os esclarecimentos e conforto considerados necessários;
• à verificação da observância da lei e do cumprimento do contrato da sociedade;
• à avaliação sobre se as políticas contabilísticas e critérios de valorimetria/mensuração adotados pela sociedade estão de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites, e conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados;
• à avaliação da eficácia do sistema de controlo interno implementado pela Administração;
• à fiscalização do processo de preparação e divulgação da informação financeira;
• à verificação da exatidão da Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo do exercício de 2017;
• à apreciação do Relatório de Gestão emitido pela Administração, e da proposta de aplicação de resultados nele inserta;
• à apreciação do trabalho realizado pelo Revisor Oficial de Contas conducente à revisão legal e a serviços adicionais;
• à verificação dos termos da Certificação Legal das Contas, o Relatório de Auditoria e o Relatório Adicional ao Órgão de Fiscalização, emitidos pela Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A., tendo concluído que o seu conteúdo merece o nosso acordo.
2. A ação fiscalizadora desenvolvida permite-nos concluir que:
• os atos da Administração do nosso conhecimento salvaguardam o cumprimento da lei e do contrato da sociedade;
• não tomamos conhecimento de situações que possam pôr em causa a adequação e eficácia do sistema de controlo interno implementado pela Administração no controlo dos riscos a que a sociedade está exposta;
• a contabilidade e as contas satisfazem as disposições legais, estatutárias e regulamentares aplicáveis, refletem a atividade desenvolvida e conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados da sociedade;
• o Relatório de Gestão é concordante com as contas apresentadas e expõe com fidelidade a evolução da atividade e dos negócios no exercício;
• o Relatório divulgado inclui os elementos referidos no artigo 245º-A do Código de Valores Mobiliários sobre a estrutura e práticas do governo societário;
• a Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo do exercício de 2017, satisfazem os requisitos legais e contabilísticos aplicáveis;
• a auditoria às demonstrações financeiras realizada pelo Revisor Oficial de Contas foi adequada às circunstâncias, e os serviços adicionais não comprometeram a sua independência;
• a proposta de aplicação de resultados é adequada e encontra-se devidamente fundamentada.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201772
José Manuel Gonçalves de Morais Cabral
(Presidente)
João Filipe de Moura-Braz Corrêa da Silva
(Vogal)
José Luís Bonifácio Lopes
(Vogal)
3. Podemos assim declarar:
• a nossa concordância com o teor da Certificação legal das Contas emitidas pelo Revisor Oficial de Contas;
• a nossa concordância com o Relatório de Gestão e as contas do exercício de 2017 apresentadas pelo Conselho de Administração;
• que tanto quanto é do nosso conhecimento, a informação financeira divulgada foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira da sociedade, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.
4. Nesta conformidade, tendo em conta as ações levadas a cabo, somos de parecer que:
• sejam aprovados o Relatório de Gestão e as contas do exercício de 2017 apresentados pelo Conselho de Administração;
• seja aprovada a proposta de aplicação de resultados contida no Relatório de Gestão.
Finalmente desejamos agradecer à Administração e a todo o Pessoal ao serviço da Sociedade com quem contactámos, toda a colaboração recebida no desempenho das funções.
Lisboa, 13 de Abril de 2018
O Conselho Fiscal
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 73
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE DO CONSELHO FISCAL
Em cumprimento do disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código de Valores Mobiliários, os membros do Conselho Fiscal da José de Mello Saúde, S.A. (“JMS”) declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o relatório de gestão, as contas anuais individuais, a certificação legal de contas e demais documentos de prestação de contas, i) foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da JMS; ii) expõem fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da JMS; e iii) contêm uma descrição dos principais riscos com que a JMS se defronta na sua atividade.
Lisboa, 13 de Abril de 2018
O Conselho Fiscal
José Manuel Gonçalves de Morais Cabral
(Presidente)
João Filipe de Moura-Braz Corrêa da Silva
(Vogal)
José Luís Bonifácio Lopes
(Vogal)
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
74 RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017
INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 75
31-12-2017 31-12-2016Notas
Operações em continuação
Custos operacionais
Resultados operacionais
Resultados por ação
Outros itens do Rendimento Integral
Resultados antes de impostos
Resultado líquido consolidado do exercício
Outros rendimentos e gastos reconhecidos diretamente no capital próprio que não serão reclassificados para resultados
Rendimento integral consolidado
Rendimento integral do exercício atribuível a detentores de capital
Outros rendimentos e gastos reconhecidos diretamente no capital próprio que poderão vir a ser reclassificados para resultados
Resultado líquido do exercício atribuível a detentores de capital
5,7
10
12
8
12
15
13
34
18
34
42
5
5,7
18
12
38
5
11
5
5
9
12
15
627.691.418
(27.731.514)
82.900
(25.092.368)
(83.070)
(242.738.087)
956.355
2,15
(222.850.139)
522.121
2,26
(202.594.517)
666.471
(184.618.966)
760.181
(116.516.108)
(12.194.236)
2,15
(8.809.655)
474.455
7.034.104
474.455
521.975
30.850.733
30.376.278
28.517.255
28.233.318
7.556.080
(107.414.581)
(10.086.554)
2,26
(8.444.376)
283.937
5.127.649
283.937
(813.312)
4.314.337
578.041.322
9.752.114
(1.687.795)
(10.488.510)
(1.754.594)
(8.887.323)
8.229.524
637.443.532
(3.582.693)
42.592.818
32.104.308
23.294.653
22.820.198
(3.005.581)
41.534.616
32.647.294
24.202.918
23.918.981
(594.850.714) (544.736.229)
586.270.846
Proveitos operacionais
Gastos com o pessoal
Resultados relativos a empresas associadas
Custo das vendas
Custos e perdas financeiros
Básico
Impostos sobre o rendimento
Resultado líquido do exercício atribuível a interessesque não controlam
Revalorização de ativos fixos tangíveis, líquido de imposto
Rendimento integral do exercício atribuível a interessesque não controlam
Variação no justo valor dos instrumentos de cobertura, líquido de imposto
Total de proveitos operacionais
Outros custos operacionais
Total de custos operacionais
Vendas e prestações de serviços
Amortizações e depreciações
Resultados relativos a atividades de investimento
Fornecimentos e serviços externos
Proveitos e ganhos financeiros
Diluído
Outros proveitos operacionais
Provisões e perdas por imparidade, líquido
Resultados financeiros
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
Valores expressos em Euros
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201776
31-12-2017 31-12-2016Notas
Ativos não correntes
Passivos não correntes
Ativos correntes
Capital próprio
Capital próprio atribuível a acionistas
Ativos não correntes detidos para venda
17
36
16
35
21
40
26
33
8, 24
31
18
37, 38
19
38
22
22
23
42
27
14
34
23
28
29
30
25
32
13.357.220
60.177.688
43.885.257
295.514.364
770.384
3.358.340
16.737.792
22.820.198
(14.100.000)
4.228.716
88.189.849
13.540.692
23.918.981
(11.408.000)
3.960.796
77.706.743
122.870.558
5.811.644
95.377.577
4.356.460
3.316.536
20.658.007
5.088.234
7.839.302
14.216.580
53.000.000
11.262.856
53.000.000
12.877.217
59.964.427
33.366.429
117.984.922
509.672
-
378.408.792
1.355.216
233.956
12.259.474
3.786.717
11.735.363
8.296.945
1.627.604
52.749.441 60.410.979
189.789.608
1.461.775
168.111
14.021.234
4.291.945
2.857.449
8.296.945
2.301.121
448.739.272
386.028.049
92.418.565
35.150.000
47.894.297
3.735.465
48.650.000
16.067.394
3.168.613
292.935.205
745.409.942
250.397.732
502.866.271
249.299.926
198.590.928
81.667.539
Outros devedores correntes
Outras reservas e resultados transitados
Resultado líquido consolidado
Dividendos antecipados
Interesses que não controlam
Inventários
Capital
TOTAL DO ATIVO
Total de ativos não correntes
Total de passivos não correntes
Outros instrumentos financeiros
Caixa e depósitos bancários
Total de ativos correntes
Total do capital próprio
Ativos intangíveis
Credores por locações financeiras
Outros investimentos
Outros credores
Goodwill
Empréstimos
Investimentos em associadas
Provisões
Estado e outros entes públicos
Clientes e adiantamentos a fornecedores
Reserva legal
Ativos fixos tangíveis
Benefícios aos empregados
Ativos por impostos diferidos
Passivos por impostos diferidos
Outros ativos não correntes
Outros passivos não correntes
Outros ativos correntes
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA31 DE DEZEMBRO DE 2017
Valores expressos em Euros
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 77
Passivos correntes
36
35
40
39
27
41
9.794.327
56.119.722
7.476.112
9.650.238
32.025.005
8.547.200
94.542.001
21.958.566
77.072.601
87.534.852
19.252.327
65.598.181
266.963.328
652.991.378
745.409.942
222.607.805
421.198.732
502.866.271
Total de passivos correntes
TOTAL DO PASSIVO
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
Credores por locações financeiras
Outros credores correntes
Empréstimos
Estado e outros entes públicos
Fornecedores e adiantamentos de clientes
Outros passivos correntes
31-12-2017 31-12-2016Notas
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA31 DE DEZEMBRO DE 2017
Valores expressos em Euros
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201778
Capital Prestações acessóriasNotas
Saldo em 31 de dezembro de 2015
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Saldo em 31 de dezembro de 2017
14
14
-
-
-
-
-
53.000.000
53.000.000
53.000.000
14.350.000
-
-
-
-
(14.350.000)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Total do rendimento integral do exercício
Total do rendimento integral do exercício
Transferência para resultados transitados
Transferência para resultados transitados
Reembolso de prestações acessórias
Revalorização de ativos fixos tangíveis, líquido de imposto
Revalorização de ativos fixos tangíveis, líquido de imposto
Aplicação do resultado consolidado de 2015
Aplicação do resultado consolidado de 2016
Variações resultantes de alterações dos capitais próprios de associadas e subsidiárias
Variações resultantes de alterações dos capitais próprios de associadas e subsidiárias
Variações de interesses que não controlam resultantesde alterações do perímetro de consolidação
Transferência para Reserva Legal
Transferência para Reserva Legal
Reduções de participação de capital
Variação no justo valor dos instrumentos de cobertura
Variação no justo valor dos instrumentos de cobertura, líquido de imposto
Resultado consolidado líquido do exercício
Resultado consolidado líquido do exercício
Dividendos distribuídos
Dividendos distribuídos
Outros
Outras operações
Outros rendimentos e ganhos reconhecidos no capital próprio
Outros rendimentos e ganhos reconhecidos no capital próprio
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Valores expressos em Euros
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 79
Outras reservas e Resultados transitadosReserva legal Resultado líquido
Dividendos antecipados
Interesses que não controlam Total
(15.113.286)3.430.501 21.893.940 - 3.708.111 81.269.266
7.839.3024.356.460 23.918.981 (11.408.000) 3.960.796 81.667.539
20.658.0075.811.644 22.820.198 (14.100.000) 4.228.716 92.418.565
20.967.982- (20.967.982) - - -
11.055.797- (22.463.797) 11.408.000 - -
- - - - (14.350.000)
-925.958 (925.958) - - -
-1.455.184 (1.455.184) - - -
--
-
- - - -
(813.312)- - - - (813.312)
7.034.104
521.975- - - - 521.975
-- 23.918.981 - 283.937 24.202.918
-- 22.820.198 - 474.455 23.294.653
5.127.649- - - - 5.127.649
- - - - 7.034.104
(1.495.329)- - (11.408.000) (206.278) (13.109.607)
(6.500.000)- - (14.100.000) (196.400) (20.796.400)
657.218- - - 175.027 832.245
(32.776)- - - - (32.776)
221.853- - - (10.135) 211.718
(1.491.620)- - - - (1.491.620)
517.752- - - - 517.752
4.314.337- 23.918.981 - 283.937 28.517.255
7.556.080- 22.820.198 - 474.455 30.850.733
O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada das alteraçõesno capital próprio para o exercício findo em 31 de dezembro de 2017.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201780
31-12-2017 31-12-2016Notas
ATIVIDADES OPERACIONAIS
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de
Recebimentos provenientes de
Pagamentos respeitantes a
Pagamentos respeitantes a
46
46
(482.549.151)
705.239.151
(395.668)
266.347
13.500.000
269.774
259.396
13.500.000
1.358.563
227.036
1.853.458
(40.655.580)
(3.150.267)
(21.333.803)
-
82.358
3.990.000
(13.901.628)
-
(12.597.191)
573.661
34.077
(960.949)
(10.407.471)
-
-
417.605
-
(2.674.065)
(9.773.480)
(14.350.000)
(2.171.875)
195.542
466.638.200
(44.994.750)
(341.999.911)
(10.592.310)
1.279.718
244.800.000
(327.600)
(236.191.351)
(8.850.873)
(350.671.062)
576.418.011
1.306.138
(196.604.636)
(9.825.346)
(181.584.069)
(14.820.101)
15.864.349
(85.348.695)
94.811.749
1 262.585
482.295.509
(86.611.280)
(387.483.760)
2.039.077
263.648.563
(16.903.293)
(283.934.771)
30.648.917
(14.864.216)
(20.286.208)
Juros e proveitos similares
Prestações acessórias
Ativos intangíveis
Amortização de contratos de locação financeira
Reduções de capital e prestações acessórias
Instrumentos financeiros derivados
Ativos financeiros e outros investimentos
Empréstimos obtidos
Ativos financeiros e outros investimentos
Empréstimos obtidos
Juros e custos similares
Fluxos das atividades operacionais (1)
Fluxos das atividades de investimento (2)
Fluxos das atividades de financiamento (3)
Pagamentos a fornecedores
Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional
Recebimentos de clientes
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
Dividendos
Outros instrumentos financeiros
Instrumentos financeiros derivados
Ativos fixos tangíveis
Empréstimos a empresas do Grupo
Ativos fixos tangíveis
Empréstimos a empresas do Grupo
Dividendos pagos e resultados distribuídos
Outros instrumentos financeiros
Pagamentos ao pessoal
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Montantes expressos em Euros
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 81
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3)
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
4
29
29
6.742.179 34.739
-
-
25.327.403
15.814.660
47.884.243
-
(62.150.000)
(4.501.507)
82.431.428
15.814.660
Efeito das Diferenças de Câmbio
Alteração dos equivalentes de caixa
Efeito da Variação de Perímetro
31-12-2017 31-12-2016Notas
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
Montantes expressos em Euros
O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada das alteraçõesno capital próprio para o exercício findo em 31 de dezembro de 2017.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201782
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
(Valores expressos em Euros)1. NOTA INTRODUTÓRIA
A José de Mello Saúde, S.A. (“Empresa” ou “JMS”) é uma sociedade anónima, com sede em Lisboa, na Av. do Forte, nº 3, Edifício Suécia III, Piso 2, 2790-073 Carnaxide e foi constituída em dezembro de 1992. O universo empresarial da JMS (“Grupo” ou “Grupo JMS”) é formado pelas empresas subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas descritas na Nota 3 e tem como atividade principal a prestação de cuidados de saúde, nomeadamente na área da prestação de cuidados de saúde privados, na parceria público-privado, na prestação de serviços no âmbito da medicina, higiene e saúde no trabalho e ainda na prestação de cuidados de saúde domiciliários.
Conforme referido na Nota 31, o capital da Empresa é detido maioritariamente pela José de Mello Capital, S.A., sua empresa-mãe que elabora demonstrações financeiras consolidadas e que cumprem as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) e, consequentemente, as operações e transações do Grupo JMS (Nota 47) são influenciadas pelas decisões do Grupo José de Mello Capital.
De salientar que a 12 de dezembro de 2017, as sociedades José de Mello Participações II, SGPS, S.A., Guimarães de Mello Portugal, SGPS, S.A., Guimarães de Mello Investimentos, SGPS, S.A. e José de Mello – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (anterior empresa-mãe da JMS) foram incorporadas, por fusão, na sociedade SOGEFI – Sociedade de Gestão e Financiamentos, SGPS, S.A., a qual passou a designar-se José de Mello Capital, S.A.. Esta reestruturação societária não pôs em causa quaisquer compromissos assumidos pelas sociedades intervenientes uma vez que todos os direitos e obrigações que impendiam sobre as mesmas passam a ser prosseguidos, de forma concentrada, pela José de Mello Capital, S.A.
2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. BASES DE APRESENTAÇÃO
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 3), ajustados no processo de consolidação, quando necessário, de modo a estarem de acordo com as disposições das IFRS, adotadas pela União Europeia, efetivas para os exercícios iniciados em 1 de janeiro de 2017. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, quer as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), quer as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”) emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respetivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e Standing Interpretation Committee (“SIC”), respetivamente. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “IFRS”.
As demonstrações financeiras estão expressas em Euros.
2.1.1. NOVAS NORMAS, ALTERAÇÕES OU INTERPRETAÇÕES APLICÁVEIS AO EXERCÍCIO DE 2017
Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE), ocorreram as seguintes emissões, revisões, altera-ções e melhorias nas Normas e Interpretações com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2017, as quais não tiveram impactos relevantes nas demonstrações financeiras do Grupo:
A adoção destas normas, interpretações e alterações às normas, não teve um impacto significativo nas demons-trações financeiras.
Normas Data de aplicação
IAS 12 – Reconhecimento de impostos diferidos ativos para perdas não realizadas (alterações) 1 de janeiro de 2017
IAS 7 - Iniciativa de divulgação
Melhorias relativas ao ciclo 2014-2016 (IFRS 12 Divulgações de interesses em outras entidades)
1 de janeiro de 2017
1 de janeiro de 2017
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 83
2.2.2. NOVAS NORMAS, ALTERAÇÕES OU INTERPRETAÇÕES JÁ EMITIDAS MAS QUE AINDA NÃO SÃO OBRIGATÓRIAS
Existem novas normas, alterações e interpretações efetuadas a normas existentes, que apesar de já publicadas, a sua aplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem após 1 de janeiro de 2018, que o Grupo decidiu não adotar antecipadamente:
a) Já endossadas pela União Europeia (EU):
Em 31 de dezembro de 2017 as seguintes melhorias das Normas e Interpretações, emitidas pelo IASB, já se en-contravam endossadas pela UE, contudo a sua aplicação só é obrigatória para os exercícios que se iniciem após 1 de janeiro de 2018:
IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes
A IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes, aplica-se a todos os rendimentos provenientes de contratos com clientes substituindo as seguintes normas e interpretações existentes: IAS 11 - Contratos de construção, IAS 18 – Rendimentos, IFRIC 13 -Programas de fidelização de clientes, IFRIC 15 - Acordos para a construção de imóveis, IFRIC 18 - Transferências de ativos de clientes e SIC 31 - Receitas - Operações de permuta envolvendo serviços de publicidade). A norma aplica-se a todos os réditos de contratos com clientes, exceto se o contrato estiver no âmbito da IAS 17 (ou IFRS 16 – Locações, quando for aplicada).
Também fornece um modelo para o reconhecimento e mensuração de vendas de alguns ativos não financeiros, incluindo alienações de bens, equipamentos e ativos intangíveis. Esta norma realça os princípios que uma enti-dade deve aplicar quando efetua a mensuração e o reconhecimento do rédito. O princípio base é de que uma entidade deve reconhecer o rédito por um montante que reflita a consideração que ela espera ter direito em troca dos bens e serviços prometidos ao abrigo do contrato.
Os princípios desta norma devem ser aplicados em cinco passos: (1) identificar o contrato com o cliente, (2) identificar as obrigações de desempenho do contrato, (3) determinar o preço de transação, (4) alocar o preço da transação às obrigações de desempenho do contrato e (5) reconhecer os rendimentos quando a entidade satisfizer uma obrigação de desempenho. A norma requer que uma entidade aplique o julgamento profissional na aplicação de cada um dos passos do modelo, tendo em consideração todos os factos relevantes e circunstâncias. Esta norma também especifica como contabilizar os gastos incrementais na obtenção de um contrato e os gastos diretamente relacionados com o cumprimento de um contrato. A norma deve ser aplicada em exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018. A aplicação é retrospetiva, podendo as entidades escolher se querem aplicar a “full retrospective approach” ou a “modified retrospective approach”. É permitida a aplicação antecipada.
O Grupo procedeu a uma análise das implicações da sua adoção, não sendo esperado qualquer impacto signi-ficativo nas Demonstrações Financeiras. Na preparação da adoção da IFRS 15, o Grupo considerou os seguintes aspetos relevantes:
Normas Data de aplicação
IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes
Aplicação da IFRS 9 com a IFRS 4 - Alterações à IFRS 4
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2018
Clarificações à IFRS 15
IFRS 10 e IAS 28 - Venda ou entrega de ativos por um investidor à sua associada ou empreendimento conjunto
IFRS 9 - Instrumentos Financeiros
IFRS 16 - Locações
Melhorias relativas ao ciclo 2014-2016
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2019
1 de janeiro de 2018
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201784
Prestação privada
Prestação de cuidados de saúde
Esta revenue stream representa a quase totalidade dos proveitos do Grupo. A prestação de cuidados de saúde no segmento privado assenta no reconhecimen-to do rédito no momento da prestação do serviço ao cliente. O Grupo identificou o Payer Mix, e analisou os contratos com maior expressão. A determinação do rédito para estes contratos é baseada na aplicação de tabelas de preços definidas para os cuidados de saúde prestados. Com efeito, o Grupo concluiu que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas.
Higiene, Segurança e Medicina do trabalho
Medicina no Trabalho – Esta revenue stream consiste na realização de exames acordados com o cliente aos colaboradores, no período de tempo do contrato. O rédito é reconhecido na vigência do contrato não existindo obrigações adicionais. O valor reconhecido é o final negociado entre as partes, sendo esse o rédito esperado. O Grupo concluiu assim que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas.
Higiene e Segurança – No âmbito desta revenue stream são efetuadas avaliações de risco às instala-ções do cliente, durante o período do contrato. Estas avaliações têm como objetivo identificar e avaliar qualitativamente riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores nos locais de trabalho, propondo medidas preventivas e corretivas, e ainda verificar a observância da regulamentação aplicável, normas in-ternas e medidas de prevenção nos locais de trabalho. O rédito é reconhecido na vigência do contrato não existindo obrigações para além do contrato. O valor reconhecido é o final negociado entre as partes, sendo esse o rédito esperado. O Grupo concluiu assim que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas.
Serviços Domiciliários
Esta linha de negócio inclui os cuidados prestados no domicílio do cliente. Os contratos relativos a esta revenue stream são standard e não incluem o aluguer de qualquer equipamento, apenas inclui a prestação
de serviços de saúde. O rédito é reconhecido no mo-mento da prestação do serviço ao cliente. Com efeito, o Grupo concluiu que a aplicação desta norma não terá impactos nas demonstrações financeiras consolidadas.
Prestação pública
Prestação de cuidados de saúde
As Parcerias Público-Privadas (“PPPs”) faturam a prestação de cuidados de saúde à Entidade Pública Contratante, Seguradores e particulares que não sejam utentes do Sistema Nacional de Saúde (SNS).
A prestação de cuidados de saúde abrangida pelo con-trato de gestão com a Entidade Pública Contratante assenta no reconhecimento do rédito no momento da prestação de serviço ao utente. A determinação do rédito consiste na aplicação do contrato de gestão. O valor reconhecido é o negociado entre as partes, sendo esse o rédito esperado.
Para os restantes utentes do Hospital, são aplicadas tabelas de preço em vigor no SNS. O reconhecimento do rédito ocorre no momento da prestação de serviço ao utente.
Desta forma, o Grupo concluiu que a aplicação da presente norma não provoca alterações ao registo do rédito deste fluxo atualmente praticado pelas so-ciedades.
Cedência de medicamentos
Este fluxo de rendimento consiste no débito de me-dicamentos suportados pela Entidade Publica Con-tratante no âmbito do contrato de gestão ou autori-zações avulsas. O rédito é reconhecido no momento da transferência do produto. Mais uma vez o Grupo concluiu que a aplicação da presente norma não provoca alterações ao registo do rédito deste fluxo atualmente praticado pelas sociedades.
Taxas moderadoras
Este fluxo de rédito consiste na faturação de taxas moderadores definidas pelo SNS aos utentes dos Hos-pitais. O reconhecimento do rédito ocorre no momento da prestação de serviço ao utente. O Grupo concluiu que a aplicação desta norma não tem impacto nas demonstrações financeiras consolidadas.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 85
Outros proveitos operacionais
Cedência de exploração
Este fluxo de rendimento corresponde a contratos de cedência de exploração entre os hospitais a entidades que desenvolvem atividades na área dos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (“MCDTs”). O rédito é determinado com base na faturação mensal de cada uma das entidades a quem é cedida a exploração da atividade clínica, e é reconhecido mensalmente. O Grupo concluiu assim que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas.
Cedência de espaço
Esta revenue stream respeita à cedência dos espaços comerciais existentes nos hospitais detidos pelo Grupo, para exploração de atividades não clínicas. O rédito é reconhecido mensalmente com base nos valores negocia-dos entre as partes, sendo esse o rédito esperado. O Grupo concluiu assim que a aplicação desta norma não terá impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas.
No que respeita às restantes normas cuja aplicação ainda não é obrigatória, o Grupo optou pela não adoção antecipada. No entanto, espera-se que a aplicação da IFRS 16 tenha impactos significativos ao nível do balanço do Grupo. O registo do direito de utilização das atuais locações operacionais deverá desta forma implicar um aumento dos ativos e das responsabilidades de terceiros.
b) Ainda não endossadas pela União Europeia:
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, não foram, até à data de aprovação destas demons-trações financeiras, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:
Relativamente às normas apresentadas acima, cuja entrada obrigatória em vigor ainda não ocorreu, o Grupo ain-da está a apurar o impacto destas alterações e aplicará estas normas no exercício em que as mesmas se tornem efetivas, ou antecipadamente quando permitido.
2.2. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 não ocorreram alterações voluntárias de políticas contabi-lísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício de 2016.
Normas Data de aplicação
IAS 28 - Interesses de longo prazo em Associadas ou Joint Ventures (alterações)
IAS 40 - Transferência de Propriedades de investimento (alterações)
1 de janeiro de 2019
1 de janeiro de 2018
IFRS 2 - Classificação e mensuração de transações de pagamento com base em ações (adenda)
IFRS 17 – Contratos de seguro
IFRIC 22 - Transações em moeda estrangeira e adiantamento da consideração
IFRIC 23 – Incerteza sobre diferentes tratamentos do imposto sobre o rendimento
IFRS 9 - Pagamentos antecipados com compensações negativas (alterações)
Melhorias relativas ao ciclo 2015-2017
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2021
1 de janeiro de 2018
1 de janeiro de 2019
1 de janeiro de 2019
1 de janeiro de 2019
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201786
2.3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS DA GESTÃO
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com os princípios de reconhecimento e mensuração das IFRS requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que poderão afetar o valor dos ativos e passivos apresentados, em particular amortizações e depreciações, ajustamentos, perdas por imparida-de e provisões, as divulgações de ativos e passivos contingentes à data das demonstrações financeiras, bem como os seus proveitos e custos.
Essas estimativas são baseadas no melhor conheci-mento existente em cada momento e nas ações que se planeiam realizar, sendo permanentemente revistas com base na informação disponível. Alterações nos factos e circunstâncias podem conduzir à revisão das estimativas, pelo que os resultados reais futuros poderão diferir daquelas estimativas.
As estimativas contabilísticas mais significativas refle-tidas nas demonstrações financeiras, são como segue:
Análise de imparidade do Goodwill
O valor do Goodwill é testado anualmente e sempre que haja evidências de estar em imparidade. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer a estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada.
Vida útil de Ativos Tangíveis e Intangíveis
A vida útil de um ativo é o período durante o qual o Grupo espera que esse ativo esteja disponível para seu uso e é revista pelo menos no final de cada exer-cício económico.
O método de amortização/depreciação a aplicar e as perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por mo-tivos de obsolescência tecnológica, é essencial para determinar a vida útil efetiva de um ativo.
Estes parâmetros são definidos de acordo com a me-lhor estimativa da gestão, para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas dos sectores em que o Grupo opera.
Reconhecimento e Mensuração de Provisões
O reconhecimento de provisões tem inerente a deter-minação da probabilidade de saída de fluxos futuros e a sua mensuração com fiabilidade.
Estes fatores estão muitas vezes dependentes de acontecimentos futuros e nem sempre sob o controlo do Grupo pelo que poderão conduzir a ajustamentos significativos futuros, quer por variação dos pressu-postos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.
Justo Valor de Instrumentos Financeiros
Quando o justo valor dos ativos e passivos financeiros à data de balanço não é determinável com base em mercados ativos, este é determinado com base em técnicas de avaliação que incluem o modelo dos fluxos de caixa descontados ou outros modelos apropriados nas circunstâncias. Os inputs para estes modelos são retirados, sempre que possível, de variáveis obser-váveis no mercado, mas quando tal não é possível, torna-se necessário um certo grau de julgamento para determinar o justo valor, o qual abrange consi-derações sobre o risco de liquidez, o risco de crédito e volatilidade.
Imparidade de Contas a receber
O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de relato, tendo em conta a in-formação histórica do devedor e o seu perfil de risco.
As contas a receber são ajustadas pela avaliação efe-tuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data do balanço, os quais poderão vir a divergir do risco efetivo a incorrer no futuro.
Impostos sobre o rendimento e impostos diferidos
A determinação dos montantes de impostos sobre o rendimento e impostos diferidos requer o exercício de julgamento e está sujeito a interpretações. Diferentes interpretações poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.
Somente são reconhecidos impostos diferidos ativos na medida em que seja provável que venha a existir lucro tributável contra o qual possam ser utilizados.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 87
Apuramento da atividade e rédito das Parcerias Público-Privado (“PPPs”)
O apuramento da atividade e rédito nas PPPs é reali-zado de acordo com o previsto no Contrato de Gestão (“CG”), em particular com o previsto no Anexo VII - Re-muneração da Entidade Gestora do Estabelecimento: a faturação dos atos médicos prestados é realizada mensalmente, sendo o remanescente faturado no exercício seguinte após a conclusão do processo de validação de todos os atos médicos, hospitalares, clínicos, MCDTs e de cedência de medicamentos; mensalmente é reportada a atividade do mês em referência e a dos meses anteriores do ano em cur-so, sendo que a atividade acumulada a dezembro (atividade anual) é reportada até ao final do mês de janeiro do ano seguinte; há depois um pagamento de reconciliação apurado, até ao final do primeiro semestre do ano imediatamente subsequente, com base no valor efetivo da parcela a cargo do Serviço Nacional de Saúde (conforme previsto na alínea b) do n.º 1 da Cláusula 47ª do CG). O valor efetivo da parcela a cargo do Serviço Nacional de Saúde é calculado nos termos do n.º 22 do referido anexo VII ao CG.
Provisões contratuais
O Grupo efetua uma avaliação detalhada dos ris-cos potenciais associados à valorização da parcela a cargo do SNS, em particular no que diz respeito à elegibilidade dos atos clínicos reportados à entidade pública contratante, e também no que se refere aos riscos associados aos parâmetros de desempenho contratuais.
No caso particular do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca, a Cláusula 123ª (Reversão dos Bens) do CG prevê que os bens objeto de reversão para a Entidade Pública Contratante devem encontrar-se em bom estado de funcionamento e plenamente operacionais, estando cumpridas todas as obrigações de conserva-ção, manutenção e renovação. Considerando que de-vem ser alvo de investimento todos os equipamentos médicos que atinjam o fim da sua vida útil antes do final do CG, foi elaborado um plano de investimento onde se prevê o reconhecimento da obrigação futura com a substituição dos referidos equipamentos até ao fim do contrato; em consequência foi constituída em 2013 uma provisão, por contrapartida da rubrica Ativos intangíveis – este ativo encontra-se a ser amortizado até maio de 2021.
Continuidade das operações de subsidiárias e as-sociadas
O Grupo teve em atenção os resultados atingidos e entende que as medidas em vigor e as que estão a ser tomadas ao nível da libertação de meios operacionais (por redução de consumos e aumento de produtivi-dade), são suficientes para garantir o normal funcio-namento da atividade, não estando, por conseguinte, posta em causa a continuidade das operações. Em particular, no caso do Estabelecimento Hospitalar de Braga, o Grupo está a reavaliar o seu Business plan, por forma a garantir o equilíbrio dos capitais até ao final da concessão, estimando-se a esta data, com base na melhor informação disponível, que a situação liquida seja deficitária no momento de término da concessão.
Escala Braga – Sociedade Gestora do Estabeleci-mento, S.A. (“Escala Braga”)
Decorrem nesta data processos de conferência com a Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. (“ARS Norte”), relativamente aos acertos de contas dos exercícios de 2014, 2015, 2016 e 2017 do Estabe-lecimento Hospitalar de Braga.
Em relação aos acertos de contas dos exercícios de 2014, 2015 e 2016, estão a esta data, em processo de encerramento de apuramento da Produção real, sendo que o mesmo já deveria ter sido concluído em junho de 2015, em junho de 2016 e junho de 2017, respetivamente.
Segundo o previsto no contrato de gestão, o acordo referente ao exercício de 2017, deverá ocorrer até final de junho de 2018.
O Conselho de Administração da Escala Braga en-tende que se encontra devidamente fundamentada para fazer prevalecer as suas pretensões, sem que daí decorra qualquer impacto financeiro negativo que tenha um efeito significativo nas contas.
Escala Vila Franca – Sociedade Gestora do Estabe-lecimento, S.A. (“Escala Vila Franca”)
Decorrem nesta data processos de conferência com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (“ARSLVT”), relativamente aos acertos de contas dos exercícios de 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017 Estabelecimento Hospital de Vila Franca.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201788
Relativamente aos acertos de contas dos exercícios de 2013, 2014, 2015 e 2016, estão a esta data, em processo de encerramento de apuramento da Produção real, sendo que o mesmo já deveria ter sido concluído em junho de 2014, de 2015, de 2016 e de 2017, respetivamente.
Segundo o previsto no contrato de gestão, o acordo referente ao exercício de 2017, deverá ocorrer até final de junho de 2018.
O Conselho de Administração da Escala Vila Franca entende que se encontra devidamente fundamentada para fazer prevalecer as suas pretensões, sem que daí decorra qualquer impacto financeiro negativo que tenha um efeito significativo nas contas.
Não foram igualmente detetados no exercício corrente quaisquer erros ou omissões de períodos anteriores.
2.4. PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO
a) Empresas controladas
A consolidação das empresas controladas (Nota 3.1.) em cada período contabilístico efetua-se pelo método de integração global. Considera-se existir controlo quando o Grupo está exposto, ou tem direitos, a retornos variá-veis em resultado do seu envolvimento com a participada e tem a capacidade de afetar esses retornos através do seu poder sobre a participada (isto é, direitos que lhe dão atualmente a capacidade de gerir as atividades relevantes da participada).
A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido daquelas empresas é apresentada sepa-radamente na Demonstração consolidada da posição financeira e na Demonstração dos resultados e do outro rendimento integral consolidado, respetivamente, na rubrica Interesses que não controlam.
Quando os prejuízos atribuíveis aos interesses que não controlam excedem o interesse que não controlam no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, exceto quando os interesses que não controlam tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.
Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição e até à data da sua alienação.
As transações e saldos significativos entre as empresas controladas foram eliminados no processo de consolidação. As mais-valias decorrentes da alienação de empresas participadas, efetuadas dentro do Grupo, são igualmente anuladas.
Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas subsidiárias, tendo em vista a uniformização das respetivas políticas contabilísticas com as do Grupo.
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim espe-cífico, ainda que não possua participações de capital diretamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método integral.
b) Concentração de atividades empresariais e Goodwill
A concentração de atividades empresariais, nomeadamente a aquisição de subsidiárias, é registada pelo método de compra. O custo de aquisição corresponde ao agregado dos justos valores, à data da transação, dos ativos cedidos, dos passivos incorridos ou assumidos e dos instrumentos de capital próprio emitidos, em troca do controlo da adquirida.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 89
Os ativos identificáveis, passivos e passivos contingentes de uma subsidiária, que cumprem com os critérios de reconhecimento da IFRS 3, são mensurados pelo respetivo justo valor na data de aquisição, exceto os ativos não correntes (ou grupo de ativos) que sejam classificados como detidos para venda.
Qualquer excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos ativos líquidos identificáveis é registado como Goodwill. O Goodwill é registado como ativo e não é sujeito a amortização, sendo apresentado autonomamente na Demonstração consolidada da posição financeira. Anualmente, ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor, os valores de Goodwill são sujeitos a testes de imparidade. Qualquer perda de imparidade é re-gistada de imediato como custo do período e não é suscetível de reversão posterior.
Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos ativos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho do período em que ocorre a aquisição.
Na alienação de uma subsidiária, o correspondente Goodwill é incluído na determinação da mais ou menos valia.
Os interesses de acionistas que não controlam são apresentados pela respetiva proporção do justo valor dos ativos e passivos identificados.
c) Investimentos em associadas
Uma associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa. Influência significativa é o poder de participar nas decisões sobre políticas operacionais e financeiras, mas que não é controlo, tal como definido na alínea a) anterior.
Estes investimentos financeiros em empresas associadas (Notas 3.2 e 19) encontram-se valorizados pelo método da equivalência patrimonial, exceto quando são classificados como detidos para venda, sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido da diferença entre esse custo e o valor proporcional à participação nos capitais próprios dessas empresas, desde a data de aquisição ou da primeira aplicação do referido método. O Goodwill relacionado com a associada está incluído no valor do inves-timento financeiro e não é testado individualmente.
De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas periodicamente pelo valor correspondente à participação do Grupo nos resultados líquidos das empresas associadas, por con-trapartida da rubrica Resultados relativos a empresas associadas (Nota 12), e por outras variações ocorridas nos seus capitais próprios por contrapartida da rubrica Outras reservas, bem como pelo reconhecimento de perdas de imparidade.
As perdas em associadas em excesso ao investimento efetuado nessas entidades não são reconhecidas, exceto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com essa associada.
Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.
Os ganhos não realizados em transações com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada, por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o ativo transferido esteja em situação de imparidade.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201790
2.5. RÉDITO E ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos nos resultados do período quando estão satisfeitas as condições seguintes:
• O Grupo tenha transferido para o comprador os riscos e vantagens significativos inerentes à posse dos ativos;
• O Grupo não retenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse nem o controlo efetivo dos bens vendidos;
• A quantia do rédito possa ser fielmente mensurada;
• Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para o Grupo; e,
• Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser fielmente mensurados.
Os proveitos de vendas são reconhecidos líquidos de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua con-cretização pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos nos resultados do período em que são prestados.
Os proveitos decorrentes de dividendos são reconhecidos quando, em substância, se constituiu, na Entidade declarante, a obrigação de proceder à declaração de dividendos.
Os juros e proveitos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efetiva aplicável.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em perío-dos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas Outros ativos correntes e Outros passivos correntes.
2.6. RESULTADO OPERACIONAL
O resultado das operações inclui a totalidade dos custos e proveitos das operações, quer sejam recorrentes ou não recorrentes, incluindo os relacionados com reestruturações e com ativos fixos tangíveis e intangíveis. Inclui, ainda, as mais ou menos valias apuradas na venda de empresas incluídas na consolidação pelo método de conso-lidação integral. Assim, excluem-se dos resultados operacionais os custos líquidos de financiamento, os resultados apurados com associadas e outros investimentos financeiros e os impostos sobre o rendimento.
2.7. CUSTOS DE FINANCIAMENTO
Os custos com empréstimos são reconhecidos nos resultados do período a que respeitam.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos fixos tangíveis que levem um período substancial de tempo a ficarem preparados para o uso pretendido são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização ou final de produção ou construção do ativo ou durante os períodos em que o desenvolvimento do ativo seja interrompido. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos antecipadamente e alocáveis a um investimento específico são deduzidos aos custos financeiros elegíveis para capitalização.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 91
2.8. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis (os quais diferem dos resultados contabilísticos) das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos (cinco para a Segurança Social). Deste modo, as decla-rações fiscais das empresas do Grupo dos anos de 2014 a 2017 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão, embora a Sociedade considere que eventuais correções resultantes de revisões fiscais àquelas declarações de imposto não terão efeito significativo nas Demonstrações Financeiras referidas à data de 31 de dezembro de 2017.
2.9. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
O Grupo reconhece os impostos diferidos de acordo com o estabelecido na IAS 12 – Impostos sobre o rendimento, como forma de especializar adequadamente os efeitos fiscais das suas operações, e de excluir as distorções rela-cionadas com os critérios de natureza fiscal que contrariam os efeitos económicos de determinadas transações.
São reconhecidos ativos por impostos diferidos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os ativos poderão ser utilizados. Os ativos por impostos diferidos são revistos anualmen-te e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados. O valor dos impostos diferidos é determinado com aplicação das taxas fiscais (e leis) decretadas ou substancialmente decretadas na data de reporte e que se espera que sejam aplicáveis no período de realização do ativo por imposto diferido. De acordo com a legislação em vigor, considerou-se, em Portugal, a taxa de IRC de 21% e, nas situações não ligadas a prejuízos fiscais, uma derrama de 1,5% sobre o valor das diferenças temporárias que originaram impostos ativos e impostos passivos diferidos.
O movimento ocorrido durante o exercício e a decomposição dos saldos de Impostos Diferidos estão apresentados na Nota 22; a reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva do imposto corrente encontra-se apresentada na Nota 13.
2.10. RESULTADOS POR AÇÃO
O resultado básico por ação é calculado dividindo o resultado atribuível aos detentores de capital ordinário da empresa-mãe, pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período.
O resultado diluído por ação é igual ao resultado básico, já que não existem interesses em ações preferenciais convertíveis, nem opções sobre ações.
2.11. ATIVOS INTANGÍVEIS, EXCLUINDO GOODWILL
Os ativos intangíveis (exceto Goodwill) compreendem, essencialmente, as despesas incorridas em projetos espe-cíficos com valor económico futuro e encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos se for provável que dos mesmos advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo, identificáveis e o respetivo valor possa ser medido com fiabilidade.
Os ativos intangíveis para os quais não seja previsível a existência de um período limitado de geração de benefícios económicos futuros são designados ativos intangíveis de vida útil indefinida. Estes ativos não são amortizados e estão sujeitos a testes de imparidade anuais.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201792
Nesta rubrica encontram-se refletidos, entre outros:
• Direitos de concessão, correspondentes ao direito de gestão e exploração dos dois estabelecimentos hospita-lares em Regime de Parceria Público-Privado. A amortização é efetuada pelo período estipulado nos contratos (10 anos);
• Responsabilidade correspondente ao valor total estimado dos investimentos esperados até ao termo do Contrato de gestão e exploração do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca, decorrente das obrigações contratuais previstas no Anexo V do mesmo, de acordo com o estabelecido na IAS 37 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes e com base nos princípios descritos na IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços. Este ativo encontra-se a ser amortizado pelo período remanescente do contrato;
• Direito de superfície sobre dois imóveis pelo período de 40 anos;
• Direito de exploração de um parque de estacionamento pelo período de 50 anos;
• Direito de superfície em subsolo sobre uma parcela de terreno adjacente ao estacionamento do Edifício Expan-são do Hospital das Descobertas;
• Trespasse relativo às instalações da Clínica CUF São Domingos de Rana.
Após o início de utilização dos bens, as amortizações são calculadas pelo método da Linha reta a partir da data em que os mesmos se encontram disponíveis para ser utilizados no uso pretendido, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:
2.12. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Os ativos fixos tangíveis utilizados na produção, prestação de serviços ou para uso administrativo são regista-dos ao custo de aquisição ou produção, incluindo as despesas imputáveis à compra, deduzido da depreciação acumulada e perdas de imparidade, quando aplicável.
Os Imóveis afetos a serviços de saúde encontram-se escriturados pela quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data de revalorização. A avaliação destes Imóveis, com referência a 31 de dezembro de 2017, foi efetuada por uma entidade especializada independente – Ktesios Appraisal – Consultoria e Avaliação Imobiliária, Lda.
Os ativos fixos tangíveis são depreciados pelo método da Linha reta a partir da data em que os mesmos se en-contram disponíveis para ser utilizados no uso pretendido, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:
Anos de vida útil
Programas de computador
Valor total estimado dos investimentos
4
10
9
Direito de exploração
Direito de superfície
Direito de entrada à gestão hospitalar
50
40
Anos de vida útil
Edifícios e outras construções
Outros ativos fixos tangíveis
10 - 50
4 - 8
4 - 8
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
3 - 7
4
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 93
A quantia depreciável dos ativos fixos tangíveis não inclui o valor residual que se estima no final das respetivas vidas úteis, exceto nos casos em que o mesmo se estima ser imaterial ou exista incerteza quanto à sua realiza-ção. Adicionalmente, a depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda.
As benfeitorias e beneficiações apenas são registadas como ativo nos casos em que comprovadamente aumentem a sua vida útil ou aumentem a sua eficiência normal, traduzindo-se num acréscimo dos benefícios económicos futuros.
Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos tangíveis ainda em fase de construção/promoção, encon-trando-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes ativos são depreciados a partir do momento em que se encontram em condições de ser utilizados para os fins pretendidos.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de ativos fixos tangíveis são determinadas como a dife-rença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido nos resultados do período, como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.
2.13. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Ativos não correntes (ou operações descontinuadas) são classificados como detidos para venda se o respetivo valor for realizável através de uma transação de venda, ao invés de o ser através do seu uso continuado. Consi-dera-se que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda é altamente provável e o ativo está disponível para venda imediata nas suas atuais condições; (ii) a gestão está comprometida com um plano de venda; e, (iii) é expectável que a venda se concretize num período de doze meses.
Os acontecimentos ou circunstâncias que podem prolongar o período para concluir a venda para além de um ano não excluem que um ativo seja classificado como detido para venda se o atraso for causado por aconteci-mentos ou circunstâncias fora do controlo da entidade e se houver prova suficiente de que a entidade continua comprometida com o seu plano de vender o ativo.
Ativos não correntes (ou operações descontinuadas), classificados como detidos para venda, são mensurados ao menor do valor contabilístico e do respetivo valor esperado de venda, deduzido dos custos de suporte à futura venda.
Na data do reconhecimento inicial, os ativos não correntes (ou grupos para alienação) detidos para venda são mensurados pelo menor valor entre a sua quantia escriturada e o justo valor menos os custos de vender ou, se adquiridos como parte de uma concentração de atividades empresariais, pelo justo valor menos os custos de vender.
Quando se espera que a venda ocorra para além de um ano, os custos de vender são mensurados pelo seu valor presente. Qualquer aumento no valor presente dos custos de vender que resulte da passagem do tempo é reco-nhecido nos resultados como custo de financiamento.
Qualquer redução inicial ou posterior do ativo (ou grupo para alienação) para o justo valor menos os custos de vender é reconhecida como uma perda por imparidade. Qualquer ganho resultante de um aumento posterior no justo valor menos os custos de vender um ativo é reconhecido, mas não para além da perda por imparidade cumulativa que tenha sido reconhecida anteriormente.
Os ativos não correntes enquanto estiverem classificados como detidos para venda ou enquanto fizerem parte de um grupo para alienação classificado como detido para venda não são depreciados (ou amortizados).
Os juros e outros gastos atribuíveis aos passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda continuam a ser reconhecidos.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201794
2.14. IMPARIDADE DE ATIVOS NÃO CORRENTES, EXCLUINDO GOODWILL
É efetuada uma avaliação de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Em caso de existência de indícios, o Grupo procede à determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a eventual extensão da perda de imparidade. Nas situações em que o ativo individualmente não gera cash-flows de forma independente de outros ativos, a estimativa do valor recuperável é efetuada para a unidade geradora de caixa a que o ativo pertence.
Ativos intangíveis de vida útil indefinida são sujeitos a testes de imparidades anuais ou sempre que se verifica existirem indícios de que a mesma exista.
Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhe-cida uma perda de imparidade, registada na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido (valor de venda, deduzido dos custos de venda) e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados decorrentes do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reco-nhecida na rubrica Reversão de amortizações e ajustamentos. Contudo, a reversão da perda de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.
2.15. INVENTÁRIOS E CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de aquisição o qual é inferior ao respetivo valor de mercado, utilizando-se o custo médio como método de custeio.
O custo dos inventários inclui: (i) custos de compra; (ii) custos de conservação; e (iii) outros custos incorridos para colocar os inventários nas condições pretendidas.
Sempre que o seu valor realizável líquido (preço de venda estimado no decurso normal da atividade, deduzido dos respetivos custos de venda) é inferior ao custo de aquisição, procede-se à redução de valor dos inventários, o qual é reposto quando deixam de existir os motivos que a originaram.
As estimativas do preço de venda tomam em consideração as variações relacionadas com acontecimentos ocorridos após o final do exercício na medida em que tais acontecimentos confirmam condições existentes no fim do período.
2.16. LOCAÇÕES
Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse dos ativos locados; e (ii) locações operacionais, se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à sua posse.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 95
Locações Financeiras
São considerados contratos de locação financeira se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos correspondentes.
Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contra-tos de locação financeira, bem como as correspon-dentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do ativo é registado como ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a depreciação do ativo, calculada conforme descrito acima, são registados como Custos e perdas finan-ceiras no período a que respeitam.
Locações Operacionais
São classificados como contratos de locação ope-racional se através dos contratos não forem transfe-ridos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse desses ativos. A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas na rubrica Forneci-mentos e serviços externos, numa base linear, durante o período do contrato de locação.
2.17. RESPONSABILIDADES POR BENEFÍCIOS A EMPRE-GADOS
Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados independente-mente da data do seu pagamento. Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos benefícios:
Cessação de emprego
Os benefícios de cessação de emprego são devidos para pagamento quando há cessação de emprego antes da data normal de reforma ou quando um em-pregado aceita sair voluntariamente em troca des-tes benefícios. O Grupo reconhece estes benefícios quando se pode demonstrar estar comprometido a uma cessação de emprego de funcionários atuais, de acordo com um plano formal detalhado para a ces-sação e não exista possibilidade realista de retirada
ou estes benefícios sejam concedidos para encora-jar a saída voluntária. Sempre que os benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data do balanço, eles são descontados para o seu valor atual.
Férias, Subsídio de férias e Prémios
De acordo com a lei laboral, os empregados têm di-reito a 22 dias úteis de férias anuais, bem como a um mês de subsídio de férias, direitos adquiridos no ano anterior ao seu pagamento. Estas responsabilidades do Grupo são registadas quando incorridas, indepen-dentemente do momento do seu pagamento, e são refletidas na rubrica de “Outros passivos correntes”.
Benefícios com Pensões de Reforma
As responsabilidades pelo pagamento de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência são registadas de acordo com os critérios consagrados no IAS 19 – Benefícios dos empregados.
Os custos com a atribuição destes benefícios são re-conhecidos à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários.
Deste modo, no final de cada período contabilístico, são obtidos estudos atuariais elaborados por enti-dades independentes, no sentido de determinar o valor das responsabilidades a essa data e o custo com pensões a registar nesse período, de acordo com o método das “unidades de crédito projetadas”. As responsabilidades assim estimadas são reconhecidas na Demonstração da posição financeira na rubrica Benefícios dos empregados.
Os custos com Pensões são registados na rubrica Gastos com o pessoal, conforme previsto pela re-ferida norma, com base nos valores determinados por estudos atuariais, e incluem o custo dos serviços correntes (acréscimo de responsabilidade), o qual corresponde aos benefícios adicionais obtidos pelos empregados no período, e o custo dos juros, o qual resulta da atualização das responsabilidades passadas.
Os custos com serviços passados são reconhecidos de imediato, na medida em que os benefícios asso-ciados foram já reconhecidos ou, de outro modo, reconhecidos de forma linear no período em que se estima que os mesmos sejam obtidos.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201796
2.18. PROVISÕES
As provisões são reconhecidas quando: (i) o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) re-sultante de um evento passado; (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos; e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada Demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.
Em particular são constituídas provisões para fazer face às obrigações contratuais de manter ou repor os equipamentos, operados ao abrigo do Contrato de gestão e exploração do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca, tendo por base o plano de investimento decorrente das obrigações previstas no Anexo V do referido contrato, de acordo com o estabelecido na IAS 37 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes e com base nos princípios descritos na IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços.
2.19. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
Um passivo contingente surge quando exista:
• uma possível obrigação que surja proveniente de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo; ou,
• uma obrigação presente que surja de acontecimen-tos passados, mas que não é reconhecida porque:
• não é provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação; ou,
• a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo às demonstrações finan-ceiras, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.
Um ativo contingente é um possível ativo que surja de acontecimentos passados e cuja existência somente
será confirmada pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras con-solidadas, mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.20. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Ativos financeiros e passivos financeiros são reco-nhecidos quando o Grupo se torna parte na respetiva relação contratual.
a) Caixa e depósitos bancários
Os montantes incluídos na rubrica Caixa e depósitos bancários correspondem aos valores de caixa, depó-sitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa consolidada, a rubrica Caixa e seus equivalentes com-preende também os descobertos bancários incluídos na rubrica Empréstimos, na demonstração da posição financeira consolidada.
b) Clientes, Outros Devedores e Outros Ativos
As contas a receber não têm implícito juro e são inicial-mente contabilizadas ao valor nominal e subsequente-mente mensuradas pelo custo amortizado, deduzido de perdas de realização estimadas. As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas estimadas, associadas aos créditos de co-brança duvidosa na data da demonstração da posição financeira. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade, sendo subsequentemente revertidas por resultados na ru-brica Reversão de provisões e perdas por imparidade, caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior. A evidência objetiva de que um ativo financeiro está em imparidade teve em conta os seguintes aspetos: (i) Significativa dificuldade financeira do devedor; (ii) Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou amortização da dívida; (iii) Probabilidade de o devedor entrar em falência financeira.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 97
c) Investimentos
Os investimentos são reconhecidos (e desreconhe-cidos) na data em que são transferidos substancial-mente os riscos e vantagens inerentes à sua posse, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente mensurados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transação.
Os investimentos, que não em empresas subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, classifi-cam-se como segue:
• Investimentos detidos até à maturidade;
• Ativos mensurados ao justo valor através de resul-tados;
• Ativos financeiros disponíveis para venda;
• Outros investimentos.
Os investimentos detidos até à maturidade são inves-timentos com fluxos financeiros pré-determinados e com maturidade definida e para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data, sendo classificados como investimentos não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a doze meses da data da demonstração da posição financeira. Estes investimentos são registados ao custo amortizado, através da taxa de juro efetiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos. São reconhecidas perdas de imparidade em resultados quando o valor reconhecido do investimento é inferior ao valor estimado dos fluxos de caixa descontados à taxa de juro efetiva determinada no momento do reconhecimento inicial. A reversão de perdas de im-paridade em períodos subsequentes apenas poderá ocorrer quando um aumento no valor recuperável do investimento estiver relacionado com eventos ocor-ridos após a data em que a perda por imparidade foi reconhecida. Em qualquer circunstância, decorrente da reversão da perda por imparidade, o valor reconhe-cido do investimento não poderá ultrapassar o valor correspondente ao respetivo custo amortizado, caso a perda por imparidade não tivesse sido reconhecida.
O Grupo classifica os “Outros Instrumentos Financeiros” como detidos até à maturidade.
Os ativos mensurados ao justo valor através de re-sultados são instrumentos financeiros detidos para
negociação adquiridos para venda no curto prazo, e são classificados como investimentos correntes. Incluem-se ainda nesta categoria os instrumentos financeiros que no momento do reconhecimento ini-cial são designados pela Empresa pelo justo valor através de resultados, desde que tenham um preço de mercado cotado num mercado ativo ou o justo valor possa ser fielmente mensurado.
Após o reconhecimento inicial, os ativos mensura-dos ao justo valor através de resultados e os ativos financeiros disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data da demonstração da posição fi-nanceira, sem qualquer dedução relativa a custos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Nas situações em que os investimentos sejam em ins-trumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, os mesmos são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.
Os ativos financeiros disponíveis para venda são in-vestimentos financeiros que se encontram disponíveis para venda ou não se enquadram nas classificações anteriores e são classificados como ativos não cor-rentes.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos ativos financeiros disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica Ou-tras reservas até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou nas situações em que se entende existir perda de imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) em resultados.
d) Passivos financeiros e instrumentos de capital
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo são classificados de acordo com a substância contratual, independente da forma legal que assumam. Os instrumentos de capital próprio são contratos que evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo, após dedução dos passivos.
Os instrumentos de capital próprio emitidos são re-gistados pelo valor recebido, líquido de custos su-portados com a sua emissão.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 201798
e) Empréstimos bancários
Os empréstimos são inicialmente reconhecidos no pas-sivo pelo valor nominal recebido, líquido de despesas com a emissão, o qual corresponde ao respetivo justo valor nessa data. Subsequentemente, os empréstimos são mensurados pelo método do custo amortizado, calculados de acordo com o método do juro efetivo, sendo os correspondentes encargos financeiros cal-culados de acordo com a taxa de juro efetiva.
f) Fornecedores, Outros credores e Outros passivos
Os saldos de Fornecedores, Outros Credores e Outros passivos, são inicialmente contabilizadas ao valor nominal e subsequentemente, sempre que aplicável, mensuradas pelo custo amortizado, e de acordo com o método da taxa de juro efetiva. As contas a pagar são reconhecidas como passivos correntes exceto se estiver contratualizada a sua liquidação após 12 meses seguintes à data da Demonstração consolidada da posição financeira.
g) Instrumentos financeiros derivados e contabili-dade de cobertura
O Grupo JMS tem como política contratar instrumen-tos financeiros derivados com o objetivo de efetuar cobertura dos riscos financeiros a que se encontra exposto, os quais decorrem essencialmente de va-riações de taxas de juro.
Instrumentos de cobertura
A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições da IAS 39, no-meadamente, quanto à respetiva documentação e avaliação de efetividade.
Os instrumentos financeiros derivados são reconhe-cidos pelo seu justo valor na data da sua negociação. O justo valor é avaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa avaliação regis-tados na demonstração de resultados, exceto no que se refere aos derivados de cobertura de fluxos de caixa, em que a variação é reconhecida nos Capitais Próprios Consolidados.
A contabilização é descontinuada quando o instru-mento de cobertura atinge a maturidade, o mesmo é vendido ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos na IAS 39.
2.21. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
A Demonstração de fluxos de caixa é elaborada se-gundo o método direto, através da qual são divul-gados os influxos e exfluxos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 99
2.22. EVENTOS SUBSEQUENTES
Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicio-nal sobre situações existentes à data da demonstração da posição financeira são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas.
Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre situações ocorridas após essa data, se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras conso-lidadas.
3. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
3.1. EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO INTEGRAL
Em 31 de dezembro de 2017 foram incluídas na consolidação, pelo método integral, a Empresa-mãe, e as seguintes participadas nas quais o Grupo detém o controlo:
AtividadeSede
Carnaxide
Lisboa
Carnaxide
Cascais
Carnaxide
Matosinhos
Carnaxide
Viseu
S.J.Madeira
Carnaxide
Lisboa
Viseu
Carnaxide
S.J.Madeira
Carnaxide
Lisboa
Carnaxide
Lisboa
Coimbra
99,9049%
62,8068%
100%
99,9995%
100%
95,9955%
100%
100%
100%
100%
33,6490%
100%
99,9995%
100%
100%
69,9294%
100%
100%
100%
Gestão e exploração de um estabelecimento hospitalar
Prestação de serviços médicos e de enfermagem
Gestão e exploração de estabelecimentos clínicos e hospitalares
Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico
Gestão e exploração de estabelecimentos clínicos e hospitalares
Exploração de estabelecimento de saúde
Gestão e exploração de um estabelecimento hospitalar
Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico
Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico
Gestão e exploração de estabelecimentos clínicos e hospitalares
Prestação de serviços médicose de enfermagem
Gestão e exploração de um estabelecimento hospitalar
Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico
Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico
Gestão e exploração de estabelecimentos clínicos e hospitalares
Prestação de serviços de diagnóstico e terapêutica na área da medicina nuclear
Prestação de serviços médicos e de enfermagem
Exploração de um centro médico de radiologia e diagnóstico
Prestação de serviços médicos e de enfermagem com internamento
Percentagem efetivaEmpresas
Prestação privada
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Clínica CUF Belém, S.A.
Hospital CUF Cascais, S.A. (c)
Ecografia de Cascais, Lda.
Hospital CUF Porto, S.A. (d)
Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A.
Hospital CUF Santarém, S.A.
SIM-X - Serviço de Imagem Médica, Lda.
Gabinete de Diagnóstico de Imagem de São João da Madeira, Lda.
Hospital CUF Infante Santo, S.A. (a)
Clínica de Serviços Médicos Computorizados de Belém, S.A. (f)
Hospital CUF Viseu, S.A.
Nova Imagem - Centro Radiodiagnóstico, S.A.
Celso & Santos, S.A.
Hospital CUF Torres Vedras, S.A. (b)
HD Medicina Nuclear, S.A.
Clínica CUF Alvalade, S.A.
Clínica Dr. Luís Álvares, S.A.
CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017100
(a) A atividade desta sociedade inclui ainda a atividade de serviços domiciliários (resultante de uma operação de cisão-fusão da SPSD – Sociedade Portuguesa de Serviços Domiciliários, S.A.), bem como a gestão das Clínica CUF Miraflores e Clínica CUF Almada, as quais respondem clínica e administrativamente ao Hospital CUF Infante Santo, S.A..
Braga
Carnaxide
Carnaxide
Carnaxide
Roterdão
V.F. de Xira
Carnaxide
Matosinhos
Carnaxide
Carnaxide
99,9809%
100%
Empresa-mãe
100%
99,9995%
99,9760%
100%
95,9955%
100%
99,0933%
Gestão e exploração de um estabelecimento hospitalar público
Exploração, gestão e comercialização de infraestruturas de saúde, espaços comerciais e parques de estacionamento
Compra e venda de equipamentos e prestação de serviços de gestão e consultoria
Compra e venda de imóveis, permuta e arrendamento de imóveis
Gestão de participações sociais
Gestão e exploração de um estabelecimento hospitalar público
Compra e venda de imóveis, permuta e arrendamento de imóveis
Gestão de participações sociais
Realização de empreendimentos imobiliários, designadamente a compra e venda de imóveis, permuta e arrendamento de imóveis póprios e alheios
Prestação de serviços informáticos, operacionais, administrativos e de negociação
Prestação pública
Infraestruturas
Outros
Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
Infrahealth – Gestão de Infraestruturas, Lda.
José de Mello Saúde, S.A.
SIMPLYGREEN - Investimentos Imobiliários, S.A.
Vramondi International BV
Escala Vila Franca – Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
Imo health - Investimentos Imobiliários, S.A.
VALIR - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
Hospimob - Imobiliária, S.A.
JMS - Prestação de Serviços Administrativos e Operacionais, ACE
Carnaxide
Carnaxide
Carnaxide
Carnaxide
Carnaxide
Carnaxide
Carnaxide
Carnaxide
Carnaxide
99,2404%
100%
100%
100%
100%
99,1714%
100%
70,4997%
100%
Prestação de serviços de saúde, administrativos e operacionais
Distribuição e comercialização de medicamentos e dispositivos médicos
Comércio de produtos de parafarmácia
Prestação de serviços de formação na área da enfermagem e serviços clínicos
Prestação de serviços de gestão, consultoria, operacionais e administrativos, na área da saúde
Prestação de serviços operacionais (catering, limpeza e manutenção)
Prestação de serviços de gestão, consultoria, operacionais e administrativos, na área da saúde
Prestação de serviços externos de segurança, higiene e saúde no trabalho
Prestação de serviços de gestão, consultoria, operacionais e administrativos, na área da saúde
JMS - Prestação de Serviços de Saúde, ACE
Centro Logístico CUF Unipessoal, Lda. (e)
Loja Saúde CUF - Produtos e Serviços de Saúde e Bem Estar, S.A.
Academia CUF, Sociedade Unipessoal, Lda.
PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A.
JMS - Serviços de Logística, ACE
PPPS - Gestão e Consultoria, S.A.
Sagies - Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, S.A.
PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A.
AtividadeSede Percentagem efetivaEmpresas
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 101
(b) A atividade desta sociedade inclui ainda a gestão da Clínica CUF Mafra, a qual responde clínica e administra-tivamente ao Hospital CUF Torres Vedras, S.A..
(c) A atividade desta sociedade inclui ainda a gestão das Clínica CUF São Domingos de Rana e Clínica CUF Sintra, as quais respondem clínica e administrativamente ao Hospital CUF Cascais, S.A..
(d) A atividade desta sociedade inclui ainda a gestão da Clínica CUF São João da Madeira, a qual responde clínica e administrativamente ao Hospital CUF Porto, S.A..
(e) Esta sociedade foi constituída no final de 2017, mas ainda não iniciou a atividade.
(f) A percentagem de controlo sobre esta entidade, dada de forma indireta através dea clínica CUF Belém, S.A. é de 53,57%.
3.2. EMPRESAS ASSOCIADAS
As empresas associadas registadas pelo método de equivalência patrimonial em 31 de dezembro de 2017 (Nota 19), são as seguintes:
4. ALTERAÇÕES NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO
As principais alterações ocorridas no perímetro de consolidação, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017, respeitaram essencialmente a:
4.1. ENTRADAS
Empresas Percentagem efetivaSede Atividade
Centro Gamma Knife-Radiocirurgia, S.A. Exploração de unidades de tratamento por radiocirurgiaLisboa 34,000%
Firma Percentagem do capital detidoSede social
Controlo
100%
100% 100%
100%
100%
100%
100%
100%
100% 100%
100%
100%
100%
100%
Carnaxide
S.J.Madeira
Carnaxide
Carnaxide
S.J.Madeira
Lisboa
Coimbra
Carnaxide
100%
100%
Efetiva
SIMPLYGREEN - Investimentos Imobiliários, S.A. (“Simplygreen”)
Gabinete de Diagnóstico de Imagem de São João da Madeira, Lda. (“GDI”)
Hospimob - Imobiliária, S.A. (“Hospimob”)
PPPS II - Gestão e Consultoria, S.A. (“PPPS II”)
Celso & Santos, S.A. (“C&S”)
Clínica Dr. Luís Álvares, S.A. (“CLA”)
CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A. (“CPIS”)
PPPS III - Gestão e Consultoria, S.A. (“PPPS III”)
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017102
A entrada destas entidades no perímetro de consolidação, teve o seguinte impacto nas demonstrações finan-ceiras consolidadas:
Os valores indicados, são os justos valores dos ativos e passivos destas subsidiárias.
Em 2016 o Grupo adquiriu o controlo da Sim X – Serviços de Imagem Médica, Lda. de que resultou um Goodwill de 624 milhares de euros.
C&S HospimobGDI CPIS TotalSimplygreen CLA
Ativos líquidos adquiridos
4.228.627 760.973
- 14.561
- -
- 8.826
- 7.301
- (132)
- 5.519
250 246.967
- -
(3.152.707) (761.352)
- 157.684
- (63.567)
-
737.293 207.972 41.099 136.913 36.368.360 (468.250)
2.145.867
(8.501) (140.509)
737.293 1 382.780
29.624 12.184
- (11.543)
737.293 2.282.780
(360.000) (100.000)
- 900.000
1.992 76.766.703
186 355.263
- -
370 -
- - -
- - (4.067.924)
6.572 1.352.007
150 417.845
- 13.020 13.020
83.116.875
144.655
78.680
173.636
1.030.976
601.694
869.617
788.005
6.742.179
(43.850.755)
(4.068.056)
(1.213.809)
(912.451)
(2.223.331)
(4.267.547)
1.170 859.250
166.335
-
135.982 -
33.739 6.194.453
- -
-
-
- - (39.850.000)
56.658 11.095
(1.041) -
19.328 -
(1.230) (775.059)
159.992 34.387.465
4.654 388.070
(774) (859.045)
227.300 36.368.360
(22.565) (1.795.196)
67.308 2.988.134
3.154
122.135 144.634
78.680
(86.696)
16.466 789.073
(51.397) (1.097.804)
94.883 8.258.750
- (1.298.032)
n.a. 6.790.500
4.732 162.430
(2.624) (38.465)
135.982 7.790.500
(56.106) (1.933.680)
n.a. 1.000.000
Ativos fixos tangíveis
Outros activos
Inventários
Passivos por impostos diferidos
Ativos intangíveis
Outros devedores
Ativos por impostos diferidos
Empréstimos
Outros investimentos
Caixa e equivalentes a caixa
Clientes e adiantamentos a fornecedores
Fornecedores e adiantamentos de clientes
Goodwill (Nota 15)
Outros passivos
Liquidação por meios monetários (Nota 46)
Estado e outros entes públicos
Estado e outros entes públicos
Preço de aquisição
Outros credores
Valor em dívida (Nota 40)
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 103
4.2. OUTRAS OPERAÇÕES QUE AFETARAM O PERÍMETRO EM PERÍODOS ANTERIORES
Digihealth e Haspac
No dia 6 de novembro de 2007, o Ministério da Saúde denunciou o contrato de concessão com a sociedade Hos-pital Amadora Sintra - Sociedade Gestora, S.A. (“HAS”), atualmente denominada Digihealth, S.A. (“Digihealth”), que geria o Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca EPE, cuja transferência da gestão teve efeitos a partir de 1 de janeiro de 2009, razão pela qual esta atividade foi descontinuada. Consequentemente, a atividade de uma outra empresa do Grupo, a HASPAC - Patologia Clínica, S.A. (“Haspac”) que explorava em regime exclusivo o Serviço de Patologia Clínica da Digihealth, foi, igualmente, descontinuada.
No âmbito do processo de arbitragem em curso, o tribunal arbitral proferiu em 12 de dezembro de 2012 um acórdão condenando a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (“ARSLVT”) a pagar à Digihealth a importância de 18.123.526 Euros. Apesar de condenada e de interpelada para o efeito, a ARSLVT nunca pagou o montante condenatório. A ARSLVT instaurou uma ação de anulação do acórdão arbitral que corre termos pelo Tribunal Central Administrativo Sul e que ainda se encontra pendente de decisão.
No final do primeiro trimestre de 2014, a Digihealth constatou que os esforços de cobrança junto da ARSLVT não estavam a produzir os resultados desejados. Por esse motivo, e com o objetivo de satisfazer, ainda que parcial-mente, as responsabilidades contraídas junto dos seus credores, a Digihealth sondou o mercado e logrou encon-trar uma entidade, a Finanfarma – Sociedade de Factoring, S.A., disposta a celebrar um contrato de factoring e a pagar uma quantia muito avultada pela aquisição do crédito da Digihealth sobre a ARSLVT, prevendo expressa-mente a possibilidade de recorrer ao Processo Especial de Revitalização (“PER”). A estratégia preconizada pela Digihealth mereceu a concordância de uma larga maioria de credores (74,46%) representativos do seu passivo. Em 1 de agosto de 2014 o Digihealth instaurou o processo PER tendo sido aprovado por 84% dos credores, e posteriormente homologado pelo Tribunal de Comércio de Lisboa em 5 de março de 2015.
Pese embora se tenha obtido o apoio de diversos Credores (47,98%) representativos do passivo da HASPAC, a verdade é que não foi possível alcançar a maioria qualificada de 67% e que permitisse efetuar um acordo de credores. Neste contexto, a Administração da HASPAC viu-se forçada a avançar com pedido de apresentação voluntária à Insolvência junto do Tribunal da Comarca de Lisboa Oeste, tendo sido decretada insolvente no dia 19 de fevereiro de 2015, e nomeado o respetivo e atual Administrador de Insolvência.
À semelhança de exercícios anteriores, o Conselho de Administração da Digihealth desenvolveu a sua atividade de acordo com o enquadramento e os compromissos assumidos com os credores, nomeadamente o Processo Especial de Revitalização. Assim, foi considerado pelo Grupo JMS que não se verifica um controlo efetivo destas subsidiárias, pelo que as mesmas foram excluídas do perímetro de consolidação.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017104
5. SEGMENTOS DE NEGÓCIO
Tal como preconizado na IFRS 8, o Grupo apresenta os segmentos operacionais baseados no modelo interno de informação de gestão providenciado ao principal responsável pela tomada de decisões operacionais do Grupo, o qual é responsável pela alocação de recursos ao segmento e pela avaliação do seu desempenho assim como pela tomada de decisões estratégicas.
As principais atividades desenvolvidas pelo Grupo são agrupadas nos seguintes segmentos de negócio:
• Prestação privada;
• Prestação pública;
• Infraestruras; e,
• Outros.
A área de negócio “Prestação privada”, em 31 de dezembro de 2017, inclui as seguintes unidades:
• sete hospitais, que no seu conjunto oferecem 566 camas para internamento, 385 gabinetes de consultas, blocos operatórios com 41 salas, blocos de partos com 6 salas e ainda uma vasta oferta de consultas de especialidade, exames, medicina dentária, check-ups, medicina física e de reabilitação;
• nove clínicas de ambulatório, com 229 gabinetes, que oferecem consultas de especialidade, exames, medicina dentária, check-ups, medicina física e de reabilitação e ainda a possibilidade de realização de pequenas cirurgias;
• uma unidade de diagnóstico e tratamento de elevado perfil tecnológico com 56 gabinetes de consulta de es-pecialidades; e,
• oito unidades de imagiologia clínica, com um leque diversificado de exames (densitometria óssea, ecografia, mamografia, radiologia, ressonância magnética e tomografia computorizada).
O segmento “Prestação pública” decorre de dois contratos de parceria com o estado português, no qual o Grupo gere dois hospitais:
• Estabelecimento Hospitalar de Braga - resultante de uma parceria público-privado (estabelecida em dezembro de 2008) iniciou-se o Contrato de Gestão com a ARS Norte IP em 1 de setembro de 2009, vigorando por um período de 10 anos, ou seja, até 31 de agosto de 2019. O novo Hospital de Braga, que faz parte do Sistema Nacio-nal de Saúde entrou em funcionamento no dia 9 de maio de 2011, dispõe de uma área de construção hospitalar de 102 mil m2, 705 camas, 109 gabinetes de consultas, um bloco operatório central com 12 salas e um bloco de partos, servindo uma população de 1,2 milhões de habitantes dos distritos de Braga e Viana do Castelo; e,
• Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca – o consórcio Escala Vila Franca de Xira, assumiu a gestão do Hospital de Reynaldo dos Santos no dia 1 de junho de 2011 com responsabilidade por toda a atividade deste hospital do Serviço Nacional de Saúde, tendo assegurado a gestão da anterior infraestrutura hospitalar durante o perío-do de 2 anos. Em abril de 2013 entrou em funcionamento o novo Hospital Vila Franca de Xira que conta com uma área bruta de construção de 49 mil m2, 233 camas de internamento, 33 gabinetes de consultas, um bloco operatório com 9 salas e um bloco de partos com 6 salas, servindo cerca de 235 mil habitantes dos concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira. Este contrato de gestão vigorará até 31 de maio de 2021.
O segmento “Infraestruturas” inclui quatro entidades cujo objeto social é o da compra, venda, gestão e arren-damento de infraestruturas de saúde, espaços comerciais e parques de estacionamento; desta forma, com esta
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 105
segregação, foi possível separar as unidades de negócio clínicas das atividades acessórias. No seu conjunto este segmento inclui, essencialmente, a gestão e exploração de treze imóveis e de sete parques de estacionamento (num total de 1.421 lugares de estacionamento).
O segmento “Outros” integra, para além da gestão de participações sociais, seis entidades que prestam serviços de gestão, formação, contabilidade, consultoria, limpeza e manutenção e ainda serviços informáticos, operacio-nais, administrativos, aluguer de equipamento médico, de negociação e aprovisionamento. O Grupo conta, ainda, com unidades que (i) prestam serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho indispensáveis à vigilância da saúde dos trabalhadores e das condições ambientais de trabalho, (ii) prestam cuidados personalizados de saúde no domicílio, nomeadamente nas áreas de gerontologia, cuidados materno-infantis, acompanhamento em convalescenças e cuidados paliativos e (iii) prática do comércio de produtos de parafarmácia, que incluem pro-dutos de dermocosmética, de higiene pessoal, de puericultura, ortopédicos, produtos e suplementos alimentares, alimentação dietética, produtos naturais e produtos farmacêuticos não sujeitos a receita médica.
A principal informação relativa ao contributo de cada segmento dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é a seguinte:
2017
Prestação pública EliminaçõesInfra-
estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros
Prestações de serviços
8.911.779 47.251.208
332.050 334.421
399.480.468 3.170.601
822.778 5.535.962
(367.510.515) (96.293.529)
43.203.523 (4.698.684)
408.392.246 50.421.809
- 82.900
6.941.366 41.675.286
(4 619 573)
30.872.131
(502 251)
(1.392.780)
47.823.097 (4.196.434)
(11.947.378) 3.397.028
(5.774.401) (6.455.534)
(384.014) (91.123)
- (61.276.235)
- -
225.040.349 -
142 (5.888.769)
(230.290.784) (5.664.915) 104.909.029
(3.535.996) (2.864.535) 486.014
5.113.248 -
- 666.471
- 627.691.418
486.243 956.355
(594.850.714)
32.104.308
225.040.349 (61.276.235)
- -
2.331.281 1.950.961
5.113.248
(43.146.779)
(616 843)
(3.815.271)
(4 263 829)
(2.843.883)
-
486.014
(2.919.153) 486.014
(279.957) -
(616.985) 5.402.755
682 -
627.691.418
- 82.900
9.752.114
(10 488 510)
22.820.198
1.399.294 42.592.818
20.652 (8.809.655)
(4.750.072) (12.194.236)
- (474.455)
Intersegmentais
Resultados relativos a empresas associadas
Custos operacionais
Resultado antes de impostos
Clientes externos
Proveitos e ganhos financeiros
Outros proveitos operacionais
Resultados financeiros
Resultado líquido do exercício atribuível a acionistas
Total de vendas e prestações serviços
Resultados de ativid. de investimento
Resultado operacional do segmento
Imposto sobre o rendimento
Custos e perdas financeiras
Resultado imputável aos interesses que não controlam
As transações intersegmento são realizadas a preços de mercado, numa base similar às transações com terceiros.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017106
As transações intersegmento são realizadas a preços de mercado, numa base similar às transações com terceiros.
Outras informações:
Os ativos e passivos por segmento de negócio e a respetiva reconciliação com o total consolidado em 31 de dezembro de 2017 são como segue:
Prestação pública EliminaçõesInfra-
estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros
(942.143) 70.261
(12.788.280)
15.633.386
(1.946.461)
3.527.277
(815.913) -
(9.908.924)
3.781.510
-
-
- (1.687.795)
(3.087.849)
95.490.880
(27.731.514)
118.433.053
Provisões e perdas por imparidade, líquido
Depreciações e amortizações em resultados
Dispêndios de capital fixo (Nota 18)
Prestação pública EliminaçõesInfra-
estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros
Ativos relativos aos segmentos
Passivo
43.850.100
48.110.070
233.956
70.311.906
6.000
5.865.548
-
439.963.066
66.073.717
33.095.036
98.013.786
147.294.701
7.957.749
200.798.998
27.191.913
70.836.077
278.483.466
228.499.807
475.118.728
277.500.623
15.896
71.817.362
-
65.220.269
-
(34.373.657)
-
(436.723.635)
13.191.527
10.000.000
32.197.814
51.927.649
-
-
(34.860.708)
(245.094.602)
13.261
3.122.678
-
61.239.773
43.885.257
94.542.001
233.956
200.011.378
291.185.799
107.740.051
327.753
181.851.467
378.408.792
351.634.085
122.870.558
206.815.292
110.625.506
133.745.010
(471.584.343)
(279.468.259)
352.766.585
292.714.196
745.409.942
652.991.378
Goodwill
Fornecedores e adiantamentos de clientes
Investimentos em associadasOutros ativos relativos aos segmentos
Ativos fixos tangíveis
Empréstimos
Clientes e adiantamentos a fornecedores
Outros passivos relativos aos segmentos
Total do ativo consolidado
Total do passivo consolidado
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 107
As transações intersegmento são realizadas a preços de mercado, numa base similar às transações com terceiros.
2016
Prestação pública EliminaçõesInfra-
estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros
Prestações de serviços
1.272.399
(320.703.324)
(11.533.047)
(286.016)
382.517
-
40.000.413
(78.737.045)
2.558.552
1.700
4.005.573
(83.070)
360.378.674
4.783.252
42.095.151
(4.331.383)
313.015
3.057.094
32.604.006
(4.055.207)
(5.349.344)
447.166
361.651.073
45.731.002
(3.635.851)
30.276.088
43.057.507
(3.075.532)
(979.675)
(1.494.955)
-
(220.627.433)
663.761
380
533
-
(45.638.822)
78.062.317
-
-
(3.866.502)
-
214.605.554
3.197.257
(3.677.137)
(853.048)
-
-
(32.423.495)
-
3.866.502
-
4.366.010
(2.730.745)
(133.641)
-
-
-
-
(544.736.229)
(8.444.376)
(283.937)
522.121
(83.070)
-
68.503
(1.715.513)
(3.419.282)
-
578.041.322
8.229.524
32.647.294
(10.086.554)
760.181
214.605.554
(2.824.623)
(852.515)
(3.012.997)
(45.638.822)
-
-
-
4.366.010
1.703.769
(3.419.282)
(1.849.155)
578.041.322
41.534.616
(8.887.323)
23.918.981
Intersegmentais
Custos operacionais
Imposto sobre o rendimento
Resultado imputável aos interesses que não controlam
Proveitos e ganhos financeiros
Resultados de ativid. de investimento
Clientes externos
Outros proveitos operacionais
Resultado antes de impostos
Custos e perdas financeiras
Resultados relativos a empresas associadas
Total de vendas e prestações serviços
Resultado operacional do segmento
Resultados financeiros
Resultado líquido do exercício atribuível a acionistas
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017108
Outras informações:
Os ativos e passivos por segmento de negócio e a respetiva reconciliação com o total consolidado em 31 de dezembro de 2016 são como segue:
6. CAPITAL MANAGEMENT
O Grupo JMS monitoriza ativamente a sua estrutura de capital, controlando a proporção de financiamento do seu ativo entre capitais próprios e alheios. Neste âmbito, o grupo acompanha o rácio de gearing, que consiste na dívida financeira líquida sobre o total do capital próprio acrescido da dívida financeira líquida. O cálculo da dívida financeira líquida inclui a dívida financeira bruta deduzida de caixa e equivalentes e outros instrumentos financeiros. Na seguinte tabela apresenta-se o detalhe do cálculo deste rácio para os anos de 2017 e 2016:
Prestação pública EliminaçõesInfra-
estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros
163.057 120.802
(10.946.727)
15.107.985
(1.757.347)
3.136.739
(2.038.453) -
(10.098.729)
2.850.538
-
-
- (1.754.594)
(2.289.564)
17.894.248
(25.092.368)
38.989.509
Provisões e perdas por imparidade, líquido
Depreciações e amortizações em resultados
Dispêndios de capital fixo (Nota 18)
Prestação pública EliminaçõesInfra-
estruturas ConsolidadoPrestação privada Outros
Ativos relativos aos segmentos
Passivo
33.331.272
35.581.520
168.111
73.784.529
6.000
4.659.104
-
292.697.687
55.849.826
22.971.455
81.681.345
135.322.901
5.888.671
116.912.739
19.148.552
32.369.490
244.815.082
193.875.876
317.740.910
153.941.333
15.896
68.170.882
-
76.858.534
-
(22.260.555)
-
(263.154.615)
17.125.267
10.000.000
16.736.643
50.104.498
-
-
(22.253.322)
(129.082.729)
13.261
1.383.902
-
3.978.412
33.366.429
87.534.852
168.111
184.164.546
110.925.844
125.734
64.359
94.939.793
189.789.608
150.009.928
95.377.577
183.653.952
110.736.339
128.275.379
(285.407.936)
(151.343.285)
114.981.876
96.449.429
502.866.271
421.198.732
Goodwill
Fornecedores e adiantamentos de clientes
Investimentos em associadas
Outros ativos relativosaos segmentos
Ativos fixos tangíveis
Empréstimos
Clientes e adiantamentos a fornecedores
Outros passivos relativos aos segmentos
Total do ativo consolidado
Total do passivo consolidado
Dívida Financeira Bruta
Caixa e equivalentes
Outros Instrumentos Financeiros
Capital Próprio + Dívida Financeira Líquida (A+B)
Rácio de Gearing (A/(A+B))
31-12-2017 31-12-2016
421.606.101 219.624.592
47.894.297 16.067.394
35.150.000 48.650.000
88.189.849 77.706.743
426.751.653 232.613.941
79% 67%
154.907.198338.561.804Dívida Financeira Líquida (A)
Capital Próprio (B)
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 109
Adicionalmente, a análise do Grupo JMS relativamente aos seus rácios de capital incide de forma mais detalhada sobre o rácio de dívida financeira líquida sobre EBITDA, uma vez que o Grupo tem associado a diversos finan-ciamentos um covenant calculado com base neste rácio. Destaque para os três empréstimos obrigacionistas emitidos (num total de 150 milhões de euros), que incluem como covenant financeiro um limite de 6x no rácio de dívida financeira líquida sobre EBITDA. Na eventualidade do Grupo JMS não respeitar este mesmo covenant, os obrigacionistas poderão exigir o reembolso antecipado das obrigações. No final de 2017 e 2016 este rácio registou valores de 4,7x e 2,3x, respetivamente.
7. PROVEITOS OPERACIONAIS
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os proveitos operacionais têm a seguinte composição:
31-12-2017 31-12-2016
438.802
2.995.040
2.285.795
257.325
249.756
2.637.432
970.625
38.908
-
135.431
402.559
15.434
38.314
629.474
2.593.141
2.037.457
333.174
230.104
2.523.533
495.478
53.181
435
69.752
358.522
-
65.102
406.107.933
1.015.608
65.236
4.972
217.420.992
934.942
40.893
-
950.828
409.118
27.589
-
367.169.069
920.370
-
28.884
206.830.166
520.425
172.145
2.737
819.328
264.699
14.736
138.935
627.691.418
9.752.114
637.443.532
578.041.322
8.229.524
586.270.846
Prestações de serviços
Correções relativas a exercícios anteriores
Transporte de doentes
Higiene, Segurança e Medicina do trabalho
Ensaios, exames, análises clínicas e consumíveis
Estágios
Recuperação de dívidas a receber
Outros
Eventos clínicos (Jornadas e Congressos)
Indemnizações
Outros proveitos operacionais
Vendas
Cedência de espaço
Descontos de pronto pagamento
Serviço Nacional de Saúde
Projetos de hospitais e consultoria técnica
Ganhos obtidos na alienação ativos
Reembolso de custos
Serviços Domiciliários
Contratos de Gestão com Administração Regional de Saúde
Aposentações provisórias
Cedência de pessoal
Atividade hospitalar e clínica
Cedência de exploração
Rappel
Subsídios à exploração
Vendas e prestações de serviços
Outros proveitos operacionais
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017110
As Vendas e prestações de serviços registaram um crescimento de 8,6% face ao ano anterior, o qual é, essen-cialmente, justificado por:
• aumento do número de consultas de especialidade;
• aumento do número de pacientes operados;
• abertura de novas clínicas;
• abertura de novos serviços nas clínicas já existentes;
• crescimento das diferentes áreas de atividade e aumento da capacidade instalada.
A rubrica Cedência de espaço inclui, essencialmente, os valores relativos à exploração dos parques de estacio-namento e das áreas de cafetaria das unidades do Grupo.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2016 a rubrica Correções relativas a exercícios anteriores inclui o acer-to, no montante de 1.265 milhares de Euros, gerado na reconciliação do fecho de contas de 2014 e 2015 com a ARS Norte IP.
8. CUSTO DAS VENDAS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, o custo das vendas foi apurado como segue:
Inventários em 1 de janeiro (Nota 24)
31-12-2017 31-12-2016
11.295.357 8.951.535
119.276.825
(116.516.108)
173.636
-
109.758.403
(107.414.581)
-
-
11.295.35714.229.710Inventários em 31 de dezembro (Nota 24)
Variação de perímetro
Compras
Custo das vendas
entradas
saídas
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 111
9. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os fornecimentos e serviços externos têm a seguinte composição:
A rubrica Fornecimentos e Serviços Externos registou um aumento de cerca de 8,9% face ao exercício anterior, o qual é justificado pelo aumento da atividade do Grupo. As suas principais sub rubricas, respeitam a:
• Honorários (59%) – esta rubrica engloba os montantes pagos a profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e auxiliares) das diversas unidades no âmbito da atividade operacional do Grupo;
• Trabalhos Especializados (11%) – esta rubrica respeita, essencialmente, a trabalhos clínicos;
31-12-2017 31-12-2016
9.109.711
1.295.555
254.055
10.238
6.410.667
2.669.667
1.740.070
1.155.539
868.304
588.226
245.154
144.872
260.239
28.924.978
25.850.818
142.234.579
1.537.951
399.284
167.359
17.180.664
1.568.816
54.896
66.443
11.606.045
1.193.224
238.187
8.555
6.260.843
2.191.508
2.049.940
1.118.923
191.996
301.026
22.899.034
42.573.698
110.190.913
1.728.541
450.923
529.599
1.043.124
136.246
154.538
16.279.333
1.400.043
267.843
36.055
222.850.139242.738.087
Trabalhos Especializados
Comunicação
Deslocações e estadas
Contensioso e notariado
Honorários
Publicidade e propaganda
Ferramentas e utensilios
Conservação e reparação
Água
Portagens
Transportes de mercadorias
Eletricidade
Recolha de Resíduos
Material de escritório
Outros fornecimentos e serviços
Subcontratos
Combustíveis
Climatização
Limpeza, higiene e conforto
Rendas e alugueres
Seguros
Artigos para oferta
Livros e documentação técnica
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017112
• Subcontratos (12%) – engloba a contratação de serviços específicos como (i) catering, (ii) limpeza, (iii) trans-portes de doentes e (iv) MCDTs;
10. CUSTOS COM O PESSOAL
O número de colaboradores em 31 de dezembro de 2017 e 2016, por segmento de negócio, foi o seguinte:
Os custos com o pessoal nos exercícios findos naquelas datas foram como segue:
Os outros gastos com o pessoal incluem despesas com formação profissional, assistência médica e subsídio de alimentação.
Prestação pública
Infraestruturas
Prestação privada
31-12-2017 31-12-2016
4.120 3.926
- -
1.134
3.833
1.009
3.331
8.2669.087
Outros
Remunerações dos órgãos sociais
Seguros
Remunerações dos colaboradores
Indemnizações
Encargos sobre remunerações
Formação
31-12-2017 31-12-2016
2.275.338
3.452.999
2.265.336
2.883.780
140.194.157
470.314
131.068.432
735.984
33.778.845
417.177
8.486.173
172.731
13.346.782
31.740.081
665.334
8.391.271
226.285
6.642.462
184.618.966202.594.517
Gastos de ação social
Benefícios dos empregados (Nota 37)
Outros custos com o pessoal
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 113
11. OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS
Os outros custos operacionais nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram como segue:
A rubrica Impostos inclui essencialmente os gastos com Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e com o Imposto de selo.
12. RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 têm a seguinte composição:
Impostos
Quotizações
Correções relativas a exercícios anteriores
Multas e penalidades
Divídas incobráveis
Contratos de Gestão com Administração Regional de Saúde
31-12-2017 31-12-2016
1.520.644
196.236
835.136
72.207
637.536
126.110
1.022.222
274.183
561.527
82.353
417.622
20.287
20.379
543.933
-
218.477
5.252
34.172
3.005.5813.582.693
Donativos
Perdas incorridas na alienação de ativos
Outros
31-12-2017 31-12-2016
(2.970.864)
26
666.471
82.900
(826.829)
346.039
(8.393.235)
610.291
-
-
(7.736.684)
509.882
-
-
(265.854)
(187)
(3.121)
(685.535)
12.239
(1.398.482)
-
760.181
(83.070)
-
(12.194.236)
956.355
666.471
82.900
(10.086.554)
522.121
760.181
(83.070)
Comissões e serviços bancários
Diferenças de câmbio favoráveis
Ganhos em empresas associadas
Ganhos/perdas em instrumentos financeiros ao justo valor
Outros custos e perdas financeiros
Juros suportados
Juros obtidos
Perdas em empresas associadas
Dividendos relativos a outros investimentos
Diferenças de câmbio desfavoráveis
Instrumentos financeiros derivados - Taxa de juro (Nota 42)
Outros proveitos e ganhos financeiros
Custos e perdas financeiras
Proveitos e ganhos financeiros
Resultados relativos a empresas associadas
Ganhos / (Perdas) relativos a atividades de investimento
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017114
O detalhe dos valores reconhecidos como resultados relativos a participações em associadas no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é como segue:
13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
O imposto sobre o rendimento reconhecido nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 é como segue:
O Grupo JMS e as suas subsidiárias nacionais detidas direta ou indiretamente em mais de 75% são tributadas em Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (“RETGS”). As empresas incluídas no RETGS apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual; as responsabilidades apuradas são, no entanto, reconhecidas como devidas à sociedade dominante do grupo fiscal, a JMS, a quem compete o apuramento global e a autoli-quidação do imposto. Para as empresas não abrangidas pelo RETGS, o imposto corrente é calculado com base nas respetivas matérias coletáveis e nas taxas de imposto vigentes, de acordo com as regras e regimes fiscais aplicáveis no território da sede de cada empresa.
31-12-2017 31-12-2016
(294.608)
-
(510.068)
51.349
57.538
9.182.340
-
99.522
223.582
9.905.474
(282.263)
-
(697.916)
(590.101)
34.793
-
-
74.387
8.887.732
(78.077)
8.809.655
9.315.374
(870.998)
8.444.376
Relativo ao exercício anterior
Outros movimentos
Revalorização de ativos fixos tangíveis
Benefícios de reforma
Prejuízos fiscais
Relativo ao exercício
Diferenças temporárias e reversões
Imparidade de clientes
Provisões não aceites fiscalmente
Imposto corrente:
Imposto diferido (Nota 22)
Encargo do exercício
260.754 302.691
97.956 -
307.761 457.490
- -
- -
- -
666.471 760.181
Participada 31-12-201631-12-2017
Ganhos em associadas
Ganhos em associadas
Perdas em associadas
Perdas em associadas
Escala Parque – Gestão de Estacionamento, S.A. (nota 30)
Centro Gamma Knife-Radiocirurgia, S.A. (nota 19)
Escala Braga - Sociedade Gestora do Edifício, S.A. (nota 30)
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 115
A Empresa e a generalidade das suas participadas estão sujeitas a imposto sobre lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”), à taxa nominal de 21%, à qual pode ser acrescida a Derrama Municipal até à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável. Adicionalmente, se aplicável, é acrescida a Derrama Estadual de 3% do excedente do lucro tributável entre 1.500.000 Euros a 7.500.000 Euros, de 5% entre 7.500.000 Euros a 35.000.000 Euros e de 7% superior a 35.000.000 Euros. Nos termos do art.º 88.º do Código do IRC, a Empresa e as suas participadas encontram-se adicionalmente sujeitas a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no artigo referido.
As diferenças temporárias entre o valor contabilístico dos ativos e passivos e a correspondente base fiscal foram registadas conforme disposto no IAS 12 - Imposto sobre o rendimento (Nota 22).
A reconciliação numérica entre a taxa média de imposto e a taxa de imposto aplicável é a indicada no quadro seguinte:
31-12-2017 31-12-2016
294.608
64.900
94.766
5.220.289
1.635.518
72
2.833.027
50.978
516.025
21,0%
32.104.308
1.240.455
39.609
571.705
-
799.573
34.979
200.775
-
335
659.998
618.483
530.589
107.725
794.090
611.446
21,0%
32.647.294
1.038.621
143.649
898.640
124.262
1.668.767
-
265.108
72.475
-
590.101
32.386
-
2.199.042
1.402.129
1.249.553
684.471
17.393
136.107
6.741.905
9.789.154
5.617.530
6.855.932
4.901.605
7.134.360
Imposto sobre o lucro à taxa nominal
Excesso de estimativa para impostos
Multas, coimas e juros compensatórios
Menos valias contabilísticas
Benefícios fiscais
Depreciações e amortizações não aceites como gasto
Créditos incobráveis não aceites como gastos
Outros
Reversão de provisões e imparidades tributadas
Encargos com aluguer de viatura sem condutor
Imparidades e créditos não fiscalmente dedutíveis ou para além dos limites legais
Correções relativas a exercícios anteriores
Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal
Amortizações de propriedades de investimento
Donativos
Anulação do Método de equivalência patrimonial
Reversão de ajustamentos em inventários
Provisões não dedutíveis ou para além dos limites legais
Ajustamentos não dedutíveis decorrentes da aplicação do justo valor
IRC e outros impostos sobre os lucros
Outros
Realizações de utilidade social não dedutíveis
Despesas e encargos não devidamente documentados
Resultado antes de impostos
Proveitos não tributáveis
Custos não dedutíveis para efeitos fiscais
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017116
14. DIVIDENDOS
Em 2017 foram pagos dividendos sobre o exercício de 2016 no montante de 6,5 milhões de euros.
Adicionalmente, e conforme deliberação do Conselho de Administração realizado em 29 de novembro de 2017, no exercício findo em 31 de dezembro de 2017 foram pagos dividendos antecipados de 1,33 Euros por ação, no montante de 14,1 milhões de euros, sobre o resultado do balanço intercalar elaborado em 31 de outubro de 2017.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2016 haviam sido pagos dividendos antecipados de 1,08 Euros por ação, no montante de 11,4 milhões de euros.
15. RESULTADOS POR AÇÃO
O resultado por ação, básico e diluído, dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes:
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 não existem efeitos diluidores do resultado por ação, pelo que o resultado diluído por ação é igual ao resultado básico por ação.
31-12-2017 31-12-2016
749.432
(78.077)
(231.694)
21,0%
262.135
698.983
1.417.465
(294.608)
737.338
21,0%
541.787
729.521
1.410.237
(590.101)
(123.632)
678.314
(870.998)
-
27.932.685
8.809.655
27,4%
2.998.839
5.810.815
34.880.049
8.444.376
25,9%
1.233.341
7.211.035
Prejuízo fiscal / Lucro tributável
Imposto sobre o rendimento
Taxa efetiva de imposto
Imposto calculado
Derrama Municipal
Efeito do aumento / reversão de impostos diferidos
Benefícios Fiscais
Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal
Tributação autónoma
Derrama Estadual
Efeito da insuficiência / excesso da estimativa para imposto
Outros
Prejuízos fiscais reportáveis
2,15 2,26 Resultado líquido por ação básico (em Euros)
31-12-2017 31-12-2016
10.600.000
22.820.198 23.918.981
10.600.000Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado por ação básico
Resultado para efeito de cálculo do resultado por ação básico (resultado do exercício)
Resultado por ação básico
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 117
16. GOODWILL
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos nos valores de Goodwill, foram os seguintes:
Os valores do Goodwill nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 respeitam às seguintes entidades:
Prestação pública
Infra-estruturas TotalPrestação
privada Outros
Saldo em 1 de janeiro de 2016
-
-
-
-
-
-
-
-
(66.100)
624.000
10.518.828
-
-
-
33.331.272
43.850.100
32.773.372
13.261
13.261
13.261
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(66.100)
624.000
10.518.828
15.896
15.896
15.896
6.000
6.000
6.000
33.366.429
43.885.257
32.808.529
Alterações de perímetro
Alterações de perímetro
saídas
saídas
Perdas por imparidade (Nota 38)
entradas
entradas
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Saldo em 31 de dezembro de 2017
31-12-2016Segmento (Nota 5)
- 8.258.750
12.432.81912.432.819Prestação privada
Prestação privada
Prestação privada
Prestação privada
Prestação privada
Prestação privada
Prestação pública
Prestação privada
Infraestruturas
Outros
Prestação privada
Prestação privada
Prestação privada
Prestação privada
Prestação privada
Prestação privada
Prestação privada
7.269.220 7.269.220
7.035.102 7.035.102
5.220.465 5.220.465
2.145.867
624.000 624.000
482.166 482.166
160.279 160.279
97.265 97.265
94.883 -
-
19.328 -
15.896 15.896
13.261 13.261
9.119 9.119
6.000 6.000
837 837
31-12-2017Participada
Hospital CUF Infante Santo, S.A.
Hospital CUF Porto, S.A.
VALIR - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
Celso & Santos, S.A.
Nova Imagem - Centro Radiodiagnóstico, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
SIM-X - Serviço de Imagem Médica, Lda.
Imo health - Investimentos Imobiliários, S.A.
Vramondi International BV
CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.
Clínica Dr. Luís Álvares, S.A.
Escala Vila Franca – Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
Hospital CUF Santarém, S.A.
Gabinete de Diagnóstico de Imagem de São João da Madeira, Lda.
Hospital CUF Cascais, S.A.
Ecografia de Cascais, Lda.
Clínica de Serviços Médicos e Computorizados de Belém, S.A.
43.885.257 33.366.429
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017118
Foram efetuados testes de imparidade utilizando os seguintes métodos:
• Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer a estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada;
• Os valores das avaliações são suportados pelos resultados passados e pelas perspetivas futuras de desenvol-vimento dos mercados em que o Grupo atua, tendo sido elaboradas projeções a 5 anos dos cash flows futuros para cada um dos negócios, de acordo com os planos definidos pelo Conselho de Administração;
• Cada unidade de prestação de cuidados médicos é uma unidade geradora de caixa. A Valir - Sociedade Ges-tora de Participações Sociais, SGPS, S.A. inclui a unidade Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A. que é analisada em conjunto com as unidades Hospital CUF Porto, S.A., Nova Imagem – Centro Radiodiagnóstico, S.A. e a S.P.S.D. – Sociedade Portuguesa de Serviços Domiciliários, S.A., dada a complementaridade de serviços prestados e proximidade geográfica;
e utilizados os seguintes pressupostos:
A taxa de crescimento da receita é revista anualmente nas projeções de fluxos de caixa. A mesma é calculada para cada unidade geradora de caixa e para cada um dos 5 anos considerados nas projeções, sendo a taxa indi-cada no quadro acima a taxa de crescimento médio para os 5 anos e para todas as unidades geradoras de caixa.
No exercício de 2017 foram efetuadas avaliações das Subsidiárias mais relevantes, que concluíram pela inexistência de indícios de imparidade em relação ao valor do Goodwill que se encontra reconhecido.
Foram efetuadas análises de sensibilidade às principais variáveis: (i) taxa de desconto (+/-0,5%) e (ii) taxa de crescimento na perpetuidade (+/-0,5%). Os resultados da análise de sensibilidade efetuada não indiciam a exis-tência de imparidade.
3%
3%
7%
7%
-
2%
8%
8%
Período Taxa de juro sem risco Taxa Wacc Taxa de crescimento na perpetuidade
Taxa de crescimento da receita
Explícto
Perpetuidade
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 119
17. ATIVOS INTANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos no valor dos outros ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes.
Programas de
computadorTotal
Outros ativos
intangíveis (f)
Propriedade industrial e
outros direitos(a) (b) (c) (d) (e)
Ativos intangíveis
em curso (g)
Ativo bruto
Depreciação e perdas por imparidade acumuladas
Valor líquido
8.946.619
-
-
-
-
-
-
(1.541.471)
2.796.638
-
(1.541.471)
-
2.470.117
-
2.382.978
-
-
-
-
1.984.781
-
-
1.123
-
-
-
-
-
15.450.023
(8.687.217)
7.691.452
-
-
-
-
397.074
-
2.381.855
-
-
-
-
17.920.140
(10.228.688)
(11.770.159)
20.716.778
2.381.855
-
-
2.382.978
1.365.538
-
-
-
-
382.950
2.525.650
(707.211)
1.177.125
(2.461.866)
(865.898)
-
-
(182.178)
13.357.220
-
-
-
-
4.290.591
2.525.650
(2.695.566)
3.974.886
(2 461 866)
(2.925.249)
(630.159)
-
(182.178)
13.796.112
(12.312.166)
1.064.782
11.568
(11.568)
(76.551)
89.571
33.764.653
(22.316.562)
12.877.217
11.568
(11.568)
(76.551)
89.571
662.085
-
-
-
-
1.922.860
-
(446.884)
-
-
(517.881)
(630.159)
(2.470.117)
-
4.121.444
(1.317.179)
1.739.128
-
-
-
-
11.728.764
(10.663.981)
(11.447.743)
12.813.282
35.604.946
(22.727.729)
(25.499.846)
38.857.066
3.574.188
(1.835.060)
(2.281.944)
2.944.029
Alterações de perímetro
Alterações de perímetro
Em 31 de dezembro de 2017
Alterações de perímetro
Alterações de perímetro
saídas
saídas
saídas
saídas
Adições
Abates
Reforços
Adições
Abates
Reforços
Correções
Transferências
Transferências para tangíveis
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Em 31 de dezembro de 2016
entradas
entradas
entradas
entradas
Saldo em 31 dezembro 2016
Saldo em 31 dezembro 2016
Saldo em 31 dezembro 2016
Saldo em 31 dezembro 2017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017120
(a) A 1 de setembro de 2009 iniciou-se o contrato de Gestão entre a ARS Norte e a Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A., no qual se estabelece a gestão e a exploração do Estabelecimento Hospitalar de Braga em Regime de Parceria Público-Privada. Na data da transmissão a Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A. pagou ao abrigo do contrato de gestão hospitalar o valor de 15 milhões de Euros ao qual foi deduzido o valor relativo a Inventários e Ativos Fixos Tangíveis, denominando-se o remanescente por Direitos de Concessão - este valor será amortizado em 10 anos, período do contrato.
(b) A 1 de junho de 2011 iniciou-se o contrato de Gestão entre os Ministérios da Saúde e das Finanças e a Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A., no qual se estabelece a gestão e a exploração do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca em Regime de Parceria Público-Privada. Na data da transmissão a Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A. pagou ao abrigo do contrato de gestão hospitalar o valor de 7,5 milhões de Euros ao qual foi deduzido o valor relativo a Inventários e Ativos Fixos Tangíveis, denominando-se o remanescente por Direitos de Concessão - este valor será amortizado em 10 anos, período do contrato.
(c) Esta rubrica inclui o montante de 2,8 milhões de Euros, classificados como “Direitos de Superfície” e que respeitam a um contrato de cedência da Câmara Municipal de Cascais ao Hospital CUF Cascais. Este contrato respeita à cedência do direito de superfície de dois imóveis situados no município de Cascais, e foi constituído pelo período de 40 anos.
(d) Esta rubrica inclui o montante de 2,4 milhões de Euros, correspondente a um direito de exploração de um parque de estacionamento. Inicialmente foi celebrada uma parceria entre o Hospital CUF Infante Santo, S.A., ESLI – Parques de Estacionamento, S.A. e a Câmara Municipal de Lisboa, a qual atribuiu o direito de explo-ração do parque de estacionamento pelo período de 50 anos. No ano de 2016 o Hospital CUF Infante Santo, S.A. cedeu a posição contratual à Infrahealth – Gestão de Infraestruturas, Lda..
(e) Esta rubrica inclui, ainda, o montante de 150 milhares de Euros referente ao trespasse da Clínica CUF São Domingos de Rana.
(f) Nesta rubrica encontra-se registado o montante bruto de 3.228.817 Euros correspondente ao valor total es-timado dos investimentos esperados até ao termo do Contrato de gestão e exploração do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca, decorrente das obrigações previstas no Anexo V do referido contrato. De acordo com o estabelecido na IAS 37 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes e com base nos prin-cípios descritos na IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços, este valor, que começou a ser amortizado em abril de 2013, na sequência da transferência para as novas instalações, altura em que foi adquirida a nova capacidade instalada, e foi elaborado um plano de investimento onde se prevê o reconhecimento da obriga-ção futura com a substituição dos referidos equipamentos até ao fim do contrato. No âmbito da Cláusula 123ª (Reversão dos Bens), os bens objeto de reversão para a Entidade Pública Contratante devem encontrar-se em bom estado de funcionamento e plenamente operacionais, estando cumpridas todas as obrigações de conservação, manutenção e renovação. Considerando que devem ser alvo de investimento todos os equipa-mentos médicos que atinjam o fim da sua vida útil antes do final do Contrato de gestão, foi constituída em 2013 uma provisão por contrapartida do intangível, tendo este último começado a amortizar em abril desse ano na sequência da transferência para as novas instalações do hospital (altura em que foi adquirida a nova capacidade instalada). Para o efeito foi elaborado um plano de investimento onde se prevê o reconhecimento da obrigação futura com a substituição dos referidos equipamentos até ao fim do contrato. Durante o exercício de 2017, pela revisão dos valores esperados de compra, ajustou-se este ativo, tendo sido reduzido no montante de 630 mil Euros, sendo a correspondente provisão ajustada no mesmo montante (Nota 38).
(g) O valor registado em ativos intangíveis em curso inclui o montante de 1,6 milhões de euros que respeita ao direito de superfície em subsolo sobre uma parcela de terreno adjacente ao estacionamento do Edifício Ex-pansão do Hospital das Descobertas, concedido pela Câmara Municipal de Lisboa, o qual ainda se encontra em construção.
Não existem indícios de imparidade nos ativos intangíveis.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 121
18. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:
Edifíciose outras
construções
Outrosativos
tangíveis
Ativostangíveisem curso
TotalEquipamentobásico
Terrenose recursosnaturais
31-12-2017
Equipamentoadministrativo
Ativo bruto
Depreciação e perdas por imparidade acumuladas
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
46.333.640
-
-
3.926
982.762
(1.375.951)
(3.926)
-
-
-
-
2.742.471
713
44.352.024
-
-
-
1.981.616
20.639.128
(17.603.856)
-
-
46.333.640
-
22.427.062
(19.684.591)
8.999.371
8.161
72.586.051
(8.305.287)
(8.161)
29.945
-
(25.695)
-
227.860.627
(6.657.691)
-
-
-
-
8.999.371
(63.732)
-
(13.453)
30.544.164 118.433.053
(25.035.948)
-
-
-
-
-
-
63.732
134.640
- - 182.178
-
-
67.093
-
-
61.074.886
(298.596)
-
378.408.792
- 6.655.361 -
114.742.314
(36.077.226)
-
-
82.655.784
(86.939)
3.967.736
(2.451.219)
808.386
708.710
79.910
(42.076)
134.402
(91.689)
23.875.360 364.590.033
(174.800.425)
-
-
-
-
-
-
-
-
89.493.431
(3.288.945)
-
(75.819)
14.320.076
(15.341.257)
75.819
104.695
182.178
(272.901)
-
40.330.075
1.617
160.846.804
(121.027.654)
-
-
272.291.973
(44.431.346)
214.312
(147.219)
61.074.886
-
581.463.202
(203.054.410)
179.121.330
(138.791.254)
Alterações de perímetro
Alterações de perímetro
Excedente de revalorização
Regularizações
Adições
Depreciação
Regularizações
Alienações e abates
Transferências intangíveis
Alienações e abates
Transferências
Valor líquido
Transferências
Saldo em 1 de janeiro de 2017
Saldo em 1 de janeiro de 2017
Atividades descontinuadas
Atividades descontinuadas
Saldo em 31 de dezembro de 2017
Saldo em 31 de dezembro de 2017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017122
O Grupo JMS determinou que a classe de ativos Imóveis afetos a serviços de saúde, que engloba as rubricas Terrenos e recursos naturais e Edifícios e outras construções constitui uma classe separada, baseada na natureza, características, utilização e riscos a ela associados. Esta classe encontra-se escriturada pela quantia revalorizada e o ganho/perda, líquido do efeito de imposto diferido passivo encontra-se reconhecido na rubrica Outros itens do rendimento integral. A avaliação destes imóveis foi efetuada com base em métodos diferentes:
Hospital CUF Descobertas, Clínica CUF Almada, Clínica CUF S. João da Madeira, Clínica CUF Belém, Hospital CUF Cascais, Instituto CUF, Hospital CUF Torres Vedras, Hospital CUF Porto, Hospital CUF Santarém e Edifício “Infante Santo 34”
Para a avaliação destes imóveis foi utilizado o Método do Rendimento. O método de capitalização do rendimento visa determinar o valor de um imóvel em função da sua capacidade de produzir rendimentos. Relaciona o ren-dimento futuro (num pressuposto de otimização e em atenção ao tempo de vida económica), com o seu valor presente e de forma a obter-se o valor de mercado (numa ótica de continuidade da utilização). Este método vocaciona-se para a determinação do valor presente de rendimentos futuros, segundo o valor e o estado atuais.
Edifíciose outras
construções
Outrosativos
tangíveis
Ativostangíveisem curso
TotalEquipamentobásico
Terrenose recursosnaturais
31-12-2016
Equipamentoadministrativo
Ativo bruto
Depreciação e perdas por imparidade acumuladas
-
-
379.058
-
20.577.214
-
-
44.352.024
1.769.366
-
2.044.558
(1.587.555)
-
2.256.665
(2.967.921)
3.035.272
-
20.600.285
1.026.101
-
-
21.559.326
(18.271.054)
-
44.352.024
-
20.639.128
(17.603.856)
214.072
20.858.117
(7.209.039)
(20.507.389)
331.522
(1.040.987)
78.665.089
1.204.845
- - 118.769
-
(13.265)
1.039.604 38.989.509
(22.167.118)
-
-
-
-
-
-
842.810
3.472.605
-
42.713
(183.160)
23.875.360
(5.380.754)
189.789.608
- (3.304.715) 0
108.625.622
(29.039.527)
5.018.856
583.251
(374.252)
1.053.032
(427.712)
3.165
(1.912)
-
-
134.402
(78.424)
26.323.631 322.454.062
(155.420.804)
- -
-
-
6.044.957
1.639.447
(803.876)
(95.303)
14.668.173
(13.357.259)
772.985
884.418
(1.188.686)
39.819.151
330.504
145.210.796
(108.031.798)
-
114.742.314
(36.077.226)
134.402
(91.689)
23.875.360
-
364.590.033
(174.800.425)
160.846.804
(121.027.654)
Alterações de perímetro
Alterações de perímetro
Regularizações
Adições
Depreciação
Regularizações
Alienações e abates
Alienações e abates
Valor líquido
Transferências
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Excedente de revalorização
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Saldo em 31 de dezembro de 2016
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 123
Hospital CUF Infante Santo
Em dezembro de 2017 foi assinado um contrato-promessa de compra e venda com um fundo imobiliário em que foi acordado um valor de venda de 27.250.000 Euros, tendo sido este o justo valor considerado para o imóvel.
As avaliações foram ainda efetuadas tendo em conta o estado de uso atual dos imóveis. Para efeitos de cálculo foi utilizado o valor de transação de propriedades similares, obtido a partir da prospeção realizada, tendo sido ajustada às características dos imóveis em avaliação. As taxas de capitalização utilizadas refletem o comporta-mento do mercado de escritórios em Portugal quando analisada a rentabilidade de projetos de investimento de médio/longo prazo.
No final do ano de 2017 o Grupo concluiu a aquisição de vários imóveis considerados estratégicos para a opera-ção privada da saúde, detidos por fundos imobiliários: Edifício Clínica CUF Belém; Edifício Hospital CUF Torres Vedras; Edifício Instituo CUF; e Edifício Hospital CUF Cascais. Estes imóveis, adquiridos aos fundos imobiliários, bem como os imóveis do Hospital CUF Tejo e da Expansão do Hospital CUF Descobertas estão dados em ga-rantia de empréstimos (Nota 35).
As restantes rubricas do ativo fixo tangível respeitam a:
• Edifícios e outras construções – esta rubrica engloba, para além dos Imóveis afetos a serviços de saúde, os obras e benfeitorias realizadas em todos os edifícios do Grupo;
• Equipamento básico – esta rubrica respeita essencialmente aos equipamentos médicos cirúrgicos adquiridos e utilizados no âmbito da atividade do Grupo;
Os ativos que se qualificam como Ativos tangíveis em curso respeitam a ativos que irão ser reconhecidos como Terrenos e recursos naturais ou como Edifícios e outras construções quando a sua promoção passar a ser reco-nhecida como irreversível. À data de 31 de dezembro de 2017 esta rubrica inclui, essencialmente, o montante de 57,7 milhões de Euros correspondente aos investimentos em projetos e estudos de arquitetura, bem como as obras entretanto já realizadas no âmbito da construção do novo Hospital CUF Tejo e do Edifício Expansão do Hospital das Descobertas. Estes ativos encontram-se à data da demonstração da posição financeira, valorizados ao custo.
Durante os exercícios de 2017 e 2016 a rubrica Amortizações, depreciações e perdas por imparidade teve as seguintes contrapartidas na demonstração da posição financeira:
31-12-2017 31-12-2016
2.695.566
-
25.035.948 22.167.118
2.925.249
-
27.731.514 25.092.368
Ativos intangíveis
Propriedades de investimento
Ativos fixos tangíveis
Gastos de depreciação, amortização e perdas por imparidade
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017124
19. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS
As partes de capital detidas em empresas associadas tiveram os seguintes movimentos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016:
A rubrica Investimentos em associadas, em 31 de dezembro de 2017 e 2016, é composta como segue:
A principal informação financeira agregada, relativa às empresas associadas em 31 de dezembro de 2017 é como segue:
31-12-2017 31-12-2016
Empréstimos concedidos TotalPerdas por
imparidadePartes
de capital Total
Saldo em 1 de janeiro
97.956
-
-
-
-
-
133.845
-
-
-
-
-
(68.000)
- -
34.000
- -
168.111
131.956 233.956
-
-
-
-
-
(68.000)
138.459
-
-
-
(3.171.095)
(68.000)
170.000 3.268.747
35.889
-
-
-
-
-
-
-
(35.889)
102.000 168.111-
Efeito cambial
Efeito em resultados
Efeito em capital próprio
Dividendos recebidos
Aquisições e aumentos
Transferências
Alienações e abates
Alterações de perímetro
Aplicação de equivalência patrimonial
Saldo em 31 dezembro
31-12-2017 31-12-2016
Associadas Partes capital
131.956
131.956 102.000 - 233.956 34.000 170.000 (35.889)
102.000 - 233.956 34.000 170.000 (35.889) 168.111
168.111
Partes capitalEmpréstimos concedidos
Empréstimos concedidos
Perdas por imparidade
Perdas por imparidade
Valor de balanço
Valor de balanço
Centro Gamma Knife-Radiocirurgia, S.A.
Associadas Ativo
1.262.319 674.220 588.099 616.456 1.010.116 393.660
RendimentosPassivo Resultado líquido
Capitais próprios Gastos
Centro Gamma Knife-Radiocirurgia, S.A.
Informação financeira em 31 de dezembro de 2017
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 125
20. ESTIMATIVA DE JUSTO VALOR
A hierarquia para efeitos de determinação do justo valor deverá ter os seguintes níveis e bases de mensuração:
• Nível 1 - cotações de mercados líquidos de ativo e aos quais a Empresa tem acesso à data de referência do balanço;
• Nível 2 - modelos de avaliação geralmente aceites, baseados em inputs observáveis no mercado alternativos aos referidos no nível 1;
• Nível 3 - modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.
O Grupo tem valorizado ao justo valor, os ativos e passivos indicados no quadro seguinte, no qual está também indicada a respetiva hierarquia:
Justo valor a 31 de dezembro de 2017
Justo valor a 31 de dezembro de 2016
Nível 1Cotações
de Mercado
Nível 2Inputs
Observáveis no Mercado
Total31-12-2017
Nível 3Inputs
Não Observáveis no Mercado
Ativos valorizados ao justo valor
Passivos valorizados ao justo valor
314.275.866314.275.866
1.627.604
315.903.470 - 1.627.604 314.275.866
- -
- -
1.627.604
Terrenos e Edifícios (Nota 18)
Instrumentos Financeiros Derivados
Cobertura de Fluxos de Caixa (Nota 42)
HIERARQUIA JUSTO VALOR
Nível 1Cotações
de Mercado
Nível 2Inputs
Observáveis no Mercado
Total31-12-2016
Nível 3Inputs
Não Observáveis no Mercado
Ativos valorizados ao justo valor
Passivos valorizados ao justo valor
131.389.179131.389.179
2.301.121
133.690.299 - 2.301.121 131.389.179
- -
- -
2.301.121
Terrenos e Edifícios (Nota 18)
Instrumentos Financeiros Derivados
Cobertura de Fluxos de Caixa (Nota 42)
HIERARQUIA JUSTO VALOR
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017126
21. OUTROS INVESTIMENTOS
Os outros investimentos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 são os que se seguem:
Os outros investimentos incluem ativos financeiros não correntes, mensurados ao custo de aquisição, ajustado face às perdas de imparidade estimadas. Esta rubrica apresenta os seguintes movimentos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016:
31-12-2017 31-12-2016
Empréstimos concedidos
Valor de balanço
Perdas por imparidadePartes capitalParticipação Valor de
balanço
5.300 5.300
5.000 5.000 5.000
50.000 50.0001.315.853 50.000
648.884
35.000 35.000 35.000
26.200 26.200 26.200
-
-
648.884
2.036.238 770.384
-
-
-
- 393.472
-
-
-
-
(1.315.853)
-
50.000 509.672(1.315.853)
Centro Clínico Académico de Braga
Digihealth, S.A.
Fundo de Compensação do Trabalho e Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho
Diagnosticar - Diagnóstico Computorizado, S.A.
Lisgarante
IBET
Outros investimentos
1.627.481
509.672
770.384
(1.315.853)
260.713
-
198.044
-
1.825.525
(1.315.853)
2.086.237
(1.315.853)
Aumentos
Reforço
Aumentos
Reforço
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Saldo em 31 de dezembro de 2017
Saldo em 31 de dezembro de 2017
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Em 31 de dezembro de 2016
Em 31 de dezembro de 2017
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Investimento bruto
Valor líquido
Perdas por imparidade (Nota 33)
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 127
22. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
Os movimentos ocorridos nos ativos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram os seguintes:
Imparidade de clientes
Benefícios dos
empregados (Nota 33)
Provisões não aceites fiscalmente
TotalInstrumentos financeiros derivados
Outros
Ativos por impostos diferidos
Prejuizos fiscais
reportáveis
Saldo em 1 de janeiro de 2016
126.574
17.162
-
375
-
74.387
57.538
-
-
-
- - -
-
-
-
-
78.680
-
- -
-
-
109.412
109.037
57.537
78.679
-
-
40
184.280
-
-
-
-
-
126.574
-
85.190
51.349
494
226.493
177.273
520.035
-
-
-
-
-
151.542
71.746 334.757 131.924
-
282.303
72.877
-
950.188
- 78.680
-
-
698.410
14.792
- -
3.178.9361.690.321
1.163.708
87.669
-
-
-
-
-
151.542
-
182.995
-
354.009
242.606
864.998
813.649
2 388 237
2.176.536
4 291 945
3.786.717
517.752
366.210
Constituição
Constituição
Capitais próprios
Capitais próprios
Reversão
Reversão
Resultado líquido
Resultado líquido
Efeito da alteração da taxa de imposto
Capitais próprios
Alterações de perímetro
Alterações de perímetro (Nota 4)
Resultado líquido
Resultado líquido
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Saldo em 31 de dezembro de 2017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017128
O montante de impostos diferidos ativos respeitantes aos Benefícios dos empregados, respeita a um seguro de rendas vitalícias contratado pela JMS em janeiro de 2016. Este seguro permitiu dar cumprimento a um contrato existente desde 2000, onde a JMS se responsabilizou por assegurar um pagamento vitalício de uma renda a uma colaboradora que se reformou pela Segurança Social em 1 de janeiro de 2016. O montante do prémio comercial foi liquidado em 28 de janeiro de 2016 à companhia de seguros e ascendeu a 2.504.321 Euros.
Foram avaliados os impostos diferidos a reconhecer em resultado das diferenças temporárias existentes entre o resultado fiscal e o resultado contabilístico. Nos casos em que essas diferenças originaram impostos diferidos ativos, os mesmos só foram registados na medida em que se considera provável que ocorram lucros tributáveis no futuro que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis. Esta avaliação baseou-se nos planos de negócios das empresas do Grupo, periodicamente revistos e atualizados, e nas oportunidades de otimização fiscal disponíveis e identificadas.
Reavaliações de ativos
fixos tangíveis
Instrumentos financeiros derivados
Total
Saldo em 1 de janeiro de 2016 -
11.735.363
(368.979) (368.979)
(510.443) (510.443)
5.689.281 5.689.281
4.068.056 4.068.056
2.742.013 2.742.013
115.436 115.436
-
-
2.857.449 2 857 449
-
-
-
- -
- -
-
-
-
- -
-
-
-
-
11.735.363
Passivos por impostos diferidos
Constituição
Capitais próprios
Reversão
Resultado líquido
Capitais próprios
Resultado líquido
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Constituição
Capitais próprios
Reversão
Resultado líquido
Capitais próprios
Alterações de perímetro (Nota 4)
Resultado líquido
Saldo em 31 de dezembro de 2017
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 129
23. OUTROS ATIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, estas rubricas tinham a seguinte composição:
As parcelas registadas como Não corrente, dizem respeito aos valores calculados pelas responsabilidades de Fé-rias, Subsídio de Férias e Subsídio de Natal para com os colaboradores do Hospital de São Marcos e do Hospital de Reynaldo dos Santos, relativos ao ano de início dos respetivos contratos.
A rubrica Prestação de serviços médicos não faturados respeita a atos médicos prestados e ainda não faturados aos clientes. Estes pendentes de faturação resultam essencialmente das seguintes situações: falta de termo de responsabilidade, faturação apenas no final do tratamento, falta de confirmação dos códigos de faturação.
Corrente CorrenteNão corrente Não corrente
Acréscimos de proveitos
Custos diferidos
4.157.148
1.207.954
68.527
6.753.463
1.197.484
7.918
342.081
630.400
772.755
52.244
10.983.783
- -
220.812
33.559.905
- -
5.148.355
161.011
43.999.641
103.061
228.334
11.034
78.014
136.288
182.144
21.413
21.816
697.321
36.158
491.073
827.980
56.522
16.278
983.933
5.570
-
6.129.201 6.129.201
-
- -
-
- -
-
2.167.744 2.167.744
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
31-12-2017 31-12-2016
Proveitos por produção não faturada
Responsabilidade Hospital de São Marcos
Rappel a receber
Seguros
Custos de manutenção e reparação
Juros a receber
Comissões e Imposto de selo
Diferimento do preço de venda
Tribunal de contas (emolumentos)
Cedência de espaço
Rendas e alugueres
Juros diferidos
Outros acréscimos de proveitos
Licenças informáticas
Outros custos diferidos
Prestação de serviços médicos não faturados
Responsabilidade Hospital de Reynaldo dos Santos
Análises e Consumíveis clínicos
49.316.786
3.432.655
52.749.441
56.396.107
4.014.872
60.410.979
-
8.296.945
8.296.945
-
8.296.945
8.296.945
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017130
Na rubrica Proveitos por produção não faturada estão incluídos os acréscimos de proveitos com a ARS Norte e ARSLVT, decorrentes do apuramento da produção real de 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017 (e que, ainda, se encon-tram em processo de conferência e encerramento), de acordo com o previsto no contrato de gestão, conforme mencionado na Nota 2.3, bem como acréscimos de serviços prestados e não faturados a terceiros e, ainda, me-dicamentos a faturar. Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 esta rubrica tinha a seguinte composição:
24. INVENTÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os inventários respeitam, essencialmente a Produtos farmacêuticos e a Ma-terial de consumo clínico e apresentam os seguintes saldos:
Estes produtos e materiais são utilizados pelas várias unidades clínicas do Grupo na sua atividade de prestação de serviços clínicos.
ARS Norte ARS NorteARSLVT ARSLVT
65.694 29.677.175
- -
585.676
-
- 2.642.412 - 2.642.412
819.640
204.935
19.902.728
2.770.113
6.996.181
150.444 157.408
2.805.192
446.657 7.692.880
31-12-2017 31-12-2016
Produção do exercício de 2014
Produção do exercício de 2013
Produção do exercício de 2016
Produção do exercício de 2017
Produção do exercício de 2015
20.554.097 30.701.75013.005.807 13.297.891
31-12-2017 31-12-2016
225.879
90.647
297.788
(13.130)
116.560
4.946.522
8.552.314
5 095 705
5.670.702
187.618
77.354
150.889
(32.501)
113.089
14.229.710
14.216.580
11.295.357
11.262.856
Material de consumo administrativo
Fardamentos
Outro material de consumo
Outros
Perdas por imparidade acumuladas em inventários (Nota 38)
Material de consumo clínico
Produtos farmacêuticos
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 131
25. CLIENTES E ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a rubrica Clientes e adiantamentos a fornecedores tinha a seguinte composição:
Os saldos apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos de perdas por imparidade em saldos de clientes, que foram estimadas de acordo com o descrito na Nota 2.20. b).
O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico das contas a receber é próximo do seu justo valor.
O Grupo não tem uma concentração significativa de riscos de crédito, dado que o risco se encontra diluído por um vasto conjunto de clientes.
A antiguidade da rubrica Clientes e adiantamentos a fornecedores decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:
26. OUTROS DEVEDORES CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica Outros devedores tinha a seguinte composição:
31-12-2017 31-12-2016
Perdas por imparidade (Nota 38)
Perdas por imparidade (Nota 38)
Valor líquido Valor líquidoValor bruto Valor bruto
22.970
133.023.460
22.855
105.650.818
120.767.384 93.353.001 (1.052.312) (976.496)
47.011 -
12.186.095 12.274.963
- -
(9.100.589) (9.296.745)
-
(10.152.901)
-
(10.273.241) 95.377.577
47.011 -
22.970
122.870.558
22.855
3.085.506 2.978.218
119.715.072 92.376.505
Clientes, títulos a receber
Clientes, conta corrente
Clientes de cobrança duvidosa
Adiantamentos a fornecedores
Dívida vencidaExercício Total
< 180 dias 181-365 dias 366-545 dias 546-730 dias > 730 dias
133.023.460
105.650.818
29.528.119
51.570.124
67.149.946
20.935.011
10.852.297
9.521.035
3.789.842
4.219.447
4.401.112
3.250.832
17.302.144
16.154.369
Dívida não vencida
31-12-2017
31-12-2016
31-12-2017 31-12-2016
-
132.000
794.132
5.980
152.630
304.715
799.859
11.025
859.250
134.165
122.780
-
134.165
1.885.798
850.000
376.019
732.216
47.895
126.325
237.576
690.891
7.350
3.316.536 5.088.234
Adiantamento por conta de investimentos financeiros
Venda de investimentos financeiros
Pessoal
Refaturações
Projetos de hospitais em curso
Prestadores de serviços
Cauções
Outros devedores
Bastos Mota Investimentos Imobiliários, Lda.
Retenções e Penhoras
Suprimentos a entidades relacionadas (Nota 41)
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017132
Em Outros devedores encontram-se relevados saldos a receber de diversas entidades por transações não rela-cionadas com as atividades principais do Grupo.
27. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os saldos com estas entidades eram como segue:
28. OUTROS INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Os outros instrumentos financeiros são constituídos por empréstimos obrigacionistas, que se detalham conforme quadro abaixo:
31-12-2017 31-12-2016
425
13.282.036
1.409
4.192.515
2.141.292
89.438
13.191
2.253.285
2.316.597
14.406.170
1.328.603
12.206.210
4.658
12.280.671
1.222
3.768.772
904.143
54.222
-
2.244.520
21.958.566
16.737.792
19.252.327
13.540.692
Imposto sobre o valor acrescentado
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas
Contribuições para a segurança social
Contribuições para a segurança social
Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares
Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares
Outros
Imposto sobre o valor acrescentado
Outros
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas
Saldos credores
Saldos devedores
Ano de emissão 31-12-2016MaturidadeEmitenteSubsidiária 31-12-2017
José de Mello Participações II, SGPS, S.A. -
José de Mello Capital, S.A. 6.500.000 -
10.000.000
4.350.000
4.300.000
10.000.000 10.000.000
10.000.000
10.000.000
10.000.000
4.350.000
4.300.000
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
2014
2010
2014
José de Mello Capital, S.A.
José de Mello Capital, S.A. -
2007
2007
35.150.000
2008
2008
Dec-22
Dez-22
Jun-18
Dec-17
Jun-20
Dez-20
Jun-20
48.650.000
Hospital CUF Infante Santo, S.A.
José de Mello Saúde, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
José de Mello Saúde, S.A.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 133
Estas obrigações têm uma put option (opção de venda) que confere ao Grupo o direito ao resgaste a qualquer momento do montante em causa, razão pela qual as mesmas estão classificadas como ativo corrente. A opção de venda foi registada ao valor nominal, não existindo qualquer derivado associado à mesma. É nossa expectativa exercer a opção de venda num prazo inferior a 12 meses.
Não existem indícios de imparidade dos montantes das obrigações acima indicados.
29. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica tinha a seguinte composição:
30. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a rubrica Ativos não correntes detidos para venda decompõe-se da forma seguinte:
É intenção do Grupo JMS proceder à transmissão das suas participações no capital social da Escala Braga – So-ciedade Gestora do Edifício, S.A. e da Escala Parque – Gestão de Estacionamento, S.A., juntamente com todos os direitos e obrigações a estes inerentes.
Para o efeito, foi assinado em 2016 um contrato de compra e venda de ações e prestações suplementares com um investidor, sendo que a conclusão da transação está dependente da autorização da Entidade Pública Con-tratante (Administração Regional de Saúde). A Long Stop Date prevista contratualmente para a obtenção desta autorização foi prorrogada. Apesar de ainda não ter sido obtida a autorização da ARS à transmissão das ações as partes envolvidas mantêm a intenção de venda das participações. Espera-se um ganho de aproximadamente 5,5 milhões de euros pela venda das referidas participações.
No ano de 2017 registaram-se proveitos de 568 milhares de euros (2016: 760 milhares de euros) referentes a dividendos recebidos.
31-12-2017 31-12-2016
6.307
2.590
46.323.734
1.561.666
(10.055)
14.124.477
1.743.953
(252.734)
6.307
192.657
47.894.297
47.884.243
16.067.394
15.814.660
Depósitos à ordem
Outras aplicações de tesouraria
Depósitos a prazo
Numerário
Descobertos bancários (Nota 35)
Caixa e depósitos bancários
Caixa e equivalentes a caixa
Associadas Partes capital
1.549.932
281.154
-
1.831.086 1.904.379 - 3.735.465 3.168.613
1.904.379
-
-
-
-
-
3.454.311
281.154
-
2.769.106
323.091
76.416
Empréstimos concedidos
Valor de balanço
31-12-2016
Perdas por imparidade
Valor de balanço
Escala Braga - Sociedade Gestora do Edifício, S.A.
Escala Parque – Gestão de Estacionamento, S.A.
Outros
31-12-2017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017134
31. CAPITAL
Em 31 de dezembro de 2017, o capital no montante de 53.000.000 Euros, totalmente subscrito e realizado, estava representado por 10.600.000 ações, com o valor nominal de cinco Euros cada.
Em 31 de dezembro de 2017, o capital era detido pelas seguintes entidades:
32. RESERVA LEGAL
De acordo com a legislação em vigor, a Empresa deverá reforçar anualmente a reserva legal com uma percenta-gem mínima de 5% do resultado líquido anual, até que a mesma atinja, no mínimo, 20% do capital.
A Reserva legal ainda não está totalmente constituída pelo que, em 2017, procedeu-se à dotação do valor mínimo estipulado. Esta reserva não é distribuível aos acionistas, podendo, contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou incorporada no capital.
33. OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS
Reserva de justo valor
Esta rubrica inclui as variações no justo valor em instrumentos financeiros e ativos fixos tangíveis que, de acordo com o nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.
De acordo com a legislação em vigor, os incrementos decorrentes da aplicação do justo valor através de compo-nentes de capital próprio, apenas relevam para poderem ser distribuídos, quando os elementos que lhes deram origem sejam alienados.
Reservas e Resultados transitados
Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas e resultados transitados distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as IAS/IFRS.
Número de ações Percentagem de participação
65,85%
4,15%
30,00%
100,00%
6.980.100
439.900
3.180.000
10.600.000
Entidade
José de Mello Capital, S.A.
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Fundação Amélia da Silva de Mello
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 135
34. INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM
Os movimentos desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram os seguintes:
O detalhe, por empresa, da rubrica Interesses que não controlam em 31 de dezembro de 2017 é como segue:
(206.278)
-
175.027
-
283.937
(196.400)
(10.135)
3.960.796 3.708.111
-
-
474.455
Dividendos
Reduções de participação de capital
Reforços de participação de capital
Outras variações de capital próprio das empresas participadas
Resultado do exercício atribuível aos interesses que não controlam
4.228.716 3.960.796Saldo final em 31 de dezembro
31-12-2017 31-12-2016
Saldo inicial em 1 de janeiro
283.937474.455 3.960.7964.228.716
EmpresaResultadoResultado
Percentagem não detida
4,00%
0,10%
0,00%
37,19%
66,35%
0,00%
29,50%
30,07%
0,02%
0,02%
4,00%
CapitalCapital
96.27137.455
(577) (923)
22
(39.722) (35.431)
34
(429.561) (464.991)
(603) (344)
-
(1.096)91.467
1.218.6771.218.333
(5) (1) (6)
265.626357.093
152.419261.022
197241
10.62212.709
66.423108.256
1.330.9171.435.244
1.4302.023
18.99923.799
475.601544.241
1.086.8751.124.330
7.765 (11.355)
Interesses que não controlamInteresses que não controlam
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Vramondi International
HD Medicina Nuclear, S.A.
VALIR - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
Sagies - Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, S.A.
Clínica de Serviços Médicos e Computorizados de Belém, S.A.
Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
Nova Imagem - Centro Radiodiagnóstico, S.A.
Instituto CUF - Diagnóstico e Tratamento, S.A.
Clínica CUF Belém, S.A.
Escala Vila Franca – Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
31-12-201631-12-2017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017136
35. EMPRÉSTIMOS
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, os empréstimos obtidos eram como segue:
Papel Comercial
O Grupo tem contratado oito programas de Papel comercial com o limite de 142 milhões de Euros. Em 31 de dezembro de 2017 estes passivos tinham o seguinte detalhe:
99.452.814
23.900.000
4.635.000
18.532.108
3.237.272
252.734
149.874.323
48.700.000
1.000.000
145.640.041
6.409.667
10.055
Empréstimos por obrigações
Papel comercial
Contas corrente caucionadas
Outros empréstimos bancários
Outros empréstimos bancários
Descobertos bancários (Nota 29)
295.514.364
56.119.722
351.634.085
117.984.922
32.025.005
150.009.928
31-12-2017 31-12-2016
Passivos não correntes
Passivos correntes
Empresa contratanteMontante nominal
contratado
6.000.000
10.000.000
10.000.000
10.000.000
10.000.000
6.000.000
80.000.000
10.000.000
142.000.000 48.700.000
-
-
9.700.000
10.000.000
5.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
-
-
-
-
-
-
-
-
jan. 2019
nov. 2019
mar. 2021
nov. 2019
dez. 2018
jan. 2019
jul. 2031
dez. 2018
Anual
Anual
Única
Anual
Anual
Anual
Mensal
Anual
Euribor + 1,75%
Euribor + 2%
1%
Euribor + 2%
Euribor + 0,85%
Euribor + 1,75%
Euribor + 2,3%
Euribor + 2,75%
PeriodicidadeCorrente Taxa de juroNão
corrente Maturidade
José de Mello Saúde, S.A.
José de Mello Saúde, S.A.
José de Mello Saúde, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
José de Mello Saúde, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Imo health - Investimentos Imobiliários, S.A.
Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A.
Montante por liquidar Amortização
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 137
Apesar de existirem programas com maturidade superior a 1 ano, existem renovações anuais, pelo que o Papel Comercial é todo classificado como corrente.
Estes programas de papel comercial contêm covenants financeiros que são comuns nos contratos de financia-mento. Os contratos têm incluídas obrigações de cumprimento dos seguintes rácios de endividamento: Dívida Financeira Líquida / EBITDA; Rácio de cobertura do serviço da dívida e Autonomia financeira. Os covenants financeiros são calculados com base nos valores do Grupo.
Em 31 de dezembro de 2017 o Grupo JMS, cumpria todos os covenants financeiros nos programas de papel co-mercial.
Empréstimos por obrigações
Os Empréstimos por obrigações dizem respeito às seguintes emissões:
• “JOSÉ DE MELLO SAÚDE 2014/2019”
• Valor total do empréstimo: 50.000.000 Euros
• Valor nominal: 10.000 Euros por obrigação
• Vencimento: 9 de junho de 2019
• Taxa de juro: Euribor a 6 meses acrescida de 3,875%
• “JOSÉ DE MELLO SAÚDE 2015/2021”
• Valor total do empréstimo: 50.000.000 Euros
• Valor nominal: 10.000 Euros por obrigação
• Vencimento: 17 de maio de 2021
• Taxa de juro: Euribor a 6 meses acrescida de 2,95%
• “JOSÉ DE MELLO SAÚDE 2017/2023”
• Valor total do empréstimo: 50.000.000 Euros
• Valor nominal: 10.000 Euros por obrigação
• Vencimento: 28 de setembro de 2023
• Taxa de juro: Taxa fixa (4%)
Estas emissões foram colocadas junto de investidores institucionais e aprovada a admissão à negociação nos mercados regulamentados Euronext Lisbon e Bourse de Luxembourg, exceto no caso da última emissão, cuja au-torização ainda se encontra pendente de aprovação. Estes contratos têm incluídas obrigações de cumprimento do rácio de endividamento “Dívida Financeira Líquida / EBITDA”. Em 31 de dezembro de 2017 a José de Mello Saúde, S.A. cumpria os covenants financeiros em todos os empréstimos por obrigações.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017138
Outros empréstimos bancários
Em 31 de dezembro 2017 e 2016, os Outros empréstimos bancários apresentavam a seguinte composição:
O indexante de referência usado nos contratos de financiamento é a taxa EURIBOR, cujo prazo varia entre 6M e 12M, tendo um spread dentro dos valores praticados no mercado.
Não existem covenants financeiros associados a estes financiamentos bancários. Estes financiamentos têm asso-ciado garantias e colaterais descritos na Nota 45.
Linhas de crédito obtidas e não utilizadas
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, existiam respetivamente 117.782 milhares de Euros e 29.150 milhares de Euros de linhas de crédito obtidas e não utilizadas.
36. OBRIGAÇÕES DECORRENTES DE CONTRATOS DE LOCAÇÃO
Locação financeira
O Grupo tem contratos de locação financeira para vários itens dos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis, in-cluídos no balanço. Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a quantia escriturada desses bens, para cada categoria de ativo, é como segue:
Estes contratos de longa duração em que o Grupo tem direito de utilizar um ativo específico são registados como locação financeira de acordo com a IAS 17 – Locações. Os passivos por locação financeira têm as seguintes maturidades:
CorrenteTipo de financiamento CorrenteNão corrente Não corrente
6.212.670
75.000
121.997 54.006 34.368 88.017
3.202.904
-179.167
145.406.868 18.444.092
-
31-12-2017 31-12-2016
IAPMEI / PME
Financiamento bancário
Contrato de Mútuo
6.409.667 3.237.272145.640.041 18.532.108
24.324.951
55.581.261
5.795
594.185
-
24.371.948
57.844.161
2.898
438.186
41.294
Equipamento básico
Outros ativos fixos tangíveis
Edifícios e outras construções
Equipamento administrativo
Programas de computador
82.698.487 80.506.192
31-12-2017 31-12-2016
24.531.984
9.794.327
35.645.704
Não mais de um ano
Pagamentos mínimos da locação financeira
Mais de um ano e não mais de cinco anos
Mais do que cinco anos
69.972.015
31-12-2017
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 139
Locação operacional
Os contratos de locação operacional em vigor no Grupo JMS respeitam, essencialmente, a contratos de equipa-mento informático, imóveis e estacionamentos, viaturas e equipamentos médicos e de escritório. Os montantes totais dos pagamentos mínimos futuros são os seguintes:
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foram reconhecidos custos de 17.181 milhares de Euros e 16.279 milhares de Euros, respetivamente, relativos a rendas de contratos de locação operacional.
Em 2016 não foi possível obter o detalhe dos pagamentos mínimos das locações operacionais e financeiras. No entanto, as locações respeitavam aos mesmos ou a semelhantes contratos, pelo que os valores são similares aos registados em 2017.
37. BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS
A subsidiária Hospital CUF Infante Santo, S.A. (“HCIS”) tem a responsabilidade de complementar as pensões de reforma de alguns dos seus colaboradores, com quem foi assumida essa responsabilidade. Embora não tenha constituído qualquer fundo ou seguro para cobrir esta responsabilidade, foi constituída uma provisão para o efeito que é atualizada anualmente de acordo com um estudo atuarial realizado por uma entidade especializada e independente.
Foi formalmente, e de acordo com a legislação em vigor, pedida a caducidade do Acordo de Empresa ao Ministério do Trabalho produzindo efeito a 6 de fevereiro de 2013, relativamente aos empregados que ainda se encontram no ativo. A lei prevê, de acordo com um parecer jurídico, a manutenção da “retribuição, categoria e respetiva definição, duração do tempo de trabalho e regimes de proteção social cujos benefícios sejam substitutivos dos assegurados pelo regime geral de segurança social ou com protocolo de substituição do Serviço Nacional de Saúde”. O complemento de reforma não se enquadra nesta obrigatoriedade e deixa de ter efeito a partir de fe-vereiro de 2013. Assim, a responsabilidade exigida mantém-se para os empregados reformados do HCIS.
Segundo o relatório de avaliação apresentado pela CFPO Consulting – Soluções Actuariais e Financeiras, o valor atual das responsabilidades com serviços passados com pensões de reforma, à data da demonstração da posição financeira, é estimada em 1.355 mil Euros (1.462 mil Euros em 2016), sendo a provisão para pensões de reforma ajustada e apresentada na Nota 38.
A avaliação atuarial das responsabilidades com o plano de pensões foi efetuada segundo o método Projected Unit Credit, tendo em consideração os seguintes pressupostos e bases técnicas atuariais:
Inferior a 1 ano Superior a 5 anosEntre 1 e 5 anos
18.609.139
967.048
1.952.950 4.717.822 9.084
204.790.071
-808.772
82.338.946
31-12-2017
Viaturas
Equipamento Médico
Imóveis
21.529.137 204.799.15587.865.540
1,30%1,30%
1,30%1,30%
0,00%0,00%
5554
TV 73/77TV 73/77
7374
TV 88/90TV 88/90
Taxa de desconto (depois da reforma)
Taxa de desconto (antes da reforma)
Taxa de crescimento das pensões
Número de reformados
Para homens
Tábua de mortalidade
Idade média
Para mulheres
31-12-201631-12-2017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017140
38. PROVISÕES, PERDAS POR IMPARIDADE, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES
Passivos contingentes
No decurso normal da sua atividade, o Grupo encontra-se envolvido em diversos processos. Face às naturezas dos mesmos, a expetativa existente é de que, do respetivo desfecho, não resultem quaisquer efeitos materiais em termos da atividade desenvolvida, situação patrimonial e resultados das operações.
Provisões
O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foi o seguinte:
A rubrica Outros inclui essencialmente provisões para penalidades contratuais e riscos decorrentes da atividade de prestação de serviços hospitalares consideradas como prováveis. Adicionalmente inclui uma provisão que se destina a fazer face à responsabilidade de substituição de equipamentos contemplada no Anexo V do Contrato de Gestão e exploração do Estabelecimento Hospitalar de Vila Franca; esta provisão foi constituída no exercício de 2013 por contrapartida de Ativos intangíveis (Nota 17), na sequência da transferência para as novas instalações, altura que foi adquirida a nova capacidade instalada, e foi elaborado um plano de investimento onde se prevê o reconhecimento da obrigação futura de substituição dos referidos equipamentos até ao fim do contrato. Du-rante o ano de 2017 foi revisto o valor total dos investimentos no âmbito do plano definido tendo sido o mesmo reduzido em 630 mil euros, pelo que esta provisão foi reduzida no mesmo montante.
Perdas por imparidade
O movimento ocorrido nas perdas por imparidade acumuladas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 foi o seguinte:
Provisões
Matériasambientais
Total de respon-
sabilidadesOutros
Benefícios dosempregados
(Nota 37)Impostos Total
(300.598) -
(106.559) -
- -
1.355.216 390.811
(71.550)
(190.159)
(630.125)
12.259.474
1.461.775 390.811 14.021.234 15.483.009
12.974.908 14.737.2811.762.373 390.811 5.000
- -
- -
1.306.696
799.574
1.306.696
799.574
- -
- -
(188.821)
(1.741.051)
(188.821)
(1.741.051)
-
-
-
-
-
-
-
5.000
5.000
(372.147)
(296.718)
(630.125)
13.614.690
1.306.696
799.574
13.625.422
(71.550)
(190.159)
(630.125)
11.863.662
(188.821)
(1.741.051)
12.579.097
Reforço
Reforço
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Utilização
Utilização
Reversão
Reversão
Plano de Investimentos (Nota 17)
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Saldo em 31 de dezembro de 2017
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 141
Ativos correntes
Ativos não correntes
Perdas por imparidade em ativos correntes
TotalClientes e ad.
a fornecedores(Nota 25)
Inventários(Nota 24)
(304.878)
(564.966)
-
10.152.901
10.273.241 10.305.742
9.637.528 9.659.052
1.555.898
1.880.641
1.566.876
1.882.793
(615.307)
(1.436.015)
(615.307)
(1.436.015)
(304.878)
(564.966)
(21.523)
10.166.031
10.978
2.152
32.501
-
-
(21.523)
13.130
-
-
21.523
Reforço
Reforço
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Utilização
Utilização
Reversão
Reversão
Transferências
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Saldo em 31 de dezembro de 2017
Perdas por imparidade em ativos não correntes
Total
Ativos nãocorrentesdetidos
para venda
Associadase Outros
investimentos(Notas 19 e 21)
Goodwill(Nota 16)
(369.593)
-
97.000 4.546.133
97.000 4.988.085
-
(97.000)
66.100
(132.889)
369.593 -
(508.052)
4.413.244
-66.100
(35.889)-
1.351.7423.641.332
(138.459)-
1.315.8533.641.332
(369.593)-
1.859.7943.575.232
Reforço
Reversão
Saldo em 1 de janeiro de 2016
Transferências
Reversão
Saldo em 31 de dezembro de 2016
Saldo em 31 de dezembro de 2017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017142
Durante os exercícios de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos nas rubricas de Perdas por imparidade e Provi-sões, tiveram as seguintes contrapartidas em resultados:
Ativos contingentes
O ano de 2017 foi o segundo ano consecutivo em que a Escala Braga apresentou um resultado negativo na ordem dos 4 milhões de Euros. Esta situação deriva da não reavaliação pelo Estado dos programas de financiamento vertical de HIV e Esclerose Múltipla, num valor aproximado de 7,5 milhões de Euros para 2016 e 7,9 milhões de Euros para 2017. É nosso firme entendimento que este comportamento do parceiro público contribuiu de modo inexorável para a atual situação financeira e constitui uma situação de incumprimento contratual muito grave. Desse modo, foi cautelarmente interposto no final do ano de 2016 um Pedido de Reequilíbrio Financeiro para o efeito da cláusula 127ª, nº9, alínea b), do Contrato de Gestão, propondo-se num espírito de cooperação leal e de boa-fé, tendo já iniciado o processo de arbitragem para resolução deste litígio.
O Grupo JMS considera provável o sucesso deste litígio e como melhor estimativa deste ativo contingente o valor de 15,4 milhões de Euros.
A consideração deste montante na projeção futura da atividade permite afastar a hipótese de o contrato ser oneroso.
Esta situação merece naturalmente a máxima atenção por parte da equipa de gestão do hospital, com a firme expectativa que será invertida por uma decisão positiva do Tribunal Arbitral já constituído, para a resolução deste litígio.
39. FORNECEDORES E ADIANTAMENTOS DE CLIENTES
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, estas rubricas tinham a seguinte composição:
31-12-2017 31-12-2016
Reversão ReversãoTotal TotalReforço Reforço
1.882.793 1.566.876 (304.878) 1.261.998(564.966) 1.317.827
- - (300.598) (300.598)(106.559) (106.559)
799.574 1.306.696 (71.550) 1.235.147(190.159) 609.415
- 66.100 (508.052) (441.952)(132.889) (132.889)
1.687.795 1.754.594
Provisões
Benefícios dos empregados
Perdas por imparidade em ativos não correntes
Perdas por imparidade em ativos correntes
9.432.203
74.547.613
3.555.036
9.356.007
80.830.747
4.355.247
Fornecedores, faturas em receção e conferência
Fornecedores, conta corrente
Adiantamentos de clientes
94.542.001 87.534.852
31-12-2017 31-12-2016
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 143
40. OUTROS CREDORES CORRENTES E NÃO CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, estas rubricas tinham a seguinte composição:
(a) De acordo com o contrato de Gestão com a ARS Norte, a Escala Braga - Sociedade Gestora do Estabeleci-mento, S.A. deverá entregar ao Hospital de São Marcos 90% dos proveitos decorrentes da prestação de ser-viços médicos já realizados até 1 de setembro de 2009, mas cuja faturação ainda não tivesse sido emitida e 90% dos recebimentos de clientes cuja faturação já tivesse sido emitida até essa data, mas cujo recebimento ainda não tenha ocorrido.
(b) A rubrica Aquisição de investimentos inclui, essencialmente, os montantes a pagar pela compra da SIM-X – Serviço de Imagem Médica, Lda., CPIS, CLA e do imóvel da Clínica CUF Almada. De acordo com os respetivos contratos de aquisição, foram considerados como não correntes as correspondentes parcelas a liquidar a partir do exercício de 2019.
Em Outros credores encontram-se relevados saldos a pagar a diversas entidades por transações não relacionadas com as atividades principais do Grupo.
Corrente CorrenteNão corrente Não corrente
775.114
250.000
555.547
33.765
490.222
1.016.588
281.277
599.524
37.073
3.092.476
286.666
-
57.859
-
-
-
-
3.089.531
344.460
525.000
57.859
-
-
-
-
724.434
-
125.117
33.665
308.480
2.674.400
196.354
441.311
26.589
3.358.340
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
31-12-2017 31-12-2016
Aquisição de investimentos (b)
Consultores, Acessores e Intermediários
Honorários
Eventos e Jornadas clínicas
Hospital de São Marcos (a)
Fundo de Apoio à Inovação - Energias Renováveis e Eficiência Energética
Lucros disponíveis
Hospital de Reynaldo dos Santos
Pessoal e Sindicatos
Base - Serviços Médicos de Imagiologia, SGPS, S.A.
Fornecedores de imobilizado
Cauções
Outros credores
7.476.112 8.547.2003.358.340
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017144
41. OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica tinha a seguinte composição:
(a) A rubrica Honorários refere-se à estimativa de valores a liquidar aos colaboradores sem vínculo contratual permanente. Esta estimativa é baseada no histórico mensal pago, nos acordos estabelecidos com cada pres-tador de serviço e nos tempos de trabalho realizados.
(b) Nesta rubrica constam os acréscimos de gastos efetuados no fecho do ano, referentes a Custos das vendas, Fornecimentos e serviços externos (Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica “MCDTs”, Seguros e Trabalhos Especializados Clínicos), Gastos com o pessoal e Outros custos operacionais.
42. INTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
No âmbito da política de gestão de riscos (Nota 43), foram contratados um conjunto de instrumentos financeiros destinados a minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de juro sob a forma de swaps de taxas de juro, plain vanilla, que cobrem a quase totalidade dos empréstimos obrigacionistas emitidos em junho de 2014 e em maio de 2015 (num total de 100 milhões de Euros). Os swaps contratados respeitam as características das referidas emissões de obrigações por forma a serem considerados produtos de cobertura (mesmo indexante, mesmo período e prazos de pagamento de juros). Na data de pagamento de juros, o Grupo JMS recebe juros indexados à Euribor a 6 meses para 100% do capital das obrigações e paga juros a taxa fixa sobre o mesmo montante. O empréstimo obrigacionista emitido em setembro de 2017, no montante de 50 milhões de Euros, não tem associado nenhum instrumento financeiro derivado, por ter uma taxa fixa, conforme divulgado na Nota 35.
26.367.628
525.275
15.039.509
814
20.387.581
14.141
3.190.437
72.798
31.392.404
493.957
15.236.234
249
23.970.098
14.141
4.498.353
1.467.165
Remunerações a liquidar
Proveitos financeiros
Custos operacionais (b)
Outros proveitos diferidos
Honorários (a)
Alugueres e rendas
Acréscimos de custos Escala Braga
Custos Financeiros
76.564.254
508.347
77.072.601
65.057.952
540.230
65.598.181
31-12-2017 31-12-2016
Acréscimos de custos
Proveitos diferidos
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 145
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016 o justo valor dos derivados financeiros contratados pode ser apresentado como se segue:
O valor reconhecido nesta rubrica refere-se a seis contratos de Swap de taxa de juro contratados pelo Grupo JMS, com o objetivo de cobrir o risco de flutuação das taxas de juro.
As características dos instrumentos financeiros derivados contratados associados a operações de financiamento em 31 de dezembro de 2017 e 2016 eram as seguintes:
O justo valor dos derivados de cobertura é classificado como não corrente, quando a maturidade da operação de cobertura é superior a 12 meses, e como corrente quando a maturidade da operação alvo de cobertura é inferior a 12 meses.
Corrente CorrenteNão corrente Não corrente
-
-
-
-1.627.604
1.627.604 2.301.121
2.301.121
31-12-2017 31-12-2016
Swap de taxa de juro
Derivados designados como cobertura de fluxos de caixa
Total de derivados
Derivados designados como cobertura de fluxos de caixa MoedaNotional
25.000.000
12.500.000
12.500.000
25.000.000
12.500.000
12.500.000
100.000.000 (1.627.604) (2.301.121)
Eur
Eur
Eur
Eur
Eur
Eur
Cobertura cash flow de emissão obrigacionista
Cobertura cash flow de emissão obrigacionista
Cobertura cash flow de emissão obrigacionista
Cobertura cash flow de emissão obrigacionista
Cobertura cash flow de emissão obrigacionista
Cobertura cash flow de emissão obrigacionista
jun-2019
jun-2019
mai-2021
mai-2021
mai-2021
jun-2019
(273.774)
(130.616)
(313.183)
(566.865)
(237.253)
(105.913)
(403.663)
(191.345)
(432.585)
(788.611)
(334.886)
(150.031)
Objetivo económico 31-12-2016
Justo valor
Maturidade 31-12-2017
Swap’s de taxa de juro
Swap 13121-001
Swap 13121-002
Swap 13136-001
Swap 13137-001
Swap 13152-001
Swap 13153-001
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017146
A periocidade dos fluxos pagos e recebidos dos instrumentos financeiros de cobertura derivados é semestral:
O Grupo JMS procede cobertura de uma parcela de pagamentos futuros de juros de emissões obrigacionistas, através da designação de “Swaps” de taxa de juro em que paga uma taxa fixa e recebe uma taxa variável, com um notional de 100 milhões de Euros. Esta é uma cobertura do risco de taxa de juro associado aos pagamentos de juros taxa variável decorrentes de passivos financeiros reconhecidos. O risco coberto é o indexante da taxa variável ao qual estão associados os juros dos financiamentos. O objetivo desta cobertura é transformar os empréstimos de taxa de juro variável em taxa de juro fixa. O justo valor dos “Swaps” de taxa de juro, em 31 de dezembro de 2017, é negativo em 1.627.604 Euros.
43. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS
O Grupo, à semelhança da generalidade das empresas, encontra-se exposto a um conjunto de riscos de mercado relacionados com alterações nas taxas de juro e riscos de liquidez decorrentes do seu passivo financeiro, bem como ao risco de crédito, que resultam da sua atividade operacional e de tesouraria.
Todas as operações de gestão de risco financeiro, nomeadamente as que envolvem a utilização de instrumentos financeiros derivados são submetidas à aprovação prévia do Administrador Financeiro ou da Comissão Executiva.
A Política de Gestão de Riscos do Grupo JMS tem como objetivo assegurar a correta identificação dos riscos associados aos negócios desenvolvidos, bem como adotar e implementar as medidas necessárias para minimizar os impactos negativos que evoluções adversas dos fatores subjacentes a esses riscos possam ter na estrutura financeira da Sociedade e na respetiva sustentabilidade.
No âmbito do processo de gestão de riscos o Grupo identificou um conjunto de riscos associados ao desempenho financeiro de cada empresa incluída no perímetro de consolidação considerados materialmente mais relevantes, dos quais se destacam o risco de mercado (exposição às variações das taxas de juro), de crédito e de liquidez.
O Grupo detém um modelo de gestão do risco que procura minimizar os potenciais efeitos adversos, utilizando os instrumentos adequados a cobertura dos riscos a que se encontra exposta.
De seguida analisam-se de forma mais detalhada os principais riscos financeiros a que o Grupo se encontra ex-posto e as principais medidas implementadas no âmbito da sua gestão.
Risco de mercado
O risco de mercado do Grupo JMS incide essencialmente no risco de variação das taxas de juro, pois o Grupo não tem qualquer exposição a flutuações nas taxas de câmbio, preços de matérias-primas ou cotações em bolsa de ativos financeiros.
SWAP’s
13136-001 13152-001 13121-002 13153-001 13121-001 13137-001
25.000.000 12.500.000 12.500.000 12.500.00025.000.000 12.500.000
19-mai-15 23-jun-15 30-jul-15 30-jul-1519-mai-15 23-jun-15
21-mai-15 25-jun-15 31-jul-15 31-jul-1521-mai-15 25-jun-15
9-jun-19 17-mai-21 17-mai-21 9-jun-1917-mai-21 9-jun-19
Data de liquidação
Data de negociação
Maturidade
Notional
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 147
Risco de exposição às variações de taxas de juro
A gestão do risco de taxa de juro tem por objetivo minimizar a exposição à variação das taxas de juro e o seu impacto nas Demonstração Financeiras dentro dos limites estabelecidos.
Através da política de controlo adotada procuram-se selecionar as estratégias adequadas para cada área de negócio, com o objetivo de assegurar que este fator de risco não afeta negativamente a respetiva capacidade operacional. Por outro lado, é ainda monitorizada a exposição ao risco de taxa de juro, mediante a simulação de cenários adversos, mas com algum grau de probabilidade, que possam afetar negativamente os resultados do Grupo.
Com o objetivo de reduzir o risco de exposição a variações de taxa de juro, foram contratadas em 2015 swaps de taxas de juro, plain vanilla, que cobrem 100% dos montantes dos empréstimos obrigacionistas emitidos em 2014 e 2015 (100 milhões de Euros no total). Os swaps contratados respeitam as características das referidas emissões de obrigações, por forma a serem considerados produtos de cobertura (indexante, período e prazos de pagamento de juros semelhantes). Na data de pagamento de juros, a José de Mello Saúde recebe juros indexados à Euribor 6 meses para 100% do capital das obrigações e paga juros a taxa fixa sobre o mesmo montante.
Em 2017, no seguimento da sua política de redução da exposição às taxas de juro, a José de Mello Saúde emitiu um empréstimo obrigacionista com uma taxa de juro fixa. Deste modo, considerando o efeito dos swaps con-tratados, no final do ano de 2017 a José de Mello Saúde detinha 36% da sua dívida financeira contratada a taxas de juros fixas (46% em 2016).
O quadro abaixo apresenta uma análise de sensibilidade ao impacto de um potencial incremento das taxas Eu-ribor nos custos financeiros do Grupo José de Mello Saúde em 2017 e 2016:
Notas de análise:
• foram excluídos os financiamentos contratados a taxa fixa, nomeadamente os empréstimos obrigacionistas mencionados anteriormente;
• uma vez que a grande maioria dos financiamentos contratados pelo Grupo JMS têm subjacentes a aplicação de floor zero no caso das taxas Euribor serem negativas e dado que estas, em 2017 e 2016, apresentaram sempre valores negativos, não foi simulado um cenário de redução de taxas.
+106.586
+88.136
+244.137
+320.432
+39.258
+92.598
+389.981
+501.116
+0.5
+0.5
+0.5
+0.5
+0.5
+0.5
-
Empréstimos Não Correntes
Empréstimos Não Correntes
Locações Financeiras Correntes e Não Correntes
Locações Financeiras Correntes e Não Correntes
Empréstimos Correntes
Empréstimos Correntes
Total
Total
Variação nas Taxas(p.p)
Impacto em CustosFinanceiros (Euros)
2017
2016
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017148
Risco de liquidez
O risco de liquidez resulta da incapacidade potencial de financiar os ativos do Empresa, ou de satisfazer as res-ponsabilidades contratadas nas datas de vencimento.
A gestão do risco de liquidez procura um acompanhamento permanente das previsões de tesouraria, de forma a garantir o cumprimento de todas as responsabilidades do Grupo para com as entidades com as quais se relaciona na sua atividade. Através de uma gestão ativa do business plan e do mapeamento exaustivo das necessidades ou excedentes futuros de tesouraria, procura ainda reduzir o risco de financiamento recorrendo a uma relação permanente com os parceiros financeiros.
O quadro abaixo apresenta as responsabilidades da Empresa por intervalos de maturidade contratual no final de 2017 e 2016, respetivamente. Os montantes representam os fluxos monetários não descontados a pagar no futuro:
Risco de crédito
O risco de crédito é o risco de uma contraparte não cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instrumento financeiro originando uma perda. O Grupo JMS encontra-se sujeito a risco de crédito no que concerne às se-guintes atividades:
• Atividade operacional – Clientes, fornecedores e outras contas a receber e a pagar;
• Atividades de financiamento.
A seguinte tabela apresenta a exposição máxima do Grupo ao risco de crédito:
Para ativos na demonstração da posição financeira, a exposição definida é baseada na sua quantia escriturada na face da demonstração da posição financeira.
Contas a receber
O risco de crédito está essencialmente relacionado com créditos de serviços prestados a clientes. Este risco é monitorizado da seguinte forma:
• Seguindo políticas, procedimentos e controlos previamente estabelecidos;
• Estabelecendo limites de créditos aos clientes, com base em critérios de avaliação interna (prazo médio de recebimento);
• Análises de imparidade aos valores a receber numa base regular.
95.377.577
12.877.217
5.088.234
48.650.000
122.870.558
13.357.220
3.316.536
35.150.000
Clientes
Outros Ativos Financeiros
Outras Contas a Receber
Outros Instrumentos Financeiros
174.694.315 161.993.028
31-12-2017 31-12-2016
17.188.630
15.647.921
180.380.407
81.733.818
84.396.648
59.860.397
95.697.300
37.736.158
Dívida Financeira* < 1 ano 1-3 anos 3-5 anos > 5 anos
2017
2016
* Exclui dívida de curto prazo utilizada para apoio de tesouraria
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 149
• Os valores em dívida são regularmente monitorizados e os fornecimentos para os clientes mais significativos estão normalmente cobertos por garantias;
• O Grupo JMS tem em vigor contratos de factoring mediante os quais cede os créditos e em que o risco de cobrabilidade passa para a entidade de factoring.
O Grupo não apresenta nenhum risco de crédito significativo com um cliente em particular, na medida em que as contas a receber derivam de um elevado número de clientes.
O movimento nas perdas por imparidade das contas a receber encontra-se divulgado na Nota 38.
Em 31 de dezembro de 2017, é entendimento do Conselho de Administração que as perdas por imparidade esti-madas em contas a receber se encontram adequadamente relevadas nas demonstrações financeiras.
Outros instrumentos financeiros
Os Outros Instrumentos Financeiros incluem obrigações emitidas pelos acionistas José de Mello Capital, S.A. e Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.. A monitorização do risco é feita periodicamente pela gestão através da análise das contas da José de Mello Capital, S.A. e da Farminveste – Investimentos, Participa-ções e Gestão, S.A..
44. JUSTO VALOR DE ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS
O justo valor dos ativos e passivos financeiros tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa.
O valor nominal deduzido de ajustamentos de crédito estimados de contas a receber e a pagar é assumido como aproximado ao seu justo valor. O justo valor dos passivos financeiros é estimado atualizando os fluxos de caixa futuros contratualizados, à taxa de juro do mercado corrente que está disponível para instrumentos financeiros similares.
Não existem diferenças significativas entre os justos valores assim calculados e os respetivos valores contabilísticos.
45. GARANTIAS E COMPROMISSOS
Passivos contingentes
No decurso normal da sua atividade, o Grupo encontra-se envolvido em diversos processos. Face às naturezas dos mesmos, a expetativa existente é de que, do respetivo desfecho, não resultem quaisquer efeitos materiais em termos da atividade desenvolvida, situação patrimonial e resultados das operações.
Garantias
Em 31 de dezembro de 2017, as empresas do Grupo tinham prestado perante terceiros garantias no montante de 28.182 milhares de Euros (8.076 milhares de Euros em 2016), cujo detalhe é como segue:
28.181.989 8.075.600
4.000.0004.000.000
1.320.972423.352
2.636.84523.640.854
116.701116.701
1.0821.082
Carta Compromisso Fundos Próprios
Câmaras Municipais
Cumprimento de obrigações contratuais
Prestação de serviços ao SNS
Fornecimento de eletricidade, água e gás
31-12-201631-12-2017
Garantias financeiras prestadas
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017150
Alguns contratos de financiamento e programas de papel comercial têm os seguintes colaterais associados:
• Hipoteca voluntária do prédio urbano, Edifício Expansão do Hospital das Descobertas, e todas as construções e melhorias efetuadas;
• Hipoteca genérica do prédio urbano, Edifício Hospital CUF Tejo, e respetivas benfeitorias;
• Livrança em branco subscrita pela Imohealth e avalizada pela JMS, Hospital CUF Torres Vedras, S.A., Clínica CUF Belém, S.A. e Instituto CUF – Tratamento e Diagnóstico, S.A.;
• Livrança em branco subscrita pela Imohealth e avalizada pela JMS e Hospital CUF Infante Santo, S.A..
Compromissos
No decurso normal da sua atividade, o Grupo assume compromissos relacionados, essencialmente, com a aqui-sição de equipamentos, no âmbito das operações de investimento em curso, e com a compra e venda de parti-cipações financeiras.
De acordo com o Código das Sociedades Comerciais, a empresa-mãe, José de Mello Saúde, S.A., responde soli-dariamente pelas obrigações das suas associadas com as quais mantém uma relação de domínio.
46. NOTAS EXPLICATIVAS À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
46.1 RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS:
Os recebimentos mais significativos relacionados com investimentos financeiros, ocorridos durantes os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, respeitam aos seguintes movimentos:
46.2 PAGAMENTOS PROVENIENTES DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS E OUTROS INVESTIMENTOS:
Os pagamentos mais significativos relacionados com investimentos financeiros, ocorridos durantes os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016, respeitam aos seguintes movimentos:
-
1.211.718
68.000
-
82.976
-
68.000
44.566
Manuel Guimarães, Lda.
Escala Braga - Sociedade Gestora do Edifício, S.A.
Centro Gamma Knife-Radiocirurgia, S.A.
.Dr. Campos Costa - Consultório de Tomografia Computorizada, S.A.
195.542 1.279.718
31-12-2017 31-12-2016
-
-
-
-
-
-
-
-
-
327.600
6.790.500
100.000
34.387.465Aquisição de ativos
Aquisição de ativos
Aquisição de ativos
Aquisição de negócio
Aquisição de negócio
Aquisição de negócio
Aquisição de negócio
Aquisição de negócio
Aquisição de negócio
Aquisição de negócio
1.382.780
650.000
737.293
159.992
365.000
362.440
59.280
CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A.
Clínica Dr. Luís Álvares, S.A. (P. Suplementares)
Hospimob - Imobiliária, S.A.
Clínica Dr. Luís Álvares, S.A.
CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A. (P. Suplementares)
SIMPLYGREEN - Investimentos Imobiliários, S.A.
Celso & Santos, S.A.
CPIS - Clínica Particular de Coimbra, S.A. (Suprimentos)
SIMPLYGREEN - Investimentos Imobiliários, S.A. (P. Suplementares)
SIM-X - Serviço de Imagem Médica, Lda.
44.994.750 327.600
31-12-2017Classificação 31-12-2016
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 151
47. PARTES RELACIONADAS
Transações e Saldos pendentes
As transações e saldos entre a José de Mello Saúde, S.A. (“empresa-mãe”) e empresas do Grupo foram elimina-das no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e transações entre o Grupo e as empresas associadas e outras partes relacionadas estão detalhadas abaixo:
2017
Saldos devedores Saldos credores
FornecedoresObrigações(Nota 28)
Outros devedoresClientesParte relacionada
35.150.000
16.500.000
-
-
-
4.761
1.472.106
7.996
178.078
18.650.000
-
-
-
-
(21.522)
-
-
1.641.419
122.780
-
-
-
1.449
6.131
36.047
-
122.780121.735
-
-
-
-
-
36.344
41.481
284
José de Mello Capital, S.A.
Grupo MGI Capital
Grupo José de Mello Residências e Serviços
M Dados – Sistemas de Informação, S.A.
Acionistas
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Grupo Brisa - Auto-estradas de Portugal
Grupo CUF
Grupo José de Mello Imobiliária
Outras entidades relacionadas
Transações
Fornecimentos e serviços externos
Proveitos financeiros
Vendas e prestação de serviços
Parte relacionada
4.444.428
41 314
3.415.978
61.929
-
-
-
377.467
-
586.916
2.139
214 366
-
-
-
-
7.847
32.241
92.786
284
454
-370.259
162 916
-
-
-
-
-
185.243
55.656
-
3.595
José de Mello Capital, S.A.
Grupo MGI Capital
Grupo José de Mello Residências e Serviços
M Dados – Sistemas de Informação, S.A.
José de Mello Serviços, Lda.
Acionistas
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Grupo Brisa - Auto-estradas de Portugal
Grupo CUF
Grupo José de Mello Imobiliária
José de Mello Energia, S.A.
Outras entidades relacionadas
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017152
Saldos devedores Saldos credores
FornecedoresObrigações(Nota 28)
Outros devedoresClientesParte relacionada
48.650.000
20.000.000
10.000.000
-
-
7.365
-
4.182
-
18.650.000
-
-
-
-
-
1.713.597
15.450
-
296.895
2.037.489
122.780
-
-
-
1.248
-
21.399
821
1.885.798159.435
1.763.018
-
-
-
-
-
92.590
43.364
13
-
José de Mello Capital, S.A.
José de Mello Participações II, SGPS, SA
Grupo Brisa - Auto-estradas de Portugal
Grupo CUF
Acionistas
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Grupo MGI Capital
Grupo José de Mello Residências e Serviços
José de Mello Energi, S.A.
M Dados - Sistemas de informação, S.A.
Outras entidades relacionadas
Transações
Fornecimentos e serviços externos
Proveitos financeiros
Vendas e prestação de serviços
Parte relacionada
4.896.415
28.383
3.404.798
-
-
1.322.201
33.722
-
87.898
47.795
-
-
195.360
-
-
-
-
-
7.783
318.214
-
39.479
-
-
-607.476
-
-
-
-
-
-
182.814
66.251
251
467
José de Mello, SGPS, S.A.
Grupo MGI Capital
José de Mello Participações II, SGPS, S.A.
Grupo José de Mello Imobiliária
José de Mello Energia, S.A.
José de Mello Serviços, Lda.
Acionistas
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Grupo Brisa - Auto-estradas de Portugal
Grupo José de Mello Residências e Serviços
Grupo CUF
M Dados – Sistemas de Informação, S.A.
Outras entidades relacionadas
2016
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 153
Os termos ou condições praticados entre as empresas do Grupo e partes relacionadas são substancialmente idênticos aos que normalmente seriam contratados, aceites e praticados entre entidades independentes em operações comparáveis.
Remunerações do pessoal chave da gestão
As remunerações do pessoal chave da gestão do Gru-po encontram-se descriminadas no quadro seguinte:
48. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras foram aprovadas, e autorizada a sua emissão, pelo Conselho de Admi-nistração em 22 de março de 2018, e serão sujeitas a aprovação em Assembleia Geral de Acionistas agen-dada para 30 de abril de 2018.
49. EVENTOS SUBSEQUENTES
Desde 31 de dezembro de 2017 até à data de apro-vação de contas não ocorreram quaisquer factos que não estejam já ajustados e/ou divulgados nas presentes demonstrações financeiras consolidadas.
2.265.336
2.265.336
2.275.338
2.275.338
Remunerações
31-12-2017 31-12-2016
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Em cumprimento do disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código de Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração da José de Mello Saúde, S.A. (“JMS”) declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o relatório de gestão, as con-tas anuais individuais e consolidadas, a certificação legal de contas e demais documentos de prestação de contas, i) foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma ima-gem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da JMS e das empresas incluídas no perímetro de consolidação; ii) expõem fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da JMS e das empresas incluídas no perímetro de consolidação; e iii) contêm uma descrição dos principais riscos com que a JMS se defronta na sua atividade.
Lisboa, 22 de março de 2018
Salvador Maria Guimarães José de Mello
Pedro Maria Guimarães José de Mello
João Gonçalves da Silveira
Rui Alexandre Pires Diniz
Rui Manuel Assoreira Raposo
Vasco Luís José de Mello
Inácio António da Ponte Metello de Almeida e Brito
Guilherme Barata Pereira Dias de Magalhães
Paulo Jorge Cleto Duarte
Luís Eduardo Brito Freixial de Goes
Vera Margarida Alves Pires Coelho
Celine Dora Judith Abecassis-Moedas
Raúl Catarino Galamba de Oliveira
Conselho de Administração
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017154
a) Participações qualificadas no capital social da sociedade
b) Identificação de acionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos.
Não existem direitos especiais atribuídos a qualquer acionista da Sociedade.
c) Número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de fiscalização, nos termos e para os efeitos do disposto no nº 5 do artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e do artigo 14º do Regulamento da CMVM nº 5/2008.
Os membros dos órgãos de administração da Sociedade não são titulares de ações e obrigações da José de Mello Saúde S.A., não tendo realizado qualquer transação sobre estes títulos no decurso do exercício de 2017.
Os membros dos órgãos da José de Mello Saúde S.A. são titulares de ações preferenciais sem direito a voto representativas do capital social do Hospital CUF Descobertas, S.A., subscritas na data e nos termos a seguir indicados:
INFORMAÇÃO SOBRE A ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE
65,85%
30,00%
4,15%
100,00%
65,85%
30,00%
4,15%
100,00%
6.980.100
3.180.000
439.900
10.600.000
Fundação Amélia da Silva de Mello
José de Mello Capital, S.A.
Farminveste - Investimentos, Participações e Gestão
Total
% CapitalNº AçõesAccionista % Direitos de Voto
Saldo em 31-12-2017
Saldo em 31-12-2016 AlienaçõesAquisiçõesSubscrições
Quant.Quant. Valor €Valor €Valor € Quant.Quant.Quant.
236
100
100
92
100
200
305
116
137
92
137
327
69
16
37
37
127
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Hospital CUF Descobertas, S.A.
Salvador Maria Guimarães José de Mello
Vasco Luís José de Mello
Rui Manuel Assoeira Raposo
Inácio António da Ponte Metello de Almeida e Brito
Guilherme Barata Pereira Dias de Magalhães
Rui Alexandre Pires Diniz
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 155
d) Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial.
Não existem quaisquer restrições desta natureza.
e) Regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e à alteração dos estatutos da sociedade.
Não existem, nos termos dos estatutos da José de Mello Saúde S.A., quaisquer regras especiais relativas à nomeação e substituição do órgão de administração e à alteração dos estatutos da José de Mello Saúde S.A.. Quanto a estas matérias são aplicáveis as respetivas disposições do Código das Sociedades Comerciais.
f) Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento do capital.
Não existem, nos termos dos estatutos da José de Mello Saúde S.A., quaisquer regras especiais relativamente a poderes do órgão de administração. Quanto a estas matérias são aplicáveis as respetivas disposições do Código das Sociedades Comerciais.
O Conselho de Administração da José de Mello Saúde S.A. delegou numa Comissão Executiva as seguintes competências:
i. Proceder à gestão corrente da Sociedade, podendo deliberar sobre todas as matérias relativas ao exercício da atividade da Sociedade com respeito pelo respetivo objeto social, pelas deliberações tomadas pelo Conselho de Administração e pela Assembleia Geral, nas matérias da competência desta última;
ii. Elaborar e submeter ao Conselho de Administração as principais políticas do Grupo José de Mello Saúde, designadamente, política de remunerações, política de gestão de quadros e política comercial e preços;
iii. Elaborar e submeter ao Conselho de Administração, para aprovação, o Plano de Negócios e o Orçamento da Sociedade para o ano seguinte, bem como propor posteriores alterações;
iv. Proceder à coordenação e acompanhamento permanente da gestão corrente das sociedades, direta ou indiretamente, participadas pela Sociedade (“Participadas”) emitindo, no caso das Participadas em relação de grupo, ou seja cujo capital social é integralmente detido pela Sociedade, instruções vinculativas;
v. Para efeitos do disposto na alínea anterior, a Comissão Executiva deverá deliberar sobre as seguintes matérias:
(i) Definição da estratégia e planeamento económico e financeiro das Participadas, designadamente:
i. abertura e/ou expansão de estabelecimentos;
ii. desenvolvimento de novas atividades (e.g. novas especialidades médicas) ou alteração/reorganização significativa das atividades existentes;
iii. celebração de acordos comerciais, convenções com seguradoras e subsistemas e protocolos de âmbito científico e académico;
iv. escolha dos titulares dos cargos de gestão de primeira linha, designadamente direção de produção, direção clínica e de enfermagem;
v. acompanhamento e supervisão de projetos relevantes através de Steering Committee.
(ii) Aprovação de qualquer Plano de Negócios, bem como quaisquer alterações e atualizações ao mesmo;
(iii) Aprovação do orçamento anual e quaisquer atualizações ao mesmo;
(iv) Celebração de contratos relevantes, designadamente de trabalho ou prestação de serviços, assunção de responsabilidades, aquisições ou alienações de quaisquer ativos, incluindo participações noutras sociedades, sempre que o valor estimado seja superior, numa base individual, a (i) 1.000.000,00 euros (um milhão de euros) se previstos no orçamento anual, ou a (ii) 200.000,00 euros (duzentos mil euros) caso não se encontrem previstos no orçamento anual;
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017156
(v) Empréstimos, financiamentos, obrigações, valores mobiliários representativos de dívida, papel comercial e outras formas de financiamento por terceiros, incluindo emissão de garantias ou garantias stand-by de montante superior, numa base individual, a (i) 1.000.000,00 euros (um milhão de euros) se previstos no orçamento anual ou a (ii) 200.000,00 euros (duzentos mil euros) caso não se encontrem previstos no orçamento anual;
vi. Celebrar todos os atos e contratos inerentes à atividade da Sociedade, desde que o seu valor não ultrapasse o montante equivalente a 15.000.000,00 euros (quinze milhões de euros);
vii. Contrair empréstimos bancários ou operações similares, conceder empréstimos acionistas e outras formas de capitalização das Participadas, desde que o montante respetivo não exceda o equivalente a 15.000.000,00 euros (quinze milhões de euros);
viii. Efetuar operações bancárias, tais como, abrir e movimentar quaisquer contas bancárias a crédito ou a débito, sacar e endossar cheques e sacar, aceitar e endossar letras, livranças e outros títulos de crédito;
ix. Efetuar recebimentos e pagamentos em representação da Sociedade, dar quitação e emitir os documentos contabilísticos necessários;
x. Celebrar contratos de trabalho ou de prestação de serviços relativamente ao pessoal da Sociedade, exercer o poder disciplinar e promover, se necessário for, o despedimento de qualquer trabalhador, bem como contratar colaboradores ou peritos especializados, sempre que tal se revele necessário;
xi Constituir novas sociedades, bem como adquirir ou alienar participações noutras sociedades, desde que a respectiva participação não exceda o equivalente a 15.000.000,00 euros (quinze milhões de euros);
xii. Celebrar quaisquer tipos de contratos de seguro inerentes ao exercício da atividade da Sociedade;
xiii. Propor ao Conselho de Administração arrendamentos cujo valor anual da renda seja superior a 1.000.000,00 euros (um milhão de euros), alienação, oneração ou aquisição de bens imóveis para a Sociedade cujo valor seja superior a 15.000.000,00 euros (quinze milhões de euros);
xiv. Proceder ao aprovisionamento de todos os bens móveis e equipamentos necessários ao exercício da atividade da Sociedade;
xv. Propor ao Conselho de Administração o organigrama da Sociedade e mantê-lo informado sobre os posteriores ajustamentos que se vierem a revelar necessários;
xvi. Constituir mandatários para representar a Sociedade na prática de atos específicos, mediante a emissão de instrumento adequado para o efeito;
xvii. Constituir mandatários forenses para representar a Sociedade em quaisquer litígios em que esta seja parte, conferindo-lhes os poderes bastantes para confessar, desistir e transigir;
xviii. Representar a Sociedade em juízo e em processo de arbitragem, bem como proceder à nomeação de árbitros em quaisquer litígios em que a Sociedade seja parte;
xix. Propor os titulares dos órgãos sociais das Participadas, em cujos Conselhos de Administração deverão participar a totalidade ou parte dos membros da Comissão Executiva da Sociedade.
Os montantes indicados pressupõem prévia orçamentação das respetivas despesas e/ou responsabilidades. Tratando-se de despesas e/ou responsabilidades não orçamentadas, esses limites são reduzidos a 40% (quarenta por cento) do valor indicado.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 157
No âmbito das competências que lhe são delegadas, a Comissão Executiva poderá definir pelouros e áreas de atuação de cada um dos seus membros, quer no que se refere à estrutura interna e funcionamento da Sociedade, quer no que se refere à coordenação e acompanhamento das suas áreas de negócio, em geral, e das empresas participadas, em particular.
g) Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na Sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira.
A matéria relativa aos sistemas de controlo interno e de gestão de risco existentes no grupo José de Mello Saúde encontra-se desenvolvida no ponto 7 do Relatório Integrado.
h) Montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização da Sociedade, para efeitos da Lei nº 28/2009, de 19 de junho.
i. Remuneração bruta paga pela José de Mello Saúde, S.A. aos membros do Conselho de Administração durante o exercício de 2017
ii. Remuneração bruta paga pela José de Mello Saúde, S.A. aos membros do Conselho Fiscal durante o exercício de 2017 Os membros do Conselho Fiscal têm uma remuneração anual bruta de 7.500 euros para o Presidente e de 6.000 euros para os Vogais.
iii. Remuneração bruta paga pela José de Mello Saúde, S.A. aos membros da Comissão de Vencimentos durante o exercício de 2017 Os membros da Comissão de Vencimentos têm uma remuneração anual bruta de 9.000 euros para o Presidente e de 6.000 euros para os Vogais.
545.850
-
-
605.750
320.100
279.500
292.145
326.550
-
-
40.000
40.000
40.000
Presidente do CA e da Comissão Executiva
Vice-Presidente Não Executivo
Vice-Presidente Não Executivo
Administrador Executivo
Administrador Executivo
Administrador Executivo
Administrador Executivo
Administrador Executivo
Administrador Não-Executivo
Administrador Não-Executivo
Administrador Não-Executivo
Administrador Não-Executivo
Administrador Não-Executivo
Salvador Maria Guimarães José de Mello
Pedro Maria Guimarães José de Mello
João Gonçalves Da Silveira
Rui Alexandre Pires Diniz
Rui Manuel Assoeira Raposo
Inácio António P. M. Almeida e Brito
Vasco Luís José de Mello
Guilherme Barata Pereira Dias de Magalhães
Paulo Jorge Cleto Duarte
Luís Eduardo Brito Freixial de Goes
Vera Margarida Alves Pires Coelho
Celine Dora Judith Abecassis-Moedas
Raúl Catarino Galamba Oliveira
Remunceração (euros)Nome Cargo
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017158
iv. Montante da remuneração anual paga pela Sociedade e/ou por pessoas coletivas em relação de domínio ou de grupo ao auditor e a outras pessoas singulares ou coletivas e discriminação da percentagem respeitante a cada tipo de serviços. O valor de consultoria fiscal corresponde essencialmente a serviços prestados em 2014 e 2015, que apenas foram facturados em 2017.
215.700
185.475
19.450
420.625
Valor dos serviços de auditoria e revisão legal de contas
Valor dos serviços de consultoria fiscal
Valor de outros serviços de consultoria
Descrição
Total
Valor
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 159
• Os membros do órgão de administração devem desempenhar as suas funções de forma diligente e criteriosa, no interesse da sociedade, tendo em conta os interesses dos seus acionistas, colaboradores e demais stakeholders;
• É do interesse da Sociedade e dos seus acionistas criar as condições e os incentivos adequados, mobilizadores do bom desempenho de funções por parte do Conselho de Administração, de acordo com os critérios acima referidos;
• Pretende-se, igualmente, que o modo como os membros do órgão de administração são remunerados seja um processo transparente, equitativo e independente, que garanta um equilíbrio entre os interesses dos acionistas, o posicionamento da empresa no mercado e a necessidade de atração e retenção de talento;
• Nesta perspetiva, a remuneração constitui um instrumento de gestão essencial para o enquadramento e motivação do desempenho dos dirigentes ao nível das empresas;
• A definição e aplicação dos critérios subjacentes à fixação das remunerações dos Administradores, cometida à Comissão de Vencimentos, deve deste modo ser coerente e homogénea, levando, por um lado, em linha de conta o nível de remunerações atualmente praticado em empresas europeias congéneres, e por outro, o grau de cumprimento dos objetivos estratégicos definidos para o Grupo José de Mello Saúde (JMS), a criação de valor para os acionistas e a conjuntura económica;
• Neste sentido, a remuneração deverá contemplar uma componente fixa que visa, no quadro das respetivas competências e responsabilidades, remunerar adequadamente o esforço e trabalho desenvolvido ao longo de cada exercício do respetivo mandato, aplicável aos membros executivos e não executivos independentes do Conselho de Administração, e uma componente variável a ser atribuída aos membros executivos com o objetivo de os recompensar pelo desempenho da Sociedade e, ao mesmo tempo, alinhar os seus interesses com os interesses de sustentabilidade da sociedade em ciclos de mais longo prazo. Este alinhamento será garantido,
POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇAO DA SOCIEDADE
designadamente, através da repercussão no cálculo da remuneração variável da performance operacional e financeira da companhia em cada exercício, da qualidade intrínseca dos resultados (recorrentes e extraordinários) apresentados, do cumprimento do orçamento anual e do business plan, tendo em consideração o posicionamento da JMS no mercado da saúde e a expectativa de evolução do negócio a médio e longo prazo;
• A atribuição da componente variável, para além do que já se referiu, fica também dependente da avaliação do cumprimento de objetivos de desempenho coletivo, anuais e plurianuais, revistos anualmente tendo em conta, designadamente, os seguintes indicadores: Receitas, EBITDA, EBIT, Resultado Líquido e Customers Security Index, não apenas numa perspetiva de evolução em razão do histórico da JMS mas também levando em consideração o nível remuneratório das principais empresas do mercado doméstico de acordo com estudos de mercado realizados em Portugal;
• Parte da remuneração variável é paga após o encerramento de cada exercício e logo que apurados os respetivos resultados, sendo outra parte significativa diferida por um período de três anos, ficando o seu pagamento dependente da continuação do desempenho positivo da JMS ao longo desse período, com vista a potenciar a maximização da performance a longo prazo e a prossecução de objetivos estratégicos e estruturais da empresa e a desincentivar a assunção excessiva de risco;
No que se refere ao órgão de fiscalização, atento o disposto no art.º 422.º-A, em conjugação com o disposto no n.º 1 do art.º 399.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais, a remuneração dos membros do Conselho Fiscal deve consistir numa quantia fixa, que deverá ser determinada tendo em conta a complexidade e responsabilidade das funções desempenhadas, as práticas e condições remuneratórias normais para o desempenho de funções semelhantes e bem como, a situação económica da empresa.
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 167
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017168
Senhores Acionistas,
Nos termos legais e estatutários vem o Conselho Fiscal da José de Mello Saúde S.A., com sede em Av. do Forte, nº 3 - Edifício Suécia III, Piso 2, 2790-073 Carnaxide, apresentar o relatório sobre a sua ação fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório de gestão e as contas consolidadas apresentados pela Administração em relação ao exercício findo em 31 dezembro 2017.
1. Procedemos, nos termos legais e estatutários:
• à aprovação do Plano de atividades para 2018;
• à fiscalização dos atos da Administração, através de reuniões com a direção de auditoria interna, a direção financeira, a direção de planeamento estratégico, controlo de gestão e inovação, direção de sistemas de informação e a direção de desenvolvimento organizacional e qualidade, e com a comissão de auditoria e gestão de risco tendo obtido os esclarecimentos e conforto considerados necessários;
• à verificação da observância da lei e do cumprimento do contrato da sociedade;
• à avaliação sobre se as políticas contabilísticas e critérios de valorimetria/mensuração adotados pela sociedade estão de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites, e conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados;
• à avaliação da eficácia do sistema de controlo interno implementado pela Administração;
• à fiscalização do processo de preparação e divulgação da informação financeira;
• à verificação da exatidão da Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo do exercício de 2017;
• à apreciação do Relatório de Gestão emitido pela Administração, e da proposta de aplicação de resultados nele inserta;
• à apreciação do trabalho realizado pelo Revisor Oficial de Contas conducente à revisão legal e a serviços adicionais;
• à verificação dos termos da Certificação Legal das Contas, o Relatório de Auditoria e o Relatório Adicional ao Órgão de Fiscalização, emitidos pela Ernst & Young
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS
Audit & Associados – SROC, S.A., tendo concluído que o seu conteúdo merece o nosso acordo.
2. Do trabalho que realizamos entendemos destacar o seguinte:
• o ano de 2017 apresentou um desempenho operacional e financeiro muito importante, embora com tendências diferentes na prestação privada e na publica. O EBITDA consolidado cresceu 5,3% relativamente ao ano anterior, atingindo 72,0 milhões de euros. Enquanto na área privada cresceu de 56,6 milhões de euros para 61,5 milhões de euros, na área publica diminuiu 1,5 milhões, para um valor de 7,8 milhões de euros. Como referido em 2016, a não revalidação pela ARS Norte dos programas de financiamento vertical de HIV e Esclerose Múltipla, num valor aproximado de 7,5 milhões de euros por ano, é um factor penalizante para o desequilíbrio das contas do Escala Braga. Foi cautelarmente interposto no final do ano de 2016 um Pedido de Reequilíbrio Financeiro para o efeito da cláusula 127ª, nº9, alínea b), do Contrato de Gestão, com vista a que se inicie um processo de arbitragem para resolução deste litígio. A gestão considera muito provável o resultado favorável à Escala Braga deste processo arbitral, sendo a estimativa do valor deste ativo contingente de 15 milhões de euros.
• salientamos o crescimento do balanço da Sociedade em 242,5 milhões de euros, ultrapassando os 745,4 milhões de euros. A continuação das diversas obras de expansão e a aquisição de imóveis que pertenciam ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSaúde e ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ImoSocial, nomeadamente os imóveis explorados pelo Hospital CUF Porto, Instituto CUF Porto, Clínica CUF Belém, Hospital CUF Cascais e Hospital CUF Torres Vedras, são as principais explicações para o incremento registado. A operação de aquisição dos imóveis até então pertencentes aos fundos, envolveu um conjunto de activos estratégicos para a José de Mello Saúde, pelo que o controle da sua propriedade é um factor relevante.
• Face a 2016, a dívida bruta aumentou 202,0 milhões de euros e a divida líquida 183,7 milhões de euros, o que se justifica pela aquisição dos imóveis aos Fundos de Investimento, pelas diversas obras de expansão bem como pela política de investimento em novas unidades. O rácio de alavancagem financeira, nomeadamente o D/EBITDA, cresceu para 4,7x (2,3x em 2016). Mesmo
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 169
tendo-se verificado um incremento significativo no capital próprio, os rácios de autonomia financeira e solvabilidade registaram reduções, refletindo o esforço de investimento referido anteriormente.
3. A ação fiscalizadora desenvolvida permite-nos concluir que:
• os atos da Administração do nosso conhecimento salvaguardam o cumprimento da lei e do contrato da sociedade;
• não tomamos conhecimento de situações que possam por em causa a adequação e eficácia do sistema de controlo interno implementado pela Administração no controlo dos riscos a que a sociedade está exposta;
• a contabilidade e as contas satisfazem as disposições legais, estatutárias e regulamentares aplicáveis, refletem a atividade desenvolvida e conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados da sociedade;
• o Relatório de Gestão é concordante com as contas apresentadas e expõe com fidelidade a evolução da atividade e dos negócios no exercício;
• o Relatório divulgado inclui os elementos referidos no artigo 245º-A do Código de Valores Mobiliários sobre a estrutura e práticas do governo societário;
• a Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo do exercício de 2017, satisfazem os requisitos legais e contabilísticos aplicáveis;
• a auditoria às demonstrações financeiras realizada pelo Revisor Oficial de Contas foi adequada às circunstâncias, e os serviços adicionais não comprometeram a sua independência;
• a proposta de aplicação de resultados é adequada e encontra-se devidamente fundamentada.
4. Podemos assim declarar:
• a nossa concordância com o teor da Certificação legal das Contas emitidas pelo Revisor Oficial de Contas;
• a nossa concordância com o Relatório de Gestão
e as contas do exercício de 2017 apresentadas pelo Conselho de Administração;
• que tanto quanto é do nosso conhecimento, a informação financeira divulgada foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira da sociedade, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.
5. Nesta conformidade, tendo em conta as ações levadas a cabo, somos de parecer que:
• sejam aprovados o Relatório de Gestão consolidado e as contas consolidadas do exercício de 2017 apresentados pelo Conselho de Administração.
Finalmente desejamos agradecer à Administração e a todo o Pessoal ao serviço da Sociedade com quem contactámos, toda a colaboração recebida no desempenho das funções.
Lisboa, 13 de Abril de 2018
O Conselho Fiscal
José Manuel Gonçalves de Morais Cabral
(Presidente)
João Filipe de Moura-Braz Corrêa da Silva
(Vogal)
José Luís Bonifácio Lopes
(Vogal)
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017170
Em cumprimento do disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código de Valores Mobiliários, os membros do Conselho Fiscal da José de Mello Saúde, S.A. (“JMS”) declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o relatório de gestão, as contas anuais consolidadas, a certificação legal de contas e demais documentos de prestação de contas, i) foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da JMS e das empresas incluídas no perímetro de consolidação; ii) expõem fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da JMS e das empresas incluídas no perímetro de consolidação; e iii) contêm uma descrição dos principais riscos com que a JMS se defronta na sua atividade.
Lisboa, 13 de Abril de 2018
O Conselho Fiscal
José Manuel Gonçalves de Morais Cabral
(Presidente)
João Filipe de Moura-Braz Corrêa da Silva
(Vogal)
José Luís Bonifácio Lopes
(Vogal)
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE DO CONSELHO FISCAL
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017 171
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017172
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 20172
Indicadores de Qualidade Clínica
19STOP Infeção Hospitalar
14
Top CUF GCD/GDH
14
12
14
04
Total de Doentes Saídos
Gestão da Qualidade
Desempenho Clínico
Qualidade e Segurança Clínica
ÍNDICE
Política da Qualidade
Sobre a José de Mello Saúde 05
Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS)
14
15
16
18
15
15
Avaliação Externa SINAS
Ferramenta de Monitorização Interna SINAS
Segurança do Doente
Controlo de Infeção
IAmetrics
16Segurança Cirúrgica
18Indicadores Gerais - Taxas de Infeção
17Segurança na utilização da medicação
17Quedas do Doente
18Sistema de Reporte de Eventos Adversos
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 3
22
23Medição de Outcomes para o Cancro da Mama
20
20
20Instituto CUF Oncologia (I.C.O.)
Áreas Transversais - Instituto CUF Oncologia
Unidade de Diagnóstico e Tratamento Integrado da Mama
22
22
22Value-Based Healthcare – Melhoria da Qualidade dos Cuidados
Valor em Saúde
Medição de Outcomes Clínicos
24
24Hospital CUF Infante Santo
Ficha das Unidades
33Glossário
Medição de Outcomes para a Cirurgia da Catarata
23Medição de Outcomes para a Osteoartrose do Joelho
25
26Hospital CUF Porto
Hospital CUF Descobertas
27Hospital CUF Cascais
28
29Hospital CUF Santarém
Hospital CUF Torres Vedras
30Hospital CUF Viseu
31
32Hospital Vila Franca de Xira
Hospital de Braga
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 20174
POLÍTICA DA QUALIDADE
A José de Mello Saúde assume, enquanto líder na prestação de cuidados de saúde em Portugal, o compromisso com os fundamentos orientadores do desenvolvimento sustentável.
O respeito por estes princípios traduz-se no compromisso de garantir a cada momento a criação de valor e com isso a satisfação dos clientes, colaboradores, acionistas e outras entidades com quem cooperamos no exercício da sua atividade.
Neste âmbito, a José de Mello Saúde desenvolve um Modelo de Gestão Integrado, que define:
A prestação de cuidados de saúde da José de Mello Saúde, está alinhada com as melhores práticas no quadro da excelência tecnológica e a mais recente e comprovada evolução científica. A prevenção, diagnóstico e tratamento clínico da doença, sustentados na obtenção de resultados clínicos, periodicamente monitorizados e reavaliados face aos objetivos e metas definidos. Um modelo de prestação de cuidados assente na procura contínua de soluções para dar resposta às necessidades dos clientes.
A manutenção de um programa transversal para a Gestão do Risco Clínico e Não Clínico, que estabelece e prioriza ações para identificação de potenciais riscos e prevenção da sua ocorrência, reforçado pela implementação das recomendações de boas práticas, por forma a eliminar danos desnecessários decorrentes da prestação de cuidados de saúde.
A proteção da informação, como suporte à eficiência do serviço prestado aos clientes, assente na integridade, disponibilidade dos sistemas e infraestruturas de informação, e na confidencialidade dos dados.
A identificação dos aspetos ambientais, resultantes da prestação de cuidados de saúde, permite avaliar os impactos e priorizar as ações tendo em vista a sua minimização e controlo. A promoção da utilização sustentável de recursos naturais, designadamente energia e água, prevenção da poluição e redução, reutilização e reciclagem dos resíduos produzidos.
A identificação dos perigos a que os profissionais se encontram expostos, no âmbito da segurança e saúde do trabalho, tendo em vista a avaliação dos riscos e priorização de ações, garantindo a sua minimização e controlo. A prevenção da ocorrência de lesões, incidentes, acidentes e doenças profissionais.
O cumprimento dos requisitos legais aplicáveis em vigor, bem como outros requisitos que se subscreva.
O estabelecimento de uma cultura de melhoria contínua que consolida a gestão dos processos e promove a eficiência do modelo de gestão integrado.
Prestação de cuidados de saúde
Segurança do doente
Segurança da informação
Eficiência ambiental
Segurança e saúde do trabalho
Requisitos legais
Melhoria contínua
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 5
SOBRE AJOSÉ DE MELLO SAÚDE
Visão geral organizacional
Bem-Estar da Pessoa, a José de Mello Saúde determinou a criação de um Código de Ética, transversal a todas as unidades CUF. Foi ainda instaurado um Conselho de Ética2, órgão consultivo da Comissão Executiva da José de Mello Saúde.
A par do Conselho de Ética, as unidades de saúde de maior dimensão têm uma Comissão de Ética própria, nos termos da lei, composta por elementos internos e personalidades externas com sólidos conhecimentos sobre as matérias da ética.
OrganizaçãoA José de Mello Saúde desenvolve a sua atividade através de uma rede de unidades CUF de prestação privada de cuidados de saúde e de hospitais integrados no Serviço Nacional de Saúde, geridos em regime de parceria público-privada (PPP).
Em 2017, a José de Mello Saúde alargou o seu portefólio com a inauguração, em outubro, da Clínica CUF S. João da Madeira, e a aquisição, em dezembro, da Clínica Particular de Coimbra, actual Hospital CUF Coimbra.
Com o alargamento da rede a oito hospitais e nove clínicas de ambulatório, a CUF passa a estar presente em Lisboa, Almada, Oeiras, Cascais, Sintra, Mafra, Torres Vedras, Santarém, Coimbra, Viseu, S. João da Madeira, Matosinhos e Porto.
A José de Mello Saúde assegura ainda, através de parcerias público-privadas (PPP), a gestão do Hospital de Braga e do Hospital Vila Franca de Xira, ambos inseridos no Serviço Nacional de Saúde.
Quem somosCom origem no Hospital da CUF, fundado em 1945, a José de Mello Saúde atua no setor da prestação de cuidados de saúde em Portugal.
VisãoSer líder na prestação de cuidados de saúde de qualidade distintiva suportada numa rede integrada de unidades de elevada performance, tanto no setor privado como no setor público, e apresentando opções de crescimento em mercados selecionados.
MissãoPromover a prestação de cuidados de saúde com os mais elevados níveis de conhecimento, respeitando o primado da vida e do ambiente, através do desenvolvimento do capital intelectual das organizações, numa busca permanente pela excelência.
Valores
• Respeito pela Dignidade e Bem-Estar da Pessoa• Desenvolvimento Humano• Competência • Inovação
Ética
A Ética Empresarial é um valor fundamental da José de Mello Saúde, quer pela área em que a sua atividade se insere, quer pela relevância da temática para o Grupo José de Mello. Enquanto entidade prestadora de cuidados de saúde, que se rege por princípios de boa gestão e transparência, primando pelo respeito por clientes, parceiros, acionistas e colaboradores, a José de Mello Saúde coloca as questões éticas no centro da atividade. Orientando a sua conduta por valores como o Respeito pela Dignidade Humana e
2 Mais informação sobre o Conselho de Ética pode ser encontrada no capítulo ‘Modelo de Governo’.
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 20176
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
Numa perspetiva organizativa, as unidades hospitalares e de ambulatório foram agrupadas em duas Comissões de Coordenação – CUF e PPP. A rede CUF encontra-se dividida em três Clusters geográficos – Descobertas, Tejo e Norte – numa lógica de articulação em torno dos três grandes Hospitais CUF.
CUFPORTO
INSTITUTOCUF
CUF VISEU
CUF COIMBRA
CUFDESCOBERTAS
CUFINFANTE SANTO
CUFALMADA
CUFBELÉM
CUFMIRAFLORES
CUFSINTRA
CUFSÃO DOMINGOSDE RANA
CUFCASCAIS
CUFAlVALADE
CUFMAFRA
CUFTORRES VEDRAS
CUFSANTARÉM
CUF SÃO JOÃO DA MADEIRA
TORRES VEDRAS
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 20176
7RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017
VISEU
COIMBRA
SANTARÉM
ALMADA
VILA FRANCADE XIRA
TORRES VEDRAS
LISBOA
PORTO
BRAGA
CASCAIS
A José de Mello Saúde
José de Mello Capital
FundaçãoAmélia de Mello
Farminveste, S.A.
66%4%
30%
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 20178
COLABORADORES
PROVEITOS OPERACIONAIS
DOWNLOAD’S APP MYCUF
UNIDADES DE SAÚDE
EBITDA
CHAMADAS ATENDIDAS NO CONTACT CENTER
CAMAS
INVESTIMENTO CONSOLIDADO
BLOCOS OPERATÓRIOS
GABINETES
8.058637,4M€ | +8,7%
345 MIL
1972,0M€ | +5,3%
3 MILHÕES
1.543 190,3M€
92
1.165saudecuf.pt
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 9
UM ANO EM NÚMEROS
ADMISSÕES
URGÊNCIAS
EXAMES DEIMAGIOLOGIA*
SESSÕES DEQUIMIOTERAPIA
IMAR:ÍNDICE DE MORTALIDADEAJUSTADO
*Ressonância Magnética, Ecografia, TAC e ECG
CIRURGIAS
CONSULTAS
PARTOS
SESSÕES DERADIOTERAPIA
1,1 MILHÕES
658 MIL
828 MIL
21 MIL
0,6
93 MIL
2,4 MILHÕES
7.843
62 MIL
0,48IRAR:ÍNDICE DE READMISSÕESAJUSTADAS PELO RISCO
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
10 RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017
PROVEITOS OPERACIONAIS
EBITDA
INVESTIMENTO EM I&D+I
INTENSIDADE ENERGÉTICA
HORAS DE FORMAÇÃO
Nº DE VOLUNTÁRIOS
MÉDICOS A REALIZARINTERNATO MÉDICO
637,4M€
72,0M€
1,8M€
45 kgep/m2
133.314
65
485
Capital Financeiro (M€)
Capital Intelectual
Capital Natural
Capital Humano
Capital Social
2015
2015
2015
2015
2015
Proveitos Operacionais
Investimento em I&D+I (M€)
Consumo de Eletricidade (MWh)
Indicadores de Recursos Humanos
Investimento na Comunidade (€)
Indicadores Sociais
Indicadores de Eventos Clínicos e de Educação para a Saúde
Indicadores de Formação
560,2
2,6
46.406
586,3
3
48.120
637,4
1,8
50.185
EBITDA
Internato Médico (Nº Médicos)
Intensidade Energética (kgep/ m2)
Nº de Colaboradores
Donativos
63,5
316
47
7.055
212.000
68,4
785
49
7.469
218.537
72,0
485
45
8.058
286.746
EBIT
Ensaios Clínicos (Nº Ensaios)
Consumo de Água (m3)
Mulheres
Consumo de Gás Natural (MWh)
Homens
Nº de Voluntários
Resíduos Acumulados Perigosos (ton)
Nº de Saídas
Nº de participantes nas formações
Nº de Horas
Média de Horas
42,2
n.a.
323.716
25.632
1.500
53
5.555
21.108
1.561
1.113
1.187
8.756
115.988
16,44
41,5
130
349.342
25.757
1.570
50
5.899
25.838
1.360
1.209
945
8.086
121.748
16,30
42,6
124
368.392
22.873
1.683
65
6.375
21.334
1.797
1.252
1.205
16.831
133.314
16,54
Resultado Líquido 21,9 23,9 22,8
2016
2016
2016
2016
2016
2017
2017
2017
2017
2017
Emissões de CO2
Nº de Entradas
Principais Indicadores 2017
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 11
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201712
DESEMPENHO CLÍNICO
Com uma rede integrada de unidades hospitalares, a José de Mello Saúde dispõe de um portefólio global de cuidados de saúde, tanto na área cirúrgica como médica. Esta oferta distribui-se tanto pelas unidades privadas da rede CUF como pelas unidades geridas em PPP.
O desempenho clínico pode ainda ser avaliado de acordo com os Grupos de Diagnóstico Homogéneos (GDH) como resultado da codificação clínica. Nas unidades privadas a codificação clínica retrata as altas de interna-mento e cirurgia de ambulatório e está na base da governação da informação clínica, de monitorização, gestão e controlo de indicadores de qualidade e de processo.
Em 2017, as Unidades privadas da José de Mello Saúde adotaram o referencial de codificação ICD-10-CM/PCS, que faz uso de uma terminologia médica mais atualizada, o que permite uma maior abrangência, especificidade e precisão na caracterização da atividade clínica. Ao acompanhar a tendência em curso nos hospitais do SNS, esta atualização torna possível a realização do benchmarking da atividade clínica.
Nas unidades geridas em regime de PPP, a codificação reflete o internamento, cirurgia de ambulatório e o am-bulatório médico, estando ainda na base de financiamento e governação clínica.
Ginecologia
Ortopedia
Cirurgia Geral
Urologia
Otorrinolaringologia
Pediatria
Neurocirurgia
Cardiologia
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva
Oncologia
Cirurgia Vascular
Psiquiatria
Pneumologia
Oftalmologia
Neurologia
Gastroenterologia
Cirurgia Pediátrica
Cirurgia Maxilo-Facial
Cirurgia Cardíaca
Cirurgia Torácica
Outros
Medicina interna 12678
11410
11195
10822
5426
3553
5250
4734
3510
2748
1395
1329
1321
1195
819
769
713
642
628
420
144
142
0
Total de altas de internamento hospitalar por especialidade
2500 75005000 1250010000 15000
Atividade das unidades José de Mello Saúde
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 13
* As Unidades PPP encontram-se em consolidação de processos decorrentes da transição no referencial de cod-ificação de ICD-9 para ICD-10, não dispondo de resultados consolidados à data deste relatório.
As Grandes Categorias de Diagnóstico apresentadas representam mais de 80% da atividade de internamento (médico/cirúrgico) e cirurgia de ambulatório das Unidades CUF*
Top Grande Categoria de Diagnósticos (GCD)
Top Grupos de Diagnósticos Homogéneos (GDH)
Doenças e Perturbações do Sistema Músculo-esquelético e Tecido Conjuntivo
Procedimentos no olho exceto órbita
Doenças e Perturbações do Aparelho Digestivo
Procedimentos nas amígdalas e adenoides
Recém-nascidos e Lactentes com Afeções do Período Perinatal
Excisão e/ou descompressão de disco intervertebral
8
73
6
97
15
310
10.289
6.442
4.784
1.968
3.160
1.405
Doenças e Perturbações do Olho
Recém-nascido, peso ao nascer> 2499g, normal ou com outros problemas
Doenças e Perturbações do Aparelho Circulatório
Parto por cesariana
Doenças e Perturbações da Pele, Tecido Celular Subcutâneo e Mama
Procedimentos no ombro, braço e/ou antebraço
Doenças e Perturbações do Ouvido, Nariz, Boca e Garganta
Procedimentos no joelho e/ou perna, exceto no pé
Gravidez, Parto e Puerpério
Outros procedimentos no ouvido, nariz, boca e/ou garganta
Doenças e Perturbações do Rim e do Aparelho Urinário
Procedimentos para hérnia inguinal, femoral e/ou umbilical
Parto vaginal
2
640
5
540
9
315
7.462
2.709
3.840
1.937
3.081
1.378
3
313
14
98
11
228
560
5.247
2.123
3.483
1.877
2.787
1.348
1.126
Descrição Total
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201714
QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA
A José de Mello Saúde compromete-se, enquanto entidade prestadora de cuidados de saúde, a uma avaliação contínua da qualidade dos cuidados de saúde prestados em todas as suas unidades hospitalares.
Nesse sentido, submete-se à apreciação externa do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), que avalia o cumprimento dos parâmetros de qualidade estabelecidos pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Além disso, participa em modelos de benchmarking clínico, identificando e avaliando continuamente os processos de eficiência e qualidade clínica, o que contribui para o processo de aprendizagem das organizações envolvidas.
O recurso à plataforma IAmetrics (IASIST) permite utilizar informação codificada para monitorização e gestão da atividade clínica, com base em modelos de benchmarking e de ajuste ao risco.
O Projeto de Outcomes Clínicos, lançado em 2015, e que pretende valorizar a prestação de cuidados com base em resultados de saúde relevantes para o doente, evoluiu para o Programa de Value-Based Healthcare (a implementação por patologia é vista como um projeto individual atribuindo assim a cada área de ação a escala e transversalidade pretendida).
Em 2017, a José de Mello Saúde deu continuidade aos seus modelos do Sistema de Gestão da Qualidade no âmbito dos seus processos de prestação de cuidados de saúde e com o objetivo estratégico de melhoria contínua dos seus processos de gestão da qualidade e segurança. Os hospitais CUF Santarém e CUF Viseu receberam pela primeira vez a certificação ISO 9001:2015, atribuída pela SGS, acompanhando assim o desenvolvimento contínuo e atualizado da cultura e prática dos valores da José de Mello Saúde. Além disso, todas as unidades CUF renovaram com sucesso a certificação dos seus sistemas de gestão da qualidade pela ISO 9001:2008.
O Hospital de Braga recebeu a reacreditação da unidade e a certificação ISO 9001:2015 de todos os serviços de apoio. Ao mesmo tempo, viu confirmada a manutenção da Certificação Ambiental (renovada a Certificação e transição para a ISO 14001:2015) e da Certificação de Segurança e Saúde no Trabalho (renovação da certificação pela norma OHSAS 18001:2007 pela Société Générale de Surveillance (SGS)).
O Hospital Vila Franca de Xira viu renovada, em 2017, e após reavaliação anual, a acreditação pela Joint Commission International (JCI). Foram ainda confirmadas a Certificação Ambiental de acordo com a norma ISO 14001:2015, a Certificação do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho, pela OHSAS 18001:2007 e a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade em serviços clínicos e de suporte, pela ISO 9001:2015.
Avaliação Externa SINAS
A José de Mello Saúde reafirma o seu compromisso com o Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS) que, através de informação adequada e inteligível, favorece a tomada de decisões mais informadas por parte dos doentes, ao mesmo tempo que promove a melhoria contínua da qualidade dos cuidados prestados.
O modelo de avaliação global do SINAS considera diversas dimensões de qualidade – Excelência Clínica, Segu-rança do Doente, Conforto das Instalações, Satisfação do Utente e Focalização no Utente, pretendendo captar diferentes aspetos da prestação de cuidados de saúde. Estas dimensões são distintas e autonomizáveis, mas nem sempre totalmente independentes.
Todas as unidades da José de Mello Saúde receberam classificação máxima e atribuição de uma estrela nas di-mensões de qualidade do primeiro nível de avaliação.
Na avaliação da Excelência Clínica, os Hospitais de Braga e de Vila Franca de Xira foram mais uma vez consider-ados pela Entidade Reguladora da Saúde como líderes nos seus grupos de referência para o benchmarking dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. O primeiro recebeu a classificação máxima de Excelência Clínica em cinco áreas (Neurologia, Obstetrícia, Cuidados Intensivos, Cirurgia de Ambulatório e Tromboembolismo Venoso). Já o Hospital Vila Franca de Xira obteve classificação superior em quatro áreas (Neurologia, Obstetrícia, Ortopedia – Correção Cirúrgica da Fratura Proximal do Fémur – e Cirurgia de Ambulatório). Destaque ainda para a classifi-cação superior da área de Cirurgia de Ambulatório no Hospital CUF Porto, Hospital CUF Cascais e Hospital CUF Torres Vedras, assim como a área de Ortopedia (Artroplastia da Anca e do Joelho), do Hospital CUF Descobertas.
Gestão da Qualidade
Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS)
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 15
Ferramenta de monitorização interna SINAS
A avaliação em diversas dimensões, promovida pelo SINAS, permite captar a multidimensionalidade do conceito de Qualidade em Saúde e identificar pontos fortes e pontos fracos das instituições, bem como áreas de atuação prioritária.
Reforçando o sentido de priorização de ciclos de melhoria, a José de Mello Saúde, desenvolveu uma ferramenta de monitorização interna das dimensões avaliadas pelo SINAS. Esta permite a gestão da informação clínica, com a obtenção no momento das taxas de cumprimento por indicador de detalhe de cada área da dimensão Excelência Clínica. As diretrizes disponibilizadas pelo SINAS passam assim a ser usadas pelas próprias equipas clínicas para obtenção de informação em tempo real.
IAmetrics
As unidades da José de Mello Saúde com internamento e cirurgia de ambulatório estão envolvidas em modelos de benchmarking clínico, avaliando e comparando os seus desempenhos em variáveis como a eficiência e qual-idade clínica.
A participação no IAmetrics, que possibilita a monitorização de resultados por modelos de ajuste à complexidade dos casos e a realização do benchmarking com hospitais equivalentes em Portugal e Espanha, permite à José de Mello Saúde alcançar uma maior eficiência e qualidade na prestação de cuidados de saúde. O sistema de avaliação de desempenho baseia-se na comparação da performance com os valores padrão (indexado ao risco), em que uma melhor performance se enquadra em valores entre 0 e 1.
Legenda:Padrão = 1,0 | Ajustado pelo Risco: Cálculo ajustado da probabilidade de ocorrência de um determinado evento com base em características do doente, do tipo de admissão, da patologia e da Unidade de Saúde. Valores resultantes da média entre unidades.IDPA: Índice de Demora Média Pré-Op. Ajustado (programado + urgente) | IMAR: Índice de Mortalidade ajustado pelo Risco | ICAR: Índice de Complicações ajustadas pelo Risco | IRAR: Índice de Readmissões ajustadas pelo Risco.
CUF Descobertas
Indicadores de Eficiência
CUF Infante Santo
IDPA
CUF Santarém
IRAR
CUF Cascais
IMAR
Hospital de Braga
CUF Porto
Indicadores de Qualidade
CUF Viseu
CUF Torres Vedras
ICAR
Hospital Vila Franca de Xira
Unidade
* Em consolidação de processos em 2017, decorrente da transição no referencial de codificação de ICD-9 para ICD-10
Segurança do Doente
Unidades PPP
0,17
Dimensão não avaliada
0,48
0,60
Dimensão não avaliada
0,69
Prestador cumpre com todos os parâmetros de qualidade exigidos
Excelência Clínica
Unidades CUF
Instalações e Conforto
Focalizaçãono Utente
Satisfação do Utente
Indicadores de Qualidade Clínica
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201716
A Segurança do Doente é uma prioridade estratégica para a José de Mello Saúde, que assim fixa o compromisso com um projeto clínico diferenciador, materializado na excelência clínica e na resposta centrada no doente.
O Programa da Segurança na Saúde, transversal a todas as unidades da José de Mello Saúde, é garantido por equipas multidisciplinares representativas das comissões de gestão de risco e do programa de prevenção e controlo de infeções e de resistência aos antimicrobianos. Funcionando sob coordenação médica, o programa pretende estabelecer políticas e linhas de ação comuns, garantindo o ciclo de melhoria contínua e reforçando o modelo de operador único.
O Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, criado pelo Despacho n.º 1400-A/2015, de 10 de fevereiro de 2015, enquadra as atividades desenvolvidas pela José de Mello Saúde no âmbito do Programa da Segurança na Saúde e visa atingir os seguintes objetivos:
1. Reforçar a cultura de segurança do ambiente interno;
2. Estimular a segurança da comunicação;
3. Aumentar a segurança cirúrgica;
4. Aumentar a segurança na utilização da medicação;
5. Assegurar a identificação inequívoca dos doentes;
6. Prevenir a ocorrência de quedas;
7. Prevenir a ocorrência de úlceras de pressão;
8. Assegurar a prática sistemática de notificação, análise e prevenção de incidentes;
9. Prevenir e controlar as infeções e as resistências aos antimicrobianos.
Segurança Cirúrgica
A José de Mello Saúde mantem o foco na segurança cirúrgica através da monitorização transversal do projeto “Cirurgia Segura Salva Vidas” que engloba as seguintes dimensões:
• Avaliação pré-anestésica;
• Consentimento anestésico;
• Avaliação pré-cirúrgica;
• Consentimento cirúrgico;
• Lista de verificação de segurança cirúrgica;
• Índice de Apgar Cirúrgico;
• Follow-up cirúrgico.
Equiparada ao Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, a José de Mello Saúde visa na Cirurgia Segura:
• Utilizar a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica;
• Reduzir a taxa de não conformidade da utilização da lista de verificação de segurança cirúrgica;
• Mitigar o risco de incidentes cirúrgicos inadmissíveis.
Segurança do Doente
1 Número de Listas de Verificação de Segurança Cirúrgica Completas/nº de cirurgias realizadas no bloco central
Taxa de LVSC1 por Unidade
98,74% 99,21%
99,12% 100%
HCD HCS
HCC HVFX
92,27% 99,80%
99,64%
98,01% 86,70%
HCIS HCV
HCTV
HCP HB
Taxa de Utilização da Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica (LVSC)
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 17
Segurança na utilização da medicação
São classificados como medicamentos de alerta máximo ou alto risco aqueles que possuem risco elevado de provocar danos significativos ao doente em resultado de falhas no processo de utilização. Ainda que estes erros possam ser pouco frequentes, as suas consequências tendem a ser mais graves. A José de Mello Saúde cumpre, no âmbito da utilização da medicação, o Plano Nacional de Segurança do Doente 2015-2020, tendo desenvolvido e implementado:
• Normas sobre práticas seguras da medicação;
• Definição e divulgação de listas de medicação de alerta máximo;
• Definição e divulgação de listas de medicação de medicamentos com nome ortográfico, fonético ou aspeto semelhantes;
• Atribuição de sinalética específica para medicamentos com nome ortográfico, fonético ou aspeto semelhantes.
Quedas do Doente
Ao monitorizar o indicador “Queda do Doente”, a José de Mello Saúde tem um maior conhecimento da dimensão e caracterização do problema. Dependendo de vários fatores, o risco de queda pode ter impacto significativo na morbilidade e na qualidade de vida do doente, além de contribuir para o aumento de custos dos cuidados de saúde. A estratégia de prevenção da queda consiste em:
• Avaliação do risco de queda com a escala de Morse no doente adulto;
• Avaliação do risco de queda com a escala Humpty Dumpty no doente pediátrico;
• Implementação de medidas preventivas consoante o risco de queda;
• Identificação do doente com alto risco de queda;
• Envolvimento do doente/cuidador na prevenção da queda;
• Notificação da ocorrência de queda.
1 Número de “Quedas do Doente” reportadas, em internamento, na plataforma HER+ por 100 dias de internamento.2 Contrato de Gestão, indicador B17 – “Quedas no Internamento”. [Número de quedas de Utentes durante o seu período de Internamento, com alta de Internamento durante o período em análise / Número total de Dias de Internamento gerados pelos doentes com alta de internamento durante o período em análise]. Taxa de referência HB = 0,16% | Taxa de referência HVFX = 0,11%
Medicamentos de alerta máximo
Medicamentos com a mesma substância mas com dosagens
diferentes
Medicamentos com diluição obrigatória
Medicamentos concentrados eletrolíticos Ácido de uso externo
DILUIÇÃO OBRIGATÓRIA
DILUIÇÃO
2 Indicador B17: “Quedas no Internamento” (%) - 0,13 0,10
Quedas do Doente no Internamento em 2017
CUF HB HVFX
1 Quedas do Doente (%) 0,08 - -
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201718
Sistema de Reporte de Eventos Adversos
O sistema de notificações de eventos adversos (HER+, Health Event Risk Management) é uma ferramenta transversal e fundamental no desenvolvimento da cultura de segurança do doente, na área da Gestão de Risco.
Com todas as unidades da José de Mello Saúde a aderirem de forma significativa, o HER+ contribui para recolher, agregar e analisar informação clínica com foco nas causas, riscos, perigos e vulnerabilidade dos doentes. Permite ainda definir e implementar estratégias de melhoria.
Total de eventos reportados - Análise evolutiva JMS
Total de eventos por Tipo de Ocorrência
Taxas Infeção - Indicadores Gerais
As políticas e linhas de ação de controlo de infeção e resistências aos antimicrobianos são aplicadas transversal-mente em todas as unidades da José de Mello Saúde sob coordenação clínica dos núcleos executivos dos grupos de coordenação local de todas as unidades.Para prevenir, detetar e controlar as infeções em ambiente hospitalar foi reforçada a cultura de boas práticas nas principais áreas desenvolvidas como a vigilância epidemiológica e controlo de infeções associadas aos cuidados de saúde, a monitorização das taxas de infeção e das resistências aos antimicrobianos, campanhas de sensibi-lização, ações de formação para profissionais e clientes bem como planos de auditorias internas.
2015
Quasi-incidente Incidente Acidente Sentinela Não Classificados
2016 2017
1.028 1.1731.383
1.456 1.1931.246
CUF
CUF
PPP
PPP
Controlo de Infeção
678
310388
254
73
765
52 1188
10
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 19
Taxas Infeção - Indicadores Gerais
Taxas Infeção - Indicadores Gerais
Acumulado2017
Acumulado2017
Valorde Referência
Valorde Referência
Taxa de Infeções Nosocomiais da Corrente Sanguínea em Utentes submetidos a Cateterização Intravascular Central (CVC)
Taxa de Infeções Nosocomiais da Corrente Sanguínea em Utentes submetidos a Cateterização Intravascular Central (CVC)
Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 0
Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 0
Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 3
Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 3
0,05%
1,09‰
2,77%
2,56%
-
-
0,40%
2,15‰
3,90%
2,49%
85,00%
-
Taxa de Infeção Urinária em Doentes Internados Algaliados
Taxa de Infeção Urinária em Doentes Internados Algaliados
Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 1
Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 1
Taxa de Infeção Respiratória Associada a Ventilação Mecânica na UCI
Taxa de Infeção Respiratória Associada a Ventilação Mecânica na UCI
Taxa Global de infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados (%)
Taxa Global de infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados (%)
Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 2
Taxa de Infeção de Ferida Cirúrgica em Procedimentos Cirúrgicos Programados em Utentes de Risco 2
0,44%
3,52‰
6,72%
3,95%
0,13%
4,11‰
0,47%
3,50‰
17,50%
3,64%
1,90%
8,00‰
-
-
23,08%
2,94%
-
-
38,00%
12,50%
Hospital de Braga
Hospital Vila Franca de Xira
Stop Infeção Hospitalar
O Hospital de Braga participa desde 2015, em conjunto com mais 11 centros hospitalares (19 hospitais) do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no Desafio Stop Infeção Hospitalar. Esta iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com o Ministério da Saúde e colaboração com o Institute for Healhcare Improvement (IHI), visa a implementação de um Sistema de Aprendizagem Colaborativa.
O objetivo do Desafio Stop Infeção para o triénio 2015-2018 é reduzir em 50% ou ter, pelo menos, 300 oportunidades entre episódios das seguintes infeções:
• Infeção do local cirúrgico (ILC): colón e reto, vesícula biliar, próteses de anca e joelho;
• Definição e divulgação de listas de medicação de alerta máximo;
• Infeção da corrente sanguínea relacionada com cateter venoso central (ICSRCVC);
• Pneumonia associada a intubação (PAI);
• Infeção do trato urinário associada a cateter vesical (ITUACV).
Os serviços de Cirurgia Geral, Medicina Interna, Ortopedia, Bloco Operatório e Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP) passaram a dispor de equipas operacionais, constituídas por médicos e enfermeiros, que irão monitorizar as infeções referidas e implementar, além de desenvolver processos de melhoria contínua. Até ao momento verifica-se o seguinte resultado:
• ITUACV na Medicina Interna – redução de 42%
• PAI na UCIP – redução de 75%
• ILC Vesícula – redução de 66%
• ICSRCVC na UCIP – 7767 dias de CVC sem infeção
• ILC em próteses da anca e joelho – 523 cirurgias entre infeções (ainda em análise as cirurgias de 2017 até 1 ano de pós-operatório), que corresponde a 0,45% de ILC.
• ICSRCVC na Cirurgia Geral, apresenta uma taxa de 2,17 por 1000 dias de CVC, conseguindo-se ao longo do tempo vários meses sem infeções.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201720
ÁREAS TRANSVERSAISINSTITUTO CUF DE ONCOLOGIA
A José de Mello Saúde criou, em 2016, o Instituto CUF de Oncologia (I.C.O.), a rede nacional de cuidados on-cológicos da CUF. Esta unidade garante uma oferta integrada, um corpo clínico diferenciado e experiente e um parque tecnológico inovador preparado para responder a todas as necessidades que o doente de cancro apresenta desde o diagnóstico ao tratamento. Enquanto plataforma nacional que congrega todas a unidades da CUF, o Instituto CUF de Oncologia articula a totalidade dos recursos necessários da rede – profissionais, equipamentos e instalações – num modelo assistencial centrado por patologia.
A rede do I.C.O. é constituída por 15 Unidades de Diagnóstico e Tratamento Integrado por patologia (UDTI), incluindo as UDTI da Mama, Pulmão, Cólon-Retal, Próstata, Ginecologia, Cabeça e Pescoço, entre outros. Cabe às UDTI a definição e implementação dos recursos necessários, clinical pathways, protocolos e indicadores de performance operacional e de qualidade clínica transversais no âmbito da sua patologia.
O I.C.O. mantém um forte compromisso de colaboração com o Registo Oncológico Nacional, contribuindo para o estudo epidemiológico do cancro em Portugal e avaliando e monitorizando em contínuo os resultados de so-brevivência dos doentes tratados integralmente pelo I.C.O.
Mantendo a aposta no reconhecimento externo da qualidade por sistemas de certificação e acreditação específi-cos para a abordagem ao cancro, a UDTI da Mama foi certificada, em 2017, pelo referencial EUSOMA em cancro da Mama. O I.C.O é ainda reconhecido pelo Ministério da Saúde como Centro de Referência Nacional para o Tratamento do Carcinoma do Reto.
Em 2017, o I.C.O. reforçou a sua posição enquanto instituição de investigação e ensino na área oncológica. A atividade do I.C.O. no campo dos ensaios clínicos mais do que duplicou, tendo ainda promovido candidaturas de projetos a financiamento no quadro do Portugal2020, SIFIDE e CREN, em parceria com a NMS/CEDOC (Nova Medical School / Chronic Diseases Research Center). Foi igualmente desenvolvida a parceria com o Biobanco-IMM, com a recolha de material de cancro colorretal para projetos de investigação. No campo do ensino, destaca-se, em 2017, a regência de cadeira no Mestrado de Investigação Biomédica da NMS.
Com cerca de 4.500 novos casos por ano, o cancro da Mama é a neoplasia mais frequente na mulher e a prin-cipal causa de morte por cancro. Para responder a esta situação, o I.C.O. criou a UDTI da Mama de Lisboa, uma organização clínica de gestão integrada e plataforma transversal que agrega os recursos e competências nesta área dos hospitais CUF Descobertas e CUF Infante Santo.
Criada há mais de dez anos, a UDTI da Mama de Lisboa foi a primeira unidade privada dedicada à patologia mamária em Portugal, dispondo já de dados publicados. Esta UDTI conta com uma equipa multidisciplinar dedicada e especializada no diagnóstico e tratamento do cancro da mama, com grande experiência na deteção precoce e na abordagem ao cancro na mulher jovem (<45 anos).
Dispondo de recursos humanos altamente qualificados e recorrendo a tecnologia inovadora, a UDTI da Mama dá resposta atempada às necessidades de quem procura os seus serviços, nomeadamente fornecendo um diag-nóstico de cancro da mama diferenciado em 48 horas. Agregando todas as valências necessárias, a unidade da Mama do I.C.O. tem como missão:
• Prestar cuidados de excelência clínica no âmbito da patologia mamária, em particular do cancro da mama, assegurando permanentemente uma oferta adequada e inovadora, considerando todas as necessidades dos doentes e seus cuidadores;
• Promover a saúde, prevenir e combater a doença oncológica da mama através de ações de sensibilização e educativas para a adoção de hábitos saudáveis e importância do diagnóstico precoce;
• Colaborar no ensino e na investigação científica no âmbito da doença oncológica. Membro do SOLTI, a Unidade da Mama colabora com a NMS/CEDOC e FML/Instituto de Medicina Molecular.
Instituto CUF de Oncologia (I.C.O.)
Unidade de Diagnóstico e Tratamento Integrado da Mama
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 21
Em 2017, destaque para a certificação da UDTI como centro especializado no tratamento do cancro da mama pela EUSOMA – European Society of Breast Cancer Specialists, uma das mais conceituadas organizações internacionais nesta patologia. Esta certificação reconhece a excelência clínica e a segurança no diagnóstico e tratamento dos doentes, confirmando o cumprimento integral de diretrizes rigorosas nos serviços disponibilizados aos doentes, na organização transversal e na experiência e estruturação de equipas multidisciplinares.
A Unidade da Mama cumpriu em pleno as metas de qualidade clínica preconizadas pela EUSOMA, com destaque para:
A permanente aposta na inovação e investigação, e a humanização dos cuidados centrados no doente, seus familiares e cuidadores estão entre as diretrizes adotadas pela Unidade da Mama do Instituto CUF de Oncologia e agora certificadas pela EUSOMA.
Indicador Meta Avaliação
I3. Diagnóstico Pré-operatório
I7. Casos referenciados para aconselhamento genético
I10. Doentes com cirurgia conservadora da mama que recebem Radioterapia
80%
5%
90%
86%
13%
97%
I4. Caracterização completa de fatores preditivos e de prognóstico
I8. Discussão em reunião multidisciplinar
I11. Evitar tratamento excessivos
I12. Tratamento adequado com hormonoterapia
I13. Tratamento adequado com quimioterapia
I5. Tempo de espera entre a primeira observação e primeiro tratamento inferior a 6 semanas
I9. Percentagem de doente com uma única intervenção cirúrgica na mama
90%
90%
70%
80%
80%
91%
100%
92%
100%
100%
75%
80%
82%
97%
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201722
VALOR EM SAÚDE
Apostando numa cultura de qualidade, na prestação de cuidados de saúde centrados no doente e na excelência clínica, a José de Mello Saúde assume uma posição pioneira a nível nacional usando os resultados em saúde rel-evantes para o doente como um instrumento fundamental para a melhoria da prestação de cuidados de saúde.
Em 2017, constituiu o Programa Value-Based Healthcare, alinhado com o pilar estratégico Projeto Clínico Difer-enciador, que assume um papel estratégico para a organização pela:
• Reorganização da prestação de cuidados de saúde por condições clínicas/patologias em unidades integradas de cuidados (UDTI - Unidade de Diagnóstico e Tratamento Integrado);
• Medição de Outcomes (resultados clínicos e qualidade de vida);
• Sistemas Integrados de Prestação de Cuidados de Saúde (multi-site);
• Disseminação da metodologia para impulsionar a excelência na prestação de cuidados;
• Disponibilização de plataformas tecnológicas de informação e conhecimento.
Cada projeto implica o envolvimento de equipas multidisciplinares que definem e implementam os standard sets e analisam de forma integrada a informação clínica e de gestão.
O recurso a equipas multidisciplinares na medição de outcomes permite a reorganização transversal da prestação de cuidados com base em patologias, acentuando uma visão centrada no doente e no seu percurso clínico e permitindo decisões progressivamente mais informados de médicos e doentes.
A identificação de limitações e a introdução de melhorias estão intimamente dependentes dos processos de medição, prestando a José de Mello Saúde especial atenção ao aperfeiçoamento de metodologias capazes de medir a qualidade dos serviços de saúde prestados na perspetiva do doente.
Em 2017, e em parceria com o The International Consortium for Health Outcomes Measurement (ICHOM), a José de Mello Saúde consolidou os processos de monitorização dos outcomes clínicos ao nível da catarata, cancro da mama e osteoartrose do joelho. A medição destas patologias ocorreu no Hospital CUF Descobertas em 2016 e 2017, tendo a medição de valor da catarata sido alargada aos Hospitais CUF Infante Santo e Cascais. A metodo-logia aplicada centrou-se na recolha de informação não apenas clínica, mas também reportada pelo doente com base em ferramentas de medida em saúde validadas (PROMs – Patient Reported Outcome Measures).
Em novembro de 2017 foi concluída a primeira análise interna dos resultados obtidos:
a) O estudo incluiu 840 episódios dispersos por toda a rede. Na análise de benchmarking foram considerados apenas os 418 episódios da unidade CUF Descobertas com formulários pré e pós-operatório preenchidos. A análise decorreu entre 2016 e setembro de 2017.
b) Considerando que o score global pós-operatório tem perspetiva de melhoria em 90% dos casos face ao pré-operatório (ICHOM Cataracts Data Collection Reference Guide Version 2.0.1.), o resultado da José de Mello Saúde é muito satisfatório, de acordo com a complexidade dos doentes tratados (o valor do score global médio do pré operatório da JMS é mais baixo que o correspondente valor de referência do ICHOM ajustado ao risco, mas o valor do score global médio do pós operatório revelou-se melhor que o correspondente valor indicado pelo ICHOM).
c) Classificação estrela pela qualidade em quatro das seis dimensões avaliadas pelo Benchmarking Internacional ICHOM-GLOBE. Esta classificação distingue os prestadores com avaliações acima do esperado nas seis variáveis em análise.
Medição de Outcomes para cirurgia da Catarata
Doentes(a) Doentes Reportaram Melhorias(b)
(Rastreado via Catquest 9-SF)
Classificação de estrela pelos resultados acima do esperado
em 4 das 6 dimensões avaliadas(c)
418 87% 4/6
Programa de Value-Based Healthcare – Melhoria da Qualidade dos Cuidados
Medição de Outcomes Clínicos
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 23
82%
86%
99%
76%
113
104
A validação interna da medição de outcomes para a cirurgia da catarata foi acompanhada pela aprovação internac-ional dos resultados através do Benchmarking Internacional ICHOM-GLOBE. Os primeiros relatórios preliminares do ICHOM confirmam o modelo de gestão clínica da José de Mello Saúde, já que colocam o grupo no quadro de excelência na prestação de cuidados de saúde à escala mundial.
Atualmente o Programa de Value-Based Healthcare aplicado à Catarata está implementado nos hospitais CUF Descobertas, CUF Infante Santo e CUF Cascais.
Medição de Outcomes para a Osteoatrose do Joelho
Medição de Outcomes para o Cancro da Mama
a) Foram incluídos na análise, realizada entre novembro de 2016 e novembro de 2017, doentes com carcinoma ductal invasivo ou carcinoma ductal in situ.b) Até setembro de 2017, 99% dos doentes colaboraram no preenchimento dos questionários.c) Segundo o ICHOM Standard Set para o cancro da mama foram alvo de estudo oito dimensões: dor, fadiga, sintomas do braço e da mama, sintomas vasomotores,
imagem física, disfunção sexual e sintomas vaginais, neuropatia e artralgia. Seguindo as orientações do ICHOM foram aplicados instrumentos de medição em saúde: EORT-C30, EORT-BR23, EORT-LMC21 e FACT-ES. Num universo de 113 doentes foi possível acompanhar os PROMs de 41 doentes seis meses após a cirurgia (representantes de 100% dos casos de follow-up a monitorizar).
a) Entre janeiro de 2017 e novembro de 2017, foram analisados 85 dos 104 doentes iniciais, já que apenas estes apresentavam os parâmetros necessários (formulário geral do doente, formulário KOOS e formulário SF-12 preenchidos). Ao fim de três meses o número de doentes passíveis de serem administrados com PROMs, era de 62.
b) Face ao baseline, 76% dos doentes reportaram uma melhoria da função física e 86% referiram uma melhoria ao nível da saúde mental. Importa ainda mencionar que os resultados foram obtidos através dos subdomínios PCS e MCS do SF-12, seis meses após a data da cirurgia, ao contrário do que é recomendado pelo ICHOM, que prevê que o follow-up ocorra um ano após a cirurgia. Assim, é expectável que após um ano a percentagem de doentes que reportam melhorias ao nível físico e mental seja superior a 76% e 86%, respetivamente.
Está previsto que a medição dos outcomes clínicos seja aplicada a novas patologias e em outros hospitais da José de Mello Saúde. Será também importante garantir uma constante validação da informação necessária para uso na gestão interna, inclusão em estudos e evidência de excelência clínica.
Doentes(a)
Doentes(a)
Colaboração dos Doentes(b)
Doentes Reportaram Melhorias ao Nível da Função Física(b)
(PCS Rastreado via SF-12)
Doentes Reportaram Melhorias ao Nível da Dor e da Fadiga 6 meses Após a Cirurgia(c)
(Rastreado via EORT-C30)
Doentes Reportaram Melhorias ao Nível da Função Mental(b)
(MCS Rastreado via SF-12)
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201724
FICHAS DAS UNIDADES
Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.
Estrutura
SINAS
Segurança do Doente
Indicadores de Qualidade
Complexidade
1º Nível de Avaliação
Indicador
Global
2º Nível de Avaliação
145
22,73%
0,22
0,90
67%
0,63
8
0,02%
0,90
67
92,27%
0,73
Camas (total)
Excelência Clínica
Tipologia de incidente (%):(Medicação/Fluidos Intra-venosos)
IDPA
Índice de Case-Mix
Focalização no Utente
Taxa Global da Higienização das Mãos
IRAR
Salas de Cirurgia
Segurança do Doente
Quedas do Doente (%)
IMAR
Satisfação do Utente
Gabinetes de Consulta
Conforto das Instalações
Cirurgia Segura (%)
ICAR
-
Medicação/Fluidos Intra-venosos; tipologia de incidente com maior expressão.
3+
Classificação OMS/DGS: Satisfatório
3+
Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento
A iniciar avaliação
3+
Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas
Hospital CUF Infante Santo
O Hospital CUF Infante Santo, inaugurado em 1945 e na altura designado Hospital CUF, foi a unidade fundadora da José de Mello Saúde. Hoje é um hospital de referência na prestação de cuidados de saúde a nível nacional, com uma vasta e completa oferta hospitalar. Com um perfil de elevada complexidade hospitalar, responde com uma performance clínica notável patente nos resultados da qualidade e segurança clínica. Em 2017, teve início a medição de outcomes clínicos para a patologia da catarata. É ainda uma unidade exemplar no desenvolvimento de atividades de Ensino e Investigação, uma aposta da José de Mello Saúde em articulação com a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.
Hospital CUF Infante Santo
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 25
Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.
Estrutura
SINAS
Segurança do Doente
Indicadores de Qualidade
Complexidade
1º Nível de Avaliação
Indicador
Global
2º Nível de Avaliação
172
23,08%
0,36
0,64
71%
0,63
11
0,08%
0,66
72
98,74%
0,73
Camas (total)
Excelência Clínica
Tipologia de incidente (%):(Medicação/Fluidos Intra-venosos)
IDPA
Índice de Case-Mix
Focalização no Utente
Taxa Global da Higienização das Mãos
IRAR
Salas de Cirurgia
Segurança do Doente
Quedas do Doente (%)
IMAR
Satisfação do Utente
Gabinetes de Consulta
Conforto das Instalações
Cirurgia Segura (%)
ICAR
Artroplastia da Anca e do Joelho: 3+
Medicação/Fluidos Intra-venosos; tipologia de incidente com maior expressão.
3+
Classificação OMS/DGS: Satisfatório
3+
Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento
A iniciar avaliação
3+
Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas
Hospital CUF Descobertas
Inaugurado em 2001, o Hospital CUF Descobertas é uma das mais modernas unidades hospitalares em Portugal. Com uma vasta oferta de serviços dispõe de uma forte valência ortopédica, que acolhe centros clínicos e path-ways clínicos especializados, com reputação internacional. Esta unidade oferece a maioria das especialidades médicas e cirúrgicas, possuindo um case mix explicado pelo perfil de algumas especialidades, como a obstetrícia, pediatria e oftalmologia.
Em 2017, apresentou excelentes resultados de qualidade e segurança clínica expressos nos diversos indicadores de avaliação, com destaque para a classificação de 3+ na área de cirurgia de ambulatório na dimensão de Ex-celência Clínica da avaliação SINAS. Consolidou a medição de outcomes clínicos para as patologias da catarata, cancro da mama e osteoartrose do joelho.
Hospital CUF Descobertas
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201726
A inauguração do Hospital CUF Porto, em junho de 2010, representou um marco importante da saúde privada no Norte do país, garantindo uma vasta oferta de especialidades médicas e cirúrgicas e um atendimento per-manente de adultos e pediátrico. Esta unidade destaca-se pelo desempenho em todas as áreas de avaliação de qualidade e segurança do doente, nomeadamente pela classificação de 3+ na área de Cirurgia de Ambulatório, na dimensão de Excelência Clínica da avaliação SINAS.
Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.
Estrutura
SINAS
Segurança do Doente
Indicadores de Qualidade
Complexidade
1º Nível de Avaliação
Indicador
Global
2º Nível de Avaliação
154
23,12%
0,15
0,72
75%
0,57
12
0,12%
0,89
73
98,01%
0,66
Camas (total)
Excelência Clínica
Tipologia de incidente (%):(Medicação/Fluidos Intra-venosos)
IDPA
Índice de Case-Mix
Focalização no Utente
Taxa Global da Higienização das Mãos
IRAR
Salas de Cirurgia
Segurança do Doente
Quedas do Doente (%)
IMAR
Satisfação do Utente
Gabinetes de Consulta
Conforto das Instalações
Cirurgia Segura (%)
ICAR
Cirurgia de Ambulatório: 3+
Medicação/Fluidos Intra-venosos; tipologia de incidente com maior expressão.
3+
Classificação OMS/DGS: Satisfatório
3+
Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento
A iniciar avaliação
3+
Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas
Hospital CUF Porto
Hospital CUF Porto
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 27
O Hospital CUF Cascais, a funcionar desde 2008, dispõe de internamento, uma unidade de cuidados intermédi-os polivalente, atendimento permanente de adultos e pediátrico, e uma vasta oferta de meios de diagnóstico. Salientem-se os resultados positivos obtidos nas diferentes áreas de qualidade e segurança clínica, incluindo a classificação de 3+ na área de Cirurgia de Ambulatório, na dimensão de Excelência Clínica da avaliação SINAS. Em 2017, iniciou a medição de outcomes clínicos para a patologia da catarata.
Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.
Estrutura
SINAS
Segurança do Doente
Indicadores de Qualidade
Complexidade
1º Nível de Avaliação
Indicador
Global
2º Nível de Avaliação
30
28,09%
0,11
0,73
82%
0,51
3
0,08%
0,52
44
99,12%
0,87
Camas (total)
Excelência Clínica
Tipologia de incidente (%):(Processo/Procedimento Clínico)
IDPA
Índice de Case-Mix
Focalização no Utente
Taxa Global da Higienização das Mãos
IRAR
Salas de Cirurgia
Segurança do Doente
Quedas do Doente (%)
IMAR
Satisfação do Utente
Gabinetes de Consulta
Conforto das Instalações
Cirurgia Segura (%)
ICAR
Cirurgia de Ambulatório: 3+
Processo/Procedimento Clínico; tipologia de incidente com maior expressão.
3+
Classificação OMS/DGS: Muito Satisfatório
3+
Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento
A iniciar avaliação
3+
Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas
Hospital CUF Cascais
Hospital CUF Cascais
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201728
Com oferta de internamento e atendimento permanente para adultos e pediátrico, o Hospital CUF Torres Vedras abriu portas em 2008. Dispõe de um amplo leque de especialidades, sendo a Ortopedia e a Cirurgia geral as es-pecialidades prevalentes. Exibe bons desempenhos clínicos nas áreas de qualidade e segurança do doente, com destaque para a classificação 3+ na área de Cirurgia de Ambulatório na dimensão de Excelência Clínica do SINAS.
Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.
Estrutura
SINAS
Segurança do Doente
Indicadores de Qualidade
Complexidade
1º Nível de Avaliação
Indicador
Global
2º Nível de Avaliação
16
30,59%
0,06
0,70
74%
0,34
3
0,05%
0,29
28
99,64%
0,73
Camas (total)
Excelência Clínica
Tipologia de incidente (%):(Gestão do Percurso do Doente)
IDPA
Índice de Case-Mix
Focalização no Utente
Taxa Global da Higienização das Mãos
IRAR
Salas de Cirurgia
Segurança do Doente
Quedas do Doente (%)
IMAR
Satisfação do Utente
Gabinetes de Consulta
Conforto das Instalações
Cirurgia Segura (%)
ICAR
Cirurgia de Ambulatório: 3+
Gestão do Percurso do Doente; tipologia de incidente com maior expressão.
3+
Classificação OMS/DGS: Satisfatório
3+
Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento
A iniciar avaliação
2+
Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas
Hospital CUF Torres Vedras
Hospital CUF Torres Vedras
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 29
O Hospital CUF Santarém abriu portas em 2015, enquadrado na estratégia de crescimento e expansão geográfica da José de Mello Saúde, dispondo desde logo uma alargada oferta de especialidades médicas e cirúrgicas. Em 2017, reforçou a sua cultura de qualidade e segurança do doente pela avaliação externa por parte da ERS em certas áreas SINAS. Participou no programa de benchmarking de indicadores clínicos do IAmetrics, propondo-se assim a uma avaliação dos seus desempenhos, por comparação, nas dimensões de eficiência e qualidade clínica e para os quais obteve resultados com contribuições positivas e que refletem a sua boa performance.
Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.
Estrutura
SINAS
Segurança do Doente
Indicadores de Qualidade
Complexidade
1º Nível de Avaliação
Indicador
Global
2º Nível de Avaliação
26
57,66%
0,11
0,81
51%
0,36
3
0,13%
0,46
18
99,21%
0,44
Camas (total)
Excelência Clínica
Tipologia de incidente (%):(Gestão do Percurso do Doente)
IDPA
Índice de Case-Mix
Focalização no Utente
Taxa Global da Higienização das Mãos
IRAR
Salas de Cirurgia
Segurança do Doente
Quedas do Doente (%)
IMAR
Satisfação do Utente
Gabinetes de Consulta
Conforto das Instalações
Cirurgia Segura (%)
ICAR
-
Gestão do Percurso do Doente; tipologia de incidente com maior expressão.
3+
Classificação OMS/DGS: Satisfatório
3+
Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento
A iniciar avaliação
2+
Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas
Hospital CUF Santarém
Hospital CUF Santarém
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201730
Aberto desde 2016, o Hospital CUF Viseu dispõe de uma oferta alargada de especialidades médicas e cirúrgicas, meios complementares de diagnóstico e de exames de especialidade, contribuindo assim para a melhoria do acesso aos cuidados de saúde da região. Acompanhou desde logo a cultura de qualidade e segurança para o doente, inerente a todas as unidades da rede José de Mello Saúde.
Em 2017, esteve sujeito à avaliação externa por parte da ERS em certas áreas SINAS e iniciou o processo de cod-ificação de todos os episódios de internamento (médico e cirúrgico) e de cirurgia de ambulatório, propondo-se à avaliação de desempenho pelo programa de benchmarking clínico IAmetrics, tendo obtido resultados positivos.
Metodologia de avaliação de desempenho baseada na comparação da performance com os valores padrão em que, uma melhor performance enquadra-se em valores entre 0 e 1.
Estrutura
SINAS
Segurança do Doente
Indicadores de Qualidade
Complexidade
1º Nível de Avaliação
Indicador
Global
2º Nível de Avaliação
32
23,01%
0,21
0,79
74%
0,29
5
0,16%
0,48
34
99,80%
0,71
Camas (total)
Excelência Clínica
Tipologia de incidente (%):(Medicação/Fluidos Intra-venosos)
IDPA
Índice de Case-Mix
Focalização no Utente
Taxa Global da Higienização das Mãos
IRAR
Salas de Cirurgia
Segurança do Doente
Quedas do Doente (%)
IMAR
Satisfação do Utente
Gabinetes de Consulta
Conforto das Instalações
Cirurgia Segura (%)
ICAR
--
Medicação/Fluidos Intra-venosos; tipologia de incidente com maior expressão.
3+
Classificação OMS/DGS: Satisfatório
3+
Total de Quedas do Doente por 100 dias de internamento
A iniciar avaliação
3+
Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas
Hospital CUF Viseu
Hospital CUF Viseu
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 31
O Hospital de Braga é uma unidade do Serviço Nacional de Saúde gerida, em regime de parceria público-privada, pela José de Mello Saúde desde 2009. Hospital universitário, com forte atividade de formação médica pré-grad-uada, tem uma forte parceria com a Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho. Dispõe da maior parte das especialidades médicas e cirúrgicas, alcançando bons resultados de desempenho nas diversas áreas de qualidade clínica. O Hospital de Braga é o melhor classificado na avaliação SINAS, com a avaliação máxima de excelência clínica (3+) em cinco especialidades: Cirurgia de Ambulatório, Cuidados Intensivos: UCI, Cuidados Transversais: Tromboembolismo Venoso no Internamento, Neurologia: Acidente Vascular Cerebral (AVC), Ob-stetrícia: Partos e Cuidados Pré Natais.
Estrutura
SINAS
Segurança do Doente
1º Nível de Avaliação 2º Nível de Avaliação
655
39,05%
83,5%
25
0,13%
126
86,7%
Camas (total)
Excelência Clínica
Tipologia de incidente (%):(Queda do Doente)
Focalização no Utente
Taxa Global da Higienização das Mãos
Salas de Cirurgia
Segurança do Doente
Quedas do Doente (%)
Satisfação do Utente
Gabinetes de Consulta
Conforto das Instalações
Cirurgia Segura (%)
5 Especialidades com avaliação: 3+
Queda do Doente; tipologia de incidente com maior expressão
3+
Classificação OMS/DGS: Muito Satisfatório
3+
Indicador de contrato de gestão B17: quedas no internamento por cada 100 dias
A iniciar avaliação
3+
Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas
Hospital de Braga
Hospital de Braga
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 201732
O Hospital Vila Franca de Xira é a segunda unidade do Serviço Nacional de Saúde gerida pela José de Mello Saúde em regime de parceria público-privada desde junho de 2011. Funcionando em novas instalações desde 2014, garante a prestação dos serviços de saúde com condições de excelência. Comprometido com uma cultura de qualidade e segurança para o doente, o Hospital Vila Franca de Xira acompanha de forma sistemática e periód-ica indicadores de avaliação para as diferentes áreas, tendo registado bons desempenhos. Na avaliação SINAS obteve, em 2017, o nível máximo de excelência clínica (3+) em quatro especialidades: Cirurgia de Ambulatório, Cuidados Intensivos: UCI, Ginecologia: Histerectomias, Neurologia: AVC, Obstetrícia: Partos e Cuidados Pré-Natais, Ortopedia: Artroplastia da Anca e do Joelho e Correção Cirúrgica da Fratura Proximal do Fémur.
Hospital Vila Franca de Xira
Estrutura
SINAS
Segurança do Doente
1º Nível de Avaliação 2º Nível de Avaliação
313
32,80
79,6%
16
0,10%
33
100%
Camas (total)
Excelência Clínica
Incidência por Tipologia (%):(Queda do Doente)
Focalização no Utente
Taxa Global da Higienização das Mãos
Salas de Cirurgia
Segurança do Doente
Queda do Doente (%)
Satisfação do Utente
Gabinetes de Consulta
Conforto das Instalações
Cirurgia Segura (%)
4 Especialidade com avaliação: 3+
Queda do Doente; tipologia de incidente com maior expressão
3+
Classificação OMS/DGS: Muito Satisfatório
3+
Indicador de contrato de gestão B17: quedas no internamento por cada 100 dias
A iniciar avaliação
3+
Taxa de listas de verificação de segurança cirúrgica completas
Hospital Vila Franca de Xira
RELATÓRIO DA QUALIDADE E SEGURANÇA CLÍNICA 2017 33
GLOSSÁRIO
Todas as Unidades da José de Mello Saúde têm a sua prestação classificada e agrupada em Grupos de Diagnósti-co Homogéneo (GDH), um sistema de classificação de doentes internados em hospitais de agudos que agrupa doentes em grupos clinicamente coerentes e similares do ponto de vista do consumo de recursos.
As Grandes Categorias de Diagnóstico (GCD) correspondem a um sistema orgânico ou etiologia estando, ger-almente, associadas a uma especialidade médica em particular e constituem o primeiro passo no agrupamento dos episódios de Grupos de Diagnósticos Homogéneos (GDH) fazendo-se de acordo com o diagnóstico principal.
Os GDH são agrupados a partir da codificação dos diagnósticos, das comorbilidades e dos procedimentos iden-tificados nos atos médicos. Outros fatores que influenciam o GDH são, por exemplo, a idade do doente ou, no caso dos recém-nascidos, o peso à nascença.
Nas Unidades PPP (Parcerias Público Privadas) - Hospital de Braga e Hospital Vila Franca de Xira - os GDH con-stituem a base da relação contratual. Nas Unidades Privadas, os GDH são a base do sistema de governação clínica, assegurando a gestão e controlo dos indicadores da Qualidade. Nestas Unidades, uma bolsa de doze médicos codificadores e um responsável pela auditoria garantem a atividade de codificação clínica.
Coeficiente global de ponderação da produção, que reflete a relatividade de um hospital face a outros, em termos da sua maior ou menor proporção de doentes com patologias complexas e, consequentemente, maior consumo de recursos.
Este índice determina-se calculando o rácio entre o número de doentes equivalentes ponderados pelos pesos relativos dos respetivos GDH e o número total de doentes equivalentes.
Taxa de mortalidade, complicações e readmissões, ajustada ao risco, ou seja, a taxa efetivamente registada ponderada pela probabilidade individual de cada episódio se registar tendo em conta uma série de indicadores previamente estabelecidos.
ÍNDICE CASE MIX
ÍNDICES IAMETRICS
CODIFICAÇÃO CLÍNICA (GDH)
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 20172
INTRODUÇÃOEste documento corresponde à sétima edição anual do relatório de sustentabilidade da José de Mello Saúde, relativo ao ano fiscal findo em 31 de dezembro de 2017 e é parte integrante do Relatório Integrado 2017.
Destina-se a fornecer informação detalhada às partes interessadas da José de Mello Saúde sobre o desempenho económico, social e ambiental da empresa nos seus temas materiais. A leitura deste relatório deve ser realizada de forma conjunta com a informação sobre criação de valor veiculada pelo Relatório Integrado.
A José de Mello Saúde tem vindo a definir um conjunto de orientações de gestão (DMA) dos seus aspetos materiais de sustentabilidade cujos resultados são reportados através de um conjunto de indicadores de acordo com a GRI Standards.
Temas Materiais Abordagem de Gestão (DMA)
Sustentabilidadefinanceira
Envolvimento com a comunidade
Atração e retenção de talento
Inovação
A José de Mello Saúde conduz a sua atividade tendo por base a manutenção de uma estrutura de capital sólida e adequada à estratégia de crescimento da José de Mello Saúde, através de uma gestão ativa do seu perfil de dívida, quer no que concerne à diversificação das fontes de financiamento, quer no que respeita ao prolongamento dos prazos de maturidade da mesma.
A José de Mello Saúde maximiza o impacto social positivo da sua atividade, investindo nas comunidades onde estão inseridas as suas unidades de saúde, criando relações de confiança e posicionando-se como um parceiro para a saúde local.
Pela natureza da sua atividade, a José de Mello Saúde considera que os colaboradores são um elemento determinante na concretização da sua visão, promovendo sistematicamente a identificação, avaliação, desenvolvimento e retenção dos seus colaboradores e tendo a intenção de ser reconhecida como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal.
A inovação é um dos valores da José de Mello Saúde, sendo vista como um ativo essencial para manter uma oferta competitiva e explorar novas soluções geradoras de diferenciação e valor para clientes e profissionais da José de Mello Saúde. Partindo dos cinco pilares estratégicos da Organização, são promovidas diversas atividades ao nível do fomento da inovação incremental, planeada, exploratório e de atividade científica.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 3
Temas Materiais Abordagem de Gestão (DMA)
Ecoeficiência
Ética e Transparência na Cadeia de Valor
Qualidade dos Serviços de Saúde
A José de Mello Saúde investe na minimização do impacto ambiental associado à sua atividade, com a intenção de se afirmar como um operador referência nesta área. O foco de atuação da melhoria da pegada ambiental da José de Mello Saúde está na área da ecoeficiência do consumo energético dos seus edifícios hospitalares.
A José de Mello Saúde reconhece a importância dos seus fornecedores na atividade de prestação de cuidados de saúde. Para além de exigir a máxima qualidade e segurança por parte dos seus fornecedores, a José de Mello Saúde considera fundamental que estes tenham e promovam princípios de ética, transparência e respeito pela sociedade.
A José de Mello Saúde acredita que a qualidade clínica é o elemento central da sua proposta de valor e continua focada em evidenciar os seus resultados clínicos participando em sistemas de avaliação e reconhecimento externo.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 20174
TABELA GRIINDICADOR GRI
ESTRATÉGIA E ANÁLISE
PERFIL ORGANIZACIONAL
Mensagem do Presidente
Principais impactos, riscos e oportunidades
Nome da organização
Principais produtos e serviços
Localização da sede da organização
Natureza de propriedade e forma jurídica da organização
Mercados em que a Organização atua
Dimensão da organização
Mão de obra total, por tipo de emprego, por contrato de trabalho, sexo e região.
Número de países nos quais a organização opera e nome dos países nos quais as suas principais operações estão localizadas ou que são especialmente relevantes para os tópicos de sustentabilidade abordados no relatório
-
-
-
-
-
-
-
-
-
102-14
102-15
102-1
102-2
102-3
102-5
102-6
102-7
102-8
102-4
Relatório Integrado 2017: Mensagem do Presidente
Relatório Integrado 2017:Estratégia, concretizações e metas;Gestão de Risco Principais Riscos e Incertezas.
Relatório Integrado 2017:Perfil do Relatório.
Relatório Integrado 2017:Perfil do Relatório.
Relatório Integrado 2017:Perfil do Relatório.
Relatório Integrado 2017:Sobre a José Mello Saúde.
Relatório Integrado 2017:Sobre a José Mello Saúde.
Relatório Integrado 2017:Sobre a José Mello Saúde.
Masculino 1.713
319
96
1.298
117
1.596
1.223
373
4.789
345
6.040
Termo Certo 1.542
469
6.087
462
7.636
Termo Incerto
Contrato Sem termo
Part-Time
Full-Time
Feminino 6.385
Feminino
Feminino
Masculino
Masculino
Masculino
Masculino
Masculino
Feminino
Feminino
Feminino
Total de Colaboradores 8.098
8.098Total de Colaboradores por tipo de contrato
Relatório Integrado 2017:Sobre a José Mello Saúde.
LOCALIZAÇÃO ODS
Norte 3.494
Sul 4.604
Masculino 802
Masculino 911
Feminino 2.692
Feminino 3.693
Total de colaboradores por região e por sexo 8.098
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 5
INDICADOR GRI
Percentagem de colaboradores abrangidos por acordos de contratação coletiva
Lista de todas as entidades incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas ou documentos equivalentes da organização
Processo adotado para definição do conteúdo do relatório e os limites dos Aspetos
Abordagem ao princípio da precaução
Cadeia de fornecedores da organização
Alterações significativas ocorridas no decorrer do período coberto pelo relatório em relação à dimensão, estrutura, participação acionista ou cadeia de fornecedores da organização
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter económico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa
Principais adesões a organizações setoriais
-
-
-
-
-
-
-
102-41
102-45
102-46
102-11
102-9
102-10
102-12
102-13
Não existem acordos de negociação coletiva.
Relatório de Demonstrações Financeiras 2017
Relatório Integrado 2017:Perfil do Relatório e indicador 102-47
Relatório Integrado 2017:Gestão de risco, principais riscos e incertezas.
Relatório Integrado 2017:Sobre a José Mello Saúde.
Relatório Integrado 2017:Estratégia, concretizações e metas.
A José de Mello Saúde é membro do BCSD Portugal – Business Council for Sustainable Development, maior organização empresarial nacional dedicada à sustentabilidade com mais 100 empresas mundiais empenhadas na promoção do desenvolvimento sustentável e da GRACE – Grupo de Apoio e Reflexão à Cidadania Empresarial que se dedica à promoção da Responsabilidade Social Corporativa.
Considerando que as empresas têm um contributo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, a JMS realizou um exercício de identificação dos ODS que considera prioritários face ao seu potencial de impacto pela própria natureza da atividade da organização (vide secção 1.5 no Relatório Integrado 2017).
Mais informação sobre acreditações externas às unidades da José de Mello Saúde pode ser encontrada em “Desempenho clínico”.
Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) – A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) é um organismo sem fins lucrativos, apolítico e secularizado, que representa desde 1974 os interesses e valores das unidades de saúde portuguesas de natureza privada. Defende a criação de um sistema de saúde que assuma características de pluralidade de prestação, competitividade, eficiência e liberdade de escolha da unidade de saúde. Ou seja, um Estado Garantia com a intervenção do mercado. Mais informação em: http://www.aphp-pt.org/
Health Cluster Portugal - Polo de Competitividade da Saúde tem como objeto principal a promoção e o exercício de iniciativas e atividades tendentes à consolidação de um polo nacional de competitividade, inovação e tecnologia de vocação internacional e, bem assim, tendo presentes requisitos de qualidade e profissionalismo, promover e incentivar a cooperação entre as empresas, organizações, universidades e entidades públicas, com vista ao aumento do respetivo volume de negócios, das exportações e do emprego qualificado, nas áreas económicas associadas à área da saúde, bem como à melhoria da prestação de cuidados de saúde. Mais informação em: http://healthportugal.com/ Conselho Estratégico Nacional de Saúde - Confederação Empresarial de Portugal – É um órgão de consulta da CIP que tem por objetivo elaborar recomendações e pareceres, e submeter ao Conselho Geral e/ou Direção sobre matérias do interesse da área da Saúde, enquanto setor económico relevante.
LOCALIZAÇÃO ODS
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 20176
INDICADOR GRI
ASPETOS MATERIAIS IDENTIFICADOS E LIMITES
Lista dos aspetos materiais identificados no processo de definição do conteúdo do relatório
Lista de grupos de stakeholders da organização
Base para identificação e seleção de stakeholders
Tipo de abordagem adotada para envolver os stakeholders, inclusive a frequência do envolvimento por tipo e por grupo de stakeholder
Temas chave e preocupações identificadas pelos stakeholders como resultado do processo de envolvimento e as medidas adotadas pela organização no tratamento das mesmas
Reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações
Alterações significativas em relação a períodos cobertos por relatórios anteriores
-
-
-
-
-
-
-
102-47
102-40
102-42
102-43
102-44
102-48
102-49
Em 2017 a José de Mello Saúde revisitou a análise de materialidade que cruzou três vertentes – consulta a stakeholders, benchmarking a pares e análise de tendências do setor da saúde, tendo sido depois sujeita a discussão por parte da gestão de topo.
Mais informação sobre este tema pode ser encontrada no Relatório Integrado no capítulo. Diálogo com as partes interessadas.
Relatório Integrado 2017:Diálogo com as partes interessadas.
Relatório Integrado 2017:Diálogo com as partes interessadas.
Relatório Integrado 2017:Diálogo com as partes interessadas.
Relatório Integrado 2017:Diálogo com as partes interessadas.
A José de Mello Saúde realiza inquéritos de satisfação a clientes semanalmente, através de uma plataforma independente que envia um email para uma amostra de clientes que visitaram as unidades na semana anterior.
O inquérito inclui o Net Promoter Score, Secure Costumer Index, questões sobre o programa Cuidar+ (relacionamento humano) e áreas prioritárias sobre a experiência do cliente.Os resultados de 2017 têm um valor médio de 84%:
Relatório Integrado 2017 – Perfil do Relatório
Relatório Integrado 2017 – Perfil do RelatórioEm 2017, a José de Melo Saúde inaugurou a CUF São João da Madeira e adquiriu a Clínica Particular de Coimbra.
LOCALIZAÇÃO ODS
ENVOLVIMENTO COM STAKEHOLDERS
-2%
9%
0%
-3%
-1%
84%
86%
83%
84%
84%
85%
79%
83%
86%
85%
CUF Alvalade
CUF Sintra
CUF Cascais
CUF Torres Vedras
CUF Santarém
n/a
0%
-2%
-1%
2%
84%
83%
85%
84%
85%
n/a
83%
87%
85%
84%
CUF Almada
CUF S. Domingos de Rana
CUF Cascais
CUF Descobertas
CUF Viseu
-1%
n/a
-1%
-8%
0%
-3%
-1%
85%
87%
87%
84%
83%
84%
84%
85%
n/a
86%
91%
85%
87%
85%
CUF Belém
CUF S. João da Madeira
CUF Porto
CCMF
CUF Infante Santo
CUF Instituto
CUF
2016
Satisfação Global
2017 %
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 7
PERFIL DO RELATÓRIO
GOVERNO
ÉTICA E INTEGRIDADE
INDICADOR GRI
Período coberto pelo relatório
Data do relatório anterior mais recente
Composição do Conselho de Administração e das suas comissões
Ciclo de emissão de relatórios
Contatos para questões relativas ao relatório ou ao seu conteúdo
Opção “de acordo” escolhida pela organização e respetivo índice do conteúdo da GRI
Estrutura de governo da organização, incluindo comités ao mais alto nível de governo responsáveis por tarefas específicas, tais como a definição da estratégia ou a supervisão da organização
Valores, princípios, padrões e normas de comportamento da organização, como códigos de conduta e ética
Presidente do Conselho de Administração é, simultaneamente, um diretor executivo (e, nesse caso, qual a sua função ao nível da administração da organização e as razões para esta composição)
Processos de consulta usados entre os stakeholders e o mais alto órgão de governo em relação aos tópicos económicos, ambientais e sociais. Se a consulta for delegada a outras estruturas, órgãos ou pessoas, indique a quem e quaisquer processos existentes de feedback para o mais alto órgão de governo
Política e prática correntes adotadas pela organização para submeter o relatório a uma verificação externa
-
-
-
-
-
-
-
-
102-50
102-51
102-22
102-52
102-53
102-54
102-18
102-16
102-23
102-19
102-56
Relatório Integrado 2017: Perfil do Relatório.
Relatório Integrado 2017: Perfil do Relatório.
Relatório Integrado 2017 – Governo de Sociedade:Modelo de Governo.
Relatório Integrado 2017: Perfil do Relatório.
Relatório Integrado 2017: Perfil do Relatório.
Em 2017 foi feita a transição para a GRI Standards para a opção “De acordo-Essencial”, encontrando-se na presente tabela a respetiva correspondência com a mesma. O âmbito dos indicadores reportados neste relatório corresponde às empresas cuja gestão é controlada pela José de Mello Saúde.
Relatório Integrado 2017 Modelo de Governo;Composição e competências dos órgãos de administração e fiscalização.
Relatório Integrado 2017:Sobre a José de Mello Saúde.Composição e competências dos órgãos de administração e fiscalização.
Relatório Integrado 2017 – Governo de Sociedade:1. Modelo de Governo.2. Composição e competências dos órgãos de administração e fiscalização.
Relatório Integrado 2017:Diálogo com as partes interessadas.
A informação reportada no anexo GRI - quer resulte de medições, cálculos ou estimativas - foi sujeita à verificação externa, por uma entidade independente, a PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. No final deste documento encontra-se a declaração de verificação emitida por esta entidade.
LOCALIZAÇÃO ODS
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 20178
INDICADOR GRI
TEMA MATERIAL: SUSTENTABILIDADE FINANCEIRAFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução; Relatório Integrado 2017 - A José de Mello Saúde em números; Desempenho económico
TEMA MATERIAL: ÉTICA E CADEIA DE VALORFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução
ASPETO: DESEMPENHO ECONÓMICO
ASPETO: PRÁTICAS DE PROCUREMENT
Valor económico direto gerado e distribuído
Proporção de despesas com fornecedores locais
201-1
204-1
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
LOCALIZAÇÃO ODS
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para a organização devidoàs alterações climáticas
Cobertura das Obrigações referentes ao plano de benefícios definidos pela organização
Benefícios financeiros significativos recebidos do Governo
-
-
201-2
201-3
201-4
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Rácio do salário base de entrada comparativamente ao salário mínimo permitido a nível local, nas localizações de atividade mais significativa
Percentagem da gestão de topo recrutada na comunidade local em unidades operacionais importantes
202-1
202-2
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
ASPETO: PRESENÇA NO MERCADO
Novos fornecedores avaliados de acordo com critérios sociais
Impactos sociais negativos na cadeia de abastecimento e ações tomadas
414-1
414-2
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
ASPETO: AVALIAÇÃO SOCIAL DE FORNECEDORES
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 9
INDICADOR GRI
TEMA MATERIAL: ECOEFICIÊNCIAFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução; A José de Mello Saúde em números; Desempenho Ambiental
ASPETO: MATERIAIS
Materiais utilizados, por peso ou por volume
Percentagem de materiais utilizados que são reciclados
301-1
301-2
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
LOCALIZAÇÃO ODS
ASPETO: ENERGIA
ASPETO: ÁGUA
Consumo de energia dentro da organização
Total de consumo de água segmentado por fonte
Fontes de água afetadas significativamente pelo consumo de água
Intensidade energética
Redução do consumo de energia
Volume total e percentagem de água reciclada e reutilizada
302-1
303-1
303-2
302-3
302-3
303-3
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201710
INDICADOR GRI
ASPETO: EMISSÕES
Emissões diretas de GEE (Âmbito 1)
Emissões indiretas de GEE (Âmbito 2)
Emissões indiretas de GEE (âmbito 3)
Intensidade carbónica
Iniciativas para a redução de emissões de GEE e reduções registadas
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas por tipo e peso
Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso
305-1
305-2
305-3
305-4
305-5
305-7
305-6
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
LOCALIZAÇÃO ODS
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 11
INDICADOR GRI
ASPETO: EFLUENTES E RESÍDUOS
Descargas de água por qualidade e destino
Total de resíduos por tipo, destino e método de tratamento
306-1
306-2
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
LOCALIZAÇÃO ODS
TEMA MATERIAL: ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução; A José de Mello Saúde em números; Desempenho Social
ASPETO: EMPREGO
Número total e taxas de novas contratações e rotatividade de empregados por faixa etária, sexo e região
Taxas de retenção e retorno ao trabalho após licença parental, por sexo
Benefícios oferecidos a colaboradores full-time que não são oferecidos a colaboradores temporários ou a tempo parcial, por unidades operacionais importantes
401-1
401-3
401-2
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
ASPETO: SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Colaboradores representados em comités de segurança, que ajudem a monitorizar e aconselhar sobre programas de saúde e segurança
Tópicos de saúde e segurança cobertos por acordos formais com sindicatos
Tipo de lesão e as taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absentismo e número total de mortes relacionadas com o trabalho, por região e por sexo
403-1
403-4
403-2
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201712
INDICADOR GRI
ASPETO: FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO
Média de horas de formação por ano, por colaborador e por categoria (Este indicador não se encontra incluido no âmbito da veritifcação externa.)
Percentagem de colaboradores que recebem, regularmente, avaliações de desempenho
404-1
404-3
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
LOCALIZAÇÃO ODS
Composição dos órgãos de governo e discriminação de colaboradores por categoria, por sexo, faixa etária, associação a grupos minoritários e outros indicadores de diversidade
Composição dos órgãos de governo e discriminação de colaboradores por categoria, por sexo, faixa etária, associação a grupos minoritários e outros indicadores de diversidade
405-1
405-2
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
ASPETO: DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
TEMA MATERIAL: ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADEFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução; A José de Mello Saúde em números; Desempenho Social
ASPETO: IMPACTOS ECONÓMICOS INDIRETOS
Desenvolvimento e impacte dos investimentos em infraestruturas e serviços apoiados
Impactes económicos indiretos, incluindo a extensão dos impactes
203-1
203-2
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Operações envolvidas com a comunidade local, avaliações de impacto e programas de desenvolvimento
Operações com impactos significativos negativos reais e potenciais sobre as comunidades locais
-413-1
413-2
Relatório de Sustentabilidade 2017
Relatório de Sustentabilidade 2017
ASPETO: COMUNIDADES LOCAIS
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 13
INDICADOR GRI
ASPETO: CONFORMIDADE SOCIOECONÓMICA
Valor monetário de multas significativas ou sanções não monetárias por não conformidade com leis e regulamentos na área económica e social
419-1 Relatório de Sustentabilidade 2017
LOCALIZAÇÃO ODS
TEMA MATERIAL: QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDEFormas de Gestão (103): 103-1) Relatório Integrado 2017 - Diálogo com as partes interessadas103-2 e 103-3) Relatório de Sustentabilidade 2017 – Introdução; A José de Mello Saúde em números; Desempenho Clínico
ASPETO: SAÚDE E SEGURANÇA DO CLIENTE
ASPETO: ROTULAGEM E MARKETING
ASPETO: PRIVACIDADE DO CLIENTE
Avaliação dos impactes de saúde e segurança das categorias de produtos e serviços
Requisitos de informação e rotulagem de produtos e serviços
Número total de reclamações comprovadas relativamente à violação de privacidade e perda de dados de clientes
Inc identes de não-conformidade relacionados com informação e rotulagem de produtos e serviços
Incidentes de não-conformidade relacionados com impactes na saúde e segurança causados pelos produtos e serviços
-416-1
417-1
418-1
417-2
416-2
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
Relatório de Sustentabilidade 2017.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201714
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 15
Aspeto: Desempenho Económico
Aspeto: Presença no Mercado
201-1 Valor económico direto gerado e distribuído (Milhões de Euros)
201-2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades relacionados com as alterações climáticasA José de Mello Saúde considera que as suas operações possuem pouca exposição a este risco e não possui informação suficiente para descrever as implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as suas atividades, devido às alterações climáticas.
201-3 Cobertura das Obrigações referentes ao plano de benefícios definidos pela organizaçãoA José de Mello Saúde não possui um plano de pensões.
201-4 Benefícios financeiros significativos recebidos do GovernoA José de Mello Saúde não recebeu nenhum apoio financeiro significativo do governo durante o exercício de 2017.
202-1 - Rácio do salário base de entrada comparativamente ao salário mínimo permitido a nível local, nas localizações de atividade mais significativaDada a existência de uma grande diversidade de horários na José de Mello Saúde, foram considerados, para efeitos de cálculo deste indicador, apenas os três horários mais representativos na população existente (35, 36, 40 horas) e os seguintes regimes de trabalho: “Regime Misto”; “Permanentes”; “Contratados” e “Funcionários Públicos”.
CATEGORIA ECONÓMICA
Valor económico direto gerado
Sexo
586,2637,4
Receitas
Salário mais baixo da organização
Remunerações
Comunidades
586,2
557557501,3501,3487,4487,4
637,4
Valor económico direto distribuído
S.M.N ajustado pelo PNT
Rácio
Dividendos
Custos Operacionais
550,3
557557501,3501,3487,4487,4
1,001,001,001,001,001,00
618,1
Pagamentos ao Estado
Valor económico direto retido
184,6
11,4
21,0
0,0
333,3
35,9
202,6
22,8
31,8
0,0
363,1
19,6
2016
HORÁRIOS 35
Feminino FemininoMasculino Masculino
36 40
2017
Feminino Masculino
Indicadores GRITodos os indicadores GRI Standards foram submetidos a verificação externa. As formas de gestão genérica dos
indicadores podem ser consultadas através das DMA’s na introdução deste documento, bem como através da
informação indexada na Tabela GRI.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201716
Concluímos da análise que para os horários mais representativos, a remuneração mínima auferida corresponde ao S.M.N., tomando como referência as 40 horas como o período normal de trabalho semanal.
Fórmulas:
Cálculo do Salário Mínimo Nacional (S.M.N.) é ajustado pelo período normal de trabalho (PNT), de acordo com Artigo 271.º do código de trabalho.Cálculo do valor da retribuição horária: O valor da retribuição horária é calculado segundo a seguinte fórmula: (Rm × 12): (52 × n), sendo “Rm” o valor da retribuição mensal e “n” o período normal de trabalho semanal, definido em termos médios em caso de adaptabilidade.
202-2 – Percentagem da gestão de topo recrutada na comunidade local em unidades operacionais importantesA José de Mello Saúde não pratica qualquer tipo de discriminação na escolha dos seus colaboradores, estando impedida, por razões legais, de exercer qualquer tipo de discriminação no recrutamento de novos colaboradores.
Aspeto: Impactos Económicos Indiretos
Aspeto: Práticas de Procurement
203-1– Desenvolvimento e impacte dos investimentos em infraestruturas e serviços fornecidos essencialmente para Benefício PúblicoPela natureza da sua atividade, a José de Mello Saúde considera que tem impactos diretos e indiretos positivos, nas comunidades servidas pelas suas unidades de saúde.Além da prestação de cuidados de saúde, as unidades da José de Mello Saúde promovem um envolvimento ativo com as comunidades que servem. Mais informações sobre estas iniciativas, assim como resultados e montantes investidos, podem ser encontrados no Relatório Integrado, no capítulo do Desenvolvimento Social.
203-2 – Impactos Económicos Indiretos Significativos, incluindo a extensão dos impactosA José de Mello Saúde não possui informação sobre a avaliação dos impactos económicos indiretos da sua atividade.
204-1 - Proporção de despesas com fornecedores locais A totalidade dos fornecedores da José de Mello Saúde (mais de 700) possui NIF português.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 17
CATEGORIA AMBIENTAL
Aspeto: Materiais Utilizados
301-1 – Materiais utilizados, por peso ou por volumeA José de Mello Saúde é uma companhia de serviços que não realiza processos de manufatura e que apresenta um consumo de recursos naturais e matérias-primas reduzido. Informação sobre o consumo energético e de água pode ser encontrada nos indicadores 302-1, 302-2 e 303-1.
301-2 - Percentagem de materiais utilizados que são recicladosNo exercício da sua atividade de prestador de cuidados de saúde, a José de Mello Saúde não utiliza materiais reciclados.
Aspeto: Energia
302-1 - Consumo de energia dentro da organização Em 2017, o consumo total de energia da José de Mello Saúde foi de 80.068.788 kWh: 63% diz respeito ao consumo de eletricidade, 29% consumo de gás e 9% de entalpia, representado uma redução de 2% face ao consumo de 2016.
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201718
Gás Natural
O gás natural é a fonte de energia principal utilizada nos sistemas de climatização das unidades José de Mello Saúde, sendo utilizado principalmente para aquecimento de águas quentes sanitárias, para o sistema de AVAC e no abastecimento às cozinhas. O consumo global de gás natural em 2017 foi de 22.873.520 kWh, o que representou uma diminuição absoluta de 11,2% face ao ano anterior.
O Hospital de Braga manteve-se como o maior consumidor de gás do universo de unidades José de Mello Saúde, tendo representado, em 2017, 42% do consumo total. O Hospital de Vila Franca de Xira aumentou, em relação ao ano anterior, o seu peso percentual para 25% dos consumos totais em resultado da redução muito significativa do consumo no Hospital de Braga com grande peso no desempenho global.
Pode analisar-se no gráfico abaixo a variação dos consumos de gás nas diversas unidades do grupo:
Variação no Consumo de Gás - (MWh)
Consumos de Gás - 2017 (%)
0
2.000
2015
2016
2017
4.000
6.000
8.000
10.000 9.574
956 1.643
223
1.173956
201 24 830
1.648
5.645
12.000
14.000
16.000
18.000
2017
CUF Porto4%
Instituto CUF6%
CUF Descobertas1%
CUF Infante Santo5%
Hospital Vila Franca de Xira25%
CUF Cascais4%
CUF Torres Vedras1%
CUF Santarém4%
CUF Viseu7%
CUF S. João da Madeira0%
Hospital de Braga42%
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CUF
Vise
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 19
Pode-se analisar no gráfico abaixo a distribuição dos consumos totais de eletricidade nas diversas unidades do grupo:
Destaca-se a redução muito significativa do consumo no Hospital de Braga, que contribuiu de forma decisiva para a melhoria global do consumo desta utility. O cômputo destes resultados permitiu uma redução no consumo global de 14,1% comparativamente ao ano anterior, para unidades e períodos equivalentes.
Eletricidade
A eletricidade é a principal fonte de energia utilizada nas unidades da José de Mello Saúde, sendo o consumo global de energia indireta primária em 2017 de 50.185.499 kWh.Os maiores consumidores de energia elétrica em 2017 foram o Hospital de Braga (27%) e o Hospital Vila Franca de Xira (17%).
Consumos de electricidade - 2017 (MWh)
CUF Porto13%
Instituto CUF6%
Hospital de Braga
27%
CUF Descobertas10%
CUF Infante Santo8%
Hospital Vila Franca de Xira17%
Dif. Sede1%
CUF Alverca1%
CUF Cascais4%
CUF Torres Vedras2%
CUF Belém1%
CUF Alvalade1%
CUF Santarém2%
CUF Viseu4%
Contact Center, CUF Mafra, CUF S. João da Madeira, CUF Sintra, CUF SDR, CUF Miraflores 0%
2017
Variação no Consumo de Electricidade (MWh)
0
2.000
2015
20162017
4.000
6.000
8.000
10.000
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4.965
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3.194 3.906
692114 101
1.21569
2.073
215267 172 3171.086 501
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JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201720
A José de Mello Saúde passou a integrar, em 2017, a Clínica CUF Almada, a Clínica CUF São João da Madeira e também a sua sede, em Carnaxide. O aumento absoluto do consumo de eletricidade foi de 4,3% em relação a 2015, porém, comparando o despenho em pressupostos equivalentes – períodos de funcionamento homólogos, nas mesmas unidades – obteve-se uma pequena diminuição dos valores de consumo: - 0,6% (-280.359kWh).
Para este efeito contribuiu, em particular, o projeto de eficiência energética do Hospital de Braga, desenvolvido entre Junho de 2014 e Março de 2017 e que foi merecedor da 10ª edição do Prémio EDP, na distinção “Vendedor Absoluto – Serviços e Outras Atividades”. O projeto que representou um investimento superior a 1milhão de euros garantiu a implementação de 7 grandes medidas de poupança energética, como será detalhado adiante.
Nas restantes unidades, verificou-se, regra geral, a manutenção dos níveis de consumo pelo equilíbrio entre as medidas de poupança e a intensificação da atividade das várias unidades. A exceção foi feita ao Hospital CUF Viseu, cujos consumos representaram a totalidade do ano de 2017 em contraste com os consumos de 2016 que refletiram apenas o período pós-inauguração.
Entalpia
No que respeita à entalpia – utilização de água quente e gelada nos circuitos de AVAC e Águas Quentes Sanitárias, apenas existente no Hospital CUF Descobertas, na Clínica CUF Alvalade e no CUF Contact Center –, o consumo total em 2017 foi 7.009.769 KWh tendo-se verificado uma diminuição significativa (-7,7%) em relação ao ano de 2016.Os valores da Clínica CUF Alvalade foram obtidos por estimativa a partir do seu histórico, uma vez que o fornecedor não faturou qualquer consumo durante o ano de 2017, pelo que se consideraram valores iguais aos de 2016.
Consumo de Entalpia - 2017 (kWh)
2017CUF Descobertas86%
CUF Alvalade11%
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0
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2015
2016
2017
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744 259
CUF Descobertas
CUF Alvalade
Contact center
12.000
14.000
Variação no Consumo de Entalpia - (kWh)
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 21
302-3 - Intensidade energéticaA Intensidade Energética da José de Mello Saúde, no ano de 2017, foi de 45,4 kgep/m2 de área útil. Para o cálculo deste indicador foram usados, como numerador os consumos de eletricidade, gás e entalpia no grupo e, como denominador, a área útil de construção climatizada de acordo com os valores calculados nos Certificados Energéticos das várias unidades. Este valor apresenta um ligeiro aumento relativamente ao ano anterior, consequência da revisão em baixa das áreas úteis de alguns dos edifícios.Embora sejam estabelecidos no presente relatório outras análises de rácios, a área útil é o único denominador comum a todas as unidades pelo que foi utilizado nesta análise. De referir também que apenas a energia consumida dentro da organização foi considerada.
302-4 - Redução do consumo de energiaA José de Mello Saúde estabeleceu um plano para o desenvolvimento e implementação de projetos de melhoria de redução dos consumos energéticos e sustentabilidade nas suas unidades. Destacam-se no ano de 2017 os seguintes projetos:
1. Hospital de BragaO Hospital de Braga venceu a 10ª edição do Prémio EDP Energia Elétrica e Ambiente, que visa distinguir as empresas portuguesas pelas boas práticas no domínio da eficiência elétrica e da sustentabilidade ambiental. A distinção, “Vencedor Absoluto – Serviços e Outras Atividades”, reconheceu o trabalho desenvolvido pelo Hospital no âmbito de um projeto de eficiência energética. Destaca-se a intervenção sobre o sistema de Gestão Técnica Centralizada do edifício: afinação dos algoritmos de funcionamento dos sistemas de transporte de energia, com a integração de novas variáveis significativas, permitindo-lhe ter capacidade de modelação e adaptação das condições de funcionamento às necessidades operativas do sistema;Outras medidas introduzidas no âmbito deste projeto foram a alteração de circuitos hidráulicos para instalação de novos equipamentos com maior eficiência energética, a instalação de sensores de CO2, temperatura e humidade que permitem, entre outras funções, melhor aproveitamento da energia mantendo a qualidade do ar e o conforto nos diferentes espaços do edifício e a instalação de baterias de recuperação de energia que permitem, por exemplo, o reaproveitamento da energia existente no sistema de extração do ar.O conjunto destas medidas, somadas às já implementadas no ano transato, permitiu em quatro anos um decréscimo superior a 26% no consumo de energia deste hospital, o que representa uma poupança decisiva de energia, emissões e custos nesta que é a maior das unidades geridas pelo grupo José de Mello Saúde.
2. Novos ProjetosAs medidas aplicadas em todas as instalações supracitadas demonstram a necessidade da aposta em tecnologias adequadas ao funcionamento ótimo de cada edifício; é, porém, de vital importância que a integração de tais tecnologias comece desde logo na fase de concepção dos edifícios. Por este fato, em 2017, e com continuidade no biénio 2018-2019, o desenvolvimento dos projetos das futuras unidades e expansões das existentes – como o Hospital CUF Tejo, o Hospital CUF Sintra e os novos edifícios de expansão dos hospitais CUF Descobertas e CUF Torres Vedras – tem levado em conta toda a experiência acumulada nesta área para fortalecer, não só no curto, mas também no médio e longo prazo, o compromisso da grupo José de Mello Saúde para com a sustentabilidade dos seus edifícios.
303-1- Total de consumo de água segmentado por fonteO consumo total de água, em 2017, nas unidades José de Mello Saúde foi de 368.392 m3, mais 5% face a 2016. Esta evolução deveu-se sobretudo ao aumento do número de unidades de saúde. As Unidades com maior peso são o Hospital de Braga (37%), Hospital Vila Franca de Xira (14%) e CUF Descobertas (13%).
Aspeto: Água
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201722
Pode-se analisar no gráfico abaixo a variação dos consumos de água nas diversas unidades do grupo:
Consumo de Água - 2017 (m3)
CUF Porto10%
Instituto CUF4%
CUF Descobertas13%
Hospital de Braga
37%
CUF Infante Santo10%
Hospital Vila Franca de Xira14%
CUF Viseu1%
CUF Cascais5%
CUF Alvalade1%
CUF Santarém2%
Contact Center1%
2017
CUF Torres Vedras2%
CUF Mafra, CUF Belém, CUF Almada, CUF Sintra, CUF SDR, CUF Miraflores0%
Variação no Consumo de Água (m3)
0
20.000
2015
2016
2017
40.000
60.000
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37.437
46.195 50.007
17.61816.073
35.818
3.439 1.041 700
6.306232 2.381 1.4281.332 236 2.554
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 23
No global, existiu um aumento de 5,4% nos consumos de água, para o qual contribuiu em grande parte o ano inteiro de funcionamento das unidade CUF Viseu e também a contabilização das unidades CUF Almada e CUF São João da Madeira, bem como a contribuição dos aumentos das maiores unidades, relacionado com o seu aumento de produção, quer no número de dias de internamentos, quer na quantidade de consultas realizadas em 2017. A intensificação das ações de manutenção às redes de água fria e quente, com objetivo de prevenção de desenvolvimento microbiológico, contribuiu de forma significativa para o referido aumento.
303-2 – Fontes de água afetadas significativamente pelo consumo de água
Este indicador é considerado não aplicável no âmbito da atividade da José de Mello Saúde.
303-3 – Volume total e percentagem de água reciclada e reutilizada
Os Hospitais de Braga e Vila Franca de Xira possuem reservatórios para onde é encaminhado parte do volume de águas recolhido pela rede de recolha de águas pluviais do edifício. As mesmas são posteriormente utilizadas para rega. Os volumes dos depósitos, 170 m3 e 132 m3 respetivamente, permitem armazenar para sensivelmente 3 dias de rega em tempo de Verão.
305-1 e 305-2 - Emissões diretas de GEE (Âmbito 1) e Emissões indiretas de GEE (Âmbito 2)
O valor global de emissões de gases com efeito de estufa da José de Mello Saúde foi de 21.334 tCO2 em 2017, verificando-se uma redução de aproximadamente 18% face ao ano anterior, diminuição está relacionada com a forte diminuição na utilização de gás combustível
Emissão de CO2 (ton)
2017
CUF Descobertas11%
CUF Infante Santo7%
Hospital Vila Franca de Xira18%
CUF Cascais4%
CUF Torres Vedras2%
CUF Porto11%
Instituto CUF6%
Hospital de Braga30%
CUF Alvalade
1%
CUF Santarém
2%
CUF Viseu5%
CUF Almada1%
ED. Sede1%
Contact Center, CUF Miraflores, CUF Mafra, CUF Belém, CUF SDR, CUF Sintra, CUF S. João da Madeira
0%
Aspeto: Emissões
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201724
Emissões de CO2 - 2017 (ton)
Os valores das emissões indicadas foram apurados com base no total das faturas entregues pelos prestadores, sendo o coeficiente para cálculo das emissões de CO2 equivalente fornecido pelos prestadores no caso da eletricidade e, no caso de consumos de gás e entalpia, através de cálculo, utilizando o factor de emissão indicado pelos fornecedores.
Podemos analisar no gráfico em cima a contribuição de cada consumo para o total de emissões de CO2 em cada unidade.
Variação das emissões das CO2 - (ton)
305-3 - Outras emissões indiretas relevantes de GEE (Âmbito 3)
As deslocações em serviço são maioritariamente efetuadas em veículos da frota da José de Mello Saúde, sendo contabilizadas como emissões diretas e tendo sido consideradas não relevantes, dada a sua reduzida expressão, e por isso não consideradas para o âmbito da resposta ao indicador.
0
1.000
Entalpia
Gás
Electricidade
2.000
3.000
4.000
5.000
Hos
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20162017
2.000
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6.300
2.376 2.243
3.816
889
1.354 1.502
22135 34
44311
990
9688 58 175509
16244
6.000
7.000
8.000
9.000
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 25
305-4 – Intensidade carbónica
A Intensidade Carbónica da José de Mello Saúde, no ano de 2017, foi de 72,75 kgCO2/m2 de área útil. Para o cálculo deste indicador foram usados, como numerador os consumos de eletricidade, gás e entalpia no grupo e, como denominador, a área útil de construção climatizada de acordo com os valores calculados nos Certificados Energéticos das várias unidades. Este valor apresenta uma diminuição significativa em relação ao ano de 2016, resultante em boa parte da marcada redução de utilização de gás natural.
Embora sejam estabelecidos no presente relatório outras análises de rácios, a área útil é o único denominador comum a todas as unidades pelo que foi utilizado nesta análise. De referir também que apenas a energia consumida dentro da organização foi considerada.
305-5 - Iniciativas para a redução das emissões de GEE e reduções registadas
A José de Mello Saúde desenvolveu algumas iniciativas que resultam numa redução de emissões de gases com efeito de estufa (ver resposta ao indicador 302-4) no entanto não é possível estimar o total economizado com estas ações.
305-6 - Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso
Este indicador é considerado não aplicável no âmbito de atividade da José de Mello Saúde, dado que os processos e serviços da organização não utilizam substâncias destruidoras da camada do ozono.
305-7 - NOX, SOX e outras emissões atmosféricas significativas por tipo e peso
Os valores de SOX emitidos nas unidades da José de Mello Saúde são inexpressivos, uma vez que o Gás Natural contém um teor de enxofre que permite assumir como nula a emissão de GEE.
O valor total de emissões de NOx foi de 5.764 kg sendo considerado para este cálculo o consumo de Gás Natural nas unidades José de Mello Saúde. Assim foram estimadas as emissões de NOx utilizando o fator de conversão de 70 g/GJ, indicado pelo Instituto do Ambiente. O valor é 7,2% inferior ao verificado em 2016, concomitante com a redução de utilização de gás natural obtida em 2017.
Emissão de NOx - 2017 (%)
306-1 - Descargas de água por qualidade e destino
Não é possível quantificar as descargas de água por qualidade e destino nas unidades da José de Mello Saúde.
2017
CUF Porto4%
CUF Viseu7%
Hospital de Braga42%
Instituto CUF7%
CUF Descobertas1%
CUF Infante Santo5%
Hospital Vila Franca de Xira25%
CUF Cascais4%
CUF Torres Vedras1%
CUF Santarém4%
Aspeto: Efluentes e Resíduos
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201726
306-2 - Total de resíduos por tipo, destino e método de tratamento
Os Resíduos Hospitalares são divididos em:
Resíduos Hospitalares Não Perigosos (Inclui o Grupo I e II)
- Grupo I (Resíduos Equiparados a Urbanos) - Exemplo: Resíduos provenientes dos serviços gerais, como gabinetes, salas de reuniões, salas de convívio, instalações sanitárias, vestiários, etc.
- Grupo II (Resíduos Hospitalares Não Perigosos) - Exemplo: Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas não contaminadas e sem vestígio de sangue; fraldas e resguardos não contaminados e sem vestígios de sangue, embalagens vazias de medicamentos (frascos-ampola, blisters, etc.), ou de produtos de uso clínico ou comum com exceção dos incluídos no Grupo III e IV.
Resíduos Hospitalares Perigosos (Inclui o Grupo III e IV)
- Grupo III (Resíduos Hospitalares de Risco Biológico) - Exemplo: Todos os resíduos contaminados provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infeciosos ou suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica.
- Grupo IV (Resíduos Hospitalares de Risco Específico) - Exemplo: Peças anatómicas identificáveis (amputações), fetos e placentas; materiais cortantes e perfurantes, produtos químicos e fármacos rejeitados, citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e administração.
Obs.: Unidade Medida Tonelada
Em 2017 registou-se uma redução dos resíduos produzidos em cerca de 31%.
Nota: O cálculo da produção de Resíduos Hospitalares Não Perigosos (RHNP’s) e de Resíduos Valorizáveis nas unidades da José de Mello Saúde é realizado por estimativa, uma vez que cada unidade de saúde dispõe de soluções de encaminhamento destes resíduos diferente das restantes. Na base deste cálculo foram utilizadas as quantidades registadas pela AMBIMED nas unidades em que presta este serviço (Hospital CUF Descobertas e Hospital Vila Franca de Xira).
Resíduos por tipo
Resíduos por destino
Quant. Acum 2017
Quant. Acum 2017
Quant. Acum 2016
Quant. Acum 2016
Perigosos
Deposição
1.209
6.200
1.252
4.169
Não Perigosos
Valorização
5.349
358
3.284
367
0
0
1.000
1.000
2.000
2.000
3.000
3.000
4.000
4.000
5.000
5.000
Quant. Acum 2016
Quant. Acum 2016
Quant. Acum 2017
Quant. Acum 2017
6.000
6.000
7.000
Perigoso
Deposição
Não Perigoso
Valorização
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 27
CATEGORIA SOCIAL
Aspeto: Emprego
401-1 – Número total e taxas de novas contratações e rotatividade de empregados por faixa etária, sexo e região.
Entradas 1.797
Saídas
Taxa de Novas Contratações
Entradas
Região
1205
Empregados no Final do Período
Taxa de Saída
Feminino
Norte
8.058
Taxa de Rotatividade
Masculino
Sul
22,30%
14,95%
18,63%
1.439
586
358
1211
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201728
30-50 anos
Região
Feminino
Norte
>50 anos
<30 anos
30-50 anos
>50 anos
Masculino
Masculino
>50 anos
>50 anos
581
360
Masculino
Sul
Feminino
Feminino
Feminino
Feminino
Taxa de novas contratações
Taxa de saída
<30 anos
<30 anos
Total
Total
140
845
Masculino
Masculino
Masculino
Masculino
Feminino
Feminino
30-50 anos
30-50 anos
69
434
443
84
12
97
126
21
12,35%
6,59%
22,30%
14,95%
1,01%
1,30%
17,86%
11,93%
4,44%
3,03%
8,95%
7,06%
<30 anos
Saídas
Feminino
Feminino
Masculino
Masculino
789
961
206
244
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 29
Masculino
>50 anos
Taxa de rotatividade
<30 anos
Total
Feminino
30-50 anos
9,47%
18,63%
1,15%
14,89%
3,74%
8,00%
Nota: Não inclui órgãos sociais.
401-2 – Benefícios oferecidos a colaboradores full-time que não são oferecidos a colaboradores temporários ou a tempo parcial, por unidades operacionais importantes
Apenas os colaboradores com contrato individual de trabalho e antiguidade mínima de um ano usufruem de seguro de saúde oferecido pela empresa. Destes excluem-se os que tem contrato com as unidades em regime de PPP.
401-3 – Taxas de retenção e de retorno após licença parental, por sexo
Masculino
Masculino
Masculino
Masculino
Masculino
Taxa de retorno
Taxa de retenção
Colaboradores que regressaram ao trabalho que estiveram de licença de paternidade / maternidade no ano de reporte
Colaboradores que regressaram ao trabalho após a licença de paternidade / maternidade e continuam
empregados após 12 meses de trabalho
Colaboradores que regressaram após gozo de licença parental 2017
Feminino
Feminino
Feminino
Feminino
Feminino
75%
56
53
64
94%
87%
89%
180
195
191
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201730
403-1 - Colaboradores representados em comités de segurança e saúde, que ajudem a monitorizar e aconselhar sobre programas de saúde e segurança
Cada uma das unidades da José de Mello Saúde tem um representante de segurança, higiene e saúde no trabalho, porém não existem comissões formais criadas para acompanhar este tema, estando essa responsabilidade a cargo da SAGIES, empresa que presta esse serviço à José de Mello Saúde.
403-2 - Tipo de lesão e as taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absentismo e número total de mortes relacionadas com o trabalho, por região e por sexo
Pressupostos A José de Mello Saúde calcula a taxa de lesões com base nas horas de ausência devido a acidentes de trabalho.
Fórmula: horas de ausência por motivo (ex.: acidente de trabalho) / potencial máximo de trabalhoTaxa de Absentismo: Considerou-se que cada FTE’s corresponde a uma média de 2.080 horas ano (173,33 mês). A São excluídas do cálculo das horas de absentismo as licenças relacionadas com casamento, estudo, falecimento, licença parental.
Não inclui órgãos sociais.
Acidente de Trabalho
Acidente de Trabalho
Greve
Ausência Injustificada
Suspensão
Assistência Família
Licença Sem Vencimento
Ausência Justificada
TOTAL
Ausência Autorizada
Obrigações legais
Doença
Sul
Norte
0,32%
0,32%
0,06%
0,11%
0,00%
0,29%
0,02%
0,03%
3,70%
0,04%
0,01%
2,81%
51.072
51.072
8.962
17.378
416
46.722
2.469
5.481
585.850
5.704
1.832
445.812
0,24%
0,24%
0,07%
0,05%
0,00%
0,05%
0,06%
0,00%
1,91%
0,05%
0,03%
1,35%
7.952
7.952
2.399
1.801
64
1.737
1.910
152
63.202
1.738
829
44.619
0,34%
0,34%
0,05%
0,12%
0,00%
0,36%
0,00%
0,04%
4,17%
0,03%
0,01%
3,20%
43.120
43.120
6.563
15.577
352
44.985
559
5.329
522.648
3.966
1.003
401.193
TAXA DE LESÕES
TIPO DE AUSÊNCIA
POR REGIÃO
TOTAL
Feminino
Feminino
Masculino
23.599
39.604
63.202
Horas de Trabalho Perdidas - Absentismo
Feminino
247.878
274.770
522.648
Horas Trabalho Perdidas
Horas Trabalho Perdidas
Horas Trabalho Perdidas
Horas Trabalho Perdidas
Taxa
Taxa
Taxa
Taxa
Masculino
Masculino
Total
Total
Horas Trabalho Perdidas
Horas Trabalho Perdidas
Taxa
Taxa
Sexo
Aspeto: Saúde e Segurança no trabalho
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 31
403-4 - Tópicos de saúde e segurança cobertos por acordos formais com sindicatos
Não existem tópicos relativos a saúde e segurança abrangidos por acordos formais com sindicatos.
404-1 - Média de horas de formação por ano, por colaborador e por categoria*
Em 2017, a José de Mello Saúde realizou 133.314 horas de formação, registando em média 16,54 horas por colaborador.
*Este indicador não se encontra incluído no âmbito da verificação externa.
TOTAL 8.058 133.314 16,54
Por Sexo MédiaHorasNº de Colaboradores
Feminino 6.375 105.207 16,50
Masculino 1.683 28.106 16,70
Administrativos
CUF Academia
Órgãos Sociais
HCP
Enfermeiros
CUFT
Téc. Sup. Saúde
HVFX
Téc. Superiores
ICUF
Auxiliares
CUF Belém
Serviços Gerais
HCUV
Internos
HBCC
TOTAL
Dirigentes
CUFC
Téc. Diag. Terap.
HSCL
Médicos
CUF Infante Santo
9,54
0,94
23,09
33,25
7,17
4,29
75,86
11,67
16,54
10,94
15,60
26,74
16.255
658
38
7.436
46.545
4.050
2.694
25.048
15.056
365
849
1.584
18.359
65.374
3.442
406
133.314
1.882
3.599
7.442
2.662
20.753
5.147
2.691
72
24
1.921
7.830
317
392
6.312
1.817
40
305
551
4.546
13.347
1.032
98
28.106
542
729
1.487
607
7.443
985
13.563
586
14
5.516
38.715
3.733
2.302
18.735
13.239
325
544
1.033
13.813
52.027
2.411
309
105.207
1.340
2.869
5.955
2.055
13.310
4.162
POR GRUPO FUNCIONAL
POR UNIDADE
Horas
Horas
Feminino
Feminino
Masculino
Masculino
Total
Total
Média
Aspeto: Formação e Educação
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201732
Pressupostos
Consideram-se apenas colaboradores contratados, permanentes, regime misto e funcionários públicos.
404-3 - Percentagem de colaboradores que recebem, regularmente, avaliações de desempenho
JMSH
Comportamental
RACE
Serviço
SAGI
Gestão
TOTAL
TOTAL
SGHD
Técnica
1.220
20.389
9.159
4.520
56
4.066
133.314
133.314
6.553
104.339
185
4.032
1.734
715
46
699
28.106
28.106
1.164
22.660
1.035
16.357
7.425
3.805
10
3.367
105.207
105.207
5.389
81.678
POR UNIDADE
POR TIPO
Horas
Horas
Feminino
Feminino
Masculino
Masculino
Total
Total
% colaboradores avaliados 60.82%
Total de colaboradores avaliados 4.901
GPS 297
MAPPA 4.604
61% dos colaboradores da José de Mello Saúde foram abrangidos por um dos sistemas de avaliação existentes – 297 através do GPS (Global Performance System) destinado aos quadros de gestão e 4.604 através do MAPPA Modelo Avaliação, Performance e Potencial Anual). No que respeita aos colaboradores com vínculo à Função Pública são avaliados pelo SIADAP. De referir que só estão sujeitos a avaliação, colaboradores que tenham exercido funções
por um período mínimo de 6 meses.
405-1 - Composição dos órgãos de governo e discriminação de colaboradores por categoria, por sexo, faixa etária, associação a grupos minoritários e outros indicadores de diversidade
Informação adicional sobre a composição dos órgãos sociais da José de Mello Saúde pode ser encontrada no Relatório Integrado da José de Mello Saúde, no capítulo do Governo da Sociedade.
Os grupos funcionais mais representativos no universo da José de Mello Saúde desempenham funções de auxiliar de ação médica e de enfermagem. De destacar ainda o grupo administrativos, com 21% da população. No que respeita à composição por sexo, a população da José de Mello Saúde é maioritariamente feminina com 79% de colaboradoras para apenas 21% de colaboradores masculinos.
Aspeto: Diversidade e Igualdade de oportunidades
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 33
Relativamente a outros indicadores de diversidade, a faixa etária mais representativa está compreendida entre os 30 e os 50 anos de idade, representando 58% dos colaboradores considerados.
Os grupos funcionais de Téc. Sup. Saúde, Auxiliares, Enfermeiros e Administrativos são os grupos em que existe maior discrepância de sexo, sendo o sexo feminino predominante. Com distribuições mais equilibradas, destacam-se os dirigentes, os médicos e os serviços gerais. Os Órgãos Sociais são compostos por Administradores Delegados, Comissão Executiva, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Comissão de Vencimentos.
Administrativos
Administrativos
Órgãos Sociais
Órgãos Sociais
Enfermeiros
Enfermeiros
Téc. Sup. Saúde
Téc. Sup. Saúde
Téc. Superiores
Téc. Superiores
Auxiliares
Auxiliares
Serviços Gerais
Serviços Gerais
Internos
Internos
TOTAL
TOTAL
Dirigentes
Dirigentes
Téc. Diag. Terap.
Téc. Diag. Terap.
Médicos
Médicos
83% 17% 21%
25% 75% 0%
83% 17% 25%
88% 12% 1%
86% 14% 26%
51% 49% 2%
71% 29% 3%
66% 34% 4%
79% 21% 100%
60% 40% 2%
78% 22% 6%
60% 40% 10%
1.416 287 1.703
10 30 40
1.674 342 2.016
71 10 81
1.812 287 2.099
100 97 197
171 71 242
196 99 295
6.385 1.713 8.098
103 69 172
370 107 477
462 314 776
GRUPO FUNCIONAL Feminino Masculino Total Geral
2.035 4.695 1.368 8.098
Grupo Profissional >50 Total30-50<30
463
6
174
0
159
105
1.066
142
68
10
257
171
174
24
0
30
61
19
1.703
172
242
40
477
295
447
630
2
21
28
1.112
1.169
532
122
46
540
217
242
54
7
2.099
2.016
776
197
81
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201734
No que respeita aos rácios do salário base dos homens em relação às mulheres salienta-se a proximidade geral dos rácios, especialmente nas categorias: Auxiliares, Administrativos e Enfermeiros. No âmbito da atividade da José de Mello Saúde não se encontra identificada nenhuma diferença entre o salário base e a remuneração mensal.
Pressupostos
Fórmula de cálculo: Rácio - Sexo Feminino / Sexo Masculino
Consideram-se apenas colaboradores com horários semanais de 35, 36 e 40 horas;Utilizou-se para efeitos de cálculo o Vencimento Base médio por grupo funcional.Não inclui órgãos sociais.
413-1 - Operações envolvidas com a comunidade local, avaliações de impacto e programas de desenvolvimento
As unidades de grande dimensão da José de Mello Saúde (Hospitais) realizam programas de envolvimento com as comunidades onde estão localizadas. Mais informação sobre estas iniciativas pode encontrar-se no Relatório Integrado da José de Mello Saúde nos capítulos ‘Desenvolvimento Social’ e ‘Investigação, Desenvolvimento e Inovação’ concretamente na informação sobre a atividade da Academia CUF.
405-2 - Rácio de salário-base e as remunerações de mulheres e homens, por categoria funcional e unidades operacionais relevantes
Administrativos
Enfermeiros
Téc. Sup. Saúde
Téc. Superiores
Auxiliares
Serviços Gerais
Internos
TOTAL
Dirigentes
Téc. Diag. Terap.
Médicos
0,7 0,7 0,8
Horas / Semana
Grupo Funcional
40
Rácio
36
Rácio
35
Rácio1,0
0,7
-
0,6
0,7
1,1
0,8
-
1,1
-
1,0
0,9
1,0
0,8
1,0
0,9
1,0
1,0
1,0
1,0
1,1
1,0
1,4
1,0
1,3
1,0
1,0
0,9
0,9
0,9
Aspeto: Comunidades Locais
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 35
413-2 - Operações com impactos significativos negativos reais e potenciais sobre as comunidades locais
A José de Mello Saúde gere e presta cuidados de saúde que respeitam as melhores práticas do setor e de acordo com a legislação portuguesa. Por esse motivo, a José de Mello Saúde está convicta que as suas operações não têm potencial significativo ou impacto negativo nas comunidades locais.
419-1 - Valor monetário de multas significativas ou sanções não monetárias por não conformidade com leis e regulamentos na área económica e social
Em 2017 não se verificaram multas significativas por não conformidade com leis e regulamentos.
414-1 - Novos fornecedores avaliados de acordo com critérios sociais
Em linha com o compromisso de prestação de cuidados de saúde de excelência, a José de Mello Saúde seleciona os seus novos fornecedores através de critérios de qualidade e especificações técnicas do produto, trabalhando com os melhores fornecedores do mercado em que opera.
Não possuindo informação que permita reportar a percentagem de fornecedores selecionados de acordo com critérios de impacto na sociedade, a José de Mello Saúde considera fundamental que estes tenham e promovam princípios de ética, transparência e respeito pela sociedade.
414-2 - Impactos sociais negativos na cadeia de abastecimento e ações tomadas
Não se verificou potencial ou impacto negativo na sociedade e na cadeia de abastecimento da José de Mello Saúde.
416-1 - Avaliação dos impactes de saúde e segurança das categorias de produtos e serviços
A José de Mello Saúde gere e presta cuidados de saúde. A natureza desta atividade exige que estes procedimentos estejam presentes durante todo o ciclo de vida dos seus serviços, através de um conjunto de procedimentos de práticas de segurança e medidas de autoproteção dos seus profissionais. A medição do cumprimento ou não das medidas de segurança e por tal da avaliação do impacto é realizada por amostragem em auditoria internas de forma proativa e também pela monitorização de indicadores de performance clínica ligados à Gestão do Risco e ao Controlo de Infeção. O sistema de gestão da qualidade em funcionamento, a identificação de não conformidades espontâneas e a realização de auditorias externas ao sistema representam também avaliações sobre as práticas de segurança da organização.
416-2 - Incidentes de não-conformidade relacionados com impactes na saúde e segurança causados pelos produtos e serviços
Em 2017 não se verificaram incidentes no âmbito deste indicador.
Aspeto: Conformidade Socioeconómica
Aspeto: Avaliação Social de Fornecedores
Aspeto: Saúde e Segurança do Cliente
JOSÉ DE MELLO SAÚDE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 201736
417-1 - Requisitos de informação e rotulagem de produtos e serviços
A atividade de prestador de cuidados de saúde não envolve “rotulagem” de produtos e serviços, no entanto a José de Mello Saúde disponibiliza um conjunto de informação acerca do seu portfólio de serviços.De destacar a aposta na digitalização da relação com o cliente, criando ferramentas, promovendo e facilitando uma maior interação dos doentes com as suas unidades de saúde (websites, página de facebook, app MyCUF).
417-2 - Incidentes de não-conformidade relacionados com informação e rotulagem de produtos e serviços
Em 2017 não se verificaram incidentes no âmbito deste indicador.
418-1 - Número total de reclamações comprovadas relativamente à violação de privacidade e perda de dados de clientes
Em 2017 não se verificaram incidentes no âmbito deste indicador.
Aspeto: Rotulagem e Marketing
Aspeto: Privacidade do Cliente
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2017 37
GLOSSÁRIO
ACUF – Academia CUF
CCA – Clínica CUF Alvalade
CCB – Clínica CUF Belém
HB – Hospital de Braga
HCC – Hospital CUF Cascais
HCD – Hospital CUF Descobertas
HCIS – Hospital CUF Infante Santo
HCP – Hospital CUF Porto
HCS – Hospital CUF Santarém
HCTV – Hospital CUF Torres Vedras
HCV – Hospital CUF Viseu
HVFX – Hospital Vila Franca de Xira
ICUF – Instituto CUF Porto
JACE – Prestação de Serviços Administrativos e Operacionais, A.C.E.
JMSH – José de Mello Saúde S.A.
LACE – Serviços de Logística, A.C.E.
MCDT’s – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
SAGIES – Empresa de prestação de serviços de Segurança e Saúde no Trabalho
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da PricewaterhouseCoopers International Limited, cada uma das quais é uma entidade legal autónoma e independente.
Relatório Independente de Garantia Limitada de Fiabilidade
Exmo. Conselho de Administração
Introdução
1 Fomos contratados pela Administração da José de Mello Saúde S.G.P.S. (“José de Mello Saúde” ou “Empresa”) para a realização de um trabalho de garantia limitada de fiabilidade sobre os indicadores GRI não financeiros, versão 4 (G4), que integram o Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017, relativos ao ano findo em 31 de dezembro de 2017, preparados pela Empresa para efeitos de divulgação do seu desempenho anual em matéria de sustentabilidade.
Responsabilidades
2 É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação dos indicadores GRI não financeiros, que integram o Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017, de acordo com as diretrizes para reporte de Sustentabilidade “Global Reporting Initiative” (“GRI”), versão GRI 4 (G4), e com as instruções e critérios divulgados no Anexo GRI, bem como a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado, que permita uma adequada preparação da informação mencionada.
3 A nossa responsabilidade consiste em emitir um relatório de garantia limitada de fiabilidade, profissional e independente, baseado nos procedimentos realizados e especificados no parágrafo abaixo.
Âmbito
4 O trabalho que realizámos foi efetuado de acordo com a Norma Internacional sobre Trabalhos de Garantia de Fiabilidade (ISAE) 3000 (Revista) "Trabalhos de Garantia de Fiabilidade que Não Sejam Auditorias ou Revisões de Informação Financeira Histórica", emitida pelo International Auditing and Assurance Standards Board da International Federation of Accountants. Esta Norma exige que planeemos e executemos o trabalho de garantia limitada de fiabilidade com o objetivo de obter um grau de segurança limitado sobre se os indicadores GRI 4 (G4) não financeiros estão isentos de distorções materialmente relevantes.
5 O nosso trabalho de garantia de fiabilidade limitada consistiu ainda na realização de procedimentos com o objetivo de obter um grau de segurança limitado sobre se a Empresa aplicou nos indicadores GRI, que integram o Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017, as diretrizes GRI 4 (G4).
6 Para tanto o referido trabalho consistiu em:
(i) Indagar a gestão e principais responsáveis das áreas em análise para compreender o modo como está estruturado o sistema de informação e a sensibilidade dos intervenientes às matérias incluídas no relato;
(ii) Identificar a existência de processos de gestão internos conducentes à implementação de políticas económicas, ambientais e de responsabilidade social;
(iii) Verificar, numa base de amostragem, a eficácia dos sistemas e processos de recolha, agregação, validação e relato que suportam a informação de desempenho supracitada, através de cálculos e validação de dados reportados;
(iv) Confirmar a observância de determinadas unidades operacionais às instruções de recolha,
agregação, validação e relato de informação de desempenho;
Relatório Independente de Garantia Limitada de Fiabilidade José de Mello Saúde S.G.P.S. 31 de dezembro de 2017 PwC 2 de 2
(v) Executar, numa base de amostragem, alguns procedimentos de consubstanciação da
informação, através de obtenção de evidência sobre informação reportada;
(vi) Verificar que a informação de sustentabilidade a incluir no Relatório cumpre com os requisitos das diretrizes da GRI 4 (G4), para a opção “De acordo – Essencial”.
7 Os procedimentos efetuados foram mais limitados do que seriam num trabalho de garantia razoável de fiabilidade, por conseguinte, foi obtida menos segurança do que num trabalho de garantia razoável de fiabilidade.
8 Entendemos que os procedimentos efetuados proporcionam uma base aceitável para a nossa conclusão.
Qualidade e independência
9 Aplicamos a Norma Internacional de Controlo de Qualidade 1 (ISQC1) e, como tal, mantemos um sistema de controlo de qualidade, incluindo políticas e procedimentos documentados relativos ao cumprimento dos requisitos éticos, normas profissionais e requisitos legais e regulatórios aplicáveis.
10 Cumprimos com os requisitos de independência e ética do código de ética do International Ethics Standards Board for Accountants (IESBA) e do código de ética da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC).
Conclusão
11 Com base no trabalho efetuado, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que os indicadores GRI não financeiros, que integram o Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017, relativos ao ano findo em 31 de dezembro de 2017, não tenham sido preparados, em todos os aspetos materialmente relevantes, de acordo com os requisitos das diretrizes GRI 4 (G4) e com as instruções e critérios divulgados no mesmo e que a José de Mello Saúde não tenha aplicado, nos indicadores GRI, que integram o Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017, as diretrizes GRI 4 (G4), para a opção “De acordo – Essencial”.
Restrições de uso
12 Este relatório é emitido unicamente para informação e uso do Conselho de Administração da Empresa, para efeitos da divulgação do Anexo GRI, pelo que não deverá ser utilizado para quaisquer outras finalidades. Não assumiremos quaisquer responsabilidades perante terceiros, para além da José de Mello Saúde, pelo nosso trabalho e pela conclusão expressa neste relatório, o qual será anexado ao Anexo GRI, incluído no Relatório Integrado 2017 da Empresa.
27 de abril de 2018
PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. representada por:
António Brochado Correia, R.O.C.