PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA Ribeiras do Oeste PBHRO - Análise biofísica

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MINISTRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITRIO PLANO DE BACIA HIDROGRFICA DAS RIBEIRAS DO OESTE 1 Fase Anlise e Diagnstico da Situao de Referncia Anexo Temtico 1 Anlise Biofsica Julho de 2001 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) IAnexo Temtico 1 - Anlise Biofsica Texto Pg. 1 - Introduo ............................................................................................................................ 3 2 - Geologia e Geomorfologia.................................................................................................... 7 2.1 - Geologia ...................................................................................................................... 7 2.1.1 - Introduo Metodolgica ................................................................................. 7 2.1.2 - Quadro Geolgico-Estrutural e Litolgico ....................................................... 7 2.1.3 - Neotectnica .................................................................................................. 10 2.2 - Geomorfologia ........................................................................................................... 12 2.2.1- Introduo Metodolgica ................................................................................ 12 2.2.2 - Traos Fundamentais da Geomorfologia ........................................................ 12 2.2.3 - Cartografia Geomorfolgica .......................................................................... 13 2.2.3.1 - Entidades cartografadas.............................................................................. 13 2.2.3.2 - Litologia ...................................................................................................... 13 2.2.3.3- Tectnica ..................................................................................................... 13 2.2.3.4- Hidrografia .................................................................................................. 13 2.2.3.5- Expresses Geomorfolgicas mais Caractersticas ....................................... 14 3 - Hidrologia........................................................................................................................... 17 3.1 - Precipitaes .............................................................................................................. 17 3.2 - Escoamentos .............................................................................................................. 21 4. Hidrogeologia ...................................................................................................................... 31 4.1 - Introduo .................................................................................................................. 31 4.2 - Caracterizao Hidrodinmica .................................................................................... 36 4.3 - Caracterizao da Vulnerabilidade Poluio ............................................................ 41 4.4 - BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 46 5 - Clima .................................................................................................................................. 49 5.1 - Consideraes gerais .................................................................................................. 49 5.2 - Classificao climtica de Thornthwaite ..................................................................... 50 6 - Solos .................................................................................................................................... 59 6.1 Consideraes Gerais ................................................................................................ 59 6.2 - Caracterizao dos solos............................................................................................. 59 PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 II6.2.1 Cambissolos .................................................................................................. 61 6.2.2 Podzis .......................................................................................................... 62 6.2.4 Luvissolos ...................................................................................................... 63 6.2.5 Fluvissolos .................................................................................................... 64 6.2.6 Regossolos ..................................................................................................... 65 6.2.8 Vertissolos ..................................................................................................... 66 7. Flora e Vegetao ................................................................................................................ 69 7. 1 -Flora. Espcies RELAPE (Raras, Endmicas, Localizadas, Ameaadas ou em Perigo de extino), relacionadas com a rede fluvial.................................................................... 69 7.2 - Situao pristina: vegetao potencial da bacia hidrogrfica; vegetao ribeirinha potencial. ..................................................................................................................... 80 7.3 - Sntese biogeogrfica ................................................................................................. 83 8 -Fauna Vertebrados terrestres ...................................................................................... 133 8.1 - Introduo ................................................................................................................ 133 8.1.1 - A fauna nos planos de bacia ......................................................................... 133 8.1.2 - Conservao da fauna na Bacia Hidrogrfica das Ribeiras do Oeste ........... 133 8.1.3 - Condicionantes institucionais ....................................................................... 134 8.2 - Metodologia ............................................................................................................. 135 8.3 - Enquadramento faunstico ........................................................................................ 137 8.3.1 - Espcies referenciadas ................................................................................. 137 8.3.2 - Espcies ameaadas ..................................................................................... 137 8.3.3 - Espcies dependentes de meios hdricos ....................................................... 138 8.4 - Sntese da informao disponvel por grupo taxonmico .......................................... 139 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 1/152 Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica 1 - Introduo PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 2/152 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 3/152 Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica 1 - IntroduoOpresenteAnexoTemtico1-AnliseBiofsicareneosaspectosmaisrelevantesdas caractersticasbiofsicasdaBaciaHidrogrficadasRibeirasdoOeste,apresentandoosfactores fsicos e biticos que condicionam, directa ou indirectamente, o sistema de recursos hdricos. So abordados nos captulos seguintes: -Geologia e Geomorfologia -Hidrologia -Hidrogeologia -Clima -Solos -Vegetao Natural -Fauna Alguns destes temas, pela sua importncia, merecero maior desenvolvimento em outros Anexos Temticos. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 4/152 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 5/152 Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica 2 - Geologia e Geomorfologia Equipa Tcnica: Antnio Nazareth Miguel Nazareth PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 6/152 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 7/152 2 - Geologia e Geomorfologia 2.1 - Geologia 2.1.1 - Introduo Metodolgica AcaracterizaogeolgicarespeitantesBaciasHidrogrficasdoOesteapresentadaemtrs suportes: -Texto analtico e descritivo; -Dados: formato digital SIG; -Output: carta geolgica na escala 1:500 000. A fonte informativa , essencialmente, o estudo geolgico existente, editado pelo IGM (Instituto Geolgico e Mineiro, antes Servios de Geologia e Minas). A anlise geolgica, em termos cronolgicos e estruturais, apresenta-se no Volume 3, no mbito dacaracterizaogeraldasbaciashidrogrficas.Nesteanexo,previlegiou-seacaracterizaoem termoslitolgicos, presentes nabase de dados, resultante da digitalizao da Carta Geolgica das Bacias Hidrogrficas do Oeste, na escala 1:500 000, editada expressamente pelo IGM. A Figura 2.1 apresenta esta carta, na mesma escala, com algumas simplificaes. 2.1.2 - Quadro Geolgico-Estrutural e Litolgico AreadasBaciasdoOesteconstituiumaparteimportantedaOrlaCeno-Mesozicaocidental, umadasunidadesestruturaisemquesedecompeoterritriocontinentalportugus.OMacio Hesprico, que constitui uma daquelas unidades, constitui tambm o substrato daquela Orla, merc do abatimento que esse macio sofreu no final da Era Primria e que deu origem Fossa Lusitana. Opreenchimentocomsedimentosdestadepresso tectnicaverifica-se,pelomenos,desdeofinal do primeiro perodo da Era Secundria (ou Mesozico), em consequncia da deposio, em regime transgressivo,desedimentosdatadosdoTrisico/Jurssicoinferior(TJdaCartaGeolgica),com carctersalferocomumaumagrandeextensodesedimentoscontemporneos,identificadosna Europa e no norte de frica. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 8/152 Os perodos Jurssico e Cretcico esto representados, em grande parte, por rochas carbonatadas de fcies marinha, mas tambm incluem sedimentos gresosos de fcies continental, com uma vasta exposio na rea das Bacias,muito custa dos Grs Superiores jurssicos (J3G), mas tambm das camadas do Freixial (J3F) e do Grs de Torres Vedras cretcicos (C1A). Figura 2.1 - Carta Geolgica PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 9/152 Deentreasrochascarbonatadas,merecemrefernciaespecialascarsificadas,poismodificam, porvezesconsideravelmente,aextensodasbaciashidrogrficascomacontribuiodasbacias subterrneas. As principais entidades em que se desenvolveram sistemas de carsificao so: -do perodo Jurssico, os calcrios de Peniche, do nvel estratigrfico J1, os calcrios oolticos da serra dos Candeeiros (J20), os calcrios de Montejunto, os calcrios de S. Pedro de Sintra e os calcrios integrados nas Camadas de Alcobaa e nas Camadas de Amaral (todos do nvel J3); -do perodo Cretcico, os calcrios com rudistas (C2). NofinaldoCretcico,registaram-seaintrusodogranitodaSerradeSintraeosepisdios vulcnicosqueoriginaramaformaodoComplexoVulcnicodeLisboa,maioritariamente constituidoposescoadasbaslticas,quealternaramcomadeposiodemateriaispiroclsticos (tufos e blocos baslticos) e de argilas vermelhas lagunares. NoTercirio(ouCenozico)pontificamosdepsitosemambientecontinental,argilosose argilo-gresosos, de cor vermelha, conhecidos por Complexo de Benfica (u). Igualmente tercirios,masmais recentes, so os depsitos pliocnicos arenosos da Estremadura (PE). DoQuaternrioconservam-seterraos,comotestemunhosplistocnicos(Q);maisrecentes,do Holocnico, cnservam-se dunas (d), areias de praia (A) e depsitos de aluvio (a). AespessasriesedimentarqueseformounaFossaLusitanaregistadeformaestectnicas (basculamentosedobramentos),fracturaescommovimentorelativodosblocosresultantes (falhas),deformaesdevidasinstalaodoplutonitodeSintraedeformaesefracturaes resultantes da chamada tectnica diaprica. Osbasculamentosedobramentosevidenciam-senasformasdemuitosrelevosepodem observar-se em pormenor em taludes escarpados, designadamente nas arribas. As falhas, nem sempre de fcil identificao, esto cartografadas na Carta Geolgica, onde pode verificar-se que constituem sistemas distintos, dos quais se salientam os seguintes: o sistema NNE-SSW,identificadocomaorientaodaFossaLusitana;osistemaNNW-SSE,maisrecente, representado por extensas falhas cartografadas e por outras, menos conhecidas, que, como aquelas, controlam grande parte da rede de drenagemnatural; o sistema NE-SW, que se evidenciana serra PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 10/152 deMontemuro;e,finalmente,umafracturaomeridianaqueafectaemespecialasformaes cretcicas. AinstalaodoplutonitodeSintra(GranitodeSintra),nosdeformouossedimentos jurssicosecretcicosqueaexistiamedosquaisrestaumacoroadesedimentosemparte metamorfisados(casodosxistosdoRamalho),comogerouumafracturaoradial,emparte preenchidas por files. A tectnicadiaprica consistiu na ascenso das formaes argilo-salferas trisicas, merc da sua plasticidadeeemconsequnciadascargasdossedimentossobrejacentes.Esteprocessoevoluiu paraumabaciatectnicalimitadaporfalhasinversas,queactualmentelimitamasedimentao pliocnica existente., na depresso tifnica das Caldas da Ranha. 2.1.3 - Neotectnica Osmovimentostectnicoscomregistodepoisdoltimoperododeacalmiaorognica (Pliocnico), correspondente aproximadamente aos ltimos 2Ma (milhes de anos), consideram-se como actividade tectnica activa ou neotectnica. Emprincpio,esperar-se-iaumarelaoestreitaentreaactividadeneotectnicaeas manifestaesssmicas.Contudo,senalgunscasosissoevidente,emmuitosoutrosarelao bastante discreta. NaFigura2.2apresentam-seasestruturasneotectnicascartografadasnareadasBaciasdo Oeste,deacordocomaCartaNeotectnicadePortugal,naescala1:1000000.Deentretodas merecem especial referncia as que se identificam com a bacia tectnica de origem diaprica das Caldas da Rainha. PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 11/152 Figura 2.2 - Carta NeotectnicaPBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 12/152 2.2 - Geomorfologia 2.2.1- Introduo Metodolgica Tal como a caracterizao geolgica, tambm a caracterizao geomorfolgica apresentada em trs suportes: -Texto analtico e descritivo; -Dados: formato digital SIG; -Output: carta geomorfolgica geo-referenciada, na escala 1:500 000. O texto, no essencial, uma nota explicativa da Carta Geomorfolgica. Paraaelaboraodestacarta,seguiu-seametodologiaacordadacomoINAGparaa generalidadedasbaciashidrogrficas,depoisdeponderadososensaiosdecruzamentode coberturas. 2.2.2 - Traos Fundamentais da Geomorfologia AOrlaCeno-Mesozica,napartequeinteressasBaciasdoOeste,constituiumaplataforma sedimentar,morfologicamentediferenciadapelasexpressesgeomorfolgicasqueabaixose descriminameque,simultaneamente,constituemostraosfundamentaisdoquadro geomorfolgico.Dentreosdemaiorextenso,salientam-se,desdelogo osrelevosresiduais,identificadoscomo serras, quecontrastam com toda a rea restante de modulado suave. Nesta rea, adquire expresso caracterstica a extensa depresso tifnica, paralela ao litoral, das Caldas da Ranha. De entre as expresses de pequena extenso, mas de grande significado como singularidades que merecemserpreservadas,salientam-seasdunasconsolidadas,algumasarribasrochosasque ocorrem junto a pequenas praias e que tm sido objecto de estabilizao (casos das da Praia do Sul da Ericeira e das da Praia daAreia Branca, estas ltimas cominteresse acrescido por seremjazida defsseisdedinossauros)eaquase-ilhadePeniche.Narealitoral,merecemaindareferncia especialaLagoadebidoseaconchadeS.MartinhodoPorto.Mas,seaescaladeobservao aumentasse, encontrar-se-iam numerosas pequenas expresses em que o litoral frtil. PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 13/152 2.2.3 - Cartografia Geomorfolgica 2.2.3.1 - Entidades cartografadas Distribuem-seporquatroconjuntosasentidadescartografadas,designadamentelitologia, tectnica, hidrografia e expresses geomorfolgicas mais caractersticas. 2.2.3.2 - Litologia Para identificao da natureza litolgica dos terrenos, utilizaram-se seis conjuntos litolgicos de constituiosemelhanteque,dentrodecertoslimites,respondessemigualmenteaosmesmos agentes modeladores. So esses conjuntos: -(1) rochas detrticas -(2) rochas carbonatadas no crsicas -(3) rochas carbonatadas crsicas -(4) rochas vulcnicas -(5) rochas intrusivas -(6) rochas filonianas 2.2.3.3- Tectnica Distinguem-se as falhas cartografadas na Carta Geolgica 1:500 000 2.2.3.4- Hidrografia Embora a rede hidrogrfica se limite a uma rede simplifucada, salienta-se que a disponibilidade da cobertura hidrogrfica, com o pormenor da escala 1:25 000, um recurso importante para cartas anlticasdegeomorfologia.Defacto,arelaoentreredededrenagemeestruturadosubstrato geolgicobastantentima,peloqueaconfiguraodaquelarede,queraescalasregionais,quer locais, favorece o despiste dessa estrutura, mesmo quando totalmente ocultas por solos de alterao residual ou at solos transportados. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 14/152 2.2.3.5- Expresses Geomorfolgicas mais Caractersticas Na rea das Bacias do Oeste as expresses geomorfolgicas mais caractersticas sistematizaram-se nas entidades que a seguir se descrevem. Relevos residuais -de intruses bsicas (gbricas, baslticas ou traquticas) -de aparelhos vulcnicos -do plutonito de Sintra (serra de Sintra) -dos relevos calcrios das serras de Montejunto e dos Candeeiros Depresses aluvionadas -depresso tifnica das Caldas da Ranha -depresses estruturais da Granja do Marqus e de Alfouvar Vales encaixados -de fractura -de evoluo epigentica Terraos litorais -Assafora, Magoito e Fontanelas Dunas consolidadas -entre a Foz do Falco e a Praia das Mas -entre o Guincho, o Cabo Raso e o Farol da Guia Arribas -em grande parte da costa, na sua maior parte de natureza rochosa Praias -numerosas, mas pouco extensas Quase-ilha-de Peniche -em comunicao com o continente, atravs de um cordo dunar PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 15/152 Anexo Temtico 1 Anlise Biofsica 3 - Hidrologia Equipa Tcnica Manuela Portela Guilherme da Hora PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 16/152 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 17/152 3 - Hidrologia 3.1 - PrecipitaesEm linhas gerais, verifica-se que a zona abrangida pelo Plano de Bacia Hidrogrfica (PBH) das Ribeiras de Oeste e a regio com ela confinante esto razoavelmente cobertas por uma rede de postosudomtricosque,contudo,setornamuitoesparsanazonacosteira.Deentreospostos inseridos naquela zona, em nmero de 37, apenas oito tiveram incio de explorao anteriormente dcada de quarenta. O incio de explorao de um nmero significativo dos demais postos ocorreu apenas entre 1978/79 e 1980/81.Tendo por base os 37 postos includos na zona do PBH das Ribeiras de Oeste e inicialmente seleccionados,aanlisedasprecipitaesutilizou24dessespostos,localizadosnaFigura3.1.A informao assim recolhidafoicomplementada com a referente a postos contguos bacia do rio Tejo, num total de 12, e com 5 postos virtuais, uns e outros tambm includos na figura seguinte. Figura 3.1 Zona do PBH das Ribeiras de Oeste. Implantao esquemtica dos postos udomtricos considerados no estudo. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 18/152 Anoutilizaodatotalidadedospostosudomtricosreconhecidosdeveu-seaumdos seguintesfactores:faltadehomogeneidadedassriesdeprecipitaoanual,nmeroreduzidode anosdeobservaesouexistnciadefalhasquenofoipossvelpreencherporcorrelaocom postos prximos.Recorrendoaumametodologia,implementadaemSIG,foramtraadasisolinhasda precipitao anual mdia, que se apresentam na Figura 3.2. Para o efeito, foram tambm utilizados oscincopostosvirtuaisanteriormentemencionados,localizadosemzonasmaiscarentesde informaoudomtrica.Combasenestafigura,estimou-seemcercade818mmaprecipitao anual mdia na zona do PBH das Ribeiras de Oeste. Figura 3.2 PBH das Ribeiras de Oeste. Precipitao anual mdia (mm). PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 19/152 Osestudosefectuadospermitiramverificarqueoanocomprecipitaesacentuadamente menores na zona em estudo foi o de 1944/45 (433 mm) que, contudo, j havia sido antecedido pelas segundasprecipitaesanuaismaisbaixasnabaciahidrogrfica:anode1943/44apenascom 537 mm.Estefactoagravoucertamenteacarnciadeguaem1944/45.Osanosmaishmidos foram os de 1968/69 (1254 mm) e, com valores prximos de 1100 mm, os de 1965/66 (1128 mm), 1955/56 (1116 mm), 1962/63 (1098 mm), 1959/60 (1090 mm) e 1989/90 (1086 mm). Omaiorperododeanosconsecutivoscomprecipitaoanualinferiormediafoide6 anos, entre 1970/71 e 1975/76 (mdia da precipitao anual neste perodo de 721 mm). Observa-se que tambmnazona do PBH do Rio Tejo este foi omaior perodo consecutivo com precipitaes inferiores correspondente precipitao anual mdia. Merece tambm meno a ocorrncia de dois perodosdequatroanosconsecutivoscomprecipitaoanualinferiormdia:entre1951/52e 1954/55 (mdia de 704 mm) e entre 1979/80 e 1982/83 (mdia de 639 mm). Omaiorperododeanoconsecutivoscomprecipitaoanualsuperiormdiafoide apenas3 anos,tendoocorridoentre1958/59e1960/61(mdiade1015 mm)eentre1976/77e 1978/79 (mdia de 971 mm). Porltimo,verificou-sequeosvaloresmaisfrequentesdaprecipitaoanualse concentravam entre os 600 mm e os 1100 mm, representando cerca de 84% das ocorrncias. A anlise, em termos globais, do mapa de isolinhas anuais mdias da precipitao (Figura 3.2)evidenciaqueazonadoPBHdasRibeirasdeOestelocalizadaalatitudesinferiores sensivelmentedePeniche/bidosapresentamenoresprecipitaesanuaismdiasequeas precipitaesmaiselevadasseregistamnazonadaSerradosCandeeiros(fronteiranordesteda bacia). A menor precipitao anual mdia corresponde ao posto do Cabo da Roca (21A/03) e a mais elevada, ao posto virtual V16D/01, localizado naquela serra. Almdacaracterizaoemtermosmdios,efectuou-setambmoestudoestatsticodas precipitaes anuais, tendo sido obtidos mapas de isolinhas de precipitaes anuais com perodos de retorno de 10, 100 e 1000 anos. Na Figura 3.3 reproduz-se, com carcter exemplificativo, o mapa de isolinhas das precipitaes anuais com perodo de retorno de 100 anos.Combasenestafiguraenoselementossubjacentessuaobteno,verificou-sequeas precipitaes anuais com o perodo de retorno de 100 anos na zona do PBH das Ribeiras de Oeste apresentamvaloresextremoscompreendidosentrecercade2050mme880mm(mdiade1323 PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 20/152 mm)eocorrentesprecisamentenaszonasemquetambmseverificamosvaloresextremosda precipitaoanualmdia.Oandamentodestasisolinhascorrespondeaopadrodenotadopelas isolinhas da precipitao anual mdia, tal como seria expectvel. Figura 3.3 PBH das Ribeiras de Oeste. Precipitao anual com o perodo de retorno de T=100 anos. PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 21/152 NaFigura3.4caracteriza-seavariabilidadedasprecipitaesmensaisnazonadoPBHdas Ribeiras de Oeste, em termos mdios e em funo do perodo de retorno. 01002003004005000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13Precipitao (mm)Mdia mensalT=5T=10T=25T=50T=100T=500T=1000 OutNovDez Jan Fev MarAbrMai JunJul Ago Set Ms Figura 3.4 Representao esquemtica das precipitaes mensais na zona do PBH das Ribeiras do Oeste. 3.2 - EscoamentosPorconsultadasbasesdedadosdisponveis,obtiveram-seosregistosdeescoamentos anuais, mensais e dirios nas setes estaes hidromtricas inseridas na zona do PBH das Ribeiras do Oestee,existindo,asequaesdascorrespondentescurvasdevazo.Asprincipaiscaractersticas detaisestaeshidromtricasestosistematizadasnoQuadro 3.1,apresentado-senaFigura 3.5a sua implantao esquemtica. Osperodosdeobservaoeasocorrnciasdefalhas,unseoutrosanvelanual,foram caracterizados por meio do grfico de barras da Figura 3.6 que evidencia, de modo muito ntido, a escassez da informao hidromtrica disponvel na zona do PBH das Ribeiras do Oeste. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 22/152 reaCdigo Nome Linha de da bacia Entidade Tipo de Perodogua hidrogrfica responsvel estao de funcionamento(-) (-) (-)(km2)(-) (-) (-)17C/03 bidos Arnia 113 INAG Lim/SV 1977/78 a 1980/8117C/04 Pte. bidos Arnia 107 INAG Lim/SV 1981/8217C/05 Gaeiras Arnia 101 EDP Lim 1980/81 a1984/8521A/02 Qta. Piso Rib Piso 7 INAG Lim/SV 1984/8521A/03 Pte. Piso Rib Marmeleiros 21 INAG Lim/SV 1984/8521A/04 Qta. Camilas Rib Caparide 9 INAG Lim/SV 1984/8521A/05 Colares Rib Colares 44 INAG Lim/SV 1986/87Cdigo Nome Latitude Longitude Distncia Distncia Altitude merediana, M perpendicular, P(-) (-)( ''') ( ''') (m) (m) (m)17C/03 bidos 392141 9 09 11 111 973 266 288 617C/04 Pte. bidos 392150 9 09 10 112 000 266 566 1017C/05 Gaeiras 392130 9 0724 114 531 265 921-21A/02 Qta. Piso 384445 9 25 15 87 925 198 242 8021A/03 Pte. Piso 384518 9 25 14 87 937 197 409 6021A/04 Qta. Camilas 384502 9 21 54 92 786 198 699 10821A/05 Colares 384815 9 26 42 85 916 204 748 18IdentificaoCoordenadas geogrficas Coordenadas cartogrficasLocalizaoIdentificao Caractersticas Quadro 3.1 Caractersticas gerais das estaes hidromtricas inseridas na zona do PBH das Ribeiras do Oeste. Figura 3.5 Implantao das estaes hidromtricas inseridas na zona do PBH das Ribeiras do Oeste. PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 23/152 Figura 3.6 Perodos de observao nas estaes hidromtricas inseridas na zona do PBH das Ribeiras do Oeste. Emconsequnciadareduzidadimensodassriesdeescoamentodisponveis,os procedimentosquesepoderiamaplicartendoemvistaapreciarqualitativamenteosregistos disponveis(comnfaseparaostestesestatsticoseparaaobtenodecurvasdevalores simplesmenteeduplamenteacumulados)seriammuitopoucoinformativos,nopermitindo,como tal, sustentar a qualidade ou a falta de qualidade daqueles registos. No obstante no ter sido, assim, possvel assegurar a qualidade dos registos hidromtricos nazona do PBH das Ribeiras do Oeste, sugerindo,inclusivamente, as anlise das curvas devazo que tal qualidade pudesse ser questionvel, a informao que se possua era de tal modo escassa que noexistiuopoanoserprosseguirosestudosbaseando-osnospoucosregistoshidromtricos disponveis.Exceptua-seaestaohidromtricadeQuintadasCamilas(21A/04)quefoimesmo ser excluda uma vez que se concluiu que os correspondentes registos estavam errados. Oestudodosescoamentosmensaiseanuaisfoidesenvolvidocombasenomodelode precipitao/escoamentodeTemez.Aaferiodosrespectivosparmetrosutilizouapenasas estaeshidromtricasdePontedebidos(17C/04),QuintadoPiso(21A/02),PontedoPiso (21A/03) e Colares (21A/05). Excluram-se, portanto, as estaes de bidos (17C/03) e de Gaeiras (17C/05) por no apresentarem sequer trs anos com registos mensais contnuos. Anota-se que, no obstante a reduzida dimenso das sries de escoamentos disponveisnas trs primeiras estaes hidromtricas no se afigurar totalmente adequada aferio de parmetros domodelodeTemez,houvequefundamentaraavaliaodeescoamentosnazonadoPBHdas Ribeiras de Oeste com base naquelas estaes, at por forma a permitir a comparao de resultados com os que, baseados em perodos com dimenso da mesma ordem de grandeza, foram estimados e oportunamente facultados pelo Instituto da gua, INAG. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 24/152 Aferidos,combasenasestaeshidromtricasmencionadas,osparmetrosdomodelode Temez,procedeu-seaplicaosistemticadestemodelo tendoemvistaestimarescoamentosem diferentessecesdaredehidrogrficaapartirdasprecipitaesedasevapotranspiraes potenciaisnas respectivasbaciashidrogrficas. Para o efeito, adoptaram-se os parmetros aferidos combasenaestaohidromtricadePontedebidos(17C/04),paraazonaNortedoPBHdas Ribeiras do Oeste, e os referentes estao hidromtrica de Ponte do Piso (21A/03), para a zona Sul do Plano. EmobservnciacomoscritriosenunciadospeloINAGeadoptadosemPlanosdeBacia Hidrogrficaprecedentes,aavaliaodeescoamentosfoiefectuadanassecesderefernciadas seguintes 34 sub bacias hidrogrficas: -bacias hidrogrficas das duas principais albufeiras inseridas na zona do PBH Figura 3.7; -baciashidrogrficasdosprincipaiscursosdeguanazonadoPBH,numtotaldequinze bacias Figura 3.8; -baciashidrogrficasdascincoestaeshidromtricasactualmenteemfuncionamento Figura 3.9; -doze bacias hidrogrficas em cujas seces de referncia se procederam a estudos no mbito da qualidade da gua Figura 3.10. No Quadro 3.2 apresentam-se, para as anteriores 34 seces de avaliao de escoamentos, as caractersticasestatsticasdassriesdeescoamentosanuaissimulados,bemcomoasestimativas dosescoamentosanuaisparaosperodosderetornode5,10,25,50,100,500e1000anos (probabilidadesdenoexcednciade80,0%,90,0%,96,0%,98,0%,99,0%,99,8%e99,9%, respectivamente).PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 25/152 Figura 3.7 Bacias hidrogrficas das duas principais albufeiras inseridas na zona do PBH das Ribeiras de Oeste. Figura 3.8 Bacias hidrogrficas dos quinze principais cursos de gua inseridos na zona do PBH das Ribeiras de Oeste. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 26/152 Figura 3.9 Bacias hidrogrficas das cinco estaes hidromtricas actualmente em explorao na zona do PBH das Ribeiras de Oeste. Figura 3.10 - Doze bacias hidrogrficas com interesse no mbito de estudos no mbito da qualidade da gua. PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 27/152 Quadro 3.2 Escoamentos anuais simulados nas 34 seces de avaliao: caractersticas estatsticas e escoamentos com diferentes perodos de retorno. A obteno da superfcie dos escoamentos anuais mdios e das respectivas isolinhas na zona do PBH das Ribeiras de Oeste efectuou-se com base no SIG a partir dos resultados anteriores, sendo apresentada na Figura 3.11. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 28/152 Figura 3.11 PBH das Ribeiras de Oeste. Altura do escoamento anualmdio. PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 29/152 Anexo Temtico 1 Anlise Biofsica 4 - Hidrogeologia Equipa Tcnica LABORATRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL Departamento de Hidrulica Grupo de Investigao de guas Subterrneas Joo Paulo Lobo Ferreira Manuel Mendes Oliveira Teresa Eira Leito Maria Emlia Novo Maria Joo Moinante Maria Jos Henriques PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 30/152 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 31/152 4. Hidrogeologia 4.1 - Introduo NareadoPlanodeBaciadasRibeirasdoOesteforamidentificados13sistemasaquferos,e definiram-se3reascompotencialinteressehidrogeolgicoe4reasqueincluemformaes comcomportamentoshidrogeolgicosafins.Comopontodepartidaparaadelimitaoe caracterizaodossistemasaquferosutilizaram-seosresultadosdoProjectoDefinio, CaracterizaoeCartografiadosSistemasAquferosdePortugalContinental,coordenadopelo Prof. Costa Almeida da Faculdade de Cincias de Lisboa e publicado em INAG (1997). Nos trabalhos desenvolvidos para o plano de bacia utilizou-se a cartografia dos sistemas aquferos emformatodigitalfornecidapeloINAG,numafaseinicial,comresoluocompatvelcomada escala 1:200 000, e posteriormente com resoluo compatvel com a da escala 1:50 000. Emfunodapesquisabibliogrficadaespecialidadee/oudoinventriodepontosdegua subterrneadesenvolvidos,achou-sepertinentedefiniroutrasformaescompotencialinteresse hidrogeolgico.Oslimitesdessasformaesforamdefinidosapartirdacartografiageolgicaem formato digital (correspondente Carta Geolgica de Portugal, edio de 1992, escala 1:500 000), fornecida pelo IGM. Aoconjuntodossistemasaquferos,dasreascompotencialinteressehidrogeolgicoedas formaescomcomportamentoshidrogeolgicosafins,deu-seadesignaogeraldesistemas hidrogeolgicos. A caracterizao dos sistemas hidrogeolgicos foi baseada no Projecto Definio, Caracterizao e CartografiadosSistemasAquferosdePortugalContinental(INAG,1997),noestudo DesenvolvimentodeumInventriodasguasSubterrneasdePortugal(LoboFerreiraetal., 1995),nadiversabibliografiasobreahidrogeologiadareadoplanodebacia,enainformao hidrogeolgica introduzida na base de dados . OQuadro4-1identificaossistemashidrogeolgicosestudados,referindoosconcelhosqueos partilham,asreasqueocupameasbaciashidrogrficasondeseinserem.Estessistemas hidrogeolgicos encontram-se representados na Figura 4.1. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 32/152 OQuadro4.2sintetizaaestratigrafiaelitologiaeoQuadro4.3refereasformaesaquferas dominantes. Sistema HidrogeolgicoConcelhos rea (km2) Bacias Hidrogrficas Plano de baciaTotal Sistemas aquferos AlpedrizAlcobaa, Batalha, Porto de Ms70,292,5Ribeiras do Oeste; Lis CesaredaBombarral, Lourinh, bidos, Peniche17,617,6Ribeiras do Oeste Lagoa de bidosbidos, Peniche34,934,9Ribeiras do Oeste MaceiraLeiria1,75,1Ribeiras do Oeste; Lis Macio Calcrio Estremenho Alcanena, Alcobaa, Batalha, Leiria, Ourm, Porto de Ms, Rio Maior, Santarm, Tomar, Torres Novas 118,8767,6 Ribeiras do Oeste; Tejo; Lis NazarAlcobaa, Nazar41,941,9Ribeiras do Oeste PaoLourinh, Peniche6,46,4Ribeiras do Oeste PataiasAlcobaa4,04,0Ribeiras do Oeste Pises AtrozelaCascais e Sintra22,222,2 Ribeiras do Oeste; Tejo Torres VedrasAlenquer, Torres Vedras79,879,8Ribeiras do Oeste Vale de LobosSintra0,98,9 Ribeiras do Oeste; Tejo Vale Tifnico das Caldas da Ranha Alcobaa, Bombarral, Caldas da Ranha, bidos, Nazar 124,2124,2Ribeiras do Oeste Vieira de Leiria Marinha GrandeAlcobaa, Leiria, Marinha Grande, Nazar22,9320,5Ribeiras do Oeste; Lis Outras reas com potencial interesse hidrogeolgico Calcrios e Arenitos do Cretcico da Regio de Cascais Cascais, Oeiras, Sintra72,3(*) Ribeiras do Oeste; Tejo Calcrios do Cretcico Superior de Pero Pinheiro Mafra, Sintra10,1(*) Ribeiras do Oeste; Tejo Jurssico Mdio e Superior de Montejunto Alenquer, Azambuja, Cadaval24,0(*) Ribeiras do Oeste; Tejo Formaes com comportamentos hidrogeolgicos afins Formaes Detrticas do Jurssico Superior Alcobaa, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Caldas da Rainha, Cadaval, Loures, Lourinh, Mafra, bidos, Peniche, Sobral de Monte Agrao, Torres Vedras 1319,4(*) Ribeiras do Oeste; Tejo Formaes Detrtico-Carbonatadas do Cretcico Inferior Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Oeiras, Sintra, Torres Vedras, Cadaval 340,3 (*)(*) Ribeiras do Oeste; Tejo Macio Subvulcnico de SintraSintra54,054,0Ribeiras do Oeste Outras FormaesSintra33,7(*) Ribeiras do Oeste; Tejo (*) sistema hidrogeolgico que se prolonga para a bacia hidrogrfica do Tejo, sem especificao da rea nessa bacia.Quadro 4.1 - Identificao dos sistemas hidrogeolgicos no Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 33/152 Fig. 4-1 - Sistemas hidrogeolgicosPBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 34/152 Sistema HidrogeolgicoEstratigrafiaLitologia Sistemas aquferos Alpedriz Cretcico inferior -conglomerados e grs. Cenomaniano -calcriosmargososcomintercalaesdecalcrioscompactos, margo-calcrios,calcrios,dolomiaspulverulentas,calcrios dolomitizadosegresosos,alternnciasdecalcrioscompactose margas. Turoniano -margas,calcrios,calcriosmargosos,grsmargososmuitofinos, margo-calcrios,alternnciadecalcrioscommargas,calcrios siliciosos, grs calcrios muito finos, calcrios ferruginosos. Miocnico -argilasarenosas,grsargilosos,argilas,areiasargilosasenabase um grs consolidado com leitos argilosos.Pliocnico-complexo predominantemente arenoso. Cesareda Dogger -calcrios,calcriossiliciosos,calcriosmargosos,calcriosmargo-xistosos, calcrios oolticos. Malm -calcrios,calcriosmargosos,calcriosarenticos,margas,margas conglomerticas, conglomerados calcrios. Lagoa de bidosCretcico inferior -arenitoscaulinferoscomcalhausroladoseleitosdeargilase raramente com leitos conglomerticos. Maceira Lias-dolomiasecalcriosdolomticos,calcriosmargosos,calcrios, calcrios ferruginosos, margas, margas xistosas, margas dolomticas. Dogger-calcrios, calcriosmargosos, calcriosxistosos, calcriosmargosos compactos com intercalaes xistosas a argilosas, margas. Macio Calcrio Estremenho Dogger -calcriosmargosos,porvezescompactos,calcriosxistososcom intercalaescalco-margosas,calcriosargilosos,calcrios,dolomitos, calcriosdolomticos,calcriosdetrticos,margascomintercalaes argilosas. Malm -argilas,margas,calcrios,calcriosmargosos,calcriosxistosos, conglomerados e brechas, por vezes com nveis ferruginosos. NazarPlio-Plistocnico -argilasporvezescomseixos,argilaslignitosas,areias,areias argilosas,areias finas porvezes com burgaus ou seixos, conglomerados argilosos,conglomeradossilico-calcrios,calcriosgresosos,grs argilosos ferruginosos. PaoPlio-Plistocnico-areias e argilas. PataiasDogger-calcrios e margas arenosas. Pises Atrozela Jurssico superior a Cretcico inferior -alternnciadecalcrioscompactos,fossilferos,nodulares,calcrios margosos e algumas margas que podem conter ndulos calcrios. Torres Vedras Jurssico superior a Cretcico inferior -arenitosfeldspticoscaulinferosaferruginososdegranulometria varivel,malcalibrados,porvezescompactos,comabundantes intercalaes de argilas e siltes. Vale de LobosCretcico inferior-arenitos finos caulinticos associados a leitos de argilas. Vale Tifnico das Caldas da Ranha Plio-Plistocnico -areiasporvezescomburgausecalhaus,areiasargilosas,grs argilososcomcalhaus,calcriosgresosos,conglomerados,argilas; intercalaes de lignitos e diatomitos nas litologias do topo. Vieira de Leiria Marinha Grande Plio-Plistocnico a Holocnico -areiasfinasagrosseirasporvezescomseixosecalhaus, conglomerados,cascalheiras,intercalaesdeargilaselignitosou turfas,areiasargilosascomintercalaesdemargasemargo-calcrios dolomticos,cascalheirasdeantigaspraiaseterraos,areiaselicas bem calibradas. Outras reas com potencial interesse hidrogeolgico Calcrios e Arenitos do Cretcico da Regio de Cascais Cretcico -calcriosdolomticos,dolomias,calcrios,calcriosmargosos, calcriosgresosos,argilas,argilasxistosas,siltesgresosos,siltes argilosos,grsfinosagrosseirosporvezesargilosos,margasxistosas, margas argilosas, margo-calcrios. Calcrios do Cretcico Superior de Pero Pinheiro Cenomaniano-calcrios. Jurssico Mdio e Superior de Montejunto Dogger -calcrios margosos, calcrios dolomticos, calcrios, calcrios detrticos, calcrios dolomitizados, dolomitos. PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 35/152 Sistema HidrogeolgicoEstratigrafiaLitologia Malm -CamadasdeCabaos:calcrios,calcriosmargosos,calcrios detrticos, margas conglomerticas, margas. -Camadas de Montejunto: calcrios, calcrios margosos e margas.-CamadasdeAbadia:margaseargilascomintercalaesdegrs calcrios, argilas margosas, arenitos, conglomerados e calcrios. -CalcriosCorlicosdeAmaral:calcrios,porvezescom intercalaes de grs calcrio e argilas. -Calcrios de Ota e Monte Redondo: calcrios. Formaes com comportamentos hidrogeolgicos afins Formaes Detrticas do Jurssico Superior Malm -Camadas de Abadia: complexo dominantemente margo-argilo-calcrio, constitudo por grs, argilas, calcrios e margas. -Camadas corlicas de Amaral: calcrios recifais, calcrios compactos, calcrios oolticos, margo-calcrios e grs. -Camadas de Alcobaa: margo-calcrios, calcrios, grs, margas. -Grs superiores: grs, grs argilosos com intercalaes de argilas e margas, leitos conglomerticos. -Complexo pteroceriano incluindo as Camadas com Lima pseudo-alternicosta: alternncia de nveis greso-margosos e calcrios.-Camadas de Freixial: conjunto essencialmente detrtico, com raras camadas francamente calcrias. Formaes Detrtico-Carbonatadas do Cretcico Inferior Berriasiano a Cenomaniano -Sries detrticas e carbonatadas: calcrios, calcrios detrticos, arenitos finos, arenitos grosseiros, margas, argilas, siltes, conglomerados, dolomias. Macio Subvulcnico de Sintra Cretcico terminal a Trisico -rochas intrusivas (granitos, sienitos, dioritos, gabros, mafratos), brechas eruptivas) Outras Formaes Holocnico -Aluvies: areias e cascalheiras Eocnico-Oligocnico -Complexo de Benfica: margas, argilas, conglomerados, grs e calcrios Senoniano -Complexo Vulcnico de Lisboa: basaltos (predominantes), rilitos, doleritos, sienitos, dioritos, mafratos, basanitides, piroclastos e tufos e brechas vulcnicas. Quadro 4-2 - Estratigrafia e litologia dos sistemas hidrogeolgicos da rea do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste Sistema HidrogeolgicoFormaes aquferas dominantes Sistemas aquferos Alpedriz Complexo gresoso de Cs-Juncal (Cretcico inferior), Complexo carbonatado (Cretcico superior) eComplexo gresoso-argiloso de Alpedriz (Miocnico) CesaredaCalcrios do Dogger e Camadas de Montejunto Lagoa de bidosComplexo Gresoso de Olhos Amarelos e Pousio da Galeota e Gansaria MaceiraCalcrios do Dogger - Bajociano, Batoniano e Caloviano Macio Calcrio Estremenho Formao da Encosta de Minde; Formao de Atalaia; Formao de Candeeiros; Formao de Aire; Formao de Valverde, Formao de Moleanos e de Ftima (Jurssico mdio); Formao de Nataria; Formao de Vila Nova de Ourm; Calcrios de Montejunto (Jurssico superior) Nazar Formaes astinianas de Famalico, Salir do Porto e Mangues e Complexo arenoso de Valado de Frades PaoComplexo Plio-Plistocnico de Bolhos PataiasCalcrios do Dogger Pises - Atrozela Margo-Calcrios Xistosos ou Calcrios de Mem Martins (inclui as camadas de calcrios com onclitos e calcrios corlicos), Calcrios Nodulares (inclui os calcrios nodulares de Farta Po, os calcrios do Pteroceriano superior e os do Freixialiano), Calcrios e Margas com Trocholina, A. lusitanica e M. purbeckensis incluindo os Calcrios amarelo-nanquim Torres VedrasGrs de Torres Vedras Vale de LobosArenitos de Vale de Lobos (Cretcico inferior) Vale Tifnico das Caldas da Ranha Complexo Astiniano de Nadadouro e guas Santas e Camadas Vilafranquianas com Lignitos e Diatomitos de Rio Maior, bidos, etc. Vieira de Leiria Marinha GrandeDunas, areias de duna e formaes plio-plistocnicas indiferenciadas Outras reas com potencial interesse hidrogeolgico Calcrios e Arenitos do Cretcico da Regio de Cascais Calcrios recifais com Chofattelas, Camadas de Almargem, Calcrios e margas do Belasiano PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 36/152 Sistema HidrogeolgicoFormaes aquferas dominantes Calcrios do Cretcico Superior de Pero Pinheiro Camadas com Neolobites e Calcrios com Rudistas Jurssico Mdio e Superior de Montejuntosem formaes aquferas assinalveis Formaes com comportamentos hidrogeolgicos afins Formaes Detrticas do Jurssico Superior sem formaes aquferas assinalveis Formaes Detrtico-Carbonatadas do Cretcico Inferior sem formaes aquferas assinalveis Macio Subvulcnico de Sintrasem formaes aquferas assinalveis Outras Formaessem formaes aquferas assinalveis Quadro 4-3 - Formaes aquferas dominantes da rea do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste 4.2 - Caracterizao Hidrodinmica Nesta seco apresenta-se a sntese da classificao dos sistemas hidrogeolgicos relativamente aos seguintesaspectos:tipodeaqufero,porosidade,relaorio / guasubterrnea,relaosistema aqufero / gua salgada, produtividade, transmissividade e piezometria O Quadro 4.4 sintetiza a informao, por sistema hidrogeolgico, relativamente ao tipo de aqufero e respectiva porosidade. Como tipos de aquferos possveis consideram-se: (1) livre e (2) confinado (queincluiotiposemi-confinado),dando-seaindaaindicaoquandosetratadeumsistema multicamada.Naporosidade,consideram-seosseguintestipos:(1)intergranular,(2)fissural,(3) dupla (intergranular e fissural) e (4) crsica. Sistema hidrogeolgicoTipo de aquferoPorosidade Sistemas aquferos AlpedrizLivre a Confinado, MulticamadaIntergranular CesaredaLivre (?) Crsica Lagoa de bidosConfinado, MulticamadaIntergranular MaceiraLivre (?) Crsica Macio Calcrio EstremenhoLivre (?)Crsica NazarLivre a Confinado, MulticamadaIntergranular PaoLivre a ConfinadoIntergranular PataiasLivre (?)Crsica Pises - AtrozelaConfinado(?)Crsica Torres VedrasConfinado, MulticamadaIntergranular Vale de LobosLivre a Confinado, MulticamadaIntergranular Vale Tifnico das Caldas da RanhaLivre a ConfinadoIntergranular Vieira de Leiria Marinha GrandeLivre a Confinado, MulticamadaIntergranular Outras reas com potencial interesse hidrogeolgico Calcrios e Arenitos do Cretcico da Regio de CascaisLivre a Confinado, MulticamadaIntergranular, Dupla Calcrios do Cretcico Superior de Pero PinheiroLivreCrsica Jurssico Mdio e Superior de MontejuntoLivre (?)Fissural, Crsica Formaes com comportamentos hidrogeolgicos afins Formaes Detrticas do Jurssico SuperiorLivre, Confinado(?), Multicamada(?)Intergranular, Dupla Formaes Detrtico-Carbonatadas do Cretcico InferiorLivre, Confinado(?), Multicamada(?)Dupla Macio Subvulcnico de SintraLivreDupla, Intergranular Outras Formaes-Dupla, Intergranular Quadro 4.4 - Classificao dos sistemas hidrogeolgicos da rea do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste quanto ao tipo de aqufero e ao meio de escoamento PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 37/152 Paraadefiniodarelaorio/guassubterrneasconsidere-seoseguintemodelode funcionamentohidrogeolgiconatural1globalparacadasistemahidrogeolgico:asentradas possveisdeguanosistemaso(1)arecargadirectapelaprecipitao,(2)oescoamento subterrneo lateral de entrada no sistema, e (3) a recarga a partir da infiltrao dos cursos de gua e de outros corpos de guas superficiais; as sadas possveis do sistema so: (1) a evapotranspirao, (2) o escoamento subterrneo lateral de sada, (3) o escoamento subterrneo para os cursos de gua (escoamento de base dos cursos de gua). Neste modelo de funcionamento hidrogeolgico natural global, a relao rio / guas subterrneas encontra-se nas situaes referidas como (3).Relativamentessadasdossistemas,assadasporevapotranspiraosacontecemquando os nveisfreticosseencontrammuitoprximosdasuperfcie.Quantossadasporescoamento subterrneo lateral, muitas vezes estas no existem, uma vez que este um dos critrios que leva definiodossistemashidrogeolgicos,excluindo-seaquiossistemasemcontactocomomar. Assim,enaprtica,admite-sequeaprincipalsadadossistemashidrogeolgicosoescoamento subterrneo para os cursos de gua, que est por isso sempre presente, tendo em vista a manuteno dapartesubterrneadociclohidrolgico(recarga-escoamentosubterrneo-sada).Poresse motivoadmite-sequetodosossistemashidrogeolgicospresentesnareadoplanodebaciado Oesteescoamparaoscursosdegua,situaoqueocorrequandoosnveispiezomtricosdesses sistemas se situam acima da cota de gua dos cursos de gua.Relativamentesentradasdossistemas,epelasituaodescritaanteriormenterelativamentes sadas,squandoacotadeguanoscursosdeguasesituaacimadosnveispiezomtricos vizinhosdossistemashidrogeolgicosquepoderhaverescoamentodocursodeguaparao sistema hidrogeolgico. Em condies naturais, esta situao s dever ocorrer se um curso de gua entra,noseupercurso,numsistemahidrogeolgicoondeospotenciaishidrulicosdosistema hidrogeolgicoestejamabaixodosdocursodegua,sendoqueestasituaoserapenasmuito localizada.Ossistemasondeestasituaotemmaiorprobabilidadedeocorrersoossistemas crsicos. Emfacedomodelodefuncionamentohidrogeolgiconaturalglobal,pressupe-seque relativamente relao rio / guas subterrneas, na rea do Plano de Bacia dasRibeiras do Oeste, 1 sem interveno humana PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 38/152 todosossistemashidrogeolgicosdescarregamparaoscursosdeguaesemsituaesmuito localizadas pode haver cedncia de gua dos cursos de gua para os sistemas hidrogeolgicos.Estemodelopodeseralteradoseseconsiderarasextracesdeguasubterrneapelohomem. Nestecaso,podehaverumainversodepotenciaishidrulicosentre osistemahidrogeolgicoe o cursodeguaeestabelecer-seumaligaohidrulicaentreacaptaoeocursodegua.Os sistemashidrogeolgicosondeestasituaopodeocorrercommaiorimportnciasoossistemas detrticosemcontactocomoscursosdeguaperenes,destacando-se,pelassuascaractersticas hidrulicasepelasuarelaocomoscursosdeguaqueosoriginaram,ossistemasaluvionares. Assim, na rea do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste s muito localmente, onde haja explorao intensa das aluvies se pode prever que haja recarga induzida a partir dos cursos de gua. Para a definio da relao sistema hidrogeolgico / gua salgada, identificam-se: (1) os seguintes sistemas aquferos costeiros, sujeitos a possveis fenmenos de intruso de gua salgada: -Lagoa de bidos, -Pises Atrozela, -Vale Tifnico das Caldas da Rainha (junto a S. Martinho do Porto), -Vieira de Leiria-Marinha Grande (na rea do Plano de Bacia do Lis); (2) a outra rea com potencial interesse hidrogeolgico dos Calcrios e Arenitos do Cretcico da Regio de Cascais, e(3) as seguintes formaes com comportamentos hidrogeolgicos afins:-Formaes Detrticas do Jurssico Superior, -Formaes Detrtico-Carbonatadas do Cretcico Inferior, -Macio Subvulcnico de Sintra, sendoquenestasformaesnosejaexpectvelqueexistamproblemas,devidossuas caractersticas hidrulicas, excepto nos locais onde se desenvolvem aluvies nos cursos de gua que desaguam no mar.Nestessistemashidrogeolgicos,naszonassujeitasafenmenosdeintrusosalina,deverser condicionada a explorao das guas subterrneas, tendo em vista a manuteno da sua qualidade.PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 39/152 Acaracterizaodaprodutividadedossistemashidrogeolgicosfoifeitaapartirdocaudalde exploraodascaptaesdeguasubterrnea,tendo-seassumidocomoprodutividadeoprprio valordocaudaldeexplorao,peloqueseexpressaemunidadesdevolumedeguasubterrnea captada por unidade de tempo (L3/T). Tendo em vista uma classificao dos sistemas hidrogeolgicos em trs classes da produtividade, adoptaram-se os seguintes intervalos: - produtividade alta:> 6 l/s - produtividade mdia: > 1 l/s e < 6 l/s - produtividade baixa: < 1 l/s. NoQuadro4.5apresenta-seacaracterizaodasprodutividadesdossistemashidrogeolgicos, indicando-seovalormediano,mnimoemximocaracterizados,bemcomoonmerodedados utilizado para a sua caracterizao. Umarefernciaaocasoespecficodossistemascarbonatadoscrsicos.Estasformaessodo pontodevistadepermeabilidadeeporosidadeextremamenteheterogneas.Assim,hfurosque podem ter grandes caudais, por estarem a captar zonas onde ocorrem cavidades onde h circulao subterrneadegua,eoutrosfuros,imediatamenteaolado,quepodemnointersectaressas cavidadesetercaudaisnulos.Nohumacontinuidadenascaractersticashidrulicasdestas formaes.Porestemotivo,asprodutividadesapresentamamplitudesextremamenteelevadase torna-se difcil apresentar uma classificao a esse nvel. Aocontrrio,asformaeshidrogeolgicascomporosidadeprimria,podemapresentargrande amplitudeentreosvaloresdeprodutividadeapresentados,masavariaodaprodutividadeno ocorre em zonas prximas entre si, mas sim ao nvel de toda a rea do sistema hidrogeolgico. Sistema hidrogeolgico Produtividades (l/s) N dedados Classe deprodutividade MedianaMnimaMxima Sistemas aquferos Alpedriz3,30,41540Mdia Cesareda-2,8254(Mdia a Alta) Lagoa de bidos-1,1104(Mdia) Maceira-2,217,83(Mdia a Alta) Macio Calcrio Estremenho1,5011038Mdia Nazar10,01,020,036Alta Pao10,03,355,522Alta Pataias252,31177(Alta) Pises - Atrozela4,00,624,49(Mdia) Torres Vedras6,02,020,025Alta Vale de Lobos-0,46poucas(Mdia) PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 40/152 Sistema hidrogeolgico Produtividades (l/s) N dedados Classe deprodutividade MedianaMnimaMxima Vale Tifnico das Caldas da Ranha11,61,140,080Alta Vieira de Leiria Marinha Grande20,010,030,09(Alta) Outras reas com potencial interesse hidrogeolgico Calcrios e Arenitos do Cretcico da Regio de Cascais0,166157(Mdia) Calcrios do Cretcico Superior de Pero Pinheiro0,25,616(Mdia) Jurssico Mdio e Superior de Montejuntopouco produtiva (?)-Baixa (?) Formaes com comportamentos hidrogeolgicos afins Formaes Detrticas do Jurssico Superior202055Mdia Formaes Detrtico-Carbonatadas do Cretcico Inferior----Baixa (?) Macio Subvulcnico de Sintra-0,01,912(Baixa) Outras Formaes----Baixa (?) () - valores entre parentesis no so estatisticamente relevantes dado o reduzido nmero de observaes realizado. Quadro 4.5 - Caracterizao da produtividade dos sistemas hidrogeolgicos da rea do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste Porltimorefira-seque,desenvolvendo-seossistemashidrogeolgicostridimensionalmente,a caracterizao da produtividade atravs dos caudais de explorao das captaes depende da forma como as captaesforamconstrudas. Duascaptaeslocalizadas uma aolado da outra podem ter produtividades diferentes, (1) por captarem em profundidades diferentes, (2) devido tecnologia de construoededesenvolvimentodecaptaes,quetemevoludomuitoaolongodo tempo,pelo queasprodutividadesobtidasemcaptaesfeitasmaisrecentementepodemterumsignificado diferente das produtividades obtidas em captaes realizadas anteriormente. AsntesedacaracterizaodatransmissividadedossistemasaquferosapresentadanoQuadro 4.6. Os valoresforamna suamaior parte estimados a partir dos caudais especficos. S em alguns casos foi possvel obter valores de transmissividade determinados em ensaios de bombagem. NareadoPlanodeBaciadasRibeirasdoOesteobtiveram-seduassriestemporaisde piezometria:umaparaosistemaaquferoMacioCalcrioEstremenho,quemostrauma estabilidadeinter-anualdosnveis,eoutraparaosistemaaquferoValeTifnicodasCaldasda Rainha,quemostraumamaiorinstabilidade,verificando-senestecasoqueosnveiscontinuama descer durante os anos hidrolgicos com menor precipitao. Sistema hidrogeolgico Transmissividade (m2/d)N de determinaes mdiamedianamnimamxima Sistemas aquferos Alpedriz--3(q)169(q)39 Cesareda--41(qb)520(qb)5 Lagoa de bidos--30(q)70(q)2 Maceira--74(q)358(q)4 Macio Calcrio Estremenho--1(q)4800(q)vrias Nazar--8(q)570(q)26 Pao192(q)80(q)22(q)1250(q)22 Pataias--8(q)3000(q)8 Pises - Atrozela----- Torres Vedras--2,5(q)400(q)67 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 41/152 Sistema hidrogeolgico Transmissividade (m2/d)N de determinaes mdiamedianamnimamxima Vale de Lobos--8(q)8(q)1 Vale Tifnico das Caldas da Ranha--30(q)450(q)vrias Vieira de Leiria Marinha Grande--38(q)1000(q)17 Outras reas com potencial interesse hidrogeolgico Calcrios e Arenitos do Cretcico da Regio de Cascais ----- Calcrios do Cretcico Superior de Pero Pinheiro----- Jurssico Mdio e Superior de Montejunto----- Formaes com comportamentos hidrogeolgicos afins Formaes Detrticas do Jurssico Superior--1446 Formaes Detrtico-Carbonatadas do Cretcico Inferior --122 Macio Subvulcnico de Sintra----- Outras Formaes-----

(q) estimada com base no caudal especfico (qb) estimada com base no caudal especfico ou em ensaio de bombagem Quadro A-6 - Caracterizao da transmissividade dos sistemas hidrogeolgicos da rea do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste. 4.3 - Caracterizao da Vulnerabilidade Poluio Comovulnerabilidadepoluioentenda-seasensibilidadedaqualidadedasguas subterrneas a uma carga poluente, funo apenas das caractersticas intrnsecas do aqufero. A vulnerabilidade poluio das guas subterrneas foi estudada utilizando duas aproximaes, sendo que a segunda integra aspectos da primeira. Deacordocomaprimeiraaproximao,referidacomoclassificaoEPPNA,acadaformao litolgica/hidrogeolgica atribuda uma classe de vulnerabilidade da seguinte forma: Classe Vulnerabilidade poluio (*) V1 - Aquferos em rochas carbonatadas de elevada carsificaoAlto V2 - Aquferos em rochas carbonatadas de carsificao mdia a altaMdio a Alto V3-Aquferosemsedimentosnoconsolidadoscomligaohidrulicacoma gua superficial Alto V4-Aquferosemsedimentosnoconsolidadossemligaohidrulicacoma gua superficial Mdio V5 - Aquferos em rochas carbonatadasMdio a Baixo V6 - Aquferos em rochas fissuradasBaixo e Varivel V7 - Aquferos em sedimentos consolidadosBaixo V8 - Inexistncia de aquferosMuito Baixo (*)AclassificaoapresentadaemEPPNA(1998)refere"riscodecontaminao"emvezde"vulnerabilidadepoluio". Contudo opta-se por reservar a palavra "risco" para os casos em que se considera a ocupao do solo e a carga poluente a ela associada.Dadoqueapenasseconsideraanaturezadomeiogeolgico,onicoaspectoquesepodeconsiderara vulnerabilidade,deacordocomadefiniodadanoinciodestaseco(veja-setambmaseco4.4.2doAnexo4paraa diferenciao dos conceitos de vulnerabilidade e de risco). PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 42/152 AclassificaoEPPNAdossistemasaquferosestrepresentadanaFigura4.2.OQuadro4.7 sintetizaasclassesdevulnerabilidadeporsistemahidrogeolgicoeoQuadro4.8apresentao clculo das reas ocupadas por cada classe considerada nesta classificao. Uma segunda abordagem o ndice de vulnerabilidade DRASTIC e integra outros aspectos que condicionam o potencial de vulnerabilidade de uma formao hidrogeolgica. Pode-se considerar a seguinterelaoentreondicedevulnerabilidadeDRASTICeavulnerabilidadeemtermos qualitativos: - ndice DRASTIC superior a 199: que se considerou ser de vulnerabilidade muito elevada;- ndice DRASTIC entre 160 e 199: que se considerou ser de vulnerabilidade elevada;- ndice DRASTIC entre 120 e 159: que se considerou ser de vulnerabilidade intermdia; - ndice DRASTIC inferior a 120: que se considerou ser de vulnerabilidade baixa. A Figura 4.3 mostra a distribuio do ndice DRASTIC na rea do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste e o Quadro 4.9 sintetiza os valores encontrados por sistema hidrogeolgico. Sistema HidrogeolgicoClassificao EPPNA (% ocupao de rea aflorante) Sistemas aquferos AlpedrizV7 (58 %), V4 (27 %), V5 + V2 (13 %) CesaredaV5(84 %), V1 (16 %) Lagoa de bidosV7 (75 %), V3/V4 (25 %) MaceiraV1 Macio Calcrio Estremenho (*)V1 NazarV4 PaoV4 PataiasV2 Pises Atrozela (*)V5 Torres VedrasV7 Vale de Lobos (*)V7 Vale Tifnico das Caldas da RanhaV4 (61 %), V3 (24 %), V8 (15 %) Vieira de Leiria Marinha GrandeV4 Outras reas com potencial interesse hidrogeolgico Calcrios e Arenitos do Cretcico da Regio de CascaisV5 (62 %), V7 (26 %), V3 (6 %), V6 (5 %) Calcrios do Cretcico Superior de Pero PinheiroV1 Jurssico Mdio e Superior de MontejuntoV2 Formaes com comportamentos hidrogeolgicos afins Formaes Detrticas do Jurssico SuperiorV7/V5 (84 %), V3 (8 %), V4 (4 %) Formaes Detrtico-Carbonatadas do Cretcico InferiorV5 (62 %), V7 (19 %), V6 (9%), V3 + V4 (9 %) Macio Subvulcnico de SintraV6 (85 %), V5 (15 %) Outras FormaesV7 (43 %), V6 (35 %), V3 (22 %) (*) inclui a rea do sistema aqufero que foi caracterizada no plano de bacia do Tejo Quadro 4.7 - Classificao EPPNA da vulnerabilidade poluio dos sistemas hidrogeolgicos da rea do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 43/152 Classe / Vulnerabilidade poluiorea (km2) V1 - Aquferos em rochas carbonatadas de elevada carsificao/Alto544 V2 - Aquferos em rochas carbonatadas de carsificao mdia a alta/Mdio a Alto56 V3 - Aquferos em sedimentos no consolidados com ligao hidrulica com a gua superficial / Alto181 V4 - Aquferos em sedimentos no consolidados sem ligao hidrulica com a gua superficial / Mdio244 V5 - Aquferos em rochas carbonatadas/Mdio a Baixo305 V6 - Aquferos em rochas fissuradas/Baixo e Varivel108 V7 - Aquferos em sedimentos consolidados/Baixo1401 V8 - Inexistncia de aquferos/Muito Baixo46 Quadro 4.8 - Distribuio de reas de vulnerabilidade poluio das guas subterrneas, por aplicao da classificao da EPPNA, para a totalidade da rea do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste (incluindo sistemas partilhados com o plano de bacia do Tejo) rea por Classe de ndice DRASTIC (km2) baixaintermdiaelevada muito elevada Sistema Hidrogeolgico DRASTIC mdio Vulnerabilidade mdia 23-7980-99 100-119 120-139 140-159 160-179 180-199 200-226 Sistemas aquferos Alpedriz124intermdia5,49,715,718,210,710,60,00,0 Cesareda137intermdia0,00,50,812,80,90,81,80,0 Lagoa de bidos139intermdia0,00,04,915,98,54,00,00,0 Maceira195elevada0,00,00,00,00,00,30,21,2 Macio Calcrio Estremenho (*)183elevada1,92,42,811,544,9114,2399,731,2 Nazar163elevada0,01,40,50,210,326,43,00,0 Pao(**)164-181elevada Pataias186elevada0,00,00,00,00,01,03,00,1 Pises Atrozela (*)134intermdia0,00,03,911,36,50,00,00,0 Torres Vedras136intermdia0,00,920,522,833,71,80,00,0 Vale de Lobos (*)131intermdia0,00,21,07,70,00,00,00,0 Vale Tifnico das Caldas da Ranha155intermdia0,66,511,48,720,775,30,00,0 Vieira de Leiria Marinha Grande169elevada0,00,00,00,85,710,75,60,0 Outras reas com potencial interesse hidrogeolgico Calcrios e Arenitos do Cretcico da Regio de Cascais 121intermdia0,00,730,335,20,10,00,00,0 Calcrios do Cretcico Superior de Pero Pinheiro 198elevada0,00,00,00,00,00,24,55,3 Jurssico Mdio e Superior de Montejunto 178elevada0,00,00,00,00,019,84,10,0 Formaes com comportamentos hidrogeolgicos afins Formaes Detrticas do Jurssico Superior 108baixa240,3280,8388,3240,480,758,84,30,0 Formaes Detrtico-Carbonatadas do Cretcico Inferior 126intermdia3,535,268,7140,181,94,40,00,0 Macio Subvulcnico de Sintra109baixa1,49,928,810,60,10,00,00,0 Outras Formaes120intermdia3,14,110,57,91,65,30,10,0 rea total do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste (*) Total133intermdia256,2352,2589,8545,8306,5336,4426,537,8 (*) inclui a rea do sistema aqufero que foi caracterizada no plano de bacia do Tejo (**) nosoapresentadosvaloresparciaisdevidoinadequadasobreposiodainformaodebaseereduzidareade afloramento do sistema. apresentado o intervalo do ndice DRASTIC mdio para tomar em conta estes aspectos. Quadro 4.9 - ndice DRASTIC de vulnerabilidade poluio das guas subterrneas por sistema hidrogeolgico da rea do Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste: valores mximo, mnimo e mdio ponderado pela rea, e reas por classe de vulnerabilidade.PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 44/152 Figura 4.2 - Vulnerabilidade poluio das guas Subterrneas (classificao EPPNA) PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 45/152 Fig. 4.3 - Vulnerabilidade poluio das guas Subterrneas (ndice DRASTIC) PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 46/152 4.4 - BIBLIOGRAFIA 1.EPPNA, 1998 Informao Cartogrfica dos Planos de Bacia. Sistematizao das Figuras eCartasaImprimiremPapel.EquipadeProjectodoPlanoNacionaldagua,versode Outubro de 1998, pp. 29. 2.INAG, 1997 Definio, Caracterizao e Cartografia dos Sistemas Aquferos de Portugal Continental. Estudo coordenado pelo Prof. Costa Almeida, Faculdade de Cincias de Lisboa, paraoInstitutodagua,DirecodeServiosdeRecursosHdricos,DivisodeRecursos Subterrneos, pp. 236. 3.LOBOFERREIRA,J.P.,OLIVEIRA,M.M.,MOINANTE,M.J.,THEVES,T., DIAMANTINO,C.,1995EstudodeAvaliaodaVulnerabilidadedaCapacidadede RecepodasguaseZonasCosteiras.MeiosReceptoreseSuasCaractersticas:Meios Subterrneos. Relatrio Especfico R.3. Laboratrio Nacional de Engenharia Civil, Relatrio LNEC 237/95 GIAS, pp. 585. PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 47/152 Anexo Temtico 1 Anlise Biofsica 5 - Clima Equipa Tcnica Manuela Portela Guilherme da Hora PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 48/152 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 49/152 5 - Clima5.1 - Consideraes gerais Apresenta-seaseguiraclassificaoclimticadeThornthwaitedazonarelativaaoPlanode Bacia Hidrogrfica das Ribeiras de Oeste . OterritriodePortugalContinental,sensivelmentecompreendidoentreaslatitudesde37e 42 N,estsituadonaregiodetransiodazonadosanticiclonessubtropicaisparaazonadas depresses subpolares. Azonadosanticiclonessubtropicais,zonadealtaspresseseportantodedivergncia superfcie esubsidncia do arnalargaescala, corresponde zona desrtica dohemisfrio Norte e toma no Oceano Atlntico a designao geral de Anticlone dos Aores. Este anticiclone, que no permanente nem estacionrio, atinge, em regra, a maior intensidade e a posio extrema para Norte e Oeste no Vero, para Sul e Leste no Inverno. A intensidade e a posio do Anticiclone dos Aores variam tambm de dia para dia, havendo ocasies no Inverno em que est a Norte, ocasies que no VeroestbastanteaSuleocasiesemqueumavastadepressoseestendesobrearegiodos Aores. Natransiodazonadosanticiclonessubtropicaisparaazonadasdepressessubpolares,cuja linhamdiaestsituadaacercade60delatitude,osventosdominantessodeOestecomuma componentemeridionalnadirecodopolo;noentantoaposiodasduaszonasnofixaea frentepolardoAtlntico(quecorrespondetransiodasduaszonasesepara,superfciedo Globo,asmassasdearpolarcontinentaldasmassas deartropicalmartimo)sofreumamigrao para o lado do polo no Vero e para o lado do equador no Inverno, atingindo nesta poca o territrio de Portugal Continental. Assim,duranteoInverno,oterritrio,emparticulararegioNorte,estsobainflunciadas depresses subpolares, com mudanas de tempo frequentes mas errticas, originadas pela passagem eventual de depresses. Eventualmente e ainda durante o Inverno, o territrio est sob a influncia doAnticiclonedosAores,comartropicalmartimotransformadoempolarcontinentalquentee seco, ou com ar quente e seco de origem superior. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 50/152 No Vero Portugal est principalmente sob ainfluncia da depresso de origem trmica, que se estabelecesobreaPennsulaIbricadeAbrilaSetembro,comarquenteeseco,querdeorigem continental, quer tropical martimo continentalizado.Com o Anticiclone dos Aores centrado a Oeste ou a Noroeste da Pennsula Ibrica, o territrio docontinenteatingidoporventodoquadranteNorte,cujadirecoeintensidadedependeda existnciadebaixaspressesaLestedacostaocidental;comumadepressosobaPennsula(em regra a depresso de origem trmica que se forma nos meses quentes), a parte ocidental do territrio varrida por nortada, vento muitofresco aforte, do quadrante Norte, demaiorintensidade para a tarde. Com um anticiclone sobre a Europa Central e uma depresso sobre o litoral da frica do Norte, o Mediterrneo ocidental varrido por levante, vento leste moderado a forte. O levante pode soprar em qualquer poca do ano, sendo maisfrequente em Maro e de Julho a Outubro, e atinge a parte oriental da costa sul de Portugal, como vento leste ou sueste. Umoutroimportantefactorregional,queinfluenciaoclimadePortugal,umdosramos terminais do sistema da Corrente do Golfo que passa entre a costa ocidental da Pennsula Ibrica e os Aores, de Norte para Sul com uma ramificao para o estreito de Gibraltar. Ainfluncia desta corrententida,sobretudonoInverno,quandoatemperaturadaguadomarsuperior temperatura do ar no litoral.Paraalmdestesfactoresgeraiseregionais,haindaaconsiderarosfactoreslocais,comoa orografia,ainflunciadoOceanoAtlnticoeacontinentalidadequepodemserresponsveispor variaes significativas em alguns dos elementos que melhor caracterizam o clima, designadamente atemperaturadoareaquantidadedeprecipitao.Regista-sequePortugalContinentaltemuma extensolatitudinaldeapenascercade5delatitudeequeosvaloresmaiselevadosdaaltitude estocompreendidosentre1000me1500m,comexcepodaSerradaEstrela,comcercade 2000 m. Quanto continentalidade, as regies mais afastadas do Oceano Atlntico esto a cerca de 220 km. 5.2 - Classificao climtica de Thornthwaite AdescriodoclimadazonaabrangidapeloPBHbaseou-senaclassificaoclimticade Thornthwaite. PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 51/152 Este autor props quatro descritores para caracterizar o clima de um local, definidos com base no ano e relativos ao ndice hdrico, ao ndice de aridez ou ao ndice de humidade, eficcia trmica no Vero e evapotranspirao potencial. O ndice hdrico, Ih, dado por Ih = Iu 0,6 Ia em que Iu e Ia so os ndices de humidade e de aridez, respectivamente. Ondicedearidez,Ia,oquocienteentreodficedeguaeaevapotranspiraopotencial, sendo o ndice de humidade, Iu, o quociente entre o supervit ou excesso de gua e aquelamesma evapotranspirao. Aeficciatrmicaoquocienteentreaevapotranspiraopotencialnotrimestremaisquente (normalmente de Junho a Agosto ou de Julho a Setembro) e a evapotranspirao potencial anual. AevapotanspiraopotencialanualaquedecorredaaplicaodafrmuladeThornthwaite aos sucessivos meses do ano. Tal frmula aplicada ao ms k dada por o |.|

\|=akkIt 1016 EPem que EPk, a evapotranspirao potencial em milmetros; tk, a temperatura mdia do ar em graus Celsius, no ms em questo e o, uma funo do ndice trmico anual, I, que, por sua vez, se obtm pela soma dos doze ndices trmicos mensais, i 493 . 0 I 10 79 , 1 I 10 71 , 7 I 10 75 , 6 a2 2 5 3 7+ + = ==121 nni I514 , 1nk5ti |.|

\|=O termo correctivo o atende durao terica dainsolao e depende dalatitude do local e da poca do ano. O seu clculo foi efectuado por interpolao entre valores da seguinte quadro: PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 52/152 MsLatitude 50N40N30N Outubro0,900,930,96 Novembro0,760,830,89 Dezembro0,680,780,85 Janeiro0,710,800,87 Fevereiro0,840,890,93 Maro0,980,991,00 Abril1,141,101,07 Maio1,281,201,14 Junho1,361,251,17 Julho1,331,231,16 Agosto1,211,151,11 Setembro1,061,041,03 Quadro 5.1 Valores do termo correctivo, , em funo do ms e da latitude. TendoemvistaaclassificaoclimticadazonadoPBHdoRioTejo,houvequeprocederao balanohdricodeguanosolo.Talbalanofoiefectuadoparaas23estaesclimatolgicas identificadasnoQuadro5.2,inseridasnaquelazonaenassuasimediaeseutilizouosregistos mensaisdeprecipitaoedetemperaturapublicadosemInstitutoNacionaldeMeteorologiae Geofsica (INMG), 1990, O Clima de Portugal. Fascculo XLIX. Volume 1 - 1 Regio, Volume 2 - 2Regio, Volume 3 3 Regio, Volume 4 4 Regio Quadro 5.3. Quadro 5.1 Estaes climatolgicas consideradas na classificao climtica de Thornthwaite. PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 53/152 Quadro 5.3 (1/2) - Classificao climtica. Valores mdios mensais e anuais da temperatura e da precipitao em estaes climatolgicas PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 54/152 Quadro 5.3 (2/2) - Classificao climtica. Valores mdios mensais e anuais da temperatura e da precipitao em estaes climatolgicas Ametodologiaaplicadanaconcretizaodobalanohdricodeguanosolofoiaapresentada emMENDES,J.CeBETTENCOURT,M.L,1980,OclimadePortugal.FascculoXXIV. Contribuioparaoestudodobalanoclimatolgicodaguanosoloeclassificaoclimticade Portugal Continental. Instituto Nacional de Meteorologia e Geofsica (INMG). NoQuadro5.4especificam-seosvaloresquedecorreramparaosdescritoresdoclima(ndices hdrico, de aridez e dehumidade, eficcia trmica no Vero e evapotranspirao potencial)nas 23 estaesclimatolgicasdoQuadro5.2,bemcomoacorrespondenteclassificaoclimtica.A caracterizao da variao espacial dos anteriores descritores apresentada nas Figuras I.5.1 a I.5.5, em anexo. AobtenodasanterioresfigurasfoiefectuadacomrecursoaoSIG,tendoresultadoda aplicao,aosvaloresdiscretosdasestimativasdosndicesnasestaesclimatolgicas,do PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 55/152 procedimentodesignadoporIDW(InverseDistanceWeighting).Esteprocedimentocareceda indicao de dois parmetros: nmero de postos mais prximos a utilizar na interpolao espacial e factordeponderao.Tendoporbaseaanlisecomparativadasconfiguraesdasisolinhas associadasadiferentesvaloresdaquelesparmetrosfixaram-seosmesmosem6e3, respectivamente. Quadro 5.2 ndices de aridez, humidade e hdrico, eficcia trmica e evapotranspirao potencial de acordo com Thornthwaite. Classificao climtica PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 56/152 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 57/152 Anexo Temtico 1 Anlise Biofsica 6 - Solos Equipa Tcnica Maria Joo Simas PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 58/152 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 59/152 6 - Solos 6.1 Consideraes Gerais Acartadesolosdesenvolvidanombitodesteestudobaseou-senacartadossolospublicada pelo Atlas do Ambiente escala 1:1 000 000. Acredita-se que esta escala adequada ao mbito do estudoedimensodabaciahidrogrfica,sendoqueautilizaodeumsistemadeinformao geogrficapermitefacilmenteaintegraodedadosaoutrasescalaseasuaanliseumavezque esses dados estejam disponveis a outras escalas.NabrevecaracterizaodossolosexistentesnaregiodoPlanodeBaciaHidrogrficadas Ribeiras do Oeste (PBH RO) recorreu-se descrio de Carvalho Cardoso (1965) em Os Solos de Portugal sua classificao, caracterizao e gnese 1- a sul do rio Tejo e mais recente verso dessa classificao, contribuio portuguesa para a carta dos Solos da Europa (Cardoso et al., 1973), com legendas e normas preparadas pela FAO. Para este efeito tambm foi consultado o Soil Map of Europe de 1981 publicado pela FAO e a Caracterizao e Constituio do Solo de Joaquim Botelho da Costa. Recorreu-se,nesteestudo,extrapolaodascaractersticasdossolosasuldorioTejoparaa regio em estudo, assumindo-se que as diferenas no so significativas e principalmente devido falta de caracterizao detalhada para esta regio.6.2 - Caracterizao dos solos As unidades pedolgicas utilizadas neste estudo esto segundo o esquema da FAO para a Carta deSolosdaEuropa(Figura6.1).OssolosexistentesnaregiodoPBHROsoporordem decrescentedereaocupadaCambissolos,Luvissolos,Podzis,Regossolos,Fluvissolose Vertissolos, sendo que os primeiros trs tipos representam aproximadamente 97% da rea do plano de bacia hidrogrfica. A rea ocupada por cada tipo de solo est apresentada no Quadro 6.1. Tipo de solorea (km2)rea (%) Cambissolos142360,1 Luvissolos62526,4 Podzois25710,8 Regossolos381,6 Fluvissolos180,8 Vertissolos60,2 Quadro 1.1 Distribuio dos solos na regio do PBHRO PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 60/152 Figura 6.1- Carta de Solos PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 61/152 6.2.1 Cambissolos Os cambissolos so solos pouco evoludos formados a partir de rochas no calcrias. Apresentam texturagrosseira,acentuadaacumulaodematriaorgnica,sendoqueestaimprimeaosoloas suaspropriedadesmaisimportantes.SootipodesolopredominantenaregiodoPBHRO, cobrindo aproximadamente 60% da rea do plano. Estes solos esto localizados um pouco por toda a bacia, principalmente na rea central (Figura 6.2). Os cambissolos presentes na regio do PBH RO podemseraindasubdivididos,oscrmicosrepresentando42%dareaocupada,seguidodos clcicos (28%), eutricos (27%) e hmicos (3%) (Quadro 6.2). Tipo de solorea (km2)rea (%) Eutricos38727 Hmicos383 Clcicos39728 Crmicos 60142 Quadro 6.2 Distribuio dos Cambissolos na regio do PBH RO. Figura 6.2 Cambissolos na regio do PBH RO PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 62/152 Observa-se daFigura 6.2 que os Cambissolos crmicos, que representam 42% da rea ocupada pelos Cambissolos (Quadro 6.2) apresentam-se em manchas concentradas no centro da regio, sobre as formaes sedimentares do Jurssico superior, caracterizada litologicamente por conglomerados, arenitos, calcrios e margas. Os cambissolos clcicos esto presentes na parte Sul da regio, na zona do Jurssico superior e Cretcico inferior.6.2.2 Podzis OsPodzisrepresentamaproximadamente11%dareanaregiodoPBHRO(Quadro6.1), estando localizados principalmente a Noroeste da regio, sendo representados pelos Podzis rticos (Figura 6.3). A presena de Podzis na regio est associada a formaes sedimentares de aluvies, areias, calhaus rolados, arenitos pouco consolidados e argilas e dunas e areias elicas. Figura 6.3 Podzis na regio do PBH RO PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 63/152 6.2.4 LuvissolosOs Luvissolos representam aproximadamente 26% da rea na regio do PBH RO (Quadro 6.1), sendoqueosmesmosapresentam-secomoLuvissolosrticoseRodocrmicosclcicos(Figura 6.4). Figura 6.4 Luvissolos na regio do PBH RO OsLuvissolosrodocrmicosclcicoslocalizam-sepredominantementeemmanchasanordeste da regio, nas cabeceiras da ribeira do Mogo, do rio Real e est presente em vertentes da ribeira de S. Domingos e ribeira das Vinhas. OsLuvissolosrticos esto presentesna zona central da regio do PBH RO entre os rios Alcabrichel e o rio Real. Apresentam-se sobre formaes sedimentares do Jurssico e do Cretcico. PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 64/152 6.2.5 Fluvissolos Os Fluvissolos so solos incipientes em que a acumulao da matria orgnica superfcie nunca muitograndedevidoaobomarejamentodacamadapromoverrapidamenteamineralizao. Representam menos de 1% da rea do PBH RO, apresentando-se sob a classificao de Fluvissolos calcrios.OsmesmosestolocalizadosnolimiteentreosconcelhosdaNazareAlcobaa,nas zonas de aluvio no rio Alcoa (Figura 6.5). Figura 6.5 - Fluvissolos na regio do PBH RO PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 65/152 6.2.6 Regossolos OsRegossolosrepresentamaproximadamente2%dareadaregiodoPBHRO,sendo classificadoscomoRegossolosutricos.Assuascaractersticasmaisrepresentativassoatoalha freticaamenosdeummetrodeprofundidadeamaiorpartedoanoetopografianaturalou artificialmenteplana.Apresentam-sepredominantementenazonadafozdaribeiradeColaresno concelho de Sintra enamargem direitajunto foz do rio Sizandro no concelho de Torres Vedras (Figura 6.6). Figura 6.6 - Regossolos na regio do PBH RO PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 66/152 6.2.8 Vertissolos OsVertissolosocupamaproximadamente0,7%dareadaregiodoPBHRO,sendonesta representadospelosVertissoloscrmicos(Figura6.7).Estesestolocalizadosnoconcelhode Sintra, na cabeceira do rio Lizandro. Figura 6.7 Vertissolos na regio do PBH RO PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 67/152 Anexo Temtico 1 Anlise Biofsica 7 - Vegetao Natural Equipa Tcnica Instituto Superior de Agronomia Departamento de Proteco de Plantas e de Fitoecologia Seco de Fitoecologia e Herbologia Maria Dalila Esprito Santo (coordenador) Jos Carlos Costa Miguel Silveira Pedro Bingre Pedro Arsnio Teresa Rego Maria do Cu Diogo PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 68/152 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 69/152 7. Flora e Vegetao 7. 1 -Flora. Espcies RELAPE (Raras, Endmicas, Localizadas, Ameaadas ou em Perigo de extino), relacionadas com a rede fluvial. DesignamosporRELAPE,demodoabreviado,asespciesraras,endmicas,localizadas, ameaadaseemperigodeextino,sendodeespecialimportnciaasespciesprioritrias mencionadasnoAnexoIIdaDirectiva92/43/CEE,porseremespciesemperigo,porcuja conservao a Comunidade especialmente responsvel. Parainventariaodadistribuiodasplantascominteresseparaconservaonareadabacia hidrogrfica elaborou-se uma listagem de plantas a ocorrentes, pertencentes aos Anexos II e IV da Directiva92/43/CEEoupelosautoresconsideradasraras,bemcomooutrasalilocalizadase ecologicamentedependentesdosistemafluvial;porconsultaemHerbriosNacionais(Estao FlorestalNacional-LISFA,InstitutoSuperiordeAgronomia-LISIeEstaoAgronmica Nacional-LISE),seleccionaram-seaquelasquedealgummodoestonadependnciadarede hidrogrfica,anotando-seoslocaisdecolheita,apsoquesedeterminaramasrespectivas coordenadasgeogrficasequadrculasUTM.Aestalistagemjuntou-seinformaorecolhidapor pesquisabibliogrfica,designadamenteemEspritoSantoetal.,1997a,b.Foramlocalizadas78 espcies RELAPE nestas condies.A cada txone foi atribudo um valor: 10 - Prioritrias do Anexo II da Directiva 92/43/CE 9 - Do Anexo II da Directiva 92/43/CE 8 Endmicas de Portugal, Raras 7 Endmicas da Pennsula Ibrica, Raras 6 Endmicas de Portugal, localizadas; Endmicas da Europa, raras 5 Raras 4 Do Anexo V da Directiva 92/43/CE. Orquidceas 3 Endmicas de Portugal 2 Localizadas 1 Pouco frequentes PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 70/152 A soma devalores em cada quadrcula deu umvalorflorstico por quadrcula, que dividido por classes de valor permitiu a elaborao duma carta de valor florstico (Figura 7.1). $Z$Z$Z$Z$Z$Z_______ ______AlcobaaNazarCal das da RainhabidosPeni cheBombarralLourinhCadavalTorres VedrasMafraSobral de Monte AgraoSintraCascaisR.SizandroR. Alc abrichelRib. dos PalheirosRib.deAtouguiaR. RealRi b.da VargemRib. de SalirR. AlcobaaR.BaaR.AlcoaR. Pedrulhos21632138162666490R. LisandroRib.de Col aresRib.dasVinhasRio do CucoRib.de Safarujo8000080000100000100000120000120000140000140000220000 220000240000 240000260000 260000280000 280000300000 300000Projeco Cartog r ficade Gauss-KruegerElip s ideInt erna cional,da tum no pon to fict cioUnidad es: me trosN0 5 10 KmValor Florstico01 - 56 - 2526 - 5051 - 7576 - 100101 - 125126 - 150151 - 175176 - 200201 - 225226 - 250$Z Marco Geodsi co de 1 ordem_ Sede de ConcelhoLimite de PasLimite das Ribeiras do OesteRede hidrogrficaLegenda: Fig.7. 1 Carta de valor florstico nas Bacias do Oeste PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 71/152 Evidentemente, as zonas de maior valor so as mais sensveis. Na rea abrangida pela bacias hidrogrficas das Ribeiras do Oeste sobressai o valor da flora includa no Parque Natural de Sintra-Cascais. No quadro seguinte apresenta-se o resumo dos resultados obtidos: Quadrcula UTM Nome cientficoValor florsticoEValor florstico/ UTM MC58 Armeria welwitschii3 Calendula suffruticosa ssp. algarbiensis1 Gennaria diphylla4 Glaucium flavum2 Limonium dodartii ssp. lusitanicum9 Limonium multiflorum9 Omphalodes kuzinskyanae9 Ophrys fusca ssp. fusca4 Orchis italica4 Plantago coronopus ssp. occidentalis3 Prunus spinosa ssp. insititoides3 Verbascum litigiosum3 54 MC59 Anacamptis pyramidalis4 Armeria pseudarmeria9 Armeria welwitschii3 Calendula suffruticosa ssp. algarbiensis1 Centaurea sphaerocephala ssp. polyacantha2 Cephalanthera longifolia4 Dianthus cintranus ssp. barbatus3 Dianthus cintranus ssp. cintranus9 Diplotaxis catholica ssp. siifolia2 Gennaria diphylla4 Glaucium flavum2 Ionopsidium acaule10 Juncus valvatus9 Juniperus phoenicea2 Limonium dodartii ssp. lusitanicum9 Limonium multiflorum9 Linaria caesia ssp. decumbens1 Linaria spartea ssp. spartea1 Lotus arenarius2 Matthiola sinuata2 Myrica faya2 Oenothera affinis2 Omphalodes kuzinskyanae9 Ophrys apifera ssp. apifera4 Ophrys bombyliflora4 Ophrys scolopax ssp. scolopax4 Orchis morio ssp. champagneusii4 Plantago coronopus ssp. occidentalis3 Prunus spinosa ssp. insititoides3 Rumex intermedius ssp. lusitanicus3 Scrophularia sublyrata4 Serapias cordigera4 Serratula baetica ssp. lusitanica3 Thymus villosus ssp. villosus4 Ulex densus4 Verbascum litigiosum3 148 MC68 Aceras anthropophorum4 PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 72/152 Quadrcula UTM Nome cientficoValor florsticoEValor florstico/ UTM Anacamptis pyramidalis4 Armeria welwitschii3 Bupleurum tenuissimum ssp. tenuissimum2 Centaurea africana1 Cephalanthera longifolia4 Dianthus cintranus ssp. cintranus9 Epipactis helleborine4 Euphorbia transtagana9 Gennaria diphylla4 Glaucium flavum2 Groenlandia densa2 Halimium lasianthum ssp. lasianthum5 Herniaria ciliolata ssp. robusta5 Herniaria maritima9 Ionopsidium acaule10 Iris subbiflora5 Juncus valvatus9 Juniperus phoenicea2 Lactuca saligna2 Limodorum abortivum4 Limonium laxiculum3 Limonium multiflorum9 Limonuim binervosum5 Linaria caesia ssp. decumbens1 Linaria spartea ssp. spartea1 Lotus arenarius2 Myosotis discolor ssp. discolor2 Myosotis latifolia2 Neotinea maculata4 Ophrys apifera ssp. apifera4 Ophrys bombyliflora4 Ophrys fusca ssp. fusca4 Ophrys lutea ssp. lutea4 Ophrys scolopax ssp. scolopax4 Ophrys speculum ssp. lusitanica4 Ophrys tenthredinifera4 Orchis conica4 Orchis coriopha4 Orchis italica4 Orchis morio ssp. picta4 Plantago coronopus ssp. occidentalis3 Prunus spinosa ssp. insititoides3 Rumex intermedius ssp. lusitanicus3 Scrophularia sublyrata4 Serapias cordigera4 Serapias parviflora4 Serapias vomeracea4 Serratula estremadurensis3 Sisymbrella aspera ssp. boissierei2 Thymbra capitata2 Thymus villosus ssp. lusitanicus1 Thymus villosus ssp. villosus4 Ulex densus4 Verbscum litigiosum3 216 MC69 Aceras anthropophorum4 Ajuga reptans2 Anacamptis pyramidalis4 Angelica sylvestris2 Armeria pseudarmeria9 Armeria welwitschii3 Ballota nigra ssp. uncinata2 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 73/152 Quadrcula UTM Nome cientficoValor florsticoEValor florstico/ UTM Bupleurum tenuissimum ssp. tenuissimum2 Calendula suffruticosa ssp. algarbiensis1 Centaurea africana1 Cephalanthera longifolia4 Cerastium fontanum ssp. triviale2 Dianthus cintranus ssp. barbatus3 Dianthus cintranus ssp. cintranus9 Diplotaxis catholica ssp. siifolia2 Epipactis helleborine4 Ionopsidium acaule10 Juniperus phoenicea2 Leuzea longifolia9 Limodorum abortivum4 Myosotis latifolia2 Myrica faya2 Oenanthe pimpinelloides2 Oenothera affinis2 Ophioglossum lusitanicum2 Ophrys bombyliflora4 Ophrys fusca ssp. fusca4 Ophrys lutea ssp. lutea4 Ophrys scolopax ssp. scolopax4 Ophrys tenthredinifera4 Orchis coriopha4 Orchis italica4 Ornithogalum concinnum1 Plantago coronopus ssp. occidentalis3 Ranunculus flamula ssp. flamula2 Serapias cordigera4 Serapias parviflora4 Serapias vomeracea4 Serratula estremadurensis3 Silene longicilia9 Sisymbrella aspera ssp. boissieri2 Spiranthes aestivalis4 Thymus villosus ssp. lusitanicus1 Thymus villosus ssp. villosus4 Triglochin bulbosa ssp. laxiflora1 Ulex densus4 163 MC78 Aceras anthropophorum4 Chamomilla recutita2 Chenopodium urbicum2 Euphorbia transtagana9 Glaucium flavum2 Halimium lasianthum ssp. lasianthum5 Juncus valvatus9 Lotus arenarius2 Ophrys fusca ssp. fusca4 Orchis coriopha4 Ranunculus peltatus ssp. peltatus2 Serapias vomeracea4 Sisymbrella aspera ssp. boissierei2 Spiranthes aestivalis4 Thymbra capitata2 Ulex densus4 61 MC79 Agrostis reuteri2 Dianthus cintranus ssp. barbatus3 Euphorbia transtagana9 Halimium lasianthum ssp. lasianthum5 PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 74/152 Quadrcula UTM Nome cientficoValor florsticoEValor florstico/ UTM Juncus valvatus9 Ophrys lutea ssp. lutea4 Ophrys scolopax ssp. scolopax4 36 MD60 Armeria pseudarmeria9 Armeria welwitschii3 Calendula suffruticosa ssp. algarbiensis1 Iris subbiflora5 Juniperus phoenicea2 Limonium dodartii ssp. lusitanicum9 Limonium laxiculum3 Limonium multiflorum9 Oenothera affinis2 Plantago coronopus ssp. occidentalis3 Prunus spinosa ssp. insititoides3 Ulex densus4 53 MD61 Armeria welwitschii3 Calendula suffruticosa ssp. algarbiensis1 Diplotaxis catholica ssp. siifolia2 Herniaria maritima9 Juncus valvatus9 Juniperus phoenicea2 Limonium dodartii ssp. lusitanicum9 Limonium multiflorum9 Lotus arenarius2 Ophrys scolopax ssp. scolopax4 Plantago coronopus ssp. occidentalis3 Prunus spinosa ssp. insititoides3 Serapias vomeracea4 Silene longicilia9 Sonchus maritimus ssp. maritimus2 Thymus villosus ssp. lusitanicus1 Ulex densus4 76 MD62 Armeria welwitschii3 Calendula suffruticosa ssp. algarbiensis1 Centaurea sphaerocephala ssp. polyacantha2 Limonium multiflorum9 Matthiola sinuata2 17 MD63 Armeria pinifolia6 Armeria welwitschii3 Gennaria diphylla4 Juniperus phoenicea2 Juniperus phoenicea2 Limonium multiflorum9 Matthiola sinuata2 Polygonum salicifolium2 Ulex densus4 34 MD65 Armeria welwitschii3 Calendula suffruticosa ssp. algarbiensis1 Cochelaria danica5 Herniaria ciliolata ssp. robusta5 Juniperus phoenicea2 Limonium dodartii ssp. lusitanicum9 Limonium lanceolatum9 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 75/152 Quadrcula UTM Nome cientficoValor florsticoEValor florstico/ UTM Limonium multiflorum9 Limonuim binervosum5 Lotus arenarius2 Ophrys apifera ssp. apifera4 Plantago coronopus ssp. occidentalis3 57 MD70 Aceras anthropophorum4 Avenula sulcata ssp. gaditana3 Ionopsidium acaule10 Iris subbiflora5 Juncus valvatus9 Ophrys apifera ssp. apifera4 Ophrys bombyliflora4 Ophrys fusca ssp. fusca4 Ophrys lutea ssp. lutea4 Ophrys tenthredinifera4 Orchis coriopha4 Orchis italica4 Orchis morio ssp. champagneusii4 Prunus spinosa ssp. insititoides3 Rumex intermedius ssp. lusitanicus3 Serapias parviflora4 Silene longicilia9 Thymus villosus ssp. lusitanicus1 Ulex densus4 87 MD71 Ajuga reptans2 Anacamptis pyramidalis4 Cephalanthera longifolia4 Juncus valvatus9 Orchis italica4 Orchis mascula ssp. mascula4 27 MD72 Agrostis reuteri2 Epipactis helleborine4 Euphorbia transtagana9 Leuzea longifolia9 Linaria spartea ssp. spartea1 Narcissus papyraceus ssp. panizzianus2 Ophrys apifera ssp. apifera4 Ophrys fusca ssp. fusca4 Ophrys lutea ssp. lutea4 Orchis italica4 Silene longicilia9 Thymus villosus ssp. villosus4 Ulex densus4 60 MD73 Limonium plurisquamatum6 Silene longicilia9 Thymus villosus ssp. lusitanicus1 16 MD74 Armeria welwitschii3 Limonium multiflorum9 Matthiola sinuata2 Silene longicilia9 23 MD75 Armeria welwitschii3 PBH das Ribeiras do Oeste Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31 76/152 Quadrcula UTM Nome cientficoValor florsticoEValor florstico/ UTM Cochelaria danica5 Hydrocotyle bonariensis2 Juniperus phoenicea2 Limonium dodartii ssp. lusitanicum9 Limonium multiflorum9 Linaria caesia ssp. decumbens1 Prunus spinosa ssp. insititoides3 Silene longicilia9 Ulex densus4 47 MD81 Avenula sulcata ssp. gaditana3 Prunus spinosa ssp. insititoides3 6 MD82 Aceras anthropophorum4 Cephalanthera longifolia4 Epipactis helleborine4 Ophrys fusca ssp. fusca4 Ophrys lutea ssp. lutea4 Serratula baetica ssp. lusitanica3 Thymbra capitata2 Veronica anagalloides1 26 MD83 Euphorbia transtagana9 Leuzea longifolia9 Paspalum urvillei2 20 MD84 Aceras anthopophorum4 Agrostis reuteri2 Cephalanthera longifolia4 Gladiolus illyricus ssp. reuteri1 Lactuca saligna2 Linaria spartea ssp. spartea1 Ophrys tenthredinifera4 Orchis italica4 Phalaris coerulescens ssp. lusitanica3 Prunus spinosa ssp. insititoides3 Serratula estremadurensis3 Silene disticha2 Silene longicilia9 42 MD85 Angelica sylvestris2 Antirrhinium majus ssp. cirrhigerum2 Armeria welwitschii3 Centaurea sphaerocephala ssp. polyacantha2 Epipactis helleborine4 Halimium lasianthum ssp. lasianthum5 Hydrocotyle bonariensis2 Juncus valvatus9 Juniperus phoenicea2 Limonium multiflorum9 Linaria caesia ssp. decumbens1 Linaria spartea ssp. spartea1 Myrica faya2 Plantago coronopus ssp. occidentalis3 Polygonum salicifolium2 Silene disticha2 Silene longicilia9 Silene micropetala2 PBH das Ribeiras do Oeste. Anexo Temtico 1 - Anlise Biofsica (2001-07-31) 77/152 Quadrcula UTM Nome cientficoValor florsticoEValor florstico/ UTM Thymus caespititius2 Thymus villosus ssp. villosus4 Verbascum litigiosum3 71 MD86 Angelica sylvestris2 Armeria welwitschii3 Bupleurum tenuissimum ssp. tenuissimum2 Leucanthemum lacustre5 Limonium multiflorum9 Oenothera affinis2 Ophrys apifera ssp. apifera4 Plantago coronopus ssp. occidentalis3 Serapias parviflora4 Serratula monardii3 Silene micropetala2 Sonchus maritimus ssp. maritimus2 41 MD87 Armeria welwitschii3 Glaucium flavum2 Limonium dodartii ssp. lusitanicum9 Limonuim