PLANO DE AÇÃO...contribuições das culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas na...
Transcript of PLANO DE AÇÃO...contribuições das culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas na...
PLANO DE AÇÃO
1. IDENTIFICAÇÃO
Instituição de Ensino: Colégio Estadual Lourdes Alves Melo Ens. Fund. E Médio.
Município: Itaguajé
NRE: Paranavaí.
Coordenadora/or da Equipe Multidisciplinar: Maria Inez de Medeiros Lima
Componentes da Equipe Multidisciplinar:
Alex Sandro da Silva
Ana Maria Silveira Ferreira
Aparecida Silva Oliveira
Celia Rodolfo M dos Santos
Cenira Aparecida de Moura
Evanilde pereira da S. Lima
Jose Nilton da Silva
Klayce Dias de Oliveira
Maria Alves de Assis
Maria Arneide de S. oliveira
Maria Inez de Medeiros lima
Maria Tereza Bedana da Silva
Rita de Cassia B. Machado
Sirley Inez de O. Ohno
Valdira Vieira S. Matias
Vera Lucia da Silva
2. JUSTIFICATIVA
Este plano de ação contempla as discussões diante da necessidade e da importância
do combate ao racismo, ao preconceito na escola e comunidade, para a valorização das
contribuições das culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas na constituição da
diversidade étnico-racial de identidade, a fim de lutar pela democratização da sociedade
brasileira.
Partindo do cumprimento da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e da Lei nº
11.645/08, faz-se necessário ampliar o debate sobre o tema na nossa comunidade escolar
que, em termos gerais e atualmente tem se tornado relevante para se pensar em um modelo
de sociedade verdadeiramente justa e igualitária. É sabido que o resgate da identidade negra
em nossa cultura é tarefa árdua, na medida em que essa foi massacrada, descaracterizada e
reduzida, o que levou a transformar-se numa distorção da cultura africana original, assim e
necessário ressaltar uma reflexão mais profunda sobre o afro descendente no Brasil, da sua
cultura e da sua participação na construção da sociedade brasileira.
É de suma importância que mais pessoas tomem conhecimento e adquiram
subsídios para melhor compreender a questão étnico racial no Brasil.
A temática africana afro-brasileira e indígena apresenta-se como uma temática
relevante socialmente, colocando a escola e seus currículos como protagonistas de
construção de uma nova cultura possibilitando o enfrentamento da exclusão social e
superação de preconceitos com as ações e medidas afirmativas na construção de práticas de
igualdade racial.
O marco inicial é a lei nº 10.639/03 e 11.645/08 definindo a obrigatoriedade do
ensino de história e cultura africana afro-brasileira e indígena na educação básica. Essa
legislação aponta a necessidade da promoção e reeducação das relações étnico-raciais, do
combate às ideias e às práticas racistas que ainda persistem no imaginário e nas relações
sociais vivenciadas por educadores, comunidade, familiares e educandos.
Assim, a educação constitui-se um dos princípios ativos e mecanismo de
transformação de um povo. E por ser papel da escola, de forma democrática e
comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade, vem estimular a
formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e as
características próprias de grupos no processo de formação de qualquer sociedade abrindo
caminhos para a ampliação da cidadania de um povo
3. OBJETIVO GERAL
Desenvolver ações que efetivem a implementação das diretrizes Curriculares
nacionais para a educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de historia e Cultura
Afro-Brasileira Africana e indígena das respectivas Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, como
superação de situações de discriminação.
Desenvolver atividades que levem os alunos a uma reflexão sobre a identidade
racial a partir da concepção da política de reparação, reconhecimento e de valorização de
todos os aspectos que envolvam a cultura africana e afro-brasileira e povos indígenas.
Promover encontros de planejamento, seminários e espaços de discussão da
temática abordada considerando as leis vigentes, integrando-as ao PPP, regimento Escolar e
PTD.
Valorizar a pluralidade racial de nossa comunidade escolar e combater o racismo no
âmbito escolar.
Mobilizar a comunidade escolar para que as ações previstas no plano de ação
estabelecidas pela equipe multidisciplinar do Colégio sejam efetivamente desenvolvidas.
Desenvolver atitudes de respeito à diversidade étnica racial.
4. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES
Ações Práticas didático-pedagógicas para efetivar o ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena nas disciplinas curriculares.
As ações contidas neste plano de ação foram elaboradas a partir das práticas
didático-pedagógicas que relacionem o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena nas disciplinas curriculares com abordagens positivas, trabalhada de
forma integrada, permeando os conteúdos de todas as áreas do conhecimento, ao longo das
diferentes fases do processo pedagógico.
O desenvolvimento das ações estão em consonância com a inserção dos conteúdos e
de atividades nas diversas disciplinas curriculares escolares (humanas, exatas, linguagens)
distribuídas durante os três trimestres, estabelecendo a proposta de conteúdo para cada
disciplina, como previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-raciais e Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
garantindo o ensino da história e cultura afro-brasileira e povos indígenas, educação das
relações étnico-raciais, sob várias modalidades, através de atividades extraclasses ou
projetos de diferentes naturezas, bem como os materiais que são utilizados em atividades
educativas, como livros, jogos, brinquedos, filmes e músicas, poesias, contos, brincadeiras
e histórias orais, exposição e sistematização das atividades.
Em primeiro momento a temática será desenvolvida em sala de aula por meio de
atividades para a sua exploração, sistematização e para a conclusão dos trabalhos.
Os professores elaboraram em seus planos de trabalho docente ações diversificadas
desenvolvidas com os alunos em atividades descritas a seguir:
Arte.
Título: grafismos, pinturas e ambientes decorativos com inspiração indígena.
Objetivo: Conhecer melhor os grafismos produzidos pelos indígenas brasileiros nas
pinturas corporais, vasos cerâmicos e outros objetos, criar padrões gráficos com texturas
visuais inspiradas na produção indígena.
Metodologia: criar uma margem decorada em uma folha de papel sulfite branco,
canson. Para isso utilizar grafismo com linhas. Após as margens decoradas, criar um
desenho para seu interior, usando grafismos com linhas, usando apenas uma cor ou varias
cores para contrastar com o fundo do papel.
Resultado esperado: Socialização da experiência com a pintura, à comunidade
escolar onde será apresentado a todos os trabalhos confeccionados durante o decorrer das
aulas.
Ciências-
Título: Modelos Geocêntricos e Heliocêntricos.
Objetivo: oportunizar aos alunos de conhecer um pouco mais sobre a cultura
indígena, valorizando atitudes de combate a diversidade étnico racial.
Metodologia: Pesquisa sobre os modelos geocêntricos e heliocêntricos, com
estudos de astronomia, astrologia, horóscopos, sonhos e calendários aplicados à cultura
indígena.
Os alunos fizeram observação, identificação e registros das regularidades dos
fenômenos celestes e sua influência no seu ambiente, leitura, interpretação e
contextualização histórica de mitos e lendas sobre o surgimento e a função do Sol segundo
as lendas dos povos indígenas.
A respectiva atividade partiu dos estudos da teoria de Nicolau Copérnico sobre os
modelos heliocêntricos e geocêntricos, diferença entre astrologia e astronomia, com
discussões sobre horóscopo e sonhos.
Assim a atividade foi direcionada para a confecção do filtro do sonho visto que os
povos indígenas introduziram-o como amuleto típico da sua cultura.
Os materiais para a construção do filtro dos sonhos foram adaptados em sala de aula
para que todos os alunos pudessem participar da atividade proposta coletivamente.
Resultados esperados: reconhecerem a singularidade da cultura indígena através das
conversas a respeito da temática abordada com a confecção do filtro dos sonhos.
Educação Física-
Dança: Carimbó
O próprio nome indica sua origem, que é indígena. Do tupi korimbó, seu significado
“pau que produz som" resulta da junção dos elementos curi, que significa “pau”, e mbó,
que significa “furado”.
O nome faz referência ao curimbó, o principal instrumento musical utilizado nessa
manifestação folclórica, o qual era feito com um tronco escavado de forma manual.
O carimbó surgiu com o hábito dos agricultores e dos pescadores que, ao fim dos
trabalhos diários, dançavam ao ritmo do tambor.
Com o passar do tempo, a dança foi recebendo influência das tradições europeias,
bem como africanas.
Objetivo: Proporcionar e explorar algumas vivências com os passos de carimbó.
Disseminar a informação sobre um dos aspectos da cultura do Carimbó; que
carrega informações sobre os costumes do povo, seu cotidiano, suas lendas, mantendo
assim viva a tradição de nossos maiores patrimônios culturais, proporcionando a todos um
espaço de cooperação, reflexão e ação coletiva em prol do reconhecimento e valorização da
tradição cultura afro africana e indígena.
Metodologia:
Para desenvolver este trabalho, adotou-se a pesquisa participante, envolvendo os
alunos e a dança tradicional popular, em seguida adotou-se a roda de conversa com os
alunos para dialogar sobre as manifestações tradicionais populares mais conhecidas, em
especial aquelas que envolviam a dança afro africana e indígena. Após foram realizadas
oficinas com aplicação do conhecimento e o conteúdo da Dança Tradicional Popular,
“Carimbó”, eleita pelos alunos para ser problematizada e vivenciada.
Resultados esperados: Que os nossos educandos possa valorizar os costumes e
tradições das diferentes etnias.
Matemática:
Título: Pesquisa sobre a população que se considera negra no município,
(escolaridade e renda per capita).
Conteúdo Estruturante: Estatística
Conteúdo Específico: Coleta de dados, construção de tabelas e gráficos.
Objetivo - Mostrar um estudo mais aprofundado através de pesquisas que abordem
o tema História e Cultura Afro-brasileira abordando os conteúdos de Matemática. Pode-se
utilizar principalmente a Estatística, em temas que são relevantes para a formação da
cidadania.
Justificativa - É imprescindível que a escola, em conjunto com toda a sociedade
planeje e execute. Ações que objetivem mudanças no contexto atual, para que os resultados
das pesquisas de desigualdades sociais entre os negros e brancos sejam minimizadas.
Metodologia – Os gráficos e tabelas a serem construídos oportunizam uma
comparação da renda média do trabalho, por faixa de escolaridade, analisando os seguintes
aspectos: escolaridade, mulheres negras, mulheres brancas, homens negros e homens
brancos.
Resultados esperados: mudança de valores e de atitudes, que deve estar presente
durante todo o ano letivo e desenvolvido por todo o conjunto escolar, mesmo assim os
resultados serão a longo prazo. O aluno tem suas especificidades culturais de grupo, e é na
interação do meio em que estes vivem e naquilo que faz parte do seu cotidiano é que
devemos buscar mudanças, diminuição das desigualdades e na formação de um cidadão
crítico e atuante na sociedade.
Matemática – Educação Física e Geografia
Título: Cultura africana na música brasileira
Problematização
Como o afro-descendente e sua cultura participam da música brasileira?
Conhecimentos envolvidos
Objetivo
Reconhecer a presença da cultura africana e do afro-descendente dentro da música e
determinadas manifestações culturais brasileiras.
Encaminhamento Metodológico
Desde o ano de 2003 foi promulgada a lei 10.639, que instituiu a obrigatoriedade da
inclusão da história e cultura africana e afro-brasileira dentro dos currículos escolares. Esta
lei veio como tentativa de dar visão a um outro lado da história do afro-descendente, que
geralmente é contada de forma distorcida, na perspectiva de grupos hegemônicos.
Sendo que mais de 50% da população brasileira é afro-descendente (dados do senso do
IBGE do ano 2000), negligenciar suas contribuições culturais é ignorar a identidade
brasileira. Estas contribuições estão presentes na culinária, na música, nas festas, na
religiosidade e até mesmo em nosso vocabulário.
Com o intuito de valorizar a imagem do afro-descendente e de sua cultura, desenvolveu-se
o presente projeto, partindo do estudo de nomes afro-descendentes importantes dentro do
samba brasileiro. Dessa forma, pretende-se mostrar uma imagem positiva do negro e de sua
cultura, levando os alunos a conhecerem as raízes de nossa música, para que possam desta
maneira valorizar o afro-descendente.
Metodologia:
1. O trabalho concluiu-se com a apresentação de uma dança afro WAKA WAKA –
SHAKIRA – MUSICAL OFICIAL DA COPA DO MUNDO 2010 Na escola. Os alunos
receberam a letra da música com tradução.
2. Ao final do projeto, os alunos elaboraram textos destacando os pontos principais e
ressaltando o aprendizado. Os destaques foram:
Compreendemos a real importância do negro na formação social brasileira, nas
cidades, na arte, no nosso dialeto, na música, e mesmo assim nossa sociedade é muito
racista;
Aprendemos a importância dos negros na nossa cultura, culinária, vocabulário;
Aprendemos sobre os negros, indígenas sua cultura, sua influência no nosso meio.
Podemos ver a importância do negro em nossa sociedade;
Vimos que a cultura afro não está apenas na cor da pele ou na dança, mas também
na culinária e na forma de falar (as palavras) e que influenciou muito a música popular
brasileira;
A cultura afro africana não está somente na cor ou na dança, mas também na
linguagem (palavras),gastronomia, entre outras;
Muitos alunos podiam pensar que África só lembrava escravos, macumba, trabalho
pesado, mas não, afro é cultura, é arte, é dança, festa, cores;
Percebi que muitas vezes não levamos nossa cultura tão a sério, mas na verdade isto
é muito importante porque nossa cultura se originou da mistura de várias outras, e o
preconceito é uma coisa sem sentido porque foram os negros que nos ajudaram a ser o que
somos hoje;
Descobrimos que o negro tem bastante influência na cultura brasileira e que o
preconceito racial tem que acabar, pois todos somos humanos e temos os mesmos direitos e
deveres;
O preconceito racial existe até hoje e a cultura afro-descendente está muito presente
em nosso dia-a-dia, através das comidas, roupas, músicas, capoeiras;
Entendemos a influência da cultura afro africana no Brasil, pois usamos algumas
palavras de origem africana, escutamos estilos de músicas herdadas dos africanos.
Com os trabalhos desenvolvidos, os alunos dos 9ºs anos conheceram personalidades
afro-descendentes importantes para a música brasileira, reconheceram o samba enquanto
produção cultural reconheceram a África como berço da humanidade, estudaram que “raça”
é um conceito construído historicamente e que a imagem do negro escravo e submisso é
fantasiosa. Além disso, discutiu-se a elitização do carnaval, reconhecendo que inicialmente
as escolas de samba eram espaços de socialização.
Língua Estrangeira Moderna:
Título: Frutas africanas.
O tema de estudo abordado frutas africanas veio através de uma pesquisa realizada
pelos alunos no 8B, proporcionando estabelecer relações entre o leitor e o texto,
estimulando as praticas de leitura, buscando priorizar ao educando a compreensão do seu
trabalho em sala de aula e desenvolver sua criatividade, o gosto pelo ato de ler e de suas
habilidades como leitores, através de textos diversificados, pesquisas relacionadas as frutas
africanas.
Objetivos: promover momentos de leitura escrita e oralidade sobre frutas africanas
em sala de aula, como também possibilitar a troca de informações entre os alunos sobre
cores, formas, tamanho, sabor, desenvolvendo a criatividade e participação sobre a leitura,
escrita e tradução de nomes.
Trabalhar a oralidade dos alunos, contribuindo com a formação de leitores ativos
capazes de produzir e traduzir textos coerentes e adequados ao gênero estudado.
Reconhecer a estrutura da sequencia narrativa com os nomes das frutas africanas.
Favorecer a vivência de princípios que cultivem a igualdade, a tolerância e o
respeito a diversidade étnicas raciais, refletindo sobre os preconceitos sociais e racistas na
sociedade atual.
Encaminhamento metodológico: Conversa com os alunos sobre o gênero: frutas
africanas.
Pesquisas em revistas, livros diversos, internet sobre o assunto e suas
características.
Escrever no quadro de giz o título da pesquisa ou leitura e confecção de frutas,
através de massa de modelar guache e pincel.
Pintar as frutas e coloca-las em exposição aos demais alunos e comunidade do
colégio.
Resultado Esperado:
Através do trabalho realizado, conclui- se que foi muito bem abordado e aceito
pelos alunos.
Foram confeccionadas frutas de argila e massa de modelar e expostas e explicadas
todas as características onde foi vivenciado a cultura afro africana de modo prático
reconhecendo a importância da valorização das diversas culturas
História-
Título: A cultura africana e a influência na cultura brasileira
Objetivo:
Conhecer as culturas africanas, suas crenças, religiões, músicas, danças, artes
visuais e o que representou a escravidão para o povo africano. Como vivem as
comunidades quilombolas;
Verificar de que forma a cultura africana influência a cultura brasileira;
Analisar a relação entre o negro e o preconceito.
Metodologia:
Iniciar a aula instigando os alunos a refletir sobre a cultura africana. Em seguida
reproduzir o CLIPE OFICIAL - NOSSA COR - LÉO SANTANA.
Incentivar os alunos a discutirem questões como: respeito à diversidade,
religiosidade, sincretismo e preconceito.
Explicar sobre alimentação, música, lutas e religiosidade. Instigar a refletir sobre a
presença ou ausência desses elementos no modo de vida de cada um deles e da sociedade.
Apresentar o vídeo “Mojumbá” A Cor da Cultura.
Fazer um comentário reflexivo sobre o filme.
Recurso.
TV Multimídia;
Pendrive;
Materiais diversos.
Avaliação:
Solicitar produção de um texto de opinião partindo do seguinte tema: Para superar
as visões discriminatória e preconceituosa em relação aos afrodescendentes é preciso
recuperar os elementos da resistência negra, suas formas de luta. O material produzido
pelos alunos será ilustrado e exposto em painel no mural da escola.
Os pontos que deverão ser avaliados são: - envolvimento e participação dos alunos
nas discussões; - pertinência das informações contidas nos textos produzidos organização e
clareza das informações no painel e nos textos.
Atividade 2 de História-
Título: Consciência Negra
O conteúdo foco é a educação voltada para consciência da importância do
negro para a constituição e identidade da nação brasileira e principalmente, do
respeito à diversidade humana e a abominação do racismo e do preconceito,
desenvolvido por meio de um processo educativo do debate, do entorno, buscando nas
nossas próprias raízes a herança biológica e/ou cultural trazida pela influência africana.
estabelecendo a seguir um vínculo entre as curiosidades que surgirem dos alunos sobre
o tema e a instigação provocada pelo professor no intuito de ir avançando no
conhecimento sobre o assunto.
Objetivos:
História: Valorizar a cultura africana e seus afro-descendentes e afro-brasileiros na
escola e na sociedade.
Entender e valorizar a identidade de pessoas negras;
Redescobrir a cultura negra, embranquecida pelo tempo;
Desmitificar o preconceito relativo aos costumes religiosos provindos da cultura
africana;
Trazer discussões por meio de rodas de conversa, para um posicionamento mais
crítico, frente a realidade social que vivemos.
Encaminhamento metodológico: Refletir em relação ao início do racismo no Brasil;
Reconhecer a herança cultural dos negros;
Refletir e opinar sobre o papel do negro na formação da nação brasileira;
Debater temas como: Preconceito racial/ O processo de abolição;
Apresentação de paródias sobre o tema trabalhado;
Avaliação e resultados:
A avaliação acontecerá em qualquer momento do processo educativo, de forma
contínua e diagnóstica; com a intenção primordial de rever a própria prática docente
criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem-se suas
potencialidades levando em conta, principalmente, os avanços individuais dentro da
coletividade e a participação no desenvolvimento de todas as atividades (de acordo com as
peculiaridades de cada aluno) no decorrer do projeto.
História 3
Título: Conhecendo os povos indígenas e suas culturas (natureza e sociedade)
Objetivos:
Conhecer elementos da cultura indígena, o local onde vivem.
Identificar o conhecimento, sobre o universo dos povos indígena.
Caracterizar o espaço ocupado pelos indígenas.
Valorizar seus costumes e crenças.
Respeitar seus direitos e espaço de conquistas.
Metodologias e Recursos.
Há necessidade de um comportamento de caráter ético, ideológico, não só da nossa
pesquisa, mas de nossa ação. Incentivando-os no ideal de uma postura autocrítica, tão
necessária nesses dias em que a manipulação de tantos permite que o indígena seja sujeito
da linguagem, mas não sujeito da ideologia.
Usa se a reflexão e auto reflexo como potencialização da emancipação humano.
Identificar se que a abordagem dos direitos étnicos raciais deve ser trabalhada em sala de
aula. Pesquisas em bibliotecas e sites apropriados que auxilia no desenvolvimento do tema,
facilitando a compreensão do tema. Também devemos priorizar as receitas culinárias
indígenas: como a mandioca, milho, biju na cultura de sobrevivência e alimentação assim
após a pesquisa culinária será feito uma oficina com alimentos da respectiva cultura e
degustação.
Exposição de objetos indígenas.
Resultados esperados: com esta proposta de ação pedagógica espera-se que os
alunos compreendam que os povos indígenas são de suma importância no povoamento do
Brasil.
Arte:
Título: Arte Indígena- Música.
As aulas serão realizadas nas turmas do 6ºAno A e C, do Ensino Fundamental. São
todas embasadas nas Orientações de Música, (DCEB) para entender melhor a música é
necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possa
identificar os seus elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são
distribuídos e organizados em uma composição musical.
Objetivos
Valorizar as manifestações artísticas dos indígenas brasileiros
Compreender a expressão das manifestações culturais das tribos indígenas e sua
função
Estabelecer as relações existentes entre os povos indígenas e a sociedade atual
Valorizar as manifestações artísticas dos indígenas brasileiros .
Conhecer as músicas indígenas guarani.
Identificar os instrumentos musicais indígenas.
Conhecer a cultura indígena.
Encaminhamentos Metodológicos
Iniciar a aula expondo o tema da aula Música Indígena. Após apresentar, questionar
aos alunos o que eles sabem sobre o assunto. Leitura do texto, Sons ritmos e movimentos-
Livro de Arte-POR TODA PARTE- 6º ano, para o aluno tomar conhecimento do conteúdo.
Ouvir a música- ORERUNHAMANDU. (CD Memória Viva Guarani, de Nande Reko
Arandu (2002)l http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/sons-indigenas/684-
ww.) Distribuir a letra da música para os alunos, explicar o significado das palavras. Iniciar
cantando junto com a música, com o auxilio da Tv pendrive. Em seguida cantando todos
juntos. Diferenciar vozes femininas e masculinas.
Avaliação
A avaliação será um processo diagnóstico, contínuo e no decorrer das aulas serão
utilizados vários instrumentos, abordando conhecimentos já adquiridos, acompanhando a
aprendizagem individual de cada aluno.
Resultado Esperado: Apresentação e socialização da música com a comunidade
escolar
Sociologia:
Título: Consciência Negra ontem e hoje (Desigualdade social e racial, escravidão e
quilombos)
Objetivos
Discutir a desigualdade racial no nosso país
Compreender a origem do Dia da Consciência Negra e sua importância hoje
Analisar a situação atual do negro no Brasil com base em dados do Censo 2010
Materiais necessários
Computadores com acesso à internet
Projetor multimídia para exibir o vídeo sobre Zumbi dos Palmares
Acesso à biblioteca ou revistas e livros disponíveis para a pesquisa dos alunos
Introdução
A Lei 10.639 de 2003 estabelece que no dia 20 de novembro seja comemorado o Dia da
Consciência Negra. A data é feriado em boa parte do Brasil e foi criada para discutir a
História dos negros no país, sua cultura e sua colaboração para a nação que temos hoje.
Além disso, é também uma oportunidade para lembrar e evidenciar os problemas sociais
que ainda afligem essa parcela da população.
Antes de iniciar as aulas, procure se informar sobre o Dia da Consciência Negra na sua
cidade e na sua escola. Onde você mora é feriado no dia 20 de novembro? No bairro da
escola há algum evento especial? Essas informações são importantes para entender como a
sua comunidade aborda as condições do negro na sociedade e como valoriza a cultura afro-
brasileira. Assim, você pode preparar uma aula ainda mais direcionada à sua realidade.
Desenvolvimento
1ª etapa
Comece analisando se os estudantes estão familiarizados com o Dia da Consciência Negra
e se já participaram de alguma atividade especial nessa data, em qualquer ano. Para
conduzir a discussão, faça perguntas como:
- Por que dia 20 de novembro foi escolhido para comemorar o Dia da Consciência Negra?
- Quem foi Zumbi dos Palmares e porque ele é um símbolo tão importante para o povo
negro?
- O que foram os quilombos?
Use o texto abaixo como referência para esclarecer as dúvidas que surgirem durante a
conversa:
Como surgiu o Dia da Consciência Negra?
As origens do Dia da Consciência Negra estão relacionadas aos esforços dos
movimentos sociais para evidenciar as desigualdades históricas que afligem as populações
negra e parda no Brasil. A data é comemorada em 20 de novembro para coincidir com o
aniversário da morte de Zumbi dos Palmares (1655-1695), líder do Quilombo dos
Palmares, no período colonial brasileiro.
Os quilombos eram agrupamentos populacionais formados por escravos foragidos de
fazendas coloniais. Nesses locais, muitas vezes escondidos em meio à mata, os ex-escravos
se organizavam para garantir sua subsistência e a reprodução da cultura de seus ancestrais
africanos. No entanto, esses lugares eram frequentemente alvo da violência dos senhores de
escravos brancos, que procuravam retomar o controle dos seus escravos foragidos.
O Quilombo dos Palmares, localizado no atual estado de Alagoas, é uma das mais famosas
comunidades de escravos foragidos da nossa história. Seu último líder foi Zumbi dos
Palmares, nascido no quilombo, mas capturado por colonos portugueses quando ainda era
criança. Seu retorno aconteceu quando o governo da Capitania de Pernambuco negociava
com as lideranças quilombolas sua submissão à Coroa Portuguesa. Por não concordar com
essa proposta, Zumbi desafiou Ganga Zumba, então líder dos negros. Ganga Zumba
acabaria envenenado por um aliado de Zumbi, que se tornou assim o governante da
comunidade. No final do século17, o Quilombo foi alvo de diversos ataques de
bandeirantes. Acabou sucumbindo aos poder bélico superior das tropas. Nesse período,
Zumbi foi caçado e morto. Sua cabeça foi exibida em praça pública para desencorajar os
outros escravos.
Desde a década de 70, a data do falecimento de Zumbi tem sido utilizada para relembrar as
condições desumanas da escravidão no Brasil e as formas de resistência dos povos
escravizados. Mais recentemente, leis estaduais e municipais criaram o feriado no dia 20 de
novembro com o objetivo de valorizar a cultura negra e reconhecer a contribuição de ex-
escravos e seus descendentes para a história. (Maiko Rafael Spiess).
Ao final da discussão, para ampliar a compreensão da turma sobre as razões históricas do
Dia da Consciência Negra, apresente o vídeo "Zumbi dos Palmares" produzido pela TV
Câmara. Com subsídio do vídeo - que traz uma biografia de Zumbi -, você pode provocar a
classe a fornecer respostas ainda mais completas sobre a importância de Zumbi como
símbolo da consciência negra.
2º etapa
Informe à turma que, para aprofundar o assunto e fazer uma conexão do passado com os
dias de hoje, você propõe a organização de um painel sobre o tema. Organize os alunos em
grupos e peça que façam uma pesquisa sobre um dos tópicos abaixo. A sugestão é que
pesquisem na biblioteca da escola, em revistas e livros que você trouxer ou na internet.
1. Aspectos econômicos e sociais da escravidão no Brasil;
2. O movimento abolicionista;
3. Importância da cultura negra no Brasil atual;
4. Personalidades negras ou mestiças na História do Brasil;
5. Populações descendentes dos quilombos (quilombolas)
Conforme a realidade da sua comunidade, proponha outros temas que julgue interessantes
ou adequados. Apenas lembre-se que o objetivo principal é entender tanto as dificuldades
históricas impostas pelo período escravagista no Brasil, quanto as contribuições dos povos
afrodescendentes para a riqueza cultural do país.
3º etapa
Finalizada a pesquisa, peça que os adolescentes exponham o que encontraram - vale
indagar quais elementos mais chamaram a atenção durante a investigação. Registre no
quadro as informações mais relevantes, de modo a compor uma síntese. Aproveite que os
estudantes estão familiarizados com o assunto para introduzir a análise das consequências
da escravidão (e da resistência a ela) no nosso presente. Inicie debatendo as dificuldades
impostas aos negros no Brasil. Algumas perguntas possíveis:
- Negros e brancos têm as mesmas oportunidades de educação e trabalho?
- Em geral, negros são mais atingidos por mazelas sociais como pobreza e violência?
- Qual é a relação entre os povos negros e mestiços e o restante da sociedade brasileira?
- Existe racismo no Brasil? É possível apontar situações em que ele ocorre?
- Há relações entre a escravidão e as desigualdades de hoje? Quais?
Em seguida, encaminhe a discussão para situações que apontam transformações nesse
panorama, como a visibilidade do ministro Joaquim Barbosa, o primeiro negro a se tornar
presidente do Supremo Tribunal Federal brasileiro, e a recente aprovação das cotas raciais
para o ingresso nas universidades públicas - medida defendida pelo movimento negro como
uma forma de reparar o desequilíbrio social e histórico em relação ao acesso às
oportunidades educacionais no Brasil. Pergunte à turma como essas mudanças se tornaram
possíveis. Para se aprofundar na questão, você pode consultar o plano de aula Para
entender as cotas nas universidades e o artigo da seção Educação em Debate, Cotas em
universidades: um tema polêmico. Ressalte que a importância das lutas dos movimentos
sociais para tornar efetiva a adoção desse tipo de medida.
Para complementar a conversa, leia com os estudantes o texto abaixo:
Condições atuais do negro no Brasil
De acordo com o IBGE, no ano de 2010"o Brasil contava com uma população de
quase 191 milhões de habitantes, dos quais cerca de 15 milhões se declararam como pretos
(7,6% do total) e 82 milhões como pardos (43,1% do total)". Somadas, essas duas parcelas
da população representam aproximadamente metade do total dos brasileiros. Ou seja, não é
exagero afirmar que metade dos habitantes do Brasil são, em alguma medida, descendentes
de etnias africanas e possivelmente de antigos escravos.
No entanto, a necessidade atual de cotas raciais e outras ações afirmativas pode indicar que
os melhores empregos, cargos públicos e oportunidades de formação ainda não são
distribuídas de forma proporcional entre a população branca e negra. Por exemplo, ainda de
acordo com dados do Censo 2010, os brancos dominam o mercado de trabalho qualificado
e o acesso ao ensino superior: aproximadamente 31% da população branca frequentava a
universidade; para pardos e negros, os percentuais são de apenas 13,4% e 12,8%,
respectivamente.
De certa forma, ainda que a escravidão já tenha sido abolida há muito tempo, seus reflexos
ainda podem ser percebidos pelas diferenças sociais significativas em um país
absolutamente miscigenado. (Maiko Rafael Spiess)
Avaliação
Para a atividade final, pedir que os grupos se reúnam mais uma vez e elaborem um texto
que aponte as raízes do Dia da Consciência Negra e o que a data representa nos dias de
hoje. O texto deve conter a fundamentação histórica para a data e indicar que ela
está relacionada à necessidade de valorizar a cultura afro-brasileira e de debater a
desigualdade racial no Brasil. Peça, ainda, que a turma comente propostas de outras
medidas (como as cotas raciais) para reverter esse quadro. Com este exercício e também
levando em conta as discussões feitas em sala, observe se os alunos concluíram a sequência
didática com uma compreensão mais clara sobre a condição dos negros em nossa
sociedade.
(Biologia/Geografia)
O aluno irá conhecer e refletir sobre a história dos povos africanos, sua origem, sua
cultura, entender melhor a origem do povo brasileiro e, conhecer de maneira mais profunda
sobre a Lei 10.639/03, numa perspectiva acerca do papel da escola e a obrigatoriedade do
ensino de história da África e da cultura afro-brasileira, fazer parte do currículo da escola e
na formação da nossa cultura, nomes, comidas, bebidas, danças, ritmos, instrumentos
musicais.
O objetivo principal é que o aluno possa compreender a importância que a Lei
10.639/03 representa no contexto sócio-político para a cultura afro-descendente e afro-
brasileira e os avanços da luta contra o racismo e preconceito que o País tanto sofre.
Além desse objetivo é necessário destacar mais alguns relacionados à realidade da
sociedade em que vivemos.
1. Reconhecer a historicidade da comemoração do Dia Nacional da Consciência
Negra, ou melhor, a percepção desta data como resultante de intensa atividade do
movimento negro no Brasil;
2. Desenvolver atividades que visem ao debate sobre os preconceitos que ainda são
presentes na sociedade brasileira e à busca de algumas de suas raízes históricas.
3. Promover atividades que acontecem na semana da consciência na escola, de
acordo com o projeto pedagógico que é executado;
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor, com os alunos (as):
Os alunos precisarão conhecer ou reconhecer através de leituras e explicações sobre
a Abolição da Escravatura, a História da África, os passos, sua cultura, seus costumes,
como vieram para o Brasil, em que circunstâncias.
O que significa ser brasileiro (a)?
Por que a maioria dos brasileiros ainda hoje pensa, agem e veem as pessoas negras
de forma preconceituosa?
Qual a nossa relação com outras culturas?
Quais são nossos valores, nossos sentimentos, nossos ideais?
Leituras de textos, músicas em CD.
Filmes em DVD: Homens de Honra
Interdisciplinaridade:
-Biologia: Leituras de textos, interpretação de dados genéticos;
Geografia: Características da formação do Brasil antes e hoje, questões sociais e
econômicas.
Artes: Construir cartazes com figuras e desenhos de africanos e afro-descendentes, e afro-
brasileiros, ornamentação da sala.
Objetivos:
Reconhecer e discutir a Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e
cultura da África, e o que ela muda no contexto sócio-político na sociedade atual.
Fazer um trabalho de conscientização a partir da história e comemoração do dia
Nacional da Consciência Negra.
Perceber que a garantia da comemoração, resulta da intensa luta do movimento negro no
Brasil, e saber que quanto mais se fala sobre o assunto mais pessoas começarão a refletir e
agir em favor da inclusão da lei nas escolas.
Desenvolver atividades visando diálogo, discussões e reflexões sobre os preconceitos que
ainda são muito presentes na sociedade brasileira, principalmente no ambiente escolar, e a
busca de suas raízes históricas.
Público Alvo: Alunos do Ensino Médio
Desenvolvimento:
Duração das Atividades: 06 aulas de 50min cada.
Conteúdo: Comentário Introdutório:
A partir de 09 de Janeiro de 2003, o governo de Luiz Inácio lula da Silva, sancionou
a Lei de nº 10.639/03, que instituiu a obrigatoriedade da inclusão do ensino de História da
África e da cultura afro-brasileira nos currículos nas escolas públicas e particulares de
ensino da educação básica. Hoje é muito comum quando se fala da cultura africana e do
segundo maior continente do planeta fazer pouco caso da pluralidade cultural que
caracteriza o Brasil, geralmente acaba se refletindo na sala de aula. As raízes étnicas e
socioculturais possibilitam expressar angústias e insatisfações com o preconceito e a
discriminação nos currículos, livros didáticos e no cotidiano escolar. Refletir sobre o papel
do negro na formação da cultura brasileira.
Além dos aspectos educacionais, a lei nº 10.639/03 acrescenta que o dia 20 de
novembro deve ser inserido no calendário escolar como Dia Nacional da Consciência
Negra.
Teoria da Aprendizagem: Contextualizando
Você já parou para pensar quantas coisas de origem africana, estamos acostumados
a usar, ver e ouvir no nosso dia-a-dia?
Que herança africana é de grande importância para o nosso País, que inclui não só a
variedade de palavras, incorporadas á Língua Portuguesa, como também os ritmos e a arte
alegre e colorida dos povos da África?
Que mistura de etnias, que inclui os africanos, gerou a diversidade da cor e a
riqueza da cultura brasileira?
Estratégias Pedagógicas
O professor no 1º momento da aula, após fazer questionamentos sobre o tema, a
partir de textos e imagens para aprofundar o entendimento e o ensino e aprendizagem,
apresentará um filme:
1ª aula- Homens de Honra
2ª aula- discussão e debate sobre (anotações serão muito importantes para relatório
do grupo, algumas cenas do filme poderão ser exibidas, caso o aluno tenha necessidade)
Nesta aula a turma será dividida em dois grupos, cada grupo deverá analisar e
registra em seu caderno, e o relator de cada grupo em folha separada, e discutir as seguintes
questões:
Do que trata o filme? Quais são os personagens? Qual a moral da história
apresentada? Para quê e para quem o filme se direciona (sob que ótica? A realidade
apresentada no filme tem relação com o contexto social da comunidade escolar atual?
Em caso negativo, questionar se essa realidade apontada no vídeo está muito
distante da escola? O que pode ser feito para melhorar ou mudar essa realidade que afeta,
humilha e prejudica a maioria das pessoas?
4ª aula- Produção de textos (digitar e organizar tudo o que foi anotado) Atenção:
Para realizar essa atividade o professor tem que reservar o laboratório de Informática, os
alunos deverão construir o texto word, para este momento a turma deverá ser dividida em
pequenos grupos, para que possam conhecer os países do continente africano e as diversas
comunidades quilombolas no Brasil e especificamente no Estado do Amapá.
5ª aula- Os mesmos grupos farão apresentações sobre a cultura africana como:
construir textos para expor em mural a partir de leituras em livros, revistas, jornais, filmes,
e sites interessantes, danças, e músicas, que se relacione à África e ao Brasil, desenhos,
pinturas, jogos e brincadeiras. Tudo o que o aluno construir durante as aulas, servirá para
apresentação no Seminário da Semana da “Consciência negra” na escola que acontecerá em
novembro/2017.
6ª aula: Culminância sobre o tema da aula proposta: todos os grupos farão suas
apresentações.
Recursos Complementares: sites interessantes, livros, revistas, jornais, papel, lápis,
lápis de cor, pincel, cola, tesoura, data show, computador, internet.
Avaliação: O professor no 1º momento fará uma avaliação dialogada com a turma,
sobre as aulas, pesquisas e tudo que foi planejado para que a compreensão e conhecimentos
sejam adquiridos sobre o tema proposto; no 2º momento pedirá que aos alunos façam um
relatório escrito individual descrevendo pontos positivos e negativos sobre o tema e
atividades propostas e executadas, quais os caminhos percorridos, as dificuldades e
incertezas surgidas, sugestões para as próximas atividades, etc.
História e geografia:
Titulo: A dança Cigana
Investigar sobre a cultura cigana é contribuir na difusão da memória de um povo
rico em história, mistério e arte. Vamos trabalhar como tema principal a dança cigana, ou
melhor, as danças ciganas, pois quando dizemos no plural “danças ciganas” é porque, na
realidade existe uma divisão no que equivocadamente se convencionou chamar apenas
“dança cigana”. Tal dança e sua história pode trazer contribuições para estarmos pensando
a dança como educação para além dos espaços formais de ensino e para além das danças
pesquisadas no mundo acadêmico, a saber: ballet clássico, dança moderna, dança
contemporânea, danças populares do Brasil. Pensar essa dança também nos faz refletir em
seu estado da arte, em quem a pesquisa e quais as contribuições da dança cigana para o
espaço educacional como fonte de pesquisa. O trabalho se propõe analisar a Dança Cigana
como prática artística e pedagógica nos ensinos: formal e não formal, bem como refletir
sobre essa dança e sua tradição, nas academias ou escolas de dança que a praticam. Desse
modo buscamos um distanciamento do método tradicional do ensino de tal dança, que
geralmente é ministrado através do método de espelho, propondo conduzir e impregnar de
sentidos o bailado, a fim de criar significados a partir da cultura cigana, traçando múltiplas
relações entre o dançarino e suas existências sociopolítico-culturais. A abordagem
metodológica utilizada neste trabalho é de natureza descritiva, que descreve como fatos que
são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados. A pesquisa se
justifica a trabalhar com os alunos e admirar e respeitar bastante a cultura cigana, e o ritmo
da sua dança, principalmente a Cigana Espanhola; por ter vasto conhecimento da prática e
do ensino dessa dança; a falta de material bibliográfico acadêmico sobre esta cultura.
Ser Cigano
Ser Cigano é respeitar a liberdade, a natureza e acima de tudo a vida É viver e
deixar viver É ter a lucidez de saber esperar É não esgotar todos os recursos É preferir
morrer com honra, do que viver desonrado É ter como lema ser feliz É agradecer as
pequeninas coisas da vida É dignificar seus velhos É glorificar suas crianças É respeitar os
povos e as coisas que se desconhece É nunca contestar a Justiça Divina É acima de tudo
amar e respeitar Deus e Seu filho Jesus Cristo, nosso grande Mensageiro. Rorarni / Mirian
Stanescon
Investigar sobre a cultura cigana é contribuir na difusão da memória de um povo
rico em história, mistério e arte. Vamos enfatizamos como tema principal a dança cigana,
ou melhor, as danças ciganas, pois quando dizemos no plural “danças ciganas” é porque, na
realidade existe uma divisão no que equivocadamente se convencionou chamar apenas
“dança cigana”, que elencaremos mais a seguir. Esta arte milenar, não tem uma origem
definida, pois que os ciganos antepassados tinham como costume o nomadismo, como
alguns contemporâneos. Mesclam nesta dança ritmos, passos, coreografias, movimentos
passados de pais para filhos, e figurinos de cada local ou país que as executa, podendo-se
dizer assim, que é uma dança plural. Porém os ritmos mais difundidos foram o Flamenco,
que tem origem cigana, na Espanha; ritmos latinos como a salsa, o merengue, a rumba e
ritmos mais clássicos como os Húngaros, Russos e Italianos, e também os do Oriente
Médio e Egito.
Segundo o dicionário Aurélio, designa o Cigano como: CIGANO. [Do Grego
Bizantino Athinganos, pelo fr. Tzigane ou Tsigane.] S.m. Indivíduo de um povo nômade,
provavelmente originário da Índia e emigrado em grande parte para a Europa Central, de
onde se disseminou, povo esse que tem um código ético próprio e se dedica à música, vive
de artesanato, de ler a sorte, barganhar cavalos, etc. [Designam-se a si próprios Rom,
quando originários dos Balcãs, e Manuche, quando da Europa 9 central.] Sin.: boêmio,
gitano, calon (bras) (HOLANDA, 1999, p. 470). Há historiadores que supõem a origem dos
Ciganos, como sendo na Babilônia, ou ainda, outra hipótese, que haveriam surgido antes de
Cristo, mais precisamente na Pérsia, subdividindo-se em dois grupos, uns partindo em
direção à Ásia e Egito, outros seguindo para Europa, onde tiveram presença marcante na
Hungria, Romênia, Rússia e Espanha. A denominação “cigano” é a mais difundida, porém
eles preferem se autodenominar de Rom, que é o nome designado pelas Nações Unidas.
Citamos diversas outras denominações mundiais. (FERNANDES, 2010, p.22) O fundador e
primeiro presidente da Sociedade de Cultura Cigana, Charles Godfrey Leland (1824-1903),
poeta erudito e literato americano, afirma que: A história dos ciganos têm origem com os
audaciosos cavaleiros da tribo dos Jãts, raça Ariana que foi banida durante o curso das
guerras religiosas, que varreram a Índia com especial ferocidade entre os séculos X e XII.
Expulsos, migraram via Pérsia e Egito para a Europa Setentrional e Ilhas Britânicas há mais
de 1.000 anos. Atravessaram a África, penetraram na Espanha e finalmente se
estabeleceram em todo o mundo ocidental, inclusive nos Estados Unidos, América do Sul e
Austrália (LELAND, 1996, p.10). Rota migratória dos ciganos, da India para Oriente, Ásia
e América. A seta preta corresponde ao grupo ROM, seta vermelha ao grupo Sinti ou
Manouch, e a verde ao grupo Calon. Disponível em: http://lusophia.wordpress.com/page/8/
10 No Brasil, comemoram-se o “Dia Nacional do Cigano”, no dia 24 de Maio. Em 23 de
Maio de 2006, o Presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, assinou o Decreto instituindo
oficialmente esta data comemorativa, como homenagem a Santa Sara Kali, a Padroeira dos
ciganos, já que nessa data, festeja-se também o seu dia. Os ciganos chamados “brasileiros”
se dividem em dois grupos: Calon (existem em todo o mundo, desde a Rússia à Argentina)
e Kalderash (mais dispersos e têm origem extra-Ibérica). Tal dança e sua história pode
trazer contribuições para se pensar a dança como educação para além dos espaços formais
de ensino e para além das danças mais pesquisadas no mundo acadêmico, a saber: ballet
clássico, dança moderna, dança contemporânea, danças populares do Brasil. Pensar essa
dança nesse espaço acadêmico também nos faz refletir em seu estado da arte, em quem a
pesquisa e quais as contribuições dessa dança cigana para o espaço educacionais como
fonte de pesquisa. Vamos pesquisar alguns trabalhos e vídeos na internet que fazem relação
com a temática. “Ensinando dança flamenca” defendida no Instituto de Artes da
UNICAMP, de autoria de Daniela LIBÂNEO (1999); Documento em DVD, de autoria do
Dr. Zarco FERNANDES, o primeiro cigano jornalista, parapsicólogo clínico, publicitário e
psicólogo do Brasil, intitulado: “Ciganos... Tudo!” (2010); o artigo de autoria de Frans
MOONEN, intitulado: “Ciganos e ciganólogos: estudar ciganos para quem e para quê?”
(2012), que enfatiza a antropologia e cita alguns trabalhos acadêmicos sobre ciganos; uma
tese de doutorado, defendida no Instituto de Artes da UNICAMP, de autoria de Regiane
Aparecida Rossi HILKER: “Ciganos, peregrinos do tempo: Ritual, cultura e tradição”
(2008). Isso demonstra que a pesquisa sobre a temática ainda é insipiente nos espaços
escolar de ensino e por muitas vezes só encontrada em sua manifestação artística em
apresentações sazonais dos ciganos ou ainda em festivais de dança que contemple essa
dança. A pesquisa com os alunos do 8º se propõe analisar a Dança Cigana como prática
artística e pedagógica no ensino formal e não formal, bem como refletir sobre essa dança e
sua tradição, nas academias ou escolas de dança que a praticam. Desse modo buscamos um
distanciamento do método tradicional do ensino de tal dança, que geralmente é ministrado
através do método de espelho, propondo conduzir e impregnar de sentidos o bailado, a fim
de criar significados a partir da cultura cigana, traçando múltiplas relações entre o
dançarino e suas existências sociopolítico-culturais. A abordagem metodológica utilizada
neste trabalho é de natureza descritiva, que segundo Rodrigues (2007) descreve como fatos
que são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados.
Ao refletirmos sobre a cultura cigana, rica e vasta, com esta leitura da dança mais
ampliada, livres da educação estanque de uma ótica isolada de simples repetições de
passos, ao contrário disto, ensinando de uma maneira que permita novas articulações e
problemáticas, libertamos nossos alunos de um pensamento estagnado e criamos mentes
pensantes, que desenvolvem e executam a dança ampliando seu olhar sob a arte como um
todo, no papel que esta desenvolve na sociedade, em quê a dança pode contribuir no caráter
deste ser sensível. Libertar os alunos dos preconceitos atribuídos a outras artes que não a do
praticante, pois quando este começa a refletir sobre o processo criativo que passou para
chegar até ali, sobre a cultura, dança, hábitos e crenças de outros povos, neste caso em
particular da cultura cigana, passa a valorizar as diferenças de raças, gostos, credos, cores,
vestes, seres em si, passando a conceber um diálogo crítico com o mundo.
Em grupos os alunos confeccionaram a bandeira e o lema dos povos ciganos.
Entrevista sobre os ciganos
1-Homem ( ) Mulher ( )
2-Idade: 10 a 20 ( ) 20 a 30 ( ) 30 a 40 ( ) 40 a 50 ( ) mais de 50 ( )
3-Escolaridade: sabe ler ( ) Não sabe ler ( ) 1º Grau incompleto ( ) 1º grau completo
( ) 2º grau incompleto ( ) 2º grau completo ( ) Curso Superior ( )
4-Você sabe o que é um cigano? Se sim, o que é e se não o que você acha que é?
(quem são?)
5-Já viu ou manteve contato com um cigano?
6-Sabe como são as vestimentas dos ciganos? Se sim, como é ou como você acha
que é? Como é o lugar que os ciganos vivem?
7-Que costume dos ciganos você conhece?
9-Qual o tipo de trabalho os ciganos fazem? Como ganham dinheiro?
10-Você já viu alguma coisa da dança cigana? Se sim, descreva a dança cigana?
(CELEM)
Titulo: A influência dos povos indígenas na linguagem e colonização Espanhola
Objetivos:
Que os alunos saibam quais eram os principais povos que viviam na América
espanhola antes da chegada dos espanhóis, e as suas principais características.
Que os alunos entendam que houve confrontos na conquista do território pelos
espanhóis, que não foi “vitória” fácil.
Que os alunos aprendam quais são as principais características da sociedade
colonial espanhola, econômica (mão-de-obra indígena e escrava, encomendas,
repartimentos) e socialmente (mestiçagem, hierarquia, privilégios).
Que eles reconheçam onde prevaleceram as concentrações populacionais centrais
da colônia, e a relação desses lugares com a metrópole.
Metodologia:
Falar sobre as fotografias de lugares históricos pela América Espanhola. Perguntar
se eles conhecem, sabem o que é. Explicar que são lugares construídos por populações que
viviam no continente americano antes dos espanhóis chegarem.
Falar sobre os maias, os incas e os astecas. Onde eles se concentravam e suas
principais características, mostrar no mapa onde os três povos se concentravam e localizar
o que são esses lugares hoje.
Mostrar quais foram os primeiros contatos dos espanhóis com os povos pré-
colombianos, as conquistas dos territórios.
Falar sobre a fase caribenha. E falar sobre as questões econômicas (encomienda,
repartimiento, mita, obraje, haciendas), no que se baseava a economia. A exploração da
mão-de-obra indígena.
Reconhecer a mestiçagem. A sociedade da colônia espanhola, constituição da
nobreza na América, privilégios. Mostrar ilustração sobre a mestiçagem.
Conclusão:
Levar ao conhecimento do aluno como a Espanha foi colonizada, quais são seus
povos, de onde vêm seus costumes e linguagens e desmistificar que na Espanha apenas se
fala a língua espanhola.
Língua Portuguesa:
Título: Valores da Cultura Africana e afrodescendentes.
Justificativa:
Valorizar a História e Cultura Africana e Afrodescendente contribui para a
transformação do conceito formado ao longo do processo histórico do negro em nossa
sociedade, além de fortalecer e promover uma educação intercultural que contribui para a
cidadania plena dos povos afrodescendentes. Assim sendo, ao educar com conhecimentos,
atitudes, postura e valores que conscientizem os educandos quanto à pluralidade étnico-
racial e respeito às diferenças culturais, provoca-se uma reflexão individual e,
principalmente coletiva de que a luta contra o preconceito racial é de responsabilidade de
todos.
Objetivos:
Possibilitar o acesso aos conhecimentos que permitem saber um pouco mais sobre
a cultura africana, a contribuição, a participação e a importância da história e da cultura dos
negros.
Comparar a cultura africana com a brasileira acerca dos costumes e tradições da
sociedade.
Compreender que um texto em prosa pode ser narrado em versos.
Conteúdos:
- Leitura
- Interpretação textual
- Oralidade
- Cultura popular africana
Metodologia:
Roda de conversa sobre como a nossa sociedade lida com a ideia da passagem e da
permanência dos seres humanos pelo mundo.
Leitura do livro de literatura de cordel “Canção dos Povos Africanos” do autor
Fernando Paixão.
Compreensão oral do texto.
Comparação entre a cultura brasileira e a africana acerca do tema tratado no texto.
Ilustração das estrofes do texto em grupos.
Declamação do poema de cordel organizada em solo e jogral.
Avaliação:
As atividades serão avaliadas através da manifestação de interesse dos alunos pelo
conteúdo e pela participação nas atividades, assim como através de atitudes de respeito à
cultura africana.
Ensino Religioso
Titulo: Religiões Matrizes Africanas no Brasil.
Objetivos: Compreender e valorizar a diversidade religiosa no Brasil;
Despertar no aluno a precisão de respeitar às diferenças religiosas existentes
considerando a construção de uma sociedade mais igualitária;
Identificar no amplo universo religioso o mesmo sentido que todas as crenças têm
na cultura de uma sociedade;
Conhecer as diversas religiões para desconstruir preconceitos.
Identificar a transcendência religiosa
Metodologia: Inicialmente a temática abordada será apresentada em slides; com a
utilização de vídeos sobre a diversidade religiosa no Brasil e no mundo; leituras de imagens
relacionadas com o tema; Interpretações de textos xerocopiados, apresentação de gráficos
com os números de seguidores das diversas tradições religiosas e discussões e
sistematização da discussão através de seminários.
Resultados Esperados:
Reconhecer o outro, vivenciando o respeito às diferenças religiosas no convívio
social, identificar a diversidade religiosa, demonstrando abertura de diálogo com pessoas
de outras crenças religiosas.
Química-
Título: Planta Medicinal Afro e Indígena:
Objetivo: Conhecer as plantas medicinais de origem Afro e indígena e sua
contribuição para a cultura Brasileira.
Encaminhamento metodológico.
Foi apresentado o vídeo sobre a produção de medicamentos a partir das plantas,
Disponível em:
http://www.sbq.org.br/loja.php, pesquisa sobre as plantas, suas propriedades e o
uso dos chás pelas Comunidades Remanescentes de Quilombos, pesquisas sobre a
composição química dos chás selecionados; oficina com degustação de chás; atividade
experimental com chás
Todo conteúdo foi teoricamente pesquisado por alunos e problematizado a fim de
provocar discussões dialógicas, reflexões através do conhecimento para compreensão da
importância em todas as instancias culturais da nossa gente, para que assim, seja
exterminado qualquer tipo de preconceito e discriminação.
Após foi pesquisado os princípios ativos das plantas, composição dos chás, efeitos
colaterais.
Física
Titulo: Práticas corporais tradicionais: Jogos, lutas, brincadeiras.
Objetivo:
Identificar a história das práticas corporais dos povos indígenas e investigar a causa
do aumento de temperatura.
Encaminhamento metodológico:
Abordagens múltiplas sobre o tema proposto, estabelecendo relação entre a luta
corporal e as atividades praticadas pelos povos indígenas. Foi proposto aos alunos
pesquisas disponíveis em sites do Mec no laboratório de informática para aprofundamento
de seus conhecimentos sobre a pratica de lutas e brincadeiras utilizadas pelos indígenas, o
tipo de luta , a socialização abordando os temas trabalhados relacionados aos povos
indígenas e conversão de escalas termométricas.
Resultados esperados:
Espera-se que os alunos compreendam as práticas de esportes dos povos indígenas e
sua relação com o aumento de temperatura.
Filosofia-
Título: os padrões de beleza na estética.
Objetivo:
Contribuir com a discriminação contra os cabelos afros, tornando-os mais uma
opção de beleza frente ao modelo hegemônico racista de beleza.
Encaminhamento metodológico:
Reunir os alunos em uma roda abrindo espaço à discussão das relações de
preconceito e identidade debatendo os conflitos gerados por preconceitos. Apresentação de
charges no data Show aos grupos com insinuações racistas a cabelos afro onde os grupos
analisaram verificando que os preconceitos são abordados e qual o desfecho.
Baseados nessa discussão, cada grupo esboçou outro desfecho que a charge poderia
apresentar, pensando em formas de como combater a perpetuação dos preconceitos.
Assim que os grupos finalizaram suas analise, os alunos compartilharam suas
impressões sobre esta charge, assim como, outro final que dariam a ela.
Resultados esperados: Que os alunos realizem em casa, em folha separada para
entregar, a auto avaliação individual e coletiva da experiência e da aprendizagem que
tiveram. Solicitar que apresentem aos demais colegas.
História/Matemática e Língua portuguesa
Título: Políticas de Ações Afirmativas
Conteúdo introdutório:
Partindo da confirmada existência de racismo no Brasil, este plano de ação
investiga através de observações como se dá a produção e reprodução no cotidiano escolar
destacando praticas e discussões que veiculam o racismo percebendo, contudo, que a maior
parte das pessoas da comunidade escolar não são vistas, nem se veem como racistas.
Segundo a abordagem da temática discutida o propósito é refletir sobre as ações
afirmativas, com ênfase na política de cotas raciais, como forma de promover a igualdade
de grupos isolados socialmente.
Assim diante da aplicação da Lei nº 10.639/03 e 11.645/08 pretende-se
conscientizar e orientar os educandos como surgiu as políticas afirmativas no Brasil, seus
antecedentes históricos globais e nacionais, assim como os marcos regulatórios de sua
implementação. Considerando ser muito extensa a abordagem de todos os programas de
políticas afirmativas elaborados nessas últimas décadas no Brasil, serão realçados aqueles
que concernem aos domínios da educação e do trabalho e que criaram mecanismos de
discriminação positiva visando à inclusão da população afro africana e indígena nesses
setores e, consequentemente, a redistribuição das condições e oportunidades sociais.
Palavras chaves: ações afirmativas, cotas, igualdade.
Objetivo: Desenvolver o conceito de ação afirmativa, apresentando seus aspectos
históricos, políticos e sociais. Demonstrar que no campo educacional estas formas de
intervenção são instrumentos efetivos para se problematizar a existência do racismo e da
discriminação nas relações interpessoais entre alunos, professores e funcionários.
Apresentar a lei 10.639/03 e 11.645/08, cujos direcionamentos no plano da ação são
capazes de fomentar, a partir da História e da Cultura Africana e afro-brasileira, a
valorização e reconhecimento das mulheres e homens negros e povos indígenas.
Introdução:
Ações afirmativas são políticas públicas feitas pelo governo ou pela iniciativa
privada com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade,
acumuladas ao longo de anos.
Uma ação afirmativa busca oferecer igualdade de oportunidades a todos. As ações
afirmativas podem ser de três tipos: com o objetivo de reverter a representação negativa dos
afros africanos e indígenas; para promover igualdade de oportunidades; e para combater o
preconceito e o racismo.
As ações afirmativas no Brasil partem do conceito de equidade expresso na
constituição, isto é, oferecer estímulos a todos àqueles que não tiveram igualdade de
oportunidade devido à discriminação e racismo.
Uma ação afirmativa não deve ser vista como um benefício, ou algo injusto. Pelo
contrário, a ação afirmativa só se faz necessária quando percebemos um histórico de
injustiças e direitos que não foram assegurados.
O termo ação afirmativa foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos, na
década de 60 do século XX, para se referir a políticas do governo para combater as
diferenças entre brancos e negros. Antes mesmo da expressão, as ações afirmativas já eram
pauta de reivindicação do movimento negro no mundo todo, além de outros grupos
discriminados, como árabes, palestinos, kurdos, entre outros oprimidos.
No Brasil, as ações afirmativas integram uma agenda de combate a herança
histórica de escravidão, segregação racial e racismo contra a população negra.
Para compreender a necessidade de uma ação afirmativa, é preciso, antes de tudo,
compreender o contexto social vivido por um país, por isso o que gera preconceito por
parte de setores da sociedade em muitos casos é analisar uma ação afirmativa sem antes
entender o histórico que precedeu a política pública.
Ao debater as cotas para negros nas universidades, por exemplo, é preciso retornar
ao Brasil colonial e perceber como o processo de escravidão criou desigualdades sociais
que são presentes até hoje, mesmo após a abolição da escravatura. A partir de dados
estatísticos que demonstram a diferença entre negros nas universidades comparados com o
percentual desta população no total de brasileiros, o governo comprova a necessidade de
criar uma política para compensar séculos de desigualdades.
É assim que nasce uma política de ação afirmativa. Após a leitura de um
diagnóstico sociocultural histórico, há a comprovação estatística das desigualdades
existentes e da necessidade de reparos. Após o diagnóstico e o planejamento de uma
política de ação afirmativa, os gestores governamentais encaminham a legislação,
monitoram sua aprovação e implementação.
Encaminhamento metodológico:
Leitura de gráficos e analise de dados estatísticos segundo o IBGE, apresentação de
textos impressos com o tema a ser desenvolvido a fim de possibilitar a reflexão e a
discussão, após uma pequena introdução feita pelo professor com recursos audiovisuais,
passando a palavra aos educandos com leitura, análise e interpretação e discussão do texto-
roteiro em pequenos grupos, exposição temática do assunto, com exposição oral, slides,
discussões e debates entre os grupos.
Considerações finais.
Espera-se que as leis de ações afirmativas, estudados no presente trabalho, possam
contribuir no conhecimento dos educandos e que no ato da matricula escolar o mesmo faça
a auto declaração para que efetivem seus direitos humanos, em relação as politicas
publicas.
Ação Mobilizadora de Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira, Quilombola e
Indígena.
Abrir espaços para o debate sobre os direitos universais, para o respeito,
reconhecimento e a valorização a diversidade étnico racial incorporando atitudes que
expressem o convívio com a diversidade e o processo de socialização humana, sobre as
relações étnico-raciais tão problemáticas na sociedade atual e na escola, com o intuito de
buscar transformações significativas nas práticas pedagógicas, na formação do educador e
educando, promovendo ações que possam contribuir para a superação da discriminação e a
compreensão da diversidade com interações e incentivo ao diálogo através de iniciativas
como a promoção e desenvolvimento de eventos e campanhas educativas sobre o
enfrentamento, a discriminação do racismo e a promoção da igualdade racial e ampliação
dos direitos da população negra em busca de sua cidadania, divulgando a Lei de Combate à
Intolerância Religiosa, Estatuto da Igualdade Racial, levando em consideração uma
mobilização cotidiana permanente e em torno das datas significativas estabelecidas no
plano de ação.
Ação de incentivo à auto declaração.
-Orientar e conscientizar os educandos quanto à importância de auto declaração no
ato da matrícula como critério para definir candidatos às vagas específicas
a fim de contribuir com a políticas publicas na promoção da igualdade racial.
Ações para a Promoção de Igualdade Racial garantindo a participação e atuação
multiplicadora dos Agentes Educacionais e Estudantes integrantes da EM.
Promoção ao diálogo, quando identificando combatendo atos discriminatórias no
dia a dia no ambiente escolar através de orientação e conscientização quanto às leis
vigentes, os direitos e principalmente nas ações dos alunos no contexto escolar com
atitudes, postura e valores que conscientizem os educandos quanto à pluralidade étnico-
racial e respeito às diferenças culturais.
Realização do seminário na Semana da Consciência Negra.
Serão realizadas neste estabelecimento de ensino seminário sobre Políticas de
Ações Afirmativas conforme descrito no plano de ação, sistematização, exposição de
trabalhos realizados em sala de aula, apresentações e danças, musicalidade, oficinas de
trabalhos realizados durante o ano letivo com os educandos relevantes à consciência afro
africana e povos indígenas, na perspectiva de uma reflexão mais ampla da construção de
valores sobre a pessoa humana com subsídios a potencializar a implementação das leis
10.639/03 e 11.645/08 focando atividades que visem discutir a cultura africana, afro-
brasileira, indígena e a realidade social do negro e dos povos indígenas no Brasil. E dessa
maneira, contribuir com o combate ao racismo, assim como resgatar a identidade racial, o
respeito, a autoestima e a cidadania da diversidade étnica.
5. CRONOGRAMA
Ação Objetivo Data/Período Responsáveis
1- Estudo das
leis 10.639/2003,
11.645/2008
e materiais
orientadores e
análise do PPP e do
Regimento Escolar a
fim de aplica-los no
cotidiano escolar.
1-Estudar,
Refletir e discutir
sobre a adequação
das Leis vigentes ao
contexto histórico do
cotidiano do aluno,
sobre a realidade
brasileira frente a
uma história de
discriminação e
conhecer um pouco
da cultura das
populações africana
afro brasileiro e
indígena.
- Possibilitar
a reflexão sobre os
preconceitos que
ainda são presentes
na sociedade
brasileira e à busca
de algumas de suas
raízes históricas.
10/07/2017 Todos os
componentes da
equipe
multidisciplinar
2- Reuniões
dos integrantes da
Equipe
Multidisciplinar para
2-Debates,
estratégias e ações
pedagógicas que
fortaleçam a
01/08/2017 Todos os
integrantes da
Equipe
muldisciplinar.
orientação discussão
dos
trabalhos a
serem realizados e
elaboração de ações
a serem
desenvolvidas com
organização
de materiais,
atividades,
dinâmicas, vídeos e
animações sobre a
temática; com todos
envolvidos na
comunidade escolar
do Colégio Est.
Lourdes A. Melo.
implementação da
Lei n.º 10.639/03 e
da Lei nº 11.645/08,
bem como das
Diretrizes
Curriculares
Nacionais para a
Educação das
Relações Étnico-
Raciais e para o
ensino de História e
Cultura Afro-
Brasileira, Africana
e Indígena.
3-Encontro
realizado com
professores, agentes
educacionais l e ll,
instâncias colegiadas
a fim de assessorar
os planos de ações
junto com a equipe
multidisciplinar para
serem desenvolvidas
no âmbito escolar.
3-Articular
juntamente com os
profissionais da
educação, instâncias
colegiadas e
comunidade escolar,
a fim de organizar as
ações, valorizando
cada indivíduo e
permitindo que todos
façam parte de uma
mesma ação.
11/08/2017 Maria Inez de
Medeiros Lima
4-Aplicação
das propostas das
ações pedagógicas
pelos professores,
agentes educacionais
l e ll
4- priorizar o
conhecimento das
origens étnico-
raciais no espaço
escolar, repensando
valores e atitudes,
pelos quais se espera
a reconstrução de
uma sociedade em
que todos possam
exercer os seus
direitos com
igualdade.
15/08/2017 a
16/11/2017
Todos os
integrantes da equipe
multidisciplinar,
professores, agentes
educacionais I,II e
instâncias
colegiadas.
5-Exposição
e sistematização dos
trabalhos construídos
pelos alunos durante
o ano letivo.
5-Fortalecer
a autoestima de
alunos afro
descendentes e
indígenas
dentro do Colégio.
20/11/2017 Todos os
integrantes da equipe
multidisciplinar,
professores, agentes
educacionais I, II e
instâncias
colegiadas.
6-Seminários 6-
Conscientizar e
valorizar a busca por
políticas afirmativas
e de cidadania.
15/08/2017 a
17/11/2017
Todos os
integrantes da equipe
multidisciplinar,
6. AVALIAÇÃO
A avaliação será efetivada no decorrer de todo o processo, em entrevistas, pesquisas
e enquetes com os alunos, professores e comunidade escolar de forma a concluir se, as
ações estão surtindo o efeito desejado, que é o de tornar o Colégio Estadual Lourdes Alves
Melo num local onde toda e qualquer diversidade, seja ela de diversidade étnica, religiosa
ou gênero é entendida como sujeito de direitos igualitários e através das atividades e
produções dos alunos analisados no processo de ensino aprendizagem apresentada durante
toda as etapas da execução do trabalho em sala de aula.
7. REFERÊNCIAS
AGOSTINI, Camilla. Resistência Cultural e Reconstrução de Identidades: Um
Olhar Sobre a Cultura Material de Escravos do Século XIX. Revista de História Regional,
(3): 2, 2008, pp.113-137.
Azevedo ES. Raça. Conceito e Preconceito. São Paulo: Ática; 1987.
BONKER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997 BRASIL.
Diversidade Religiosa e Direitos Humanos. Secretaria Especial dos Direitos Humanos,
Presidência da República: Brasília, 2004.
BRAICK, Patrícia Ramos, História das Cavernas ao Terceiro Milênio. 2ª ed. São
Paulo, ed. Moderna, 2006.
Cadernos Temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e
africana nos currículos escolares / Paraná. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. – Curitiba: SEED –
Pr. 2005.
Decreto 4.228 de 13 de maio de 2002. Estabelece o Programa Nacional de Ações
Afirmativas. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/serviços. Acesso em janeiro de
2012.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico- Raciais e
para o Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e africana. Brasília, 2004.
Educando para as Relações Étnico-Raciais II / Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais.
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008. -
208 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos, 5).
FIGUERIA Vera M. O preconceito racial na escola. Belo Horizonte, Fundação João
Pinheiro, 1991.
GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Preconceito racial: modos, temas e tempos.
São Paulo: Cortez, 2008.
HENRIQUES, Ricardo. Desigualdade racial no Brasil: evolução das condições de
vida na década de 90.
Textos para Discussão– Ipea nº807. Rio de Janeiro, jun. 2001.Lei nº. 10.639 de 09
de janeiro de 2003. Inclui a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira” no currículo oficial da rede de ensino. Diário Oficial da União,
Brasília, 2003. http://www.seppir.gov.br/assuntos/o-que-sao-acoes-
afirmativas>disponivel 26/08/2017.
OLIVEIRA, Margarida Maria Dias de. Explorando o Ensino de história; Brasília,
2010.
PARANÁ. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
SEED. Curitiba. PR. 2008.
Mojubá I | Ep. 01: Origens. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mpjxTzsQfQk&list=PLNM2T4DNzmq5jtQbw8sgGrx
3NwjX_Xgw_. Acesso em: 12. Set. 2017. CLIPE OFICIAL - NOSSA COR - LÉO
SANTANA. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QCsYIJdEl_w. Acesso
em: 12. Set. 2017.
NASCIMENTO, Abdias do. O Genocídio do Negro Brasileiro. Processo de um
Racismo Mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
Revista Desvendando a história. Escravidão, ano 02 nº 10.
Revista Nossa História, Princesa Isabel, ano 03, nº31.
Revista Nova Escola, África de todos nós, novembro 2003
FUNAI (fundação nacional do índio) http /www.cimi.org.br/
MEC.(http:www.mec.gov.br).
ORERUNHAMANDU. (CD Memória Viva Guarani, de Nande Reko Arandu
(2002)http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/sons-indigenas/684-www.