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'O Planeamento do Lazer Ciclável na Ria de Aveiro: Projecto CICLORIA' J.C. MOTA, J. CARVALHO, G. RIBEIRO comunicação nas Jornadas da Ria - Universidade de Aveiro (2 de Maio 2011)

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Jornadas da Ria

(2-4 Maio 2011)

Departamento de Ambiente e Ordenamento -Universidade de Aveiro

O Planeamento do Lazer Ciclável na Ria de Aveiro: Projecto CICLORIA

J.C. MOTA, J. CARVALHO, G. RIBEIROSecção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas - Universidade de

Aveiro

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RESUMO

• Projecto CICLORIA, resultante de uma candidatura às Acções Inovadoras para a Acessibilidade e Mobilidade Urbana (POVT)

• Desenvolve-se na sequência de projectos semelhantes desenvolvidos na região (Murtosa Ciclável, BIORIA e Plano Municipal de Ecopistas de Ovar)

• Visa promover uma rede (física e imaterial), de dinamização da mobilidade ciclável com motivação de lazer e turismo na Ria de Aveiro, numa primeira fase dirigida aos municípios da Murtosa, Ovar e Estarreja

• Deseja contribuir para a aplicação do conceito de mobilidade sustentável como desafio de desenvolvimento local

• Experiência inovadora de planeamento territorial que utiliza a promoção da mobilidade ciclável com motivação de lazer e turismo como elemento de articulação disciplinar, territorial e institucional, de envolvimento colectivo e de valorização do conhecimento científico como elemento de qualificação da acção

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ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO

1. CONCEITO DE LAZER CICLÁVEL

2. CICLORIA – OBJECTIVOS, CONCEITO E METODOLOGIA

3. CICLORIA – ACTIVIDADES E RESULTADOS

4. CICLORIA – BALANÇO, DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

5. O FUTURO DO LAZER CICLÁVEL NA RIA

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1. CONCEITO DE LAZER CICLÁVEL

• O lazer e turismo ciclável mobiliza visitantes/turistas que se deslocam de bicicleta, em férias ou em lazer, de forma independente ou fazendo parte de viagens organizadas, que pode incluir o uso de outros transportes e recorrer a alojamento formal ou informal

• 2.8 mil milhões de viagens na Europa (26 milhões da quais correspondem a viagens de turismo) e um valor aproximadamente de 54 mil milhões de euros (DGIP 2009)

• Rede Europeia de Ciclovias – EuroVelo(que totaliza 66 mil Km, 75% dos quais jáconstruídos) atinja já 12.5 milhões de viajantes e um impacto económico de cerca de 4.4 biliões de euros

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2. CICLORIA – OBJECTIVOS, CONCEITO E METODOLOGIA

• Projecto foi criado para conceber uma programa de promoção e desenvolvimento da mobilidade ciclável com motivação de lazer e turismo nos municípios de Murtosa, Ovar e Estarreja

• Esforço de articulação disciplinar (ordenamento do território, mobilidade, desenvolvimento, ambiente, desporto, saúde e educação), de coordenação institucional (entre autarquias e com a administração central e regional), de envolvimento dos agentes sociais, económicos e das comunidades locais, e de valorização da utilidade social do conhecimento científico produzido sobre a região e os seus recursos

• Articula a ‘abordagem de construção social e relacional’ inspirada em HEALEY (1997), ideias de ‘promoção e valorização do conhecimento e na e mobilização dos agentes para uma acção colectiva’, baseadas em FRIEDMAN 1987)

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2. CICLORIA – OBJECTIVOS, CONCEITO E METODOLOGIA

• CicloRia é um esforço colectivo e colaborativo que envolve autarcas, investigadores, técnicos municipais, agentes locais e comunidades pela promoção da mobilidade ciclável e pela valorização dos recursos territoriais, competências e saberes (culturais e sócio-económicos)

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3. CICLORIA – ACTIVIDADES E RESULTADOS

Questões críticas:

• Aprendizagem com Experiências (Nacionais e Internacionais)

• Rede Ciclável • Dinamização Social • Dinamização Económica• Valorização do

Conhecimento para animação e qualificação da fruição das Ciclovias e da Ria de Aveiro

• Comunicação

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APRENDIZAGEM COM EXPERIÊNCIAS (NACIONAIS E INTERNACIONAIS)

marcos• Conferência internacional sobre

Lazer Ciclável, 6 NOV 2009

• Visitas a Madrid, Barcelona e Sevilha para recolher informação sobre boas práticas internacionais (Conferência Europeia das ‘Vias Verdes’, Madrid, 10 a 12 Junho 2010; Conferência ‘Cycle and Walking’, Girona, 7, 8, 9 e 10 Outubro 2010; Conferência Velo City, em Sevilha)

• Visita organizada das autarquias e da Universidade de Aveiro à Via Verde de Girona(http://www.viesverdes.org/), um dos Estudos de Caso que a equipa técnica está a aprofundar

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APRENDIZAGEM COM EXPERIÊNCIAS (NACIONAIS E INTERNACIONAIS)

aprendizagens• as Vias Verdes apresentam duas tipologias

fundamentais: vias de curta/média distância (menos de 100Km) e de longa distância -750Km

• as características mais importantes das vias cicláveis são a segurança (passagem em zonas de baixa densidade de tráfego), fácil utilização (bem sinalizadas), variedade de percursos e disponibilidade de alojamento/’catering’(serviços de apoio);

• o turismo ciclável traz vantagens significativas aos aglomerados que hoje em dia não beneficiam do desenvolvimento turístico ‘mainstream’ (despesa do turista ciclável ésemelhante à do visitante normal e tem a vantagem de ser realizada na área por onde passa o percurso ciclável, o que, dependendo da natureza das cadeias de fornecimento existentes, irá circular nas economias locais por mais temp)

• o investimento em infra-estruturas cicláveis éum investimento ‘low-cost’ (sobretudo se forem potenciados os caminhos rurais existentes);

• A necessidade de aprofundamento de conhecimento

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REDE CICLÁVEL

marcos• Rede Projectada tem cerca 175 Km

de extensão; • Dois eixos principais, a Linha Praias

e a Linha Nascente, sendo servida por eixos de acesso transversais e complementada por percursos de âmbito local;

• [intenção] Traçado foi concebida para revelar o património paisagístico, ambiental (fauna, flora) e cultural; potenciar o conhecimento científico disponível; aproveitar os recursos existentes nos aglomerados urbanos; articular com outros modos de transporte, nomeadamente colectivos; potenciar a actividade de lazer e turismo; e incitar à utilização da bicicleta nas deslocações quotidianas.

• Aproveitar caminhos existentes

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REDE CICLÁVEL

aprendizagens• Organização de passeios-teste com

diferentes grupos alvo (empreendedores, estudantes, profissionais da área da mobilidade) para auscultação de opinião sobre potencial e limitações do projecto, para ouvir sugestões de melhoria e para estimular iniciativas (investimentos, visitas, actividades,…);

• Percurso médio para uma manhã de passeio (20 km, com uma paragem intermédia);

• Sem um transporte de apoio as visitas estão condicionadas a percursos circulares.

• Não é necessário preparação física para realizar o percurso sem dificuldade.

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REDE CICLÁVEL

• Disponibilização de bicicletas de uso colectivo, com as seguintes características base: durabilidade; fácil identificação (sem que exija modelo próprio); “caixa” de 3 velocidades; diferentes dimensões, não esquecendo os mais novos; diversos complementos, nomeadamente protecção para a corrente, cesto na parte da frente, luz dianteira, cadeado; diversos acessórios, como sejam cadeira de criança ou atrelado, capacete, bomba de ar.

• Sistema de Utilização Colectiva de Bicicletas em zonas de baixa densidade (‘novo conhecimento’)

• Concepção e disponibilização de um dispositivo electrónico móvel que poderá ser utilizados por ciclistas, com bicicletas colectivas ou próprias, e que visa, em simultâneo, fornecer apoio, animação e segurança aos utilizadores e constituir uma base informativa para futuros utilizadores e para a gestão e melhoria da Rede

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DINAMIZAÇÃO SOCIAL

• Programa Pedagógico para a Mobilidade Ciclável no Projecto Educativo de cada escola - Oficina na Escola

• Concurso Escolar – Pedalar XXI

• Envolvimento dos agentes locais e Festival Ciclável da Ria de Aveiro, evento de divulgação do projecto, das potencialidades da região e como elemento de mobilização colectiva em torno desta aposta

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DINAMIZAÇÃO SOCIALPROGRAMA PEDAGÓGICO – OFICINA ESCOLA

• [Objectivos] instrumento que integre a temática da bicicleta nos conteúdos pedagógicos, introduzindo objectos do quotidiano nos exercícios curriculares; aumente o interesse e o envolvimento dos alunos com as disciplinas e por conseguinte com a escola e com o meio envolvente;

• Experiências de actividades com alunos do Ensino Básico e Secundário:

– Na sala de aula – a bicicleta e a saúde

– No recreio – Os Cientistas da Bicicleta

• Cooperação inter-escolas no âmbito do projecto pedagógico.

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DINAMIZAÇÃO SOCIALCONCURSO PEDALAR XXI

• Ano zero• Promover a utilização da bicicleta como

meio de deslocação suave, através do envolvimento em actividades de projecto que façam uso de princípios relacionados com sensibilização rodoviária, sócio-cultural, ambiental e de saúde; estimular o gosto pela experimentação e promover hábitos de cidadania; envolver a comunidade escolar e local;

• [3.º Ciclo] Avaliar a Pegada Ecológica da escola e elaborar uma carta de intenções, com vista à melhoria da Pegada Ecológica no que se refere àsecção da mobilidade

• [Ensino Secundário] Fazer um percurso de bicicleta (casa- escola ou escola- local público), identificando os obstáculos e/ou facilidades encontradas ao longo do percurso (com registo vídeo e/ou fotografia comentado)

• Apoios (institucionais e privados)

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DINAMIZAÇÃO SOCIALFESTIVAL CICLÁVEL

• Festival Ciclável da Ria de Aveiro, evento de divulgação do projecto, das potencialidades da região e como elemento de mobilização colectiva em torno desta aposta

• Envolvimento diversificado de agentes: Cenário (recuperação de embarcações), Amigos do Cáster(ambiente); Pierrots (lagarta de bicicletas), OriEstarreja (orientação e BTT), Ventos da Ria (música tradicional portuguesa), Associação de Caçadores e Pescadores de Avanca, Rotaract Club de Estarreja, Nortada (empresa desportos aquáticos)

• 10/12 de Junho 2011

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DINAMIZAÇÃO ECONÓMICA

• Plataforma para a Valorização Económica da Bicicleta, que junta os municípios (administradores do território) e parceiros ligados àprodução industrial da bicicleta, ao desenvolvimento do sector das TICE, e ao conhecimento científico relativo àtecnologia, ao planeamento do território e da mobilidade e à economia;

• Iniciativas de promoção do empreendedorismo (Outubro 2010), em colaboração com a Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro (UA): passeio de empresários na área de intervenção e brainstorming de discussão de ‘ideias de negócio sobre Mobilidade Ciclável’; eventualmente lançar um concurso de ideias com a Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro.

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VALORIZAÇÃO DO CONHECIMENTOPARA ANIMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DA FRUIÇÃO DAS CICLOVIAS E DA RIA

• Sistematização, organização e valorização do conhecimento científico produzido sobre vários elementos da Ria de Aveiro e sobre o seu potencial para qualificação e animação da mobilidade ciclável de lazer no seu território

• Como potenciar desenvolvimento conhecimento (propostas diferentes);

• Desencontro de opiniões e um novo consenso em torno de um caminho (construção social – avanços e recuos);

• Encontro de Operadores Turísticos para definição de produtos a explorar e identificação de necessidades dos mesmos. Com a presença de: Operadores, Turismos do Centro, Municípios, Investigadores, …

• Definição de Formatos para Disponibilização de Informação sobre a Ria e os percursos Cicláveis. Ex: Guia, Panfletos Temáticos,

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COMUNICAÇÃO

• Informação sobre o projecto para criar condições para uma identificação e apropriação pelas comunidades e agentes locais (gerar e alinhar dinâmicas sócio-económicas); Auscultação de sugestões/críticas ao seu desenvolvimento;

• Conferência inicial• Blog (conferência, projecto)• Novo site

• Reuniões com agentes locais (dos diversos projectos)

• Newsletter (2)• Facebook

• Folhetos e desdobráveis

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4. CICLORIA – BALANÇO, DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

Relevância• Parceria entre três municípios e universidade • Construir em cima de projectos bem

sucedidos;• Mobilidade ciclável de lazer como uma

oportunidade de conhecimento dos potenciais e atractivos da região;

• Orientado para públicos-alvo fundamentais –estudantes e turistas

• Mobilizar os saberes científicos (Universidade de Aveiro), tecnológicos (instituições e empresas da região), empíricos (agentes locais);

• Estimula criação de serviços tecnológicos• Cria percursos em rede, que aumentem a

atractividade do projecto e o potencial de crescimento

• Estimula o envolvimento dos agentes locais na animação cultural e o envolvimento das escolas na construção dos projectos pedagógicos interdisciplinares,

• Pretende gerar a criação de empresas que forneçam serviços para apoiar o sistema ciclável

• Valoriza a ligação internacional do projecto

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4. CICLORIA – BALANÇO, DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

Resultados• aprofundamento do trabalho de articulação

institucional• criação de redes internacionais• fortalecimento de relações institucionais com

parceiros ligados ao tema (INOVARIA, ABIMOTA, INVESFER)

• definição da rede ciclável do CICLORIA e sua articulação com o Polis Ria de Aveiro

• desenvolvimento de um dispositivo tecnológico móvel (produzido através dum projecto I&D do DECA – UA) em articulação com um site;

• a mobilização das comunidades escolares na construção do programa educativo;

• conceito inovador de festival ciclável (itinerância e articulação entre saberes/competências externas e locais);

• esforço de estímulo para a criação de novas áreas de negócio ligados à mobilidade ciclável (e futuro concurso de ideias);

• mobilização e articulação de saberes científicos para qualificação e animação lúdico-científica dos percursos (aumentar utilidade social do conhecimento científico).

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4. CICLORIA – BALANÇO, DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

Dificuldades• o significativo número de

empreitadas/serviços externos; • a carga de procedimentos

administrativos que suportam qualquer iniciativa de contratação pública;

• lentidão dos procedimentos administrativos e suas consequências no processo técnico;

• o facto dos procedimentos terem de ser feitos em triplicado;

• receio de comunicação do projecto (em andamento) e divulgação de resultados preliminares;

• dificuldades de mobilização dos agentes locais (mudança de agenda);

• atrasos e dificuldades técnicas (concepção do site,…).

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5. O FUTURO DO LAZER CICLÁVEL NA RIA DE AVEIRO

• uma rede ciclável com grande qualidade ambiental e funcional, inserida numa rede mais vasta, nacional e europeia (talvez integrada na Rede EuroVelo);

• o Festival Ciclável da Ria de Aveiro com impacto nacional, pelo menos para os utilizadores de bicicleta;

• uma dinâmica económica multiplicativa, articulando tradição com conhecimento científico, apoiada na Plataforma para a Valorização Económica da Bicicleta;

• uma organização intermunicipal para o Lazer Ciclável, com atitude estratégica, inovadora e integradora, conseguindo ser eficaz e eficiente;

• a Sub-Região de Aveiro reconhecida nacional e internacionalmente como referência de Lazer Ciclável.