1

PLANO DE ENSINO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Instituição: Universidade Alto Vale do Rio do Peixe Curso: Agronomia Professores: Siegfried Mueller simueller@epagri.sc.gov.br Período/ Fase: 5 Semestre: 1º Ano: 2011

Disciplina: Olericultura I Carga Horária: 72 horas/aula

2. EMENTA Introdução à Olericultura. Importância nutricional, social e econômica das hortaliças. O universo da olericultura e sua classificação. Os fatores climáticos, o solo, a nutrição e a adubação. Propagação e implantação da cultura. Tratamentos de sementes de hortaliças. A irrigação na olericultura. O mercado e a comercialização de hortaliças. O cultivo em ambiente protegido. A olericultura como agronegócios. Plantas ornamentais – Conceitos, paisagismo e jardinagem. Plantas medicinais - conhecimentos sobre a história, a identificação, os cuidados no uso, as formas de preparo, os princípios ativos, o cultivo, os tratos culturais e o processo de colheita. Tópicos de algumas plantas Medicinais de Interesse e potencial de cultivo regional. Plantas Aromáticas e condimentares: Origem, história, uso, cultivo. Rotação de culturas. Produção orgânica de hortaliças.

3. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Familiarizar os acadêmicos com as técnicas culturais recentes recomendadas para as diferentes hortaliças; Desenvolver o espírito crítico dos acadêmicos e a sua capacidade de análise e síntese, fazendo com que eles integrem os conhecimentos adquiridos previamente em outras disciplinas do curso de Engenharia de Horticultura com as culturas específicas do universo de hortaliças.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Enfocar a olericultura comercial tal como é praticada nas diversas condições agro-ecológicas do Brasil; 2) Fornecer aos acadêmicos embasamentos de fisiologia vegetal que os permita compreender as razões das diferentes práticas culturais adotadas para cada cultura.

Estimular o desenvolvimento conhecimentos levando em consideração a realidade da agricultura atual e vislumbrando a olericultura do futuro;

Possibilitar a identificação de conhecimentos sistematizados, de modo a desenvolver uma compreensão crítica do pensamento administrativo da olericultura como agronegócios.

2

5. RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES

Botânica; classificação e fisiologia das plantas; Bioquímica – moléculas e células; Agroclimatologia – influência dos fatores climáticos; Genética – interação genética x ambiente; Fertilidade do solo e fertilizantes – o solo e os nutrientes; a extração de

nutrientes; o papel dos nutrientes para as hortaliças; Ecologia e gestão ambiental - Compatibilização da exploração meio

ambiente-olerricultura, inserção do meio ambiente no planejamento econômico;

Fitopatologia II – controle das doenças fitopatológicas; Entomologia II – controle dos insetos-praga

6. HABILIDADES REQUERIDAS E COMPORTAMENTO ESPERADO A capacidade de criar: a) soluções com flexibilidade, adaptabilidade e com

inovação; b) de selecionar estratégias técnicas adequadas no cultivo de hortaliças visando a atender o uso das boas práticas agrícolas.

7. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Introdução à olericultura

O campo da olericultura; As características e os tipos do cultivo de hortaliças; Os rumos da olericultura brasileira.

2. O universo e as classificações das espécies hortaliças 2.1 Classificações: popular/técnica e botânica das hortaliças; 2.2 Variedade Botânica e Cultivar.

3. Os fatores climáticos: 3.1 Ambiente, genótipo e fenótipo; 3.2 Influências da temperatura e da luz e da umidade sobre as hortaliças;

4. Solo, nutrição e adubação

4.1 O solo e os nutrientes; 4.2 Extração e exportação de nutrientes; 4.3 O papel dos nutrientes essenciais; 4.4 Adubação mineral e orgânica; 4.5 Fertirrigação.

5. Propagação e implantação de hortaliças 5.1 Propagação sexuada e assexuada; 5.2 Escolha da cultivar; 5.3 Tratamento de sementes; 5.4 Produção de mudas; 5.5 Transplante de mudas e semeadura direta; 5.6 Biotecnologia – limpeza de vírus.

6. Irrigação das hortaliças

6.1 Noções básicas; 6.2 Métodos de irrigação.

3

7. Controle fitossanitário 7.1 O problema da fitossanidade; 7.2 Controle de doenças fitopatológicas; 7.3 Controle dos insetos praga; 7.4 Controle de plantas daninhas; 7.5 Cuidados na pulverização com agrotóxicos.

8. A sutil arte da comercialização 8.1 O sistema de comercialização de hortaliças; 8.2 As funções e os agentes de comercialização; 8.3 Formação de preços de comercialização; 8.4 Flutuação sazonal dos preços; 8.5 Padronização, classificação e embalagem do produto colhido; 8.6 Associativismo e suas formas.

9. Olericultura como agronegócio

9.1 Os fatores básicos de produção; 9.2 Custo de produção e análise econômica; 9.3 Planejamento da exploração.

10. Cultivo em ambiente protegido

10.1 Introdução; 10.2 Agrofilmes; 10.3 Modelos de construções; 10.4 Instalação e manejo.

11. Produção orgânica de hortaliças

11.1 Introdução e conceitos; 11.2 Evolução; 11.3 Mercado; 11.4 Dificuldades e oportunidades para produtos orgânicos; 11.5 Como se tornar um produtor de hortaliças orgânicas?

12. Rotação de culturas

12.1 Conceitos; 12.2 Antecedentes; 12.3 Princípios básicos; 12.4 Vantagens e desvantagens; 12.5 Efeitos sobre o desequilíbrio nutricional; 12.6 Controle de doenças de plantas, insetos praga e plantas daninhas

controladas pela rotação de culturas; 12.7 Planejamento de esquemas de rotação de cultura.

13. Plantas medicinais

13.1 Histórico, a identificação de plantas medicinais; 13.2 Os cuidados no uso, as formas de preparo, os princípios ativos; 13.3 Os tratos culturais e o processo de colheita; 13.4 Tópicos de algumas plantas Medicinais de Interesse e potencial de cultivo

regional; 13.5 Plantas aromáticas e condimentares – histórico, cultivo e uso.

14. Administração Por Objetivos – APO

14.1 Trabalhos de pesquisa em livros e internet para posterior

4

apresentação em sala de aula; 14.2 Aula prática na Epagri e/ou produtor de hortaliças.

8. ESTRATÉGIAS DE ENSINO A exposição do conteúdo ocorrerá por meio de atividades que facilitem e estimulem a aprendizagem. Buscar-se-á interação constante com os alunos. Atividades propostas:

Análise e interpretação de textos e artigos;

Aulas expositivas;

Experiências vivenciais;

Visitas técnicas;

Estudos de Casos;

Trabalhos em grupos.

9. SISTEMA DE AVALIAÇÃO A verificação do rendimento pessoal compreenderá para fins de aprovação o disposto na Resolução CONSUN Nº 13, que prevê especificamente em seu art. 6º, que o aluno que obtiver na disciplina média igual ou superior a seis durante o período letivo e assiduidade não inferior a 75% será considerado aprovado. No decorrer do semestre, os alunos terão três momentos para que os conhecimentos adquiridos possam ser analisados (M1, M2 e M3). Esta análise de aprendizagem será feita em grupo e de forma individual, com pesos diferenciados, conforme especificação a seguir: Assim a verificação se dará da seguinte forma: a constatação de pelo menos 75% de freqüência nas atividades em sala de aula e no aproveitamento de três médias parciais (M1, M2 e M3), conforme dispõe a referida Resolução, nos seguintes termos:

1ª Média – M1: - Prova de conhecimento parcial, individual, sem consulta, = Peso 33% 2ª Média – M2: - Prova de conhecimento parcial, individual, com ou sem consulta = Peso 33% 3ª Média – M3: - Média das notas dos trabalhos em grupo, das apresentações individuais de trabalhos, e de relatórios = Peso 33%

Observações Importantes:

As análises de aprendizagem individuais (provas) serão escritas, constituídas de questões discursivas e assertivas ou negativas, e aplicadas em data previamente marcada;

O acadêmico que se ausentar no dia da realização da prova só terá direito à prova substitutiva mediante processo administrativo devidamente protocolado e autorizado pela Secretaria do Acadêmico;

Os trabalhos devem ser entregues em sala de aula e ou por e-mail.

5

10. BIBLIOGRAFIA

10.1 BIBLIOGRAFIA BÁSICA

FILGUERA, F. A. R., Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na Produção e comercialização de hortaliças. Viçosa, Ed. UFV, 2000.

Martins, R.E.; Castro, D.M. de; Castellani, D.C.; Dias J.E. Plantas medicinais: Universidade Federal de Viçosa, MG, 2000; 220p.

Olericultura: teoria e prática. Ed. Paulo César Rezende de Campos – Viçosa, MG. 2005. 486p.

10.2 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

EDITORA TRÊS LTDA. Enciclopédia das plantas que curam – a natureza a serviço de sua saúde. Tomo 2. São Paulo. (s.d.). CAMARGO, L.S., As hortaliças e seu cultivo. 2 ed. Revista aumentada. Campinas: Fundação Cargill, 1984. 448 p. CHAVES, L.H.G. Nutrição e adubação de tubérculos. Campinas: Fundação Cargill, 1985. CHITARRA, M.I.F., Pós-colheita de frutos e hortaliças: Fisiologia e manuseio. Lavras: ESAL/FAEPE 1990. CORRÊA JÚNIOR, C.; MING, L.C.; SCHEFFER,M.C. Cultivo de plantas medicinais, condimentares e aromáticas. Curitiba, EMATER. 1991. 162p. EDITORA TRÊS LTDA. Enciclopédia das plantas que curam – a natureza a serviço de sua saúde. Tomo 1. São Paulo. (s.d.). 500p. FERREIRA, M.E., CASTELLANE, P.D., CRUZ, M.C.P. (eds). Nutrição e Adubação de Hortaliças. Piracicaba. Assoc. Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato – POTAFOS, 1993. 487p. FRANCO, I.J. Ervas & Plantas medicinais – A medicina dos simples. Erexim. Ed. IMPRIMAX. (s.d.) 177p. INSTITUTO CEPA/SC. Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina. 2000. Florianópolis. JAKOBS, B.E.M. Ervas: como cultivar e utilizar com sucesso/ BETTI E.M. JAKOBS. São Paulo: NOBEL, 1995. 215p. LORENZI, H. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais. 2.ed. Nova Odessa, Plantarum.1991. 440p. LORENZI, H. Plantas daninhas do Brasil. Nova Odessa, SP. H. LORENZI, 1982. 425p. MARQUES, L.F. Plantas medicinais, caracterização e cultivo. Florianópolis: MARTINS, E.R.; CASTRO, D.M. de; CASTELLANI, D.C.; DIAS, J.E. Plantas medicinais/ Ernane Ronie Martins ... Viçosa: UFV, 2000. 220p. MICHALAK, E., Irmã. Apontamentos fitoterápicos da irmã Eva Michalak. Florianópolis: EPAGRI, 1997. 94p. MINANI, K., Produção de mudas de alta qualidade em horticultura. São Paulo: T.A. Queiroz, Editor

6

LTDA. Rua Joaquim Floriano, 733, 9º andar, 04534-904, São Paulo, SP. SEABROOK, P., Manual prático e completo de horticultura. São Paulo, Ed. Melhoramentos, 1982. 120 p. SONNENBERG, P.E., Olericultura Especial. 1ª parte. 7 Ed. Goiânia: Univ. Federal de Goiás, Escola de Agronomia, 1998. 184 p. SILVA JÚNIOR, A.A.; VIZZOTTO,V.J.; GIORGI, E.; MACEDO, S.G.; MATTOS, J.K. de A. Plantas Medicinais: Aspectos agronômicos. Brasília. Ed. Do Autor. 1996. 51p. GUIA DAS FLORES. Editora Abril, 1990. 142p. São Paulo. PLANTAS ANUAIS E BIANUAIS. JB indústrias gráficas SA, 1987. 172p. Rio de Janeiro. DICIONÁRIO DE PLANTAS E FLORES. Editora Europa, 1990. 80p. São Paulo. JARDIM E JARDINAGEM. EMBRAPA, 1994. 56p. Brasília-DF. MANUAL GLOBO DE JARDINAGEM. Editora Globo, 320p em 05 volumes. Rio de Janeiro. MANUAIS ESPECIAIS SÍTIOS & JARDINS (hoje revista natureza). Orquídeas, Bonsai, Samambaias, Violetas, 430 Dicas, Floreiras. Editora Europa, 1992. São Paulo. TUDO VERDE. Guia das Plantas e Flores. Bianchini, F. e Pântano Azzura C., Ed. Melhoramentos, 1993. 135p. São Paulo. ENCICLOPÉDIA EM CD-ROM. 1001 Plantas & Flores. Editora Europa. São Paulo. Edição Especial. COMO MONTAR UMA FLORICULTURA. Ed. SEBRAE, 29p. 1996, Brasília-DF. PLANTAS DE INTERIOR. Herwig, Rob. Editorial Blume, 192p. 1972 em espanhol. PLANTAS DE INTERIOR. Blume, Herman. Editorial Blume, 107p. Em espanhol. REVISTA NATUREZA. Ed. Europa. REVISTA PAISAGISMO & JARDINAGEM. www.casadois.com.br revista flor in – Para floriculturas. Holambra. LIVROS DE PAISAGISMO. Burle Max.