Plano Integrado de Gerenciamento de Residuos Solidos de...
Transcript of Plano Integrado de Gerenciamento de Residuos Solidos de...
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 1
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2
2 LEVANTAMENTO DE DADOS ............................................................................ 4
2.1 Dados sociais ....................................................................................................4
2.1.1 Dados gerais ..................................................................................................4
2.1.2 Histórico de desenvolvimento .........................................................................7
2.1.3 Densidade demográfica ..................................................................................7
2.1.4 Taxa geométrica de crescimento anual da população ......................................... 8
2.1.5 Grau de urbanização ...................................................................................... 9
2.1.6 Taxa de mortalidade infantil ...........................................................................10
2.1.7 Taxa de natalidade .........................................................................................11
2.1.8 Taxa de fecundidade geral .............................................................................12
2.1.9 Renda per capita ............................................................................................13
2.1.10 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) ............................... 14
2.1.11 Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) ..................................... 16
2.1.12 Dados de domicílios particulares ..................................................................17
2.1.13 Caracterização da ocupação ........................................................................18
2.1.14 Consumo de energia elétrica ........................................................................18
2.2 Dados físicos .....................................................................................................19
2.2.1 Caracterização física ......................................................................................21
2.2.2 Característica física simplificada do Município de Brejo Alegre .....................27
2.2.3 Infraestrutura urbana ......................................................................................27
2.2.4 Saneamento e saúde pública .........................................................................27
2.2.5 Disponibilidade hídrica ...................................................................................28
2.2.6 Descrição dos sistemas públicos e sociais existentes ...................................28
2.2.7 Descrição do nível educacional da população ...............................................29
2.2.8 Indicadores de educação ...............................................................................31
2.2.9 Apontamento das principais fontes de renda do Município de Brejo
Alegre ......................................................................................................................33
2.2.10 Descrição dos indicadores de renda, pobreza e desigualdade ....................36
3 DIAGNÓSTICO OPERACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................... 39
3.1 Diagnóstico de resíduos sólidos domiciliares e comerciais ...............................39
3.1.1 Geração ..........................................................................................................39
3.1.2 Forma de acondicionamento ..........................................................................42
3.1.3 Informações sobre a coleta convencional ......................................................43
3.1.4 Tratamento, destinação e disposição final .....................................................46
3.1.5 Dados sobre a coleta seletiva e triagem .........................................................50
3.1.6 Informações sobre a triagem ..........................................................................50
3.1.7 Catadores de materiais recicláveis .................................................................50
3.2 Diagnóstico de resíduos sólidos e limpeza urbana ...........................................51
3.3 Diagnóstico de resíduos cemiteriais ..................................................................55
3.4 Diagnóstico de resíduos de serviço de saúde (RSS) ........................................57
3.5 Diagnóstico de resíduos da construção civil ......................................................60
3.6 Diagnóstico de resíduos industriais ...................................................................62
3.7 Diagnóstico de resíduos da zona rural ..............................................................66
3.8 Diagnóstico de resíduos das atividades agrossilvopastoris...............................67
3.9 Diagnóstico de resíduos sólidos pneumáticos ...................................................67
3.10 Diagnóstico de resíduos dos serviços de transporte .......................................68
3.11 Diagnóstico de resíduos sólidos perigosos/eletrônicos ......................................69
3.12 Diagnóstico de resíduos de serviço de saneamento ..........................................69
3.13 Diagnóstico de áreas sob o risco de contaminação ...........................................70
3.14 Diagnóstico de resíduos provenientes de animais mortos .................................72
3.15 Educação ambiental ...........................................................................................72
3.16 Legislação Municipal ..........................................................................................72
3.17 Análise financeira da gestão dos resíduos sólidos .............................................72
3.18 Síntese do diagnóstico operacional de resíduos sólidos ....................................73
4 DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS ............75
4.1 Hierarquização das ações e definição dos prazos de execução das
intervenções ............................................................................................................75
4.2 Projeção populacional .......................................................................................75
4.2.1 Método de previsão populacional ...................................................................76
4.3 Estudo de demandas ........................................................................................79
4.3.1Demanda de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ...........................79
4.3.2Definição dos objetivos de curto, médio e longo prazo ...................................84
5 PROPOSTA DE INTERVENÇÕES COM BASE NA ANÁLISE DE
DIFERENTES CENÁRIOS ALTERNATIVOS, E ESTABELECIMENTOS DE
PRIORIDADES ........................................................................................................90
5.1 Intervenções na Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ....................90
5.1.1 Recuperação da área utilizada como aterro controlado em valas e do
seu entorno .............................................................................................................90
5.1.2 Construção de aterro controlado em valas para resíduos de origem
doméstica ................................................................................................................92
5.1.3 Implantação de um sistema de compostagem de resíduos sólidos
orgânicos .................................................................................................................94
5.1.4 Aquisição de área para depósito de Resíduos da Construção Civil
(RCC) ......................................................................................................................95
5.1.5 Aquisição de triturador de galhos para resíduos proveniente da poda
de árvores ...............................................................................................................95
5.1.6 Criação de dois ecopontos com objetivo de recolhimento de resíduos
eletroeletrônicos ......................................................................................................96
5.1.7 Terceirização dos serviços de coleta, transporte e destinação final de
resíduos sólidos de saúde .......................................................................................96
5.1.8 Manutenção dos equipamentos necessários a coleta de resíduos
produzidos no município .........................................................................................98
5.1.9 Aquisição de um novo carrinho de varrição de ruas .......................................99
5.1.10 Projeto e implantação do Programa de Coleta Seletiva de Lixo e de
uma Central de Triagem no Município de Brejo Alegre ...........................................99
5.1.11 Aquisição de um caminhão compactador de lixo........................................ 101
5.2 Análises dos objetivos de curto, médio e longo prazo .......................................102
5.3 Análise de diferentes cenários alternativos .......................................................103
5.3.1 Cenário mais provável ....................................................................................103
5.3.2 Cenário otimista .............................................................................................104
5.3.3 Cenário pessimista .........................................................................................111
6 PROGRAMAÇÃO FISICA, FINANCEIRA E INSTITUCIONAL DA
IMPLANTAÇÃO DAS INTERVENÇÕES DEFINIDAS .............................................116
6.1 Programação física, financeira e institucional ...................................................116
6.1.1 Programação físico-financeira ........................................................................116
6.1.2 Programação institucional ..............................................................................116
6.1.2.1 Coleta, transporte e destinação dos resíduos sólidos .................................117
6.1.2.1.1 Recuperação da área utilizada como aterro controlado e do seu
entorno ....................................................................................................................117
6.1.2.1.2 Construção de um aterro controlado para deposição dos resíduos
sólidos de origem doméstica e de uma Central de triagem .....................................117
6.1.2.1.3 Manutenção dos equipamentos necessários a coleta de resíduos ..........117
6.1.2.1.4 Coleta, transporte e destinação dos resíduos sólidos de saúde ..............117
6.1.2.1.5 Aquisição de um caminhão compactador de lixo .....................................118
6.1.3 Indicativo de fontes de financiamento ............................................................118
7 DISPOSIÇÕES FINAIS ........................................................................................120
8 CONCLUSÃO .......................................................................................................121
9 REFERÊNCIAS ....................................................................................................123
10 EQUIPE TÉCNICA .............................................................................................126
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Cidades vizinhas ao Município de Brejo Alegre ....................................... 5
Figura 2. Distancia entre Brejo Alegre (A) e Capital São Paulo (B) ......................... 6
Figura 3. Densidade demográfica (2012) ................................................................ 8
Figura 4. Taxa geométrica de crescimento anual da população 2010/2012
(em % a.a.) .............................................................................................................. 9
Figura 5. Grau de urbanização (2010) .................................................................... 10
Figura 6. Taxa de mortalidade infantil (2011) .......................................................... 11
Figura 7. Taxa de natalidade do Estado de São Paulo, Região do Governo
de Araçatuba e do Município Brejo Alegre (2011) ................................................... 12
Figura 8. Taxa de fecundidade geral do Estado de São Paulo, Região do
Governo de Araçatuba e do Município Brejo Alegre (por mil mulheres entre
15 e 49 anos) .......................................................................................................... 13
Figura 9. Renda per capita (em salários mínimos) .................................................. 14
Figura 10. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM de 2000 ...........16
Figura 11. Consumo de energia elétrica do Município de Brejo Alegre (em
MWh) ....................................................................................................................... 19
Figura 12. Localização do Município de Brejo Alegre na Bacia...............................20
Figura 13. Cidades vizinhas do Município de Brejo Alegre .....................................21
Figura 14: Taxa de urbanização da UGRHI-19 e Estado de São Paulo ..................26
Figura 15. Gravimetria realizada no Município de Brejo Alegre ..............................41
Figura 16. Gravimetria realizada no Município de Brejo Alegre ..............................42
Figura 17. Forma de acondicionamento dos resíduos sólidos domiciliares ............42
Figura 18. Forma de acondicionamento dos resíduos sólidos domiciliares ............43
Figura 19. Caminhão coletor compactador, ano 2002, modelo 2003, marca
Ford F 12.000com capacidade da caçamba de 15 m³, placa BPZ 2650 .................44
Figura 20. Caminhão basculante ano 2008, marca Ford cargo 1317E com
capacidade para 5m³, placa BPZ 2653 ...................................................................44
Figura 21. Rota percorrida pelo caminhão de coleta de lixo ...................................45
Figura 22. Pá carregadeira ano 2012, marca New Holland 12 C, com
capacidade para 4 m³ ..............................................................................................46
Figura 23. Retro escavadeira ano 2009, marca Randon RK406, com
capacidade para 2 m³ ..............................................................................................47
Figura 24. Imagem de satélite do aterro controlado em valas de Brejo Alegre .......48
Figura 25. Foto do aterro controlado em valas de Brejo Alegre ..............................49
Figura 26. Carrinho utilizado na varrição de rua ......................................................52
Figura 27. Funcionários da Prefeitura no serviço de varrição de rua ......................52
Figura 28. Limpeza de vias públicas .......................................................................53
Figura 29. Trator ano 1978, marca Massey Ferguson 50 X e carreta
basculante 4 rodas, ano 1978 para coleta e descarte de resíduos
provenientes de poda de árvores, grama e locais públicos com capacidade
para 4 m³ .................................................................................................................53
Figura 30. Resíduos sólidos resultantes da poda de árvores efetuadas por
moradores ...............................................................................................................54
Figura 31. Área de descarte de resíduos sólidos de limpeza urbana ......................55
Figura 32. Cemitério do Município de Brejo Alegre (SP) .........................................56
Figura 33. Resíduos resultantes da limpeza de túmulos de Brejo Alegre (SP) .......56
Figura 34. RSS do Município de Brejo Alegre (A) advindos dos pacientes
com diabetes (B) .....................................................................................................58
Figura 35. RSS do Município de Brejo Alegre (SP) .................................................58
Figura 36. RSS do Município de Brejo Alegre (SP) .................................................59
Figura 37. Resíduos da construção civil ..................................................................61
Figura 38. Resíduos da construção civil (A) e entulhos de Construção (B) ............61
Figura 39. Imagem de satélite do terreno para deposição dos resíduos
sólidos gerados pela construção civil ......................................................................62
Figura 40. Embalagens de óleo automotivo armazenado no posto da zona
rural de Brejo Alegre ...............................................................................................65
Figura 41. Óleo automotivo queimado armazenado no posto da zona rural de
Brejo Alegre .............................................................................................................65
Figura 42. Embalagens armazenadas no posto da zona rural de Brejo Alegre ......66
Figura 43. Pneus recolhidos em borracharias do Município de Brejo Alegre .........68
Figura 44. Projeção da população no horizonte do Plano de Saneamento
Municipal de Brejo Alegre (SP) para 25 anos..........................................................79
Figura 45. Peso anual de resíduos sólidos em toneladas .......................................82
Figura 46 Volume anual de resíduos sólidos em m³ ...............................................82
Figura 47. Peso diário de resíduos sólidos em toneladas .......................................83
Figura 48. Volume diário de resíduos sólidos em m³ ..............................................83
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Municípios vizinhos a Brejo Alegre e suas distancia ............................... 5
Tabela 2. Dados Gerais do Município de Brejo Alegre ............................................ 6
Tabela 3. Renda per capita do Município de Brejo Alegre em salários
mínimos (2000) ....................................................................................................... 14
Tabela 4. Dimensões do IPRS (2008) ..................................................................... 17
Tabela 5. Dados domiciliares (2010) ....................................................................... 17
Tabela 6. Dados da ocupação (ano 2010) .............................................................. 18
Tabela 7. Consumo de Energia do Município de Brejo Alegre (em MWh) .............. 19
Tabela 8. Esgotamento Sanitário ............................................................................28
Tabela 9. Nível educacional da população, por faixa etária ....................................30
Tabela 10. População que frequentava nível superior e especializações ...............31
Tabela 11. Principais atividades industriais presentes no Município de Brejo
Alegre ......................................................................................................................34
Tabela 12. Principais atividades agrícolas realizadas no Município de Brejo
Alegre ......................................................................................................................35
Tabela 13. Principais atividades pecuárias desenvolvidas no Município de
Brejo Alegre .............................................................................................................36
Tabela 14. Derivados da atividade pecuária em Brejo Alegre .................................36
Tabela 15. Indicadores de renda, pobreza e desigualdades no município (Censo
Demográfico 2000)............................................................................................... 38
Tabela 16. Planilha de gravimetria – % em peso dos resíduos gerados e
coletados pela coleta regular no Município de Brejo Alegre (SP) entre 14 a
28/8/2013 ................................................................................................................39
Tabela 17. Planilha de gravimetria dos resíduos recicláveis – % em peso dos
resíduos recicláveis gerados e coletados pela coleta regular no Município de
Brejo Alegre (SP) entre 14 a 28/8/2013 ..................................................................40
Tabela 18. Despesas referentes aos Serviços de Limpeza Pública ...........................73
Tabela 19. Serviços a serem realizados, previstos no Plano Diretor de Drenagem de
Brejo Alegre (SP) (Dados 2011)........................................................................... 75
Tabela 20. Definição dos períodos de intervenção nos serviços de
Saneamento Básico ................................................................................................78
Tabela 21: Progressão da População ao longo do horizonte do Plano de
Saneamento Municipal de Brejo Alegre (SP) ..........................................................80
Tabela 22. Progressão do volume de resíduos sólidos gerados no horizonte
do Plano de Saneamento Municipal de Brejo Alegre (SP) ......................................80
Tabela 23. Discriminação das atividades e valores referentes ao plantio de
mudas .....................................................................................................................90
Tabela 24. Discriminação das atividades e valores referentes ao plantio de
mudas .....................................................................................................................91
Tabela 25. Orçamento de um aterro controlado em valas para um horizonte
de 10 anos...............................................................................................................93
Tabela 26. Orçamento de um aterro controlado em valas para um horizonte
de 15 anos...............................................................................................................93
Tabela 27. Aquisição do terreno para construção da Central de Triagem e
implantação de atividades voltadas à educação ambiental .....................................100
Tabela 28. Orçamento para implantação do Programa de Coleta Seletiva e
Central de Triagem ..................................................................................................100
Tabela 29. Orçamento para implantação do Programa de Coleta Seletiva e
Central de Triagem ..................................................................................................101
Tabela 30: Valores totais necessários a realização dos objetivos pertinentes
ao Plano de Saneamento a curto, médio e longo prazo ..........................................103
Tabela 31. Indicadores para um cenário otimista do Município de Brejo Alegre (SP)
.......................................................................................................................109
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Descrição dos sistemas públicos existentes ..........................................29
Quadro 2. Descrição da Infraestrutura social da comunidade .................................29
Quadro 3. Rodízio de coleta de resíduos sólidos no Município de Brejo
Alegre (SP) ..............................................................................................................44
Quadro 4. Discriminação e dados dos resíduos sólidos e limpeza urbana .............51
Quadro 5. Discriminação e dados dos resíduos cemiteriais do Município de
Brejo Alegre (SP) ....................................................................................................55
Quadro 6. Discriminação e dados dos resíduos de serviço de saúde .....................57
Quadro 7. Discriminação e dados dos resíduos da construção civil .......................60
Quadro 8. Discriminação e dados dos resíduos industriais .....................................63
Quadro 9. Discriminação e dados dos resíduos da zona rural ................................66
Quadro 10. Discriminação e dados dos resíduos das atividades
agrossilvopastoris ....................................................................................................67
Quadro 11. Discriminação e dados dos resíduos sólidos pneumáticos ..................67
Quadro 12. Discriminação e dados dos resíduosde serviço de saneamento .............69
Quadro 13. Síntese do diagnóstico ............................................................................73
Quadro 14. Objetivos de curto, médio e longo prazo do sistema de limpeza
urbanadeBrejo
Alegre.........................................................................................................102
1
APRESENTAÇÃO
O presente documento consiste na versão final do Plano de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos do Município de Brejo Alegre, desenvolvido em conformidade com
a Lei Federal nº 11.445/07, que estabelece a Política Nacional de Saneamento e a
Lei Federal 12.305/10 que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
obedecendo as metodologia proposta por ambas as Leis.
O objetivo principal do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidosé subsidiar a
Prefeitura do Município de Brejo Alegre a elaborar um efetivo planejamento da
infraestrutura urbana no tocante à resíduos sólidos, bem como propiciar o início da
estruturação de um banco de dados digital de relatório e mapas, contendo os
estudos, prognósticos e cenários. Desta forma, são apresentados os diversos
procedimentos a observar, as fontes de informações a consultar.
2
1INTRODUÇÃO
Uma política municipal de Gestão de resíduos sólidos deve ser formulada
considerando o conceito adotado de saneamento ambiental; seus princípios e
diretrizes; suas interfaces com as políticas de saúde, meio ambiente, recursos
hídricos e desenvolvimento urbano e rural, dentre outras; seu arranjo institucional; as
formas de alocação de recursos e de participação e controle social.
No plano institucional, a nível municipal, uma política de Gestão de resíduos sólidos:
• Deve contemplar as populações urbanas e rurais, promovendo ações de
manejo sustentável dos resíduos sólidos, exceto o industrial;
• O controle ambiental de vetores e fontes de poluição que possamreproduzir
os transmissores de doenças;
• As demais ações devem ser tratadas no âmbito das políticas específicas das
respectivas áreas.
São princípios fundamentais de uma política municipal de Gestão de resíduos
sólidos:
• Universalidade;
• Integralidade das ações;
• Equidade.
São também princípios da Política:
• Participação e Controle Social;
• Titularidade Municipal;
• Gestão Pública.
O Plano reflete as necessidades e os anseios da população local, resultando de um
planejamento democrático e participativo, atingindo sua função social.
Em seu desenvolvimento o documento foi estruturado de forma a apresentar o
3
diagnóstico, que retrata a situação atual da gestão dos resíduos em Brejo Alegre, a
proposição dos objetivos metas e ações, bem como os mecanismos e
procedimentos a serem utilizados visando avaliar de forma sistemática as ações
programadas.
4
2 LEVANTAMENTO DE DADOS
2.1 Dados sociais
A primeira etapa do diagnóstico consiste no levantamento de informações gerais
sobre o município, tanto as socioeconômicas, territoriais e ambientais, como a
legislação municipal, estadual e federal pertinente ao plano de saneamento. Esta
etapa considera peculiaridades locais e se direciona para problemas relacionados
com o serviço de saneamento.
Os estudos de população, dos dados sociais e de uso do solo, visam subsidiar a
análise e estimativa das áreas existentes no Município de Brejo Alegre tanto na
situação atual – de forma a permitir a avaliação do sistema de águas abastecimento,
coleta e tratamento de esgotos, resíduos sólidos e de drenagem existente – quanto
no horizonte de projeto – permitindo a projeção do comportamento no futuro. A
seguir são apresentados os dados sociais referentes ao Município de Brejo Alegre.
2.1.1 Dados gerais
Brejo Alegre situa-se no interior do estado de São Paulo, estando localizado a uma
latitude 21º, 09’, 57’’ Sul e uma longitude 50º, 11’, 06’’ Oeste.
O Município possui uma área de 104,83 km² e uma altitude de 390 m. O município
fica na mesorregião de Araçatuba e na microrregião de Birigui.
Brejo Alegre dista 542 km da capital São Paulo e 42 km do Município de Araçatuba.
Além do mais, faz divisa com os municípios apresentados na Tabela 1 e Figura 1.
5
Tabela 1. Municípios vizinhos a Brejo Alegre e suas distancia
Município Distancia
Coroados 38 km
Buritama 18 km
Glicério 26,5 Km
Zacarias 29 km
Birigui 30 km
Fonte: Google Maps (2013)
Figura 1. Cidades vizinhas ao Município de Brejo Alegre
Fonte: Fundação Seade (2013)
Na Figura 2 podemos observar a distância entre Brejo Alegre (A) e Capital São
Paulo (B).
6
Figura 2. Distancia entre Brejo Alegre (A) e Capital São Paulo (B)
Fonte: Google Maps (2013)
De acordo com as informações fornecidas pela Fundação Seade e pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados estatísticos e socioeconômicos,
assim como as projeções das populações total e urbana residentes no Município de
Brejo Alegre evoluem conforme os dados apresentados na Tabela 2.
Tabela 2. Dados Gerais do Município de Brejo Alegre
continua
Área 2012 (Km2) 104,83
População 2012 (hab.) 2.613
Densidade Demográfica 2012 (hab./Km2) 24,93
Taxa Geométrica de Crescimento anual da População – 2010/2012 (% a.a.) 0,81
Grau de Urbanização em 2010 (%) 81,99
Taxa de Mortalidade Infantil 2011 (por mil nascidos vivos) 51,28
7
conclusão
Renda per Capita - 2000 (em salários mínimos) 1,13
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM – 2000 0,748
Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS – 2008 Grupo 3¹
¹Municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores nas demais dimensões.
Fonte: Fundação Seade (2013)
2.1.2 Histórico de desenvolvimento
O Município de Brejo Alegre foi criado recentemente, em 30 de dezembro de 1993.
Desde 30 de novembro de 1944 pertenceu ao município de Coroados na condição
de distrito. Durante um longo período, portanto, sofreu influências de uma região
que, inicialmente, havia se desenvolvido graças ao cultivo do café, mas que já no
final da década de 20 estava voltada para a pecuária.
2.1.3 Densidade demográfica
A densidade demográfica caracteriza-se por um estudo a partir de dados
quantitativos, de suas variações e do seu estado, com isso a demografia se utiliza
de muitos dados estatísticos para identificar as características das populações e até
propor políticas públicas.
Portanto, densidade demográfica é a medida expressa pela relação entre a
população e a superfície do território, utilizada para verificar a intensidade de
ocupação do espaço.
A Figura 3 demonstra as densidades demográficas do Estado de São Paulo, Região
de Governo de Araçatuba e do Município de Brejo Alegre referentes ao ano de 2012.
Figura 3. Densidade demográfica (201
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (201
2.1.4 Taxa geométrica de crescimento anual da popul ação
A taxa geométrica de crescimento anual da população e
incremento médio anual da população residente em
No período considerado, o valor da taxa refere
período de anos compreendido entre dois momentos, em geral corresponde
censos demográficos. Essa taxa é utilizada para analisar variações geográficas e
temporais do crescimento populacional, realizar estimativas e projeções
populacionais, para períodos curtos.
Portanto, a taxa geométrica de crescimento anual da populaçã
termos percentuais, o crescimento médio da população em um determinado período
de tempo. Geralmente, considera
exponencial também denominado como geométrico que
crescimento populacional. E
mortalidade e migrações.
168,97
49,70
Hab
itant
es /K
m²
Densidade demográfica (2012)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (201
2.1.4 Taxa geométrica de crescimento anual da popul ação
taxa geométrica de crescimento anual da população expressa um percentual de
incremento médio anual da população residente em determinado espaço geográfico.
o período considerado, o valor da taxa refere-se à medida anual obtida para um
período de anos compreendido entre dois momentos, em geral corresponde
censos demográficos. Essa taxa é utilizada para analisar variações geográficas e
temporais do crescimento populacional, realizar estimativas e projeções
populacionais, para períodos curtos.
a taxa geométrica de crescimento anual da populaçã
o crescimento médio da população em um determinado período
de tempo. Geralmente, considera-se que a população experimenta um crescimento
mbém denominado como geométrico que indica o ritm
lacional. Essa taxa é influenciada pela dinâmica da natalidade,
mortalidade e migrações.
49,70
24,93
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
8
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (2013)
xpressa um percentual de
determinado espaço geográfico.
se à medida anual obtida para um
período de anos compreendido entre dois momentos, em geral correspondes aos
censos demográficos. Essa taxa é utilizada para analisar variações geográficas e
temporais do crescimento populacional, realizar estimativas e projeções
a taxa geométrica de crescimento anual da população expressa, em
o crescimento médio da população em um determinado período
se que a população experimenta um crescimento
indica o ritmo de
ssa taxa é influenciada pela dinâmica da natalidade,
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
A Figura 4 apresenta a
2010/2012 (em % a.a.) do Estado de São Paulo, Região de Governo de Araçatuba e
do Município de Brejo Alegre divulgadas pela
Figura 4. Taxa geométrica de crescimento anual da população 20
a.a.)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (201
2.1.5 Grau de urbanização
O grau de urbanização indica a proporção da população total que reside em áreas
urbanas, segundo a divisão político
municipal.
Além disso, acompanha o processo de
espaços geográficos, subsidia processos de planejamento, gestão e avaliação de
políticas públicas, para adequação e funcionamento da rede de serviços sociais e de
infraestrutura urbana.
Sendo assim o percentual da população urbana em relação à popul
calculado geralmente, a partir de dados censitários, segundo a fórmula
0,87
0,76
Em
% a
.a.
A Figura 4 apresenta a taxa geométrica de crescimento anual da população
2010/2012 (em % a.a.) do Estado de São Paulo, Região de Governo de Araçatuba e
Alegre divulgadas pela Fundação Seade (201
Taxa geométrica de crescimento anual da população 20
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (201
urbanização
O grau de urbanização indica a proporção da população total que reside em áreas
urbanas, segundo a divisão político-administrativa estabelecida pela administração
Além disso, acompanha o processo de urbanização brasileiro
espaços geográficos, subsidia processos de planejamento, gestão e avaliação de
políticas públicas, para adequação e funcionamento da rede de serviços sociais e de
Sendo assim o percentual da população urbana em relação à popul
calculado geralmente, a partir de dados censitários, segundo a fórmula
0,76
0,81Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
9
taxa geométrica de crescimento anual da população
2010/2012 (em % a.a.) do Estado de São Paulo, Região de Governo de Araçatuba e
Fundação Seade (2013).
Taxa geométrica de crescimento anual da população 2010/2012 (em %
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (2013)
O grau de urbanização indica a proporção da população total que reside em áreas
a pela administração
urbanização brasileiro, em diferentes
espaços geográficos, subsidia processos de planejamento, gestão e avaliação de
políticas públicas, para adequação e funcionamento da rede de serviços sociais e de
Sendo assim o percentual da população urbana em relação à população total é
calculado geralmente, a partir de dados censitários, segundo a fórmula (1).
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
A Figura 5 apresenta o grau de urbanização de 2010 do Estado de São Paulo,
Região do Governo de
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (201
Figura 5. Grau de urbanização
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (201
2.1.6 Taxa de mortalidade infantil
Mortalidade infantil consiste no óbito de crianças durante o seu primeiro ano de vida
e é a base para calcular a taxa de mortalidade infantil
infantil, observada durante um determinado período de tempo, normalmente em um
ano, referida ao número de nascidos vivos do mesmo período, para facilidade de
comparação entre os diferentes países ou regiões do globo
Esta taxa é normalmente expressa em números de óbitos (crianças) com menos de
um ano, a cada mil nascidos vivos.
Mundial da Saúde (OMS) é de 10 mortes para cada mil nascimentos.
95,9494,14
Em
%
.........................................................
apresenta o grau de urbanização de 2010 do Estado de São Paulo,
Região do Governo de Araçatuba e do Município Brejo Alegre
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (201
Grau de urbanização (2010)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (2013)
2.1.6 Taxa de mortalidade infantil
Mortalidade infantil consiste no óbito de crianças durante o seu primeiro ano de vida
e é a base para calcular a taxa de mortalidade infantil, que baseia
infantil, observada durante um determinado período de tempo, normalmente em um
ano, referida ao número de nascidos vivos do mesmo período, para facilidade de
comparação entre os diferentes países ou regiões do globo.
e expressa em números de óbitos (crianças) com menos de
um ano, a cada mil nascidos vivos. O índice considerado aceitável pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) é de 10 mortes para cada mil nascimentos.
94,14
81,99
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
10
......................... (1)
apresenta o grau de urbanização de 2010 do Estado de São Paulo,
uba e do Município Brejo Alegre divulgados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Fundação Seade (2013).
Mortalidade infantil consiste no óbito de crianças durante o seu primeiro ano de vida
baseia-se na mortalidade
infantil, observada durante um determinado período de tempo, normalmente em um
ano, referida ao número de nascidos vivos do mesmo período, para facilidade de
e expressa em números de óbitos (crianças) com menos de
índice considerado aceitável pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) é de 10 mortes para cada mil nascimentos.
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
A taxa de mortalidade infantil
residentes em uma unidade geográfica, em
(geralmente em um ano)
segundo a fórmula (2).
A Figura 6 demonstra a
Paulo, Região do Governo de
Seade (2013).
Figura 6. Taxa de mortalidade infantil (2011
Fonte: Fundação Seade (2013
2.1.7 Taxa de natalidade
A taxa de natalidade representa a r
determinada unidade geográfica, ocorridos e registrados num determinado período
de tempo, e a população estimada para o meio do período, multiplicados por 1000
mensurada na Equação (3)
11,55
0
Por
mil
nasc
idos
viv
os
A taxa de mortalidade infantil é a relação entre os óbitos de menores de um ano
residentes em uma unidade geográfica, em um determinado período de tempo
(geralmente em um ano), e os nascidos vivos da mesma unidade
................................
demonstra a taxa de mortalidade infantil de 2011
Paulo, Região do Governo de Araçatuba e Brejo Alegre divulgadas pela
xa de mortalidade infantil (2011)
3)
2.1.7 Taxa de natalidade
A taxa de natalidade representa a relação entre os nascidos vivos de uma
determinada unidade geográfica, ocorridos e registrados num determinado período
de tempo, e a população estimada para o meio do período, multiplicados por 1000
mensurada na Equação (3).
0
51,28
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
11
óbitos de menores de um ano,
um determinado período de tempo
vivos da mesma unidade e período,
................................ (2)
do Estado de São
divulgadas pela Fundação
elação entre os nascidos vivos de uma
determinada unidade geográfica, ocorridos e registrados num determinado período
de tempo, e a população estimada para o meio do período, multiplicados por 1000,
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
A Figura 7 demonstra a taxa de
do Governo de Araçatuba
Figura 7. Taxa de natalidade
Araçatuba e do Município Brejo Alegre
Fonte: Fundação Seade (2013
2.1.8 Taxa de fecundidade geral
A taxa de fecundidade geral
vivos ocorridos numa determinada unidade geográfica, num período de tempo, e a
população feminina em idade fértil (15
estimada para o meio do período, segundo a fórmula
A Figura 8 demonstra a
São Paulo, Região do Governo de Araçatuba e Brejo Alegre.
14,68
12,83
Por
mil
habi
tant
es
................................
taxa de natalidade de 2011 do Estado de São Paulo, Região
Araçatuba e Brejo Alegre divulgadas pela Fundação Seade.
natalidade do Estado de São Paulo, Região do Governo de
do Município Brejo Alegre (2011)
3)
2.1.8 Taxa de fecundidade geral
A taxa de fecundidade geral corresponde a relação entre o número de nascidos
vivos ocorridos numa determinada unidade geográfica, num período de tempo, e a
população feminina em idade fértil (15 e 49 anos) residente na mesma unidade
estimada para o meio do período, segundo a fórmula (4):
A Figura 8 demonstra a taxa de fecundidade geral para o ano de
São Paulo, Região do Governo de Araçatuba e Brejo Alegre.
12,83
15,82
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
12
........................................... (3)
do Estado de São Paulo, Região
Fundação Seade.
do Estado de São Paulo, Região do Governo de
elação entre o número de nascidos
vivos ocorridos numa determinada unidade geográfica, num período de tempo, e a
49 anos) residente na mesma unidade
...................... (4)
taxa de fecundidade geral para o ano de 2011 do Estado de
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
Figura 8. Taxa de fecund
Araçatuba e do Município Brejo Alegre
Fonte: Fundação Seade (2013
2.1.9 Renda per capita
É a razão entre o somatório da renda per capita de todos os indivíduos e o
número total desses indivíduos. A renda per capita de cada indivíduo é definida
como a razão entre a soma da renda de todos os membros da família e o número
de membros da mesma.
A renda per capita é o resultado da soma de tudo que é
ano. Em geral os países expressam a renda per capita em dólar, que no caso é a
moeda referência no mundo, para realizar comparações entre os países.
Para conceber a renda per capita de um país
Bruto (PIB) pelo número de habitantes. O resultado é a renda per capita, que
corresponde ao valor das riquezas que caberia a cada pessoa.
elevada renda per capita não confirma ou não reflete a realida
geral a renda é mal distribuída. Portanto,
51,6046,82
Por
mil
mul
here
s en
tre
15 e
49
anos
fecundidade geral do Estado de São Paulo, Região do Governo de
do Município Brejo Alegre (por mil mulheres entre 15 e 49 anos
3)
somatório da renda per capita de todos os indivíduos e o
número total desses indivíduos. A renda per capita de cada indivíduo é definida
como a razão entre a soma da renda de todos os membros da família e o número
de membros da mesma.
o resultado da soma de tudo que é produzido em uma nação no
m geral os países expressam a renda per capita em dólar, que no caso é a
moeda referência no mundo, para realizar comparações entre os países.
Para conceber a renda per capita de um país é preciso dividir o Produto Interno
Bruto (PIB) pelo número de habitantes. O resultado é a renda per capita, que
corresponde ao valor das riquezas que caberia a cada pessoa. Ressalta
elevada renda per capita não confirma ou não reflete a realidade, pois de uma forma
geral a renda é mal distribuída. Portanto, renda per capita é a soma das rendas das
46,82
59,08
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
13
do Estado de São Paulo, Região do Governo de
or mil mulheres entre 15 e 49 anos)
somatório da renda per capita de todos os indivíduos e o
número total desses indivíduos. A renda per capita de cada indivíduo é definida
como a razão entre a soma da renda de todos os membros da família e o número
produzido em uma nação no
m geral os países expressam a renda per capita em dólar, que no caso é a
moeda referência no mundo, para realizar comparações entre os países.
é preciso dividir o Produto Interno
Bruto (PIB) pelo número de habitantes. O resultado é a renda per capita, que
Ressalta-se que uma
de, pois de uma forma
é a soma das rendas das
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
pessoas residentes nos domicílios pelo total de
renda per capita do Município de Brejo Alegre.
Tabela 3. Renda per cap
(2000)
Município
1,13
Fonte: Fundação Seade (2013
A Figura 9 apresenta a renda per capita de 2000 do Estado de São Paulo, Região do
Governo de Araçatuba
Seade (2013).
Figura 9. Renda per capita
Fonte: Fundação Seade (2013
2.1.10 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é o i
município como unidade de análise, a partir das dimensões de longevidade,
2,92
2,46
Em
sal
ário
s m
ínim
os
es nos domicílios pelo total de pessoas.A Tabela
Município de Brejo Alegre.
Renda per capita do Município de Brejo Alegre em salários mínimos
Habitante Região de Governo
2.599 2,46
3)
apresenta a renda per capita de 2000 do Estado de São Paulo, Região do
e do Município de Brejo Alegre divulgadas pela
Renda per capita (em salários mínimos)
3)
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é o indicador que focaliza o
município como unidade de análise, a partir das dimensões de longevidade,
2,46
1,13
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
14
pessoas.A Tabela 3 demonstra a
Município de Brejo Alegre em salários mínimos
Estado
2,92
apresenta a renda per capita de 2000 do Estado de São Paulo, Região do
divulgadas pela Fundação
ndicador que focaliza o
município como unidade de análise, a partir das dimensões de longevidade,
Estado de São Paulo
Região de Governo de Araçatuba
Município de Brejo Alegre
15
educação e renda, que participam com pesos iguais na sua determinação, conforme
a fórmula (5).
IDHM � Í��� � ������� � Í��� � ����çã� � Í��� � ����
� .................................. (5)
Em relação à longevidade, o índice utiliza a esperança de vida ao nascer, que
corresponde ao número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do
nascimento.
No fator educação, considera o número médio dos anos de estudo (razão entre o
número médio de anos de estudo da população de 25 anos e mais, sobre o total das
pessoas de 25 anos e mais) e a taxa de analfabetismo (percentual das pessoas com
15 anos e mais, incapazes de ler ou escrever um bilhete simples).
Por fim, em relação à renda, considera-se a renda familiar per capita (razão entre a
soma da renda pessoal de todos os familiares e o número total de indivíduos na
unidade familiar).
Todos os indicadores são obtidos a partir do Censo Demográfico do IBGE. O IDHM
se situa entre 0 (zero) e 1 (um), os valores mais altos indicando níveis superiores de
desenvolvimento humano.
Para referência, segundo classificação do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento(PNUD), os valores distribuem-se em 3 categorias:
• Baixo desenvolvimento humano, quando o IDHM for menor que 0,500;
• Médio desenvolvimento humano, para valores entre 0,500 e 0,800;
• Alto desenvolvimento humano, quando o índice for superior a 0,800.
A Figura 10 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de
2000 do Estado de São Paulo e do Município de Brejo Alegre pelaFundação Seade
(2013).
Figura 10. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
Fonte: Fundação Seade (2013
2.1.11 Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS)
A receptividade e a utilização das informações do Índice Paulista de
Responsabilidade Social (IPRS), por parte dos mais variados segmentos da
sociedade, no decorrer desses dois últimos anos, mostraram o a
Legislativa do Estado de São Paulo na criação desse
importância. O IPRS é uma ferramenta usada para avaliar e redirecionar os recursos
públicos voltados para o desenvolvimento dos municípios paulistas.
Destaca-se a necessidade apontada pelo IPRS quanto à localização dos bolsões de
pobreza, não só nos municípios que possuem números desfavoráveis em seus
indicadores sociais, como também naqueles que, apesar de apresentarem bons
índices sociais, mantém em seus territóri
do ponto de vista de sua vulnerabilidade social.
Os indicadores do IPRS sintetizam a situação de cada município no que diz
respeito à riqueza, escolaridade e longevidade.
0,814
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM de 2000
3)
Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS)
A receptividade e a utilização das informações do Índice Paulista de
Responsabilidade Social (IPRS), por parte dos mais variados segmentos da
sociedade, no decorrer desses dois últimos anos, mostraram o acerto da Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo na criação desse instrumento de suma
é uma ferramenta usada para avaliar e redirecionar os recursos
públicos voltados para o desenvolvimento dos municípios paulistas.
necessidade apontada pelo IPRS quanto à localização dos bolsões de
pobreza, não só nos municípios que possuem números desfavoráveis em seus
indicadores sociais, como também naqueles que, apesar de apresentarem bons
índices sociais, mantém em seus territórios populações em situações preocupantes
do ponto de vista de sua vulnerabilidade social.
Os indicadores do IPRS sintetizam a situação de cada município no que diz
respeito à riqueza, escolaridade e longevidade.
0,748
Estado de São Paulo
Município de Brejo Alegre
16
IDHM de 2000
A receptividade e a utilização das informações do Índice Paulista de
Responsabilidade Social (IPRS), por parte dos mais variados segmentos da
certo da Assembleia
instrumento de suma
é uma ferramenta usada para avaliar e redirecionar os recursos
públicos voltados para o desenvolvimento dos municípios paulistas.
necessidade apontada pelo IPRS quanto à localização dos bolsões de
pobreza, não só nos municípios que possuem números desfavoráveis em seus
indicadores sociais, como também naqueles que, apesar de apresentarem bons
os populações em situações preocupantes
Os indicadores do IPRS sintetizam a situação de cada município no que diz
Estado de São Paulo
Município de Brejo Alegre
17
Segundo dados da Fundação Seade, o Município de Brejo Alegre se enquadra no
Grupo 3, ou seja, municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores
nas demais dimensões, como se observa na Tabela 4.
Tabela 4. Dimensões do IPRS (2008)
Dimensões Brejo Alegre Estado de São Paulo
Riqueza 40 58
Longevidade 80 73
Escolaridade 69 68
Fonte: Fundação Seade (2013)
2.1.12 Dados de domicílios particulares
Os dados de domicílios particulares relacionam os números de domicílios urbanos,
rurais, particulares, improvisados, coletivos, em casas e apartamentos existentes em
um município.
De acordo com o Censo Demográfico 2010, elaborado pela Fundação Seade
consideram se os seguintes dados apresentados na Tabela 5 do Município de Brejo
Alegre.
Tabela 5. Dados domiciliares (2010)
Domicílios Particulares Permanentes 811
Domicílios Particulares Permanentes Urbanos 685
Domicílios Particulares Permanentes Rurais 126
Número de Habitantes por Domicílios 3,17
Número de Habitantes por Domicílios Urbanos 3,08
Número de Habitantes por Domicílios Rurais 3,67
Fonte: Fundação Seade (2013)
18
2.1.13 Caracterização da ocupação
Em épocas onde a utilização racional e sustentável dos recursos naturais está na
ordem do dia, é importante dispor de informações que traduza a estrutura e a forma
como estes recursos estão disponíveis.
Conservar o território e disciplinar as atividades humanas é uma tarefa que resulta
do conhecimento da situação atual e de uma definição de linhas estratégicas para a
regulamentação dos diferentes setores de atividades que interagem, direta ou
indiretamente, com as diferentes unidades de paisagem.
Conforme a Tabela 6 pode-se observar alguns dados de população residente, e
número de domicílios.
Tabela 6. Dados da ocupação (ano 2010)
População residente 2.571 habitantes
Número de domicílios permanentes 811
Número médio de habitantes por domicílio 3,17 hab./dom.
Responsáveis por domicílio particular permanente 256
Fonte: Fundação Seade (2013)
2.1.14 Consumo de energia elétrica
O consumo de energia resume-se, atualmente, em sua grande maioria, pelas fontes
de energias tradicionais, como petróleo, carvão mineral e gás natural, fontes não
renováveis, mas no futuro não muito distante serão substituídas inevitavelmente.
Destarte, por serem fontes não renováveis já existem energias alternativas que é um
modelo de produção econômico e saudável para o meio ambiente.
O consumo de energia pode refletir tanto o grau de industrialização de um país
como o grau de desenvolvimento e bem estar de sua população em termos médios.
Esse consumo nos países mais industrializados é aproximadamente 88 vez
superior ao consumo dos países menos desenvolvidos.A Tabela
apresentam, respectivamente, o
Tabela 7. Consumo de Energia do
Município
Comércio, serviço e
Brejo Alegre
Fonte: Fundação Seade (2013
Figura 11. Consumo de energia elétrica do
Fonte: Fundação Seade (2013
2.2 Dados físicos
Os dados apresentados neste item para elaboração do
Básico, em sua maioria, foram extraídos de pesquisas na internet e visitas
De acordo com o Termo de Referência, o
localizada na Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê (UGRHI
2.854
826
nos países mais industrializados é aproximadamente 88 vez
superior ao consumo dos países menos desenvolvidos.A Tabela
apresentam, respectivamente, o consumo de energia elétrica de Brejo Alegre.
Consumo de Energia do Município de Brejo Alegre (em MWh)
Comércio, serviço e outros Industrial Residencial
2010 2010 2010
826 2.854 1.352
3)
Consumo de energia elétrica do Município de Brejo Alegre
3)
Os dados apresentados neste item para elaboração do Plano de Saneamento
, em sua maioria, foram extraídos de pesquisas na internet e visitas
De acordo com o Termo de Referência, o Município de Brejo Alegre
drográfica do Baixo Tietê (UGRHI-19).
826635
1.352
Industrial
Comércio, serviço e outros
Rural
Residencial
19
nos países mais industrializados é aproximadamente 88 vezes
superior ao consumo dos países menos desenvolvidos.A Tabela 7 e a Figura 11
consumo de energia elétrica de Brejo Alegre.
(em MWh)
Residencial Rural
2010 2010
1.352 635
Município de Brejo Alegre (em MWh)
Plano de Saneamento
, em sua maioria, foram extraídos de pesquisas na internet e visitas in loco.
Município de Brejo Alegre tem sua sede
Comércio, serviço e outros
Residencial
20
Brejo Alegre pertence à Região Administrativa e Região de Governo de Araçatuba. O
município faz divisa com as seguintes cidades: Glicério, Coroados, Birigui, Buritama e
Zacarias.
A Figura 12 e Figura 13 ilustram, respectivamente, a localização de Brejo Alegre na
Bacia Hidrográfica e as cidades vizinhas do município.
Figura 12. Localização do Município de Brejo Alegre na Bacia
Fonte: SIGRH (2013)
21
Figura 13. Cidades vizinhas do Município de Brejo Alegre
Fonte: Fundação Seade (2013)
2.2.1 Caracterização física
De acordo com a divisão hidrográfica do Brasil, adotada pelo IBGE e pela Agência
Nacional de Águas (ANA), as bacias hidrográficas localizadas no Estado de São
Paulo pertencem à Região Hidrográfica da Bacia do Paraná ou à Região
Hidrográfica do Atlântico-Sudeste, compartilhando bacias hidrográficas com os
Estados do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e o
Distrito Federal.
Para fins de gestão dos recursos hídricos, o Estado de São Paulo foi dividido em 22
Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs),
integrantes da atual divisão hidrográfica oficial do Estado. A Bacia Hidrográfica do
Baixo Tietê recebe a nomenclatura UGRHI-19.
22
A Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 19 (UGRHI-19), correspondente
à Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, localiza-se à noroeste do Estado de São Paulo,
desde a barragem da Usina Mário L. Leão (reservatório de Promissão), até o Rio
Paraná, na divisa com o Estado de Mato Grosso do Sul, numa extensão aproximada
de 200 km.
Sua área de drenagem é de 15.471,81 km2, contendo os reservatórios de Três
Irmãos e Nova Avanhandava. São seus cursos d’água principais: Rio Paraná e seu
afluente Ribeirão do Abrigo ou Moinho, Rio Tietê e seus afluentes Ribeirão Lajeado,
Ribeirão Azul ou Aracanguá, Ribeirão Macaúbas e Ribeirão Santa Bárbara.
As principais cidades localizadas na UGRHI são: Araçatuba, Birigui, Andradina e
Penápolis.
A UGRHI-19 limita-se ao norte com a UGRHI 18, da Bacia Hidrográfica do Rio São
José dos Dourados, ao sul com a UGRHI 20, da Bacia Hidrográfica do Rio Aguapeí,
a leste com a UGRHI 16, da Bacia Hidrográfica do Tietê/Batalha e, a oeste com o
Estado de Mato Grosso do Sul, cuja divisa é formada pelo Rio Paraná.
Pela sua posição geográfica, a UGRHI do Baixo Tietê encontra-se sob a influência
das massas de ar Tropical Continental e Polar Antártica. A massa de ar Tropical
Continental participa da circulação regional, principalmente no verão. É seca e
quente, originária das planícies interiores do continente. A massa de ar Polar
Antártica, proveniente das altas latitudes, é fria e úmida. Embora ativa durante o ano
todo, é no inverno que predomina, causando grandes quedas de temperatura.
O regime pluviométrico é tropical típico, com um período chuvoso, iniciando em
outubro e findando em abril, e um período de estiagem, de maio a setembro, cujos
totais anuais variam entre 1.000 mm e 1.300 mm.O regime térmico apresenta
características tropicais. O período de inverno, quando a atividade da massa de ar Polar
é mais intensa, é geralmente úmido, com quedas de temperatura, variando entre 14oC e
22oC nos períodos em que a atuação da massa Tropical Atlântica é mais intensa. O
23
inverno na região é ameno com chuvas raras.O verão, geralmente sob influência da
massa Tropical Atlântica, é quente e úmido, com chuvas fortes. Os valores de
temperatura média oscilam entre 24oC e 30oC, observando-se que nas áreas mais
elevadas os valores são menores.
A origem da região da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê (BT) está ligada à chegada
da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. A ferrovia modificou o traçado das cidades,
ao transformar suas estações em núcleos urbanos, que posteriormente constituíram-
se em polos de escoamento da produção cafeeira.
Após o período cafeeiro, com o aumento das atividades ligadas à pecuária,
sobretudo a de corte, ocorreu um forte êxodo rural, do qual derivou a ocupação
esparsa do território. Na década de 50, a região passou a liderar a atividade da
pecuária de corte e, como consequência, em Araçatuba e Birigui, formou-se um
importante polo produtor de calçados e artefatos de couro. Nos anos 70, expandiu-
se o cultivo de cana-de-açúcar e instalaram-se várias usinas e destilarias, em
municípios da região, que aliado à expansão da pecuária e a instalação de indústrias
modificaram a função urbana das cidades e possibilitaram o desenvolvimento do
setor de serviços.
A presença da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) e a
existência de um polo gerador de energia hidrelétrica, com as Usinas Hidrelétricas
de Jupiá no rio Paraná, Ilha Solteira no rio Grande, Três Irmãos e Nova
Avanhandava no rio Tietê, potencializam as oportunidades de expansão de sua
economia.
O maior centro urbano da Bacia Hidrográfica do Baixo-Tietê é o município de
Araçatuba, sendo sede administrativa da região que abrange a maioria dos
municípios da UGRHI-19 e possui um perfil marcadamente agroindustrial,
verificando-se grande integração entre as atividades primária e a secundária.A base
da economia regional é a agropecuária, porém a partir da década de 90, tem se
constituído um centro de negócios do mercado sucroalcooleiro, abrangendo uma
24
área de influência que inclui parte de outros Estados (Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Goiás e Paraná).
Recentemente, a agropecuária regional vem apresentando tendência à
diversificação agrícola, aspecto que pode ser apontado como positivo a médio e
longo prazo, com o surgimento e a progressiva expansão de áreas de fruticultura e
de cultivo de grãos. Destacam-se, entre os grãos, as produções de milho, soja, feijão
e café beneficiado; entre as frutas encontram-se abacaxi, tomate para indústria,
manga, laranja para indústria e banana. Mas as produções de cana-de-açúcar e de
carne bovina ainda respondem por mais de 70% do valor da produção agrícola da
Região Administrativa (RA), sendo que a primeira representa 7,54% do valor da
produção agropecuária do Estado.
A região caracterizava-se, inicialmente, como produtora de álcool hidratado para fins
carburantes, mas, nos últimos anos, com o aumento dos preços internacionais do
açúcar, o perfil regional modificou-se, gerando um aumento da produção de açúcar e
de álcool anidro, além da cogeração de energia.
A agroindústria é o segmento mais representativo da atividade industrial,
destacando-se as indústrias sucroalcooleiras, frigoríficas, de massas e polpas de
frutas, de processamento de leite em pó, de curtimento de couro, de desidratação de
ovos, entre outras, concentradas, particularmente, em Araçatuba, Birigui, Penápolis
e Andradina.
No município-sede, Araçatuba, destaca-se a tendência à diversificação com a
indústria ligada à navegação, no porto de Araçatuba, às margens da Hidrovia Tietê–
Paraná e com a implantação de indústrias da área médica, produzindo fios cirúrgicos
e equipamentos hospitalares. Já em Birigui, destacam-se as indústrias de calçados,
voltada principalmente para o público infantil e de artefatos de couro sintético.
O setor terciário vem crescendo e se diversificando, concentrado principalmente no
município polo de Araçatuba. A atividade turística tende a crescer, mesmo sem um
25
plano regional, principalmente vinculada aos esportes náuticos e à recreação nos
reservatórios, bem como o ecoturismo, além do turismo de negócios. O Índice
Paulista de Responsabilidade social (IPRS) revela a predominância de municípios
caracterizados por não apresentarem indicador de riqueza elevado, mas que exibem
indicadores sociais satisfatórios.
O transporte regional de longa distância é feito pela Rodovia Marechal Rondon (SP-
300), que liga Araçatuba à Capital paulista e, no sentido inverso, ao Estado do Mato
Grosso do Sul e também pela Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), que liga a
região aos municípios de São José do Rio Preto e Presidente Prudente e também é
elo de ligação com o Estado do Paraná e ainda diversas rodovias estaduais e
vicinais que interligam toda a região. Conta ainda com a ferrovia Novoeste S.A.
(antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil da Rede Ferroviária Federal), que
possui integração com as malhas estadual e nacional; e pela Hidrovia Tietê-Paraná.
A Hidrovia Tietê-Paraná começou a operar na região, em 1981, com o transporte
intrarregional de alguns produtos, passando ao transporte de longa distância, em
1991. Por seu intermédio, a navegação chegou ao sul do Estado de Goiás e a oeste
do Estado de Minas Gerais, através do Rio Tietê e do tramo norte do Rio Paraná,
ligados pelo canal artificial de Pereira Barreto. A eclusa de Jupiá tornou possível a
interligação fluvial com os Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná e com o
Paraguai.
No período de 2000/2010 os 38 municípios da UGRHI-19 (90%) apresentaram taxa
de crescimento populacional positiva, enquanto que 4 municípios (10%), registraram
taxa de crescimento populacional negativa. Os municípios que apresentaram taxa de
crescimento negativa são: Alto Alegre (0,39% a.a.), Guaraçaí (0,52% a.a.), Pereira
Barreto (0,03% a.a.) e o município de Magda com maior perda populacional com
taxa de 0,67% a.a.
A população de Araçatuba vem diminuindo o ritmo de crescimento, passando de
1,19% (1991/2000) para 0,71% (2000/2010), acompanhando a tendência estadual
de homogeneização e redução
maior porte do Estado. Por outro lado, o município de Birigui apresenta um
expressivo ritmo de crescimento populacional
urbanização (2010 - 97,02%)
A distribuição da população urbana e rural da UGRHI
a tendência de urbanização que se observa em todo o Estado de São Paulo, devido
principalmente a um setor agroindustrial moderno e dinâmico, que impul
expansão e diversificação do comércio regional e a oferta de serviços em seus
centros urbanos.
A média da taxa de urbanização da Bacia do Baixo
2000 e 2010, foi de 80,17%, 81,09% e 83,81
Estado, que foi de 93,36%, 93,41% e 95,94
crescimento da população urbana sobre a rural. Observa
urbanização da Bacia, 83,81
95,94%.A Figura 14 apresenta a taxa
Paulo.
Figura 14: Taxa de urbanização da UGRHI
Fonte: Fundação Seade (2013)
1999
80,17
93,36
de homogeneização e redução da velocidade de crescimento, dos municípios de
maior porte do Estado. Por outro lado, o município de Birigui apresenta um
expressivo ritmo de crescimento populacional anual (2000/2010
97,02%) e densidade demográfica (2011 - 207,61 hab./km²)
A distribuição da população urbana e rural da UGRHI-19 nos últimos 10 anos segue
a tendência de urbanização que se observa em todo o Estado de São Paulo, devido
principalmente a um setor agroindustrial moderno e dinâmico, que impul
expansão e diversificação do comércio regional e a oferta de serviços em seus
taxa de urbanização da Bacia do Baixo Tietê, nos anos de estudo, 1999,
2000 e 2010, foi de 80,17%, 81,09% e 83,81%, respectivamente, ainda ab
Estado, que foi de 93,36%, 93,41% e 95,94%, comprovando a tendência de
crescimento da população urbana sobre a rural. Observa-se que em 2
urbanização da Bacia, 83,81%, atingiu índices mais próximos às do Estado, que foi de
ura 14 apresenta a taxa de urbanização da UGRHI-
: Taxa de urbanização da UGRHI-19 e Estado de São Paulo
Fonte: Fundação Seade (2013)
2000 2010
81,09
83,81
93,4195,94
26
da velocidade de crescimento, dos municípios de
maior porte do Estado. Por outro lado, o município de Birigui apresenta um
anual (2000/2010 -1,44%), grau de
207,61 hab./km²).
19 nos últimos 10 anos segue
a tendência de urbanização que se observa em todo o Estado de São Paulo, devido
principalmente a um setor agroindustrial moderno e dinâmico, que impulsiona a
expansão e diversificação do comércio regional e a oferta de serviços em seus
Tietê, nos anos de estudo, 1999,
%, respectivamente, ainda abaixo do
%, comprovando a tendência de
se que em 2010 a taxa de
os às do Estado, que foi de
-19 e Estado de São
19 e Estado de São Paulo
UGRHI 19
São Paulo
27
2.2.2 Característica física simplificada do Municíp io de Brejo Alegre
A caracterização geológica e pedológica do Município de Brejo Alegre foi realizada
tomando por base os estudos existentes da região de Araçatuba. No que se refere
ao solo, à área em estudo apresenta Latossol Vermelho Escuro, é caracterizado por
ser sílico argiloso, com depósitos de húmus nas baixas de terreno. Arenitos e siltitos
nas partes carbonáticas.
Este é resultado do arenito Bauru, sem cimento calcário, apresentando por tanto
cerca 80% de areia, predominante finas, e com 20% argila no total do solo.
2.2.3 Infraestruturaurbana
A evolução da cidade corresponde a modificações quantitativas, qualitativas e na
gama de atividades urbanas. Consequentemente, surge à necessidade de
adaptação tanto dos espaços necessários a essas atividades, como
daacessibilidade desses espaços, e da própria infraestrutura que a eles serve.
O crescimento físico da cidade, resultante do seu crescimento econômico e
demográfico, se traduz numa expansão da área urbana através de loteamentos,
conjuntos habitacionais e indústrias.
2.2.4 Saneamento e saúde pública
O desenvolvimento real não é possível sem uma população saudável. Grandeparte
das atividades de desenvolvimento afeta o meio ambiente, frequentemente
causando ou agravando problemas de saúde. Ao mesmo tempo, a falta de
desenvolvimento afeta negativamente a saúde de muitas pessoas.
O atendimento das necessidades básicas de saúde, o controle de doenças
transmissíveis, os problemas de saúde urbana, a redução dos riscos para a saúde
28
provocados pela poluição ambiental e a proteção dos grupos vulneráveis, como
crianças, mulheres, e os muitos pobres, deve ser a meta a ser alcançada pelo
município. Para tanto, toda educação, habitação e obras públicas devem ser parte
de uma estratégia elaborada pelo município para alcançar um nível considerado de
excelência.
A Sabesp opera o sistema de água e esgoto no Município de Brejo Alegre. Segundo
o último Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo –
2011, elaborado pela Cetesb, o Município de Brejo Alegre apresenta os seguintes
números quanto ao esgotamento sanitário, conforme a Tabela 8.
Tabela 8. Esgotamento Sanitário
Atendimento (%) Carga Poluidora kgBDO/dia
Eficiência Corpo Receptor
Coleta Tratamento Potencial Remanescentes.
100 100 115 21 82 % Córrego do
Macuco
Fonte: CETESB (2011)
2.2.5 Disponibilidade hídrica
O Município de Brejo Alegre está localizado na Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê
(UGRHI-19) e pertence à Sub-Bacia do Córrego Seco.
2.2.6 Descrição dos sistemas públicos e sociais exi stentes
Os Quadros 1 e 2 descrevem, respectivamente, os sistemas públicos e a
infraestrutura social existentes no Município de Brejo Alegre.
29
Quadro 1. Descrição dos sistemas públicos existentes
SISTEMAS PÚBLICOS EXISTENTES DESCRIÇÃO
Saúde
Não há hospitais no município, os munícipes são atendidos na
Unidade Básica de Saúde municipal e encaminhados para hospitais
de Buritama e Araçatuba.
Educação Escola Estadual Agostinho Grigoleto, Escola M.E. I. Parque do
Cebolinha, Escola M. E. F. João Abdala
Comunicação Globo, Bandeirantes, SBT, Record e várias outras e rádios locais.
Comércio 1 Indústria, 10 comércio, 2.076 prestadores de serviço
Segurança Delegacia de Policia Civil, Delegacia de Policia Militar
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Quadro 2. Descrição da Infraestrutura social da comunidade
INFRAESTRUTURA SOCIALDA
COMUNIDADE DESCRIÇÃO
Eventos Tradicionais Festa do Peão de Boiadeiro
Padroeiro Sagrado Coração de Jesus
Pontos turísticos Não existe
Praças Praça Frei Hygino
Igreja
2 Católicas, 1 Batista, 1 Associação Bíblica e Cultural Protetora de
luz, 1 Cristã do Brasil, 1 Igreja Mundial Poder Deus, 1 Igreja
Evangelho Quadrangular
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
2.2.7 Descrição do nível educacional da população
A vivência escolar é um momento privilegiado na construção da cidadania. O
conhecimento oferecido pela escola deve ser o da realidade, por isso ela precisa
capacitar o aluno para que saiba, diante da complexidade do mundo real, posicionar-
se, orientar suas ações e fazer opções conscientes no seu dia-a-dia. O ensino deve
30
ser desenvolvido a fim de ajudar os alunos a constituir uma consciência global sobre
questões socioambientais.
A educação, no sentido amplo, faz parte do complexo processo de socialização, que
transforma o ser humano em um ser social, capaz de participar da vida de uma
sociedade, e continua enquanto lhe for preciso aprender a adaptar-se a novas
circunstâncias e a desempenhar novos papéis.
Assim, cabe frisar que reconhecer a importância da educação na existência da
humanidade é dar valor àquilo que consideramos como nossa própria descendência
cultural. Com efeito, preocupar-se com a educação significa preocupar-se com
nossa própria história, tendo como foco o desenvolvimento do homem integral.
As Tabelas 9 e 10 descrevem, respectivamente, o nível educacional da população,
por faixa etária, no Município de Brejo Alegre e a parcela populacional discentes do
nível superior ou especializações.
Tabela 9. Nível educacional da população, por faixa etária
continua
População residente que frequentava
creche ou escola por faixa etária
Quantidade de
pessoas
Porcentagem sobre a população
residente da respectiva faixa etária
População residente que frequentava
creche ou escola - 0 a 3 anos 35 28,22
População residente que frequentava
creche ou escola - 4 anos 13 48,14
População residente que frequentava
creche ou escola - 5 anos 21 100,00
População residente que frequentava
creche ou escola - 6 anos 40 100,00
População residente que frequentava
creche ou escola - 7 a 9 anos 121 93,79
População residente que frequentava
creche ou escola - 10 a 14 anos 217 96,44
População residente que frequentava
creche ou escola - 15 a 19 anos 135 65,21
31
conclusão
População residente que frequentava
creche ou escola por faixa etária
Quantidade de
pessoas
Porcentagem sobre a população
residente da respectiva faixa etária
População residente que frequentava
creche ou escola - 15 a 17 anos 121 89,62
População residente que frequentava
creche ou escola - 18 e 19 anos 15 20,83
População residente que frequentava
creche ou escola - 20 a 24 anos 24 11,76
População residente que frequentava
creche ou escola - 25 a 29 anos 7 3,25
População residente que frequentava
creche ou escola - 30 a 39 anos 13 2,91
População residente que frequentava
creche ou escola - 40 a 49 anos 5 5,53
População residente que frequentava
creche ou escola - 50 a 59 anos 3 1,51
Fonte: IBGE (2013)
Tabela 10. População que frequentava nível superior e especializações
População que frequentava nível superior e especiali zações Quantidade de pessoas
Total de pessoas que frequentavam superior de graduação 3
Total de pessoas que frequentavam especialização de nível superior 6
Total de pessoas que frequentavam mestrado -
Total de pessoas que frequentavam doutorado -
Fonte: IBGE (2013)
2.2.8 Indicadores de educação
Indicadores são sinais que revelam aspectos de determinada realidade e que podem
qualificar algo. Os Indicadores da Qualidade na Educação baseiam-se em uma visão
ampla de qualidade educativa e, por isso, abrangem sete dimensões: ambiente
educativo; prática pedagógica e avaliação; ensino e aprendizagem da leitura e da
32
escrita; gestão escolar democrática; formação e condições de trabalho dos
profissionais da escola; ambiente físico escolar; acesso e permanência dos alunos
na escola.
Quanto ao ambiente educativo, os indicadores se referem ao respeito, à alegria, à
amizade e solidariedade, à disciplina, ao combate à discriminação e ao exercício dos
direitos e deveres, que por sua vez garantem a socialização e a convivência,
desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos.
Em relação à Prática pedagógica e avaliação os indicadores refletem coletivamente
sobre a proposta pedagógica da escola, sobre o planejamento das atividades
educativas, sobre as estratégias e recursos de ensino-aprendizagem, os processos
de avaliação dos alunos, incluindo a autoavaliação, e a avaliação dos profissionais
da escola.
Focar a prática pedagógica no desenvolvimento dos alunos significa observá-los de
perto, conhecê-los, compreender suas diferenças, demonstrar interesse por eles,
conhecer suas dificuldades e incentivar suas potencialidades.
O enfoque dado ao Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita, refere-se à
prática de garantir que todos os alunos aprendam. Para a ação se concretizar, a
escola precisa ter uma proposta pedagógica com orientações transparentes para a
alfabetização inicial.
A escola pode implementar as orientações da proposta pedagógica para a
alfabetização inicial, buscando as orientações nos momentos de avaliação e
reuniões pedagógicas alusivas a este contexto; cuidando, também para que os
planos de aula e outras concepções de alfabetização inicial sejam organizados
ponderando as orientações da proposta pedagógica.
Algumas características da gestão escolardemocrática são: o compartilhamento de
decisões e informações, a preocupação com a qualidade da educação e com a
33
relação custo-benefício e a transparência (capacidade de deixar claro para a
comunidade como são usados os recursos da escola, inclusive os financeiros).
Em relação à formação e condições de trabalho dos profissionais da escola discute-
se sobre os processos de formação dos professores, sobre a competência,
assiduidade e estabilidade da equipe escolar.
Quanto ao espaço físico escolar os indicadores enfatizam o bom aproveitamento dos
recursos existentes na escola, a disponibilidade e a qualidade desses recursos e a
organização dos espaços escolares. Ambientes físicos escolares de qualidadesão
espaços educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados, com flores
e árvores, móveis, equipamentos e materiais didáticos adequados à realidade da
escola, com recursos que permitam a prestação de serviços de qualidade aos
alunos, aos pais e à comunidade, além de boas condições de trabalho aos
professores, diretores e funcionários em geral.
Os indicadores para o acesso, permanência e sucesso na escola, evidenciam a
preocupação com os alunos que apresentam maior dificuldade no processo de
aprendizagem, aqueles que mais faltam na escola e quais os motivos que levam os
alunos a abandonaram ou se evadiram da escola.
2.2.9 Apontamento das principais fontes de renda do Município de Brejo Alegre
Indústrias, elas são sinônimos de riqueza e desenvolvimento. Segundo a Presidente
Dilma Rousseff “a indústria é de grande importância para o desenvolvimento
econômico de um país, pois quando se fala em indústria quer dizer produção”. Então
pode-se dizer que a indústria é um espaço de produção entre os setores da
economia, representa o setor secundário. O setor primário representa a agricultura,
o terciário representa o comércio e outros serviços; mas vejam que um depende do
outro. São todos os serviços juntos que movimentam a economia (DILMAREDE,
2013).
34
Importante para o desenvolvimento local, principalmente na geração de emprego, no
Município de Brejo Alegre as principais atividades industriais podem ser observadas
na Tabela 11.
Tabela 11. Principais atividades industriais presentes no Município de Brejo Alegre
Indústrias Valor adicionado Fiscal da Indústria(em r eais de 2012)
Minerais não metálicos Dado não divulgado
Artigos de borracha Dado não divulgado
Combustíveis 91.820.021
Vestuário e acessórios Dado não divulgado
Produtos Alimentícios 4.011.040
Fonte: Fundação Seade (2013)
A indústria brasileira tem importância crucial por produzir os bens de maior valor da
economia e empregar milhões de brasileiros. Grande parte dos bens produzidos, ou
seja, os manufaturados estão diretamente ligados àurbanizaçãodo país, como os
produtoseletrodomésticosque a população usa para conforto, trabalho, saúde e bem
estar (SZMRECSÁNY; LAPA, 2002).
Não obstante, a indústria é muito importante na produção de riquezas do Brasil,
mensurada noProduto Interno Bruto(PIB). Como exemplo, podemos citar o ano de
2009, em que o PIB brasileiro atingiu cerca de 3,14 trilhões de reais e a indústria
havia sido responsável por 25,4% de todo esse valor.Oagronegócio, cuja cadeia
começa nas fábricas de tratores, de adubos e de ração animal, é responsável por
cerca de um quarto do PIB nacional (ENEM, 2011). Entre os setores que mais
cresceram e se fortalecem no cenário nacional está o da agroindústria importante
para o crescimento do Município de Brejo Alegre.
Empresas de alto crescimento, ou seja, com crescimento médio regional igual ou
maior que 20% ao ano, geraram, em 2010, cerca de 5 milhões de empregos no
País, o que representou um aumento de 175,4% e 3,2 milhões de novos postos de
trabalho, em relação a 2007. As informações fazem parte do estudo Demografia das
35
Empresas 2010, e foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE, 2013).
Não obstante, é cada vez maiores a produção e produtividade do setor agrícola
brasileiro, e isso é influenciado pelo investimento do empresário rural que vem
desenvolvendo sua empresa dentro da porteira, investindo no que há de mais
moderno em técnicas de produção e no parque de máquinas. Brejo Alegre destaca-
se também neste setor com várias atividades agrícolas demonstradas na Tabela 12.
Tabela 12. Principais atividades agrícolas realizadas no Município de Brejo Alegre
Agricultura Produção (2010)
Cana-de-açúcar (Em toneladas) 535.162
Coco da baía 25
Feijão (Em Grão) (Em toneladas) 5
Mandioca (Em toneladas) 120
Manga (Em toneladas) 15
Milho (Em Grão) (Em toneladas) 6.520
Soja (Em Grão) (Em toneladas) 3.300
Sorgo (Em Grão) (Em toneladas) 2.880
Tomate (Em toneladas) 960
Fonte: Fundação Seade (2013)
Não diferentemente, a pecuária no Estado de São Paulo é o segundo maior produtor
nacional de frangos do País e é responsável por 16% das aves de corte, 9% do
rebanho de bovinos e 7% dos suínos do País.
No Município de Brejo Alegre desenvolvem-se atividades neste segmento
principalmente na bovinocultura e produção de leite como se observam nas Tabelas
13 e 14.
36
Tabela 13. Principais atividades pecuárias desenvolvidas no Município de Brejo
Alegre
Pecuária Rebanho (em cabeças)
Bovinos 5.476
Equinos 60
Muares 5
Ovinos 30
Suínos 19
Vacas Ordenhadas 426
Fonte: Fundação Seade (2013)
Tabela 14. Derivados da atividade pecuária em Brejo Alegre
Derivados Produção
Leite – Produção (Em mil litros) 1.088
Lenha (Em metros cúbicos) 165
Fonte: Fundação Seade (2013)
2.2.10 Descrição dos indicadores de renda, pobreza e desigualdade
O Brasil é um país marcado por diversos tipos de desigualdades entre seus
habitantes tais como: classe/renda, região, gênero, raça/etnia.
Comumente os estudos de pobreza remetem o desenvolvimento ao melhor caminho
para a sua redução e, posteriormente, sua erradicação, resultando na solução para
os problemas de fome e escassez da humanidade.No entanto, o desenvolvimento
contempla práticas econômicas, sociais, políticas sociais, que às vezes conflitam
entre si e exigem – para a reprodução da sociedade – a transformação geral e
destruição do ambiente natural e das relações sociais.
Destarte, a pobreza é multifacetada e é diferenciada entre indivíduos, regiões e
países. Cria fatores de risco que reduzem a expectativa e a qualidade de vida. Neste
37
sentido, os indivíduos em situação de pobreza possuem dificuldades em obter uma
alimentação adequada, sendo comuns os casos de fome e desnutrição. Possuem,
em geral, moradia inapropriada, acesso precário à água tratada ou saneamento
básico o que resulta em doenças e até mesmo em morte (TEIXEIRA, 2006).
A pobreza resulta de variáveis que incluem natureza cultural, histórica, social,
filosófica e mesmo religiosa e sob o prisma da economia, porém, pobreza possui um
caráter material, que significa em última instância um estado de carência em relação
a certo padrão mínimo, estabelecido socialmente, de necessidades materiais que
devem ser atendidas em cada momento por um indivíduo. Assim, a pobreza possui
uma dimensão de insuficiência de renda, que limita a capacidade de consumo.
O vínculo entre pobreza e inadequação de capacidades com pobreza como baixo
nível de renda contempla o entendimento de que a renda é um meio fundamental
para obter capacidades. Desta forma, com maiores capacidades, as pessoas
tenderiam a ser mais produtivas e obter rendas mais elevadas. Relaciona a ausência
de liberdades substantivas (ou seja, liberdade de participação política ou
oportunidade de receber educação básica ou assistência médica) à pobreza
econômica, que rouba das pessoas a liberdade de saciar a fome, de obter uma
nutrição satisfatória ou remédios para doenças tratáveis, a oportunidade de vestir-se
ou morar de modo apropriado, de ter acesso à água tratada ou saneamento básico.
(TEIXEIRA, 2006).
A pobreza priva as pessoas, muitas vezes da própria condição humana quando não
satisfeitas as necessidades básica (fisiológicas e outras). Para se ter uma vida digna
é fundamental o acesso a alguns bens e serviços sem os quais as pessoas não
usufruiriam uma vida digna. São bens imprescindíveis como: água potável, coleta de
lixo, educação, acesso a transporte coletivo, que garantem aos indivíduos uma vida
saudável e chances de inserção na sociedade. A característica essencial desta
abordagem é a universalidade, já que estas são necessidades de todo e qualquer
indivíduo.
38
Atrelado à pobreza está a desigualdade de renda que impacta sobre o bem-estar
dos indivíduos e sua relação direta sobre variáveis socioeconômicas tais como:
taxas de poupança da economia, taxa de mortalidade infantil e extensão da pobreza.
Segundo Barros; Henriques; Mendonça (2000), a tendência do Brasil nas últimas
décadas a grandes desigualdades na distribuição de renda e a elevados níveis de
pobreza. O Brasil é um país desigual submetido ao desafio histórico de combater
uma herança de injustiça social, que se refletiu na exclusão de parte significativa da
população do acesso a condições mínimas de dignidade e cidadania. A Tabela15
apresenta indicadores de renda, pobreza e desigualdades no Município de Brejo
Alegre (SP).
Tabela 15. Indicadores de renda, pobreza e desigualdades no município (Censo
Demográfico 2000) Descrição Valor
Incidência de pobreza 36,54 %
Incidência de pobreza subjetiva 31,28%
Índice de Gini 0,34%
Fonte: IBGE (2013)
39
3. DIAGNÓSTICOOPERACIONAL DE RESIDUOS SOLIDOS
3.1 Diagnostico de resíduos sólidos domiciliares e comerciais
3.1.1 Geração
O Município de Brejo Alegre possui atualmente uma população aproximada de 2.613
habitantes. O índice de urbanização mais recente do município refere-se ao ano de
2010 e é de 81,99%, segundo dados da Fundação Seade, o que projeta uma
população de 2.142 habitantes na sede urbana e 471 habitantes na zona rural. A
taxa geométrica anual de crescimento da população 2010/2012 foi de 0,81% ao ano.
Após a realização da gravimetria que consistiu na análise da amostragem diária dos
resíduos coletados durante uma semana ininterruptamente obtiveram-se os dados
para os cálculos demonstrados nas Tabelas 16e 17.
Tabela 16. Planilha de gravimetria – % em peso dos resíduos gerados e coletados
pela coleta regular no Município de Brejo Alegre (SP) entre 14 a 28/8/2013
DISCRIMINAÇÃO
Percentual da
composição
gravimétrica
Quantidade de
resíduos oriundos
da análise de ¼ do
volume total do
caminhão (Kg)
Quantidade de
resíduo gerado por
dia (Kg)
Quantidade
de resíduo
gerado(kg
hab./dia)
Orgânico 51 % 153 612 0,234
Rejeitos 12 % 36 144 0,055
Recicláveis 37 % 111 444 0,170
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
40
Tabela 17. Planilha de gravimetria dos resíduos recicláveis – % em peso dos
resíduos recicláveis gerados e coletados pela coleta regular no Município de Brejo
Alegre (SP) entre 14 a 28/8/2013
DISCRIMINAÇÃO
Percentual da
composição
gravimétrica
Quantidade de
resíduos oriundos
da análise de ¼ do
volume total do
caminhão (Kg)
Quantidade de
resíduo gerado por
dia (Kg)
Quantidade
de resíduo
gerado (kg
hab./dia)
Plástico 50,85 % 56,44 225,77 0,086
Papel/Papelão 28,63 % 31,78 127,12 0,049
Metal 3,70 % 4,11 16,43 0,006
Vidro 14,81 % 16,44 65,76 0,025
Outros 2,01 % 2,23 8,92 0,003
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Os dados relacionados nas Tabelas 16 e 17 foram obtidos através da pesagem de
cada veículo após a realização da coleta e a gravimetria, ou seja, a porcentagem em
peso dos principais materiais que compõe os resíduos sólidos domiciliares (matéria
orgânica, plásticos, papeis e papelão, metais, vidros, outros recicláveis e rejeitos) a
fim de detalhar e identificar os resíduos gerados no município.
A Taxa de Geração (TG) de resíduos no município foi dada pela média da pesagem
diária dividida pelo nº de habitantes da zona urbana, conforme a Equação (6):
TG � ���
��� � � ............................................................................................................(6)
Portanto, o valor da geração de resíduos sólidos domiciliares e comerciais
habitante/dia (média) foi de 0,46 kg/hab.dia.
Considerando os dados apresentados no Plano Nacional de Resíduos Sólidos
(BRASIL, 2011) que é de geração de resíduos sólidos no Brasil igual a 1,1
Kg/hab.dia e na Região Sudeste igual a 0,9 Kg/hab.dia, o valor de geração de
41
resíduos por habitante/dia no Município de Brejo Alegre (SP) está abaixo dos
parâmetros considerados.
As Figuras 15 e 16 demonstram o registro fotográfico da gravimetria realizada.
Figura 15. Gravimetria realizada no Município de Brejo Alegre
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
42
Figura 16. Gravimetria realizada no Município de Brejo Alegre
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
3.1.2 Forma de acondicionamento
Os resíduos sólidos domiciliares são acondicionados em sacos de lixo e sacolinhas
plásticas conforme se observa na Figura de 17 e 18.
Figura 17. Forma de acondicionamento dos resíduos sólidos domiciliares
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
43
Figura 18. Forma de acondicionamento dos resíduos sólidos domiciliares
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
3.1.3 Informações sobre a coleta convencional
A Prefeitura Municipal de Brejo Alegre é a responsável pelo serviço de coleta
domiciliar comum, atendendo 100% da população, cuja produção média diária de
resíduos declarada é de 0,46 kg/hab.dia, totalizando assim aproximadamente 1.200
kg de resíduos diários. Esse número, no entanto, não é exato, pois não há controle
do peso dos resíduos recolhidos.
Para executar os serviços referentes à limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos, a Prefeitura Municipal de Brejo Alegre possui 17 funcionários divididos em 3
equipes: uma equipe para realizar a coleta de resíduos domiciliares, outra para a
coleta de resíduos de construção civil e a última para varrição de ruas, limpeza de
logradouros públicos. Essas equipes trabalham com o sistema de rodízio conforme
descrito no Quadro 3. Na coleta utilizam-se dois caminhões como se observa na
Figura 19 e 20.
44
Quadro 3. Rodízio de coleta de resíduos sólidos no Município de Brejo Alegre (SP)
DIAS DA SEMANA PERÍODO BAIRROS
Segunda-feira, quarta
feira e sexta- feira
Manhã e
tarde
Todos os Bairros do Município de Brejo Alegre (Zona urbana e
rural)
Noite Não há coleta
Sábado e domingos - Não há coleta
Fonte: Prefeitura Municipal de Brejo Alegre (2013)
Figura 19. Caminhão coletor compactador, ano 2002, modelo 2003, marca Ford F
12.000com capacidade da caçamba de 15 m³, placa BPZ 2650
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Figura 20. Caminhão basculante ano 2008, marca Ford cargo 1317E com
capacidade para 5m³, placa BPZ 2653
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
45
Os resíduos sólidos produzidos na zona urbana são coletados de segundas, quartas
e sextas-feiras, das 7h30 às 14h.
Os resíduos sólidos dos Condomínios da cidade são recolhidos juntamente com os
resíduos domiciliares da zona urbana em um ponto pré-determinado no condomínio
por equipe da Prefeitura com auxílio do caminhão basculante. Não há coleta noturna
no município, como se observa no Quadro 3.
Segundo informações fornecidas, no Município de Brejo Alegre não há problemas no
serviço de coleta do lixo, nem existe reclamações por parte da população em
relação a esse serviço. Para a coleta e as distâncias mensuradas percorrida são de
20 Km na zona urbana e 30 na zona rural.
Figura 21. Rota percorrida pelo caminhão de coleta de lixo
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
46
3.1.4 Tratamento, destinação e disposição final
Atualmente, os resíduos sólidos domiciliares são depositados no aterro controlado
em valas existente no município, que se estima ter somente mais o ano de 2012 de
vida útil. No entanto, a pessoa responsável já está requerendo junto a Cetesb a
licença de ampliação do mesmo para um período de 10 anos e capacidade de
reservação de 9.450 m³. O Município não possui ecopontos. Também não é
realizada a coleta e destinação de óleo de cozinha usado. Uma empresa no
município de Araçatuba está interessada em coletá-los.
O aterro controlado em valas obteve classificação dada pela auditoria da Cetesb no
ano de 2011 de 6,9, enquadrando-se, portanto, como C, condição controlada. Em
2009, a nota obtida foi 9,2. Conclui-se, portanto, que tenha ocorrido uma
considerável falha de operação para que a atual nota tenha tido tamanha redução.
No aterro existe um operador de máquina, responsável pela cobertura e
compactação dos resíduos lá depositados nos dias de coleta. Para operação desses
serviços a Prefeitura dispõe de um caminhão coletor compactador, um caminhão
basculante reserva, uma pá carregadeira e uma retro escavadeira, todos declarados
em boas condições de operação, exceto o primeiro que requer substituição.
Figura 22. Pá carregadeira ano 2012, marca New Holland 12 C, com capacidade
para 4 m³
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
47
Figura 23. Retro escavadeira ano 2009, marca Randon RK406, com capacidade
para 2m³
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
O maior problema encontrado pelos municípios de pequeno porte e de escassos
recursos financeiros para a construção de aterros sanitários é o da disponibilidade
de equipamentos para a sua operação, que por sua vez possuem custo de aquisição
e manutenção muito elevadas, inviáveis para o manuseio da pequena quantidade de
resíduos gerados.
Esse é o grande obstáculo oferecido por todos os tipos de aterro, quando aplicados
a pequenas comunidades, exceto aqueles desenvolvidos em valas e operados sem
a utilização de equipamentos, que é o que normalmente acontece nos municípios de
pequeno porte.
A capacidade volumétrica do aterro controlado em valas de Brejo Alegre é de
4.725,00 toneladas. As células de armazenamento do mesmo possuem 3,0 metros
de largura por 3,0 metros de profundidade e 30,00 metros de comprimento.
Os resíduos provenientes da coleta realizada no município são dispostos nas valas,
por sua vez fechadas sempre que utilizadas. Existe um funcionário específico para
realizar esse serviço e os equipamentos existentes, pá carregadeira e retro
48
escavadeira, foram declarados como sendo suficientes e em bom estado. O resíduo
é compactado pelo movimento das máquinas em cima do montante.
A área de disposição dos resíduos não possui impermeabilização, coleta de gás e
coleta/tratamento de chorume, não havendo também poços de monitoramento do
solo e água.
Não há controle da entrada e saída de pessoas no local, no entanto o portão fica
fechado com cadeado, não sendo verificada a presença de catadores no aterro.
Observa-se na Figura a seguira imagem de satélite do aterro controlado em valas de
Brejo Alegre.
Figura 24. Imagem de satélite do aterro controlado em valas de Brejo Alegre
Fonte: Google Earth (2013)
49
Figura 25. Foto do aterro controlado em valas de Brejo Alegre
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Como pode-se observar na Figura acima, a área do aterro é toda cercada. Além do
mais, não foram constatadas a presença de urubus, vetor indicador de deficiências
de ordem sanitária, nem de catadores no local, demonstrando responsabilidade com
a população e com a preservação do meio ambiente.
A distância ideal que o aterro deve estar da malha urbana é de 3 Km, entretanto, no
município esse número não é respeitado, sendo a distância medida de 1,0 Km.
Mesmo assim, os responsáveis afirmam não haver impacto visual no entorno. Como
a área em estudo para implantação da ampliação localiza-se ao lado do antigo
aterro, essa distância continuará sem ser obedecida.
50
No final do ano de 2012 a vida útil do aterro se encerrou. A Prefeitura já está
providenciando, junto a Cetesb, a licença de ampliação do mesmo e
finalização/recuperação do atual. Para readequação do local existe uma proposta
para implantação de cercas vivas.
No que tange as condições de segurança dos funcionários, a proteção ao meio
ambiente e a saúde da população, todos foram considerados como sendo
satisfatórios. O controle de acesso a veículos no local não é controlado e a
administração do aterro é feito pela própria Prefeitura.
3.1.5 Dados sobre a coleta seletiva e triagem
No município não existe coleta seletiva nem usina de triagem para separação dos
recicláveis, fato que, consequentemente, diminui a vida útil desse aterro. A coleta de
lixo é fiscalizada por um funcionário da Prefeitura.
Não existe nenhum projeto para a coleta seletiva no Município.
3.1.6 Informações sobre a triagem
Como dito, anteriormente, os resíduos sólidos domiciliares e comerciais são
destinados diretamente para aterro controlado em valas, devido à inexistência de um
centro de triagem. O município também não tem um projeto para implantação desse
serviço.
3.1.7 Catadores de materiais recicláveis
Conforme dito anteriormente, não existe coleta seletiva no Município e, portanto, não
existem catadores cooperados ou associados. Nota-se a presença de catadores
informais.
51
3.2 Diagnóstico de resíduos sólidos e limpeza urban a
O Quadro 4 relaciona os dados referentes à geração, coleta e destinação de
resíduos sólidos de limpeza urbana do Município de Brejo Alegre (SP) e as Figuras
26 a 30 apresentam o registro fotográfico do assunto em tela.
Quadro 4. Discriminação e dados dos resíduos sólidos e limpeza urbana
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Varrição de ruas
3 m³ por
semana
Prefeitura
Equipe de funcionários¹
com carrinhos em más
condições de uso,
vassouras e pás para
lixo sem EPI² (Figuras
44 e 45). Não possui
trajetória definida
Em todas as
ruas, praças
públicas,
pontos de
aglomeração
de pessoas.
De segunda à
sexta-feira durante
todo o ano, exceto
em feriados, no
período das 8h às
12h.
Depositados e
incinerados em
terreno próximo
ao aterro
sanitário (Figura
49)
Limpeza de
logradouros
públicos
Prefeitura
Equipe de funcionários¹
com carrinhos em más
condições de uso,
vassouras e pás para
lixo sem EPI²
Em todo o
município
Todas as quartas-
feiras no período
das 8h às 12h.
Depositados e
incinerados em
terreno próximo
ao aterro
sanitário (Figura
49)
Poda de árvores e
grama
Não
mensurada
Empresa
contratada
da Prefeitura
Equipe de funcionários¹
com trator e carreta,
motosserra,
equipamentos de
jardinagem em geral
(garfo, rastelo, pá),
cortador de grama sem
EPI² (Figuras 46 e 47)
sem trajetória definida.
Em todas as
ruas e praças
públicas
1 vez ao ano no
mês de junho
Recolhidos pela
Prefeitura,
depositados e
incinerados em
terreno próximo
ao aterro
sanitário (Figura
49)
Poda de árvores e
grama
Não
mensurada
Pelos
munícipes
Podas de árvores
efetuadas por moradores
(Figura 48)
Nas
residências
Todo o ano sem
data definida
Recolhidos pela
Prefeitura,
depositados e
incinerados em
terreno próximo
ao aterro sanitário
(Figura 49)
¹ Conforme dito anteriormente, para executar os serviços referentes à limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, a Prefeitura Municipal de
Brejo Alegre possui 17 funcionários divididos em 3 equipes: uma equipe para realizar a coleta de resíduos domiciliares, outra para a coleta de
resíduos de construção civil e a última para varrição de ruas, limpeza de logradouros públicos. Essas equipes trabalham com o sistema de
rodízio.
² Os EPI fornecidos pela Prefeitura relacionam luvas, botas e uniformes especiais para a função, embora não se observe a utilização dos
mesmos no registro fotográfico (Figuras 41 e 42)
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
52
Figura 26. Carrinho utilizado na varrição de rua
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Figura 27. Funcionários da Prefeitura no serviço de varrição de rua
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
53
Figura 28. Limpeza de vias públicas
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Figura 29. Trator ano 1978, marca Massey Ferguson 50 X e carreta basculante 4
rodas, ano 1978 para coleta e descarte de resíduos provenientes de poda de
árvores, grama e locais públicos com capacidade para 4 m³
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
54
Figura 30. Resíduos sólidos resultantes da poda de árvores efetuadas por
moradores
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
O município possui uma área de descarte onde encaminha sofás, pneus, madeiras,
materiais inertes, sucatas ferrosas dentre outros juntamente com os resíduos de
varrição de ruas, podas de árvores, capinação e outros. No entanto, alguns desses
materiais possuem destinação específica. Resíduos como os de ferro velho são
coletados por catadores de rua informais. O restante é incinerado. A Figura 48
apresenta a foto da área de descarte.
O Município atualmente possui 2 projetos ligados a área de resíduos sólidos. Um diz
respeito à recuperação e finalização do atual aterro e o outro a ampliação da área do
mesmo, cujo local já foi aprovado pela Cetesb e terá uma capacidade volumétrica de
9.450 m³. A próxima etapa é o recolhimento da documentação necessária para tal,
que já esta sendo providenciada pelo setor responsável.
A área onde se encontra o aterro é usucapião, sendo a mesma depois de
recuperada devolvida ao proprietário, que geralmente desenvolve a cultura de cana-
de-açúcar nesse solo.
55
Figura 31. Área de descarte de resíduos sólidos de limpeza urbana
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
3.3 Diagnóstico de resíduos cemiteriais
O Quadro 5 relaciona os dados referentes à geração, coleta e destinação de resíduos
cemiteriais. O Município de Brejo Alegre (SP) possui 1 cemitério com 80% de ocupação. Um
novo terreno já foi adquirido para a ampliação do cemitério após 2 anos. Não são realizadas
exumações. As Figuras a seguir apresentam o registro fotográfico resultante da visita
in loco para o diagnóstico de resíduos cemiteriais.
Quadro 5. Discriminação e dados dos resíduos cemiteriais do Município de Brejo
Alegre (SP)
continua
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Limpeza de
túmulos
250l por
semana Prefeitura
Por 1 funcionário
devidamente equipado
com EPI (botina, luva
e uniforme)
Cemitério
De segundas as
sextas-feiras
juntamente com os
resíduos de
limpeza urbana
Após serem
acondicionados em
sacos plásticos são
depositados e
incinerados em um
terreno próximo ao
aterro sanitário
56
conclusão
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Resíduos de
reformas e
túmulos
Não
mensurado Prefeitura
Por 1 funcionário
devidamente equipado
com EPI (botina, luva
e uniforme) e um
pedreiro e ajudante
contratados quando
necessário
Cemitério
1 vez por semana
em dia e horário
não determinado
juntamente com os
resíduos da
construção civil
São descartados em
terreno próximo ao
aterro sanitário
¹ Foi aberto concurso para contratação de 1 coveiro
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Figura . Cemitério do Município de Brejo Alegre (SP)
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Figura 50. Resíduos resultantes da limpeza de túmulos de Brejo Alegre (SP)
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
57
3.4 Diagnóstico de resíduos de serviço de saúde (RS S)
O Município de Brejo Alegre possui 1Unidade Básica de Saúde (UBS) e 1 Farmácia,
não existem clinicas odontológicas veterinárias e estéticas. O Quadro 6 relaciona os
dados referentes à geração, coleta e destinação de resíduos de serviço de saúde
(RSS) do Município de Brejo Alegre (SP).
Quadro 6. Discriminação e dados dos resíduos de serviço de saúde
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Resíduos
gerados na
Farmácia
7l a cada 4 a
6 meses
O farmacêutico
leva à UBS ou
requer a coleta
pela vigilância
sanitária do
município que
realiza a coleta
através de 2
funcionários
Após o acondicionamento
em coletor de materiais
perfurocortantes o resíduo
é encaminhado à UBS para
ser coletado por uma
empresa terceirizada
Na Unidade
Básica de
Saúde do
Município
A cada 15
dias
Tratamento com
sistema
Autoclave e
disposição no
aterro sanitário
de Onda Verde
Resíduos
gerados na UBS
da Classe A, A1,
B e E
12 Kg a 15
Kg da Classe
A e E,
12 kg a 60
Kg da Classe
A1e 46 Kg da
Classe B¹
Pela empresa
terceirizada Onda
Verde
devidamente
equipados com
EPI
Após o acondicionamento
em caixa Sharp Box
(coletor de materiais
perfurocortantes) e em
sacos plásticos brancos e
transparentes 2
funcionárias da UBS
devidamente equipadas
com EPI guardam os RSS
em um depósito no Posto
de Saúde (Figura 54 a 57)
Na Unidade
Básica de
Saúde do
Município
A cada 15
dias
Tratamento com
sistema
Autoclave e
disposição no
aterro sanitário
de Onda Verde
Resíduos
gerados pelos
pacientes com
diabetes²
12 Kg a 15
Kg da Classe
A e E
Pelo próprio
usuário
Encaminhado ao UBS para
ser coletado por uma
empresa terceirizada
(Figura 58)
Na Unidade
Básica de
Saúde do
Município
A cada 15
dias
Tratamento com
sistema
Autoclave e
disposição no
aterro sanitário
de Onda Verde
¹ O peso dos RSS estimados na Unidade Básica de Saúde é de 50 Kg por mês.
² A Unidade Básica de Saúde do Município possui 25 pessoas cadastradas. Após esse cadastro eles recebem um coletor de
materiais perfurocortantes para acondicionar esses resíduos em suas casas ou os próprios pacientes acondiciona numa garrafa Pet.
Eles mesmos levam esses resíduos para Posto Saúde. Essas pessoas cadastradas usam insulina diariamente.
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
58
As Figuras a seguir apresentam o registro fotográfico resultante da visita in loco para
o diagnóstico de resíduos de serviço de saúde.
Figura 34. RSS do Município de Brejo Alegre (A) advindos dos pacientes com
diabetes (B)
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Figura 35. RSS do Município de Brejo Alegre (SP)
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
A B
59
Figura 36. RSS do Município de Brejo Alegre (SP)
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Não existe um plano de gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde, porém
todos os estabelecimentos desta natureza têm seus resíduos coletados. Constitui
objeto do contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de Brejo Alegre e a Empresa
Onda Verde Construtora Ltda. o tratamento de resíduos de saúde (RSS), dos
Grupos A, E e B, segundo as Resoluções Conama nº 358/05 e Anvisa RDC 306/04,
com coleta dos resíduos na Unidade Básica de Saúde.
O peso estimado a ser recolhido é de 50 Kg/mês e o valor para tal é de R$
368,00/mês, totalizando R$ 4.416,00/ ano. No caso da pesagem ultrapassar esse
limite, será cobrado o valor de R$ 5,80 (cinco reais e oitenta centavos) por quilo
adicional tanto para resíduos A como B. A contratante é responsável pelas
condições, características, classificação, embalagem, identificação e formas de
acondicionamento dos resíduos a serem coletados para tratamento e disposição
final, os quais devem, obrigatoriamente, obedecer normas da ABNT/Cetesb,
eximindo a contratada de tais responsabilidades e práticas.
O Município de Brejo Alegre não possui nenhum equipamento (autoclave,
60
incinerador e outros) que promova a desinfecção de resíduos sólidos perigosos,
optando por terceirizar esses serviços através de Empresa especializada Onda
Verde Construtora Ltda. A contratada, por sua vez, executará a coleta, o transporte,
o tratamento e disposição final dos resíduos classificados no grupo A E e B,
garantindo solidez e boa qualidade dos serviços prestados.Além disso, a empresa
contratada se obriga, durante o prazo de vigência deste ajuste, a manter-se
perfeitamente habilitada para execução do objeto do mesmo, apresentar os
comprovantes de licença ambiental para o local de disposição final dos resíduos
transportados e fornecer ao contratante declaração de tratamento e disposição final
dos resíduos vinculados no presente contrato.
3.5 Diagnóstico de resíduos da construção civil
O Quadro 7 relaciona os dados referentes à geração, coleta e destinação de
resíduos da construção civil do Município de Brejo Alegre (SP).
Quadro 7. Discriminação e dados dos resíduos da construção civil
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Entulho de
obras gerais do
município
(Figuras 58 a
60)
Não
mensurada
pela Prefeitura
Prefeitura
Pela Equipe de
funcionários da Prefeitura¹
com o auxílio do caminhão
basculante.
Não existe caçambeiro e
nem Plano do
Gerenciamento de
Resíduos Sólidos. A
própria Prefeitura que
disponibiliza as caçambas.
No Município Após a sua
geração
Os resíduos são
depositados em um
terreno próprio à
Prefeitura, localizado
junto a Estrada
Municipal BLE,
próximo ao campo
de futebol do
município, e quando
necessário são
utilizados na
manutenção das
estradas rurais
(Figuras 58 e 59)
¹ Conforme dito anteriormente, para executar os serviços referentes à limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, a Prefeitura Municipal de Brejo
Alegre possui 17 funcionários divididos em 3 equipes: uma equipe para realizar a coleta de resíduos domiciliares, outra para a coleta de resíduos de
construção civil e a última para varrição de ruas, limpeza de logradouros públicos. Essas equipes trabalham com o sistema de rodízio.
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
61
As Figuras a seguir apresentam o registro fotográfico resultante da visita in loco para
o diagnóstico de resíduos da construção civil.
Figura 37. Resíduos da construção civil
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Figura 38. Resíduos da construção civil (A) e entulhos de Construção (B)
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
A Figura a seguir demonstra a imagem de satélite do terreno para deposição dos
resíduos sólidos gerados pela construção civil.
A B
62
Figura 39. Imagem de satélite do terreno para deposição dos resíduos sólidos
gerados pela construção civil
Fonte: Google Earth (2013)
3.6 Diagnóstico de resíduos industriais
O Município de Brejo Alegre (SP) contempla uma usina de açúcar, álcool e
cogeração de energia e dois postos de gasolina, um na zona urbana e um na zona
rural. O Quadro 8 relaciona os dados referentes à geração, coleta e destinação de
resíduos da industriais do Município de Brejo Alegre (SP), com as quantificações
médias dos resíduos gerados na empresa durante o período de safra (abril a março).
63
Quadro 8. Discriminação e dados dos resíduos industriais
continua
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Vinhaça Não
mensurado Usina Usina
Durante o período
de safra
Lavoura para
irrigação da
plantação
(fertirrigação)
Água de
lavagem
Não
mensurado Usina Usina
Durante o período
de safra
Lavoura para
irrigação da
plantação
(fertirrigação)
Torta de filtro Não
mensurado Usina Usina
Durante o período
de safra
Lavoura, utilizados
como fertilizantes
orgânicos
Cinza das
caldeiras
Não
mensurado Usina Usina
Durante o período
de safra
Lavoura, utilizados
como fertilizantes
orgânicos
Bagaço da cana-
de-açúcar
Não
mensurado Usina Usina
Durante o período
de safra
Cogeração de
energia
Sucata metálica 641.600 Kg Gerdau e outras empresas menores
Usina Durante o período
de safra Reciclagem
Madeira "venda" 4.280 Kg Usina Durante o período
de safra Reciclagem
Óleo Queimado 13.244 L Usina Durante o período
de safra Re-refino
Papel/Plástico 32.460 Kg Usina Durante o período
de safra Reciclagem
Ráfia 7.920 Kg Usina Durante o período
de safra Reciclagem
Pneu 2.331 Un Usina Durante o período
de safra Reciclagem
Mangueiras hidráulicas 6.260 Kg Mejan&Mejanambiental Usina
Durante o período
de safra Não informado
Filtro de óleo 8.760 Kg Mejan&Mejanambiental Usina Durante o período
de safra Não informado
Disco de policorte 200 Kg Mejan&Mejanambiental Usina
Durante o período
de safra Não informado
Contaminados com óleos minerais
28.560 Kg Mejan&Mejanambiental Usina Durante o período
de safra Não informado
Lâmpadas inteiras 1.133 Un Mejan&Mejanambiental Usina
Durante o período
de safra Não informado
Lâmpadas quebradas 28 Kg Mejan&Mejanambiental Usina
Durante o período
de safra Não informado
64
conclusão
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Pilhas e baterias 100 Kg Mejan&Mejanambiental Usina Durante o
período de safra Não informado
Lã de vidro/ rocha 4.140 Kg Mejan&Mejanambiental Usina
Durante o
período de safra Não informado
Lona de freio com amianto 1.890 Kg Mejan&Mejanambiental Usina
Durante o
período de safra Não informado
Água contaminada/
S.A.O. 19.230 L Mejan&Mejanambiental Usina
Durante o
período de safra Não informado
Graxa 3.740 Kg Mejan&Mejanambiental Usina Durante o
período de safra Não informado
Vidros 400 Kg Mejan&Mejanambiental Usina Durante o
período de safra Não informado
Filtro de ar 960 Kg Mejan&Mejan
ambiental Usina
Durante o
período de safra Não informado
Sucata eletrônica 180 Kg Mejan&Mejanambiental Usina
Durante o
período de safra Não informado
Lixo orgânico do refeitório/ escritório
300 Kg/ dia Usina Durante o
período de safra
Aterro de Brejo
Alegre
Resíduos de saúde 1 Kg/ mês Mejan&Mejan
ambiental Usina
Durante o
período de safra Não informado
Embalagens do
posto de
gasolina na zona
rural
Não
mensurada Catadores informais
Acondicionado em
tambores (Figuras
63 a 66)
No posto 1 vez por mês Encaminhado para
reciclagem
Óleo queimado
do posto de
gasolina na zona
rural
200 l
Empresa
ProlubRerefino de
lubrificantes
Acondicionado em
tambores No posto 1 a 2 meses
Não foi informada a
destinação
Embalagens do
posto de
gasolina na zona
urbana
Não
mensurada Catadores informais
Acondicionado em
caixas No posto
Sem frequência
definida
Encaminhado para
reciclagem
Óleo queimado
do posto de
gasolina na zona
urbana³
Não
mensurada -
Acondicionado em
tambores No posto - -
¹A prefeitura não exige a apresentação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos dessas indústrias/usinas
²Essa utilização também merece atenção quanto a possíveis problemas de degradação e contaminação do solo e da água.
³O atual proprietário assumiu a direção a 2 meses e, portanto, ainda não possui quantidade de óleo queimado suficiente para destinação
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
65
As Figuras a seguir apresentam o registro fotográfico resultante da visita in loco para
o diagnóstico de resíduos industriais.
Figura 40. Embalagens de óleo automotivo armazenado no posto da zona rural de
Brejo Alegre
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Figura 41. Óleo automotivo queimado armazenado no posto da zona rural de Brejo
Alegre
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
66
Figura 42. Embalagens armazenadas no posto da zona rural de Brejo Alegre
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
3.7 Diagnóstico de resíduos da zona rural
O Quadro 9 relaciona os dados referentes à geração, coleta e destinação de
resíduos da zona rural do Município de Brejo Alegre (SP).
Quadro 9. Discriminação e dados dos resíduos da zona rural
GERAÇÃO COLETA DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Resíduos sólidos
das 126
propriedades rurais
217 Kg/dia Prefeitura
Os resíduos sólidos são
recolhidos juntamente
com os resíduos
domiciliares da zona
urbana por equipe da
Prefeitura¹ com auxílio do
caminhão basculante.
Não existe coleta seletiva
no Município
Na zona rural
segundas, quartas
e sextas-feiras das
14h30 às 17h30.
Encaminhado ao
aterro controlado
em valas do
Município
67
¹ Conforme dito anteriormente, para executar os serviços referentes à limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, a Prefeitura Municipal de Brejo
Alegre possui 17 funcionários divididos em 3 equipes: uma equipe para realizar a coleta de resíduos domiciliares, outra para a coleta de resíduos de
construção civil e a última para varrição de ruas, limpeza de logradouros públicos. Essas equipes trabalham com o sistema de rodízio.
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
3.8 Diagnóstico de resíduos das atividades agrossil vopastoris
O Quadro 10 relaciona os dados referentes à geração, coleta e destinação de
resíduos das atividades agrossilvopastoris do Município de Brejo Alegre (SP).
Quadro 10. Discriminação e dados dos resíduos das atividades agrossilvopastoris
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Embalagens
vazias de
agrotóxicos,
vacinas e remédios
para animais
Não mensurada
pelo
estabelecimento
comercial
Pelos
usuários
devidamente
orientados
Os usuários são
responsáveis pela
entrega nas
empresas produtoras
Empresas
produtoras
Em dias e
horários não
determinados
Empresa no
município de
Bilac – Unidade
Central Bilac sito
à Av. Industrial
Antônio Serafim
nº 1521.
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
No Município de Brejo Alegre existe um estabelecimento que comercializa,
devidamente autorizado, agrotóxicos, vacinas e remédios para animais que não
recebe as embalagens vazias.
3.9 Diagnóstico de resíduos sólidos pneumáticos
Em relação aos resíduos pneumáticos a população é orientada na importância do
descarte adequado deste resíduo, embora não exista uma ação específica para tal.
Também não existe ecoponto na cidade, mais neste sentido, foi feita uma parceria
com o Departamento de Água e Esgoto de Penápolis (DAEP) para a retirada deste
resíduo.
68
O Quadro 11 relaciona os dados referentes à geração, coleta e destinação de
resíduos pneumáticos do Município de Brejo Alegre (SP). A Figura a seguir
apresenta o registro fotográfico resultante da visita in loco para o diagnóstico de
resíduos sólidos pneumáticos.
Quadro 11. Discriminação e dados dos resíduos sólidos pneumáticos
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Pneus
5.000 Kg a
cada 60
dias
Prefeitura
Uma Equipe de 3
funcionários de
Prefeitura recolhem os
pneus em uma saveiro
e armazenam os
mesmos em um
barracão da Prefeitura
(Figuras 67 e 68)
Nos
borracheiros e
pelo Município
Durante todo o
dia a cada 60
dias
A Prefeitura de Brejo
Alegre leva com o
caminhão
basculante até o
DAEP de Penápolis
que armazena em
um barracão até
atingir quantidade
suficiente para ser
recolhida por
empresa
especializada.
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Figura 43. Pneus recolhidos em borracharias do Município de Brejo Alegre
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
3.10 Diagnóstico de resíduos dos serviços de transp orte
69
Em relação aos resíduos dos serviços de transporte salienta-se que o Município de
Brejo Alegre não possui rodoviária, aeroporto, porto, estação ferroviária e postos de
fronteira, portanto não são gerados resíduos desta natureza no município.
3.11 Diagnóstico de resíduos sólidos perigosos/elet rônicos
O Município de Brejo Alegre (SP) não possui programa destinado à coleta e
destinação dos resíduos sólidos perigosos/eletrônicos que são encaminhados ao
aterro da cidade. A Prefeitura recolhe computadores e peças de informática e
armazena em um barracão, porém ainda não definiu a destinação para tais resíduos.
3.12 Diagnóstico de resíduos de serviço de saneamen to
Como dito anteriormente, de acordo com a Sabesp, o Município de Brejo Alegre
(SP) possui rede coletora de esgoto, o sistema de coleta de esgoto do Município de
Brejo Alegre atende 100% da população. O Quadro 12 relaciona os dados referentes
à geração, coleta e destinação de resíduos de serviço de saneamento do Município
de Brejo Alegre (SP).
Quadro 12. Discriminação e dados dos resíduosde serviço de saneamento
continua
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Resíduos
provenientes da
limpeza de redes de
esgoto e lagoas de
tratamento
Não
mensurada Sabesp
Através dos
funcionários da
Sabesp
Na rede de
esgoto do
município
Quando necessário. Não
existe programa
preventivo
Em uma vala
localizada ao lado da
Lagoa, construída pela
Sabesp
Resíduos
provenientes da
limpeza de bocas
de lobo/galerias
Não
mensurada Prefeitura
Através de
Equipe de
funcionários da
Prefeitura
Nas bocas de
lobo e
galerias do
município
Quando necessário. Não
existe programa
preventivo
Enterrados em uma
vala localizada ao lado
da Lagoa, construída
pela Sabesp, na
própria ETE.
70
Resíduos
provenientes da
limpeza de fossas
sépticas no
município
Não
mensurada Prefeitura
Através de
Equipe de
funcionários da
Prefeitura
1 fossa
séptica
localizada ao
lado do
campo de
futebol no
município
Quando necessário.
Ainda não foi feita
limpeza na fossa séptica.
A Prefeitura relatou que
quando necessário fará a
contratação de empresa
especializada para o
serviço
Não declarada
conclusão
GERAÇÃO COLETA
DESTINAÇÃO
ITEM QUANT. QUEM COMO ONDE QUANDO
Resíduos
provenientes da
limpeza de fossas
sépticas nos
Condomínios
Vitória e Águas de
Ponte Velha do
município
Não
mensurada
Empresa
especializada
Através de
Equipe de
funcionários
da Empresa
contratada
Fossas
sépticas
localizadas
nos
Condomínios
Quando necessário. Não declarada
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
3.13 Diagnóstico de áreas sob o risco de contaminaç ão
As áreas do Município de Brejo Alegre (SP) sob risco de contaminação por resíduos
sólidos são: o entorno do aterro controlado em valas, as imediações do terreno de
deposição dos resíduos de construção civil e a área de bota fora. No entanto,
segundo relatos e observações nenhum foco de poluição foi encontrado.
O município não possui nenhum programa de
recuperação/remediação/descontaminação, monitoramento e ou Termo de
Ajustamento de Conduta assinado referente às áreas contaminadas.
Uma forma de deposição desordenada e sem qualquer cobertura acentua os
problemas de contaminação do solo, do lençol freático e a proliferação de macro e
micro vetores. O chorume, líquido poluente, de cor escura e odor nauseante,
originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos
71
orgânicos, caso produzido em grande quantidade e não tratado, criariscos de
contaminação para o solo e águas superficiais e subterrâneas.
Dentre os fatores que influenciam na produção e volume de percolado destacam-se
a água das chuvas e a topografia do terreno. Essa última por sua vez, influi
diretamente no escorrimento superficial da água da chuva, que pode contribuir ou
não para a produção do chorume, caso penetre ou não na massa de resíduos.
Os impactos sobre a qualidade do ar são consequência do gás de aterro (também
chamado de biogás), constituído principalmente por dióxido de carbono e metano,
produzido pela degradação das principais frações de matéria orgânica depositada
nos aterros, na qual se incluem os resíduos de poda de árvores. O metano exerce
grande impacto no efeito estufa, pois seu potencial de aquecimento global é 21
vezes maior que o do dióxido de carbono, o principal contribuinte ao aquecimento
por efeito estufa (IPCC, 2007).
Em relação aos resíduos de construção civil, pode se destacá-los como poluente ao
solo pertencente as classes I (perigosos) e II (não inertes e inertes). Os resíduos de
classe I apresentam pelo menos uma das seguintes características: inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. A exemplo desses resíduos
destacam-se: borra de tinta, latas de tinta, óleos minerais e lubrificantes, resíduos
com thinner, serragem contaminadas com óleo, graxas ou produtos químicos, EPI
contaminadas (luvas e botas de couro), resíduos de sais provenientes de tratamento
térmico de metais, estopas, borra de chumbo, lodo da rampa de lavagem, lona de
freio, filtro de ar, pastilhas de freio, lodo gerado no corte, filtros de óleo, papéis e
plásticos contaminados com graxa/óleo e varreduras.
Já os resíduos de classe II – Não inertes e inertes podem apresentar uma das
seguintes propriedades: combustibilidade, biodegrabilidade ou solubilidade em água
e são divididos em:
• Classe II – A: materiais orgânicos da indústria alimentícia, lamas de sistemas
de tratamento de águas, limalha de ferro, poliuretano, fibras de vidro, resíduos
72
provenientes de limpeza de caldeiras e lodos provenientes de filtros, EPI
(uniformes e botas de borracha, pó de polimento, varreduras, polietileno e
embalagens, prensas, vidros - para-brisa), gessos, discos de corte, rebolos,
lixas e EPI não contaminados;
• Classe II – B: entulhos, sucata de ferro e aço. Esses por sua vez, podem ser
dispostos em aterros sanitários ou reciclados, pois não sofrem qualquer tipo
de alteração em sua composição com o passar do tempo.
3.14 Diagnóstico de resíduos provenientes de animai s mortos
O município não tem um plano especialmente dedicado ao descarte de animais de
pequeno e grande porte, mortos nas ruas por atropelamento.
Os animais de pequeno porte são destinados a uma vala adequada existente no
aterro controlado em valas do Município de Brejo Alegre (SP). Em contrapartida, os
animais de grande porte são enterrados nas propriedades rurais de seus donos com
o auxílio da Prefeitura se necessário.
3.15 Educação ambiental
O Município de Brejo Alegre (SP) não possui nenhum Programa específico voltado à
Educação Ambiental, embora execute trabalhos desenvolvidos em salas de aula
junto às escolas municipais de educação infantil.
3.16 Legislação Municipal
Não há nenhuma legislação no município que rege esse serviço.
73
3.17 Análise financeira da gestão dos resíduos sóli dos
Quanto ao desempenho financeiro dos serviços de coleta e disposição dos resíduos
sólidos do município, conclusões não puderam ser apropriadas por falta de
informações. Sabe-se que as despesas totalizam um montante de R$
403.358,80/ano, como demonstra a Tabela 18, e a receita é variável, sendo obtida
através do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de acordo com as
necessidades apresentadas, como declarado no Anexo II.
Tabela 18. Despesas referentes aos Serviços de Limpeza Pública
Manutenção das atividades – Serviços de Limpeza Públi ca Valores anuais
Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil R$ 269.862,29
Obrigações Patronais R$ 76.788,06
Material de Consumo R$ 26.245,55
Outros Serviços de Terceiros – Pessoal Jurídico R$ 26.046,90
Coleta e Tratamento dos Resíduos Sólidos de Saúde R$ 4.416,00
Total R$ 403.358,80
Fonte: Prefeitura Municipal de Brejo Alegre – SP (2013)
3.18 Síntese do diagnóstico operacional de resíduos sólidos
O Quadro 13 sintetiza os dados referentes ao tipo de resíduo e diagnóstico de
resíduos sólidos doMunicípio de Brejo Alegre (SP).
Quadro 13. Síntese do diagnóstico
continua
TIPO DE RESÍDUO DIAGNÓSTICO
Resíduos domiciliares e comerciais
• Município não possui programa de coleta seletiva nem usina de triagem;
• O Município não possui ecopontos;
• Não possui coleta e destinação de óleo de cozinha usado;
74
• O equipamento de compactação precisa ser substituído pelos anos de
uso;
• A área de disposição dos resíduos não possui impermeabilização,
coleta de gás e coleta/tratamento de chorume, não havendo também
poços de monitoramento do solo e água;
• Não há controle da entrada e saída de pessoas no local e acesso de
veículos, no entanto o portão fica fechado com cadeado.
conclusão
TIPO DE RESÍDUO DIAGNÓSTICO
Resíduos de limpeza urbana
• Os carrinhos para a limpeza urbana em más condições de uso;
• Funcionários não utilizam os EPI específicos para a função;
• Destinação inadequada dos resíduos resultantes da limpeza urbana.
Resíduos cemiteriais • Destinação inadequada dos resíduos resultantes da reforma de túmulos.
Resíduos de Serviços de Saúde
• Não existe um plano de gerenciamento dos resíduos de serviço de
saúde, porém todos os estabelecimentos desta natureza têm seus
resíduos coletados.
Resíduos da Construção Civil
• A Prefeitura não realiza triagem dos RCC;
• Não há aproveitamento dos RCC;
• Não há Áreas de Transbordo e Triagem ATT ou ECOPONTOS no
município;
• Os resíduos são descartados em local inadequado.
Resíduos industriais
• Não é exigido das indústrias um plano de gerenciamento dos resíduos;
• Os resíduos industriais são utilizados na lavoura, reciclados ou
depositados no aterro sanitário.
Resíduos da zona rural • Não foram encontrados problemas para este tipo de resíduos sólidos.
Resíduos de atividades agrossilvopastoris • Desconhecimento da logística reversa;
• Não há devolução de embalagens vazias aos comerciantes.
Resíduos pneumáticos • Não há Ecopontos para coleta adequada e aproveitamento dos resíduos
gerados.
Resíduos perigosos e eletrônicos • São descartados junto com os resíduos domiciliares.
Resíduos de serviço de saneamento • Não foram encontrados problemas para este tipo de resíduos sólidos.
Áreas contaminadas
• Foram encontradas áreas do Município de Brejo Alegre (SP) sob risco
de contaminação por resíduos sólidos, embora não tenham sido
identificados focos de poluição;
• O município não possui nenhum programa de
recuperação/remediação/descontaminação, monitoramento e ou Termo
de Ajustamento de Conduta assinado referente à áreas contaminadas.
Educação ambiental • O município não possui nenhum programa de Educação Ambiental
Análise Financeira da Gestão dos Resíduos • Não existe taxação para resíduos sólidos, o montante gasto com estes
resíduos são retirados da cobrança do IPTU quando necessário
75
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
4 DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE CURTO, MÉDIO E LONGO P RAZOS
4.1 Hierarquização das ações e definição dos prazos de execução das
intervenções
Para efeito de hierarquização das intervenções na cidade de Brejo Alegre relativas
às ações sugeridas no Plano Municipal de Saneamento Básico, foram definidos os
intervalos de tempo para os cenários a serem apresentados, conforme demonstrado
na Tabela 19.
Tabela 19. Definição dos períodos de intervenção nos serviços de Saneamento
Básico
PRAZO PERÍODO ANOS
Curto prazo De 2014 a 2018 5 anos
Médio Prazo De 2019 a 2028 10 anos
Longo Prazo De 2029 a 2038 10 anos
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
4.2 Projeção populacional
É plenamente conhecido que a demanda pelos serviços de saneamento esta
diretamente ligada ao aumento populacional do município.
76
Um sistema de abastecimento, quando instalado, deve ter condições de fornecer
água em quantidade superior ao consumo. Todavia, depois de certo numero de
anos, a demanda passa a corresponder à capacidade máxima de adução e, então,
diz-se que o sistema atingiu o seu limite de eficiência.
A população futura tem que ser definida por previsão. Como esta é sujeita a falhas,
encontram-se sistemas atingindo o seu limite de eficiência antes ou depois de
decorridos os anos previamente estabelecidos.
O importante é que a previsão seja feita de modo criterioso, com base no
desenvolvimento demográfico do passado próximo, afim de que a margem de erro
seja pequena.
Desta forma, necessário se faz realizar projeções de crescimento para um período
estabelecido do plano, ou seja, 25 anos. Embora seja um exercício sobre o futuro, a
projeção populacional executada de forma consistente, a partir de hipóteses sólidas
e confiáveis, pode evitar custos adicionais.
4.2.1 Método de previsão populacional
Todos os métodos de previsão populacional conhecidos são unânimes em afirmar
que, a população a ser obtida (P) é função da população inicial (população
conhecida P0) acrescida do número de nascimentos e de imigrantes, menos o
número de mortos e de emigrantes, registrados durante o tempo T em que a
população passou de P0 para P.
Em alguns municípios, principalmente os litorâneos, a população flutuante é tão
expressiva que deve ser considerada no cálculo de P.
O método a ser adotado no Plano de Saneamento do Município de Brejo Alegre (SP)
será o de crescimento geométrico , onde as equações podem ser definidas com
apenas dois dados populacionais e conduzem a um crescimento ilimitado.O método
77
de crescimento geométrico trata do crescimento populacional em função da
população existente a cada instante t.Sua formula resume-se na Equação (10)
�
�!� "# $ % ........................................................................................................ (10)
Onde:
dP/dt = taxa de crescimento da população em função do tempo.
Kg = Incremento populacional.
A fórmula de projeção é retratada na Equação (11):
&! � &'$()#*+!,!-. ............................................................................................... (11)
E para cálculo do incremento populacional, a Equação (12) utilizada é:
"/ � 01 2,01 -
!2, !- ..................................................................................................... (12)
Para estimativa da Projeção Populacional da cidade de Brejo Alegre, dentro do
horizonte do plano de 25 anos adotou-se:
• População no ano de 2010 (P0) - 2.571 habitantes (IBGE)
• População no ano de 2012 (P1) - 2.613 habitantes (IBGE)
O cálculo do Incremento Populacional foi:
Kg = 3� 4.67�,3� 4.897
4:74,4:7: = 0,0081 – (0,81% a.a.) →P2013=2.613Xe0,0081 (2013-2012)→
P2013= 2.613 x 1,0081 = 2.634 habitantes
Observa-se que no período compreendido entre 2010/2012, o incremento
populacional do Estado de São Paulo foi de 0,0087 ou 0,87% ao ano e do Brasil
0,0083 ou 0,83% ao ano. (Fundação Seade e IBGE).
78
A Tabela 20 apresenta a Progressão da População ao longo do horizonte do Plano
de Saneamento Municipal de Brejo Alegre.
Tabela 20: Progressão da População ao longo do horizonte do Plano de
Saneamento Municipal de Brejo Alegre (SP)
Nº ORDEM ANO PROJEÇÃO POPULACIONAL
1 2014 2.656
2 2015 2.678
3 2016 2.699
4 2017 2.721
5 2018 2.743
6 2019 2.766
7 2020 2.788
8 2021 2.811
9 2022 2.834
10 2023 2.857
11 2024 2.880
12 2025 2.904
13 2026 2.927
14 2027 2.951
15 2028 2.975
16 2029 2.999
17 2030 3.024
18 2031 3.048
19 2032 3.073
20 2033 3.098
21 2034 3.123
22 2035 3.148
79
23 2036 3.174
24 2037 3.200
25 2038 3.226
Fonte: CETEC/ CTGEO (2013)
A Figura 44 apresenta graficamente a evolução da população no horizonte do Plano
de Saneamento Municipal de Brejo Alegre (SP) para 25 anos.
Figura 44. Projeção da população no horizonte do Plano de Saneamento Municipal
de Brejo Alegre (SP) para 25 anos
Fonte: CETEC/ CTGEO (2013)
4.3 Estudo de demandas
4.3.1 Demanda de limpeza urbana e manejo de resíduo s sólidos
O aterro controlado em valas do município em questão encontra-se com a vida útil
praticamente esgotada. No entanto, o funcionário responsável pelo setor de limpeza
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
Pop
ulaç
ão
Ano
Projeção Populacional
80
urbana e manejo de resíduos sólidos já realizou a requisição junto a Cetesb de
ampliação da área do mesmo.
Quanto ao acréscimo anual de resíduos sólidos domésticos, utilizaremos dados
obtidos junto ao questionário respondido pelo corpo técnico da Prefeitura Municipal,
que dão conta de uma produção média diária de 1.200 quilos de resíduos.
Considerando uma população de 2.613 habitantes para 2012, podemos projetar uma
produção diária per capta de 0,46 kg/hab.dia.
Pelas informações fornecidas, a expectativa de utilização do aterro controlado em
valas atual é mínima, não devendo ultrapassar os próximos meses. Uma nova área
está em fase de estudos técnicos para licenciamento de ampliação, e está sendo
projetada para uma vida útil de 10 anos, o que implica em planejar a construção de
um novo, com um horizonte de utilização de 15 (quinze) anos.
O Índice de Qualidade dos Resíduos (IQR), segundo auditoria realizada pela Cetesb
quanto ás condições de tratamento e disposição dos resíduos domiciliares, foi de 6,9
no ano de 2011, enquadrando-se, portanto, como C, condição controlada.
Tabela 21. Progressão do volume de resíduos sólidos gerados no horizonte do
Plano de Saneamento Municipal de Brejo Alegre (SP)
continua
Ano Habitantes Peso anual
(ton/ano)
Volume anual
(m³)
Peso Diário
(ton)
Volume diário
(m³)
2014 2.656 445,94 637,06 1,22 1,75
2015 2.678 449,64 642,34 1,23 1,76
2016 2.699 453,16 647,37 1,24 1,77
2017 2.721 456,86 652,65 1,25 1,79
2018 2.743 460,55 657,93 1,26 1,80
2019 2.766 464,41 663,44 1,27 1,82
2020 2.788 468,11 668,72 1,28 1,83
81
2021 2.811 471,97 674,24 1,29 1,85
2022 2.834 475,83 679,76 1,30 1,86
2023 2.857 479,69 685,27 1,31 1,88
2024 2.880 483,55 690,79 1,32 1,89
conclusão
Ano Habitantes Peso anual
(ton/ano)
Volume anual
(m³)
Peso Diário
(ton)
Volume diário
(m³)
2025 2.904 487,58 696,55 1,34 1,91
2026 2.927 491,44 702,06 1,35 1,92
2027 2.951 495,47 707,82 1,36 1,94
2028 2.975 499,50 713,58 1,37 1,96
2029 2.999 503,53 719,33 1,38 1,97
2030 3.024 507,73 725,33 1,39 1,99
2031 3.048 511,76 731,08 1,40 2,00
2032 3.073 515,96 737,08 1,41 2,02
2033 3.098 520,15 743,08 1,43 2,04
2034 3.123 524,35 749,07 1,44 2,05
2035 3.148 528,55 755,07 1,45 2,07
2036 3.174 532,91 761,31 1,46 2,09
2037 3.200 537,28 767,54 1,47 2,10
2038 3.226 541,65 773,78 1,48 2,12
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
As Figuras a seguir apresentam, respectivamente, o peso anual de resíduos sólidos
em toneladas e o volume anual de resíduos sólidos em m³ para o horizonte do Plano
de Saneamento.
82
Figura 45. Peso anual de resíduos sólidos em toneladas
Fonte: CETEC/CTGEO (2012)
Figura 46. Volume anual de resíduos sólidos em m³
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
Ton
elad
a
Ano
Peso anual dos resíduos sólidos
83
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
As Figuras abaixoapresentam, respectivamente, o peso diário de resíduos sólidos
em toneladas e o volume diário de resíduos sólidos em m³ para o horizonte do
Plano.
Figura 47. Peso diário de resíduos sólidos em toneladas
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
700,00
800,00
900,00
Vol
ume
m³
Ano
Volume anual dos resíduos sólidos
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
Ton
elad
as
Ano
Peso diário dos resíduos sólidos
84
Figura 48. Volume diário de resíduos sólidos em m³
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
4.3.2 Definição dos objetivos e períodos de curto, médio e longo prazo
O primeiro objetivo caracteriza-se pela recuperação da área utilizada atualmente
como aterro para ser realizada sua desativação. Também se faz necessária a
melhoria do ambiente no entorno, com o intuito de devolver suas características, a
estabilidade e o equilíbrio dos processos atuantes naquele espaço. Essa mesma
ação será implantada na área de ampliação de aterro quando a mesma completar
sua capacidade volumétrica total.
O prazo de implantação será de curto e médio prazo. Em 2014 está prevista a
recuperação da área utilizada atualmente como depósito dos resíduos sólidos e em
2024 da área onde foi realizada sua ampliação.
Justifica-se a ação pelo fato de que inúmeras doenças graves estão relacionadas ao
descarte inadequado de resíduos sólidos, enfatizando a necessidade de realização
da obra de recuperação do aterro controlado em valas, não só por razões
ambientais, mas também por razões de saúde pública.Além de doenças, como
cisticercose, cólera, disenteria, febre tifoide, filariose, giardíase, leishmaniose,
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
Vol
ume
m³
Ano
Volume diário dos resíduos sólidos
85
leptospirose, peste bubônica, salmonelose, toxoplasmose, existem outros problemas
sanitários ligados ao destino inadequado do lixo, dentre eles tem-se:
• Poluição dos mananciais (chorume);
• Contaminação do ar (dioxinas e visibilidade aérea);
• Assoreamentos (depósito em rios e córregos);
• Presença de vetores (moscas, baratas, ratos, pulgas, mosquitos);
• Presença de aves (colisão com aeronaves);
• Problemas estéticos: de odor e visuais; e,
• Problemas sociais (catadores em lixões).
Por fim, o Artigo 225 da Constituição Federal garante:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988).
O segundo objetivo caracteriza-se pela construção de um novo aterro controlado
em valas para deposição dos resíduos sólidos de origem doméstica.
O prazo de implantação será a curto e médio prazo, estando a primeira ação
prevista para ser realizada em 2014 e a segunda em 2023.
Justifica-se a ação o fato de a atual área de deposição dos resíduos sólidos já se
encontrar com capacidade esgotada. Primeiramente prevê-se ampliação do atual
aterro para uma vida útil de 10 (dez) anos, tendo previsão de completar totalmente
sua capacidade em 2023, segundo informações coletadas na Prefeitura Municipal de
Brejo Alegre. Posteriormente um novo aterro controlado em valas terá que ser
projetado para dar conta da produção de resíduos do município.
O terceiro objetivo diz respeito à implantação de um sistema de compostagem de
resíduos sólidos orgânicos, através da aquisição de pátio pavimentado com área
aproximada de 5.000 m² para acomodação das leiras de resíduos sólidos, um
sistema de produção de ar para insuflação das leiras, composto de compressores de
ar comprimido e tubulações.
86
O prazo de implantação será de longo prazo, estando previsto sua realização
durante o ano de 2029.
Tal planejamento se justifica face a necessidade de se evitar a poluição e gerar
renda, fazendo com que a matéria orgânica volte a ser usada de forma útil. Dessa
forma, dá-se uma finalidade para mais de 50% do lixo doméstico, ao mesmo tempo
em que melhora a estrutura e aduba o solo, gera redução de herbicidas e pesticidas
devido a presença de fungicidas naturais e microrganismos, e aumenta a retenção
de água pelo solo.
Também contribui para um aumento expressivo na vida útil dos aterros sanitários.
O quarto objetivo se traduz na necessidade da aquisição de uma área para
depósito de Resíduos da Construção Civil (RCC).
Para esse objetivo, designou-se um prazo médio, estando o mesmo programado
para entrar em operação durante o ano de 2019.
O aumento populacional aliado a uma maior participação na renda nacional por
parte dos habitantes de Brejo Alegre, observado nos últimos anos, vem criando
dificuldades com relação aos detritos gerados pelas reformas, ampliações e
construções novas que vem acontecendo no município.
Os resíduos gerados pelas construções vão se amontoando ao longo das ruas e
quando recolhidos, ficam em locais inadequados até a sua utilização na conserva de
estradas municipais.
O quinto objetivo se realiza através da aquisição de uma máquina trituradora de
galhos e arbustos provenientes das podas das árvores do município.
Esse objetivo tem prioridade de curto prazo e devera ser realizado no ano de 2.016.
87
A justificativa é tão somente a solução de um problema muito comum em cidades do
interior, onde a arborização é privilegiadas face as altas temperaturas e índices
pluviométricos elevados, provocando diversas podas de arvores durante todo o ano.
A solução esperada com a realização desse objetivo seria a utilização do material
triturado na produção de compostagem.
O sexto objetivo se prende à necessidade da criação de dois ecopontos com
objetivo bem definidos, qual seja, o recolhimento de resíduos eletroeletrônicos.
O objetivo em tela tem curto prazo de realização, devendo ser implantado ainda em
2014.
Com o advento de novas tecnologias, o setor de eletrônicos caminha de maneira
rápida, modificando e aprimorando os equipamentos num prazo muito curto. Isso
provoca uma rapidez na troca desses equipamentos que, em curto espaço de tempo
tornam-se obsoletos, provocando um acúmulo de materiais eletroeletrônicos
sucateados sem um destino específico.
Com a criação desses ecopontos, é possível um planejamento mais eficiente de
retirada desses materiais pelas empresas que os produzem, justificando assim a
realização desse objetivo.
O sétimo objetivo caracteriza-se pela terceirização dos serviços de coleta,
transporte e destinação final de resíduos sólidos de saúde (RSS).
A implantação desse objetivo será:
• Em curto prazo, a partir de 2014 até 2018;
• Em médio prazo, a partir de 2019 até 2028;
• Em longo prazo, a partir de 2029 até 2038.
Justifica-se a ação pelo fato de que a evolução populacional ao longo do plano
regula o volume de resíduos de saúde a ser exportado e que o Município de Brejo
88
Alegre não possui nenhum equipamento (autoclave, incinerador, e outros) que
promova a desinfecção de resíduos sólidos perigosos.
O oitavo objetivo caracteriza-se pela manutenção dos equipamentos necessários a
coleta e destinação dos resíduos sólidos domésticos gerados no Município de Brejo
Alegre, além dos outros tipos de resíduos de responsabilidade da Prefeitura.
Dada a importância do projeto, o mesmo deve ser executado em curto prazo, médio
e longo prazo.
Justifica-se a ação a tentativa de manter a eficiência do sistema de Limpeza Urbana
e Manejo de Resíduos Sólidos. Para tanto, busca-se preservar os veículos em
condições de funcionamento, assim como o maquinário existente.
O nono objetivo consiste na aquisição de um novo carrinho de varrição de ruas.
A implantação desse objetivo se dará em curto prazo, em 2015, devido às péssimas
condições que se encontra um dos carrinhos utilizados.
Varrição é a principal atividade de limpeza de logradouros públicos. Consiste na
ação de varrer vias, calçadas, sarjetas, praças, e outros com o intuito de manter a
limpeza e a higienização de áreas públicas. Além do mais, tem importância como
ação de saneamento e de preservação da saúde, pois interfere diretamente no
controle do meio ambiente e, portanto, na saúde do homem.
O decimo objetivo caracteriza-se pelo Projeto de implantação do Programa de
Coleta Seletiva e a construção de uma Central de Triagem no Município de Brejo
Alegre.
A implantação será curto prazo, durante o ano de 2014.
89
Justifica-se a ação a necessidade de reduzir a quantidade de resíduos sólidos de
origem doméstica destinados ao aterro, aumentando, portanto, sua vida útil. Além
disso, a triagem dos resíduos sólidos passíveis de reciclagem é de extrema
importância ao meio ambiente, pois reciclar é economizar energia, poupar recursos
naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que jogamos fora.
Além do mais, sabe-se que o incentivo às políticas de reciclagem de materiais e às
cooperativas de catadoresfaz parte da lei que criou a Política Nacional de Resíduos
Sólidos. Para dar continuidade à regulação, o Governo Federal elaborou um
programa de financiamento, com o objetivo de apoiar as iniciativas municipais neste
sentido, como parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e de gestão pelo
Ministério das Cidades.
O décimo primeiro objetivo caracteriza-se pela aquisição de um caminhão
compactador de lixo.
A aquisição deste se dará no segundo terço do plano, no ano de 2019.
Justifica-se a ação a dificuldade enfrentada pelos funcionários para o recolhimento
do lixo doméstico devido à precariedade do veículo utilizado atualmente. Não raras
vezes, durante o cumprimento do trajeto, parte do lixo se perde pelo caminho,
provocando reação negativa ao meio ambiente e bem estar da população.
90
5 PROPOSTA DE INTERVENÇÕES COM BASE NA ANÁLISE DE D IFERENTES
CENÁRIOS ALTERNATIVOS, E ESTABELECIMENTOS DE PRIORI DADES
5.1 Intervenções na Limpeza Urbana e Manejo de Resí duos Sólidos
5.1.1 Recuperação da área utilizada como aterro con trolado em valas e do seu
entorno
A recuperação da área onde se localiza o aterro controlado em valas, para ser
realizada sua desativação, e do ambiente ao entorno têm o intuito de devolver as
características, a estabilidade e o equilíbrio dos processos atuantes naquele espaço.
Tal processo se dará através da preparação do solo e do plantio de mudas. O
mesmo será realizado em 2 períodos distintos: em 2014 está prevista a recuperação
da área utilizada atualmente como depósito dos resíduos sólidos, cuja dimensão a
ser recuperada é de 1,2 hectares, e em 2024 da área onde foi realizada sua
ampliação.
O valor necessário para a realização da primeira atividade, com data base 2012,
está detalhado na Tabela 23.
91
Tabela 23. Discriminação das atividades e valores referentes ao plantio de mudas
Discriminação Unidade Quant. Valor Unit. Valor Total (R$)
Análise de solo ud 1 400 400,00
Preparo da área (mão-de-obra)
Coveamento p/ mudas H 74 13 962,00
Calagem e Adubação de covas H 25 13 325,00
Plantio de mudas H 15 13 195,00
Cerca de proteção c/ arame farpado m 440 6,5 2.860,00
Tratos Culturais
Roçada/coroamento H 12 13 156,00
Adubação de cobertura H 12 13 156,00
Insumos
Isca granulada kg 8 10 80,00
Mudas (plantio e replantio) unidade 1.940 2,5 4.850,00
Calcário saco 31 15 465,00
Adubos saco 8 66 528,00
TOTAL 10.977,00
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Os serviços apresentados acima estão previstos para 2014, primeiro terço do plano.
• Preparo do solo, aquisição e plantio de mudas para 2014: R$ 12.084,00
A seguir discriminam-se as atividades e valores referentes às mesmas para ser
realizada a recuperação da área utilizada na ampliação do aterro, cujo montante é
de 1,08 hectares, como apresentado na Tabela 24.
Tabela 24. Discriminação das atividades e valores referentes ao plantio de mudas
Discriminação Unidade Quant. Valor Unit. Valor Total (R$)
92
Análise de solo ud 1 400 400,00
Preparo da área (mão-de-obra)
Coveamento p/ mudas H 67 13 871,00
Calagem e Adubação de covas H 22 13 286,00
Plantio de mudas H 14 13 182,00
Cerca de proteção c/ arame farpado m 420 6,5 2.730,00
Tratos Culturais
Roçada/coroamento H 11 13 143,00
Adubação de cobertura H 11 13 143,00
Insumos
Isca granulada kg 7 10 70,00
Mudas (plantio e replantio) unidade 1.745 2,5 4.362,50
Calcário saco 28 15 420,00
Adubos saco 7 66 462,00
TOTAL 10.069,50
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Os serviços apresentados acima estão previstos para 2024, segundo terço do plano.
• Preparo do solo, aquisição e plantio de mudas para 2024: R$ 17.919,00
5.1.2 Construção de aterro controlado em valas para resíduos de origem
doméstica
Primeiramente será necessária a ampliação do aterro controlado em valas
atualmente utilizado, cuja previsão de utilização é de 10 anos. Sua capacidade
volumétrica se esgotará no final de 2023, ano em que será necessário executar um
93
novo projeto de construção de aterro, no entanto desta vez para uma capacidade
projetada de 15 anos.
A Tabela 25 descreve o orçamento de um aterro controlado em valas para um
horizonte de 10 anos e uma capacidade volumétrica de aproximadamente 7.930 m³.
Tabela 25. Orçamento de um aterro controlado em valas para um horizonte de 10
anos
Item Descriminação Unid. Quant. Preço Unit. (R$) Sub- Total
1 Alambrados m 415 45 18.675,00
2 Mudas de Sansão do campo uni 330 0,2 66,00
3 Eucalipto citriodora uni 330 0,3 99,00
4 Escavação mecânica m³ 7.930 6,5 51.545,00
5 Transporte m³/km 15.860 0,38 6.026,80
6 Manta E=4MM c/ véu de poliéster m² 3.200 18,09 57.888,00
Total Geral 134.299,80
OBS: Os preços apresentados na tabela têm data - base Janeiro/2012
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Cronograma de custo da obra:
Valor dos serviços para 2014 ..................................................................... R$ 147.840,00
A Tabela 26 descreve o orçamento de um aterro controlado em valas para um
horizonte de 15 anos e uma capacidade volumétrica de aproximadamente 13.168,00
m³.
94
Tabela 26. Orçamento de um aterro controlado em valas para um horizonte de 15
anos
Item Descriminação Unidade Quantidade Preço Unitário (R$) Subtotal
1 Alambrados m 400 45 18.000,00
2 Mudas de Sansão do campo uni 305 0,2 61,00
3 Eucalipto citriodora uni 305 0,3 91,50
4 Escavação mecânica m³ 13.168 6,5 85.592,00
5 Transporte m³/km 26.336 0,38 10.007,68
6 Manta E=4MM c/ véu de poliéster m² 4.100 18,09 74.169,00
Total Geral 187.921,18
OBS: Os preços apresentados na tabela tem data - base Janeiro/2012
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
No ano de 2021 prevê-se a aquisição de um terreno para construção do aterro
acima exposto. Conforme dados disponibilizados pela prefeitura, o preço comercial
do m² de um terreno no município é de R$ 80,00, o que leva a um montante
necessário de R$ 640.000,00, já que a área a ser disponibilizada precisa ter 8.000
m². Devido o alto custo, o valor total será dividido em dois anos, 2021 e 2022.
Cronograma de custo da obra:
Valor dos serviços para 2021 ...............................................................R$ 493.031,00
Valor dos serviços para 2022 ...............................................................R$ 517.288,00
Valor dos serviços para 2023 ...............................................................R$ 318.726,00
5.1.3 Implantação de um sistema de compostagem de r esíduos sólidos
orgânicos
Tendo como foco principal o aumento da vida útil do aterro sanitário, a implantação
de um sistema de compostagem de resíduos sólidos também poderá dar um destino
melhor aos resíduos orgânicos gerados no município, contribuindo assim para uma
95
melhor estruturação e adubação do solo, reduzindo a aplicação de adubos químicos
de alto custo, tanto financeiro como ambiental.
O projeto se resume na aquisição de uma área de aproximadamente 5.000,00 m²
para pátio das leiras de resíduos sólidos, que pretende-se, seja transformada em
compostos pelo sistema windrow.
Também será necessário a aquisição de um sistema de produção de ar para insuflar
as leiras, composto de compressor a ar comprimido e tubulações.
Tal projeto esta orçado para ser viabilizado em 2.029 ao preço de R$ 1.329.305,00.
5.1.4 Aquisição de área para depósito de Resíduos d a Construção Civil (RCC)
O resíduo gerado nas reformas e construções de residências na cidade de Brejo
Alegre tornou-se um problema, pois a cidade cresceu e a demanda desse resíduo
para utilização em aterramento de terrenos e melhoria das estradas municipais não
pavimentadas, não acompanhou esse crescimento.
Diante desse fato, surgiu a necessidade da existência de um local onde esse
material fosse estocado, funcionando como um “pulmão”.
Valor da aquisição para 2019 ..............................................................R$ 322.414,00
5.1.5 Aquisição de triturador de galhos para resídu os proveniente da poda de
árvores
O triturador de galhos a ser adquirido tem por meta solucionar o problema da
estocagem das podas efetuadas em árvores plantadas nas ruas e logradouros
96
públicos, bem como o resíduo de podas das árvores das residências, que são
recolhidas pelo serviço de coleta do município.
A cidade de Brejo Alegre esta situada no Oeste paulista, região sabidamente de
temperaturas elevadas e índices pluviométricos significativos, impele os seus
moradores e a própria Prefeitura Municipal a manter um alto índice de arborização.
Valor da aquisição em 2016 .................................................................R$13.908,00
5.1.6 Criação de dois ecopontos com objetivo de rec olhimento de resíduos
eletroeletrônicos
A criação dos ecopontos objetiva criar condições para um futuro projeto de
implantação de logística reversa, especificamente para a geração de resíduos dessa
natureza.
O setor eletrônico tem promovido com bastante rapidez o lançamento de novos
equipamentos, por força de um mercado altamente competitivo e de nível de
exigência sofisticado, criando uma maior demanda no setor de resíduos dessa
espécie.
Esses resíduos, além de serem constituídos de alguns metais nobres, o que agrega
um bom valor econômico na reciclagem, não podem ser tratados como resíduos
sólidos comuns, visto que, em sua fabricação são utilizados metais pesados com
alto teor poluente e de alto ciclo de vida.
Valor da aquisição em 2014 .................................................................R$10.492,00
5.1.7 Terceirização dos serviços de coleta, transpo rte e destinação final de
resíduos sólidos de saúde
97
Os serviços de coleta, transbordo e destinação dos resíduos sólidos de saúde, dos
grupos A e Ee B, segundo Resolução CONAMA nº 358/05 e ANVISA RDC 306/04,
produzidos no Município de Brejo Alegre são realizados pela empresa terceirizada
Onda Verde Construtora Ltda., sob vigência do contrato nº 05/12.
O valor praticado pela empresa acima citada é de R$ 368,00/mês, até 31/12/2012.
Destarte,
Custo total no ano de 2014 ...................................................................... R$4.861,00
Custo total no ano de 2015 ...................................................................... R$5.100,00
Custo total no ano de 2016 ...................................................................... R$5.351,00
Custo total no ano de 2017 ...................................................................... R$5.615,00
Custo total no ano de 2018 ...................................................................... R$5.891,00
Custo total no ano de 2019 ...................................................................... R$6.181,00
Custo total no ano de 2020 ...................................................................... R$6.485,00
Custo total no ano de 2021 ...................................................................... R$6.804,00
Custo total no ano de 2022 ...................................................................... R$7.139,00
Custo total no ano de 2023 ...................................................................... R$7.490,00
Custo total no ano de 2024 ...................................................................... R$7.858,00
Custo total no ano de 2025 ...................................................................... R$8.245,00
Custo total no ano de 2026 ...................................................................... R$8.651,00
Custo total no ano de 2027 ...................................................................... R$9.076,00
Custo total no ano de 2028 ...................................................................... R$9.523,00
Custo total no ano de 2029 ...................................................................... R$9.991,00
Custo total no ano de 2030 ...................................................................... R$10.483,00
Custo total no ano de 2031 ...................................................................... R$10.999,00
Custo total no ano de 2032 ...................................................................... R$11.540,00
Custo total no ano de 2033 ...................................................................... R$12.107,00
Custo total no ano de 2034 ...................................................................... R$12.703,00
Custo total no ano de 2035 ...................................................................... R$13.328,00
Custo total no ano de 2036 ...................................................................... R$13.984,00
98
Custo total no ano de 2037 ...................................................................... R$14.672,00
Custo total no ano de 2038 ...................................................................... R$15.394,00
5.1.8 Manutenção dos equipamentos necessários a col eta de resíduos
produzidos no município
Deverão ser realizadas inspeções periódicas, por profissionais habilitados, para
manutenção e reparo dos veículos e maquinário utilizados na coleta dos resíduos
produzidos no município.Dada a importância do projeto, o mesmo deve ser
executado em curto prazo, médio e longo prazo.
Valor dos serviços para 2014 ...............................................................R$36.988,05
Valor dos serviços para 2015 ...............................................................R$38.807,86
Valor dos serviços para 2016 ...............................................................R$40.717,21
Valor dos serviços para 2017 ...............................................................R$42.720,49
Valor dos serviços para 2018 ...............................................................R$44.822,34
Valor dos serviços para 2019 ...............................................................R$47.027,60
Valor dos serviços para 2020 ...............................................................R$49.341,36
Valor dos serviços para 2021 ...............................................................R$51.768,95
Valor dos serviços para 2022 ...............................................................R$54.315,98
Valor dos serviços para 2023 ...............................................................R$56.988,33
Valor dos serviços para 2024 ...............................................................R$59.792,16
Valor dos serviços para 2025 ...............................................................R$62.733,93
Valor dos serviços para 2026 ...............................................................R$65.820,44
Valor dos serviços para 2027 ...............................................................R$69.058,81
Valor dos serviços para 2028 ...............................................................R$72.456,50
Valor dos serviços para 2029 ...............................................................R$76.021,36
Valor dos serviços para 2030 ...............................................................R$79.761,61
99
Valor dos serviços para 2031 ...............................................................R$83.685,88
Valor dos serviços para 2032 ...............................................................R$87.803,23
Valor dos serviços para 2033 ...............................................................R$92.123,14
Valor dos serviços para 2034 ...............................................................R$96.655,60
Valor dos serviços para 2035 ...............................................................R$ 101.411,06
Valor dos serviços para 2036 ...............................................................R$ 106.400,48
Valor dos serviços para 2037 ...............................................................R$ 111.635,39
Valor dos serviços para 2038 ...............................................................R$ 117.127,85
5.1.9 Aquisição de um novo carrinho de varrição de ruas
Conforme constatou-se um dos carrinhos utilizados para varrição de ruas e limpeza
dos logradouros públicos encontra-se em péssimo estado.
Tal ação está prevista para 2015, primeiro terço do plano.
O valor do carrinho, tendo como data base o ano de 2013, é de R$ 520,00.
Valor para 2015 ........................................................................................ R$ 572,00
5.1.10 Projeto e implantação do Programa de Coleta Seletiva de Lixo e de uma
Central de Triagem no Município de Brejo Alegre
No município em questão não existe coleta seletiva de lixo nem central de triagem,
fazendo com que todo resíduo gerado seja depositado no aterro. Tal ação, além de
diminuir a vida útil de operação do aterro, traz consequências negativas ao meio
ambiente.
100
O projeto, devido sua importância e urgência, deverá ser executado em curto prazo,
nos anos de 2014, 2015 e 2016, com as atividades descriminadas para cada ano
conforme Tabelas 27, 28 e 29 respectivamente.
Tabela 27. Aquisição do terreno para construção da Central de Triagem e
implantação de atividades voltadas à educação ambiental
Item Descriminação Unid. Quant. Preço Unit. (R$) Subtotal
1 Terreno m² 1.200 80,00 96.000,00
2 Educação Ambiental - - 50.000,00 50.000,00
Total Geral 146.000,00
OBS: Os preços apresentados na tabela possuem data base Janeiro/2012
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Tabela 28. Orçamento para implantação do Programa de Coleta Seletiva e Central
de Triagem
Item Descriminação Unidade Quantidade Preço Unitário (R$) Subtotal
1 Galpão de estrutura m² 430 450,00 193.500,00
2 Pátio estocagem de lixo m² 600 90,00 54.000,00
3 Cercamento (alambrado) m 140 170,00 23.800,00
4 Mudas de Sansão do campo uni 500 0,50 250,00
5 Eucalipto citriodora uni 100 0,80 80,00
6 Balança mecânica com
capacidade para 1.000 kg uni 1 2.500,00 2.500,00
7 Prensa enfardadeira uni 1 8.000,00 8.000,00
8 Silos e Mesas uni 1 2.500,00 2.500,00
101
9 Carrinho plataforma com dois
eixos uni 1 900,00 900,00
10 Educação Ambiental - - 20.000,00 20.000,00
Total Geral 305.530,00
OBS: Os preços apresentados na tabela possuem data base Janeiro/2012
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Tabela 29. Orçamento para implantação do Programa de Coleta Seletiva e Central
de Triagem
Item Descriminação Unid. Quant. Preço Unit. (R$) Subtotal
1 Caminhão para coleta uni 1 150.000,00 150.000,00
2 Educação Ambiental - - 20.000,00 20.000,00
Total Geral 170.000,00
OBS: Os preços apresentados na tabela possuem data base Janeiro/2012
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
Cronograma de custo da obra:
Valor dos serviços para 2014 ................................................................... R$ 160.720,00
Valor dos serviços para 2015 ................................................................... R$ 352.881,00
Valor dos serviços para 2016 ................................................................... R$ 206.007,00
5.1.11 Aquisição de um caminhão compactador de lixo
Segundo informações levantadas junto ao corpo técnico da prefeitura foi relatada a
dificuldade para o recolhimento do lixo produzido pelos munícipes, devido às más
condições em que se encontram o veículo utilizado para tal.
Tal aquisição deve ocorrer no segundo terço do plano, no ano de 2019.
102
Valor para 2019 ....................................................................................R$ 271.525,00
Sintetizando, as intervenções no sistema de limpeza urbana de Brejo Alegre e os
valores necessários para sua realização, a curto, médio e longo prazo, podem ser
observados no Quadro 14.
Quadro 14. Objetivos de curto, médio e longo prazo do sistema de limpeza urbana
de Brejo Alegre
LIMPEZA URBANA
Objetivos de Curto Prazo Objetivos de Médio Prazo Objetivos de Longo Prazo
5.3.1 Recuperação da área
utilizada como aterro controlado
em valas e do seu entorno
5.3.1 Recuperação da área
utilizada como aterro controlado
em valas e do seu entorno
5.3.2 Construção de aterro
controlado em valas para
resíduos de origem doméstica
5.3.2 Construção de aterro
controlado em valas para
resíduos de origem doméstica
5.3.3 Terceirização dos serviços
de coleta, transporte e destinação
final de resíduos sólidos de saúde
5.3.3 Terceirização dos serviços
de coleta, transporte e destinação
final de resíduos sólidos de saúde
5.3.3 Terceirização dos serviços
de coleta, transporte e destinação
final de resíduos sólidos de saúde
5.3.4 Manutenção dos
equipamentos necessários a
coleta de resíduos produzidos no
município
5.3.4 Manutenção dos
equipamentos necessários a
coleta de resíduos produzidos no
município
5.3.4 Manutenção dos
equipamentos necessários a
coleta de resíduos produzidos no
município
5.3.5 Aquisição de um novo
carrinho de varrição de ruas
5.3.6 Projeto e implantação do
Programa de Coleta Seletiva de
Lixo e de uma Central de Triagem
no Município de Brejo Alegre
5.3.7 Aquisição de um caminhão
compactador de lixo
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
5.2 Análises dos objetivos de curto,médio e longo p razo
103
A Tabela 50 demonstra os valores totais necessários a realização de todos objetivos
pertinentes aos 4 setores (água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e
drenagem) doPlano de Saneamento em curto, médio e longo prazo.
Tabela 30: Valores totais necessários a realização dos objetivos pertinentes ao
Plano de Saneamento a curto, médio e longo prazo
Objetivos Valores
Objetivos de Curto Prazo (2014 a 2018) R$ 4.503.282,10
Objetivos de Médio Prazo (2019 a 2028) R$ 9.706.894,19
Objetivos de Longo Prazo (2029 a 2038) R$15.333.745,30
Fonte: CETEC/CTGEO (2013)
5.3 Análise de diferentes cenários alternativos
Um planejamento de médio ou longo prazo quando elaborado traz incertezas com
relação a sua execução, podendo variar para cima ou abaixo dependendo do
cenário em que está inserido.
Buscando oferecer a possibilidade de análise de tais variações indicamos abaixo os
parâmetros que foram definidos os planos apresentados, mostrando o cenário mais
provável e as possíveis variações para um cenário otimista e pessimista.
5.3.1 Cenário mais provável
A economia brasileira, apesar de sofrer os reflexos da possível recessão da
economia dos países da União Europeia e a lenta recuperação da economia
americana, mantém um crescimento pequeno mais constante e saudável,
patrocinado pela estabilidade econômica do país e seu controle da inflação.
104
Algumas tendências são observadas para os próximos anos:
• Manutenção do controle inflacionário, mantendo a inflação no patamar de
5,95 % ao ano (IPC - Jan. 2013);
• Prática salutar do controle e redução de juros patrocinados pelo Banco
Central com autonomia, para aumento de consumo favorecendo as metas de
crescimento do mercado interno, sem a possibilidade de aumento de inflação;
• Estabilidade política e social, que favorece a entrada de capital de
investimento, com a definição de regras do governo para sobre taxar a
entrada de capital especulativo;
• Pressão da sociedade e dos meios representativos para o combate a
corrupção;
• Pressão do meio empresarial para a definição de uma nova Política Tributária,
com amenização da carga tributária atual, proporcionando uma maior
competitividade do produto nacional;
• Continuidade do governo em investimento de infraestrutura proporcionando
um crescimento a partir do investimento governamental (Continuidade do
PAC);
• Pressão da sociedade e dos meios empresariais para corte das despesas
públicas, amenizando as necessidades do governo e permitindo uma
diminuição na carga tributária e aumento dos valores para investimentos.
Com base nas tendências e expectativas para os próximos anos, estima-se o
crescimento da população de Brejo Alegre (SP) a razão de 0,81 % ao ano. Diante do
cenário acima exposto, as intervenções relacionadas, valorizadas e hierarquizadas
nesse capítulo, distribuídos nos 25 anos de horizonte do plano em tela apresentam
um valor de investimento na ordem de R$ 6.150.169,61.
5.3.2 Cenário otimista
A cidade de Brejo Alegre alicerça sua economia em, basicamente, uma indústria de
grande porte atuante no segmento de açúcar, etanol e derivados – a Usina Revati.
105
instalada desde 2008. A empresa constitui-se no principal fator de renda dos
moradores locais, pois oferece cerca de 500 empregos diretos nas áreas
administrativa e industrial, fora a área rural.
A capacidade de moagem de 4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar foi a maior
implantada de uma só vez e já está em curso a expansão para 6 milhões de
toneladas que deverá ficar totalmente pronta em 2012. O volume total de moagem é
obtido em apenas uma moenda, uma das maiores do país e uma das primeiras
totalmente eletrificadas.
Desde o início, a capacidade instalada de cogeração já é de 65 MW, e irá crescer
para 157 MW, quando passará a gerar um excedente de mais de 630.000 MWh para
venda após a instalação de mais uma caldeira com pressão de 97 kg/cm2.
A produção de açúcar é basicamente do tipo VHP, que chega até a 1.350 toneladas
por dia. Podem ser fabricados até 900 m3 de etanol hidratado diariamente, podendo
ser 100% convertidos imediatamente para etanol anidro através de peneiras
moleculares.
A unidade conta ainda com uma fábrica de levedura seca, onde podem ser
produzidas até 10.000 t por safra com teor proteico de até 43%.
A Renuka do Brasil é um dos 10 maiores grupos sucroalcooleiros do Brasil, em
atividade há mais de 30 anos. Em meados de 2010, a ShreeRenukaSugars adquiriu
o controle acionário da companhia. A capacidade instalada de moagem de 10,5
milhões de toneladas divide-se entre a Usina Madhu, em Promissão, e a Usina
Revati, em Brejo Alegre, ambas as cidades localizadas no estado de São Paulo, a
maior região produtora de cana-de-açúcar do mundo.
Numa perspectiva otimista pode-se dizer que a Usina Revati caracteriza-se por uma
indústria que investe continuamente em tecnologia, qualidade e pessoal capacitado.
106
Aquém da tecnologia e produção, o cenário é ainda mais favorável na medida em
que, segundo o diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica),
Eduardo Leão de Sousa, sobre os desafios e oportunidades do setor
sucroenergético abordou que o País precisará dobrar a oferta de combustíveis
(etanol e gasolina) para atender a demanda em 2020 e para suprir o mercado
doméstico e manter 50% de participação mundial, o setor terá que ampliar a
produção em 15,7 milhões de toneladas de açúcar (FMC, 2012).
A moagem de cana-de-açúcar nesta safra será similar àquela observada na safra
2008/2009, ressaltou Sousa, destacando que, hoje, o Brasil importa, em média, 6
bilhões de litros de gasolina A. Projeta-se que, em 2020, esse valor poderá triplicar.
Portanto, a demanda permanece em fundamentos sólidos: crescimento da frota de
veículos flex; novos produtos e novos usos; ampliação do uso do etanol na indústria
química; expansão das exportações brasileiras de açúcar. O consumo global dos
biocombustíveis deverá de expandir em função da demanda dos consumidores e da
adoção de políticas públicas pró-renováveis Mas, para que o etanol se transforme
em uma commodity global, o acesso aos mercados estrangeiros deve ser estável e
previsível, sem políticas públicas distorcidas de comércio- barreiras tarifárias e não-
tarifárias (FMC, 2012).
De acordo com o diretor da consultoria Guilherme Nastari (apud RURALBR, 2013b),
a procura pela cana brasileira tende a exceder um bilhão de toneladas ao longo da
próxima década. A safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil deve crescer
mais de 70% até 2022, seguindo um provável aumento da demanda por etanol pelo
país e pelos Estados Unidos, projetou na última segunda, dia 13, a consultoria
Datagro.
Só no primeiro trimestre de 2013, os EUA compraram 247,7 milhões de litros de
etanol brasileiro, o triplo do verificado um ano antes, de acordo com o Departamento
de Agricultura estadunidense (USDA). Em 2012, as importações quintuplicaram na
comparação com 2011, para 1,74 bilhão de litros, o que corresponde à metade do
total exportado pelo Brasil (RURALBR, 2013b).
107
As importações têm como objetivo preencher a cota de combustíveis avançados
exigida pelo Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS, na sigla em inglês), da
Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA). O etanol feito a partir de
cana é considerado avançado pelo RFS, mas, como o país produz pouco, a saída é
importá-lo do Brasil. Nos EUA, o etanol é feito, basicamente, a partir do milho
(RURALBR, 2013b).
Além disso, os recentes incentivos dados ao setor de etanol pelo governo brasileiro
favorecem o biocombustível. Em janeiro de 2013, a Petrobras reajustou o preço da
gasolina e tornou o etanol anidro mais competitivo para os usuários de carros flex,
que respondem por mais de 50% da frota nacional (RURALBR, 2013b).
Na sequência, veio o aumento da mistura de anidro na gasolina, de 20% para 25%,
porcentual que entrou em vigor em primeiro de maio de 2013 (RURALBR, 2013b).
Segundo Guilherme Nastari (apud RURALBR, 2013b), em um ano, (os grandes
processadores de cana) estarão expandindo as operações e são esperados
investimentos em fertilizantes, maquinários e renovação e ampliação de canaviais. A
Datagro estimou, recentemente, que as usinas do Centro-Sul processarão um
recorde de 584,5 milhões de toneladas de cana na temporada 2013-14, iniciada em
abril. Tamanho volume deve fazer com que as indústrias da região usem 97% de
toda a capacidade instalada, projetou.
Segundo o presidente da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-
Sul do Brasil (Orplana), Ismael Perina, comentou sobre os dados comentados pelo
diretor da Unica. Todos os dados só reforçam que precisamos ter um mercado de
açúcar cada vez mais pujante, enfatizou Perina (FMC, 2012).
Além disso, o Índice de Confiança dos Fornecedores do Setor Sucroenergético
(ICFSS)subiu 0,04 pontos em fevereiro de 2013 com relação a outubro de 2012;
segundo gestores, condições atuais atingiram cenário de confiança, com valor de
108
0,51 e expectativa rompeu barreira de 0,6. Composto dois indicadores que
mensuram as expectativas e as atuais condições do setor segundo os fornecedores,
o índice subiu de 0,54 em outubro para 0,58 na coleta de janeiro. Os indicadores
variam no intervalo de 0,00 a 1,00 onde valores acima de 0,50 pontos indicam
empresários confiantes. Este indicador é construído pelo Programa de Pesquisas
em Agronegócio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de
Ribeirão Preto (AgroFEA) Ribeirão Preto e conta com o apoio da Reed
ExhibitionsMutiplus em parceria com a Fundace (BRASILAGRO, 2013).
No que se refere às condições atuais, a percepção dos empresários atingiu 0,51
pontos, indicando confiança no cenário do setor. Fato que não acontecia desde
fevereiro de 2012 (BRASILAGRO, 2013).
O Índice de Confiança dos Fornecedores do Setor Sucroenergético (ICFSS) – Reed
Multiplus/FUNDACE é uma ponderação que reflete a maneira pela qual os gestores
avaliam as condições atuais e as expectativas em relação à economia brasileira, o
sistema agroindustrial sucroenergético, o setor de fornecedores do setor
sucroenergético e à própria empresa (BRASILAGRO, 2013).
De acordo com as estimativas obtidas pela AGE e SGE para a produção brasileira
de açúcar indicam uma taxa média anual de crescimento de 2,4% no período
2011/2012 a 2021/2022. Essa taxa deve conduzir a uma produção de 48,6 milhões
de toneladas. Essa produção corresponde a um acréscimo de 9,9 milhões de
toneladas em relação ao observado em 2011/2012 (MAPA, 2013).
Em relação ao fato da Coplasa ser uma empresa exportadora, pode-se dizer que a
alta do petróleo, combinada com a difusão dos veículos flex-fuel levam a estimativas
de crescimento da ordem de 1,5 GL.ano-1, no consumo interno de álcool
combustível, o que representa uma demanda estimada em 25 GL para 2013.
Agregando-se o volume previsível para a exportação, é factível imaginar-se uma
oferta total de etanol próxima a 30 GL para 2015 (BIODIESELBR, 2012). Além disso,
segundo o MAPA (2013), o Brasil é um dos líderes mundiais na produção e
109
exportação de vários produtos agropecuários, dentre eles açúcar e etanol de cana-
de-açúcar.
A perspectiva para este ramo de atividade é otimista na medida em que, segundo a
Ruralbr (2013a), a receita cambial com a exportação brasileira de açúcar totalizou
US$ 1,105 bilhão em janeiro, aumento de 48,3% na comparação com os US$ 745
milhões verificados no mesmo mês de 2012, de acordo com dados divulgados na
sexta, dia 1º, pelo Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC). Em
relação às exportações de dezembro de 2012, que foram de US$ 1,194 bilhão,
houve queda de 7,4%. Em volume, a exportação brasileira de açúcar ficou em 2,296
milhões de toneladas no mês de janeiro, 86,5% maior do que as 1,231 milhão de
toneladas embarcadas em janeiro de 2012, mas 6,4% inferior à exportação de
dezembro passado, que foi de 2,453 milhões de toneladas.
Outros indicadores descritos anteriormente neste relatório reforçam uma perspectiva
otimista de desenvolvimento para o Município de Brejo Alegre conforme se observa
resumidamente na Tabela 31.
Tabela 31. Indicadores para um cenário otimista do Município de Brejo Alegre (SP)
ÍTEM ÍNDICE
Densidade demográfica (habitantes/km2) (2012) 24,79
Taxa geométrica de crescimento anual a População (2010/2012) 0,81% a.a.
Grau de urbanização (2011) 81,99%
Taxa de natalidade (2011) 15,82
Coleta de Lixo – Nível de Atendimento (2010) 100%
Abastecimento de Água – Nível de Atendimento (2010) 99,12%
Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento (2010) 98,10%
Índice de Desenvolvimento Humano (2000) 0,748
Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS (2010) Grupo 1
Fonte: Fundação Seade (2013)
Através da Tabela 31 percebe-se que as perspectivas são favoráveis quando se
percebe que a densidade demográfica de 24,79 em 2012.
110
Em relação às tendências demográficas pode-se dizer que há um forte movimento
mundial de urbanização. Atualmente, a taxa mundial de urbanização é de 50,6%
(posição de 2010), mas pode chegar a 69,6% em 2050. O Brasil deverá seguir um
padrão semelhante aos países desenvolvidos, sendo que a população urbana deve
passar dos 36,2% observados em 1950 para 93,6% em 2050 (UNITED NATIONS,
2011, apud MAPA, 2013). Sendo assim, Brejo Alegre (SP), já hoje apresenta taxa
prevista para meados de 2040 no cenário nacional, ou seja, 81,99% em 2012.
As boas condições de vida com taxa de natalidade na casa dos 15,82 por mil
habitantes, maior que a Região do Governo de Araçatuba que é de 12,83.
Outros índices retratam boa qualidade de vida para os residentes de Brejo Alegre,
dentre eles, 100% de coleta de lixo, 98,12% de tratamento de água e 98,10% de
esgoto sanitário e o IPRS no Grupo 1, ou seja, Municípios com nível elevado de
riqueza e bons níveis nos indicadores sociais. Em 2008 o índice do Município
configurava o Grupo 4, ou seja, municípios que apresentam baixos níveis de riqueza
e nível intermediário de longevidade e/ou escolaridade .
Com base em tal cenário, que terá que ser reavaliado no mínimo de quatro em
quatro anos, pode-se estimar que o crescimento populacional da cidade de Brejo
Alegre projetado como mais provável de 0,81 % ao ano se desloque para 1,0 % ao
ano, constituindo-se de um acréscimo de 0,19 % ao ano em relação ao cenário mais
provável.
Dentro desse cenário otimista, o aumento da taxa de crescimento populacional
deverá refletir na quase totalidade das intervenções relacionadas, valorizadas e
hierarquizadas nesse capítulo, distribuídos nos 25 anos de horizonte do plano. O
incremento de 23,46% nos valores das intervenções constantes do cenário mais
provável implica no seguinte acréscimo:
• Acréscimo na Coleta Resíduos Sólidos .................................. R$ 1.442.829,79
111
Desta forma, o valor final de investimentos para o cenário otimista é de R$
7.592.999,40.
5.6.3 Cenário pessimista
Diante das externalidades negativas provisionadas no cenário pessimista de Brejo
Alegre está a fragilidade de alicerçar sua economia em uma indústria, no caso a
Usina Revati.
Caso o setor passe por crise, como aconteceu em 2010, existe o risco de queda na
produção e, consequentemente, demissões no setor, colocando a possibilidade de
fechamento da Usina.
O setor sucroalcooleiro atravessou uma crise econômica de grande intensidade e,
certamente, a mais persistente e duradoura desde o final do processo de
liberalização desse setor no fim dos anos 90. A circunstância dessa crise ser muito
mais intensa na produção alcooleira que na açucareira (cujos preços estão em nível
bastante remunerador) não reduz sua importância e não pode ser ignorada
(BRESSAN FILHO, 2010).
O setor sucroalcooleiro, por ser uma atividade agroindustrial, é diretamente
influenciado por uma característica intrínseca: a sazonalidade da produção da
matéria-prima. A produção sazonal dissocia o período de colheita, que se concentra
em alguns meses do ano-safra, das necessidades do consumo que se prolongam
por todos os meses do ano. De praxe, é necessário formar estoques no período da
colheita para regularizar a oferta, particularmente no período da entressafra, quando
as destilarias estão desligadas e não há produção.
Esta peculiaridade afeta a maior parte das lavouras e impõe um forte condicionante
na comercialização dos produtos derivados dessas culturas. Em termos gerais, é
possível separar esses produtos em duas categorias de acordo com as condições
gerais de seu comércio.
112
De um lado, temos aqueles chamados de comercializáveis ou tradeables, que, de
modo geral, têm uma dinâmica independente, pois se complementam com o
mercado externo, tanto na importação como na exportação. Uma vez que o país
seja competitivo na produção e não haja barreiras importantes ao comércio, as
transações domésticas e internacionais garantem a regularidade do abastecimento,
determinam os níveis de preços de comércio e a remuneração dos agentes
econômicos envolvidos, requerendo pouca ou nenhuma intervenção governamental.
Enquadram-se nesta categoria de produtos o açúcar, a soja, o trigo, o algodão e o
café, sendo açúcar, soja e café pertencentes à cadeia produtiva de Brejo Alegre
(SP). A formação de estoques com a produção doméstica, logo após a colheita,
regulariza os fluxos de abastecimento e das exportações, de acordo com a
estratégia comercial dos agentes das cadeias envolvidas. A direção e a intensidade
do comércio, na exportação ou importação, estão associadas aos preços relativos,
que são formados de acordo com o comportamento dos mercados globais, e estão
refletidos nas cotações presentes e futuras das bolsas de mercadorias e futuros.
Eventualmente, em circunstâncias que fazem com que tais preços não sejam
remuneradores, pode ocorrer a aplicação de políticas públicas compensatórias para
garantir a continuidade da produção.
De outro lado, temos os produtos que, em face de suas características, têm pouca
ou nenhuma viabilidade no comércio internacional. São os produtos denominados
não-comercializáveis ou non-tradeables.
Segundo Bressan Filho (2010), de fato, existem diferentes motivos que fazem com
que os produtos agrícolas se enquadrem nesta categoria:
• Produtos que sejam típicos do mercado local sem qualquer possibilidade de
comércio externo, como o feijão e a farinha de mandioca;
• Produtos que têm transação internacional, mas que tem custos de transação
(especialmente fretes e logística) que tornam gravosa a exportação quando
113
há excedente de produção e, quase sempre, onerosos quando há
necessidade de importação, como é o caso do milho e do arroz
• Produtos que, apesar de terem consumo generalizado e serem competitivos
no mercado internacional, têm um espaço de comércio externo muito
pequeno em relação ao volume de produção e consumo domésticos, como é
o caso dos biocombustíveis, etanol e biodiesel. Para todos esses produtos, a
formação dos preços está dissociada dos mercados internacionais e estes
preços, de modo geral, dependem do volume da produção e do consumo
doméstico; da política de gestão de estoques dos agentes, privados e
públicos, envolvidos e das medidas de políticas públicas adotadas.
Uma questão crucial para a atividade agrícola que está sujeita aos efeitos da
sazonalidade da produção é que o ciclo econômico da atividade está subordinado ao
ciclo agronômico da lavoura. Por esse motivo, uma safra que apresente resultados
econômicos ruins (por problemas climáticos ou de nível de preços) somente tem
chance de se recuperar na colheita do ano seguinte (BRESSAN FILHO, 2010).
Nestas condições, a sequência de vários anos ruins pode significar um desastre
econômico irrecuperável para muitos produtores e mesmo comprometer a
continuidade da atividade de determinada cadeia. A tradição da política agrícola
mundial mostra que todos os países que têm boas condições econômicas,
particularmente os mais ricos como os da União Europeia, o Japão, o Canadá e os
Estados Unidos da América, dispõem de mecanismos de políticas públicas de
proteção que impedem o surgimento de crises mais profundas na produção e no
abastecimento, em especial em setores considerados estratégicos. O Brasil dispõe
de um conjunto de instrumentos de política agrícola que dá ao poder público, com
um mínimo de intervenção, a capacidade de prevenir ou corrigir situações que
coloquem em risco o funcionamento das cadeias agrícolas, porém as medidas
protecionistas dependem, basicamente das intenções dos governantes (BRESSAN
FILHO, 2010).
114
O especialista em temas globais do agronegócio e bioenergia Marcos Jank abordou
o papel do Brasil nas cadeias agrícolas mundiais dizendo que nesses 50 anos,
teremos de gerar um volume de alimentos semelhante ao que produzimos nos
últimos oito mil anos. Jank alertou ainda que o século 21 é o começo de uma nova
era energética e citou os principais desafios: Diversificar as fontes de energia,
produzir mais utilizando menos recursos naturais e reduzir emissões de CO2. A
evolução do consumo no mundo, os maiores importadores de açúcar como a China,
Índia, Indonésia e Rússia, o programa de biocombustíveis no mundo, metas de
consumo de combustíveis e as condições atuais dos Impostos Federais e Estaduais
no Brasil (PORTAL DO AGRONEGÓCIO, 2012).
O Brasil tem a maior oportunidade de crescimento dos últimos tempos, mas precisa
de planejamento e organização.
Luiz Antônio Dias Paes, gerente de produtos do Centro de Tecnologia Canavieira
(CTC), relata que em função de sua complexidade genética e pequena escala, a
cana-de-açúcar tem perdido competitividade para inúmeras outras culturas
sucroalcooleiras. O potencial de ganho de produtividade da cultura é excepcional,
mas exige investimentos expressivos para elevar a taxa de inovação aportada à
indústria, seja no desenvolvimento de novas variedades ou nas tecnologias de
segunda geração e há disponibilidade de áreas para cana no Brasil, exigindo
adequação de tecnologias (PORTAL DO AGRONEGÓCIO, 2012).
O especialista José Luiz LoriattiDemattê, falou sobre o crescimento horizontal do
setor sucroenergético e a expansão, irrigação, distribuição de recursos hídricos,
fatores de redução da produtividade, como impacto das alterações climáticas,
pragas e doenças, impacto da colheita mecanizada, a questão varietal e estágio
médio de corte e a necessidade de variedade para solos de baixa fertilidade
(PORTAL DO AGRONEGÓCIO, 2012).
Em se tratando do agronegócio, hoje em expansão, e forte na cidade de Brejo
Alegre, já teve suas baixas em 2009, diante da crise, registrando queda de 38% no
115
volume de contratos agropecuários. Novos investimentos para ampliação do negócio
fazem-se necessárias, dentre elas as soluções para as deficiências de logística,
insegurança jurídica, problemas de infraestrutura e de sustentabilidade. Esses
fatores podem trazer sérios prejuízos ao setor do agronegócio.
Algumas correntes de economistas defendem que a crise financeira internacional
ainda não acabou, e que efeitos danosos podem respingar sobre diversos países,
incluindo o Brasil.
Frente às evidências, a previsão para Brejo Alegre (SP) é pessimista sob o aspecto
de sustentar sua economia no agronegócio e em uma única usina de açúcar, etanol.
Dentro deste quadro, que deverá ser reavaliado de quatro em quatro anos, pode-se
estimar um crescimento menor que o apresentado pelo cenário mais provável, e o
crescimento populacional de Brejo Alegre se altera para 0,45 % ao ano.
Desta forma, dentro desse cenário pessimista, o decréscimo da taxa de crescimento
populacional deverá refletir na quase totalidade das intervenções relacionadas,
valorizadas e hierarquizadas nesse capítulo, distribuídos nos 25 anos de horizonte
do plano. A redução de 44,44% nos valores das intervenções constantes do cenário
mais provável implica no decréscimo dos índices.
• Decréscimo na Coleta Resíduos Sólidos .............................. R$2.733.135,37
Desta forma, o valor final de investimentos para o cenário pessimista é de R$
3.417.034,24.
116
6 PROGRAMAÇÃO FISICA, FINANCEIRA E INSTITUCIONAL DA IMPLANTAÇÃO
DAS INTERVENÇÕES DEFINIDAS
6.1 Programação física, financeira e institucional
6.1.1 Programação físico-financeira
Para melhor atendimento à realização das intervenções planejadas e hierarquizadas
para o horizonte adotado no Plano de Saneamento Municipal de Brejo Alegre, foi
elaborado um Cronograma Físico-Financeiro em que as intervenções estão
valorizadas e distribuídas ao longo dos anos de vigência do Plano.
Os valores iniciais sofreram reajustes da ordem de 4,92 % ao ano, durante os 25
anos de vigência, sendo que na revisão quadrianual esse percentual deve ser
analisado e, se for o caso, revisto e reaplicado aos anos subsequentes.
6.1.2 Programação institucional
O principal desafio a ser enfrentado pela Prefeitura Municipal de Brejo Alegre é a
escolha de uma alternativa institucional que maximize os resultados de seus
esforços e assegure o cumprimento dos objetivos pretendidos de política pública,
qual seja o acesso da população aos serviços.
Desta forma, importante se torna analisar as vantagens e desvantagens associadas
a cada uma das alternativas institucionais disponíveis para o município.
Para maior clareza e efetivação dessa análise, devemos realizá-la para cada um dos
quatro tipos de serviço: água para abastecimento público; coleta, afastamento e
tratamento de esgoto; coleta, transporte e destinação dos resíduos sólidos; sistema
de drenagem do município.
117
6.1.2.1 Coleta, transporte e destinação dos resíduo s sólidos
6.1.2.1.1 Recuperação da área utilizada como aterro controlado e do seu
entorno
O recurso para execução do presente objetivo pode ser financiado pelo BNDES ou
pelo Banco do Brasil. Para tal é necessário que o proprietário apresente um projeto,
documentação legalizada da Terra e não seja inadimplente com a instituição
financeira.
6.1.2.1.2 Construção de um aterro controlado para d eposição dos resíduos
sólidos de origem doméstica e de uma Central de tri agem
Para realizar tal ação fundos podem ser obtidos junto ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através do BNDES Finem -
Financiamento a Empreendimentos, que por sua vez engloba o programa de
Saneamento Ambiental.
6.1.2.1.3 Manutenção dos equipamentos necessários a coleta de resíduos
Essas ações devem ser realizadas diretamente pela Prefeitura Municipal de Brejo
Alegre, buscando nos canais apropriados linhas de financiamento dos materiais
necessários, com realização dos serviços utilizando mão de obra da própria
prefeitura.
6.1.2.1.4 Coleta, transporte e destinação dos resíd uos sólidos de saúde
No caso em tela, o município optou por praticar a política do transbordo dos resíduos
sólidos de saúde para outras praças ao longo de todo o horizonte do plano de
118
saneamento. Os recursos para os contratos a serem realizados deverão ser
próprios, originados pelos superávits, obtido através da prática de uma política
tarifária suficiente para fazer frente aos compromissos assumidos.
6.1.2.1.5 Aquisição de um caminhão compactador de l ixo
O FINAME, linha de financiamento oferecida pelo BNDES, é uma das possibilidades
para aquisição de um novo caminhão coletor compactador por parte da prefeitura. A
Funasa também propiciara o aporte de recursos ao município para financiamento do
mesmo.
6.1.3 Indicativo de fontes de financiamento
Funasa
(http://www.funasa.gov.br)
SAUS Quadra 4 - Bloco N - Edifício Sede - CEP: 70070-040 – Brasília (DF)
Fecop
(http://www.ambiente.sp.gov.br/fontesdecooperacao/nacional/fecop)
Sra. Fatima Aparecida Carrara
Endereço: Avenida Professor Frederico Herman Junior, 345, Alto de Pinheiros
Prédio 01 – 9º andar – sala 908 - CEP: 05489-900 – São Paulo (SP)
Tel: +55 11 3133 3607; Fax: +55 11 3133 3153
E-mail: [email protected]
FEHIDRO
www.fehidro.sp.gov.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Bela Cintra, 847, Consolação - São Paulo (SP)
Telefone (11) 3218-5544
119
Ministério das Cidades Federal
http://www.cidades.gov.br
Endereço: Setor de Autarquias Sul, Quadra 01, Lote 01/06, Bloco "H", Ed. Telemundi
II - Brasília/DF - CEP: 70070-010
Fone: 55(61) 2108-1000
Outras fontes
CAIXA ECONOMICA FEDERAL (CEF)
www.caixa.gov.br – entrar na área dos Governos Municipais – clique em
Saneamento Ambiental.
BANCO MUNDIAL (BIRD)
www.bancomundial.org.br – entre em “Projetos e Programas” e consulte a seção
“Fazendo Negócios com o Banco Mundial”.
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO (BID)
www.iadb.org – Entre no portal de Projetos.
JAPAN BANK FOR INTERNACIONAL COOPERATION (JBIC)
www.jbic.org.br – clique em JBIC no Brasil e entre em Projetos ODA.
120
7 DISPOSIÇÕES FINAIS
O objetivo principal de um Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos é
que se transforme em uma ferramenta efetiva nas mãos dos gestores municipais e
não um plano formal, esquecido nas gavetas, apenas para atender uma exigência
da lei federal.
O plano deve orientar as ações dos titulares na implementação de uma política
municipal de resíduos sólidos, possibilitando a ampliação progressiva do acesso de
todos os cidadãos aos serviços básicos, integrada com as demais políticas
municipais, garantindo o direito a cidades sustentáveis para as gerações presentes e
futuras.
Diante desse fato, torna-se necessário realizar algumas ponderações sobre os
pontos importantes ocorridos durante a concepção do plano e que certamente
facilitarão quando da revisão do mesmo:
• Os dados obtidos junto a Prefeitura Municipal de Brejo Alegre referentes aos
serviços a serem abordados no Plano, deixaram muitas dúvidas, vez que,
foram oferecidos sem que houvesse uma apropriação adequada dos mesmos
ao longo do tempo, dependo tão somente da memória de alguns funcionários
ligados ao setor;
121
8 CONCLUSÃO
A construção do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos estabelece
o processo de implementação das diretrizes nacionais para o saneamento básico,
que se iniciou com a aprovação e sancionamento da Lei nº 11.445 (BRASIL, 2007) e
respectiva regulamentação pelo Decreto nº 7.217 (BRASIL, 2010), também
denominada “Lei do Saneamento” do Estado de São Paulo,e a Lei n° 12.305 de
2010.
Sem dúvida, a realização desse Plano representa um avanço significativo na
construção de instrumentos de gestão, contribuindo para que o Município
desenvolva uma melhor gestão dosresíduos sólidos ao longo do seu horizonte de
planejamento.
Primeiramente, constata-se a existência de enorme carência de dados e
informações sistemáticas e representativas dos vários aspectos de interesse,
necessários e suficientes para melhor caracterização dos serviços abordados.
Convém salientar que, não raro, a informação pode até existir, mas nem sempre é
disponibilizada.
Paralelamente, é de suma importância que nas futuras reavaliações do Plano, que
deverão acontecer de quatro em quatro anos representem efetivamente um avanço
no conhecimento mais detalhado dos serviços de resíduos sólidos do município,
tendo esses dados consistência a partir da realização de um acervo organizado dos
mesmos.
Não obstante as dificuldades encontradas e acima relatadas, o Plano de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Brejo Alegre representa um marco
importante na gestão dos serviços de destinação dos resíduos sólidos, pois dá inicio
a fase de ordenamento do gerenciamento desse serviço com parcimônia, dirimindo
conflitos de interesse dentro do município.
122
É necessário ressaltar que este não é um Plano de Governo Municipal, mas um
compromisso da sociedade em termos de escolha de cenários futuros. Realizar o
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos na sua integra pressupõe
uma tomada de consciência individual dos cidadãos sobre o papel ambiental, social,
econômico e político que desempenham em sua comunidade.
Exige, portanto, a integração de toda sociedade na construção desse futuro que
desejamos ver realizado. Uma nova parceria que induza a sociedade a compartilhar
responsabilidades e decisões juntos com o Governo Municipal permite uma maior
sinergia em torno de um projeto de resíduos sólidosa longo prazo com um
desenvolvimento sustentável.
123
9 REFERÊNCIAS
BARROS, R. P.; HENRIQUES, R., MENDONÇA, R. A estabilidade inaceitável:
desigualdade e pobreza no Brasil. In: HENRIQUES, R. (org). Desigualdade e
pobreza no Brasil . Rio de Janeiro: IPEA, 2000
BRASIL. Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes
nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de
1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de
fevereiro de 1995; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras
providências. Diário Oficial da União . Brasília (DF), de 8 jan. 2007.
______. Resolução Recomendada nº 75, de 2 de julho de 2009, que estabelece
orientações relativas à política de saneamento básico e ao conteúdo mínimo dos
planos de saneamento básico. Diário Oficial da União . Brasília (DF), 2009.
______. Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta a Lei nº 11.445,
de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
básico, e dá outras providências. Diário Oficial da União . Brasília (DF), de 22 jun.
2010.
BIODIESELBR. Futuro para o mercado do álcool e açúcar. 2012. Disponível em:
<http://www.biodieselbr.com/energia/alcool/mercado-etanol.htm>. Acesso em: 3
maio 2013.
BRASILAGRO. Fornecedores do setor sucroenergético estão otimistas. Tecnologia,
Informação e Eventos. 7h26. 7 fev. 2013. Disponível em: <http://www.brasilagro.com.
br/index.php?noticias/detalhes/17/48948>. Acesso em: 27 abr. 2013.
BRESSAN FILHO, Â. Os fundamentos da crise do setor sucroalcooleiro no
Brasil . Brasília (DF): Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, abr. 2010.
124
CETEC/CTGEO. CENTRO TECNOLÓGICO/ CENTRO DE TECNOLOGIA EM
GEOPROCESSAMENTO. Grupo de Trabalho do setor de Meio Ambiente.
Elaboração do Plano de Saneamento Básico do Município de Brejo Alegre (SP),
Fundação Paulista de Tecnologia e Educação, 2013.
CETESB. COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL.
Relatório de águas superficiais. São Paulo: CETESB, 2011.
CPOS. CIA PAULISTA DE OBRAS E SERVIÇOS. Disponível em:
<http://www.saopaulo.sp.gov.br/orgaos/empresas_cpos>. Acesso em: 27 abr. 2013.
ENEM. Atualidades Vestibular + Enem 2011 . São Paulo: Editora Abril, 2011.
FMC Press. FMC traz especialistas do setor sucroenergético e debate seus desafios.
17º Clube da Cana. 5. nov. 2012. Disponível em: <https://www.fmcagricola.com.br/fmc
pressdetalhes.aspx?cod=192>. Acesso em: 27 abr. 2013.
FUNDAÇÃO SEADE. Perfil Municipal de Brejo Alegre. Disponível em:
<http://www.seade.gov.br/produtos/perfil/perfilMunEstado.php>. Acesso em: 3 maio
2013.
GOOGLE EARTH. Brejo Alegre. Lins, 2013.
GOOGLE MAPS. Disponível em: <http://maps.google.com.br/>. Acesso em: 15 fev.
2013.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/>. Acesso em: 15 fev. 2013.
MAPA. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.
Projeções do Agronegócio. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/ministerio/
gestao-estrategica/projecoes-do-agronegocio>. Acesso em: 27 abr. 2013.
125
PORTAL DO AGRONEGÓCIO. FMC traz os principais especialistas do setor
sucroenergético e debate os desafios e as tendências do mercado: evento foi
realizado de 25 a 27 de outubro, no Guarujá (SP); entre as novidades, a companhia
anunciou a expansão do uso de embalagens sustentáveis em seus produtos. 8h55.
6 nov. 2012. Disponível em: <http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?
id=84088>. Acesso em: 27 abr. 2013.
RURALBR. Receita com exportação de açúcar aumenta 48,3% em janeiro em
relação ao volume exportado, o crescimento chegou a 86,5%, totalizando 2,296
milhões de toneladas. Disponível em: <http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/20
13/02/receita-com-exportacao-de-acucar-aumenta-48-3-em-janeiro-4031147.html>.
Acesso em: 3 maio 2013a.
______. Safra de cana do Centro-Sul deve subir mais de 70% até 2022, estima
Datagro: só no primeiro trimestre do ano, EUA triplicaram importação do etanol
brasileiro. 18. maio 2013. Disponível em: <http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/
2013/05/safra-de-cana-do-centro-sul-deve-subir-mais-de-70-ate-2022-estima-data
gro-4141341.html>. Acesso em: 3 maio 2013b.
SIGRH. SISTEMA INTEGRADO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS
HÍDRICOSde São Paulo. Disponível em: <http://www.sigrh.sp.gov.br/cgi-
bin/sigrh_home_colegiado.exe?TEMA=APRESENTACAO&COLEGIADO=CRH/CBH-
BT&lwgactw=787220>. Acesso em: 15 fev. 2013.
SZMRECSÁNY, T.; LAPA, J. R. A. História Econômica da Independência e do
Império . 2. ed. São Paulo: USP, 2002.
TEIXEIRA, G. E. Pobreza e desigualdade de renda: um estudo comparativo entre as
microrregiões de montes claros e Uberlândia. 2006. Disponível em:
<http://www.cedeplar.ufmg.br/seminarios/seminario_diamantina/2006/D06A100.pdf>.
Acesso em: 15 abr. 2013
126
10 EQUIPE TÉCNICA
Paulo Jair Viotto – Administrador
Diretor do Centro Tecnológico da Fundação Paulista (CETEC)
Luiz Fernando de Oliveira Silva – Analista de Sistemas
Gerente de Projetos
Reginaldo Milani – Engenheiro Civil
Analista do Setor de Planejamento e Meio Ambiente
Leandro Pereira Cuelbas – Engenheiro Civil
Silvio Eduardo Doretto– Engenheiro Civil
Danielle Ferreira da Silva – Engenheira Ambiental
Carla Elydianne de Ungaro Silva – Engenheira Ambiental
Rita de Cassia Cury – Engenheira Ambiental
Joeder Francisco Castaldoni Candido – Analista de Sistema
Daniel Barrueco Neves – Técnico em Computação
Fernando Antero – Técnico Computação
Ana Elisa Alencar silva de Oliveira – Administradora
Brejo Alegre, 4de Setembro de 2013
______________________________
Luiz Fernando de Oliveira Silva Gerente de Projetos
_____________________________
Silvio Eduardo Doretto
Engenheiro Civil
CREA 5061153042