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Plano de Recuperação Final EF2 1 Professoras: Ananda, Grazi, Mirelli, 8º Anos Lívia e Nancy Objetivo: Proporcionar ao aluno a oportunidade de rever os conteúdos trabalhados durante o ano nos quais apresentou dificuldade e que servirão como pré-requisitos para os conteúdos que serão trabalhados no próximo ano. Como estudar (estratégia): O aluno deverá refazer os exercícios dados em sala e realizar a lista de exercícios. Deverá, também, refazer as provas aplicadas como forma de rever o conteúdo de maneira prática e assistir às videoaulas dos assuntos indicados. Avaliação: O conteúdo descrito abaixo será avaliado por meio de: PROVA com questões dissertativas (valor 8,0); LISTA DE EXERCÍCIOS (valor 1,0); REDAÇÃO proposta na lista de recuperação (valor 1,0). MATÉRIA A SER ESTUDADA: VOLUME CAPÍTULO ASSUNTO 3 11 e 12 Aposto, Vocativo e Orações coordenadas. 3 13 Orações Subordinadas Substantivas. 4 14 Orações Subordinadas Adjetivas. 4 15 e 16 Orações Subordinadas Adverbiais. INTERPRETAÇÃO 1. Para responder às questões que seguem, leia atentamente o texto abaixo: Caso de secretária Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

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Plano de Recuperação Final – EF2

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Professoras: Ananda, Grazi, Mirelli, 8º Anos Lívia e Nancy

Objetivo: Proporcionar ao aluno a oportunidade de rever os conteúdos trabalhados durante o ano nos quais apresentou dificuldade e que servirão como pré-requisitos para os conteúdos que serão trabalhados no próximo ano.

Como estudar (estratégia):

O aluno deverá refazer os exercícios dados em sala e realizar a lista de exercícios. Deverá, também, refazer as provas aplicadas como forma de rever o conteúdo de maneira prática e assistir às videoaulas dos assuntos indicados.

Avaliação:

O conteúdo descrito abaixo será avaliado por meio de:

PROVA com questões dissertativas (valor 8,0);

LISTA DE EXERCÍCIOS (valor 1,0);

REDAÇÃO – proposta na lista de recuperação (valor 1,0).

MATÉRIA A SER ESTUDADA:

VOLUME CAPÍTULO ASSUNTO

3 11 e 12 Aposto, Vocativo e Orações coordenadas.

3 13 Orações Subordinadas Substantivas.

4 14 Orações Subordinadas Adjetivas.

4 15 e 16 Orações Subordinadas Adverbiais.

INTERPRETAÇÃO

1. Para responder às questões que seguem, leia atentamente o texto abaixo:

Caso de secretária

Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a

mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que

vivia para seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

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Mas no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que

poderia muito bem ter ignorado o aniversário, entretanto o lembrava. Era mais do que uma auxiliar, atenta,

experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.

Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocochô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida.

Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada?

Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.

Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda sua

solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de

suaves brincadeiras da parte dela.

-O Senhor vai comemorar em casa ou numa boate?

Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste

mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

- Se o senhor quisesse, podíamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.

E não é que podia mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal lá de casa pouco tá

ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora - era bem bonita.

Daí por diante, o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar

todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário, ele principalmente. Conteve-se, no prazer ansioso

da espera.

- Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.

- Se não se importa, vamos passar primeiro em meu apartamento. Preciso trocar de roupa.

Ótimo, pensou ele; - faz-se a inspeção prévia do terreno, e, quem sabe...

- Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.

Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e fazer anos, como começou a fazê-los pelo

avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe o braço.

No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos

ele poderia entrar no quarto, não precisava bater - e o sorriso dele, dizendo isto, era uma promessa de felicidade.

Ele nem percebeu ao certo se estava arrumando ou se desarrumando, de tal modo os quinze minutos se

atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa

incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no

cantando "Parabéns pra você".

ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.

a) Pelo contexto, qual o sentido de:

Trombudo:

Borocochô:

Pé-de-boi:

b) A que gênero pertence o texto lido? Justifique.

c) O homem estava trombudo e borocochô porque:

( ) estava ficando mais velho.

( ) odiava festa de aniversário.

( ) sua esposa e seus filhos não lembraram do seu aniversário.

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( ) não gostou das flores que ganhou da secretária.

d) Que história o leitor imagina que será contada?

e) Que história, de fato, é contada?

f) Que elemento do enredo permite perceber a diferença entre o que se diz na questão “d” e na “e”,

tornando interessante e envolvente a leitura do texto?

g) O título do texto sugere alguns sentidos. Quais? Depois de ter lido o texto, por que você acha que a

secretária se lembrou do aniversário do chefe?

2. Para responder às questões que seguem, leia atentamente o texto abaixo:

Drácula

Alguns dias depois. – Num supremo esforço executei meu plano e, com a ajuda de Deus, voltei são e salvo

a meu quarto. Agora é a vez colocar detalhe por detalhe na devida ordem. Aproveitando toda a minha coragem,

segui direto até a janela que se abre sobre o flanco sul e imediatamente ganhei a parede externa desse lado. As

pedras são todas grandes e suas arestas são grosseiras. Sofrendo a prolongada ação do tempo, a caliça que

compõem os interstícios foi destruída pelo sol, pelo vento e pela chuva. Descalcei minhas bota e iniciei minha

aventura pela trilha do desespero. Ainda olhei antes para baixo, para assegurar-me se algum súbito clarão provindo

das sinistras profundezas não me viria alcançar. Depois, porém, tratei de me abster de voltar a olhar. Conhecendo

perfeitamente a distância e direção em que fica situada a janela do Conde, fui vencendo uma a uma as dificuldades

do trajeto, buscando sempre aproveitar todas as possibilidades que encontrava. Não senti o menor sintoma de

tonteira – presumo que tenha estado terrivelmente excitado – e o tempo já me parecia irrisoriamente curto quando

pus os pés sobre o parapeito da janela e finalmente a pude deslocar do seu caixilho. A minha excitação, porém,

chegou ao auge no instante em que pude me curvar e estiquei a perna para pisar sobre o soalho. Olhei então em

torno, à procura do Conde. E com surpresa e incontida satisfação, fiz uma descoberta: o quarto estava vazio! Era

sobriamente mobiliado com peças essenciais, as quais, entretanto, pareciam jamais ter sido usadas. Os utensílios e

guarnições apresentavam mais ou menos o mesmo estilo dos demais, existentes na ala sul, e estavam cobertos de

pó. Procurei a chave da porta, pois não se achava na fechadura. Não me foi, todavia, possível encontrá-la em lugar

algum. A única coisa que despertou minha atenção foi uma grande quantidade de ouro, amontoada num dos cantos

do quarto – ouro das mais variadas espécies e precedências: romano, britânico, austríaco, húngaro, grego e turco,

amoedado e encoberto por espessa camada de pó, como se ali já estivesse há muito tempo. Segundo observei,

nenhuma dessas moedas tinha menos de três séculos de existência. Entre elas havia também uma porção de

correntes e adornos, inclusive algumas joias. Tudo, porém, já muito velho e enegrecido.

Num outro canto do quarto, havia também uma porta. Esta, contudo, era muito mais pesada. Também a

experimentei, visto não ter encontrado a chave do quarto, e tampouco a da porta de fora, que mais me interessava.

Por isso eu era obrigado a insistir em minha busca, do contrário todo o meu esforço estaria baldado. Mas esta

estava aberta e conduzia a um corredor calçado com pedras. Dali alcançava-se uma escada circular, que descia

abruptamente. Prossegui por ela. Mas redobrei minha atenção para ver por onde passava, pois a escada era muito

escura, e só aqui e ali recebia alguma claridade através de pequenas seteiras abertas na alvenaria. Ao chegar ao

fundo, deparei-me com um corredor em forma de túnel e ainda mais escuro, através do qual escapava um odor letal

e doentio, um cheiro de terra podre, recém-revolvida.

À medida que eu avançava ao longo deste corredor, tal odor se tornava mais forte e mais pesado.

Finalmente tive de empurrar uma espessa porta que se achava entreaberta e encontrei-me diante de uma velha e

arruinada capela, que evidentemente tinha sido usada como cemitério. O piso estava quebrado e em dois lugares

havia rastros em direção às catacumbas. O chão, porém, tinha sido recentemente escavado e toda a terra se achava

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depositada em grandes caixas de madeira, precisamente aquelas que eu vira serem trazidas pelos eslovacos. Não

havia vivalma ao meu redor, mas nem por isso deixei de esquadrinhar cada polegada de terreno, para que nada me

escapasse. Decidi então explorar as catacumbas, embora estivesse experimentando o mais tétrico pavor de minha

alma. Inspecionei como pude duas delas e nada descobri, além de pequenos fragmentos de ataúdes já

desmantelados e de alguns montículos de pó. Na terceira, porém, meu corpo estremeceu.

Ali, a um passo, diante dos meus pés, dentro de uma das caixas, entre outras cinquenta, sobre um canteiro

de terra ainda bem fresca, estava estendido o Conde! Ele nem dormia, nem estava morto. Eu, entretanto, não sei

dizer o que se passava, pois seus olhos, embora arregalados, pareciam duros como pedra, mas, ainda assim, não

estavam vidrados, como os de um morto, e as maçãs de seu rosto continuavam irradiando calor, apesar de toda sua

palidez, e seus lábios permaneciam vermelhos, como sempre. Não havia nele, porém, o menor sinal de movimento.

Ausência total de pulso, respiração e batimentos do coração. Intrigado com tudo o que via, inclinei-me sobre ele,

tentando localizar algum indício de vida, mas em vão. Ele não podia estar ali por muito tempo, porquanto o odor

que ainda se desprendia da terra abaixo do seu corpo não teria levado mais que poucas horas para dissipar-se. Ao

lado do seu caixão estava também a tampa, a qual apresentava vários orifícios, abertos aqui e ali. Lembrei-me

naquele instante que deviam estar ali, em seu poder, as chaves que eu tanto procurara. Mas quando pensei em

apanhá-las deparei com seus olhos mortiços e, a despeito de se manterem imóveis e inconscientes de minha

presença, ainda pude surpreender em suas órbitas aquele mesmo olhar de profundo ódio. Isso bastou para me pôr

em fuga. Corri então desabaladamente e, após deixar o quarto do Conde pela mesma janela por onde havia entrado,

saí novamente me arrastando pelas saliências da parede do castelo. Ao chegar finalmente a meu quarto, arremessei-

me ofegante sobre a cama, para tentar recolocar minhas ideias no lugar...

STOCKER, Bram. Drácula. Trad. de Theobaldo de Souza. 2ª ed. Porto Alegre: L&PM, 1985.

a) Jonathan Harker escreve que vai anotar os acontecimentos:“detalhe por detalhe na devida ordem”.

Qual é a primeira descrição detalhada que instaura a expectativa e o suspense em sua narração?

b) A descrição do quarto de Drácula revela pequenos detalhes estranhos, detalhes de que o castelo não é

habitado por pessoas comuns. Que características do vampiro esses detalhes sugerem? Cite alguns deles.

c) Ao sair do quarto do Conde (parágrafos 2 a 4), outros detalhes, cada vez mais estranhos, intensificam o

medo, até o “mais tétrico pavor”, aumentando consequentemente a expectativa do leitor. Quais são eles?

d) O efeito de suspense é conseguido pelo acúmulo dos detalhes que aumentam a tensão e a expectativa

até um clímax. Qual é o clímax da aventura de Jonathan Harker? E o desfecho?

e) No último parágrafo, que características de Drácula são indicadas pelos detalhes da descrição?

Transcreva um trecho do texto que comprove sua resposta.

GRAMÁTICA

I. Aposto 1. Identifique o aposto nas seguintes frases:

a) A Paulista, importante avenida de São Paulo, é sempre congestionada.

b) O pai deu um conselho ao filho: sabedoria, tranquilidade e respeito são essenciais à vida.

c) Joana, a aluna inteligente, escreve bem.

d) Sabedoria, tranquilidade, respeito, tudo estava no conselho de seu pai.

2. Reescreva as frases, ampliando-as com um aposto para cada termo em destaque. Veja o exemplo:

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O futebol está perdendo adeptos no Brasil.

O futebol, famoso esporte de origem inglesa, está perdendo adeptos no Brasil.

a) O automobilismo conquistou multidões.

b) O Brasil continua atraindo turistas.

c) Gosto muito de Campinas.

d) O café é originário da África.

3. Transcreva os apostos:

a) Há três palavras de ordem para o Brasil decolar: educação, honestidade e inteligência política.

b) A rota dos parques nacionais do Brasil guarda surpresas: cachoeiras em serras, caminhadas entre

cânions, bichos.

c) Os conflitos se acirram em Bagdá, capital do Iraque.

II. Vocativo 4. Atente-se para o poema exposto, procurando responder às questões referentes a ele:

Dois vocativos

A maravilha dá de três cores:

branca, lilás e amarela,

seu outro nome é bonina.

Eu sou de três jeitos:

alegre, triste e mofina,

mas meu outro nome eu não sei.

Ò mistério profundo!

Ò amor!

Adélia Prado

(In: O coração disparado. Rio de Janeiro: Record, 2006, p.19)

a) O “eu” lírico, representado no poema, explicita informações tendo como referência dois elementos: a

flor e uma pessoa, cuja identificação não é retratada. Como se trata de um texto poético, sabemos que ele

nos revela algo a mais daquilo que “aparentemente” parece óbvio. Partindo desse pressuposto, qual a

pretensão da autora em se referir às características desse outro ser, ou seja, o humano?

b) No poema, há dois versos que têm como função esclarecer sobre um termo especificado anteriormente,

logo remetemo-nos à ideia do aposto. Identifique-os.

c) Identifique a presença do vocativo e destaque-o.

5. A propósito do trecho que segue, aponte a classificação correta referente ao termo em destaque:

“Minha bela Marília, tudo passa,

A sorte deste mundo é mal segura

Se vem depois dos males a ventura

Vem depois dos prazeres a desgraça”. (Tomás Antônio Gonzaga)

6. Aponte o vocativo nos casos abaixo:

a) Tenha esperança, meu filho! Não desanime!

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b) Tome cuidado, garoto! Poderás se machucar.

c) Ó Pai, obrigada por proteger-me.

d) Amigo, posso pedir-lhe um favor?

e) Participem todos da comemoração, caros colegas!

III. Orações Coordenadas Sindéticas e Assindéticas 7. Leia e responda:

(Folha de S. Paulo, 24/05/2012)

a) No terceiro quadrinho, há duas conjunções coordenativas, identifique-as e classifique-as.

I. Conjunção:

Classificação:

II. Conjunção:

Classificação:

b) Ainda com relação ao terceiro quadrinho, se substituíssemos a segunda conjunção coordenativa por

“por isso”, haveria alteração de sentido? Justifique.

c) Observe a frase do primeiro quadrinho “Já que você está doente”. Qual relação de sentido a

conjunção destacada exerce com a segunda frase “eu vou trazer seu café da manhã pra cama”?

8. Una as orações dadas em cada item, usando, para isso, uma conjunção coordenativa; em seguida,

indique o tipo de relação estabelecida. (Faça as alterações necessárias.) Siga o modelo:

O velho pai sofria com isso. Não chorava nem maldizia a sorte.

O velho pai sofria com isso, mas não chorava nem maldizia a sorte.

Relação de adversidade

a) Ele é uma pessoa competente. Ele está sempre disposto a ajudar.

b) Ele quer ficar rico. Deve trabalhar com muito afinco. c) Aquela cidade não oferece muitas chances de trabalho. Muitos jovens insistem em não sair de lá.

9. Leia o poema abaixo e responda:

O mundo é grande

O mundo é grande e cabe

nesta janela sobre o mar.

O mar é grande e cabe

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na cama e no colchão de amar.

O amor é grande e cabe

no breve espaço de beijar.

(Carlos Drummond de Andrade)

a) No texto, o autor emprega a conjunção “e” com dois diferentes valores coordenativos. Em apenas uma

das ocorrências da conjunção “e” ela tem valor aditivo. Reescreva o verso que contém esse valor.

b) Nas demais ocorrências, qual valor semântico (sentido) a conjunção coordenativa “e” apresenta?

Justifique sua resposta mostrando por qual conjunção coordenativa o “e” poderia ser substituído.

IV – Orações subordinadas substantivas

10. Leia atentamente a tirinha abaixo:

a) Transcreva a oração subordinada substantiva presente na tira e classifique-a.

Oração subordinada:

Classificação:

b) Que elemento introduz a oração que completa o sentido do verbo? Identifique-o e classifique-o.

11. Identifique e classifique as orações subordinadas substantivas:

a) A virtude das mulheres é que elas nunca mentem.

b) É conveniente que todos participem.

c) Lembre-se de que todos somos pó.

d) Compreende-se que o ponto da lição era difícil.

e) Ninguém soube se morrera de desgosto.

12.“Concordei que assim era, mas aleguei que a velhice de D. Plácida estava agora ao abrigo da

mendicidade: era uma compensação.”

Há, no período acima, uma oração coordenada sindética adversativa que é ao mesmo tempo principal

em relação a uma subordinada substantiva objetiva direta.

a) Qual é essa oração coordenada sindética adversativa que é também principal?

b) Qual é a oração subordinada substantiva objetiva direta?

V – Orações subordinadas adjetivas

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O texto a seguir refere-se à questão 13:

O açúcar – Ferreira Gullar

O branco açúcar que adoçará meu café

nesta manhã de Ipanema

não foi produzido por mim

nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro

e afável ao paladar

como beijo de moça, água

na pele, flor

que se dissolve na boca. Mas este açúcar

não foi feito por mim.

Este açúcar veio

da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,

dono da mercearia.

Este açúcar veio

de uma usina de açúcar em Pernambuco

ou no Estado do Rio

e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana

e veio dos canaviais extensos

que não nascem por acaso

no regaço do vale.

Em lugares distantes, onde não há hospital

nem escola,

homens que não sabem ler e morrem de fome

aos 27 anos

plantaram e colheram a cana

que viraria açúcar.

Em usinas escuras,

homens de vida amarga

e dura

produziram este açúcar

branco e puro

com que adoço meu café 13.Considere, no texto, os adjetivos AÇÚCAR (verso 1), CANAVIAIS (verso 19) e LUGARES (verso

22).

a) Cada um desses substantivos é caracterizado por um adjetivo e por uma oração subordinada adjetiva.

Transcreva esses caracterizadores:

I) Açúcar:

Adjetivo:

Oração Subordinada Adjetiva:

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II) Canaviais:

Adjetivo:

Oração Subordinada Adjetiva:

II) Lugares:

Adjetivo:

Oração Subordinada Adjetiva:

b) As três orações que você identificou no item “A” têm a mesma classificação? Justifique.

c) Transcreva a palavra que introduz as orações subordinadas adjetivas. Classifique essa palavra em

pronome relativo ou conjunção e justifique.

d) Interprete os seguintes versos do poema e justifique a possível ironia nele contida:

Em usinas escuras,

homens de vida amarga

e dura

produziram este açúcar

branco e puro

com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

e) Quem são e como é a vida social e econômica das pessoas realmente responsáveis pela colheita do

açúcar (da cana de açúcar)?

f) Qual é o caminho da cana de açúcar (açúcar) desde a colheita até a mesa do eu lírico?

14. Explique a diferença de sentido entre os pares de orações adjetivas e classifique-as em

EXPLICATIVA ou RESTRITIVA:

a) I. O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.

II. O homem que se considera racional muitas vezes age animalescamente.

b) I. Os idosos, que gostam de dançar, se divertiram muito.

II. Os idosos que gostam de dançar se divertiram muito.

c) I. O circo de cavalinhos que era esperado para março antecipou sua chegada.

II. O circo de cavalinhos, que era esperado para março, antecipou sua chegada.

15. Numa cidade, os motoristas de ônibus urbanos estavam em greve por melhores salários. Certo dia, um

jornal da cidade publicou, a esse respeito, a seguinte manchete:

Motoristas que receberam aumento voltaram ao trabalho.

Uma pessoa lê a notícia e diz a alguém:

“– O jornal está noticiando que a greve dos motoristas acabou”.

Pergunta-se: essa pessoa interpretou adequadamente o que leu? Explique sua resposta.

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16. Transforme o adjetivo em uma oração adjetiva:

a) O professor facilitador ajuda os alunos nos conteúdos.

b) Todas as pessoas simpatizantes da Língua Portuguesa, por favor, dirijam-se ao teatro!

c) Você é um dos poucos alunos conhecidos por mim.

d) Homens e mulheres fumantes vivem pouco.

e) Admiro pessoas esforçadas.

VI – Orações Subordinadas Adverbiais

17. Classifique as orações subordinadas adverbiais destacadas abaixo em: causal, comparativa,

concessiva, condicional, conformativa, consecutiva, final, proporcional ou temporal.

a) A inflação deste mês foi menor que a do mês passado, como já haviam previsto os analistas

econômicos.

b) “Subi a escada. A escuridão era tão viscosa que, se eu estendesse a mão, poderia senti-la amoitada

como um bicho entre os degraus.” (Lygia Fagundes Telles)

c) “Se, aos quinze anos de idade, agia assim, aos trinta estaria tão cheia de tabus que ficaria insuportável.”

(Duílio Gomes)

d) “Desde que acordara uma inquietação surda recomeçava a pesar-me na alma.” (Eça de Queirós)

e) Os olhos do sertanejo iam ficando mais tristes, à medida que a água do açude ia minguando com a

longa estiagem.

f) Muitos candidatos fazem promessas irrealizáveis, a fim de obter o voto dos eleitores mais ingênuos e

desinformados.

h) Assim que você sair, feche a porta.

i) “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.” (Fernando Pessoa)

j) Quanto mais ouço essa música, mais a aprecio.

k) “Como o silêncio se propagasse, Anselmo resolveu rompê-lo.” (Machado de Assis)

l) “Negro Pastinha segurou o rapaz, como era seu costume.” (Jorge Amado)

m) “Pus-me a rezar a Santa Bárbara / como se fosse a velha tia de alguém...” (Alberto Caeiro)

n) A garota riu tanto, que se engasgou.

o) Mesmo que chova, iremos à praia.

p) O pai sempre trabalhou para que os filhos tivessem um bom estudo.

q) “Pouco a pouco esta certeza ergueu-se, petrificou-se na minha alma e, como uma coluna num

descampado, dominou toda minha vida interior.” (Eça de Queirós)

r) Ele seria incapaz de nos criticar, ainda que estivéssemos errados.

s) Já que a decisão foi tomada, podemos encerrar a reunião.

t) Mesmo que chova, iremos à praia.

18. Reúna os pares de orações em um período composto, de modo a estabelecer entre elas a relação de

sentido indicada em cada caso. Flexione os verbos no tempo adequado e faça as alterações necessárias.

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a) Não comunicaram nada. Ainda não tinham certeza. (causa)

b) Existiu água em Marte. Existiu vida. (condição)

c) Os cientistas comunicavam informações da Spirit à imprensa. Informações iam sendo recebidas.

(proporção)

d) Há indícios de água em Marte. Informaram os cientistas à imprensa. (conformidade)

e) A Spirit se comunicou com a Terra. Os cientistas comemoraram. (tempo)

f) Ainda não se comprovou a existência de água em Marte. “Há” indícios. (concessão)

19.Reúna os dois fatos citados abaixo em um período composto por subordinação, estabelecendo entre

eles a relação que se acha expressa nos parênteses.

A – O aluno estudou muito.

B – O aluno não conseguiu interpretar o problema.

(concessão)

A – A exploração do trabalho infantil é um grave problema dos países desenvolvidos.

B – A ONU divulgou o grave problema da exploração do trabalho infantil nos países em

desenvolvimento. (conformidade)

20. Compare as orações em destaque:

I.

a) Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se escutou um único ruído.

b) Ele dorme como um anjo.

c) Tudo aconteceu como eles haviam previsto.

Elas têm a mesma classificação? Justifique.

II.

a) Desde que ele partiu, seus filhos vivem com a avó.

b) Eles poderão participar da competição, desde que obedeçam ao regulamento.

Elas têm a mesma classificação? Justifique.

REDAÇÃO

Proposta:

Considere-se parte de um grupo de moradores de um bairro central de Campinas e escreva um

abaixo-assinado posicionando-se a favor da criação de ciclovias nos principais bairros

campineiros.

Utilizando-se das informações presentes na coletânea e de seu conhecimento de mundo, redija

um abaixo assinado sobre o tema:

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QUEREMOS BICICLETAS E CICLOFAIXAS NA NOSSA CIDADE

Apresentamos, a seguir, uma coletânea de textos, a qual servirá para ajudá-lo a ampliar seu

conhecimento sobre o tema proposto. Leia-a com muito cuidado e procure destacar as informações mais relevantes para seu PROJETO DE TEXTO.

O uso da bicicleta como alternativa para o transporte nas grandes cidades brasileiras está na ordem

do dia. As bikes contribuiriam para resolver problemas de mobilidade urbana, por ajudar a retirar carros

das ruas e ocupar menos espaço do que eles. Além disso, trata-se de um meio de transporte que não

produz poluição, nem do ar, nem sonora. Contudo, ao lado dos inegáveis pontos positivos, há vários

problemas em fazer das bicicletas um meio de transporte viável no Brasil: como torná-las seguras em

meio ao trânsito caótico e como obrigar os motoristas respeitarem os ciclistas? A implantação de

ciclovias, em São Paulo, por exemplo, tem gerado polêmicas. Há também quem argumente que aqui não é

a França ou a Holanda, onde o uso da bicicleta como meio de transporte (e não apenas de lazer) é uma

realidade. Como você se coloca diante dessa discussão? Acredita que a bicicleta é uma opção viável ou

acha que, independentemente de intervenções governamentais, as bikes não deixarão de ser utilizadas

somente como meio de esporte e lazer? Leia a seguir algumas informações que podem ajudá-lo a refletir

sobre o assunto e discuta-o numa dissertação argumentativa.

Fatos estatísticos

Segundo a pesquisa Datafolha, 80% dos paulistanos dizem ser a favor da implantação dessas vias e

60% acreditam que a bicicleta é um meio de transporte viável para o dia a dia. Apesar disso, o número de

adeptos é tímido - 3% dizem usar a bike com frequência. Um em cada três paulistanos tem bicicleta.

Nesse grupo, 47% dizem já haver usado uma ciclovia da cidade. A maioria, porém, declara pedalar nessas

vias no máximo duas vezes por semana. Dos que não têm bicicleta, 22% afirmam que pretendem comprar

no futuro próximo.

Potencial

Trata-se, não por acaso, de tendência nas principais metrópoles do mundo [o uso das bikes]. A

bicicleta é um meio de transporte limpo, que ocupa muito menos espaço do que um carro (embora não

seja "a" solução para os problemas de mobilidade urbana) e oferece a seus usuários a possibilidade de não

ficar refém das condições do trânsito. Numa cidade como São Paulo, porém, nunca foi fácil usar

bicicletas, e não surpreende que apenas 3% dos paulistanos digam se valer desse transporte com

frequência. Construir 400 km de ciclovias, como quer Haddad, decerto não aplainará o terreno acidentado

nem tornará a metrópole mais segura, mas ao menos dará aos ciclistas alguma proteção num sistema tão

hostil quanto caótico. O potencial de atração dessas vias é significativo. Entre os entrevistados, 22%

declaram intenção de, nos próximos seis meses, comprar uma bicicleta (32% já têm uma), e 41% indicam

ser grande a chance de usar as ciclovias. [Folha de S. Paulo]

Instruções:

a) Destine o abaixo-assinado, a favor da criação de ciclovias nos principais bairros campineiros,

ao prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do PSB, explicando o problema e solicitando solução.

Page 13: Plano de Recuperação Final EF2 - Integral Paulínia · que ainda se desprendia da terra abaixo do seu corpo não teria levado mais que poucas horas para dissipar-se. Ao lado do

Plano de Recuperação Final – EF2

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b) Considere os interesses do prefeito da cidade de Campinas na construção de sua argumentação,

mostrando que ele pode ter benefícios ao atender a solicitação do abaixo-assinado.

c) Pense no leitor: o abaixo-assinado precisa conquistar primeiramente os leitores, para aderirem à

ideia do “grupo”. Posteriormente, será enviado à pessoa ou entidade que pode ser responsável por

resolver o problema ou atender à solicitação.

d) Trate a questão preferencialmente como um problema coletivo, e não como se dissesse respeito

exclusivamente aos seus interesses.

e) Utilize informações dos textos da coletânea, sem copiá-los na íntegra, ou princípios que

fundamentem seu ponto de vista e o tornem digno de mais credibilidade.

f) Redija o texto atento à estrutura do gênero. Lembre-se: vocativo com pronome de tratamento

adequado, corpo do texto, local, data e assinaturas são partes imprescindíveis para atender à produção

desse tipo de texto.

g) Dê um título adequado ao seu abaixo-assinado.

h) Faça um rascunho e só passe a limpo depois de realizar uma revisão cuidadosa, seguindo as

orientações abaixo. Refaça o texto quantas vezes forem necessárias.

i) Seu texto deve ter entre 15 e 25 linhas.

Revisão e Reescrita

Antes de finalizar o abaixo-assinado, leia-o e observe se:

o texto deixa claro o motivo da denúncia, do alerta, ou da reivindicação;

ele apresenta argumentos claros e consistentes, que fundamentem o ponto de vista dos

autores;

a linguagem está de acordo com a norma-padrão;

apresenta todas as características da estrutura do gênero.

Ao terminar o texto, passe-o a limpo – à tinta.