Plano de 5 anos: 2006-2011

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O Plano de Cinco Anos 2006–2011 Resumo de Realizações e Aprendizagem CENTRO MUNDIAL BAHÁÍ

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O Plano de Cinco Anos2006–2011

Resumo de Realizaçõese Aprendizagem

O Plano de C

inco Anos 2006

–2011 Resum

o de Realizações e Aprendizagem

BAHÁ’Í

CENTRO MUNDIAL BAHÁ’Í

O Plano de Cinco Anos2006–2011

Resumo de Realizações e Aprendizagem

Preparado sob asupervisão do

Centro Internacional de Ensino

Centro Mundial Bahá’í

C!"#$% &'"()*+ ,*-.’/Setembro de 0122

Fotos da capaAcima à esquerda: Uma reunião devocional em Toronto, CanadáAcima à direita: Uma aula de crianças em Nedrini, PanamáAbaixo à esquerda: Dois amigos em um círculo de estudo em Yasothon, TailândiaAbaixo à direita: Pré-jovens em Mulanje, Malawi

Conteúdo

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

I Avançando o Processo de Entrada em Tropas . . . . . 3

Iniciando Programas de Crescimento . . . . . . . . . . . . 4

Aumentando a Intensidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Avançando as Fronteiras da Aprendizagem . . . . . . . . 04

Melhorando a Capacidade Administrativa . . . . . . . . 56

II Desenvolvimento Social e Econômico . . . . . . . . . . 78

III Relações com Governos, Sociedade Civil e o Público . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

IV Realizações no Centro Mundial Bahá’í . . . . . . . . 43

Notas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

Introdução

1

A COMUNIDADE BAHÁ’Í iniciou o Plano de Cinco Anos no Rid. ván de 0114 com uma visão clara do que se haveria

de realizar nos cinco anos seguintes. O novo Plano clamava pelo aumento do número de programas intensivos de crescimento dos cerca de 511 existentes na época a não menos de 2.311. Essa multiplicação por cinco representava uma tarefa prodigiosa, mas a comunidade recebeu, das palavras da Casa Universal de Justiça, a con-9ança de que “O caminho à frente é claro”.2 A Casa de Justiça explicou que “os elementos exi-gidos para um esforço conjunto visando infundir nas diversas regiões do mundo o espírito da Revelação de Bahá’u’lláh cristalizou-se em um marco para a ação que precisa, agora, ser apenas explorado”.0

Um número signi9cativo de crentes, em cen-tenas de agrupamentos, havia compreendido os pré-requisitos do crescimento sistemático e estava pronto para implementar a estrutura de ação em mais e mais agrupamentos em seus países. Os amigos logo perceberam que para alcançar 2.311 programas intensivos de crescimento eles precisariam “reforçar sua determinação e seguir avante, com a força total de suas energias”.5 E realmente o alcançaram. De modo notável, a comunidade bahá’í ultra-passou a meta dos 2.311 programas intensivos de crescimento em apenas quatro anos, tendo estabelecido 2.384 até o Rid. ván de 0121. A Casa de Justiça referiu-se a isso como uma “impres-sionante realização”,7 uma “notável vitória”,3 e expressou seu “profundo senso de orgulho e gratidão”,4 não tanto pela proeza numérica, mas por causa de “uma combinação de desenvolvi-mentos no mais profundo nível de cultura, a que estas realizações dão testemunho”.8

Anos antes, a Casa de Justiça havia escrito que o instituto de treinamento era o “fator

principal”6 da mudança na cultura da comuni-dade bahá’í. Durante este Plano, os institutos continuaram a conduzir um número crescente de amigos através da sequência de cursos e para “dotar os participantes de destrezas e habilidades [para o] serviço”.: Entendeu-se que o contínuo desenvolvimento de recursos humanos era fun-damental para estabelecer programas intensivos de crescimento em todos os agrupamentos prio-ritários. Entre 0114 e 0122, o número de amigos que completaram cursos do instituto cresceu significativamente em todos os níveis. Mais de 251.111 indivíduos completaram o Livro 2 do Instituto Ruhi, elevando o total mundial a 583.111. Uma quase duplicação na quantidade de professores de aulas para crianças elevou o total para quase 271.111, enquanto o número de amigos treinados para atuar como monitores de pré-jovens cresceu seis vezes, chegando a 73.111. E, com mais de 81.111 amigos treinados para servir como tutores de círculos de estudo, pelo final do Plano, o mundo bahá’í possuía nos institutos “um instrumento de potencialidades ilimitadas”.21

A efetividade dos esforços da comunidade em desenvolver recursos humanos e mobilizá-los para o serviço re;etiu-se mais claramente no aumento do número de atividades centrais. Em termos globais, elas cresceram mais de 41<, sendo que os grupos de pré-jovens mostraram o maior aumento – mais de 011<. O programa de capacitação espiritual de pré-jovens, recém-designado neste Plano como a quarta atividade central, foi vigorosamente promovido em todos os continentes e ajudou esta faixa etária especial “a atravessar um estágio crucial de suas vidas”.22 O segundo maior crescimento nas atividades centrais, quase 41<, foi nas reuniões devocio-nais, nas quais grupos de amigos, em inúmeros ambientes, uniram-se com outros em oração. O

2 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

número de aulas para crianças em todo o mundo cresceu em 71< e o número de crianças parti-cipantes mais de 31<. É notável que o número de crianças participantes da comunidade mais ampla, desejosos por “aulas que nutrem os tenros corações e mentes das crianças”,20 aumentou mais do que 81<. Enquanto todos os conti-nentes deram largos passos na multiplicação das atividades centrais, os maiores crescimentos numéricos e percentuais ocorreram na África.

Além dos ganhos numéricos, os institutos, através do sistema de educação à distância, agora estabelecido no mundo todo, adquiriram “a capacidade de permitir que milhares, ou melhor, milhões estudem os escritos em pequenos grupos com o propósito explícito de traduzir os ensinamentos bahá’ís para a realidade”.25 Esse desenvolvimento na cultura da comunidade bahá’í, que “promove uma maneira de pensar, estudar e agir na qual todos se consideram tri-lhando um caminho comum de serviço”, 27 foi, como escreveu a Casa de Justiça no Rid. ván de 0121, “uma realização de enormes proporções”23. Em consequência das realizações do processo de instituto, “a dinâmica de um movimento irreprimível”24 pôde ser percebida.

Descrito como o principal desenvolvimento em termos de cultura nos últimos cinco anos, houve “o aumento da capacidade de ensinar a Fé diretamente e entrar em uma discussão dotada de propósito sobre temas de relevância espiri-tual com pessoas de todas as camadas sociais”.28

Na tentativa de trazer à existência centenas de novos programas intensivos de crescimento, os crentes empenharam-se em seguir a orientação que a Casa de Justiça havia transmitido no início do Plano: “ampliar o círculo daquelas pessoas interessadas na Fé, encontrar almas receptivas e ensiná-las”.26 O que os crentes aprenderam através da experiência foi que quanto mais estreitamente ajustassem suas abordagens de ensino com as destrezas conquistadas através dos cursos do instituto, mais compensadores seriam os resultados.

Uma crescente capacidade de falar a respeito da “Pessoa de Bahá’u’lláh e Sua Revelação”2: caracterizou tanto as iniciativas individuais de ensino como os esforços coletivos. Campanhas de ensino que procuravam atingir indivíduos de fora do círculo de amigos e familiares, que

algumas vezes “anteriormente eram considerados como estranhos”,01 contribuíram substancial-mente para o “aumento no ritmo do ensino em todo o mundo”.02 Em um número cada vez maior de agrupamentos nos quais os amigos se empenharam em multiplicar o número de atividades e aumentar a intensidade do ensino, projetos coletivos de ensino durante a fase de expansão proveram o ímpeto necessário. Embora o número de amigos que participavam dos pro-jetos tivesse altos e baixos, e algumas vezes os resultados variassem, em muitos agrupamentos indicados para iniciar o programa intensivo de crescimento, os empreendimentos coletivos de ensino alcançaram um avanço notável nas decla-rações e fortaleceram a con9ança dos crentes. Tornou-se claro que os esforços coletivos de ensino direto deveriam, sempre que possível, ser parte integrante de planos de ensino durante a fase de expansão.

“Utilizando um método direto em sua expo-sição dos fundamentos de sua Fé”,00 os crentes aprenderam ao mesmo tempo a transmitir uma visão que inspirasse as almas a se comprometer com uma transformação espiritual pessoal e com a melhora da sociedade. Muitas vezes, os indiví-duos cativados por esta visão não se declaravam formalmente, mas juntavam-se aos bahá’ís para dar sua contribuição na construção de uma nova Ordem Mundial. Uma das tendências mais sig-ni9cativas dos últimos cinco anos foi o tremendo aumento — 201< — no número de amigos da Fé que participam de atividades centrais no mundo todo. Eles representam agora mais de 31< do total dos participantes. Esse progresso em atrair outras pessoas desejosas de “melhorar as condições materiais e espirituais”05 em suas comunidades é demonstrado de modo bastante notável quando se compara as conquistas feitas neste Plano com os cinco anos anteriores. Em 0112, menos de 21.111 participantes da sociedade mais ampla estavam envolvidos em atividades centrais, enquanto, 21 anos depois, este número ultrapassou os 071.111.

O processo de alcançar a meta de 2.311 programas intensivos de crescimento ganhou ímpeto conforme prosseguia o Plano, mas recebeu seu maior impulso no terceiro e quarto anos, grandemente por causa das 72 conferências regionais convocadas pela Casa Universal de

Introdução 3

Justiça. Mais de :11 programas de crescimento foram iniciados naqueles anos, ultrapassando de longe os cerca de 511 alcançados nos primeiros dois anos do Plano. As conferências regionais ajudaram não somente a inspirar e ativar um grande número de amigos, mas também ser-viram para esclarecer as estratégias necessárias para estabelecer um programa intensivo de crescimento.

Ao 9nal do Plano, 9cou claro que os progra-mas de crescimento, que estavam em andamento em mais de 2.311 agrupamentos, representavam um amplo espectro em termos de seu escopo e complexidade. Ainda nos primeiros estágios de desenvolvimento, havia aqueles nos quais, através de um processo de ensino e capacita-ção, pequenos grupos de amigos estavam se esforçando para alcançar um padrão saudável de crescimento e desenvolvimento de recursos humanos. Em outros agrupamentos, o número de amigos ativamente engajados era maior, os elementos da estrutura para ação eram conside-ravelmente mais fortes, a dinâmica do processo mais intensiva, e as estruturas de coordenação mais desenvolvidas. No entanto, estava claro que na aprendizagem para equilibrar o processo de expansão e consolidação, ainda havia “miríade de desa9os”07 sendo enfrentadas. Finalmente, em um terceiro grupo bem menor de agrupamentos, no qual basicamente os programas intensivos de crescimento haviam alcançado números signi9cativamente maiores de declarações e ati-vidades, uma cultura de aprendizagem e ação sistemática havia gerado um padrão sustentável de crescimento. A grande quantidade de pessoas envolvidas no processo - participantes, profes-sores de aulas para crianças, tutores, monitores e coordenadores - impulsionou o agrupamento para novas áreas de aprendizagem das quais emergiram estruturas mais complexas. Ainda outra característica deste avançado grupo de agrupamentos foi o engajamento nos discursos da sociedade mais ampla e na ação social.

Um avanço significativo na cultura em desenvolvimento da comunidade bahá’í é que “a aprendizagem começou a distinguir o modo de operação da comunidade”.03 Re;etir sobre a rica experiência deste Plano de Cinco Anos pode prover maior clareza no caminho a ser percor-rido — as abordagens que foram mais e9cazes,

os métodos que precisam de re9namento, e os instrumentos que precisam ser fortalecidos. Espera-se que a aprendizagem acerca dos esfor-ços e das realizações arduamente conquistadas dos amigos em todos os recantos do globo para avançar no processo de entrada em tropas também con9rmará nos corações e mentes dos crentes que “sob uma grande diversidade de condições, em praticamente qualquer agrupa-mento, é possível que um núcleo de indivíduos em expansão possa gerar um movimento em direção à meta de uma nova Ordem Mundial.”04

A gama representada pelos quase 2411 programas intensivos de crescimento pode ser melhor entendida em termos de um “conti-nuum rico e dinâmico”,08 descrito pela Casa de Justiça na sua mensagem de 06 de dezembro de 0121. Sua análise, nessa mensagem, da “natureza fundamentalmente orgânica”06 do processo de crescimento sustentável servirá como a estru-tura organizacional deste resumo de realizações relacionadas à expansão e consolidação da Fé, o qual é discutido no primeiro capítulo. Os capítulos seguintes tratarão das realizações nas áreas especializadas de desenvolvimento social e econômico e relações com a sociedade como um todo. Os esforços nesses campos representam “duas áreas interligadas de atividade, reforçando-se mutuamente”0: que contribuem aos esforços das comunidades bahá’ís para conduzir popula-ções da humanidade rumo à Ordem Mundial de Bahá’u’lláh e tratar de forma coerente os requisitos materiais e espirituais da vida. Na seção 9nal desta recapitulação, serão apresen-tadas realizações no Centro Mundial Bahá’í. A dinâmica do crescimento nas comunidades bahá’ís nos últimos cinco anos levou a desa9os e oportunidades que resultaram em realizações signi9cativas na Terra Santa.

5

EM S U A M E N S A G E M D E 0 8 D E DEZEMBRO DE 0113, que delineava as provisões do Plano global que aqui analisamos,

a Casa Universal de Justiça a9rmou que o contínuo desenvolvimento da capacidade entre os três parti-cipantes do Plano — o indivíduo, a comunidade e as instituições — “permanecerá essencial à meta do avanço do processo de entrada em tropas”.2 A capacitação que foi colocada em ação durante esse Plano foi baseada em um processo de aprendizagem e avançou através dos institutos de capacitação.

No Rid. ván de 0116, a Casa de Justiça observou que “as evidências do aumento de capacidade estão evidentes em todos os lugares”0 e apontou para o dinamismo resultante das interações entre os três participantes do Plano. As instituições podiam então ver “com crescente clareza, como criar condições que resultem na expressão das energias espiritu-ais de um número cada vez maior de crentes que buscam um objetivo comum.”5 A comunidade estava “servindo cada vez mais à medida que um ambiente em que o esforço indi-vidual e a ação coletiva, mediados pelo instituto, podem complementar um ao outro para alcançar o progresso”.7 E os indiví-duos estavam “realizando energicamente aqueles atos de serviço condizentes com um padrão saudável de crescimento”.3

O que cons t i tu i o padrão, no qual iniciativas individuais e esforços cole-tivos se entrelaçam para produzir “uma rica tessi-tura de vida comunitária”,4

foi expressado em linguagem sublime pela Casa de Justiça no primeiro parágrafo da sua mensagem do Rid. ván de 0116. O panorama de atividade descrito foi mais que uma caracterização dos nossos melhores esforços; representou também uma visão impulsio-nadora da sociedade que estávamos procurando construir.

Milhares após milhares de pessoas, represen-tando a diversidade de toda a família humana, estão engajadas no estudo sistemático da Palavra Criativa num ambiente ao mesmo tempo sério e arrebatador. À medida que, através de um processo de ação, re;exão e consulta, esforçam-se em aplicar as percepções assim adquiridas, veem sua capacidade de servir à Causa elevar-se a níveis inéditos. Respondendo aos anseios íntimos de todo coração de comungar com seu Criador, eles realizam atos de adoração coletiva em diversos ambientes, unindo-se a outros em oração, despertando susceptibilidades espirituais

IAvançando o Processode Entrada em Tropas

Uma reunião devocional em Upper Dang, Nepal, atrai todas as idades.

6 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

e modelando um padrão de vida que se distingue pelo seu caráter devocional. Ao convidarem uns aos outros às suas casas e ao visitarem famílias, amigos e conhecidos, envolvem-se numa resoluta conversação sobre temas de cunho espiritual, aprofundam seu conhecimento da Fé, compar-tilham a mensagem de Bahá’u’lláh e acolhem, calorosamente. Um crescente número dos que se unem a eles num poderoso empreendimento espiritual. Cientes das aspirações das crianças do mundo e sua necessidade de educação espiritual eles ampliam seus esforços consideravelmente para envolver um contingente cada vez maior de participantes em aulas que se tornam centros de atração para esta geração e fortalecem as raízes da Fé na sociedade. Auxiliam pré-jovens a atra-vessarem um estágio crucial de suas vidas e a se capacitarem em direcionar suas energias para o avanço da civilização. E com a vantagem de uma maior abundância de recursos humanos, um número cada vez maior deles está apto a expressar sua fé através de uma crescente onda de esforços que respondem às necessidades da humanidade, tanto na dimensão espiritual como material.8

Esta descrição possibilitou aos amigos entende-rem com maior clareza a natureza de construção de comunidade das atividades centrais nas quais estavam engajados. Eles puderam ver que a estrutura para a ação era não somente uma abordagem efetiva de crescimento, mas estava também no âmago do processo de transformação espiritual e social, a qual é fundamental para erigir uma civilização divina.

Durante os três últimos anos do Plano, ficou evidente que os crentes e as comunidades estavam “internalizando as lições aprendidas com a sistemati-zação”6 e tornando-se mais adeptos em implementar a estrutura para ação em seus esforços em prol do avanço do processo de crescimento. Sua experiência habilitou-os a conceber “o movimento de uma popu-lação, impulsionado por forças espirituais crescentes, em termos de um continuum rico e dinâmico”.:

Embora sua experiência variasse de acordo com o nível de desenvolvimento de seus agrupamentos, a bem de9nida estrutura que os amigos utilizaram deu consistência aos seus esforços e tornou-lhes possível “trazerem para a realidade uma visão de crescimento sistemático”.21

Iniciando Programas de CrescimentoA visão de crescimento sistemático e sustentado torna-se realidade através de uma série de pequenas ações por mais e mais crentes, as quais formam um padrão coerente de atividade. Ao se esforçar para cumprir a meta de 2.311 programas intensivos de crescimento neste Plano, os amigos aprenderam como o processo de crescimento pode se desenvolver gradualmente em um agrupamento, e adquiriram experiência em dar o impulso inicial ao processo dentro de uma ampla variedade de condições.

De modo geral, esse impulso inicial consistia em os amigos entrarem “em uma associação mais íntima com pessoas de diferentes origens, envolvendo-as em uma atraente conversação sobre temas de relevância espiritual”22 Tal encontro dependia das “oportuni-dades oferecidas pelas circunstâncias pessoais dos crentes”.20 Isso frequentemente levava a convites a indivíduos e/ou a seus familiares para participarem de uma das atividades centrais, qualquer uma das quais poderia servir de estímulo para o crescimento. Juntamente com esta abordagem, um espírito amoroso, assim como a con9ança nos outros e no processo, foram requisitos para o sucesso.

No Reino Unido, uma mãe começou tal processo quando “após muita oração e re;exão”, convocou sua coragem para começar uma aula para crianças como parte da prática para o Livro 5 do Instituto Ruhi que estava estudando. Suas circunstâncias pessoais 9zeram com que ela se engajasse com outras mães que conhecia.

Eu entrei em contato com quatro novas amigas que eram mães das amigas da minha 9lha de sete anos. As aulas iam bem e depois do encorajamento da parte de uma das mães de realizá-las regularmente, começamos um período de verão com 20 aulas. Assim começa-mos nossa primeira classe local de aulas bahá’ís para crianças, na sala de estar de uma mãe que auxiliava – outra mãe reuniu as crianças, e ainda outra cuidava dos irmãos dos alunos. Foi uma jornada que 9zemos todas juntas. Na terceira aula, as coisas estavam se tornando desa9adoras quanto à administração da classe e eu não tinha as respostas, assim, pensei: “Vamos fazer uma reunião devocional!” Essa foi a primeira e incluiu as quatro mães além de

Introdução 7I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Iniciando Programas de Crescimento

algumas outras mães da vizinhança, e o tema foi “Mães e Filhos”.

Após alguns questionamentos muito inte-ressantes de uma mãe e o evidente apoio de outra, eu as convidei para começar um círculo de estudo comigo, e encontrei um bahá’í do local para nos tutorar. Uma 9lha adulta juntou-se a nós, e assim começamos com quatro pessoas. Nós nos revezamos em oferecer reuniões devocionais em nossas casas aos domingos à noite. Oportunidades de conversa sobre temas espirituais pareciam surgir com frequência e nos meses seguintes já havíamos trilhado parte do caminho. Devido às circunstâncias da vida, cada uma teve que cumprir os cursos ao seu próprio ritmo. Uma mãe logo terminará o Livro 7; duas logo ter-minarão o Livro 0, e eu terminei o Livro 8 e estou atuando como tutora do Livro 0 (eu havia começado antes). Durante esse tempo, a classe se expandiu para 20 crianças e agora é realizada na escola das crianças, após o horário de aulas.

No decorrer dos últimos oito meses, três adultos e três crianças uniram-se à comuni-dade bahá’í, como resultado imediato dessas atividades. Estou certa de que muitas outras mães da comunidade de interesse também poderão fazer o mesmo. A aula para crianças levou os pais aos ensinamentos de Bahá’u’lláh e, através da integração das atividades centrais, eles mesmos puderam investigar e trilhar seu próprio caminho. Ser treinado nos Livros 2 a 8 tornou possível o desenvolvimento de um sistema em que uma atividade alimenta outra e, no futuro, levanta novos tutores e soergue novos sistemas!

Algumas vezes, o trabalho inicial de ensino em um agrupamento começou com os esforços de pioneiros de frente interna que responderam ao chamado das instituições para auxiliar outros agru-pamentos em seus países para alcançar um programa de crescimento. Mais de 5.511 crentes em 252 países levantaram-se para servir nessa qualidade durante o Plano. Esses pioneiros seguiram um padrão seme-lhante de conhecer novos amigos, engajando-se em discussões signi9cativas, e convidando-os a participar em atividades centrais. Como em geral eles estavam

servindo em tempo integral durante um curto período, conforme mostra o exemplo abaixo, os resultados em termos de crescimento e desenvolvi-mento comunitário muitas vezes ocorreram em um ritmo mais rápido.

Após a conferência regional em Yaoundé, Camarões, em novembro de 0116, uma pioneira de frente interna levantou-se imediatamente para servir em tempo integral no agrupamento de Kalfou, identi9cado como prioritário para alcançar um programa intensivo de crescimento até o Rid. ván de 011:. Juntamente com um ins-trutor viajante, a pioneira foi a uma vizinhança e começou a ensinar. Ela começou círculos de estudo e no dia seguinte fez o mesmo em outra vizinhança. No entanto, os amigos da região a desencorajaram, dizendo que não seria possível fazer progresso porque a região era animista e havia elevado analfabetismo. Ela disse que isso era Plano da Casa Universal de Justiça e nada poderia impedir sua realização. Após consultar com o membro do Corpo Auxiliar e alguns membros do Conselho Regional, ela chamou os amigos para uma reunião de re;exão, onde decidiu-se lançar uma campanha intensiva de instituto. Finalmente, após oração e perseverança, e consulta com as instituições, buscadores e novos bahá’ís entraram no processo de instituto e a dinâmica do agrupamento mudou. Em menos de cinco meses, havia 221 novos bahá’ís, com todas as atividades centrais em andamento, e duas novas Assembleias Espirituais Locais foram eleitas. Cerca de 031 pessoas participaram da

Uma classe de aulas para crianças em Londres, Inglaterra.

8 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

reunião para iniciar o programa intensivo de crescimento!

Em ambos os exemplos, os crentes procuraram iniciar os buscadores e os novos crentes na “edi-ficante influência”25 dos cursos do instituto, que lhes provia conhecimento, habilidades e percepções espirituais necessários para entrar no campo de

ação sistemática e assumir as tarefas de expansão e consolidação. Na Índia, um pioneiro de frente interna demonstrou como um indivíduo, com “boa experiência com os programas de instituto”27 foi capaz de estabelecer um sistema para levantar dezenas de outros recursos humanos e transformar dramaticamente uma comunidade:

Pioneiros de Frente Interna Impulsionam o Processo de Entrada em Tropas

AO TRATAR DAS NECESSIDADES DE PIONEIRISMO deste Plano de Cinco Anos, a Casa de Justiça expressou a esperança de

que aqueles que entrarem neste campo de serviço “estabeleçam-se em agrupamentos que recebem atenção sistemática”. Isso ocorreu com centenas de pioneiros, particularmente aqueles que se levantaram dentro de seu país. Eles foram chamados a ajudar a “preparar a base para crescimento acelerado ou fortalecer ciclos de ativida-des já em andamento”. Por causa de sua experiência com o marco para ação, muitas vezes em agrupamentos com programa intensivo de crescimento, eles conseguiram iniciar um processo de crescimento de um modo natural. No relato a seguir, “um único pioneiro de frente interna”, mostrando visão e desenvoltura, desempenhou um papel fundamental em fazer avançar um agrupamento rumo ao crescimento intensivo.

O agrupamento de Chitwan, no Nepal, havia alguns poucos crentes na lista, mas não havia qualquer atividade. O agrupamento foi escolhido para ser o foco de uma campanha de ensino como parte de um curso intensivo do instituto a ser aí realizado, uma vez que se localizava no centro do país. Um mês depois da campanha, uma menina de 01 anos levantou-se como pioneira de curta duração e estabeleceu-se em um povoado não aberto, onde morou com parentes. Sua meta era permanecer por três meses e durante esse tempo estabelecer o pro-cesso de instituto. Em poucas semanas começou um círculo de estudo, atraindo basicamente estudantes com os quais havia se encontrado e conversado. Eles a encontravam diariamente durante duas horas após a escola. Isso produziu uma reunião devocional para alguns estudantes e adultos. Logo ela viu a oportunidade de oferecer aulas para crianças em sua vizinhança e começou uma classe com 20 crianças.

Ao 9nal de pouco mais de três semanas, os parti-cipantes do círculo de estudo haviam completado o Livro 2, iniciado o Livro 0 e estavam fazendo

visitas aos lares. Algumas semanas depois, o círculo de estudo passou para o Livro 5 e os participantes começaram a observar e ajudar a classe anterior-mente estabelecida de aulas para crianças. Esse livro foi concluído em apenas três semanas e os amigos passaram para o Livro 7. Quando os oito participantes do círculo de estudo estavam prontos para estudar os livros 4 e 8, foram enviados à capital para completá-los de modo intensivo durante cerca de duas semanas.

Depois que esses entusiásticos amigos voltaram de seus cursos intensivos a Chitwan, rapidamente aplicaram sua capacitação e ensinaram a Fé em povoados próximos onde começaram círculos de estudo e aulas para crianças. Quando os familiares ouviram as crianças cantarem canções bahá’ís e orações, 9caram ansiosos em se encontrar com os

A pioneira de Chitwan, Nepal, discute o progresso do agrupamento em uma reunião de re!exão.

Introdução 9I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Iniciando Programas de Crescimento

Juntamente com o estudo do texto de cada livro, este jovem pioneiro certificou-se de que seus participantes executavam os atos de serviço. Quando terminaram o Livro 2, ele ajudou-os a iniciar reuniões devocionais. Depois do Livro 5 encorajou-os a começar aulas para crianças. Ao começar o círculo de estudo em uma nova localidade, conseguiu que três participantes

chegassem a completar o Livro 5. Em poucos meses, ele estava trabalhando diretamente com 21 pessoas: seis fazendo o Livro 4 e quatro o Livro 5. Mas, este círculo de in;uência não parou aí, pois outros se levantaram para servir. O total das atividades executadas pelos participantes de seus círculos de estudo incluía seis reuniões devocio-nais regulares, três classes de aulas para crianças,

professores e tutores para saber mais. Isso apresen-tou muitas oportunidades para ensinar às famílias, assim a Fé começou a se expandir com muita rapidez na região. A pioneira e os novos crentes começaram a receber pedidos para conduzir novos círculos de estudo em outros povoados.

A pioneira de frente interna recebeu apoio de amigos do agrupamento de Lalitpur, que já tinha um programa intensivo de crescimento. Ao que começou a focar no estabelecimento do processo de instituto e atividades centrais resultou em um sólido processo de crescimento que continuou a acelerar e se intensi9car. Após nove meses, foi realizada uma reunião de reflexão da qual participou a jovem pioneira e cerca de 223 outros amigos para celebrar seu programa intensivo de crescimento e planejar sua fase de expansão. A República Democrática do Congo destacou-se

no Plano, levantando mais de 83 pioneiros de frente interna que ajudaram a comunidade a alcançar :2 programas intensivos de crescimento. Um jovem da Província de South Kivu que se levantou para ser pioneiro em North Kivu, relata sua experiência. O Conselheiro relatou que, durante sua experiência de pioneirismo, os jovens viviam em condições difíceis, mas seu desejo era estar “sempre ocupado no serviço”.

O Conselho Provincial Bahá’í de North Kivu fez um apelo de pioneiros para ajudarem a estabelecer programas intensivos de crescimento em alguns agrupamentos-meta. Neste pedido, eu encontrei o modo como poderia realizar meu desejo de servir. Fui também motivado pelo fato de o Guardião ter encorajado a juventude a oferecer um período de serviço antes de continuar sua educação superior.

Quando cheguei ao agrupamento de Minova em junho de 011:, lá havia apenas alguns bahá’ís. Alguns haviam estudado cursos do instituto, mas não havia atividades centrais. Inicialmente, eu iniciei círculos de estudo dos Livros 2, 0, 5 e 7, e tentei estudar a situação do agrupamento para

achar métodos que levassem a um avanço maior. Após duas semanas, comecei a encorajar os amigos que estavam nos círculos de estudo para começarem atos de serviço. Convidei um amigo que estava estudando o Livro 8 para me ajudar a atuar como tutora de círculos de estudo. Três meses depois, 04 pessoas haviam terminado os Livros 2, 0, 5 e 7. Após consultas com instituições regionais, foram organizados cursos intensivos para os Livros 4 e 8 para os amigos. Em três semanas, nós tínhamos 04 tutores e instrutores da Fé.

Seguindo a abordagem indicada no Livro 4, organi-zamos uma campanha de ensino de duas semanas, e 20 pessoas declararam sua fé em Bahá’u’lláh. Quatro meses depois, mais 01 amigos haviam completado os Livros 2 a 7, e foi realizada uma campanha do instituto para os livros de nível mais alto. O número de tutores e círculos de estudo aumentou constan-temente. Em consequência disso, após sete meses de meu serviço em Minova, o Conselho Provincial determinou que o agrupamento havia alcançado um programa intensivo de crescimento. Durante esse período, enfrentamos vários desa9os: por exem-plo, a maioria dos amigos ativos eram jovens, assim, algumas vezes havia alguma tensão de gerações com os crentes mais velhos, e alguns amigos estavam esperando recompensa 9nanceira para se engajar em atividades. Mas, juntos, tentamos entender melhor o objetivo do Plano e a importância daquilo que estávamos fazendo.

Para o primeiro ciclo do nosso programa inten-sivo de crescimento, 54 amigos participaram da campanha de ensino e houve a declaração de 03 novos crentes. Tínhamos círculos de estudo com 86 participantes, classes de aulas para crianças com :0 crianças, grupos de pré-jovens com 34 participantes, e reuniões devocionais com 343 pessoas, das quais somente 211 eram bahá’ís!

10 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

Começando a Trilhar o Caminho de Serviço — Duas Histórias de Novos Crentes

ALGUMAS DAS MAIS INSPIRADORAS histórias do Plano de Cinco Anos são relatos pessoais de novos crentes. Seu primeiro encontro

com a Fé pode ter ocorrido nas mais diferentes circuns-tâncias, mas suas histórias frequentemente possuem os mesmos elementos: as maravilhosas qualidades pessoais dos instrutores bahá’ís, a calorosa e cordial recepção da comunidade e a riqueza da experiência de círculos de estudo. Os novos crentes começam muito naturalmente a trilhar o caminho de serviço quando sua fé é acesa e nutrida através do estudo da Palavra Criativa nos cursos do instituto. Estes dois testemunhos comoventes, o pri-meiro de um crente da Califórnia, Estados Unidos, e o segundo de New South Wales, Austrália, con9rmam a garantia do Guardião de que há “almas preparadas” em cada cidade.

O caminho em que me encontrei nesses últimos seis meses é glorioso, começando como uma pesquisa, e culminando em crença. Tenho visto vislumbres da Fé Bahá’í em toda a minha vida e tive a bênção de encontrar minha amiga Mona, que usa a beleza da religião bahá’í como a joia preciosa que é. Ela me ensinou muito sobre a Fé, e uma exploração mais profunda da Fé e de sua comunidade era minha maior prioridade. A lembrança da minha primeira visita à Sede Bahá’í em São Francisco jamais me deixará. Eu entrei sem conhecer ninguém e saí com a sensação de estar emerso e ser parte de uma comunidade aberta e calorosa. Em uma semana agendei participar no primeiro de uma série de muitos círculos de estudo. Este círculo de estudo em particular foi o Livro 2 do Instituto Ruhi, Re!exões sobre a Vida do Espírito.

Conforme percebi através de minha participação nos cursos do instituto, cada livro é destinado a oferecer ao seu leitor um entendimento mais lúcido e concreto da própria Fé, começa a nos colocar em contato com a Revelação de Bahá’u’lláh e nos leva a investigar e explorar questões relacionadas a concei-tos da Revelação Bahá’í. Dois tutores maravilhosos conduziram nossas classes semanais, ambos desempe-nhando um papel formativo em minha compreensão da beleza e da profundidade da Fé. Sua capacidade de responder a minhas intermináveis perguntas com

paciência e sabedoria, jamais deixaram de me impres-sionar, e eu espero que algum dia tenha a habilidade de ensinar como eles ensinaram.

Ao término do Livro 2, eu me declarei bahá’í, pois era o meu caminho a trilhar. O incrível é que não é necessário ser bahá’í para se sentir como parte da comunidade. Eu senti cordialidade tanto no primeiro dia em que entrei pela porta da Sede como na noite da minha declaração. É de portas e corações abertos que Bahá’u’lláh nos chama a compartilharmos uns com os outros, e eu, como receptáculo desses favores, só posso ter a expectativa de dar assim como recebi.

Tudo aconteceu há cerca de quarto anos. Era uma manhã ensolarada de sábado, e eu tinha um com-promisso para tingir meu cabelo. Eu estava sentada ao lado de uma senhora cuja visão sobre a vida era tão agradável e edi9cante que eu 9quei com o espírito animado. E então comecei minha jornada a Bahá’u’lláh e a Fé.

Em consequência desse encontro (e alguns deliciosos chás matutinos com outras amigas), fui convidada a participar de um círculo de estudo. Eu não tinha certeza do que se tratava tudo isso, mas achei a ideia cativante. Minhas novas amigas me apresentaram conceitos religiosos com os quais eu não tinha tido contato anteriormente. A liberdade de comentar, em um ambiente de con9ança, foi encorajada e valori-zada, e essa premissa foi o início de meu despertar.

Através de continua exposição às Palavras de Bahá’u’lláh, do Báb e de ‘Abdu’l-Bahá, meu conhe-cimento a respeito de outras fés mundiais e de sua evolução começou a se encaixar. Foi a coisa mais emocionante que já me aconteceu, pois eram de fato perguntas que eu vinha fazendo a vida toda. A9nal eu estava em um ambiente que não só possuía o conhecimento que eu buscava, mas havia também aqueles que estavam preparados para discutir e responder a todas as minhas indagações.

O contato regular com as orações começou a enri-quecer e mudar minha vida. Os textos semanais eram uma constante estupefação para mim, e eu comecei a notar uma mudança na minha aborda-gem com relacionamentos, trabalho, minha vida, e minhas ações.

Introdução 11I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Iniciando Programas de Crescimento

e um círculo de estudo adicional. Através dessas 21 pessoas, ele pôde in;uenciar a vida de mais de 211 outras pessoas! Seus três meses de serviço tornaram-se nove, e ele decidiu permanecer até um programa intensivo de crescimento poder ser estabelecido.

Em regiões onde o ensino parecia mais desa9a-dor e em geral as declarações não eram numerosas, também se desenvolveu um processo constante de crescimento. Até mesmo em agrupamentos com pequena população de bahá’ís, os crentes puderam seguir sistematicamente a direção de um programa intensivo de crescimento. Nessas localidades, muitas

vezes os amigos em apenas um pequeno número, geralmente encorajados e apoiados por um membro do Corpo Auxiliar, estavam ativamente engajados em levar avante a estrutura de ação – e o número de atividades centrais e de declarações aumentou perceptivelmente. A natureza complementar do ensino e capacitação foi bem compreendida e o processo de levar novos amigos através da sequência e capacitar alguns deles a levantarem-se e servir em várias competências estava se a9rmando.

Malta oferece um bom exemplo da evolu-ção de um agrupamento e de um padrão sadio de crescimento, embora de números relativamente

O grupo não somente preencheu as lacunas, mas ofereceu um aprofundamento para o meu espírito através da dinâmica da discussão. Não poderia ter alcançado isso sozinha. Eu cursei educação à distân-cia por sete anos e posso dizer por experiência. O aprofundamento para se obter todos os tesouros da Fé simplesmente não é o mesmo quando se estuda só! A excelência de ideias colocadas no grupo de estudo, o entusiasmo por trás de cada resposta ou indagação, foi em si uma aceleração no meu cres-cimento espiritual e me equipou abundantemente para contemplação e meditação até que eu me

encontrasse novamente com meu grupo na semana seguinte.

Uma das coisas que me surpreenderam foram os amigos que eu conheci através do círculo de estudo. A essas pessoas eu chamaria “evoluídas”. Fiquei estupefata por ter 9nalmente encontrado, após todo esse tempo sobre o planeta, pessoas de pensamento semelhante, preparadas para discutir assuntos sobre os quais eu havia apenas idealizado.

Como resultado do estudo do Livro 2, eu fui capaz de realizar minha primeira reunião devocional. Não tinha certeza de como seria essa reunião devocional, mas me deram algumas ideias de apoio. O maravilhoso no processo devocional foi que ele me deu a oportunidade de convidar à minha casa pessoas que estavam curiosas a respeito das

mudanças que haviam notado em mim e estavam interessadas em encontrar minhas novas amigas.

Eu soube que isso aumentou o interesse, e fui capaz de arranjar para que algumas pessoas participassem do Livro 2, Re!exões sobre a Vida do Espírito. Isso me permitiu participar e apoiá-las de sua jornada espiritual, bem como desfrutar do progresso de todos nós trabalhando em conjunto.

Novo crente na Austrália (centro) com amigos bahá’ís.

12 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

pequenos. Com apenas 51 a 53 bahá’ís no agru-pamento, metade dos quais havia passado pela sequência de cursos, no último ano do Plano, os amigos vivenciaram quão organicamente o processo de crescimento pode se desenvolver e ser sustentado por crentes locais. Isso aconteceu quando uma amiga de um dos bahá’ís tornou-se receptiva devido às suas próprias circunstâncias. Ela começou o Livro 2, abraçou a Fé e iniciou uma reunião devocional. Dois jovens pioneiros de curta duração apoiaram sua reunião devocional, interagiram com pessoas da sua vizinhança e dois novos círculos de estudo do Livro 2 foram iniciados. Logo outra senhora da vizinhança tornou-se bahá’í. Os dois jovens tiveram de sair de Malta, mas os círculos de estudo continua-ram, e mais três indivíduos juntaram-se à Fé. Posteriormente, naquele ciclo, mais duas pessoas aceitaram a Causa. Iniciaram-se aulas de crianças para os 9lhos de uma das mães que participava de um círculo de estudo, e expandiram-se em classes separadas para a primeira e a segunda séries. Essas classes 9zeram com que cinco pais estudassem o Livro 2. Alguns dos participantes que não eram bahá’ís começaram a ajudar com as aulas de crianças. Gradativamente, o número de atividades centrais cresceu de duas ou três para 28, com 22 amigos da Fé, apenas entre os participantes em círculos de estudo.

Grants Pass, Oregon, Estados Unidos, oferece outro exemplo de um agrupamento sem grande número de bahá’ís, em uma região em que a receptividade talvez não seja considerada alta. No entanto, devido aos amigos terem uma visão clara do marco do Plano e um compromisso com ensino individual, foram capazes de avançar no processo de crescimento de um modo sistemá-tico. A maior parte do sucesso no ensino nasceu de oportunidades que se apresentaram a um crente em seu local de trabalho, uma instituição de saúde mental. Primeiro, a cozinheira da clínica e seu marido aceitaram a Fé, juntamente com seus dois 9lhos adolescentes, após estudarem o Livro 2. Em seguida, uma das psicólogas começou a participar tanto de reuniões de amigos como do círculo de estudo do Livro 2. Algumas semanas depois, ela abraçou a Fé e prosseguiu com o livro seguinte da sequência. O processo de crescimento continuou a se desenvolver: “Nossa enfermeira e uma pessoa que casualmente encontramos

trabalhando para um vizinho declararam-se. A enfermeira estava preocupada com as crianças do mundo e agora está com um círculo de estudo e uma classe de aulas para crianças.” Em três meses houve mais sete declarações, incluindo mais duas da associação onde trabalham o instrutor inicial, a cozinheira e a psicóloga. Uma amiga da 9lha da cozinheira e seu marido começaram a participar do Livro 2 e abraçaram a Fé. Uma bahá’í de seus 81 anos de idade ensinou a uma outra avó que se declarou. A idade dos novos bahá’ís varia de 26 a mais de 81, e eles são de diversas origens. Um fator comum a todas essas declarações foi que a todos esses indivíduos a Fé foi ensinada diretamente, através do uso de conceitos que os amigos estudaram no Livro 4, e ainda que a maioria deles começou a servir imediatamente. Após 26 declarações de adultos em 04 meses, a população do agrupamento havia aumentado para quase 31; desses, 51 estavam no processo de instituto e 01 estavam ensinando ativamente. E na base deste programa de crescimento os crentes realizavam orações diárias para os esforços de ensino em Grants Pass.

Ao mesmo tempo, em um signi9cativo número de agrupamentos, o processo de crescimento evoluiu para uma maior intensidade e força.

Aumentando a IntensidadeExperientes com os elementos do marco para ação e animados pelo “senso de propósito comum”,23 os amigos, em grande número de agrupamentos, viram o escopo e a intensidade de sua atividade aumentar signi9cativamente. O processo de crescimento já

Os amigos consultam sobre os planos na Federação Russa, numa reunião de re!exão.

Introdução 13I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Aumentando a Intensidade

se havia conformado ao “ritmo estabelecido por ciclos marcantes de expansão e consolidação... pontuados a cada três meses por uma reunião para re;exão e planejamento”.24 Reuniões de re;exão que se caracterizaram cada vez mais por consulta séria e celebração jubilosa tornaram-se o cenário para discutir abordagens e 9nalizar planos de ensino que envolvessem um maior número de amigos no trabalho de ensino.

Ensino Direto

Como resultado de um ensino mais intensivo e efetivo, especialmente na forma de campanhas de ensino coletivo, as declarações aumentaram e um número sempre crescente de indivíduos entrou no processo de instituto.

O agrupamento de Ouagadougou, Burkina Faso, testemunhou um dramático aumento de declarações. Os amigos desse lugar atribuíram isso a uma abordagem mais audaciosa por parte de várias equipes de ensino. Eles conta-taram 241 pessoas durante a campanha de ensino e 52 aceitaram a Fé, resultado que eles atribuíram ao fato de terem utilizado aquilo que aprenderam no Livro 4.

As abordagens e conceitos que os amigos haviam estudado no Livro 4 funcionaram

igualmente bem na França. Sentiu-se que aqueles que coordenavam o processo de instituto precisa-vam adquirir con9ança no ensino direto, assim, após três horas de “atualização” de treinamento em partes do Livro 4, as equipes visitaram 01 buscadores nas cercanias de Paris. Três indivíduos declararam sua fé, alguns outros disseram que precisavam de mais tempo para pensar a respeito, e outros quatro novos buscadores concordaram em entrar em um círculo de estudo.

Os sucessos em ensino direto eram frequen-temente ligados à habilidade dos amigos de se encontrarem com indivíduos de populações ou comunidades de seus agrupamentos, altamente receptivos à Fé. Na medida em que novos crentes entravam na Causa, em comunidades que anterior-mente haviam sido bem homogêneas, este fato foi uma fonte de alegria, bem como de aprendizagem.

Ao se preparar para sua semana da fase de ensino intensivo, os amigos do agrupamento de Piemonte Nord Val D’Aosta, Itália, realizaram uma reunião para atualizar seu entendimento das ideias apresentadas em algumas seções do Livro 4. Como resultado dessas discussões, eles decidi-ram focar seus esforços de ensino na população peruana do agrupamento. Algumas declarações entre essa população já haviam ocorrido, graças aos contatos de um bahá’í peruano que vive lá.

Uma equipe de ensino prepara-se para campanha de ensino em Ouagadougou, Burkina Faso.

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Os resultados superaram suas expectativas — 21 novos crentes, dos quais seis eram peruanos, dois italianos, um boliviano e um queniano. Em poucos dias, oito desses amigos estavam estudando o Livro 2 e os outros dois estavam envolvidos na vida comunitária através de reu-niões de amigos e visitas a lares. Essa experiência galvanizou os amigos e confirmou o fato de que havia populações receptivas em seu próprio agrupamento.

No agrupamento de Pabellón, no México, os amigos perceberam bastante recep-tividade em um povoado de seu agrupamento, o que contrariava suas expectativas. A maior parte do crescimento ocorrido em duas suces-sivas campanhas de ensino surgiu nesse único povoado, El Refugio. As atividades durante a campanha ocorriam todos os dias pela manhã e à tarde, e incluíam várias reuniões devocionais bem frequentadas. Houve tamanha receptividade que tarde da noite algumas pessoas bateram à porta de uma das bahá’ís para pedir que lhes ensinasse a Fé! Evidentemente ela o fez, e todos os três buscadores declararam sua fé em Bahá’u’lláh. A instrutora comentou que “a alegria que emana de cada um desses novos crentes é muito grande neste momento”.

Algumas almas da população congolesa haviam se tornado bahá’ís em Bruxelas, Bélgica. As agências do agrupamento reconheceram que esta era uma população receptiva e procuraram penetrá-la mais a fundo. Nesse processo, des-cobriram que a região de Bruxelas conhecida como “o bairro dos congoleses” não era realmente onde eles viviam, mas onde eles faziam compras; eles residiam em muitos bairros da cidade. Após adquirir outras percepções a partir dos esforços iniciais, decidiu-se iniciar um pequeno projeto de ensino coletivo em um bairro onde viviam alguns bahá’ís congoleses. O membro do Corpo Auxiliar relata que a experiência “ajudou-nos a entender que devemos sempre permanecer em uma postura humilde de aprendizagem, e que re;etir após cada ciclo e adaptar nossa estratégia adequadamente é fundamental a todo empreen-dimento de ensino. No entanto, sem algum início e ganho de experiência, não há nada a partir do qual se possa aprender e re;etir, assim, precisamos

estar em constante movimento”. Ela comparti-lhou outra observação da campanha de ensino: “Passamos a entender também que envolver ime-diatamente as pessoas recém-declaradas no Livro 2 e no ensino é fundamental para o modo como eles percebem seu papel dentro da comunidade e em relação à humanidade em geral.” A revelação mais emocionante foi em relação ao impacto da presença dos novos crentes congoleses na Festa de Dezenove Dias: “A parte devocional foi bem mais longa ... muitas orações foram entoadas ... e esses amigos continuavam a recitar uma oração após a outra. O espírito foi inigualável e todos se sentiram enlevados. Percebemos o quanto tínha-mos a aprender desses amigos ... e até que ponto é possível aprender de outra cultura.”

Os esforços das equipes de ensino no agrupamento Top End na Austrália para com-partilhar a Mensagem de Bahá’u’lláh com almas especialmente receptivas começaram a fruti9car quando encontraram a população nepalesa em sua região. Dois homens nepaleses, ambos de 2: anos, foram convidados para um programa à noite, no qual eles aceitaram a Fé. “Eles come-çaram o Livro 2 e a transformação em ambos foi evidente.” Encorajados a compartilhar a mensagem com seus companheiros de quarto, primeiro trouxeram um ao círculo de estudo e, em conjunto com o tutor, ensinaram-lhe a Fé e ele prosseguiu com o curso do instituto. Os dois jovens nepaleses estavam prontos para iniciar um novo livro e desta vez convidaram outros dois amigos. Antes do início do círculo de estudo, um dos novos crentes nepaleses disse que queria apresentar a mensagem aos seus amigos e pediu o livreto de ensino que havíamos usado. “A parte surpreendente foi a eloquência com que eles compartilhavam a Fé e acrescentavam suas próprias percepções… quando discutiam as citações de Bahá’u’lláh com seus amigos ... Foi uma imensa alegria ouvi-los compartilhar seu amor por Bahá’u’lláh e pelos Seus Escritos.”

Consolidando o Crescimento através do Processo de Instituto

Com um aumento no ritmo do ensino e de declara-ções, trazer uma percentagem signi9cativa de novos crentes ao processo de instituto foi importante para

Introdução 15I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Aumentando a Intensidade

Fortalecendo “a Tessitura Espiritual e Social da Comunidade” através de Visitas aos Lares

SHOGHI EFFEDI URGIU OS BAHÁ’ÍS “a fazerem um esforço especial para visitar os amigos”, “para encorajar e inspirar” a eles, e

“ampliar e aprofundar sua visão da tarefa que deve ser executada”. Visitar os amigos é uma atividade que foi estabelecida na Fé há longo tempo, mas, no decorrer deste Plano de Cinco Anos, a visita aos lares adquiriu novas dimensões e mostrou ser uma das abordagens mais efetivas tanto para o ensino como para a consolidação.

“Concebida como um meio de expor aos crentes os fundamentos da Fé”, a visita aos lares neste Plano muitas vezes surgiu do componente prático do livro 0 do Instituto Ruhi. No início do Plano, a Casa Universal de Justiça descreveu o impacto de visita aos lares do seguinte modo:

Até mesmo um ato de serviço como fazer uma visita ao lar de um novo crente, seja em um povo-ado das ilhas do Pací9co, ou em uma grande área metropolitana como Londres, reforça os laços de amizade que unem os membros da comunidade.

Este cenário de intimidade do lar tem motivado o compartilhar de temas de aprofundamento com novos crentes, bem como de apresentar a Fé a amigos e vizi-nhos. Um novo crente do agrupamento de Big Island, no Havaí, que foi visitado, disse: “Os bahá’ís parecem se encontrar somente na Sede Bahá’í, e é tão bom receber

uma visita em minha casa.” Seu marido, que não era bahá’í, compartilhou algumas de suas ideias e uniu-se aos visitantes para a oração.

No agrupamento de Majuro, nas Ilhas Marshall, o progresso das atividades centrais havia sido lento e o padrão dos círculos de estudo um tanto irregular. As condições começaram a mudar com a introdução de visitas aos lares. Em uma reunião do agrupamento, as consultas levaram ao plano de visitar os bahá’ís que durante algum tampo não estavam ativos. A resposta desses amigos foi de “franco entusiasmo”. Em diversas instâncias, membros da família extensa que não eram bahá’ís uniram-se às discussões e se envolveram nas atividades centrais. O resultado 9nal foi um espírito e um nível de atividade completamente novo em Marujo.

Uma experiência de alguns amigos do agrupamento de Seattle, nos Estados Unidos, re;ete quão importante foi a visita aos lares — este simples ato de serviço — para seus esforços de expansão e consolidação. Durante uma campanha de ensino, dois bahá’ís foram a um edifício de apartamentos e, após bater em algumas portas, conhe-ceram uma mulher afro-americana que calorosamente convidou-os a entrar. Ela abraçou a Fé durante a visita. No dia seguinte, os dois instrutores bahá’ís visitaram-na de novo. “Fomos fazer uma visita ao seu lar e eu com-partilhei com ela o primeiro tema de aprofundamento do Livro 0. Na quarta-feira seguinte ela participou de uma reunião devocional na casa de um bahá’í no outro lado da rua.” Foi feita outra visita ao seu lar e os amigos discutiram com ela o segundo tema de aprofundamento. Agora ela já havia memorizado a oração do meio-dia e está fazendo o círculo de estudo do Livro 2. A visita aos lares fez uma transição para o processo de instituto e uma interface para a vida comunitária.

Uma visita a um lar na Bolívia leva a uma apresentação direta da Fé.

Compartilhando os Ensinamentos em um lar no Camboja.

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manter o equilíbrio entre expansão e consolidação. Para os amigos, sua experiência foi uma con9rmação de que conectar os novos crentes ao processo de instituto era a chave para consolidá-los e assegurar seu envolvimento em atividades centrais. Algumas vezes os novos declarantes eram iniciados no Livro 2 durante a própria fase de expansão ou como parte de uma campanha do instituto logo após iniciada a fase de consolidação.

No agrupamento de Toronto, Canadá, basicamente por causa do ensino direto, no terceiro ano do Plano o número de declarações aumentou de uma média de 01 novos crentes durante um ano a 75 em menos de nove meses. As percepções sobre expansão e consolidação rela-tadas por agências do agrupamento de Toronto corresponderam às experiências em outras partes do mundo.

Além da experiência inicial de ensino, a importância de não somente convidar, mas auxiliar aqueles que abraçam a Causa a iniciar o Livro 2, tornou-se visível e vital a todas as nossas iniciativas de ensino/consolidação. Ao revisarmos os resultados dos esforços de ensino durante os últimos nove meses, 9cou claro que, em sua totalidade, aqueles que começa-ram o Livro 2 continuaram envolvidos na Fé e muitos deles levantaram-se para servir. Além disso, um elemento importante, tratado na primeira unidade do Livro 2, é que os novos crentes desenvolvam o hábito de ler os Escritos regularmente com um grau de re;exão e medi-tação. A atenção do instrutor a este elemento espiritual também foi importante.

Uma pioneira de frente interna no agrupa-mento de Denizli, Turquia, relatou o impacto do Livro 2 sobre um participante do primeiro círculo de estudo que ela iniciou em seu posto: “Como resultado de uma visita a um lar, convidamos uma família para estudar conosco o Livro 2. O pai da família, que era de origem materialista, confessou posteriormente que aceitou participar do Livro 2 para não ferir nossos sentimentos. Mas, durante o processo de estudar as citações, ele foi literalmente transformado; estava muito ansioso para completar rapidamente a sequência dos cursos — de modo intensivo — e sugeriu-nos estudar mais. Falou sobre a importância e

o conteúdo dos cursos a todos que o cercavam e encorajou todos os seus conhecidos a partici-parem também. Esta pessoa de mais de 41 anos é agora o coordenador do instituto no agrupa-mento, é tutor de círculos de estudo e possui um grupo de pré-jovens.

Ao levar avante um projeto de ensino em uma vizinhança de Cluj, Romênia, os amigos escolheram uma área na qual viviam alguns bahá’ís que haviam sido treinados no processo de instituto. Os residentes mostraram um grande interesse no programa que os bahá’ís estavam oferecendo para o desenvolvimento espiritual das crianças, jovens e adultos. Essas visitas resultaram na formação de classes de aulas para crianças, grupos de pré-jovens e um círculo de estudo. Foi também possível apresentar a Fé diretamente a pessoas interessadas. Após visitas adicionais, 26 jovens começaram um estudo intensivo do Livro 2, 27 deles durante a fase de expansão. Cinco jovens expressaram seu desejo de serem treinados para serem monitores. Logo os amigos estavam interagindo com 31 famílias e, através do processo de instituto, desenvolveram recursos humanos locais para levar avante as atividades centrais. Um crente local comentou que conseguiram “aumen-tar o número de atividades pelo simples fato de oferecê-las aos habitantes da vizinhança”. Então o instituto capacitou os residentes a assumirem a responsabilidade pelas atividades.

A passagem dos novos crentes pela sequência de cursos não apenas transformou sua centelha inicial de fé em ardor de convicção, mas sua capacidade de servir também aumentou em um agrupamento após o outro. A Casa de Justiça explicou que “quando programas de instituto cumprem [seu] propósito ... o número daqueles que se dedicam ao trabalho da Fé aumenta dramaticamente”.28 Em muitos agrupamentos no caminho em direção ao cresci-mento intensivo, o número de atividades centrais se multiplicava constantemente. Em outros, o trabalho de ensino que impulsionava o motor do processo de instituto necessitava de estímulo.

A Utilização de Instrutores Viajantes Dinâmicos

Outra estratégia que contribuiu para o aumento do ritmo do ensino e maior participação dos amigos nas fases de expansão foi a utilização de indivíduos

Introdução 17I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Aumentando a Intensidade

— instrutores fervorosos da Fé, bem versados nos elementos de um programa intensivo de crescimento — como recursos para outros agrupamentos no caminho em direção a uma maior intensidade. A experiência mostrou que posicionar estrategica-mente, atravessando fronteiras, instrutores bahá’ís capazes, poderia intensi9car signi9cativamente o ciclo de atividades de ensino em um agrupamento e impulsionar um crescimento maior. A utilização de amigos experientes deste modo sugeriu um novo papel para instrutores viajantes e um foco mais acen-tuado aos seus esforços.

Ainda que muitos amigos do agrupa-mento de Nyaruyoba na área rural de Tanzânia tivessem passado continuamente pela sequência de cursos, o número de declarações nos primei-ros quatro ciclos de seu programa intensivo de crescimento foi modesto e não representou o potencial da região para o crescimento. Um expe-riente instrutor bahá’í do agrupamento Tiriki West no Quênia visitou Nyaruyoba durante seu quinto ciclo e, juntamente com as agências do agrupamento, analisou o per9l de crescimento e o resultado das tentativas anteriores de ensino. Juntos, eles identi9caram desa9os e exploraram novas abordagens para superá-los; identi9caram populações potencialmente receptivas; estabe-leceram metas baseadas em avaliações realistas dos recursos humanos disponíveis; identi9caram indivíduos com talentos especiais que pudessem auxiliar no trabalho de ensino; e discutiram a composição de equipes de ensino e amigos adequados para coordená-las. Esta sessão de planejamento foi uma revelação para os amigos locais. Sua e9ciência foi percebida alguns dias depois nos resultados da fase de expansão: 43 novos crentes haviam se declarado, mais do que o conjunto dos quatro ciclos anteriores, e a maioria deles eram jovens e professores. Os amigos da localidade aprenderam bastante e 9caram felizes porque o amigo do Quênia pretendia permanecer em contato, atualizado quando ao seu progresso.

O agrupamento Karkar, em Papua-Nova Guiné, havia mostrado elevada receptividade, mas as atividades centrais não estavam sendo constantes e o ritmo do ensino era lento. Um crente da Austrália viajou ao agrupamento dessa remota ilha para ajudar os amigos a realizar seu

potencial de crescimento. Ele focou sua atenção em fortalecer a capacidade das agências do agru-pamento nos campos de análise e planejamento. Esse instrutor visitante ajudou os amigos a re;etir sobre os ciclos anteriores de atividade e seus desa-9os na consolidação. Os amigos passaram a ver a necessidade de executar planos sistemáticos no próprio lugar em que estava ocorrendo o cresci-mento — nas vizinhanças. Para ajudar os crentes locais a aguçar sua capacidade de análise, o amigo australiano ajudou-os “a re;etir sobre as lições aprendidas e a identificar o que precisava ser ajustado e qual a aprendizagem a ser adquirida”. Isso foi feito através do estudo das guias e da discussão das implicações de diferentes estratégias para o processo de crescimento. Foram geradas questões para orientar a consulta. Surgiram várias percepções a respeito de populações receptivas e métodos de ensino. Para o ciclo seguinte, desde o início planejou-se a consolidação, tanto em visitas aos lares como nos círculos de estudo intensi-vos, o que, de um modo natural, transformou a campanha de ensino em uma campanha do instituto. Quando o instrutor viajante partiu, havia 31 novos crentes, dos quais 23 haviam completado o Livro 2. Outros 51 crentes, que haviam participado de uma campanha de sete semanas do instituto, haviam avançado para o Livro 4. O mais importante, os crentes locais haviam demonstrado a habilidade e a prontidão para assumir plenamente o Plano.

O agrupamento de Bangui da República Centro-Africana tinha um programa intensivo de crescimento, mas durante um período de quatro ciclos o número de declarações estava em declínio, havendo assim necessidade de ajuda externa. Um instrutor bahá’í experiente do agrupamento de Lubumbashi, República Democrática do Congo, viajou durante sete dias, tomando dois aviões, fazendo uma difícil jornada de oito horas de motocicleta, e final-mente tomando uma canoa para chegar a Bangui. Sem perda de tempo, reuniu-se imediatamente com as agências do agrupamento para analisar com elas a situação do agrupamento e compar-tilhar experiências de seu próprio agrupamento. Juntos, planejaram uma campanha de ensino, selecionando vizinhanças e populações nas quais se concentrar, consultando sobre o número

18 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

de equipes a serem formadas, e discutindo o orçamento e os materiais de ensino necessários. Atenção cuidadosa foi dispensada à preparação das equipes de ensino e às responsabilidades dos líderes das equipes. O amigo congolês acompa-nhou diariamente cada uma das equipes durante a fase de expansão, consultando regularmente com elas e com as agências do agrupamento. Na fase de expansão de duas semanas, 70 pessoas abraçaram a Fé e, no 9nal da fase de consolidação, 80 novos crentes haviam se unido à comunidade. Foram estabelecidos planos para aprofundar os novos amigos através de visitas aos lares e cursos do instituto. As lições de planejamento e ação sistemática não foram esquecidas e mostraram-se inestimáveis para o sucesso dos ciclos de atividade subsequentes.

Outra abordagem efetiva que teve um efeito catalisador sobre o trabalho de ensino em muitos agrupamentos da América do Sul foi a visita de uma equipe de ensino, algumas vezes de um agrupamento próximo ou de outra região do país.

A maioria dos agrupamentos-meta do Peru beneficiou-se da visita de equipes de ensino viajantes. Seu serviço não somente ajudou

no avanço do processo de crescimento em 20 dos 25 agrupamentos prioritários, mas também melhorou o entendimento do Plano entre os amigos de agrupamentos que eram “o foco de atenção sistemática”.26 No Peru, as equipes eram do próprio país e formadas através de um convite da Assembleia Espiritual Nacional. Muitos eram jovens universitários que interromperam seus estudos para se dedicar a um período de serviço em tempo integral. “Alguns jovens deixaram a universidade por um semestre, outros adiaram o início de seus estudos universitários por um ano; e outros adultos jovens deixaram seus empregos por seis ou doze meses”. A ajuda prestada por esses dedicados instrutores às campanhas de ensino deu impulso ao crescimento e também desenvolveu capacidade nos jovens que serviram nas equipes de ensino. Alguns desses jovens pas-saram a servir como pioneiros de frente interna.

A Necessidade de uma Maior Coordenação

Um crescente número de crentes e atividades pedia uma maior coordenação, assim, a maioria dos institutos estabeleceu coordenadores de agrupa-mento. Inicialmente, um coordenador no âmbito de agrupamento auxiliava e coordenava os esforços dos professores de aulas para crianças, monitores e tutores. O coordenador trabalhava em íntima

Uma aula para crianças no Peru.

Introdução 19I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Aumentando a Intensidade

colaboração com membros do Corpo Auxiliar para manter a visão do Plano nas mentes dos crentes e estimular sua participação. Mas, o número sempre crescente de atividades e participantes colocava um número cada vez maior de demandas sobre o insti-tuto, o que muitas vezes levava à nomeação de um coordenador para cada uma de suas linhas de ação.

Juntamente com essas medidas para reforçar a estrutura do instituto e, à proporção que o pro-cesso de crescimento continuava a ganhar ímpeto, foram nomeados Comitês de Ensino de Área para facilitar o planejamento e coordenação do trabalho de ensino e atividades relacionadas com as reuniões devocionais e visitas aos lares. A experiência de um

“Trilhando um Caminho Comum de Serviço”

DURANTE ESTE PLANO DE CINCO ANOS, o conceito de “encorajamento duradouro” como um aspecto do desenvolvimento de capacidade tornou-se

mais claro na medida em que os amigos trabalharam em conjunto para o avanço do processo de entrada em tropas. Palavras de encorajamento, embora apreciadas, muitas vezes não são su9cientes. Os amigos precisam ser acompanhados na execução de tarefas de expansão e consolidação até ganha-rem a con9ança e as habilidades necessárias para ombrearem o trabalho por si mesmos. Para fazer isso de modo efetivo, é necessária uma consciência de que estamos todos “trilhando um caminho comum de serviço — apoiando uns aos outros e avançando juntos”. A Casa Universal de Justiça explicou que “acompanhamento” foi “dotado de novo signi9cado” na comunidade bahá’í. “Isso assinala o signi9cativo fortale-cimento de uma cultura na qual aprendizagem é o modo de funcionamento, um modo que promove a participação de mais e mais pessoas com conhecimento, num esforço unido para aplicar os ensinamentos de Bahá’u’lláh na construção de uma civilização divina.” É “um avanço no aspecto cultural” que veio para 9car.

Os relatos em primeira mão, abaixo, de coordenadores de agrupamentos de dois diferentes continentes ajudam-nos a entender como pode ser, na prática, acompanhar outros no caminho de serviço, e ilustra, acima de tudo, como “este desenvolvimento na cultura encontra expressão na qualidade das interações [entre os amigos]”.

Na Colômbia, uma crente entrou no processo de ins-tituto como jovem e rapidamente ampliou sua capacidade de servir. Ela relata como o estímulo e apoio que recebeu do membro do Corpo auxiliar para levar avante com e9ci-ência as atividades centrais prepararam-na para servir como coordenadora de agrupamento. Ela então empenhou-se em transmitir aos crentes, com os quais compartilhou a visão do Plano, a atitude de aprendizagem e o espírito de encorajamento que ganhou do membro do Corpo Auxiliar.

O membro do Corpo Auxiliar, que na época estava servindo como coordenador da sequência de cursos, sempre me acompanhou e por isso sou grata a ele do fundo do meu coração.

Um dia, fui convidada a uma reunião para avaliar o ciclo de três meses do nosso agrupamento e me foi dito que o instituto havia pensado em mim para servir como coordenadora de círculos de estudo. Eu sabia que a sequência de cursos era vital para o processo de preparar indivíduos de diferentes comunidades para servir. Algumas vezes à noite eu 9cava tão nervosa que não conseguia dormir, mas era uma oportunidade que não podia perder, uma oportunidade para aprender e agradecer a Deus e Bahá’u’lláh por ter sido capacitada de servi-Lo. Era um desa9o único.

Senti a necessidade de explorar muitas coisas que estavam ocultas dentro de mim que eu nunca havia desenvolvido. Finalmente aceitei e hoje percebo que aprendemos na medida em que trabalhamos. As Hostes Divinas estarão nos acompanhando se trabalharmos com pureza de motivo e mantivermos uma atitude de aprendizagem. Este é um ponto importante para qualquer coordenador que realmente queira avançar. Se perdermos esta atitude, não nos bene9ciaremos das contribuições de todos aque-les que nos cercam.

O objetivo era claro: sustentar o que nós tínhamos, esforçar-nos por manter a dinâmica dos círculos de estudo, continuar a crescer, mobilizar mais tutores, manter o constante avanço de ;uxo na “pirâmide” de recursos humanos, encorajar os tutores para manterem sua regularidade e entusiasmo, e usarem a oportunidade de ajudar outros a crescer tanto quanto nós crescemos. Do modo como eu havia sido acompanhada, eu sabia que se eu mesma não estivesse disposta e entusiástica, não seria capaz de transmitir coisa alguma a outros, nem

(continua na página "#)

20 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

encorajá-los. Este era um requisito para estar estreita-mente envolvido e auxiliando os tutores, os participantes e os pais dos participantes. Nesse processo, eu descobri que é muito importante ser amiga de todos — sentir que, qualquer que seja a comunidade na qual chegamos, nossa identidade é bahá’í, que todos sabem disso, e que não somos estranhos entre eles.

Para manter a dinâmica dos círculos de estudo, bem como um constante ;uxo de recursos, os coordenadores devem estar sempre atentos a tudo, ser organizados, e delinear um plano de trabalho para se desenvolver sistematicamente durante o ciclo. Devem também ser amigos dos participantes, cumprimentá-los amorosa-mente, perguntar sobre o progresso em seus estudos, e saber se estão felizes. Se alguém não estiver participando do círculo de estudo, visitá-lo em sua casa e transmitir à família a importância do círculo de estudo.

O acompanhamento deve acontecer para tutores, bem como participantes. Os tutores não devem ser deixados sozinhos por muito tempo; eles precisam bastante apoio na atividade e de um modo geral. Aprofundamento em citações sobre diferentes tópicos com os tutores ajuda-os a ampliar sua visão e entender ainda melhor o valor da sua oportunidade de servir. Quando eu visito tutores, procuro ajudá-los a re;etir sobre a importância de ajudar outros; devemos todos lembrar que em algum momento alguém fez o mesmo para nós, foi paciente conosco, e ajudou-nos a crescer. Não aprendemos para nós mesmos, mas para oferecê-lo a outros e para servir a humanidade.

O Coordenador nacional de pré-jovens da Malásia relata a abordagem que usou para aumentar a e9ciência da coor-denadora do programa de pré-jovens de um agrupamento em particular. As sugestões especí9cas que ele fez, junta-mente com seu apoio pessoal, ajudaram a desenvolver sua capacidade e também estabeleceram um exemplo de como acompanhar os monitores. Quando de suas visitas, a pri-meira coisa que fazia era se encontrar com essa coordenadora do agrupamento e discutir sua experiência em implementar o programa de pré-jovens. Ele descobriu que muitos dos monitores da sua área não participavam das reuniões dos monitores, assim melhorar seus níveis de habilidade era desa9ador. Ele se ofereceu para ajudá-la a desenvolver um relacionamento mais estreito com os monitores, e juntos eles desenvolveram um plano para tratar dessa questão.

Sugeri que para ela construir um relacionamento forte com os monitores, deveria passar da condição de “esta-

tística” à de uma amiga. Visitas regulares aos monitores poderiam servir para construir um bom entendimento.

Examinamos os nomes dos atuais participantes da sequência do instituto e listamos aqueles que haviam completado o Livro 3 do Instituto Ruhi e aqueles que estavam avançando. Listamos também os nomes dos que atualmente servem como monitores e daqueles que haviam servido como monitores no passado, e então planejamos nossas visitas a esses amigos.

Durante as primeiras visitas, ajudei a coordenadora do agrupamento a pensar sobre possíveis tópicos para discu-tir durante nossas visitas: projetos de serviço, atividades complementares, visitas aos pais, problemas com reuniões de monitores, o nível de participação dos pré-jovens na formulação das atividades e discussões do grupo, e assim por diante. Ela aprendeu rapidamente e nas visitas subsequentes introduziu esses elementos nas suas conversas com os monitores. Sua sinceridade e humildade tocaram os corações dos monitores, e eu pude ver que, em consequência disso, agora eles consultam com ela sobre esses problemas. Um em especial expressou a sua necessidade de ajuda com a expansão do grupo e também com visitas aos pais, e imediatamente ela planejou uma campanha de visitas junto com ele.

Com os indivíduos que achamos que poderiam iniciar grupos de pré-jovens, fomos diretos e honestos sobre o propósito de nossas visitas. Perguntamos se gostariam de se tornar monitores e se poderíamos ajudá-los a formar grupos, acompanhando-os para convidar participantes e explicar o programa aos pais. Com aqueles que con-cordaram em iniciar novos grupos, estabelecemos datas para os convites.

Quanto à melhora das reuniões dos monitores, sugeri que durante minha permanência realizássemos um treina-mento de habilidades sobre os “papéis de um monitor”. Naquele dia, participaram 25 monitores e monitores potenciais. ... Durante a re;exão, uma monitora disse que sabe que o trabalho de um monitor não é planejar atividades para os pré-jovens, mas ajudá-los em seu pla-nejamento e apoiá-los em suas iniciativas. Oro e tenho a esperança de que futuras reuniões de monitores continu-arão a ter alta frequência e que os monitores perceberão a importância de adotar uma postura de aprendizagem.

Introdução 21I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Aumentando a Intensidade

dos primeiros desses comitês na Austrália oferece um retrato de como esta nova entidade no âmbito de agrupamento abordou suas tarefas.

Logo após ser formado, o Comitê de Ensino de Área do agrupamento de Perth estu-dou a guia do Centro Mundial e comprometeu-se com um modo de aprendizagem. Isso signi9cava começar com um plano simples a partir do qual os membros do Comitê e outras agências do agrupamento poderiam ganhar experiência. “Sentimos que era importante fazer tal plano, mesmo que não fosse perfeito, pois somente através do processo de re;exão, planejamento e ação poderíamos re9nar nossos esforços coleti-vos.” Inicialmente, uma das áreas sobre as quais o Comitê desejava aprender era o signi9cado de acompanhar as equipes de ensino. Cada um dos membros do Comitê se envolveu diretamente com o trabalho de uma equipe de ensino durante as fases de expansão e consolidação do ciclo. Essa experiência de primeira mão enriqueceu suas re;exões sobre métodos de ensino e populações receptivas, e deu-lhes percepções sobre o que sig-ni9cava “estar ombro a ombro com os amigos”,2: “apoiando uns aos outros e avançando juntos”.01

O Papel dos Membros do Corpo Auxiliar

Desde os primeiros impulsos do processo de cres-cimento em um agrupamento identi9cado como objeto de atenção prioritária, até o complexo nível de atividade engendrada por um programa intensivo de crescimento, o papel dos membros do Corpo Auxiliar foi fundamental para o avanço do processo

de entrada em tropas. Incumbidos da tarefa de tra-balhar “em ambas as frentes”,02 para assegurar que o processo de instituto e o trabalho sistemático de ensino “sejam levados avante livres de obstáculos”,00 os membros do Corpo Auxiliar e seus ajudantes trabalharam em conjunto com os amigos “lado a lado no campo de serviço”, 05 “apoiando-os através de seus esforços e partilhando de suas alegrias”.07 Por exemplo, na Colômbia, uma tutora, que mais tarde tornou-se coordenadora do instituto, contou quão grata ficou ao membro do Corpo Auxiliar: “Para mim, ele tem sido como um pai orientando sua 9lha, dando-me a oportunidade de consultar livremente com ele. Eu sempre espero uma resposta sincera e amorosa que sempre está focada no cami-nho do serviço”. (vide caixa “Trilhando o Caminho Comum do Serviço”)

Ao promover uma atitude de aprendizagem tanto por parte dos indivíduos como das instituições, os membros do Corpo Auxiliar ajudaram-nos a re;etir sobre suas experiências e a ver suas próprias possibilidades, e ao mesmo tempo a perceber que o empenho em alcançar crescimento sustentável não era “destituído de di9culdades”03 e que haveria retrocessos temporários. Conforme os membros do Corpo Auxiliar, os coordenadores do instituto e os Comitês de Ensino de Área superaram desa9os atra-vés de consulta e aumento de experiência, apoiados por um relacionamento de amorosa cooperação, pôde-se observar crescimento na capacidade e fun-cionamento das agências do agrupamento.

No ponto mediano do Plano, em consequência dos diligentes esforços dos membros do Corpo Auxiliar e seus colaboradores no âmbito do agrupa-mento, os programas de crescimento em centenas de agrupamentos haviam adquirido intensidade, e os crentes estavam empenhando-se em “entender na prática como os diversos elementos de um padrão de crescimento sadio ... [deveriam] ser integrados num todo coeso”.04 Em sua mensagem de 01 de outubro de 0116, a Casa de Justiça escreveu que houvera “um aumento na conscientização da eficácia do arcabouço que orienta o funcionamento do Plano de Cinco Anos”08 e a9rmou que “numerosos agrupa-mentos, em todo o mundo, estão sendo preparados para expansão sistemática”.06

Membros do Comitê de Ensino de Área de Tirana, Albânia, planejando uma campanha de ensino.

22 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

FOI AQUELA MESMA MENSAGEM DE 01 DE OUTUBRO DE 0116 que anun-ciou ao mundo bahá’í a decisão da Casa

Universal de Justiça a “convocação de uma série de conferências regionais, ao todo quarenta e uma” 0: ao redor do globo. As sessões das con-ferências ressoavam com as histórias inspiradoras de novos crentes e dos veteranos que, com base em suas experiências pessoais, testemunharam a “e9cácia do arcabouço”.51 E nos meses seguintes, 9cou claro que os “resultados” dos agrupamentos almejando expansão, haviam se transformado em centenas, prosseguindo à novas fronteiras

De Auckland a Antofagasta, de Los Angeles a Lubumbashi, cerca de 61.111 amigos partici-param destas históricas reuniões. A experiência das conferências regionais, quer o número dos participantes tenha sido 411 ou 4.111, teve um impacto estimulante e galvanizante em milhares e milhares de crentes em todos os continentes e contribuiu imensuravelmente para as vitórias do Plano de Cinco Anos.

Na conferência de Guadalajara, México, um membro do Corpo Auxiliar ajuda os participantes a avaliar seus recursos humanos.

Crianças em um programa especial na Casa de Adoração em paralelo com a conferência em Frankfurt, Alemanha.

Os cantores de Danané foram um destaque do programa cultural em Abidjan, Costa do Mar$m.

Enquanto aqui em Pádua, Itália, os amigos em muitas conferências apreciaram as traduções simultâneas.

Música animada caracterizou a conferência de Johanesburgo, África do Sul.

23I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Avançando as Fronteiras da Aprendizagem

Uma dança tradicional na conferência de Battambang, Camboja.

Participantes da conferência em Nakuru, Quênia, fazem planos para seu agrupamento.

Mães e os muito jovens participam da conferência de Baku, Azerbaijão.

Sessões de debates na conferência regional de Auckland, Nova Zelândia.

24 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

A alegria de encontrar um velho amigo na conferência em Kiev, Ucrânia.

Amigos de Assam apresentam uma dança tradicional em Calcutá, Índia.

Amigos em Ulan Bator, Mongólia, consultam sobre a mensagem da Casa Universal de Justiça.

Um dos "% grupos de debates na conferência de Chicago, Illinois, Estados Unidos.

25I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Avançando as Fronteiras da Aprendizagem

Participantes desfrutam da conferência em Antofagasta, Chile.

Espírito elevado caracterizou a conferência em Quito, Equador.

26 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

Avançando as Fronteiras da AprendizagemNo 9nal de 0121, a Casa de Justiça observou que já existiam cerca de 2411 agrupamentos no mundo em que os bahá’ís haviam conseguido “criar o padrão de ação associado com um programa intensivo de crescimento”.52 Ao invés de ser a culminação de um processo, essa realização signi9cava que “novas fronteiras de aprendizagem já estão abertas para os amigos”.50 O movimento ao longo do continuum dinâmico exigia agora que eles dedicassem “suas energias para a criação de comunidades vibrantes, crescendo em tamanho e re;etindo em graus cada vez maiores a visão de Bahá’u’lláh para a humani-dade”.55 A Casa de Justiça 9cou animada em ver que dentre os 2411 agrupamentos com programas inten-sivos de crescimento, em algumas centenas os crentes haviam entrado nessa arena da aprendizagem, e em algumas estavam ampliando suas fronteiras.

Mobilizando e Administrando Grandes Números de PessoasNesses agrupamentos avançados, as instituições e agências haviam, no decorrer do Plano, tornado-se e9cientes em mobilizar recursos humanos e canalizar energias para o campo do ensino. Em tais casos, os amigos que estavam ativamente engajados no ensino e atividades centrais relacionadas geralmente totalizavam 31 a 211, e, na maioria dos agrupa-mentos bem desenvolvidos, esse número chegava a centenas. A participação em atividades centrais variava de centenas a milhares de almas. Entre todos esses programas intensivos de crescimento, o comum

era um processo mais dinâmico de instituto, uma cultura de ensino, e dedicação à aprendizagem.

Os crentes e instituições do agrupamento Lubumbashi, República Democrática do Congo, tiveram tanto sucesso em alcançar um elevado nível de equilíbrio de crescimento com consolidação efe-tiva, que ele tornou-se o local onde amigos de outros agrupamentos, e muitas vezes de outros países, iam participar das fases de expansão e consolidação, de modo a poderem levar essa experiência de primeira mão aos seus agrupamentos. Outro agrupamento na vanguarda do crescimento e desenvolvimento foi o de Daga, em Papua-Nova Guiné. No último ano do Plano, em um período de apenas quatro meses, o número de atividades centrais subiu de 730 para 35: e o número de buscadores participantes de 27 para 266. Ao re;etir sobre seu sucesso, os crentes atribuíram esse progresso ao espírito emanado da reunião institucional regional, à descentralização das reuniões de re;exão do agrupamento, e ao estudo das mais recentes orientações.

Uma característica compartilhada pelos agru-pamentos que se encontram na vanguarda do crescimento foi a ampliação do processo de cresci-mento e construção de comunidades a um crescente número de comunidades locais ou povoados de seu agrupamento, bem como uma penetração mais profunda de Fé em uma região. Em grandes agru-pamentos urbanos, esses desenvolvimentos podem ser vistos em vizinhanças em que as atividades se tornaram intensivas. Em Perth, Austrália, por exemplo, algumas vizinhanças possuem populações bahá’ís que ultrapassam 211. Em alguns povoados do agrupamento de Pemba, Zâmbia, atualmente os bahá’ís constituem 03< do total da população. Esses números sugerem uma realidade diferente com o qual os crentes e instituições estão aprendendo a lidar.

O sucesso alcançado nesses agrupamentos avança-dos, no ensino e levantamento de recursos humanos, trouxe também consigo uma profunda percepção dos efeitos transformadores dos cursos do insti-tuto e do “espírito de empreendimento”57 que eles evocaram. O agrupamento East Kanchanpur, na distante região ocidental do Nepal, em um remoto distrito localizado a 07 horas de ônibus da capital, oferece um impressionante exemplo da iniciativa e comprometimento engendrados pelo processo de instituto.Planejamento na reunião institucional em Daga, Papua-Nova Guiné.

Introdução 27I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Avançando as Fronteiras da Aprendizagem

No início de 0114, havia cerca de 711 crentes no agrupa-mento e no 9nal do Plano mais de 2111. O crescimento dos recursos humanos — amigos que passavam pelos cursos do instituto — era quase igual ao de declarações, pois praticamente todos os novos crentes haviam se tornado bahá’ís enquanto estu-davam o Livro 2, ou estudado o curso imediatamente após serem ensinados sobre a Fé. A força de East Kanchanpur não era só numérica, mas estava também no espírito de empreendimento demonstrado pelos amigos. As atividades centrais aumenta-ram de 57, próximo ao início do Plano, para 021 em 0122 (por exemplo, as reuniões devocionais passaram de 21 por ciclo para :7; as classes de aulas para crianças aumentaram de 20 para 45; e os grupos de pré-jovens cresceram de 6 para 70). Os membros das agências do agrupamento eram jovens que haviam crescido através do processo de instituto e dois deles passaram a ser coordenadores de âmbito nacional. Um membro veterano da Assembleia Espiritual Nacional do Nepal descreveu o espírito engenhoso dos amigos da seguinte maneira:

O mais impressionante é o empenho e dedicação dos jovens em organizar e condu-zir atividades centrais. Eu visitei uma nova comunidade em que duas moças no 9nal de sua adolescência ou de vinte e poucos anos, recém se tornaram bahá’ís, e já estão man-tendo uma reunião devocional, um círculo de estudo, e classes de aulas para crianças e jovens. Um dos amigos mencionou que a mais relevante mudança que havia visto enquanto o processo do crescimento se acelerava era que agora os vizinhos começavam a interagir uns com os outros, ao passo que anteriormente isso não acontecia. Não só os vizinhos estão interagindo mais, mas os amigos de diferentes comunidades também estão trabalhando mais e mais em conjunto para desenvolver seus agrupamentos. Na reunião de re;exão em East Kanchanpur, mais de 011 amigos reuniram-se, dando pouca atenção à temperatura gélida.

Fortalecendo o Processo de Instituto

Reconhecendo o papel fundamental do instituto de capacitação em promover o crescimento sustentável, os crentes e instituições, no âmbito de agrupamento, esforçaram-se em fortalecer o processo de instituto, aumentando o número daqueles capazes de atuar como tutores e melhorando a qualidade do pro-cesso educacional em círculos de estudo. Reuniões regionais e de agrupamento levaram coordenadores e tutores a re;etir sobre sua experiência, compartilhar percepções e, através do estudo de partes dos livros do instituto, revigorar sua compreensão das atitudes, qualidades e habilidades de um tutor e9ciente.

Um seminário para coordenadores do instituto, realizado em Yaoundé, Camarões, em agosto de 0121, deu a coordenadores de diversos países da região uma oportunidade de re;etir em conjunto sobre como melhorar a qualidade do processo educacional em seus círculos de estudo. O recém-nomeado coordenador de círculos de estudo que servia no agrupamento de Dakar, no Senegal, retornou ao seu próprio agrupamento com uma percepção mais clara da conexão entre o ensino e um maior desenvolvimento do pro-cesso de instituto. O seminário de re;exão havia enfatizado a execução de elementos práticos dos cursos e o auxílio aos participantes de círculos de estudo em adquirirem um entendimento profundo dos textos. O coordenador de Dakar acompanhou vários dos participantes do Livro 2 em compartilhar orações e no ensino da Fé. Isso levou 00 novas almas a conhecer a Bahá’u’lláh e à sua con9rmação na Fé. Quase todos entraram nos

Reunião de um grupo de pré-jovens em Kanchanpur, Nepal.

28 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

cursos do instituto e vários iniciaram atividades centrais.

Um tema importante para reuniões de coordena-dores e tutores foi a re;exão sobre suas experiências de como acompanhar participantes em seu processo de instituto de modo que eles posam adquirir “apti-dões e habilidades (para o) serviço”53 e como criar “um ambiente conducente à capacitação espiritual de indivíduos”.54 Esse ambiente, juntamente com o foco dos cursos em conectar os participantes ao poder transformador da Palavra Criativa, liberou o potencial dos amigos em todas as partes do mundo.

Um jovem de 28 anos tornou-se bahá’í no Agrupamento Portal da Glória, Brasil, durante uma campanha de ensino em sua vizinhança. Ele imediatamente participou das atividades na sede bahá’í local e uniu-se ao grupo de pré-jovens para o qual convidou seus amigos. Após completar o programa, ele estudou o Livro 2 e avançou na sequência dos cursos. Por sua pró-pria iniciativa, abriu uma classe de aulas para crianças, convidando crianças da sua rua. Ele estava sempre preparado para a aula e mostrou-se responsável e capaz. Com o aumento do tama-nho da classe, convidou dois outros jovens para auxiliá-lo. Ele sabia que era importante visitar os pais em suas casas, mas decidiu convidá-los todos para sua casa, o local das aulas, para discutir a importância da educação espiritual das crianças. Surpreendentemente, 33 mães e crianças vieram. “Quando percebeu o número de pessoas presentes, ele sentiu um frio na barriga; então ele orou e falou.” Todos ficaram muito felizes com a reunião. Antes de se tornar bahá’í,

o jovem, conforme a9rma sua mãe, era um tanto “encrenqueiro”. Mas, todas as mães perceberam a mudança que havia ocorrido em seu comporta-mento. Ele havia conquistado sua consideração e sua con9ança.

A coordenadora de pré-jovens do agru-pamento Khujand, Tajiquistão, relatou sua experiência com seu primeiro grupo de pré-jovens em sua vizinhança. Eles se encontravam semanalmente e completaram quatro livros do programa. O efeito do programa sobre os pré-jovens foi tremendo. Eles foram transformados em termos da linguagem que utilizavam, seu comportamento, atitudes e objetivos de vida. Os jovens compartilharam com ela algo que haviam observado em sua escola pública. Sempre que havia con;itos entre seus colegas e os pré-jovens do programa compartilhavam conceitos e citações que estavam aprendendo com seu grupo, os con-;itos se extinguiam e a unidade era restabelecida. A mudança era tão perceptível que a professora de linguagem da escola 9cou surpresa e perguntava de que espécie de aulas eles participavam, que seu vocabulário e fala haviam 9cado tão diferentes do restante de seus colegas.

Ímpeto especial foi dado ao objetivo de fortale-cer o processo de instituto através da realização de mais de 71 “seminários do instituto” em todos os continentes, em 0121. Eles foram estimulados pelo Centro Internacional de Ensino e organizados pelo Corpo Continental de Conselheiros para participan-tes de agrupamentos avançados. O foco no papel dos coordenadores do instituto e nos elementos de coordenação efetiva provou ser uma experiên-cia iluminadora e edi9cante para os participantes. Reuniões para re;exão tão profunda entre os coor-denadores e tutores, muitas vezes com a participação de membros do Corpo Auxiliar, foram incorporadas ao ritmo natural do próprio instituto e passaram a ser vistas como cruciais para o fortalecimento da dinâmica de crescimento nos agrupamentos. (vide caixa: “Seminários do Instituto Enfocam o Propósito e os Conceitos do Currículo”)

Esforços Focados em Vizinhanças e Povoados

Nos agrupamentos mais avançados, surgiram importantes percepções, a partir de seus esforços Pré-jovens no agrupamento Portal da Glória trabalhando num

projeto social em sua escola.

Introdução 29I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Avançando as Fronteiras da Aprendizagem

para abranger mais e mais pessoas no processo de construir uma nova Ordem Mundial. Através de esforços concentrados de ensino em uma vizinhança ou povoado, os amigos perceberam mais claramente do que nunca como as atividades centrais se reforça-vam mutuamente e como colocavam em movimento um “processo de construção de comunidades”.58 No agrupamento West Midlands, Inglaterra, os amigos começaram com uma reunião devocional no bairro Hill9elds e então perceberam como um processo orgânico de crescimento pode começar a se desen-volver em um espaço social menor. Os crentes do agrupamento Kajang, na Malásia foram igualmente encorajados pelos seus esforços no bairro Bangi Jaya, onde os jovens da região entraram no processo de instituto e apresentaram seus pais às atividades centrais. A integração dessas atividades criou um senso de comunidade e progresso no bairro.

Em muitos casos, quando os crentes trabalhavam com alguma população receptiva identi9cada em um agrupamento urbano ou em um povoado, entre pessoas tradicionalmente receptivas, seus esforços de

ensino começaram a efetivar centenas de declarações, e logo eles enfrentaram os desa9os apresentados por grandes números de pessoas.

O agrupamento Bihar Sharif, no nordeste da Índia, uma região de predominância rural, foi um dos primeiros agrupamentos onde foi esta-belecido um programa intensivo de crescimento. No agrupamento há 57 povoados onde vivem bahá’ís, incluindo nove com grande número de crentes e amigos da Fé, que participam de ativi-dades. O processo de crescimento desenvolveu-se de forma orgânica em um povoado após o outro, com os amigos compartilhando a mensagem de Bahá’u’lláh e iniciando atividades centrais. Consultas com pais acerca de uma visão do futuro da comunidade atraíram seu apoio a esses programas para o desenvolvimento espiritual de suas famílias. Logo eles se envolveram nos cursos do instituto e em atividades de sua própria iniciativa. Em 0118, os esforços para o ensino levaram a uma onda de declarações, e as agências

Seminários de Instituto focam no propósito e conceitos do currículo

AO PARABENIZAR O MUNDO BAHÁ’Í pelas suas realizações, no Ridván de 0121, ao mesmo tempo a Casa Universal de Justiça informou aos

amigos que para responder à crescente receptividade do mundo e às demandas cada vez maiores de recursos huma-nos, seria necessário fortalecer o processo de instituto. Um passo importante neste sentido foi dado em semanas após o Ridván. Diante do encorajamento do Centro Internacional de Ensino, Conselheiros em todos os continentes ajudaram a organizar seminários de instituto com duração de seis a nove dias, basicamente para coordenadores do instituto e membros do Corpo Auxiliar. Mais de 71 de tais seminá-rios foram realizados, sendo que muitos deles reuniram representantes de diversos países, envolvendo mais de 2.011 participantes de cerca de 411 agrupamentos com programas intensivos de crescimento.

Os seminários concentraram-se em rever seções do Livro 8 do Instituto Ruhi que foram considerados funda-mentais para melhorar a e9ciência dos tutores. Juntamente

com essa revisão, pequenas discussões em grupo permiti-ram re;exões profundas sobre o objetivo subjacente das unidades e a aplicação de conceitos para atos de serviço. As sessões aumentaram entre os participantes a consciência da necessidade de tais reuniões para re;exão a 9m de apri-morar a qualidade do processo educacional em círculos de estudo. Alguns admitiram que, ao serem convidados para o seminário, tiveram que procurar seu exemplar do Livro 8, e agora perceberam que ele contém as respostas a tantas perguntas que lhes estavam ocorrendo e que deveria ser seu companheiro constante.

Além do estudo do Livro 8, os participantes con-sideraram como sua experiência e re;exões poderiam contribuir para uma atuação mais efetiva como tutor do Livro 2. Visitas de campo e desempenho de papéis também foram elementos de muitos dos seminários, capacitando os participantes a aplicar a aprendizagem obtida das suas discussões para prática efetiva.

Os seminários de instituto deram ímpeto a uma série semelhante de reuniões em âmbito nacional e regional, e gradualmente este tipo de re;exão em profundidade está sendo incorporado ao hábito de aprendizagem dos próprios institutos.

30 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

do agrupamento acharam desa9ador consolidar uma maré de 401 novos crentes. Após consulta, sua reação foi o uso estratégico de campanhas do instituto. Antecipadamente, planejou-se um curso intensivo, de modo que, tão logo indi-víduos abraçassem a Fé, pudessem participar imediatamente de um curso de quatro dias do Livro 2, durante a fase de expansão. Assim, um terço dos novos declarantes completou o Livro 2 antes da fase de consolidação e eles estavam preparados para seguir na sequência de livros. Atualmente, existem 036 atividades centrais no agrupamento, com cerca de 5.111 participan-tes. Graças à visão e unidade das instituições e agências do agrupamento, centenas de bahá’ís e outros residentes, incluindo líderes eleitos dos povoados, têm um senso de posse do processo de transformação existente. Regularmente são realizadas reuniões de reflexão para tutores, professores e monitores, e a cada seis meses é realizada uma reunião festiva para pré-jovens e crianças. Reuniões para planejar a expansão das atividades frequentemente incluem líderes dos povoados, que desejam melhorar o bem-estar espiritual e material de suas comunidades. A ação social acontece lado a lado com o crescimento, em parte devido à colaboração de uma organi-zação não governamental de inspiração bahá’í, que está promovendo as escolas da comunidade, e à experiência gerada a partir da existência de 44 grupos de pré-jovens no agrupamento, o qual serve como centro de aprendizagem para o programa de pré-jovens.

Desenvolvimento Adicional de Programas para Crianças e Pré-jovens

Outro desa9o que se originou do crescente número de crentes – desa9o particularmente comum em comunidades de que estavam desenvolvendo-se materialmente, nos povoados, ou em vizinhanças nos quais populações receptivas entraram na Fé – foi que os crentes e as instituições tiveram que aprender mais a respeito de como atender às necessidades espi-rituais de famílias inteiras e lidar com as dimensões sociais que as acompanhavam. Essa realidade realçou de forma nítida a importância da educação espiritual sistemática para crianças e pré-jovens.

Uma prática de certo modo semelhante à ida de crentes de outros países a certos agrupamentos para participar do planejamento e execução das fases de expansão e consolidação, a 9m de aumentar o entendimento do processo de crescimento entre os crentes do agrupamento; a difusão do programa de empoderamento espiritual de pré-jovens levou ao estabelecimento de uma rede de centros de aprendizagem nos quais coordenadores pudessem se reunir para re;etir e melhorar suas habilidades, e que foram também proveitosos para sistematizar a aprendizagem e facilitar a expansão do programa. Ao 9nal do Plano, mais de 51 centros de aprendizagem haviam sido estabelecidos, cada um servindo a um grupo de agrupamentos, com coordenadores em tempo integral, apoiados por um contingente de pessoas-recurso que facilitaram o compartilhamento da aprendizagem.

Agrupamentos na vanguarda da aprendizagem expandiram significativamente o escopo de seus programas para a educação espiritual de crianças e o empoderamento de pré-jovens e se empenharam em alcançar um nível mais alto de qualidade. Nos últi-mos cinco anos, esta expansão re;etiu-se em quase 73< de aumento nas classes de aulas para crianças em todo o mundo, chegando a um total de aproxi-madamente 23.111. Notavelmente, o programa de pré-jovens, designado como uma quarta atividade central no início desse Plano, teve um aumento de mais de 011<, chegando a mais de 21.111 grupos.

No início do Plano havia 22 classes de aulas para crianças no agrupamento Tenerife, Ilhas Canárias, principalmente organizadas por famílias bahá’ís que queriam garantir que seus 9lhos receberiam educação espiritual. Os crentes ligados ao instituto nacional re;etiram

Coordenadores de grupos de pré-jovens de todo o Canadá se reúnem numa escola em Toronto para discutir planos para a expansão das áreas do programa.

Introdução 31I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Avançando as Fronteiras da Aprendizagem

Pré-Jovens em um Caminho de Transformação Espiritual e Social

PARA TODOS AQUELES QUE TRABALHAM com pré-jovens nos últimos cinco anos, as palavras da Casa Universal de Justiça que expressam sua

“ânsia de aprender” e seu “desejo de contribuir para a construção de um mundo melhor” foram rea9rma-dos regularmente. Ao descrever sua experiência com seu grupo de pré-jovens uma monitora do Canadá compartilhou a seguinte percepção: “Eles têm menos preconceitos do mundo, são capazes de aceitar mudança facilmente, e estão preparados para crescer se lhes for dada a oportunidade.” Há abundância de histórias sobre como de certo modo os mais jovens que participam de grupos de pré-jovens, tanto maiores como menores, começaram a crescer e mudar e, além dessa transfor-mação pessoal, como lhes foram dadas as ferramentas necessárias para combater as forças negativas que os cercam.

Em Honolulu, Havaí, um monitor descreveu como o ambiente criado no grupo de pré-jovens pode in;uen-ciar o comportamento da juventude.

Começamos pintando e desenhando para criar um mural que estava para ser exposto na sede. Os pré-jovens naquela comunidade são muito resguardados e estão sempre prontos para colocar uns aos outros para baixo com comentários negativos. Como está-vamos trabalhando no mural, os pré-jovens e crianças começaram com observações negativas, mas nós não os repreendemos. Em vez disso, começamos usando linguagem cordial uns com os outros e a elogiar seus desenhos. No 9nal da atividade, eles pararam de provocar uns aos outros e os pré-jovens estavam ajudando os mais jovens a pintar. Que progresso! Isso levou todos nós às lágrimas. Os pré-jovens se livra-ram de suas armaduras. Foi nosso primeiro vislumbre do potencial para grupos de pré-jovens como um “porto seguro”, local em que eles estão livres para se expressar sem medo de serem ridicularizados.

Um monitor de 07 anos de idade do agrupamento de Matunda Soy no Quênia relata em palavras como-ventes como o contato com os materiais para pré-jovens lhe deu uma nova visão para sua própria vida.

Às vezes sinto vontade de chorar, pois quando eu estava na escola primária, meus pais frequentemente me diziam coisas, mas eu não dava atenção. Como evitar alguns grupos - na época em que meus pais me diziam, eu achava que eles não queriam que eu tivesse amigos. Assim, eu estava desenvolvendo algum mau caráter em mim. Mas agora, após passar pelos materiais de pré-jovens e depois pelo Livro 3, e me tornei monitor, isso me afetou muito. Agora tenho uma visão… Quando eu estava na 8ª série do primário, eu disse aos meus pais: “Vou terminar a 6ª série, mas não me obriguem a ir ao nível secundário. Eu não quero ir lá. Tenho potencial para trabalhar e fazer coisas para ganhar dinheiro.” Mês, depois que passei pelos materiais dos pré-jovens, encontrei percepções neles. Isso me ajudou a ter uma visão de ter metas. Assim, decidi que vou continuar meus estudos.

Como o programa de empoderamento espiritual dos pré-jovens ajuda os participantes “a analisar as forças construtivas e destrutivas que agem sobre a sociedade”, os pré-jovens se tornam cada vez mais conscientes daqueles aspectos de seu ambiente social que precisam ser reforçados ou transformados. As seguintes histórias re;etem o impacto que o programa teve sobre os pen-samentos e ações dos pré-jovens, que os levou a tratar de antigos problemas sociais em suas comunidades e colocar em ação um processo de transformação.

Uma escola de educação básica em Kiribati havia enfrentado problemas de comportamento durante muitos anos e parecia estar suspendendo ou expul-sando um ou dois estudante por semana. “Uma cena normal no ano passado” era a de jovens estudantes “bêbados durante o horário de aula” perambulando do lado de fora da escola. Mas no novo ano letivo as coisas tinham mudado. A diretora pedagógica observou que “no último período não tinha havido qualquer expulsão” e 9cou espantada de como era possível os estudantes mudarem da noite para o dia. Ela concluiu que o programa de empoderamento espiritual, que funcionava na escola, é que havia contribuído para a transformação nos estudantes.

Na Índia, muitos monitores e participantes, espe-cialmente as meninas, passaram por uma mudança tão dramática de caráter e visão que teve impacto não só na sua própria perspectiva, mas também na de seus

(continua na página &")

32 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

pais. Uma monitora compartilhou sua história: “Após iniciar o grupo de pré-jovens, meu caráter mudou imen-samente. Antes, eu só me ocupava com afazeres de casa. Depois, comecei a ensinar em uma classe de crianças e servi como tutora. Comecei a ir a diferentes lugares, fui também a um povoado vizinho para ensinar em uma classe. Antes disso, não me sentia como se estivesse saindo de casa, mas agora parece que aonde quer que eu vá, devo aprender algo.” Outra jovem comentou: “Minha família costumava dizer que meninas não deveriam sair. Mas agora diz: ‘Não, 9lhas e 9lhos são iguais. Ela sai, estuda e aprende.’”

Uma estudante do agrupamento de Bihar Sharif na Índia associa o que aprendeu em seu grupo de pré-jovens com um problema social de sua comunidade:

A pior coisa no povoado é o preconceito de casta. As pessoas brigam por causa de casta. Parece-me que precisamos mudar este preconceito de casta urgentemente. Devemos viver juntos em unidade… Por exemplo, se alguém é de uma casta superior

e você é de uma casta inferior, as pessoas de casta superior não o deixam entrar em sua casa. Mas eu não penso desta maneira. Acho que eles podem vir à minha casa, assim eles sentam comigo, oram comigo. Conforme lemos nos livros de pré-jovens, devemos viver em unidade de modo que todos os preconceitos tenham 9m. Se as pessoas estudarem este livro, elas se tornarão educadas. Se aqueles que não conhecem estudarem isso, poderão progredir.

Empoderada para canalizar suas energias para o avanço da civilização , outra pré-jovem desse agrupa-mento expressou com convicção sua visão para o futuro e seu compromisso “de trabalhar para o bem comum”.

Começando com este povoado, nós traremos paz ao povoado, depois ao estado, ao país e ao mundo, e deste modo seremos unidos e viveremos em harmonia.

Meninas na Índia desfrutando seu grupo de pré-jovens.

Introdução 33I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Avançando as Fronteiras da Aprendizagem

profundamente sobre como melhorar a qualidade desse trabalho. Decidiram fortalecer o esquema de coordenação no âmbito de agrupamento, e nomearam coordenadores para cada uma das três linhas de ação, medida que deu mais foco a cada uma das atividades centrais e melhorou a quali-dade do apoio. Especi9camente, o coordenador de aulas para crianças começou a visitar os amigos que haviam completado o Livro 5, e ajudou-os a iniciar suas próprias classes. Algumas vezes, os novos professores sentiam-se acanhados por causa de sua limitada experiência, mas o coordenador ajudou-os a se preparar para as aulas e fazer planos para melhorar sua qualidade. As relações positivas que existiam entre as agências do agru-pamento e a Assembleia Espiritual Local foram decisivas. Amizades genuínas entre os professores e pais ajudaram a consolidar o programa. Essas amizades foram fortalecidas através de visitas a pais e da realização de reuniões para as famílias discutirem o progresso. Interações estreitas e colaborativas com as famílias servidas tornaram-se um elemento importante do programa. Essa abordagem, mais os esforços sistemáticos dos amigos, levaram ao aumento do número de classes de aulas para crianças para 24, realizadas por 28 professores, com a participação de cerca de 41 crianças, das quais 51 eram da comunidade mais ampla.

Como país de elevado potencial de crescimento, com sucesso em atrair famílias inteiras para a Fé, a Zâmbia reconheceu que era importante desenvolver mais seu programa de pré-jovens. Em meados do Plano, o número de grupos de pré-jovens havia subido a 038, com mais de 0411 participantes. Na época, o agrupa-mento Sinazongwe, o centro de aprendizagem do país, tinha 37 grupos de pré-jovens; de cujos, mais de um terço dos monitores e dois terços dos participantes não eram bahá’ís. Os esforços dos amigos em desenvolver o programa eram reali-zados em um modo de aprendizagem. Muito foi descoberto sobre o treinamento dos monitores, a aplicação do programa, e o caminho rumo à sustentabilidade. O treinamento era feito de um modo que conduzia diretamente à formação de grupos, e o apoio imediato aos monitores ajudou a mantê-los. Aprendeu-se também que a aplicação do programa poderia expandir-se quando ele fosse oferecido nas línguas locais, e um fator que contribuiu para a sustentabilidade foi que a maioria dos jovens monitores havia participado de grupos de pré-jovens e depois de completado a sequência de cursos. Não só tornaram-se monitores, mas muitos tornaram-se ativos instrutores da Fé.

Uma aula para crianças em Tenerife, Ilhas Canárias.

34 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

Um Agrupamento na Vanguarda da Aprendizagem

Ao observar um agrupamento como o de Norte de Bolívar na Colômbia, no qual mais de 5.311 indivíduos participam em mais de 531 atividades centrais, surge a questão de como os amigos foram capazes de chegar a tão intenso nível de atividade nesse agrupamento, em que os sinais do poder da Fé na construção social estão se tornando evidentes, e o que os amigos estão fazendo para apoiar este padrão. Durante anos, estas questões foram propostas aos crentes da região e sua resposta pode ser brevemente resumida nos seguintes parágrafos:

Uma das nossas principais preocupações, desde que começamos a trabalhar sistematicamente no nosso agrupamento há 21 anos, foi a de desenvolver capa-cidade para atender às populações mais receptivas da região: crianças, pré-jovens e jovens. No início, pedí-amos aos amigos de outras comunidades para nos ajudarem a estabelecer atividades para este segmento da população, mas logo adquirimos experiência su9-ciente para garantir que os recursos humanos que estavam mantendo as atividades fossem provenientes dessas próprias comunidades. Para fazer isso, foca-mos não somente no fato de que os amigos 9zessem a sequência de cursos do instituto, mas também demos atenção a outros aspectos importantes, tais como ter con9ança na capacidade de todos e ofe-recer oportunidades de serviço a todos aqueles que estavam ansiosos para se levantar. Com o passar do tempo, as crianças que haviam entrado nas classes de aulas para crianças passaram para os grupos de pré-jovens e posteriormente 9zeram a sequência de cursos. Muitos começaram a servir como professores, monitores ou tutores. Pouco a pouco, demos mais responsabilidades aos jovens e gradativamente sua capacidade aumentou. Hoje, alguns desses jovens são membros de agências do agrupamento ou ajudam na coordenação das atividades em suas comunidades e estão promovendo processos complexos e consul-tando sobre vários aspectos de desenvolvimento de seu agrupamento. Como esta foi a sua experiência, esses jovens aprenderam a repetir o processo com outros amigos.

A transformação espiritual de crianças, pré-jovens e jovens no agrupamento teve um grande impacto

sobre suas comunidades. Pais começaram a se tornar mais conscientes da importância da educação de seus 9lhos e estão apoiando as atividades com maior determinação. Graças ao processo de instituto, a atitude dos jovens em relação à educação também mudou. No início, a maioria deles não terminava o segundo grau. Agora, muitos estão completando o segundo grau e alguns estão estudando na universi-dade. Percebemos que a má qualidade da educação na região ofereceu-nos uma oportunidade para introduzir programas educacionais de um modo sistemático.

Descobrimos que é crucial estar alerta às necessidades que surgem na medida em que crescemos e buscar novas maneiras de organizar nosso trabalho para atendê-las. À medida que o número de atividades aumentou/aumentava, enfrentamos/enfrentávamos o desa9o de acompanhar muito mais pessoas. Para dar um exemplo, durante o último ano do Plano de Cinco Anos, 21 grupos de pré-jovens com mais de :1 jovens entrou para a sequência de cursos. Chegamos ao ponto em que os coordenadores não conseguiam supervisionar todas as novas atividades que estavam sendo executadas nas diversas comunidades, pois havia se tornado difícil a esses amigos ir de uma comunidade a outra para participar das reuniões por isso, decidimos dividir o agrupamento em várias “rotas”, sendo cada uma composta de certo número de comunidades relativamente próximas

Um círculo de estudo em Norte de Bolívar, Colômbia.

Introdução 35I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Avançando as Fronteiras da Aprendizagem

umas das outras. As visitas com o objetivo de apoiar os amigos, capacitação, e reuniões de re;exão, foram organizadas de acordo com essas rotas, permitindo maior participação. Como o número de atividades continuou a crescer, os coordenadores identi9caram crentes que, durante seu tempo de descanso, podiam ajudar na coordenação de alguma atividade especí9ca dentro de sua comunidade. Alguns desses assistentes mostraram grande entusiasmo e comprometimento e nós pedimos que ajudassem na coordenação de uma rota inteira. Este processo de desenvolver capacidade no âmbito da comunidade resultou em uma rede de indivíduos que colaboram na coordenação das atividades em diferentes níveis e tornaram possível atender mais pessoas no agrupamento. Nosso traba-lho agora é mais e9ciente, pois as pessoas de nossa própria comunidade se levantaram para executar as atividades, e há um grupo de colaboradores para acompanhá-las.

Outro fator que nos ajudou grandemente é o nosso esforço para alcançar uma visão compartilhada sobre o trabalho que estamos fazendo no nosso agrupa-mento. Isso foi alcançado através de uma contínua consulta baseada na ação, tendo sempre em mente a orientação da Casa de Justiça. Nossas consultas são tanto formais como informais. Muitas vezes elas ocorrem no campo com todos os envolvidos na atividade, independente do papel designado para cada um. As agências e seus colaboradores também mantêm consulta entre si. Por exemplo, os coor-denadores do agrupamento estabeleceram ocasiões regulares para re;etir em conjunto com o objetivo de avaliar o trabalho nas semanas mais recentes e fazer os ajustes necessários para seus planos. Reuniões

semelhantes são também realizadas nas comunidades, nas quais cada coordenador efetua os mesmos exer-cícios com o grupo de assistentes. Em alguns casos, esses assistentes possuem alguns amigos com os quais re;etem e consultam no âmbito das vizinhanças.

O processo de instituto teve um forte impacto sobre o nosso relacionamento pessoal e sobre as comunidades. Testemunhamos como o trabalho avança, graças à atmosfera de colaboração e apoio mútuo que foi criado no nosso agrupamento. Esse espírito de ação uni9cada envolveu as instituições - o Conselho Regional Bahá’í, os membros do Corpo Auxiliar e as Assembleias Espirituais Locais - bem como os crentes e os que participam das atividades. Pode-se reconhecer em um relance que há grande afeição entre todos e que a contribuição de cada um é apreciada. Uma coisa que aprendemos no Norte de Bolívar é o quão importante é para os membros das agências trabalhar em equipe, apoiando um ao outro. Há um elevado nível de colaboração entre todos os que trabalham no campo. Por exemplo, quando um coordenador do instituto visita uma comunidade, além de estar interessado no progresso dos círculos de estudo, ele dá atenção ao desenvolvimento de outras atividades, tais como reuniões devocionais ou visitas aos lares. Em alguns pontos, temos sido afetados pela tendência natural de competir uns com os outros, e o que nos ajudou a resolver este problema foi a lembrança de que estamos trabalhando para um objetivo comum.

O caminho não tem sido fácil. Passamos por desa-pontamentos, momentos críticos e deficiências. Mas, aprendemos que parte do processo é conviver com crises que vêm e vão, enfrentando-as com maturidade e calma, e vendo nelas oportunidades de crescer. Temos sido capazes de aceitar que somos todos diferentes e que algumas vezes surgem pro-blemas por causa das personalidades. Aprendemos a trabalhar juntos apesar das di9culdades, ajudando uns aos outros a encontrar um cenário para utilizar nossos talentos. Nossa participação no processo de construção de comunidades motivou-nos a nos esforçar para adquirir excelência e corresponder ao nosso elevado destino. Para nós, é um privilégio ser parte desse processo, e sentimos que é uma grande responsabilidade.

Bahá’ís de outros países visitam o agrupamento Norte de Bolívar para aprender a manter o crescimento.

36 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

O programa de pré-jovens do agru-pamento de Accra-Tema, Gana, “cresceu de uma mão cheia de 3 grupos de pré-jovens para 73 grupos que se reuniam regularmente e se esforçavam em implementar todas as atividades complementares”. O crescimento do programa começou quando um monitor jovem e entu-siasmado, que havia criado laços fortes com seu próprio grupo, foi nomeado para coordenar a capacitação de monitores, a formação de grupos, e o acompanhamento dos monitores. Ele foi ao centro de aprendizagem, nos Camarões, para orientação e, ao retornar, teve sucesso imediato em encontrar uma tropa de jovens para serem treinados como monitores. Ele encorajou alguns jovens bahá’ís, que se encontravam periodica-mente para socializar, a se comprometer com esse empreendimento. Eles se transformaram em uma rede bastante unida e puderam encorajar uns aos outros e compartilhar experiências. Esse grupo central de monitores convidou outros amigos da periferia da comunidade, bem como amigos da Fé, a se unir a eles no empreendi-mento. O coordenador conseguiu expandir o programa apoiando efetivamente os monitores: ajudando-os a formar grupos, acompanhando-os em visitas aos pais, estando lado a lado com eles nas suas primeiras sessões com pré-jovens, e semanalmente verificando com cada um os seus desa9os e sucessos. Realizava regularmente reuniões de reflexão para monitores, as quais eram bem frequentadas. Uma estratégia adicional que contribuiu para a regularidade das classes foi o desenvolvimento de um sistema de equipes colaboradoras. Se um monitor não pudesse parti-cipar da reunião do seu grupo, havia uma ou duas

pessoas em que ele podia con9ar a condução do seu grupo. O coordenador interagia também com o Comitê de Ensino de Área e as Assembleias Espirituais Locais. O aumento do número de grupos de pré-jovens, mais o crescimento do agrupamento, justificou a nomeação de mais quatro coordenadores para auxiliar, enquanto o próprio coordenador se concentra agora em desenvolver Accra-Tema como um novo centro de aprendizagem.

Participando dos Discursos da Sociedade Mais Ampla

Com o crescimento significativo do número de atividades centrais e participantes em um agrupa-mento, era natural que os amigos se vissem “cada vez mais envolvidos na vida da sociedade”56 e que sua “consciência social”5: se ampliasse. Um exemplo de tal desenvolvimento foi quando pais de crianças e pré-jovens que participavam de programas bahá’ís envolviam-se diretamente nas atividades de seus 9lhos. Em tais circunstâncias, esses pais muitas vezes eram provavelmente os mais interessados em seguir adiante com as atividades que contribuíam para a transformação espiritual e social da família. Na medida em que a qualidade dessas atividades de pré-jovens e crianças melhorou, também aumen-tou a capacidade dos crentes em maior número de agrupamentos, em participar de discussões sobre educação e empoderamento moral dos jovens.

No agrupamento Tiriki West, no Quênia, foram realizadas o9cinas para ajudar a familiarizar os pais com os processos educacionais nos quais seus filhos estavam engajados. Além disso, os professores 9zeram visitas aos lares para conversar com os pais sobre temas relacionados à educação espiritual. A partir desses esforços, surgiu natu-ralmente uma maior consciência da importância da educação.

Em uma aldeia do agrupamento Cidade de San Jose, Filipinas, o número de grupos de pré-jovens cresceu subitamente devido à demanda manifestada pelo povo da localidade, que obser-vava o efeito que o programa estava tendo sobre os pré-jovens em outros povoados e procurou-o para seus próprios filhos. A transformação espiritual era vista como tão importante quanto

Pré-jovens no agrupamento de Accra-Tema, Gana, criando laços de amizade.

Introdução 37I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Avançando as Fronteiras da Aprendizagem

pagar um professor. Ao invés disso, as famílias as estavam encorajando a se casar. Sugeriu-se pedir à Assembleia Espiritual Local que locali-zasse um tutor e providenciasse uma classe. A Assembleia encontrou um bom professor, e as 21 meninas, duas delas bahá’ís, contribuíram com 81 rúpias (US=2,31) cada uma, enquanto a Assembleia cobriu o restante dos honorários. As próprias meninas encontraram a sala, 9zeram a limpeza e a decoraram com fotos das Casas de Adoração. Os amigos se haviam sentido à vontade para compartilhar na Festa os desa9os de suas vidas e, através da consulta e da ação por parte da Assembleia, dois problemas sociais foram enfrentados — educação de meninas e o casamento precoce.

às outras aspirações que eles nutriam para seus jovens, e estabeleceu-se a base para manter uma conversação sobre esse tema.

Esses exemplos ilustram o processo descrito na mensagem do Rid. ván de 0121:

Uma rica tessitura de vida comunitária começa a emergir em todo agrupamento, quando atos de adoração comunal, entremeados por discussões re-alizadas no cenário íntimo do lar, são entrelaçados com atividades que proveem educação espiritual para todos os membros da população — adultos, jovens e crianças. A consciência social eleva-se naturalmente quando, por exemplo, entre os pais proliferam con-versas animadas relacionadas às aspirações de seus 9lhos, e da iniciativa de pré-jovens surgem projetos de serviço. Uma vez que, em um agrupamento, haja recursos humanos em abundância, e o padrão de crescimento esteja 9rmemente estabelecido, o engajamento da comunidade com a sociedade pode, e, na verdade deve, crescer.

Emerge a Ação Social

Em agrupamentos de vanguarda, especialmente os que se caracterizam por um grande número de atividades centrais e alto nível de participação, os amigos foram naturalmente atraídos a atividades que promovem o bem-estar social. Amizades calo-rosas e conversações contínuas entre as famílias residentes em vizinhanças e povoados conduziram a uma maior consciência de suas necessidades. A consulta sobre como tratar certas questões resultou em esforços em “aplicar os ensinamentos e princípios da Fé para melhorar algum aspecto da vida social ou econômica de uma população, não importa quão modestamente”.72 Gradualmente os amigos passaram a perceber que uma parte da construção de comunidades é “desenvolver capacidade em uma dada população para que esta participe na criação de um mundo melhor”.70

Em Nova Deli, Índia, em uma das Festas de Dezenove Dias descentralizadas, a consulta focou o problema que as estudantes estavam enfrentando para continuar sua educação. Elas necessitavam de estudos complementares para passar em seus cursos, mas suas famílias não dispunham de recursos financeiros para

Amigos em Karkar, Papua-Nova Guiné, emcenam sobre os problemas de saúde em seu agrupamento.

Ouvintes atentos à aula para crianças em Tiriki West, Quênia.

38 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

Preocupações com problemas de saúde que afetavam suas comunidades levaram os amigos do agrupamento Karkar, de Papua-Nova Guiné, a organizar alguns grupos em alguns povoados com um vigoroso processo de instituto, para estudar o material A Família Saudável, proveniente da Zâmbia. Os participantes apreciaram o fato de que o material objetivava ajudá-los a adquirir certas práticas para melhorar seu bem-estar físico e espiritual. O grupo cultural juvenil “Bagiai” apresentou uma dramatização que destacava os problemas que surgiam do uso do álcool e drogas.

Melhorando a Capacidade AdministrativaCoordenação no Âmbito do Agrupamento

Em diversos agrupamentos avançados, a fim de administrar o grande número de atividades centrais e apoiadores ativos, foi necessário a seus esquemas de coordenação sofrer modi9cações e “dar conta de um maior grau de complexi-dade”.75 Em sua mensagem de 06 de dezembro de 0121, a Casa de Justiça descreve algumas das inovações introduzidas.

A divisão do agrupamento em unidades meno-res, a descentralização da reunião de re;exão, a designação de assistentes para os coordenadores

dos institutos, a alocação de equipes de amigos experientes para apoiar outros no campo – estas são algumas das medidas que têm sido emprega-das até agora.77

As modificações no esquema de coordenação permitiram, em geral, que re;exão e planejamento, bem como interações com tutores, professores e monitores, fossem mais regulares e ocorressem mais próximo às bases. Esse processo de descentralização era realizado com base em considerações geográ9cas e/ou no crescimento numérico.

Em Auckland , Nova Zelândia , o agrupamento foi dividido em 04 vizinhanças. Embora continuasse a ter um coordenador do instituto, uma rede de auxiliares, que trabalhavam no âmbito das vizinhanças, colaborava com o coordenador para levar adiante os esforços do instituto de capacitação.

No agrupamento Battambang, Camboja, o agrupamento foi dividido em duas áreas e para cada área foram nomeados três coordenadores, sendo um para círculos de estudo, um para aulas para crianças, e um para grupos de pré-jovens. Cada um desses coordenadores trabalhava com os mais experientes tutores, professores e monito-res, que juntos constituíam uma forte equipe de colaboradores para auxiliar os outros que serviam nessa qualidade. Essa abordagem de trabalho em

Planejamento para o próximo ciclo de atividades numa reunião de re!exão do agrupamento de Kamalpur, Índia.

Introdução 39I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Melhorando a Capacidade Administrativa

Assembleias Espirituais Locais faziam parte de um agrupamento com outras Assembleias Espirituais. Tornaram-se mais hábeis em exercer a espécie de liderança que apoiou o processo de construção de comunidades em andamento no agrupamento, provendo assistência, recursos e encorajamento aos amigos de sua localidade que estavam imple-mentando a sua parcela na totalidade do plano do agrupamento.

As Assembleias foram encorajadas a funcionar de um modo que sempre fora implícito nos escritos. Elas não poderiam “fazer” tudo pela comunidade; deveriam, ao invés disso, facilitar o serviço do contingente de crentes “promovendo a iniciativa individual”78 e “canalizando as energias para o campo de ensino”.76 As Assembleias Locais que haviam entendido seu papel de se tornar mobilizadoras e se esforçaram “para nutrir um ambiente propício à participação de grandes números de pessoas em uma ação uni9cada”7: foram e9cientes em avançar nos processos do Plano. Isso se tornou possível quando os membros, individualmente, passaram a entender o processo de crescimento orgânico e o impacto transformador do instituto, entendimento esse “oriundo do envolvimento pessoal de cada membro nas atividades centrais”.31 Cabe destaque à experiência de bom funcionamento de algumas Assembleias Espirituais Locais.

A Assembleia Espiritual Local de Madri, Espanha, veio a reconhecer a natureza da transformação que estava ocorrendo em seu agrupamento e procurou maneiras de nutrir o processo. Após estudar a orientação da Casa de Justiça com um membro do Corpo Auxiliar, e avaliando quantos amigos já estavam respon-dendo às necessidades de crescimento dentro de sua comunidade, a Assembleia fez um plano para

equipe simplificou a coordenação e permitiu mais reflexão nos âmbitos de agrupamento e localidade.

Outra abordagem à descentralização foi a criação de dois conjuntos de agências para um único agrupamento. Por exemplo, no agrupa-mento Los Angeles, nos Estados Unidos, o agrupamento foi dividido em duas áreas — a Cidade e o Vale — cada uma com um Comitê de Ensino de Área e três coordenadores de instituto para o agrupamento. Nesse agrupamento, os amigos vêm fazendo também experiências com coordenadores no âmbito de vizinhança.

O grande número de crentes em Tiriki West, Kenya, engajado em levar avante as ati-vidades do Plano — mais de 411 — motivou as agências do agrupamento a dividir o agru-pamento em quatro zonas, cada uma com uma média de 23 “unidades” de recursos humanos ativos. Cada uma dessas unidades tinha um coordenador que acompanhava os trabalhadores e assegurava que houvesse consulta regular e re;e-xão. Os coordenadores das unidades mantinham contato e colaboravam com o coordenador do agrupamento, que serve em tempo integral.

Desenvolvimento de Assembleias Espirituais Locais

A aprendizagem acerca de arranjos administrativos gerados por agrupamentos que se encontram na vanguarda do processo de crescimento indicou, em alguns aspectos, o caminho para desenvolvimentos em agrupamentos em períodos anteriores do conti-nuum. O que a Casa de Justiça enfatizou no último ano do Plano foi que “o progresso continuado dependerá do desenvolvimento das Assembleias Espirituais Locais e do aumento da capacidade dos Conselhos Regionais Bahá’ís e, 9nalmente, das Assembleias Espirituais Nacionais”.73

No início desse Plano, a Casa de Justiça antecipou que “aqueles que servem em Assembleias Espirituais irão necessariamente passar por intensos períodos de aprendizado nos anos por vir”.74 Um desafio relacionado aos novos papéis e relacionamentos que emergem do fato de se fazer parte de um agru-pamento. Exceto em casos de agrupamentos com uma única Assembleia, na maioria dos casos as Os amigos consultam em uma reunião de re!exão em Madri.

40 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

aumentar até o 9nal do ano o número de amigos que estavam apoiando atividades centrais, bem como o número de participantes. Em consulta com o membro do Corpo Auxiliar, estabeleceu metas numéricas para ambos, com base nos recur-sos humanos disponíveis. Trabalhando em estreita colaboração com as agências do agrupamento, a Assembleia Local promoveu uma campanha de visitas aos lares, muitas vezes com os seus membros na vanguarda, para motivar os crentes a se levantar e servir de acordo com seus talentos e capacidades. A Assembleia começou também a prestar mais atenção à qualidade das Festas de Dezenove Dias, assegurando que os temas do Plano relacionados ao ensino fossem incluídos na parte consultiva. Graças a estas e outras medidas, o agrupamento de Madrid obteve sucesso em passar de 70 atividades centrais com 28: partici-pantes a 30 atividades com 008 participantes, e as Festas tornaram-se mais dinâmicas e vibrantes.

Há 54 Assembleias Espirituais Locais no agrupamento Tiriki West no Quênia. A Assembleia Espiritual Local de Givogi é uma Assembleia rural que foi bem sucedida em promover a participação ativa dos crentes no marco do Plano. Um Conselheiro visitante participou de uma campanha de ensino nessa localidade e notou que quase todos os membros da Assembleia Local estavam envolvidos nas equipes de ensino. Além das novas pessoas que estavam visitando, os membros da Assembleia imediatamente davam continuidade ao ensino com aqueles que haviam mostrado interesse no dia anterior. O Conselheiro perguntou como a Assembleia conseguia mobilizar e acompanhar os amigos no trabalho de ensino. Um líder de equipe, um membro da Assembleia de cerca de 41 anos de idade, comentou: “Nossos membros estão envolvidos porque queremos adquirir expe-riência de primeira mão; precisamos conhecer os recursos humanos sob nossa jurisdição”. Outro membro interpôs: “Precisamos também saber se as crianças e pré-jovens oriundos das atividades de ensino estão sendo integrados na vida comu-nitária”. O membro mais velho acrescentou: “A menos que estejamos envolvidos, nossos jovens podem não participar plenamente do ensino nem iniciar atividades centrais; eles precisam de alguns exemplos”. Em cada Festa de Dezenove Dias, os

membros da Assembleia perguntavam como as atividades estavam sendo levadas adiante e se os amigos necessitavam de algum apoio, 9nanceiro ou de outra natureza. Os membros participa-vam regularmente das reuniões de re;exão do agrupamento e 9cavam sabendo quais as áreas do agrupamento que iriam receber mais atenção no próximo ciclo. A Assembleia trabalhava em estreita colaboração com os ajudantes do membro do Corpo Auxiliar, coordenadores do instituto, e o facilitador de crescimento do agrupamento. Quanto à questão de como eles conseguiam gerar tamanha participação, um dos membros da Assembleia disse: “Ah! Nós fazemos uma porção de visitas aos lares.” Ficou claro que a Assembleia não pedia dos amigos o que os próprios membros não estavam fazendo.

A cidade de Nova Iorque, com seus mais de oito milhões de habitantes, e dividida em cinco distritos, é um agrupamento servido por uma Assembleia Local. Trabalhando em estreita colaboração com os Conselheiros e membros do Corpo Auxiliar, a Assembleia alcançou uma visão uni9cada entre seus membros e promoveu-a efetivamente na comunidade. O envolvimento ativo dos membros da Assembleia no marco de ação reforçou sua aprendizagem e deu foco às suas consultas. A Assembleia a9xou na parede da sua sala de reuniões, para revisão a cada reu-nião, a incumbência que a Casa de Justiça deu às instituições neste Plano: a responsabilidade de “[promover] a iniciativa individual, canalizando as energias para o campo de ensino, enfatizando o valor da ação sistemática, fomentando a vida espiritual da comunidade e cultivando um ambiente acolhedor”.32 Um membro descre-veu a evolução pela qual a Assembleia passou: “Tenho testemunhado a mais miraculosa e rápida transformação. Agora, todas as instituições estão unificadas em suas metas, e a comunicação é frequente e aberta. As guias são estudadas e há um crescente número de crentes diversi9cados, estimulados, envolvendo-se no trabalho de ensino com programas cada vez mais realistas e frequen-tes. Há uma sensação de renascimento aqui na Cidade do Convênio.”

A colaboração continua a ser um campo de aprendizagem para as instituições bahá’ís. Embora, com o passar dos anos, as Assembleias Espirituais

Introdução 41I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Melhorando a Capacidade Administrativa

Locais tenham tido interações regulares com os membros do Corpo Auxiliar e seus ajudantes, a relação com os coordenadores do instituto e Comitês de Ensino de Área representou uma nova arena para a cooperação. Algumas vezes foi difícil para as Assembleias trabalharem com essas novas entidades, responsáveis pela geração dos planos de expansão e consolidação, no âmbito de agrupamento. Isso era esperado, uma vez que “novas abordagens, invaria-velmente trazem junto consigo desa9os bem como novas oportunidades”.30 Onde crentes e instituições fizeram esforços para seguir as guias da Casa de Justiça e aplicar a “aprendizagem obtida da experiên-cia”,35 viram como obstáculos podiam ser removidos e desa9os gradualmente resolvidos.

Capacidade Crescente no Âmbito Regional

Outra dimensão da colaboração foi a relação entre as agências do agrupamento e os Conselhos Regionais Bahá’ís, onde existem. No Rid. ván de 0122, havia 261 Conselhos Regionais em 76 países no mundo todo. Enquanto as Assembleias Locais estavam apren-dendo a apoiar e reforçar elementos dos planos dos agrupamentos, os Conselhos ganhavam experiência em supervisionar o desenvolvimento de agrupamen-tos e promover o processo de crescimento em regiões inteiras. Suas agências executivas fundamentais eram os institutos regionais de capacitação e os Comitês de Ensino de Área. A principal tarefa dos Conselhos foi a de “facilitar o ;uxo de informação e recursos para o campo de ação”,37 uma responsabilidade essencial à promoção do crescimento sistemático.

A crescente capacidade de um Conselho em apoiar o desenvolvimento do instituto e dos Comitês de Ensino de Área de sua região, no encalço comum do objetivo do Plano, é bem ilustrada pela experiência do Conselho Regional para a Província de Ontário, no Canadá.

No início do Plano, planejávamos reuniões e orientações para o Comitê de Ensino de Área em separado dos planos do corpo do instituto para os coordenadores do instituto e suas campanhas ou treinamentos em um deter-minado agrupamento — resultando muitas vezes em dois planos regionais sobrepostos para um determinado período, chamando os mesmo recursos humanos e criando desa9os de coordenação no âmbito do agrupamento.

Finalmente, na medida em que se desenvolveu a capacidade do Conselho de re;etir e consul-tar, um resultado natural foi o reconhecimento da necessidade de alcançar um maior grau de integração entre seus planos e os do corpo do instituto. Nos últimos anos, isso levou a consultas trimestrais entre o Conselheiro, o Conselho, os membros do Corpo Auxiliar, e o instituto sobre as necessidades gerais da região e o desenvolvimento de um amplo esquema para um plano trimestral, para prover o ;uxo de fundos e outros recursos, e a capacitação de agências do agrupamento.

Nosso relacionamento com os Comitês de Ensino de Área, que era de cima para baixo e caracterizado por contato periódico, passou para uma conversação regular contínua, formal e informal, e reuniões, bem como o envolvimento dos membros do Conselho em ações juntamente com o Comitê de Ensino de Área, nas atividades de ensino.

Como outras instituições da Fé, os Conselhos empenharam-se em adotar um modo de aprendi-zagem em seu funcionamento e encorajaram suas agências a fazer o mesmo. Sistemas e estruturas para promover o padrão de crescimento em uma região tiveram que emergir de um processo de aprendizagem, para poderem se mostrar efetivos. Um exemplo de mudança estrutural que nasceu da experiência foi a descentralização da estrutura do instituto de capacitação. Durante o Plano foram estabelecidos institutos regionais em mais 28 países. Institutos nacionais de capacitação foram muitas vezes substituídos por dois ou mais institutos regionais, apoiados por coordenadores regionais para supervisionar o trabalho dos coordenadores do agrupamento ou, em alguns casos, de sub-região. Os institutos de âmbito regional puderam responder mais prontamente à a;uência de novos crentes e apoiar mais efetivamente o processo de mobilização e administração dos recursos humanos necessários para levar avante os planos regionais.

A experiência nas Filipinas ilustra como a descentralização fortaleceu o funcionamento do instituto e fez avançar os processos do Plano. No outono de 0114, a Assembleia Espiritual Nacional das Filipinas delegou aos Conselhos Regionais Bahá’ís a autoridade para nomear um

42 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

corpo de instituto regional e um coordenador de instituto regional para cada uma das seis regi-ões do país. Em menos de um ano, o impacto qualitativo da descentralização pôde ser visto, conforme relatado pelo Conselheiro: “É muito encorajador ver os institutos regionais de capaci-tação, instituições e alguns dos crentes nas regiões aprenderem gradualmente sobre o crescimento. Com o crescimento do número de agrupamentos com programas intensivos de crescimento no país e na medida em que são tomadas ações para acelerar o avanço de agrupamentos-meta, a aprendizagem é gerada e adquirida por um maior número de crentes.”

A regionalização dos institutos nas Filipinas capacitou-os a dar atenção e apoio mais estreitos aos coordenadores do agrupamento, o que con-tribuiu para importantes ganhos quantitativos. Se comparada com os números do Plano de Cinco Anos anterior, a quantidade de amigos que com-pletaram os cursos de nível mais alto aumentou dramaticamente neste Plano — um aumento de 201< para o Livro 7; 051< para o Livro 4; e 261< para o Livro 8. O número de indivíduos que 9zeram a sequência dos Livros 2 a 8 cresceu de :< no Plano anterior para 01< no Plano em questão. A nova estrutura do instituto também facilitou grandemente os esforços para o avanço de agrupamentos rumo a programas intensivos de crescimento; o número estabelecido entre 0114 e 0122 foi mais de 01 vezes o do Plano anterior.

Capacidade Crescente em Âmbito Nacional

As Assembleias Espirituais Nacionais demonstraram força crescente durante o Plano. Em sua mensagem do Rid. ván de 0121, a Casa de Justiça explica que sua

habilidade de pensar e agir estrategicamente aumentou perceptivelmente, especialmente por terem aprendido a analisar o processo de cons-trução de comunidades nas bases, com crescente acuidade e e9ciência e, conforme a necessidade, injetar nele assistência, recursos, encorajamento e amorosa guia. 33

Tal como aconteceu com as Assembleias Locais, a e9ciência das Assembleias Nacionais aumentou na medida em que cada um de seus membros apren-deu “a trabalhar ombro a ombro com os crentes em iniciativas que aconteciam nos agrupamentos, oferecendo amoroso encorajamento, participando da alegria de suas vitórias [e] removendo obstáculos que pudessem surgir”.34 Um estilo de liderança orientado para a aprendizagem, e comprometido com o envolvimento de mais e mais amigos em um esforço unido, fez as Assembleias serem essenciais “para criar o ímpeto 9nal necessário para alcançar a meta do atual Plano”38 de 2311 programas intensivos de crescimento.

Uma prática que muitas Assembleias Nacionais trouxeram do Plano anterior foi a de reunir mem-bros de instituições e agências do país “para alcançar uma visão comum para o crescimento de sua comu-nidade e discutir estratégias para ação”.36 Esta prática

Um grupo de debate aberto de uma reunião institucional na Nicarágua.

Introdução 43I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Melhorando a Capacidade Administrativa

Um pequeno grupo consultando durante a reunião institucional de "#'# da Irlanda.

“altamente produtiva”,3: foi muitas vezes descentra-lizada em âmbito regional e serviu para “reforçar a con9ança das instituições em conceber as estratégias de ensino que melhor [iriam] servir às necessidades de suas respectivas regiões e em mobilizar o apoio das Assembleias Locais e dos crentes”.41

No início do Plano, foi realizada uma reunião institucional regional no agrupamento de Malemba, República Democrática do Congo, que engendrou um espírito de sacrifício que veio a caracterizar muitos dos esforços dos crentes neste país devastado pela guerra. Os amigos de Manono vibraram ao receber notícias da reunião institucional e 9caram determinados a participar, embora isso significasse uma viagem de mais de 011 quilômetros a pé. Devido à guerra, os crentes de Manono não eram vistos por quase 21 anos. O entusiasmo gerado no decorrer da reunião de dois dias fez com que esquecessem os rigores da viagem que haviam suportado. Todos eles retornaram aos seus povoados para participar de uma campanha intensiva do instituto para levantar recursos humanos em uma área que por tão longo tempo havia 9cado isolada da comu-nidade nacional.

A reunião institucional nacional em El Salvador, em 0121, foi particularmente produtiva. Foi compartilhada a experiência do agrupamento mais avançado, o de Metropolitana, em realizar atividades em uma vizinhança. Os crentes e as instituições identi9caram então 20 vizinhanças nos seis agrupamentos do país, analisaram-nas, e 9zeram um plano que incluiu o estabelecimento de metas para o crescimento que esperavam alcançar em seis meses. Representantes das Assembleias Locais também participaram da reunião, o que lhes proporcionou a oportuni-dade de contribuir para as consultas e se assumir compromissos voltados às ações propostas.

Na Guatemala, a reunião do instituto nacional no quinto ano do Plano foi uma das mais efetivas. O Conselheiro relatou que “a reunião permitiu uma troca enriquecedora de experiências, durante a qual os amigos de cada agrupamento apresentaram os melhores resulta-dos que haviam alcançado. Isso promoveu uma atmosfera de vitória para todo o país.”

As reuniões institucionais nacionais eram uma prática estabelecida na Irlanda. Em um relatório, a reunião foi adequadamente carac-terizada como “séria e edi9cante”. A sessão de planejamento concentrou-se em desenvolver planos de ação detalhados para os 5, 4, : e 20 meses seguintes, com a condição de que houvesse uma re;exão contínua sobre as metas, em muitas e variadas ocasiões. Os planos estabeleceram objetivos de aumentar o número de vizinhanças para dar atenção especial, ganhar experiência com uma ou duas populações receptivas, aumentar o número de classes de aulas para crianças e grupos de pré-jovens, e treinar os recursos humanos necessários.

Reuniões institucionais nacionais foram realizadas a cada seis meses no Cazaquistão e caracterizaram-se por um compartilhamento de experiências e sério planejamento. Muito fre-quentemente, nessas reuniões, alguns amigos se levantavam para servir como pioneiros de curta duração em agrupamentos vizinhos. Esses pionei-ros de frente interna, contribuíram grandemente para o progresso de diversos agrupamentos no continuum de crescimento. O impulso ocasio-nado por essas reuniões institucionais nacionais regulares foi de importância vital para alcançar as metas do Plano de Cinco Anos do país.

A primeira reunião institucional de Mianmar foi realizada no último ano do Plano e incluiu, juntamente com outras instituições e

44 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

Um Ponto de Mutação no Caribe

REFERIDAS POR ‘ABDU’L-BAHÁ como ilhas de “grande importância” e apreciadas por Shoghi E>endi pelos seus povos “amáveis”

e “propensos à espiritualidade”, há longo tempo a região do Caribe é reconhecida como uma região que possui um grande potencial não explorado para a expansão da Fé. Para realizar esse potencial, em abril de 011: houve uma iniciativa de dois anos para acelerar o processo de entrada em tropas. Guiados por uma equipe de Conselheiros do Corpo Continental de Conselheiros para as Américas, em colaboração com as Assembleias Espirituais Nacionais e Comitês Administrativos nacionais da região, levantaram-se 58 pioneiros internacionais para servir em 22 ilhas países e territórios: Bahamas, Barbados, Dominica, Granada, Guadalupe, Jamaica, as Ilhas Leeward, Martinica, Santa Lúcia, Trinidad e Tobago, e as Ilhas Virgens. Os pioneiros, a maioria homens e mulheres jovens, ofereceram-se como pioneiros em tempo integral, de curta duração, geralmente para um ou dois anos.

Um coordenador em tempo integral da iniciativa regional supervisionou o empreendimento, incluindo a coordenação do processo de instituto nas ilhas e o apoio aos pioneiros. Uma carta escrita em nome da Casa Universal de Justiça delineou o foco fundamen-tal da iniciativa: “fortalecer o processo de instituto em cada ilha participante da região e dar ímpeto ao

estabelecimento de programas de pré-jovens”. Os pioneiros concentraram seus esforços nessas áreas, com uma visão de reforçar os esforços dos crentes locais e aumentar sua capacidade de ombrear as tarefas de expansão e consolidação em seus agrupamentos.

No final do primeiro ano, já havia realizações notáveis: em um período de apenas quatro meses, o número de amigos envolvidos nas atividades do Plano subiu de 276 para 587. Nas 22 ilhas, as declarações nos cinco anos do Plano anterior haviam totalizado 017, ao passo que somente no primeiro ano da iniciativa, 04: jovens e adultos se declararam.

No entanto, o resultado mais signi9cativo do pri-meiro ano da iniciativa foi o avanço na consciência que foi alcançado. Conforme descreveu o Conselheiro, os amigos abraçaram “a realidade de ter elevados níveis de receptividade em seu meio”. Após dois anos, 24 dos pioneiros continuavam em seus postos e se comprometeram a permanecer um terceiro ano. Ao final de dois anos, 777 novos crentes haviam sido recebidos nas comunidades e quase 41< deles haviam entrado no processo de instituto. Crentes veteranos e novos passaram pela sequência de cursos em número sempre crescente, e as atividades centrais aumentaram perceptivelmente entre o Ridván de 011: e o Ridván de 0122: as aulas para crianças passaram de 23 para 61; grupos de pré-jovens, de 23 para 7:; círculos de estudo, de 71 para 016; e reuniões devocionais, de 74 para 227.

A experiência dos pioneiros nas ilhas fornece per-cepções de como iniciar ou avançar em um processo de crescimento. Algumas vezes apontavam para ilhas em que a atividade era bem pequena ou para agru-

pamentos que eram ativos, com bahá’ís dedicados, mas nas quais era necessário reavivar a cultura do ensino. Em qualquer dos casos, os pioneiros começaram fazendo amizade com as pessoas em suas vizinhanças, em lojas, nas ruas, até que as circunstâncias lhes propor-cionassem a oportunidade de se engajar em conversas signi9cativas. O relato pessoal de um dos pionei-ros que serviu na Jamaica descreve como ele colaborou com os crentes locais no agrupamento para colocar os alicerces para um crescimento sustentável.

Uma pioneira em Sta. Lucia e seu grupo de pré-jovens jogando futebol

Introdução 45I Avançando o Processo de Entrada em Tropas—Melhorando a Capacidade Administrativa

Inicialmente meu agrupamento tinha cinco bahá’ís adultos e quatro crianças, com uma ou duas ativida-des centrais e Festas regulares. Através do estudo das mensagens da Casa Universal de Justiça e do Centro Internacional de Ensino, os amigos desenvolveram um melhor entendimento das metas e do marco do Plano. A coisa mais importante que aprendemos da nossa primeira fase de expansão foi como as crianças eram e9cientes em ensinar a Fé. Após observar várias vezes os adultos apresentarem a introdução da Fé, elas mesmas puderam apresentar partes inteiras com con9ança e clareza. Isso as ajudou a se sentir incluídas e fez também os adultos perceber como é fácil ensinar diretamente. Como resultado de uma ação sistemática, cada um dos cinco adultos aprofundados do agru-pamento agora promove pelo menos uma atividade central por semana. As atividades centrais apoiadas pelos próprios amigos, independente de minha ação, chegam agora a três reuniões devocionais por semana com 01 a 51 participantes, dois grupos de pré-jovens com 21 participantes, uma classe de aulas para crianças com 21 participantes e quatro círculos de estudo do Livro 2 com 21 participantes. Nos últimos três meses, a comunidade teve 26 declarações.Durante os primeiros meses, minha rotina diária era de ensino direto e de levar avante atividades centrais,

algumas vezes junto com outros. Agora estou mais focado no trabalho com buscadores e outros que mani-festam interesse na Fé, e ajudando novos e antigos crentes para iniciarem seus próprios atos de serviço.A Casa de Justiça ainda encoraja muito o pioneirismo. Agora que alguns agrupamentos avançados possuem uma abundância de recursos humanos, é necessário distribuí-los em outros agrupamentos que precisam de ajuda. É uma grande bênção ser útil na construção do Reino. Por favor, mantenham as almas dos caribenhos em suas orações.

O empenho de dois anos no Caribe forneceu valiosa experiência para o empreendimento de inicia-tivas especiais em outras partes do mundo. No último ano do Plano, foram realizadas em agosto de 0121 con-sultas entre os Conselheiros, a Assembleia Espiritual Nacional do Chile e agências do agrupamento em Santiago para desenvolver um plano abrangente, conhecido como “Santiago ganha ímpeto”, para criar uma comunidade vibrante no agrupamento que é o local da nova Casa de Adoração. Em fevereiro de 0122, 22 pioneiros de frente interna e de outros países da América Latina levantaram-se para servir e após participar de uma orientação de uma semana foram estrategicamente estabelecidos em três comunas da cidade de Santiago.

Na Jamaica, o pioneiro compartilha amizade e música com pré-jovens.

46 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

agências, os dois Conselhos Regionais. O foco sobre as mensagens da Casa de Justiça e também sobre assuntos práticos resultou em excelente consulta. Conforme escreveu o Conselheiro, “A discussão e re;exão, entre todos os amigos, baseada sobre a guia e a situação real no campo foi, penso eu, além das palavras; foi muito con-9rmada e tocou os corações.”

Na Eslováquia, os crentes presentes na reunião institucional nacional reconheceram que o que constituía sua força eram as aulas para crianças, de modo que havia a necessidade de aprender a fazer essa atividade “crescer e também usá-la como um portal para o ensino e outras atividades centrais”. Entre os desa9os sobre os quais eles consultaram havia o de aumentar o ensino direto e sistemático. Essa discussão resul-tou em planos para estudar e pôr em prática os instrumentos e métodos aprendidos no Livro 4.

A Instituição dos Conselheiros

Nas palavras da Casa de Justiça, “um dos mais significativos avanços da Ordem Administrativa Bahá’í da década passada”42 foi “a evolução da ins-tituição dos Conselheiros”.40 No Plano em revisão, os Conselheiros e os membros do Corpo Auxiliar trabalharam incansavelmente, viajando frequente-mente de agrupamento a agrupamento, ajudando os amigos a entender os processos dinâmicos em andamento, trabalhando “lado a lado no campo de serviço”,45 acompanhando-os ao longo do caminho do progresso, e participando de suas vitórias, tanto pequenas como grandes. Ao avaliar sua contribuição durante esses cinco anos, a Casa de Justiça escre-veu: “O grau de in;uência que os Conselheiros e seus auxiliares têm exercido no progresso do Plano demonstra que eles assumiram seu lugar natural na vanguarda do campo de ensino.”47 Foi também sua tarefa “promover o desenvolvimento equilibrado e harmonioso da administração bahá’í em todos os níveis”43 empenhando-se em ajudar os amigos a “exercerem as suas funções no âmbito do processo orgânico de crescimento”.44

No início deste Plano de Cinco Anos, a Casa Universal de Justiça instilou con9ança nos crentes ao a9rmar que o meio de estabelecer um padrão de atividade que dê “igual ênfase nos processos gêmeos de expansão e consolidação”48 estava agora compreendido. Através de seus esforços de siste-maticamente levar 2411 agrupamentos ao nível de programas intensivos de crescimento, os amigos aprenderam que a “abordagem atual para o cres-cimento, e9caz como tem sido, deve evoluir ainda mais em termos de complexidade e so9sticação, uma vez que tenha criado raízes em um agrupamento”.46 Com base na experiência de crescimento adquirida de agrupamento na vanguarda, tornou-se claro que “a expansão e consolidação da comunidade bahá’í engloba uma série de processos que interagem, cada um dos quais contribui com sua parte para o movimento da humanidade em direção à visão de Bahá’u’lláh de uma nova Ordem Mundial”.4: A busca desses processos que se reforçam mutuamente apresenta empolgantes caminhos para a aprendiza-gem no próximo capítulo do Plano Divino.

As realizações alcançadas neste Plano de Cinco Anos foram frutos dos esforços interligados do indivíduo, das instituições e da comunidade. Abençoado e empoderado pela graça apoiadora de Bahá’u’lláh, cada um desses protagonistas do Plano respondeu sinceramente à orientação da Casa de Justiça e foram alcançadas grandes vitórias. Entenderam também mais plenamente que a construção de uma civili-zação divina é um processo longo, que demanda considerável esforço para manter o foco e o nível de dedicação necessária. Para tranquilizar cada seguidor de Bahá’u’lláh, eis as palavras da Casa de Justiça:

À medida que mais e mais almas receptivas abraçam a Causa de Deus e lançam no seu seio o seu quinhão junto com os já participantes do empreendimento global em curso, o desenvolvimento e a atividade do indivíduo, das instituições e da comunidade com certeza receberão um impulso poderoso avante. Possa uma humanidade perplexa enxergar nos relacionamentos sendo forjados entre estes três protagonistas pelos seguidores de Bahá’u’lláh um padrão de vida coletiva que a irá impulsionar em direção ao seu alto destino.81

47

A COMUNIDADE MUNDIAL BAHÁ’Í engajou-se em diversos esforços para contribuir de alguma maneira para o

bem-estar espiritual e material da sociedade. Nos últimos cinco anos, a grande maioria dos milha-res de empreendimentos de ação social continua a ser atividades de âmbito local, frequentemente de duração determinada, nos quais indivíduos e grupos procuram aplicar as percepções adquiridas dos Ensinamentos de Bahá’u’lláh para a melhora do mundo. Paralelamente, várias centenas de pro-jetos mais complexos de desenvolvimento social e econômico foram mantidas por organizações de inspiração bahá’í. Entre esses estão a Universidad de las Nacioness, Integración, Desarrollo y Ambiente (UNIDA) na Argentina; Two Wings Foundation na Áustria; Universidad Núr na Bolívia; Associação para o Desenvolvimento Coesivo da Amazônia (ADCAM) no Brasil; Cambodian Organization for Research, Development, and Education (Corde) no Camboja; Emergence - Foundation for Education and Development no Camarões; Bisharat Media Development Associates, Canadian Bahá’í International Development Agency (CBIDA) e LazosLearning Association no Canadá; Nahid and Hushang Ahdieh Foundation na República da África Central; Fundación para la Aplicación y Enseñanza de las Ciencias (FUNDAEC), Heshmat Foundation, e Ruhi Foundation na Colômbia; Fundación Prosperidad em El Salvador; People’s Theatre na Alemanha; Varqa Foundation na Guiana; Asociación Bayan em Honduras; Bahá’í Academy, Barli Development Institute for Rural Women, Foundation for the Advancement of Science (FAS), e New Era Foundation na Índia; Unity Foundation em Luxemburgo; Nosrat Foundation em Mali; Badi Foundation em Macau; Mongolian Development Centre na Mongólia; Rumi Institute em Myanmar; Education, Curriculum and Training Associates (ECTA) no

Nepal; Instituto Bahá’í Ngöbe-Buglé no Panamá; Rays of Light Foundation em Papua-Nova Guiné; Dawnbreakers Foundation nas Filipinas; Association for Creative Moral Education (ACME) na Rússia; Kimanya-Ngeyo Foundation for Science and Education em Uganda; Bahá’í Agency for Social and Economic Development–UK (UK-BASED) no Reino Unido; Health for Humanity, Mona Foundation, e Tahirih Justice Center nos Estados Unidos; Inshindo Foundation e William Mmutle Masetlha Foundation na Zâmbia; e diversas estações de rádio bahá’í na América Latina.Das muitas áreas de ação nas quais tais organiza-ções se engajam, há alguns programas de e9ciência comprovada que foram introduzidos em agrupa-mentos selecionados por sugestão do Escritório de Desenvolvimento Social e Econômico do Centro Mundial Bahá’í. Dois deles - o programa de empo-deramento espiritual de pré-jovens e o programa de escola comunitária - foram propagados em uma ampla variedade de ambientes. Esses propiciaram o estabelecimento de várias novas agências de inspira-ção bahá’í no decorrer do Plano, especialmente no contexto dos esforços de expandir o programa de escola comunitária na África. Ganhou-se também experiência significativa na implementação da Preparação para Ação Social, meios de comunicação, e programas de banco comunitário, embora em menor número de agrupamentos.

O Empoderamento Espiritual e Moral de Pré-JovensHouve marcante progresso no desenvolvimento do programa de pré-jovens no mundo todo desde 0114. Não só aumentou o número de pré-jovens que participam de grupos em todos os cantos do globo, mas aumentou substancialmente também a capacidade da comunidade bahá’í

IIDesenvolvimento

Social e Econômico

48 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

de sistematicamente levantar recursos huma-nos dedicados à coordenação do crescimento acelerado desta atividade central. No 9nal do Plano, o programa estava sendo implementado em praticamente todos os países do mundo, tota-lizando cerca de 211.111 jovens participantes. Em consequência disso, houve a necessidade de arranjos cada vez mais complexos para sistema-tizar os avanços da aprendizagem relacionada.Em 0122, mais de 51 centros de promoção de aprendizagem sobre o programa de pré-jovens haviam sido estabelecidos em todo o mundo. Nesses centros são oferecidos seminários aos coordenadores do programa de agrupamentos em que há potencial de multiplicar o número de

Aumentando a Capacidade para a Coordenação do Programa de Pré-Jovens: Desenvolvimento na África Central e Ocidental

EM 0116, UM SEMINÁRIO DE CAPACITAÇÃO foi sediado no agrupamento Yaoundé-Soa no Camarões para coordenadores de grupos de pré-

jovens a potenciais coordenadores de agrupamentos da África Ocidental e Central, tornando-o centro para o programa na região. Seminários de capacitação foram subsequentemente realizados de forma regular para numerosos coordenadores e, como resultado, muitos agrupamentos servidos pelo centro de aprendizagem avançaram até um estágio em que eles próprios foram

capazes de oferecer seminários de capacitação para coordenadores. Hoje, sete agrupamentos— Yaoundé-Soa, Camarões; Bangui, República da África Central; Bukavu, Kamal, e Lubumbashi, República Democrática do Congo; Accra-Tema, Gana; e Golfe, Togo - estão funcionando como centros de aprendizagem para o programa na África Ocidental e Central, e no Rid. ván de 0122, a rede formada por esses centros estava servindo cerca de :1 agrupamentos com mais de 2.511 grupos de pré-jovens com mais de 02.111 participantes - cerca de um quinto do total global. Esta experiência gerou uma percepção substancial acerca de como a capa-cidade de coordenar o programa pode ser desenvolvido.

Entre os primeiros agrupamentos servidos pelo centro de aprendizagem de Yaoundé-Soa foi Accra-Tema em Gana. Perto do início do Plano, esse agrupamento mantinha 3 grupos de pré-jovens com 31 participantes. No decorrer de 26 meses, o número de grupos já havia mais que dobrado para 22, e o número de participantes chegou a 271. Em 0116, um jovem que servia como coordenador do programa no agrupamento participou de seminários de capacitação no centro de aprendizagem de Yaoundé-Soa, e o desenvolvimento do programa no agrupamento de Accra-Tema começou a se acelerar. Através de apoio contínuo da pessoa recurso do centro de aprendizagem, o coordenador do agrupamento desenvolveu firmemente a capacidade de identificar, treinar e acompanhar um crescente número de jovens para formar e manter grupos de pré-jovens. Por exemplo, ele preparou reuniões periódicas para permitir a re;exão dos monitores, acompanhou-os enquanto eles ajudavam os pré-jovens a consultar sobre projetos de serviço e a

Um grupo de pré-jovens estuda “Brisas de Con$rmação” na República Democrática do Congo.

Pré-jovens das Ilhas Marianas servem sua comunidade pintando sobre os gra$tes.

49II Desenvolvimento Social e Econômico

grupos de pré-jovens. Quando alguns desses cen-tros de aprendizagem são estabelecidos dentro de um continente ou região subcontinental, natu-ralmente se abrem linhas de comunicação através das quais a experiência pode ser compartilhada e áreas de aprendizagem discutidas. Gradualmente, a relação é formalizada e as associações livres dão lugar à emergência de uma rede de sedes. Nesse estágio, e com a assistência do Escritório de Desenvolvimento Social e Econômico, são feitos esforços para estabelecer um escritório para coordenar as atividades da rede - intensi9cando o funcionamento dos centros de aprendizagem existentes dentro da região, ajudando centros em potencial a aumentar a estabilidade e força, de

executá-los, apoiou-os em seus esforços para estabelecer laços de con9ança e amizade com os pais, e ajudou-os a organizar acampamentos e festivais para pré-jovens e suas famílias, nos quais todos estavam prontos para participar da alegria gerada pelo programa. Foi promovido um genuíno espírito de camaradagem entre os monitores, e uma cultura caracterizada por um forte senso de missão de ajudar a geração mais jovem a criar raízes. Em 0121, foi realizado no agrupamento de Accra-Tema um seminário de capacitação para coordenadores da África Ocidental de língua inglesa, e este também passou a ser um centro de aprendizagem. Ao 9nal do Plano, cerca de 31 monitores estavam mantendo cerca de 71 grupos com mais de 431 pré-jovens no agrupamento, e o esquema de coordenação havia expandido até o ponto de incluir um coordenador do centro de aprendizagem, um coordenador de pré-jovens em tempo integral, e três assistentes. Este centro de aprendizagem estava apoiando cerca de 01 agrupamentos que por sua vez estavam mantendo 0:1 grupos com 3.784 pré-jovens.

Bukavu na República Democrática do Congo é outro agrupamento da África Ocidental e Central no qual o programa passou por um rápido desenvolvimento. Com base nas realizações da rede previamente estabelecida dos centros de aprendizagem, a pessoa recurso que coordenava o trabalho nesse centro começou seus esforços sediando um seminário inicial em agosto de 0121 para um grupo de coordenadores de pré-jovens em sua região. Para identi9-car participantes para o seminário, a pessoa recurso visitou cada um dos agrupamentos durante vários dias. Ele pôde se encontrar com jovens, visitar círculos de estudo e grupos de pré-jovens, e consultar com agências que funcionavam

no âmbito do agrupamento. Através desse processo, vários crentes jovens, devotados e entusiásticos, levantaram-se para dedicar tempo servindo como coordenadores de grupos de pré-jovens. Após o seminário de capacitação de 23 dias, a pessoa recurso, com a assistência de vários amigos, fez duas visitas adicionais de acompanhamento a coordenadores durante um período de oito meses, nas quais os coordenadores foram ajudados a desenvolver a capacidade de apoiar monitores em seu serviço. Por exemplo, durante uma visita a um agrupamento, a pessoa recurso e o coordenador puderam consultar com os moni-tores sobre como o tema de serviço pode ser efetivamente apresentado aos pré-jovens. Em seguida, visitaram diversos grupos e em cada um ajudaram o monitor a iniciar a conversação conforme planejado. Ao retornar ao agrupa-mento alguns meses depois, a pessoa recurso soube que o coordenador havia ajudado com sucesso os demais 2: monitores a ter uma conversação semelhante em seus grupos. Em outro agrupamento, a pessoa recurso e o coordenador concentraram-se em ajudar os monitores a se engajarem em conversação signi9cativa com os pais dos pré-jovens. Cada dia, durante quatro dias, a pessoa recurso e o coordenador se encontravam com um monitor para fazer um plano, uma dramatização, e fazer visitas aos pais. Ao retornar ao agrupamento alguns meses depois, a pessoa recurso soube que o coordenador havia ajudado mais 28 monitores a estabelecer contatos regulares com pais, demonstrando a habilidade de levar avante essa tarefa de modo independente. Através desses esforços, os 20 agrupamentos servidos pelo centro foram capazes de manter 516 grupos de pré-jovens com cerca de 5.111 participantes.

Em Kosovo, os pré-jovens ajudam plantando árvores.

50 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

modo que possam começar a sediar seminários de capacitação, sistematizando e disseminando o conhecimento relacionado a vários elementos do programa na medida em que surgem novas percepções, e auxiliando os centros a formular orçamentos e organizar suas 9nanças. A partir do encerramento do Plano, tais redes haviam começado a tomar forma na África Ocidental e Central, África Oriental e do Sul, as Américas, Australásia, Sul e Sudeste da Ásia, e Ásia Central e Europa Oriental. Dentre essas, escritórios de coordenação haviam sido estabelecidos na África Ocidental e Central, África Oriental e do Sul, e Sul e Sudeste da Ásia. Um escritório adicional na Australásia havia apenas começado a assumir suas responsabilidades. (vide caixa, “Aumentando a Capacidade para a Coordenação do Programa de Pré-Jovens: Desenvolvimento na África Central e Ocidental”)

Escolas ComunitáriasO número de organizações de inspiração bahá’í dedicadas a construir capacidade de indivíduos e comunidades para atender às necessidades de educação material e espiritual das crianças aumentou constantemente no decorrer do Plano, especialmente na África, Ásia e Pacífico. Essas organizações oferecem um programa sistemático de capacitação a professores de agrupamentos em que o processo duplo de expansão e consolidação

já está em andamento, para ajudá-los com o apoio de outros em povoados e vizinhanças, para estabelecer e manter escolas comunitárias. Mais comumente, os esforços começam com uma única classe no nível pré-escolar, na qual todo ano, novos professores e séries podem ser adicionados até o último ano da escola primária.

Ao 9nal do Plano, havia na África um total de 28 organizações de inspiração bahá’í oferecendo capacitação para cerca de 411 professores ser-vindo em cerca de 031 escolas comunitárias, com aproximadamente 20.311 estudantes. Na Ásia e no Pací9co, cerca de 251 professores servindo em cerca de 41 escolas comunitárias com mais de 0.111 estudantes estavam sendo apoiados por 21 organizações.

Quatro agências com experiência mais madura na implementação do programa de capacitação de professores foram solicitadas, durante o Plano, a assumir a tarefa adicional de servir como centros de capacitação para acompanhar novas organi-zações na região com o aspecto programático de seu trabalho. Através da providência de apoio regular na capacitação, esses centros de capacitação vêm ajudando essas organizações a implementar o programa de capacitação de professores em seus próprios países ou províncias. Os centros de capacitação são a Nahid and Hushang Ahdieh Foundation na República da África Central, e a Bambino Foundation no Malawi, que serve a outras organizações de inspiração bahá’í em países de língua francesa e inglesa da África, res-pectivamente, e a Dawnbreakers Foundation nas Filipinas e a Society of the Universal Learner na

Estudantes em uma escola comunitária no Chad usam tampinhas de garrafas para criar letras e formas.

Professores de uma escola comunitária na Tanzânia re!etem sobre uma mensagem da Casa Universal de Justiça.

51II Desenvolvimento Social e Econômico

A Escola Comunitária de Saint André do Agrupamento Mobaye, República da África Central

A COMUNIDADE DE MBOCHÉ localiza-se no agrupamento Mobaye da República da África Central. Das inúmeras atividades centrais deste

agrupamento rural, do qual participam centenas de pessoas, mais de 73 são realizadas pelos membros da comunidade Mboché. A maioria dessas atividades são reuniões devocionais que são realizadas regularmente. A participação de um crescente número de indivíduos em atividades centrais não só aumentou a capacidade da comunidade de contribuir para seu progresso material e espiritual, mas também ajudou a criar uma cultura caracterizada por cooperação e solidariedade.

A escola comunitária de Saint André foi estabele-cida pela comunidade bahá’í de Mboché em 0117. Na época, os professores da escola pública estavam em greve por período indeterminado, e não havia qualquer acesso à educação formal para as crianças da localidade. Um membro da comunidade foi enviado para participar de um curso de capacitação de professores oferecido pela Nahid and Hushang Ahdieh Foundation e logo depois foi criado um jardim de infância. Na medida em que este professor e mais outros receberam capaci-tação e acompanhamento adicional nos anos seguintes, séries mais elevadas foram gradualmente adicionadas. Semelhante à abordagem adotada por outras escolas comunitárias de inspiração bahá’í no país, os salários dos professores, bem como outras despesas da escola foram totalmente cobertas pelas mínimas taxas pagas pelos alunos. Em 0122, a escola havia se expandido até a 7ª série e estava servindo a quase 81 alunos da comunidade.

A expansão gradual da escola naturalmente necessi-tou da construção de um local simples no qual as aulas pudessem ser realizadas. Embora no início os materiais para construção fossem cobertos inteiramente pela própria comunidade, devido à limitação dos recursos disponíveis na comunidade não foi possível cobrir todos os custos. Para ajudar nisso, uma força tarefa do país

designado pelo Escritório de Desenvolvimento Social e Econômico canalizou uma modesta soma de fundos para a escola em forma de empréstimo para ajudar com a construção de três salas de aula.

À luz da animação do agrupamento Mobaye, e par-ticularmente da comunidade de Mboché, bem como da capacidade dos professores e a força do conselho escolar da direção da escola, a Escola de Saint André foi escolhida pela Fundação Ahdieh, no 9nal de 0121, como uma das primeiras escolas comunitárias de ins-piração bahá’í a tomar uma iniciativa de pesquisa de ação em agricultura. A iniciativa tem por objetivo o desenvolvimento de sistemas sustentáveis e e9cientes de produção de alimento em caráter experimental que trata não somente das necessidades nutricionais dos estudantes, mas talvez, o mais importante, provê também uma base de aprendizagem para os lavrado-res da comunidade. Na vanguarda da pesquisa estão professores da escola que participaram de um seminá-rio de capacitação especial oferecido pela Fundação, durante o qual eles estudaram dois livros do programa de Preparação para Ação Social a respeito de produção de alimento em pequenas lavouras. Como parte de seu estudo, os professores consultaram continuamente com outros lavradores de seu povoado sobre as práticas agrícolas tradicionais da região em um esforço para entender, de um modo mais profundo, a lógica do pequeno agricultor. Depois do seminário, os membros do comitê escolar e professores, juntamente com alguns pais, selecionaram um lote de terra, prepararam-na em conjunto, e 9zeram a semeadura para o primeiro ciclo. Na medida em que continua o trabalho no canteiro, pessoas do povoado não relacionadas à escola visitam-no não só para dar uma mão, mas também para aprender sobre novas maneiras de melhorar a qualidade do solo e controlar pragas e doenças, enquanto ao mesmo tempo participam da experiência prática que adquiriram nas suas próprias lavouras. Os membros da comunidade continuam a desenvolver sua capacidade de trabalhar ombro a ombro uns com os outros, e estão participando de conversas signi9cativas sobre maneiras de poderem contribuir para a prosperidade de sua comunidade.

52 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

Índia, que serve às agências do Sudeste da Ásia e do Pací9co e Sul da Ásia, respectivamente.

Em 0121, foi estabelecido um secretariado para a rede de organizações da África em Gana, que em estreita colaboração com o Escritório de Desenvolvimento Social e Econômico, está desenvolvendo a capacidade institucional das agências do continente que promovem escolas comunitárias. O trabalho do secretariado implica, entre outras coisas, ajudar as agências - incluindo os centros de capacitação - para implementar sistemas administrativos e 9nanceiros con9áveis e melhorar a qualidade do programa de capaci-tação de professores através da sistematização da aprendizagem que está sendo adquirida no campo. O secretariado começou a apoiar as organizações através de visitas e correspondência e para des-cobrir maneiras pelas quais os membros da rede possam se bene9ciar da experiência uns dos outros e avançar no seu trabalho - por exemplo, através de seminários periódicos. Está também em estreita colaboração com os dois centros de capacitação da rede para intensi9car o programa de treinamento oferecido aos representantes de agências da região. Além disso, o secretariado está explorando manei-ras pelas quais a assistência 9nanceira para projetos de infraestrutura possam ser canalizados a escolas comunitárias da África de modo a conseguir cola-boração da comunidade a partir dessa base. (vide

caixa, “A Escola Comunitária de Saint André do Agrupamento Mobaye; República da África Central)

Preparação para Programa de Ação SocialO primeiro nível do programa Preparação para Ação Social (PAS) abrange 07 livros que objetivam aumentar a capacidade de jovens para promover o bem-estar de suas comunidades. O programa é conduzido em grupos de estudo, sendo que cada um consiste em 21 a 23 estudantes e um tutor que se reúnem por cerca de 01 horas semanais. Enquanto eles estudam em conjunto e executam a ação e a pesquisa na comunidade, as atividades do grupo são orientadas por esses livros-texto, os quais integram o conhecimento de muitas disciplinas para desenvolver as capacidades dos estudantes em servir suas comunidade e in;uenciar a direção do progresso dos vários processos da vida comunitária. Atualmente, 21 organizações de inspiração bahá’í estão implementando o programa, em selecionados agrupamentos avançados na África, Ásia, América Latina e o Pací9co. Por intermédio deles, mais de 2.311 estudantes puderam participar de cerca de 241 grupos. Tal como acontece com o programa de escola comunitária, a integração do programa Preparação para Ação Social aos processos das bases

Alunos estudando um dos livros-texto do PAS na Zâmbia.

53II Desenvolvimento Social e Econômico

Preparação para Ação Social

UM COMPONENTE ESSENCIAL das atividades de um grupo de Preparação para Ação Social são os projetos de serviço que seus membros planejam e

implementam enquanto avançam nos livros-texto do pro-grama. Através de envolvimento simultâneo no estudo, ação e re;exão sobre a ação, os participantes aprendem a gerar, aplicar e difundir o conhecimento de modo a promover o bem-estar da comunidade. As seguintes histórias ilustram dois projetos que emergiram do estudo de um livro-texto que procura desenvolver a capacidade de jovens para aumen-tar a consciência relacionada a questões ambientais em sua comunidade e fortalecer a vontade coletiva de fazer tudo que seja possível para proteger a saúde do meio ambiente.

Enquanto estudavam o livro-texto Questões Ambientais, um grupo em Papua-Nova Guiné manteve conversações com a comunidade para aumentar a consciência a respeito do que fazer com o lixo sólido no povoado. Após dirigir a pesquisa sobre os hábitos dos moradores nos povoados, o grupo engajou membros da comunidade em discussões sobre o lixo remanescente de várias atividades e demonstrou como cavar fossas para detritos de um modo mais susten-tável e compatível com o meio ambiente/ambientalmente mais amigável. Em consequência disso, muitos membros da comunidade se sentiram compelidos a desempenhar seu papel para manter suas imediações limpas. O grupo dirigiu-se também a um acampamento num campo petrolífero e teve uma conversação produtiva com os trabalhadores sobre como eles também poderiam cuidar do meio-ambiente. O

administrador do acampamento 9cou tão impressionado com os estudantes que disse que o acampamento gostaria de se juntar a eles na sua iniciativa.

Na Zâmbia, um grupo que estudava o mesmo livro-texto também decidiu executar um projeto de serviço relacionado ao lixo sólido na comunidade. Fez um plano, criou um questionário para averiguação e realizou o pro-jeto da pesquisa. Após analisar o resultado da pesquisa, o grupo decidiu aumentar a consciência a respeito do lixo, estabelecendo grupos ambientais nas escolas, sendo que inicialmente 31 alunos foram envolvidos em cada uma. O grupo continua a re;etir sobre suas ações e incorpora sua aprendizagem enquanto expande seus esforços.

da comunidade bahá’í é uma área de aprendizagem contínua. (vide caixa, “Preparação para Ação Social”)

Meios de Comunicação e o Ambiente SocialEmbora por muitos anos várias estações de rádio tenham feito esforços para desenvolver conteúdo de inspiração bahá’í, durante o Plano de Cinco Anos foram dados os passos iniciais para come-çar um processo mais amplo de aprendizagem sobre como os meios de comunicação podem ser utilizados de modo a reforçar a in;uência das atividades centrais em um agrupamento - permi-tindo uma penetração mais profunda dos cursos

do instituto de capacitação e dando-lhes expressão de novas maneiras, destacando o contraste entre os Ensinamentos e os valores que prevalecem na sociedade e contribuindo para a transformação gradual da cultura material e espiritual de popu-lações. Vários projetos-piloto foram estabelecidos em consulta com o Escritório de Desenvolvimento Econômico e Social em agrupamentos seleciona-dos, começando com Portal da Glória no Brasil, Guayaquil no Equador e Toronto no Canadá, estendendo-se subsequentemente a Accra em Gana, Matunda Soy e Tiriki West no Quênia, Bihar Sharif na Índia, San Jose nas Filipinas, Khuvsgul na Mongólia e Tanna no Vanuatu. Quase todos esses agrupamentos já estavam

Estudantes do PAS plantam mudas em Papua-Nova Guiné.

54 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

Promovendo Diálogo Comunitário através da Mídia

O PROYECTO MEDIOS IN GUAYAQUIL, Equador, começou no início de 011: atra-vés dos esforços de um pequeno grupo de

indivíduos com interesses e talentos no campo da

mídia. Os envolvidos no projeto produziram 9lmes curtos baseados em questões sociais enfrentadas dentro da sua comunidade, tratando de temas e conceitos tirados da sequência de cursos do insti-tuto em uma tentativa de aumentar a consciência, promover diálogo comunitário, estender a in;uência das atividades centrais, e começar a exercer in;uência transformadora na cultura dentro da comunidade. Alguns dos temas explorados por eles incluem a con-9rmação, a castidade e a vida familiar. Eles procuram produzir um 9lme por mês. Os roteiros dos 9lmes, que objetivam mostrar como a juventude pode obter inspiração dos Ensinamentos para tratar de certos desa9os, são desenvolvidos com base na experiência que os membros da equipe adquiriram ao trabalhar com pré-jovens e suas famílias em um agrupamento.

Inicialmente os 9lmes eram projetados nos centros comunitários das vizinhanças. Depois da projeção, membros da audiência discutiam os temas explorados nos 9lmes. O grupo compartilhava as re;exões que seguem após as primeiras projeções, ao que chamava de “fórum de cinema”.

Na noite do primeiro fórum de cinema um bom número de membros da comunidade se expressou. Nós apresentamos o vídeo “Bomboncitos”, que toca o tema de castidade em relação ao modo de vestir. O vídeo gerou uma conversação rica e aberta sobre se o modo de vestir re;ete ou não quem somos. Um jovem comentou: “Não devemos julgar as pessoas pelo seu modo de vestir. O interior de uma pessoa não pode ser re;etido exteriormente. O modo como eles se vestem não importa.” Outro vizinho partici-pou: “O modo como a pessoa se veste tem alguma in;uência. Devemos estar mais cônscios da imagem que estamos projetando aos outros.” Percebemos que a parte de consulta da primeira sessão foi talvez formal demais, pois tínhamos em nossas mãos ques-tões já preparadas. Precisávamos encontrar maneiras de ajudar a comunidade a considerá-la como sua própria sessão de debates.

Com cada fórum de cinema estamos vivenciando um número cada vez maior de participantes. O entusiasmo que o fórum está gerando na comuni-dade é perceptível. Quase todo dia os vizinhos estão perguntando “Quando será o próximo?” e a amizade entre eles está se tornando mais forte. A maneira mais comum de passar o tempo em Chongon é jogar bingo, e não há nenhum cinema nas proximidades, assim, nosso fórum de cinema da vizinhança está criando um espaço único, uma forma de entreteni-mento com propósito, enriquecido por uma elevada conversação posterior. Com a sessão de debates, estamos sempre procurando relacionar aquilo que vimos no vídeo com a nossa vizinhança. Após ver o “Bomboncitos”, um dos pais sugeriu: “Acho que no nosso bairro os pais devem ter mais responsabilidade sobre seus filhos, e ser exemplos para eles.” Após ver “Novela en Vivo”, um dos vizinhos comentou: “Podemos ter atividades mais seguras aqui na nossa vizinhança para os jovens, mais atividades esportivas, noites de cinema, atividades das quais todos possam participar. Os pais também saberão onde seus 9lhos se encontram e o que fazem.”

A 9m de atingir maiores populações com o con-teúdo já criado, a equipe decidiu projetar 9lmes em uma maior variedade de ambientes sociais, incluindo escolas e casas. Este engajamento sistemático e regular com a comunidade ajudou o grupo a continuamente re9nar sua abordagem através de consulta contínua, ação e re;exão.

Residentes em uma vizinhança em Guayaquil, Equador, participam de um “fórum de cinema”.

55II Desenvolvimento Social e Econômico

Membros do Banco no Malawi Ajudam a Si Próprios e a Suas Comunidades

O BANCO COMUNITÁRIO DE NAKAMBA em !yolo, Malawi, começou com 22 membros em maio de 0118. Os membros decidiram eco-

nomizar 01 kwachas por semana (cerca de US23?) de modo obrigatório, e alguns faziam também depósitos voluntários. Após cinco semanas o grupo tinha acumulado um capital de US=54 e fez seus primeiros dois empréstimos, de =23 e =8,31.Pelos meados de outubro os membros do banco haviam aumentado para 50 mulheres e homens. Tinha um capital de =081 e havia feito 53 empréstimos no valor de =302. Os bancos comunitários funcionam em ciclos de quatro meses, e no 9nal do primeiro ciclo, os membros haviam conseguido distribuir =84 em dividendos e contribuir =01 dos lucros do banco para o fundo de desenvolvimento social e econômico. O fundo de desenvolvimento provê o banco com uma fonte de dinheiro que ele pode usar para executar projetos de benefício para a comunidade, selecionados pelos membros através de consulta.

Após esse início promissor, o banco continuou a cres-cer durante quatro anos. No decorrer desse tempo, os membros aumentaram a economia obrigatória durante o quarto ciclo para 31 kwachas por semana (54?), e no sétimo ciclo, aumentaram novamente para 211 kwa-chas (80?). No 9nal do sexto ciclo, dois anos após sua fundação, os ativos do banco haviam aumentado para =3,614, tendo feito 446 empréstimos em um total de =77.2:0. Os empréstimos variavam de =3 a =086, com o valor médio de =61. Todos os empréstimos são para um máximo de quatro semanas, mas os membros podem repetir empréstimos tão logo tenham pago o empréstimo anterior. No 9nal do sétimo ciclo, os membros compar-

tilharam =2.638 em dividendos e contribuíram =7:3 ao fundo de desenvolvimento social e econômico.

O banco seguiu estritamente as diretrizes de não cres-cer mais do que 53 membros, mas a demanda de crédito era tão alto na comunidade que a partir do sexto ciclo o grupo começou a fazer empréstimos a não membros. Aproximadamente :1 não membros receberam emprés-timos do banco.

Em janeiro de 0122, o banco de Nakamba completou seu sétimo ciclo. Após quase quatro anos de funciona-mento, seus ativos aumentaram para =6.764 e ele já fez 2767 empréstimos no valor total de =::.674. Recentemente, o grupo usou seu fundo de desenvolvimento para construir uma ponte muito necessitada na comunidade, adequada para suportar tratores. Os membros relatam que seus negó-cios melhoraram, suas famílias estão felizes e, pela primeira vez, muitos podem mandar seus 9lhos para escola.

servindo como centros de aprendizagem para o programa de empoderamento espiritual de pré-jovens e, como tais, ofereciam uma abundância de recursos humanos engajados com a comuni-dade mais ampla. Equipes foram formadas nesses agrupamentos para fazer uso dos meios de comuni-cação, incluindo rádio, jornal, teatro e música para tratar de questões como o materialismo, fraqueza e apatia, preconceito e con;ito tribal, igualdade

entre homens e mulheres, casamento prematuro de meninas, castidade, saúde e higiene, e cuida-dos parentais. (vide caixa, “Promovendo Diálogo Comunitário através da Mídia”)

Banco Comunitário

O programa de banco comunitário começou no Nepal em 0110 sob a administração de uma

Membros do Banco de Nakamba no Malawi celebra a inauguração da ponte construída com fundos de desenvolvimento.

56 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

organização não governamental de inspiração bahá’í - Education, Curriculum, and Training Associates (ECTA) - e ganhou considerável experiência desde então. O programa foi subsequentemente apresentado a outros países, a saber, Nicarágua, Mongólia, El Salvador e Malawi, e teve avanços em cada um desses países no decorrer do Plano. Mais recentemente, o programa foi apresentado a estudantes que participam do programa do Sistema de Aprendizagem Tutorial (SAT) que está sendo implementado em Honduras pela Asociación Bayan. Os bancos comunitários são criados nas bases e não dependem de crédito externo. Eles visam promover economia, uma administração financeira sólida, consulta, solidariedade e cooperação. Cada um dos bancos é completamente dirigido pelos seus próprios membros e segue um único caminho de desenvolvi-mento, orientado por uma série de princípios básicos e procedimentos. Diferentemente de outros progra-mas de micro9nanciamento, os bancos comunitários

Alunos do SAT, em Honduras, aprendem a manter registros acurados em seu banco comunitário.

não são gerenciados por organizações externas. Não há incentivo algum em manter o banco funcionando senão pelo valor observado que ele oferece aos seus membros e o benefício que traz à comunidade. A tarefa de uma agência que implementa o programa de banco comunitário - na maioria dos casos sob a supervisão de uma organização não governa-mental) - é orientar os grupos e treinar comitês de administração que são eleitos pelos membros do banco. Nos casos de El Salvador, Honduras, Nepal e Nicarágua, está sendo oferecida uma alternativa ao treinamento centralizado de cinco dias. Nessas instâncias, são formados grupos que estudam uma série de três manuais com a ajuda de um facilitador. Os materiais proveem uma orientação passo a passo para a formação e funcionamento de um banco, dando ênfase à importância do desenvolvimento espi-ritual bem como do material. (vide caixa, “Membros do Banco em Malawi Ajudam a Si Próprios e a Suas Comunidades”)

57

NO DECORRER de muitos anos, um componente importante do trabalho executado pelas instituições da Fé tem

sido o desenvolvimento de relações com orga-nizações internacionais, governos nacionais, um número signi9cante de grupos de sociedade civil, e a mídia - tudo com vistas a in;uenciar processos que contribuam para a emergência da Paz Menor e defesa da comunidade bahá’í onde quer que seus membros tenham enfrentado opressão ou perseguição. A Casa Universal de Justiça escre-veu na sua mensagem do Rid. ván de 0114: “Os esforços do Guardião para elevar o per9l da Fé em círculos internacionais desenvolveram-se em um abrangente sistema de assuntos externos, capaz tanto de defender os interesses da Fé como de proclamar sua mensagem universal.”2

Este Plano de Cinco Anos testemunhou avan-ços signi9cativos nas interações da comunidade bahá’í com a sociedade como um todo nos cená-rios internacional e nacional. No último ano do Plano, esta extensa área de trabalho começou a ser concebido em termos de quatro componentes relacionados: esforços diplomáticos, incluindo a defesa da Fé; o desenvolvimento da presença

Bahá’í na internet; relações com a mídia; e parti-cipação nos discursos prevalecentes da sociedade.

O aumento de recursos humanos disponíveis para levar avante os empreendimentos da comu-nidade bahá’í teve um impacto signi9cativo em sua capacidade de se empenhar no trabalho de assuntos externos e, desde 0114, mais e mais Assembleias Espirituais Nacionais perceberam que são capazes de iniciar e manter atividades nessa área. Embora a organização estrutural varie de país para país, o conceito de um Escritório de Assuntos Externos, abrangendo um pequeno número de crentes funcionando como uma equipe de coordenação, focando tantas dessas quatro áreas de ação quanto possível, tem avan-çado cada vez mais. Vários desses escritórios foram particularmente solicitados a se engajar em esforços diretos para defender os bahá’ís que sofrem opressão no Irã e outros lugares. Tais escri-tórios iniciaram aprendendo como descrever em uma variedade de lugares o caráter vibrante da

A presidente da República da Irlanda, Mary McAleese, discursa em uma reunião na Sede Bahá’í de Dublin em "#'#.

IIIRelações com Governos,

Sociedade Civil e o Público

58 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

comunidade nacional bahá’í e os esforços indivi-duais e coletivos de seus membros em contribuir para a melhora da sociedade. Ao assim fazer, eles reconheceram a importância de alcançar coerên-cia entre seu trabalho e os principais campos de ação nas quais a comunidade bahá’í se engaja, tanto em expansão quanto e consolidação.

Esforços Diplomáticos

O Escritório da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas, através de seus braços em Nova Iorque e Genebra, continuou em seu trabalho de interagir com a comunidade diplomática e organiza-ções não governamentais para avançar os processos em direção à paz mundial, além de seus contínuos esforços de defender bahá’ís em opressão. Fez contri-buições formais a uma ampla variedade de Comissões das Nações Unidas e participou de inúmeros painéis de discussão, conferências e outros eventos. Na área de desenvolvimento social e sustentável, para dar apenas um exemplo, os destaques incluíram um delegado da Comunidade Internacional Bahá’í como convidado do Escritório do Presidente da Assembleia Geral da ONU para fazer comentários

em cada sessão do Debate Informal sobre Civilização e o Desa9o à Paz: Obstáculos e Oportunidades, em maio de 0118; o lançamento, em maio de 011:, do Apelo aos Líderes mundiais sobre as Dimensões Morais e Éticas da Mudança Climática, liderado pela Comunidade Internacional Bahá’í e assinado por 51 organizações não governamentais e institutos de política, com o dr. Rajendra K. Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental ganhador do Prêmio Nobel sobre Mudança Climática; a liberação de uma declaração, “Erradicando a Pobreza: Avançando como uma só humanidade”, para coincidir com a 74ª sessão da Comissão sobre o Desenvolvimento Social da ONU; um documento intitulado “Aproveitando a Oportunidade: Redefinindo o Desafio da Mudança Climática”, oferecido na Conferência de Mudança Climática da ONU, realizada em Pozna", Polônia, em dezembro de 0116; e “Repensando a Prosperidade: Estabelecendo Alternativas à Cultura do Consumismo” uma declaração para a Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU de 0121.

A Comunidade Internacional Bahá’í tornou-se também um membro cada vez mais ativo de uma rede de organizações que adquirem um veemente interesse no próprio Desenvolvimento das Nações Unidas. Em 0114, por exemplo, ela desempenhou um papel significativo no estabelecimento do Conselho de Direitos Humanos, uma nova entidade nas Nações Unidas responsável pelo fortalecimento da promoção e proteção de direitos humanos em todo o globo. De modo semelhante, seus representantes serviram em cerca de 04 comitês de organizações não governamentais a9liadas à ONU, algumas das quais solicitaram-lhes que assumissem papéis executivos.

Em 0121, um novo Escritório da Comunidade Internacional Bahá’í foi aberto em Bruxelas para facilitar o desenvolvimento de relações com a varie-dade de representantes governamentais, instituições e agências naquela cidade, especialmente as associadas à União Europeia.

No âmbito nacional, muitas Assembleias Espirituais Nacionais fortaleceram laços com seus governos, diplomatas estrangeiros, e organizações não governamentais através dos esforços de seus Escritórios de Assuntos Externos. Tanto diretamente, como na qualidade de membros de coligações de organizações da sociedade civil, os representantes desses escritórios puderam oferecer percepções obtidas dos princípios da Fé para uma variedade de fóruns nos quais políticas públicas são formuladas - na

Capa da declaração bahá’í emitida para a Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU.

59III Relações com Governos, Sociedade Civil e o Público

Austrália, sobre a questão do diálogo de direitos humanos; na Índia, em discussão sobre harmonia comunitária, e no Brasil, relacionado com os esforços do governo em promover ação a9rmativa, para citar apenas alguns.

A Defesa da Comunidade Bahá’íÉ um fato lamentável que, em alguns países do mundo, os bahá’ís tenham continuado a enfrentar séria oposição, cujo objetivo foi a proscrição de seus esforços individuais e coletivos e, no caso do Irã, a eliminação da própria comunidade bahá’í como entidade viável. Em consequência, esforços cuidadosamente coordenados foram feitos - principalmente em âmbito nacional e internacional - para registrar o apoio de institui-ções internacionais, governos, organizações não governamentais, a mídia e o público em defesa dos direitos dos crentes nesses territórios.

Embora a opressão aos bahá’ís certamente não tenha se limitado ao Irã, a perseguição à comunidade dos crentes no Berço da Fé foi de tal magnitude que veio a formar o foco de grande parte do trabalho de defesa durante o Plano. A cada ano, de 0114 a 0121, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução, incluindo referência específica à comunidade

bahá’í, condenando a situação dos direitos huma-nos no Irã. De 0116 a 0121, o Secretário-Geral da ONU emitiu relatórios de censura ao Irã a esse respeito e novamente mencionou especi-ficamente os bahá’ís. Em 0122, o Conselho de Direitos Humanos nomeou um Relator Especial para investigar a situação dos direitos humanos no Irã - o primeiro Relator de país específico nomeado pelo Conselho desde sua criação. No âmbito nacional, foram organizados eventos e campanhas, demasiadamente numerosos para listar, com o intuito de atrair atenção para a perse-guição aos bahá’ís no Irã, sobretudo a detenção, o julgamento, e o aprisionamento dos ex-membros do Yárán. Entre os relatórios da mídia sobre este assunto, houve a detalhada série transmitida na Índia, em 07 e 03 de janeiro de 0121; um 9lme documentário de 51 minutos na BBC persa, transmitido em 2e 7 de julho de 0121; um comen-tário de Howard Adelman, professor emérito de 9loso9a da Universidade de York, Canadá, no Globe and Mail, em 22 de janeiro de 0121; ampla reportagem transmitida pela mídia online de língua persa, incluindo Radio Farda, Rádio Zamaneh, Radio Free Europe, e Voice of America; e cobertura pela ABC (Austrália), Le Monde e Radio France International (França), Deutsche Welle (Alemanha), o Hindu e o Times of India (Índia), Trouw e NRC Handelsblad (Holanda), Aftenposten

Um painel móvel com a imagem dos Yárán aprisionados rodou em Londres, chamando atenção para os abusos aos direitos humanos no Irã.

60 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

(Noruega), o Daily Telegraph, o Guardian, New Statesman, Sky News, e o Times (Reino Unido), e International Herald Tribune, o Middle East Quarterly, o New York Times, Voice of America, e o Wall Street Journal (Estados Unidos).

Não menos signi9cativo foi o grande número de iranianos da sociedade mais ampla, dispostos a falar em defesa dos bahá’ís no Berço da Fé, rejeitando as falsas alegações e absurdas acusa-ções dirigidas à comunidade bahá’í pelo governo e o clero daquele país. Em fevereiro de 011:, cerca de 071 intelectuais iranianos, escritores, jornalistas, ativistas e artistas do mundo todo assi-naram uma carta aberta que expressava profundo desapontamento por seu silêncio durante a longa perseguição aos bahá’ís no seu país de origem. De modo semelhante, a Campanha Internacional pelos Direitos Humanos no Irã emitiu uma decla-ração, em relação aos ex-membros do Yárán, em persa, que a9rmava que “toda evidência, desde sua detenção até seu próximo julgamento, aponta para o fato de que as acusações são infundadas e são de origem política”.@ Para dar outro exemplo, mais de 41 professores universitários no campo de estudo do Oriente Médio e do Irã assinaram uma petição, escrita em persa, apelando ao governo ira-niano para pôr um 9m à perseguição aos bahá’ís e garantir-lhes seus plenos direitos e liberdades civis.

O Escritório da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas continuou a desem-penhar um papel vital na estratégia pela defesa da Fé, coordenando os esforços de uma rede de Escritórios nacionais de Assuntos Externos e oferecendo seminários periódicos de capacitação sobre o tema a um grande número de repre-sentantes de assuntos externos de Assembleias Espirituais Nacionais.

Signi9cativamente, em seus esforços no campo de defesa, a Comunidade Internacional Bahá’í, assim como os Escritórios nacionais de Assuntos Externos, descobriram que uma ampla gama de governos, organizações não governamen-tais, líderes religiosos, e outros indivíduos, não só estavam dispostos a levantar suas vozes em protesto à perseguição aos bahá’ís, mas também estavam ansiosos em trabalhar lado a lado com os bahá’ís em esforços mais amplos para promover justiça e censurar publicamente o preconceito. Os esforços dos bahá’ís de se juntar a numerosos grupos de direitos humanos e pessoas de boa

vontade no apoio à comunidade dos crentes no Egito, onde as leis nacionais exigiam que docu-mentos governamentais registrassem a religião do indivíduo enquanto limitavam a escolha a apenas uma das três religiões oficiais, ilustra a abordagem. Em 011:, após cerca de cinco anos de esforço contínuo, a situação foi remediada por uma decisão da Suprema Corte Administrativa, embora todas as rami9cações da decisão da Corte ainda tenham que ser concretizadas. Os relaciona-mentos desenvolvidos nesse processo continuam a ser fortalecidos.

A Presença Bahá’í na InternetA presença bahá’í na Internet foi fortalecida consideravelmente durante o Plano. Isso foi manifestado tanto na melhora da qualidade dos sites o9ciais e outros sites relacionados à comu-nidade bahá’í, como em níveis mais profundos de entendimento entre instituições e indivíduos sobre a natureza expansiva dessa presença.

No âmbito internacional, a família de websites associados à Bahai.Org, os quais são administrados pelo Escritório de Informação Pública no Centro Mundial Bahá’í, serviram para prover informação autorizada sobre a Fé, sua história e ensinamentos, e as atividades de sua comunidade mundial de crentes. Aqui, os visitantes se viram capazes de acessar relatos detalhados sobre a vida das Figuras Centrais, explicações sobre o funcionamento da Ordem Administrativa, descrições das atividades cen-trais realizadas pelos bahá’ís no mundo todo, e cópias eletrônicas autorizadas dos escritos. A capacidade deste nível de tirar vantagem das oportunidades e responder rapidamente a eventos foi fortalecida ainda mais, assim como foi ilustrado pelos amplos relatórios da série de 72 conferências regionais no ponto mediano do Plano no site do Bahá’í World News Service.

Assembleias Espirituais Nacionais - mais comumente através de seus Escritórios de Assuntos Externos - procuraram criar, atuali-zar, revisar, e manter sites oficiais nacionais. Em muitos casos, o Escritório de Informação Pública apoiou essas iniciativas e ajudou várias Assembleias Espirituais Nacionais, incluindo as da Austrália, Índia, do Reino Unido, e dos

61III Relações com Governos, Sociedade Civil e o Público

Estados Unidos, a relançar seus sites. Ao invés de repetir ou reescrever informações encontradas nos sites o9ciais de âmbito internacional, os sites nacionais proveram links a uma variedade de páginas no bahai.org. Como tais, eles estavam livres para focar em apresentar aos visitantes um vislumbre do caráter da comunidade bahá’í nacional e as atividades de seus membros para contribuir para o progresso da sociedade em seus povoados e vizinhanças. Muitas vezes re;etindo no conteúdo e no design um sabor da cultura do país em questão, uma impressionante diversi-dade de sites o9ciais nacionais começou a surgir durante o Plano. Notável também foi o aumento do número de sites o9ciais simples de âmbito local, cuja maioria proveu informação acerca da comunidade bahá’í local e convidou os visitantes para participar de suas atividades.

Um crescente número de indivíduos bahá’ís foi capaz de encontrar espaços na internet em que podia oferecer, de modo apropriado, per-cepções obtidas de seu entendimento da Fé em

uma ampla variedade de questões, enriquecendo grandemente a presença da Fé online. Suas diversas formas de participação encontraram expressão em sites pessoais, blogs, sites públicos e redes sociais online, e tipicamente envolvidos em explorar questões sociais de uma perspec-tiva bahá’í, apresentando os ensinamentos de forma acurada, e provendo perspectivas pessoais sobre aspectos dos ensinamentos. O importante princípio de que deve haver distinção entre os campos de atividade reservados às instituições e aqueles nos quais indivíduos bahá’ís podem agir de acordo com a estrutura que governa as iniciativas dos bahá’ís em todas as áreas de empreendimento 9cou cada vez melhor enten-dido. Assim, houve cada vez menor número de casos de indivíduos que inadvertidamente falaram em nome da comunidade bahá’í na internet, comprometendo-se com projetos diver-si9cados fora da orientação das instituições, ou duplicando esforços de sites o9ciais. (vide caixa, “Bahai.Org – o Website dos Bahá’ís do Mundo”)

Bahai.Org — o Website dos Bahá’ís do Mundo

DURANTE O PLANO DE CINCO ANOS, o Bahai.Org recebeu mais de 7 milhões de visitas que consistiram em mais de 21 milhões

de páginas visualizadas. O site foi redesenhado, pro-curando integrar vários elementos de certo modo distintos em um único site mestre, melhorando assim a navegação, a descoberta de conteúdos e a funcionalidade de pesquisa. Tais melhorias técnicas possibilitaram atenção a ser dispensada à expansão de conteúdos nos anos vindouros. Nesse sentido, iniciou-se o trabalho sobre a preparação de novas coleções de artigos e sobre uma versão mais so9s-ticada do Bahá’í Reference Library. Significativo foi também o fortalecimento do Bahá’í World News Service - a fonte de artigos oficiais e notícias da Comunidade Internacional Bahá’í - e o lançamento do Bahá’í World News Service em persa.

Entre os outros sites oficiais da Fé em âmbito internacional lançados durante o Plano estão um website para o 9lme Arising to Serve; Attaining the

Dynamics of Growth, um site que oferece uma coleção de cerca de 311 fotogra9as das atividades dos bahá’ís

ao redor do globo; e a Vida de Bahá’u’lláh, no qual os visitantes podem acessar uma ampla variedade de fotogra9as e materiais audiovisuais relevantes à vida terrena da Abençoada Beleza.

62 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

Instituto para Estudos em Prosperidade Global

AUMENTANDO A CAPACIDADE da comunidade bahá’í em unir esforços com indivíduos, grupos e

organizações em numerosos espaços sociais nos quais evoluam o pensamento, a opinião pública e políticas, é uma preocupação premente. Nesse sentido, as atividades do Instituto para Estudos em Prosperidade Global são dignos de nota. Tratando da ciência e da religião como dois sistemas complementares de conhecimento e prá-tica, o Instituto visa criar ambientes em que princípios, conceitos e abordagens relevan-tes para o avanço da civilização possam ser explorados através de um processo de estudo, re;exão e consulta. As linhas de ação que ele segue focalizam o aumento da capacidade dos indivíduos de participar dos discursos prevalecentes da sociedade, gerando conteú-dos baseados em percepções decorrentes dos escritos bahá’ís que podem ser contribuídos para certos discursos, e aprendizagem sobre métodos e instrumentos para assim fazer.

!Seminários para Estudantes Não Graduados, Estudantes Graduados e Pro!ssionais Jovens

A 9m de ajudar a aumentar a capacidade de adultos jovens para participarem dos discursos prevalecentes da sociedade, o Instituto ofereceu uma sequência de seminários para estudantes não gradua-dos durante os quatro anos de estudo na universidade em um número crescente de países. O primeiro seminário foi realizado na Malásia em maio de 0118 e incluiu 56 participantes. No final do Plano, a sequência de seminários era oferecida na Austrália, Azerbaijão, Brasil, Canadá, a região da América Central, Chile, Equador, Índia, Kazaquistão, Malásia, México, Paquistão, Peru, Filipinas, Espanha, Tajiquistão, Turquia, Uganda, o Reino Unido, os Estados Unidos, e Uzbequistão. Em cada seminário, a consciência dos participantes da impor-tância de se engajar em ações e discursos direcionados à transformação social é aumentada; sua capacidade de re;etir, ana-lisar e aprender com a ação é desenvolvida; elementos de uma estrutura conceitual em desenvolvimento para contribuir para o avanço da civilização são explorados; e são providas ferramentas com as quais eles possam entender e analisar a cultura na qual estão inseridos, bem como o conte-údo de seus cursos universitários. Além disso, é oferecido um seminá-rio, para graduados da universidade, que

documentário de 51 minutos da BBC World Service sobre a questão relacionada a carteiras de identidade para bahá’ís no Egito, como parte de sua série Heart and Soul, em 28 de março de 0118; a inclusão dos Santuários de Bahá’u’lláh e do Báb na Lista de Patrimônio Mundial da UNESCO; notavelmente um comentário no Wall Street Journal e reportagens noticiosas do NHK-TV (Japão), USA Today, e Deutsche Welle (Alemanha); um documentário, Baha’i - Religion für eine neue Zeit transmitido pelo ORF - a televi-são nacional austríaca - em janeiro e fevereiro de 0122; críticas sobre o livro em árabe Abbas E(endi de autoria de Suheil Bushrui, incluindo o do

Cultivando Relações com a MídiaUm exame super9cial de um apanhado de reali-zações de maior visibilidade nos âmbitos nacional e internacional durante o Plano demonstra a crescente força da comunidade bahá’í nos seus esforços para construir relações com indivíduos e organizações de mídia. A perseguição aos crentes no Irã - especialmente a resposta global ao caso dos ex-membros do Yárán - foi frequentemente o assunto de relatórios da mídia referentes à Fé durante os cinco anos. Além disso, outras coberturas signi9cativas de mídia incluíram um

63III Relações com Governos, Sociedade Civil e o Público

consiste em três linhas de materiais entre-laçados que se reforçam mutuamente, e que são estudados de um modo cooperativo. O primeiro livro considera a abordagem de cada um em participar dos discursos da sociedade; o segundo examina os conceitos centrais que podem entusiasmar a partici-pação de cada um nos diversos discursos; e o terceiro explora questões relacionadas a alguns discursos específicos, incluindo ciência, religião e desenvolvimento e a igualdade entre mulheres e homens.

Participação em Discursos Especí!cos Relacionados à Transformação Social

O Instituto dedicou-se também em inicia-tivas para explorar como pode contribuir

diretamente para uma cres-cente variedade de discursos contemporâneos relacionados à transformação social. Por exemplo, na Índia, Malásia, Uganda, Brasil, Chile, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, e Austrália, o Instituto apoiou processos de ação e reflexão empreendidos por organizações não governamentais no campo do desenvolvimento, especifi-camente as que usam ciência e religião como fontes de conhe-cimento e percepções para seus

projetos. Iniciou também a exploração de uma série de conceitos fundamentais relevantes para estabelecer a igualdade entre mulheres e homens. Em relação a isso, foi lançado em agosto de 0121 um blog intitu-lado Engendering Equality [Engendrando Igualdade], com vistas a examinar quanta conversação signi9cativa pode ser promo-vida na Internet. Além disso, o Instituto colaborou com indivíduos e grupos de diversas culturas e origens para explorar e elaborar conceitos centrais de um marco conceitual que possa guiar e estimular esforços no campo da participação em dis-cursos prevalecentes. Quatro documentos - sobre unicidade, justiça, poder e natureza humana - foram preparados.

jornal libanês As-Sa$r; interesse da mídia global na 9nalização da restauração do Santuário do Báb em abril de 0122; e um episódio da Televisão BBC Around the World in )# Faiths - transmitido em janeiro de 011: - que encerrou com a participação do vigário anglicano Peter Owen Jones na come-moração do Ridván no Santuário de Bahá’u’lláh. Ele concluiu seu comentário afirmando: “Isto é monoteísmo inclusivo, todo-abrangente, e eu espero que este seja o futuro.”5

Sessenta jovens da América Central participam de um seminário de '# dias em Honduras.

Participação nos Discursos da SociedadeAs relações desenvolvidas através de esforços diplomáticos do Escritório da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas conti-nuou a prover oportunidades de ter mais e mais acesso a fóruns sociais nos quais estavam sendo fomentados discursos relacionados com o bem-estar dos povos do mundo. Desde apresentar declarações sobre questões de interesse comum e contribuir em discussões sobre questões vitais como a proteção do meio-ambiente, pobreza, e o papel da religião na sociedade, até sediar reuniões

64 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

e seminários, o Escritório visou promover ideias conducentes ao bem-estar público em todas as suas interações. No âmbito nacional também, as relações desenvolvidas pelos representantes dos Escritórios de Assuntos Externos serviram para expandir a variedade de espaços nos quais puderam oferecer percepções provenientes dos ensinamentos da Fé para discussões, por exemplo, sobre a igualdade entre homens e mulheres em diversos países, incluindo a Índia, e o Reino Unido; sobre a unidade racial nos Estados Unidos; e sobre ciência, religião e

desenvolvimento no Brasil e Uganda. Ademais, nos seus esforços de vários anos, muitos Escritórios de Assuntos Externos tornaram-se contribuintes con9áveis e valiosos nos processos que orientam à formulação de políticas sobre uma variedade de relevantes questões sociais. Seu compromisso e habilidade de construir uni-dade entre os diversos atores envolvidos em um determinado discurso tem sido frequentemente notado e, por sua vez, tem aberto o caminho para mais oportunidades de participação. (vide caixa, “Instituto para Estudos em Prosperidade Global”)

Um seminário de estudantes não graduados com %# jovens de '& estados realizada na Bosch Bahá’í School na Califórnia.

65

Décima Eleição da Casa Universal de Justiça

A D É C I M A C O N V E N Ç Ã O INTERNACIONAL Bahá’í para a eleição da Casa Universal de Justiça foi realizada

em Haifa, Israel, de 0: de abril a 0 de maio de 0116. No primeiro dia da Convenção de quatro dias, delegados do mundo inteiro entregaram seus votos para eleger os nove membros do Corpo Supremo de sua Fé.

Cerca de 2.111 delegados de 244 Assembleias Espirituais Nacionais vieram pessoalmente para a Convenção, enquanto os que não puderam estar presentes enviaram suas cédulas de votação. Das 27:7 cédulas potenciais, 2760 foram entregues, ou ::<, uma realização notável considerando a

diversidade de meios e circunstâncias dos eleitores. Provenientes de comunidades bahá’ís tão varia-das como centros urbanos ou povoados de ilhas remotas, a idade dos delegados variou entre 02 e 60 anos. Mais de 71< eram mulheres.

Após a eleição, os delegados focaram suas con-sultas sobre o progresso do Plano de Cinco Anos e compartilharam experiências e aprendizagens em primeira mão relacionadas à intensi9cação da expansão e consolidação da Fé, a mobilização de grande número de pessoas ao serviço ativo e envol-vimento dos amigos da sociedade à sua volta no processo de construção de comunidades. A ampla participação de delegados nas consultas e a uni-dade de pensamento e propósito re;etidos em seus comentários foram uma demonstração do poder da ação uni9cada agora evidente em todos os cantos do mundo bahá’í.

Um membro da Assembleia Espiritual Nacional do Cazaquistão deposita sua cédula de votação.

Delegados oferecem suas ideias durante as consultas.

IVRealizações no Centro

Mundial Bahá’í

66 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

Proteção, Conservação e Desenvolvimento dos Lugares Sagrados Bahá’ís

Durante este Plano, ocorreram “desenvolvimentos de grande alcance no Centro Mundial Bahá’í”2 No Monte Carmelo, o Edifício dos Arquivos Internacionais, “construído há mais de cinquenta anos, em uma época de recursos limitados na Terra Santa, está sendo amplamente reformado e suas instalações desenvolvidas.0 Logo após, foi iniciado o trabalho de reforma e restauração do Santuário do Báb, incluindo na estrutura reforços resistentes a terremotos, preparação de três salas para meditação e adoração anteriormente indis-poníveis, restauração da cúpula, e substituição das telhas douradas. (vide descrição mais detalhada na caixa)

No período em análise, aproximadamente 87 acres (52 hectares) de terra foram adquiridos em uma série de transações destinadas a aumentar as propriedades bahá’ís em Bahjí, Mazra‘ih e o Jardim do Rid. ván, preservando esses preciosos Lugares Sagrados para o futuro. Essas transações incluíram a primeira parte de uma abrangente permuta de terras que estiveram em negociação por cerca de 01 anos. Em Bahjí, a terra recém-adquirida inclui o local ao oeste do Centro de Visitantes e expande a propriedade bahá’í até a estrada localizada ao lado leste dos Lugares Sagrados. Esta nova propriedade propiciou um projeto, já iniciado, para remanejar e melho-rar o caminho de circundação que contorna o Santuário de Bahá’u’lláh. Juntamente com este empreendimento, em 0121, a estrada que conduz ao lado norte da propriedade foi redesenhada e recentemente pavimentada pelo governo. A aquisição de uma propriedade adjacente à entrada da Mansão de Mazra‘ih irá, no devido tempo, pos-sibilitar ao Centro Mundial Bahá’í desenvolver e embelezar a chegada a este Lugar Sagrado.

Esquemas de urbanização aprovados tanto para Bahjí como a Mansão de Mazra‘ih agora proveem melhor proteção legal, bem como uma base para futuros desenvolvimentos desses locais, feita de tal maneira que, conforme escreveu a Casa de Justiça: “de um modo que preservará as características distintivas evidentes na época em que Bahá’u’lláh os abençoou com Sua presença”A. Um esquema

semelhante para o Jardim do Rid. ván ainda está no processo de aprovação, mas o sistema ;uvial que na época de Bahá’u’lláh o tornou um “Ilha Verdejante”7 já foi recriado. (vide caixa)

O Registro dos Santuários Bahá’ís na Lista do Patrimônio MundialEm julho de 0116, O Comitê de Patrimônio Mundial da UNESCO registrou os Santuários de Bahá’u’lláh e do Báb, juntamente com as

construções e jardins que os circundam, na Lista de Patrimônio Mundial, reconhecendo-os como partes de uma herança cultural da humanidade. De acordo com a descrição subsequentemente publicada pela UNESCO, o “destacado valor universal”3 desses locais reside no “seu profundo signi9cado espiritual e o testemunho que eles dão à forte tradição de peregrinação na Fé Bahá’í”.4

Esta decisão foi adotada como uma resolução unânime das 02 delegações nacionais que constituem o Comitê, após um debate de 03 minutos em sua 05ª reunião anual realizada na cidade de Quebec, no Canadá. Isso marcou a fruti9cação de um processo

Certi$cado de inscrição na Lista de Patrimônio Mundial.

67IV Realizações no Centro Mundial Bahá’í

One line caption to come.

Restauração da Ilha no Jardim do Rid.ván

EM OUTUBRO DE 0121, a Casa Universal de Justiça anunciou que a restauração e conservação do Jardim do Rid. ván na Terra Santa havia sido

completada com sucesso após mais de três anos de trabalho dedicado.

Originalmente, uma pequena ilha no meio de um rio conhecido como “jardim de Na‘mayn”, o jardim foi honrado por Bahá’u’lláh com o título Rid. ván, que signi9ca “paraíso”, e tornou-se um dos “refúgios preferidos d’Aquele que, por quase uma década não havia colocado os pés fora dos muros da cidade, e Cujo único exercício havia sido caminhar, em monótona repetição, no piso do Seu quarto”. ‘Abdu’l-Bahá ini-cialmente alugou o jardim em antecipação à libertação de Bahá’u’lláh do con9namento. Foi amorosamente embelezado através da dedicação e sacrifício de alguns crentes, alguns dos quais levaram arbustos, árvores e plantas floridas de campos circunvizinhos da Pérsia.

Em algumas de Suas visitas ao Jardim do Rid. ván, Bahá’u’lláh passava a noite em uma modesta casa localizada na ilha e lá algu-mas vezes Ele revelou Epístolas. Também deu as boas-vindas a muitos peregrinos e aqueles que visitavam o jardim. Em uma Epístola revelada no jardim,

Bahá’u’lláh proclamou que “o poder de Deus e a perfei-ção de Sua obra podiam ser agradavelmente vistos nas ;ores, nos frutos, nas árvores, nas folhas e nos riachos” lá existentes. Em outra Epístola, Ele glorificou “seus riachos ;uindo, suas árvores exuberantes, e a luz do sol se agitando em seu meio”.

Em 2:51 e 2:71, tentativas locais de controlar a malária e aumentar a área cultivável 9zeram com que o rio fosse desviado do jardim e os leitos do riacho que anteriormente havia ;uído através dele fossem drenados. No projeto atual foi incluída a construção de um novo sistema de circulação de água que leva água aos leitos secos do riacho a 9m de recriar a ilha. Além disso, parte de um antigo complexo de moinho de trigo, em uso no tempo de Bahá’u’lláh, foi restaurado.

Uma equipe internacional de arquitetos e engenhei-ros, usando descrições contemporâneas e fotogra9as históricas, ajudou a recriar a atmosfera do Jardim do Rid. ván conforme parecia no tempo de Bahá’u’lláh. A equipe usou um aquífero a 71 metros abaixo do solo para alimentar os dois canais que ;uem através do jardim. Os canais foram con9gurados de modo a dar a impressão de que a água ;ui desde a montanha até o mar.

“Este recanto de tão extraordinária beleza”, escreve a Casa Universal de Justiça na sua mensagem que anuncia a finalização do trabalho de restauração e conserva-ção, “designado por [Bahá’u’lláh] como ‘Nossa Ilha Verdejante’, está novamente aberto aos peregrinos, que terão a oportunidade de sentir a tranquilidade dos arredores que brindavam a Abençoada Beleza quando de Sua visita ao 9nal de Seus nove anos de con9namento dentro das muralhas da cidade-prisão de ‘Akká.”

O Jardim do Rid.ván, tendo ao fundo as construções do antigo moinho de trigo.

Vista do canal !uindo através do jardim.

68 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

One line caption to come.

Reforma e Restauração do Santuário do Báb e do Edifício dos Arquivos Internacionais

“HOJE A ‘RAINHA DO CARMELO’, ocultada da vista do público na maior parte do projeto, agora é desvelada e

novamente resplandecente” anunciou a Casa Universal de Justiça em uma carta a todas as Assembleias Espirituais Nacionais em 20 de abril de 0122 ao tér-mino do trabalho de restauração do Santuário do Báb. O Santuário havia passado por uma grande reforma desde 0116 para instalar reforços resistentes a terremoto, laboriosos reparos de revestimento externo em pedra e substituição dos azulejos dourados do domo da supe-restrutura do Santuário. Além disso, três salas da parte posterior do edifício, que anteriormente não estavam disponíveis, foram preparadas para adoração.

Os azulejos originais, fabricados na Holanda, haviam sido gradualmente desgastados após décadas de exposi-ção às intempéries. Após cuidadosa vistoria pela equipe altamente quali9cada de restauração, decidiu-se que os azulejos originais não poderiam ser restaurados ao seu brilho original. Foi assinado um contrato com uma companhia portuguesa para produzir novos azulejos com mais de 201 diferentes formatos e tamanhos, usando tecnologia inovadora que cobriu cada azulejo de porcelana com camadas de vitri9cação e solução de ouro. Os azulejos foram revestidos com um acabamento de elevada durabilidade. Um perito executante de tra-balho de alvenaria da Nova Zelândia supervisionou a colocação dos 22.8:1 novos azulejos.

Permanece no domo somente uma telha original colocada por Shoghi E>endi, ao término do domo da

superestrutura em 2:35, sobre um fragmento de reboco da cela da prisão do Báb em Máh-Kú. Embora o domo do Santuário permanecesse coberto durante a maior parte dos três anos do trabalho de restauração, o acesso ao próprio Santuário só foi suspenso durante três meses do verão, quando não é período de peregrinação.

O Santuário foi restaurado à sua beleza original, segundo glori9cado por Shoghi E>endi como “a Rainha do Carmelo entronizada na Montanha de Deus, coro-ada de ouro resplandecente, vestida de branco cintilante, cercada de verde esmeralda, encantando todo olho, do ar, do mar, da planície ou da colina”.

O trabalho de restauração no Santuário bene9ciou-se grandemente da experiência adquirida na restauração anterior do Edifício dos Arquivos Internacionais. O trabalho nesse edifício, descrito pelo Guardião como “o permanente e condigno repositório para as inesti-máveis e numerosas relíquias associadas aos Fundadores Gêmeos da Fé, com o Exemplo Perfeito de seus ensina-mentos e seus heróis, santos e mártires” foi completado menos de dois anos antes.

Foram necessárias mais de trinta mil horas de trabalho de restauração no Edifício dos Arquivos Internacionais para impermeabilizar os alicerces do edifício, reforçar sua integridade estrutural, melhorar o interior pela instalação de um atraente piso de granito e armários de exposição de alta qualidade, desenvolver facilidades para a recepção de peregrinos e instalar completos sistemas ambientais, de segurança e proteção.

Peregrinos e visitantes podem agora desfrutar tanto do Santuário como do Edifício dos Arquivos Internacionais em sua glória originalmente planejada.

Voluntários trabalhando com extremo cuidado na restauração da balaustrada da arcada.

69IV Realizações no Centro Mundial Bahá’í

que começou no ano 0111, quando os representantes da Comissão Nacional de Israel para a UNESCO contatou o Centro Mundial Bahá’í com a sugestão de que os Lugares Sagrados Bahá’ís em Israel podem ser quali9cados para este prestigioso reconhecimento.

O Fluxo de Visitantes aos JardinsDurante este Plano de Cinco Anos, o número do público de visitantes aos jardins em Haifa e em Bahjí aumentou de 411.111 para 611.111 por ano, e os arranjos para grupos turísticos gratuitos com guia foram renovados. Foi preparado um novo 9lme especi9camente destinado a grupos de escolas visitantes e narrado em hebraico com opção de legenda em inglês e árabe.

Ao 9nal de abril de 0122, aproximadamente 8 milhões de visitantes haviam visitado os jardins dos patamares em Haifa desde que foram abertos em junho de 0112. No mesmo período, cerca de 2,0 milhões de visitantes participaram de 06.311 grupos de visitas guiadas, gratuitamente oferecidas pelo Centro Mundial. O atual ;uxo de 841.111 visi-tantes por ano aos jardins de Haifa representa uma

média de mais de 27.411 entradas a cada semana, embora o número real possa variar de 7.111 a quase 03.111 por semana; cerca de 28< de todos os visi-tantes fazem a visita guiada gratuita. Uma pesquisa feita em 0118 concluiu que mais de 31< de todos os israelenses já visitaram os jardins bahá’ís em Haifa.

Peregrinação Bahá’í

De todas as viagens que um bahá’í pode fazer na vida, a peregrinação à Terra Santa permanece sem comparação. Apresentar-se humildemente no abençoado Santuário de Bahá’u’lláh, “o Ponto de Adoração para os habitantes das Cidades da Eternidade”8; oferecer súplicas no Santuário do Báb, “o Monarca dos Mensageiros, o Ponto Primaz ao redor de Quem as realidades de todos os Profetas circulam em adoração”,6 meditar nos recintos santi9cados pelos passos da Beleza de Abhá, de ‘Abdu’l-Bahá e do Guardião; e participar das muitas outras observâncias da peregrinação é experimentar um retorno ao lar espiritual em toda a sua ternura e comoção. Durante este plano, processos que haviam sido iniciados no Plano de Cinco Anos anterior para

Peregrinos da República Democrática do Congo vindos como participantes do grupo de um país.

70 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

possibilitar a um crescente número de crentes receberem as bênçãos da peregrinação continu-aram a ser implementados e aprimorados.

Em 0118, o número possível de peregrinos em cada contingente foi dobrado para 711. Em consequência disso, cerca de 08.111 peregrinos foram recebidos no Centro Mundial Bahá’í nos últimos cinco anos, contra apenas 25.111 no Plano anterior. Maiores grupos de peregrinos também permitiram que um número signi9ca-tivo de crentes chegasse rapidamente ao topo da longa lista de espera e isso, juntamente com o contínuo aprimoramento dos sistemas destinados a processar as solicitações de modo mais eficiente, levou a uma aceleração sem precedentes no agendamento de peregrinações. Nas últimas décadas, uma vez que a solicitação de peregrinação fosse processada no Centro Mundial, o solicitante geralmente recebia uma oferta de datas a escolher para uns cinco ou seis anos depois. O longo período de espera agora foi reduzido, de modo que agora é possível aos crentes fazerem a peregrinação em um ano a partir do recebimento de sua solicitação.

Juntamente com os desenvolvimentos ante-riores, no início de 0118 foi introduzido um novo arranjo que abriu a perspectiva de peregri-nação a crentes que pudessem ter considerado a peregrinação como algo além de seu alcance, devido à falta de experiência em viajar ao exte-rior ou a outros fatores, permitindo a um grupo de um país fazer a peregrinação em conjunto.

Para tais grupos, a Assembleia Espiritual Nacional envolvida trabalha diretamente com o Departamento de Peregrinação no Centro Mundial para agendar a data da peregrinação para o grupo. A Assembleia Nacional veri9ca o status bahá’í dos amigos que se inscrevem para a peregrinação e, além de prover assistência prática para os crentes em questões como passaportes e vistos, facilita a organização da viagem do grupo à Terra Santa e sua partida de lá. A Assembleia ainda identi9ca um ou dois amigos experientes que integrem o grupo e que possam ajudar os outros sempre que necessário durante a viagem. Inicialmente, cinco Assembleias Espirituais Nacionais foram convidadas pela Casa de Justiça para participar desse programa. Na medida em que outras Assembleias Nacionais souberam do arranjo, elas também solicitaram inclusão, e o número de comunidades bahá’ís nacionais envolvidas nesse empreendimento aumentou para 0:. O número de crentes que fazem a pere-grinação, provenientes desses países participantes também aumentou substancialmente.

Para muitos crentes, a oportunidade de “fazer a peregrinação ao sagrado santuário em cujo redor circundam em adoração os amigos íntimos do reino espiritual”: virá talvez uma única vez em suas vidas, e todas as medidas efetivadas nos anos recentes, juntamente com muitas outras, foram tomadas com o objetivo de continuar a aprimorar essa experiência “profunda e inesquecível”.21

71

Notas

Introdução

2 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

0 Ibid.

5 Ibid.

7 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

3 Ibid.

4 Ibid.

8 Ibid.

6 Mensagem do Rid. ván de 0111, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

: Institutos de Capacitação (Florida: Palabra Publications, 2::6), p. 28.

21 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

22 Mensagem do Rid. ván de 0116, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

20 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

25 Ibid.

27 Ibid.

23 Ibid.

24 Ibid.

28 Ibid.

26 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

2: Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

01 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

02 Ibid.

00 Ibid.

05 Ibid.

07 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

03 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

04 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

08 Ibid.

06 Ibid.

0: Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

I: Avançando o Processo de Entrada em Tropas

2 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

0 Mensagem do Rid. ván de 0116, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

5 Ibid.

7 Ibid.

3 Ibid.

4 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

8 Mensagem do Rid. ván de 0116, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

6 Ibid.

: Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

21 Mensagem do Rid. ván de 0116, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

72 O Plano de Cinco Anos 2006-2011: Resumo de Realizações e Aprendizagem

22 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

20 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

25 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

27 Mensagem datada de : de janeiro de 0112, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

23 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

24 Ibid.

28 Institutos de Capacitação (Florida: Palabra Publications, 2::6), p. 26.

26 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

2: Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

01 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

02 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

00 Ibid.

05 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

07 Ibid.

03 Ibid.

04 Mensagem datada de 01 de outubro de 0116, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

08 Ibid.

06 Ibid.

0: Ibid.

51 Ibid.

52 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

50 Ibid.

55 Ibid.

57 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

53 Ibid.

54 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

58 Ibid.

56 Ibid.

5: Ibid.

71 Ibid.

72 Ibid.

70 Ibid.

75 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

77 Ibid.

73 Ibid.

74 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

78 Ibid.

76 Ibid.

7: Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

31 Ibid.

32 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

30 Carta datada de 22 de agosto de 0116, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a um crente.

35 Ibid.

37 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

33 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

34 Carta datada de 28 de agosto de 0116, escrita em nome da Casa Universal de Justiça à Assembleia Espiritual Nacional da Bélgica.

38 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

36 A Instituição dos Conselheiros (Haifa: Bahá’í World Centre Publications, 0112), p. 26.

3: Ibid.

73Notas

41 Ibid.

42 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

40 Ibid.

45 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

47 Mensagem do Rid. ván de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

43 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

44 Ibid.

48 Mensagem datada de 08 de dezembro de 0113, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

46 Mensagem datada de 06 de dezembro de 0121, escrita pela Casa Universal de Justiça à Conferência do Corpo Continental de Conselheiros.

4: Ibid.

81 Ibid.

III: Relações com Governos, Sociedade Civil e o Público

2 Mensagem do Rid. ván de 0114, escrita pela Casa Universal de Justiça aos bahá’ís do mundo.

0 Campanha Internacional por Direitos Humanos no Irã,

http://www.asre-nou.net/php/view.php?objnr=0041.

5 A Volta ao Mundo em 61 Fés, transmitido em janeiro de 011:, Televisão BBC.

IV: Realizações no Centro Mundial Bahá’í

2 Mensagem datada de 20 de maio de 0116, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas as Assembleias Espirituais Nacionais.

0 Ibid.

5 Ibid.

7 Shoghi Effendi, A Presença de Deus (Editora Bahá’í, 2:62), p.046.

3 UNESCO Centro de Patrimônio Mundial, http://whc.unesco.org/en/list/2001.

4 Ibid.

8 O Kitáb-i-Aqdas, parágrafo 4.

6 Shoghi Effendi, Fortaleza de Fé: Mensagens à América, '*+,–'*%, (Editora Bahá’í, 0118), p. 228

: ‘Abdu’l-Bahá, Epístola não publicada datada de 6 de agosto de 2:18.

21 Carta datada de 4 de abril de 2:33 escrita em nome de Shoghi E>endi a um crente.

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