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PIC – Projeto Intensivo no Ciclo Material do Professor – 3 a série Volume 2 PROFESSOR(A): ____________________________________________________________ TURMA: ____________________________________________________________________ GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO São Paulo, 2009

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PIC – Projeto Intensivo no Ciclo

Material do Professor – 3a série

Volume 2

PROFESSOR(A): ____________________________________________________________

TURMA: ____________________________________________________________________

governo do estado de são paulo

secretaria da educação

fundação para o desenvolvimento da educação

São Paulo, 2009

Governo do Estado de São Paulo

GovernadorJosé Serra

Vice-GovernadorAlberto Goldman

Secretária da EducaçãoMaria Helena Guimarães de Castro

Secretária AdjuntaIara Glória Areias Prado

Chefe de GabineteFernando Padula

Coordenadora de Estudos e Normas PedagógicasValéria de Souza

Coordenador de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo

José Benedito de Oliveira

Coordenadora de Ensino do InteriorAparecida Edna de Matos

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da EducaçãoFábio Bonini Simões de Lima

Diretora de Projetos Especiais da FDEClaudia Rosenberg Aratangy

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas

S239Lv. 2

São Paulo (Estado) Secretaria da Educação.Ler e escrever: PIC – Projeto Intensivo no Ciclo; material do professor –

3ª série / Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; concepção e elaboração, Andréa Beatriz Frigo, Claudia Rosenberg Aratangy, Marisa Garcia, Milou Sequerra, Ivonildes Milan. - São Paulo : FDE, 2009.

v. 2, 296 p. : il.

1. Ensino Fundamental 2. Ciclo I 3. Leitura 4. Atividade Pedagógica 5. Programa Ler e Escrever 6. São Paulo I. Fundação para o Desenvolvimento da Educação. II. Frigo, Andréa Beatriz. III. Aratangy, Claudia Rosenberg. IV. Garcia, Marisa. V. Sequerra, Milou. VI. Milan, Ivonildes. VII. Título.

CDU: 372.4(815.6)

3PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Cara professora, caro professor Este segundo volume do Material do Professor PIC – 3ª série segue a mes-

ma orientação do anterior: considera as necessidades dos alunos do PIC, para auxiliar você a organizar atividades de sala de aula, otimizando o uso do tempo didático.

Trabalhamos ao longo deste ano enfatizando as competências de leitu-ra e escrita para que os alunos possam chegar à 4ª série em condições de aprender os conteúdos das demais áreas.

Acreditamos que, além disso, conseguimos fazer com que voltassem a acreditar na sua capacidade de aprender e, principalmente, recuperassem a vontade de saber – imprescindíveis para uma vida escolar de sucesso.

Procuramos, neste volume, manter uma rotina parecida com a do volume 1, pois é importante para estes alunos consolidarem determinados conhecimen-tos de modo a se sentirem cada vez mais seguros de seus próprios saberes. Ao mesmo tempo, também há propostas que visam ampliar os conhecimentos sobre a língua e abordar conhecimento de ciências naturais e sociais.

Seguem algumas orientações que podem contribuir para a qualidade de seu trabalho.

Com relação à leitura:

1. Leia em voz alta todos os dias. Ainda que boa parte de seus alunos já domine o sistema alfabético de escrita, eles ainda necessitam de você co-mo leitor de alguns textos que, por sua complexidade ou extensão, ainda não conseguiriam ler por si mesmos. Lembre-se de que, por meio da sua leitura, seus alunos podem sentir-se cada vez mais encantados e, conseqüentemen-te, motivados para se aventurar no mundo dos livros.

Nessas ocasiões, você pode usar textos literários (contos tradicionais ou contemporâneos), notícias de jornal, textos científicos etc.

É interessante que essas leituras sejam organizadas em atividades per-manentes (aquelas que têm um lugar fixo na rotina semanal, podendo ser diá-rias ou ocorrer uma ou duas vezes por semana) e que enfoquem determinado gênero textual, para garantir que os alunos tenham um contato significativo com ele. A leitura de contos tradicionais (como os de encantamento, de es-perteza e as lendas) ainda é recomendada, e sugerimos que ocorra duas ou três vezes por semana.

Além disso, não deixe de aproveitar as revistas que sua escola recebe para trazer esses importantes portadores para seus alunos. Em especial, explore

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a revista Ciência Hoje das Crianças, uma publicação muito interessante que aborda, de maneira cuidadosa, diferentes temas ligados ao meio ambiente e ao conhecimento científico. Há várias seções que podem ser apresentadas aos alunos num primeiro momento, a partir da sua leitura. Sugerimos que vo-cê leia a revista uma vez por semana, de forma que as matérias publicadas em cada número possam ser exploradas.

2. Proponha que, diariamente, os alunos leiam por si mesmos, ainda que nessa tarefa contem com a ajuda de um colega. Muitas crianças, quando são leitores iniciantes, não se sentem seguras quanto a suas capacidades de ler, por si mesmas, diferentes textos. A leitura ainda é vagarosa e, em alguns ca-sos, desgastante. É importante, então, que se deparem com tal desafio para que, na própria atividade de ler, possam se reconhecer como leitores.

Nesses momentos, escolha textos adequados às possibilidades de seus alunos: aqueles organizados em versos, como parlendas, trava-línguas, poe-mas e letras de canções continuam sendo interessantes. A essa lista tam-bém podemos incluir a leitura de adivinhas, cruzadinhas (em que a pista é escrita), legendas e pequenos textos sobre curiosidades científicas, receitas e regras de jogos. O importante é que essa leitura não se torne mero exer-cício de decodificação das letras. Lembre-se: ler é construir sentido a partir de um texto.

Com relação à escrita:

1. Mesmo que com menor freqüência, continue a propor momentos em que os alunos ditem um texto em que você seja o escriba.

Tal como ocorre com a leitura, o maior domínio dos alunos com relação ao sistema de escrita alfabético não justifica que se interrompam os momentos em que os alunos ditam um texto para o professor. Essa atividade continua sendo uma oportunidade interessante para enfocar os aspectos discursivos de um texto enquanto está sendo produzido, considerando o gênero textual e a situação comunicativa em que se insere.

2. Proponha, pelo menos uma vez por dia, que os alunos tenham uma atividade em que precisem escrever por si mesmos, ainda que seja com a ajuda de um colega.

Enquanto escrevem, os alunos se colocam inúmeras questões comuns a qualquer escritor: a melhor palavra para se expressar, como diagramar um texto, que letra usar para escrever determinada palavra, como escrever para que as idéias fiquem claras e para que o leitor se interesse por aquilo que escrevem. É importante que os alunos se deparem com o desafio de redigir textos variados, pois nessas situações é que terão oportunidade de enfrentar

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(e resolver) os problemas encontrados por qualquer pessoa que se utilize da escrita em sua vida cotidiana.

Ao propor que seus alunos escrevam, lembre-se que esta é uma ativida-de que requer diferentes momentos: antes, é preciso refletir sobre o que se quer escrever; enquanto se escreve, é preciso ficar atento aos objetivos que se espera que o texto cumpra, e é preciso revisar, voltando ao texto para in-troduzir mudanças que o tornem melhor.

Para organizar e equilibrar essas diferentes propostas (leitura pelo pro-fessor, leitura do aluno, ditar para que o professor escreva e escrever por si mesmo), considere as diferentes atividades incluídas neste material e suas respectivas orientações. As atividades foram agrupadas em diversas moda-lidades didáticas:

Hora da curiosidade científica – meio ambiente: uma atividade permanen-te em que, ao acompanhar em seus livros a leitura que você fará em voz alta, os alunos terão contato com textos que abordam diferentes temas ligados à questão ambiental. Para cada leitura, estão previstas propostas de discussão, debate ou alguma situação de escrita pelo aluno relacionada ao tema lido.

Projeto “Crianças como você”: nesse projeto, os alunos se dedicarão ao estudo do modo de vida de crianças que habitam diferentes regiões do planeta, a partir da leitura do livro Crianças como você, no qual as fotos que acompanham pequenos textos informativos dão um panorama rico do modo como vive cada uma das crianças apresentadas. Essa interação da escrita e das imagens é particularmente importante para aqueles que estão no iní-cio da escolaridade, pois permite que tenham bons indícios para antecipar, a partir das imagens, o conteúdo dos textos.

Além de abordar o modo de vida de crianças de diversas culturas, de vá-rias classes sociais, que pertencem a famílias organizadas de maneiras muito diferentes, numa verdadeira celebração da diversidade da infância e de sua riqueza, o livro também permite ampliar o conhecimento dos alunos sobre os países e a localização nos diferentes continentes, abordando algumas carac-terísticas desses continentes e suas paisagens, o que dá espaço para uma abordagem integrada entre as práticas de leitura, neste caso numa situação de estudo, e os conteúdos de geografia.

As etapas previstas no projeto incluem o estudo do modo de vida de crianças de diferentes países, anotações sobre aquilo que foi aprendido a respeito de cada uma, entrevistas com colegas para conhecer seu modo de vida e a produção de textos inspirados naqueles que foram lidos no livro. Um dos produtos finais previstos nesse projeto é a elaboração de um pequeno exemplar em que cada aluno se responsabilizará por escrever sobre o modo de vida de um colega, além de ilustrar sua produção.

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Seqüência de jogos e brincadeiras: Aproveitando o Livro de textos do aluno, organizamos uma seqüência didática em que as crianças terão opor-tunidade de acompanhar a leitura ou ler por si mesmas (em duplas ou em pequenos grupos) os textos instrucionais que ensinam diferentes jogos de regras. Nesse contexto, além da leitura, elas serão desafiadas a comparar diferentes jogos, recomendar brincadeiras aprendidas para os colegas de outra turma, explicar a colegas de outra classe, por meio de produção oral com destino escrito, uma brincadeira aprendida com um funcionário da es-cola, e várias outras situações envolvendo a leitura e a produção de textos desse tipo.

Para que essas leituras tenham sentido, estão previstos momentos em que os alunos realizam as brincadeiras aprendidas. Isso, com certeza, enri-quecerá o repertório de jogos conhecidos dos alunos, o que, indiretamente, contribuirá para que ampliem suas opções no tempo livre (recreio, horário de entrada ou saída das aulas).

As atividades agrupadas sob o título Aprender a ler e escrever melhor são propostas que favorecem a reflexão sobre o sistema de escrita. Em geral, envolvem situações voltadas para os alunos que dominam a escrita alfabéti-ca, algumas delas já enfocando questões ortográficas. Procuramos equilibrar situações em que os alunos devem ler por si mesmos com outras em que precisam escrever. Em todos os casos, incluímos na orientação da atividade opções a serem propostas aos alunos que ainda não dominam a escrita al-fabética. Para eles, você também pode retomar algumas das atividades su-geridas no volume 1.

A seguir, apresentamos uma proposta de organização em que as diferen-tes situações sugeridas estão distribuídas na rotina semanal:

2ª-feira 3ª-feira 4ª-feira 5ª-feira 6ª-feira

Leitura do professor:

Conto tradicional

Leitura do professor:

Conto moderno

Leitura do professor:

Matéria da revista Ciência Hoje na Escola

Leitura do professor:

Poema

Leitura do professor:

Notícia

Hora da curiosidade científica:

Meio ambiente

Projeto:

Crianças como você

Projeto:

Crianças como você

Seqüência de jogos e brincadeiras

Atividade de Matemática

Atividade de Matemática

Atividade de Matemática

Atividade de Matemática

Atividade de Matemática

Aprender a ler e escrever melhor

Atividades voltadas para a reflexão sobre o sistema de escrita

Aprender a ler e escrever melhor

Atividades voltadas para a reflexão sobre o sistema de escrita

Aprender a ler e escrever melhor

Atividades voltadas para a reflexão sobre o sistema de escrita

Aprender a ler e escrever melhor

Atividades voltadas para a reflexão sobre o sistema de escrita

Aprender a ler e escrever melhor

Atividades voltadas para a reflexão sobre o sistema de escrita

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O fazer Matemática

As atividades matemáticas elaboradas para este volume foram organiza-das a partir das importantes descobertas da didática da Matemática. Con-siderando que a situação-problema é o cerne do trabalho com a Matemática e que os alunos, independente de classe social, enfrentam essas situações no dia-a-dia e buscam, naturalmente, solucioná-las, pensamos em atividades nas quais eles serão desafiados a resolver uma variedade delas.

A situação-problema pode ser definida como aquela que:

leva o aluno a colocar em jogo todos os conhecimentos de que y dispõe;

oferece algum tipo de dificuldade e torna os conhecimentos anteriores yinsuficientes, sendo que, por isso mesmo, força a busca de soluções;

produz novos conhecimentos, modificando (enriquecendo ou rechaçan- ydo) os anteriores.

Os cinco eixos do trabalho com a Matemática: Números, Operações, Es-paço e Forma, Medidas e Tratamento da Informação foram contemplados, porém, neste volume, por se tratar de alunos que ainda não descobriram e entenderam o funcionamento do nosso Sistema de Numeração Decimal, há um enfoque maior para no conceito do número e, portanto, mais atividades dedicadas a descobrir e compreender esse sistema.

As atividades foram organizadas em seqüências didáticas, considerando os saberes que os alunos já possuem sobre os diferentes conteúdos matemá-ticos. Além disso, as seqüências evidenciam a importância do trabalho com as diferentes estratégias e sua socialização. Quando ouvem as justificativas dos colegas sobre a maneira como pensaram ao resolver os problemas, os alunos têm a oportunidade de conhecer outras formas de resolução e, en-quanto explicam sua própria estratégia de resolução, revisam o que pensaram, tendo a oportunidade de validá-la ou não. Abaixo, um trecho do livro Ensinar Matemática na Educação Infantil e nas séries iniciais, em que Irma Saiz de-fende o uso dos momentos de discussão em sala de aula:

O desenvolvimento deste momento (de confrontação) obriga os alunos, por um lado, a retornar sobre os seus processos, sobre suas próprias ações, a descobri-las e a defendê-las e a tomar consciência dos recursos de que dispõem, de sua pertinência e de sua validez; mas também compreender os processos dos outros, de seus argumentos e, se for possível, a se apropriar dos procedimentos de seus companheiros, ampliando o campo de suas pos-sibilidades. (In Panizza et al. , 2006).

Para aprender Matemática, nossos alunos precisam de boas situações didáticas que os ajudem a desenvolver atividades intelectuais nas quais:

coloquem em jogo todos os conhecimentos que possuem; y

arrisquem-se, buscando caminhos sem a preocupação de errar; y

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tomem decisões sobre o que fazer para encontrar a solução, observan- ydo que o que sabem não é suficiente;

permitam-se mudar de opinião no confronto com outras, diferentes da ysua;

ouçam os colegas e entendam suas estratégias; y

comparem suas produções com as dos colegas; y

questionem as opiniões dos colegas e professores e confrontem-nas ycom as suas;

justifiquem e argumentem suas decisões considerando as opiniões ydos outros;

mantenham ou modifiquem suas conclusões. y

Nessa perspectiva, o papel do professor é de grande importância, pois deve conhecer o que seus alunos sabem, propor problemas que tragam de-safios, promover situações de confronto entre colegas, organizar espaços de discussões coletivas, conhecer as diferentes estratégias dos alunos, esco-lher algumas das resoluções (em função de seu objetivo) e submetê-las à discussão do grupo.

Ensinar, nesse sentido, é poder interpretar, analisar, discutir e ajudar todos os alunos a constituir uma comunidade investigativa na qual os problemas sejam resolvidos e as idéias sejam discutidas e retomadas para se atingir um novo grau de conhecimento.

Para terminar, gostaríamos de frisar que o objetivo deste material é cola-borar com você, para que alcance um objetivo precioso: favorecer o avanço de seus alunos nas competências necessárias para que se tornem leitores e escritores cada vez mais autônomos e competentes, bem como mais segu-ros de sua capacidade de fazer e compreender matemática. Um tarefa árdua, mas, como você bem sabe, muito gratificante.

Bom trabalho!

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1 Uma vez por semana, será proposto que os alunos tenham um momento de discussão a partir de uma curiosidade científica. Pela relevância do tema, to-das essas curiosidades estarão voltadas para o cuidado com o meio ambiente.

Na primeira aula, o lixo é o tema e parte de um texto.

Leia o texto em voz alta e peça aos alunos que acompanhem em seus livros.

Depois, organize um debate em que os alunos sugiram formas de reciclar o lixo. Eles podem propor diferentes encaminhamentos.

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Realize um ditado para diagnosticar as principais dificuldades de sua classe. Neste momento, espera-se que grande parte dos alunos já escreva alfabeticamente. Para estes, é preciso analisar as questões ortográficas que ainda não são dominadas. No caso dos alunos que ainda não escrevem al-fabeticamente, é preciso analisar a hipótese em que se encontram para pla-nejar uma ação específica.

Sugerimos que você dite a lista de palavras abaixo para em seguida regis-trar as principais questões de escrita. As palavras poderão ser ditadas numa folha separada, o que facilitará a tabulação posterior, realizada por você, das questões que registrou.

REFRIGERANTE – BANDEIRINHA – MILHO VERDE – BOLO DE FUBÁ

BRIGADEIRO – PAMONHA – FOGUEIRA – QUENTÃO – PAÇOCA – QUINDIM

Separe as produções alfabéticas das não-alfabéticas. Para as crianças não-alfabéticas, é preciso que você peça que leiam “com o dedo” cada uma das palavras escritas, a fim de se certificar da hipótese segundo a qual pro-duziram sua escrita.

No caso das crianças alfabéticas, analise o tipo de erros que cometem:

relacionados às correspondências diretas: trocas de letras como T/D, yF/V, G/C, P/V, X/J;

relacionados à simplificação de sílabas complexas (escrever REFIGERAN- yTE em vez de REFRIGERANTE). Esses erros são comuns em crianças que recentemente descobriram o funcionamento do sistema alfabéti-co. Ao escrever, quando se deparam com sílabas que incluem o R ou L intermediário (FLORESTA ou CABRA) ou consoantes no final da sílaba (CARTA ou FESTA);

relacionados à nasalização (uso do M ou N para nasalizar uma vogal, ycomo em REFRIGERANTE, que algumas crianças escrevem REFRIGERÃTE ou REFRIGERATE; uso de à ou ÃO, como em QUENTÃO, que algumas crianças grafam QUENTANO ou QUENTAO ou QUENTÃN);

relacionados ao uso do Q. Algumas crianças ainda usam o CE para ygrafar o som do Q ou não incluem o U junto do Q (escrevem CENTÃO e CINDIM, ou QENTÃO e QINDIM, para grafar QUENTÃO ou QUINDIM);

relacionados ao uso do G: para a escrita de FOGUEIRA, não usam o U ye escrevem FOGEIRA.

Os erros listados acima poderão ser abordados ao longo do semestre. São típicos de quem ainda está se apropriando das especificidades do siste-ma de escrita, mesmo que o princípio alfabético já seja dominado. Erros or-tográficos como a escrita de PASOCA, PASSOCA ou REFRIJERANTE não serão tabulados, pois seu conhecimento depende da memorização das palavras em jogos, o que não é nosso objetivo avaliar neste momento.

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3 Para a atividade 1, escolha 10 números para o ditado que tenham gran-dezas bem diferentes. Sugestão: 55 – 150 – 51 – 500 – 105 – 501 – 5008 – 1550 – 880 – 15. Os alunos devem realizar o ditado individualmente, pois será utilizado como sondagem diagnóstica. Incentive-os a escreverem usan-do algarismos e da forma como souberem. Assim que terminarem o ditado, faça uma tabulação de maneira que você tenha um quadro com o nome dos alunos e a forma como eles grafaram cada um dos números:

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Ditado de números – Classe: ______ Série: __________ Data__/__/__

Alunos 55 150 51 500 105 501 5008 1550 880 15

Aline 500 10050 501 50000 1005 5001 51000 10005050 810 13

Antônio

Anote exatamente a forma como seus alunos escreveram cada um dos números e pense nas intervenções que poderão ser realizadas.

Antes de corrigir, proponha que, na atividade 2, em duplas, comparem as escritas dos números e completem o quadro. Na lousa, e coletivamente, pro-mova uma discussão sobre cada um dos números ditados, chamando alguns alunos para colocarem a maneira como escreveram. Nesse momento, se a classe não chegar a uma escrita convencional de alguns números, utilize ins-trumentos variados para que os alunos possam observar e comparar a escrita de números: quadro numérico, fita métrica, paginação de livros e outros.

Na atividade 3, promova uma discussão para que encontrem o maior e o menor dos números ditados.

Após a discussão, na atividade 4, você poderá escrever na lousa o maior e o menor número para que os alunos possam copiá-los.

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A primeira aula do projeto “Crianças como você” tem como objetivo prin-cipal aproximar os alunos do livro que será usado como base do estudo, mas também vinculá-los ao trabalho que será proposto. A partir da exploração da capa, os alunos lerão, com sua ajuda, o título do livro e seus autores.

Ao explorar um livro, termos como capa e contracapa, título, autor e ilustrador também são apresentados aos alunos; isto se revela importante para que eles sai-bam o uso de livros (sejam de literatura ou destinados ao estudo), conceitos que fazem parte do mundo letrado, o qual é função da escola aproximar dos alunos.

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P R E F i S l n T O C R P R O F E S S O R A S d b i C i C l E T A A

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No caso desse livro, em especial, a participação do Unicef na edição é apresentada logo na capa. Sugerimos que você leia com os alunos esse pe-queno texto e explique-lhes o que é e qual a importância desse órgão inter-nacional. Tanto a exploração da capa quanto a do interior do livro têm a in-tenção de permitir aos alunos uma primeira aproximação do tema abordado: a apresentação de crianças de diferentes classes sociais, que moram em diferentes regiões do planeta, pertencentes a diferentes culturas e povos, para conhecer seus modos de vida. É interessante que você ajude os alunos a aproximar-se desse tema.

Além de explorar o tema e a organização do livro, é importante aproveitar o momento para compartilhar a finalidade do estudo que será realizado e o produto final do projeto: estudar como vivem várias crianças apresentadas no livro para, no final, escreverem um livrinho parecido a respeito das crianças da classe, com informações sobre a vida delas.

As cruzadinhas continuam sendo boas atividades para problematizar a es-crita correta das palavras. Como têm a dica do número de letras das palavras (os espaços), os alunos podem utilizar esse dado como forma de controlar se sua escrita está correta ou não. Todas as palavras escolhidas têm alguma sílaba em que L ou R aparecem como consoantes intercaladas e é interes-sante que os alunos observem, pela análise da palavra falada, a diferença entre incluí-las ou não (como fica a palavra FLOR quando não se inclui o L? Como se lê a palavra CRIANÇA sem o R?). Propor essas discussões permite aos alunos recém-alfabéticos que atentem para esse tipo de questão.

É interessante propor também que discutam as diferentes letras que po-deriam ser usadas para grafar o ÇA de CRIANÇA ou o SSO de PROFESSORA. Mesmo que não tenham como saber, pela fala, qual é a letra correta nesses casos, pois são palavras irregulares da nossa língua (tanto poderia se usar o Ç como SS ou mesmo SC), ter dúvida sobre a letra correta, nesses casos, indica o interesse pelo conhecimento ortográfico. Neste sentido, é importan-te que você discuta as diferentes maneiras pelas quais a palavra poderia ser grafada e informe a escrita correta, acrescentando também que, por uma con-venção, só há uma forma correta de escrever.

Para as crianças não-alfabéticas, sugerimos que você proponha a cruza-dinha, mas entregue o banco de palavras abaixo, para que, pela leitura, pos-sam resolvê-la.

4 letras 7 letras 8 letras 9 letras 10 letras

FITA

FLOR

PIOR

CIRANDA

CRIADOR

ESTRADA

PRINCESA

PROMESSA

PISCINAS

BICICLETA

BRINQUEDO

BACTÉRIAS

PORTUGUESA

PASTELARIA

PROFESSORA

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15PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Aqui a proposta é discutir algumas formas de registro de um mesmo nú-mero. Para a realização da atividade 1, diga aos alunos: “No ditado que fize-mos anteriormente, o número cento e cinqüenta foi escrito de diversas formas. Vou colocá-los aqui na lousa e, junto comigo, vocês discutirão e decidirão qual é a maneira correta de escrever este número, certo?”. Proponha que os alunos sentem-se em duplas (é importante que você pense antecipadamente quais serão essas duplas, colocando juntos os que tiverem conhecimentos próxi-mos), que comparem as diferentes escritas e decidam qual é a correta.

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Faça uma discussão coletiva na atividade 2, de forma que a classe che-gue a um consenso sobre a escrita correta do número 150. Os alunos devem copiar o número no local indicado. Na atividade 3 serão trabalhados os ante-cessores e os sucessores do número 150. Se você achar que deve parar a aula na atividade 2, deixe a 3 para fazer em outro dia ou outro momento, pois os alunos precisam pensar, refletir e discutir sobre os números que vêm antes e depois do 150. Tenha em mãos livros com paginação impressa de forma que eles possam utilizá-los para comparar com os números que escreveram. Pode ser utilizada também uma fita métrica, um quadro numérico etc.

Em todas as semanas está previsto um momento dedicado à leitura da revista Ciência Hoje das Crianças, que sua escola assina. Sugerimos que co-mece pela capa, explorando a imagem, que, em geral, relaciona-se à matéria em destaque. Continue pelo índice, os nomes das seções e o conteúdo geral de cada uma. Esse momento não deve se alongar muito.

Todos esses procedimentos, realizados antes da leitura da matéria, têm a intenção de permitir que os alunos se aproximem do texto munidos de in-formações que lhes permitam criar hipóteses ajustadas sobre seu conteúdo. Hoje sabemos que, quanto mais o leitor dispõe de informações sobre o texto tratado, maior será seu envolvimento e melhor sua compreensão.

É importante que ocorram momentos destinados a rever o que se enten-deu e relacionar essas informações àquilo que já se sabia ou se imaginava sobre o tema. No entanto, as pausas na leitura não podem ser excessivas, para não alongar demais a atividade e torná-la cansativa. Sugerimos que es-sas pausas ocorram a cada dois ou três parágrafos.

Após a leitura, é interessante comentar o que se aprendeu, confrontar interpretações discrepantes e usar o texto para validar algumas dessas inter-pretações e rechaçar outras (releia os trechos sobre os quais há dúvidas ou discordâncias). Também é o momento de conversar sobre aquilo que o texto esclareceu e o que os alunos gostariam de aprofundar.

Sugerimos, porém, que todas as vezes em que a leitura de uma matéria da revista ocorra, você se preocupe em:

Criar um momento prévio de conversas sobre aquilo que os alunos já ysabem e o que querem saber sobre o texto (uma pergunta significativa para o grupo é suficiente).

Fazer pausas, durante a leitura, para conversar sobre o que os alunos ycompreenderam até então, esclarecer dúvidas ou propor novas ques-tões, suscitadas pelo texto.

Conversar, após a leitura, sobre o interesse despertado pela matéria, so- ybre aquilo que puderam aprender, o que gerou confusão ou dúvidas.

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Nesta atividade de leitura, os alunos lêem um pequeno texto informativo para localizar uma informação explícita, uma habilidade importante relaciona-da à compreensão de um texto.

As questões apresentadas antes tanto favorecem que os alunos coloquem em jogo o que sabem sobre o tema como escolham um objetivo para a leitura: validar ou não aquilo que previamente arriscaram como resposta.

No caso dos alunos alfabéticos, é importante que, após a leitura com-partilhada das questões e de arriscarem seus palpites (isso pode ser feito

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oralmente), eles se dediquem à leitura autônoma e silenciosa do texto. Em seguida, precisam marcar a alternativa correta na primeira questão e escre-ver a resposta para a segunda questão. Não à toa, incluímos duas formas de resposta (marcar a correta e responder textualmente), pois é comum que, em determinadas ocasiões, os alunos sejam requisitados a realizar diferentes pro-cedimentos relacionados às informações de um texto (assinalar alternativas, circular palavras, numerar, sublinhar etc.). Para que tenham elementos para enfrentar esses desafios, é necessário que as perguntas sejam propostas de maneiras diferenciadas, o que também é o objetivo deste volume.

Quanto aos alunos não-alfabéticos, é interessante que você leia o texto e, no caso da primeira questão, deixe que busquem a resposta utilizando índices de leitura (a primeira ou última letra). No caso da segunda, após respondê-la oralmente, poderão escrevê-la de acordo com suas hipóteses de escrita.

Provavelmente os alunos sabem vários sinais matemáticos. Deixe que, inicialmente, na atividade 1, pensem e registrem aqueles que conheçam indi-vidualmente e só a seguir, na atividade 2, possam comparar seus sinais com os dos colegas e completar ou não sua tabela, dependendo dos sinais que o colega conheça. Deixe-os conversarem sobre os sinais e seus significados e só então, na atividade 3, promova uma discussão coletiva. Aqui, você poderá elaborar uma tabela na lousa, como a da atividade 1, e completá-la com os si-nais que a classe for indicando. Nesse momento, é importante que apareçam os sinais +, –, x, : e = . Discuta cada um deles e coloque o seu significado ao lado. Lembre-se: os alunos não precisam apagar o que fizeram, mas podem escrever ao lado ou mesmo fora do quadro o que você registrou. Proponha que exemplifiquem cada um dos sinais com operações. Se aparecer outros sinais, coloque-os no quadro, bem como o significado, mesmo que ainda não sejam conhecidos por todos.

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O objetivo desta atividade é antecipar algumas informações sobre a or-ganização do livro e seu tema. É interessante também compartilhar com os alunos a leitura do texto “Crianças no mundo”, que introduz, de maneira convidativa, a apresentação de cada uma das crianças. Além do texto, que pode dar margem a vários debates, em que os alunos podem se colocar, con-cordando ou não com os autores, que suscitam diversas hipóteses sobre o conteúdo do livro, é importante explorar as imagens da capa. Os alunos sa-bem que o mapa representa os cinco continentes do globo? Quais são esses continentes? Tanto a leitura do mapa como suas informações podem ajudar

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nessa ampliação dos conhecimentos dos alunos. Nesta abordagem do mapa, não se espera que já dominem a representação cartográfica, apenas que se aproximem dela e de algumas de suas convenções, ao mesmo tempo que se familiarizam com os nomes dos continentes. Espera-se que ainda ocorram confusões entre conceitos relacionados, tais como entre país e continente, ou mesmo cidade/estado e continente. O importante, neste momento, é que saibam que o mundo está dividido em grandes regiões, que dentro delas há diversos países, que essas regiões podem ser localizadas no mapa-múndi e que se chamam América, Europa, África, Ásia e Oceania.

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Além dessas importantes informações a que os alunos terão acesso, tanto pelo contato com o mapa apresentado nas páginas 6 e 7, como a partir dos seus esclarecimentos (para apoiar essas informações, você pode ajudar os alunos a visualizar melhor a divisão do planeta em continentes em um mapa-múndi maior, que pode estar fixado na parede da classe neste momento), também é interessante observar as várias crianças retratadas na página. O pequeno texto que acompanha cada uma traz informações sobre seu nome e o país de origem. Deixe que os alunos escolham uma ou outra criança (ou várias) e tentem ler os nomes, bem como o país de origem. Há aí uma rica situação de leitura, pois há nomes difíceis, procedentes de países que falam línguas muito diferentes... Como pronunciar nomes estranhos como Yong-Koo ou Suchart? Nomes de crianças procedentes de países tão longínquos como a Coréia do Sul ou a Tailândia! E como, a não ser pela leitura, seria possível aos alunos se aproximarem desses nomes?

Ainda, no tema dos continentes, e como forma de registrar essa apren-dizagem, sugerimos que você ajude os alunos a localizar cada um deles no mapa representado no Material do aluno e escrevam seus nomes. Ajude-os a lembrar o nome de cada continente e a localizá-lo no mapa. Deixe, porém, que escrevam da maneira deles, sejam os alunos alfabéticos ou não.

Depois que todos escreveram, proponha que façam a correção por meio da consulta ao mapa que se encontra na página que foi explorada nesta aula, do livro Crianças como você.

Retome, com a classe, os sinais matemáticos e seus significados discu-tidos anteriormente. Chame os alunos para explicar os sinais + e –. Observe se todos entenderam o significado desses sinais, pois eles os usarão na ati-vidade 1. Essa atividade poderá ser realizada individualmente, mas também em dupla, se você preferir. Na atividade 2, é importante ouvir os alunos sobre como fizeram para descobrir qual o sinal que deveriam colocar em cada uma das operações. Chame-os para que expliquem aos colegas. Os alunos devem ter uma postura adequada para ouvir as explicações dos colegas e entendê-las. É necessário promover situações onde eles tenham a oportunidade de se justificar e/ou explicar como pensaram para realizar as operações. Veja:

O desenvolvimento deste momento (de confrontação) obriga os alunos, por um lado, a retornar sobre os seus processos, sobre suas próprias ações, a descobri-las e a defendê-las e a tomar consciência dos recursos de que dispõem, de sua pertinência e de sua validez; mas também compreender os processos dos outros, de seus argumentos e, se for possível, a se apropriar dos procedimentos de seus companheiros, ampliando o campo de suas possibilidades. (Parra e Saiz, 1996)

Na atividade 3, como já estão em duplas, cada aluno deverá criar duas operações, sem os sinais + e –, e trocar com um colega. Você poderá passar

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por entre os alunos e fazer as intervenções necessárias para que consigam realizar as duas operações corretamente. Propor que, antes de entregarem as operações para os colegas, eles as resolvam num outro local, de forma que possam conferir as respostas.

Nesse momento inicial da seqüência, exploraremos o sumário do Livro de textos do aluno, com as diferentes partes em que está organizado. É in-teressante que você leia cada uma dessas partes e pergunte, após essa

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leitura, que tipo de texto os alunos imaginam que há em cada uma delas.

Após ouvir os palpites dos alunos, explique os tipos de textos que cons-tam em cada uma: os textos em versos, na primeira, que englobam poemas, quadrinhas, parlendas e trava-línguas; as narrativas, na segunda, com contos, fábulas e lendas e mitos; os textos instrucionais ou científicos na terceira, tanto os de divulgação científica e biografias, quanto os instrucionais: as re-ceitas e regras de jogos.

Na nossa seqüência, leremos especialmente os textos com instruções para aprender a jogar.

Sugerimos que essa exploração do índice ou sumário seja realizada cui-dadosamente, pois esse é um texto interessante, por permitir que os alunos antecipem o conteúdo do livro, por ser um tipo de texto que os alunos podem aprender a utilizar e, por fim, por permitir explorar a leitura para que aprendam a ler melhor, já que, sendo organizado como uma lista, não é complexo do ponto de vista sintático, podendo ser lido com maior autonomia mesmo que o domínio do sistema alfabético ainda esteja se consolidando.

Ao chegar à parte do sumário reservada aos jogos, deixe que os alunos alfabéticos se dediquem à leitura de cada um dos itens, enquanto aqueles que ainda não escrevem segundo essa hipótese se dedicam a buscar alguns jogos sugeridos por você. Para que realizem essa localização, é necessário que se apóiem em índices gráficos relacionados às letras (especialmente a primeira ou última letra).

Após dar um tempo para que os alunos leiam sozinhos, proponha então a leitura compartilhada de cada um dos jogos, de forma que todos saibam quantos e quais jogos estão no livro. Ao questionar sobre os jogos já conhe-cidos, espera-se fazer uma ponte entre os conhecimentos dos alunos e a lis-ta apresentada.

Finalmente, você pode propor que os alunos escolham um jogo que será localizado no livro a partir da página indicada no sumário. É preciso que você leia as regras e, a cada uma, certifique-se que os alunos a compreenderam, sugerindo que expliquem novamente, com as palavras deles, aquilo que foi lido. O final da aula é dedicado à brincadeira e à avaliação da brincadeira. No momento do jogo, especialmente se for encaminhado ao ar livre, leve um ou dois livros, para o caso de surgirem dúvidas e ser necessário uma nova consulta às regras.

Para finalizar a aula, anote o nome da brincadeira num cartaz que deverá ficar afixado na classe.

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O trabalho com seqüências numéricas é de extrema importância nos pri-meiros anos escolares. Proponha rodas de seqüências diariamente com sua turma, variando-as e lembrando-se de trabalhar, sempre, com a seqüência de 10 em 10, pois o nosso sistema de numeração decimal tem a base 10, e as crianças recorrem aos “nós” quando estão entendendo o sistema e suas regularidades. Ao escreverem o número 150, muitas crianças o fazem desta forma: 10050. Isto porque, nessa hipótese, elas manipulam em primeiro lu-gar a escrita dos “nós”, ou seja, das dezenas, centenas, unidades de milhar exatas e só depois elaboram a escrita de números que se posicionem nos

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intervalos entre esses “nós”. O “nó” está na aquisição do sistema de nume-ração, é o marco da fala, e o avanço se dá quando há problematização (dis-cussão, reflexão) na comparação com a escrita-modelo.

Na atividade 1, os alunos devem recorrer ao cálculo mental, lembrando que podem utilizar os dedos ou outros materiais que os ajudem a fazer as contagens. A segunda seqüência sugerida (– 10) trabalha com a subtração, e os alunos podem apresentar alguma dificuldade. Pode-se pensar em iniciá-la coletivamente, garantindo que todos entendam como devem realizá-la, e só depois deixá-los concluírem-na. Promova discussões coletivas para que colo-quem como pensaram para completar cada uma das seqüências.

Na atividade 2, os alunos trabalharão com seqüências + 2 e – 2. Deixe-os realizarem a atividade individualmente e só depois promova uma revisão coletiva.

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Leia o texto e peça aos alunos que o acompanhem em seus livros. A lei-tura compartilhada é excelente para favorecer a autonomia dos alunos como leitores, especialmente quando se trata de textos que eles ainda não teriam condições de ler sozinhos.

Nessa modalidade de leitura, espera-se que você leia o texto normalmen-te, em voz alta (não é preciso silabar, nem ler rápido demais, pois desta for-ma os ouvintes não compreenderiam o que se lê). Ao solicitar que os alunos acompanhem em seus livros, ao mesmo tempo que se garante que tenham

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acesso ao significado do texto, dá-se oportunidade a um processo em que eles lêem buscando acompanhar aquilo que você oraliza, favorecendo assim uma leitura mais fluente do que fariam se tivessem que lidar sozinhos com toda a complexidade da leitura.

Além da leitura, é interessante que, no momento imediatamente poste-rior, haja uma conversa sobre o que os alunos compreenderam. Na questão proposta na atividade espera-se que os alunos reflitam sobre suas ações em relação ao vidro. Anotar o endereço do posto de coleta mais próximo da escola é uma forma de incentivar a classe a se mobilizar para comportamen-tos mais conscientes quanto ao lixo. Para pesquisar o posto de coleta mais próximo da escola, consulte o site <http://www.radioeldorado.com.br/fm/pintoulimpeza/index.htm>.

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Neste belo poema, Cecília Meireles brinca com a sonoridade das pala-vras, ao combinar quatro termos que rimam: “chão”, “grão”, “mão”, “não”. A partir deles, cria um gostoso jogo de sentidos. No início o grão vai ao chão, sugerindo o momento da plantação. O chão, nesse caso, é a terra, pronta pa-ra receber a semente. “O grão no chão” prepara a estrofe seguinte, quando o pão é preparado, graças ao resultado desse grão que, bem-sucedido em seu desenvolvimento, dá lugar ao trigo.

“O pão e a mão”, a segunda estrofe, em que o pão é trabalhado paciente-

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mente pela mão, num jogo de reciprocidade: “o pão e a mão/ a mão no pão”. A segunda estrofe é a da feitura do pão por mãos enérgicas e amorosas.

Na terceira estrofe, o pão está na mão, pronto para ser degustado. Estar na mão é o que se espera. Nesse momento, estar no chão é diferente da pri-meira estrofe, em que o chão é a terra fértil. O chão aqui é o lugar em que se circula, em que se caminha, inadequado ao pão. O pão no chão gera protes-tos, na decisão e contundência da palavra final, o sonoro “não”...

Leia o poema algumas vezes, cuidando para que os alunos acompanhem em seus livros. Antes, porém, não se esqueça de se referir à poetisa (há uma biografia no Livro de textos do aluno). Após a leitura, promova um debate em que todos tenham a chance de colocar suas impressões. O que se repete no poema? Os alunos tanto podem se referir a algumas palavras que aparecem mais de uma vez, quanto à sonoridade: várias palavras terminam pelo mesmo som – ÃO.

Do que trata o poema? O que compreenderam? Como interpretam a pri-meira, a segunda e a terceira estrofes? Finalmente, proponha que os alunos, em duplas, releiam o poema, desta vez sozinhos. Após as repetidas leituras feitas por você, provavelmente o poema estará memorizado, o que permite sua leitura autônoma, inclusive pelas crianças que ainda não dominam o fun-cionamento do sistema de escrita. No caso das crianças que ainda não lêem convencionalmente, proponha que a atividade seja feita em duplas, desafian-do-os a realizar uma leitura autocontrolada, em que a cada momento da ora-lização encontrem a palavra correspondente no escrito.

Os problemas que os alunos resolverão nesta atividade envolvem a medi-da de comprimento, quilômetro. Antes de ler os problemas com eles, chame a atenção para a forma abreviada como escrevemos quilômetro: km. Pergunte: “Quando é que usamos quilômetros?”, “Quanto mede um quilômetro?”. Leia o primeiro problema da atividade 1 e certifique-se de que todos o tenham en-tendido. Questione e ouça alguns alunos sobre o que compreenderam do pro-blema e só então desafie-os a responder. É possível que alguns o solucionem usando o cálculo mental. Nesse caso, peça que expliquem como pensaram para resolvê-lo e ajude-os a registrar essa forma. Exemplo, se o aluno diz que “quatro mais quatro é igual a oito, então quarenta mais quarenta são oitenta”, proponha que registre no caderno: 4 + 4 = 8 e 40 + 40 = 80.

Se algumas crianças usaram o desenho, seria bom discutir que usar o desenho quando o cálculo envolve números grandes pode ser demorado e, muitas vezes, pode dificultar a contagem. Desenhar, nesse caso, não é a me-lhor forma de resolver o problema. O ideal é que utilizem números.

Promova um debate após a realização de cada um dos problemas. Como a atividade 1b depende da 1a, não deixe para corrigi-la ao final da resolução

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dos problemas. DICA: Evite enviar problemas como LIÇÃO DE CASA! Os adul-tos costumam exigir que as crianças resolvam os problemas do jeito que eles sabem ou aprenderam, e isso pode gerar muitos conflitos. Os problemas pre-cisam ser trabalhados em classe, sob a sua orientação e com discussões sobre as diferentes estratégias utilizadas.

Na aula de hoje iniciaremos o estudo do modo de vida de algumas das crianças da América, descritas no livro Crianças como você.

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Sugerimos que seja feita uma leitura compartilhada do texto principal (vo-cê lê em voz alta e orienta os alunos a acompanharem sua leitura no livro).

É interessante, nessa leitura, contar com o apoio do mapa-múndi, pa-ra que os alunos, além de se familiarizarem com a linguagem cartográfica, também possam visualizar o continente americano em sua relação com os demais. Além do mapa em tamanho maior, é possível usar o pequeno, que aparece na página, onde também estão assinalados os principais países americanos.

Após a leitura desse texto, oriente os alunos a ler os subtítulos que cons-tam na página, cada um deles acompanhando uma das fotos. Eles deverão escolher a ordem em que cada um desses textos será lido. Peça a um dos alunos para ler o subtítulo correspondente ao texto que sugere a leitura. An-tes de lê-lo, porém, proponha que todos discutam o que imaginam que possa estar escrito. Para realizar essas antecipações, os alunos poderão se apoiar no subtítulo e na imagem retratada.

Não deixe de explorar também o item “Rostos das Américas”, em que várias crianças do continente são exibidas, bem como seus nomes, idade e país de origem. Proponha aos alunos comparações entre as crianças, seus modos de vestir, os brinquedos que as acompanham. Nesse momento, é im-portante que tais diferenças sejam constatadas, porém não valorizadas: pro-cure garantir que os alunos não considerem que as diferenças possam ser associadas a modos de vida melhores ou piores. Tais observações devem ser relativizadas, pois, em geral, refletem visões preconceituosas.

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Nesta atividade, os alunos preenchem a tabela a partir da leitura das infor-mações contidas no livro Crianças como você, localizando o país de origem a partir do nome da criança ou vice-versa. Quando todos terminarem, proponha a diferentes alunos que leiam cada uma das linhas da tabela e que todos con-sultem o livro para confirmar a resposta do colega. No caso dos alunos que ainda não escrevem convencionalmente, é interessante reuni-los em grupos menores e, com sua ajuda, propor que localizem no livro o nome de uma das crianças que aparecem na tabela. Quando localizarem, você pode ler o pequeno texto que acompanha cada ilustração, para que identifiquem o nome do país.

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Nessa atividade apresentamos um jeito de resolver adições com números terminados em zero ou dezenas cheias. Os alunos compreenderão facilmente essa forma de somar dezenas cheias, desde que tenham a oportunidade de tentar entender e explicar esse processo. É importante que o professor promova uma discussão coletiva, em que os alunos tentem explicar o que entenderam sobre a estratégia usada por Caroline. Proponha que conversem, em duplas ou trios, e tentem explicar a forma empregada por Caroline para resolver a soma 40 + 40. Sugira outras operações para que eles resolvam utilizando a maneira apresentada: 30 + 50 =; 70 + 20 =; 10 + 40 =; 50 + 50 =; 90 +

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10 =; 60 + 60 = etc. Os alunos precisam perceber que para somar números terminados em zero, eles podem fazer a soma sem os zeros e depois acres-centar um zero no resultado. A seguir, na atividade 2, você deve sugerir que leiam e resolvam o problema, utilizando a forma empregada por Caroline. So-cialize as respostas que aparecerem, mas dê ênfase à estratégia apresentada por Caroline. Na atividade 3, os alunos terão a oportunidade de provar se, de fato, entenderam ou não essa estratégia, e na atividade 4 irão demonstrá-la resolvendo a operação solicitada.

Hoje sabemos que o ensino da ortografia não vive apenas das extensas listas de palavras das quais é necessário memorizar a escrita correta e das regras que precisam ser decoradas. É indispensável que os alunos tenham espaço para refletir sobre as características da língua, o que inclui se depa-rar com fonemas que podem ser grafados com diferentes letras (o fonema /X/, como apresentado no exemplo, pode, em nossa língua, ser grafado pela letra X ou pelo dígrafo CH) e também com letras que, dependendo da palavra, representam fonemas diferentes (o S nas palavras MESA e SAPO remete a sons – fonemas – diferentes).

Os alunos necessitam se aproximar gradativamente da escrita das pa-lavras, mas podem fazê-lo a partir da reflexão sobre as características na nossa língua. Quanto maiores forem as oportunidades de conversar, pensar, questionar e discutir a respeito da ortografia, maior será o envolvimento e o empenho do aluno em buscar essa escrita em seus textos.

A atividade descrita parte de um texto já conhecido e apreciado pelos alu-nos e serve para favorecer essa reflexão ortográfica. A leitura com focalização (termo criado por Artur Gomes de Morais) – em que se lê observando não o significado nem a organização discursiva do texto, mas a escrita das palavras – permite que os alunos troquem informações sobre palavras e sons em que poderíamos ter dúvidas no momento da escrita. Seu objetivo é que os alunos se aproximem dessas dúvidas, das diferentes possibilidades de escrita de uma palavra, da distância que existe, em várias palavras, entre a forma co-mo é dita e a forma como é escrita. Na discussão proposta a partir das pala-vras do poema, os alunos podem levantar as seguintes dúvidas ortográficas:

a palavra CHÃO que, ao escrever, poderia suscitar a dúvida se é escrita ycom CH ou X;

o artigo O é pronunciado como U. O mesmo ocorre com a palavra NO y(pronunciada como “nu”);

a conjunção E, que é pronunciada “i”; y

e todas as palavras terminadas em ÃO, encontro vocálico que gera muitas ydúvidas, pois as crianças usam formas como ANO, AUM, ÃU para grafá-lo.

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A proposta, na atividade 1, é que os alunos resolvam as operações utili-zando o cálculo mental. É oportuno conversar com eles sobre o que é resolver operações com o cálculo mental. Aqui o que se espera é que entendam que não devem usar o lápis e o papel, e sim “a cabeça”. Muitas crianças usam a expressão “Fiz de cabeça!” quando empregam o cálculo mental.

Ajude-os a demonstrar que cálculos fizeram mentalmente para chegar a determinado resultado. Alguns alunos serão capazes de se explicar, e você deve aproveitar e socializar todas as explicações que surgirem. É socializando

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as estratégias mentais empregadas que se ensina e que se aprende cálculo mental. Assim, se um aluno disser que ao resolver 50 + 50 ele usou a ma-neira de Caroline, peça-lhe que explique como fez. Talvez ele diga: “Eu peguei o cinco e somei com cinco e depois coloquei um zero no final!”. Vá escrevendo na lousa os números à medida que ele vai falando: 5 + 5 = 10, “...e acres-centei o zero”. Acrescente o zero à soma 5 + 5 = 100.

Essas operações têm como objetivo que os alunos sistematizem essa estratégia ao calcular somas com números exatos, bem como utilizá-la no cál-culo mental. Na segunda coluna, a estratégia de cálculo é a mesma, só que subtraindo, e não somando.

Na atividade 2, os alunos precisam ser motivados a encontrar uma expli-cação para a forma empregada para resolver mentalmente as operações.

Na atividade 3, discutir com os alunos e registrar na lousa as descober-tas que fizeram ao somar e subtrair números terminados em zero. Solicitar que copiem as descobertas no espaço indicado. Se possível, seria muito im-portante que você fizesse um cartaz com essas descobertas e o colocasse num local bem visível, de forma que os alunos pudessem consultá-lo quando fossem resolver outras operações com números terminados em zero ou de-zenas cheias.

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Celina será a primeira criança estudada no projeto “Crianças como você”. Não por acaso, escolhemos uma menina brasileira. Não por acaso também, conta-nos o representante do Unicef no prefácio do livro, Celina foi escolhida por pertencer a um grupo étnico minoritário no Brasil: ela não é representativa da maioria das crianças brasileiras, mas por tratar-se de uma indígena, a escolha permite sensibilizar os alunos para a diversida-de cultural brasileira e para a riqueza cultural dos primeiros habitantes da América.

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Sugerimos que a leitura do texto seja precedida pela exploração da foto maior, em que Celina aparece ao lado de suas irmãs. A observação dessa foto já permite levantar alguns conhecimentos sobre o modo como vive, especial-mente suas roupas, que muito provavelmente estão associadas ao clima do lugar em que habita. Outra característica que pode ser observada é a pintura facial, hábito comum entre os integrantes das nações indígenas brasileiras.

Em seguida, leia o texto, orientando os alunos que acompanhem essa leitura em seus livros, e, logo depois, proponha uma conversa sobre o que já aprenderam sobre a menina.

Num primeiro momento, peça aos alunos que localizem o texto em que determinado assunto é abordado (por exemplo, pergunte-lhes onde poderemos aprender sobre a casa onde Celina mora). Para isso, eles podem se apoiar nas imagens e, quando localizarem a foto que melhor se relaciona ao assun-to, podem ver o subtítulo correspondente para confirmar que ali realmente está a informação buscada.

Após cada leitura, é importante que os alunos verbalizem o que compre-enderam e se consideram que sua vida é parecida com a de Celina.

Lido todo o texto, é interessante organizar um grande quadro em que serão registradas as informações mais gerais sobre cada criança estudada. Sugerimos o seguinte quadro como modelo:

Nome da criança CelinaPaís de origem BrasilIdade 9 anos

Nesta atividade de escrita, os alunos terão de reapresentar as informa-ções aprendidas a partir da leitura da página dedicada a Celina.

Coletivamente, relembre o que aprenderam sobre Celina, no que se refere a cada um dos assuntos relacionados.

Você poderá propor duplas; oriente-os a escolher um assunto desses e a primeiro decidir o que escreverão para depois combinar como isso será es-crito. É importante que essa discussão ocorra antes da escrita propriamen-te dita, para que tenham tempo de decidir a melhor forma de comunicar o conteúdo escolhido. Se surgirem dúvidas quanto à escrita de determinada palavra, você tanto pode respondê-las quanto propor que consultem o livro, caso esse termo seja de fácil localização (ou ajude-os a encontrar o trecho a ser consultado). Lembre-se que as dúvidas ortográficas revelam o interesse e o empenho em procurar escrever corretamente, o que é bastante positivo e deve ser valorizado.

No caso das crianças que não escrevem convencionalmente, organize as duplas e ajude-as a combinar o que escreverão. A seguir, peça-lhes que es-crevam, da melhor forma que conseguirem, de acordo com suas hipóteses. É

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interessante que você faça intervenções junto a essas crianças, de maneira a problematizar a escolha das letras ou a quantidade de letras que incluíram para a escrita de determinada palavra. Lembre-se que propor que consultem palavras conhecidas para escrever outras é uma forma de favorecer a reflexão sobre o sistema de escrita.

Os dois problemas destas páginas trabalham com o campo multiplicativo. O primeiro (1a) apresenta uma das idéias da multiplicação, porém o que se

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espera é que os alunos o resolvam utilizando a adição ou mesmo desenhos. A soma sucessiva é a estratégia que os alunos costumam empregar para re-solver problemas de multiplicação. Você não deve ensinar essa estratégia, mas aguardar que os alunos resolvam o problema e observar qual deles uti-lizou a soma sucessiva como estratégia. Em seguida, solicite ao aluno que explique aos colegas a forma utilizada. Se outros alunos também emprega-ram a mesma estratégia, deixe-os explicarem como fizeram. Antes de sugerir que façam o segundo problema, proponha, na lousa, outro similar, para que resolvam utilizando a estratégia discutida. Exemplo:

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Célia faz docinhos para festa. Hoje ela fez 3 bandejas com 15 docinhos cada uma. Quantos docinhos Célia fez hoje?

Você poderá dar o nome do primeiro aluno que utilizou a soma sucessiva ao resolver um problema de multiplicação. Assim, pode-se fazer um cartaz como este:

Forma do Victor:4 vezes 10

10 + 10 + 10 + 10 = 40

O segundo problema (1b) trabalha com a divisão, e os alunos devem ser incentivados a resolvê-lo utilizando os conhecimentos que possuem. Só depois você poderá colocá-los em duplas para que observem a maneira de resolver de um outro colega. Por fim, a socialização das estratégias utilizadas deve ser realizada de forma coletiva. Os alunos poderão usar a estimativa como estratégia, ou seja, poderão começar com um número qualquer e ir acrescen-tando ou diminuindo até encontrar o resultado exato. Veja:

“Eu pensei que fosse 7, então somei 7 + 7 + 7 +7 + 7 cinco vezes e deu 35. Então, percebi que devia ser mais, pois queria chegar ao 40. Coloquei 8 + 8 + 8 + 8 + 8 e somei. O resultado foi 40. Descobri que dividir 40 por 5 dá 8.”

Ouça as explicações dos alunos para as diferentes maneiras que encon-traram ao resolver o problema 1b.

Há alunos que poderão desenhar as 5 prateleiras e ir colocando 1 a 1 os 40 refrigerantes. Assim:

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P4 – 11111111

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Disponha os alunos em duplas ou trios para que realizem a cópia de uma estratégia diferente da sua para cada um dos problemas.

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Nesta aula, dedicada aos jogos e brincadeiras, os alunos escolherão um dos jogos do índice que já seja conhecido por eles (ou por um número signi-ficativo deles) e compararão as regras.

Antes da escolha, proponha que leiam novamente o índice do Livro de textos do aluno (apenas a parte dedicada aos jogos e brincadeiras). Após a leitura, terão que escolher um dos jogos que já conhecem.

Para proceder à comparação das regras, é interessante que você leia o texto todo sem interromper e, em seguida, faça uma nova uma leitura em que

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ocorram pausas após a apresentação de cada regra. Nessas pausas, propo-nha aos alunos que digam se essa regra vale para o jogo que conhecem, e, caso não seja igual, um aluno será escolhido para descrever a diferença en-tre as regras.

A separabilidade entre palavras é uma questão com que os alunos se de-param assim que alcançam a compreensão do funcionamento do sistema de escrita. Nessa atividade em duplas, os alunos terão que escrever uma lista de histórias conhecidas, mas, antes da escrita de cada item, devem discutir sobre o número de palavras que o compõem.

A escrita só se efetiva quando chegarem a um consenso quanto a esse número. Para isso, podem contar e relacionar cada uma das palavras ditas e podem consultar livros.

O valor dessa atividade é para aqueles que ainda não se ativeram a es-se aspecto da linguagem escrita, ou seja, ainda não observaram a existên-cia de espaços nos textos que lêem. Para aqueles que já tentam separar as palavras, a discussão serve para problematizar o lugar em que tais espaços devem ser introduzidos (por exemplo, um aluno já separa a maioria das pala-vras, mas ainda ocorrem dúvidas no caso de palavras como UM ou A, e termi-na escrevendo UMLEÃO ou A BELHA). Enquanto trabalham, é importante que você interfira somente para garantir que conversem entre si sobre a escrita proposta. Não corrija no momento da produção da lista.

Quando cada dupla terminar de escrever, oriente-os a compartilhar suas listas com você e aponte os erros relacionados à separabilidade.

No caso dos alunos que ainda não escrevem segundo o princípio alfabé-tico, proponha que façam a lista em duplas do melhor jeito que conseguirem. Intervenha no sentido de remetê-los aos cartazes da classe que contêm pa-lavras conhecidas (nomes, personagens etc.), para que comparem as letras utilizadas na escrita de determinado som àquela que, de fato, escreveram.

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27 Por meio da atividade 1, os alunos terão a oportunidade de conhecer di-ferentes estratégias de se resolver um mesmo problema, que, nesse caso, é de multiplicação.

Você poderá escrever na lousa as diversas estratégias, lê-las uma de cada vez e convidar alunos para que tentem explicá-las. Só devem passar para a segunda estratégia quando a maioria da turma já tiver entendido a primeira. Ouvir vários alunos explicando a mesma estratégia pode ser útil para os que tiverem dificuldade de entendê-la logo de início.

45PROJETO INTENSIVO NO CICLO

A seguir, na atividade 3, os alunos devem voltar à página onde resolve-ram o problema dos refrigerantes para observar se a maneira como o resol-veram é parecida com uma das formas apresentadas nessa página.

Escreva outro problema semelhante na lousa e solicite aos alunos que o resolvam utilizando as estratégias discutidas.

46 PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Leia o conto “Rapunzel”, que se encontra na página 76 do Livro de textos do aluno. É importante que, antes de iniciar a leitura, você pergunte aos alu-nos se já conhecem a história e o que sabem sobre ela e as personagens. Também é interessante comentar que outras versões fazem referência ao nome Rapunzel, explicando que, na história, o pai foi colher rapôncios (ou ra-ponços, que são plantas campanuláceas, isto é, que têm a corola em forma de campainha) e não rabanetes; daí o nome Rapunzel.

Feita a leitura da história aos alunos, realize então uma leitura compar-

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tilhada do trecho do conto que será trabalhado na atividade. Você lerá em voz alta, enquanto eles o acompanharão no próprio livro. Explique que serão feitas duas leituras: uma corrida, compartilhada com o professor, para saber a que parte da história se refere; outra sozinhos, procurando sete palavras escritas incorretamente. Os erros referem-se a omissões de letras em sílabas em que o R ou o L aparecem entre a consoante e a vogal (como em ENTRAR e FLORESTA), omissão de S ou N após uma vogal (como em LINDA e ESCADA) e omissão do H em JANELINHA. Não há casos de separabilidade ou dificulda-des em letras que tenham o mesmo som (como S e Ç ou X e CH), todos bem freqüentes em crianças que estão no início da aquisição da compreensão do sistema de escrita. Ao lerem, individualmente, devem grifar as palavras erra-das e, depois, reescrevê-las de forma correta no livro.

Quando terminarem, proponha a correção: peça a um aluno para dizer um dos erros e que escreva a forma correta na lousa. No caso de essa es-crita ainda conter algum erro, solicite a outro aluno que ajude o colega na correção. Para aqueles que não escrevem convencionalmente, oriente-os a, em duplas, escrever a lista das personagens da história. É importante relem-brar que podem recorrer aos cartões com os nomes dos colegas ou outros materiais impressos afixados na classe como fontes de informação para a escrita correta.

48 PROJETO INTENSIVO NO CICLO

O objetivo deste tipo de atividade é tornar cada vez mais evidente para as crianças não apenas as diferenças entre a numeração falada e a escrita, mas, acima de tudo, que todos os números podem ser escritos com um cam-po restrito de representações: os algarismos. O que diferenciará os números será de fato a quantidade de algarismos e a ordem em que eles aparecem. Estamos falando aqui do valor posicional, outro conceito importante quando tratamos do sistema decimal.

A construção desse conceito é uma conquista gradativa e tomará certa-

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mente as séries que se seguem à 1ª. Entretanto, é importante começar a promover atividades em que essa passe a ser, para os alunos, uma questão a ser pensada.

Nas atividades 1 e 2 há uma situação interessante para esse propósito. Nela, o intuito é que, dados três algarismos diferentes, as crianças possam compor números diferentes. Exemplo:

Dadas as fichas:

8 9 2

o número a ser formado poderia ser 982.

As discussões devem permitir que os alunos observem que a mudança na ordem dos algarismos faz com que formem números diferentes e que um mesmo algarismo tem valor diferente dependendo da ordem em que aparece. Você poderá fazer alguns exemplos na lousa, de forma coletiva, antes de os alunos realizarem a atividade 2 em duplas. Socialize todos os números forma-dos, observando como os alunos pensaram ao fazer essa atividade. Lembra-mos que o aluno não precisa saber ler o número montado, mas observará que são diferentes, pois os algarismos variam de lugar. Na atividade 4, coloque na lousa os seis números formados e solicite aos alunos que os disponham em ordem crescente. Socialize as maneiras que pensaram ao organizá-los.

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Após o estudo de Celina, para dar prosseguimento à atividade do livro Crianças como você, os alunos escolherão duas crianças da América. Para isso, providencie o mapa da América ou o mapa-múndi, de forma a contar com ele como apoio. Proponha que, juntos, folheiem as páginas referentes a essas crianças e que leiam o nome de cada uma delas. Além dessa leitura, oriente os alunos a observar as imagens e a conversar a respeito do que é possível saber sobre essas crianças (o lugar onde vivem, suas vestimentas, suas famílias etc.). Informe aos alunos as idades e os países onde elas ha-bitam, localizando-os no mapa.

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Após essa abordagem geral, proponha que os alunos pensem na criança que escolheriam e o porquê dessa escolha. Essa conversa pode ser favorecida se você organizar a classe em quartetos e, em cada um, os alunos escolhe-rem uma das crianças para ser o tema do debate. Após cada grupo ter feito a sua escolha, faça uma votação para ser definida a escolha da classe.

É fundamental nesse momento que nas discussões em pequenos grupos ou coletivas, ao defender a escolha de uma criança, os alunos expliquem o que lhes chamou a atenção e o que despertou o desejo de saber mais. Dessa for-ma, procura-se garantir maior comprometimento dos alunos com o que será li-do. É importante que tais expectativas sejam retomadas no momento da leitura.

Antes de iniciar a atividade de leitura, converse com a classe e explique aos alunos que esse tipo de texto, assim como os trava-línguas, as adivinhas, as quadrinhas e as cantigas de roda, fazem parte da cultura popular e se mantêm por meio da tradição oral. Daí sua importância na rotina diária ou semanal. Além disso, trabalhar com esse tipo de texto é fundamental quan-do as crianças ainda não sabem ler e escrever convencionalmente, pois sua memorização e posterior escrita favorecem a reflexão do sistema alfabético enquanto escrevem.

Para esta atividade, vá até as páginas 10 e 13 do Livro de textos do alu-no e leia quatro parlendas (sugerimos “Rei, capitão”, “Uni-duni-tê”, “Meio-dia” e “Lá em cima do piano”). Leia-as em voz alta e verifique se a clas-se já conhece alguma delas. Faça duas leituras de cada uma, explorando se há palavras que rimam, repetições ou termos inventados. Peça aos alu-nos que leiam mais duas vezes cada uma e proponha uma brincadeira: em roda, todos sentados, você, professor, inicia o jogo. Utilizando a parlenda “Lá em cima do piano”, aponte para cada criança enquanto “cantarola” os versos. O aluno a quem couber as palavras FUI EU deverá sair da ro-da grande e esperar outros três amigos para iniciar, ao lado, uma nova ro-dada. A seqüência permanece enquanto as crianças estiverem motivadas.

Em seguida, proponha que a escrita da parlenda “Lá em cima do piano” seja feita em duplas. O desafio para as crianças que já escrevem alfabetica-mente é se aproximar ao máximo da escrita correta, especialmente conside-rando a necessidade de espaços entre as palavras. Para as que ainda não o fazem, elas devem buscar a melhor forma de escrever, conversando com o colega e consultando as fontes existentes na classe. Faça intervenções nas escritas propondo que as duplas considerem algumas palavras e reflitam so-bre sua escrita (proponha perguntas como estas: “Como será que se escreve a palavra PIANO?”, “Com que letra ela começa?”, “Será que o nome de algum colega pode ajudá-los a escrever essa palavra?”, “Vou escrever algumas pala-vras que iniciam com o mesmo som para ajudá-los: PIPA, PILHA, PISTA”).

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O objetivo desta atividade é levar o aluno a pensar sobre o valor posi-cional do algarismo no número. Nosso SND é posicional, ou seja, o valor do algarismo depende do lugar que ele ocupa no número. Antes de iniciar a ati-vidade 1, recorte pequenos quadrados de papel e dê três deles para cada dupla. Proponha que os alunos escrevam os algarismos 4, 5 e 6 em cada um dos quadrados.

Na atividade 1, o aluno é convidado a incluir um algarismo num número dado, ou seja, deverá incluir o algarismo 6 no número 54, de tal forma que

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este número fique o maior possível. Proponha que os alunos, em duplas, pensem e decidam onde devem colocar o algarismo 6. Pedir que as duplas montem o número 54 com os algarismos que têm. A seguir, devem descobrir onde colocar o algarismo 6 para que o novo número fique o maior possível. Pode-se também, a princípio, fazer essa discussão coletivamente, ouvindo o que os alunos pensam a esse respeito.

Alguns podem colocar o algarismo 6 no início do número 54: 654; outros podem colocá-lo no final: 546, e outros talvez pensem na possibilidade de colocar o algarismo 6 no meio: 564. Promova discussões e intervenções de forma que estas três possibilidades apareçam. Proponha que comparem os três números: 654, 546 e 564 e que descubram qual deles é o maior. Como os três números são de três algarismos, os alunos tendem a achar que pre-cisam olhar o primeiro algarismo dos três. O maior algarismo identificará qual é o maior número. Nas pesquisas apresentadas no livro Didática da Matemá-tica – reflexões psicopedagógicas, organizado por Cecília Parra e Irma Saiz, o professor encontrará, no capítulo V, explicações para as hipóteses do SND apresentadas pelas crianças. Uma delas é: “A criança utiliza a comparação para estabelecer o critério ‘o primeiro é quem manda’, mas ainda não suspeita que ‘o primeiro é que manda’ porque representa agrupamentos de 10, ou seja, não compreende que o nosso sistema de numeração utiliza a base 10.”

Leia juntamente com os alunos a explicação dada por Caio (atividade 3), solicitando que expliquem a maneira que ele empregou e comparando com a que eles utilizaram ao resolver onde colocar o algarismo 6. Na atividade 4, os alunos são convidados a fazer o mesmo exercício com um outro número e um outro algarismo. É um bom momento para observar se os alunos enten-deram ou não como deixar o número o maior possível, incluindo um terceiro algarismo. Nesse caso, se colocarem o algarismo 3 no início (318), obterão o maior número possível.

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Os poemas servem para nos divertir, emocionar, fazer pensar. Na maioria das vezes, têm rimas, mas há aqueles que, mesmo sem elas, brincam com as palavras. Geralmente, são textos de autoria, por isso sabemos quem os fez, como no caso de “O elefantinho”, de Vinicius de Moraes. Leia o poema com os alunos e confira se já o conhecem. Pergunte-lhes o que sabem sobre o autor e conte-lhes um pouco de sua biografia. Comente que há outros poe-mas dele para as crianças e, se puder, leia alguns. Há vários bem conhecidos, especialmente no livro A arca de Noé. Explore a compreensão do poema: Qual era o problema do elefantinho?, Que motivos o poeta aponta como possíveis

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problemas para o elefante?, Por que um animal tão grande poderia ter medo de um passarinho?, Por que o título do texto está no diminutivo? A seguir, pro-ponha uma segunda leitura focalizando palavras que as crianças julgam ter uma escrita difícil. Vá listando na lousa as palavras levantadas e oriente-as a analisar “o que poderiam errar” na escrita daquelas palavras. Escreva cada palavra contemplando as hipóteses das crianças e investigue com elas o por-quê de serem escritas ortograficamente de determinada forma. Enquanto isso, peça-lhes que sublinhem cada uma dessas palavras no poema. Concluída essa análise, os alunos devem estudar essas palavras (lendo-as e escrevendo-as duas ou três vezes), pois a seguir farão um ditado do poema. Para isso, leia cada verso inteiro, sem fazer pausas entre as palavras. Pronuncie as palavras normalmente, sem acentuar questões ortográficas, mas oriente-os quanto aos sinais de pontuação e mudanças de linha. Explique-lhes que os poemas são escritos em versos e que a cada novo verso é preciso mudar de linha (diferen-temente da escrita de contos). Antes que comecem a escrever, lembre-os de que há espaços entre as palavras, e conte, juntamente com eles, a quantida-de de palavras de cada verso. Ao terminarem o ditado, peça-lhes que voltem ao texto e confiram se escreveram corretamente, comparando sua produção com o poema original, corrigindo o que for preciso. Para os que ainda não escrevem convencionalmente, proponha a leitura compartilhada do poema e proceda aos mesmos encaminhamentos de compreensão do texto e análise das palavras. No final, peça que leiam o poema procurando confrontar o que dizem com o que está escrito. Em seguida, peça que escrevam as seguintes palavras: ELEFANTINHO, CAMINHO, DANADO, ESPINHO, PASSARINHO. Sugira que consultem o poema e localizem as palavras antes de escrevê-las.

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Nestas operações, os alunos somarão e subtrairão os números 5 e 10 de alguns outros. Você poderá iniciar a atividade 1 resolvendo a primeira linha coletivamente. Se colocar o quadro da atividade 1 na lousa, facilitará o enten-dimento das crianças. Na atividade 2 deve-se propor aos alunos que contem de que maneira pensaram, sempre tendo o cuidado para que os demais en-tendam as estratégias expostas. Na atividade 3, leia a estratégia de cálculo mental que Solange usou e leve os alunos a entendê-la por meio de outros exemplos. Na atividade 4, é imprescindível que eles tenham compreendido a forma de resolver da Solange para que possam resolver os cálculos sugeridos.

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O projeto de estudo do livro Crianças como você continua com a leitura da página referente à primeira criança escolhida pela classe na aula anterior. É interessante preencher a tabela proposta com os dados principais dessa criança, que também podem ser incluídos no quadro criado na aula dedicada à criança brasileira, Celina Tembé.

Antes da leitura, é interessante recuperar o motivo que fez a classe esco-lher essa criança e aquilo que os alunos puderam antecipar a partir das ima-gens. Em seguida, leia em voz alta o texto principal, não esquecendo de utilizar o mapa para que as crianças possam localizar nele o país de origem.

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As crianças devem acompanhar a leitura em seus exemplares. Após es-sa primeira leitura, sugerimos que você organize os alunos em quartetos, mantendo aqueles que ainda não lêem convencionalmente com outros que já o fazem. Assim garantimos que todos tenham acesso ao que está escrito, mesmo que a partir da leitura do colega.

Oriente-os a escrever, juntamente com os colegas, uma lista sobre o que fazem quando não estão na escola. Lembre-se de que esse tipo de atividade permite que cada aluno escreva segundo suas hipóteses. Você pode ajudá-los a refletir sobre a forma de escrever as palavras, orientando-os a consultar palavras estáveis expostas em classe e formando duplas em que os alunos tenham conhecimentos diferentes sobre o sistema de escrita, porém não estejam em momentos tão distantes, pois isso não favoreceria a troca de informações.

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O primeiro problema é do campo aditivo e pode ser resolvido tanto com uma adição: 34 + ? = 88, quanto com uma subtração: 88 – 34 = ?. Incentive os alunos a resolverem-no utilizando estratégias próprias. Inicialmente, pro-ponha que resolvam individualmente e, só depois, comparem a sua resolução com a de um ou mais colegas. Devem passar para o problema “b” apenas após discutirem e chegarem a um consenso sobre o número de páginas que ainda faltam ser lidas. O problema “b” é do campo multiplicativo e pode ser resolvido a partir de uma estimativa. Por exemplo, o aluno pode pensar num número de páginas – 5 –, somar esse número 6 vezes (6 dias) e observar que

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o resultado é 30. Então vai aumentando o número até atingir 54. Também é possível resolvê-lo por meio de uma divisão um a um, ou seja, colocam-se números de 1 a 6 (um embaixo do outro) indicando os dias que tem para a leitura e vai colocando 1 página em cada dia até concluir as 54 páginas.

1 l l l l l l l l l

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Na atividade 3, os alunos observarão uma estratégia utilizada por Gabriel para resolver a subtração 88 – 34, do problema 1a. Leia a explicação dada por Gabriel e ouça o que os alunos entenderam a esse respeito. Só depois desafie-os a realizar as operações da atividade 3. Pode-se iniciá-la realizan-do coletivamente a primeira operação. Chame os alunos para demonstrar, na lousa, de que maneira resolveram as operações.

Na aula desta semana você escolherá um jogo novo, desconhecido da turma, para que possam aprender e brincar. Antes de iniciar a leitura do jogo escolhido, peça às crianças que voltem ao índice do Livro de textos do aluno e localizem a página em que está o jogo “Guerra das bolas”. Explique-lhes que esse é um jogo novo a ser aprendido e que eles devem acompanhar sua leitura. Leia o texto todo em voz alta, sem interrupções, e, no final, volte ao princípio, relendo e discutindo cada trecho para garantir que todos compreen-dam as regras. Se puder, faça o desenho do campo, dos jogadores e bolas em posição, simulando uma situação real de jogo.

Depois de terem jogado, é importante avaliar se as informações lidas antes foram suficientes para que pudessem jogar e se houve alguma dificul-dade não prevista.

As listas têm uma presença marcante na sociedade. Estão em todo lu-gar e nos ajudam na organização e consulta das atividades do dia-a-dia. Por ter estrutura simples, favorecem que a criança controle o que escreve. Para isso, é fundamental que ela leia o que escreveu, procurando corrigir os erros que consiga identificar. Trocas, omissões e acréscimos de letras são comuns na escrita de crianças que ainda estão consolidando o processo de alfabe-tização, e a revisão do que foi grafado permite uma correção cada vez mais autônoma.

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O objetivo destas atividades é que os alunos possam criar problemas de adição e subtração. Dessa forma, você poderá observar se eles realmente entenderam as idéias que envolvem uma adição e uma subtração. Se achar que ainda não dão conta de criar problemas, poderá fazer a atividade de for-ma coletiva, porém não se deve tirar a oportunidade de os alunos tentarem criá-los inicialmente.

Chame a atenção para a pergunta que deve aparecer, para os números yque estão sendo sugeridos e para cada uma das operações solicita-

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das. Outra sugestão é, a princípio, colocar os alunos em duplas para elaborar a atividade. Depois de prontos, os problemas deverão ser tro-cados com outra dupla.

Pode-se fazer, primeiro, o problema de adição, trocá-lo com as duplas ye socializar as estratégias utilizadas, assim como as histórias criadas. Num outro momento ou mesmo num outro dia, proponha que inventem o problema de subtração, que troquem com outra dupla e que sociali-zem as estratégias e as situações criadas.

ATENÇÃO: Evite o envio de atividades como esta para ser realizadas yem casa.

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Para a leitura do texto sobre a segunda criança da América escolhida pe-los alunos, proceda de maneira semelhante à sugerida para a leitura do texto de Celina. Peça aos alunos que antecipem informações a partir da foto maior e, em seguida, faça a leitura do texto principal.

É interessante que as comparações ocorram com freqüência, tanto quan-do se relacionam aos aspectos da vida das crianças estudadas, como quando essas comparações ocorrem entre as crianças abordadas no livro e os pró-prios alunos da classe.

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A atividade será finalizada com a leitura individual dos alunos a respeito da alimentação dessa criança: é importante ajudá-los a localizar onde se en-contra o texto que aborda esse aspecto da vida da criança e orientá-los para que leiam silenciosamente de forma a organizar uma lista com os principais itens da dieta.

Para os alunos que não lêem convencionalmente, sugerimos que você os reúna em pequenos grupos, leia o texto em voz alta, solicitando que acom-panhem essa leitura em seus livros. Em seguida, devem dizer os itens da ali-mentação citados e tentar localizar essas palavras no texto, de forma a poder copiá-las em seus livros.

Após estudar os diferentes aspectos da vida dessa criança, não se es-queça de preencher o quadro com as informações mais gerais (idade e país de origem).

Para encaminhar essa atividade, siga os mesmos procedimentos utiliza-dos para a escrita das informações sobre Celina.42

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O trabalho com estimativas deve ser realizado sempre que alguma ativi-dade de cálculo ou contagem for proposta. Aos poucos os alunos precisam perceber que estimativa não é um chute. Deve ser um resultado pensado a partir de algum indício. Aproveite para propor outras estimativas, como, por exemplo, o número de páginas de determinado livro do professor ou da classe. É importante levantar com os alunos o que eles poderiam utilizar para ajudá-los a fazer essa estimativa. Talvez mostrar um livro menor poderá ajudá-los, ou ainda pegar algumas páginas e dizer: “Nesse montinho há 15 páginas. Veja como isso pode ajudá-los a estimar o total de páginas”.

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A atividade é um ditado interativo, mais uma proposta descrita por Artur Gomes de Morais para favorecer a aprendizagem das dificuldades ortográ-ficas de nossa língua. Antes do ditado, porém, é importante que os alunos conheçam a fábula, conversem sobre a moral, sobre aquilo que compreende-ram da fala do galo e sua decisão. Qualquer texto proposto em classe para a reflexão ortográfica deve ter sido apresentado anteriormente com o intuito de que os alunos se familiarizem com ele, conheçam seu conteúdo e tenham oportunidade de apreciá-lo.

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O texto da fábula que sugerimos que você dite é “O galo e a pérola”, da página 141 do Livro de textos do aluno.

Leia a fábula para que os alunos conheçam seu significado, sua moral. De-pois que eles tiverem um bom contato com o texto, o ditado pode ser feito.

Faça o ditado por trechos, que vão até as vírgulas e pontos seguintes. A cada trecho ditado, os alunos devem antecipar, antes de escrever, aquelas pa-lavras que podem ocasionar dúvidas, uma vez que há mais de uma letra que poderia ser escolhida para escrevê-la (é o caso do uso do C ou S na palavra CISCANDO, ou do M ou N na mesma palavra).

Quando os alunos indicarem uma dessas palavras, ponha-a no quadro, considerando as diferentes possibilidades de escrevê-la, mesmo que somente uma delas seja correta. Não é necessário discorrer sobre as regras ortográ-ficas nesse momento, apenas apontar para o fato de que, em nossa língua, em diversas circunstâncias, há várias possibilidades de escrevê-la, quando se apóia no modo como a palavra é dita, mas apenas uma delas é correta e, portanto, as dúvidas fazem parte do processo de escrita, as perguntas são bem-vindas e que você, professor, estará disponível para respondê-las. Além de ampliar o conhecimento ortográfico dos alunos, essa atividade é interes-sante para estimulá-los a manifestar, nas várias situações em que se dedicam a escrever, suas dúvidas ortográficas.

O objetivo desta atividade é a reflexão sobre as dificuldades com que os alunos podem se deparar ao escrever. Quando você ditar: UM GALO ESTAVA CISCANDO, a palavra CISCANDO, que pode ser escrita com C ou com S, deve ser destacada para que os alunos reflitam, em primeiro lugar, sobre as várias possibilidades de escrevê-la e, em seguida, pela necessidade de considerar somente uma das escritas como correta. No caso dessa palavra, além do C ini-cial, espera-se que os alunos indiquem como dificuldade o uso do N, que pode se confundir com o M, se considerarmos apenas o som da palavra.

Para os alunos que não escrevem convencionalmente, oriente-os a escre-ver, de acordo com suas hipóteses, o título da fábula e a fala do galo (quando você ditar para os demais).

Escreva na lousa a operação indicada na atividade 1 e solicite aos alunos que expliquem o funcionamento dessa forma de resolver uma adição. Você poderá realizar a atividade 2 coletivamente, escrevendo na lousa a conclu-são da classe sobre o funcionamento da conta armada, se considerar que os alunos terão dificuldade de realizá-la em duplas. Os alunos costumam apren-der essa maneira de resolver as operações em casa, com a família, porém não sabem explicar o seu funcionamento. Por exemplo, as crianças podem justificar o resultado da conta armada 37 + 22 da seguinte forma: “Pega o 7

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e junta com o 2 e dá nove. Depois, pega o trinta e junta com o 20 e dá 50, então junta 50 mais 9 que é igual a 59!”

Esse tipo de explicação nos mostra que os alunos já entenderam o nosso sistema de numeração (posicional), pois não dizem que somaram 3 + 2, e sim 30 + 20, além de nos mostrar que sabem decompor um número utilizando a fala como recurso: 34 = 30 + 4.

Se na classe os alunos não conseguirem nenhuma boa explicação, utilize a explicação acima para que eles tentem entendê-la. Proponha outras opera-

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ções resolvidas por meio da conta armada (antes de eles realizarem a ativida-de 3) e peça que as expliquem oralmente. Isto poderá ser um ótimo recurso para ajudar aqueles que ainda não entenderam o conceito.

Para o encaminhamento desta atividade, siga os mesmos passos pro-postos para a leitura do texto da página 8, sobre as Américas. Após a leitura dos textos e a exploração das crianças da Europa, proponha que os alunos leiam individualmente o texto sobre castelos e reis, que se encontra na pági-

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na 25. Em seguida, oriente-os a preencher as lacunas da atividade proposta.

No caso daqueles que não escrevem segundo a hipótese alfabética, pro-ponha que façam, em duplas, uma lista de países da Europa. Você pode apre-sentar os nomes desses países, com o apoio do mapa-múndi, e quando os alunos já dominarem alguns, devem escrever os nomes daqueles de que se lembrarem. É importante que, após a escrita, eles leiam o que escreveram.

Para que respondam às perguntas, os alunos precisam ler individualmente o “Você sabia...” e localizar as informações correspondentes. A proposta visa garantir que, com o domínio recente da escrita alfabética, os alunos ganhem autonomia na leitura, construindo sentidos para os textos lidos.

A localização de informações (as perguntas propõem que os alunos en-contrem no texto informações explícitas) é uma das habilidades básicas que os leitores devem construir para garantir uma leitura compreensível.

Para os que ainda não lêem convencionalmente, leia o texto em voz alta e as perguntas também. Os alunos devem responder oralmente e escrever de acordo com suas hipóteses. Neste caso, é interessante que a atividade seja feita em duplas.

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Copie na lousa os dois números da atividade 1 e solicite aos alunos que, coletivamente, comparem-nos e descubram qual é o maior. Após ouvir as ex-plicações dos alunos, eles deverão escrever sua justificativa na atividade 2. A seguir, disponha-os em duplas para que comparem suas escolhas e suas justificativas. Socialize as explicações e as escolhas feitas pelos alunos. Na atividade 5, os alunos terão outros dois números para comparar e decidir qual é o maior. Socialize novamente as explicações e escolhas feitas sem a pre-tensão de que todos percebam a relevância da quantidade de algarismos.

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Nesta aula, dedicada aos jogos e brincadeiras, os alunos escolherão um dos jogos do livro, a partir da leitura do índice.

Antes da escolha, proponha que leiam novamente o índice do Livro de textos do aluno (apenas a parte dedicada aos jogos e brincadeiras). A seguir, terão que escolher um dos jogos para brincar, mas cada aluno que sugerir deve justificar sua escolha: já brincou e gostou, ficou curioso em virtude do título, ouviu dizer que o jogo é legal etc.

Para a leitura das regras, é interessante que você leia o texto todo sem

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interrupção e, em seguida, faça uma leitura em que ocorram pausas após a apresentação de cada regra. Nessas pausas, proponha aos alunos que in-formem se compreenderam a regra e expliquem como isso ocorrerá no jogo. Fundamentar a explicação do jogo com desenhos e esquemas é um recurso para garantir a compreensão do que foi lido.

Após a brincadeira, é interessante propor aos alunos a discussão sobre o funcionamento do jogo e as dificuldades encontradas enquanto eles jogavam.

A escrita de textos memorizados é uma atividade conhecida nas classes de alfabetização inicial, pois esses textos permitem que, por não terem a res-ponsabilidade de elaborar a linguagem (já que está memorizado), os alunos se dediquem exclusivamente a refletir sobre “como escrever”: as letras que precisam ser incluídas, a ordem em que devem ser colocadas etc.

No caso daqueles que já escrevem convencionalmente, a escrita de textos memorizados – do mesmo modo que ocorre com crianças que estão cons-truindo sua compreensão do sistema de escrita – fica mais voltada para os aspectos notacionais. É interessante relembrar os alunos que as dúvidas or-tográficas são bem-vindas, pois permitem pensar nas diversas possibilidades da escrita, bem como ter contato com a forma correta.

Enquanto trabalham, é importante que você circule entre as mesas e, quando estiver próximo de uma dupla, leia juntamente com as crianças o tex-to que elaboraram e, nesse momento, chame a atenção para os erros que julga que os alunos já têm condições de observar (trocas de consoantes, omissões de letras, escrita muito colada no modo como se fala, separação entre as palavras).

No final, oriente os alunos a corrigir o que fizeram, comparando sua escri-ta com a versão que há no Livro de textos do aluno. Isso pode ser difícil para algumas crianças e, nesse caso, sugere-se grifar algumas palavras erradas no texto dos alunos e solicitar que comparem com o que está impresso no livro.

Com relação aos que não escrevem convencionalmente, a escrita do tra-va-língua pode favorecer que avancem em sua compreensão do sistema de escrita. Proponha que escrevam em duplas o texto que foi previamente me-morizado. Como escreverão de acordo com suas hipóteses, não é necessário corrigir com o apoio do texto-fonte.

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A segunda, terceira e quarta atividades desta etapa levam os alunos a iden-tificar que é possível apoiar-se em cálculos com números “redondos” para somar ou subtrair outros números próximos a eles. Assim, por exemplo, para somar ou subtrair 90, é possível somar ou subtrair 100 e depois subtrair ou somar 10 res-pectivamente. Espera-se que estas equivalências sejam identificadas por toda a classe e registradas nos cadernos em formulações do tipo: “Subtrair 900 é equivalente a subtrair 1.000 e depois somar 100” etc. Em todos os casos, é im-portante cuidar que os alunos compreendam por que depois se soma 100, que na realidade se subtraíram 100 a mais ao se subtrair 1.000 em vez de 900 etc.

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Para a operação 894 – 101, os alunos precisam identificar a possibi-lidade de realizar a operação subtraindo 100 e, logo em seguida, 1 em vez de 101. Veja:

894 – 101 =

894 – 100 = 794

794 – 1 = 793

A proposta é que encontrem a maneira mais rápida de realizarem a ope-ração utilizando o cálculo mental, e esta estratégia de arredondar para um número cheio, mais próximo, ajuda a realizar rapidamente a atividade. A aten-ção deve ser considerada para a quantidade de números que se usou para arredondar para mais ou para menos (no caso acima, o arredondamento foi para menos – menos 1).

Há também outras possibilidades de resolução que, conforme forem sur-gindo, o professor deverá tornar conhecidas dos alunos. Por exemplo: ao subtrair 894 – 101, o aluno poderá pegar o 1 de 101 e acrescentá-lo ao 894, ficando 895, e depois juntar com 100, assim:

894 + 1 = 895

895 + 100 = 995

Essa atividade poderá ser dividida em dois momentos: em um dia, os exercícios 1 e 2, e em outro, os exercícios 3 e 4, dependendo da necessida-de dos alunos.

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Hoje iniciaremos um novo tema que promove a conscientização dos alu-nos: a água.

Para favorecer a compreensão dos alunos, é importante que você os pre-pare para a leitura, antecipando o tema do texto e sua relevância e lançando perguntas em que eles tanto podem colocar o que sabem sobre o tema, quan-to levantar hipóteses sobre o que pode estar escrito. É necessário mencionar também que o texto tem uma parte difícil, que fala de porcentagem, mas que o autor tentará explicar o que significa.

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Após essa introdução, leia o texto, interrompendo a cada parágrafo para fazer breves esclarecimentos e salientar as principais informações. Se julgar necessário, essas informações podem ser grifadas. No final do texto, deixe que os alunos coloquem aquilo que compreenderam e levante com eles as informações que julgaram mais significativas.

Nesta atividade, os alunos irão trabalhar com o quadro numérico de 101 a 200. Antes de iniciar a atividade é importante que você providencie um quadro

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numérico de 101 a 200, exponha-o num lugar bem visível e promova alguns exercícios que ajudem os alunos a se familiarizar com o mesmo, como, por exemplo, brincar de “Número oculto” – cobrir alguns dos números e propor aos alunos que descubram qual é o oculto. O aluno que disser o número de-verá explicar como foi que chegou a essa conclusão; e “Adivinhe o número” – os alunos deverão criar pistas sobre um número, para que os colegas o adivinhem. Exemplo: tem três algarismos diferentes, sendo que o primeiro e o último são iguais e o do meio é metade de 10 (151); etc.

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Você pode pensar em várias outras atividades usando o quadro e também sugerir que os alunos inventem situações com ele. Os alunos devem realizar a atividade 1 sozinhos ou em duplas. Aproveite a discussão coletiva e realize a ati-vidade 2, ouvindo os alunos e chegando a uma conclusão sobre como explicar o lugar onde deve ficar o número 145. Escreva na lousa uma ou mais dicas dadas pelos alunos, para que as copiem em seus livros. Na atividade 3, os alunos deve-rão escolher dois dos números do quadro, escrevê-los na tabela e elaborar uma operação de adição e outra de subtração que resulte nos números escolhidos.

Antes da leitura, proponha que os alunos antecipem o que é possível sa-ber sobre a vida da criança por meio das imagens que constam no livro.

Leia o texto principal e converse com os alunos sobre aquilo que com-preenderam, propondo também que comparem o modo de vida dessa criança com as outras já estudadas.

Peça que leiam todos os subtítulos que acompanham as pequenas ima-gens distribuídas na página e que sugiram a ordem em que serão lidos.

Finalmente, proponha a leitura, em duplas, do texto que se refere à escola da menina. Ao término desta atividade, faça, oralmente, as perguntas incluí-das no Material do aluno. A cada resposta sugerida, solicite que indiquem em que parte do texto ela se encontra. Desta forma, os alunos utilizam o próprio texto para comprovar a exatidão de suas respostas. Quando terminarem de responder oralmente, considerando aquilo que está no texto, proponha que escrevam suas respostas.

Finalize a aula com a inclusão dos dados de Bogna no quadro compara-tivo das crianças estudadas.

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Comente com as crianças que, nesta atividade, lerão apenas o trecho de um conto conhecido (“Chapeuzinho Vermelho”, localizado na página 88 do Livro de textos do aluno). Explique-lhes que “um trecho” é somente uma parte de um texto que está escrito na íntegra em outro lugar (é interessan-te mostrar-lhes onde estão os contos, no Livro de textos do aluno). Explique que, nesse trecho, encontrarão pistas que os ajudarão a descobrir o título da história. Oriente-os, então, a fazer uma leitura silenciosa do texto. Quando terminarem, socialize os títulos possíveis e levante com os alunos as pistas que lhes sugeriram o título da história. A seguir, peça-lhes que escrevam o

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título, pensando em quantas palavras o compõem, pois eles devem lembrar-se de separá-las corretamente. No caso dos alunos não-alfabéticos, faça uma leitura compartilhada e discuta com eles as dicas que podem ajudá-los a des-cobrir o título da história. A seguir, peça-lhes que escrevam o título pensando no modo mais correto possível de grafar.

Dando prosseguimento à atividade, faça uma leitura compartilhada de outro trecho da mesma história. Discuta os possíveis sentidos da palavra “quitutes” e como foi empregada no texto, referindo-se “às broas”; verifique se sabem o sentido dessa palavra também. Discuta que outras palavras poderiam ser escritas no lugar de “quitutes” e socialize com as crianças outros alimentos que a mãe poderia preparar (podem remeter-se também a quitutes feitos por suas mães); peça-lhes para escrevê-los em forma de lista. Lembre-lhes que listas são textos em que cada palavra ocupa uma linha.

83PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Para iniciar, questione os alunos sobre o que quer dizer pares de núme-ros. Compare com as expressões que usamos freqüentemente, como pares de meia, de tênis, pares da quadrilha da festa junina etc. Na atividade 1, os alunos deverão comparar números, escolher o maior deles e justificar a es-colha. Aqui, serão trabalhadas novamente as hipóteses do SND. Nesse caso, será abordada a quantidade de algarismos com o “primeiro é que manda”. Sendo o primeiro e o segundo algarismos iguais, o que manda é o segundo e o terceiro. Para relembrar:

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a) Quanto maior a quantidade de algarismos de um número, maior é o número. As crianças não conhecem a denominação oral dos números, mas utilizam essa hipótese para explicar quando um número é maior que outro;

b) As crianças já descobriram que a posição dos algarismos cumpre uma função relevante em nosso sistema de numeração.

É uma hipótese em que as crianças utilizam a comparação para estabe-lecer o critério “o primeiro é quem manda”, mas ainda não suspeitam que “o primeiro é que manda” porque representa agrupamentos de 10, ou seja, não compreenderam que o nosso sistema de numeração utiliza a base 10.

Os alunos devem realizar essa atividade individualmente, pois só dessa forma você terá condições de entender as hipóteses apresentadas por eles sobre o sistema de numeração.

85PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Revise as observações a respeito do trabalho com parlendas, já realizado. Retome as que já sabem de memória (como a do piano) e proponha a leitura compartilhada da parlenda “Rei, capitão”. Peça que sublinhem as palavras CA-PITÃO, LADRÃO e CORAÇÃO. Pergunte aos alunos o que essas palavras têm em comum e discuta com eles a brincadeira sonora que aparece aqui, destacando as palavras que rimam. Explique-lhes que as palavras que rimam terminam pelo mesmo som. Faça com que observem a marcação sonora da parlenda e também a marcação escrita no texto, pois todas as palavras terminam com ÃO. Ajude-os a observar ainda as letras utilizadas para grafar o som /ÃO/ no

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C S A b ã O M l E i T ã O n h l E ã O O

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final dessas palavras. A seguir, proponha uma listagem, na lousa, de outras palavras terminadas em ÃO: as crianças ditam e você escreve com a ajuda delas, que podem indicar-lhe que letras devem ser usadas. A seguir, peça que voltem ao exercício em seus livros e circulem as letras que formam o ÃO.

Depois, oriente-as a preencher a cruzadinha, lembrando-lhes que não de-vem deixar nenhum quadradinho vazio. Explore anteriormente o que se espera que se escreva para cada imagem (CAMINHÃO, SABÃO, LEITÃO, LEÃO), anteci-pando que todas as palavras terminam com ÃO. Após o preenchimento, faça a correção na lousa enfatizando o uso do ÃO no final de todas as palavras. Para os alunos não-alfabéticos, é interessante que esta atividade seja feita em pequenos grupos. Para isso, ofereça-lhes o banco de palavras abaixo, es-crito num papel, de forma que possam consultá-lo. Na hora de fazerem a cru-zadinha, oriente-os a escolher um dos desenhos para começar. Faça com que procurem, no banco de palavras, a coluna em que todas as palavras se iniciam pela primeira letra do desenho escolhido. Depois, peça que pintem a palavra certa escrita no banco e, a seguir, completem essa palavra na cruzadinha.

CAPITÃO SACOLÃO LEITE LIMÃO

CAVALO SABÃO LEVADO LEÃO

CAMINHÃO SAPATO LEITÃO LEOA

87PROJETO INTENSIVO NO CICLO

O objetivo da atividade 1 é que os alunos façam descobertas a res-peito de regularidades do nosso SND. O quadro numérico é um ótimo recurso para favorecer a observação de regularidades na escrita numé-rica. O quadro mais comum é o que tem dez números em cada linha e permite ao aluno observar certas características do nosso sistema. Por exemplo, ao somarmos uma unidade à maioria dos números do quadro, modifica-se apenas o algarismo das unidades, exceto os que têm o al-garismo 9 na ordem das unidades. Também ao somarmos uma dezena à maioria dos números do quadro, altera-se apenas o algarismo das de-

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zenas, exceto o algarismo 9 na ordem das dezenas, e assim por diante.

Algumas regularidades que os alunos costumam observar:

todos os números de uma mesma coluna terminam com o mesmo al- ygarismo;

todos os números de uma mesma linha começam com o mesmo al- ygarismo;

na primeira coluna todos os números terminam com zero; y

na linha da esquerda para a direita, os números seguem a seqüência y“mais 1”;

na coluna de cima para baixo, os números seguem a seqüência “mais y10”.

Proponha, diariamente, atividades nas quais seus alunos possam utilizar e observar um quadro numérico. Na atividade 4, a proposta é que eles escre-vam algumas regularidades observáveis. Realize esse exercício coletivamente e escreva na lousa algumas regularidades observadas para que os alunos as copiem, tais como as apresentadas acima.

89PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Nesta aula, uma nova criança da Europa será estudada, só que desta vez será escolhida pelos próprios alunos. Como já ocorreu em outra aula, é importante que essa escolha seja justificada. Para tanto, oriente os alunos a folhear, juntamente com você, as páginas referentes às crianças da Euro-pa. Para cada uma, informe o nome, a idade e o país de onde ela provém (é bastante interessante usar o mapa-múndi para localizar o país e a Europa). Deixe um tempo para que observem as ilustrações e digam o que imaginam dessa criança e do seu modo de vida. Como essas antecipações são impor-tantes para criar expectativas em relação a cada criança, não é necessário

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dizer se estão corretas ou não. É preferível esclarecer que as antecipações serão confirmadas ou não pela leitura do texto referente à criança escolhida. Assim, o interesse por saber mais sobre a vida dessa criança torna-se curio-sidade com relação ao texto.

Antes da votação, retome a página da primeira criança da Europa e per-gunte quantos querem estudá-la. Desses alunos, um deles deverá explicar por que acha interessante estudar essa criança. Repita o processo com todas e proceda à votação para a escolha.

A seguir, leia para os alunos o texto principal da página referente à crian-ça escolhida e proponha que eles, organizados em quartetos, selecionem um dos pequenos textos que acompanham as imagens (cada grupo deve ficar com um texto diferente). Depois disso, terão que ler o texto selecionado até compreendê-lo bem. É importante garantir que os alunos que ainda não es-crevem alfabeticamente também possam ter acesso ao conteúdo. Sugerimos que eles sejam incluídos em grupos que contem com outros que já dominam a leitura. Após ler, os alunos conversarão entre si sobre o que foi lido e es-creverão a informação que julgarem mais relevante. A atividade termina com a socialização do que foi lido: uma das crianças vai à frente e lê ou conta a informação selecionada para que todos a conheçam.

Por último, anote no cartaz os dados sobre a criança estudada: nome, idade, lugar onde mora (cidade e país).

91PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Relembre os alunos o que leram sobre Bogna. Há uma parte no texto onde se comenta sobre o carinho da menina para com sua gata, Pérola. O texto informativo tratado neste momento faz alguns esclarecimentos sobre o gato doméstico. Para iniciar a atividade, peça aos alunos que leiam o título “GATOS: LIVRES E SOLTOS”, e discuta com eles sobre o que poderá tratar o texto. Explore as hipóteses das crianças acerca do que lerão e proponha a leitura silenciosa do mesmo, para confirmar ou não as predições que fi-zeram. Ao concluírem a leitura, socialize o que compreenderam e faça, com eles, um levantamento das idéias principais. Num outro momento, os alu-

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nos deverão localizar informações específicas, que exemplifiquem a idéia de independência do gato doméstico. Para ajudá-los, peça que releiam o texto com calma, procurando apenas essas informações. Quando as encontrarem, é interessante que as sublinhem ou pintem com uma cor que ressalte os dados, de forma a facilitar a cópia posterior, a ser feita no exercício. Quando terminarem, peça que comparem sua escrita com o modelo, corrigindo o que for preciso. Para os alunos não-alfabéticos, é importante fazer uma leitura compartilhada do texto e ir discutindo com eles o significado de cada frase.

Voltamos a realizar o trabalho com estimativas, só que agora com a sub-tração. Proponha aos alunos algumas subtrações antes de iniciar a atividade 1, para que pensem numa estimativa. Após resolver o cálculo, compare os dois resultados (da estimativa com o do cálculo). Sugestão de algumas sub-trações: 76 – 13; 98 – 22; 66 – 31 e 42 – 11.

Coloque a primeira operação na lousa e solicite aos alunos que expliquem como ela foi resolvida e se a estimativa estava próxima ou não do resultado real. É importante lembrar aos alunos que estimativa não é um palpite qual-quer, mas um valor pensado a partir de alguns indícios. Por exemplo: ao pen-sar numa estimativa para 46 – 24, o aluno poderá se apoiar na decomposi-ção e, rapidamente, pensar em 40 – 20 e estimar 20. Outra possibilidade é o arredondamento de um ou dos dois números: ele pode arredondar o 46 para 50 e o 24 para 30 e fazer 50 – 30 = 20. Ouvir as explicações dos alunos pa-ra as estratégias empregadas para estimar é extremamente importante para ampliar essas estratégias.

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93PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Os alunos escolherão um jogo a partir de duas opções definidas por você. Diga quais são os jogos e peça aos alunos que os localizem no índice.

Leia os dois jogos seguindo essa orientação. Em seguida, os alunos têm que escolher, por votação, uma das duas brincadeiras para ser colocada em prática. Antes, porém, peça a algumas crianças que defendam a escolha da primeira brincadeira (expliquem por que ela deve ser melhor que a outra) e a outras que façam o mesmo para a segunda.

Escolhida a brincadeira, retome as regras e proponha que brinquem. É

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importante avaliar o jogo e a clareza das normas: As regras foram explicadas adequadamente? Houve dúvidas na hora do jogo?

As crianças, nesse momento, também podem discutir se mudariam algu-ma regra para tornar o jogo mais emocionante.

Relembre com a turma as parlendas que já conhecem. Introduza outras, como “Hoje é domingo” e “Quem cochicha”, por exemplo. Depois da leitura compartilhada de várias parlendas, faça que os alunos observem as figu-

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ras da atividade seguindo a direção da esquerda para a direita, de forma a descobrir a que parlenda se referem. Recitem juntos, oralmente, a parlenda inteira e depois oriente-os a escrever esse texto de memória. Lembre-os de que cada verso deverá ser escrito numa linha e que devem ficar atentos à separação correta entre as palavras. Esta atividade é adequada inclusive para crianças que ainda não dominam o sistema alfabético. É importante, no entanto, fazer que as crianças leiam o que escreveram, pois isso pode ajudá-las a controlar melhor sua escrita. Para aqueles que dominam o código, você pode propor que comparem o que escreveram com o texto que cons-

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ta no Livro de textos do aluno, de forma a verificar se a grafia está correta e corrigir o que for preciso.

Escreva na lousa a operação indicada na atividade 1 e solicite aos alunos que expliquem o funcionamento dessa forma de resolver uma subtração. Na atividade 2, se achar que os alunos terão dificuldade de realizá-la em duplas, você poderá realizá-la coletivamente, escrevendo na lousa a conclusão da clas-se sobre o funcionamento da conta armada. Os alunos costumam aprender essa forma de resolver operações em casa, com a família, porém não sabem como explicar o seu funcionamento. Veja alguns esclarecimentos dados por crianças ao explicar o funcionamento da conta armada 46 – 24:

“Eu peguei o 6 e tirei o 4, deu 2. Depois eu peguei o 40 e tirei o 20 e deu 20. Juntei o 2 com o 20 e deu 22!”

“Eu trabalhei com as unidades primeiro: 6 menos 4 e deu 2; depois usei só as dezenas: 40 menos 20 e deu 20. Juntei as duas unidades com as duas dezenas e deu 22.”

Atenção: quando os alunos usam explicações como as apresentadas aci-ma, eles nos mostram que já entenderam o nosso sistema de numeração, pois não dizem que subtraíram 4 – 2, e sim 40 – 20. Eles já descobriram que o nosso sistema é posicional, além de nos mostrar que estão utilizando a de-composição do número como estratégia para resolver as operações.

Se na classe os alunos não conseguirem nenhuma boa explicação, uti-lize as duas explicações acima de forma que eles tentem entendê-las. Pro-ponha outras operações resolvidas por meio da conta armada (antes de os alunos realizarem a atividade 3) e peça que eles as expliquem oralmente. Isto poderá ser um ótimo recurso para ajudar aqueles que não conseguiram entendê-las.

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Nesta atividade, os alunos precisarão ter memorizado a parlenda “Hoje é domingo”. Para isso, é importante que você garanta momentos anteriores, em que “brincar” com ela faça parte da rotina. Incluir nas atividades diárias situações em que se recitam parlendas e quadrinhas é interessante para que os alunos recuperem a calma e a concentração. Essas situações podem ser incluídas nas brincadeiras feitas na hora do recreio (enquanto pulam corda ou jogam bola, por exemplo). Ao perceber que a maioria das crianças já domina determinada parlenda, proponha que abram o Livro de textos do aluno na pá-gina em que a mesma se encontra e faça com eles uma leitura compartilha-

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da. O fato de saberem a parlenda de memória ajudará inclusive aquelas que ainda não dominam o sistema alfabético. Peça que acompanhem cada pala-vra com o dedo, apontando o que dizem, para que possam fazer a correspon-dência entre a escrita e a fala. Quando tiverem terminado, explique-lhes que essa parlenda consta no Material do aluno, mas faltam algumas palavras que precisam ser completadas. Informe-lhes que as figuras podem ajudá-los a se lembrar do que falta. Quando terminarem, peça que voltem ao texto que leram no Livro de textos do aluno, procurem e sublinhem as palavras que faltam na parlenda. A seguir, peça que confiram se as escreveram corretamente, corri-gindo o que for necessário. Também é interessante fazê-los observar que as palavras que devem escrever aparecem em outro verso, o que pode ajudá-los nesta atividade. No caso dos alunos não-alfabéticos, você pode acrescentar um banco de palavras que corresponda às figuras referentes para consulta enquanto as crianças escrevem. Nesse banco de palavras, é interessante que tenham que ler mais de uma palavra possível para que possam “decidir” qual é a mais adequada à informação que estão buscando. Sugestão:

CACHIMBO JARRO SINO TOURO MUNDO

COXINHA GARRA SINTO TOMBO MANDO

99PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Retome com os alunos as dicas sobre como localizar um número numa tabela numérica. Solicite a eles que resolvam a primeira atividade individu-almente, para depois comparar o seu quadro preenchido com um ou mais colegas. Abra uma discussão coletiva para socializar o local onde foram colo-cadas os números. Na atividade 2, os alunos deverão organizar os números da atividade 1 em ordem decrescente. Observe que hipótese os alunos estão utilizando para organizar números com a mesma quantidade de algarismos. Completado o quadro, reflita com eles sobre como pensaram para colocar os números no quadro – atividade 3.

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67 Antes da leitura do texto, sugerimos que você localize no mapa-múndi os continentes abordados no estudo (a América e a Europa) e, em seguida, mos-tre a África, o continente de onde provêm as crianças que serão estudadas nas próximas aulas. Para aproximar os alunos da linguagem cartográfica, su-gerimos também que eles escrevam os nomes dos continentes nos espaços correspondentes, utilizando o mapa esquemático que se encontra na página 11 do Material do aluno.

Deixe, porém, que a leitura dos pequenos textos que acompanham ca-

101PROJETO INTENSIVO NO CICLO

da subtítulo seja feita por duplas de alunos. Antes dessa leitura e após ter abordado os subtítulos, proponha que escrevam a lista de animais que são tratados nesta página.

Após a leitura em duplas, cada aluno deverá escrever a informação que julgou ser a principal no texto lido. Essa não é uma atividade simples, pois, além de os alunos terem que isolar uma informação, será preciso analisar qual frase contém a informação tratada com maior ênfase no texto. Para aqueles que necessitarem de ajuda, proponha que releiam o texto e, depois, digam qual a informação que mais lhes chamou a atenção. Essa informação deverá ser anotada e compartilhada com os demais alunos. Incentive-os a elaborar uma síntese com a informação principal usando suas próprias palavras.

Essa receita encontra-se no Livro de textos do aluno. Antes de iniciar a atividade, há algumas questões importantes que você deve ter em mente. Por se tratar de uma receita, é preciso esclarecer às crianças que este é um texto instrucional, ou seja, que dá informações precisas e objetivas que nos ajudam a executar determinada tarefa. Assim também são os manuais, as regras de jogos e as bulas de remédio. As receitas geralmente são divididas em “ingre-dientes” e “modos de fazer”. Na primeira parte, são listados os ingredientes necessários para o preparo; na segunda, há uma explicação sobre o modo de fazer. Seria interessante que essa receita pudesse ser preparada junto com as crianças, que deveriam lê-la enquanto a executam; poderiam ainda prová-la mesmo sem ajudar em seu preparo, apenas para saboreá-la e conhecê-la. Caso nenhuma dessas alternativas seja possível, certifique-se de que os alu-nos conheçam ou já provaram bolo de banana e incentive-os a socializar suas impressões. Para que realizem a atividade, faça uma leitura compartilhada do “Modo de fazer”. Antes de iniciar a leitura, solicite aos alunos que fiquem atentos, identifiquem os ingredientes que aparecem na receita e socializem suas descobertas com a classe. Terminada a leitura, retome com eles, oral-mente, o que descobriram e oriente-os a escrever os ingredientes. Lembre-os de que, por se tratar de uma lista, cada item deve ser escrito em uma linha. Quanto aos alunos não-alfabéticos, é interessante relembrar os ingredientes utilizados e pedir que escrevam a lista de acordo com suas hipóteses. Nesse caso, sugerimos que a produção seja realizada em duplas.

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Antes de iniciar o jogo, providencie sementes ou bolinhas de papel para que os alunos marquem na tabela do bingo e os números de 100 a 200, es-critos em pequenos papéis, para que sejam sorteados.

Os alunos gostam muito de participar de jogos, principalmente bingo. Se-ria interessante você ter em classe alguns jogos desse tipo e se programar para usá-los com determinada freqüência (por exemplo, quinzenalmente). Isto ajudaria aqueles que ainda apresentam dificuldades com a escrita e a leitura de números.

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103PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Pode-se propor uma variação no momento de cantar os números do bingo: no lugar de você “cantar” os números, convide um dos alunos a fazê-lo. Caso ele tenha dificuldade, auxilie-o da seguinte forma: o aluno diz o número can-tando os algarismos (oito, sete) e você pronuncia o número: oitenta e sete.

Utilize, para esta atividade, os trava-línguas que se encontram no Livro de textos do aluno, nas páginas 14–15. Escolha alguns para fazer uma leitura compartilhada (sugerimos “O RATO E A ROSA RITA”, “PINTOR PORTUGUÊS”,

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“TEMPO” e “NINHO DE MAFAGAFOS”).

Faça uma leitura de todos os trava-línguas e, em seguida, leia cada um mais de uma vez, até que os alunos se familiarizem com eles.

A seguir, proponha que cada aluno ensaie várias vezes um dos trava-línguas para recitá-lo em voz alta. Para isso, podem se apoiar no texto escrito, mas é interessante que o conheçam bem para que a leitura fique mais fluente.

A aula termina com a apresentação dos alunos. Para que a atividade não se torne cansativa, você pode chamar apenas alguns alunos a cada dia da semana. É importante, porém, que todos sejam chamados para recitar pe-rante a classe.

No caso daqueles que ainda não lêem convencionalmente, reúna-os em pequenos grupos (quartetos) e oriente-os a escolher um dos trava-línguas. Quando já tiverem escolhido, leia várias vezes até que tenham memorizado o texto. Em seguida, eles terão que fazer a leitura procurando realizar a corres-pondência entre o que lêem em voz alta e as palavras do texto. É importante que acompanhem essa leitura com o dedo (enquanto lêem precisam apontar com o dedo a palavra correspondente no texto escrito) e que os integrantes possam se ajudar de modo a que todos consigam terminar de recitar ao mes-mo tempo em que apontam para a última palavra.

No momento da leitura em voz alta para a classe, esses alunos também podem participar da atividade, sendo importante que tenham o texto em mãos para acompanhar.

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71 Esses problemas são do campo aditivo e trabalham com as idéias da adi-ção e da subtração. Alguns poderão recorrer à adição: 14 + ? = 35; outros à subtração: 35 – 14 = ?. A socialização das estratégias utilizadas lhes permi-tirá conhecer outras formas de resolver um mesmo problema. Se alguns alu-nos ainda utilizam o desenho para isso, incentive-os a copiar, ao lado, outra maneira utilizada pelos colegas.

No problema 2, o cálculo mental poderá ser bem empregado, principal-mente porque se trata de pequenas quantidades. Aqui, também, pode-se uti-

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lizar a adição ou a subtração. Se uma das duas operações não for sugerida pela classe como estratégia de resolução, coloque essa estratégia na lousa e proponha que os alunos tentem entendê-la. Vale lembrar que a resposta faz parte da conclusão do problema.

Observe se os alunos utilizaram a adição e a subtração para resolver o problema 3. Caso contrário, siga as instruções sugeridas no problema 2. Você ainda pode propor outros problemas, seguindo os exemplos anteriores.

Abaixo, alguns problemas que poderão ser propostos em outros momentos:

a) Célio entregou 36 caixas de bolachas para um mercado. Quando foi conferir, algumas estavam abertas e 28 fechadas. Quantas caixas es-tavam abertas?

b) Vinícius contou suas figurinhas e observou que estavam faltando algu-mas. Quantas figurinhas faltavam se Vinícius tinha 97 e contou 54?

c) Ivone leu 123 páginas de um livro de 200 páginas. Quantas páginas faltam para que ela termine a leitura?

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Para o estudo de Esta, siga os encaminhamentos propostos para a leitura das outras crianças. Antes, porém, promova um debate sobre aquilo que os alunos observam a partir das ilustrações. No livro Crianças como você chame a atenção para o texto referente às roupas usadas pela menina. A pergunta sobre as roupas, bem diferentes das usadas no Brasil, especialmente pelos adereços, com certeza despertará a curiosidade dos alunos. Ao perceberem que outras pessoas também as utilizam, podem antecipar que se trata de trajes típicos da cultura de onde Esta provém.

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108 PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Após a conversa, leia o texto mais geral e deixe que os alunos escolham a ordem dos próximos assuntos. Uma nova tarefa foi incluída no material dos alunos: eles deverão numerar os assuntos de acordo com a ordem em que forem lidos. Antes da leitura, explique a tabela e proponha que leiam os assuntos que nela estão listados. A cada assunto escolhido para leitura, localize-o na tabela e numere.

A atividade final é a leitura autônoma (cada aluno lerá silenciosamente) de um dos aspectos da vida de Esta. Sugerimos que você proponha “Brinquedos e jogos”. Após essa leitura, deixe que os alunos troquem informações sobre o que compreenderam. Finalize a aula com o preenchimento do quadro com-parativo, com as informações gerais das crianças estudadas.

Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto e depois co-mente com eles a importância das frutas numa dieta saudável. Pergunte-lhes o que acham que significam as palavras IN NATURA e esclareça-os a esse respeito. É importante, nesse momento, chamar a atenção das crianças pa-ra o fato de essas palavras estarem em destaque (grifadas), esclarecendo o que isso significa. Explique que você ditará algumas palavras que as crianças deverão encontrar no texto e grifar (MANGA, LARANJA, MAMÃO E ROMÃ). A se-guir, explique aos alunos que você vai escrever cada uma dessas palavras na lousa e eles deverão pensar nas dificuldades ou dúvidas que poderiam surgir na escrita de cada uma delas. Discuta a presença de sons nasais e retome o que aprenderam sobre o ÃO/Ã. Chame a atenção deles para o som à no meio das palavras, escrito com AN, e explique-lhes que esse som também pode ser escrito com AM. Mostre-lhes que o som nasal também aparece em outras palavras, mas junto às demais vogais, como em EN/EM, IN/IM, ON/OM, UN/UM, escrevendo outras palavras na lousa como exemplo. Ao final da discussão, solicite que escrevam o nome de outras frutas em que aparece o som nasal; depois, escreva essas palavras na lousa e peça às crianças que corrijam em suas folhas o que elas erraram.

No caso dos alunos não-alfabéticos, leia com eles o texto sobre as fru-tas e siga os procedimentos anteriores para que sublinhem as palavras com som nasal e discutam a grafia correta delas. Para ajudá-los na atividade em que devem escrever os nomes das demais frutas, ofereça-lhes um banco de palavras para consulta. Sugerimos:

CARAMBOLA MORANGO MELANCIA MAÇÃ LARANJA MANGA

CAÇAMBA MORANGA MELÃO MACA LARANJADA TANGA

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109PROJETO INTENSIVO NO CICLO

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Proponha aos alunos que expliquem o que entendem a respeito de dobro e triplo de um número. Coletivamente, encontre uma definição para cada um desses termos, escreva-as na lousa e peça aos alunos que as copiem em seus livros (atividade 1). Se necessário, utilize o dicionário como fonte de in-formação mais convencional sobre essas definições.

A atividade 2 poderá ser feita em duplas e depois socializada com a clas-se toda. O professor poderá propor outros números para que os alunos en-contrem o dobro e o triplo.

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110 PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Para a realização dessa atividade, os alunos serão divididos em equipes e irão conversar com os funcionários da escola para saber quais brincadeiras haviam quando eles eram crianças e quais eram as preferidas deles.

Antes das entrevistas, porém, é preciso pensar nas perguntas que serão feitas e conhecer alguns dados sobre o entrevistado, como nome, função que ocupa na escola, idade e onde passou a infância. Para a escolha das pergun-tas, você coordenará a conversa. É preciso pensar em duas ou três perguntas para conhecer melhor as brincadeiras de infância dos entrevistados.

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111PROJETO INTENSIVO NO CICLO

Converse com os alunos no sentido de que eles tentem se lembrar das histórias que você já leu para a classe.

Eles devem escolher três dessas histórias e escrever os títulos nos es-paços correspondentes, atentando para a separação e a escrita correta das palavras.

A Matemática está presente em praticamente todas as nossas atividades. Quando usamos o relógio, quando calculamos o tempo que falta para irmos

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112 PROJETO INTENSIVO NO CICLO

à escola, quando decidimos a quantidade de bolacha que comeremos ou a parte do sanduíche que comeremos, enfim, se observarmos com atenção, encontraremos a Matemática em quase tudo o que fazemos. Proponha aos alunos que pensem em outras situações diárias onde eles utilizam a Mate-mática e registre-as na lousa.

A seguir, leia, juntamente com eles, a história do Ricardo e do Rock na atividade 1. Proponha-lhes que indiquem as informações numéricas que apa-recem no texto. Por se tratar de um texto bem pequeno, escreva-o na lousa e vá marcando as informações que os alunos localizarem.

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113PROJETO INTENSIVO NO CICLO

A atividade 2 pode continuar a ser realizada coletivamente, porém dando a oportunidade para que vários alunos demonstrem suas maneiras de encon-trar as respostas.

Antes de dar início à tarefa dos alunos, é importante explicar-lhes que as fábulas, assim como os contos de fadas, os mitos e as lendas, são narrati-vas muito antigas, passadas de uma geração à outra pela tradição oral. No caso das fábulas, é preciso especificar que esse tipo de texto se caracteriza por narrativas curtas. Têm a intenção de transmitir uma mensagem moral, e as personagens que aparecem costumam ser animais com comportamentos humanos. No final, geralmente há uma MORAL, a qual sintetiza a mensagem cuja reflexão foi proposta. Também é importante situar quem foi Esopo (Grécia, 600 a.C.) e pode-se citar ainda outro fabulista conhecido, La Fontaine (França, século XVIII). No Brasil, Monteiro Lobato (século XX) também nos presenteou com lindas fábulas.

A seguir, peça-lhes que façam uma leitura silenciosa do texto e, depois, socializem o que compreenderam. Comente o sentido de algumas palavras, como FAMINTA, PARREIRA, RESISTIR À TENTAÇÃO, ABOCANHÁ-LAS, APETITO-SOS CACHOS, DESDENHAR. Explore o sentido da moral e pergunte às crianças como poderiam dizer o mesmo, mas de outro modo, usando outras palavras. Pergunte-lhes que títulos seriam apropriados para a história, socializando suas sugestões. Finalmente, peça-lhes que escrevam aquele que acharem mais adequado. Quando terminarem, oriente-os a irem até a página do Livro de textos do aluno em que se encontra a mesma fábula, e façam uma leitura compartilhada da mesma. Analise com a turma os dois textos, buscando se-melhanças e diferenças entre eles, que serão registradas. No caso dos alunos não-alfabéticos, em vez de solicitar-lhes uma leitura silenciosa, faça leituras compartilhadas com eles, pedindo que apontem em seus próprios textos o que é lido coletivamente. Após a escrita do título, podem trocar o material entre si, para que um colega corrija a escrita do outro, pois isso pode suscitar boas discussões sobre o sistema. Proceda de forma semelhante na leitura do Livro de textos do aluno, e revise, individualmente com os alunos, o registro das semelhanças e diferenças entre os dois textos, problematizando algumas de suas escritas, sugerindo que se apóiem nos nomes dos colegas ou em outros materiais de consulta, para mudar, acrescentar ou suprimir letras.

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Os alunos deverão descobrir os números que estão faltando no quadro da atividade 1, escrevendo-os nos espaços correspondentes. A seguir, na atividade 2, utilizarão esses números para criar operações de adição e sub-tração, empregando dois dos números encontrados. Se desejarem, poderão repetir números já utilizados.

Provavelmente aparecerão somas com reserva e subtrações com em-préstimos. Você então deverá aproveitar para discutir esse tipo de operação, propondo-lhes que tentem descobrir como fazer com as somas das unidades

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que resultam em números maiores que 9 e com as subtrações onde um nú-mero seja menor do que o outro. Se observar que os alunos ainda não estão aptos a realizar operações como essas, proponha que utilizem outras estra-tégias, como a decomposição, por exemplo.

O próprio aluno poderá revisar as suas operações resolvidas pelo colega. Caso não consiga, coloque na lousa a operação que suscitar dúvida e solicite que toda a classe pense na resolução da mesma. É possível que uma aula não seja suficiente para terminar essa atividade. Nesse caso, utilize outro momento ou outra aula para a revisão das operações.

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Nessa aula, os alunos escolherão uma das crianças da África para es-tudar. Ajude-os nessa tarefa: a cada nova criança, forneça algumas informa-ções, tais como o país de origem, a idade, com quem vive. No final, faça um levantamento das preferências dos alunos, solicitando que justifiquem a es-colha. Esta pode ser definida pela maioria, mas antes é importante que cada um tenha oportunidade de explicar por que considera que a classe deveria estudar esta ou aquela criança.

Feita a escolha, os alunos deverão preencher o primeiro quadro proposto

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na atividade, utilizando o próprio livro como material de consulta para responder às perguntas. Para localizar o país de origem da criança, utilize o mapa-múndi, delimitando também a África. Organize os alunos em duplas para que leiam um dos pequenos textos que acompanham as várias imagens da página. No caso dos que não dominam a escrita alfabética, eles poderão trabalhar com outros que já lêem com autonomia, garantindo, assim, o acesso ao conteúdo do texto.

Enquanto os alunos expõem o que leram, é interessante que você organi-ze sínteses com as principais informações sobre cada assunto, que poderão ficar anotadas na lousa. Proponha aos alunos que contribuam na organização dessas sínteses, pois essa é uma excelente maneira de desenvolver a habi-lidade de elaborar resumos.

A aula termina com o preenchimento da tabela: ainda em duplas, os alu-nos conversam sobre o que aprenderam a respeito de cada um dos quatro assuntos, além de consultar o livro ou as anotações da lousa. Deverão escre-ver sobre o que mais lhes chamou a atenção sobre cada aspecto.

Antes de se dedicar a esta atividade, é interessante que em algumas aulas anteriores você tenha escrito bilhetes à turma. Deixe-lhes mensagens na lousa, lembrando ou avisando-os de algo, para que os alunos possam se familiarizar com as características desse tipo de texto. Discuta com eles o que é um bilhete e qual a sua finalidade. Explique que, tal como as cartas, os bilhetes fazem parte de nosso cotidiano e servem para que nos comuni-quemos com alguém que está ausente, com quem não podemos falar direta-mente. No entanto, os bilhetes são mais “enxutos” do que as cartas, e neles a linguagem é mais informal. Lembre também que a estrutura deles não se parece com a dos poemas e dos contos, pois, ao iniciá-los, sempre escreve-mos primeiro o destinatário, depois vem o corpo da mensagem e, no final, a despedida e a assinatura do remetente.

Leia com sua turma a história de “João e Maria” e pergunte às crianças quais eram os perigos que João e Maria corriam ao se aproximar e comer a casa de doces. Lembre que não era uma casa qualquer, e pergunte-lhes por que será que uma bruxa viveria em uma casa desse tipo. Qual era a verdadei-ra intenção da bruxa? Para quem era essa armadilha e por que ela a fazia? Retome com as crianças o fato de João e Maria desconhecerem essa infor-mação e proponha a escrita de um bilhete para alertá-los. Combine com as crianças quais os itens da mensagem que devem estar presentes: avisar às personagens que a casinha de doces não deve ser comida e o porquê. Antes de dar início à escrita, socialize oralmente com a turma possíveis formas de se dirigirem às personagens (Queridos João e Maria, Caras crianças...), como poderiam escrever os argumentos da mensagem e de que maneiras poderiam se despedir e assinar o bilhete.

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82 Para essas atividades os alunos trabalharão novamente com o quadro numérico. Na atividade 1, a proposta é que consigam completar “pedaços” de um quadro numérico de 1 a 100. Por exemplo: para completar o “pedaço”, eles poderão se apoiar na descoberta de que nas linhas os números cami-nham de 1 em 1 ou de que nas colunas os números estão numa seqüência de 10 em 10. Dessa forma, se eles olharem para as linhas, o número que vem antes do 5 só poderá ser o 4 e, se olharem para as colunas, o número que virá abaixo do 14 será o 24.

Na atividade 2, promova uma discussão coletiva sobre como pensaram

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para encontrar os números e disponha os alunos em duplas para que realizem a organização dos números numa ordem decrescente, na atividade 4.

Antes de propor a atividade, pergunte às crianças o que sabem sobre Mário Quintana, que outros poemas dele já são conhecidos. Conte-lhes algo a respeito do poeta.

Depois, peça aos alunos que procurem o poema “Canção de inverno” no Li-vro de textos do aluno e oriente-os a fazer uma leitura silenciosa. Quando termi-

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narem, socialize o que entenderam e pergunte por que o poema tem esse título. É interessante chamar-lhes a atenção para a palavra CANÇÃO, uma vez que, por ser bem curta e ter uma sonoridade aguçada, quando a recitamos repetidas ve-zes soa como se fosse uma melodia. Ajude-os a relacionar o pinhão com o inver-no, por ser essa a época do ano em que podemos encontrá-lo com mais facili-dade. Outra relação pertinente refere-se a duas pessoas que, apaixonadas, têm o coração aquecido, daí o paralelo entre o pinhão quentinho e corações juntos.

Ao término da leitura e discussão, peça-lhes que leiam esse mesmo po-ema na folha de atividades e observem que as palavras não foram escritas corretamente. Solicite que reescrevam cada verso, pensando antes na quan-tidade de palavras que o compõem e separando-as adequadamente. Depois, devem voltar ao Livro de textos do aluno e conferir cada verso que escreveram, corrigindo o que for preciso.

Para as crianças não-alfabéticas, a questão da separabilidade entre as palavras ainda não se coloca. Assim, num primeiro momento, proponha que localizem as palavras QUENTINHO, PINHÃO e CORAÇÃO no poema. Em segui-da, deverão escrever o poema (garanta que esteja memorizado) de acordo com suas hipóteses de escrita, mas as palavras assinaladas deverão ser re-digidas convencionalmente.

Atualmente, a resolução de problemas representa um importante recur-so para fazer Matemática na sala de aula, pois, para solucioná-los, os alunos precisam desenvolver estratégias próprias e construir uma seqüência de eta-pas que não está explícita no enunciado. É importante que, após resolvê-los, os alunos comparem suas estratégias com as dos colegas para, finalmente, validar (ou não) seus procedimentos, construindo, dessa forma, verdades provisórias e compartilhadas pelo grupo de alunos sobre conceitos, procedi-mentos e atitudes matemáticas. A idéia é que o problema não deva mais ser visto como um exercício para o aluno aplicar ou reproduzir, de forma mecâni-ca, o que aprendeu, mas para ele construir conceitos por meio de aproxima-ções sucessivas.

Nos problemas apresentados, os alunos lidarão com medidas relacio-nadas ao sistema monetário, sem empregar a forma convencional de grafar valores em reais.

O problema 1 é do campo multiplicativo, e o aluno poderá resolvê-lo por meio da soma sucessiva. O ideal é que ele vá se afastando do uso de dese-nhos como estratégia de resolução. Os problemas 2 e 3 são do campo aditivo, e, como já vimos em questões anteriores, os alunos poderão utilizar tanto a adição quanto a subtração ao resolvê-los.

Essas atividades poderão ser feitas em duplas ou não, porém é importan-

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te que se promova uma socialização das estratégias utilizadas pelos alunos para a resolução dos problemas.

É interessante que os alunos aprendam a ler mapas, localizando neles continentes, países, estados, cidades, oceanos etc.

Assim sendo, mostre a Ásia nesse mapa que está incluído no material e, depois, peça que a localizem em um mapa-múndi. Faça também a leitura dos pequenos textos que acompanham as imagens na ordem sugerida pe-

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los alunos. É preciso, também, ler em voz alta o subtítulo correspondente.

Para finalizar, proponha a leitura do texto sobre o Taj Mahal e a realização da atividade que se encontra no Material do aluno. Com relação às crianças que não conseguem ler com autonomia, agrupe-as com os colegas que dominam melhor a leitura, de forma que tenham acesso ao texto. No caso das atividades em que é preciso responder às perguntas e assinalar as alternativas corretas, o aluno que já consegue ler faz isso em voz alta e a criança que não sabe de-verá localizar a alternativa correta utilizando as pistas fornecidas pelas letras.

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Peça aos alunos que leiam, em duplas, o texto informativo sobre os feli-nos. Socialize o que compreenderam e levante com eles as idéias principais expressas em cada parágrafo. Os termos MAMÍFEROS e CARNÍVOROS englo-bam uma categoria de animais que precisa ser mais bem definida. Auxilie-os fazendo-os pensar em questões que os aproximem dessas definições, como: A que termos remetem essas duas palavras? Que outros animais mamam quando pequenos? Ser carnívoro implica comer basicamente o quê? Se um animal não é carnívoro, o que mais pode ser? (Aqui vale uma explicação sobre herbívoros e onívoros.) O mesmo procedimento pode ser usado para definir ROEDORES. Ajude-os também a compreender o significado de outras palavras do texto, como ÁGIL e ALMOFADADA. Para isso, devem apoiar-se no contexto. Quando a discussão sobre o texto estiver terminada, as crianças devem fazer, em duplas, a atividade correspondente. Ao acabarem toda a tarefa, faça uma correção coletiva das respostas. No caso dos alunos não-alfabéticos, faça uma leitura compartilhada do texto, com pausas ao final de cada parágrafo para discutir com as crianças o que entenderam. Na realização das ativida-des, leia os enunciados com eles e deixe claro que informações precisam encontrar a cada exercício. Nesse caso, é interessante fazer com eles cada uma das questões, separadamente.

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87 Na atividade 1, os alunos trabalharão com um quadro numérico do 200 ao 299. Antes de eles a iniciarem, providencie um quadro como o apresentado nesta página e proponha alguns desafios para que os alunos se familiarizem com a operação. A atividade com o “número oculto” pode ser retomada.

Desafie os alunos a explicarem o que é um sucessor e um antecessor de um número. Nesse momento, o quadro numérico pode ser um excelente re-curso. Comece a atividade solicitando aos alunos que forneçam, por exemplo, o sucessor de determinado número. Em seguida, peça o antecessor desse

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mesmo número. Faça esse exercício oral com alguns números de forma que os alunos fiquem aptos a realizar a atividade 1.

Se preferir, escolha juntamente com eles os seis números que escreve-rão na atividade 3.

Sugerimos que você convide um dos funcionários entrevistado para que ensine uma brincadeira aos alunos. Antes da aula, porém, explique para a clas-se importância de todos se manterem atentos para compreender as regras e

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poder realizar o jogo. Estabeleça também com os alunos e com o convidado o melhor momento para colocar as dúvidas, se a cada regra informada ou ao término da explicação. Esta é uma situação muito interessante voltada para o desenvolvimento da linguagem oral. Nela, os alunos têm a oportunidade de aprender a ocupar o lugar de ouvintes para seguir instruções que, organiza-das, permitam realizar algo (no caso, jogar).

A brincadeira escolhida pode envolver um jogo já conhecido ou algum no-vo. No primeiro caso, é importante que os alunos acompanhem a explicação

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do convidado e, ao mesmo tempo, comparem as regras apresentadas com aquelas que conhecem. É comum que uma mesma brincadeira apresente re-gras diferentes, especialmente por sofrerem modificações ao longo do tempo. Nessa situação, oriente os alunos a ouvir, comparar e, no momento do jogo, colocar em prática as regras trazidas pelo convidado.

Explicado o jogo, compreendidas as regras, esclarecidas as dúvidas, é o momento de brincar. O convidado poderá participar da brincadeira, mas, caso não seja possível, seria interessante que acompanhasse parte de sua reali-zação, para esclarecer eventuais dúvidas.

Terminado o jogo, proponha aos alunos que façam uma avaliação: se as regras foram observadas, se a brincadeira deu certo e, no caso de já ser co-nhecida, se as regras apresentadas pelo convidado possibilitaram novos de-safios em relação à versão já conhecida.

Faça uma roda e “cante” com as crianças uma nova parlenda (QUEM CO-CHICHA, O RABO ESPICHA, COME PÃO COM LAGARTIXA). Verifique quem já a conhece e quem sabe alguma variação, pois algumas crianças podem apontar diferenças entre essa versão e outras (como QUEM COCHICHA O RABO ES-PICHA; QUEM RECLAMA, O RABO INFLAMA). Quando a tiverem memorizado, peça que leiam os versos escritos desordenadamente. Proponha o desafio de escreverem a parlenda na ordem correta, mas sem copiar. Quando termi-narem, oriente-as a conferirem suas escritas com o texto acima, corrigindo o que for preciso.

No caso dos alunos não-alfabéticos, proceda do mesmo modo, porém lendo os versos desordenados coletivamente e problematizando a escrita que produzirem.

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Nesta atividade, os alunos poderão resolver as operações por meio do cálculo mental ou de outro procedimento, como a decomposição e o uso da conta armada. Realize a primeira operação de forma coletiva, para que todos entendam o que deve ser feito. Se preferir, os alunos poderão trabalhar em duplas. A socialização das estratégias empregadas pelos alunos poderá ser um momento para conferir quais delas são mais utilizadas e, se for o caso, você deve aproveitar para investir numa estratégia mais econômica, como a decomposição e a conta armada. Já na atividade 2, o interessante é que a realizem individualmente, pois trocarão de livro com o colega da dupla.

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Esta atividade visa conscientizar os alunos para a importância da redução do consumo de água e também desenvolve as habilidades de leitura de grá-ficos e de textos. Para ajudá-los, sugerimos que ora você parta do texto e vá para a imagem, ora faça o contrário. Para o primeiro texto, comece com uma leitura geral; releia, parágrafo por parágrafo, explorando a compreensão dos alunos a cada um deles. Terminada a leitura, chame a atenção dos alunos para a imagem e proponha que procurem interpretá-la. No segundo texto, siga o processo inverso: explore o gráfico primeiro, deixe que exponham suas com-preensões e, em seguida, faça a leitura compartilhada do texto. Entre os dois

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textos há algumas perguntas em que se propõe que os alunos reflitam sobre o modo como utilizam a água. Antes da leitura, pergunte como os familiares realizam as tarefas abordadas. Faça uma reflexão sobre a importância de se economizar água e sobre a forma como cada um pode colaborar.

O trabalho com o Sistema Monetário é extremamente importante para os alunos, pois a maioria deles já faz uso de dinheiro. Na atividade 1, o objetivo é que os alunos relembrem ou conheçam as cédulas e moedas que circulam

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no Brasil. É um bom momento para escrever na lousa como o nosso dinheiro é grafado, o que significam o R e o $ que aparecem antes do valor, a vírgula e os números que vêm antes e depois dela. Desafie-os a colocarem os conhe-cimentos que já possuem sobre o nosso sistema monetário. Pode-se também solicitar aos alunos, como tarefa de casa, que tragam notas e moedas que não valem mais. Uma exposição desse tipo costuma ser muito interessante.

Na atividade 2, providencie, se possível, algumas moedas para que os alu-nos possam copiá-las, colocando-as sob uma folha e passando o lápis sobre

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elas. No caso das cédulas, há imitações em muitas lojas que podem ajudar e facilitar o manuseio das mesmas. Na atividade 3, você poderá desenhar a tabela na lousa e completá-la coletivamente. Se quiser contar um pouco sobre a história da moeda no Brasil, há informações disponíveis nos sites: <http://www.bcb.gov.br/?HISTDINBR> e <http://www.bcb.gov.br/?ORIGEMOEDA>.

A primeira criança da Ásia a ser estudada tem um modo de vida bastante diferente das crianças ocidentais: pertence ao povo beduíno, que preserva 93

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até hoje hábitos nômades. Além disso, como ocorre com outros povos árabes, o casamento não é monogâmico. Esses aspectos, em relação à moradia e à organização familiar, colocam os alunos frente à necessidade de observar tais diferenças, sem necessariamente considerá-las certas ou erradas.

As atividades propostas no Material do aluno têm o intuito de, a partir da leitura do texto inicial e de outro, cujo título é “A família”, evidenciar e discutir esses dois aspectos do modo de vida da menina estudada. No entanto, é pre-ciso cuidado no tratamento de algumas características culturais, em especial a poligamia paterna, para que não seja vista negativamente, dado que é um comportamento aceito e valorizado em vários povos de origem árabe.

A inclusão do verbete do dicionário no material visa ampliar o significado da palavra “nômade”. Além disso, também aproxima os alunos do uso dessa importante fonte de consulta. Sugerimos que, após a leitura, você pergunte aos alunos o significado de “nômade”, ajudando-os a perceber que no próprio texto há uma definição. Em seguida, leia o verbete e converse sobre aquilo que esse último texto traz a respeito do significado da palavra.

Após a discussão sobre nomadismo, proponha que os alunos leiam so-zinhos o texto a respeito da família de Sabah e conversem sobre o que en-tenderam, especialmente sobre as diferenças entre essa organização e a das famílias ocidentais. Solicite que identifiquem os membros da família de Sabah e os organizem em numa lista (não é preciso que escrevam o nome de todos, apenas o grau de parentesco). Faça uma leitura compartilhada do texto e anote os dados de Sabah no quadro comparativo, em que constam as informações sobre as crianças já estudadas.

Desenhe na lousa a tabela da sorveteria Sabores Frios para facilitar visu-almente a atividade que os alunos desenvolverão. Proponha alguns desafios antes de iniciarem a atividade propriamente dita, como, por exemplo, que eles observem a tabela e calculem: o valor de 5 sorvetes de frutas com duas bolas; quanto receberiam de troco se comprassem um sorvete de chocolate com 2 bolas e pagassem com uma nota de 5 reais; quanto dona Sílvia gas-taria se comprasse um sorvete de flocos, com uma bola, para cada um de seus 4 filhos.

Desafie os alunos a simularem a compra de dois sorvetes da tabela e calcularem quanto gastariam.

Socialize as respostas, observando as diferentes estratégias utilizadas.

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Quando o domínio do sistema alfabético de escrita é recente, é comum que as crianças grafem incorretamente as palavras com QUE ou QUI, usando o CE ou CI em seu lugar. Esse erro reflete o quanto a criança constrói seu conhecimento a partir de idéias sobre o funcionamento da escrita, e não absorvendo passi-vamente os dados da realidade. Quando comete esse erro, a criança apenas generaliza o princípio alfabético a todas as letras, ou seja, ela pensa que vale para todas as consoantes o seguinte princípio: associadas a vogais diferentes, uma consoante continua representando o mesmo fonema (a mesma unidade sonora): tanto no MA como no MI, a sonoridade representada pelo M é idêntica.

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No caso do C, essa regra não vale: quando combinada com A, O ou U es-sa letra representa um fonema diferente daquele que resulta da combinação do C com E ou I. É comum que a criança ignore essa regra. Muitas vezes, é preciso que se debruce sobre as palavras escritas com QU para compreen-der seu uso.

Para iniciar essa atividade, as crianças poderão fazer uma leitura com-partilhada da parlenda “Papai do céu”, que se encontra no Livro de textos do aluno. De forma a ampliar o repertório dessa manifestação cultural, proponha numa roda que elas relembrem o que já aprenderam sobre o assunto.

Feito isso, sugira que façam a leitura silenciosa da parlenda, pedindo-lhes que a leiam duas vezes. Depois, todos juntos, podem fazer uma vez mais a leitura compartilhada da mesma, e você pode ajudá-los a observar que esse é o tipo de parlenda que serve para fazer escolhas em brincadeiras, uma vez que termina com uma indicação (“quem vai ser o primeiro: é este daqui”).

A seguir, explique-lhes que lerão novamente o texto, mas adiante que há duas palavras escritas incorretamente e, por isso, estão em negrito. Peça-lhes que analisem essas palavras, descubram que tipo de erro apresentam e as reescrevam corretamente. A seguir, eles devem voltar ao Livro de textos do aluno e conferir se suas idéias estavam corretas ou não.

Observe que, neste caso, QUE/QUI estão escritos com CE/CI, e chame a atenção deles para o fato de que CE e CI pertencem à família do C apenas na grafia, não no som (CA, CO e CU têm som de /K/, mas CE e CI têm som de S). Explique-lhes que, quando queremos grafar o som /K/ com as vogais E e I, precisamos usar QU, cujas letras sempre aparecem juntas na escrita das palavras. Faça um levantamento oral e registre na lousa outras palavras com QUE e QUI ditadas pelas crianças, chamando a atenção delas para o modo de grafar corretamente o som de /K/ com as vogais E/I.

Depois de terem feito a análise dos casos da parlenda, de terem conver-sado sobre as diferenças sonoras e de grafia dessa questão ortográfica e de terem levantado um rol de outras palavras cuja escrita se refere a esse caso ortográfico, oriente-as para que escrevam apenas os nomes das figuras que têm os sons QUE e QUI nas linhas correspondentes.

No caso das crianças não-alfabéticas, faça uma leitura compartilhada da parlenda e, depois, na hora da escrita, agrupe-as em duplas de trabalho para que discutam de quais figuras escreverão os nomes e de que manei-ra. Para auxiliá-las, forneça palavras estáveis, como os nomes da turma ou palavras da rotina, que possam servir como referência e consulta. Como não costuma haver tantas palavras com QUE/QUI nesses grupos, você pode escrever outras ou solicitar às crianças que consultem a lista de palavras construída coletivamente e registrada na lousa.

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Para realizar a atividade 1, seria interessante que os alunos usassem “moe-das” feitas de papelão, ou mesmo moedas antigas com os valores atuais colados com etiquetas. Solicite aos alunos que tragam de casa moedas que não valem mais. Depois, proponha que as separem por tamanho e definam qual o tamanho para cada um dos valores de moedas que circulam no nosso país, lembrando que: circulam atualmente moedas de 1 real, 50, 25, 10, 5 e 1 centavos. Inicie a ati-vidade sugerindo aos alunos que componham 50 centavos com outras moe-das (exemplo: 2 moedas de 25 centavos = 50 centavos). Chame-os na lousa para demonstrar suas composições.

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Essa atividade poderá ser realizada individualmente ou em dupla. Socialize as diferentes composições encontradas. Na atividade 3, os alunos deverão ou-vir a leitura de como Marina explicou sua composição e procurar entendê-la.

Prosseguindo o estudo, a criança nesta aula será escolhida pelos alu-nos. No entanto, para que tenham mais elementos para isso, proponha que folheiem as páginas destinadas às crianças da Ásia e para cada uma ofereça informações gerais (nome, idade, país de origem), além de chamar a atenção

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para aspectos observáveis na foto (vestimenta, expressividade da criança). Tudo isso tem como objetivo garantir uma escolha mais rica, apoiada em diferentes aspectos, e não apenas na primeira impressão. Após a escolha, proponha que os alunos completem o solicitado no quadro proposto no Ma-terial do aluno.

A exploração dos demais aspectos da vida dessa criança serão estuda-dos a partir da leitura individual. Organize um momento em que cada aluno escolha um assunto para estudar, dentre os vários apresentados da página destinada à criança escolhida. Garanta, porém, que todos os assuntos sejam estudados por pelo menos um aluno da classe.

Se houver alunos que não dominem o funcionamento do sistema de escrita alfabético, agrupe-os com colegas que já tenham esse domínio, de modo que todos tenham acesso ao conteúdo de um dos assuntos abordados. Enquanto isso, circule entre as carteiras para ajudar aqueles que têm maior dificuldade na leitura ou para esclarecer dúvidas quanto ao significado dos textos.

Quando todos terminarem de ler, agrupe os que leram o mesmo assun-to (se houver) e organize a exposição oral do que aprenderam na leitura. É importante que, nesse momento, embora possam consultar o livro, façam o relato com suas palavras. Além do desenvolvimento da linguagem oral, esse encaminhamento tem o propósito de evitar que a atividade em questão se torne cansativa. No caso de haver mais de um aluno responsável por expor determinado assunto, um deles ficará encarregado de complementar a apre-sentação do outro.

Após essa exposição, cada aluno escolherá quatro assuntos, para escre-ver sobre cada um deles a informação que julgou relevante (um pode escre-ver sobre FAMÍLIA, ESCOLA, MORADIA e ALIMENTAÇÃO; outro pode escolher ESCOLA, CIDADE, FAMÍLIA e BRINCADEIRAS). Também nesse caso, aqueles que não escrevem convencionalmente podem contar com a ajuda de colegas que já dominam essa escrita. É interessante que ditem a informação sobre cada assunto para que o colega a escreva.

Para finalizar a aula, preencha o quadro com as informações gerais sobre essa criança.

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Antes de iniciar esta atividade, reúna as crianças em círculo e pergunte se sabem o que são adivinhas, se conhecem algumas etc. Explique a elas que, tal como as parlendas e os trava-línguas, as adivinhas passam de uma geração a outra pela tradição oral.

Esclareça que são em geral textos curtos, cujo objetivo é a descoberta de algo. Comente que, para decifrar uma adivinha, é importante sempre conside-rar as pistas que aparecem na pergunta e que uma resposta é a verdadeira quando atende a todos os requisitos da adivinha. Trabalhar com adivinhas é,

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ao mesmo tempo, preservar a cultura popular e também ajudar as crianças a estabelecer relações interessantes entre as informações e a realização de deduções pertinentes.

Para que possam realizar a atividade, peça que leiam apenas a primeira pergunta e as três respostas que aparecem como possíveis. Analise com elas cada uma das possibilidades e ajude-as a confirmarem ou não suas hipóteses. Por exemplo: calça sempre anda, mas tem pernas (e a pergunta afirma que o objeto a ser descoberto NÃO tem pernas). Somente quando to-das tiverem entendido, peça que pintem a resposta certa. As outras duas questões elas devem fazer sozinhas. Quando toda a classe tiver terminado, socialize as respostas encontradas, pedindo às crianças que justifiquem su-as opções.

No caso das não-alfabéticas, faça uma leitura compartilhada de perguntas e respostas e promova uma análise de cada resposta possível. Ajude-as tam-bém a buscar indícios de leitura em cada palavra da resposta (como a letra ou sílaba inicial, ou ainda, uma palavra estável que conheçam bem e possa servir de referência), para que possam encontrar e pintar a opção adequada.

Praticar o cálculo mental na escola é importante porque os alunos de-senvolvem suas próprias estratégias de cálculo e não ficam limitados a uma única forma. Além disso, estimula a compreensão do Sistema de Numeração Decimal. Por exemplo, quem decompõe mentalmente o número 123 em 100 + 20 + 3 mostra que compreende o princípio aditivo e o valor posicional do nosso sistema de numeração.

Ao praticar o cálculo mental precisamos, primeiro, observar os números que vão ser somados ou subtraídos, para, em seguida, escolher um proce-dimento vantajoso: somar ou subtrair os iguais? Apoiar-se no 10, no 100 ou no 1000? Decompor as parcelas e associá-las convenientemente? Usar um “número redondo”? Qual é o processo mais adequado? Além disso, às vezes, depois de escolhido um procedimento, percebemos que há outro melhor. Tudo isto estimula o raciocínio.

Há inúmeras razões que justificam o emprego do cálculo mental. Uma delas é que os alunos estimulados a efetuar o cálculo mental demonstram, em geral, mais segurança ao enfrentar situações-problema, bem como maior autonomia.

Na lista de operações da atividade 1, o professor deve ficar atento e ob-servar se os alunos percebem os pares das operações e como um cálculo pode ajudar no que vem a seguir. Veja o exemplo:

88 + 10 =

98 – 10 =

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Ao realizar o cálculo 88 + 10 = 98, o aluno poderá não perceber que o próximo cálculo é a operação inversa do primeiro. No momento de realizar a socialização, o professor não se manifestará até que um dos alunos tenha observado e fale como aproveitou o resultado de um cálculo para realizar o outro. Daí para a frente, informe que se trata da operação inversa e leve os alunos a encontrar outras operações inversas. Há diversas regularidades nas operações que devem ser socializadas.

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Para que possam compartilhar com outros colegas a brincadeira aprendi-da anteriormente, os alunos farão uma produção oral com destino escrito, ou seja, vão ditar o texto para que você escreva. É importante considerar que, mesmo que as crianças já dominem a escrita, o encaminhamento de produzir coletivamente um texto, contando com o professor como escriba, continua sendo uma proposta interessante pelos seguintes motivos:

A partir dessa situação, os alunos precisam refletir sobre a linguagem 1. mais adequada para se expressar. No caso dessa proposta, em que ela-

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borarão um texto instrucional, é importante que os alunos compartilhem idéias sobre como organizar o texto e a melhor forma de explicar cada uma de suas partes. Compor uma regra de jogo não é tarefa simples. Por essa razão, a troca entre os alunos é produtiva, pois permite que cada um aprenda com os colegas e com as intervenções do professor.

Enquanto você escreve, os alunos têm a oportunidade de observar algu-2. mas características da escrita que ainda não são dominadas por eles: os espaços entre as palavras, os sinais de pontuação que você utiliza, as mudanças de linha indicando inícios de novos parágrafos.

Os alunos acompanham as dificuldades e problemas que você enfrenta ao 3. escrever, desde dúvidas ortográficas, que podem ser compartilhadas com eles, até dificuldades relacionadas aos aspectos discursivos (que palavra usar no lugar de outra para evitar repetições, o que escrever primeiro para que o texto fique mais claro etc.).

Esse texto deverá ser escrito em um papel grande, que será afixado na lousa ou na parede, para que todos possam acompanhar sua escrita.

É importante que, a todo momento, você esclareça suas decisões. Por exemplo: “Agora vou escrever o título. Vou escrevê-lo no centro da página para que fique destacado do resto do texto”, “Vou iniciar outro parágrafo” etc.

É interessante que os alunos pensem em mais de uma forma de elaborar cada passagem do texto. Assim, poderão observar as diferentes possibilida-des que a linguagem escrita tem para exprimir um mesmo conteúdo.

Se tiverem duas redações explicando as regras do mesmo jogo, eles de-vem escolher a mais adequada.

À medida que o texto avança, é interessante que você proponha pausas para reler o que foi escrito até o momento. Essas pausas servem para avaliar a clareza do texto até aquele ponto e resolver problemas como os assinala-dos. No final da produção, o texto passará por uma última releitura, visando detectar problemas e aprimorá-lo, sempre com as sugestões dos alunos.

Após essa elaboração, o texto poderá ser enviado à classe dos colegas de outra turma, para que também aprendam a brincadeira.

Você pode iniciar a aula ensinando à turma quadrinhas que aprendeu quando criança e também socializando as que as crianças conhecem. Nesse dia, os alunos podem, como lição de casa, fazer uma pesquisa, investigando e colhendo quadrinhas que sua família sabe e, juntos, vocês podem montar um mural na classe para compartilhá-las.

Converse com as crianças e pergunte em que acham que as quadrinhas se aproximam das parlendas, das adivinhas e dos trava-línguas e registre es-

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sas descobertas na lousa. Esclareça que o nome “quadrinhas” faz referência à estrutura, composta sempre de quatro versos.

Proponha que as crianças leiam as que estão no Livro de textos do aluno. Todos poderão lê-las silenciosamente (os não-alfabéticos também podem fazer esse exercício com duas quadrinhas bem conhecidas: “Eu sou pequenininha” e “Sete mais sete são catorze” (pág. 46), pois, por se tratar de um texto de grande circulação social, terão mais recursos para fazer a leitura; quando ter-minarem, faça com eles uma releitura, agora compartilhada, orientando-os a acompanhá-lo apontando cada palavra lida em seu próprio livro).

Verifique se realmente a maioria da classe reconhece as quadrinhas ci-tadas e proponha a leitura silenciosa de outras duas que estão no Livro de textos do aluno: “Companheiro me ajude” (pág. 44) e “Você me chamou de feio” (pág. 46).

A seguir, peça que, em duplas, escolham uma quadrinha entre as qua-tro para escrever. Provavelmente isso suscitará uma boa discussão e é uma oportunidade ímpar de ajudar as crianças a se colocar no lugar do outro, ouvir e apresentar argumentos e fazer uma escolha que contemple não apenas o interesse de uma das pessoas da dupla.

Para que registrem a quadrinha escolhida, oriente os alunos a escrever um verso em cada linha. É interessante acompanhar de perto o andamento das discussões e também da escrita da quadrinha. Circulando pela classe, você pode fazer observações interessantes e garantir intervenções oportunas de acordo com o nível de escrita deles, o que é imprescindível tanto para os não-alfabéticos quanto para os demais alunos.

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Antes de os alunos iniciarem a resolução dos problemas oferecidos, pro-ponha alguns desafios para que relembrem o que é dobro e triplo. Você pode propor uma receita simples (salada de frutas) e solicitar que encontrem a me-tade dos ingredientes assinalados. É interessante observar como os alunos registrarão, por exemplo, a metade de 1 mamão. Ouça as diferentes opiniões, discuta-as com a classe e conclua com algumas das possibilidades: o uso da fração ½, a escrita meio mamão, o desenho ou outras formas. Os alunos poderão resolver os problemas individualmente ou em duplas. Socialize as estratégias utilizadas.

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Antes de ler a história, informe aos alunos o título do conto que você vai ler e verifique se já o conhecem, o que sabem do enredo etc. Depois, proponha a leitura compartilhada da história e peça que a acompanhem com o dedo. Ao terminar, discuta com eles por que o gato chamou seu dono de Marquês de Sacobotas e explore um pouco o enredo (Que artimanhas o gato armou? O que significa gato astuto? Quais eram as intenções do gato e por que tinha essa preocupação? Quais os problemas e o desfecho que a história traz?). Comente com as crianças que muitos dos contos que conhecemos foram escritos pelos irmãos Grimm. Peça-lhes que escolham no índice do Livro de

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textos do aluno outras histórias criadas por eles e façam uma leitura silencio-sa. Oriente-os depois a ler, silenciosamente, cada um dos títulos que se en-contra na atividade proposta no Material do aluno e peça que fiquem atentos para identificar as palavras que não correspondem aos títulos corretos das histórias. Explique-lhes que as palavras estão grafadas corretamente, porém os títulos estão alterados. Eles devem lê-los e corrigi-los, reescrevendo-os. A seguir, devem voltar ao índice e comparar suas escritas com a escrita correta dos títulos.

As crianças não-alfabéticas podem participar da leitura compartilhada e de toda a exploração do enredo. Para a realização da atividade proposta, leia os títulos tal como se encontram no Material do aluno, peça para que identi-fiquem as palavras trocadas em cada título e que digam o título correto. Em seguida, proponha que localizem no índice onde se encontra cada um des-ses títulos.

Nesse caso, os alunos farão uma leitura a partir de índices oferecidos pelas letras (a letra inicial ou final, as letras que compõem os nomes dos colegas).

Na atividade 1 o objetivo é que os alunos confirmem os conhecimentos que já possuem sobre a técnica da adição e da subtração. No momento em que analisarem uma conta armada à procura de erros, utilizarão os conhe-cimentos que já adquiriram, podendo ou não confirmá-los. Essa atividade propõe uma avaliação diferente dos conhecimentos que o aluno tem sobre a técnica operatória.

Antes de propor a atividade, escreva na lousa algumas operações com esses erros para que, coletivamente, os alunos os encontrem. A seguir, pro-ponha que, em duplas, realizem a atividade e, ao terminarem, comparem os erros que encontraram com outra dupla. É muito importante fazer uma socia-lização coletiva dos erros encontrados, de como escreveram esses erros e das operações refeitas.

Na atividade 3, os próprios alunos criarão uma operação com erros e trocarão com um colega para que um encontre o erro do outro. Sempre que o aluno tem oportunidade de assumir o papel de “professor”, ele costuma envolver-se muito e demonstrar bastante motivação.

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Nesta aula inicia-se a abordagem do último continente. Como das outras vezes, sugerimos que você conte com o apoio do mapa-múndi, ajudando os alunos a localizar nele a nova região. Como já referimos anteriormente, esse trabalho com os mapas visa aproximar os alunos da linguagem cartográfica, o que possibilitará que aprendam algumas das características dessa forma de representação geográfica.

Na seqüência proposta nesta aula, você fará a leitura compartilhada do texto principal. É interessante deixar um tempo para que os alunos compar-

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tilhem aquilo que compreenderam e coloquem suas dúvidas.

Propusemos uma atividade de escrita em que, a partir da leitura, os alu-nos fazem a listas dos países citados, separando-os por continente (Oceania e Sudeste Asiático). Para isso, você pode reler o texto para que eles localizem a parte em que se encontram os nomes. Ao localizar, dite o nome de cada país e ajude-os a encaixá-los na coluna adequada.

Encaminhe a leitura dos demais textos da página desta forma: leia um título ou descreva uma foto; os alunos devem localizar e ler o texto corres-pondente.

Antes de propor o início da atividade, explique aos alunos que farão a leitura de uma biografia. Pergunte-lhes se já ouviram os termos “biografia” e “autobiografia” e explique-lhes em que consistem esses tipos de texto.

Comente com eles que se pode escrever a biografia de qualquer pessoa, seja ela famosa ou não, e que eles poderão encontrar a biografia de outras pessoas no Livro de textos do aluno.

Oriente-os a lerem, silenciosamente, a biografia dos irmãos Grimm, e de-pois verifique o que entenderam. Garanta que compreenderam o significado da palavra “respectivamente” quando o texto diz o ano de nascimento de um e outro, e levante com eles quem foi quem, quem era mais velho, quem era mais novo, e como podemos ter certeza disso, já que o texto traz essa infor-mação de modo implícito; também é importante que observem que eles não criaram as histórias, apenas as recolheram da tradição oral de seu tempo, o que significa que as ouviram e registraram por escrito. A biografia dos irmãos Grimm está disponível em: <www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/cinema/dossier/cinderela/grimm_biografia.htm>.

Ao propor a realização das atividades, é interessante que, antes de iniciá-las, você explique bem cada questão: leia o enunciado de cada uma, explicite o que devem fazer e, no caso das duas primeiras, discuta com eles as informa-ções solicitadas. Depois, deixe-os fazerem os exercícios sozinhos, inclusive o de verdadeiro e falso, corrigindo-o apenas quando todos tiverem terminado.

Com as crianças não-alfabéticas, proponha, ao contrário de uma leitura silenciosa, a leitura compartilhada do texto. Leia-o, parágrafo por parágrafo, e vá discutindo as informações na medida em que aparecerem, garantindo que tenham compreendido bem todos os aspectos citados acima. Para que possam realizar as atividades propostas, acompanhe-as a cada exercício, lendo e explicando os enunciados; nas duas primeiras questões, estimule-as a escrever segundo suas hipóteses e leia com elas as afirmações de falso e verdadeiro, uma a uma, para que possam decidir a respeito.

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107 O trabalho com quadro numérico é retomado e, desta vez, o aluno terá como apoio apenas os números das laterais do quadro da atividade 1. A pro-posta é que ele encontre e escreva os números que fazem parte do caminho. Inicie coletivamente essa atividade desenhando o quadro na lousa, pois isto poderá dar segurança aos alunos para finalizarem-na com maior autonomia.

Na atividade 2, o aluno é desafiado a escrever como se lêem os números escolhidos por ele. Não deixe passar a oportunidade de trabalhar a escrita orto-gráfica desses números. Portanto, se preferir, faça coletivamente a escolha dos quatro números para que todos os escrevam por extenso. Isso facilitará e pro-

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porcionará uma discussão centralizada a respeito da escrita desses números.

Sugestão de atividade: O mesmo quadro numérico poderá ser utilizado num outro momento, em que os alunos, com lápis colorido, devem traçar um caminho e trocar de livro com um colega, de forma que um encontre os nú-meros do caminho do outro.

O objetivo aqui é promover a reflexão dos alunos sobre a escrita de pala-vras com GUE/GUI, sílabas muitas vezes confundidas com GE/GI. Para iniciar,

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faça uma leitura compartilhada da adivinha e das três respostas possíveis. Quando descobrirem a resposta, peça-lhes para colorir a alternativa correta.

Escreva a palavra CARANGUEJO na lousa, centrando a observação das crianças no GUE. Pergunte-lhes como se forma essa sílaba em particular e solicite que o ajudem a listar outras palavras que tenham GUE. Lembre-os da questão ortográfica estudada anteriormente (QUE/QUI) e pergunte que seme-lhanças vêem entre QUE e GUE. Ajude-os a deduzir que se isso acontece com QUE/GUE, é preciso verificar se ocorre o mesmo com QUI/GUI. Nesse mo-

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mento, escreva na lousa palavras com GUI ditadas pelas crianças e chame a atenção delas para o modo como são escritas. Estabelecer um paralelo QUE/QUI e GUE/GUI é interessante, pois ajuda as crianças a fazer associações pertinentes e generalizar a escrita de palavras com esses sons. Terminada a discussão, dirija a leitura dos alunos para o modo como alguém poderia se confundir ao escrever caranguejo sem o U (carangejo), e explore com eles co-mo se lê GE. Você pode fazer uma nova listagem na lousa, agora de palavras com GE/GI, e depois comparar com a lista de palavras com GUE/GUI feita anteriormente. Isso permitirá que as crianças observem, ao mesmo tempo, questões sonoras e de grafia. Finalmente, elas precisam escrever uma dica para orientar outra pessoa nessa questão, o que vai ajudá-las a elaborar uma conclusão sobre essa regra ortográfica. Quando todos tiverem acabado, pe-ça a alguns alunos que leiam, em voz alta, o que escreveram. A atividade de escrita proposta a seguir tem o objetivo de ajudar as crianças a sistematizar o que aprenderam. Avise a turma que há casos de GE/GI e QUE/GUI, moti-vo pelo qual devem ficar atentos. Quanto aos alunos que não escrevem de acordo com o princípio alfabético, faça a leitura compartilhada da adivinha e estimule-os a dar a resposta. Em seguida, proponha que localizem a palavra CARANGUEJO entre as três indicadas. Quando localizarem essa palavra, so-licite que justifiquem sua resposta (você pode perguntar: “Como você sabe que aí está escrita a palavra CARANGUEJO?”).

Proponha então a esses alunos, organizados em duplas, que escrevam as palavras correspondentes às imagens. Para facilitar, distribua as letras móveis.

Nesta atividade os alunos terão a oportunidade de rever e aprofundar con-teúdos que envolvem medidas de tempo: dia, semana, mês e ano. É importante que você tenha, sempre, um calendário mensal num local bem visível e que os alunos possam acompanhar cada dia de aula, observando as semanas, dias comemorativos e outras datas importantes como aniversários etc.

Na atividade 1, eles completarão um quadro vazio com os dias do mês. Num primeiro momento, guarde o calendário da classe para que os alunos possam tentar preencher o calendário mensal. Inicialmente, devem colocar o mês em que estamos e o ano, e só depois iniciarão a escrita dos dias (com algarismos).

Questione-os acerca de onde se deve colocar o número 1 para iniciar o mês. Ouça as hipóteses deles sobre o local para se iniciar o primeiro dia do mês e teste algumas delas. É interessante levá-los a observar qual o dia do mês e em que dia da semana estão.

Com o calendário preenchido, solicite que separem lápis vermelho, ama-relo, azul e verde e que marquem no quadro os dias pedidos. Peça aos alunos que leiam e pintem os dias solicitados na atividade 2. Esta atividade pode ser feita em duplas ou de forma coletiva.

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Escolhemos essa criança pela diferença que há entre ela e uma criança brasileira. É importante que os alunos tenham contato com tais diferenças, pois isso favorecerá o desenvolvimento de atitudes de tolerância e até de va-lorização dos diferentes modos de vida das pessoas, valores cada vez mais necessários no mundo atual.

Faça a leitura compartilhada do texto principal e sugira uma imagem ou título para que os alunos os localizem. Deixe a informação sobre a cabana onde Suchart dorme, o texto sobre os animais do templo e sobre a comida

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para que os alunos leiam sozinhos e escrevam uma informação sobre cada um desses assuntos. Aqueles que não dominam a escrita alfabética poderão trabalhar com outros que já o fazem, acompanhando a leitura. Para escrever, po-dem discutir o texto com o colega e escrevê-lo de acordo com suas hipóteses.

Oriente os alunos a realizarem a atividade 1 mas não dê nenhuma informa-ção antecipada. Eles poderão utilizar o calendário da classe como apoio. Fique atento para as indagações acerca do número de dias de um mês: 30, 31 ou me-

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nos? À medida que os questionamentos surgirem, proponha discussões coleti-vas. É importante que os alunos observem quais são os meses de 30 e 31 dias; qual é o mês que não tem nem 30, nem 31 dias; o que é um ano bissexto. Apro-veite para propor outros problemas, além dos da atividade 2, como: Quantas se-manas há em dois meses? Quantas quinzenas há em dois meses? E em quatro?

Para que os alunos possam realizar esta atividade, é preciso que retomem o que leram na biografia dos irmãos Grimm. Combine com eles três informa-

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ções importantes que deverão ser registradas, como por exemplo: esses es-critores eram alemães; escreveram histórias que pertenciam à tradição oral de seu tempo, logo não as criaram, apenas as recolheram e registraram; con-seguiram escrever aproximadamente 210 contos; seus contos são bastante conhecidos em todo o mundo, tendo sido traduzidos em muitos idiomas.

Concluído o levantamento das informações, explique aos alunos que de-verão reescrever os dados biográficos dos irmãos Grimm, ou seja, deverão expor as mesmas informações, porém com suas próprias palavras.

Para ajudá-los, solicite que falem como poderiam escrever determinada informação, socializando as idéias que surgirem. Isso vai auxiliá-los a ter mais referências de escrita em suas produções.

Informe que podem escrever à sua maneira, mas que isso não significa “de qualquer maneira”, uma vez que é necessário pensar em como escrever as palavras do melhor modo possível. Os não-alfabéticos também podem con-sultar as palavras estáveis que circulam na turma (como nomes dos alunos e palavras de rotina).

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Na atividade 1, os alunos devem ser estimulados a realizar as operações utilizando o cálculo mental. Somas e subtrações com 10 apresentam algu-mas regularidades que devem ser levantadas pelos alunos para que possam aproveitá-las em outros momentos. Promova uma discussão entre os alunos para que observem o que acontece quando somamos ou subtraímos 10 de um número. Aproveite o quadro numérico e proponha, após a discussão ou em outro dia, operações semelhantes para que os alunos resolvam-nas e as marquem no quadro.

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