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PPrreeffeeiittuurraa MMuunniicciippaall ddee
PPaarraannaagguu
PPLLAANNOO DDEE GGEESSTTOO IINNTTEEGGRRAADDAA DDEE
RREESSDDUUOOSS SSLLIIDDOOSS DDOO MMUUNNIICCIIPPIIOO DDEE
PPAARRAANNAAGGUU
CURITIBA
DEZEMBRO DE 2012
-
SUMRIO
1. INTRODUO .................................................................................................. 2
2. CARACTERIZAO DO MUNICIPIO ............................................................... 3
2.1 LOCALIZAO ........................................................................................................ 4
2.2 ASPECTOS GERAIS ............................................................................................... 5
2.2.1 Clima ................................................................................................................... 5
2.2.2 Hidrografia .......................................................................................................... 5
2.2.3 Geologia .............................................................................................................. 5
2.2.4 Vegetao ........................................................................................................... 6
2.2.5 Populao ........................................................................................................... 6
2.2.5.1 Estudo Populacional ..................................................................................................... 6
3. DEFINIO DE RESDUOS SLIDOS ............................................................ 9
3.1 ESTIMATIVA DA COMPOSIO GRAVIMTRICA ............................................... 10
4. LEGISLAO DE REFERENCIA .................................................................... 12
4.1 LEGISLAO FEDERAL ........................................................................................ 12
4.2 LEGISLAO ESTADUAL ..................................................................................... 16
4.3 LEGISLAO MUNICIPAL ..................................................................................... 17
5. DIAGNSTICO DA SITUAO ATUAL .......................................................... 18
5.1 SERVIOS DE LIMPEZA PBLICA ....................................................................... 18
5.1.1 Coleta convencional ........................................................................................... 19
5.1.2 Coleta seletiva .................................................................................................... 29
5.1.3 Compostagem .................................................................................................... 37
5.1.4 Resduos especiais ............................................................................................ 37
5.1.5 Resduos da construo civil .............................................................................. 39
5.1.6 Resduos de sade ............................................................................................ 40
5.1.7 Varrio e limpeza pblica ................................................................................. 42
5.1.8 poda, CAPINA e roagem .................................................................................. 42
5.1.9 Compostagem .................................................................................................... 43
5.1.10 Lixo do embocu ............................................................................................... 43
6. PROGRAMAS E PROPOSIES ................................................................... 48
-
6.1 LIXO DO IMBOCU............................................................................................... 52
6.2 RESDUOS SLIDOS RECOMENDAES GERAIS ......................................... 52
6.2.1 coleta - Equipe de trabalho ................................................................................. 52
6.2.2 Procedimentos de controle e fiscalizao ........................................................... 53
6.2.3 Grandes geradores de resduos slidos ............................................................. 53
6.3 RESDUOS DOMSTICOS SECOS .................................................................... 53
6.3.1 Reutilizao e reciclagem de resduos ............................................................... 54
6.3.1.1 Programa Municipal de Coleta seletiva ....................................................................... 54
6.3.1.2 Catadores ..................................................................................................................... 57
6.4 RESDUOS DOMSTICOS MIDOS .................................................................. 58
6.4.1 Maximizar o Reaproveitamento de Resduos Domiciliares - midos .................. 58
6.5 RESDUOS DE SERVIOS DE SADE ................................................................. 59
6.5.1 Servios de sade pblicos ................................................................................ 59
6.5.2 Servios de sade privados ............................................................................... 59
6.6 RESDUOS DE CEMITRIOS ................................................................................ 60
6.7 LIMPEZA PBLICA ................................................................................................ 60
6.7.1 princpios de Organizao do sistema de limpeza pblica do municpio ............. 60
6.8 RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL (RCC) ........................................................ 61
6.9 RESDUOS VERDES ............................................................................................. 63
6.10 RESDUOS ESPECIAIS ......................................................................................... 63
6.11 RESDUOS INDUSTRIAIS...................................................................................... 65
7. CONCLUSES E RECOMENDAES ........................................................... 67
8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................ 68
-
LISTA DE FIGURAS
Figura 2-1: Localizao do municpio de Paranagu.............................................................. 4
Figura 5-1: rea pr-determinada de disposio de resduos no Lixo do Embocu ............ 27
Figura 5-2: Coletores realizando coleta informal. ................................................................. 27
Figura 5-3: Folder de divulgao do projeto Paranagu, Cidade Limpa ............................... 30
Figura 5-4: Cooperativa Nova Esperana ............................................................................ 36
Figura 5-5: Associao Santa Maria .................................................................................... 37
Figura 5-6: Usina de Biodiesel de Paranagu ...................................................................... 38
Figura 5-7: rea de depsito temporrio de resduos da construo civil ............................ 40
Figura 5-8: Parte da rea onde era disposto resduos agora coberta ................................... 44
Figura 5-9: rea atual de disposio dos resduos .............................................................. 44
Figura 5-10: Lagoa de chorume ao lado da rea de disposio de resduos ....................... 45
Figura 5-11: Visita tcnica com tcnicos da SMMA ............................................................. 46
Figura 6-1: Proposta de localizao das centrais de seleo e comercializao de reciclveis
............................................................................................................................................ 55
Figura 6-2: pontos de entrega voluntria de materiais reciclveis (PEV).............................. 56
-
LISTA DE QUADROS
Quadro 2-1: Dados gerais do municpio de Paranagu, PR. .................................................. 3
2-2 Populao total do Municpio de Paranagu .................................................................... 7
2-3 Populao futura do municpio de Paranagu- PR .......................................................... 7
Quadro 3-1: Estimativa da Composio Gravimtrica dos Resduos Slidos Urbanos ........ 11
Quadro 4-1: Contedo Mnimo do PMGIRS ......................................................................... 14
Quadro 4-2: Resolues CONAMA e ANVISA ..................................................................... 15
Quadro 4-3: Legislao Estadual ......................................................................................... 16
Quadro 4-4: Legislao Municipal ........................................................................................ 17
Quadro 5-1: Coleta domiciliar/comercial na rea urbana. .................................................... 19
Quadro 5-2: Frota de Caminhes compactadores. .............................................................. 21
Quadro 5-3: Caractersticas Operacionais do servio de coleta convensional ..................... 21
Quadro 5-4: Coleta domiciliar/comercial nas Ilhas e Colnias. ............................................. 22
Quadro 5-5 Frequncia de coleta Ilha dos Valadares .......................................................... 24
Quadro 5-6 Destinao lixo na Ilha do Mel .......................................................................... 24
Quadro 5-7 Cronograma semanal de coletas Nova Braslias ............................................ 26
Quadro 5-8 Quantidade mensal de resduos coletados enviados ao Lixo Embocu ........... 28
Quadro 5-9 Gerao de resduos slidos domsticos para o Brasil (SNIS, 2009). ............ 29
Quadro 5-10: Frota caminhes coleta seletiva ..................................................................... 31
Quadro 5-11: Coleta seletiva Regio central e Eco Pontos .................................................. 31
Quadro 5-12: Resduos coletado em 2012 ........................................................................... 34
Quadro 5-13: Relao de estabelecimentos pblicos emissores de resduos slidos de
sade. .................................................................................................................................. 41
Quadro 5-14: Equipe de trabalho Varrio e Limpeza pblica .......................................... 42
Quadro 6-1: Tipos de resduos gerados no municpio e responsabilidades estabelecidas. .. 49
-
iivv
LISTA DE MAPAS
Mapa 5-1 Coleta Convencional rea Urbana .................................................................... 20
Mapa 5-2 Coleta Convencional - Diferenciada ..................................................................... 23
Mapa 5-3 Coleta Seletiva ..................................................................................................... 33
-
vv
PREFEITURA MUNICIPAL DE PARANAGU
Rua Julia Costa, 322 Centro CEP 83203060
Paranagu Paran
Telefone: 41 3420-6029
CNPJ: 76.017.458/0001-15
Prefeito Municipal Jos Baka Filho
Secretaria de Meio Ambiente Jozaine Baka
AMBIENTE INTEGRAL ESTUDOS E PROJETOS AMBIENTAIS LTDA
Rua Marechal Deodoro, 51 cjto. 1401
Centro CEP 80.020 905
Curitiba PR
www.ambienteintegral.srv.br [email protected]
AACCOOMMPPAANNHHAAMMEENNTTOO EE FFIISSCCAALLIIZZAAOO
EEXXEECCUUOO
-
vvii
Funo Profissional Formao
Direo Tcnica Bruno Victor Veiga Engenheiro Civil, Dr.
Coordenao Geral Adriana Slapnig Martins Engenheira Qumica
Coordenao Tcnica Maria Alice Cordeiro Soares Engenheira Civil
Gesto e execuo do projeto Joo Vitor D. Mosciatti Engenheiro Ambiental
Execuo do projeto Gustavo Kaminski Engenheiro Ambiental, MSc.
Cartografia e SIG Cristiano Cit Graduando em Geografia
EEQQUUIIPPEE TTCCNNIICCAA
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11
AAPPRREESSEENNTTAAOO
Este documento apresenta o Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do
Municpio de Paranagu- PGIRS, o qual foi objeto de contratao do Processo
Administrativo n 200/2012.
O PGIRS de Paranagu foi elaborado tendo como base o Termo de Referencia anexado ao
processo licitatrio supracitado, e este foi elaborado em conformidade com a Lei Federal n
12.305/2010, a qual institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos.
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22
11.. IINNTTRROODDUUOO
Conforme indicado no Plano Nacional de Resduos Slidos (2011), a aprovao da Lei n
12.305/10, que institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS), aps longas
discusses no Congresso Nacional marcou o incio de uma forte articulao institucional
envolvendo os trs entes federados Unio, Estados e Municpios, o setor produtivo e a
sociedade civil na busca de solues para os graves problemas causados pelos resduos,
que vem comprometendo a qualidade de vida dos brasileiros.
Desta maneira, dentro dos princpios da responsabilidade compartilhada para a gesto, o
gerenciamento e a destinao final de resduos slidos, devem ser observados a seguinte
ordem de prioridade: no gerao, reduo, reutilizao, reciclagem, tratamento dos
resduos slidos e disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos (Lei Federal
12.305/10). Assim, torna-se factvel a sistematizao das informaes municipais sobre
resduos slidos a partir da elaborao dos Planos Municipais Integrados de Gerenciamento
de Resduos Slidos.
Elaborou-se primeiramente um diagnstico do municpio de Paranagu cujo objetivo
apresentar uma descrio das atividades relacionadas com a limpeza urbana executada
atualmente no municpio. Discorre ainda sobre a caracterizao dos servios de limpeza
pblica existentes apresentando a situao atual da coleta de resduos slidos domsticos,
coleta seletiva de materiais reciclveis, limpeza urbana, resduos de servios de sade,
resduos especiais e industriais. Desta forma, procurou-se detalhar o funcionamento desses
servios e suas particularidades.
Com base neste levantamento inicial de dados, pode-se identificar as carncias do
municpio e, cotejou-se esta informao com os planos e metas apresentados no Plano
Nacional de Resduos Slidos, elaborando assim uma srie de aes e programas que
devero ser implementados no municpio com o objetivo de atender as diretrizes do Plano
Nacional de Resduos Slidos.
Este plano municipal atende s injunes da poltica nacional de gerenciamento de
resduos, notadamente na busca da ampliao significativa dos ndices de reciclagem e na
definio de solues de manejo ambientalmente corretas, economicamente viveis e
socialmente justas para destinao final dos resduos gerados pelo municpio.
As demais informaes contidas neste documento podero ainda serem utilizadas nas
tomadas de decises futuras, sobretudo quando o assunto se fundamenta em questes
econmicas financeiras visando a adequabilidade ambiental de toda a gesto de resduos
slidos urbanos do municpio de Paranagu.
Ademais, salienta-se ainda a possibilidade de reviso e atualizao deste plano, conforme
artigo 20 da Lei 12.305, sendo suas aes revistas e readequadas com base nas novas
demandas e potencialidades identificadas no municpio no decorrer da implantao deste
plano conforme proposta apresentada.
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33
22.. CCAARRAACCTTEERRIIZZAAOO DDOO MMUUNNIICCIIPPIIOO
O estado do Paran foi ocupado inicialmente pelos portugueses que em meados dos anos
de 1550 ocuparo a Ilha de Cotinga, primeiro pela facilidade de acesso e em segundo
devido a descoberta de vrias minas de ouro e pedras preciosas no sculo XIII (PMSB,
2011).
Parnagu era como os indgenas denominavam a regio, na lngua tupi-guarani Parnagu
significa Grande Mar Redondo. Nesta regio foi descoberto ouro pelos pioneiros
(Contiganos), mais precisamente nos rios Almeidas, dos Correias e no rio Guaraguau, uma
regio que seria conhecida mais tarde por minas de Paranagu.
Em 05 de fevereiro de 1842 Paranagu atinge a categoria de cidade e ao ser criada a
provncia do Paran, tambm foi criada a Capitania dos Portos do Paran contribuindo
definitivamente para o desenvolvimento do municpio.
O Quadro 2-1 apresenta algumas caractersticas gerais do municpio de Paranagu, PR.
Quadro 2-1: Dados gerais do municpio de Paranagu, PR.
Paranagu
Data de Instalao 26/12/1648
rea territorial (km) 806,225
Distritos Administrativos 1
Grau de urbanizao (%) 96,38
Distncia da sede capital do estado (km) 86,00
Populao Total (2010) 140.469
Populao Urbana - % (2010) 96,41
Populao Rural - % (2010) 3,6
Densidade Demogrfica (hab/km) 176,69
Taxa de crescimento geomtrico (%) 0,99
PIB per capita R$ 38.937,00
FONTE: Data de instalao, distritos administrativos e densidade demogrfica IPARDES, 2011; rea territorial ITCG; distncia da sede capital do estado SETR; grau de urbanizao, populao, populao urbana, populao rural e taxa de crescimento geomtrico IBGE, 2010; PIB per capita IBGE/IPARDES, 2009.
-
44
2.1 LOCALIZAO
O municpio de Paranagu localiza-se na regio litornea do Paran, distando
aproximadamente cerca de 86 km de Curitiba e abriga o Porto de Paranagu, principal porto
do estado do Paran. Possui extenso territorial de 806,225 km (IPARDES, 2011), que
equivale a aproximadamente 0,40% da rea total do Estado do Paran. A Figura 2-1
disposta na sequencia apresenta a localizao do municpio de Paranagu.
Possui limites fsicos ao norte com Antonina e Guaraqueaba atravs da Baa de
Paranagu; ao sul com Guaratuba e Matinhos; a leste com Pontal do Paran e a oeste com
Morretes. O municpio ocupa uma rea de 826,652 quilmetros quadrados.
Figura 2-1: Localizao do municpio de Paranagu
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55
2.2 ASPECTOS GERAIS
2.2.1 CLIMA
De acordo com a classificao climtica da plancie costeira paranaense seguindo a
classificao climtica de Kppen, o municpio de Paranagu, apresenta clima do tipo Cfa,
clima subtropical mido mesotrmico, com veres quentes. O mesmo tipo climtico ocorre
na Serra do Mar at aproximadamente 700 metros de altitude, a partir da qual passa para o
tipo Cfb, subtropical mido mesotrmico com vero fresco.
A mdia anual de pluviosidade na RMC de 2.000 mm, a temperatura varia entre 13,7 a
21,6C, sendo que a umidade relativa do ar apresenta mdia de 85%.7
2.2.2 HIDROGRAFIA
A cidade de Paranagu est localizada entre dois rios, Emboguau, que desemboca a oeste
do Porto de Paranagu e Itiber, a leste do Porto. No permetro urbano de Paranagu
localizam-se vrios cursos dgua que tm suas nascentes na Serra do Mar e correm na
direo nordeste, desaguando diretamente na Baa de Paranagu, destacando-se: o rio
Embocu, localizado na poro noroeste do permetro urbano, entre a ilha do Curral e o
continente, o rio Emboguau-Mirim e Emboguau (banha a cidade na sua poro oeste), o
rio Itiber (banha o sul e leste da cidade e separa a cidade da Ilha dos Valadares), e os rios
mais distantes da cidade: rio dos Almeidas, Pequeno e Guaraguau. Nas Ilhas da Cotinga e
Rasa da Cotinga correm alguns pequenos rios. Na primeira, o mais expressivo o rio
Furado e na segunda, o rio do Cerco (CANEPARO, 1999).
2.2.3 GEOLOGIA
O municpio de Paranagu est nas s bacias mesozico-cenozicas da margem
continental brasileira, o litoral do Paran se localiza na borda da bacia de Santos. Segundo
Fuck et al.(1969), os principais alinhamentos no embasamento so predominantemente de
direo NE-SW. Na regio de Paranagu-Guaratuba, atingem orientao N20 - 30 E at
N-S. Ao norte da baa de Paranagu, os alinhamentos mudam de direo para N50- 60 E
e, prximos costa, fixam-se em N30 - 40 E. Dentre as estruturas regionais, destaca-se o
Arco de Ponta Grossa, reconhecido por Sanford & Lange (1960, apud Almeida, 1976).
7 Instituto das guas, 2007.
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66
2.2.4 VEGETAO
De acordo com o Mapa de Vegetao do Brasil (IBGE, 1992), a regio do municpio de
Paranagu, objeto deste estudo, est inserida no domnio da Floresta Ombrfila Densa,
conhecida como Floresta Atlntica, sendo influenciada diretamente pelas massas de ar
quente e mido do oceano Atlntico e pelas chuvas relativamente intensas e bem
distribudas ao longo do ano, ocorrendo em disjunes em reas elevadas das Serras do
Mar e da Mantiqueira, que constituem a formao florstica mais antiga do Estado do
Paran, e das Formaes Pioneiras com Influncia Fluvial, Flvio-Marinha e Marinha
(RODERJAN et al., 2002). A Plancie Litornea ou Plancie Costeira, no estado do Paran,
estende-se desde o sop da Serra at o oceano e tem um comprimento de
aproximadamente de 90 Km e uma largura mxima em torno de 55 Km na regio de
Paranagu (NGULO, 1990).
2.2.5 POPULAO
De acordo com o censo demogrfico realizado pelo IBGE (2010), o municpio de Paranagu
possui um total de 140.469 habitantes. Sendo que deste total, 96,41% concentra-se na rea
urbana do municpio. Em relao a qualidade de vida da populao, o municpio possui
ainda um IDH-M de 0,782, estando na 58 posio dentre os municpios do estado do
Paran.
2.2.5.1 Estudo Populacional
As metas que sero que sero previstas no Plano Municipal de Resduos Slidos visam o
horizonte de planejamento de 20 anos. Assim, se faz necessrio conhecer a populao que
se espera encontrar no municpio ao final deste perodo determinado.
O Plano Municipal de Saneamento bsico de Paranagu (2010) apresenta este estudo de
crescimento populacional utilizando o mtodo Aritmtico, o mtodo da Previso e o mtodo
Geomtrico. Foram utilizados os levantamentos dos anos de 1970, 1980, 1991, 2000 e
2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE. Com base nos dados do
IBGE, conforme a Quadro 2-2, realizou-se o estudo da evoluo da populao total do
municpio de Paranagu por meio dos mtodos citados. Os valores a seguir apresentados
identificam os dados de populao do municpio, dos anos de 1970 at 2010.
-
77
2-2 Populao total do Municpio de Paranagu
Populao Residente do Municpio de Paranagu
Situao do
domiclio
Ano
1970 1980 1991 2000 2010
Total 62.327 81.971 107.675 127.339 140.469
Urbana 52.044 72.027 94.689 122.347 135.406
Rural 10.283 9.944 12.986 4.992 5.063
FONTE: IBGE, 2010.
Para definir qual o melhor mtodo matemtico mais se adqua a realidade do municpio,
pde-se obter linhas de tendncia para os dados do IBGE. Utilizando-se 4 tipos diferentes
de curvas: logartmica, linear, polinomial e exponencial. A evoluo da populao e a taxa
de crescimento (%) ano a ano, obtidos por meio do ajuste dos dados do IBGE, so
determinadas a partir da curva que melhor se ajusta a estes dados.
O PMSB, 2010 apresenta a linha de tendncia polinomial como a que melhor se ajustou aos
dados do IBGE, que apresentou um R no valor de 0,99609643 no que resultou na equao:
Y = -10,84836813x + 45.191,70359950x - 46.865.155,33196870
Onde y a populao em um determinado tempo t e x o ano no mesmo tempo t.
Aps definidas as taxas de crescimento da linha de tendncia compara-se os valores com
os valores obtidos por cada mtodo de crescimento. Dessa forma, foi indicado como o mais
aplicvel ao comportamento do municpio, o mtodo da previso, que retratou melhor a
evoluo da populao e permitiu estimar a populao futura. Este mtodo indicou uma taxa
de crescimento de 0,85% ao ano e apresentou a populao para os prximos 20 anos,
conforme a Quadro 2-3.
2-3 Populao futura do municpio de Paranagu- PR
Ano Populao
2012 143.018
2013 144.325
2014 145.631
2015 146.938
2016 148.225
2017 149.551
2018 150.858
2019 152.164
-
88
Ano Populao
2020 153.471
2021 154.778
2022 156.084
2023 157.391
2024 158.697
2025 160.004
2026 161.311
2027 162.617
2028 163.924
2029 165.230
2030 166.537
2031 167.644
-
99
33.. DDEEFFIINNIIOO DDEE RREESSDDUUOOSS SSLLIIDDOOSS
A Norma Brasileira NBR 10.004/2004, que trata a respeito da classificao de resduos,
define resduos slidos da seguinte maneira:
Resduos nos estados slidos e semisslidos, resultantes de atividades de origem industrial,
domestica, hospitalar, comercial, agrcola, de servio e de varrio. Ficam includos nesta definio
os lodos provenientes do sistema de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e
instalaes de controle de poluio, bem como determinados lquidos, cujas particularidades tornem
invivel o seu lanamento na rede pblica de esgotos ou corpos de gua, exijam para isso solues
tcnica e economicamente invivel em face melhor tecnologia disponvel.
A Lei Federal 12.305 de 02/08/2010, traz ainda as seguintes definies, de relevantes para
a compreenso do Plano Municipal de Coleta Seletiva:
Coleta Seletiva: coleta de resduos slidos previamente segregados conforme sua
constituio ou composio;
Destinao final ambientalmente adequada: destinao de resduos que inclui a reutilizao,
a reciclagem, a compostagem, a recuperao e o aproveitamento energtico ou outras
destinaes admitidas pelos rgos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre
elas a disposio final, observando normas operacionais especficas de modo a evitar danos
ou riscos sade pblica e segurana e a minimizar os impactos ambientais adversos;
Geradores de resduos slidos: pessoas fsicas ou jurdicas, de direito pblico ou privado,
que geram resduos slidos por meio de suas atividades, nelas includo o consumo;
Gerenciamento de resduos slidos: conjunto de aes exercidas, direta ou indiretamente,
nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinao final ambientalmente
adequada dos resduos slidos e disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos, de
acordo com plano municipal de gesto integrada de resduos slidos ou com plano de
gerenciamento de resduos slidos, exigidos na forma desta Lei;
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1100
Gesto integrada de resduos slidos: conjunto de aes voltadas para a busca de solues
para os resduos slidos, de forma a considerar as dimenses poltica, econmica,
ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento
sustentvel;
Reciclagem: processo de transformao dos resduos slidos que envolve a alterao de
suas propriedades fsicas, fsico-qumicas ou biolgicas, com vistas transformao em
insumos ou novos produtos, observadas as condies e os padres estabelecidos pelos
rgos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;
Rejeitos: resduos slidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
recuperao por processos tecnolgicos disponveis e economicamente viveis, no
apresentem outra possibilidade que no a disposio final ambientalmente adequada;
Resduos slidos: material, substncia, objeto ou bem descartado resultante de atividades
humanas em sociedade, a cuja destinao final se procede, se prope proceder ou se est
obrigado a proceder, nos estados slido ou semisslido, bem como gases contidos em
recipientes e lquidos cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na rede
pblica de esgotos ou em corpos dgua, ou exijam para isso solues tcnica ou
economicamente inviveis em face da melhor tecnologia disponvel;
Reutilizao: processo de aproveitamento dos resduos slidos sem sua transformao
biolgica, fsica ou fsico-qumica, observadas as condies e os padres estabelecidos
pelos rgos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.
3.1 ESTIMATIVA DA COMPOSIO GRAVIMTRICA
A verso preliminar do Plano Nacional de Resduos Slidos apresenta como estimativa da
composio gravimtrica de resduos slidos no Brasil, a mdia do resultado de 93 estudos
de caracterizao fsica realizados entre 1995 e 2008. Estes estudos foram embasados em
diversas metodologias, optou-se por utilizar a mesma estratificao estabelecida na
Pesquisa sobre Pagamento por Servios Ambientais Urbanos para a Gesto dos Resduos
Slidos (PSAU) do Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA), que tambm equivale
ao mtodo utilizado no Programa Pr-Municpios do Ministrio das Cidades. O Quadro 3-1,
abaixo, apresenta a estimativa da composio gravimtrica considerando a quantidade de
resduos slidos no ano de 2008.
-
1111
Quadro 3-1: Estimativa da Composio Gravimtrica dos Resduos Slidos Urbanos
Resduos Participao (%) Quantidade (ton/dia)
Material Reciclvel 31,9 58.527,40
Metais 2,9 5.293,50
Ao 2,3 4.213,70
Alumnio 0,6 1.079,90
Papel, papelo e tetrapak 13,1 23.997,40
Plstico total 13,5 24.847,90
Plstico filme 8,9 16.399,60
Plstico rgido 4,6 8.448,30
Vidro 2,4 4.388,60
Matria Orgnica 51,4 94.335,10
Outros 16,7 30.618,90
Total 100,0 183.481,50
FONTE: Plano Nacional de Resduos Slidos verso preliminar setembro, 2011.
-
1122
44.. LLEEGGIISSLLAAOO DDEE RREEFFEERREENNCCIIAA
4.1 LEGISLAO FEDERAL
A Lei Federal n 11.445, de 05/01/2007 dispe sobre as Diretrizes Nacionais para o
Saneamento Bsico. Este instrumento legal institui como diretrizes para a prestao dos
servios pblicos de limpeza urbana e manejo de resduos slidos os seguintes pontos:
O planejamento, a regulao e fiscalizao;
A prestao de servios com regras;
A exigncia de contratos precedidos de estudo de viabilidade tcnica e financeira;
Definio de regulamento por lei, definio de entidade de regulao, e controle
social assegurado.
Princpios como universalidade e integridade na prestao dos servios, alm da
interao com outras reas como recursos hdricos, sade, meio ambiente e
desenvolvimento urbano.
A Lei Federal de Saneamento Bsico institui tambm a prestao regionalizada dos servios
de saneamento bsico, a qual caracterizada levando-se em conta os seguintes itens:
Um nico prestador do servio para vrios municpios, contguos ou no;
Uniformidade de fiscalizao e regulao dos servios, inclusive de sua
remunerao;
Compatibilidade de planejamento.
A exigncia quanto elaborao dos planos de que estes sejam realizados pelos prprios
titulares, compatveis com os planos das bacias hidrogrficas, revistos ao menos a cada
quatro anos, anteriormente ao Plano Plurianual e, se envolverem a prestao regionalizada
de servios, que os planos dos titulares que se associarem sejam compatveis entre si.
A Lei Federal de Saneamento Bsico faculta a elaborao de planos especficos por servio.
Portanto, o presente PMGIRS pode fazer parte do Plano de Saneamento Bsico.
A Lei Federal n 12.187, de 29/12/2009 institui a Poltica Nacional sobre Mudana do
Clima, definindo princpios, objetivos, diretrizes e instrumentos visando a reduo das
emisses de gases de efeito estufa (GEE) oriunda das atividades humanas, nas diferentes
fontes, inclusive naquelas referente aos resduos slidos. Isto porque, o gs metano (CH4)
um gs com potencial de aquecimento global 21 vezes maior que o gs carbnico (COs) e
-
1133
emitido em grande escala durante o processo de degradao e aterramento de rejeitos e
resduos orgnicos.
Visando a minimizao dos impactos no clima, a Poltica Nacional sobre Mudana Climtica
(PNMC) estabelece o compromisso nacional voluntario de aes de mitigao das emisses
de gases de efeito estufa, buscando reduzir entre 36,1% a 38,9% as emisses nacionais at
o ano de 2020.
Ainda como meta do PNMC tem-se a recuperao do metano em instalaes de tratamento
de resduos urbanos e a ampliao da reciclagem de resduos slidos para 20% at o ano
de 2015.
A Lei Federal n 11.107 de 06/04/2005 dispe sobre a Contratao de Consrcios
Pblicos. Possibilita a constituio de consrcio pblico como rgo autrquico, integrante
da administrao pblica de cada municpio associado, contratado entre os entes federados
consorciados. Este instrumento legal institui os seguintes instrumentos:
Contrato de Consrcio celebrado entre os entes consorciados que contem todas as regras
da associao: nasce como um protocolo de intenes entre os entes federados, autoriza a
gesto associada de servios pblicos, explicitando as competncias cujo exerccio ser
transferido ao consrcio pblico. Explicita quais sero os servios pblicos objeto da gesto
associada, e o territrio em que sero prestados. Cede, ao mesmo tempo, autorizao para
licitar ou outorgar concesso, permisso ou autorizao para prestao dos servios.
Apresenta os critrios tcnicos para clculo do valor das taxas, tarifas e outros preos
pblicos para o reajuste ou reviso.
Contrato de Rateio para transferncia de recursos dos consorciados ao consrcio:
Contrato de Programa, que regula a delegao da prestao de servios pblicos, de um
ente da Federao para outro, ou entre entes e o consrcio publico.
A Lei Federal n 12.305, de 02/08/2010 dispe sobre a Poltica Nacional de Resduos
Slidos (PNRS). Este instrumento dispe sobre os princpios e objetivos, bem como, as
diretrizes relativas a gesto integrada e ao gerenciamento de resduos slidos, incluindo os
perigosos. As responsabilidades dos geradores e do poder pblico foram definidas
juntamente com as ferramentas econmicos aplicveis.
Com a Lei 12.305, a prioridade para a gesto dos resduos slidos que antes era voluntaria,
passa a ser obrigatria: no gerao, reduo, reutilizao, reciclagem, tratamento dos
resduos slidos e disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Como instrumentos, a PNRS define:
Coleta seletiva;
Sistemas de logstica reversa;
-
1144
Incentivo criao e ao desenvolvimento de cooperativas e outras formas de
associao dos catadores de materiais reciclveis; e,
Sistema Nacional de Informaes sobre a Gesto de Resduos Slidos (SINIR).
Na esfera municipal, para que estes possam ter acesso a recursos da Unio para
investimento em empreendimentos e servios relacionados a limpeza urbana e manejo de
resduos slidos, o Art. 18, da Poltica Nacional, condiciona a elaborao do plano
municipal de gesto integrada de resduos.
Ressalta-se que sero priorizados no acesso aos recursos da Unio os municpios que:
Optarem por solues consorciadas intermunicipais para a gesto dos resduos
slidos, includa a elaborao e implementao de plano intermunicipal, ou que se
inserirem de forma voluntria nos planos microrregionais de resduos slidos;
Implantarem a coleta seletiva com a participao de cooperativas ou outras formas
de associao de catadores de materiais reutilizveis e reciclveis formadas por
pessoas fsicas de baixa renda.
O Artigo 19 da Lei Federal 12.305, transcrito no Quadro 4-1 abaixo apresenta o contedo
mnimo para o PMGIRS.
Quadro 4-1: Contedo Mnimo do PMGIRS
Art. 19. O plano municipal de gesto integrada de resduos slidos tem o seguinte contedo mnimo:
I - diagnstico da situao dos resduos slidos gerados no respectivo territrio, contendo a origem, o volume, a caracterizao dos resduos e as formas de destinao e disposio final adotadas;
II - identificao de reas favorveis para disposio final ambientalmente adequada de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o 1
o do art. 182 da Constituio Federal e o zoneamento
ambiental, se houver;
III - identificao das possibilidades de implantao de solues consorciadas ou compartilhadas com outros Municpios, considerando, nos critrios de economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de preveno dos riscos ambientais;
IV - identificao dos resduos slidos e dos geradores sujeitos a plano de gerenciamento especfico nos termos do art. 20 ou a sistema de logstica reversa na forma do art. 33, observadas as disposies desta Lei e de seu regulamento, bem como as normas estabelecidas pelos rgos do Sisnama e do SNVS;
V - procedimentos operacionais e especificaes mnimas a serem adotados nos servios pblicos de limpeza urbana e de manejo de resduos slidos, includa a disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei n 11.445, de 2007;
VI - indicadores de desempenho operacional e ambiental dos servios pblicos de limpeza urbana e de manejo de resduos slidos;
VII - regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resduos slidos de que trata o art. 20, observadas as normas estabelecidas pelos rgos do Sisnama e do SNVS e demais disposies pertinentes da legislao federal e estadual;
VIII - definio das responsabilidades quanto sua implementao e operacionalizao, includas as etapas do plano de gerenciamento de resduos slidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder pblico;
IX - programas e aes de capacitao tcnica voltados para sua implementao e operacionalizao;
-
1155
X - programas e aes de educao ambiental que promovam a no gerao, a reduo, a reutilizao e a reciclagem de resduos slidos;
XI - programas e aes para a participao dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associao de catadores de materiais reutilizveis e reciclveis formadas por pessoas fsicas de baixa renda, se houver;
XII - mecanismos para a criao de fontes de negcios, emprego e renda, mediante a valorizao dos resduos slidos;
XIII - sistema de clculo dos custos da prestao dos servios pblicos de limpeza urbana e de manejo de resduos slidos, bem como a forma de cobrana desses servios, observada a Lei n 11.445, de 2007;
XIV - metas de reduo, reutilizao, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposio final ambientalmente adequada;
XV - descrio das formas e dos limites da participao do poder pblico local na coleta seletiva e na logstica reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de outras aes relativas responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
XVI - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalizao, no mbito local, da implementao e operacionalizao dos planos de gerenciamento de resduos slidos de que trata o art. 20 e dos sistemas de logstica reversa previstos no art. 33;
XVII - aes preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de monitoramento;
XVIII - identificao dos passivos ambientais relacionados aos resduos slidos, incluindo reas contaminadas, e respectivas medidas saneadoras;
XIX - periodicidade de sua reviso, observado prioritariamente o perodo de vigncia do plano plurianual municipal.
1o O plano municipal de gesto integrada de resduos slidos pode estar inserido no plano de
saneamento bsico previsto no art. 19 da Lei n 11.445, de 2007, respeitado o contedo mnimo previsto nos incisos do caput e observado o disposto no 2
o, todos deste artigo.
O Decreto n 7.404, de 23/12/2010 regulamenta a Poltica Nacional de Resduos
Slidos, criando como um dos seus principais instrumentos o Plano Nacional de Resduos
Slidos e a instituio do Comit Interministerial da Poltica Nacional de Resduos Slidos
(CI), composto por 12 ministrios, coordenados pelo Ministrio do Meio Ambiente (MMA),
com a responsabilidade de elaborar e implantar o Plano Nacional.
Atravs deste decreto, a PNRS define que os sistemas de coleta seletiva e de logstica
reversa devero priorizar a participao dos catadores de materiais reciclveis, e que os
planos municipais devero definir programas e aes para sua incluso nos processos.
O quadro abaixo relaciona as resolues do Conselho Nacional de Meio Ambiente
(CONAMA) e da Agencia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA) relacionada aos
resduos slidos.
Quadro 4-2: Resolues CONAMA e ANVISA
Lei Smula
RESOLUO CONAMA N 23, de 12 de dezembro de 1996
Dispe sobre as definies e o tratamento a ser dado aos resduos perigosos, conforme as normas adotadas pela Conveno da Basilia sobre o controle de Movimentos Transfronteirios de Resduos perigosos e seu Depsito.
RESOLUO CONAMA N 257, de 30 de junho de 1.999
Dispe sobre procedimentos especiais ou diferenciados para destinao adequada quando do descarte de pilhas e baterias usadas, para evitar
-
1166
Lei Smula
impactos negativos ao meio ambiente.
RESOLUO CONAMA N 005, de 05 de agosto de 1993
Define procedimentos mnimos para o gerenciamento dos resduos, com vistas a preservar a sade pblica e a qualidade do meio ambiente.
RESOLUO CONAMA N 023, de 23 de dezembro de 1996
Detalha a classificao de resduos.
RESOLUO CONAMA N 358, de 04 de maio de 2005
Dispe sobre o tratamento e a disposio final dos resduos dos servios de sade
RESOLUO CONAMA N 307, de 17 de junho de 2002
Estabelece diretrizes, critrios e procedimentos para a gesto dos resduos da construo civil
RESOLUO RDC N 33 / 2003 Regulamento Tcnico para o gerenciamento dos resduos de servios de sade.
RESOLUO RDC N 306 / 2004
Atualiza a RCD 33/2003.
4.2 LEGISLAO ESTADUAL
A seguir, o Quadro 4-3, apresenta a legislao estadual.
Quadro 4-3: Legislao Estadual
Lei Smula
LEI ESTADUAL N12. 493, de 22 de janeiro 1999
Estabelece princpios, procedimentos, normas e critrios referentes gerao, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinao final dos resduos slidos no estado do Paran, visando controle da poluio, da contaminao e a minimizao de seus impactos ambientais e adota outras providncias.
DECRETO ESTADUAL N 6.674, de 03 de dezembro de 2002
Aprova o Regulamento da Lei n. 12.493, de 1999, que dispe sobre princpios, procedimentos, normas e critrios referentes gerao, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinao final dos Resduos Slidos no Estado do Paran, visando o controle da poluio, da contaminao e a minimizao de seus impactos ambientais e adota outras providncias.
RESOLUO CONJUNTA N 001/94 SEMA/SESA, de 28 de maro de 1.994
Regulamenta a gerao, o acondicionamento, o armazenamento, a coleta, o transporte, o tratamento e a destinao final dos resduos slidos visando ao controle da poluio, da contaminao e minimizao dos impactos ambientais no territrio do Estado do Paran, regidos em estrito atendimento ao disposto na Lei n. 12.493, de 22 de janeiro de 1.999.
LEI N 16.075, DE 01 DE ABRIL DE 2009
Probe o descarte de pilhas, lmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham mercrio metlico em lixo domstico ou comercial, conforme especifica e adota outras providncias.
DECRETO N 4167, de 20 de janeiro de 2009
Dispe sobre a obrigatoriedade da separao coletiva dos resduos slidos reciclveis gerados pelos rgos pblicos e entidades da administrao pblica estadual direta e indireta.
-
1177
4.3 LEGISLAO MUNICIPAL
A seguir, o Quadro 4-34, apresenta a legislao municipal.
Quadro 4-4: Legislao Municipal
Lei Smula
LEI MUNICIPAL N. 2251/ 02
Dispe sobre a recepo de Resduos Slidos potencialmente perigosos
sade e ao meio ambiente.
LEI MUNICIPAL N. 2.072 DE
17 DE DEZEMBRO 1998
Regulamenta a limpeza urbana do Municpio de Paranagu e d outras providncias
LEI MUNICIPAL N. 2312 DE
12 DE DEZEMBRO DE 2002
Dispe sobre o controle e a fiscalizao das atividades que gerem poluio
sonora ou causem desordens; impe penalidades e d outras providncias.
LEI MUNICIPAL N. 2.260 DE
26 DE FEVEREIRO DE 2002
Dispe sobre a poltica de proteo, conservao e recuperao do meio e
d outras providncias.
LEI MUNICIPAL N. 2.242 DE
10 DE JANEIRO DE 2002
Obriga a execuo de limpeza peridica das caixas dgua, conforme
especifica.
-
1188
55.. DDIIAAGGNNSSTTIICCOO DDAA SSIITTUUAAOO AATTUUAALL
5.1 SERVIOS DE LIMPEZA PBLICA
O servio de limpeza urbana de Paranagu regulamentado pelo Cdigo de Posturas do
municpio, expresso pela Lei Municipal n 67 / 2007. A execuo dos servios de limpeza
pblica, de competncia do Municpio, poder ser realizada diretamente ou por terceiros,
observadas as prescries legais pertinentes.
So de responsabilidade da Administrao Pblica Municipal as atividades de coleta,
remoo, transporte e destino final dos seguintes resduos slidos:
- Resduos slidos domsticos, de escritrios, comrcio em geral, restaurantes, lanchonetes,
mercearias, hotis e supermercados;
- Mveis, colches, utenslios de mudanas e outros similares;
- Restos de limpeza e podas de jardins;
- Material remanescente de obras ou servios em logradouros pblicos.
O Cdigo de Posturas do municpio versa ainda que sero de responsabilidade dos
geradores a coleta, transporte e destino final dos seguintes resduos:
- Entulho, terras e sobras de material de construo;
- Materiais contaminados, radioativos ou outros que necessitem de condies especiais na
sua remoo;
- Sucatas;
- Resduos de servio de sade, inclusive os decorrentes de consultrios mdicos,
odontolgicos, veterinrios, laboratrios, clnicas, farmcias e similares.
Neste sentido, salienta-se que os geradores de resduos de construo civil e de sade
devero elaborar seu Plano de Gerenciamento de Resduos conforme legislao federal em
vigor, apresentando-os ao rgo Municipal responsvel pelas licenas ambientais, para a
emisso e renovao dos respectivos alvars de funcionamento e operao.
-
1199
5.1.1 COLETA CONVENCIONAL
A coleta convencional dos resduos slidos domiciliares realizada pelo Setor de coleta de
lixo do Departamento de Servios pblicos sob-responsabilidade da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente.
Os trabalhos descritos nesse item abrangem os servios de coleta regular, utilizando
caminhes compactadores com frequncia alternada, de todos os resduos especificados a
seguir, encontrados nas vias e logradouros, originrios de estabelecimentos pblicos,
institucionais, de prestao de servios, comerciais e residenciais:
- Resduos domiciliares, inclusive os resultantes de varredura;
- Resduos slidos originrios de estabelecimentos pblicos, institucionais, de prestao de
servios e comerciais, exceto resduos slidos da rea de sade e de construo civil.
De acordo com as informaes obtidas junto ao departamento de servios pblicos no setor
coleta de lixo. Os veculos partem da garagem municipal localizada na Rua Soares Gomes,
1311, Bairro Leblon realizando a coleta de resduos domiciliares/comerciais que contempla a
rea urbana do municpio, incluindo vilas e favelas, Mas no atendendo as reas rurais,
colnias e ilhas que tem coleta diferenciada.
A rea de abrangncia dos servios de coleta convencional no municpio de Paranagu est
apresentada pela espacializao no Mapa 5-1 compreendida pelos bairros da rea urbana
descritos no Quadro 5-1.
Quadro 5-1: Coleta domiciliar/comercial na rea urbana.
Bairros Dias da Semana Turno
Padre Jackson, V.Guarani, Beira Rio, Jd.Sta. Helena, Jd. Iguau, Jd. Sta Rosa, V. Ruth, Serraria, V. Cruzeiro, V. Paranagu, Jd. Ara, M. da Cocada, Jd. Primavera, Emboguau, V. do Povo, V. So Carlos, Porto dos Padres, V. So Jorge, Belmar I e II, Posto Locatelli, Porturia, V. Becker, V. da Madeira, Industrial, V. Alboit, Rocio, Guadalupe, Porto e Labra.
2, 4 6 feira Diurno
V. So Vicente, Asa Branca, Santos Dumont, Jd. Guaraituba, Baixada, Jd. Amrica, P. So Joo, Jd. Samambaia, Vila Divinia, Costa Sul, Caic, Nilson Neves, Bertioga, V. dos Comercirios e P. Agari, Conj. Cominese, Jd. Paranagu,Ouro Fino, Vila Garcia, V. Esperana, Jd. Eldorado, V. Horizonte, V. Itiber, Jd. Jacarand, Porto Seguro e Jd. Paran.
3, 5 feira e Sbado
Diurno
Bockman, Raia, Jd. Alvorada, Palmital, Estradinha, Tuiuti, Leblon, A. So Sebastio, C. Grande, C. Histrico, Joo Gualberto, 29 de Julho, Costeira, Oceania, Ilha perdida e Ponta do Caju.
2 feira a Sbado Noturna
Fonte: Departamento de Servios Pblico Setor de coleta de lixo, 2012.
-
#*
Baa de Paranagu
Lixo EmbocuParanagu
BR-277
PR-407
BR-277
Dom Pedro I
Parque So Joo
Costeira
Aeroporto
Palmital
Parque Agari
Raia
Vila So Vicente
Emboguau
Porturia
Jardim Guaraituba
Estradinha
Vila Cruzeiro
Rocio
Vila Alboitt
Dininia
Vila dos Comercirios
Leblon
Jardim Araa
Porto dos Padres
29 de Julho
Bockman
Vila Itiber
Industrial
Eldorado
Vila Rute
Tuiuti
Vila GuaraniSerraria do Rocha
Alvorada
Jardim Amrica
Ponta do Caju
Samambaia
Jardim Yamaguchi
Vila Paranagu
Centro Histrico
Joo GualbertoAlto So Sebastio
Vila Horizonte
Correia Velho
Jardim Paranagu
Oceania
Campo Grande
Vila Guadalupe
Padre Jackson
745000
745000
748000
748000
751000
751000
717100
0
717100
0
717400
0
717400
0
717700
0
717700
0
Mapa: COLETA CONVENCIONAL - REA URBANA
LOCALIZAO
DADOS TCNICOSMERIDIANO CENTRAL: 51 WGrDATUM HORIZONTAL: SIRGAS 2000DATUM VERTICAL: IMBITUBA-SC
PROJEO TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM.ORIGEM NO EQUADOR DE NO MERIDIANO CENTRAL.ACRESCIDAS A CONSTANTES 10.000 Km E 500 Km,RESPECTIVAMENTEFONTE DE DADOS: ITCG, 2010;PREFEITURA MUNICIPAL DE PARANAGU, 2012
0,3 0 0,3 0,60,15km
Escala:
Data: Localizao:
Elaborao:1:30.000
Ocean
o At ln
t ico
SP
PR
RS
MS
SC
MG
RJ
Projeto:
PARANAGU/ PR
Pontal do Paran
Matinhos
Oceano
Atlntico
Guaratuba
ParanaguMorretes
Antonina Guaraqueaba
PR-508
PR-410
BR-277
PR-405
PR-412PR-407
PLANO DE GESTO INTEGRADA DERESDUOS SLIDOS DE PARANAGU
NOVEMBRO/ 2012
LEGENDA#* Lixo Embocu
RodoviasArruamentoCorpos de guaDivisa dos bairros
Rotas de coleta2 a sbado2, 4 e 6 feiras3, 5 e sbado
-
2211
Para a realizao da coleta na rea urbana do municpio, o Setor de Coleta de Lixo possui
uma frota de 8 caminhes compactadores, sendo 05 de propriedade da prefeitura de
Paranagu e 03 de terceirizados, conforme quadro 5-2 abaixo:
Quadro 5-2: Frota de Caminhes compactadores.
Placa Capacidade til (t) Ano Propriedade
ABN-5751 5 1984 Prefeitura de
Paranagu
ASD-8776 5 2009 Idem
ARZ-6987 5 2009 Idem
ARX-2284 5 2009 Idem
AVS-8204 9 2012 Idem
ATH-7625 9 2010 Terceirizado
ASA-1215 9 2010 Idem
ASA-1818 9 2010 Idem
Fonte: Departamento de Servios Pblico Setor de coleta de lixo, 2012.
O servio de coleta domiciliar executado na modalidade porta a porta, com frequncia
varivel de acordo com o itinerrio de coleta, em todas as vias pblicas oficiais da sede. No
servio de coleta de resduos slidos domiciliares, trabalham equipes com composio
varivel de acordo com turno e demanda da rota percorrida. No total, 39 funcionrios se
revezam na coleta, sendo nove motoristas e trinta coletores. Salienta-se que a prefeitura
registra a quilometragem percorrida pelos veculos coletores atravs de um formulrio
interno preenchido no inicio e final de turno.
Dentre as caractersticas operacionais do servio de coleta convencional, destacam-se:
Quadro 5-3: Caractersticas Operacionais do servio de coleta convensional
Descrio dos dados
Distncia mdia do centro ao destino final 10 km
Velocidade mdia de transporte 60 km/h
Tempo gasto com descarga dos resduos 20 min
-
2222
Descrio dos dados
Quantidade de lixo coletado por dia 105 ton
Velocidade de coleta 30 Km/h
Tempo de coleta por dia 6 horas
Extenso total de vias por setor de coleta (mdia) 50 km
Total geral de quilmetros por dia 672 km
A coleta dos resduos domstico/comercial das ilhas e colnias ocorre de forma diferenciada
conforme planejamento apresentado Quadro 5-4 e espacializao no Mapa 5-2:
Quadro 5-4: Coleta domiciliar/comercial nas Ilhas e Colnias.
Local Rotina de coleta Turno
Ilha dos Valadares *Quadro 5-4 Diurno
Ilha do Mel 1 vez por semana Diurno
Colnia Alexandra 2 vezes por semana Noturna
Fonte: SMMA, 2012.
-
#*
Baa de Paranagu
Lixo Embocu
Oceano
Atlntico
Ilha dosValadares
Ilha do Mel
Alexandra
Rio
Perequ
Rio do Salto
Rio das Pombas
R io Gua
ragu a
u
Rio M aciel
Rio Itim irimRio Roseira
Rio Henr iqu
e
Rio Jacar
e
Rio B u querinh a
Rio do Cedro
Rio Itin ga
Rio Per iRio MoreiraRi o Jab aqu ara
R io Faisq
uei ra
Rio das Borrachas
Rio do Nacar
R io Seco Rio da Olaria
Rio Diri o ou P
araguai
Rio Guaraquara
Rio das P
o mba s
Paranagu
Antonina
Guaraqueaba
Pontal do Paran
Guaratuba
Matinhos
PR-412
PR-407
PR-508
BR-277
PR-412
BR-277
745000
745000
760000
760000
716500
0
716500
0
718000
0
718000
0
Mapa: COLETA DIFERENCIADA
LOCALIZAO
DADOS TCNICOSMERIDIANO CENTRAL: 51 WGrDATUM HORIZONTAL: SIRGAS 2000DATUM VERTICAL: IMBITUBA-SC
PROJEO TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM.ORIGEM NO EQUADOR DE NO MERIDIANO CENTRAL.ACRESCIDAS A CONSTANTES 10.000 Km E 500 Km,RESPECTIVAMENTEFONTE DE DADOS: ITCG, 2010;PREFEITURA MUNICIPAL DE PARANAGU, 2012
1,5 0 1,5 30,75km
Escala:
Data: Localizao:
Elaborao:1:150.000
Ocean
o At ln
t ico
SP
PR
RS
MS
SC
MG
RJ
Projeto:
PARANAGU/ PR
Pontal do Paran
Matinhos
Oceano
Atlntico
Guaratuba
ParanaguMorretes
Antonina Guaraqueaba
PR-508
PR-410
BR-277
PR-405
PR-412PR-407
PLANO DE GESTO INTEGRADA DERESDUOS SLIDOS DE PARANAGU
LEGENDA#* Lixo Embocu
RodoviasHidrografiaColeta diferenciadaColeta convencionalCorpos de guaDivisa municipal
DEZEMBRO/ 2012
-
2244
Ilha dos Valadares
A coleta de resduos domiciliares na Ilha dos Valadares realizada por um caminho
compactador e acontece conforme frequncia estabelecida no Quadro 5-5.
Quadro 5-5 Frequncia de coleta Ilha dos Valadares
Abrangncia Dias da Semana Turno
Praa Ciro Abalem, Pingo, Viveiro do Camaro, Becos, Santa Ceclia, Miriam, Baixada do Itiber, Becos, Braspo, Canarinhos e Nova Rede.
2, 3, 4 e Sbado
Diurno
Praa Ciro Abalem, Escola Cidlia, Padaria, Igreja Batista Verter, Romo, Eugnio, Escola Iracema, Felinho, Campo do Antoninho e Dois Postes.
2, 5, 6 e Sbado
Praa Ciro Abalem, Assemblia de Deus, Saracura, Becos, Campo do Itiber, Igreja Cristo que Liberta, Escola Gabriel de Lara, Escola Graziela, Becos, Vila Nova, Becos, Abacateiro, Sade.
2, 4, 6 feira
Praa Ciro Abalem, Beco do Rui, Mingo, Rocio, Cruzada, Nelson do Gs, Testemunha de Jeov, Dore, Becos, Jaqueira, Creche do 7, Eucalipto, Reciclagem, Cemitrio, Eliete, Nova Rede, Mangue seco e Joglair
3, 4, 5 e 6 feira
Fonte: PGRS, 2007.
Ilha do Mel
Apesar da coleta de lixo ser realizada em todas as praias da Ilha do Mel (exceto ponta
oeste) os moradores mais antigos ainda insiste em preservar o costume de enterrar lixo
orgnico ou queimar papeis. O quadro 5-6 apresenta informaes apresentadas do PGRS
de 2007.
Quadro 5-6 Destinao lixo na Ilha do Mel
Destino Fortaleza Braslia Farol Praia
Grande Encantadas
Ponta oeste
Total
Coleta convencional
67,86 68,09 83,81 100 96 0 415,76
Enterrado 92,86 17,02 69,52 5,56 14,29 55,56 254,81
Levado p/ outro lugar
0 31,91 4,76 0 4,57 33,33 74,57
Queimado 32,14 0 3,81 0 2,86 88,89 127,7
Total 192,86 117,02 161,9 105,56 117,22 177,78
Fonte: PGRS, 2007.
A prefeitura de Paranagu responsvel pelo servio de coleta de lixo realizado na Ilha do
Mel. A ilha conta com duas unidades de coleta, sendo uma em Encantadas e outra em Nova
Brasilia. realizada coleta de lixo domiciliar/comercial, reciclvel, orgnico e de limpeza de
trilhas. O sistema de coleta realizado por meio de carrinhos com trao humana com
capacidade aproximada de 600 kg.
-
2255
A coleta est sujeita a alteraes em funo da mar. Nos perodos de mar alta em que o
carrinho no com segue passar, o trajeto alterado ou a praia de coleta substituda por
outra com melhores condies de trfego.
Conforme informaes do setor de coleta seletiva da SMMA desde maio de 2012, devido a
ineficincia de pr seleo(triagem) e separao nos domiclios, os resduos reciclveis vem
sendo descartados junto ao lixo domiciliar.
Os resduos coletados so levados duas vezes por semana para Paranagu (na alta
temporada e em feriados o lixo levado 2 vezes por semana) atravs de um barco
denominado chata que recolhe o lixo das duas localidades e descarrega em Paranagu,
onde transferido para caminhes compactadores e encaminhados para sua destinao
final, o Lixo do Embocu.
Ilha do Mel - Encantadas
A unidade de Encantadas conta com um carrinho (fornecido pela EMDEPRAIAS) e 7
coletores, sendo 5 coletores de tera a quinta, 6 coletores segunda-feira e 7 coletores de
sexta a domingo. Esta distribuio est relacionada quantidade de material coletado que
varia aproximadamente de 500 kg por dia, intensificando de sexta a segunda. realizada
coleta do lixo orgnico e reciclado diariamente, das 7 s 17 horas.
No centro de triagem existente em Encantadas realizada a separao do lixo orgnico do
lixo reciclvel. So gerados aproximadamente 765 sacos de lixo de 100 L cada por ms. Na
temporada realizada a Operao Vero com mais 6 ou 7 funcionrios para ajudar na
limpeza.
Ilha do Mel Nova Braslia
A unidade de Nova Braslia conta com 7 funcionrios e um carrinho de coleta (fornecido pela
EMDEPRAIAS). A coleta realizada de segunda a sbado, das 7 s 17 horas, sendo
somente coletado o material reciclvel, que levado para o centro de triagem. J para o lixo
orgnico no feito a coleta sendo de responsabilidade de cada morador leva-lo para o
centro de triagem. A coleta acontece conforme Quadro 5-7.
-
2266
Quadro 5-7 Cronograma semanal de coletas Nova Braslias
Localidade Segunda-
feira
Tera-
feira
Quarta-
feira
Quinta-
feira
Sexta-
feira Sbado Domingo
Fortaleza X X
Nova
Braslia X X X
Praia
Grande X X
Farol X X X
Praia
Central X X
Fonte: PGRS, 2007
Nos feriados, Nova Braslia gera aproximadamente 270 sacos de 100L de resduo orgnico
e cerca de 2.350 sacos de 100L de material reciclvel. Na temporada realizada a
Operao Vero com mais 10 funcionrios para ajudar na limpeza.
Durante a temporada a coleta de lixo complementada com a contratao da empresa
particular Transresduos pela SUDERSHA. Este atendimento ocorre por um perodo de 90
dias e responsvel pela coleta de lixo, varredura, roada e limpeza de valeta. A
Transresduos permanece com 8 funcionrios em Encantadas e 9 funcionrios em Nova
Braslia trabalhando de segunda a domingo, das 7:00 horas s 17:00 horas.
Destino Final
Os resduos coletados no municpio so encaminhados ao lixo Municipal do Embocu, onde
so despejados em rea pr-determinada. O lixo esta distante aproximadamente 2,3km do
centro urbano.
O lixo do Embocu tem controle de entrada de veculos. Permitindo apenas entrada dos
veculos autorizados pela SMMA para despejo. Existe coleta informal de resduos por
catadores dentro do lixo.
As Figura 5-1 e 5-2 mostram a rea do lixo do Embocu e os Coletores realizando coleta
informal dentro da rea de transbordo.
-
2277
Figura 5-1: rea pr-determinada de disposio de resduos no Lixo do Embocu
Figura 5-2: Coletores realizando coleta informal.
-
2288
Conforme informaes obtidas junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de
Paranagu, o volume mdio mensal de resduos coletados no municpio no ano de 2010 e
encaminhados ao lixo Embocu de 2.497 toneladas/ms.
O quadro 5-8 apresenta a quantidade mensal de resduos encaminhados ao Lixo Embocu
no ano de 2010. ltimo ano de pesagem e funcionamento da balana da entrada do Lixo
que se encontra quebrada.
Quadro 5-8 Quantidade mensal de resduos coletados enviados ao Lixo Embocu
Ms Toneladas
Janeiro 2505
Fevereiro 2454
Maro 2783
Abril 2339
Maio 2416
Junho 2514
Julho 2278
Agosto 2255
Setembro 2521
Outubro 2571
Novembro 2604
Dezembro 2722
Fonte: Departamento de Servios Pblico Setor de coleta de lixo, 2012
A gerao per capita relaciona a quantidade de resduos urbanos gerada diariamente e o
nmero de habitantes de determinada regio.
O Quadro 5-9 apresenta a estimativa mdia de produo de resduos domsticos para o
Brasil, conforme indicador sugerido pelo Sistema Nacional de Informaes sobre
Saneamento (2009).
-
2299
Quadro 5-9 Gerao de resduos slidos domsticos para o Brasil (SNIS, 2009).
Populao urbana Gerao per capita (kg.hab/dia)
at 30 mil 0,81
de 30 mil a 100 mil 0,77
de 100 mil a 250 mil 0,81
de 250 mil a 1 milho 0,97
de 1 milho a 3 milhes 1,19
acima de 3 milhes 0,95
Fonte: SNIS, 2009.
Para a estimativa da gerao de resduos per capita em Paranagu utilizou-se os dados
mdios de resduos slidos urbanos encaminhados ao Lixo Embocu no perodo de
Janeiro/2010 a Dezembro/2010 e a populao total do municpio oriunda do censo
demogrfico (IBGE, 2010). Desta forma, a estimativa mdia diria de gerao per capita de
resduos slidos urbanos de 0,85 kg/hab, valor muito prximo se comparado com os
valores de referncia do Sistema Nacional de Informaes de Saneamento. Salienta-se que
esta estimativa no contempla o volume de resduos cuja responsabilidade do gerador,
como por exemplo, os resduos gerados pela construo civil, setor industrial e em
estabelecimentos de sade.
5.1.2 COLETA SELETIVA
A coleta seletiva dos resduos reciclveis realizada pelo Setor de coleta Seletiva sob-
responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Acontece desde 2007, por
meio de dois sistemas de coleta seletiva: o formal, realizado junto a cooperativa Nova
Esperana e pela associao da Vila Santa Maria e, o informal, realizado pelos catadores no
lixo do Embocu e pelos carrinheiros e carroceiros pela cidade.
O municpio conta com o programa Paranagu Limpa coforme Figura 5-3 do folder de
divulgao do projeto.
-
3300
Figura 5-3: Folder de divulgao do projeto Paranagu, Cidade Limpa
Os trabalhos dos servios da coleta seletiva formal ocorrem utilizando caminhes furgo
com frequncia alternada dos resduos especificados a seguir, encontrados nos pontos de
entrega voluntaria chamado de Eco Pontos locado em escolas municipais e entregues pelos
moradores quando o caminho passa pelas ruas:
- Resduos domiciliares, com caracterstica reciclvel, separados nas residncias;
- Resduos reciclveis originrios de estabelecimentos pblicos, institucionais, de prestao
de servios e comerciais, exceto resduos slidos da rea de sade e de construo civil.
Para a realizao da coleta seletiva a SMMA possui uma frota de 4 caminhes furgo,
sendo 02 de propriedade da prefeitura de Paranagu e 02 de terceirizados, conforme
quadro 5-10 abaixo:
-
3311
Quadro 5-10: Frota caminhes coleta seletiva
Placa Modelo
chassi
Modelo
carroceria
Capacidade
til (t) Ano Propriedade
Estado de
conservao
AUE-
1318
Cargueiro Ba
Fechado
8 t 2010 Prefeitura Bom
AMY-
3078
Iveco
Carroceria 2,5 t 2006 Prefeitura Regular
CAU-
5515
Ford F4000 Ba
Fechado
2,5 t 1995 Terceiro Ruim
BYE-2752 Mercedez
Benz L608-
D
Ba
Fechado
3,5 1979 Terceiro
(Operao
Vero)
Bom
De acordo com as informaes obtidas junto ao departamento de servios pblicos no setor
coleta seletiva. Os veculos partem da garagem municipal localizada na, Bairro Leblon
passando pela Cooperativa Nova Esperana ou pela Associao Vila Santa Maria para
pegar os coletores (funcionrios catadores) e seguem para a coleta de resduo reciclveis
nos bairros da regio central do municpio e Eco Pontos, Conforme o Quadro 5-11.
Quadro 5-11: Coleta seletiva Regio central e Eco Pontos
Dias da Semana
Bairros
Eco Pontos
Manh Tarde
Segunda Feira Samambaia e
Parque So Jorge
Divinia e Jardim
Amrica
Parque Awaji, Escola Caic,
Escola Nay, Escola Francisca
Pessoa Mendes, Escola Anbal
e Escola Ednia
Tera Feira Correia Velho e
Jardim Eldorado Bockman e Raia Escola Castelo Branco
Quanta Feira Campo Grande e
Joo Gualberto
Alto So Sebastio
e Leblon
Escola Sully Vilarinho e Colnia
Alexandra (15 em 15 dias)
Quinta Feira Jardim Guaraituba e
Santos Dumont
Asa Branca e So
Vicente Escola Nascimento Junior
-
3322
Dias da Semana
Bairros
Eco Pontos
Manh Tarde
Sexta Feira Alvorada e Palmital Estradinha e Ponta
do Caju
Escola Randolfo Arzua e
Escola Hugo
Fonte: SMMA Setor de coleta seletiva, 2012
A rea de abrangncia dos servios de coleta seletiva no municpio de Paranagu est
apresentada pela espacializao no Mapa 5.3 compreendida pelos bairros e Eco Pontos
descritos no Quadro acima.
-
!(
!(
#*
Baa de Paranagu
Lixo Embocu
Ilha dos ValadaresParanagu
BR-277
PR-407
BR-277
Dom Pedro I
Parque So Joo
Costeira
Aeroporto
Palmital
Parque Agari
Raia
Vila So Vicente
Emboguau
Porturia
Jardim Guaraituba
Estradinha
Vila Cruzeiro
Rocio
Vila Alboitt
Dininia
Vila dos Comercirios
Leblon
Jardim Araa
Porto dos Padres
29 de Julho
Bockman
Vila Itiber
Industrial
Eldorado
Vila Rute
Tuiuti
Vila GuaraniSerraria do Rocha
Alvorada
Jardim Amrica
Ponta do Caju
Samambaia
Jardim Yamaguchi
Vila Paranagu
Centro Histrico
Joo GualbertoAlto So Sebastio
Vila Horizonte
Correia Velho
Jardim Paranagu
Oceania
Campo Grande
Vila Guadalupe
Padre Jackson
745000
745000
748000
748000
751000
751000
717100
0
717100
0
717400
0
717400
0
717700
0
717700
0
Mapa: COLETA SELETIVA - REA URBANA
LOCALIZAO
DADOS TCNICOSMERIDIANO CENTRAL: 51 WGrDATUM HORIZONTAL: SIRGAS 2000DATUM VERTICAL: IMBITUBA-SC
PROJEO TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM.ORIGEM NO EQUADOR DE NO MERIDIANO CENTRAL.ACRESCIDAS A CONSTANTES 10.000 Km E 500 Km,RESPECTIVAMENTEFONTE DE DADOS: ITCG, 2010;PREFEITURA MUNICIPAL DE PARANAGU, 2012
0,3 0 0,3 0,60,15km
Escala:
Data: Localizao:
Elaborao:1:30.000
Ocean
o At ln
tico
SP
PR
RS
MS
SC
MG
RJ
Projeto:
PARANAGU/ PR
Pontal do Paran
Mat inhos
Oc ea no
Atl nt ic
oGuaratu ba
Paranagu Morretes
Antonina Guaraqueaba
PR-508
PR-410
BR-277
PR-405
PR-412PR-407
PLANO DE GESTO INTEGRADA DERESDUOS SLIDOS DE PARANAGU
DEZEMBRO/ 2012
LEGENDA#* Lixo Embocu!( Associao vila Santa Maria!( Cooperativa Nova Esperana
RodoviasArruamentoDivisa dos bairrosCorpos de gua
Rotas de co leta - manhSegunda-feiraTera-feiraQuarta-feiraQuinta-feiraSexta-feira
Rotas de co leta - tardeSegunda-feiraTera-feiraQuarta-feiraQuinta-feiraSexta-feira
-
3344
Para a realizao da coleta na rea urbana do municpio, o Setor de Coleta seletiva possui
uma frota de 4 caminhes furgo, sendo 02 de propriedade da prefeitura de Paranagu e 02
de terceirizados.
O servio de coleta seletiva executado com a parceria do poder pblico e as cooperativas
do municpio. O poder pblico auxilia as cooperativas de forma a disponibilizar 4 caminhes
para coleta; apoio tcnico e setorizao da coleta. As cooperativas fornecem a mo de obra
dos coletores e gesto dos resduos. Atualmente so atendidos os domiclios localizados na
zona urbana e distritos rurais com grande concentrao de moradores, incluindo o comercio
da regio central da cidade.
No servio de coleta seletiva, trabalham equipes de 1 motorista, 2 coletores e 1 fiscal por
caminho. No total, 8 funcionrios da prefeitura e 8 das cooperativas se revezam na coleta,
sendo 4 motoristas, 4 fiscais e 8 coletores. Salienta-se que a prefeitura registra a
quilometragem percorrida pelos veculos coletores atravs de um formulrio interno
preenchido no inicio e final de turno.
A coleta formal caracteriza-se pelo trabalho de coleta, segregao, compactao e venda
dos materiais reciclveis. Em Paranagu, a coleta formal caracterizada pelo trabalho da
cooperativa Nova Esperana, localizada na ilha dos Valadares e, pela associao da Vila
Santa Maria, localizada prxima ao lixo do Embocu.
De Janeiro a Outubro de 2012, conseguiram coletar e dar destinao final adequada cerca
de 800 kg de materiais reciclveis gerados no municpio, conforme informaes fornecidas
pela Secretaria do Meio Ambiente de Paranagu, constantes no Quadro 5-12.
Quadro 5-12: Resduos coletado em 2012
Ms
Quantidade de resduos coletados (kg)
Total
Assepar Nova Esperana
Janeiro 116.500 39.064 155.564
Fevereiro 60.045 24.000 84.045
Maro 51.140 30.330 81.470
Abril 48.020 42.047 90.067
Maio 12.700 51.268 63.968
Junho 15.010 39.274 54.284
Julho 30.890 48.541 79.431
-
3355
Ms
Quantidade de resduos coletados (kg)
Total
Assepar Nova Esperana
Agosto 21.980 28.306 50.286
Setembro 37.149 41.880 79.029
Outubro 29.080 30.093 59.173
TOTAL 422.514 374.803 797.317
Fonte: SMMA Setor de coleta seletiva, 2012.
O resduo reciclvel gerado e coletado na Ilha do Mel encaminhado para Paranagu por
barcos (chatas) uma vez por semana e a frequncia intensificada na alta temporada, para
2 vezes por semana. Em Encantadas no feita a coleta seletiva, porm, o lixo coletado
separado no centro de triagem existente em Encantadas. J em Nova Braslia feita a
coleta seletiva de resduos e, conforme informaes do plano de gerenciamento de resduos
do municpio, elaborado em 2007, a localidade gerava cerca de 2.350 sacos de 100L de
material reciclvel.
Conforme informaes do setor de coleta seletiva da SMMA desde maio de 2012, devido a
ineficincia de pr seleo(triagem) e separao nos domiclios, os resduos coletados na
Ilha do Mel vem sendo descartados junto ao lixo domiciliar diretamente no lixo do Embocu.
Na Ilha dos Valadares no feita a coleta formal dos resduos reciclveis, ficando a cargo
dos coletores informais, que diante da localizao da Cooperativa Nova Esperana, facilita e
incentiva a atividade.
Cooperativa Nova Esperana
A Cooperativa Nova Esperana, Figura 5-4, situa-se na Ilha dos Valadares e conta com 20
associados. Em parceria com o PROVOPAR foi inaugurada em Julho de 2006. Os
associados realizam a coleta, a separao e a compactao dos materiais reciclveis.
-
3366
Figura 5-4: Cooperativa Nova Esperana
Fonte: PGRS, 2007
No perodo de Janeiro a Outubro de 2012 a Cooperativa coletou 423 toneladas de resduos
reciclveis, representando 42,3 toneladas por ms.
Associao Santa Maria
A Associao Santa Maria, Figura 5-5, situa-se prximo ao Lixo do Embocu e conta com
20 associados. Os associados realizam a coleta, a separao, compactao e venda dos
materiais reciclveis.
-
3377
Figura 5-5: Associao Santa Maria
Fonte: PGRS, 2007
5.1.3 COMPOSTAGEM
Segundo o Plano Municipal de Saneamento Bsico , atualmente o municpio de Paranagu
no realiza a compostagem dos resduos orgnicos recolhidos, entretanto, de interesse do
poder pblico municipal a criao de uma unidade de compostagem de resduos orgnicos
e, inclusive, est prevista a implantao no projeto do aterro sanitrio existente.
5.1.4 RESDUOS ESPECIAIS
Os resduos Especiais so aqueles que necessitam de tratamento diferenciado como, por
exemplo os resduos provenientes das pilhas e baterias, lmpadas fluorescentes, leos,
pneus e da construo Civil.
O municpio de Paranagu conta com um programa especial de coleta de leo para
destinao Unidade de Produo de Biodiesel de Paranagu.
Conforme informao da SMMA o Programa Municipal de Gerenciamento de leos e
Gorduras Residuais (OGRs), institudo pela Lei Municipal n. 3049, de 18 de dezembro de
-
3388
2009, tm como objetivo principal a coleta e o correta destinao dos resduos de leos e
gorduras.
A partir da parceria com o Servio Nacional da Indstria (SENAI), atravs da Federao das
Indstrias do Estado do Paran (FIEP), foi adquirida e instalada uma Usina de Produo de
Biodiesel (figura 5-6) a partir dos OGRs com capacidade de produo de 1.000 litros/dia e
que utiliza a rota metlica no processo de transesterificao. O biodiesel um combustvel
muito menos poluente do que o diesel de petrleo. Todo o combustvel produzido na Usina
utilizado para o abastecimento da frota cativa da Prefeitura na proporo de at 20%,
conforme as orientaes e a autorizao da Agncia Nacional de Petrleo (ANP).
Figura 5-6: Usina de Biodiesel de Paranagu
A Usina foi instalada nas dependncias do ptio da garagem municipal atendendo aos
requisitos de segurana exigidos pelo Corpo de Bombeiros. Toda a documentao sobre o
processo e as instalaes industriais foi submetida avaliao do rgo ambiental estadual
(Instituto Ambiental do Paran IAP) que emitiu uma Licena Ambiental Simplificada (LAS).
Documentao especfica foi enviada tambm para a ANP que normatiza e regulamenta a
produo de biodiesel no pas, tendo a mesma autorizada a operao da planta industrial,
conforme as Resolues pertinentes. Todo este trmite legal mais o perodo de instalao
dos equipamentos e adequao das obras durou 8 meses e a Usina foi inaugurada e teve
sua operao iniciada em 04 de junho de 2011.
A logstica de coleta incluiu a realizao de um diagnstico preliminar sobre os principais
geradores e a divulgao de campanha publicitria sobre os objetivos do Programa. Foram
instalados Pontos de Entrega Voluntria (PEVs) nas escolas municipais, nos rgos
pblicos e nas empresas privadas. A coleta ocorre 3 vezes por semana em 35
estabelecimentos cadastrados.
-
3399
Existem medidas de ampliao do Programa que envolve visitas para realizao de
cadastro em novos estabelecimentos e palestras nas empresas e instituies de ensino. A
Prefeitura tambm desenvolve um estudo para agregar doao de OGR algum tipo de
benefcio fiscal para os contribuintes, os estabelecimentos comerciais podem solicitar sua
inscrio no Programa Selo Social j em funcionamento.
So mais de 33 mil litros de leo j retirados do ambiente nestes 18 meses de Programa.
Resultando na produo de aproximadamente 26 mil litros de biodiesel utilizados, como j
citado, na frota de veculos da prefeitura.
A Usina tambm um laboratrio para ensino e pesquisa. Escolas e Universidades tm ali
um campo para o desenvolvimento de novas tecnologias na gerao de energia e no
gerenciamento de resduos. As visitas tcnicas so agendadas na prpria Usina.
No existe ainda, um programa para coleta de resduos especiais tais como lmpadas
fluorescentes, pilhas, baterias, pneus e remdios vencidos apesar da existncia da Lei
Municipal N 2.251 de 19 de maro de 2002, a qual regulamenta a recuperao e manejo de
tais resduos.
5.1.5 RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL
O municpio no possui sistema de coleta adequado para esse tipo de resduo. Foi
verificada a presena de tal resduo na entrada do lixo do Embocu e na garagem municipal
(figura 5-7), ambos sob responsabilidade da prefeitura de Paranagu.
Desse modo, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no existe local adequado
para a destinao de resduos da construo civil cujo, aps ser coletado de forma
espordica por caambas estacionrias terceirizadas e carroceiros, armazenado de forma
temporria na garagem da prefeitura, sendo posteriormente destinado para obras de
pavimentao do municpio e recuperao de estradas vicinais em localidades rurais. Em
caso de sobra, o resduo destinado para o lixo do Embocu.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Paranagu, no existe controle da
quantidade de resduos que armazenada, assim como no existe controle sobre a
quantidade de tempo que leva para a garagem ter sua capacidade de armazenamento
saturada. Entretanto, segundo o Plano de Gerenciamento de Resduos do municpio,
elaborado em 2007, estima-se que sejam produzidas no municpio cerca de 90 toneladas de
resduos da construo civil por dia (69,2 m/dia).
-
4400
Figura 5-7: rea de depsito temporrio de resduos da construo civil
5.1.6 RESDUOS DE SADE
A coleta e destinao final dos resduos de sade do municpio so de responsabilidade da
empresa Zero resduos, empresa privada contratada pela Prefeitura Municipal de Paranagu
via processo licitatrio.
A destinao dos resduos de sade coletados varia de acordo com a sua classificao na
origem, sendo adotados os seguintes procedimentos:
- Resduos dos Grupos A e E Infectantes e Perfurocorantes
Processo: Autoclave (esterilizao dos resduos por calor mido e alta presso. Aps o
processo os resduos so descaracterizados);
- Grupo B Qumicos
Processo: Incinerao (destruio dos resduos atravs de queima acima de 1.200C em
situaes controladas).
-
4411
O Quadro 5-13 abaixo lista o endereo dos principais emissores de resduos slidos de
sade no municpio.
Quadro 5-13: Relao de estabelecimentos pblicos emissores de resduos slidos de sade.
Estabelecimento Endereo
Secretria Municipal de Sade Avenida Gabriel de Lara, N977 - Centro
Centro Municipal de Especialidades C.M.E. Praa Joo Gualberto, n959 - Centro
PSF Rodrigo Gomes (Valadares) Vila Bela Ilha dos Valadares
Unidade de Sade Bruno Baldoni (Vila Alboit)
Rua Xavier da Silva, SN
Unidade de Sade 24 hrs Domingos Lopes do Rosrio(Serraria do Rocho)
Rua Baro do Amazonas, SN
PSF Dr. Simo Aisenman Rua Eugnio de Souza Esq. com Rua Tupiniquin
Unidade de Sade Guilhermina Mazzali Gada (Vila Marinho)
Ria dos jatobs esq. com Projetada, SN Jardim Iguau
Centro Odontolgico Christiane Rabello Silveira (Padre Jackson)
Rua Abdon de Carneiro, SN
PSF Evanil Rodrigues (Jardim Ara) Rua Washington Luiz, SN
PSF Luis Carlos Gomes (Vila do Povo) Av. Jos da Costa Leite, SN
Unidade de Sade 24 hs Segismundo Gonalves (Vila Divinia)
Rua Belmiro Sebastio Marques- Parque So Joo
Centro Municipal de Diagnstico Joo Paulo II
Rua Renato Leoni, Sn Esq. cm Sebastio Marques
Unidade de Sade Sueli Dutra Alves - CAIC Av. Bento Rocha com Av. Pontal do Sul, SN - Bertioga
Unidade de Sade Aline Marinho Zacarias (Vila Garcia)
Rua Subtenente Onofre Moreira da Rocha, SN
PSF Elias Borges Neto (Alexandra) Rua Jos das Dores Camargo, SN
Unidade de Sade Maria Luiza Rodovia Alexandra Matinhos, km 9,5 Colnia Maia Luiza
Unidade de Sade Argemiro de Feliz (Santos Dumont)
Av. Pirapora Conjunto Habitacional
Unidade de Sade Balduina Andrade Lobo- Dona Baduca
Rua Domingos Peneda Esq. com Av. Roque Vernalha
Unidade de Sade Dr. Helvecio Chaves da Rocha (Banguzinho)
Rua Soares Gomes com Rua Getlio Vargas - Bockmann
Unidade de Sade So Miguel
Unidade de Sade Amparo
Unidade de Sade Flora Neves da Graa Nova Braslia (Ilha do Mel)
Unidade de Sade Ana das Neves Encantadas (Ilha do Mel)
Fonte: Secretaria Municipal de Sade de Paranagu Setor de Vigilncia Sanitria, 2012.
Salienta-se que os estabelecimentos privados de sade possivelmente emissores de
resduos (p.ex.: farmcias, clnicas particulares e clnicas veterinrias) devem apresentar o
-
4422
seu referido Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos de Sade a Secretaria Municipal
do Meio Ambiente, para obteno do alvar de funcionamento.
O SNIS (2009) aponta uma gerao mdia destes resduos base de 27,8 kg dirios para
cada 1.000 habitantes, relativos a uma taxa de 1,9% em relao a quantidade de resduos
domiciliares e pblicos coletada. Assim, obtm-se para Paranagu uma estimativa mdia
diria de RSS de 4.031 kg/dia. Alm disso, com base no Manual de Saneamento da Funasa
(2006), estima-se que cerca de 20% deste volume trata-se de resduos perigosos. Sendo
assim, estima-se que 806,2 kg/dia so de resduos classificados como perigosos.
5.1.7 VARRIO E LIMPEZA PBLICA
O servio de varrio e limpeza pblica tambm realizado pela prefeitura municipal. De
acordo com informaes da Secretria de Meio Ambiente, a varrio das vias urbanas
ocorre apenas nas vias centrais da sede do municpio, sendo o trabalho realizado por uma
equipe composta conforme Quadro 5-14.
Quadro 5-14: Equipe de trabalho Varrio e Limpeza pblica
N de total de garis N de turmas de varrio N de encarregados
60 3 4 por equipe
1 operacional
A equipe de limpeza pblica recebe e tem orientao quanto ao uso adequado de
Equipamentos de Proteo Individual (EPIs).
A prefeitura no realiza controle da quantidade de resduos gerados na varrio que tem
destinao final no lixo do Embocu. Conforme dados no SNIS (2008), so 3.260 km de
sarjetas varridas.
5.1.8 PODA, CAPINA E ROAGEM
Segundo dados do Plano Municipal de Saneamento Bsico este servio de
Responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do municpio de Paranagu,
que utiliza de equipamentos como roadeira mecnica e roadeiras manuais. Os servios
so realizados conforme necessidade e tambm em carter emergencial quando solicitado
pela populao. Todo o resduo proveniente da poda, capina e roagem transportado por
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caminho at o lixo do Embocu. Conforme dados do SNIS (2008), foram acumulados
3.700 toneladas de resduos provenientes de poda, capina e roagem no ano de 2008.
5.1.9 COMPOSTAGEM
A SMMA informou que o municpio de Paranagu no realiza a compostagem dos resduos
orgnicos recolhidos, porm, de interesse do poder pblico municipal a criao de uma
unidade de compostagem de resduos orgnicos. Esta unidade de compostagem esta
prevista no projeto do novo aterro visando diminuir o volume de resduos destinado ao futuro
aterro.
5.1.10 LIXO DO EMBOCU
Conforme diagnosticado nos itens anteriores, atualmente, a principal destinao final dos
resduos coletados o lixo do Embocu. Localizado na Vila Santa Maria, bem prximo
comunidade local, o lixo do Embocu foi iniciado em 1973. Est situado em uma rea de
aproximadamente 45 hectares e de acordo com o Zoneamento do Uso e Ocupao do Solo,
est localizado em uma Zona de Desenvolvimento Econmico e faz limites com os crregos
Galdino e Cavalo.
O lixo no conta com infra estrutura adequada para segurana ambiental que uma unidade
de disposio final de resduos slidos exige. Pode-se destacar a falta da impermeabilizao
do solo e a ausncia de coleta e tratamento de chorume, o que acarreta na infiltrao do
chorume e percolados, promovendo a contaminao das guas subterrneas e superficiais.
Em 08/02/08 o municpio de Paranagu assinou um TAC Termo de Ajustamento de
Conduta com o IAP se comprometendo a executar diversas aes no Lixo com o objetivo
de minimizar os impactos e desta falta de infraestrutura. A SMMA cobriu de argila cerca de
60% da antiga rea do aterro onde eram dispostos os resduos (figura 5-8) direcionando o
descarte apenas para uma rea de aproximadamente 2 hectares (figura 5-9), sendo
realizada assim a camadas de resduo e terra. Pessoas estranhas foram proibidas de
entrarem no local, bem como todas as empresas foram notificadas e proibidas de
descarregarem no Lixo. Outra ao foi abertura de valas de conteno canalizando o
chorume na rea do aterro criando assim algumas lagoas (figura 5-10) para que o mesmo
no atinja diretamente a comunidade vizinha.
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Figura 5-8: Parte da rea onde era disposto resduos agora coberta
Figura 5-9: rea atual de disposio dos resduos
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Figura 5-10: Lagoa de chorume ao lado da rea de disposio de resduos
A proximidade do lixo com a comunidade da Vila Santa Maria um agravante ao risco que
o lixo trs a sociedade. A Vila Santa Maria se localiza as margens da divisa com a rea do
lixo sendo separados apenas pelas valas de conteno de chorume. Infelizmente a
comunidade sofre com essa realidade, convivendo com doenas, odor desagradvel,
vivendo em meio a urubus e vetores de todos os tipos. Nesta realidade que a maioria dos
moradores tem sua condio atual de subsistncia e dali tira seu sustento, seu trabalho e o
oramento para si e sua famlia.