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Camaçari PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL - PDITS girus.com.br

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Praia da Espera - Camaçari - BA

CamaçariPLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO

DO TURISMO SUSTENTÁVEL - PDITS

girus.com.br

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Novembro, 2019

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – PDITS CAMAÇARI

CAMAÇARI - BA

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Presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) – Carlos de Souza Andrade

Vice-Presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) – Ricardo Alban

Banco do Brasil S.A.Banco do Nordeste do Brasil S.A.Caixa Econômica Federal – CAIXA

Federação das Associações Comerciais da Bahia – FACEBFederação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia - FAEBFederação das Câmeras de Dirigentes Lojistas da Bahia – FCDL

Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia– FECOMÉRCIOFederação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIEB

Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e MineraçãoServiço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE

Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENEUniversidade Federal da Bahia – UFBA

Diretor Superintendente - Jorge KhouryDiretor Técnico – Franklin Santos

Diretor de Administração e Finanças – José Cabral Ferreira

CONSELHO DELIBERATIVO SEBRAE/BA

ENTIDADES QUE COMPÕEM O CONSELHO DE-LIBERATIVO

DIRETORIA DO SEBRAE/BA

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Gerente Regional Salvador e Entorno - Rogério Cerqueira Teixeira Gestor de Projetos – Paulo Azevedo Gestor de Convênio - Daniel Santana

Antonio Elinaldo da Silva Araújo - PrefeitoJosé Eudoro Reis Tude – Vice-Prefeito

Gilvan Souza – Secretário Municipal de TurismoLucia Bichara – Subsecretária Municipal de Turismo

Cleide Pinheiro - Técnica da Secretaria Municipal de TurismoJoilson Lázaro – Técnico da Secretaria Municipal de Turismo

COORDENAÇÃO TÉCNICA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI

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MSc. Alexandre NeumayrMSc. Carlos Cappelini

Bel. Tadeu MonteEsp. Wilka Carvalho

EQUIPE TÉCNICA

TRABALHO DESENVOLVIDO POR:

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ÍNDICEApresentação ........................................................................................................................... 81 Tendências do turismo .......................................................................................................12 1.1 Comportamento de viajantes e turistas ...................................................................... 12 1.2 Meios de hospedagem e prestadores de serviços ligados ao turismo ............... 13 1.3 Destinos turísticos ........................................................................................................... 14 1.4 Tendências do Mercado Doméstico ............................................................................. 152 Validação da seleção da área turística ............................................................................. 16 2.1 Justificativa da seleção da área no contexto da estratégia de desenvolvimento turístico estadual ou do polo ................................................................................................. 16 2.2 Situação geográfica da área em relação ao estado e à região ............................. 32 2.3 Mapeamento da área selecionada ...............................................................................343 Análise SWOT do turismo de Camaçari ............................................................................. 37 3.1 Missão.................................................................................................................................. 41 3.2 Visão .................................................................................................................................... 414 Estratégias para o desenvolvimento sustentável do turismo ....................................43 4.1 Ampliar a oferta e a qualidade da infraestrutura básica e de apoio ao turismo de Camaçari .................................................................................................................................44 4.2 Promover a integração e a inovação na gestão do turismo de Camaçari ..........44 4.3 Estimular a adoção de práticas que promovam a conservação dos recursos naturais, a valorização da cultura e do patrimônio local e maior rentabilidade e lucratividade das empresas .................................................................................................44 4.4 Estimular o desenvolvimento de um turismo acessível a todos ..........................45 4.5 Ampliar a formalização e fomentar a capacitação dos empresários e equipes operacionais dos equipamentos turísticos e de apoio ao turismo de Camaçari ....45 4.6 Fomentar o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, segmentados e integrados à oferta turística regional ...............................................................................45 4.7 Atrair e manter relacionamento permanente com os visitantes de Camaçari ..455 Plano de ação: Seleção de procedimentos, ações e projetos .....................................46 5.1. Seleção e Priorização das Ações ..................................................................................46 5.2 Plano de Ações ................................................................................................................. 476 Considerações finais ..............................................................................................................54Referências .................................................................................................................................56

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O setor de Viagens e Turismo é um dos mais importantes da economia global, responsável pela criação de empregos, pelo fomento das exportações e pela geração de prosperidade em geral.

De acordo com o WEF1 (2018) o setor é responsável por 10,2% do PIB mundial e por 292 milhões de empregos, o que corresponde a 10% de todos os empregos do mundo. Segundo projeções do WTTC2 (2018), em 2028 o número de empregos diretos e indiretos gerados pelo setor de viagens e turismo será de 413,6 milhões. Além do impacto direto, o turismo é responsável por inúmeros resultados indiretos, como os investimentos em infraestrutura, o estímulo ao desenvolvimento do comércio e, também, o estímulo a novos investimentos em setores ligados ao turismo, como o setor moveleiro, automobilístico, agrícola, entre outros.

A atividade turística, no ano de 2017, promoveu mais de 1,326 bilhão de chegadas internacionais e apresentou um crescimento de 7% em relação ao ano anterior, a maior taxa de incremento nos últimos sete anos (UNWTO, 2018).

Estes índices são resultado de décadas de relevante crescimento do turismo mundial que representava 25 milhões de chegadas internacionais em 1950, atingiu 674 milhões no ano 2000 e 1,326 bilhão em 2017 (UNWTO, 2018).

No mesmo período, segundo a Organização Mundial do Turismo – UNTWO (sigla em inglês), as receitas geradas pelo turismo passaram de U$2 bilhões para U$1,22 trilhão, os quais, somados aos gastos com transportes, atinge a marca de U$1,340 trilhão em todo o mundo.

1 - World Economic Forum - WEF2 - World Travel and Tourism Council - WTTC

Figura 01. Importância do turismo no mundo.

Fonte: UNWTO, 2017.

Apresentação

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No ano de 2017 o incremento nas receitas internacionais atingiu 4,9% e, para o período de 2019 a 2028, a estimativa é de um crescimento médio anual de 4,1%, atingindo o montante de US$2,31 trilhões (UNWTO, 2018; WTTC, 20183).

De acordo com o WTTC (2018), em 2017 apenas a América do Sul apresentou taxa negativa de crescimento e responsabiliza essa queda pelo desempenho econômico do Brasil. Naturalmente esse resultado derivou do período de recessão que o país sofreu e que já está sendo revertido, haja vista o turismo internacional ter registrado, em 2018, crescimento de 1% em relação a 2017, apesar do decréscimo de 4,7% do turismo argentino e 16,8% do Reino Unido (MTUR, 2018 ).

Em relação ao mercado interno, a previsão é que nos próximos 10 anos o Brasil será o terceiro país com maior crescimento do turismo doméstico, só superado pela China e pela Índia. Estima-se que neste período mais de 3,8 milhões de famílias brasileiras passarão a consumir turismo doméstico (WTTC, 2018).

As previsões apresentadas pelo WTTC vão de encontro às metas estabelecidas pelo MTur no Plano Nacional de Turismo 2018-2022, quais sejam:

• Aumentar a entrada anual de turistas estrangeiros de 6,5 para 12 milhões; • Aumentar a receita gerada pelos visitantes internacionais de US$6,5 para US$19 bilhões; • Ampliar de 60 para 100 milhões o número de brasileiros viajando pelo país; e • Ampliar de 7 para 9 milhões o número de empregos no turismo.

Ainda conforme o MTur, este crescimento se refletirá não apenas no mercado de trabalho, mas também no desenvolvimento econômico e social brasileiro e, ainda, no ambiente de negócios devido ao estímulo à incorporação das inúmeras modificações na forma tanto de consumir produtos turísticos, como de produzir e comercializar esses produtos, baseados na inovação, na sustentabilidade e no desenvolvimento e uso intensivo das novas tecnologias.

Portanto, a inovação, assim como o fortalecimento da regionalização; a melhoria da qualidade e competitividade; e a sustentabilidade são diretrizes que compõe as linhas orientadoras do PNT2018-2022 (MTUR, 2019) e precisam estar inseridas no processo de planejamento e desenvolvimento turístico de cada um dos municípios e Unidades da Federação.

3 - Fonte: Estudo da Demanda Turística Internacional Brasil – 2018: Estrutura de Pesquisa e Resultados do Turismo Receptivo. Brasília: Ministério do Turismo, 2018.

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Figura 02. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Fonte: UNWTO, 2019.

Neste sentido a OMT (2019) exalta o papel do turismo como um importante mecanismo de promoção dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS, um fato que reforça as diretrizes do MTur, em especial no que diz respeito à sustentabilidade.

O desenvolvimento turístico de Camaçari se insere, neste cenário, como um novo “produto turístico” que pode passar a ter papel fundamental no desenvolvimento do turismo na Costa de Coqueiros em função da qualidade de seus atrativos naturais; pela diversidade da oferta de hospedagem e alimentos e bebidas; e pelo potencial que o destino possui para inovar e atender as expectativas do novo perfil de viajantes, cada vez mais conectado, mais exigente, mais informado e que valoriza o contato direto com a cultura local e com ações que fortaleçam a sustentabilidade do destino.

Este potencial de inovação do destino está intrinsicamente ligado à elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Camaçari e, acima de tudo, à realização do Programa de Integração e Desenvolvimento Urbano, Social e Ambiental de Camaçari, executado por meio de empréstimo de US$80 milhões

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do Banco de desenvolvimento da América Latina – CAF para a execução de obras de infraestrutura com o objetivo de, entre outros, aprimorar as potencialidades turísticas da cidade. Este potencial de inovação do destino está intrinsicamente ligado à elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Camaçari e, acima de tudo, à realização do Programa de Integração e Desenvolvimento Urbano, Social e Ambiental de Camaçari, executado por meio de empréstimo de US$80 milhões do Banco de desenvolvimento da América Latina – CAF para a execução de obras de infraestrutura com o objetivo de, entre outros, aprimorar as potencialidades turísticas da cidade.

Por esta razão, o PDITS Camaçari representa uma guinada no desenvolvimento do turismo local, haja vista que a partir deste momento, o turismo passa a ter foco, estratégias claras e ações bem definidas para conduzir o processo de desenvolvimento turístico da localidade.

O presente trabalho faz parte do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Camaçari realizado, pelo SEBRAE/BA, no período de janeiro a novembro de 2019.

Para o desenvolvimento do trabalho foi realizado, inicialmente, o Estudo Preliminar do PDITS Camaçari, que contou com inúmeras visitas a atrativos, agências de viagens, marinas, meios de hospedagem e estabelecimentos de alimentos e bebidas, com o intuito de caracterizar e mapear, de forma georreferenciada, a oferta turística do município.

Ao final destas atividades foi realizado o I Seminário de Planejamento Participativo, no dia 05 de junho de 2019, no Bahia Plaza Busca Vida, durante o qual foi apresentado o Diagnóstico Preliminar do Turismo e, posteriormente, foi realizada uma análise participativa de cada aspecto apresentado, com vistas a definir as principais forças e fraquezas da Camaçari.

Na sequência foi realizado, no dia 14 de agosto de 2019, o II Seminário de Planejamento Participativo, também no Bahia Plaza Busca Vida, quando foi definida a Missão, Visão e Fatores Críticos para o desenvolvimento do turismo em Camaçari.

Por fim, a partir do resultado do II Seminário de Planejamento Participativo, foram elaborados os Objetivos Estratégicos e as 93 ações que compõem o Plano de Ações do turismo de Camaçari.

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1TENDÊNCIAS DO TUTISMO

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No que se refere ao comportamento de viajantes e turistas, as viagens experimentais, viagens personalizadas, viagens relacionadas ao turismo de experiência, bem como roteiros turísticos que promovam o sentimento de transformação interna do viajante estão entre as principais tendências para 2019 (EUROMONITOR, 2019).

Da mesma forma, a Booking.com, uma das maiores agências de turismo online – OTA (sigla em inglês), reforça esta informação e aponta que as viagens de aprendizado despontam como forte tendência no mercado turístico. De acordo com a empresa, 56% dos turistas indicam o desejo de aprender algo no período em que se encontram em viagens turísticas, com ênfase no incremento das viagens de voluntariado ou viagens de férias focadas no desenvolvimento de habilidades específicas (SMART TRAVEL, 2019).

Outra tendência destacada pela Booking.com refere-se à consciência dos turistas nas viagens, tendo em vista que, além de buscarem experiências turísticas inéditas e gratificantes, os consumidores estão atentos à possibilidade de realizarem viagens em segurança, indiferentemente de sua opção sexual, gênero ou nacionalidade. Atentos à essa questão, algumas plataformas digitais realizam o cruzamento de inúmeros dados e informações capazes de mensurar o quão amigável é um

determinado destino turístico, auxiliando os viajantes na tomada de decisão.

Cabe ressaltar ainda o fato de 33% dos consumidores valorizarem as experiências recomendadas por especialistas da área de viagens e turismo.

Nesse cenário, o levantamento da Booking.com destaca a tendência de seus clientes na busca por destinos turísticos capazes de proporcionar experiências autênticas e singulares.

Outra tendência relacionada ao comportamento dos consumidores está ligada à expressão “Menos é Mais”. Para os turistas, as inovações que entusiasmam viajantes mundo à fora não são necessariamente àquelas mais futuristas. O estudo aponta que 57% dos turistas anseiam por tecnologias voltadas ao monitoramento de suas bagagens em tempo real, bem como o desenvolvimento de plataformas tecnológicas unificadas, capazes de atender às necessidades de planejamento, reserva e execução de suas viagens.A expressão “próximo e pessoal” apresenta-se como outra tendência turística contemporânea. Nesse cenário, aproximadamente 35% dos consumidores desejam que algo ou alguém empreguem esforços para indicar destinos de viagens. Além disso, pouco mais de 40% dos consumidores de viagens e turismo desejam que destinos turísticos desenvolvam ferramentas tecnológicas baseadas nas experiências de seus visitantes, auxiliando assim a tomada de decisão dos

1.1 Comportamento de viajantes e turistas

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Em relação às tendências que impactam os meios de hospedagem e prestadores de serviços ligados ao turismo, estudos desenvolvidos pela Sommet Education, apontam que a inovação é indispensável para que os empreendimentos hoteleiros e demais prestadores de serviços turísticos possam atender às expectativas dos turistas. Além disso, a entidade menciona o fato de que, em 2020, o poder aquisitivo da Geração Millenium superará os ganhos da Geração X. Tal fato acarretará mudanças significativas nos valores e no perfil de consumo dos viajantes e turistas (SOMMET EDUCATION, 2019).

É importante mencionar também, a utilização de novas tecnologias por parte de empresas e destinos turísticos, seja como parte das estratégias de promoção, bem como no aprimoramento de experiências turísticas durante as viagens. Nesse contexto, as tecnologias de Realidade Virtual – VR e Realidade Aumentada - AR estão cada vez mais presentes em diferentes etapas de uma experiência de viagem. Atualmente, destinos turísticos e empreendimentos do setor utilizam óculos de VR para proporcionar ao visitante uma imersão virtual em diferentes atrativos, antes mesmo do turista decidir sobre qual destino irá visitar (LONELY PLANET, 2019).

consumidores.

Observa-se ainda o aumento no interesse em viagens de curta duração e para destinos mais próximos à residência dos turistas, fato que pode contribuir para o desenvolvimento do turismo regional em diversas partes do mundo.

Nesse cenário, o levantamento realizado pela Booking.com indica que 53% dos consumidores de viagens e turismo planejam a realização de viagens durante os finais de semana. Observa-se ainda, como tendência, o aumento na procura por destinos ainda pouco conhecidos, a busca por roteiros gastronômicos autênticos, bem como o aumento no interesse de viagens realizadas em grupos de pessoas com diferentes faixas etárias. Ressalta-se ainda como tendência o fato dos turistas de eventos e negócios estarem optando por estadias mais prolongadas, visando aproveitar melhor os atrativos do destino turístico (MOMONDO, 2019).

Além disso, conforme o levantamento da Momondo (2019), OTA de destaque no mercado europeu, cresce entre os consumidores a tendência por opções de roteiros de maior duração e que ofereçam experiências turísticas extraordinárias e únicas, com destaque maior para o segmento de turismo de aventura.

O portal de notícias da Alemanha, F1 Werbung, também apresenta algumas tendências relacionadas ao comportamento de consumidores de viagens e turismo para 2019. Nesse sentido, ressalta-se o aumento da preferência por parte dos consumidores em utilizarem redes sociais como Whatsapp, Instagram, Snapchat e outras, em detrimento do Facebook. Por fim, destaca-se o aumento das reservas realizadas com pouca antecedência e o

crescimento no uso de ferramentas digitais para o pagamento da viagem e serviços turísticos durante a estadia (F1 WERBUNG, 2019); (TOURISMUS BLOG, 2019).

1.2 Meios de hospedagem e prestadores de serviços ligados ao turismo

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hospedagem, alimentos e bebidas e demais prestadores de serviços turísticos deverão desenvolver estratégias para mitigar a utilização de artigos de plástico e, acima de tudo, focar no desenvolvimento e adoção de medidas voltadas a sustentabilidade não somente ambiental, mas também no âmbito econômico e social da localidade onde estão inseridos.

No setor de alimentos & bebidas verifica-se que a gastronomia também tem adotado um viés sustentável, sendo que o consumo de alimentos vegetais sazonais, bem como a cozinha vegetariana tem crescido consideravelmente. Cabe destacar que, além da utilização de alimentos saudáveis na preparação dos pratos, surge como tendência os conceitos gastronômicos que utilizam insumos fornecidos diretamente do campo para as mesas dos restaurantes.

A imersão virtual pode incluir experiências diversas, como visita à uma cachoeira, uma caverna ou até mesmo uma volta na montanha russa de um parque de diversões. Já o avanço na tecnologia dos smartphones tem permitido a utilização de conteúdos virtuais imersivos de 360 graus, possibilitando ao turista conhecer, sem sair de casa, diferentes atrações turísticas, bem como a estrutura de hotéis em que tenha interesse de se hospedar.

Cabe ressaltar que a utilização inteligente de recursos como VR e AR podem contribuir para o enriquecimento da experiência turística do viajante. Nesse contexto, alguns museus ao redor do mundo já utilizam ferramentas virtuais que possibilitam uma imersão mais profunda dos visitantes em seus acervos. Dentre eles, pode-se destacar o Museu Nacional de História Natural Smithsonian, nos Estados Unidos. O local abriga o espaço conhecido como Salão dos Ossos, sendo que com o uso do aplicativo Skin & Bones, o visitante vivencia os momentos em que espécies extintas ganham vida, virtualmente, proporcionando assim uma experiência inesquecível.

Assim como em outros segmentos econômicos, a questão envolvendo a sustentabilidade apresenta-se como uma das principais tendências turísticas atuais e que influenciam o comportamento de consumidores, bem como dos meios de hospedagem e prestadores de serviços. Nesse contexto, a diminuição da utilização de artefatos plásticos também se mantém como tema latente para os consumidores de viagens e turismo, afirmação corroborada pelo estudo da Booking.com, onde a sustentabilidade é apontada como fator de grande relevância para turistas das gerações conhecidas como Millenials e Geração Z.

Diante disso, os empreendimentos de

No que diz respeito às tendências atuais relacionadas aos destinos turísticos, ressalta-se as questões envolvendo a mobilidade. Nesse contexto, a utilização de veículos elétricos tem se tornando algo cada vez mais presente em diversos destinos turísticos mundo afora. Embora apresente alguns aspectos restritivos, como a autonomia e tempo de recarga, os veículos elétricos apresentam-se como alternativas sustentáveis para viajantes que prezam por práticas que gerem baixo impacto ecológico para o destino visitado. Nesse cenário, conforme publicação da Lonely Planet (2019), dez regiões turísticas internacionais estão se destacando na utilização de veículos movidos à energia elétrica, dentre eles: • West Coast Green Highway / Canadá;• Rota Turística Nacional Hardangervidda

/ Noruega;• Ilha da Madeira / Portugal;• Barbados;

1.3 Destinos turísticos

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na hora de escolher os destinos. Ler blogs ou assistir a recomendações de youtubers serão fontes de ideias para 49% dos viajantes. Já as locações de séries de TV, filmes ou clipes musicais ganharão mais de 38% dos turistas brasileiros. Além disso, 30% dos turistas brasileiros ficarão tentados a viajar para um grande evento esportivo.

Bem-estarOs roteiros de bem-estar, que incluem nas viagens atividades realizadas a pé, ganharão inúmeros adeptos no Brasil. 68% dos viajantes brasileiros afirmaram que querem fazer viagens para realizar caminhadas ou trilhas. Outras atividades inspiradas em saúde e bem-estar incluem visitar um spa ou fazer tratamentos de beleza (33%), ciclismo (29%), esportes aquáticos (27%), tirar férias para fazer um detox total (22%), corrida (20%) e fazer um retiro de ioga (14%).

Hospedagem alternativa em altaSegundo dados da Booking.com (2017) um em cada 3 viajantes brasileiros (34%) diz que prefere ficar num imóvel de temporada (casa ou apartamento) do que num hotel ou pousada e 1 em cada 4 viajantes (24%) diz que poderia se interessar em anunciar sua propriedade em um site de reserva de acomodações.

Experiência turísticaEm 2019, 62% dos viajantes brasileiros planejam visitar um destino que os faça voltar à infância. Grande parte dos viajantes também irão em busca de experiências autênticas e diferentes, desde os lugares onde comem e dormem, até a forma como fazem compras ou assistem aos seus esportes favoritos (BOOKING, 2018).

• Emirados Árabes Unidos, Omã;• Rota do Ouro / Japão;• North Coast 500 / Escócia;• Electric Super Highway / Austrália;• Route 66 / EUA; e • Região da Floresta Negra (Schwartzwald)

/ Alemanha.

Ainda em relação aos destinos turísticos, nota-se que o conceito “Open Data” como infraestrutura digital de dados do turismo tem sido considerado uma tendência que apresenta um viés de crescimento. Nesse contexto, a disponibilização de dados e informações relacionadas ao turismo é tema presente nas discussões de planejamento e gestão de importantes destinos turísticos europeus, como Alemanha, Suíça e Áustria (TOURISMUS BLOG, 2019).

Por fim, cabe destacar a relevância dos destinos e empresas turísticas desenvolverem ações de inteligência de mercado, contribuindo assim para o incremento do fluxo de turistas e o consequente aumento nas receitas geradas pelo turismo.

No Brasil, além dessas tendências globais observam-se algumas particularidades, tais como:

O e-commerce cresce no turismo brasileiroDesde 2012, o mercado de turismo online vem crescendo em média 15% ao ano no Brasil. As negociações de viagens e pacotes turísticos feitas pela internet movimentaram R$30 bilhões em 2016.

Cultura popRedes sociais, filmes, esportes e programas de TV também terão um papel im portante

1.4 Tendências do Mercado Doméstico4

4 - Dados extraídos de pesquisas realizadas pela Booking.com (2017 e 2018) com o título: Booking.com revela oito previsões de viagens dos brasileiros para 2018 e 2019.

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2VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA

2.1.1 Importância dos atrativos ou recursos turísticosA oferta turística original do município de Camaçari é composta por 425 (quarenta e dois) atrativos, sendo eles 28 atrativos naturais, 12 atrativos culturais, 1 atividade econômica e 1 realização técnica e científica contemporânea (ver gráfico a seguir).

Estes atrativos encontram-se, em sua maioria, localizados ao longo da Costa de Camaçari, já que a maior parte dos atrativos são praias e rios. Dentre os 42 atrativos, 01 (um) atrativo

2.1 Justificativa da seleção da área no contexto da estratégia de desenvolvimento turístico estadual ou do polo

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Gráfico 01. Oferta de atrativos turísticos por categoria e localização.

Fonte: Elaborado pelo autor.

5 - Ver a Caracterização da Oferta Turística no Estudo Preliminar do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Camaçari.

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foi identificado com o grau de hierarquia6 II (Praia do Porto – Guarajuba), 34 (trinta e quatro) com a hierarquia III e 7 (sete) atrativos com a hierarquia IV, fato que demonstra o potencial do município para atrair um fluxo considerável de turistas brasileiros e, inclusive, internacionais, principalmente em função da imagem turística da Praia do Porto – Guarajuba e, em breve, também, devido a imagem que se criará da Praia de Itacimirim, após estas duas praias receberem, definitivamente, o Selo Bandeira Azul7 .

Além destes atrativos, ressalta-se que também fazem parte da oferta local, os eventos programados e o artesanato local, este último caracterizado pelas produções à base de crochê, cerâmica, biscuit, palha, fuxico, pintura em tecido, cabaças, mosaicos, costura criativa e bijuterias.

Percebe-se, portanto, que existe em Camaçari um considerável potencial de desenvolvimento turístico principalmente em função de seus atrativos naturais e sua localização estratégica, próxima a Salvador, a Praia do Forte, aos inúmeros resorts da Costa dos Coqueiros e ao Aeroporto Internacional de Salvador / Dep. Luís Eduardo Magalhães.

Além disso verifica-se que a atratividade de Camaçari pode ser ampliada e potencializada, por meio da integração com diversos outros atrativos localizados nos municípios da Costa de Coqueiros e, inclusive, atrativos de Salvador. Deste modo, Camaçari passaria de uma oferta total de 42 atrativos, para uma oferta de mais de 70 atrativos, dos quais 46 atrativos naturais, 20 atrativos culturais, 2 atividades econômicas e 2 realizações técnicas e científicas contemporâneas.

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6 - A hierarquização de atrativos é uma metodologia que tem como objetivo auxiliar na avaliação da im-portância dos atrativos identificados em um determinado território turístico e, com isso, na definição de prioridades de ações de governantes, administradores, gestores e empreendedores.7 - Programa Bandeira Azul: tem como objetivo elevar o grau de conscientização dos cidadãos e dos to-madores de decisão para a necessidade de se proteger o ambiente marinho e costeiro e incentivar a realização de ações que conduzam à resolução dos conflitos existentes. O Programa Bandeira Azul é uma iniciativa da FEE (Foundation for Environmental Education) que conta hoje om apoio de diversas institu-ições internacionais. No Brasil é operado pelo Instituto Ambientes em Rede, com sede em Florianópolis/SC (BANDEIRA AZUL, 2019). Na temporada 2019/2020 as Praias de Guarajuba e Itacimirim entraram na Fase Piloto do Programa Bandeira Azul.

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Figura 03. Distribuição dos atrativos turísticos com melhor avaliação, no TripAdvisor, na área do entorno de Camaçari.

Fonte: Elaborado pelo autor. My Maps.

Tais atrativos complementam a oferta da Camaçari e fortalecem os segmentos turísticos com maior potencial de desenvolvimento na região pois possuem características similares aos atrativos encontrados na localidade. Esta integração de Camaçari com os demais destinos poderá se configurar pela formatação de centralidades turísticas que passarão a oferecer uma gama muito maior de atrativos, equipamentos e serviços turísticos, configurados na forma de experiências multi-centralidades, como forma de aumentar a satisfação, a permanência e gasto médio desses visitantes.

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Tabela 01. Conceitos e elementos de identidade das centralidades turísticas.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

Esta mesma estratégia foi adotada no Plano Estratégico para o turismo da Região de Lisboa 2015-2019 com o intuito de reforçar a oferta turística de Lisboa, ampliar a oferta de produtos para nichos de mercado, ampliar a oferta de produtos e serviços para mercados emissores de grande potencial e, acima de tudo, ampliar a geração de resultados econômicos para região (TURISMO DE LISBOA, 2015).

Nota-se, portanto, que a partir da oferta turística original da localidade, brevemente apresentada anteriormente e, conforme informações detalhadas identificadas em relação à oferta de equipamentos e serviços turísticos (meios de hospedagem, alimentos e bebidas e demais serviços) presentes no Estudo Preliminar do PDITS Camaçari, o turismo de Camaçari deve ser estruturado de forma a priorizar os segmentos da oferta turística apresentados na tabela a seguir.

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Tabela 02. Segmentos da oferta turística da Camaçari.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

Os segmentos prioritários da oferta (Turismo de Sol e Praia, Turismo Desportivo e Viagens Corporativas), como o próprio nome pressupõe, são os segmentos que devem ter prioridade no processo de desenvolvimento e promoção do turismo de Camaçari, devido a terem maior potencial de atratividade e maior competitividade no mercado, em função, principalmente, da atual infraestrutura turística e de apoio ao turismo instalada no município.

Ainda em relação aos segmentos citados, nota-se, mais uma vez, que a proposta de integração de Camaçari com os municípios da Costa de Coqueiros e Salvador, criando as centralidades turísticas e as experiências multi-centralidades, poderá ampliar consideravelmente a competitividade de Camaçari, fazendo-a se tornar um hub8 do turismo regional.

8 - Destino central do turismo regional a partir de onde os turistas realizam deslocamentos para os municípios da região.

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Tabela 03. Exemplos de experiências multi-centralidades a serem oferecidas.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

Com relação à demanda, também se entende que existam segmentos da demanda (turistas) que devem ter prioridade nas ações de promoção e comercialização, ou seja, segmentos identificados como prioritários e/ou emergentes.

Os segmentos de demanda estão relacionados a mercados geográficos específicos, identificados em função de sua proximidade em relação à Camaçari e ao comportamento de viagem registrado em pesquisas de demanda turística realizadas em Camaçari nos anos de 2017/18 e 2018/19. Entre estes segmentos destaca-se o mercado baiano, representado por mais de 79 milhões de pessoas (aproximadamente 50% da população baiana) que podem visitar a região em seu momento de lazer e que fazem parte de um mercado em pleno crescimento, o de consumidores de viagens e turismo que realizam viagens de curta duração, durante finais de semana e feriados (BOOKING.COM, 2018).

Ainda em relação ao mercado geográfico, destaca-se o grande potencial de atratividade dos turistas do Sudeste, em especial São Paulo e Rio de Janeiro; e turistas do Distrito Federal, devido à proximidade e facilidade de deslocamento por via aérea; além de turistas dos estados vizinhos, Sergipe e Minas Gerais os quais, quer seja por via rodoviária ou via aérea, possuem grande facilidade de deslocamento à Camaçari.

9 - Conforme pesquisa do MTur, 49,4% da população brasileira realiza ao menos uma viagem por ano (MTUR, 2017).

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Por fim, verifica-se um grande potencial de atratividade e competitividade da demanda composta pelos atletas amadores, devido às características da oferta e das atividades desportivas (surfe, kitesurfe, windsurfe, vela, mergulho, ciclismo, corrida de rua, beach volley, etc.) que ocorrem em Camaçari, as quais foram detalhadas no Estudo Preliminar.

Tabela 04. Segmentos da demanda turística da Camaçari.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

Como informado anteriormente, a proposta de integração da oferta turística de Camaçari com os atrativos da Costa dos Coqueiros e região metropolitana de Salvador será capaz de ampliar a atratividade e competitividade do turismo de Camaçari, assim como promoverá uma valorização da região, o que vai de encontro com as estratégias nacionais de desenvolvimento do turismo desde 2003, presentes no Programa de Regionalização do Turismo e contempladas também no Plano Nacional de Turismo 2018 – 2022, como uma das diretrizes centrais para o desenvolvimento do setor. Ou seja, de acordo com o PNT, para tornar os produtos e serviços turísticos mais competitivos e sustentáveis, na velocidade que o mercado exige, é imprescindível o desenvolvimento territorial regionalizado e cooperado, de modo a contemplar inovações contínuas, dentro dos princípios da sustentabilidade (MTUR, 2018).

Ressalta-se que esta integração também está alinhada com as estratégias definidas na Lei Nº 12.933 de 09 de janeiro de 2014, a qual institui a Política Estadual de Turismo, haja vista que entre os onze princípios que fundamentam a referida lei, tem lugar os seguintes princípios:

• Integração;

• Parcerias; e

• Regionalização.

Nota-se, portanto, que tal integração é fundamental para a ampliação da competitividade turística de Camaçari e da região Costa de Coqueiros e, principalmente, para fomentar o aumento da demanda, da permanência e do gasto médio dos turistas que visitam Camaçari.

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Caso sejam adicionados a oferta oficial, a capacidade instalada em parte dos domicílios particulares (49311), a capacidade instalada na localidade pode ter um incremento superior a 2.807 leitos. Isto é, seria possível passar a atender, ao longo da temporada de verão (60 dias), mais 168.420 visitantes, totalizando 861.190 visitantes.

Com relação aos atrativos, nota-se que a maior parte da demanda do município está ligada ao uso das praias. As praias da Costa de Camaçari, juntas, possuem uma extensão

2.1.2 Nível de uso atual ou potencial.O território de Camaçari possui 759 km2 e, praticamente, apenas a Costa de Camaçari é utilizada para fins turísticos, principalmente em função das características naturais do litoral e da concentração da oferta turística e de apoio ao turismo encontrada nesta região do município.

O uso público e uso turístico ocorre, em especial, nas principais praias das localidades de:

•Busca Vida;

• Jauá;

• Arembepe;

• Barra do Jacuípe;

• Guarajuba;

• Itacimirim;

• Barra do Pojuca.

Com relação à oferta de meios de hospedagens de Camaçari, nota-se que existem, na localidade, 1.898 unidades habitacionais com 4.239 leitos, ou seja, levando em consideração apenas a oferta de leitos, anualmente Camaçari pode atender 692.770 pessoas. Porém, atualmente a taxa de ocupação média dos meios de hospedagens do município é de 40%10, portanto, pode-se verificar que existe uma capacidade instalada capaz de atender mais 415.662 visitantes anualmente nos meios de hospedagens oficiais, isto é, 1.139 visitantes por dia .

Tabela 05. Cálculo da capacidade de atendimento dos meios de hospedagem de Camaçari.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

10 - Dado obtido por meio de pesquisa com empresários e gestores de meios de hospedagens do município. Taxa de ocupação média de 78,23% na alta temporada e 27,10% no período de baixa temporada.11 - Imóveis divulgados na plataforma AirBnb no mês de junho de 2019.

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de 42km de comprimento, dos quais 18,74km possuem uso mais intensivo e compõem uma área total de aproximadamente 0,41km2. De acordo com Silva; Bittencourt; Souza filho; et. al. (2012), em estudo realizado no litoral da Bahia, a melhor condição de uso da areia da praia seria de 8 a 12 m2 por pessoa. No mesmo estudo foram analisadas ainda situações intermediárias (4 a 8 m2 por pessoa) e situação grave (1 a 4m2 por pessoa). Aplicando a mesma condição de uso para as praias da Costa de Camaçari verifica-se que a situação ideal seria a de atender, num dia de alta temporada, um número máximo de 41.477 visitantes no município ou numa situação intermediária, 69.129 visitantes.

A situação mais grave seria atender a uma demanda de 207.387 visitantes quando, neste caso, cada pessoa estaria utilizando aproximadamente 2 m2 da praia.

Uma solução para a situação poderia ser alcançada com a definição de condições de uso diferentes para cada uma das praias, principalmente em função do tamanho das mesmas, do ambiente nos quais as praias estão localizadas, da estrutura disponível em cada uma das praias (estacionamento, banheiros públicos, equipe de salva-vidas, estabelecimentos de alimentos e bebidas, etc.) e do perfil de público que se busca atender em cada uma destas praias.

A tabela a seguir apresenta uma proposta de condição de uso das praias da Costa de Camaçari.

Tabela 06. Cálculo da capacidade de suporte das praias de Camaçari.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

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2.1.3 Acessibilidade viária e conectividadeUm aspecto essencial de um destino turístico é o grau de acessibilidade viária do lugar onde se situa, considerado em termos tanto de acessibilidade física e possibilidade de integração da zona no desenvolvimento mais amplo da região ou do país, como de acessibilidade ao mercado, ou seja, sua proximidade dos centros emissores da demanda.

Neste sentido percebe-se a situação de destaque de Camaçari em relação aos aspectos citados acima, seja em função de sua localização e facilidade de acesso, quais sejam, acesso rodoviário e aéreo, assim como da proximidade da localidade em relação a importantes centros emissores de turistas, sejam eles regionais, nacionais e internacionais, sendo os dois últimos devido à presença do Aeroporto Internacional de Salvador / Dep. Luís Eduardo Magalhães (cerca de 12 km de distância de Camaçari – Busca Vida), que conecta São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte e Buenos Aires em voos diretos, com duração máxima de 4h20.

- 2.1.3.1 Acesso rodoviário O acesso rodoviário à Costa de Camaçari se dá pela Rodovia BA099, que cruza o Estado da Bahia no sentido sul / norte, conectando os turistas que se deslocam da região metropolitana de Salvador às praias do litoral norte da Bahia, estendendo-se até a divisa com o Estado de Sergipe. Além disso, a BA099, mais conhecida como Estrada do Coco, apresenta-se como a principal rota rodoviária dos visitantes que se deslocam do Aeroporto Internacional de Salvador às praias da Costa de Camaçari.

Tabela 07. Proposta de condição de uso das praias da Costa de Camaçari.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

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Figura 04. Identificação dos corredores turísticos de Camaçari.

Fonte: Elaborado pelo autor (2018). Google Maps.

Com relação ao acesso às diversas localidades da Costa de Camaçari, a partir da BA099, foram identificadas as seguintes vias:

• Rua Dir. Busca Vida possibilita o acesso à Praia de Busca Vida;

• Av. Tiradentes, Av. Parque das Dunas de Abrantes e a Rua Direita de Jauá possibilitam o acesso ao Parque Municipal das Dunas de Abrantes e as praias do Japonês e Jauá, ambas interligadas pela Rua Aquários e Av. Beira Mar;

• Rua do Canal, principal acesso à Praia de Interlagos;

• Rua Direita de Arembepe, via principal de acesso à Praia de Piruí, Praia de Arembepe, Projeto Tamar e Aldeia Hippie;

• Rua Manoel Leal, principal acesso à praia de Barra do Jacuípe;

• Rua Sem Nome, principal acesso à praia de Genipabu;

Já o acesso por meio da rodovia BA535, comumente conhecida como “Via Parafuso”, no sentido sul / norte é utilizado por visitantes que se deslocam do Aeroporto Internacional de Salvador em direção a sede do município de Camaçari. Juntamente com a BA093, a rodovia BA535 constitui-se como o principal acesso ao Polo Industrial de Camaçari.

A partir de Salvador, as principais vias de acesso à sede do município são a BR324 e, como continuação, a BA093, seguindo posteriormente pela BA512 até a região central. Uma alternativa, a partir da BR324, é seguir pela BA526 e, posteriormente, a BA535, a qual se conecta a BA522 e chega à região central da sede.

A partir da BA099, sentido Costa de Camaçari à sede, as principais vias de acesso correspondem à BA530, conhecida como Via Atlântica, e a Avenida Jorge Amado.

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grande de veículos, o que torna o trajeto entre estes municípios e a Sede ou Costa de Camaçari, bastante demorada em diversos momentos do dia, e ainda, durante períodos de festas, feriados e férias escolares.

Ainda em relação ao acesso rodoviário, destaca-se que apesar de existirem vias de acesso a todas as localidades do município, não existe um sistema de transporte urbano, quiçá turístico que integre as diversas localidades, ou ainda um sistema de transporte entre o aeroporto e as localidades turísticas de Camaçari, de modo a facilitar o acesso e oferecer maior conforto e segurança aos visitantes do município.

- 2.1.3.2 Terminal rodoviário O Terminal Rodoviário de Camaçari está localizado na região central da cidade, sendo que no mesmo local funciona o Terminal de Integração Rodoviária - TIR, ponto de partida e chegada das linhas que operam na sede do município.

O Terminal Rodoviário recebe diversas linhas intermunicipais e interestaduais, com destaque para Salvador/BA, Feira de Santana/BA, Recife/PE, Belo Horizonte/MG, Vitória/ES, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP, parte destes sendo importantes mercados emissores de turistas do município.

Dentre as empresas de ônibus que operam linhas intermunicipais e interestaduais em Camaçari, destacam-se:

• Viação Regional;

• Viação Santana;

• Viação Itapemirim; e

• Gontijo.

A rede de transporte público municipal conta com três empresas de ônibus que são responsáveis pela operação de diversas

• Avenida Humaitá, principal acesso à Praia de Guarajuba;

• Estrada do Pastor, principal acesso à Praia de Itacimirim e Avenida Principal, a via que conecta a Praia de Itacimirim à Barra do Rio Ipojuca.

Com relação aos principais polos emissores de turistas no Brasil, o acesso rodoviário dos visitantes oriundos das regiões metropolitanas de São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ e Belo Horizonte/MG se dá pelas rodovias federais BR381, BR116 e BR101.

A fim de conceituação as vias citadas acima são consideradas como os principais corredores turísticos de Camaçari, ou seja, “são as vias de conexão entre as zonas, as áreas, os complexos, os centros, os conjuntos, os atrativos turísticos, os portos de entrada do turismo receptivo e as praças emissoras do turismo interno, que funcionam como elemento estruturador do espaço turístico (BOULLÓN, 2002 p. 97)”.

É justamente nestas vias que a maior parte dos turistas faz seu deslocamento, quer seja para o acesso ao município ou, ainda, para a visitação e uso dos equipamentos, serviços e atrativos turísticos municipais.

Especificamente em relação às vias de acesso direto a Camaçari, estas estão em razoável estado de conservação e, desta forma, verifica-se uma situação favorável ao acesso turístico ao município e aos diversos atrativos e equipamentos turísticos do destino.

Nota-se, contudo, que tais vias não possuem sinalização de orientação da oferta turística de Camaçari, fator fundamental para ampliar a atratividade, a segurança e o conforto da demanda turística do município.

Além disso, são vias que recebem, principalmente nos municípios de Salvador e Lauro de Freitas, uma demanda muito

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O Aeroporto Internacional de Salvador conecta Camaçari com importantes mercados emissores, entre eles, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte e Buenos Aires, na Argentina, por meio de uma malha aérea composta por mais de 129 voos (PORTAL EM SAMPA, 2019).

- 2.1.3.4 Acesso aquaviárioA Costa de Camaçari possui uma extensão de 42 km, entretanto o município não conta com um sistema de transporte aquaviário de passageiros. No município foi identificada a oferta de apenas alguns passeios turísticos, tais como as saídas de pesca esportiva e passeios de lancha no mar e no Rio Jacuípe. Por fim, foi identificada a realização de eventos náuticos no ano de 2017, com destaque para a 2ª Navegação Náutica – da Praia da Ribeira, em Salvador até a Praia da Espera, em Itacimirim. Com um total de 47 milhas náuticas, o percurso incluiu paradas nas praias de Itapuã, Arembepe e Barra do Jacuípe.

Outro evento náutico realizado na cidade, em 2017, foi a expedição entre a Foz do Rio Joanes e a Ilha de Jacuípe, evento que teve como objetivo fortalecer o turismo náutico e incentivar a rota marítima na Costa de Camaçari. Totalizando 20 milhas náuticas, o percurso incluiu paradas em Jauá, Arembepe, Praia do Emissário, Foz do Rio Jacuípe, Rio Capivara e encerramento na Marina de Jailton.

2.1.4 Serviços básicos13

Os serviços básicos de um município, tais como a drenagem, abastecimento de água,

linhas que atendem o distrito sede, bem como os distritos de Abrantes e Monte Gordo. As linhas partem dos dois terminais municipais situados na área central de Camaçari, o Terminal de Integração Sede Orla – TISO e o Terminal de Integração Rodoviário – TIR, situado junto ao Terminal Rodoviário de Camaçari.

A cooperativa COOPERUNIÃO é a empresa responsável pela operação das linhas que partem do Terminal de Integração Rodoviária -TIR em direção às principais localidades turísticas da Costa de Camaçari, dentre elas Arembepe, Barra do Pojuca e Vila de Abrantes (PLAMOB, 2015).

O Terminal Rodoviário de Camaçari está localizado na Rua da Rodoviária, 211 -Centro, Camaçari – BA, possui uma estrutura razoável, mas não possui manutenção adequada e, portanto, não pode ser considerado como um equipamento que atende as necessidades e expectativas de turistas que se deslocam ao destino e, também, dentro do destino, por meio do sistema de transporte público.

- 2.1.3.3 Acesso aéreo O município de Camaçari não possui aeroporto próprio, entretanto o destino é atendido pelo Aeroporto Internacional de Salvador, localizado a aproximadamente 35km da sede do município de Camaçari e 13,5km da praia de Busca Vida, a primeira praia da Costa de Camaçari no sentido sul – norte. Além disso, o município possui, num raio de menos de 110km de distância, outro aeródromo12 , sendo ele: Aeródromo da Costa dos Coqueiros, situado em Mata de São João, distante 63 km de Camaçari.

12 - Aeródromo: Toda área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves. Ao contrário de um aeroporto, o aeródromo não é dotado de instalações e facilidades, incluindo terminal de passageiros, pessoal para o auxílio de embarque e desembarque, ente outros (ANAC, 2019).13 - Informações baseadas nos dados apresentados no Estudo Preliminar do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Camaçari.

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abastecimento de energia, esgotamento sanitário, destinação de resíduos sólidos, serviços de saúde e segurança, condicionam a construção e os custos dos equipamentos turísticos. Portanto, tais parâmetros são imprescindíveis para a análise de viabilidade de uma área turística.

No caso de Camaçari, verificou-se a necessidade de ampliação do sistema de Limpeza Urbana, principalmente devido à dificuldade de se atender a demanda atual na alta temporada e, quiçá, o aumento da demanda advindo de ações futuras de promoção do destino. Além do mais, nota-se que para que o município possa promover a imagem de um destino sustentável, é fundamental oferecer um sistema de gestão de resíduos mais abrangente e integrado com um amplo serviço de coleta seletiva de resíduos.

Com relação ao Fornecimento de Energia, foi verificado que o sistema atende de forma ampla o município e as localidades turísticas, porém ocorrem muitas quedas do sistema, o que contribui para a insatisfação da comunidade e uma avaliação negativa por parte do visitante. Ainda em relação a este aspecto, nota-se que a iluminação pública não atende completamente os espaços turísticos o que, por consequência, desestimula a circulação de pessoas nas localidades turísticas e amplia a ocorrência de crimes.

Quanto ao Sistema de Abastecimento de Água, este atende 93,38% do total de domicílios existentes, ou seja, 69.095 estão ligados à rede geral de abastecimento de água (IBGE, 2019). Trata-se, portanto, de um aspecto a ser melhorado, haja vista não atender completamente o município e ainda por haver falta de água em localidades turísticas, durante a temporada de verão.

O Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto atende 64,8% dos domicílios do município

de Camaçari com esgotamento sanitário adequado (IBGE, 2010). Nota-se novamente que se trata de uma situação delicada com relação ao fomento do turismo, isto é, devido à baixa cobertura do sistema, o fomento ao desenvolvimento da atividade turística poderá gerar prejuízos ao meio ambiente, em especial à balneabilidade das praias e lagoas, as quais são os principais atrativos turísticos do destino.

É importante destacar, porém, que apesar dos índices de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto do município não serem uma referência em se tratando de serviços básicos, se comparados aos índices da Costa dos Coqueiros, estão acima da média regional (ver figura a seguir).

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Gráfico 02. Comparativo dos índices de (a) Abastecimento de Água e (b) Coleta e Tratamento de Esgoto da Costa dos Coqueiros.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

Quanto ao Sistema de Comunicação, apesar de existir uma ampla cobertura dos serviços de telefonia fixa, móvel e internet móvel, tais serviços não atendem as expectativas da comunidade e visitantes, quer seja pela qualidade da comunicação ou ainda, pela ausência de cobertura em diversas partes do território municipal, incluindo parcelas das localidades turísticas.

Ainda em relação aos serviços básicos municipais, destaca-se positivamente a situação do Sistema de Saúde, composto por 221 estabelecimentos de saúde e 4.527 profissionais ligados à saúde, incluindo 1.070 médicos de diferentes especialidades, 962 enfermeiros e técnicos de enfermagem, 45 odontólogos, entre outros.

Por fim, mas não menos importante, verifica-se que o Sistema de Segurança de Camaçari, composto pelos departamentos de Polícia Civil e Militar, Polícia Rodoviária Estadual, além do Corpo de Bombeiros, não atende completamente as exigências do turismo, em função de não existir um

serviço especial de proteção ao turista e, também, não existir uma ação integrada de sensibilização e capacitação de agentes, a respeito do turismo, fato que poderia ampliar sobremaneira a sensação de segurança e a satisfação do turista.

2.1.5 Quadro institucional e aspectos legaisA gestão do turismo, na área turística que abrange o município de Camaçari, é realizada por órgãos públicos, bem como por entidades de direito privado sem fins econômicos. Na esfera estadual, o planejamento e a gestão turística são incumbências da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia - SETUR, órgão cujo objetivo é planejar, coordenar e executar as políticas de promoção e desenvolvimento do turismo no Estado. Atuando de maneira conjunta com a SETUR, destaca-se ainda a Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia - BAHIATURSA, órgão responsável pelas ações de promoção

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turística da Bahia em âmbito nacional e internacional.

Em relação à gestão regional, Camaçari encontra-se inserido na Zona Turística da Costa dos Coqueiros. As Zonas Turísticas equivalem às Instâncias de Governança Regional e contam com câmaras técnicas responsáveis pela coordenação, acompanhamento e gestão das treze zonas turísticas estabelecidas pela Secretaria de Turismo do Estado da Bahia.

No município de Camaçari, a gestão da atividade turística encontra-se sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Turismo - SETUR, contando com a participação do Conselho Municipal de Turismo – COMTUR.

2.1.6 Impactos e limitações das políticas públicas e da capacidade de gestão pública sobre o desenvolvimento do turismo no nível local e no conjunto da área turística. No que se refere as políticas públicas, o município de Camaçari conta com um conjunto de instrumentos legais que orientam as questões relacionadas ao desenvolvimento do turismo e outras áreas que apresentam relação direta com a atividade, dentre elas a cultura e meio ambiente. Nesse cenário, dentre o conjunto de leis e decretos do município, cabe destacar as leis de criação do Conselho Municipal de Turismo e do Fundo Municipal de Turismo de Camaçari.

Ressalta-se ainda a abordagem da Lei Orgânica do Município em relação às atividades turísticas, cultura e meio ambiente em Camaçari. Nesse sentido, a Lei aponta claramente a responsabilidade do poder público municipal na promoção e no desenvolvimento da atividade turística na cidade. Além disso, o Plano Diretor estabelece que deverá ser normatizado

quais áreas do território de Camaçari deverão ser destinadas às atividades relacionadas ao turismo.Outro aspecto legal de grande relevância refere-se ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, bem como o Código Urbanístico e Ambiental de Camaçari. Tal legislação define diretrizes referentes à oferta de ambientes urbanos e a adoção de incentivos para a implantação de polos para o desenvolvimento de diversas atividades na sede e Orla do município, incluindo serviços turísticos. A lei trata ainda de atividades ligadas ao ecoturismo, além de definir o apoio técnico às pequenas empresas ligadas ao turismo como diretriz para a geração de emprego e renda no município. No mesmo conjunto de leis são abordadas questões como o incentivo à instalação de meios de hospedagem e empreendimentos de lazer, criação de parque urbano com serviços de apoio ao turismo, além do apoio às atividades turísticas ao longo da BA-099.

Além do Código Urbanístico e Ambiental, o município conta ainda com a Política Municipal de Saneamento Básico. Instituída em 2016, a política contempla um conjunto de normas que definem a gestão do saneamento básico no município de Camaçari.

Em relação à gestão do turismo, cabe ressaltar a criação do Conselho Municipal de Turismo - COMTUR, por meio da Lei n° 537, promulgada em 2001. A lei define que o COMTUR compor-se-á de membros que deverão representar os segmentos ligados ao desenvolvimento do turismo no município, porém, não define se ele é um órgão consultivo ou deliberativo, nem estabelece quem são os representantes do poder público, iniciativa privada e terceiro setor que comporão o Conselho.

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Outro aspecto relevante refere-se ao conjunto de leis que trata da captação e aplicação de recursos para o fomento de atividades turísticas. Nesse sentido, o município de Camaçari conta com o Fundo Municipal de Turismo - FUMTUR, instituído através de lei municipal promulgada em 2006. A lei de criação do fundo norteia as formas de captação, bem como o emprego dos recursos do FUMTUR. Nesse sentido, conforme a Lei 750/2006, os recursos podem ser captados de empresas do município voltadas ao turismo e comprometidas com o bem-estar social, dotações orçamentárias das esferas municipal, estadual e federal, captação de recursos públicos das três esferas administrativas, doações de pessoas físicas e jurídicas, entre outras. A lei também prevê que o emprego dos recursos do FUMTUR se dará conforme o planejamento anual do Conselho Municipal de Turismo, órgão encarregado de fiscalizar a utilização dos referidos recursos.

Além do Fundo Municipal de Turismo, outro aspecto importante relacionado à alocação de recursos públicos para o fomento do turismo de Camaçari consiste na Lei Orçamentária Anual (LOA). Nesse cenário, a Lei Orçamentária indica que, em 2019, o poder público de Camaçari prevê gastos com a área de turismo na casa de

R$ 91.000.000,00. Em função da característica da oferta de hospedagem local, formada em quase 50% por imóveis de aluguel (1.640 unidades habitacionais em imóveis de aluguel e 1.898 unidades habitacionais em hotéis, pousadas e similares), considera-se fundamental a discussão sobre uma forma de regulamentar este tipo de serviço, a exemplo do que estabelece a Lei Complementar n° 99 de 2017 de Caldas Novas – Goiás, a qual regulamenta a exploração de imóveis residenciais como meio de hospedagem,

em caráter remunerado. Da mesma forma, em função do grande potencial de desenvolvimento do setor náutico do município, verifica-se a necessidade de se criar uma lei de ordenamento náutico que possa orientar a organização do setor; a oferta de equipamentos e serviços em todo o território municipal; e a qualidade e segurança na prestação do serviço.

Camaçari conta ainda com legislação voltada ao desenvolvimento das atividades culturais do município, com destaque para o Conselho Municipal de Cultura - CMCC. Instituído pela Lei 1.017 de 2009, o CMCC é composto por 11 membros de diferentes entidades, incluindo um representante legal da Secretaria de Turismo do município.

Por fim, o Fundo Municipal de Apoio à Cultura constitui-se como um dos principais instrumentos para o fomento das atividades culturais do município de Camaçari. Reorganizado pela Lei 1126 de 2010, os recursos captados pelo Fundo Municipal deverão ser destinados às atividades como manifestações culturais, gastronômicas, arquitetônicas, entre outras.

A cidade de Camaçari está localizada a aproximadamente 37 km da região central de Salvador (16 km do Aeroporto Internacional de Salvador), 270 km de Aracaju (Sergipe) e a menos de 16 km da Praia do Forte, importante destino turístico da região (ver figura a seguir). No estado da Bahia, o município de Camaçari encontra-se no litoral norte, na Zona Turística da Costa dos Coqueiros.

2.2 Situação geográfica da área em relação ao estado e à região

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Com relação aos municípios limítrofes, Camaçari faz divisa com Lauro de Freitas ao sul, Simões Filho e Dias D´Ávila ao oeste e Mata de São João na porção norte e noroeste (ver figura a seguir). Além dos municípios que fazem limites com Camaçari, destaca-se, como municípios turísticos adjacentes, Salvador, ao sul e Entre Rios e Esplanada, ao norte.

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Figura 05. Identificação da localização de Camaçari no Brasil e na região norte do litoral da Bahia.

Figura 06. . Localização de Camaçari (vermelho) e dos municípios limítrofes (azul).

Fonte: Elaborado pelo autor.

Fonte: Elaborado pelo autor, com base no Google MyMaps.

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• ZPIP – Zona de Proteção e Interesse Paisagístico: compreende as áreas de alta fragilidade dos ecossistemas, com baixo comprometimento, com potencial paisagístico e ambiental a ser preservado ou recomposto do ponto de vista da fauna e da flora, definidas como zonas de preservação integral;

• ZIT – Zona de Interesse Turístico: compreende as áreas com potencial paisagístico, ambiental e turístico, onde devem ser estimulados os usos de lazer e hoteleiro, resguardados o acesso público às praias, bordas dos rios e áreas úmidas.

As ZIAP possuem papel fundamental na manutenção da qualidade de vida dos residentes e, também, na melhoria da experiência turística dos visitantes, em especial, dos viajantes de negócios que utilizam o território da Sede do município os quais, com as ações adequadas de valorização ambiental e paisagística, poderão usufruir de um espaço mais atraente, saudável e acolhedor.

Já as ZPIP são zonas distribuídas ao longo de toda a Costa de Camaçari com fundamental papel na manutenção da qualidade paisagística do destino, na valorização da imagem turística do destino e, acima de tudo, na conservação da biodiversidade de fauna e flora. Estas zonas também conectam e restringem a ocupação urbana da Costa de Camaçari, criando corredores ecológicos que podem ser utilizados para a realização de experiências turística ligadas ao ecoturismo.

Por fim, as ZIT têm o objetivo de absorver o desenvolvimento turístico de forma organizada e concentrada, como forma de tornar o processo de desenvolvimento turístico ordenada e mais eficiente.

A partir destas orientações legais, a análise da área turística selecionada foi realizada

Neste sentido, ressalta-se que, conforme identificado no Capítulo 1.1, tanto os municípios limítrofes quanto os adjacentes podem e devem ser integrados aos produtos turísticos da Camaçari, de modo a complementar a oferta turística da localidade e, assim, ampliar a competitividade da Camaçari. No caso de Salvador, destaca-se ainda a demanda potencial, tanto de residentes quando de turistas em visitas à capital do estado, que pode se interessar pela visita a Camaçari e, portanto, deve receber tratamento especial na definição de estratégias de comunicação e promoção do produto turístico de Camaçari.

O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Código Urbanístico e Ambiental do Município de Camaçari - PDDU define todo o planejamento de uso e ocupação do solo do município. Conforme o Art. 35. o macrozoneamento define as áreas urbanas e rurais do Município e, de acordo com o Art. 36. Zona Urbana do Município é definida pelo zoneamento geral e pelo zoneamento especial que a este se sobrepõe para efeito da implementação das diretrizes e aplicação de parâmetros urbanísticos.

Este zoneamento é composto por 9 diferentes tipos de zonas, das quais 3 tem destaque em função de sua importância direta e/ou indireta no desenvolvimento turístico municipal, são elas:

• ZIAP – Zona de Importância Ambiental e Paisagística: compreende as áreas de média fragilidade dos ecossistemas, com potencial paisagístico e ambiental a ser preservado ou recomposto, pressionadas pela ocupação urbana da Sede, definidas como zonas de amortecimento da expansão urbana em direção a áreas inadequadas;

2.3 Mapeamento da área selecionada

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com base na distribuição dos atrativos, meios de hospedagem e estabelecimentos de alimentos e bebidas ao longo do território municipal e sua convergência com o que é estabelecido no zoneamento do PDDU.

Desta forma, percebe-se que Camaçari possui diversas centralidades onde existe uma oferta abrangente e diversificada de atrativos, equipamentos e infraestrutura de apoio ao turismo, as quais servem de base para a hospedagem turística e para o deslocamento dos visitantes pelo território de Camaçari e, também, para os destinos turísticos do entorno. São elas:

• Conjunto Turístico Busca Vida (ZPIP)

• Conjunto Turístico de Jauá/ Abrantes (ZIT, ZPIP)

• Conjunto Turístico de Arembepe (ZPIP)

• Conjunto Turístico Barra do Jacuípe / Praia do Emissário (ZPIP/ZIT)

• Conjunto Turístico de Guarajuba(ZIT, ZPIP)

• Conjunto Turístico de Itacimirim / Barra do Pojuca (ZIT, ZPIP)

• Conjunto Turístico da Sede (ZIAP)

Conforme Boullón (2002, p. 96) os Conjuntos Turísticos são caracterizados pela ocorrência de [...] “agrupamentos com menos de dez atrativos turísticos de qualquer hierarquia e categoria [...], que estão conectados a uma rede de estradas que permite o acesso dos turistas”.

Figura 07. Identificação dos componentes do espaço turístico de Camaçari.

Fonte: : Elaborado pelo autor a partir de MyMaps.

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Por fim, a Comunidade da Cordoaria foi identificada como uma Unidade Turística. Segundo Boullón (2002, p.95) trata-se de “concentrações [...] de equipamentos que se produzem para explorar intensivamente um ou vários atrativos situados um junto do outro, ou o que é mais exato, um dentro do outro [...].” Neste caso entende-se que a Cordoaria possui dentro de sua área territorial diversos recursos turísticos, como o próprio Quilombo com sua dinâmica social, o engenho de farinha, trilhas, riacho, com potencial para serem organizados e ofertados ao mercado de forma integrada a um serviço de alimentação, venda de artesanato e souvenir, com vistas a atender a demanda de visitantes interessados pelo turismo étnico-cultural.

Objetivamente a partir da identificação de cada um desses elementos do espaço turístico, passa a ser possível definir ações específicas para cada uma dessas áreas (conjunto turístico e unidade turística), ou ainda, implantar infraestrutura geral, mobiliário urbano, comunicação e etc., personalizada em cada um destes espaços turísticos, de modo a diferenciá-los e facilitar a localização e o deslocamento dos visitantes na localidade.

Ademais, percebe-se que ainda que o PDDU estabeleça como projeto a implantação de um centro de convenções em Arembepe e, apesar da localidade possuir um importante atrativo (Aldeia Hippie) onde deve ser implantado um dos mais alavancadores projetos turísticos do município (Museu Vivo – Aldeia Hippie de Arembepe), não há um zoneamento especial para incentivo e ordenamento do desenvolvimento turístico na localidade (ZIT).

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O processo de elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável - PDITS Camaçari teve início em janeiro de 2019, com a elaboração do Estudo Preliminar para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável do território de Camaçari. Este estudo consistiu em um diagnóstico do turismo no destino, por meio do qual foram realizadas diversas visitas in-loco para registro e caracterização da oferta turística original (atrativos) e oferta turística derivada (equipamentos e serviços turísticos), além de pesquisas de gabinete para levantamento de informações sobre a infraestrutura básica, governança local e aspectos socioambientais de Camaçari.

Posteriormente foi realizado, no dia 5 de junho de 2019, o I Seminário de Planejamento Participativo, que contou a participação da equipe da Secretaria de Turismo de Camaçari, representantes de diversas secretarias municipais, incluindo representantes da Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Infraestrutura, Secretaria Municipal de Saúde, entre outras, além da presença de representante da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Câmara de Vereadores e SENAC. Participaram também representantes da comunidade, artesãos, representantes de associações, representantes do Projeto TAMAR e empresários do trade-turístico de Camaçari.

3ANÁLISE SWOT DO TURISMO DE CAMAÇARI

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Figura 08. I Seminário Participativo de Planejamento Estratégico.

Fonte: : Elaborado pelo autor (2019).

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Durante o seminário foram apresentados, sinteticamente, os resultados do Estudo Preliminar e, na sequência, foi realizada a apresentação da Análise SWOT - Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).

A Análise SWOT objetiva identificar as forças e fraquezas do turismo na localidade, com o intuito de estabelecer o diagnóstico completo da atividade no destino, além das oportunidades e ameaças para o desenvolvimento da atividade no curto e médio prazo.

A identificação destas forças internas e externas permite, portanto, a definição de uma série de ações com o intuito de:

• potencializar as forças do destino de modo a gerar maior competitividade para o turismo;

• fortalecer os aspectos identificados como fraquezas;

• investir nas oportunidades identificadas no ambiente externo;

• monitorar as ameaças e agir para neutralizá-las ou diminuir a sua interferência no desenvolvimento do destino.

A análise micro ambiental (Forças e Fraquezas) levou em consideração um total de 66 (sessenta e seis) variáveis, as quais foram classificadas em função de seu desempenho: Força Importante, Força menos Importante, Aspecto Neutro, Fraqueza menos Importante e Fraqueza Importante.

As forças importantes são fatores que contribuem fortemente para o desenvolvimento do turismo, seja pelo seu diferencial, pela sua eficácia e/ou eficiência, influenciando, inclusive, na imagem positiva de um destino turístico.

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Figura 09. Quadro esquemático para identificação das forças internas e externas que interferem no desenvolvimento do trabalho da organização/ grupo

Fonte: : Elaborado pelo autor (2019).

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As forças menos importantes, são aquelas consideradas pontos fortes, as quais também contribuem para o turismo, seja direta ou indiretamente, no entanto, no estágio atual não são capazes de diferenciar o destino em função de sua performance/existência.

Os aspectos neutros são aqueles que se encontram em um estágio de desempenho neutro, ou seja, que não influenciam positivamente ou negativamente o desenvolvimento do turismo e, em muitos casos, são considerados aspectos que apenas cumprem com a sua função básica.

Já as fraquezas menos importantes são os aspectos negativos que precisam de ajustes para que tenham uma contribuição ou participação efetiva no processo de desenvolvimento turístico de um destino, seja direta ou indiretamente.

Por fim, as fraquezas importantes são os aspectos mais negativos do destino no momento, capazes de denegrir a imagem da localidade enquanto destino turístico, as quais, consequentemente, devem ser tratadas para que possam ser neutralizadas ou até para que possam se transformar em forças do destino.

Com relação à análise macro ambiental do turismo da Camaçari (Ameaças e Oportunidades) levou-se em consideração a situação atual do turismo local e, a partir desta verificação, foi realizada uma identificação de forças externas, tanto positivas quanto negativas, que poderiam interferir no desenvolvimento do turismo local.

As ameaças e oportunidades ao desenvolvimento do turismo de Camaçari foram organizadas em função de 6 (seis) categorias: econômicas, ambientais, políticas, tecnológicas, sociais e mercado.

A identificação de cada uma das ameaças e oportunidades visa facilitar a visualização do cenário no qual o turismo de Camaçari está inserido e, a partir do reconhecimento prévio da análise do microambiente (forças e fraquezas), definir como utilizar as forças de Camaçari para potencializar e investir nas oportunidades identificadas e, ao mesmo tempo, utilizar estas mesmas forças e oportunidades para agir sobre as ameaças identificadas no ambiente externo.

A tabela a seguir apresenta uma síntese da Análise SWOT do município, com destaque para as principais forças, fraquezas, ameaças e oportunidades que poderão contribuir ou interferir na ampliação da competitividade turística do destino.

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Tabela 08. Síntese da Análise SWOT do turismo no município.

Fonte: : Elaborado pelo autor (2019).

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Figura 10. Imagem do grupo presente no II Seminário de Planejamento Participativo.

Fonte: : Elaborado pelo autor (2019).

A missão organizacional define o motivo da existência da organização/ destino, ou ainda, quais são os propósitos centrais da organização/ destino.

3.1.1 Missão do turismo da Camaçari

A concepção da missão do turismo da Camaçari partiu da identificação, por meio de brainstorming14 , do propósito do turismo no destino, na visão dos participantes do II Seminário de Planejamento Participativo, realizado no dia 14 de agosto de 2019, no Hotel Plaza Busca Vida.

A visão pode ser compreendida como o objetivo de longo prazo da organização/ destino, ou seja, consiste na definição de onde a organização/ destino pretender chegar, em um prazo entre 5 e 10 anos, desenvolvendo a sua atividade principal.

O resultado do brainstorming foi então validado pelo grande grupo e chegou-se ao seguinte propósito:

“Promover o turismo de Camaçari, proporcionando experiências inovadoras, sustentáveis e de excelência.”

3.1Missão

3.2 Visão

14 - O brainstorming (literalmente: “tempestade cerebral” em inglês) ou tempestade de ideias, mais que uma técnica de dinâmica de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo - criatividade em equipe - colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados.

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3.2.1 Visão do turismo de Camaçari

A definição da visão do turismo de Camaçari também ocorreu durante as atividades realizadas no II Seminário de Planejamento Participativo e foi concebida por meio de técnica de brainstorming e dinâmicas de grupo. Com o desenvolvimento do trabalho chegou-se as seguintes propostas de redações:

1) Ser reconhecida, em 2025, com uma das melhores cidades de atrações turísticas e negócios sustentável do Nordeste.

2) Ser reconhecida internacionalmente, em 2025, como rota de turismo de excelência pelos atrativos naturais, pela hospitalidade e pela sustentabilidade.

3) Ser reconhecida, até 2025, como a cidade que inova com a integração entre os polos Petroquímico, Industrial e Turístico de forma sustentável.

Após uma discussão e análise do grupo e da consultoria, chegou-se à proposta de redação final da visão do turismo de Camaçari, a qual foi validada pela Secretaria Municipal de Turismo no dia 20 de agosto:

“Camaçari ser reconhecida nacionalmente, até 2025, como um dos principais destinos turísticos da Bahia e uma referência em inovação,

sustentabilidade e integração de atividades de lazer e negócios.”

Figura 11. Arembepe / Costa de Camaçari - Bahia

Fonte: : Elaborado pelo autor (2019).

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4ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TURISMO

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Se a visão pode ser compreendida como o objetivo de longo prazo, as estratégias podem ser compreendidas como objetivos de médio prazo (1 a 3 anos), capazes de conduzir a organização/ destino a atingir a sua visão de longo prazo.

Desta forma, a partir da visão estabelecida para o turismo no município e com base em todo o processo de elaboração deste estudo, foram identificados os fatores críticos para o desenvolvimento do setor, os quais estão apresentados na imagem a seguir.

A partir da identificação dos fatores críticos foram então elaboradas as estratégias para o desenvolvimento do turismo local, conforme descrito a seguir, e, para cada estratégia definida foi estabelecida uma ou mais metas quantificáveis, as quais permitirão o monitoramento da execução do plano e a avaliação de sua efetividade.

Figura 11. Fatores críticos do turismo de Camaçari.

Fonte: : Elaborado pelo autor (2018).

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Meta 1: Implantar um sistema de gestão ambiental, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SEDUR, em 70% dos atrativos e equipamentos turísticos.

Meta 2: Sensibilizar 30% das crianças do ensino fundamental17 sobre a importância e os impactos positivos da atividade turística na região.

Meta 3: Fomentar a renovação e melhoria de 50% dos empreendimentos e atrativos turísticos do município.

Meta 1: Implantar acesso de internet WI-FI gratuita em 70% dos atrativos.

Meta 2: Implantar saneamento básico em 100% da área litorânea da Costa de Camaçari.

Meta 3: Implantar sistema de sinalização turística e mobiliário urbano em toda a Costa de Camaçari.

Meta 4: Implantar infraestrutura capaz de estimular o desenvolvimento do turismo náutico, desportivo e de observação de vida selvagem.

Meta 5: Reduzir em 50%15 a percepção de insegurança dos turistas.

Meta 6: Reduzir em 50%16 a insatisfação dos turistas em relação à limpeza do destino.

Meta 1: Realizar, anualmente, ao menos um projeto em cooperação com a Secretaria de Estado do Turismo e/ou Zona Turística da Costa de Coqueiros e/ou entidades empresariais.

Meta 2: Criar um sistema de monitoramento do turismo de Camaçari.

Meta 3: Promover a digitalização e posterior transformação digital na gestão pública do turismo.

4.1 Ampliar a oferta e a qualidade da infraestrutura básica e de apoio ao turismo de Camaçari

4.3 Estimular a adoção de práticas que promovam a conservação dos recursos naturais, a valorização da cultura e do patrimônio local e maior rentabilidade e lucratividade das empresas

4.2 Promover a integração e a inovação na gestão do turismo de Camaçari

15 - A falta de segurança foi identificada como o fato que mais desagrada 5,5% dos visitantes do município (PESQUISA DE PERFIL DA DEMANDA TURÍSTICA DA COSTA DE CAMAÇARI, 2019).16 - A limpeza foi identificada como o fato que mais desagrada 20,5% dos visitantes do município (PESQUISA DE PERFIL DA DEMANDA TURÍSTICA DA COSTA DE CAMAÇARI, 2019). 17 - Conforme o IBGE, o município registrou 37.341 matrículas no ensino fundamental (1º ao 9º ano - 6 a 14 anos de idade) em 2018.

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Meta 1: Fomentar a implantação de infraestrutura acessível em ao menos 75% dos meios de hospedagem e estabelecimentos de alimentos e bebidas.

Meta 2: Implantar infraestrutura acessível em ao menos 50%18 dos atrativos turísticos.

Meta 3. Sensibilizar 80% dos profissionais dos atrativos e equipamentos turísticos para a inclusão das pessoas com deficiência, idosas e do público LGBT no turismo.

Meta 1: Criar ao menos 3 produtos, comercializáveis o ano todo, para cada um dos segmentos identificados no PDITS.

Meta 2: Criar 5 produtos integrados ao potencial turístico da região.

Meta 3: Criar um day tour em Camaçari para atrair os hóspedes dos resorts da região e viajantes corporativos do Polo Industrial.

Meta 4: Atingir nota 4,5 na avaliação de 80% dos equipamentos e atrativos turísticos de Camaçari no TripAdvisor.

Meta 1: Criar presença digital para Camaçari e fomentar a criação da presença digital para 80% dos equipamentos turísticos.

Meta 2: Ampliar de 27,10% para 45% a ocupação média, na baixa temporada, nos meios de hospedagem.

Meta 3: Posicionar a Costa de Camaçari como destino “TOP 4” no ranking dos “Destinos Populares da Bahia20” no TripAdvisor.

Meta 1: Ampliar em 100%19 ao ano, o número de cadastros de meios de hospedagem no CADASTUR.

Meta 2: Capacitar 50% dos profissionais dos atrativos e equipamentos turísticos.

Meta 3. Capacitar, anualmente, 100% dos ambulantes que atuam no período da temporada de verão.

4.4 Estimular o desenvolvimento de um turismo acessível a todos

4.6 Fomentar o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, segmentados e integrados à oferta turística regional

4.7 Atrair e manter relacionamento permanente com os visitantes de Camaçari

4.5 Ampliar a formalização e fomentar a capacitação dos empresários e equipes operacionais dos equipamentos turísticos e de apoio ao turismo de Camaçari

18 - Atualmente 21% dos atrativos oferecem algum tipo de infraestrutura adaptada para receber pessoas com deficiência.19 - Atualmente Camaçari conta com apenas 9 meios de hospedagem com registro no CADASTUR (Set. 19).20 - Atualmente Camaçari encontra-se em 11º lugar no ranking, atrás dos destinos: 1º Salvador, 2º Porto Seguro, 3º Feira de Santana, 4º Lauro de Freitas, 5º Ilhéus, 6º Vitória da Conquista, 7º Candeias, 8º Itacaré, 9º Arraial D´Ajuda, 10º Itabuna (TRIPADVISOR, set. 19).

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5PLANO DE AÇÃO: SELEÇÃO DE PROCEDIMENTOS, AÇÕES E PROJETOSAPÊNDICES

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A partir do Planejamento Estratégico Participativo do Turismo, realizado na localidade, foram definidas 93 ações alinhadas às 7 estratégias de desenvolvimento sustentável do turismo de Camaçari.

Posteriormente estas ações foram submetidas à análise da Secretaria Municipal de Turismo, a qual realizou suas contribuições e, por sua vez, validou as ações propostas bem como os prazos de execução21.

Destaca-se que os prazos validados se referem a:

• Curto prazo: 2020 a 2021;

• Médio prazo: 2022 a 2023; e

• Longo prazo: 2024 a 2025.

5.1 Seleção e Priorização das Ações

Tabela 09. Tabela modelo de validação e priorização das ações do PDITS.

Fonte: : Elaborado pelo autor (2019).

21 - As tabelas de validação e priorização das ações são entregues no formato Excel e também se encontram no Mapa Conceitual do PDITS de Camaçari.

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O Plano de Ações descreve, portanto:

• O que fazer. (What)

• Por que fazer. (Why)

• Como fazer. (How)

• Onde executar. (Where)

• Quem executará e quem irá apoiar a execução da ação. (Who)

• Em que prazo fazer. (When)

Um dos modelos utilizados para a elaboração do Plano de Ação é o 5W1H, descrito acima.

O detalhamento do Plano de Ações22 permite identificar a responsabilidade de cada integrante da Cadeia de Valor do turismo no processo de desenvolvimento do plano, assim, todos poderão contribuir na execução de ações que vão levar ao alcance dos objetivos gerais e, consequentemente, ao cumprimento da missão e visão do turismo de Camaçari.

A seguir é apresentado o Plano de Ação do Turismo de Camaçari organizado segundo as estratégias definidas no Plano.

Estratégia 01. Ampliar a formalização e fomentar a capacitação dos empresários e equipes operacionais dos equipamentos turísticos e de apoio ao turismo de Camaçari.

• Promover a valorização do artesanato de Camaçari por meio de estudo de identidade cultural, capacitação de artesãos e curadoria das produções artesanais.

• Criar Programa de Capacitação de Ambulantes para atuarem no período da temporada de verão.

•Promover um sistema de certificação próprio adaptado à realidade do turismo de

O Plano de Ação é um documento onde é sistematizada a lista de ações a serem executadas para o alcance de determinado objetivo (SEBRAE, 2019). No caso do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Camaçari, atingir a visão estabelecida por meio do Planejamento Estratégico Participativo:

5.2 Plano de Ações

22 - O Plano de Ações Completo está disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1H4hHU-I9prcGj_UusqK3JvL23inJTNjZ?usp=sharing

“Camaçari será reconhecida nacionalmente, até 2025, como um dos principais destinos turísticos da Bahia e uma referência em inovação,

sustentabilidade e integração de atividades de lazer e negócios.”

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Camaçari e que permita valorizar as atividades (turismo e comércio) que atendam aos critérios, incluindo aqueles relacionados à sustentabilidade.

• Articular a oferta de capacitação para os colaboradores e gestores do comércio local.

• Articular a oferta de capacitação para os colaboradores e gestores das empresas turísticas e de apoio ao turismo.

• Promover o cadastramento das empresas turísticas e de apoio ao turismo no Cadastur.

• Criar Campanha de Educação no Turismo para ser implementado nas escolas do ensino fundamental.

Estratégia 02. Ampliar a oferta e a qualidade da infraestrutura básica e de apoio ao turismo de Camaçari.

• Fomentar a reurbanização dos acessos pedonais de acesso às praias.

• Articular a implantação de acesso e estacionamento para visita à Aldeia Hippie e Projeto Tamar, incluindo possibilidade de acesso com ônibus.

• Promover o ordenamento das barracas de praia da Costa de Camaçari.

• Promover a requalificação do centro histórico (Programa Integração).

• Articular a implantação de novo sistema de mobilidade urbana com a implantação de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas para integrar os 42 km da Costa de Camaçari, amparados no que estabelece o Art. 19 da Lei 866/2008, incluindo a implantação de pontos para estacionamento e reparo de bicicletas; sinalização indicativa do percurso; treinamento de colaboradores de estabelecimentos de turismo e apoio ao turismo para que saibam como disponibilizar informações aos esportistas; etc.

• Articular a implantação de sistema de comunicação de fibra ótica em todas as áreas turísticas do município.

• Articular a implantação de Programa de Internet WiFi gratuita nas áreas turísticas do município.

• Fomentar a implantação de uma estrutura modelo para ao menos uma modalidade de esporte.

• Implantar Centro de Iniciação ao Esporte, em Arembepe (Programa Integração).

• Fomentar a ampliação e reurbanização dos bolsões de estacionamento da Costa de Camaçari.

• Articular a ampliação dos sistemas de abastecimento de água; drenagem pluvial; coleta e tratamento de esgoto; e iluminação pública eficiente nas áreas turísticas.

• Fomentar a melhoria da estrutura viária e de sinalização do Polo Industrial.

• Articular a criação de incentivos diversos para a implantação de equipamentos alavancadores de fluxo turístico (espaços de eventos de médio e grande porte;

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parques de entretenimento; oceanários; aquários; e etc.); implantação e ampliação de empreendimentos e atrativos turísticos; adaptação de estruturas para atender pessoas com deficiência e mobilidade reduzida - PCD; e implantação de equipamentos e estruturas alternativas de energia, tratamento de esgoto, uso de água. PPDU prevê como projeto a implantação de Centro de Convenções em Arembepe.

• Articular a instalação de um maior número de lixeiras nas localidades turísticas e ampliação do serviço de coleta durante a temporada e períodos de alta demanda.

• Criar edital para implantação e gestão de banheiros públicos e armários (lockers) em ambientes próximos a praia, para a guarda de equipamentos e objetos de uso pessoal.

• Articular a implantação de novo mobiliário urbano na Costa de Camaçari (bancos, lixeiras, floreiras, ponto de ônibus, estacionamento de bicicletas etc.).

• Implantar Programa de Incentivo ao Turismo Náutico e Esportes Aquáticos em Itacimirim (pesca esportiva e observação de baleias) e nos Rios Pojuca e Jacuípe, com estudo de batimetria, implantação de sistema de sinalização náutica e píeres.

• Implantar Terminal Turístico no Emissário de Arembepe, conforme estabelecido na Indicação N.o 926/2018.

• Implantar estruturas de observação de vida selvagem no território do município (nidificação de tartarugas no ambiente natural, observação de aves e observação de baleias).

• Articular a implantação de novo projeto paisagístico e de sinalização nos acessos de cada uma das localidades da Costa de Camaçari.

• Articular a revitalização do Mirante do Polo Industrial (Braskem), um dos locais visitados por, praticamente, todos os grupos de visitantes recebidos no Polo.

• Articular a revitalização das praças na Costa de Camaçari, com implantação de locais para a realização de saraus; apresentações; convívio de moradores e visitantes; e área para prática de esportes (skate, quadras, e etc.).

• Articular a implantação e revitalização de postos de salva vidas e ampliar o efetivo dos Bombeiros Voluntários (parceria com a PM)

• Implantar sistema de sinalização de pontos adequados para a prática de esportes (surf, kitesurfe, windsurf, stand up paddle, ciclismo etc.).

• Implantar sistema de sinalização de orientação e interpretação turística.

• Implantar Sistema de Sinalização de Interpretação Turística que apresente informações sobre as aves da região, a Baleia Jubarte e as tartarugas que desovam nas praias do município.

• Implantar sistema de sinalização e ordenamento do uso de equipamentos náuticos e fomentar a realização de passeios náuticos nos rios, lagoas e no mar da Costa de Camaçari.

• Implantar sistema de sinalização turística com a identificação das piscinas naturais e os

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pontos adequados à prática de snorkeling, incluindo horários adequados ao uso público.

• Articular o recuo de instalações fixas existentes praticamente em cima da faixa de praia, para permitir a requalificação urbanística da Orla.

Estratégia 03. Promover a integração e a inovação na gestão do turismo de Camaçari.

• Definir os representantes do poder público, iniciativa privada e outros que farão parte do COMTUR.

• Fomentar a revitalização das fachadas dos negócios nos acessos às praias da Costa de Camaçari.

• Articular a fiscalização de ambulantes e barracas de praia.

• Articular a fiscalização e punição de indivíduos e estabelecimentos que não respeitam a legislação municipal de controle de ruídos.

• Implantar programa de digitalização e posterior transformação digital da gestão do turismo do município.

• Criar, em parceria com a SEDUR, um Programa de Gestão Ambiental para os atrativos e equipamentos turísticos.

• Articular a oferta de incentivos fiscais e tributários para os organizadores dos eventos esportivos.

• Atrair marcas nacionais e internacionais do setor turístico para se instalarem no município.

• Articular com a ACEC / Sebrae/BA a integração das empresas, a criação de uma governança e a elaboração de um Planejamento Estratégico para promover o desenvolvimento do nicho do Destination Wedding no município.

• Estabelecer parceria com as Associações locais, de modo a promover a ampliação do número de empresas associadas às entidades.

• Articular com as demais secretarias, autarquias e fundações municipais, a integração de ações, de modo a potencializar a execução de ações e ampliar os resultados.

• Articular a ampliação das Zonas de Interesse Turístico - ZEI (Art. 44 da Lei 866/ 2008) na atualização do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano - PDDU, a concessão de incentivos fiscais para os investimentos turísticos nestas áreas e a definição do(s) tipo(s) de meio(s) de hospedagem a ser(em) instalado(s) em cada área, com destaque para o aproveitamento, para fins turísticos, das grandes glebas disponíveis ao longo da orla.

• Realizar pesquisa anual de caracterização do perfil e hábitos de viagem da demanda turística na alta e baixa temporada.

• Realizar, anualmente, pesquisa de atualização da oferta turística do município.

• Realizar pesquisas sobre os impactos do turismo.

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• Articular a ampliação do policiamento na Costa de Camaçari.

• Fomentar a criação de programa de castração de animais e fiscalização de animais nas praias, incluindo sinalização de proibição de animais nas praias.

Estratégia 04. Atrair e manter relacionamento permanente com os visitantes de Camaçari.

• Criar material de promoção e captação (site, redes sociais, folder, catálogo etc.) a ser utilizado pela SETUR e pela governança do Destination Wedding nas ações de divulgação do destino.

• Elaborar Plano de Comunicação do Turismo Étnico Cultural do município.

• Adaptar a política de informação e recepção de visitantes para valorizar pontos de interesse não congestionados e promover a agenda cultural e esportiva existente na cidade.

• Criar um calendário oficial de visitas e experiências turísticas do município e divulgar mensalmente para todo o trade-turístico local.

• Desenvolver um programa de Inteligência de Mercado para os mercados prioritários, com uma abordagem customizada, reforço das ações de fampress/ famtrip, alavancagem no canal online e otimização dos meios tradicionais.

• Incentivar a criação e manutenção das páginas dos estabelecimentos turísticos no TripAdvisor, Google Meu Negócio, Facebook e Instagram.

• Estabelecer parceria com Outlet Premium para divulgação de Camaçari aos visitantes do empreendimento.

• Definir, em conjunto com agentes privados, os critérios estratégicos de promoção e comunicação para um destino sustentável e responsável.

Estratégia 05. Fomentar o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, segmentados e integrados à oferta turística regional.

• Articular a implantação do Projeto Aldeia Hippie de Arembepe - Museu Vivo (Programa Integração)

• Implantar pontos de venda de artesanato nas principais praias da Costa de Camaçari, com processo de curadoria para autorização da exposição e venda dos artigos.

• Implantar a Casa do Artesanato – turismo de experiência (Guarajuba).

• Reorganizar e ampliar o calendário de eventos de fluxo turístico com a criação e incentivo a eventos esportivos, culturais e gastronômicos distribuídos ao longo de todo o ano.

• Criar código de conduta do turismo baseado nas Normas da ABNT (Lei 1571/2018, Artigo 2°).

• Fomentar o debate público (Câmara de Vereadores) sobre a melhor forma de conciliar

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a gestão da oferta oficial e não oficial de hospedagem no município.

• Avaliar e regulamentar novas atividades disruptivas e erradicar atividades ilegais, especialmente aquelas que ponham em risco os direitos fundamentais dos cidadãos.

• Implantar o Parque do Morro da Manteiga e o Horto Florestal.

• Implantar o Museu da Cidade.

• Implantar o Museu das Tartarugas em Jauá e Guarajuba.

• Realizar o mapeamento dos meios de hospedagem e demais estabelecimentos à beira-mar, incluindo propriedades privadas, com condições de serem utilizadas para a realização de eventos de casamento.

• Identificar os prestadores de serviço existentes na região, diretamente relacionados com a organização e realização de eventos de casamento.

• Promover estudo de identificação dos tipos, hábitos e local de incidência das aves no território do município.

• Acompanhar e apoiar a elaboração do Plano de Manejo do Parque Municipal das Dunas de Abrantes, criado pelo Decreto no. 116/77

• Articular com os pontos de cultura do município (segmento étnico-cultural) um processo padrão de visitação que estabeleça exatamente como se dará a visitação turística; a definição de uma política comercial; o treinamento do quadro de colaboradores responsável pelas visitas e a definição de uma agenda fixa de visitação.

• Articular com as agências locais, a criação de experiências multi-centralidades para todos os segmentos de turismo prioritários (Desportivo, Destination Wedding, Étnico Cultura, Industrial, Observação de Vida Selvagem e Sol & Praia), integradas à oferta turística regional, que possam atender as necessidades e expectativas dos diferentes perfis de visitantes.

• Promover a integração entre as agências de receptivo local, as empresas do Polo Industrial, o COFIC e os espaços de eventos, para a criação e oferta de roteiros de visitação do Polo Industrial, que possam apresentar o que há de melhor em relação a logística, tecnologia, inovação, integração, governança, entre outros.

• Fomentar a criação de experiências para observação/ acompanhamento do trabalho de campo do Projeto TAMAR (Arembepe, Busca Vida e Santa Maria consideradas como os principais bolsões de desova de tartarugas monitorados pela base do Projeto Tamar), parte das quais, integradas à visitação do Projeto Tamar da Praia do Forte.

• Promover a integração entre agências receptivas e os equipamentos hoteleiros de Camaçari com a oferta turística regional e destes com as operadoras de turismo emissivo.

• Fomentar a comercialização de atividades/experiências turísticas nas OTA´s (Hotel Urbano, Peixe Urbano, Booking, AirBnb Experiences e etc.).

• Incentivar a oferta de serviços de apoio, treinamento e guarda de equipamentos

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desportivos, tais como: aula de surf, kitesurfe, windsurf, stand up paddle; espaço para guardar pranchas; etc.).

• Incentivar a reforma da base do Projeto Tamar em Arembepe.

• Promover a requalificação dos mercados municipais de Monte Gordo e Barra do Pojuca.

• Promover a requalificação das peixarias de Arembepe, Itacimirirm e Guarajuba.

• Implantar o Centro de Frutos do Mar (Barra do Jacuípe).

• Implantar o Mercado Municipal de Abrantes.

• Criar e implantar monumento em homenagem a travessia do Amyr Klink, na praia da Espera, integrado a projeto de paisagismo no entorno.

• Promover a realização de um evento/palestra de apresentação do potencial do nicho - Destination Wedding - às empresas da cadeira produtiva do turismo.

Estratégia 06. Estimular o desenvolvimento de um turismo acessível a todos.

• Articular a implantação de estrutura de acesso adaptada para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida nas principais praias e demais atrativos e identificar, no acesso às localidades, as praias que são acessíveis.

• Fomentar a implantação de infraestrutura acessível nos meios de hospedagem e estabelecimentos de alimentos e bebidas.

• Implantar projeto Praia Acessível em uma praia da Costa de Camaçari.

• Inserir a temática da inclusão no turismo dos idosos, pessoas com deficiência e público LGBT, nos eventos promovidos pela SETUR.

Estratégia 07. Estimular a adoção de práticas que promovam a conservação dos recursos naturais, a valorização da cultura e do patrimônio local e maior rentabilidade e lucratividade das empresas.

• Fomentar a implantação da Bandeira Azul nas praias de Itacimirim e Arembepe.

• Incentivar a implantação de sistemas alternativos de energia nos estabelecimentos turísticos.

• Incentivar a implantação de sistemas alternativos de tratamento de esgoto nos estabelecimentos turísticos não atendidos pelo Sistema de Esgotamento Sanitário Municipal.

• Apoiar a realização de estudos de ordenamento do uso público das Áreas de Proteção Ambiental - APAs de Camaçari.

• Incentivar o uso de insumos locais na produção gastronômica dos estabelecimentos turísticos.

• Incentivar o uso de artesanato local na decoração dos estabelecimentos turísticos.

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6CONSIDERACÕES FINAISO Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Camaçari é uma importante ferramenta para o processo de planejamento e desenvolvimento do turismo da localidade. Este documento é o resultado de aproximadamente 10 (dez) meses de estudos, reuniões, oficinas e debates com o intuito de se definir o processo de desenvolvimento turístico que se pretende para a região.

O documento está fundamentado por um levantamento completo da oferta turística e de apoio ao turismo de Camaçari, além da caracterização da infraestrutura, governança e legislação relacionada ao desenvolvimento do turismo.

Como resultados do trabalho, o presente documento apresenta a Missão, Visão e as Estratégias para o desenvolvimento do turismo em Camaçari e termina com o detalhamento do plano de ações que deve ser implementado para que seja possível cumprir a missão e visão que foram definidas por meio de um processo de planejamento participativo.

Destaca-se que o investimento econômico, financeiro, humano e político realizado, para o desenvolvimento deste documento, representa o primeiro estágio deste novo processo de desenvolvimento do turismo local.

A próxima etapa, que se inicia neste momento, é representada pela implantação/ realização das ações definidas no plano e exigirá uma grande integração do poder público, iniciativa privada e comunidade local para que cada ator da sociedade assuma a sua parte da responsabilidade pelo desenvolvimento das ações e participe, ativamente, do processo de desenvolvimento do turismo.

Destaca-se ainda a importância do Módulo de Gestão e Monitoramento do PDITS Camaçari23 (anteriormente conhecido como Mapa Conceitual), instrumento integrante do PDITS Camaçari, o qual deve ser utilizado, pelos gestores públicos do turismo, como ferramenta de apoio à gestão e monitoramento das ações previstas no Plano.

Se as ações que integram o Plano de Ações do PDITS Camaçari forem cumpridas, o município poderá se orgulhar ao ser reconhecido nacionalmente, em 2025, como “[...] um dos principais destinos turísticos da Bahia e uma referência em inovação, sustentabilidade e integração de atividades de lazer e negócios.”

Por fim, nota-se que o turismo é um importante aliado do processo de desenvolvimento

23 - O Módulo de Gestão e Monitoramento do PDITS Camaçari é um arquivo digital, criado sobre a plataforma Trello.com, que apresenta a síntese de todo o PDITS e ainda, a síntese do Plano de Ações, a fim de permitir o monitoramento, em tempo real, da execução de cada uma das ações presentes no Plano. O acesso ao Módulo de Gestão e Monitoramento do PDITS Camaçari é restrito à Secretaria de Turismo de Camaçari

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econômico e social no município e, a partir deste momento, o destino passa a ter, extremamente claro, quais são as estratégias e ações que devem ser realizadas para “promover o turismo de Camaçari, proporcionando experiências inovadoras, sustentáveis e de excelência.”

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BOOKING.COM. Booking.com revela oito previsões de viagens dos brasileiros para 2018. Disponível em: < 34% dos brasileiros dizem que se sentem confortáveis em deixar o computador planejar sua próxima aventura > Acesso: fevereiro, 2018.

BOULLÓN, Roberto C. Planejamento do espaço turístico. Bauru: Edusc, 2002.

EUROMONITOR INTERNACIONAL. 10 Tendências Mundiais de Consumo. Disponível em: <https://go.euromonitor.com/white-paper-ec-2019-10-Tendencias-Globais-de-Consumo-2019.html>. Acesso em: 20 fev. 2019.

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