PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA ROTINA NA … PNAIC CEAD UFOP Unidade … · PLANEJAMENTO E...

PLANEJAMENTO E ORGANIZAPLANEJAMENTO E ORGANIZA ÇÇÃO ÃO DA ROTINA NA ALFABETIZADA ROTINA NA ALFABETIZA ÇÇÃOÃO

UNIDADE 2UNIDADE 2ANO 3ANO 3

Fevereiro de 2013

O planejamento do ensino na

alfabetização é o tema principal dessa

unidade. Serão foco das reflexões temas,

como:

••a rotina no ciclo da alfabetizaa rotina no ciclo da alfabetizaçção, ão,

••a integraa integraçção entre os diferentes ão entre os diferentes

componentes curriculares no cotidiano componentes curriculares no cotidiano

das criandas criançças, as,

••os recursos didos recursos didááticos na prticos na práática tica

alfabetizadoraalfabetizadora.

Objetivo:

A prática docente, na realidade, resulta das concepções

acerca do que se deve ensinar, que se baseia tanto em

documentos curriculares, quanto dos textos de estudo,

participação em situações de formação, quanto das

próprias experiências vivenciadas pelo professor; dos

conhecimentos sobre os conteúdos escolares; dos

resultados da avaliação acerca do que os estudantes

sabem; das concepções sobre quais são as melhores

estratégias de ensino, dentre outras.

Aprofundando o tema:Planejamento do ensino: princPlanejamento do ensino: princíípios didpios didááticos e modos de ticos e modos de

organizaorganizaçção do trabalho pedagão do trabalho pedagóógicogicoTelma Ferraz LealTelma Ferraz Leal

Juliana de Melo LimaJuliana de Melo Lima

Princípios subjacentes às aulas:

(1)Ensino reflexivo (1)Ensino reflexivo – as professoras estimulavam as crianças a refletir sobre os conhecimentos, evitando situações em que os conhecimentos eram simplesmente transmitidos por elas;(2)ensino centrado (2)ensino centrado na problematização – as professoras planejavam atividades em que as crianças eram desafiadas a resolver problemas diversos; havia desafios que motivavam as crianças a querer aprender;(3)ensino centrado na intera(3)ensino centrado na intera çção em pares ão em pares – as professoras priorizavam situações em que a aprendizagem se dava por meio da interação em grandes grupos, em pequenos grupos, em duplas; as atividades individuais sempre culminavam em momentos de socialização e discussão;(4)ensino centrado na explicita(4)ensino centrado na explicita çção verbal ão verbal – as crianças eram estimuladas a falar sobre o que pensavam, a responder perguntas;elas não tinham medo de errar porque sabiam que podiam dizer o que pensavam sem passar por constrangimentos; entendiam que todos estavam aprendendo;

Princípios Subjacentes das Aulas:

(5)favorecimento da argumenta(5)favorecimento da argumenta çção ão – as crianças eram estimuladas a expor e justificar suas opiniões; os diferentes pontos de vista na sala de aula eram confrontados; as professoras valorizavam as posturas de respeito, mas com explicitação das diferentes possibilidades de pensar sobre os conhecimentos;

(6) sistematiza(6) sistematiza çção dos saberes ão dos saberes – as professoras realizavam atividades de sistematização dos conhecimentos ensinados; havia momentos de sínteses em relação aos conhecimentos acumulados, seja por meio de exposições breves, seja por meio de registro coletivo das aprendizagens realizadas;


(7)valoriza(7)valoriza çção dos conhecimentos dos alunos ão dos conhecimentos dos alunos – as docentes frequentemente realizavam atividades para saber o que as crianças pensavam sobre os conteúdos que estavam sendo ensinados; utilizavam tais conhecimentos para planejar as atividades e como ponto de partida nos momentos de resolução de problemas; as professoras estimulavam as crianças a expor seus conhecimentos, valorizando o que elas diziam; investiam também no aumento da autoestima das crianças;

(8)incentivo (8)incentivo àà participaparticipa çção dos alunos ão dos alunos – as professoras se dirigiam às crianças quando percebiam que elas estavam apáticas, sobretudo as crianças mais tímidas ou que não tinham iniciativa de participação nas atividades;


(9)diversifica(9)diversifica çção de estratão de estrat éégias didgias did ááticas ticas – as professoras realizavam vários tipos de atividades para contemplar um determinado conteúdo; elas diversificavam tanto os recursos didáticos quanto as atividades;

(10)ensino centrado na progressão (10)ensino centrado na progressão – as docentes contemplavam um mesmo conteúdo em aulas diferentes, aumentando o grau de dificuldade.

- os conteúdos eram importantes para a vida;- as atividades eram boas;- havia vários tipos de atividades;- a ordem das atividades era interessante;- os assuntos trabalhados em uma aula também eram ensinados em outras aulas;- alguns assuntos eram de duas “matérias” (componentes curriculares);- as atividades não eram muito difíceis;- a professora ajudava a realizar a atividade;- a professora explicava “direito”;- os textos eram bons;- a professora percebia se a turma estava aprendendo;- conseguiam aprender.

Os Estudantes Disseram que Gostavam das Aulas Quand o:

Alguns Exemplos do Que as Crianças Diziam:

Os depoimentos das crianças mostram

que elas estavam atentas ao que era

feito em sala de aula e que, como a

prática pedagógica foi realizada de

modo sistemático, organizado,

dinâmico, as crianças se envolveram e

foram capazes de monitorar suas

próprias aprendizagens.

Desse modo, a melhoria da

prática pedagógica envolve, por

um lado, a ampliação contínua

dos conhecimentos, mas

também o desenvolvimento de

modos de interagir com os

alunos.

Algumas formas de organização têm

sido mais recorrentes nos dias atuais,

como, por exemplo:

atividades permanentes,atividades permanentes,

sequências didsequências didááticas, ticas,

projetos didprojetos didááticos.ticos.

Diferentes modos de organização do trabalho pedagógico

Discutindo atividades permanentes, Vieira e

Fernandes (2010, p. 109) argumentam que

““por ser a escola, por ser a escola, ààs vezes, o s vezes, o úúnico espanico espaçço o

onde algumas crianonde algumas criançças terão oportunidade de as terão oportunidade de

acesso a livros, acesso a livros, éé importante favorecer este importante favorecer este

acesso e procurar conhecer bem o acervo da acesso e procurar conhecer bem o acervo da

biblioteca escolarbiblioteca escolar””..

Diferentes modos de organização do trabalho pedagógico

No componente curricular Língua Portuguesa, os

direitos de aprendizagem são organizados em

quatro eixos centrais:

leitura, leitura,

produproduçção de textos escritos, ão de textos escritos,

Linguagem oral e Linguagem oral e

ananáálise lingulise linguíística.stica.

Rotina na alfabetização: integrando diferentes

componentes curriculares (Pág.15 – leitura colaborativa)

Telma Ferraz Leal

Juliana de Melo Lima

No eixo da leitura, três dimensões interligadas

precisam ser enfatizadas:

a dimensão sociodiscursiva; a dimensão sociodiscursiva;

o desenvolvimento de estrato desenvolvimento de estratéégias de leitura; gias de leitura;

o domo domíínio dos conhecimentos lingunio dos conhecimentos linguíísticos.sticos.

Rotina na alfabetizaRotina na alfabetizaçção: integrando diferentes componentes curricularesão: integrando diferentes componentes curriculares

A dimensão sociodiscursiva:A dimensão sociodiscursiva:

está relacionada mais diretamente com os

aspectos da interlocução, ou seja, o trabalho

voltado para o reconhecimento dos

proppropóósitossitos para os quais os textos foram

produzidos, os destinatos destinatáários rios prováveis desses

textos, os espaos espaçços sociais os sociais onde os textos

circulam, dentre outros.


Eixo Leitura

A segunda dimensão: desenvolvimento de A segunda dimensão: desenvolvimento de

estratestratéégias cognitivas. gias cognitivas.

Saber antecipar sentidos, elaborar

inferências,

estabelecer relações entre partes do texto,

monitorar o processo de leitura, verificando

se o que está sendo compreendido “faz

sentido”, dentre outras estratégias, são

essenciais para lidar com os textos.


Eixo Leitura

A terceira dimensão: conhecimentos

linguísticos:

Englobam o funcionamento do sistema

alfabético, o domínio das correspondências

entre letras e grupos de letras e fonemas e de

algumas convenções ortográficas e

conhecimentos sobre outros aspectos

gramaticais que ajudam na constituição dos

sentidos, como pontuação e paragrafação.


Eixo Leitura

No eixo da de produção de textos escritos, três

dimensões também podem ser destacadas:

a dimensão sociodiscursiva; a dimensão sociodiscursiva;

o desenvolvimento das estrato desenvolvimento das estratéégias de gias de

produproduçção de textos; e ão de textos; e

o domo domíínio dos conhecimentos lingunio dos conhecimentos linguíísticos.sticos.


Em relação à dimensão sociodiscursiva,

mais diretamente relacionada às interações

estabelecidas, podem-se destacar as

reflexões acerca do contexto de producontexto de produçção ão de

textos, ou seja, os propos propóósitos sitos para a escrita

do texto, os destinatos destinatáários rios para os quais o

texto está sendo produzido, os espaos espaçços de os de

circulacirculaççãoão do texto etc.


Eixo Produção de Textos Escritos

O desenvolvimento das estratdesenvolvimento das estratéégias de gias de

produproduçção de textos ão de textos abrange desde as

estratégias de planejamento global dos

textos, quanto as de planejamento em

processo, revisão em processo, avaliação e

revisão posterior do texto.



O domO domíínio dos conhecimentos lingunio dos conhecimentos linguíísticossticos

diz respeito aos conhecimentos sobre o

sistema alfabético e convenções ortográficas,

mas também a outros conhecimentos

linguísticos que ajudam a construir sentidos

nos textos, como o estabelecimento de

coesão textual, pontuação, paragrafação,

concordância.



No eixo da oralidadeoralidade, quatro dimensões

principais podem ser contempladas, como foi

discutido por Leal, Brandão e Lima (2011), ao

analisarem livros didáticos:

valorizavalorizaçção dos textos de tradião dos textos de tradiçção oral; ão oral;

oralizaoralizaçção do texto escrito; ão do texto escrito;

relarelaçções entre fala e escrita;ões entre fala e escrita;

produproduçção e compreensão de gêneros orais.ão e compreensão de gêneros orais.


Por fim, no que se refere àà ananáálise lingulise linguíísticastica, as

dimensões são:

••CaracterizaCaracterizaçção e reflexão sobre os gêneros e suportes ão e reflexão sobre os gêneros e suportes

textuais; textuais;

••reflexão sobre e uso de recursos lingureflexão sobre e uso de recursos linguíísticos para sticos para

constituiconstituiçção de efeitos de sentido em textos orais e ão de efeitos de sentido em textos orais e

escritos, incluindo a aprendizagem das convenescritos, incluindo a aprendizagem das convenççõesões

••gramaticais; gramaticais;

••domdomíínio do sistema alfabnio do sistema alfabéético e norma ortogrtico e norma ortográáfica; e fica; e

ensino de nomenclaturas gramaticais.ensino de nomenclaturas gramaticais.


A defesa de que o trabalho centrado nos gêneros discursivos

é um caminho profícuo para a ampliação do grau de

letramento dos alunos decorre da perspectiva bakhtiniana

que evidencia que “cada esfera de utilização da língua

elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados”

(BAKHTIN, 2000; p. 279). Nessa perspectiva, os gêneros

circulam na sociedade. IntroduzindoIntroduzindo--os na escola, os na escola,

fazemos com que o que se ensina na escola seja fazemos com que o que se ensina na escola seja

mais claramente articulado ao que ocorre fora dela.mais claramente articulado ao que ocorre fora dela.


Os gêneros textuais como objetos de ensino

e como instrumentos de interação

As reportagens impressas em jornais, por exemplo, veiculam

muitos conceitos matemáticos, tanto na seção de economia,

quanto em outras seções. Uma reportagem sobre uma

epidemia em um país, por exemplo, pode fazer circular,

além dos conhecimentos biológicos, conhecimentos sobre o

clima e a vegetação do país, conceitos matemáticos, como

estimativa e dados estatísticos. Uma biografia pode conter

informações sobre fatos históricos, sobre expressões

artísticas de uma época, dentre outros.


Os gêneros textuais como objetos de ensino

e como instrumentos de interação

Concebemos, assim, que é preciso promover

situações variadas que contemplem os quatro eixos

citados anteriormente: leitura, produção de textos

escritos, oralidade e análise linguística, de modo

integrado aos diferentes componentes curriculares,

atendendo aos princípios didáticos discutidos

anteriormente. Para isso, é fundamental planejar o

ensino, variar os modos de organização do trabalho

pedagógico, criar rotinas escolares.


Exemplo de Rotina Possível Em Uma Turmade 3º Ano do Ensino Fundamental:

COMPARTILHANDO: pCOMPARTILHANDO: p áág. 24 a 39 (vide ano1)g. 24 a 39 (vide ano1)

APRENDENDO MAIS: pAPRENDENDO MAIS: p áág. 40 e 41g. 40 e 41

APRENDENDO MAIS: pAPRENDENDO MAIS: p áág. 42g. 42

Caro Orientador de Estudos:

No final de cada ano você encontrará

Sugestões de atividades para os encontros em Sugestões de atividades para os encontros em

grupo.grupo. Apresentamos agora as sugestões do

ano 3 desta unidade para exemplificar como as

demais foram organizadas e estruturadas nos

anos anteriores.

11ºº momento (4 horas)momento (4 horas)

Tarefas (para casa e escola):Tarefas (para casa e escola):

22ºº momento (4 horas)momento (4 horas)

Obrigado!Formadores do Polo Poços de Caldas

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